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A Interpretação

das Escrituras

A. W. Pink

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Traduzido do original em Inglês

Interpretation of the Scriptures

By A. W. Pink

Este e-book consiste apenas no Cap. 1 da obra supracitada.

Via: PBMinistries.org

(Providence Baptist Ministries)

Tradução por Camila Rebeca Almeida

Revisão por William Teixeira

Capa por William Teixeira

1ª Edição: Fevereiro de 2017

Salvo indicação em contrário, as citações bíblicas usadas nesta tradução são da versão Almeida

Corrigida Fiel | ACF • Copyright © 1994, 1995, 2007, 2011 Sociedade Bíblica Trinitariana do Brasil.

Traduzido e publicado em Português pelo website oEstandarteDeCristo.com, com a devida

permissão do ministério Providence Baptist Ministries, sob a licença Creative Commons Attribution-

NonCommercial-NoDerivatives 4.0 International Public License.

Você está autorizado e incentivado a reproduzir e/ou distribuir este material em qualquer formato,

desde que informe o autor, as fontes originais e o tradutor, e que também não altere o seu conteúdo

nem o utilize para quaisquer fins comerciais.

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A Interpretação das Escrituras

Por A. W. Pink

Capítulo 3

________________________________________

O capítulo anterior tratou de algumas das qualificações mais básicas, e ainda assim

essenciais, que devem necessariamente ser encontradas em qualquer um que buscar

conhecer o significado espiritual da Sagrada Escritura. Portanto, o capítulo anterior é

apropriado para o povo de Deus em geral. Mas nesse capítulo propomos tratar daquilo que

têm uma aplicação mais particular àqueles a quem Deus chamou para pregar e ensinar a

Sua Palavra: aqueles cuja integralidade de seu tempo e energias devem ser dedicados

para a busca do bem-estar espiritual e eterno das almas, e também à melhor capacitação

de si mesmos para esse trabalho mui abençoado, solene e importante. As suas tarefas

principais são (1) proclamar a verdade de Deus, e (2) exemplificar e recomendar a sua

mensagem por buscar diligentemente praticar o que prega, estabelecendo diante de seus

ouvintes um exemplo pessoal de piedade prática. Visto que eles devem pregar a Verdade,

nenhuma dor deve ser poupada no esforço para que nenhum erro esteja misturado à sua

pregação, posto que é o leite puro da Palavra que eles devem oferecer. Pregar o erro em

vez da verdade não é somente desonrar gravemente a Deus e a Sua Palavra, mas enganar

e envenenar as mentes dos ouvintes e leitores.

A tarefa do pregador é muito mais nobre e solene do que qualquer outro chamado, o

mais privilegiado e ao mesmo tempo o mais cheio de responsabilidade. Ele professa ser

um servo do Senhor Jesus Cristo, um mensageiro enviado pelo Altíssimo. Deturpar seu

Mestre, pregar outro Evangelho além do Seu, falsificar a mensagem que Deus tem confiado

a ele, é o pecado dos pecados, que o atrai sobre si o anátema do Céu (Gálatas 1:8), e será

visitado com o castigo mais doloroso que aguarda qualquer criatura. A Escritura evidencia

que a medida mais pesada da ira divina está reservada para pregadores infiéis (Mateus

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23:14; Judas 13). Portanto, o aviso é dado: “muitos de vós não sejam mestres, sabendo

que receberemos mais duro juízo” (Tiago 3:1), isto é, se formos infiéis ao que nos é

confiado. Cada ministro do Evangelho ainda terá que prestar contas cabalmente de sua

mordomia Àquele a quem Ele alega tê-lo chamado para apascentar as Suas ovelhas

(Hebreus 13:17), a responder pelas almas que estavam confiadas ao seu cuidado. Se ele

falhar em alertar diligentemente o ímpio, e ele morrer em sua iniquidade, Deus declara: “o

seu sangue eu o requererei de ti” (Ezequiel 3:18).

Assim, o dever principal e constante do pregador é conformar-se àquela injunção:

“Procura apresentar-te a Deus aprovado, como obreiro que não tem de que se envergonhar,

que maneja bem a palavra da verdade” (2 Timóteo 2:15). Em toda a Escritura não há

nenhuma exortação dirigida aos pregadores que seja de maior importância do que essa, e

poucas se igualam a ela. Sem dúvida, é por isso que Satanás tem sido tão ativo na tentativa

de obscurecer suas duas primeiras cláusulas, lançando uma grande nuvem de pó sobre a

última. A palavra Grega para “procura” aqui significa “seja diligente”, não poupe esforços,

mas faça de sua preocupação primordial e esforço constante o agradar ao seu Mestre. Não

procure os sorrisos e lisonjas de vermes de pó, mas a aprovação do Senhor. Isso deve ter

precedência sobre todo o restante; sem isso, a atenção para o segundo aspecto

mencionado será em vão. Subordine completamente todos os outros objetivos a fazer de ti

mesmo alguém agradável a Deus — teu próprio coração e caráter, as tuas relações e andar

diante dEle, ordenando todos os teus caminhos segundo a Sua vontade revelada. De que

valem os seus “serviços”, suas ministrações, se Ele desagradar-Se de ti?

“Obreiro que não tem de que se envergonhar”. Seja consciente, diligente, fiel, no uso

que você faz do seu tempo e os talentos que Deus lhe confiou. Dê atenção constante ao

preceito. “Tudo quanto te vier à mão para fazer, faze-o conforme as tuas forças”

(Eclesiastes 9:10). Dê o seu melhor para Ele. Seja dedicado e assíduo, não descuidado e

desleixado. Ver o quão bem você pode fazer cada coisa, e não quão rápido. A palavra

Grega para “obreiro” é também traduzida como “trabalhador”, e no Inglês do século XX,

bem poderia ser traduzido como “operário”. O ministério não é lugar para frívolos e ociosos,

mas para aqueles que estão dispostos a gastarem-se e serem gastos na causa de Cristo.

O pregador deve trabalhar mais do que o mineiro, e passar mais horas por semana em seu

estudo do que o homem de negócios em seu escritório. Um obreiro é exatamente o oposto

de um preguiçoso. Se o pregador deve mostrar-se a Deus aprovado e ser um obreiro que

não tem do que se envergonhar, então ele terá que trabalhar enquanto os outros dormem,

e fazê-lo até que ele se canse mentalmente.

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“Medita estas coisas; ocupa-te nelas, para que o teu aproveitamento seja manifesto a

todos. Tem cuidado de ti mesmo e da doutrina. Persevera nestas coisas; porque, fazendo

isto, te salvarás, tanto a ti mesmo como aos que te ouvem” (1 Timóteo 4:15-16). Essa é

uma outra parte da ordem que Cristo colocou sobre Seus servos oficiais, ela é a mais

completa e exigente. Ele os obriga a ocuparem os seus corações com a obra, a aplicarem

todos os seus pensamentos a ela, a separarem-se completamente para ela e a dedicarem

todo o seu tempo e força para a obra. Eles devem manterem-se afastados de todos os

assuntos seculares e atividades mundanas, e mostrar toda a diligência na tarefa que lhes

foi atribuída. O fato dessa ser uma tarefa árdua é consequência das diferentes designações

dadas a eles. Eles são chamados de “soldados” para denotar os esforços e fadiga que

estão envolvidos no bom desempenho de sua vocação; “vigias e sentinelas” para

demonstrar o cuidado e preocupação que acompanham o seu ofício; “pastores e mestres”

para mostrar as várias funções de liderar e apascentar aqueles que foram comprometidos

ao seu cuidado. Entretanto, em primeiro lugar, eles devem dar atenção ao seu crescimento

pessoal em graça e piedade, se eles desejam ministrar eficazmente aos outros.

Particularmente o ministro precisa prestar atenção a essa ordem, “tem cuidado de ti

mesmo”, em seu estudo das Escrituras, lendo-as devocionalmente antes que ele faça isso

profissionalmente; ou seja, buscando sua aplicação e bênção à sua própria alma antes de

procurar por temas para o sermão. Como o piedoso Hervey expressou: “Assim, nós

podemos sempre ser afetados quando estudamos os oráculos da Verdade. Estudá-los, e

não como críticos frios, que são apenas juízes do seu significado, mas como pessoas

profundamente interessadas em tudo o que eles contêm; que são particularmente

confrontados em cada exortação, e orientados por cada preceito; de quem são as

promessas, e a quem pertencem os privilégios preciosos. Quando somos habilitados a

assim conceber e apropriar-nos do conteúdo desse livro inestimável, então vamos saborear

a doçura e sentir o poder das Escrituras. Então, saberemos por feliz experiência que as

palavras do nosso Mestre Divino não são apenas sons e sílabas, mas espírito e são vida”.

Ninguém pode estar constantemente dando aquilo que é revigorante e temperado, a menos

que esteja tomando para si, continuamente. Aquilo que ele declara aos outros é o que os

seus próprios ouvidos já ouviram primeiramente, seus próprios olhos têm visto, e suas mãos

manuseado.

A simples citação da Escritura no púlpito não é suficiente, as pessoas podem tornar-

se familiares à letra da Palavra por lê-la em casa; é a exposição e a aplicação da mesma

que são tão necessárias. “E Paulo, como tinha por costume, foi ter com eles; e por três

sábados disputou com eles sobre as Escrituras, expondo e demonstrando que convinha

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que o Cristo padecesse e ressuscitasse dentre os mortos...” (Atos 17:2-3). Mas, “abrir” as

Escrituras de modo a ajudar os santos, requer algo mais do que o treinamento de alguns

meses em um instituto bíblico, ou um ou dois anos em um seminário. Ninguém, senão

aqueles que foram pessoalmente ensinados por Deus na dura escola da experiência são

qualificados para “abrir” a Palavra, de modo que a luz divina seja lançada sobre os

problemas espirituais do crente, pois enquanto a Escritura interpreta a experiência, a

experiência é muitas vezes a melhor intérprete da Escritura. “O coração do sábio instrui a

sua boca, e aumenta o ensino dos seus lábios” (Provérbios 16:23), e esse “aprendizado”

não pode ser adquirido em qualquer uma das escolas humanas. Ninguém pode saber o

que a humildade é por meio da concordância, nem crescer na fé através do estudo de certas

passagens das Escrituras. A humildade é adquirida através de descobertas dolorosas da

praga de nossos corações, e a fé é aumentada por um conhecimento profundo de Deus.

Nós mesmos devemos ser consolados, antes que possamos consolar outros.

“Buscar meras noções da verdade, sem um esforço por uma experiência de seu poder

em nossos corações, não é o caminho para aumentar nossa compreensão das coisas

espirituais. Somente está em condições de aprender de Deus, aquele que sinceramente

entrega a sua mente, consciência e afeições ao poder e governo do que é revelado a ele.

Os homens também podem ter outras finalidades em seus estudos das Escrituras, como o

benefício e edificação dos outros. Mas se essa conformação de suas próprias almas com

o poder da Palavra não for posta em primeiro lugar em suas mentes, eles não lutam

legitimamente, nem eles serão aperfeiçoados. E se em algum momento, quando nós

estudamos a Palavra, nós não temos esse propósito expresso em nossas mentes, mas se

após a descoberta de qualquer verdade nos esforçamos para não ter algo semelhante a

isso em nossos próprios corações, perdemos nossa principal vantagem nisso” (John

Owen). Há muito a temer que muitos pregadores terão motivos para lamentar no dia

vindouro: “Puseram-me por guarda das vinhas; a minha vinha, porém, não guardei”

(Cantares de Salomão 1:6); como um cozinheiro que prepara refeições para os outros,

enquanto ele mesmo fica com fome.

Enquanto o pregador deve meditar na Palavra devocionalmente, ele também deve lê-

la estudiosamente. Se ele deseja tornar-se capaz de apascentar o seu rebanho com “o mais

fino trigo” (Salmos 81:16), então ele precisa estudá-la de forma diligente e diária, e isso até

o fim de sua vida. Infelizmente muitos pregadores abandonam o seu hábito de estudo, logo

que eles são ordenados! A Bíblia é uma mina inesgotável de tesouro espiritual, e quanto

mais as suas riquezas são desveladas para nós (por árdua escavação), mais percebemos

o quanto há ainda não conquistado, e quão pouco nós realmente entendemos o que foi

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recebido. “E, se alguém cuida saber alguma coisa, ainda não sabe como convém saber” [1

Coríntios 8:2].

A Palavra de Deus não pode ser compreendida sem um estudo constante e laborioso,

sem uma análise cuidadosa e em oração dos seus conteúdos. Isso não quer dizer que ela

é secreta e obscura. Não, ela é tão simples e inteligível como naturalmente outras coisas

podem ser, a Palavra está dada melhor forma possível para dar instrução a respeito das

coisas santas e profundas de que trata. Mas nada pode ser ensinado através dos melhores

meios possíveis de instrução que não traga dores em si mesmo. A promessa de

entendimento não é feita ao procrastinador e indolente, mas ao diligente e zeloso, para

aqueles que procuram um tesouro espiritual (Provérbios 2:3,5). As Escrituras precisam ser

examinadas, buscadas diariamente, com persistência e perseverança, se o ministro deseja

tornar-se completamente familiarizado com a totalidade do que Deus revelou e se ele quiser

pôr diante de seus ouvintes “um banquete de coisas gordurosas”. Sobre o pregador sábio

é dito: “tanto mais ensinou ao povo sabedoria; e atentando, e esquadrinhando, procurou o

pregador achar palavras agradáveis” (Eclesiastes 12:9-10), aqui é como se toda a sua alma

estivesse envolvida na descoberta do melhor modo de instrução.

Nenhum pregador deveria se contentar em ser nada menos do que “um homem

poderoso nas Escrituras” (Atos 18:24). Mas, para atingir isso ele deve subordinar todos os

outros interesses. Um antigo escritor curiosamente disse: “O pregador deve ser com o seu

tempo como o avarento é com o seu ouro: Guardá-lo com cuidado, e gastá-lo com cautela”.

Ele também deve lembrar-se constantemente do Livro que ele está prestes a anunciar, de

modo que ele o manuseie com a maior reverência e possa declarar: “meu coração temeu

a tua palavra” (Salmos 119:161). Ele deve aproximar-se desse ofício com humildade de

espírito, pois é somente aos tais que o Senhor “dá maior graça” [Tiago 4:6]. Ele sempre

deve vir a ele em espírito de oração, clamando: “o que não vejo, ensina-me tu” (Jó 34:32);

a graça iluminadora do Espírito frequentemente desvela mistérios ao manso e necessitado,

os quais permanecem ocultos para os mais instruídos e eruditos. Um coração santo é

igualmente indispensável para a recepção da verdade sobrenatural, pois o entendimento é

esclarecido pela purificação do coração. Deixe haver também uma expectativa humilde do

auxílio divino, pois o “seja-vos feito segundo a vossa fé” [Mateus 9:29] é válido aqui também.

É somente por dar atenção às coisas que têm sido apontadas nos parágrafos

anteriores que são estabelecidos os fundamentos necessário para qualquer homem se

tornar um expositor competente. A tarefa diante dele é expor, com clareza e precisão, a

Palavra de Deus. Seu trabalho é inteiramente exegético: anunciar o verdadeiro significado

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de cada passagem com a qual ele lida, que ela esteja de acordo com seus próprios

preconceitos ou não. Assim como o trabalho do tradutor é transmitir o verdadeiro sentido

do Hebraico e do Grego para o Português, assim também o trabalho do intérprete deve é

apreender e comunicar precisamente o significado das ideias a linguagem da Bíblia foi

concebida para transmitir. Como o renomado Bengel tão bem expressou: “Um expositor

deve ser como o construtor de um poço, o qual não coloca nenhuma água nele, mas faz de

seu objetivo permitir que a água flua, sem desvio, interrupção ou contaminação”. Em outras

palavras, ele não deve ter a menor liberdade com o texto sagrado, nem dar-lhe um

significado que não seja legítimo, nem modificar a sua força, nem encobrir algo que esteja

nele revelado, mas buscar anunciar o que tal texto realmente significa.

Estar em conformidade com o que acaba de ser dito exige uma abordagem imparcial,

um coração honesto e um espírito de fidelidade, por parte do intérprete. “Nada deve ser

extraído a partir do texto, senão o que é cedido pela explicação justa e gramatical de sua

linguagem” (Patrick Fairbaim). É fácil concordar com esse dictum, porém muitas vezes difícil

de pôr em prática. A ausência dessa disposição mental torna o pregador condenável; uma

tendência mental sectária e o desejo de agradar os seus ouvintes fizeram com que não

poucos fugissem da evidente força de certas passagens, e se tornassem bastante

estranhos ao verdadeiro significado delas. Lutero disse: “Nós não devemos buscar fazer a

Palavra de Deus significar o que nós desejamos. Nós não devemos torcê-la, mas deixar

que a Palavra venha a nos moldar, e dar-lhe a honra por isto ser melhor do que nós

podemos fazer com ela”. Qualquer coisa diferente disso é altamente condenável. Grande

cuidado sempre deve ser tomado para não expormos nossas próprias mentes, em vez da

mente de Deus. Nada pode ser mais censurável do que um homem proclamar um: “Assim

diz o Senhor”, quando ele está apenas expressando os seus próprios pensamentos. Ainda

assim, quem, mesmo involuntariamente, ainda não fez isso?

Se em relação ao farmacêutico é exigido por lei que ele siga exatamente a prescrição

do médico, e se os oficiais militares devem transmitir as ordens de seus comandantes na

íntegra ou sofrerão penalidades severas, quanto mais compete a alguém que lida com as

coisas divinas e eternas, aderir estritamente ao texto do Livro! A tarefa do intérprete é

buscar o que é descrito em Neemias 8:8: “E leram no livro, na lei de Deus; e declarando, e

explicando o sentido, faziam que, lendo, se entendesse”. A referência é àqueles que da

Babilônia haviam retornado à Palestina. Enquanto no cativeiro, haviam gradualmente

deixado de usar o hebraico como língua cotidiana, e passaram a usar o aramaico. Portanto,

havia uma necessidade real de explicar as palavras hebraicas em que a lei foi escrita (cf.

Neemias 13:23-24). No entanto, o registro desse acontecimento sugere que ele é de

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importância permanente e que tem uma mensagem para nós. Na boa providência de Deus

há pouca necessidade hoje que o pregador explique o hebraico e o grego, uma vez que já

existem traduções confiáveis dessas línguas para nossa própria língua materna; embora

ocasionalmente, e apenas muito moderadamente, o pregador possa traduzir e explicar

essas línguas originais. Mas a sua atividade principal é “explicar o sentido” da Bíblia em

Português e fazer com que os seus ouvintes “entendam” o seu conteúdo. Sua

responsabilidade é a de aderir estritamente à ordem: “Aquele que tem a minha palavra, fale

a minha palavra com verdade” (Jeremias 23:28).

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Solus Christus! Soli Deo Gloria!

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10 Sermões — R. M. M’Cheyne

Adoração — A. W. Pink

Agonia de Cristo — J. Edwards

Batismo, O — John Gill

Batismo de Crentes por Imersão, Um Distintivo

Neotestamentário e Batista — William R. Downing

Bênçãos do Pacto — C. H. Spurgeon

Biografia de A. W. Pink, Uma — Erroll Hulse

Carta de George Whitefield a John Wesley Sobre a

Doutrina da Eleição

Cessacionismo, Provando que os Dons Carismáticos

Cessaram — Peter Masters

Como Saber se Sou um Eleito? ou A Percepção da

Eleição — A. W. Pink

Como Ser uma Mulher de Deus? — Paul Washer

Como Toda a Doutrina da Predestinação é corrompida

pelos Arminianos — J. Owen

Confissão de Fé Batista de 1689

Conversão — John Gill

Cristo É Tudo Em Todos — Jeremiah Burroughs

Cristo, Totalmente Desejável — John Flavel

Defesa do Calvinismo, Uma — C. H. Spurgeon

Deus Salva Quem Ele Quer! — J. Edwards

Discipulado no T empo dos Puritanos, O — W. Bevins

Doutrina da Eleição, A — A. W. Pink

Eleição & Vocação — R. M. M’Cheyne

Eleição Particular — C. H. Spurgeon

Especial Origem da Instituição da Igreja Evangélica, A —

J. Owen

Evangelismo Moderno — A. W. Pink

Excelência de Cristo, A — J. Edwards

Gloriosa Predestinação, A — C. H. Spurgeon

Guia Para a Oração Fervorosa, Um — A. W. Pink

Igrejas do Novo Testamento — A. W. Pink

In Memoriam, a Canção dos Suspiros — Susannah

Spurgeon

Incomparável Excelência e Santidade de Deus, A —

Jeremiah Burroughs

Infinita Sabedoria de Deus Demonstrada na Salvação

dos Pecadores, A — A. W. Pink

Jesus! – C. H. Spurgeon

Justificação, Propiciação e Declaração — C. H. Spurgeon

Livre Graça, A — C. H. Spurgeon

Marcas de Uma Verdadeira Conversão — G. Whitefield

Mito do Livre-Arbítrio, O — Walter J. Chantry

Natureza da Igreja Evangélica, A — John Gill

OUTRAS LEITURAS QUE RECOMENDAMOS Baixe estes e outros e-books gratuitamente no site oEstandarteDeCristo.com.

— Sola Scriptura • Sola Fide • Sola Gratia • Solus Christus • Soli Deo Gloria —

Natureza e a Necessidade da Nova Criatura, Sobre a —

John Flavel

Necessário Vos é Nascer de Novo — Thomas Boston

Necessidade de Decidir-se Pela Verdade, A — C. H.

Spurgeon

Objeções à Soberania de Deus Respondidas — A. W.

Pink

Oração — Thomas Watson

Pacto da Graça, O — Mike Renihan

Paixão de Cristo, A — Thomas Adams

Pecadores nas Mãos de Um Deus Irado — J. Edwards

Pecaminosidade do Homem em Seu Estado Natural —

Thomas Boston

Plenitude do Mediador, A — John Gill

Porção do Ímpios, A — J. Edwards

Pregação Chocante — Paul Washer

Prerrogativa Real, A — C. H. Spurgeon

Queda, a Depravação Total do Homem em seu Estado

Natural..., A, Edição Comemorativa de Nº 200

Quem Deve Ser Batizado? — C. H. Spurgeon

Quem São Os Eleitos? — C. H. Spurgeon

Reformação Pessoal & na Oração Secreta — R. M.

M'Cheyne

Regeneração ou Decisionismo? — Paul Washer

Salvação Pertence Ao Senhor, A — C. H. Spurgeon

Sangue, O — C. H. Spurgeon

Semper Idem — Thomas Adams

Sermões de Páscoa — Adams, Pink, Spurgeon, Gill,

Owen e Charnock

Sermões Graciosos (15 Sermões sobre a Graça de

Deus) — C. H. Spurgeon

Soberania da Deus na Salvação dos Homens, A — J.

Edwards

Sobre a Nossa Conversão a Deus e Como Essa Doutrina

é Totalmente Corrompida Pelos Arminianos — J. Owen

Somente as Igrejas Congregacionais se Adequam aos

Propósitos de Cristo na Instituição de Sua Igreja — J.

Owen

Supremacia e o Poder de Deus, A — A. W. Pink

Teologia Pactual e Dispensacionalismo — William R.

Downing

Tratado Sobre a Oração, Um — John Bunyan

Tratado Sobre o Amor de Deus, Um — Bernardo de

Claraval

Um Cordão de Pérolas Soltas, Uma Jornada Teológica

no Batismo de Crentes — Fred Malone

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2 Coríntios 4

1 Por isso, tendo este ministério, segundo a misericórdia que nos foi feita, não desfalecemos;

2 Antes, rejeitamos as coisas que por vergonha se ocultam, não andando com astúcia nem

falsificando a palavra de Deus; e assim nos recomendamos à consciência de todo o homem,

na presença de Deus, pela manifestação da verdade. 3 Mas, se ainda o nosso evangelho está

encoberto, para os que se perdem está encoberto. 4 Nos quais o deus deste século cegou os

entendimentos dos incrédulos, para que lhes não resplandeça a luz do evangelho da glória

de Cristo, que é a imagem de Deus. 5 Porque não nos pregamos a nós mesmos, mas a Cristo

Jesus, o Senhor; e nós mesmos somos vossos servos por amor de Jesus. 6 Porque Deus,

que disse que das trevas resplandecesse a luz, é quem resplandeceu em nossos corações,

para iluminação do conhecimento da glória de Deus, na face de Jesus Cristo. 7 Temos, porém,

este tesouro em vasos de barro, para que a excelência do poder seja de Deus, e não de nós. 8 Em tudo somos atribulados, mas não angustiados; perplexos, mas não desanimados.

9 Perseguidos, mas não desamparados; abatidos, mas não destruídos;

10 Trazendo sempre

por toda a parte a mortificação do Senhor Jesus no nosso corpo, para que a vida de Jesus

se manifeste também nos nossos corpos; 11

E assim nós, que vivemos, estamos sempre

entregues à morte por amor de Jesus, para que a vida de Jesus se manifeste também na

nossa carne mortal. 12

De maneira que em nós opera a morte, mas em vós a vida. 13

E temos

portanto o mesmo espírito de fé, como está escrito: Cri, por isso falei; nós cremos também,

por isso também falamos. 14

Sabendo que o que ressuscitou o Senhor Jesus nos ressuscitará

também por Jesus, e nos apresentará convosco. 15

Porque tudo isto é por amor de vós, para

que a graça, multiplicada por meio de muitos, faça abundar a ação de graças para glória de

Deus. 16

Por isso não desfalecemos; mas, ainda que o nosso homem exterior se corrompa, o

interior, contudo, se renova de dia em dia. 17

Porque a nossa leve e momentânea tribulação

produz para nós um peso eterno de glória mui excelente; 18

Não atentando nós nas coisas

que se veem, mas nas que se não veem; porque as que se veem são temporais, e as que se

não veem são eternas.