volume iii - numer ii

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JOURNAL OF INFORMATION SYSTEMS AND TECHNOLOGY MANAGEMENT REVISTA DE GESTÃO DA TECNOLOGIA E SISTEMAS DE INFORMAÇÃO www.tecsi.fea.usp.br/revistatecsi/ ISSN: 1807-1775 Volume 3 : Número 2 : 2006 Available Online Disponível Online

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Second number of the 3th edition of the JISTEM (Journal of Information Systems and Technology)

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JOURNAL OF INFORMATION SYSTEMS AND TECHNOLOGY MANAGEMENT

R E V I S T A D E G E S T Ã O D A T E C N O L O G I A E S I S T E M A S D E I N F O R M A Ç Ã O

www.tecsi.fea.usp.br/revistatecsi/ ISSN: 1807-1775

Volume 3 : Número 2 : 2006

Available Online Disponível Online

Journal of Information Systems and Technology Management Revista da Gestão da Tecnologia e Sistemas de Informação ISSN online: 1807–1775 Quarterly/Quadrimestral

Editor Responsável - Editor Prof. Dr. Edson Luiz Riccio Universidade de São Paulo - FEA University of São Paulo - FEA

Assistant Editor Marici Gramacho Sakata, Universidade de São Paulo, Brazil

Editorial Advisory Board Adalberto A. Fischmann, University of São Paulo, Brazil Antonio Carlos dos Santos, Federal University of Sao Carlos Armando Malheiro da Silva, University of Minho, Portugal Burak Arzova, Marmara University, Turquia Fabio Frezatti, University of São Paulo, Brazil JaeJon Kim, Chonnan University, Korea José Rodriges Filho, Universidade Federal da Paraíba, Brazil Luc Marie Quoniam, University of Toulon Var, France Miguel Juan Bacic, University of Campinas, Brazil Miklos Vasarhelyi, Rutgers Business School, United States Rejane Maria da Costa, Catholic University of Brasilia, Brazil Robert D. Galliers, Bentley College, USA

Editorial Committee Christophe Benavent, Université Paris X, France, France Dilson Gabriel dos Santos, University of São Paulo, Brazil Geraldo Lino de Campos, University of Sao Paulo, Brazil Gilson Schwartz, University of Sao Paulo, Brazil Hamilton Correa, University of Sao Paulo, Brazil Jose Dutra de Oliveira Neto, University of Sao Paulo, Brazil Lindolfo Galvão de Albuquerque, University of Sao Paulo, Brazil Napoleão Verardi Galegale, Centro Paula Souza and Galegale Associados, Brazil Rosana Grillo Gonçalves, University of Sao Paulo, Brazil Salvador Ruiz-de-Chavez, APCAM, Mexico Sergio Gozzi, University of Sao Paulo, Brazil Corpo Diretivo - Directive Board

Profa. Dra Suely Vilela - Reitor/Rector Prof. Dr. Franco Maria Lajolo - Vice-Reitor/Vice-Rector Prof. Dr. Carlos Roberto Azzoni - Diretor da FEA/Dean of FEA

Publicado por - Published by: TECSI - Laboratório de Tecnologia e Sistemas de Informação - Revista de Gestão da Tecnologia e Sistemas de Informação - EAC FEA USP Av. Prof. Luciano Gualberto, 908 FEA 3, Cidade Universitária - São Paulo/SP 05508-900 Brasil Fone: 55-11-3091 5820 r.125 Fax: 55-11-3091 5820 [email protected] Indexação Latindex, Ulrich's Periodical Directory, DOAJ Webmaster Ricardo Horimoto [email protected] Apoio Técnico Equipe TECSI [email protected] Direitos e Permissão - Terms and Conditions Os artigos são de total responsabilidade dos autores e todos os direitos reservados ao TECSI, sendo permitida a publicação de trechos e artigos, com prévia permissão, desde que citada a fonte. A Revista de Gestão da Tecnologia e Sistemas de Informação tem formato digital e é distribuída gratuitamente por meio eletrônico. The articles are authors responsibility and all rights are reserved to TECSI. The use of these documents may be restricted by the user's agreement with the publisher. In addition, any user's unauthorized copying, distribution, public display, public performance, and preparation of derivative works from such documents is prohibited by copyright law. The "JISTEM" is free of charge and all editions will be available in the site.

Journal of Information Systems and Technology Management Revista de Gestão da Tecnologia e Sistemas de Informação Vol. 3, No. 2, 2006, pp. 170 ISSN online: 1807-1775

Volume 3 : Número 2 / Volume 3 : Number 2 2006

EDITORIAL 72-76Ferramentas de Disseminação do Conhecimento em uma Instituição de C,T&I de Defesa Nacional Antonio Ramalho de Souza Carvalho, Edson Aparecida de Araújo Querido Oliveira

77-92

Análise de Flexibilidade em Economia da Informação: Modelagem de Equações Estruturais Feruccio Bilich, Ricardo DaSilva, Paulo Ramos

93-122

TICs y empresas: Propuestas conceptuales para la generación de indicadores para la Sociedad de la Información Fernando Peirano, Diana Suárez

123-142

Metodología para la Gerencia de los Procesos del Negocio sustenda en el uso de Patrones Pedro Bonillo

143-162

Avaliação das Habilidades em TI: um estudo do ensino de informática no curso de administração André Luiz Pires de Miranda, Maria Celeste Reis Lobo de Vasconcelos, George Leal Jamil, Valéria Maria Martins Judice

163-192

CRM, apprentissage et contrôle organisationnel Christophe Benavent, Professeur, Olivier de la Villarmois

193-210

Continuous Auditing: the USA Experience and Considerations for its Implementation in Brazil Michael G. Alles, Fernando Tostes, Miklos A. Vasarhelyi, Edson Luiz Riccio

211-224

Resultados do 3º. CONTECSI Congresso Internacional de Gestão da Tecnologia e Sistemas de Informação / Outcomes of 3rd CONTECSI – International Conference on Information Systems and Technology Management Edson Luiz Riccio e colaboradores

225-255

Eventos Events 256-257

Submissão de Artigos Contributions 258-259

Editorial, Vol. 03, No. 02 2006 72

Editorial Edson Luiz Riccio Editor Editorial

Este número trás artigos que mais se destacaram no 3º CONTECSI que ocorreu em Junho de 2006. Os artigos foram indicados pelos pareceristas e comitê cientifico e classificados. Isso não desmerece os demais artigos apresentados no congresso que também foram considerados de alta qualidade pelos membros do comitê cientifico.

O 3º CONTECSI contou com 177 artigos apresentados e publicados nos Anais. O relatório completo do evento também está publicado nesta edição.

Este número também trás uma novidades que é o novo sistema de acesso e visualização da revista que é o sistema OJS/SEER que é um Sistema Eletrônico de Editoração de Revistas, traduzido e customizado pelo Instituto Brasileiro de Informação em Ciência e Tecnologia - IBICT (www.ibict.br/secao.php?cat=SEER) baseado no software desenvolvido pelo Public Knowledge Project (Open Journal Systems) da Universidade British Columbia (www.pkp.ubc.ca/ojs/). O sistema possui um padrão internacional e é utilizado por revistas no mundo inteiro. Esperamos com isso ampliar o acesso aos artigos e facilitar a busca por autores, indexação etc, ampliando assim a visibilidade dos artigos publicados e seus respectivos autores na comunidade científica. Os artigos desta edição são: 1) Ferramentas de Disseminação do Conhecimento em uma Instituição de C,T&I de Defesa Nacional de autoria de Antonio Ramalho de Souza Carvalho, Carlos Cezar de Mascarenhas, Edson Aparecida de Araújo Querido Oliveira, Brasil 2) Análise de Flexibilidade em Economia da Informação: Modelagem de Equações Estruturais de autoria de Feruccio Bilich, Ricardo DaSilva, Paulo Ramos, Brasil 3) TICs y empresas: Propuestas conceptuales para la generación de indicadores para la Sociedad de la Información de autoria de Fernando Peirano, Diana Suárez, Argentina 4) Metodología para la Gerencia de los Procesos del Negocio sustenda en el uso de Patrones de autoria de Pedro Bonillo, Venezuela 5) Avaliação das Habilidades em TI: um estudo do ensino de informática no curso de administração de autoria de André Luiz Pires de Miranda, Maria Celeste Reis Lobo de Vasconcelos, George Leal Jamil, Valéria Maria Martins Judice, Brasil 6) CRM, apprentissage et contrôle organisationnel de autoria de Christophe Benavent, Olivier de la Villarmois, França 7) Continuous Auditing: the USA Experience and Considerations for its Implementation in Brazil de autoria de Michael G. Alles, Fernando Tostes, Miklos A. Vasarhelyi, Edson Luiz Riccio 8) Resultados do 3º. CONTECSI Congresso Internacional de Gestão da Tecnologia e Sistemas de Informação / Outcomes of 3rd CONTECSI – International Conference on Information Systems and Technology Management

Na chamada de eventos, estamos divulgando uma iniciativa do TECSI que é o 3º Workshop Brasileiro de XBRL, no dia 20 de outubro de 2006. O evento poderá ser

Editorial, Vol. 03, No. 02 2006

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acompanhado do mundo todo através da Internet, a transmissão será feita com o apoio do Estudio Multimeios do CCE - Centro de Computação Eletrônica da USP - Universidade de São Paulo, Brasil. O objetivo do Workshop é divulgar e discutir o estado-da-arte da linguagem e tecnologia XBRL para a divulgação de informações econômico-financeiras. Também consta na chamada de eventos o “Call for Papers” do 4º CONTECSI - Internacional Conference on Information Systems and Technology Management. O CONTECSI tem crescido a cada ano em número de trabalhos, de participantes e de qualidade. O 4º CONTECSI contará com a presença de renomados pesquisadores Brasileiros e diversos países.

Editorial, Vol. 03, No. 02 2006 74

Editorial Edson Luiz Riccio Editor

This issue contains articles that stood out at the 3rd CONTECSI, which took place

in June 2006. The articles were nominated by judges, scientific committee. This fact does not disregard other papers presented at the congress, which were considered to be high quality material by the scientific committee members.

The 3rd CONTECSI totaled 177 articles presented and published in the Proceedings. The complete report on the event is published in this issue.

This issue also brings news about the new access system and visualization of the journal, which is the OJS/SEER, an Electronic Journal Publishing System, translated and customized by IBICT (Brazilian Institute of Information in Science and Technology - www.ibict.br/secao.php?cat=SEER) based on the software developed by Public Knowledge Project (Open Journal Systems, of the British Columbia University - www.pkp.ubc.ca/ojs/).

The system has an international standard, which is used by journals around the world. By using such a system, we intend to improve the access to articles and facilitate the search for authors, indexing, expanding the visualization of articles published and their authors within the scientific community. The articles are: 1) Tools of knowledge dissemination within a national defense institution for innovation, technology and science, by Antonio Ramalho de Souza Carvalho, Carlos Cezar de Mascarenhas, Edson Aparecida de Araújo Querido Oliveira, Brazil. 2) Flexibility analysis in an information economy: structural equation modeling, by Feruccio Bilich, Ricardo DaSilva, Paulo Ramos, Brazil 3) ICTS and enterprise: conceptual proposals to generate indicators for the information society, by Fernando Peirano, Diana Suárez, Argentina 4) Business process management with the use of patterns methodology, by Pedro Bonillo, Venezuela 5) Information technology users´ abilities: a case study on computing learning in an undergraduate course, by André Luiz Pires de Miranda, Maria Celeste Reis Lobo de Vasconcelos, George Leal Jamil, Valéria Maria Martins Judice, Brazil 6) CRM, learning and organizational control, by Christophe Benavent, Olivier de la Villarmois, França 7) Continuous Auditing: the USA Experience and Considerations for its Implementation in Brazil by Michael G. Alles, Fernando Tostes, Miklos A. Vasarhelyi, Edson Luiz Riccio.

Outcomes of 3rd CONTECSI – International Conference on Information Systems and Technology Management.

In the announcement of events, we are informing an initiative by TECSI, which is the 3rd Brazilian Workshop of XBRL, on October 20th, 2006. The event can be followed

Editorial, Vol. 03, No. 02 2006

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worldwide through the Internet; it will be streamed with the support provided by Estudio Multimeios of CCE (Electronic Computer Center of USP), University of São Paulo, Brazil. The purpose of the Workshop is to inform and discuss the state of the art in XBRL language and technology for the posting of financial-economic information. Also, in the announcement, other events are mentioned, such as the “Call for Papers” of the 4th CONTECSI - International Conference on Information Systems and Technology Management. CONTECSI has grown by the year regarding number of papers, participants and quality. The 4th CONTECSI will feature renowned researchers from Brazil and from many other countries.

Editorial, Vol. 03, No. 02 2006 76

Revista de Gestão da Tecnologia e Sistemas de Informação Journal of Information Systems and Technology Management Vol. 3, No. 2, 2006, p. 77-92 ISSN online: 1807-1775

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Recebido em/Manuscript first received: 03/02/2006 Aprovado em/Manuscript accepted: 02/06/2006

Endereço para Correspondência/Addresss for Correspondence

Antonio Ramalho de Souza Carvalho, Mestre em Gestão e Desenvolvimento Regional pela Universidade de Taubaté, Pós-Graduado em Marketing e em Gerência de Projetos. Bacharel em Administração de Empresas pela Universidade São Francisco. Assessor da Divisão de Assuntos Especiais do Comando-Geral de Tecnologia Aeroespacial, São José dos Campos, São Paulo. E-mail: [email protected]. Carlos Cezar de Mascarenhas, Mestre em Gestão e Desenvolvimento Regional pela Universidade de Taubaté, Bacharel em Administração de Empresas pela Fundação Lusíadas. Professor das Faculdades de Administração de Empresas INESP e da Faculdade de Negócios INEA e Consultor nas áreas de Planejamento Estratégico, Projetos de Modernização Administrativas e Revisão de Processos. E-mail: [email protected] Edson Aparecida de Araújo Querido Oliveira, Doutor em Organização Industrial pelo Instituto Tecnológico de Aeronáutica. Mestre em Economia pela Pontifícia Universidade Católica de São Paulo. Especialização em Gerência de Projetos e Engenharia Econômica. Bacharel em Economia pela Universidade do Vale do Paraíba. Coordenador do Programa de Pós-graduação em Administração da Universidade de Taubaté. Coordenador do Núcleo de Ensino a Distância da Universidade de Taubaté E-mail: [email protected]. ISSN online: 1807-1775 Publicado por/Published by: TECSI FEA USP – 2006

FERRAMENTAS DE DISSEMINAÇÃO DO CONHECIMENTO EM UMA INSTITUIÇÃO DE C,T&I DE DEFESA NACIONAL TOOLS OF KNOWLEDGE DISSEMINATION WITHIN A NATIONAL DEFENSE INSTITUTION FOR INNOVATION, TECHNOLOGY AND SCIENCE Antonio Ramalho de Souza Carvalho Unitau – Universidade de Taubaté, São Paulo, Brasil. Carlos Cezar de Mascarenhas Faculdades de Administração de Empresas INESP e da Faculdade de Negócios INEA, Brasil. Edson Aparecida de Araújo Querido Oliveira Unitau – Universidade de Taubaté, São Paulo, Brasil.

ABSTRACT

This paper describes and analyzes in a National Defense Institution for Innovation, Technology and Science its tools of knowledge dissemination. The methodology contemplates the period of 2004 and 2005. Qualitative and quantitative information orientate the research in order to understand focal aspects on knowledge dissemination, in comparison with theoretical references of renowned authors and other elaborated research searching for elements to perform an organizational diagnosis, focused on the knowledge dissemination as well as on the forces which promote or obstruct the organizational development. Conclusions are that the tools of knowledge dissemination must suitable to spread the tacit knowledge in such a way as the explicit ones and

Carvalho, A., Mascarenhas, C., Oliveira, E.

Revista de Gestão da Tecnologia e Sistemas de Informação/Journal of Information Systems and Technology Management

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that, in a National Defense Institution, other important aspects must be considered, a time that, being the spread knowledge of wrong form can, besides bringing damages for the organization, to compromise the national sovereignty.

Keywords: Knowledge Management, Institution of Science, Technology and Innovation

RESUMO

Este trabalho descreve e analisa, em uma Instituição de Ciência, Tecnologia e Inovação (C,T&I) de Defesa Nacional, as suas ferramentas de disseminação do conhecimento. A descrição busca identificar quais as possíveis ferramentas que se destacam e a análise consiste em submeter críticas ou sugestões que possibilitem beneficiar a gestão organizacional por meio da prática da disseminação do conhecimento. A metodologia contempla um estudo exploratório realizado no período de 2004 e 2005, com informações qualitativas e quantitativas norteando a pesquisa, de modo a possibilitar o entendimento dos aspectos focais sobre as ferramentas de disseminação do conhecimento, comparando-as aos referenciais teóricos de autores conceituados e outras pesquisas elaboradas. Conclui-se que as ferramentas de disseminação do conhecimento devem estar adaptadas para disseminar tanto o conhecimento tácito como os explícitos e que, numa instituição voltada para a defesa nacional, outros aspectos importantes devem ser considerados, uma vez que, sendo o conhecimento disseminado de forma inapropriada pode, além de trazer prejuízos para a organização, comprometer a soberania nacional. Palavras-chave: Gestão do Conhecimento, Instituição de C,T&I

1. Introdução

Neste século, as organizações públicas têm sofrido mudanças de ordens estrutural e funcional, procurando adaptar-se às novas demandas sociais do mundo globalizado, onde a sociedade exige transparência nas ações governamentais.

As mudanças requisitadas pela sociedade obrigam as organizações a criarem mecanismos para que suas respostas sejam aquelas que contribuam para a melhoria da qualidade de vida, em atendimento à missão para qual foram criadas. Um dos mecanismos utilizados, devido à complexidade organizacional, é a gestão por intermédio do aprendizado organizacional, que objetiva, obrigatoriamente, a disseminação do conhecimento procedente das realizações técnicas-científicas, administrativas e organizacionais.

Por se tratar de organizações públicas, a disseminação do conhecimento deve ir além dos pressupostos do modelo burocrático de gestão, no qual, normalmente, a informação se propaga regida por normas impessoais, dentro de uma estrutura organizacional racional. Nesse caso, a incapacidade de sua propagação pode provocar disfunções organizacionais capazes de convergir num sistema ineficaz, rumo à sua deterioração. Em contrapartida, a sustentabilidade da disseminação do conhecimento pode trazer benefícios ao desenvolvimento e retardo à deterioração organizacional.

A necessidade das organizações públicas serem bem sucedidas, em especial a organização fomentadora do estudo, realizando suas atividades de forma incessante em prol do cumprimento de suas missões, e a necessidade de vê-las dimensionadas para adaptarem-se às mudanças tecnológicas sugeridas pela sociedade é o que motiva a compreensão das ferramentas de disseminação do conhecimento utilizadas.

O grande desafio, ao tratar de disseminação do conhecimento em Instituição de C,T&I de Defesa Nacional, é que o processo torna-se crítico devido ao fato de a transferência do conhecimento nem sempre é permitida, com o intuito de fazer a manutenção do segredo inerente aos muitos projetos realizados, sendo que um desenvolvimento tecnológico bem conduzido pode gerar um segredo de Estado.

Ferramentas de disseminação do conhecimento em uma instituição de C,T&I de defesa nacional

Vol.3, No. 2, 2006, p.77-92

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2. Referencial Teórico

Apresenta-se neste capítulo a revisão da literatura, com ênfase na disseminação do

conhecimento, destacando os aspectos relacionados as suas ferramentas e demonstra as características relacionadas às Instituições de C,T&I de Defesa Nacional. Disseminação do Conhecimento

Verifica-se, devido a gama de literatura sobre o assunto, que o interesse de estudiosos e profissionais pelo tema “gestão do conhecimento” tem aumentado nesta última década, quando novas práticas organizacionais foram implantadas dentro desse conceito que ainda não tem consolidada uma definição que seja consensual. Mas, passa a ser utilizada como ferramenta de gestão, o que traz valor à organização quando se gerencia o conhecimento organizacional, o novo recurso básico das organizações.

Conforme Antonelli e Quéré (2004, p. 1), a identificação do conhecimento é vista como um bem econômico. Nessa mesma linha, Catropa (2001) informa que o clássico tripé da economia(terra, capital e trabalho) passa a ser substituído pela tecnologia, em que o conhecimento, considerado como o insumo fundamental ao processo produtivo, fortalece o processo de globalização das economias e dos mercados, migrando da gestão preconizada dos modelos da sociedade industrial para os modelos da sociedade da informação.

Daft (2002, p. 239) define conhecimento como a combinação de informações pelos cérebros coletivos dos funcionários que se baseia em conhecimento anterior. Antonelli e Quéré (2004, p. 16) acrescentam que o conhecimento externo é uma contribuição importante no processo de produção desses novos conhecimentos.

Conforme Wiig (2000), a prática de gestão do conhecimento deve levar em consideração os benefícios que os indivíduos envolvidos receberão, devido ao foco do conhecimento estar nos indivíduos e não em sistemas de processos de trabalho ou em ferramentas dentro de organizações. Assim, tem-se a definição de gestão do conhecimento apresentado por Terra de forma abrangente:

“Gestão do Conhecimento significa organizar as principais políticas, processos e ferramentas gerenciais e tecnológicos à luz de uma melhor compreensão dos processos de geração, identificação, validação, disseminação, compartilhamento, proteção e uso dos conhecimentos estratégicos para gerar resultados (econômicos) para a empresa e benefícios para os colaboradores internos e externos (stakeholders).” (TERRA, 2005, p. 8)

Rodriguez (2002, p. 151) diz que o sucesso da prática da gestão do

conhecimento na organização está relacionado diretamente com as pessoas, e os processos apoiados na tecnologia da informação como ferramenta de organizar e disseminar o conhecimento no sistema.

Para Davenport e Prusak (1998, p. 3-7), o processo de gerenciamento do conhecimento consiste em um ciclo de geração, codificação e coordenação e disseminação do conhecimento.

A disseminação do conhecimento consiste na prática da transferência do conhecimento, podendo ser pela contratação de pessoas, pelas conversas informais e

Carvalho, A., Mascarenhas, C., Oliveira, E.

Revista de Gestão da Tecnologia e Sistemas de Informação/Journal of Information Systems and Technology Management

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não programadas, ou por reuniões e ações estruturadas que possibilitam a mobilidade do conhecimento pela organização.

Para Daft (2002, p. 240), a disseminação do conhecimento, em qualquer organização, é crucial. O conhecimento explícito é formalmente capturado e compartilhado por meio da tecnologia da informação, enquanto o tácito não, e estima-se que o tácito representa 80% do conhecimento útil de uma organização.

Davenport e Prusak (1998. p. 123) narram que somente existe a disseminação do conhecimento quando há sua absorção pelo receptor. Schulz (2001) acrescenta que após a pesquisa realizada em empresas situadas na Dinamarca e nos Estados Unidos, a transferência do conhecimento é afetada diretamente pela produção do conhecimento elaborado pela organização.

Conforme Probst, Raub e Romhardt (2002, p. 34), a disseminação do conhecimento na organização é condição prévia para transformar informações ou experiências isoladas em algo que toda a organização possa utilizar. E a primeira condição para sua disseminação é a sua própria existência. Esses autores buscam demonstrar que não é necessária a disseminação de todo conhecimento para toda organização; a amplitude da disseminação deve estar em acordo com a estratégia organizacional, com as políticas de pessoas, com o modelo de estrutura da empresa e com a tecnologia existente.

Para o entendimento das estratégias organizacionais têm-se as ferramentas de disseminação do conhecimento descritas, na Tabela 1, conforme pesquisa1 realizada pela E-Consulting Corp, apresentada na HSM (2004, p. 42), com executivos de empresas de grande porte, sediadas no Brasil. Tabela 1 – Ferramentas de Disseminação do Conhecimentos mais utilizadas (Adaptação

de HSM, 2004, p. 42) FERRAMENTAS UTILIZADAS

E-mail 84,2% Internet 64,2% Debates 46,3% Listas de discussões 29,0% Chats programados 22,5% Mensagens instantâneas 18,8% Multiplicadores de conhecimento 16,4% Outras 14,5% Instituições de C,T&I de Defesa Nacional

Uma vez que a instituição fomentadora do estudo dedica-se à pesquisa e ao desenvolvimento de tecnologias em diversas áreas de interesse da soberania nacional e da defesa nacional, torna-se importante considerar particularidades das Organizações de Ciência, Tecnologia e Inovação (Instituições de C,T&I) de Defesa.

Essas instituições têm suas atividades norteadas pela Política de Ciência, Tecnologia e Inovação para a Defesa Nacional Brasileira, descrita em Brasil (2004),

1 A pesquisa do Strategy Research Center da E-Consulting Corp foi realizada nos meses de setembro, outubro e novembro de 2003, com uma amostra composta

de 200 empresas de grande porte sediadas no Brasil, nacionais e multinacionais, sendo 13,7% da indústria; 9,8% do comércio; 64,3% de serviços; e 14,2% do

terceiro setor. As empresas foram escolhidas de acordo com a importância que têm em seus segmentos de atuação e conforme o estágio em que se encontram na

prática de gestão do conhecimento. Apesar de representar a diversidade da economia brasileira, a amostra não pode ser considerada como uma média nacional,

mas sim como parâmetro àqueles que desejam estudar e aprender a prática de gestão do conhecimento.

Ferramentas de disseminação do conhecimento em uma instituição de C,T&I de defesa nacional

Vol.3, No. 2, 2006, p.77-92

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possui as seguintes finalidades: (I) apresentar os objetivos estratégicos para os componentes e órgãos de expressão militar do Poder Nacional; (II) orientar as instituições que venham a participar de atividades de ciência, tecnologia e inovação de interesse da Defesa; (III) criar um ambiente capaz de estimular a pesquisa e o aproveitamento do conhecimento científico existente; (IV) fomentar o desenvolvimento industrial; e (V) gerar produtos inovadores alinhados aos interesses comuns das Forças Armadas.

Esta política está diretamente relacionada à gestão do conhecimento, relembrando que, na visão de Sabbag (2000), conjetura-se a formação de um sistema cujos componentes apresentam naturezas distintas, envolvendo ações voltadas à geração de novos conhecimentos, ações ligadas à explicitação, além de disseminação e de apropriação, transformando esse conhecimento em saber autêntico, incorporado nas pessoas e na organização.

Na visão de Antonelli e Quéré (2004, p. 17), os novos conhecimentos são necessários para inovar, tendo em vista que, para esses autores, a gestão do conhecimento organizacional deve permitir a produção de produtos e serviços competitivos.

Ao analisar a expressão “defesa nacional”, descrita na Política de C,T&I de Defesa, tem-se o trabalho apresentado por Brandão (2005, p. 834) que enuncia este tipo de expressão como: ações, medidas e atitudes com ênfase na expressão militar, na segurança e defesa nacional:

“O conjunto de atitudes, medidas e ações do Estado, com ênfase na Expressão Militar, para a defesa do território, da soberania e dos interesses nacionais contra ameaças preponderantemente externas, potenciais e manifestas”. (BRANDÃO, 2005, p. 838).

O mesmo autor informa que a mesma ênfase é dada à expressão militar, e a

defesa nacional apenas terá êxito se considerar os fatores políticos, científicos, tecnológicos e econômicos que envolvem uma nação.

Conforme descrito em Brasil (2005b), a manutenção da soberania nacional requer a atualização permanente e o reaparelhamento gradual das Forças Armadas, com ênfase no desenvolvimento da indústria de defesa, visando à redução da dependência tecnológica e a superação das restrições de acesso a tecnologias sensíveis.

Para o desenvolvimento da indústria de defesa, as Instituições de C,T&I de Defesa demandam intensivo uso de tecnologia, buscando o desenvolvimento de produtos de alto valor agregado para a nação, geralmente, de longo prazo para o seu desenvolvimento, com baixa escala de produção. A gestão do conhecimento torna-se, então, um fator crítico de sucesso. Porém, são conhecimentos que devem ser diferenciados quanto à forma de sigilo e de disseminação.

Diferente da orientação de Garvin (2000, p. 68), o conhecimento numa Instituição de C,T&I de Defesa nem sempre pode ser disseminado com rapidez e eficiência, salvaguardando o sigilo da informação e o seu caráter restritivo, uma vez que o destinatário nem sempre tem conhecimento de sua origem.

Outra justificativa para a prática da gestão de conhecimento em Instituições de C,T&I de Defesa é descrita por Becerra-Fernandez e Sabherwal (2005, p. 159), que relatam, ao estudar a NASA-KSC (Kennedy Space Center), que a diminuição do orçamento e o aumento da

Carvalho, A., Mascarenhas, C., Oliveira, E.

Revista de Gestão da Tecnologia e Sistemas de Informação/Journal of Information Systems and Technology Management

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complexidade dos trabalhos têm tornado cada vez mais importante a prática da gestão do conhecimento naquela instituição.

Uma das ações propostas, descrita em Brasil (2005a, p. 19), consiste no fortalecimento de instituições envolvidas com a implementação do PNAE. Para que isso ocorra, a diretriz impõe os seguintes princípios: (I) formação, capacitação e alocação de recursos humanos de modo a favorecer a inovação tecnológica e o aperfeiçoamento da gestão; (II) utilização de métodos, técnicas e ferramentas de gestão do conhecimento gerado no âmbito destas instituições; e (III) utilização de métodos, técnicas e ferramentas de planejamento estratégico e tecnológico para a área espacial.

Como pode ser percebido, um dos princípios descrito está diretamente relacionado com as ferramentas de gestão do conhecimento, e em pesquisa elaborada por Batista et al. (2005, p. 35), verificou-se que o Ministério da Defesa e o Comando do Exército possuem nível razoável de comprometimento estratégico com a gestão do conhecimento. Apresentam iniciativas de curto prazo sendo implementadas, enquanto o Comando da Aeronáutica não indica, em curto prazo, a gestão do conhecimento como estratégico para a organização ou, ainda, registra iniciativas muito incipientes nesta área.

Um outro relato sobre o fator estratégico da gestão do conhecimento, na área de Defesa, é descrito por Becerra-Fernandez e Sabherwal (2005, p. 161) com a NASA- KSC, nos anos 80, uma instituição compartimentada e auto-suficiente, com pessoas capazes de transferir o conhecimento de indivíduo para indivíduo. Havia, naquela época, uma mistura de antigos e novos funcionários nutrindo um processo natural de mentoring e treinamento.

A educação formal era um dos meios de desenvolver a base do conhecimento organizacional. Entre os anos de 1980 a 1993, funcionários foram promovidos e outros transferidos para Centros de Pesquisa, como oportunidade de desenvolvimento pessoal. Em 1993, devido a reformas governamentais, a instituição demitiu um terço de sua mão-de-obra, o que a motivou a realizar ações que pudessem manter e capturar o conhecimento.

Becerra-Fernandez e Sabherwal (2005, p. 165) relatam que, em 2000, iniciou-se a reorganização da NASA-KSC, uma vez que foram diagnosticados a perda do conhecimento, a diminuição de recursos humanos, o aumento da complexidade dos projetos e a inclusão de novas tecnologias.

Para a reorganização, os esforços empreendidos seriam norteados pela prática da gestão do conhecimento, identificando-se a necessidade de: (I) desenvolver um Portal de Conhecimento para apoiar as comunidades de prática ao longo da Instituição; (II) desenvolver um sistema capaz de identificar especialistas em suas habilidades e competências, dentro e fora da Instituição, por meio da tecnologia da informação, que pudesse avaliar o desempenho desses especialistas; e (III) trabalhar a cultura da NASA-KSC.

Os princípios mencionados estão diretamente relacionados com a prática e às ferramentas da gestão do conhecimento, o que torna interessante o entendimento destas práticas na organização fomentadora do estudo.

3. Metodologia da Pesquisa

Neste item é descrito o método seguido que auxiliou a verificação das ferramentas de disseminação do conhecimento utilizadas. A pesquisa baseou-se em estudo de caso complementado pelo estudo exploratório, previsto por Yin (2005). O caráter exploratório se

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justificou por se tratar de uma abordagem com escassos antecedentes na organização, em termos de pesquisa, buscando desenvolver, esclarecer e modificar conceitos ou idéias, para a formulação de abordagens condizentes para o desenvolvimento de estudos posteriores.

As informações utilizadas na pesquisa foram predominantemente qualitativas, porém aspectos quantitativos foram considerados para que fosse possível um melhor embasamento, em alguns aspectos focais na obtenção do diagnóstico.

Para o universo da pesquisa foram considerados os gerentes de projetos, servidores que lidam diretamente com a estrutura organizacional, e os trabalhadores de disseminação do conhecimento, servidores, comprovadamente com ações de disseminação do conhecimento pertencentes a uma Instituição Pública de C,T&I de Defesa.

Os servidores foram escolhidos por serem considerados como aqueles que mais se aproximam das condições questionadas e por terem o perfil para a pesquisa em questão: (I) 22 (vinte e dois) Gerentes de projetos – servidores oficialmente cadastrados como gerentes de projetos e que lidam diretamente com o modelo de gestão organizacional. Estes gerentes, lotados nas diversas unidades, possuem atuação matricial na organização e responsabilidades definidas pela alta direção; e (II) 43 (quarenta e três) Trabalhadores de disseminação do conhecimento: servidores que têm a cultura da disseminação do conhecimento explícito com diversas publicações feitas em Congressos, Seminários e revistas especializadas, entre outros. Estes trabalhadores possuem publicações reconhecidas e valorizadas institucionalmente.

A análise dos perfis desses servidores revelou que cinco pertencem ao grupo de gerentes de projetos e ao grupo de trabalhadores de disseminação do conhecimento, formando um universo de pesquisa de 60 (sessenta) elementos. Houve participação de 41 (quarenta e um) elementos, representando 68% (sessenta e oito por cento) do universo.

A coleta de dados foi realizada nos anos de 2004 e 2005, utilizando-se, conforme descrito por Yin (2005, p. 113), de base documental e questionário aplicado a um grupo selecionado, buscando entender, de uma forma científica, quais as ferramentas de disseminação do conhecimento utilizadas.

A opção pela técnica de aplicação de questionário partiu do princípio de que este método permitiria a participação dos funcionários, independentemente do setor de atuação, num prazo reduzido.

4. Resultados Obtidos

Os resultados apresentados nesse capítulo se aplicam à organização fomentadora do estudo, dentro da percepção dos entrevistados e da coleta de informações documentais, cujas conclusões não devem ser estendidas às demais instituições públicas de pesquisa e nem a setores da instituição que salvaguardam o sigilo do conhecimento.

Como visto, a disseminação do conhecimento é condição prévia para transformar experiências isoladas e informações em algo que toda organização possa utilizar.

Durante o trabalho, os pesquisados descreveram a existência de ferramentas e práticas de disseminação do conhecimento na Instituição, conforme apresentado no Gráfico 1.

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Práticas e ferramentas Gráfico 1 – Ferramentas Existentes na Instituição na Percepção dos Entrevistados

O percentual apresentado no Gráfico 1 considera o número de “respondentes” de cada questão e não a totalidade dos entrevistados. As outras práticas apresentadas consistem em defesas de tese e apresentação de trabalhos de mestrado, participação em congressos e seminários, apresentação de publicações técnicas, participação de reuniões técnicas, documentação eletrônica, treinamentos informais e contatos diretos entre os servidores.

Das ferramentas apresentas, aquelas que mais são utilizadas estão apresentadas no Gráfico 2.

Este Gráfico considera as ferramentas sempre usadas e aquelas freqüentemente empregadas, e no percentual elaborado foi considerado, mais uma vez, o número de respondentes para cada questão e não a totalidade dos entrevistados.

Um dos modos estruturados de disseminação do conhecimento sistematizado pela Instituição é por meio da “Coletânea de Resumos de Publicações Técnico-científicas”, que disponibiliza os resumos dos artigos publicados em periódicos, bem como os artigos publicados em anais de eventos científicos, teses e dissertações de mestrado, de doutorado, partes de livro, trabalhos de curso e outras publicações técnicas de âmbito interno.

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Práticas e Ferramentas Gráfico 2 – Ferramentas Utilizadas na Instituição na Percepção dos Entrevistados

Na Tabela 2 encontram-se os indicadores de publicações realizadas ou apresentadas durante o ano de 2004, conforme a Coletânea de Resumos de Publicações Técnico-científicas. Nesta Tabela fica evidente a pouca geração de publicações pelos setores de staff, setores responsáveis, respectivamente, pela coordenação e controle do planejamento das atividades educacionais, científicas, tecnológicas de administração de toda Instituição e apoio na realização das atividades necessárias ao funcionamento da Instituição. Tabela 2 – Relação de Publicações de 2004 elaboradas pela Instituição

Unid. 1 Unid. 2 Unid. 3 Unid. 4 Staff TOTAL

ARTIGOS DE PERIÓDICOS 17 10 18 0 0 45 Internacionais 12 6 16 34

Nacionais 5 4 2 11 ARTIGOS DE EVENTOS CIENTÍFICOS 59 39 89 1 1 189

Internacionais 25 15 27 1 68 Nacionais 34 24 62 1 121

TESES DE DOUTORADO 1 14 15 TESES / DISSERTAÇÕES DE MESTRADO 1 63 2 66

LIVROS 0 PARTES DE LIVRO 1 1

MANUAIS TÉCNICOS 0

As vezes utilizam

Sempreutilizam

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NOTAS TÉCNICAS 14(1) 14 RELATÓRIOS DE PESQUISA 9(2) 1 10

TRABALHOS DE CURSO 2 103 1 106

TOTAL 85 67 288 4 2 446 (1) Das 14 Notas Técnicas, 2 são reservadas e não estão nesta Coletânea; (2) Dos 9 Relatórios de Pesquisa, 8 são reservados e não estão nesta Coletânea.

Este tipo de coletânea tem sido elaborado ao longo de dezessete edições. No

Gráfico 3, verifica-se a evolução dessas apresentações, desde o ano de 1996.

1996

1997

1998

1999

2000

2001

2002

2003

2004

182 202

214

160

266

164

215

136

189

92 84 83 82 86 68102 110 106

76 83 8962 69 67 89 70 8124

46 48 43 52 40 48 40 454219 13 12 13 10 9 19 24

6 3 1 2 5 4 2 0 1

LIVROS/PARTES DE LIVROS PUBLICAÇÕES INTERNAS (1)ARTIGOS DE PERIÓDICOS (2) TESES DE DOUTORADO/MESTRADOTRABALHOS DE CURSO EVENTOS CIENTÍFICOS (2)

(1) Em Publicações Internas são consideradas as seguintes publicações: Notas Técnicas, Manuais Técnicos e Relatórios de Pesquisa.

(2) Nos próximos gráficos, os Artigos de Periódicos e Eventos Científicos estão sendo apresentados, separadamente, em nacionais e internacionais.

Gráfico 3 – Evolução por Tipo de Publicação: Período de 1996 a 2004

Ao verificar este modelo de disseminação do conhecimento, percebe-se que são identificados os dados e transformados em informações para agir na mente daqueles que trabalham para gerar o conhecimento.

Está presente o ciclo descrito por Davenport e Prusak (1998. p. 3-7) da geração do conhecimento para a tomada de decisão, sua codificação e coordenação, de modo a tornar o conhecimento acessível para os diferentes modelos mentais e pelas diversas áreas organizacionais e, por fim, a própria prática da disseminação do conhecimento.

Este modelo de disseminação do conhecimento corresponde, praticamente, a artigos técnico-científicos relacionados com a atividade da organização, quase inexistindo artigos de gestão organizacional, considerada como atividade de apoio. Nesse ponto, observado por Salles-Filho, Bonacelli e Mello (2000, p. 89), uma organização pública de pesquisa, para se tornar uma organização que aprende, necessita, além de conhecimento científico e tecnológico, de conhecimento organizacional.

Uma das formas de disseminação do conhecimento organizacional é colocando em prática os conhecimentos apreendidos. Na aplicabilidade do questionário fica evidente essa situação:

A

A

B

C

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E

F

B

C

D

E

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“[...] O aperfeiçoamento técnico e instrumental é fundamental para cada equipe de trabalho, para cada projeto a ser desenvolvido. É necessário um mínimo de conhecimento em cada grau de formação para que a comunicação e a troca de informações possam fluir. As soluções aparecem, via de regra, após muitas discussões e/ou tentativas para superar um determinado problema e é fundamental que os membros da equipe tenham uma linguagem comum compartilhável”.

Percebe-se que há uma visão positiva da prática do que foi aprendido entre

63,4% dos respondentes, o que evidencia que esta prática quase sempre ocorre. Outro posicionamento dos entrevistados é que nem sempre os treinamentos formais alcançam todos os servidores.

Mesmo existindo a prática de treinamento formal, 12% dos entrevistados afirmam desconhecer ou inexistir essa prática como ferramenta e prática de disseminação do conhecimento e, apenas 17% afirmam utilizá-la.

Outro aspecto identificado durante a pesquisa é que nem sempre os treinamentos empregados atendem ao público que necessita ser treinado, e, inclusive, alguns destes treinamentos aparecem como meio de premiação em vez de formação.

Percebe-se que a prática do conhecimento por meio de debates ou grupos de discussão não ocorre sistematicamente na Instituição.

Os debates ou grupos de discussão são formas de “externalização” do conhecimento, ou seja, um modo de articular o conhecimento tácito em conceitos explícitos. Conforme a visão de Nonaka e Takeuchi (1997), este modo de externalização do conhecimento é essencial para a manutenção do ciclo do conhecimento e da conversão do conhecimento tácito para explícito, uma das bases para a inovação. Como visto, para Daft (2002, p. 240), até 80% do conhecimento útil em uma organização é conhecimento tácito. Neste aspecto, esse modo de disseminação encontra-se prejudicado.

Dos entrevistados, quando perguntados sobre as ferramentas e práticas de disseminação do conhecimento existentes na organização, 75% afirmam da existência desta prática, mas apenas 22% responderam que sempre se utilizam dela, conforme pode ser visto no Gráfico 4, o que confirma a falta de uma sistemática desta prática.

Não utilizo12%

Às vezes utilizo64%

Sempre utilizo 22%

Não respondeu2%

Gráfico 4 – Utilização de Debates ou Grupos de Discussão como Ferramenta e Práticas de

Disseminação do Conhecimento

A falta de prática de encontros de discussão não está ligada a fatores de acesso à

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rede internet ou local físico adequado. Existem locais físicos adequados e de fácil acesso para as discussões in loco, bem como existem equipamentos que permitem conferências não presenciais.

Cada unidade tem sua biblioteca setorial e a instituição possui sua Biblioteca Central, todas elas repositórios de conhecimento. Para os encontros de discussão existem auditórios em todos os institutos e, naqueles mais complexos, os auditórios são distribuídos nas divisões ou mesmo nas subdivisões organizacionais.

Para discussões não presenciais, a instituição é vinculada à FAPESP que possibilita acesso à internet para todos os institutos. Na Biblioteca Central, existe todo um ferramental que possibilita a prática das várias conferências não presenciais.

A maioria dos entrevistados confirma a existência de um local próprio e de fácil acesso para encontros de discussão, mas 24% discordam da existência deste local.

Considerando o conhecimento explícito na organização, esta prática é mais constante. Os entrevistados concordam que na instituição as pessoas trocam e combinam conhecimentos por meio de mídias, documentos, encontros e reuniões, conversas ao telefone, correio eletrônico, entre outros.

A troca e a combinação de conhecimento por meio de conversa telefônica é uma prática utilizada pela maioria dos entrevistados na maioria das vezes e, apenas 7% não utilizam esta ferramenta para a troca de conhecimento, como está demonstrado no Gráfico 5.

Não utiliza7%

As vezes utiliza50%

Sempre utiliza41%

Não respondeu2%

Gráfico 5 – A Troca e a Combinação de Conhecimento: Conversa Telefônica

Utilizar o correio eletrônico (e-mail) como prática de troca e combinação de conhecimentos, verifica-se que 74% dos entrevistados sempre utilizam este meio. A facilidade de transmissão e recebimento de informação por esta ferramenta é o que indica este índice de utilização. Os percentuais referentes às respostas estão demonstrados no Gráfico 6:

Não utiliza7%

As vezes utiliza17%

Sempre utiliza74%

Não respondeu2%

Gráfico 6 – A Troca e a Combinação de Conhecimento: Correio Eletrônico (E-Mail)

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As normas de procedimentos e requisitos são sempre utilizadas por 37% dos respondentes como instrumentos de aprendizagem organizacional, além de instrumento de gestão organizacional. Para 7%, as normas continuam como ferramentas meramente de propósitos burocráticos e de mera padronização. Os percentuais referentes às respostas estão demonstrados no Gráfico 7.

A troca e a combinação do conhecimento pouco se diferencia entre os setores administrativos dos técnicos, conforme demonstrado na pesquisa.

A tecnologia da informação poderia ser o ferramental agregador para a transferência do conhecimento, mas essa realidade também não é percebida, na medida em que os entrevistados não concordam e nem discordam sobre o assunto.

Existe, ainda, a crença, por 60% dos entrevistados, de que o conhecimento pertence apenas a um grupo seleto, dificultando ainda mais a sua disseminação.

Não utiliza7%

As vezes utiliza46%

Sempre utiliza37%

Não respondeu10%

Gráfico 7 – A Troca e a Combinação de Conhecimento: Normas de Procedimentos e Requisitos

Essa crença pode ser uma barreira para a aprendizagem organizacional, dado que o conhecimento deveria pertencer a todos na organização, dentro de suas competências de atuação. Esta crença se justifica devido ao fato da Instituição trabalhar com programas estratégicos de pesquisa e desenvolvimento na área de defesa, na qual nem sempre o conhecimento, que se localiza entre grupos restritos, pode ser difundido. Deve-se ter claro e definido qual conhecimento pode ser disseminado e com qual densidade e periodicidade.

Devido à disseminação do conhecimento, foi percebida uma tendência positiva dos entrevistados, concordando que as pessoas estão propensas a aprender.

Nos tópicos deste capítulo buscou-se apresentar como a disseminação do conhecimento ocorre na instituição, e também as ferramentas de disseminação do conhecimento utilizadas.

5. Conclusão

Conclui-se que a prática de workshops, congressos, debates e grupos de discussão deve ser valorizada e realizada na instituição, criando incentivos para que o conhecimento seja disseminado. Deve-se, também, implantar programas que valorizem e recompensem os servidores que transferem seu conhecimento aos demais, uma vez que existe a crença, de 60% dos entrevistados, que o conhecimento pertence apenas a um grupo seleto.

Os incentivos de disseminação do conhecimento devem considerar a Instituição

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como uma organização de C,T&I de Defesa, onde os conhecimentos originados estão estreitamente ligados à soberania nacional.

Para esse tipo de disseminação existem locais próprios e de fácil acesso para encontros de discussão e uma tendência positiva das pessoas estarem propensas para aprender.

Os workshops, congressos, debates ou grupos de discussão devem possibilitar o entendimento, o monitoramento e percepção das tendências das atividades de ciência, tecnologia e inovação, e principalmente, das práticas de gestão organizacional. Deve-se valorizar, normatizar e acompanhar as equipes definidas na instituição, tais como Comissões ou Grupos de Trabalho, já que, na visão dos entrevistados, eles melhoram a resolução de problemas, possibilitando o início da migração da instituição para o modelo de organização que aprende. Porém, se não for bem definido esse tipo de estrutura, pode inviabilizar a estrutura formal existente, uma vez que o conhecimento pode deixar de irrigar os diversos setores.

Dada à participação da instituição em atividades de ciência, tecnologia e inovação, de interesse direto da Defesa, considerando, também, o fator estratégico da instituição e os fatores externos restritivos para o desenvolvimento tecnológico, muito dos conhecimentos apenas poderão ser disseminados internamente, após o entendimento de que foram mantidos os interesses da nação e a manutenção da soberania nacional.

A manutenção da soberania nacional implica, basicamente, na capacitação em pesquisa e no desenvolvimento dos recursos humanos para que eles sejam capazes de contribuir com soluções organizacionais e tecnológicas específicas. Às vezes, torna-se necessária a geração do conhecimento por meio de importação de "pacotes tecnológicos" a serem posteriormente "abertos", adaptados às necessidades da instituição e otimizados por "engenharia reversa".

Finalmente, percebe-se que o tema desta pesquisa abrange um grande campo da gestão do conhecimento e que o trabalho descrito não esgota o tema apresentado.

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Recebido em/Manuscript first received: 03/02/2006 Aprovado em/Manuscript accepted: 02/06/2006 Endereço para correspondência/Address for correspondence Feruccio Bilich, PhD, Business and Applied Economics, Wharton School, University of Pennsylvania, Núcleo de Assuntos Estratégicos - NAE, PR Presidência da República Núcleo de Assuntos Estratégicos – NAE Setor Comercial Norte, Quadra 2, Bloco A Corporate Financial Center, sala 1102 70712-900 Brasília, DF, Brasil E-mail: [email protected] Ricardo DaSilva, Msc., Administração, Universidade de Brasília, CNPq E-mail: [email protected] Paulo Ramos, Msc., Administração, Universidade de Brasília, Empresa Brasileira de Correios e Telégrafos – ECT E-mail: [email protected] ISSN online: 1807-1775 Publicado por/Published by: TECSI FEA USP – 2006

ANÁLISE DE FLEXIBILIDADE EM ECONOMIA DA INFORMAÇÃO: MODELAGEM DE EQUAÇÕES ESTRUTURAIS FLEXIBILITY ANALYSIS IN AN INFORMATION ECONOMY: STRUCTURAL EQUATION MODELLING Feruccio Bilich Universidade de Brasília, Brasília, DF, Brasil. Ricardo da Silva CNPq, Brasília, DF, Brasil. Paulo Ramos Universidade de Brasília, Brasília, DF, Brasil.

ABSTRACT

This paper analyzes the new concept of flexibility in organizations – of relevance both at micro and macro level. Modern Information Economy (IE) function is specifically analyzed. The purpose of this paper is not limited to the study of information economy flexibility, but extends its focus on other areas of organization and economic studies, having as reference the proposed model. Although not covering all aspects regarding objectives and hypotheses, results obtained demonstrate that subsequent studies can lead to successed experiences, since the models presented are: stability in relation to the deviations presented in the resulting equations; values that are very close to what is desirable for adjustment indexes, factorial loads, t-values, extracted variances and reliability; as well as other necessary aspects for the application of the technique. The approach focuses on the analysis of information economy flexibility based on structural equations modelling to serve as reference for the development of adaptation phenomenon studies in relation to structures, strategies and organizational processes, against the environmental dynamics contemporary society is faced with.

Keywords: Flexibility; economy of information; organization; structural equations; environmental dynamics.

Carvalho, A., Mascarenhas, C., Oliveira, E.

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1. Introdução

Como forma de proporcionar alternativas para aplicações científicas do conteúdo exposto neste trabalho, a indicação da técnica de modelagem de equações estruturais apresenta-se como possibilidade de aplicação no modelo teórico aqui desenvolvido.

Este trabalho procura estabelecer as bases teóricas para sua utilização, bem como indica as possibilidades de aplicação da modelagem de equações estruturais na abordagem do problema de pesquisa em micro e macro economia, tendo como base um roteiro sistematizado para sua aplicação em organizações.

Ao estabelecer como alternativa para a análise da flexibilidade em economia da informação (EI) a modelagem de equações estruturais, os procedimentos de análise descritiva e análise “multivariada” denotam condição preliminar para sua aplicação. Essa técnica apresenta-se como uma forma de analisar um grupo de variáveis simultaneamente. Segundo Hair et al. (1998, p. 584), o modelo de equações estruturais prevê um método direto para lidar simultaneamente com múltiplos relacionamentos de dependência com eficiência estatística, explorando-os de maneira aprofundada, gerando análises exploratórias e confirmatórias, e permitindo a representação de conceitos não observáveis nestes relacionamentos, verificando inclusive, possíveis erros de mensuração ocorridos durante o processo estatístico.

A modelagem de equações estruturais, também denominada de análise fatorial confirmatória ou análise de variáveis latentes, é considerada uma técnica de análise multivariada, distinguindo-se das demais técnicas de mesma natureza, por estimar, simultaneamente, uma série de regressões múltiplas, de forma individualizada e, no entanto, interdependente, por intermédio da especificação de modelos estruturais.

De uma forma simplificada, essa técnica de modelagem utiliza-se de sistemas de equações estruturadas para analisar as relações de dependência entre variáveis que estão intercorrelacionadas e equações de mensuração para especificar como variáveis latentes ou não observadas podem ser estimadas por meios das observáveis. A técnica ainda permite estabelecer relações gráficas entre variáveis observáveis e variáveis latentes, possibilitando, por intermédio destes diagramas, descrever as equações propostas para análise do modelo. 2. Arcabouço Teórico e Metodológico

De acordo com Hair et al. (1998, p. 592-616), a utilização da técnica de modelagem de equações estruturais pode ser estabelecida por intermédio da aplicação de sete estágios seqüenciais, de forma adaptada aos objetivos e às hipóteses levantadas para esse estudo. Estágio 1: desenvolvimento do modelo teórico - com base em relações causais, de modelo teórico, identificado na assunção de relações causais entre as variáveis selecionadas para a pesquisa em bases teóricas de relacionamento. A técnica de modelagem de equações estruturais tem como finalidade, conforme Hair et al (1998), a confirmação e avaliação de modelos concorrentes ou o desenvolvimento de novos modelos. A aplicação, aqui sugerida, volta-se para o desenvolvimento de novos modelos, pela falta de base empírica referente ao modelo proposto.

Análise de Flexibilidade em Economia da Informação: Modelagem de Equações Estruturais

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Estágio 2: construção de diagramas de caminhos (path diagrams) das relações estabelecidas - expressão gráfica de causa e efeito estabelecida no modelo teórico, de forma a permitir a visualização dos relacionamentos derivados dos construtos. Este diagrama permite descrever as relações de causa e efeito identificadas nas relações entre variáveis dependentes - também chamadas de endógenas e as variáveis independentes - identificadas como exógenas, além de verificar os relacionamentos entre os construtos.

Essas relações entre variáveis são representadas graficamente a partir da teoria - construtos, e os sinais indicadores dos relacionamentos - setas. Um modelo simplificado do diagrama de caminhos pode ser observado nas Figuras 3, 5, 7 e 9. Estágio 3: conversão do diagrama de caminhos em modelo de mensuração e modelo estrutural - este estágio consiste na formalização do modelo teórico, por intermédio do conjunto de equações propostas para a definição dos relacionamentos entre os construtos que compõem o modelo. A construção do modelo de mensuração serve para especificar os construtos a serem mensurados e suas variáveis relacionadas. Esta etapa envolve também a validação dos construtos, a partir da verificação de confiabilidade e significância entre as variáveis, por intermédio da análise fatorial confirmatória, que testará os relacionamentos entre as relações e entre os indicadores - também chamados de variáveis observáveis, e seus construtos - também conhecidos como variáveis latentes. O modelo estrutural permite a representação do diagrama de caminhos no conjunto de equações estruturais, que representam as relações entre variáveis e construtos, definidas a partir do modelo de mensuração, indicando desta forma, a modelagem estrutural a ser testada. A partir deste modelo teórico proposto são estabelecidas as hipóteses a serem testadas na aplicação de sistemas de equações estruturais. Para tanto, as hipóteses foram formuladas em nível geral e específico, visando estabelecer respectivamente, as relações entre os construtos e as relações entre as dimensões que os integram, conforme indica a Figura 1. As hipóteses gerais relacionam os construtos de influência ambiental, da capacidade de adaptação da configuração da flexibilidade no processo de EI, sendo descritas como: • H01 - O ambiente não exerce influência direta sobre a capacidade de adaptação da configuração organizacional de EI; • H02 - A capacidade de adaptação da configuração organizacional de EI não influencia a flexibilidade no processo; • H03 - O ambiente não influencia a flexibilidade no processo de EI.

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As hipóteses específicas relacionam as dimensões que compõem os construtos de influência ambiental, da capacidade de adaptação da configuração da flexibilidade no processo de EI. As dimensões que compõem o construto da influência ambiental dividem-se em ambiente externo e interno, sendo integradas pelas variáveis descritas na Figura 2. A configuração básica do modelo teórico pode ser observada no construto proposta na Figura 2. Na proposição de hipóteses com base nessa dimensão serão testadas relações com as dimensões do construto de capacidade de adaptação da configuração organizacional de EI, mais propriamente nas dimensões da estrutura, estratégia e cultura, sendo aquelas: • H04 - O ambiente externo não exerce influência sobre o ambiente interno; • H05 - O ambiente interno não influencia a flexibilidade da estrutura de EI; • H06 - O ambiente externo não influencia a flexibilidade das estratégias de EI; • H07 - O ambiente interno não influencia a flexibilidade das estratégias de EI; • H08 - O ambiente interno não influencia a formação da cultura de flexibilidade em EI. O construto da capacidade de adaptação da configuração organizacional de EI, composto pelas dimensões de estrutura, estratégia e cultura, apresenta-se em temos de formulação de hipóteses, tendo como base as relações entre suas dimensões e as dimensões do construto de flexibilidade no processo de EI. • H09 - A flexibilidade na estrutura de EI não influencia na flexibilidade estratégica;

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• H010 - A cultura de flexibilidade em EI não influencia na flexibilidade estratégica; • H011 - A flexibilidade estratégica de EI não influencia a flexibilidade do processo de planejamento; • H012 - A flexibilidade estratégica de EI não influencia a flexibilidade do processo de análise.

Figura 2 - Modelo Teórico As dimensões que compõem o construto da flexibilidade no processo de EI referem-se aos subprocessos de planejamento, coleta, análise e disseminação de informações, que integram o ciclo de economia da informação. O subprocesso de planejamento com suas variáveis origina as seguintes hipóteses específicas: • H013 - A flexibilidade no planejamento de EI não influencia na flexibilidade do processo de coleta de informações; • H014 - A flexibilidade no planejamento de EI não influencia na flexibilidade do processo de análise de informações; • H015 - A flexibilidade no planejamento de EI não influencia na flexibilidade do processo de disseminação de informações. O subprocesso de coleta de informações com suas variáveis origina as seguintes hipóteses específicas: • H016 - A flexibilidade na coleta de informações não influencia na flexibilidade do processo de análise de informações; • H017 - A flexibilidade na coleta de informações não influencia na flexibilidade do processo de disseminação de informações.

Capacidade de Adaptação da

Configuração de IC

Flexibilidade no Processo de IC

Influência Ambiental

Estrutura Estratégia Cultura

Externa

Interna

Planejamento Coleta Análise Disseminação

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O subprocesso de análise de informações com suas variáveis dá origem às seguintes hipóteses específicas: • H018 - A flexibilidade na análise de informações não influencia na flexibilidade do processo de disseminação de informações; • H019 - A flexibilidade na análise de informações não influencia na flexibilidade do processo de planejamento de EI; • H020 - A flexibilidade na análise de informações não influencia na flexibilidade do processo de coleta de informações. Dessa forma, o conjunto de hipóteses a serem testadas por intermédio da aplicação de técnicas de modelagem de equações estruturais pode ser descrito pelas hipóteses especificadas nesse item. No entanto, podem surgir no decorrer do processo de pré-teste, previsto como fase essencial de qualquer metodologia de pesquisa, outras hipóteses a serem testadas decorrentes diretamente da aplicação dessas técnicas. Estágio 4: definição do tipo de matriz de entrada de dados e estimação do modelo estrutural proposto - estabelecimento da matriz de variância, covariância ou correlação a ser utilizada para a entrada de dados. Na definição dessa matriz é necessário considerar a análise do padrão de relacionamento entre perguntas e respostas, assim como considerar a técnica escolhida para a estimação do modelo estrutural. A técnica de maior utilização para a estimação consiste no Maximum Likelihood, indicado para casos em que a normalidade da distribuição é presumida e seu tamanho se apresenta em números de casos superiores a 100; Estágio 5: verificação da identificação do modelo estrutural - este estágio baseia-se na verificação da ocorrência de limitações explanatórias do modelo para gerar soluções únicas. Consiste na apuração de significância e lógica estatística do modelo, evitando-se problemas de estimação de parâmetros, com o desenvolvimento de análise fatorial confirmatória; Estágio 6: avaliação dos critérios de ajuste do modelo – apresenta-se como a forma de definir a adequação e ajuste geral do modelo. Esta verificação incide na observação das medidas de adequação absolutas - determinantes do grau de predição da matriz de variância, covariância ou correlação, pelo modelo estrutural; medidas de ajuste incremental - comparativo do modelo proposto em relação a um modelo único, gerado a partir das relações de estatística não paramétrica (qui-quadrado) e associados às covariâncias e correlações do construto, também chamado de modelo nulo; e as medidas de ajustes de parcimônia - identificador do ajuste do modelo em relação à proporção entre o número de equações estabelecidas e o número de variáveis não-sabidas existentes, também traduzido pelo termo overfitting. Os testes mais comumente utilizados no processo de avaliação do modelo são: teste do qui-quadrado (X²), média padronizada da raiz quadrada dos resíduos (SRMSR), média quadrada dos erros de aproximação (RMSEA), normed fit index (NFI), nonnormed fit index (NNFI), comparative fit index (CFI), testes de significância - t ou z, e testes de confiabilidade - alpha de Cronbach (α), variância extraída e teste do coeficiente de determinação (R²);

A aplicação dos estágios 4, 5 e 6 indica a existência de condições necessárias em relação aos modelos de mensuração para realizar a avaliação do modelo estrutural, em relação à “unidimensionalidade”, à confiabilidade, à validade convergente e

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discriminante dos construtos expressos pelos modelos latentes. A escolha da matriz de entrada de dados empregada para a aplicação da modelagem de equações estruturais pode recair sobre a matriz de covariância ou matriz de correlação, dependendo dos objetivos do pesquisador. No caso deste estudo, por haver comparações entre opiniões distintas entre a amostra, indicadas na análise de clusters, a matriz de covariância demonstra ser a mais indicada, conforme indica Hair et al.(1998). Na definição das técnicas para estimação dos parâmetros, para definição do modelo de estimação, apresentam-se de maximum likelihood (ML) e normal theory generalized least square (GLS), que observam a necessidade da premissa de normalidade da distribuição e requerem o uso de variáveis métricas. A verificação do nível de adequação para os modelos de mensuração propostos pode ser realizada por intermédio das medidas de ajustamento, que verificam a intensidade ou o grau em que o modelo prediz a matriz de covariância e possibilita a comparação com um modelo nulo. Os índices que permitem estas verificações podem ser subdivididos em índices de ajuste geral e índices de ajuste comparativos, e segundo Hair et al. (1998) podem ser assim explicitados: Índices de Ajuste Geral

Quociente qui-quadrado/graus de liberdade – aponta as disparidades entre as matrizes estimadas e observadas, indicando, em valor absoluto, que as diferenças entre as matrizes serão menores quando menor for a relação entre graus qui-quadrado e graus de liberdade. São considerados valores absolutos abaixo de 5, observando a sensibilidade quanto ao tamanho da amostra;

Goodness of Fit –(GFI) - este índice absoluto varia de zero a um e permite a comparação dos resíduos decorrentes das matrizes de dados. O zero é considerado um ajuste fraco, enquanto o 1 (um) representa o ajuste ideal, sendo considerado aceitáveis índices superiores a 0,8.

Root Mean Square Error of Aproximation–(RMSEA) - utilizado para verificar a correção da tendência apresentada pelo qui-quadrado de se rejeitar o modelo a partir de grandes amostras. Tende a ser aceitável no intervalo de 0,05 a 0,08. Índices de Ajuste Comparativo

Normed Fit Index – (NFI) - varia de zero a um e pode ser considerado aceitável para valores superiores a 0,9. Caracteriza-se por ser uma medida de comparação entre o modelo proposto e o modelo nulo, representando um ajuste incremental;

Tucker-Lewis Index (TLI) - apresenta uma medida de parcimônia entre os índices do modelo proposto e do modelo nulo. Varia de zero a um, com índice aceitável acima de 0,9.

Comparative Fit Index (CFI) - compara de forma geral o modelo estimado e o modelo nulo, considerando valores mais próximos de um como indicadores de ajustamento satisfatório.

Após a verificação da adequação dos índices de ajustamento, verifica-se a avaliação do modelo de medidas, por intermédio da análise fatorial confirmatória, que

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consiste na verificação de cada construto, representado pela variável latente, a partir da análise da unidimensionalidade, confiabilidade, validade convergente e validade discriminante. Pode ser empregada como forma de verificar a validade dos construtos e avaliação de escalas de medidas.

A unidimensionalidade do construto é indicada pela capacidade que a variável latente possui de representar as variáveis observáveis que compõe o construto. A unidimensionalidade é constatada se os resíduos padronizados do construto se apresentam em valores abaixo de 2,58, a um nível de significância de 5%.

A confiabilidade indica o grau de consistência interna do construto, ao verificar a capacidade de representar resultados coerentes para as variáveis observáveis em relação aos diferentes scores apresentados nas diversas medições obtidas para as respectivas variáveis. Esta verificação pode ser realizada por intermédio da confiabilidade composta e da variância extraída.

A validade do construto aponta a capacidade do instrumento de medida representar de maneira precisa o que se pretende mensurar. Na indicação Churchill (1999), a validade do construto relaciona a identificação entre os indicadores empíricos e os indicadores teóricos, levando em conta a validade convergente e a validade discriminante. A validade discriminante, de acordo com Garver e Mentzer (1999), pode ser verificada a partir dos t-values e das cargas fatoriais das variáveis observáveis, sendo considerados aceitáveis indicadores maiores que 0,05 ou t-values maiores ou iguais a 1,96. A validade discriminante é verificada pela comparação entre a variância extraída do construto e as variâncias compartilhadas, indicadas pelos quadrados dos coeficientes de correlação, com os outros construtos relacionados, ocorrendo validade discriminante quando as variâncias extraídas são maiores do que as variâncias compartilhadas.

Estas análises permitem verificar a adequação do modelo de mensuração e a partir de então, pode-se proceder a avaliação do modelo estrutural.

Estágio 7: interpretação e modificação do modelo - verificação e considerações finais sobre o modelo, comparando os resultados obtidos no desenvolvimento do modelo com os objetivos e hipóteses estabelecidas no estudo. Esse estágio deve verificar se os relacionamentos estabelecidos, a partir da teoria, foram comprovados estatisticamente, quanto à própria natureza do relacionamento e quanto à direção estabelecida. Podem ser ainda estabelecidos parâmetros para a “reespecificação” do modelo, com a inclusão ou exclusão de parâmetros estimados no modelo teórico original, se houver base teórica ou indícios que apontem de maneira incisiva para a determinação de modificação na teoria existente. A avaliação das relações hipotetizadas no modelo estrutural é realizada a partir dos indicadores de ajustamento do modelo e da significância dos coeficientes de regressão verificados para cada equação estrutural, representados por valores de t-value superiores a 1,96, para um nível de significância de 0,05. Desta forma, ocorrendo um enquadramento satisfatório destes índices confirma-se a validade preditiva do modelo. Do mesmo modo que as técnicas de análise multivariada, a modelagem de equações estruturais apresenta algumas condições para sua aplicação que podem determinar o sucesso ou o insucesso de sua aplicação. Nota-se que todas as condições para aplicação de técnicas multivariadas aqui sugeridas (p. 93-96) também são aplicadas à modelagem de equações estruturais.

A base teórica também constitui condição representativa para o estabelecimento e avaliação dos modelos de mensuração e estrutural, uma vez que as relações entre

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variáveis observadas e latentes, que constituem o referencial desses modelos, devem ser testadas por intermédio das hipóteses estabelecidas.

A base teórica estabelecida neste estudo tem como referência o estudo da flexibilidade em nível organizacional, a partir do nível de análise macro, com foco nas organizações. Este ponto de partida proporciona ao pesquisador os insumos básicos para o direcionamento e adequação da análise do fenômeno da flexibilidade com foco no processo de economia da informação.

Os conceitos de flexibilidade desenvolvidos neste trabalho, referenciados nas ciências biológicas, jurídicas e econômicas, associados à proposta de estudo da flexibilidade organizacional de Volberda (1998) e a outras taxonomias conceituais, fornecem o referencial de onde é extraído o modelo teórico. Essas referências representam a flexibilidade como uma ação de resposta à dinâmica ambiental, que pode ser analisada a partir da avaliação da magnitude da mudança observada e da capacidade de adaptação do objeto da ação de flexibilização. Com isso, a compreensão da flexibilidade no processo de economia da informação proposta nesse estudo se estabelece a partir da percepção das influências ambientais e da capacidade de adaptação observada em relação ao próprio processo, a estrutura existente, o comportamento estratégico adotado e a cultura existente em relação.

Assim sendo, as relações básicas para o desenvolvimento dos construtos foram estabelecidas a partir da relação entre a flexibilidade observada no processo, a magnitude das influências ambientais e a capacidade de adaptação.

Na observação inicial do modelo conceitual, proposto para a análise da flexibilidade no processo de economia da informação, foram estabelecidas as principais dimensões que compõem os construtos para elaboração do modelo teórico a ser testado, em nível de hipóteses, no desenvolvimento da análise, baseada em equações estruturais. Outro aspecto que assume importância para a aplicação da modelagem de equações estruturais diz respeito ao tratamento dos dados. O uso de técnicas de estatística descritiva e análise multivariada, devido aos processamentos computacionais avançados, o tamanho dos bancos de dados necessários para a aplicação destas técnicas e à complexidade das análises envolvidas exige-se ao iniciar um estudo que envolve este tipo de aplicação técnicas, os dados coletados, referentes a essa investigação, deverão seradequados e ajustados, para que se verifiquem resultados efetivos em seu processamento e análise subseqüentes. Neste sentido, Hair et al. (1998, p. 35-85) ressaltam como principal benefício do tratamento dos dados os ganhos relativos à compreensão crítica e analítica dos dados para o desenvolvimento das etapas posteriores da pesquisa, envolvendo aspectos como: verificação de características desejáveis em relação à distribuição de dados amostrais, análise dos missing values, análise de outliers e análise dos aspectos relativos a análise multivariada, observando a sua normalidade, a “homocedasticidade”, a linearidade e a ausência de erros de correlação. Outra indicação para o tratamento dos dados referentes à pesquisa é baseada nos estudos sobre Psicofísica de Stevens (1975), onde a relação entre estímulos e percepção é representada por uma função potência. A proposta do autor se configura a partir de uma base empírica consolidada e extenso referencial teórico, bem como a respeito da percepção dos fenômenos físicos e psicológicos, por intermédio de escalas não lineares, representados, conforme estabelece a Primeira Lei da Psicofísica (Stevens, 1975, p. 1-

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36). Neste postulado são desenvolvidos métodos científicos diretos para a construção de escalas que permitem a mensuração de percepções baseadas nos estudos de Cramer (1728, apud. Stevens, 1975, p.4) - quanto ao desenvolvimento da relação entre estímulo e percepção ser baseada em uma função potência, e de Bernoulli (1738, apud. Stevens, 1975, p.5) - quanto ao desenvolvimento de funções logarítmicas, a partir da função potência, para explicar as relações entre estímulo e percepção. Portanto, a proposta deste estudo de mensurar percepções de especialistas a respeito do processo de economia da informação nas organizações sofre influência direta da Primeira Lei da Psicofísica, quando da mensuração das opiniões de especialistas em escalas representativas de suas percepções sobre os fenômenos observados. Assim, ao lançar os dados coletados de fontes primárias, referentes às percepções de especialistas a respeito de fenômenos observados, as escalas intervalares propostas serão transformadas em escalas logarítmicas, com a finalidade de reduzir alguns desvios que a linearidade observada nas escalas, inicialmente propostas para medição dos fenômenos, possa causar durante o processamento e análise estatística dos dados.

Bilich (1978, p. 67) aponta a transformação das escalas lineares em escalas não lineares, mais especificamente em logarítmicas, como forma de reduzir a probabilidade de problemas em relação à distribuição amostral de dados da pesquisa. Destacando-se para efeitos deste estudo: (1) a facilidade de especificação, (2) a elasticidade dos coeficientes das variáveis independentes e (3) a redução dos erros residuais, como por exemplo, em relação aos desvios, as variâncias e os demais coeficientes apontados, visando auferir melhor performance aos modelos não lineares do que com a utilização de escalas lineares. Hair et al. (1998, p. 76-78) vão ao encontro das propostas de Bilich (1978, p. 67) quando se referirem à transformação dos dados da distribuição amostral da pesquisa em escalas não lineares “logaritmizadas”, visando reduzir ou eliminar problemas que poderiam influenciar as principais hipóteses estabelecidas para a realização da análise multivariada. Ainda constitui premissa básica para modelagem, a verificação adequada do tamanho da amostra, pois seu subdimensionamento pode ocasionar desvios e inconsistência dos modelos de mensuração e estrutural.

O dimensionamento da amostra necessária leva à busca por indicações que referenciem a viabilidade e significância da pesquisa. Para reforçar esta necessidade Tabachnick e Fidell (1996, p. 640) recomendam que: “o tamanho da amostra seja suficientemente grande para que as correlações sejam estimadas de maneira confiável”, traduzindo dessa forma a relação entre o tamanho da amostra e as correlações entre a população e os indicadores observados nos fenômenos.

Outra percepção representativa desta relação entre amostra, população e indicadores do fenômeno estudado é apresentada por Malhotra (2001), que indica que o tamanho amostral tem uma razão de quatro a cinco vezes o número de variáveis presentes no estudo, com a finalidade de tornar seus resultados significativos.

Hair et al (1998, p. 98) apresentam uma recomendação de que o tamanho da amostra indique pelo menos cinco vezes o número de variáveis estudadas, ressaltando que sua indicação de proporção ideal se apresente na razão de dez casos para cada variável estudada.

A apresentação de opções de intervalos de confiança a serem utilizados para a determinação da amostra encontra a determinação de seu índice específico na análise dos Erros Tipo I e Tipo II admitidos para a investigação. Segundo Bilich (2001, p. 39),

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ao referir-se às probabilidades de ocorrências desses erros, ele considera que: “Há um risco de considerar H0 falsa quando ela é verdadeira, que é conhecido como erro Tipo I e se designa pela letra grega alfa (α). Um segundo tipo de erro que pode ocorrer é não rejeitar H0 quando ela é falsa, que é um erro Tipo II e se designa pela letra grega beta (ß) ”. Assim, ao procurar um índice de erro amostral reduzido ou um intervalo de confiança mais elevado pode ocasionar reflexos na probabilidade de ocorrências de α (alfa) ou ß (beta).

A indicação de Bilich (2001, p. 39) indica a busca da redução da probabilidade de se rejeitar erroneamente a hipótese proposta, selecionando-se valores críticos extremos, isto é, que deixam pequena área na(s) cauda(s) de uma distribuição. O autor ainda ressalta a relação inversa que existe entre o erro Tipo I e o erro Tipo II, implicando em que “a redução da probabilidade de um erro Tipo I aumentará a probabilidade de um erro Tipo II. O ideal é minimizar o saldo do custo de um erro Tipo I versus um erro Tipo II, muito embora, na prática, seja costume escolher níveis tradicionais de erro Tipo I e ignorar os erros Tipo II”.

Tendo em vista essas colocações, o dimensionamento da amostra adequado indica o direcionamento para parâmetros mais conservadores quanto à metodologia de cálculo, apontando desta maneira para o estabelecimento de um intervalo de confiança de 95% e para a previsão de erro amostral de 5%. Esses indicadores possibilitarão um maior equilíbrio na relação entre erro Tipo I e Tipo II, sem, no entanto, auferir maiores prejuízos a significância do cálculo, possibilitando dessa forma a generalização dos resultados, em relação aos fenômenos estudados para a população-alvo.

Ao observar as condições necessárias à aplicação de modelagem de equações estruturais e o as fases do roteiro proposto por Hair et al. (1998), o pesquisador terá referenciado a base teórico-empírica necessária para embasar o processo de aplicação da técnica na abordagem do modelo proposto para a análise da flexibilidade em economia da informação.

Na aplicação prática da modelagem de equações estruturais para o modelo proposto, a abordagem sugere a avaliação dos modelos de mensuração individualmente, buscando verificar sua validade e consistência e, em seguida, realizar a abordagem do modelo estrutural.

Nesta aplicação foi utilizado o software EQS 6.0 (Equation System), pela sua simplicidade e facilidade de representação gráfica dos modelos. Assim, a partir daqui serão representados os modelos de mensuração representativos das relações de interdependência entre as respectivas variáveis observadas e latentes que o compõe. Construto da Influência Ambiental

Este modelo de 2ª ordem retrata a influência do ambiental no processo de economia da informação, baseada na influência do ambiente externo e interno da organização, conforme representa o Quadro 1.

Variável Latente Modelo de 2a.

Variável Latente –

Modelo de 1a. Ordem

Variáveis Observáve

is Cód. Descrição das Variáveis

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Ordem

Lnrqambe V1 Disponibilidade de recursos no ambiente externo

Lnhhambe V2 Diferenciação entre os competidores

Lneiambe V3 Estabilidade ambiental externa

Lnlgambe V4 Localização geográfica dos competidores

F1

Influência do Ambiente interno

lncaambe V5 Grau de competitividade ambiental

Lnrqambi V6 Disponibilidade de recursos no ambiente interno

Lnhhambi V7 Diferenciação entre os tipos objetivos organizacionais

Lneiambi V8 Estabilidade ambiental interna

Lncambi V9 Localização da unidade de EI na organização

F10

Influência Ambiental

F2

Influência do Ambiente Externo

Lnddambi V10 Diversidade da demanda interna dos clientes de EI

Quadro 1 - Variáveis do Construto da Influência Ambiental

A representação gráfica, baseada no diagrama de caminhos permite estabelecer graficamente as relações entre variáveis observadas (V1 - V10) e latentes (F1 - F2), e ainda, entre as variáveis latentes de 1ª ordem (F1 – F2) e a variável latente de 2ª ordem (F10). A construção do diagrama de caminhos possibilita, por intermédio das setas indicadoras das relações entre as variáveis, estabelecer a influência e interdependência entre as mesmas, conforme indica a Figura 3.

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Figura 3 - Construto da Influência Ambiental - Diagrama de Caminhos

Com base no diagrama de caminhos as equações, representativas das relações indicadas podem ser assim descritas: V1 = + 1F1 + 1E1; V2 = + *F1 + 1E2; V3 = + *F1 + 1E3; V4 = + *F1 + 1E4; V5 = + *F1 + 1E5; V6 = + 1F2 + 1E6; V7 = + *F2 + 1E7; V8 = + *F2 + 1E8; V9 = + *F2 + 1E9; V10 = + *F2 + 1E10; F1 = + *F10 + 1D1; F2 = + *F10 + 1D2;

Na avaliação dos índices ajustamento do construto da influência ambiental, verifica-se um índice relativo de ajustamento nos critérios adotados pelo EQS 6.0. Para esta avaliação, no entanto, a verificação de melhores índices poderia ser ainda alcançada com reespecificações e com o desenvolvimento de modelos rivais. Os principais índices de ajustamento se apresentam da seguinte forma: CHI-SQUARE = 210.009 DEGREES OF FREEDOM = 32 PROBABILITY VALUE FOR THE CHI-SQUARE STATISTIC IS .00000 BENTLER-BONETT NORMED FIT INDEX = .821 BENTLER-BONETT NON-NORMED FIT INDEX = .778 COMPARATIVE FIT INDEX (CFI) = .842 MCDONALD (MFI) FIT INDEX = .333 LISREL GFI FIT INDEX = .624 LISREL AGFI FIT INDEX = .353 ROOT MEAN-SQUARE RESIDUAL (RMR)= .031 ROOT MEAN-SQUARE ERROR OF APPROXIMATION (RMSEA) = .264 90% CONFIDENCE INTERVAL OF RMSEA ( .229, .296)

As cargas fatoriais, associadas aos t-values, indicam a relação de expressão da variável latente pelas variáveis observáveis, verificando-se a apresentação de cargas significativas em relação aos fatores que objetivam exprimir, retratando a validade convergente do modelo de mensuração, conforme indica o Quadro 2.

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Quadro 2 - Cargas Fatoriais Padronizadas (t-value) do Construto da Influência Ambiental

A representação do diagrama de caminhos, após a execução da programação estabelecida para as equações, indica os índices calculados, conforme indica a Figura 4.

Figura 4 - Construto da Influência Ambiental Construto da Capacidade de Adaptação da Configuração de Economia da informação

Esse modelo de 2ª ordem retrata a capacidade de adaptação da configuração de

carga fatorial padronizada t-value

carga fatorial padronizada t-value

V1 0,50895887 19,2625662V2 0,96036527 26,6838249V3 0,95416712 24,8978463V4 0,94663815 24,0364206V5 0,92276128 24,645973V6 0,93199988 27,9917793V7 0,92710402 28,4731751V8 0,92115805 21,6983749V9 0,79463667 18,6378221V10 0,86221701 25,4596351

VARIÁVEIS

F1 F2

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economia da informação, baseada na estrutura, na estratégia e na cultura de EI, conforme representa o Quadro 3. Quadro 3 - Variáveis do Construto da Capacidade de Adaptação da Configuração de EI

Variável Latente – Modelo de 2a. Ordem

Variável Latente –

Modelo de 1a. Ordem

Variáveis Observáveis Cód. Descrição das Variáveis

lndhestu V11 Quantidade de divisões hierárquicas

lndtestu V12 Quantidade de divisões de atividades e tarefas

lnluestu V13 Localização da unidade de EI

lnfnestu V14 Grau de formalização das normas e procedimentos

lnpdestu V15 Posicionamento do processo decisório

F3

Estrutura

lnspestu V16 Grau de separação entre planejamento e execução

lnfpesta V17 Grau de formalização no processo estratégico de EI

lnfcesta V18 Forma de controle no planejamento estratégico de EI

lnpcesta V19 Posicionamento em relação aos competidores

lnpaesta V20 Posicionamento em relação à dinâmica ambiental

lnfdesta V21 Forma de desenvolvimento das estratégias

F4

Estratégia

lnroesta V22 Relação com a estratégia organizacional

lncecult V23 Grau de conhecimento específico sobre EI

lncgcult V24 Desenvolvimento das capacidades gerenciais

lntrcult V25 Grau de tolerância ao risco e inovações

lntecult V26 Grau desenvolvimento de trabalho em equipe

lneccult V27 Ênfase gerencial em resultados e processos

F11

Capacidade de Adaptação da Configuração de EI

F5

Cultura

lnplcult V28 Posicionamento da liderança

A representação gráfica, baseada no diagrama de caminhos, permite estabelecer graficamente as relações entre variáveis observadas (V11 - V28) e latentes (F3 - F4 - F5), e ainda, entre as variáveis latentes de 1ª ordem (F3 - F4 - F5) e a variável latente de 2ª ordem (F11). A construção do diagrama de caminhos possibilita, por intermédio das setas indicadoras das relações entre as variáveis, estabelecer a influência e interdependência entre as mesmas, conforme indica a Figura 5.

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Figura 5 - Construto da Capacidade de Adaptação da Configuração de EI - Diagrama de Caminhos

Com base no diagrama de caminhos, as equações representativas das relações indicadas podem ser assim descritas: V11 = + 1F3 + 1E11; V12 = + *F3 + 1E12; V13 = + *F3 + 1E13; V14 = + *F3 + 1E14; V15 = + *F3 + 1E15; V16 = + *F3 + 1E16; V17 = + 1F4 + 1E17; V18 = + *F4 + 1E18; V19 = + *F4 + 1E19; V20 = + *F4 + 1E20; V21 = + *F4 + 1E21; V22 = + *F4 + 1E22; V23 = + 1F5 + 1E23; V24 = + *F5 + 1E24; V25 = + *F5 + 1E25; V26 = + *F5 + 1E26; V27 = + *F5 + 1E27; V28 = + *F5 + 1E28; F3 = + *F11 + 1D3; F4 = + *F11 + 1D4; F5 = + *F11 + 1D5;

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Na avaliação dos índices ajustamento do construto da capacidade de adaptação da configuração de EI verifica-se índices pouco adequados de ajustamento nos critérios adotados pelo EQS 6.0 para essa avaliação, sendo que os principais índices de ajustamento se apresentam da seguinte forma: CHI-SQUARE = 415.499 DEGREES OF FREEDOM = 131 PROBABILITY VALUE FOR THE CHI-SQUARE STATISTIC IS .00000 BENTLER-BONETT NORMED FIT INDEX = .788 BENTLER-BONETT NON-NORMED FIT INDEX = .816 COMPARATIVE FIT INDEX (CFI) = .843 MCDONALD (MFI) FIT INDEX = .173 LISREL GFI FIT INDEX = .652 LISREL AGFI FIT INDEX = .545 ROOT MEAN-SQUARE RESIDUAL (RMR) = .019 STANDARDIZED RMR = .059 ROOT MEAN-SQUARE ERROR OF APPROXIMATION (RMSEA) = .165 90% CONFIDENCE INTERVAL OF RMSEA (.146, .181)

As cargas fatoriais, associadas aos t-values, indicam a relação de expressão da variável latente pelas variáveis observáveis, verificando-se a apresentação de cargas significativas em relação aos fatores que objetivam exprimir, retratando a validade convergente do modelo de mensuração, conforme indica o Quadro 4. Quadro 4 - Cargas Fatoriais Padronizadas (t-value) do Construto da Capacidade de Adaptação da Configuração de EI

F3 F4 F5

VARIÁVEIS carga fatorial padronizada t-value carga fatorial

padronizada t-value carga fatorial padronizada t-value

V11 0,9187996 33,7013927

V12 0,80153993 27,482999

V13 0,8570781 25,4162428

V14 0,87099302 19,33039

V15 0,78364529 16,590212

V16 0,85251897 19,8112013

V17 0,82218572 19,0115335

V18 0,86360006 19,554351

V19 0,89355398 23,2943038

V20 0,85666017 18,1987035

V21 0,89121651 23,7198509

V22 0,87402389 17,4036567

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V23 0,92528989 23,89103

V24 0,90911285 20,8563252

V25 0,91866925 19,6963663

V26 0,90218388 27,6281717

V27 0,95495783 15,8846657

V28 0,85931459 26,7337266

A representação do diagrama de caminhos, após a execução da programação estabelecida para as equações, indica os índices calculados, conforme mostra a Figura 6.

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Figura 6 - Construto da Capacidade de Adaptação da Configuração de EI Construto da Flexibilidade no Processo de EI

Esse modelo de 2ª ordem retrata a flexibilidade no processo de economia da informação, baseada na influência da flexibilidade nos subprocessos de planejamento, coleta, análise e disseminação de informações, conforme representa o Quadro 5.

Variável Latente –

Modelo de 2a. Ordem Variável Latente –

Modelo de 1a. Ordem Variáveis

Observáveis Cód. Descrição das Variáveis

lndoplan V29 Diversidade dos objetivos lngiplan V30 Grau de inovação no processo de planejamento lntmplan V31 Tipo de mudanças no planejamento lnviplan V32 Velocidade de implementação das mudanças lntaplan V33 Tipo de aprendizado no processo de planejamento lnfpplan V34 Grau de formalização no processo de planejamento lntcplan V35 Tipos de controles estabelecidos para o planejamento lnpcplan V36 Participação dos colabor. no planejamento de EI

F6 Flexibilidade no Planejamento

lncgplan V37 Eficácia da comunicação no planejamento lndfcolt V38 Grau de diversidade das fontes lnafcolt V39 Grau de alternância no uso de fontes lngicolt V40 Grau de inovação no processo de coleta lntmcolt V41 Tipo de mudança observado na coleta lnvicolt V42 Velocidade de implementação das mudanças lntacolt V43 Tipo de aprendizado observado lnfpcolt V44 Grau de formalização no processo de coleta lntccolt V45 Tipo de controle observado na coleta lngrcolt V46 Grau de utilização de redes de EI na coleta

F7 Flexibilidade na Coleta

lngtcolt V47 Grau de utilização de tecnologias na coleta lndfanal V48 Grau de diversidade das técnicas de análise lnafanal V49 Grau alternância no uso de técnicas de análise lngianal V50 Grau de inovação no processo de análise lntmanal V51 Tipo de mudança observado lnvianal V52 Velocidade de implementação das mudanças lntaanal V53 Tipo de aprendizado observado lnfpanal V54 Grau de formalização no processo de análise lntcanal V55 Tipo de controle observado lngranal V56 Grau de utilização de redes de EI

F8 Flexibilidade na Análise

lngtanal V57 Grau de utilização de tecnologias na coleta lndfdiss V58 Grau de diversidade dos meios de disseminação lnafdiss V59 Grau de alternância no uso de meios de disseminação lngidiss V60 Grau de inovação no processo de disseminação lntmdiss V61 Tipo de mudança observado lnvidiss V62 Velocidade de implementação das mudanças lntadiss V63 Tipo de aprendizado observado lnfpdiss V64 Grau de formalização no processo de disseminação

F12 Flexibili-dade no Processo

F9 Flexibilidade na Disseminação

lntcdiss V65 Tipo de controle observado

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lngrdiss V66 Grau de utilização de redes de EI lngtdiss V67 Grau de utilização de tecnologias na disseminação

Quadro 5 - Variáveis do Construto da Flexibilidade no Processo de EI

A representação gráfica, baseada no diagrama de caminhos, permite estabelecer graficamente as relações entre variáveis observadas (V29 - V67) e latentes (F6 - F7 - F8 - F9), e ainda, entre as variáveis latentes de 1ª ordem ((F6 - F7 - F8 - F9) e a variável latente de 2a ordem (F12).

A construção do diagrama de caminhos possibilita, por intermédio das setas indicadoras das relações entre as variáveis, estabelecer a influência e interdependência entre as mesmas, conforme apresenta a Figura 7. Com base no diagrama de caminhos, as equações representativas das relações indicadas podem ser assim descritas: V29 = + 1F6 + 1E29; V30 = + *F6 + 1E30; V31 = + *F6 + 1E31; V32 = + *F6 + 1E32; V33 = + *F6 + 1E33; V34 = + *F6 + 1E34; V35 = + *F6 + 1E35; V36 = + *F6 + 1E36; V37 = + *F6 + 1E37; V38 = + 1F7 + 1E38; V39 = + *F7 + 1E39; V40 = + *F7 + 1E40; V41 = + *F7 + 1E41; V42 = + *F7 + 1E42; V43 = + *F7 + 1E43; V44 = + *F7 + 1E44; V45 = + *F7 + 1E45; V46 = + *F7 + 1E46; V47 = + *F7 + 1E47; V48 = + 1F8 + 1E48;

V48 = + 1F8 + 1E48; V49 = + *F8 + 1E49; V50 = + *F8 + 1E50; V51 = + *F8 + 1E51; V52 = + *F8 + 1E52; V53 = + *F8 + 1E53; V54 = + *F8 + 1E54; V55 = + *F8 + 1E55; V56 = + *F8 + 1E56; V57 = + *F8 + 1E57; V58 = + 1F9 + 1E58; V59 = + *F9 + 1E59; V60 = + *F9 + 1E60; V61 = + *F9 + 1E61; V62 = + *F9 + 1E62; V63 = + *F9 + 1E63; V64 = + *F9 + 1E64; V65 = + *F9 + 1E65; V66 = + *F9 + 1E66; V67 = + *F9 + 1E67; F6 = + *F12 + 1D6; F7 = + *F12 + 1D7; F8 = + *F12 + 1D8; F9 = + *F12 + 1D9;

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Figura 7 - Construto da Flexibilidade no Processo de EI - Diagrama de Caminhos

Na avaliação dos índices “ajustamento do construto da capacidade de adaptação da configuração de EI”, verifica-se índices pouco adequados de ajustamento nos critérios adotados pelo EQS 6.0 para essa avaliação, sendo que os principais índices de ajustamento se apresentam da seguinte forma: CHI-SQUARE = 4433.151 DEGREES OF FREEDOM = 697 PROBABILITY VALUE FOR THE CHI-SQUARE STATISTIC IS .00000 BENTLER-BONETT NORMED FIT INDEX = .454 BENTLER-BONETT NON-NORMED FIT INDEX = .462 COMPARATIVE FIT INDEX (CFI) = .494 MCDONALD (MFI) FIT INDEX = .000 LISREL GFI FIT INDEX = .207 LISREL AGFI FIT INDEX = .113

Carvalho, A., Mascarenhas, C., Oliveira, E.

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ROOT MEAN-SQUARE RESIDUAL (RMR) = .030 STANDARDIZED RMR = .100 ROOT MEAN-SQUARE ERROR OF APPROXIMATION (RMSEA) = .259 90% CONFIDENCE INTERVAL OF RMSEA (250, .264)

As cargas fatoriais, associadas aos t-values, indicam a relação de expressão da

variável latente pelas variáveis observáveis, verificando-se a apresentação de cargas significativas em relação aos fatores que objetivam exprimir, retratando a validade convergente do modelo de mensuração, conforme indica o Quadro 6. Quadro 6 - Cargas Fatoriais Padronizadas (t-value) do Construto da Flexibilidade no Processo de Economia da informação

A representação do diagrama de caminhos, após a execução da programação estabelecida para as equações, mostra os índices calculados, conforme indica a Figura 8.

carga fatorial padronizada

t-value carga fatorial padronizada

t-value carga fatorial padronizada

t-value carga fatorial padronizada

t-value

V29 0,72877531 26,2333635V30 0,80424956 23,5925394V31 0,88326267 19,7990961V32 0,86459247 32,0575109V33 0,89957694 16,3405698V34 0,9465156 17,1948255V35 0,9125321 19,5417889V36 0,91346929 21,7002536V37 0,8751329 21,6843721V38 0,79836478 26,2405299V39 0,80304039 24,1826082V40 0,87885786 20,3454885V41 0,87157226 26,5396578V42 0,91117405 18,6167952V43 0,89791339 16,9709286V44 0,85457757 18,8439523V45 0,8232078 19,1048268V46 0,79219348 23,7494449V47 0,84924597 29,4035413V48 0,93832018 24,8538963V49 0,8037586 24,1040872V50 0,92076876 23,7363493V51 0,85212816 25,9014586V52 0,91819268 20,4272742V53 0,91881958 18,3958746V54 0,86406931 24,8237898V55 0,78667859 18,8325268V56 0,78438696 14,6845489V57 0,84190387 29,6811873V58 0,7720346 26,2662616V59 0,71434034 33,4871263V60 0,90113229 22,2397679V61 0,79959978 22,2736765V62 0,85625846 22,4222555V63 0,924463 17,3339671V64 0,84825594 17,0702403V65 0,8587515 20,5145819V66 0,84971159 16,7496819V67 0,79724643 19,8490255

F9

VARIÁVEIS

F6 F7 F8

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Figura 8 - Construto da Flexibilidade do Processo de Economia da Informação Construto da Flexibilidade no Processo de EI

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Esse modelo de 3ª ordem retrata a flexibilidade em economia da informação, baseada na influência ambiental, na capacidade de adaptação da configuração de EI e na da flexibilidade no processo de economia da informação, conforme representa o Quadro 7. Quadro 7 - Construto da Flexibilidade em Economia da informação Variável Latente – Modelo

de 3a. Ordem Variável Latente – Modelo de 2a.

Ordem Variável Latente – Modelo de 1a.

Ordem Variáveis

Observáveis lnrqambe lnhhambe lneiambe lnlgambe

F1 Influência do Ambiente interno

lncaambe lnrqambi lnhhambi lneiambi lncambi

F10 Influência Ambiental

F2 Influência do Ambiente Externo

lnddambi lndhestu lndtestu lnluestu lnfnestu lnpdestu

F3 Estrutura

lnspestu lnfpesta lnfcesta lnpcesta lnpaesta lnfdesta

F4 Estratégia

lnroesta lncecult lncgcult lntrcult lntecult lneccult

F11 Capacidade de Adaptação da Configuração de EI

F5 Cultura

lnplcult lndoplan lngiplan lntmplan lnviplan lntaplan lnfpplan lntcplan lnpcplan

F6 Flexibilidade no Planejamento

lncgplan lndfcolt lnafcolt lngicolt lntmcolt lnvicolt lntacolt lnfpcolt lntccolt lngrcolt

F7 Flexibilidade na Coleta

lngtcolt lndfanal lnafanal lngianal lntmanal lnvianal lntaanal lnfpanal lntcanal lngranal

F13 Flexibilidade em EI

F12 Flexibilidade no Processo

F12 Flexibilidade na Análise

lngtanal

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lndfdiss lnafdiss lngidiss lntmdiss lnvidiss lntadiss lnfpdiss lntcdiss lngrdiss

F13 Flexibilidade em EI

12 Flexibilidade no Processo

F9 Flexibilidade na Disseminação

lngtdiss

Com base no diagrama de caminhos as equações, representativas das relações indicadas podem ser assim descritas: V1 = + *F1 + 1E1; V2 = + *F1 + 1E2; V3 = + *F1 + 1E3; V4 = + *F1 + 1E4; V5 = + *F1 + 1E5; V6 = + *F2 + 1E6; V7 = + *F2 + 1E7; V8 = + *F2 + 1E8; V9 = + *F2 + 1E9; V10 = + *F2 + 1E10;

V11 = + *F3 + 1E11; V12 = + *F3 + 1E12; V13 = + *F3 + 1E13; V14 = + *F3 + 1E14; V15 = + *F3 + 1E15; V16 = + *F3 + 1E16; V17 = + *F4 + 1E17; V18 = + *F4 + 1E18; V19 = + *F4 + 1E19; V20 = + *F4 + 1E20; V21 = + *F4 + 1E21; V22 = + *F4 + 1E22; V23 = + *F5 + 1E23; V24 = + *F5 + 1E24; V25 = + *F5 + 1E25; V26 = + *F5 + 1E26; V27 = + *F5 + 1E27; V28 = + *F5 + 1E28;

V29 = + *F6 + 1E29; V30 = + *F6 + 1E30; V31 = + *F6 + 1E31; V32 = + *F6 + 1E32; V33 = + *F6 + 1E33; V34 = + *F6 + 1E34; V35 = + *F6 + 1E35; V36 = + *F6 + 1E36; V37 = + *F6 + 1E37; V38 = + *F7 + 1E38; V39 = + *F7 + 1E39; V40 = + *F7 + 1E40; V41 = + *F7 + 1E41; V42 = + *F7 + 1E42; V43 = + *F7 + 1E43; V44 = + *F7 + 1E44; V45 = + *F7 + 1E45; V46 = + *F7 + 1E46; V47 = + *F7 + 1E47; V48 = + *F8 + 1E48; V49 = + *F8 + 1E49; V50 = + *F8 + 1E50; V51 = + *F8 + 1E51; V52 = + *F8 + 1E52; V53 = + *F8 + 1E53; V54 = + *F8 + 1E54; V55 = + *F8 + 1E55; V56 = + *F8 + 1E56; V57 = + *F8 + 1E57; V58 = + *F9 + 1E58; V59 = + *F9 + 1E59; V60 = + *F9 + 1E60; V61 = + *F9 + 1E61; V62 = + *F9 + 1E62; V63 = + *F9 + 1E63; V64 = + *F9 + 1E64; V65 = + *F9 + 1E65; V66 = + *F9 + 1E66; V67 = + *F9 + 1E67;

F1 = + *F10 + 1D1; F2 = + *F10 + 1D2; F3 = + *F11 + 1D3; F4 = + *F11 + 1D4; F5 = + *F11 + 1D5; F6 = + *F12 + 1D6; F7 = + *F12 + 1D7; F8 = + *F12 + 1D8; F9 = + *F12 + 1D9; F10 = + *F13 + 1D10; F11 = + *F13 + 1D11; F12 = + *F13 + 1D12;

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A representação gráfica, baseada no diagrama de caminhos, permite estabelecer graficamente as relações entre variáveis observadas (V1 - V67) e latentes de 1ª ordem (F1 - F9), e ainda, entre as variáveis latentes de 2ª ordem (F10-F12) e a variável latente de 3ª ordem (F13), conforme indica a Figura 9.

Figura 9 - Construto da Flexibilidade em Economia da informação - Diagrama de Caminhos 3. Conclusão

O desenvolvimento de pesquisas científicas sobre atividades de economia da informação no Brasil apresenta-se de forma embrionária, no que diz respeito a sua aplicação no meio empresarial, representando a realidade da implementação da atividade no País. Os estudos sobre flexibilidade em processos organizacionais também manifestam sua “pouca idade” em relação ao desenvolvimento de modelos que possibilitem sua análise como fenômeno organizacional. A proposta deste estudo foi a de desenvolver uma base teórico-empírica que possibilite estabelecer referencial para o

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estudo da flexibilidade no processo de economia da informação, bem como possibilitar sua aplicação em pesquisas em nível organizacional e em nível de processos.

Os resultados obtidos com a aplicação dessas técnicas possibilitaram atingir os objetivos propostos neste estudo, voltados para descrever as características de flexibilidade no estudo da economia da informação nas organizações, bem como, verificar as diferenças existentes entre estas características; determinar, verificar e avaliar como se apresentam as características de flexibilidade no processo e nos subprocessos de economia da informação nas organizações.

As conclusões obtidas a partir do survey realizado com especialistas em economia da informação referem-se aos objetivos da pesquisa, ao modelo teórico estabelecido e à aplicação das técnicas de pesquisa. Quanto às recomendações, estas foram estabelecidas visando proporcionar, a partir do conhecimento e experiência gerados por este estudo, indicações para sua aplicação no processo de economia da informação nas organizações, bem como em aplicações científicas e outras pesquisas que possam ser realizadas a respeito do tema.

A problemática deste estudo consistiu em esquadrinhar o processo de economia da informação nas organizações, composto pelos subprocessos de planejamento, coleta, análise e disseminação de informações, que subsidiem a tomada de decisões estratégicas em face das influências e da dinâmica ambiental, como forma de verificar como este se apresenta em relação às características de flexibilidade abordadas para elaboração das dimensões que o influenciam.

Os objetivos, aqui propostos, tencionam tornar o mais abrangente possível a abordagem desta problemática, visando estabelecer as bases científicas para este estudo, bem como contribuir em termos de base empírica para outros trabalhos científicos subseqüentes. Desta forma, a aplicação de metodologias de pesquisa e as técnicas estatísticas, aqui empregadas, e o marco teórico estabelecido, possibilitaram atingir os objetivos, no que se refere a descrever as características de flexibilidade no estudo da economia da informação nas organizações, bem como verificar as diferenças existentes entre estas características; determinar, verificar e avaliar como se apresentam as características de flexibilidade no processo e subprocessos de economia da informação nas organizações.

A abordagem dos objetivos de descrição e de verificação das diferenças existentes entre as características de flexibilidade no estudo da economia da informação nas organizações envolveu, além da dimensão da flexibilidade no processo de EI, as dimensões da influência ambiental e da capacidade de adaptação na configuração de EI nas organizações. Neste sentido, ao perceber as diferentes características de flexibilidade no processo propriamente dito, pode-se verificar as características do ambiente, onde a atividade se desenvolve, bem como a configuração organizacional onde o processo efetiva-se.

Ao expor a possibilidade de aplicação da modelagem de equações estruturais para o estudo da flexibilidade em economia da informação, com base nos dados coletados na realização dessa pesquisa, observam-se alguns aspectos importantes para a definição de outros estudos referentes ao mesmo tema: • A quantidade amostral influencia a sobremaneira no estabelecimento dos modelos, uma vez que os índices apresentados poderiam ter performances mais significativas se as relações entre variáveis e casos se apresentassem de maneira mais

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ampla, contemplando uma relação de, no mínimo, cinco casos para cada variável; • Os modelos de 3ª ordem necessitam de recursos computacionais específicos para executar os sistemas de equações dessa grandeza, envolvendo recursos gráficos e de programação.

Os resultados obtidos, embora não atinjam em todos os seus aspectos, os objetivos em relação às hipóteses, demonstram que aprofundamentos subseqüentes podem resultar em experiências de sucesso, pois os modelos de mensuração apresentaram estabilidade em relação aos desvios apresentados nas equações resultantes, bem como valores bem próximos aos desejáveis para os índices de ajustamento, cargas fatoriais, t-values, variâncias extraídas e confiabilidade, assim como nos demais aspectos necessários à aplicação da técnica.

Desta forma, estudos subseqüentes sobre flexibilidade em economia da informação podem extrair subsídios teóricos e práticos em relação a essa aplicação, como forma de embasar a construção de novos e diversos modelos sobre o estudo do tema.

Por outro lado, essa contribuição não se limita apenas ao estudo da flexibilidade no campo da economia da informação, como seu foco de podendo ser estendido para outras áreas dos estudos organizacionais, tendo como referência o modelo, aqui proposto. A abordagem focada na análise da flexibilidade em economia da informação, baseada na modelagem de equações estruturais, se dispõe a servir de referência para o desenvolvimento do estudo do fenômeno de adaptação, em relação às estruturas, estratégias e processos organizacionais, em face da dinâmica ambiental que se apresenta na sociedade contemporânea.

A atividade de economia da informação no Brasil, embora esteja em fase de franca expansão, com a adesão de organizações tanto ligadas às atividades governamentais como às atividades ligadas à iniciativa privada, ainda se apresenta de forma embrionária em relação a estudos e pesquisas científicas, voltadas para o desenvolvimento de conhecimentos e o aperfeiçoamento deste processo nas organizações.

A intenção que justifica a realização desta pesquisa propõe-se a estabelecer referencial teórico-empírico para ampliar as bases de conhecimento existente sobre o tema. A possibilidade de contribuir para o desenvolvimento da atividade de EI e estar auxiliando o aprimoramento da competitividade entre as organizações na busca por melhores posicionamentos junto a seus mercados, elevando assim, de maneira direta ou indireta, a qualidade de seus produtos e serviços, retratam a relevância deste estudo no contexto organizacional. Referências Bibliográficas

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Revista de Gestão da Tecnologia e Sistemas de Informação Journal of Information Systems and Technology Management Vol. 3, No. 2, 2006, p. 123-142 ISSN online: 1807-1775

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Recebido em/Manuscript first received: 03/02/2006 Aprovado em/Manuscript accepted: 15/07/2006 Endereço para Correspondência/Addresss for Correspondence Diana Valeria Suarez, Investigadora del Centro Redes / RICYT en las áreas de Economía de la Innovación y Sociedad de la Información, Maestría en Gestión de la Ciencia, la Tecnología y la Innovación - UNGS/IDES/Centro, Redes (en curso), Lic. en Economía Industrial - Universidad Nacional de General Sarmiento (UNGS) E-mail: [email protected] Fernando Peirano, Lic. en Economía - Universidad de Buenos Aires (UBA) Postgrado en la Universidad Complutense de Madrid Becario de Doctorado - CONICET/UBA Investigador del Centro Redes / RICYT en las áreas de Economía de la Innovación y Sociedad de la Información. E-mail: [email protected] ISSN online: 1807-1775 Publicado por/Published by: TECSI FEA USP – 2006

TICS Y EMPRESAS: PROPUESTAS CONCEPTUALES PARA LA GENERACIÓN DE INDICADORES PARA LA SOCIEDAD DE LA INFORMACIÓN ICTS AND ENTERPRISE: CONCEPTUAL PROPOSALS TO GENERATE INDICATORS FOR THE INFORMATION SOCIETY Fernando Peirano Diana Suárez Centro REDES - Centro de Estudios sobre Ciencia, Desarrollo y Educación Superior Buenos Aires, Argentina ______________________________________________________________________

ABSTRACT

This paper is an attempt to deepen the reflection on how Information and Communication Technologies (ICTs) diffusion among firms takes place. It adds to author’s previous works on the different strategies adopted by small and medium enterprises (SMEs) in Argentina in order to adopt ICTs. The paper is focused in the stylization of the different stages along the evolutive path while incorporating these tools and identifying the factors that influence its dynamics, with special attention to costs. The paper is also an attempt to make progress in the description of the paths or ways through which ICTs can improve firms’ performance. Four alternatives are pointed out, named “Economies through Information”: automation, access to information, learning and innovation processes facilitation and reduction of transaction costs. Authors try to make operable some notions frequently used by other authors interested in these issues and to formulate some hypothesis which still need further elaboration, but which will probably stimulate and inspire the debate around these matters.

Keywords: Information and communication technologies, entreprise, performance, indicators.

1. Introducción

El presente trabajo es un intento por ordenar y sistematizar una serie de ideas

que surgieron tras haber realizado un trabajo de campo que incluyó cerca de 40

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encuestas y una docena de entrevistas en profundidad a empresas argentinas pequeñas y medianas. El eje de la indagación estuvo referido a la estrategia de incorporación de las Tecnologías de la Información y las Comunicaciones (Peirano y Suárez, 2004).

En esta oportunidad, el trabajo ha estado motivado por la intención de presentar conclusiones libradas del carácter anecdótico que muchas veces genera el estudio de casos o las entrevistas. Desde luego, no se pretende aquí ofrecer una conclusión definitiva sobre el tema sino, más bien, estimular la agenda de investigación ofreciendo un conjunto de hipótesis de índole general que quedarán a la espera del necesario e ineludible examen crítico de los colegas y de la constatación empírica.

Entonces, el recorrido propuesto comprende cinco puntos o secciones. Luego de esta introducción, la primera sección estará dedicada a presentar una estilización del proceso de incorporación de las TICs en las PYMEs. Esta estilización permitirá resaltar dos elementos clave en la dinámica del proceso de difusión tecnológica como son los costos que el mismo involucra y el impacto que genera sobre el desempeño de la empresa. Esta evaluación de esfuerzos y resultados constituirá la segunda sección. En la tercera se busca profundizar la relación entre TICs y desempeño proponiendo cuatro canales o vías a través de los cuales estas tecnologías mejoran las distintas rutinas que hacen al desenvolvimiento de una empresa. En la cuarta sección se comparten algunas implicancias prácticas de las propuestas realizadas tanto en materia de desarrollo de indicadores como para el diseño de instrumentos de políticas. Por último, se realiza una síntesis de los argumentos y reflexiones que han sido presentados en las secciones previas.

2. Estilización del proceso de incorporación de las TICs en las PyMEs Marco Teórico

La incorporación de las TICs al ámbito de la empresa es un proceso complejo al

involucrar una multiplicidad de dimensiones. La forma en que se combinan las actividades de la empresa con el uso de TICs lleva a que las trayectorias empresarias en este terreno presenten especificidades tales que las tornan distintas entre sí, incluso únicas (Peirano y Suárez, 2004).

Cuando se intenta abrir la “caja negra” y observar qué sucede dentro de la empresa con la llegada de las TICs rápidamente se comienza a ver a la organización como una conjunción de procesos administrativos, productivos, comerciales, etc. La elección de este enfoque resulta muy funcional para detectar el tipo de contribución que harán las TICs, debido a que las mismas permitirán agilizar, abaratar o potenciar las actividades que lleva adelante la organización.

En este caso, se ha optado por utilizar como marco el planteo de los autores evolucionistas Richard Nelson y Sidney Winter para estilizar de qué manera las pequeñas y medianas empresas incorporan TICs. En efecto, de acuerdo con Nelson y Winter (1982), la operatoria diaria de una organización puede entenderse como un conjunto de rutinas que resultan de una respuesta a los mensajes recibidos por los individuos desde el exterior e interior de la empresa. En este sentido, cada uno de los integrantes de la firma interpreta estos mensajes y en función de ellos lleva a cabo una determinada rutina de su repertorio, la que a su vez enviará mensajes a otra persona de la organización. En este esquema, las rutinas constituyen una forma de almacenamiento de conocimientos operativos específicos de la empresa.

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Avanzando en esta línea argumental, Richard Nelson encuentra que en la operatoria diaria de la firma es posible encontrar tres clases de rutinas: los procedimientos operativos estándar, las que determinan el comportamiento inversor y los procesos deliberados que involucran la búsqueda de mejoraras en las actividades de la firma. El primer tipo de rutinas determinan la cantidad y calidad de la producción, las segundas regulan el crecimiento y la función de beneficio y las terceras son las que apuntan a una mejora en la operatoria de la empresa. (NELSON, R., 1995)

Las observaciones surgidas de las encuestas y entrevistas realizadas se ajustan muy bien a estas consideraciones. Un gran número de empresas había incorporado las TICs para agilizar y abaratar sus procesos operativos estándares. Un número más reducido había logrado ir más allá, utilizando las TICs para mejorar su toma de decisiones. Y un tercer grupo, claramente minoritario, además de haber logrado utilizar las TICs para desarrollar las dos primeras clases de rutinas, también utilizaba estas tecnologías como medio para facilitar y potenciar sus actividades de aprendizaje e innovación.

Entonces, a continuación, se presenta con mayor detalle esta estilización procurando completar el cuadro con consideraciones referidas a los requerimientos de infraestructura, software, capacitación como también de las aplicaciones más características de cada una de estas etapas del proceso de incorporación de las TICs en las PyMEs. Etapa 1. Generación y Gestión de Registros

En base a las observaciones reunidas, el empleo de las TICs como soporte de los procedimientos operativos estándar comienza por el área contable para luego ir extendiéndose a otros sectores administrativos. Luego, es probable que llegue el turno del área comercial y, en última instancia, serán utilizadas para las tareas propias de la producción y las mejoras tecnológicas.

El cambio en el formato de los registros es la primera repercusión de la llegada de las TICs. Por lo general, en esta primera etapa se instala un ordenador y un programa de diseño en el área de producción y se agrega a la página web la posibilidad de establecer un primer contacto con la empresa a través de un e-mail. En esta primera etapa, las TICs alteran una serie de actividades enmarcadas en la generación y gestión de la información. Sus características en términos de inversiones y aprovechamiento pueden sintetizarse de la siguiente manera:

La infraestructura se limita ordenadores y software de tipo procesador de texto y planilla de cálculo. Las inversiones necesarias son de poca envergadura en la medida que se trata de equipo estándar y de baja complejidad, tanto para su utilización como para su mantenimiento. Las capacidades con que debe contar el personal que hará uso de ellas son poco complejas ya que suponen sólo una variación del formato en el que se asientan los registros. Respecto de las aplicaciones, desde la perspectiva de los generadores de datos, la utilización de una PC –con la adecuada capacitación- suele relacionarse con la generación de registros contables e impositivos así como documentos internos específicos de la firma.

Sin embargo, a pesar de la poca magnitud del gasto involucrado y de la baja

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complejidad de las herramientas TICs, éstas implican un salto cualitativo de relativa importancia. Las TICs implementadas conllevan un cambio en la forma en que se realizan los procedimientos operativos estándar y un aumento del umbral mínimo de conocimiento del personal ocupado. En otras palabras, la organización se enfrenta a un cambio de paradigma.

Las historias en torno a la puesta en marcha del sitio web de las empresas ofrecen claras muestras de ello. Aunque su implementación parecería ser un suceso menor, con su desarrollo la empresa comienza a tener presencia en la red, hecho que muchas veces reviste más un carácter simbólico que un impacto real –en cuanto a la posibilidad de alcanzar nuevos clientes o mercados- pero fundamental para afirmar el nuevo paradigma. Etapa 2: Análisis de la Información

En una segunda etapa, la introducción de las TICs suele implicar la puesta en funcionamiento de un sistema que permita la circulación, en forma unidireccional, de los registros digitalizados –rasgo principal de la etapa anterior-. La evidencia más destacada de esta etapa es la generación de cuadros y series históricas destinada a orientar las decisiones que antes se tomaban a partir de especulaciones, estimaciones, o datos “los últimos disponibles”. Así, el acceso a datos y registros actualizados al instante enriquece de manera significativa el conjunto de elementos a partir de los cuales se conforma el cuadro de situación. Esto hace que las TICs se conviertan en un soporte de las rutinas de decisiones estratégicas (o de comportamiento inversor).

Es en esta etapa en donde comienzan a articularse las diversas áreas de la empresa aunque aún de forma unidireccional siguiendo la estructura vertical tradicional. Así, por ejemplo, la dirección puede acceder a los registros generados por el sector de ventas y los datos relativos al stock aunque se observa que el área de producción aún no recurre a las estadísticas de ventas o que el área de comercialización no se ve influenciada de manera directa por las distintas incidencias que están ocurriendo en línea de producción.

En términos generales, el proceso de implementación de TICs en esta etapa puede caracterizarse de la manera que sigue. La infraestructura comprende la introducción de más PCs y la puesta en marcha de una red interna, esto es, la implementación de software más específico aunque de tipo enlatado –estándar- con el objetivo de articular la información generada en diversas partes de la empresa.

Las inversiones/esfuerzos son de mayor envergadura puesto que se ha avanzado en la complejidad y especificidad de las TICs implementadas. Al mismo tiempo, se requiere de capacitación especial para el personal y, de poseer tercerizada la gestión del sitio web, también es necesario formar o contratar personal tal que permita integrar dicho aspecto a las actividades internas de la firma. Por lo tanto, podría decirse que las inversiones necesarias aumentan en su mayoría por los requerimientos de capacitación del personal.

En consecuencia, respecto de las capacidades es posible afirmar que en la medida que se busca modificar los procesos rutinarios –como por ejemplo completar las planillas de stock- es preciso que la persona que interactúe con las TICs posea los conocimientos necesarios para operar con ellas pero, al mismo tiempo, que comprenda la naturaleza del proceso y su impacto e importancia en el resto de las actividades. Las habilidades para clasificar los registros y convertirlos en información útil como la

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posibilidad de realizar un análisis criterioso de los mismos se vuelven atributos a ser estimulados y desarrollados en los recursos humanos. En este sentido, el espectro de aplicaciones de las TICs se relaciona directamente con la capacidad para utilizar la información generada como insumo para la toma de decisiones.

Sin embargo, aún su impacto es limitado puesto que la información generada por un sector circula únicamente de manera ascendente, por ejemplo, desde el área de depósito hacia el área de compras y desde la administración hacia el analista contable-financiero. Lo mismo ocurre con el acceso a Internet y la puesta on line del sitio web, acciones que llevan a que e-mail reemplace al teléfono, al fax o al mostrador.

A partir de esta etapa, las herramientas TICs implementadas comienzan a volverse parte esencial de las rutinas asociadas a la toma de decisiones. A su vez, también se hacen evidentes aquellos aspectos en donde las especificidades de las rutinas no encuentran una correcta articulación con el método impuesto por las TICs. Los entrevistados otorgan muchos ejemplos de ello, siendo uno de los más mencionados los procesos de liquidación de sueldos, en donde el software estándar utilizado no permite el registro del sistema específico de incentivos monetarios. Etapa 3: El trabajo interactivo

El tercer paso en este sendero evolutivo y acumulativo de la introducción de

TICs al ámbito de la empresa pequeña y medina puede ser caracterizado por la puesta en funcionamiento de una Intranet y otros sistemas específicos. La Intranet implica la articulación inteligente junto con un aprovechamiento eficiente de los equipos. Su desarrollo habitualmente requiere de adaptaciones idiosincrásicas a las necesidades específicas de la empresa, combinando software estándar con desarrollos o adaptaciones especiales. Esto conduce a la utilización de las nuevas tecnologías de información al plano de la generación y circulación de información de manera multidireccional y minando el verticalismo rígido.

Acompaña a esta etapa la preocupación por mejorar la eficiencia de los sistemas de almacenamiento de información. El hecho que la información generada a través de los diversos procesos sólo circule unidireccionalmente puede inducir a la duplicación constante de registros y a la falta de consistencia entre algunos procesos. De ocurrir esto, la empresa se verá obliga a contar con instancia de consolidación y optimización de las bases de registros lo cual, sin duda, resta eficiencia al sistema.

En términos generales, esta etapa adopta los siguientes rasgos: la infraestructura comprenderá la puesta en funcionamiento de una red interna que permita el acceso remoto a la información generada por las distintas áreas. Al mismo tiempo, dada esta articulación es necesario que cada área posea su módulo de trabajo adaptado a las necesidades específicas. Por ejemplo, es probable que se incorpore un sistema ERP (Enterprise Resourse Managment) en producción, un sistema CRM (Customer Relationship Management) en ventas y SCM (Supply Chain Managment) en compras.

A su vez, es posible que la evaluación de la implementación de un sistema específico en ciertas áreas, por ejemplo I+D, resulte contrario a su desarrollo como consecuencia de que el costo del mismo requiere una escala mayor de operaciones para amortizarse razonablemente. Este obstáculo, desde luego, se hace más acuciante cuanto

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menor sea el tamaño de la empresa o más específica sea la tarea que se intenta informatizar. En algunos casos, esto se supera por la vía de la tercerización aunque esta solución no es siempre posible por causa del carácter estratégico o la complejidad del proceso en cuestión. En cuanto al equipamiento, por lo general, se utilizan los ordenadores existentes, ahora terminales, y se incorporan servidores o equipos capaces de soportar el almacenamiento de datos y de coordinar el flujo de información.

Como puede observarse, los esfuerzos/inversiones necesarios aumentan y su contribución al desempeño de la empresa comienza a tener una relevancia tal que se convierte en un ítem estable del presupuesto. Esta etapa se caracteriza por ser mano de obra intensiva y de alta calificación, como lo son el desarrollo y adaptación de software y la contratación de algunos servicios externos.

Al mismo tiempo se requiere una inversión en capacitación y mejora organizacional puesto que generalmente las herramientas y soluciones TICs incorporadas en esta etapa implican el rediseño de los procesos de trabajo a fin de optimizar el rendimiento y evitar la duplicación de información. En especial, la estandarización de ciertas actividades se vuelve crítica para el funcionamiento del sistema puesto que un proceso en una determinada área se transforma automáticamente en un mensaje para otra.

Por tanto, esta etapa conlleva un aumento de exigencia sobre las capacidades a fin de alcanzar la adecuada automatización de las tareas. En especial porque para que el sistema funcione es preciso que cada uno de sus miembros comprenda tanto la responsabilidad que tiene a su cargo como el proceso general del cual forma parte. De esta manera cada participante del sistema tendrá que saber de qué manera logra una virtuosa articulación de ambas dimensiones a fin de mejorar la eficiencia del conjunto. Las capacidades necesarias para esta etapa suelen ser el resultado de un proceso acumulativo de aprendizaje y adaptación tanto de los usuarios al esquema del “sistema” como del software a las necesidades de los usuarios.

Dadas estas inversiones y capacidades, el espectro de aplicaciones de las TICs implementadas en esta etapa depende de forma importante de las capacidades mencionadas anteriormente. La combinación de las capacidades existentes en la firma determinará diferentes escenarios. Por tanto, para que el aprovechamiento de las TICs tenga un impacto notable en la desempeño es necesario lograr que el avance en la complejidad maximice los aspectos virtuosos de la cultura organizacional al mismo tiempo que elimina sus vicios. Por definición, las actividades rutinarias se encuentran fuertemente arraigadas en el personal y en su forma de desempeñar sus actividades.

Por tanto, la automatización vía la informatización de las distintas actividades conviene que sea acompañada de mejoras organizacionales. A su vez, para que este cambio organizacional sea posible, es necesario que se enmarque en un proyecto de empresa que considere a todas las dimensiones involucradas.

Podría decirse que el nivel máximo se alcanza cuando la empresa ha logrado articular los diferentes procesos que la componen junto con los actores que la rodean, en especial con sus proveedores y clientes. En este punto, ya no se trata de utilizar el e-mail como herramienta de comunicación sino la implementación de sistemas de tipo EDI (Electronic Data Interchange) con clientes y proveedores y de tipo data warehouse como soporte a las actividades directivas. Implica que es posible monitorear a través de diversas herramientas TICs desde la orden de compra de materia prima hasta la salida del producto al mercado.

En síntesis, la mejora en el desempeño a través de las TICs, una vez atravesada

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la etapa de la informatización de los procesos de apoyo (información) y de articulación de las diversas áreas (comunicación) depende del grado de avance en la introducción de herramientas TICs como soporte de todos los tipos de rutinas de la organización y del grado de éxito en la implementación de innovaciones organizacionales que permitan maximizar el uso de dichas herramientas. El uso de las herramientas TICs como soporte del trabajo interactivo y cooperativo en donde la información generada en las distintas áreas circule de manera multidireccional. Por tanto, alcanzada esta etapa, las TICs se convierten en una herramienta para el desarrollo de las rutinas asociadas a la búsqueda de mejoras.

3. Complejidad, costos e impacto en el desempeño: factores determinantes de la dinámica del proceso de incorporación de las TICs en las PYMES

De la sección anterior se desprende que la implementación de TICs debe tener

en cuenta la necesidad de comenzar a articular las distintas rutinas de la empresa y para esto se requiere tanto de la capacitación como de las inversiones en infraestructura. Si no se avanza en la capacitación del personal, aún cuando se haya progresado en la adopción de equipamiento, el aumento en el desempeño probablemente sea reducido. Lo que aparenta ser un incremento en la complejidad representa, en realidad, el desarrollo del “front-office” cuyo impacto en el agregado de la actividad empresaria resulta en general muy limitado (Peirano y Suárez, 2004).

Es decir, aunque la web permite hacer pedidos o compras, únicamente se ha reemplazado al “mostrador” por un “e-mail” o un formulario digital mientras que el inicio del proceso de producción-venta sigue ocurriendo dentro de la administración –en este caso, a partir de la persona que recibe el e-mail o abre el registro y no a partir del contacto físico con cliente-. Asimismo, el hecho que la gestión del stock se encuentre informatizada puede deberse a que los datos de entrada y salida de productos son ingresados al sistema por un encargado de cada área (a partir de los comprobantes de compra y órdenes de fabricación) y no porque se realiza automáticamente a partir de los datos de producción y compras. Si este es el caso, el acotado impacto en el desempeño no debe sorprender. Si no se producen cambios organizacionales (cualitativos), las nuevas inversiones o esfuerzos rápidamente se percibirán como injustificados.

En definitiva, la auscultación de la difusión del paradigma digital entre las empresas por medio de la mirada acotada que otorga el grado de extensión del parque de equipos instalados conduce a distorsiones serias en el análisis. En efecto, esto ocurre porque no se están tomando en cuenta las dimensiones referidas a las capacidades de los recursos humanos ni de los sistemas. Estos aspectos son determinantes del grado de aprovechamiento (o apropiación) de estas tecnologías y constituyen elementos sumamente relevantes para explicar las diferencias de desempeño de las empresas, incluso entre aquellas con niveles similares de equipamiento.

En la Figura 1 se intenta esquematizar la mejora, en términos de desempeño de la empresa. Como puede observarse, y de lo expuesto en la sección previa, la evolución en la complejidad de las TICs incorporadas posee una relación positiva con el impacto en el desempeño de la firma.

Sin embargo, esta relación surge de tres “curvas de implementación” que

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relacionan complejidad y desempeño en las rutinas operativas estándar, en las rutinas de decisiones estratégicas y en las rutinas innovativas. Alcanzado cierto umbral de complejidad, si la implementación de las TICs no avanza hacia darle soporte a un nuevo tipo de rutina, el impacto de estas tecnologías sobre el desempeño tiende a volverse nulo, o incluso negativo.

A modo de ejemplo, aumentar la capacidad de un ordenador ubicado en la administración sin avanzar en la integración de esta área con otras representa un aumento en los costos sin ningún aporte al desarrollo de las rutinas de su operador. En otras palabras, no se ha logrado pasar de la etapa de generación y gestión de la información (etapa 1) a la etapa de análisis de la información (etapa 2).

De la misma forma, implementar un sistema sofisticado para gestionar la producción que convive con el registro manual del movimiento del stock de insumos probablemente dificulte muchas funciones o diluya los beneficios del sistema de gestión que ha sido implementado. Esto es, el pasaje de la etapa de análisis de información (etapa 2) a la etapa de trabajo interactivo y cooperativo (etapa 3).

En síntesis, se sostiene que la inversión en TICs requiere para ser rentable, enmarcarse en un proyecto de mediano-largo plazo que involucre todos los aspectos que hacen a la competitividad de la empresa. La implementación de TICs no es en si misma el factor determinante de la posición competitiva de la empresa –ni puede esperarse que lo sea-, sino que es un potente recurso cuyo aprovechamiento no es simple ni está libre de costos. Su impacto en la firma depende del modo y profundidad con que las TICs se enlacen con las diferentes rutinas y, a su vez, de que estas rutinas saquen provecho de la tecnología para articularse entre sí. Este parece ser el camino que lleva a forjar una ventaja competitiva sustentable y genuina.

Figura 1

DESEMPEÑO

Rutinas operativas estándar

Procesos de decisiones estratégicas

Procesos innovativos

Generación

registros Análisis de la

información

Trabajo

cooperativo

COMPLEJIDAD DE LAS

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Cuadro 1

Etapa El PROCESO DE

IMPLEMENTACIÓN

DE LAS TICs EN

LAS PyMEs

Generación y Gestión

de Registros

Análisis de la

información

Trabajo

Interactivo

Rutinas Procedimientos

operativos estándar

Decisiones

estratégicas Innovativas

Evidencia del impacto

Actividades de

generación de

información

Actividades de

control y dirección

Actividades de

planificación y

ejecución

Tipo de inversión

predominante Infraestructura

Capacitación de

RR HH

Desarrollo de

sistemas

Automatización Disponibilidad de

información

Facilitación de

Innovación y

Aprendizaje Economías de

informatización

Reducción de costos de transacción

En la Figura 2 se presenta una aproximación a las curvas de costos asociadas a

los diversos aspectos que hacen a la incorporación de TICs. En términos de la curva de costos totales, la misma refleja la relación directa que existe entre el aumento de la complejidad y los requerimientos de inversión. Pero en el traspaso de una etapa a otra la curva presenta discontinuidades.

En efecto, cuando se completa una etapa, el empresario debe avanzar hacia la siguiente para continuar mejorando el desempeño de la firma como se ha señalado en la sección anterior. Esta decisión al parecer se debe asumir en un contexto incierto ya que el tipo de infraestructura cambia y provoca una discontinuidad en su curva de costos.

De ser cierta esta hipótesis, explicaría por qué la difusión de las TICs al interior de la empresa es un proceso con marchas y detenciones. En realidad, la decisión de adoptar estas tecnologías no se limita a una única instancia de evaluación. Más bien la incorporación completa debería ser representada como el resultado de una sucesión de instancias de decisión caracterizadas por la incertidumbre que opaca la relación costos-

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beneficios del proceso completo. Existe un nutrido conjunto de casos en donde los entrevistados han destacado que uno de los obstáculos preponderantes en este proceso de adopción es la dificultad para establecer los beneficios asociados a la inversión en TICs. Si la Dirección de la empresa no tiene una fuerte convicción y compromiso con la implementación de estas herramientas, el proceso suele tener un ritmo espasmódico necesitando de coyunturas favorables para transitar de un tramo a otro de la curva.

Figura 2

En otro plano, el aumento en las inversiones necesarias en materia de capacidades implica avanzar en una curva de costo que crece más que proporcionalmente que el aumento de la complejidad. Esto se debe a que el incremento en las capacidades de los usuarios de las TICs responde a procesos de aprendizaje dados por tres cuestiones: el uso de dichas herramientas, la capacitación y la interacción con las capacidades de los diferentes usuarios.

En consecuencia, la pendiente de la curva de costo total de las TICs no es constante, volviendo a la escala un factor relevante. En otras palabras, el tamaño de la empresa es importante. Por tanto, avanzar en el estudio del impacto y las características de la incorporación de TICs en la firma requiere un marco teórico que defina las características propias de estas tecnologías en términos de la relación entre costos, complejidad e impacto en el desempeño.

Por último, es posible presentar una hipótesis adicional. En este caso vinculada con la composición de los costos. Las descripciones realizas admiten una relectura orientada a considerar cuáles son los diferentes costos en los que debe incurrir una empresa para llevar adelante el proceso de adopción de las TICs. Por lo expuesto, se observan tres rubros: costo en infraestructura, costo en capacitación y costos en desarrollo de sistema.

El reconocimiento de estos tres componentes permite ensayar el siguiente planteo: la dinámica del proceso bajo análisis está explicada por el protagonismo que tienen cada uno de estos costos dentro de cada tramo o etapa. Cabe señalar que se habla de protagonismo porque las curvas de estos costos presentan una forma de S cuyos tramos de mayor pendiente están desplazados en el tiempo y asociados respectivamente a una etapa distinta del sendero de incorporación de las TICs. En efecto, tal como queda

COSTOS

COMPLEJIDAD DE LAS Generación

registros

Análisis de la

información

Trabajo

Cooperativo

Costos totales

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expresado en la Figura 3, se está afirmando que en la Etapa 1, el principal componente se refiere a los costos en infraestructura. La Etapa 2 está signada por los costos en capacitación y la Etapa 3 por los costos en desarrollo de sistemas.

Las implicancias de esta esquematización son varias. En primer lugar, la dinámica del proceso está condicionada por la habilidad de la Dirección en realizar una adecuada sucesión de esfuerzos de distinta naturaleza. Debe comenzar por una inversión en bienes de capital para luego pasar a invertir en recursos humanos y finalmente en el desarrollo de un intangible. Las capacidades para enfrentar cada uno de estos desafíos no son evidentemente iguales. Algunas firmas tienen mejores capacidades en un plano que en otro lo cual hace prever la heterogeneidad con que se dará el proceso al interior del entramado productivo. Indicadores

Otra implicancia se refiere a cuáles son los indicadores más pertinentes para describir y evaluar el proceso de adopción de las TICs al interior de las empresas. Al menos, sería necesario contar con tres clases de indicadores capaces de dar cuenta de la evolución de cada tipo de dimensión a desarrollar (infraestructura, recursos humanos, desarrollo de sistemas).

Los indicadores más difundidos hasta el momento se refieren únicamente a infraestructura. Aplicados a empresas que han superado la primera etapa del proceso, estos indicadores no reflejan adecuadamente las diferencias que existen entre ellas –originadas como se ha planteado por heterogeneidades en las distintas capacidades que entran en juego- mostrando similitudes donde existen divergencias. Esta incongruencia ha sido señalada en otras ocasiones (INDEC, 2003; Peirano y Suárez, 2004) aunque en esta ocasión se ha intentado darle una explicación más general y estilizada.

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Figura 3

4. Las Economías de informatización

La influencia de las economías de escala sobre la forma que adopta la relación de entre los agentes y su desempeño es un aspecto ampliamente reconocido y estudiado en el ámbito de la Organización Industrial. Estas economías definen la escala óptima, lo que impacta directamente en la estructura de mercado y el régimen de competencia que finalmente prevalece en cada sector.

Entre los distintos tratamientos que admiten las economías de escala, Shepherd (1985) destaca que las mismas actúan a través de tres canales. El primero de estos canales o vías es el de la especialización. El aumento de volumen permite avanzar en la división del trabajo y con ello en la definición de tareas bien acotadas y específicas lo cual favorece a la expertise de quien debe desarrollarla o el empleo de una máquina que automatice la tarea. La segunda vía es la posibilidad de aprovechar cualidades físicas. Como se sabe, un depósito de 10 metros de lado tiene una capacidad de almacenamiento desproporcionadamente menor a un local de 20 metros de lado como consecuencia de que una duplicación en el perímetro más que duplica el volumen. El tercer canal se vincula con la posibilidad de distribuir costos fijos. Efectivamente, a mayor número de unidades menor es la incidencia del costo fijo en el costo unitario.

El uso del vasto rango de herramientas que ofrecen las TICs en el ámbito de las empresas y otras organizaciones al igual que las economías de escala son una fuente de mejoras en el desempeño. Por ello, se propone desarrollar un concepto análogo al de economías de escala como podría ser el de economías de informatización. En este caso, las vías a través de las cuales las TICs devienen en un mejor desempeño podrían clasificarse en cuatro.

Infraestructura

Capacitación

Desarrollo Sistemas

Generación

Registros

Análisis de la

información

Trabajo

Cooperativo

Proceso de adopción

de las TICs

Costos

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Las organizaciones logran un funcionamiento más eficiente cuando mediante el uso de las TICs automatizan procesos internos, pueden acceder a información necesaria para la toma de decisiones, reducen los costos de transacción con otros agentes y facilitan los procesos de aprendizaje mediante mecanismos de prueba y error en espacios virtuales o simulados. Estos serían los cuatro canales por los cuales las TICs impactarían en las actividades que desarrollan las empresas mejorando su desempeño.

Algunos de estos canales implican hacer lo mismo que antes de una manera menos costosa y otros lo que hacen es mejorar notablemente los resultados. Incluso en algunos casos permiten alcanzar resultados que de otra manera no hubiesen sido posibles de lograr. En estos casos, los costos pueden ser altos pero la ecuación esfuerzos beneficios finalmente arroja saldo positivo que se asocia con las mejoras de desempeño. En otras palabras, no siempre el camino para mejorar el desempeño es la reducción de costos. Así, se encuentra que las economías de informatización en algunos casos contribuyen reduciendo costos y en otros mejorando el producto o el resultado logrado (aunque esto implique un aumento en los costos).

Claro que la valoración de la mejora en los resultados es una tarea compleja y muchas veces difusa mientras que los costos suelen ser más fáciles de contabilizar, en especial, cuando involucran transacciones de mercado que generan registros contables medidos en unidades monetarias. Esto es un elemento adicional a los presentados hasta el momento orientado a brindar una explicación a la inquietante coincidencia que aluden los empresarios: un obstáculo para la introducción de la TICs en la empresa son las dificultades para percibir sus beneficios y, por lo tanto, justificar la inversión asociada a esta decisión. Esta dificultad también aparece en el diseño de instrumentos públicos y la evaluación de su impacto.

Una forma de revertir esto sería diseccionar más el vínculo entre las TICs y el desempeño. Para ello, aquí se proponen considerar estas cuatro vías o canales a través de los cuales las TICs devienen en mejoras en el desempeño y denominar al conjunto de estos cuatro modos y sus impactos como “economías de informatización”: Automatización

La automatización de los procesos rutinarios (aquellos en los cuales todos los

escenarios de eventos están identificados y previsto para cada uno de ellos una respuesta). Esta fuente de economía ocurre mayormente en la primera etapa del proceso de adopción de las TICs y, en consecuencia, impacta en mayor medida en las rutinas operativas estándar.

El aumento más que proporcional en la eficiencia respondería a la relación virtuosa que surge a partir de la posibilidad de disminuir el trabajo humano directo al tiempo que casi como un residuo de la tarea -es decir, sin un costo directo- se generan registros. Por ejemplo, a partir de la automatización de procesos la empresa lograría aumentar la eficiencia en las denominadas actividades burocráticas. Acceso a información

La implicancia más directa y relevante es la reducción de incertidumbre en la

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toma de decisiones. La posibilidad de acceder a información relevante y precisa con un costo bajo y en tiempo real permite a los agentes tomar decisiones asistidos por una gran variedad de datos. Por ejemplo, la gerencia general de la empresa que puede conocer el estado de las ventas que hasta hace solo unos instantes han efectuado sus vendedores quienes, a su vez, pueden acceder al historial del cliente para gestionar mejor la relación.

De esta manera, ya no se toman decisiones en función de un escenario histórico, posible o estimado sino que se trabaja con un grado de certeza mucho mayor. Tampoco se establecen relaciones con grandes o pequeños clientes sino que es posible contar con los elementos necesarios para realizar una oferta o formular un plan de trabajo específico para cada cliente o proveedor.

Por tanto, este tipo de economías se hace evidente durante la etapa de análisis de la información y posee un impacto mayor en las rutinas asociadas a las decisiones estratégicas puesto que aumenta la eficiencia en las actividades de control y dirección. Facilitación de los procesos de innovación y aprendizaje

El grado de implementación de TICs alcanzado en la tercera etapa permite

aprovechar oportunidades, responder a necesidades específicas a partir de la rápida circulación de información y la resolución de problemas de forma interactiva y cooperativa. Asimismo, las TICs brindan la posibilidad de crear espacios virtuales y modelos de simulación que sin lugar a duda generan entornos donde los procesos de aprendizaje learning by doing, el learning by using y el learning by interacting se ven facilitados y sus costos reducidos.

En efecto, las actividades de innovación que se realizan en contextos donde se han establecido estas redes o sistemas de intercambio e interacción se ven influenciadas positivamente, lo cual permite esperar mayores y mejores resultados. Las actividades de I+D pueden ahora nutrirse de un abundante caudal de información técnica disponible en Internet o que circula por las redes interfirma.

Además, la posibilidad de conformar equipos de trabajo entre profesionales ubicados a cientos o miles de kilómetros y con una dinámica de funcionamiento similar a la que puede darse en un laboratorio, es decir, un cambio frecuente de hipótesis y pareceres junto con la socialización de ideas poco formalizadas estimula la creatividad (learning by interacting).

Las soluciones prácticas para los problemas que suelen presentarse a lo largo de todo el proceso productivo también se ven facilitadas al ser posible realizar consultas a colegas que han debido enfrentar situaciones similares, sin importar donde estén localizados. Las actividades relacionadas con productos tecnológicos intangibles (licencias, marcas y servicios de consultoría) también pueden apoyarse en las TICs para lograr mejores resultados. Nuevamente, la mayor interactividad permite una mejor transmisión del know-how y extiende las transferencias de tecnologías a los aspectos no codificados o tácitos. Al existir la posibilidad de un mayor dialogo entre las partes, los proveedores podrán atender mejor las necesidades específicas de los clientes, lo que es clave en estos procesos de traspasos de conocimientos y generación de capacidades.

En términos similares, en el ámbito de la capacitación las TICs están se abriendo nuevas posibilidades gracias al e-learning tanto por el hecho de reducir los costos de traslados del personal de las firmas o de los profesionales a cargo de los cursos, como por el uso de herramientas de simulación, esenciales para el aprendizaje y el desarrollo

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de capacidades hasta el momento confinadas al costoso learning by doing no simulado. Reducción de costos de transacción

Las TICs, al permitir mejorar las tareas de coordinación entre agentes, reducir

tiempos muertos y otros costos asociados a las relaciones de la empresa con su entorno, pueden contribuir a mejorar la eficiencia de la empresa y del sistema económico en general. Las TICs permiten trasmitir de manera instantánea y a un bajo costo la información necesaria para compatibilizar los planes de los distintos agentes responsables de llevar adelante el amplio número de actividades que involucran la mayoría de los procesos productivos. Esto reduce los costos de coordinación tanto al interior de las firmas como en la esfera de las relaciones interempresariales. La conformación de redes está haciendo que las relaciones entre los agentes económicos se conformen de un mix entre las relaciones jerárquicas y de mercado, dando lugar a contratos muchas veces no explícitos entre agentes que pertenecen a figuras jurídicas independientes.

Al mismo tiempo, este tipo de economía de informatización reduce los tiempos (costos) de coordinación de la empresa hacia el interior. La posibilidad de interactuar en tiempo real con las diferentes áreas y funciones de la firma, que son las que efectivamente se relacionan con el exterior, permite mejorar la circulación de conocimiento e información, lo cual, en última instancia, repercute en el desempeño de la firma en el mercado en la medida que permite la mejora continua de las rutinas. Por tanto, el impacto en la reducción de los costos de transacción se manifiesta de diferente forma a lo largo de todo el proceso y mejora el desempeño de las rutinas operativas estándar, las rutinas de toma de decisión y las rutinas vinculadas a la innovación y el aprendizaje.

En el Cuadro 1 se presenta una síntesis que relaciona las distintas rutinas de la empresa, con cada una de las etapas de la implementación de TICs y las fuentes de economías de informatización. De esta manera, se podría afirmar que el impacto de las TICs no sería homogéneo entre todos los agentes. De hecho, la evidencia reunida por distintos autores lo confirma (YOGUEL, 2004; LA ROVERE ET AL, 2003).

Esta heterogeneidad estaría fundada en reacciones distintas, por parte de las empresas, frente a las posibilidades que encierran las economías de informatización así como también por las diferencias que existen entre las actividades productivas.

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Cuadro 1

Etapa El PROCESO DE

IMPLEMENTACIÓN

DE LAS TICs EN

LAS PyMEs

Generación y Gestión

de Registros

Análisis de la

información

Trabajo

Interactivo

Rutinas Procedimientos

operativos estándar

Decisiones

estratégicas Innovativas

Evidencia del impacto

Actividades de

generación de

información

Actividades de

control y dirección

Actividades de

planificación y

ejecución

Tipo de inversión

predominante Infraestructura

Capacitación de

RR HH

Desarrollo de

sistemas

Automatización Disponibilidad de

información

Facilitación de

Innovación y

Aprendizaje Economías de

informatización

Reducción de costos de transacción

De lo micro a lo macro

En efecto, el último punto estará dedicado a una reflexión que busca llamar la atención sobre la necesidad de conciliar dos dimensiones que en los análisis suelen estar escindida. Para comprender bien el fenómeno de difusión de las TICs y su impacto sobre el entramado económico se requiere estilizar estrategias empresariales (aprovechamiento o no de oportunidades) y tomar en cuanta el contexto en que actúan los agentes (taxonomía de actividades). Este último aspecto habitualmente no suele tomarse muy en cuenta. Una forma de subsanar esta falencia sería ver en qué medida los procesos críticos de cada sector son permeables a las vías de cambio incluidas en las llamadas economías de informatización. En este sentido, se esta proponiendo operacionalizar la noción de “actividades económicas intensivas en el uso de la información”

Este ejercicio podría conducir a tener una noción a priori del posible impacto de las TICs en un sistema económico, lo cual constituye, como se mencionó, un parámetro esencial para su valoración. En ciertas economías, donde el protagonismo de actividades intensivas en información es mayor, debería esperarse una presencia más relevante de las herramientas TICs en el ámbito empresarial. Entonces, los logros de esa economía difícilmente puedan compararse con otra donde las actividades que se desarrollan son

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fundamentalmente no intensivas en información. Se debería tener en cuenta que, si bien es indiscutible que todas las actividades económicas pueden beneficiarse mediante alguna de las formas en que se manifiestan las economías de informatización, también es poco cuestionable afirmar que ciertas actividades de servicios –en general de alto valor agregado- encuentran en las TICs una herramienta para potenciar sus desempeño de manera más directa y pronunciada de lo que sucede en el agro, el sector fabril o los servicios intensivos en trabajo poco calificado. En estos últimos, el impacto de las TICs podría ser incluso menor que en la agricultura o en la manufactura.

También sería necesario, para tener un adecuado conocimiento del impacto de la difusión de las TICs, analizar de qué manera refuerzan o diluyen otros tipos de economías -sean de escala, de aprendizaje, pecuniarias, etc-. Por ejemplo, a priori las TICs permitirían ampliar el tamaño medio de las plantas gracias a las mejoras que pueden lograrse en materia de gestión al permitir “hacer lo justo en el momento oportuno” gracias a la posibilidad de acceder a los datos y registros remotos. Es decir, las TICs pueden redundar en un mayor aprovechamiento de las economías de escala. Pero al mismo tiempo se observa que la caída en los costos de transacción favorece la desintegración vertical y horizontal, lo cual lleva a plantas de menor tamaño y mayor especialización. Evidentemente, se advierte que es necesario profundizar la investigación de estos temas comenzando por enriquecer aún más la evidencia disponible. El trabajo de campo es, por lo tanto, imprescindible para conocer estas interacciones y poder hacer predicciones más certeras.

5. Síntesis y conclusiones

En la primera sección se ha propuesto entender a la empresa como una organización constituida por tres tipos de rutinas: las que incluyen operaciones estándares, rutinas que involucran decisiones estratégicas, procedimientos de mejoras o rutinas de innovación. También en esa sección se ha presentado una estilización del proceso de adopción de las TICs por parte de las PyMEs. La estilización ha permitido definir tres etapas críticas en el proceso. Una primera etapa donde las TICs contribuyen principalmente a generar y mejorar la gestión de registros. Una segunda etapa cuyo eje central se refiere al análisis de la información que estos registros permiten y, una tercera etapa centrada en asegurar que estas herramientas permiten un trabajo interactivo potenciando las capacidad de cooperación de los agentes tanto al interior como al exterior de la empresa.

Para cada una de las etapas se realizó una apreciación sobre cuáles son los requerimientos típicos en términos de infraestructura, capacidades, inversiones y aplicaciones. Estas consideraciones fueron utilizadas como insumo para la elaboración de la segunda sección en donde se han esbozado distintas hipótesis. En primer lugar, se presentó una propuesta de vinculación entre rutinas, complejidad y desempeño. Este ejercicio condujo a concluir que cuando se completa una etapa, es decir que se explota al máximo el aporte de las TICs a un tipo de rutina, el empresario debe avanzar hacia la siguiente si desea que el proceso de adopción de estas tecnologías no se estanque en términos de mejora del desempeño de la firma. En otras palabras, se sostuvo que el impacto en la firma depende del modo y profundidad con que las TICs se enlacen con

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las diferentes rutinas y, a su vez, de que estas rutinas saquen provecho de la tecnología para articularse entre sí.

Luego, se argumentó que la curva de costos totales asociada al proceso de adopción de las TICs debería representarse más bien como discontinua y con una pendiente no constante. Así, el desarrollo del proceso exhibe marchas y detenciones. La decisión de adoptar estas tecnologías no se limita a una única instancia de evaluación y, más bien, la incorporación completa debe ser representada como el resultado de una sucesión de instancias de decisión caracterizadas por la incertidumbre que opaca la relación costos-beneficios del proceso.

El último punto de la tercera sección plantea la existencia de tres componentes explicativos de los costos totales. Se señaló que la dinámica del proceso bajo análisis está explicada por el protagonismo que tiene cada uno de estos costos dentro de cada tramo o etapa En efecto, se ha afirmado que en la Etapa 1, el principal componente se refiere a los costos en infraestructura. La Etapa 2 está signada por los costos en capacitación y la Etapa 3 por los costos en desarrollo de sistemas.

Con estos elementos como background, la cuarta sección estuvo dedicada a desarrollar el concepto de economías de informatización como una manera de sintetizar las cuatro formas principales en que las TICs impactan sobre el desempeño de la empresa. El conjunto de estas cuatro formas o vías estaría conformado por la automatización, el acceso a la información, las nuevas facilidades y posibilidades en el terreno de la innovación y el aprendizaje y la reducción en los costos de transacción.

Por último, se reflexionó sobre cómo estas ideas e hipótesis permitirían avanzar en el terreno de la formulación de indicadores superando las incongruencias que estaría mostrando la información estadística hoy disponible ya que la misma sugiere similitudes entre empresas y países que los trabajos de campo refutan. También se advirtió sobre la necesidad de superar la actual escisión de los estudios en términos de impactos micro y macro de las TICs.

En definitiva, como se anticipó, este trabajo no es más que una continuación de las primeras reflexiones presentadas junto con los resultados de un trabajo de campo que buscó indagar sobre la estrategia de implementación de las TICs por parte de las PyMEs argentinas. En esta ocasión se ha buscado arribar a conclusiones y estilizaciones despojadas del ropaje anecdótico y, en este sentido, creemos que las propuestas y planteos aquí presentados efectivamente pueden estimular la agenda de investigación y permitir avanzar en explicar cómo las TICs mejoran el desempeño de las PyMEs. Referencias bibliográficas

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Recebido em/Manuscript first received: 03/02/2006 Aprovado em/Manuscript accepted: 15/07/2006 Endereço para Correspondência/Addresss for Correspondence Pedro Bonillo, Ingeniero en Computación. Magíster en Ingeniería de Sistemas. USB., Magíster en Gerencia de las Finanzas y los Negocios. Candidato Doctor em Gerencia. UNY. Candidato Doctor en Ciencias de la Computación. Mención Ingeniería de Software. UCV. Remedy Skilled Professional. ITIL Foundation Certified. PPI Candidato 6502.CIV 11049. Asesor Tecnología y Arquitectura, Gerencia de Arquitectura y Tecnología CANTV, Cortijos de Lourdes, Edif. Cortijos II, Piso 2, Apdo. 1046. Centro ISYS, Facultad de Ciencias, UCV, Apdo. 48097, Los Chaguaramos 1041-A, Caracas, Venezuela. Phone: + 58 212 5000255 Email: [email protected] ISSN online: 1807-1775 Publicado por/Published by: TECSI FEA USP – 2006

METODOLOGÍA PARA LA GERENCIA DE LOS PROCESOS DEL NEGOCIO SUSTENDA EN EL USO DE PATRONES BUSINESS PROCESS MANAGEMENT WITH THE USE OF PATTERNS METHODOLOGY Pedro Bonillo Centro ISYS, Facultad de Ciencias, UCV, Caracas, Venezuela

ABSTRACT

Present companies require of complex businesses models with an organizational structure, processes and systems that must explicitly be designed. The task to design these business models is clearly interdisciplinary, since it requires knowledge of business development, different processes that happen in the company and of the processes management and technological applications. In software engineering context, it would be advisable to be able to count on a system of methods, tools and techniques that allow reusing the best practices during software development process, according to each one of the processes that are implemented in each domain. On this basis, in this work we propose an integral referential theoretician framework and a methodology that includes from requirements analysis to processes monitoring, supporting analysis, design, and modeling and configuration stages, through patterns use. The proposal methodology is conformed by two macro-processes: the first one related to the creation of the process itself. The second one corresponds to the administration, and includes: maintenance, administration of the process in production and the monitoring through management indicators.

Keywords: Methodology, Business Management Processes, Patterns.

RESUMEN

Las empresas actuales requieren de modelos de negocios complejos con una estructura organizacional, procesos y sistemas que deben ser diseñados explícitamente. El trabajo de diseñar estos modelos de negocio es claramente interdisciplinario, ya que requiere conocimientos de desarrollo del negocio, los diferentes procesos que ocurren en la empresa y de la gerencia de los procesos y las aplicaciones tecnológicas. En el ámbito de la ingeniería de software sería conveniente poder contar con un sistema de métodos, herramientas y técnicas

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que permitan reutilizar las mejores prácticas durante el proceso de desarrollo de software según cada uno de los procesos que se implementen en cada dominio. En base a esto, en este trabajo se realiza una propuesta de marco teórico referencial integral y una metodología que abarca desde el análisis de los requerimientos hasta el monitoreo de los procesos, apoyando las etapas de análisis, diseño, modelaje y configuración, a través del uso de patrones. La propuesta metodológica está conformada por dos macro-procesos: uno relacionado con la creación del proceso en sí mismo y otro que corresponde a la administración, y comprende: el mantenimiento, administración del proceso en producción y el monitoreo a través de indicadores de gestión. Palabras Claves: Metodología, Gerencia Procesos de Negocio, Patrones.

1. Introduccion

El principal objetivo de este trabajo es proponer una metodología para la gerencia de los procesos del negocio (BPM) [Davenport93] sustentada en el uso de patrones [Alexander et al. 77] [Coad92] [Coplien93] [Gamma et al. 95] [Buschmann et al. 96] [Flowler97] [Coad et al. 99]. En este trabajo nosotros proponemos una taxonomia de patrones [Sarver00] y su representación a través de un Lenguaje de Definición de Arquitecturas [Vestal93] (ADL) con respecto a una arquitectura de procesos, servicios y objetos canonicos, además extendemos la especificación de los patrones [Acosta et al. 04] a fin de poder medir su calidad durante el proceso de desarrollo y al producto de software obtenido a través de Estilos de Arquitectura Basados en Atributos (ABAS) [Kazman et al. 04] y como modelos de calidad ISO14-598 [ISO/IEC14598-3 99] e ISO-9126[ISO/IEC 9126-1 01]. Tomando en cuenta esta combinación de metodos herramientas y tecnicas se proponen un conjunto de pasos que en el ambito de BPM permiten identificar los procesos claves, modelarlos y analizarlos, simularlos, implantarlos de forma auto-asistida (tanto los nuevos procesos como sus versiones), evaluarlos, monitorearlos y mejorarlos.

Procesos de Desarrollo de Software

En los últimos años se han estudiado dos corrientes en lo referente a los procesos de desarrollo, los llamados métodos pesados y los métodos ágiles. La diferencia fundamental entre ambos es que mientras los métodos pesados intentan conseguir el objetivo común por medio de orden y documentación, los métodos ágiles lo hacen mejorando los procesos de comunicación directa e inmediata entre las personas que intervienen en el proceso. Los procesos de desarrollo a considerar en esta propuesta son: Rational Unified Processs (RUP) [Kruchten00], XP (eXtreme Programming Project) [Beck99] y (Feature Driven Development) FDD [Batory03].

Si el proyecto es suficientemente grande como para compensar la adaptación, se puede decir que RUP es una buena base para el proceso, ya que permite conseguir una mayor y mejor estructura y disciplina del proceso de desarrollo. Una buena posibilidad de reducir el trabajo a realizar es la reutilización de modelos, procesos, etc. ya definidos en implementaciones previas de RUP en distintos ámbitos. Con relación a la arquitectura, XP con las metáforas del sistema, intenta determinar una arquitectura óptima en etapas tempranas del desarrollo. FDD, aún cuando se centra en la calidad, deja todo el peso de las decisiones arquitecturales al arquitecto principal, pero no especifica como estas decisiones tienen relación con la calidad del sistema en

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desarrollo. Por otra parte se tiene un problema generalizado para todos los procesos de

desarrollo: la selección de la arquitectura adecuada o combinación de diferentes estilos arquitecturales para un sistema de software es un problema que aún no ha sido resuelto y que se ha tratado ampliamente en la literatura. El crecimiento de la complejidad de los sistemas, construidos usualmente a través de la integración de componentes (tema que se discutira en la siguiente sección), incrementa la necesidad de obtener enfoques mas rigurosos que conduzcan este proceso de decisión, todos los procesos de desarrollo tienen ausencia de una clara relación entre los patrones, los componentes, la arquitectura y las características de calidad asociadas a la misma, RUP por su parte, no tiene una asociación de los requerimientos no funcionales con los casos de uso, una mala selección de los principales casos de uso afecta la arquitectura del sistema, el modelo de prueba utilizado para evaluar la arquitectura no tiene guías precisas para determinar esta relación. [Losavio et al. 04].

Construcción de Software Basado en Componentes

Cuando se habla de componentes, se pueden encontrar algunas definiciones relacionadas con la implementación, donde se encuentran aquellas que entienden por componente un paquete coherente de código que: (i) puede ser desarrollado y distribuido independientemente, (ii) tiene interfaces explícitas y bien especificadas para el servicio que ofrece, (iii) tiene interfaces explícitas y bien especificadas para el servicio que espera de otros componentes, y (iv) puede ser compuesto junto con otros componentes, quizás extendiendo alguna de sus propiedades, pero sin modificar al componente propiamente dicho [D´sousa et al. 99]. Una definición más general la ofrecen Jacobson, Griss y Jonsson, (1997) [Jacobson et al. 97] quienes lo definen como un artefacto que ha sido desarrollado específicamente para ser reutilizado. En este caso un componente podría ser tanto un caso de uso como cualquier otra entidad reutilizable que surja durante el proceso de desarrollo y que sea utilizado en cualquier actividad, siempre que no requieran conocimiento del software que lo utiliza.

Los componentes pueden ser objetos en el sentido usual de la Orientación a Objetos (OO), excepto que satisfacen guías adicionales dirigidas a hacerlas autocontenidas. Usan otros componentes mediante agregación y por lo general interactúan con otras componentes a través de los eventos [Braude03].

La construcción de software basado en componentes persigue tres objetivos principales: la reutilización, la adaptación y la extensión (la reutilización implica la adaptación y extensión):

1. Un componente es reutilizable en la medida en que sus servicios pueden ser utilizados por otro software.

2. Un componente es adaptable si su proveedor ha previsto los posibles cambios que puede sufrir dicho componente.

3. Un componente es extensible si su proveedor proporciona los mecanismos para modificar los servicios que ofrece el componente.

En cuanto a su relación con los procesos de desarrollo antes descritos, se tiene que:

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• Con relación a la obtención de requisitos, tres son los aspectos principales: (i) el análisis vertical, centrado en un dominio o un área de negocio concreta; cuyo objetivo es que los componentes resultantes puedan convertirse en estándares para cualquier aplicación desarrollada posteriormente en ese dominio y que apunte hacia su reutilización [Szyperski97]; (ii) el Análisis horizontal, realizado de forma genérica para dar servicio a un amplio rango de aplicaciones, sin restringirse a un dominio de negocio dado; y (iii) Análisis específico, realizado en un dominio concreto [Allen et al. 98], para obtener componentes ad hoc donde el énfasis no se hace tanto en la reutilización si no más bien en la extensión.

• Durante la obtención de requisitos se han identificado todas las funcionalidades que deben ser soportadas, pero la distribución de dichas funcionalidades puede darse de inmediato, o puede construirse adaptando los componentes existentes. El siguiente aspecto corresponde a la partición de componentes, la cual puede realizarse a través de: los casos de uso, los patrones de diseño, las entidades del dominio, la evolución prevista del sistema; y, los componentes ya existentes.

• En cuanto a la interacción de componentes, se dice que es directa (interacción simple) cuando el servicio ofrecido se ajusta a las formas y necesidades del servicio requerido. Si las formas no son las adecuadas, es necesario realizar previamente un proceso de empaquetamiento (“wrapper”). [Allen et al., 1998].

Actualmente, el uso de patrones en el proceso de construcción de software es uno de los temas más tratados, generando un gran interés entre investigadores y desarrolladores. Todavía existen discrepancias entre los investigadores a la hora de definir qué es un patrón, por lo que es bastante difícil encontrar definiciones de patrón que sean idénticas. En el libro de Fowler (1997) se encuentra una definición genérica interesante: “Un patrón es una idea que ha sido utilizada en un contexto práctico y que probablemente será útil en otros” [Flowler97]. El término idea expresa que un patrón puede ser cualquier “cosa”. La expresión contexto práctico refleja el hecho de que se desarrollan (algunos autores prefieren: descubren) gracias a la experiencia práctica de proyectos reales. Teniendo en cuenta esta definición general de patrón se puede afirmar que los mismos, pueden expresarse a través de componentes y estos a su vez representan funcionalidades que se implementan a través de las diferentes aplicaciones. (Figura 1)

Figura 1: Relación entre Patrones, Componentes, Aplicaciones, Procesos, Metodología y Calidad.

En esta figura las muescas significan que se expresa “a través de”, de tal forma que los patrones se expresan a través de componentes, las aplicaciones a través de componentes y patrones, los procesos a través de las aplicaciones y los patrones, todo esto en el marco de una metodología (que es el sistema que une los conceptos) y donde cada elemento debe tener asociada una medición de calidad.

PATRONESCOMPONENTES

APLICACIONES

METODOLOGÍA

PROCESOS

CALIDAD

PATRONESCOMPONENTES

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El concepto de patrón en la ingeniería de software, desde sus inicios fue planteado de forma general para todas las disciplinas, sin embargo inicialmente se le conoció sólo como patrón de diseño.

Actualmente los patrones constituyen un concepto más general, representando estructuras conceptuales aplicables durante todas las fases del proceso de desarrollo, es por esto que la siguiente sección se ofrece una taxonomía de patrones de software. Taxonomía de Patrones

Los patrones de software no son más que un conjunto de soluciones a problemas habituales en el diseño de software orientado a objetos. Una definición más formal podría ser: “Un patrón es una solución de diseño de software a un problema, aceptada como correcta, a la que se ha dado un nombre y que puede ser aplicada en otros contextos”. Un patrón captura la experiencia y conocimiento de expertos, quienes han producido soluciones exitosas a problemas, a fin que esas soluciones queden a disposición de personas con menos experiencia; sin embargo, los patrones no proveen siempre las soluciones definitivas, algunas veces, los usuarios de patrones deben tener creatividad para utilizar, instanciar o implementar un patrón.

En el ambito de la Ingeniería de Software actualmente los patrones pueden aplicarse a nivel del: análisis de requisito, el diseño de la arquitectura, el diseño detallado, la interacción con el usuario y el código. Con lo que puede establecerse la siguiente clasificación:

• Patrones de análisis: Son grupos de conceptos que representan una construcción común en el mundo del modelado conceptual. Pueden ser relevantes a un dominio o ser adaptados a muchos dominios. La idea central es la construcción de escenarios utilizando patrones. Se pretende tener una visión más conceptual y estructural de las situaciones, con el fin de identificar la naturaleza intrínseca de las mismas. Con esa visión, es posible determinar el tipo de escenario correspondiente a cada situación y así, elegir un patrón de un catálogo, rehusando su estructura con el fin de derivar el escenario más fácil y directamente. Consisten en un texto guía, que para cada componente del escenario incluye pautas acerca del contenido que deberá tener el mismo. Son presentados como escenarios descritos a los que se ha agregado un reducido número de reglas de conformación como meta componentes del escenario. Cada componente del escenario, según la estructura definida en [Leite et al. 00], ha sido completado con un texto nominal que se espera sea reemplazado en el escenario real generado al usar el patrón pero que a su vez guíe en la redacción del componente. [Ridao01].

• Patrones de arquitectura: Son esquemas fundamentales de organización de un sistema software. Especifican una serie de subsistemas y sus responsabilidades respectivas e incluyen las reglas y criterios para organizar las relaciones existentes entre ellos. [Buschmann et al. 96]

• Patrones de diseño: Son patrones de un nivel de abstracción menor que los patrones de arquitectura. Están por lo tanto más próximos a lo que sería el

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código fuente final. Su uso no se refleja en la estructura global del sistema. [Gamma et al. 95]

• Patrones de Interacción: también conocido como Patrón de Interfaz, describe una solución exitosa a un problema recurrente concerniente a la interfaz de usuario, en un contexto dado. Un Patrón de Interacción es un medio de comunicación que se expresa en una notación sencilla, a fin de ser entendida por las personas del equipo de diseño de la interacción que generalmente es multidisciplinario. [Mahemoff et al. 98].

A partir de esta descripción, es preciso notar que lo que diferencia a los tipos de

patrones entre si y a éstos de los estilos arquitecturales, está relacionado con su nivel de abstracción (patrones aislados versus familias – lenguajes o catálogos – de patrones). Esta clasificación, se resume en la Figura 2 que se muestra a continuación.

Figura 2: Taxonomía de Patrones

En general los patrones tienen una limitación: son difíciles de especificar y

evaluar con base en un modelo de calidad particular, por lo que el estudio de los temas de ADL (Architecture Definition Language) [Vestal93] y ABAS (Atribute-Based Architecture Styles) [Kazman et al. 04], como estructuras que extiende la representación dada, con la finalidad de especificar la información sobre los patrones y las características de calidad relativas, se considera a continuación.

ADL

Un ADL por sus siglas en inglés Architecture Definition Language, es un

lenguaje descriptivo de modelado que se concentra en la estructura de alto nivel de la aplicación antes que en los detalles de implementación de sus módulos concretos [Vestal93]. No existe hasta hoy una definición consensuada y unívoca de ADL, pero comúnmente se acepta que un ADL debe proporcionar un modelo explícito de componentes, conectores y sus respectivas configuraciones. Se estima deseable, además, que un ADL suministre soporte de herramientas para el desarrollo de

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soluciones basadas en arquitectura y su posterior evolución. A continuación en la Tabla 1, se presenta un resumen de los ADLs más significativos.

ADL Año Investigador – Organismo Observaciones Acme 1995 Monroe & Garlan (CMU), Wile (USC) Lenguaje de intercambio de ADLs Aesop 1994 Garlan (CMU) ADL de propósito general, énfasis

en estilos ArTek 1994 Terry, Hayes-Roth, Erman (Teknowledge,

DSSA) Lenguaje específico de dominio - No es ADL

Armani 1998 Monroe (CMU) ADL asociado a Acme C2 SADL 1996 Taylor/Medvidovic (UCI) ADL específico de estilo CHAM 1990 Berry / Boudol Lenguaje de especificación Darwin 1991 Magee, Dulay, Eisenbach, Kramer ADL con énfasis en dinámica Jacal 1997 Kicillof , Yankelevich (Universidad de

Buenos Aires) ADL - Notación de alto nivel para descripción y prototipo

LILEANNA 1993 Tracz (Loral Federal) Lenguaje de conexión de módulos MetaH 1993 Binns, Englehart (Honeywell) ADL específico de dominio Rapide 1990 Luckham (Stanford) ADL & simulación SADL 1995 Moriconi, Riemenschneider (SRI) ADL con énfasis en mapeo de

refinamiento UML 1995 Rumbaugh, Jacobson, Booch (Rational) Lenguaje genérico de modelado –

No es ADL UniCon 1995 Shaw (CMU) ADL de propósito general, énfasis

en conectores y estilos Wright 1994 Garlan (CMU) ADL de propósito general, énfasis

en comunicación xADL 2000 Medvidovic, Taylor (UCI, UCLA) ADL basado en XML

Tabla 1: Resumen de ADLs más significativos. [Shaw et al. 96].

Un estudio esencial de Shaw (1996) analiza la compleja influencia de la teoría y la práctica de los patrones sobre los ADLs. Este autor considera que los ADLs han sido propios de la comunidad de arquitectos de software, mientras que los patrones y sus respectivos lenguajes han prosperado entre los diseñadores de software, particularmente entre los grupos más ligados a la orientación a objetos. Naturalmente, ambas comunidades se superponen. En lo que respecta a la relación entre arquitectura y diseño, las discusiones mantenidas han consensuado que los diseñadores basados en patrones operan a niveles de abstracción más bajo que el de los arquitectos, pero por encima del propio de los programadores.[Shaw et al. 96]. Por otra parte, Buschmann (1996) ha documentado patrones utilizados como estilos arquitectónicos regidos por ADLs [Buschmann96]. Shaw y Clements (1996) concluyen su análisis alegando que los ADLs pueden beneficiarse incorporando elementos de tipo análogo a los patrones en las secciones que se refieren a estilos, plantillas y reglas de diseño [Shaw et al. 96]. A similares conclusiones llegan Garlan, Monroe, Kompanek y Melton 1997. [Garlan et al. 97]

La representación de una arquitectura de procesos, servicios y objetos canonicos para su subsiguiente administración a través de los procesos, implica el uso de un ADL o un lenguaje generico de modelado como podría ser UML, esto permitiria asociar la taxonomia de patrones antes descrita y sus diferentes componentes a las aplicaciones a través de los procesos. (ver, Figura 1). En esta asociación es necesario establecer medidas que permitan estudiar la trazabilidad del proceso y el producto obtenido a

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través de los mismos es por esto que seguidamente se presenta el tema de ABAS [Kazman et al. 04]. ABAS

Un ABAS Attribute-Based Architecture Styles por sus siglas en inglés, es una

estructura de información, una plantilla, que contempla la descripción de patrones conjuntamente con los atributos de calidad; fue propuesta por Kazman, Klein, Barbacci, Longstaff, Lipson, Carriere (1998) [Kazman et al. 98]. Es definido con base en tres elementos: (1) La topología de los tipos de componentes, y una descripción de los patrones de datos, y de control, de la interacción entre los componentes (como en la definición estándar); (2) Un atributo de calidad específico de un modelo que provee un método de razonamiento acerca de la conducta de los tipos de componente que interactúan en el patrón definido, y; (3) El razonamiento que resulta al aplicar los atributos del modelo específico en la interacción de los tipos de componentes. En resumen, la estructura de ABAS considera cinco aspectos [Kazman et al. 98]:

Descripción del problema: describe el problema de diseño que ABAS intenta resolver, incluyendo los atributos de calidad de interés, el contexto de uso, contrastes y atributos relevantes (requerimientos específicos).

Medidas de atributos de calidad: un resumen de lo que será discutido en la descripción del problema, usando términos específicos relacionados con aspectos medibles de los atributos del modelo de calidad. Esto incluye una discusión de los eventos que pudieran hacer que la arquitectura responda o cambie.

Estilo arquitectural: una descripción del estilo arquitectural en términos de componentes, conexiones, propiedades de los componentes y conexiones y pares de datos-control de interacciones.

Parámetros de atributos de calidad: un resumen de lo que será discutido en la sección de estilo arquitectural, pero especificando términos relevantes a los parámetros de los atributos especificados en el modelo de calidad. Análisis: una descripción de cómo los atributos del modelo de calidad serán relacionados formalmente con los elementos del patrón de arquitectura y las conclusiones sobre la conducta arquitectural que se obtiene con el modelo.

Algunos ejemplos de ABAS, tomados del reporte técnico realizado por Klein y Kazman (1999) [Klein et al. 99] para el Instituto de Ingeniería de Software (SEI9, son: (1) pipe-and-filter performance ABAS, vistas concurrentes de pipes y filters con un modelo de cola asociada y estadísticas de performance; (2) vistas del flujo de datos de un repositorio con un conjunto de escenarios de cambio asociados junto con las inferencias acerca de los efectos de estos cambios (modificabilidad) , y ; (3) vistas del flujo de datos de una red virtual privada con un modelo de seguridad de encriptamiento asociado con las inferencias acerca del tiempo de respuesta para asegurar la confiabilidad de los mensajes en la red (seguridad). [Kazman et al. 04].

Con la finalidad de incorporar el concepto de ABAS en la taxonomia de patrones expuesta con anterioridad y tomando como referencia la representación de patrones de interacción en base a un metapatron [Acosta et al. 04] expuesta por Acosta y Zambrano (2004), se obtiene la siguiente representación extendida de metapatron:

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Nombre, autor clasificación, dominio y rango.

Nombre: Idea Central por la cual se identifica el patrón. Autor: Nombre de la persona que creo el patrón. Clasificación: Se refiere al tipo de patrón de acuerdo a la taxonomía antes mencionada. Dominio: Indica el o los dominios en los cuales el patrón ha sido implementado. Rango: es el grado de confiabilidad de este patrón con respecto a los dominios en los cuales ha sido implementado.

Problema Describe el problema que será resuelto, desde el punto de vista del usuario.

Solución Describe, en una forma descriptiva y gráfica, la solución al problema.

Atributos de Calidad Atributos de calidad de interés, el contexto de uso, contrastes y atributos relevantes (requerimientos específicos). Es importante citar que la Usabilidad del patrón citada en la representación de Acosta y Zambrano (2004) es en este caso un atributo de calidad.

Medidas de atributos de Calidad

un resumen de lo que será discutido en la descripción del problema, usando términos específicos relacionados con aspectos medibles de los atributos del modelo de calidad. Esto incluye una discusión de los eventos que pudieran hacer que la arquitectura responda o cambie.

Parámetros de atributos de Calidad

un resumen de lo que será discutido en la sección de solución, pero especificando términos relevantes a los parámetros de los atributos especificados en el modelo de calidad.

Análisis del Modelo de Calidad

una descripción de cómo los atributos del modelo de calidad serán relacionados formalmente con los elementos del patrón y las conclusiones sobre la conducta arquitectural que se obtiene con el modelo.

Contexto Presenta las condiciones bajo las cuales el patrón es utilizado.

Fuerza Conflictos que pudiesen restringir la solución.

Consecuencias Describe el resultado de aplicar el patrón.

Ejemplos/Contraejemplos Muestra ejemplos y contraejemplos de la solución propuesta.

Patrón Relacionado Otros patrones (del mismo tipo en la taxonomía de patrones), que se relacionan con el patrón descrito.

Tabla 2. Metapatrón de Software adaptado de [Acosta et al. 04] y [Kazman et al. 98]

A continuación se presenta el tema de la gerencia de los procesos del negocio (BPM), dominio en el cual se desarrollara la metodología sustentada en el uso de patrones.

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Gerencia de los Procesos de Negocio (BPM)

En 1986 Moore y Whinston proponen una visión de proceso de negocio como

colecciones de modelos de decisión. Para el año 1993 Davenport define proceso de negocio como "la organización lógica de la gente, materiales, energía, equipo y procedimientos en las actividades del trabajo diseñadas para producir un resultado final" [Davenport93]. Por otra parte, Hammer y Champy (1993), lo definen como un "sistema de actividades que juntas, producen un resultado que da valor a un cliente"[Hammer et al. 93]. Alternadamente, Earl (1994) define proceso de negocio como una "forma lateral u horizontal que encapsula la interdependencia de las tareas, de los papeles, de la gente, de los departamentos y de las funciones requeridas para proveer a un cliente un producto o un servicio" [Earl94].

En el ámbito de los procesos de negocio la solución tecnológica por excelencia se refiere al término Flujo de trabajo, el flujo de trabajo o workflow, es el proceso a través del cual las tareas de los individuos son coordinadas para completar una transacción (usando los procesos del negocio definidos) dentro de una organización [Davenport93]. El Workflow es un conjunto de mecanismos que automatizan los procesos de trabajo. Estos mecanismos relacionan entre sí los aspectos de la administración, establecen prioridades entre las diversas tareas de cada empleado y optimizan las comunicaciones entre las distintas unidades operativas [White94]. Para que eso se logre es necesario definir cuáles son las distintas tareas que se realizan en una organización; quiénes participan en su ejecución; quiénes son responsables de las mismas; cuál es la secuencia de procesos de cada tarea y cuáles son las acciones que inician cada proceso [Shcmidt90]. Aunque la contribución de los Flujos de Trabajo tradicionales de producción modelador por la WorkFLow Management Coalition, ad hoc, administrativos y colaborativos [Hollingsworth95], es aún notable, hay una nueva generación que quizás sea un híbrido que reúne lo mejor de todos los sistemas de WorkFlow y otras tecnologías: los Sistemas de Gerencia de Procesos de Negocio (BPMS).

Los BMPMS, incorporan amplias capacidades de integración con modernas arquitecturas Java, .Net y XML. Adicionalmente, suman otras tecnologías como Web Services, Motores de Reglas de Negocio y de Monitoreo de las Actividades del Negocio (BAM). De acuerdo con Howard Smith y Peter Fingar (2004), avalados por la BPMI (Business Process Management Initiative) y la WFMC (WorkFlow Management Coalition), hoy en día se puede afirmar que “los BPMS permiten a las empresas modelar, implementar y gestionar los procesos de negocio, que abarcan múltiples aplicaciones empresariales, departamentos, y "partners", pero sin un marco referencial integrado [Howard et al. 04] . A continuación se muestra a través de la figura 3 la evolución de estos sistemas.

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Figura 3: Evolución BPMS. Adaptado de [Vollmer et al. 04]

Tal como se muestra a través de la figura 3, los BPMS han evolucionado desde

la integración de arquitecturas de negocio, donde se contempla la transformación y enrutamientos de los datos, administración de eventos, automatización de proceoso y el uso de adaptadores en los años 90; a la integración en el 2000 de los procesos de negocio a través del modelaje básico de los procesos, la gerencia de los proveedores, conectividad entre empresas a través del comercio electronico y formación de ciertas plantillas de procesos para industrias verticales; hasta llegar al concepto que actualmente se maneja (a partir del 2004) que involugra las aplicaciones de flujo de trabajo, el modelaje sofisticado de proceosos, el monitoreo de las actividades asociadas a los procesos de negocio (Bussines Activity Monitoring BAM por sus siglas en ingles), exposición de las funcionalidades de las aplicaciones a través de servicios web, utilización de manejadores de reglas de negocio, ubicuidad de las interfaces especificamente a través del uso de portales, utilización de herramientas para la gerencia del ciclo de vida del desarrollo autoasistido de las aplicaciones de software que apoyan los procesos, el soporte movíl de los procesos y las interfaces, la extracción transformación y carga de datos que son utilizados por los procesos y la capacidad de simulación sobre los procesos y versionamiento de los mismas (optimización de procesos Bussines Process Optimization por sus siglas en ingles BPO).

A pesar de su todas las caracteristicas antes mencionadas, los BPMS, adolecen de un marco referencial global. En lo que respecta a su implementación, la mayoría de los patrones de software no están soportados de forma precisa. El mercado de las arquitecturas de BPM tiende a concentrarse en flujos de sistema a sistema y está emergiendo lentamente en cuanto al flujo humano-humano asistida por el computador [Bell03].

En base a lo anterior, BPMI (de sus siglas en ingles Business Process Management Initiative) es la organización que asume la elaboración de los estándares que sustentan el concepto de BPM enfocándose sobre el proceso del negocio como el punto de partida entre el ambiente del mismo y su puesta en práctica a través de la

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tecnología (actualmente Workflow Management Coalition quien estableció hasta ahora los estándares en el paradigma de workflow se esta unificando con el BPMI cuyos derechos han sido adquiridos por IBM), se podría decir que unifica el pensamiento de proceso a través del negocio y sus disciplinas.

BPMI define especificaciones abiertas, tales como el lenguaje en el que se modelan los procesos del negocio (BPML) y el lenguaje de interrogación del proceso del negocio (BPQL), lo que permite la gerencia estándar del análisis del proceso (BPA) basada en el negocio y a través de los sistemas de gerencia de proceso (BPMS). Los estándares en los cuales se enfoca el BPMI son los siguientes (ver, Figura 4):

4. BPML: Es el lenguaje en el que se modelan los procesos de negocio, se puede definir como un metalenguaje para modelar los procesos. BPML proporciona un modelo abstracto de la ejecución para los procesos de colaboración y transaccionales del negocio basados en el concepto de una máquina transaccional de estado. Se ha definido como medio para dar convergencia al uso del proceso dentro de las empresas, tanto de las transacciones distribuidas síncronas como asíncronas.

5. BPMN: Una notación estándar para el modelamiento de los procesos de negocio, la cual permite entender los procedimientos internos a través de una notación grafica (Business Process Diagram-BPD-) permitiendo la comunicación de estos procedimientos en una forma estándar. Esta notación facilita además el entendimiento de las colaboraciones de rendimiento y de transacciones permitiendo la reutilización. Establece un relación entre los elementos gráficos y los constructores de los bloques estructurados del lenguaje de ejecución de procesos (BPEL), incluyendo BPML y BPEL4WS (BPEL para Web Services).

6. BPSM: Es un framework conceptual que incluye patrones arquitecturales para BPM.

7. BPXL: Es un estándar del BPMI para extender BPEL4WS a fin de que pueda manipulas transacciones, reglas de negocio, administración de tareas e interacción humano-humano asistida por el computador (brechas principales encontradas en el presente estudio para todas las tecnologías).

8. BPQL: Es una interfase para administrar la infraestructura de los procesos de negocio que incluye facilidades de ejecución de procesos (Process Server) y facilidades para el desarrollo de procesos (Process Repository). Esta interfase permite a los analistas de proceso revisar el estado de los procesos y controlar su ejecución, se basa en el protocolo simple de acceso a objetos (SOAP). La utilidad correspondiente al repositorio permite implementar procesos desde el administrador de modelos y esta basada en el protocolo de autorización de versionamiento distribuido (WebDAV). La administración de las interfaces BPQL puede ser expuesta a través de servicios UDDI (Universal Description, Discovery and Integration) a fin de registrar los procesos, adquirir y descubrir los mismos en un catalogo.

9. BPEL: (Business Process Execution Language) es un lenguaje basado en XML diseñado para compartir tareas en ambientes distribuidos –incluso a través de múltiples organizaciones- usando una combinación de Web Services. Escrito por desarrolladores de BEA Systems, IBM y Microsoft, BPEL combina y substituye IBM's WebServices Flow Language (WSFL) y la especificación Microsoft's XLANG. (BPEL es también conocido como BPELWS o BPEL4WS). Usando BPEL, un programador describe formalmente un proceso

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del negocio que ocurre a través de la Web de tal forma que cualquier entidad de la cooperación pueda realizar unos o más pasos en el proceso de la misma manera.

10. WS-CDL: Es un lenguaje de descripción de coreografía de servicios, este lenguaje esta basado en XML y describe las colaboraciones entre las entidades a través de un punto focal con un comportamiento común y complementario, donde el orden del intercambio de mensajes se determina a partir de los objetivos del negocio. Esta especificación de servicios Web ofrece un puente de comunicación entre los ambientes computacionales heterogéneos.

Figura 4: estándares BPM según BPMI.

Todos los aspectos discutidos a través de esta introducción y los vacios mostrados permiten la elaboración de la propuesta metodológica que se describe a continuación.

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En este apartado se describe la metodología propuesta para la gerencia de los procesos del negocio sustenda en el uso de patrones, inicialmente se presenta un marco teorico integral, seguidamente se presenta la metodología haciendo especial enfasis en los aspectos de la generación auto-asistida de aplicaciones a través de la ingenieria de software.

Marco Teórico Referencia Integrado

En base a todo lo antes descrito en la introducción, se propone a través de la

figura 5, un marco teorico referencial integrado a fin de sortear todos los problemas

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planteados a través de esta investigación. En esta figura se muestra según el nivel de abstracción como los estándares propuestos por el BPMI (en cursiva) se relacionan con los patrones de software, además de la necesidad de la representación de la arquitectura que sustenta la metodología a través de ADL (una arquitectura de los procesos, con sus cimientos en una arquitectura de servicios y un modelo de objetos canónico) y la respectiva medición y trazabilidad del uso de los patrones a través de la posibilidad de dotar a los mismos de especificaciones de calidad con el uso de ABAS, en el marco de un modelo de calidad (ISO9126 para la calidad del producto e ISO14598 para la calidad del proceso).

Figura 5: Marco Teorico Referencial Integrado de la Metodología BPM sustentada

en el uso de Patrones.

La especificación a través de ADLS de los niveles de abstración de la arquitectura BPM que sustenta la metodología permite la representación en cuatro capas de la misma (ver, figura 6): capa de procesos donde se realiza la orquestación de los mismos, capa de servicios (donde se representan los objetos canonicos y los servicios como funcionalidades ideales de las aplicaciones), capa de aplicaciones (aplicaciones, componentes y software) y capa de tecnología (harware donde se ejecutan las aplicaciones).

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Figura 6: Capas de la Arquitectura de la Metodología BPM sustentada en el uso de

Patrones. Estas capas permiten la identificación de 3 arquitecturas especificas:

Arquitectura de Servicios, Arquitectura de componentes y Arquitectura de Aplicaciones. (ver, Figura 7)

Figura 7: Tipos de Arquitecturas de la Metodología BPM sustentada en el uso de Patrones.

En especial la arquitectura de servicios, contiene los servicios de: gerencia de la infraestructura, administración de proveedores o asociados, aplicaciones propias del negocio, aplicaciones de legado, interacción, procesos de negocio, información y conectividad los cuales permiten la comunicación entre los servicios antes mencionados. En un nivel de abstracción superior a estos servicios, se encuentran los de indicadores de gestión y los de desarrollo de software, sobre los que se presentan los roles de analista de negocio (modelador del proceso), arquitecto, especialista de integración, desarrollador y pruebas. (ver, figura 8).

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Figura 8: Arquitectura de Servicios de la Metodología BPM sustentada en el uso

de Patrones. Los procesos asociados a los servicios de desarrollo, tienen relación directa con

el proceso a través del cual se gerencia a otros, este proceso a su vez se define en los servicios de procesos y es el director de orquesta que permitira administrar de forma integral el BPMS. Este proceso define un ciclo para la gerencia de los procesos de negocio que consiste en la identificación de los procesos claves, el modelaje y analisis de los procesos, la siimulación, la implantación de nuevos procesos y la evaluación y monitoreo de los mismos. Descripción de la Metodología.

La propuesta metodológica está conformada por dos macro-procesos: 1. Creación del proceso en sí mismo, lo que involucra los siguientes sub-procesos:

(a) análisis, evaluación de los requerimientos tomando en cuenta el tipo de prioridad y en base a las practicas de e-licitación de requisitos (patrones de analisis); (b) diseño, generación de un diseño de arquitectura estandarizada del proceso (estilo arquitectonico) que se adapte a la plataforma de objetos, servicios y un mapa de procesos basado en un esquema de componentes funcionales, funcionalidades, procesos, servicios y objetos (patron arquitectonico); (c) modelado, diagramación y simulación a través de la notación y el lenguaje de BPM (BPMN y BPML respectivamente) propuesto por el Instituto de BPM (BMPI) y su exportación al Lenguaje Unificado de Modelado (UML) acercando así al ingeniero de software a través de los patrones de diseño con el lenguaje del negocio; y, (d) configuración e implementación de la lógica de integración, de negocios y de presentación del proceso a través de la orquestación de servicios, objetos, y el uso de patrones de flujo de trabajo e interfaz con base en la fase de modelado.

2. El otro macro-proceso corresponde a la administración y comprende: el mantenimiento, administración del proceso en producción; y el monitoreo, validación de los datos técnico-funcionales de los procesos implementados a través de indicadores de gestión.

Las principales contribuciones de esta propuesta metodológica son:

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1. Una Tecnología de patrones para la metodología de gerencia de procesos de negocio con base en la construcción sustentada en componentes software: un estudio de las alternativas existentes para la selección aplicación y verificación de patrones y de la composición de componentes software desde el punto de vista de los condicionantes planteados aquí (seguimiento, verificación estática, automática y asequible) contemplando el modelo objeto y la arquitectura de servicios para los procesos;

2. Un método de modelado auto-asistido de aplicaciones de software que permite el seguimiento en etapas diversas del ciclo de vida del desarrollo de software. Este método de modelado y verificación tiene además características especiales:(a)Puede ser utilizado con facilidad por una organización de desarrollo, sin necesidad de conocimientos sobre métodos formales; (b) Fomenta la colección y uso de conocimiento que habitualmente se pierde;(c) Permite gestionar este conocimiento sin necesidad de integrarlo en el código fuente de los programas desarrollados, y; (d) No está ligado a ningún lenguaje de desarrollo específico ni a ningún propósito específico.

3. Un sistema de verificación de componentes plenamente viable en la práctica: (a) Las herramientas pueden desarrollarse con base en tecnologías en red, y; (b) Los conocimientos básicos necesarios encajan en el perfil típico de los profesionales del desarrollo de software, no planteando un gran choque de mentalidad en su adquisición en el caso que sea necesario.

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Revista de Gestão da Tecnologia e Sistemas de Informação Journal of Information Systems and Technology Management Vol. 3, No. 2, 2006, p.163-192 ISSN online: 1807-1775

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Recebido em/Manuscript first received: 03/02/2006 Aprovado em/Manuscript accepted: 15/07/2006 Endereço para Correspondência/Addresss for Correspondence André Luiz Pires de Miranda, FACE-Universidade Fumec, Belo Horizonte, Brasil E-mail: [email protected]. Maria Celeste Reis Lobo de Vasconcelos, FPL-Faculdades Integradas de Pedro Leopoldo, Belo Horizonte, Brasil E-mail:[email protected]. George Leal Jamil, FACE-Universidade Fumec, Belo Horizonte, Brasil E-mail: [email protected]. Valéria Maria Martins Judice, FPL-Faculdades Integradas de Pedro Leopoldo, Belo Horizonte, Brasil E-mail: [email protected]. ISSN online: 1807-1775 Publicado por/Published by: TECSI FEA USP – 2006

AVALIAÇÃO DAS HABILIDADES EM TI: UM ESTUDO DO ENSINO DE INFORMÁTICA NO CURSO DE ADMINISTRAÇÃO INFORMATION TECHNOLOGY USERS´ ABILITIES: A CASE STUDY ON COMPUTING LEARNING IN AN UNDERGRADUATE COURSE André Luiz Pires de Miranda FACE-Universidade Fumec, Belo Horizonte, Brasil. Maria Celeste Reis Lobo de Vasconcelos FPL- Faculdades Integradas de Pedro Leopoldo, Belo Horizonte, Brasil. George Leal Jamil FACE-Universidade Fumec, Belo Horizonte, Brasil. Valéria Maria Martins Judice FPL- Faculdades Integradas de Pedro Leopoldo, Belo Horizonte, Brasil. ______________________________________________________________________

ABSTRACT

Literature review shows minimum ability levels of Information Technology (IT) resources in use are currently essential to administrators and to professionals overall. As effective as Internet may be, new milestones for economic competition and company survival are being created. It is thus required that individual IT abilities are continuously reformulated to be adequately and creatively used, and new information sources and tools actively generated, rather than passively adopted. In evaluating the evolution of the IT abilities’ acquisition in Brazil, students of Business & Administration from a university are investigated. By means of questionnaire and in-depth interview application, data were collected on students’ perceptions of acquired abilities and importance of IT competencies. Together, computing science teachers and a course coordinator views were assessed. Empirical results obtained revealed that students' IT abilities were concentrated on basic computing science functions. The integration of IT learning in classroom practices was deemed poor as compared to importance attributed. Students signalized self-sufficiency or knowledge attitudes which, as tested, have not been actually proved. Low learning results were observed on IT conceptual knowledge, indicating students’ impatience with learning without interaction, as in long-text readings or teacher-centered classes. Strong student resistance to electronic commerce was evidenced and associated to perceived risks on IT evolution.

Keywords: IT abilities; IT evolution; IT concepts; administrator’s profile; functional analphabet.

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RESUMO

A literatura tem mostrado que habilidades mínimas em utilização dos recursos de Tecnologias de Informação (TI) são fundamentais para administradores e profissionais diversos. Com a internet, estabelecem-se novos marcos econômicos em relação à competitividade e sobrevivência. Habilidades individuais em TI passam por pressões à reformulação, no sentido de se tornarem adequadas e criativamente utilizadas e, de possibilitarem ativa geração e exploração de novas fontes e ferramentas de informação, não apenas sua recepção e processamento. Estudando a evolução na aquisição dessas habilidades no Brasil, realiza-se pesquisa com aplicação de questionários e entrevistas a alunos formandos do curso de administração em uma universidade mineira. Para avaliar percepções sobre habilidades em TI são pesquisados estudantes, professores de informática e coordenadores de cursos. Resultados obtidos revelam que as habilidades dos alunos concentram-se em funções básicas de informática e que há baixos índices de aproveitamento dos aprendizados em TI, em relação à importância atribuída. Estudantes sinalizam auto-suficiência e conhecimentos, que quando testados, não se confirmam. Constatam-se também baixos conhecimentos conceituais sobre o tema, relacionados à impaciência dos alunos com atividades de aprendizado de baixa interatividade, como leitura de textos longos ou aulas expositivas. Foi observado forte receio dos alunos ao comércio eletrônico, em razão dos crescentes riscos associados à evolução da TI.

Palavras-chave: habilidade em TI; evolução da TI; conceitos em TI; perfil do administrador; analfabeto funcional.

1. Introdução

Os avanços tecnológicos têm proporcionado às empresas maior eficiência e rapidez na troca de informações e tomadas de decisões (Moreira, 2001:4). Computadores mais rápidos são lançados em curto espaço de tempo. A internet tem permitido às empresas praticar o comércio eletrônico, ofertando a um custo inferior ao comércio tradicional, uma imensidade de produtos para todas as pessoas que já usufruem dos recursos da tecnologia da informação (TI). Valentim (2000) ainda acrescenta que as tecnologias de informação devem ser consideradas ferramentas básicas de trabalho para qualquer tipo de atividade, uma vez que o processamento, o gerenciamento, a recuperação e a disseminação da informação, através destas tecnologias, são mais eficientes e eficazes.

A indústria, o comércio, o setor educacional e os setores de serviços e entretenimento estão criando uma dependência em relação aos recursos da TI e, por efeito cascata, forçam pessoas e organizações a se adaptarem a um novo modelo de convivência, comportamento e aprendizagem. Rifkin (2001) afirma que dominar o uso das tecnologias é fundamental para que se possa participar das redes de relacionamento e ter acesso à cultura, ao trabalho e à vida social. Segundo o autor, o verbo acessar é uma nova forma de distinção e divisão social.

O Conselho de Pesquisa dos Estados Unidos (NRC – National Research Council) elaborou, no período de 1997 a 1999, a Escala de Fluência em Tecnologia da Informação (EFTI – Fluency with Informational Technology). De acordo com o NRC (1999), há várias motivações para o aprendizado em informática, mas ainda não foi possível responder efetivamente à seguinte questão: “o que as pessoas deveriam conhecer de informática para melhor usá-la agora e no futuro?”. Dentre as motivações apontadas pelo NRC (1999), duas merecem especial atenção:

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• A informática entrou em nossas vidas em um período muito curto de

tempo e não houve ainda tempo suficiente de preparação formal para a maioria das pessoas.

• Muitos dos que atualmente usam a informática têm uma compreensão limitada das ferramentas que utilizam e uma convicção de que conhecem muito pouco.

À medida que a dependência nos recursos da TI aumenta são detectados novos

problemas, que envolvem a capacidade e disposição para aceitar e absorver os novos mecanismos e as vulnerabilidades decorrentes de uso inadequado da informática. Dowbor (2001:1) afirma que “as tecnologias são importantes, mas apenas se soubermos utilizá-las. E saber utilizá-las não é apenas um problema técnico”. Barreto (1998:2) ressalta que “a informática básica não é plenamente conhecida” e Laudon e Laudon (2004:26) acrescentam que o poder dos equipamentos e dos programas de computação tem crescido muito mais rápido do que a capacidade que as organizações têm de aplicar e usar esta tecnologia.

Nesta perspectiva, através de estudos preliminares, percebeu-se que dominar os recursos da TI é um desafio e uma questão de sobrevivência, pois implicam em novas formas de comunicação, criação e fabricação. Acredita-se que um maior domínio de habilidades em TI possa oferecer maior flexibilidade, agilidade, independência, capacidade de abstração e crítica quanto à qualidade e confiabilidade da informação e, acima de tudo, maior poder de decisão aos profissionais. De acordo com Jamil (2001:29), dentre as várias características exigidas do trabalhador moderno, onde se inclui o administrador, é importante “aplicar a TI com conhecimento e padronização”. Esta concepção pode ser corroborada ao examinar Porter (2001:64), quando cita que “a tecnologia da informação provê melhores oportunidades para empresas definirem posicionamentos estratégicos diferenciados na atualidade que nas gerações tecnológicas anteriores”, ensejando no mesmo artigo que as habilidades e os conceitos devam ser apreendidos pelos gestores para a construção de tal diferenciação estratégica.

Diante deste cenário, este artigo teve como objetivo avaliar as habilidades e conceitos em TI e sua importância para os futuros profissionais de administração.

2. Habilidade em Tecnologia da Informação

Ao definir este tema como foco principal deste artigo, havia e ainda há uma

preocupação quanto ao uso dos recursos da TI, isto é, a percepção de que as pessoas, em sua grande maioria, que têm acesso a computadores, serviços de internet, editores de texto, etc., são meros usuários de ferramentas, preferencialmente importadas, conforme dados do relatório Softex (2002).

Através de pesquisa realizada junto a 158 instituições educacionais brasileiras, Litto (2005) concluiu que “somente 9% das IES têm um programa formal para avaliar o impacto da TI na instrução e nos resultados da aprendizagem”. O relatório ainda acrescenta que “a competência em informática é uma exigência para 33% dos alunos, 42% dos professores e 65% para o pessoal administrativo”. A pesquisa do Comitê Gestor de Informática (CGI) (2005) ainda completa que, entre as pessoas que têm habilidade com computadores e internet, dentro da população brasileira, 17,83% a adquiriram em escola de informática, 13,06%, por conta própria, 11,27%, com parentes,

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amigos e colegas, 8,85%, em uma instituição formal de ensino e 2,19%, em cursos patrocinados pelo governo. Mas, como exatamente a maior ou menor habilidade em TI pode interferir nisto tudo?

De acordo com o NRC (1999), o indivíduo com habilidade em TI deve ter: “a capacidade de reformular o conhecimento, expressar-se criativa e apropriadamente, e de produzir e gerar informação, em vez de simplesmente compreendê-la”. Portanto, o indivíduo hábil em TI deverá conhecê-la de forma ampla o suficiente para aplicá-la produtivamente no trabalho e no dia-a-dia; reconhecer quando a TI o ajuda ou o impede de atingir um objetivo e, adaptar-se continuamente às mudanças e avanços da TI. Com esta percepção, McGee e Prusak (1994:13) afirmam que “é necessário aperfeiçoar tanto a capacidade das pessoas para fazer uso da informação, quanto a capacidade da organização de fazer melhor uso de indivíduos capazes de lidar com a informação”.

O NRC (1999) ainda estabelece três dimensões para as habilidades: a habilidade em TI é pessoal, no sentido em que o indivíduo avalia, distingue, aprende e usa a TI de forma apropriada para suas atividades pessoais e profissionais; a habilidade em TI é graduada, isto é, pode ser caracterizada por níveis de sofisticação. Não se trata de ser hábil ou não, mas de ter a habilidade de acordo com a classificação graduada e, finalmente, a habilidade em TI é dinâmica, para que se possa acompanhar a velocidade das mudanças tecnológicas.

Com esta preocupação, o NRC (1999) estabeleceu o padrão de habilidades e conceitos em TI, dividido em três dimensões, conforme QUADRO 1: Quadro 1 – Principais conceitos, habilidades e capacidades intelectuais em TI

Itens Conceitos fundamentais

Habilidades Contemporâneas

Capacidades Intelectuais

1 Computadores Preparar um computador pessoal para uso próprio

Envolver-se em raciocínio sustentado

2 Sistemas de informação Usar as funções básicas do sistema operacional

Administrar a complexidade

3 Redes Usar um processador de texto Testar soluções

4 Representação digital da informação

Usar pacotes gráficos e de apresentação

Administrar as falhas dos sistemas

5 Organização da informação

Conectar um computador a uma rede

Organizar estruturas de informação e avaliar a informação

6 Modelagem e abstração Usar a internet para encontrar informação e recursos

Trabalhar em equipe

7 Estrutura de algoritmos e programação

Usar o computador para comunicação eletrônica

Comunicar-se de forma eficiente e adequada

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8 Universalidade Usar planilhas eletrônicas Prever resultados não pretendidos

9 Limitações da TI Usar um sistema de banco de dados para organizar e acessar informações úteis

Prever mudanças tecnológicas

10 Impacto social da TI

Usar materiais instrutivos para aprender a usar aplicativos novos ou novas funções

Abstrair os princípios da TI

Fonte: National Research Council (1999).

Costa (2003:45), ao analisar o modelo, explica que os conceitos fundamentais são importantes para que se saiba o que deve ser feito, quando alguma coisa não está funcionando de forma adequada. Não exige que o indivíduo seja capaz de resolver o problema mas, no mínimo, possa constatar que algo está errado e consiga explicá-lo a algum especialista. Quanto às habilidades contemporâneas, implicam em utilizar, na prática, a tecnologia disponível. As capacidades intelectuais, um pouco mais aprofundadas, tendem a colocar o indivíduo em situações complexas e de longo prazo, usando o conhecimento em TI para resolver problemas de interesse profissional ou particular ou, até mesmo, prever mudanças tecnológicas.

A habilidade em TI, portanto, é uma exigência e deve ser uma preocupação, tanto das instituições educacionais, quanto das organizações que, na corrida contra o tempo, inauguram as universidades corporativas e/ou contratam empresas de treinamento para reciclar seus funcionários.

Quanto aos métodos, continua valendo o modelo presencial, mas sem desprezar o mediado por computador ou misto. O que importa mesmo é ampliar o conhecimento e a técnica e ser, a cada dia, mais eficientes. Isto é fundamental em um mercado altamente competitivo e veloz. Pois, se na década de 70, uma inovação na área de telecomunicações levava, em média, três anos e um mês para ser adotada por um concorrente, hoje, as cópias levam apenas nove meses para aparecer, neste mesmo segmento, conforme Paduan (2005:68).

O conceito de habilidade em TI está diretamente relacionado à evolução da informação e o seu uso, de forma estratégica ou não. A seguir, portanto, os enfoques teóricos adotados que reforçam a importância das habilidades em TI.

A Evolução da Tecnologia da Informação

O conceito de informação, até então amplamente discutido na literatura, acaba por criar referências circulares, de acordo com Simon (1999). Segundo o autor, a definição de informação é baseada em conceitos que por sua vez são baseados em conceitos de informação. Isto é como definir “frio” como sinônimo de “gelado” e definir “gelado” como sinônimo de “frio”. E conclui que o conceito e noção que se tem de informação é bem vago e intuitivo. Quando se faz uma pergunta, pede-se uma informação. Ao assistir um filme, absorve-se informação. Ao ler um jornal, uma revista ou ouvir uma música, o indivíduo está lidando com algum tipo de informação. A todo instante, as pessoas usam,

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absorvem, assimilam, manipulam, transformam e produzem algum tipo de informação. Do ponto de vista matemático, Claude Shanon apud Goulart (2004), afirma que “a

informação é um mecanismo de redução da incerteza dentro de um sistema estatístico”. De acordo com Goulart (2004), a informação é uma commodity, pois leva à ação, ao conhecimento e à geração de novas informações. Segundo o autor, “mais do que nunca, a informação é a chave para a sobrevivência em nossa sociedade informatizada” e ainda complementa afirmando que “a informação é poder, pois é o dado tornado útil para o processo decisório. É a resposta ao que necessitamos”. As dificuldades na definição de informação aparecem em Buckland (1995:3) onde verificam-se que para o autor é um termo "por si próprio ambíguo e usado de formas diferentes", denotando variadas aplicações conforme o tipo de abordagem estudada.

Na concepção de Beal (2001), a TI vem atualmente sendo utilizada com o objetivo de melhorar os processos internos, de reduzir custos, de melhorar a qualidade e disponibilidade das informações importantes, tanto no âmbito interno quanto externo das organizações e agregar valor aos serviços e produtos ofertados. No entanto, apesar da evolução dos sistemas, dos mecanismos de acesso e da interface amigável entre o homem e a máquina, ainda é evidente um abismo, de acordo com a FIG. 1, entre a informação desejada e a sua posse:

Figura 1: O gap de conhecimento Fonte: (BEZERRA, 2001 apud GABBAY, 2003:45).

O’Brien (2001:13) reforça a importância da TI citando a sua contribuição no

apoio à globalização das organizações, por possibilitar as operações mundiais e as alianças e/ou fusões entre empreendimentos globais interconectados. E Medeiros (2001:10) acrescenta que atualmente as empresas em rede dependem cada vez mais da tecnologia da informação para a sua competitividade e sobrevivência, com a internet sendo cada vez mais utilizada de forma comercial e o comércio eletrônico sendo considerado como marco para uma nova economia.

Quando falamos em relação ao Brasil, após 10 anos de internet, pode-se concluir que a TI não passou despercebida. A economia, também por aqui, tem sido afetada de forma positiva, apesar de, até o momento, somente 18 milhões de pessoas tiveram o interesse ou a oportunidade de acessar e acreditar no poder informacional desta grande rede. Quanto ao comércio eletrônico, dados recentes confirmam a consolidação deste segmento e um forte crescimento, em detrimento do varejo tradicional. De acordo com a pesquisa do instituto E-Consulting (2006), as vendas no varejo via e-commerce cresceram 32% em 2005 e podem subir mais 45% este ano. Aos 10 anos, a internet se consolida como um dos mais importantes canais de vendas no País. A rede movimentou no ano passado R$ 9,9 bilhões no comércio varejista. O valor é 32% superior a 2004, quando atingiu R$ 7,5 bilhões, uma participação de 3,43% do varejo total do País.

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Hughes (1990) aponta três fatores que, segundo ele, não podem passar despercebidos, pois a TI tem apressado a criação, o desenvolvimento e a entrega de novos produtos e serviços e, ainda, tem contribuído com a transformação do conceito de globalização em realidade: a lista de atividades humanas dependentes da TI ainda está em um ritmo crescente; a intensificação da competição mundial, onde a TI será o divisor entre vencedores e perdedores; o tempo é uma nova commodity, isto é, só terão valor os projetos de TI que saírem à frente dos concorrentes. Como diz o autor: “Better never than late”.

Evolução ou Revolução da Informação

A informação, independentemente da tecnologia, também pode ser considerada uma forma de evolução ou revolução, pois de acordo com Choo (2003:119): “a informação é usada para responder a uma questão, solucionar um problema, tomar uma decisão, negociar uma posição ou dar sentido a uma situação”. A concepção de evolução ou revolução virá, evidentemente, da expectativa das pessoas ou grupos que dela dependem para solucionar um problema qualquer ou ampliar o nível de conhecimento. O valor da informação, na concepção de Stair (1998:5), “está diretamente ligado à maneira como ela ajuda os tomadores de decisão a atingirem as metas da organização”, ou seja, a informação não tem valor intrínseco. Seu valor é determinado por aqueles que dela necessitam.

Drucker (2000) também defende o termo revolução da informação, pois a contribuição da TI, desde os primeiros computadores, em meados da década de 1940, apenas transformou processos que já existiam. Lévy (1993) esclarece que a informática era vista, no início, de forma muito restrita, pois era considerada uma arte de agilizar cálculos numéricos e não uma ferramenta para desenvolver o conhecimento. Beal (2001) afirma que a TI só poderá proporcionar resultados efetivos se estiver integrada a uma estratégia de negócio, quer dizer, os investimentos em TI devem estar diretamente associados a um objetivo organizacional, contribuindo para o seu alcance. Davenport (1998:103) chama de “utopias tecnocráticas” a ilusão de que a TI possa resolver todos os problemas, e ainda conclui:

Falharam as antigas expectativas entusiásticas de que a TI pudesse executar tarefas mais sofisticadas, tais como sínteses e interpretações. Computadores limitam-se a realizar tarefas relativamente simples, como armazenar e recuperar dados, e a informação só pode ser mantida por pessoas (DAVENPORT, 1998:140-141).

Drucker (2000), antes do fortalecimento do comércio eletrônico, afirmava que o impacto real da revolução da informação não ocorreu na forma de informação. Segundo ele, quase nenhum dos efeitos da informação vislumbrados, há 40 anos, realmente se concretizou. Por exemplo, praticamente não houve mudança na forma em que são tomadas as decisões nas empresas ou governos. A revolução da informação apenas transformou em rotina processos tradicionais de inúmeras áreas. Drucker (1998:1) ainda afirmou que o recurso econômico não é mais o capital, nem os recursos naturais, nem a mão-de-obra, mas sim o conhecimento que, juntamente com a informação, passaram a ser os maiores produtores de riqueza. No entanto, passados 10 ou 15 anos, Drucker

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(2000) reconheceu o comércio eletrônico como um canal importante, talvez principal, de distribuição mundial de produtos, serviços e, surpreendentemente, de empregos de nível gerencial. Segundo o autor, o comércio eletrônico se transformou na principal força motriz da revolução da informação, ainda em fase inicial.

Já em Mintzberg, Ahlstrand e Lampel (2000), vemos a discussão dos aspectos estratégicos do uso da informação, tanto no que tange à sua gestão, realizada em grande parte através dos sistemas de informação gerenciais quanto de sua colaboração para o planejamento da estratégia empresarial, reduzindo equívocos nos processos decisórios. Tal afirmação intui discutir a informação neste nível, o estratégico, como elemento da gestão empresarial, a seguir.

O Uso Estratégico e Seguro da Informação

A importância da segurança da informação tem sido uma das principais preocupações das empresas e, para algumas, é considerada uma questão estratégica. A facilidade de comunicação delas as tornaram mais vulneráveis. A informação está mais distribuída e, conseqüentemente, difícil de ser controlada. Cohen (2002) afirma que “com o avanço da tecnologia e o surgimento da internet, as organizações estão sob alvo de novas vulnerabilidades”. Os crimes virtuais têm sido cada vez mais freqüentes e, diante disto, o autor relaciona alguns cuidados que devem ser tomados: controle do desenvolvimento dos sistemas; treinamento dos usuários sobre segurança; segurança física; controle no acesso de dados, computadores e redes; controle dos processos de transação; incentivos à eficiência e efetividade operacional; auditoria de sistemas; plano no caso de desastre.

As instituições bancárias são pioneiras com esta preocupação. Diversos bancos têm adotado medidas para preservar a segurança, qualidade e confiabilidade dos serviços prestados com total garantia de privacidade dos clientes, com foco em três dimensões:

Confidencialidade: propriedade de manter a informação a salvo de acesso e divulgação não autorizados. Integridade: propriedade de manter a informação acurada, completa e atualizada. Disponibilidade: propriedade de manter a informação disponível para usuários, quando estes necessitarem dela.

A Norma ISO/IEC 17799 (2005)1 complementa que confidencialidade, integridade e disponibilidade da informação podem ser essenciais para preservar a competitividade, o faturamento, a lucratividade, o atendimento aos requisitos legais e a imagem da organização no mercado.

1 Organização internacional para normalização, com sede em Genebra. Seu objetivo é criar normas e padrões universalmente aceitos sobre como realizar as mais diversas atividades comerciais, industriais, científicas e tecnológicas.

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Segurança da informação é, portanto, muito mais uma questão gerencial do que tecnológica, de acordo com Gordon (2005). E Guelman (2005) chama a atenção para a questão da conscientização das pessoas envolvidas:

De nada adianta investir em tecnologia e proteção física se não temos a colaboração e o comprometimento das pessoas. Nas organizações, a grande maioria dos empregados tem uma falsa sensação de segurança, principalmente, quando estão utilizando recursos de informática, pois sabem que existem profissionais dedicados e softwares de segurança atualizados e, de alguma forma, sentem-se protegidos (GUELMAN, 2005).

É necessário, portanto, de acordo com Guelman (2005), avaliar o nível de conhecimento que a direção da organização detêm sobre este assunto. Ainda acrescenta que, se as pessoas não forem devidamente sensibilizadas e conscientizadas, o risco da informação permanecerá elevado e a organização continuará exposta à ocorrência de incidentes graves. A Symantec, empresa especializada em segurança e software anti-vírus, alerta para a ocorrência do phishing.2 E esta tem sido, de acordo com Wolfe (2005), a operação de maior crescimento entre as modalidades de fraudes online em todo o mundo.

O crescimento da aplicação estratégica da informação e dos recursos da TI tem sido percebido, com mais intensidade, em situações em que se vislumbram oportunidades de expansão do negócio, inovação e crescimento econômico, onde a segurança é fundamental para garantia da qualidade dos serviços. Realmente, a economia está absorvendo as oportunidades oferecidas pela TI e, quanto ao crescimento, o destaque é nítido, conforme informações a seguir.

Em termos econômicos, Castells (1999:37) afirma que sem a nova tecnologia da informação, o capitalismo global teria sido uma realidade muito limitada: o gerenciamento flexível teria sido limitado à redução de pessoal, e a nova roda de gastos, tanto em bens de capital quanto em novos produtos para o consumidor, não teria sido suficiente para compensar a redução de gastos públicos. A recíproca também pode ser verdadeira, pois Buzin (2001) defende a idéia de que o capitalismo tem sido o grande responsável pelo avanço da TI, devido à pressão de uma sociedade com enorme potencial de lucros e ávida por equipamentos e sistemas capazes de melhorar os níveis de produtividade, com redução de custos.

Além de impulsionar o capitalismo, Rifkin (2001:78) destaca uma nova característica, afirmando que este modelo econômico, na era do acesso, apresenta-se mais temporal do que material. Quando praticamente tudo se torna em um serviço, o capitalismo é transformado de um sistema, com base na troca de bens, em um baseado no acesso a segmentos de experiência.

Costa (2003:20) afirma que o fortalecimento da “informacionalização” está ligado à redução dos custos e à competição entre as empresas, tornando-se necessária a criação de produtos mais leves, com materiais mais especializados, cuja produção requer mais trabalho de pesquisa e desenvolvimento. Enquanto a atividade produtiva diminui cada vez mais o tempo, o espaço e a energia, ou seja, o custo, ela incorpora

2 Uso de clone do site de um banco ou de uma grande empresa para que o usuário seja induzido a informar seus dados. Disponível em: http://portalexame.abril.com.br/tecnologia/conteudo_91318.shtml. Acessado em: 20 set. 2005.

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mais informação nos produtos, processos e ferramentas. A tendência, portanto, de acordo com Costa (2003:21), é aumentar o comércio de conhecimento, em substituição à matéria que, já em 1993, representava menos de 3% do custo de produção de componentes microeletrônicos.

O próximo item analisa o impacto destas mudanças nas atividades do profissional de administração.

O Perfil do Administrador

O profissional de administração, personagem importante no cenário das organizações, cada vez mais se vê rodeado pela incerteza diante da velocidade das informações que, de uma forma ou outra, interferem em suas variáveis de análise. Freitas (2005)3 afirma que a TI está diretamente associada à natureza da profissão do administrador. Na essência, o que caracteriza o administrador é o fato de ele tomar decisões que são de planejamento, organização, direção e controle. A decisão, por sua vez, é uma escolha entre alternativas, isto é, qual delas melhor atende aos objetivos.

A informação disponível sobre as alternativas e as conseqüências de sua escolha e implantação é que determinarão o rumo da decisão. Pelo fato da TI estar diretamente relacionada à atividade de administrar, novos perfis têm surgido, na busca de adequação da arte de decidir com o apoio de novos métodos e ferramentas de análise, o que acaba por exigir uma adaptação técnica de um perfil, antes eminentemente gerencial.

Lopes (2002:1), após reflexão sobre as bases da formação do administrador profissional, concluiu que “há evidências empíricas de que os administradores recém-formados enfrentam o mercado de trabalho com insegurança e, quase sempre, são incapazes de uma inserção competitiva nas funções típicas de administradores profissionais”. E destaca que as funções tradicionais do administrador, até então, têm sido apontadas como excessivamente centradas na reprodução do conhecimento com baixa intensidade de atividades voltadas para o desenvolvimento de habilidades. Vale salientar que não é de praxe encontrar a exigência de conceitos e habilidades em TI nos currículos de cursos de administração, mas há uma preocupação quanto a esta necessidade, talvez ainda não muito explícita. De acordo com Litto (2005), em pesquisa realizada junto a instituições de ensino, apenas 32% têm um plano formal para integração de TI no currículo. No entanto, é reconhecida a necessidade do domínio da informática, mas ainda não existem modelos específicos e bem delineados para avaliar a gama de habilidades e conceitos que poderiam compor o escopo mínimo de conhecimentos para que se faça melhor uso dos recursos da TI.

Diversos autores (Silva 2000, Araújo e Correia 2001, Souki et al. 2001, Lopes 2002) efetuaram pesquisas na tentativa de identificar o perfil do administrador, junto a executivos e alunos, no decorrer da evolução da TI. Dentre suas conclusões, o administrador, na era da informação, deve conhecer os seguintes assuntos, mesmo que de forma superficial: assuntos econômico-financeiros; legislação; negócios internacionais; processos de alianças e parcerias; tecnologia da informação (manipulação da informação através de recursos computacionais); cultura de outros países; funções de administração (planejamento, direção, coordenação e controle);

3 Depoimento fornecido pelo Prof. Msc. Marco Túlio de Freitas, coordenador do curso pesquisado.

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cultura brasileira e comportamento humano. Ainda sobre habilidades em TI, Lima (2002) avança um pouco mais, afirmando

que existe uma demanda por conhecimentos atualizados em TI e seus impactos no ambiente de negócios, em seus diversos aspectos internos e externos à organização. O administrador deve ser capaz de pesquisar, selecionar, analisar, sintetizar, discernir, aprender e manipular informações, tanto oriundas do meio ambiente, quanto de dentro da organização. Deve, também, atender à necessidade de contínuo aperfeiçoamento profissional e do desenvolvimento da autoconfiança, além de atuar de forma interdisciplinar.

Conclui-se, portanto, à luz dos autores aqui citados, que o perfil do profissional de administração deve ser dinâmico o suficiente para se inteirar da capacidade oferecida pelos recursos da TI, principalmente, quando se refere ao trato da informação, talvez o seu melhor insumo. Mas, não se restringe somente ao valor da informação, pois a TI não está mais totalmente direcionada para organizações e processos, mas também focada nas pessoas, oferecendo-lhes oportunidades de expansão do conhecimento e novos métodos de “como fazer”. Talvez seja este o caminho para aumentar o “nível de competência”.

3. Metodologia

O presente artigo teve como objetivo principal avaliar as habilidades e conceitos em TI e sua importância para os futuros profissionais de administração. Observou-se que a questão da habilidade em TI ainda é um assunto pouco discutido, o que levou esta pesquisa a ser classificada como exploratória. Gil (1996:45) acrescenta que este método proporciona maior familiaridade com o problema, com o propósito de torná-lo mais explícito e possibilitar o aprimoramento de idéias ou a descoberta de intuições.

A pesquisa também pode ser classificada como descritiva que, de acordo com Marconi e Lakatos (1999:22), “é aquela que tem como objetivo descrever o fenômeno ou situação, mediante um estudo realizado em determinado espaço-tempo”. Quanto aos meios, a pesquisa fez uso de várias abordagens: qualitativa, quantitativa e estudo de caso. A utilização de diferentes métodos para a análise dos mesmos fenômenos, de acordo com Neves (1996:2) e Vieira (2004:18), contribui para o avanço do conhecimento no campo dos estudos organizacionais e abrir novos horizontes para sua compreensão.

A abordagem qualitativa, conforme Vieira (2004:15), “garante a riqueza dos dados, permite ver um fenômeno na sua totalidade, bem como facilita a exploração de contradições e paradoxos”. E a versão quantitativa: “garante a objetividade, a possibilidade de relações causais e a possibilidade de generalização”.

A pesquisa se restringiu a um único grupo de atores, leia-se, alunos de administração de uma universidade privada, o que, segundo Gil (1996:58), caracteriza o estudo de caso pela análise profunda e exaustiva de um ou de poucos objetos.

Universo da Pesquisa

Para se atingir os objetivos desta pesquisa foram selecionadas uma instituição educacional, um curso de administração e os alunos próximos do período de formatura. Ao selecionar a amostra, o pesquisador estabeleceu que na matriz do curso deveria

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constar pelo menos uma disciplina de informática e que os alunos selecionados deveriam ter cursado, no mínimo, os fundamentos básicos da informática. Estabelecidas estas condições, de um volume de 1487 alunos matriculados, obteve-se a população de 186 com amostra representativa de 39.

Com esta amostra, o pesquisador conseguiu aplicar a entrevista e questionário a 28 deles, levando-se em consideração o critério de acessibilidade, conforme demonstrado na TAB. 1. A idade média daqueles que participaram da entrevista e responderam o questionário era de 24,2 anos e 90% deles já estavam inseridos no mercado de trabalho.

Tabela 1 - Perfil dos alunos que participaram da entrevista

Entrevistas Freqüência % Trabalha % Alunos do turno da manhã – fem 2 7% 1 4% Alunos do turno da manhã – masc 7 25% 7 28% Alunos do turno da noite – fem 6 21% 6 24% Alunos do turno da noite – masc 13 47% 11 44%

Total 28 100% 25 100% Fonte: dados coletados na pesquisa.

Além da amostra de alunos, o pesquisador contatou cinco professores e o

coordenador do curso, para que também respondessem a uma entrevista e o questionário. Com exceção do coordenador, ficou definido que os professores seriam aqueles que já lecionaram ou ainda lecionam disciplinas relacionadas à TI. Os professores entrevistados possuem formações diversas, incluindo Engenharia Civil, Ciência da Computação e Ciências Contábeis. Somente o coordenador é Administrador por formação e profissão.

Técnica de Coleta de Dados

Neste estudo, foi utilizada a pesquisa em profundidade. Os dados foram

coletados utilizando-se um roteiro de entrevista e um formulário, na forma de questionário estruturado. O objetivo da aplicação da entrevista e questionário foi de identificar possíveis paradoxos entre respostas percebidas durante as entrevistas e as habilidades e conceitos registrados pelos próprios entrevistados. A coleta dos dados foi efetuada no período de 12 a 30 de setembro de 2005.

4. Análise dos Resultados

Neste item, são apresentados o perfil dos entrevistados e as análises dos dados obtidos por meio da pesquisa em profundidade e do questionário estruturado aplicados aos alunos, professores e coordenador do curso de Administração de uma universidade mineira.

Inicialmente, foi feita uma análise da entrevista com os alunos, através dos depoimentos digitados e classificados, com o apoio do software excel 2003 da Microsoft.®. O foco maior da análise se ateve ao conteúdo dos depoimentos, com vários deles aqui citados, evidenciando assim, as situações que mais se aproximaram do problema e seus objetivos. Em seguida, foram analisados os depoimentos dos professores e coordenador do curso, com as devidas conexões com as análises

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anteriormente feitas com os alunos. Esta ligação foi importante na consolidação, pois o roteiro de entrevista dos professores foi elaborado após a análise dos dados coletados junto aos alunos que, evidentemente, obteve forte influência dos resultados encontrados. Esta foi uma estratégia adotada, também como alternativa de maior aproximação dos objetivos previamente estabelecidos. Análise da Pesquisa com os Alunos

Os dados foram consolidados a partir de 28 entrevistas gravadas e,

posteriormente, juntamente com os questionários, classificados e ordenados com o auxílio de planilha eletrônica.

Análise dos Resultados da Entrevista Aplicada aos Alunos

A seguir são apresentados os resultados da análise das respostas da entrevista que procurou levantar a percepção dos alunos quanto ao grau de habilidades em TI requerido por eles e pelo mercado, o nível de absorção de serviços através da internet, conceitos recentes associados à TI, bem como outras questões que possam clarificar os resultados deste estudo.

Pelos resultados foi possível constatar que a expectativa quanto à(s) disciplina(s) de informática está diretamente relacionada à importância a ela(s) conferida(s). No entanto, estas expectativas são variadas e sofrem forte influência do conhecimento prévio acumulado antes de chegar à universidade. Muitos afirmam ter um conhecimento básico e esperam, com a disciplina, ir além do que realmente já dominam. Outros esperam que o aprendizado em sala de aula os auxiliem em suas atividades profissionais. Esta situação gera um desconforto na turma, pois aqueles que já possuem alguma noção consideram a disciplina cansativa, pois o currículo é orientado para o aluno com nenhuma ou pouca experiência. Quanto a este conhecimento prévio, alguns alunos questionaram a sua abrangência e ainda afirmaram a existência de um “falso” conhecimento em TI por parte da turma, ao iniciar a graduação. Assim uma aluna afirmou, de forma incisiva: “A maioria dos alunos inicia o curso achando que sabem tudo, mas logo percebem que não sabem nada de informática”. (A11)4

Dentre as diversas expectativas relatadas nos depoimentos, uma delas reflete bem o que se espera de um indivíduo hábil em TI, de acordo com o NRC (1999), isto é, que conheça a TI de forma ampla o suficiente para aplicá-la produtivamente no trabalho e no dia-dia e reconhecer quando a TI o ajuda ou impede de atingir um objetivo. Desta forma, uma aluna expressou a sua expectativa:

Rever os conceitos gerais de informática e ver de que forma os sistemas de informação poderiam ajudar o administrador no desenvolvimento de processos para desempenhar uma boa gestão, do ponto de vista de custo, logística e outros.

4 Os depoimentos dos alunos, professores e coordenador, quando aqui citados, foram identificados por uma letra e um número. As letras, “A”, “C” ou “P”, identificam aluno, coordenador e professor respectivamente. E o número, a seqüência de aplicação da entrevista. Por exemplo: A1 = aluno-1, P1 = professor-1.

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(A22)

Quando perguntados sobre o atendimento da expectativa em relação ao aprendizado de informática, obteve-se o seguinte resultado, conforme TAB. 2:

Tabela 2 - Atendimento da expectativa Expectativa Freqüência % Atendida 7 25% Não atendida 21 75% Total 28 100% Fonte: dados coletados na pesquisa.

Os depoimentos, a seguir, traduzem alguns problemas encontrados no decorrer da disciplina que, evidentemente, servem de base para análise das causas e formação de propostas para melhorar a motivação e o rendimento da(s) disciplina(s):

Houve muita teoria. Considero um absurdo fazer prova de excel de forma manuscrita. (A4) A disciplina foi demasiadamente técnica e superficial em vários pontos. Só aprendi informática depois que comecei a trabalhar. (A11)

O professor exigiu muita “decoreba” nas provas. Também não acho relevante ficar vendo em sala o que é mouse, teclado, vídeo e HD... Nada do que foi ensinado testou a nossa capacidade e nossos conceitos. (A13)

Faltou aprofundamento nos princípios básicos da informática. (A20)

Paralelamente aos problemas detectados, os alunos apontaram sugestões para que o ensino da informática desperte maior interesse e, conseqüentemente, seja mais bem aproveitado:

A disciplina de informática deveria ser terceirizada por meio de empresas especializadas do ramo. O diploma de graduação só deveria ser entregue se o aluno comprovasse suas habilidades em informática com uma prova específica. O administrador, que não sabe informática, não tem condições de fazer absolutamente nada. (A2)

No início do semestre deveria haver um nivelamento da turma, pois alguns sabem alguma coisa e outros não sabem nada. Para quem sabe, a aula fica tediosa. As pessoas que não sabem nada chegam a ficar desesperadas. (A10)

Aumentar o volume de aulas práticas com auxílio do computador, pois a aplicação de fórmulas e exercícios no quadro é muito cansativa. (A22)

Que a disciplina fosse mais direcionada a nossas atividades do dia-a-dia. (A17)

Pelas sugestões apresentadas, conclui-se que há divergências em relação à disciplina, sob o aspecto de forma e conteúdo. Quanto à forma, o aluno questiona a limitação das aulas práticas e o método aplicado em sala de aula; quanto ao conteúdo, a atualização com os conceitos mais recentes.

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Outro aspecto observado é que os alunos estão cientes da necessidade da educação continuada, uma tendência mundial, principalmente nos países desenvolvidos. Apesar da praticidade, a modalidade de ensino a distância (EAD) ainda é pouco utilizada, pois os alunos demonstraram receio e até total desconhecimento do assunto. Mesmo com forte divulgação na mídia de vários produtos e do apoio governamental, ainda há um forte descrédito quanto a esta nova forma de interação entre professor e aluno, de acordo com os comentários a seguir:

Eu desconheço. Não imagino como funciona. (A1)

Não faria, porque não valeria a pena. O contato com o professor é importante. É o mesmo que pegar uma apostila de informática e tentar aprender sozinho. Não acrescentaria nada. (A2)

Sim, estes cursos já estão muito presentes no mercado, mas ouço queixas de falta de suporte. (A23)

É difícil imaginar um processo de aprendizagem sem uma sala de aula. Ainda não acredito no método. É necessário analisar a questão da convivência. (A26)

Considero um mercado em crescimento devido à falta de tempo das pessoas. (A25)

Ao ser questionado sobre a importância de se ter habilidade em TI, os alunos concordaram que é fundamental e imprescindível, não só para o administrador, mas em qualquer outra profissão:

Considero de extrema importância. Acho que o mundo, não só na área de administração, volta-se todo para a informação. Todo profissional deveria ter um mínimo de conhecimento em informática. (A5)

Sim, é essencial para ingressar no mercado de trabalho. Aquele administrador que tem aversão a computador está totalmente obsoleto. (A14)

Os alunos apontaram as principais ferramentas ou aplicativos que consideram imprescindíveis no dia-a-dia das pessoas. A seguir, a relação das mais indicadas, em ordem decrescente de indicação: planilha de cálculo excel; editor de textos word; manuseio da internet; software para elaborar apresentações: power-point; banco de dados access; software de comunicação instantânea: messenger; domínio de mecanismos de busca; compactador de arquivos, por exemplo, winzip; noções de periféricos: funcionamento básico do computador e impressora. Estas atividades foram coletadas durante a entrevista e, em termos quantitativos, ficou evidente que, nem tudo aquilo que os alunos consideram importante, é de fácil manipulação. Dentre as atividades indicadas anteriormente, quatro delas foram avaliadas de forma mediana, com destaque para a manipulação de banco de dados, que ficou entre as habilidades de menor avaliação. Há uma predominância muito grande do excel, mas, de acordo com os argumentos, os alunos o exploram muito pouco no decorrer do curso e só percebem a sua importância após iniciarem em atividades profissionais. Os alunos tiveram dificuldade em dimensionar o que é informática básica. Para alguns, acessar um site, enviar um e-mail, editar um texto simples, efetuar uma pesquisa

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através de um site de busca e se comunicar através de um serviço de mensagem instantânea, talvez possa compor o rol da informática básica, caracterizando-se assim em grande conhecimento. Através da TAB. 3 observou-se que ainda há uma fragilidade quanto ao conhecimento da informática básica, mesmo em se tratando de alunos matriculados em curso de graduação, em escola do setor privado e que, em sua maioria, afirmaram que a internet tem sido sua principal fonte de informações.

Tabela 3 - Domínio da informática básica

Expectativa Freqüência %

É plenamente conhecida 10 37%

Não é plenamente conhecida 17 63%

Total 27 100%

Fonte: dados coletados na pesquisa.

Alguns comentários obtidos realçam esta fragilidade, de forma até incisiva:

Poucas pessoas, realmente, em minha turma, tinham conhecimento em informática. Percebia-se muita dificuldade, em sala de aula, que uma boa parcela dos alunos, freqüentemente, recorria aos demais colegas pedindo ajuda. (A1)

Na minha concepção, a maioria das pessoas acha que sabe de informática, mas não sabe nada. (A11)

Apesar dos programas normalmente serem auto-explicativos, muitas pessoas ainda têm dificuldade para usar o computador. (A22)

A maioria somente usa a internet e o word. (A7)

Esta informação é equivocada, pois a informática está na casa de todo mundo, em qualquer lugar e nas práticas do dia-a-dia. (A24)

Ainda há muitos analfabetos digitais neste Brasil. (A13)

Foi observado que há ainda uma grande resistência dos alunos a operações de comércio eletrônico que, possivelmente, possam trazer prejuízos às pessoas, mas percebe-se que este grau de confiança é uma decorrência da total ausência ou fraca habilidade com a TI. A seguir, alguns depoimentos:

Parecer dos adeptos: Não tenho receio porque é obrigação do banco controlar estas operações. Se por acaso sair algum valor da minha conta, acredito que o banco irá me ressarcir, pois é sua obrigação. (A2) Não tenho restrições. Considero o risco a que estamos expostos na rua muito maior. (A9) Parecer dos intermediários: Faço operações bancárias e compras, mas não pago via cartão. (A5)

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Ainda pego fila para pagar contas, mas já estou me animando a fazer alguma compra. (A27)

Parecer dos receosos: Eu morro de medo de fazer transações bancárias, apesar do sistema da empresa onde trabalho ter esquemas de segurança. (A8) Tenho medo que o meu cartão seja clonado ou que a mercadoria não chegue. (A22)

Ao ser questionado sobre possíveis contribuições que um administrador, hábil em TI, possa dar nos processos de implantação de sistemas, como alternativa de minimização de problemas, alguns alunos ficaram surpreendidos:

Sei que os sistemas integrados são importantes para as empresas, mas nunca me envolvi com esta questão. Poderíamos discutir mais este assunto em sala de aula. Sei, inclusive, de empresas que perderam tempo e dinheiro comprando sistemas que não deram certo. (A15)

Você tocou em um ponto que eu não tinha pensado, isto é, no envolvimento da diretoria com a implantação de sistemas. Percebo esta dificuldade também no meu trabalho. (A28)

Ao finalizar a entrevista, foi solicitado aos alunos que quantificassem a importância e o aproveitamento da(s) disciplina(s) de informática. Foi percebido, conforme a TAB. 4, um distanciamento entre a importância concedida e o aproveitamento final da disciplina, assunto este também discutido junto aos professores e coordenador.

Tabela 4 - Nível de importância e aproveitamento concedido às disciplinas de

informática

Pontuação

Conceito 0 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 Média

Importância 1 1 7 3 8 8,8

Aproveitamento 1 2 1 4 3 4 2 1 1 3,95

Fonte: dados coletados na pesquisa.

O principal objetivo da questão, quando aplicada aos alunos, foi confirmar um possível paradoxo quanto à importância atribuída às habilidades em TI e o seu real domínio. Com o resultado encontrado, ficou muito evidente que algo deve ser feito para motivar os alunos, pois mesmo sabendo da real importância da TI, alinhada ao pensamento de autores aqui citados, o desenvolvimento e crescimento das habilidades em TI ainda é um desafio.

Análise dos Resultados do Questionário Aplicado aos Alunos

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A aplicação do questionário foi uma alternativa de consolidação e complementação dos depoimentos coletados através da entrevista. Desta forma, buscou-se avaliar habilidades e conceitos em TI e identificar possíveis paradoxos entre respostas percebidas e habilidades assinaladas. Para efeito de análise dos resultados deste questionário utilizou-se a média aritmética ponderada das notas obtidas, da seguinte forma: n0, n1, n2,...,n10., onde “n” é a nota atribuída a cada item do questionário e o peso, fator atribuído a cada nota, aumenta à medida que diminui o nível de dificuldade, por exemplo: o mais alto grau de dificuldade equivale ao peso 0 (zero) e o maior grau de facilidade equivale ao peso 10 (dez). A seguir, a fórmula completa utilizada para obtenção da média ponderada de cada item:

Média = [(n0*0) + (n1*1) + (n2*2) + ... + (n10*10)] / (n0 + n1 + n2 + ... + n10).

O questionário aplicado contém 35 questões de habilidades e 31 de conceitos, totalizando 66 questões. Pelo resultado geral da análise, foram constatados um domínio significativo das habilidades e uma fragilidade em relação a conceitos, conforme a TAB. 5:

Tabela 5 - Habilidades x Conceitos Dimensões Média

Habilidades 7,91

Conceitos 4,46

Fonte: dados coletados na pesquisa. Foram destacadas as habilidades de maior domínio pelos alunos (TAB. 6), as quais preenchem a qualificação do conceito de “alfabetização de computador”, de acordo com o NRC (1999).

Tabela 6 - Habilidades de maior domínio

Habilidades Média

Ajustar a hora do relógio do computador 9,86

Abrir um aplicativo (por exe.: iniciar o Windows Explorer, o Excel, etc)

9,79 Alterar a formatação de fonte de um texto 9,71 Enviar e-mails 9,68 Navegar em um site de internet 9,64 Enviar arquivos anexados via e-mails 9,57 Editar textos (editar, corrigir e formatar) 9,46

Manusear e avaliar a resposta de um mecanismo de busca (ex.: Google)

9,07 Fonte: dados coletados na pesquisa.

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Quanto aos conceitos, a lista dos mais conhecidos, com médias de 5,07 a 7,32, de acordo com a TAB. 7, reflete um desinteresse pelo assunto. Este cenário confirma a afirmação de Maximiano (2005:25): “a impaciência com as abordagens conceituais é traço marcante na atualidade”.

Tabela 7 - Conceitos de maior domínio

Conceitos Média

Sistema Operacional 7,32

Backup e log de acesso. 6,75

Diferença entre PC (personal computer) e servidor. 6,61

Upgrade de computadores e sistemas. 5,89

Congestionamento de uma rede. 5,57

Software livre. 5,14

Como a largura da banda pode ser afetada por um usuário da rede. 5,14

Sistema local e sistema web. 5,11

Licenciamento e locação de software. 5,07

Fonte: dados coletados na pesquisa.

Também ficou evidente que os alunos não possuem o hábito de se orientar através do help (ajuda), constante nos principais softwares de uso mundial e até mesmo nos aplicativos específicos de cada empresa, para solucionar problemas, sanar dúvidas ou buscar novidades. Vale lembrar que, mesmo nas empresas especializadas em treinamento, não se esgotam todos os recursos, por exemplo, de um editor de textos, uma planilha eletrônica ou as técnicas de pesquisa dos mecanismos de busca. Na tabela de avaliação da noção dos conceitos (TAB. 8), foram incluídos alguns itens relativos à segurança de rede e um específico quanto ao risco que, continuamente, o indivíduo fica exposto ao fazer uso de serviços, principalmente através da internet e e-mails: a engenharia social. E há ainda outros que reforçam a questão da segurança e a auditoria de sistemas.

Tabela 8 - Itens de segurança Conceitos Média Auditoria de sistemas 3,25 Ataques de engenharia social na internet 2,71 Fonte: dados coletados na pesquisa.

Também foram selecionadas as habilidades que obtiveram as menores médias, conforme TAB. 9, as quais merecem algumas observações. No momento da entrevista junto aos alunos e daqueles professores que aceitaram a opção de gravação, o assunto “banco de dados” (BD) sempre esteve presente como algo importante da TI. Mesmo em uma visão macro, os alunos demonstraram saber da relevância de um BD, como instrumento de consolidação e acessibilidade das informações de qualquer natureza.

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Entretanto, o resultado do questionário mostrou baixo domínio neste item.

Tabela 9 - Habilidades de menor domínio

Itens Média Criar a estrutura de uma tabela de um banco de dados 5,43

Configurar uma conexão de rede 5,18

Estruturar consultas em um banco de dados 5,07

Estabelecer relacionamentos em um banco de dados 4,96

Estruturar uma requisição através de um gerador de relatório 4,39

Média Geral 7,91

Fonte: dados coletados na pesquisa.

A questão do BD foi muito discutida por Castells (1999), que considera a informação uma matéria prima de alto valor. De acordo com este autor, a TI está disponível para facilitar a extração de informações de qualquer BD, com alto grau de precisão. Se antes a informação se limitava a instruir como fazer uso da tecnologia, hoje, é ao contrário: a tecnologia está disponível para que se faça da informação uma grande aliada. A capacidade, portanto, de adaptar-se à velocidade e ao caos da mudança tecnológica, de acordo com Daft (2003:25), tem sido uma das maiores ameaças às organizações de hoje. Dentre os conceitos de menor domínio, conforme a TAB. 10 destacam-se assuntos ainda novos, mas relevantes, pois alguns estão relacionados à segurança, portal e mecanismo de cálculo de valores na prestação de serviços em TI, que é a análise de pontos de função. As questões relacionadas à segurança (inventário do conteúdo de uma rede, sua segurança física e certificação digital) não devem ser desprezadas, em razão das vulnerabilidades surgidas com o crescimento das aplicações em TI.

Tabela 10 - Conceitos de menor domínio

Conceitos Média

Diferenças entre site e portal 4,18

Inventário do conteúdo de uma rede (hardware e software) 3,93

O que é usabilidade em sites 3,89

O que é voz sobre IP (VOIP) 3,82

O que é certificação digital 3,75

Segurança física de rede 3,61

Análise de pontos de função 2,00

Média Geral 4,46

Fonte: dados coletados na pesquisa.

Dentre os resultados até aqui obtidos, alguns serão comentados na conclusão deste artigo como alternativa de ampliar a discussão do assunto pesquisado e, desta

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forma, contribuir para a ampliação e fundamentação do estudo das habilidades em TI. O QUADRO 2 apresenta as questões consideradas de maior relevância:

Quadro 2 - Questões de maior relevância Ord. Descrição

1 A busca de habilidades está associada à conveniência do aluno ou da

organização na qual está inserido;

2 A(s) disciplina(s) de informática foram consideradas de grande

importância, mas o aproveitamento foi ruim;

3 O atraso na atualização curricular pode ser um dos motivos de falta de

motivação com a(s) disciplina(s) de informática;

4 Apesar de várias instituições já oferecerem cursos na modalidade EAD, um plano bem estruturado ainda está restrito a poucas IES;

5 A percepção do quanto a TI por ser útil às pessoas e às empresas ainda é

um pouco limitada.

Fonte: dados coletados na pesquisa.

Assim, é finalizada a análise dos dados obtidos junto aos alunos, por meio de entrevista e questionário, com os pontos mais relevantes e que contribuíram para clarificar os objetivos desta pesquisa. O próximo item apresenta os resultados da análise com os professores e coordenador de curso.

Análise da Pesquisa com os Professores e Coordenador

Após analisar os resultados obtidos junto aos alunos, foi aplicada entrevista a cinco professores e a um coordenador de curso e, ainda, o mesmo questionário, anteriormente aplicado aos alunos, sobre habilidades e conceitos em TI. O pesquisador conversou com cada um deles sobre o objetivo da pesquisa e a forma de coleta dos dados. Somente um deles optou pela gravação do depoimento e, os demais, solicitaram que o roteiro fosse enviado via e-mail. Dos cinco professores, dois não retornaram a pesquisa. À medida que os dados foram analisados, em caso de relevância e possibilidade de complementação, o pesquisador voltou aos resultados obtidos, junto aos alunos, para melhor fundamentação do resultado da pesquisa. É importante ressaltar que, com exceção do coordenador, que é administrador e, atualmente, com dedicação exclusiva à atividade acadêmica, todos os demais entrevistados possuem graduações e atividades diversificadas, mas com larga experiência na área de TI, em funções executivas, gerenciais e acadêmicas.

Análise dos Resultados da Entrevista Aplicada aos Professores e Coordenador

Inicialmente, foi perguntado aos professores se os alunos chegam à universidade com habilidades básicas em TI necessárias no decorrer do curso. Os

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professores concordaram, de maneira quase unânime, que os calouros não têm o conhecimento em informática necessário para lhes dar suporte no decorrer do curso. Um dos professores (P1) argumentou que “a maioria estuda informática em uma etapa da vida na qual ainda não possui maturidade suficiente para entender determinados conceitos fundamentais e nem as principais aplicações comerciais”, o que justifica a oferta da disciplina no curso de graduação. De acordo com o coordenador (C1), a ferramenta de informática mais exigida do administrador, o excel, é totalmente desconhecida no início do curso, apesar de perceber uma grande intimidade dos alunos com o computador. Em relação à discrepância observada entre a importância e o aproveitamento obtido na(s) disciplina(s), os professores apontaram várias razões. Um deles afirmou que “as disciplinas de informática não são estudadas em consonância com as disciplinas das outras áreas” (P2). De acordo com o coordenador do curso, “existe a necessidade de focar mais o aspecto prático, através de simulações, pois o administrador, sem este ferramental, não vive” (C1). Foi citado, ainda, justificando o desinteresse da turma, “que informática não é considerada disciplina ‘fim’, a metodologia aplicada pelo professor não tem sido adequada e as turmas são muito grandes” (P1), o que dificulta o aproveitamento nas aulas práticas. De acordo com o coordenador, há uma distância enorme entre as preferências dos alunos quanto ao uso da informática, quando chegam à universidade, e o conteúdo curricular da(s) disciplina(s), em termos de habilidades e conceitos. De acordo com os professores, o curso tende a ser mais conceitual do que prático, mas deve ter um equilíbrio entre conceitos e práticas, procurando sempre casos ligados ao curso. Os professores consideram que apesar da TI não ter carga horária significativa na grade curricular do curso de administração, sua aprendizagem e uso está intrinsecamente associada à profissão de administrador. E apontam diversas habilidades e conceitos que consideram importantes no exercício desta profissão, além da visão holística de sistemas, associada à administração. Anteriormente, foram levantadas as habilidades mais requeridas pelos alunos. Com base nesta informação coletada, o QUADRO 3 apresenta uma comparação entre as habilidades e conceitos apontados pelos professores e alunos, como fundamentais para o profissional de administração.

Quadro 3 – Habilidades requeridas para o profissional de administração

Professores Alunos

Dominar os conceitos fundamentais de sistemas de informação;

Habilidade em manipular banco de dados;

Distinguir tecnologia, sistemas e processos;

Dominar ferramentas de busca na internet;

Ter habilidade em sistemas aplicativos (ex.: pacote office); Manipular bem planilha de cálculo;

Noções de hardware e software (operacional e aplicativo); Editor de textos;

Noções de redes (lan e wan); Software para montar apresentações;

Noções de custos envolvidos com a informática; Enviar e receber e-mails;

Noções das principais vantagens do uso da informática nas empresas; Manipular mecanismos de busca

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Habilidade de criar e extrair informações gerenciais de banco de dados;

Conhecimento de negociação e contratos;

Habilidade em usar sistema de gerenciamento de projetos.

Fonte: dados coletados na pesquisa.

Conforme pode ser observado, as percepções de alunos e professores sobre habilidades e conceitos em TI são bastante diferenciadas. Os alunos se restringiram às habilidades básicas do dia-a-dia e, na concepção dos professores, bem mais abrangentes, há uma compatibilidade e integração entre a TI e a atividade de administração. Dentre as habilidades relacionadas pelos professores, extrai-se uma clara visão sistêmica associada a processos e recursos da TI. Na opinião de um dos professores, os meios de negócio, isto é, operações que até pouco tempo eram manuais e/ou mecânicas, estão migrando para o digital. Neste caso, é fundamental que o administrador tenha conhecimento da TI para saber como ele pode usá-la, principalmente nos controles internos e transações registradas no meio digital. Na concepção geral, o mais importante é que o administrador saiba o quanto a tecnologia pode lhe ser útil. De acordo com o coordenador, “o administrador precisa saber isto muito bem”. Se ele conhecer isto, com certeza estará na linha de frente da administração, mesmo que seja em uma pequena empresa. Os professores consideram de fundamental importância o domínio de conceitos em TI, mas quanto à garantia de maiores oportunidades no mercado de trabalho, não houve uma afirmação contundente, pois esta questão, segundo eles, está associada a diversas variáveis, tais como: acúmulo de conhecimento, atitude diante das oportunidades, assertividade e até um pouco de sorte. Mas não resta dúvida, na opinião deles, que irá agregar valor ao currículo do candidato e, com toda certeza, irá ajudá-lo, talvez ainda no processo de seleção e, principalmente, nas atividades do dia-a-dia. Constatou-se, portanto, com base nas entrevistas, que os recursos da TI, como instrumentos de produtividade ainda são muito recentes. Conseqüentemente, o advento de possibilidades oriundas destes recursos e, principalmente da internet, só obtiveram credibilidade e estabilidade nos últimos anos. Antes disto, em sua maioria, foram experiências de comércio eletrônico sem credibilidade, projetos de integração mal sucedidos e muitos recursos financeiros desperdiçados. Só recentemente os gestores estão percebendo, conforme afirmam Hughes (1990), Beal (2001), Laudon e Laudon (2004) e ainda outros autores, que a TI só poderá proporcionar resultados efetivos se estiver integrada a uma estratégia de negócio, ou seja, os investimentos em TI devem estar diretamente associados a um objetivo organizacional, contribuindo para o seu alcance.

Análise dos Resultados do Questionário Aplicado aos Professores e Coordenador

Quanto ao questionário sobre habilidades e conceitos em TI, a sua aplicação junto aos professores teve como objetivo a consolidação dos fundamentos dos itens, que dele fizeram parte e, por último, efetuar uma comparação da média geral obtida junto

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aos alunos. Como era de se esperar, a comparação entre alunos e professores apresentou relevância na parte conceitual. Os professores são profissionais com larga experiência, tanto acadêmica, quanto profissional, com grande ênfase na aplicação dos recursos da TI. As médias obtidas em habilidades superaram os alunos em 18% e, na parte conceitual em 86%, o que reforça a preferência dos alunos com as abordagens práticas. A expectativa encontrada na análise da entrevista e questionário é coerente com uma das motivações apontadas pelo NRC (1999:10): “a informática entrou em nossas vidas em um período muito curto de tempo e não houve, ainda, tempo suficiente de preparação formal para a maioria das pessoas”. O coordenador do curso e os professores reconhecem a importância das habilidades em TI, mas atendendo ao perfil e linha de aprendizagem do curso, concentram-se, com mais intensidade, na parte conceitual. Esta, porém, é uma situação onde se percebe que a evolução da TI e o crescimento do grau de importância da informação têm sido mais ágeis, se comparadas à capacidade de adaptação das pessoas, das organizações, das universidades e cursos de treinamento. Além do NRC (1999), diversos autores (Hughes, 1990; McGee e Prusak, 1994; Castells, 1999; Beal, Medeiros, O’Brien, 2001; Lopes, 2002; Costa, 2003), com maior ou menor ênfase, destacaram a importância da TI como instrumento impulsionador da evolução da informação, da economia e educação e alertam para a necessidade de maior capacitação das pessoas para que possam lidar e usufruir desta evolução. Na concepção destes autores, a competição está focada na habilidade para fazer da TI um instrumento para explorar e criar conhecimento. Mas, além de simplesmente capacitar as pessoas, é necessário um aprendizado contínuo. Neste sentido, pessoas e organizações estão mais atentas, os educadores apontam caminhos, diversificam métodos e elaboram instrumentos de avaliação das habilidades. Aproveitando novamente a afirmação de Valentim (2000), quanto mais desenvolvido um país, maior é o nível de produção informacional; conseqüentemente, maior é o valor que a sociedade daquele país outorga à informação. Mas, para que isto aconteça, há um grande desafio à frente: explorar as aptidões e transformá-las em habilidades. A seguir, são apresentadas as conclusões e sugestões para trabalhos futuros e as contribuições da pesquisa para instituições, pesquisadores e profissionais envolvidos com o assunto.

5. Principais Conclusões Quanto ao objetivo principal, foi possível constatar que as principais habilidades em TI apontadas pelos alunos se restringem às funções básicas de informática, tais como: editar textos e planilhas, navegar na internet, enviar e-mails, manusear mecanismos de busca, participar de comunidades virtuais (ex.: orkut) e outros serviços de comunicação instantânea (ex.: messenger). Apesar de estar inserida neste bloco, identificou-se uma deficiência no uso do software excel, considerada a principal ferramenta do administrador. E mesmo se atendo somente às habilidades básicas, 63% dos alunos afirmaram que não têm um conhecimento pleno, o que confirma a existência de um paradoxo entre importância atribuída e domínio das habilidades. Constatou-se também que a importância atribuída à disciplina de informática básica é 2,2 vezes superior ao seu aproveitamento. Uma das razões, na opinião dos professores, é que esta cadeira não é considerada “fim” na matriz curricular do curso. Além disso, os alunos, com muita freqüência, criticaram o excesso de conceitos, sem

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uma vinculação prática, o que comprometeu a expectativa inicial, quando se esperava usar, com mais intensidade, os computadores e suas ferramentas. Percebeu-se, portanto, um imediatismo quanto ao que se pode fazer com os recursos da TI. O índice de adesão aos novos mecanismos de acesso a serviços e informações, por parte dos alunos, foi considerado baixo, apesar da grande importância atribuída à TI. Para exemplificar, somente 29% da amostra fazem uso de serviços bancários ou comércio pela internet. Quanto ao EAD, o índice de desconhecimento ficou próximo aos 70%. Este resultado, no entanto, pode ser decorrência da fraca estrutura, para ensino a distância, das IES. Os alunos, com poucas exceções, não conseguiram perceber o quanto é importante, por exemplo, a atuação do administrador nos processos de aquisição e implantação de sistemas. Eles reconheceram que não é mais possível a um administrador conviver sem a TI; o desafio é como utilizá-la.

A percepção do quanto a TI ainda pode contribuir, em termos de facilidades e até oportunidades, só ocorre a partir do instante em que os alunos ingressam no mercado de trabalho. Nesta fase, lhes serão exigidos, com grande intensidade, a criação e manipulação de planilhas e banco de dados e o envolvimento com sistemas integrados, onde o fluxo, a integridade e a segurança da informação estão acima de qualquer atitude individualizada. Vale salientar que as habilidades em TI ainda não fazem parte, de forma explícita, da matriz curricular dos cursos de administração, apesar das IES acreditarem que a tecnologia tem feito muito pelo ensino/aprendizagem. No entanto, de acordo com a pesquisa de Litto (2005), “somente 9% das IES têm um programa formal para avaliar o impacto da TI na instrução e nos resultados da aprendizagem”. O domínio das ferramentas, citadas no início destas conclusões, confere aos alunos uma sensação de auto-suficiência em lidar com os mecanismos da informática. No decorrer das entrevistas e através dos resultados apurados, foi possível perceber que esta sensação de auto-suficiência contribui para desestimular a exploração de mais recursos e acaba por limitar a adesão a novos mecanismos de acesso a serviços e informações. Os resultados encontrados revelaram uma fragilidade com as habilidades em TI, principalmente, quanto à parte conceitual, o que confirma o desinteresse dos alunos com aulas teóricas. No entanto, a pequena parcela da população brasileira com acesso aos recursos da TI tem se destacado no ranking mundial dos internautas, ocupando a décima posição, de acordo com o Computer Industry Almanac (2004).

Contribuições

Além dos objetivos até aqui expostos, espera-se com este artigo, contribuir para ampliar a reflexão e promover uma ampla discussão sobre o que é realmente importante, em termos de habilidades e conceitos em TI. Esta reflexão não se deve restringir somente ao administrador, mas também às pessoas e demais profissionais que, por necessidade, conveniência e outros motivos quaisquer, venham a fazer uso dos recursos da TI. A continuidade da aplicação do questionário, com as devidas adaptações, aumentará a confiabilidade dos resultados e ainda poderá ser um importante instrumento de gestão para administradores, coordenadores de cursos e demais instituições interessadas em difundir a qualificação em TI. Deve ser chamada a atenção, inclusive,

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para os aspectos que relacionam a informação e a estratégia empresarial, tanto no sentido de sua proposta, como de acompanhamento. Tal fato pode ser observado à luz da integração de várias ferramentas tecnológicas modernas, de cunho integrador, como os sistemas ERP (Enterprise Resource Planning) e de acompanhamento estratégico, como os de “Balanced Scorecard”, possíveis candidatos à expansão do presente estudo. Em função dos depoimentos apresentados pelos alunos, professores e coordenador, sugere-se para a universidade e para os professores do curso de administração, foco deste estudo: adequar, de forma constante, o conteúdo da disciplina e associar o aprendizado, com mais freqüência, às atividades práticas compatíveis com a realidade dos alunos; aumentar a carga horária da disciplina de informática básica e concentrá-la nos períodos iniciais do curso; não se descuidar da reciclagem contínua e buscar alternativas para melhorar a qualidade do ensino e a motivação dos estudantes. Os alunos chegaram a sugerir que a disciplina de informática básica fosse terceirizada, por empresas de treinamento especializadas. Para pesquisas futuras, recomenda-se que os seguintes aspectos sejam contemplados, como alternativa de complementação: avaliar as habilidades em TI requeridas nas empresas de recrutamento e seleção e compará-las com as percebidas entre alunos recém-formados; ampliar a pesquisa a outros grupos de profissionais e aferir a adesão destes aos novos mecanismos de acesso a serviços e informações através da internet. Deixamos também como sugestão, aferir junto as empresas de treinamento em informática, as principais habilidades requeridas pelos alunos e o índice de aproveitamento dos mesmos. Ainda consideramos relevante avaliar o nível de envolvimento da alta administração com assuntos pertinentes à gestão da informação e, junto a profissionais e/ou executivos de administração, avaliar o que eles consideram como imprescindível e fundamental em termos de habilidades e conceitos em TI.

Finalizando, os dados consolidados evidenciaram uma fragilidade em termos de habilidades e conceitos em TI e, aqui, se registram contribuições e sugestões aos pesquisadores, para que esta reflexão seja contínua e possa fortalecer o aprofundamento no assunto. Talvez, desta forma, se consiga diminuir o gap entre o nível de conhecimento e a complexidade das soluções possibilitadas pela TI.

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_____________________________________________________________________________________ Recebido em/Manuscript first received: 03/02/2006 Aprovado em/Manuscript accepted: 02/06/2006 Endereço para correspondência/ Address for correspondence Christophe Benavent, Professeur Université de Pau et des Pays de l’Adour, France, Directeur du Centre de Recherche en Gestion http://www.univ-pau.fr/IAE-CREG/ http://christophe.benavent.free.fr Phone: +33.623.236.256 E-mail: [email protected] Olivier de la Villarmois, Maître de conférences Université des Sciences et Technique de Lille ISSN online: 1807-1775 Publicado por/Published by: TECSI FEA USP – 2006

CRM, APPRENTISSAGE ET CONTROLE ORGANISATIONNEL CRM, LEARNING AND ORGANIZATIONAL CONTROL

Christophe Benavent Université de Pau et des Pays de l’Adour, France Olivier de la Villarmois Université des Sciences et Technique de Lille, France

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ABSTRACT In this article are explored in a theoretical way the determinants of performance of Customer Relationship Management information systems that are established gradually in most of large companies. The approach adopted in this study focuses attention upon two central assumptions: the effect of the systems of CRM is mediated first by an increasing capability of organizational learning, and secondly through better organisational control devices.

Keywords: CRM, Organisational learning, Organisational control

RESUME Dans cet article sont explorés de manière théorique les déterminants de la performance des systèmes de gestion de la relation client (GRC) implantés progressivement dans l’ensemble des grandes entreprises. L’approche adoptée dans cette étude focalise l’attention sur deux hypothèses centrales : l’effet des systèmes de GRC se développerait d’une part au travers d’une stimulation de l’apprentissage organisationnel, et d’autre part au travers d’un meilleur contrôle organisationnel.

1. Introduction

Apparu à la fin des années 90, les termes de CRM (Customer Relationship

Management) ou de GRC (Gestion de la Relation Client) restent associés à des représentations diverses, fruits des préoccupations de la variété des acteurs concernés. Pour les offreurs de solution, le terme est relatif à un système d’information spécifique

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alors que pour les praticiens il correspond au problème nouveau posé par la nécessité d’établir une relation directe et continue avec les clients. Pour l’universitaire, il est en grande partie lié à une découverte des années 70 : une évaluation par le consommateur, non plus du produit (valeur), non plus de la marque (capital), mais d’un hypothétique lien à l’entreprise1. Il en résulte une vision troublée, peu structurée, controversée de la notion de CRM qui laisse de nombreuses questions en suspens, empêche une compréhension claire du phénomène, de ses enjeux et de ses conséquences2.

On pourrait, à partir de ces prémices, envisager comment l’innovation technique est appropriée par les acteurs dans une négociation peu structurée, qui se construit peu à peu comme doctrine et comme instrument. L’instrument pouvant devenir autant la doctrine qu’il en est le fruit. Ce n’est pas véritablement l’objet de cette contribution, même si certains de ces éléments peuvent nourrir une réflexion critique sur la construction, l’usage, et la propagation des systèmes de CRM.

L’objet de notre recherche est plus positif. Portant moins sur l’appropriation du système par les acteurs que sur ses effets sur les acteurs, il s’intéresse plus à l’usage effectif qui en est fait qu’au processus d’adoption par ses utilisateurs. Sans se donner une définition fermée du phénomène, nous pouvons le décrire comme une stratégie s’appuyant sur un système d’information (SI) qui tend à individualiser l’effort marketing tout en cherchant à mieux contrôler l’état de la relation client.

Après avoir précisé les contours de l’objet GRC, ses interactions avec l’apprentissage et le contrôle organisationnels seront discutées. Ces réflexions seront conclues par quelques propositions de recherche.

L’objet GRC

Système d’information ou stratégie marketing, sont les deux points d’entrée pour

saisir la notion de gestion de la relation client. Ces deux entrées ne coïncident pas et correspondent à des préoccupations bien différentes. On pourrait même les caractériser de dogme. Le premier s’appuie sur l’idée naïve que la quantité des informations et leur disponibilité induisent de manière évidente une meilleure capacité d’adaptation, sans cependant expliciter comment cette induction est produite. Il y a sans tout encore les traces d’un scientisme qui défendrait l’idée que l’accumulation des nombres permettrait de découvrir des généralisations empiriques cruciales pour l’entreprise. Il est inutile d’en fait une critique approfondie, il vaut mieux identifier comment cette approche définit son territoire. Le second dogme est celui de la relation, il est scientifiquement

1 Pour dater cette prise de conscience que l’objet du marketing n’est plus exclusivement la question de l’influence du choix du consommateur mais la gestion dans la durée d’un client on ira lire Bagozzi R.P. (1974) “ Marketing as an Organized Behavioral System of Exchange ” Journal of Marketing, 77-81

2 On notera que cette confusion est naturelle compte-tenu d’une part de la récence de l’idée à la fois sur un plan pratique (le CRM nait pratiquement avec la création de l’entreprise Siebel, c'est-à-dire à la toute fin des années 90), et encore plus sur le plan académique, les premières publications se référant explicitement à cette terminologie n’apparaissant qu’à partir de 2000. Une des premières est Colgate, Mark R. et Danaher, Peter J. (2000), " Implementing a Customer Relationship Strategy : The asymmetric Impact of Poor versus Excellent Execution", Journal of The Academy of Marketing Science, vol 28, n°3 375-387.

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mieux fondé et nourrit une large part de la recherche en marketing. Il est popularisé par les écrits de Reichfeld3, et s’appuie sur l’idée que les consommateurs les plus profitables sont les plus fidèles. Cette évidence n’en est plus une depuis la publication des travaux de Reinartz4.

L’objet GRC tel qu’il apparaît aujourd’hui serait ainsi la résultante d’une double construction, le télescopage de deux idées simples : L’accumulation des données produit une connaissance agissante supérieure, focaliser l’action marketing sur le client et la relation qu’il entretient avec l’entreprise est la voie royale de la performance.

Notre objectif n’est cependant pas de déconstruire, ou de critiquer, ce qui est à l’évidence une construction sociale. Il est de caractériser cet objet. Et à cette fin plutôt que de rechercher une définition synthétique, nous conserverons ce caractère dual : une pratique de gestion tendue entre une conceptualisation d’une stratégie orientée client, et son objectivation par le système d’information.

La GRC comme système d’information L’approche techniciste se justifie par l’ingénieriste nécessaires pour construire le

système d’information. Mise en place de DataMart, de DataWare house, d’EDI, de technique de datamining, de systèmes experts, déploiement d’interface utilisateur, mise en place de sécurisation, etc. L’assemblage des différents outils qui constituent le système facilite une approche fonctionnelle du système qui s’appuie sur une analyse des différents processus d’affaire liés aux différentes phases de la vie du client.

Mais de manière générale cette approche est minorée par les partisans d’une logique stratégique pour qui le CRM est d’apport une stratégie et se définit ainsi par des priorités : fidéliser, retenir, développer, segmenter, différencier, discriminer,

En choisissant un éclairage techniciste de la question du CRM, on en arrive rapidement à envisager une approche fonctionnelle de ce qu’est le CRM. L’architecture du système d’information, la définition des fonctions à assumer, posent ainsi la question de l’organisation de l’approche.

Trois niveaux d’analyses apparaissent : - Le niveau des stratégies qui définit les normes d’action, en particulier les grandes orientations de l’action (fidéliser, retenir, augmenter le revenu par client) mais aussi les critères d’évaluation de la politique (taux de conversion, de transformation, attrition, base de clientèle) ainsi que l’identification des cibles et des leviers d’action. Le niveau des stratégies définit aussi : - d’une part l’architecture et les fonctionnalités du SI, et d’autre part la structuration des activités liée à la relation client. Notons que cette distinction est d’autant plus valide qu’elle se manifeste concrètement par des centres de responsabilité distincts, ainsi dans

3 Reichheld F.F. (1993), “ Loyalty-based management ”, Harvard Business Review, March-April 64-73 et Reichheld Frederick F. (1996) The Loyalty Effect, The Hidden Force Behind Growth, Profits, and Lasting Value, Havard Business School Press 4 Reinartz, Werner J, and V. Kumar (2000), ”On the Profitability of Long-life Customers in a Noncontractual Setting: An Empirical Investigation and Implications for Marketing,” Journal of Marketing, 64 (October), 17-35.

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le secteur bancaire les choix d’architecture sont sous la responsabilité générale des DOI, tandis que l’organisation de la relation client, au première titre la décision de créer une fonction « chargé de la relation client ». - Le niveau des opérations articulé en processus d’affaire qu’initient les moments critiques de la vie du client5. Ce niveau est finalement indépendant de la volonté d’introduire dans l‘entreprise un système de CRM, les processus d’affaire généralement préexistent à la volonté politique, mais bien souvent de manière contingente, peu structurée et mal intégrée.

Dans cette structure générale, il s’agira généralement d’identifier sur la base des moments de vérités, ces interactions dont le résultat détermine l’avenir de la relation, des processus plus ou moins généraux destinés à opérer de manière efficiente.

Sans en donner une liste exhaustive, il est intéressant d’examiner les domaines les plus fréquemment évoqués. Il est assez aisé de les regrouper en deux niveau de décision : la conduite de la stratégie d’une part où le SI joue un rôle principal de base statistiques pour définir et étudier différentes options d’actions, et le niveau opérationnel ou le SI est destiné à piloter un processus plus ou moins complètement automatisé.

5 Srivastava, Shervani & Fahey (1999) "Marketing, Business Processes, and Shareholder Value: An Organizally Embedded View of Marketing Activities and the Discipline of Marketing", Journal of Marketing Special Issue Vol. 63.

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Conduite de la stratégie Gestion des opérations 1) Etudes et analyses comportementales 2) Segmentation et scoring 3) Test et définition des offres et des stimulations.

1) Automatisation des forces de ventes 2) Automatisation des campagnes de marketing direct 3) Traitement des commandes et facturations 4) Support et services au consommateur 5) Gestion des réclamations et dês compensations 6) Coordination des canaux 7) Programme de fidélisation et de rétention 8) Programme d’acquisition et de réactivation 9) E-commerce ou e-business

Tableau 1 : Les tâches du CRM

Une stratégie Nombreux ceux qui définissent le CRM comme une stratégie de l’entreprise. Cette perspective s’inscrit parfaitement dans la continuité d’un courant de recherche qui essaie de démontrer qu’une orientation marché 6, et mieux une orientation client de la stratégie 7, peut contribuer à la performance de l’entreprise.

Le schéma de raisonnement est simple. Le concept primitif est celui de client, il implique une durée, des épisodes, et se déploie dans la perspective d’un hypothétique cycle de vie du client. L’objet du CRM apparaît ainsi simplement comme la gestion de ce cycle de vie. Il trouve son indicateur emblématique au travers de la notion de Valeur actualisée nette du client 8 ou plus généralement de capital client. Tout comme la part de marché est l’indicateur emblématique de la doctrine du marketing Mix. Il reflète la structure des choix qui est l’objet central de cette doctrine. Le problème de gestion que doit régler cette philosophie d’affaire est en effet de maximiser la probabilité que le consommateur choisisse la marque contre les autres au moment de l’achat. Avec la notion de life time value, une idée différente est introduite, il s’agit de maximiser la valeur extraite de l’exploitation du client. Elle correspond à un problème générique qui serait d’inhiber les choix, ou de les rendre systématique, dès lors que le choix initial a été fait.

Exprimée de la sorte cette philosophie de gestion souffre cependant d’un défaut majeur : elle suppose un client représentatif et ignore la démographie de la clientèle : à chaque instant de nouveaux clients arrivent, d’anciens disparaissent et les autres se

6 Voir par exemple Narver, John C. and Stanley F. Slater (1990), "The Effect of a Market Orientation on Business Profitability," Journal of Marketing, 54 (October), 20-35 ainsi que Kohli, Ajay K. and Bernard J. Jaworski (1990), "Market Orientation: The Construct, Research Propositions, and Managerial Implications," Journal of Marketing, 54 (April), 1-18 7 Sheth Jagdish N (2000) "The antecedents and consequences of customer-centric marketing", Academy of Marketing Science. Journal, Greenvale; Winter 2000; Vol. 28, Iss. 1; pg. 55, 12 pgs 8 Voir par exemple Blattberg, Robert C., Gary Getz, and Jacquelyn S. Thomas, (2001), Customer Equity: Building and Managing Relationships as Valuable Assets, Boston: Harvard Business School Press.

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transforment, de sorte qu’il est intellectuellement insatisfaisant de limiter cette philosophie d’affaire à une gestion du cycle relationnel.

Une représentation plus juste s’articule autour de la notion de portefeuille de clientèle dont l’image se construit dans les segmentations et les scorings, qui peuvent en grande partie se résumer en deux critères : le potentiel d’affaire de chacun des clients, leur degré de fidélité si ce n’est leur durée de vie9. Considérer l’ensemble de la population, dans toute sa variété fait apparaître clairement quatre grands types d’actions qui peuvent être conduites simultanément sur des groupes critiques de clients, et dont l’importance relative dépend de la structure du portefeuille - Acquérir de nouveaux clients, de préférence prometteurs - Retenir les clients les plus précieux quitte à tenter de les verrouiller - Développer les clients à potentiel - Ecarter les clients coûteux

Cette représentation du problème relativise l’importance de la fidélisation, même si une sorte d’unanimité s’est installée à la suite des travaux de Reichfeld 10 pour donner à la rétention de clientèle et à son développement une priorité claire. Fidéliser est une recommandation claire dont l’écho continue de se propager dans l’enceinte des entreprises. Le simple point de vue analytique montre ici que les choses pourraient être plus complexes.

Une seconde manière de caractériser les stratégies de gestion de clientèle est de considérer d’une part le degré de finesse avec lequel on peut traiter les clients, la dimension utopique du one-to-one ou de la mass-customisation, et d’autre part la capacité à nouer un lien fort, difficilement dissoluble et à pouvoir infléchir les comportements et les attitudes des consommateurs. La capacité de contrôle exercée sur lês clients est bien connue, elle passe par la persuasion (attachement à la marque, atmosphère du canal, engagement, climat de confiance), par la coercition (dépendance, verrouillage, barrière à la sortie) ou par l’organisation (marketing pyramidal, réseaux d’influence, leader d’opinion). Son résultat est simplement la fidélité du client, et mieux encore le développement de ce client. A cette capacité de contrôle, s’ajoute la seconde dimension des stratégies de clientèle : la faculté de discriminer, de différencier, de s’adapter à chaque client. Cette dimension a jusqu’alors été peu employée pour justifier une approche en termes de gestion de clientèle. Elle est pourtant essentielle, en particulier lorsque la variable d’action est le prix. On sait depuis longtemps que la capacité de discriminer les clients par les prix est une source de profit considérable. On connaît aussi son usage en marketing au travers de techniques promotionnelles comme le montre Drèze11.

9 Pour un modèle voir Schmittlein David C. and Peterson Robert A. (1994) “ Customer Base Analysis : An Industrial Purchase Process Application ” Marketing Science, vol.13, n°1, 41-67 10 Reichheld, F,F. et Kenny, D.W.(1996) " The Hidden Advantages of Customer Retention", Journal of Retail Marketing. 4 Winter 19-23 11 Hoch, Stephen J, Dreze, Xavier, Purk, Mary E. EDLP, “hi-lo, and margin arithmetic “Journal of Marketing. Chicago: Oct 1994. Vol. 58, No. 4; p. 16 (12 pages)

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Stimuler l’apprentissage

L’hypothèse de l’apprentissage apparaît dans différents travaux. Croteau et Li 12 la formule en terme de capacité de gestion des connaissances, leur modèle empirique montre que c’est ce facteur qui domine, médiatisant aussi l’effet de la disponibilité des technologies. Il est implicitement au coeur des propositions de Slater13 qu’une plus grande intelligence marketing permet de générer une plus grande valeur au client.

Pour comprendre l’impact du CRM sur l’apprentissage, il peut être utile de recourir au modèle de Huber14 qui distingue 4 phases : l’acquisition des connaissances ou l’invention, la rétention ou la mémoire, l’interprétation ou l’usage, la transmission. La nature de ces étapes est étroitement liée à celle de la connaissance. Codifiable ou non, explicite ou implicite. Mais ce que nous devons retenir c’est que le CRM tend à formaliser ce qui ne l’est pas et peut aussi vouloir ce qu’il ne peut pas.

Pour mieux en apprécier l’impact il est nécessaire de distinguer l’impact au niveau local (celui de l’interaction habituelle avec les clients, c'est-à-dire ce qu’on appelle ordinairement le front office) de l’impact à un niveau global c'est-à-dire celui des acteurs du siège. En effet l’apprentissage peut se concevoir comme se développant de manière autonome à chacun des niveaux de l’organisation mais aussi dans l’interaction de ces niveaux.

Phase Local (front office) Global (headquarter) L’invention Accroît modérément mais peut

ralentir en inhibant les découverte locales

Augmente considérablement Problème de volume à traiter

La mémoire Accroissement considérable par standardisation du recueil, mémoire factuelle

Nécessite une structuration, peut présenter un risque d’encombrement

L’usage

Facilitation, assistance

Permet l’action à distance

La transmission

Implique une normalisation, une routinisation, étend le champs de l’usage

Accélérée, mais complexe

Tableau 2: impact vraisemblable du CRM sur le processus d'apprentissage organisationnel

Au niveau local : une contrainte en termes d’acquisition : la source

12 Croteau et Li ( 2003), « Critical Success Factors of Crm Technological Initiatives », Canadian Journal of Administrative Sciences, March, 20 (1), 21-34. 13 Slater Stanley F (2000) "Intelligence generation and superior customer value"; Academy of Marketing Science. Journal; Winter 2000; Vol. 28, Iss. 1; pg. 120, 8 pgs ou encore Slater, Stanley F. & Narver, John, C. (1995), " Market Orientation and the Learning Organization", Journal of Marketing, 59 (July), 63-74 14 Huber, George P. (1991), "Organizational Learning : The contributing Processes and the Litteratures", Organization Science, 2 (February), , 88-115.

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d’information peut venir de manière dominante du système et non plus directement du client. On peut en espérer des comportements plus réguliers, mais une moins grande capacité d’innovation. La standardisation de l’info peut s’accompagner d’une standardisation des comportements. Le niveau local voit aussi son rôle relatif de pourvoyeur de connaissance se réduire à mesure que des canaux directs affectent le niveau global. Par contre la mobilisation de ces informations est facilitée, dans la mesure où cette information est pertinente la productivité devrait être augmentée. Accroissement de l’efficacité opérationnelle mais réduction de l’apprentissage sont des conséquences vraisemblables de la mise en oeuvre des outils, dans la mesure où ils seraient parfaitement bien adoptés, sans trop de résistance par les acteurs locaux.

Au niveau global l’abondance d’information redonne un certain pouvoir et tend à privilégie les actions à distances, un pilotage plus serré. Les échelles d’opération deviennent plus grandes ainsi que leur variété. Un risque existe d’encombrement informationnel. C’est le cas de la grande distribution qui a déployé des moyens de collecte de l’information si grands qu’on se sait par quel bout les exploiter.

Une hypothèse plausible est donc celle de la substitution. Le reploiement des capacités d’apprentissage déterminerait l’apparition d’une autre organisation de la distribution. Il redonnerait du pouvoir au centre, et favoriserait ainsi l’application d’un marketing uniforme. En renforçant les capacités d’adaptation locale, en les munissant de cartes, de GPS, d’image radar, de toute sorte de représentation fine de l’environnement dans lequel ils évoluent, les forces locales pourraient multiplier leur performance. Cela suppose naturellement que le SI soit délibérément conçu pour cette fin. Notons de suite qu’une condition essentielle est l’autonomie (comme motivation). Préparé, éduqué, informé mais libre dans l’action. Pour peu que le système soit conçu pour contraindre les comportements15, il risque d’être purement et simplement rejeté. Une autre voie de réflexion peut être ouverte avec la hiérarchie des connaissances organisationnelles que rappelle Sinkula16. Une des questions posée par l’impact du CRM sur le processus d’apprentissage est celle de la profondeur. L’information reste factuelle, des modèles en donnent parfois une représentation plus abstraite. A première vue, on observe peu d’élaborations d’ordre élevée (connaissance de la connaissance) suscitées par ce type de système. C’est une connaissance principalement déclarative qui est produite. Un examen plus affiné, montrera cependant, que la mise en oeuvre de ces systèmes s’accompagne de nouvelles représentations ou modèles d’affaire 17.

Utiliser donc une analyse multiniveaux à l’avantage de mettre en évidence les possibilités de découplement des processus d’apprentissage, et devrait permettre d’identifier des configurations très différentes. Deux modèles idéaux qu'illustre la figure 1 peuvent être aisément identifiés.

Une illustration du premier modèle se trouve dans le secteur pharmaceutique avec le pilotage des forces de ventes. Ces dernières ne connaissent pas l’effet direct de leur effort, qui est mesuré indirectement par des sociétés d’étude telles que IMS et

15 Un petit exemple : les champ obligatoire à remplir qui conduisent au renoncement. 16 Sinkula, J.M. (1994), "Market Information Processing and Organizational Learning", Journal of Marketing, Vol 58, January, 35-45.Sinkula, James M., Baker, William, E. et Noordewier, Thomas (1997), "A Framework for Market-Based Organizational Learning : Linking Values, Knowledge and Behavior" Journal of the Academy of Marketing Sciences, 25 (Fall), 305-318. 17 Dans un cas observe par l’auteur, celui d’une banque qui développe un projet de CRM, on constate l’émergence corrélative d’une pratique d’affaire (le cross selling), et l’élaboration d’un cadre de pensée qui peut être présenté comme une quasi-théorie.

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communiquée aux chefs de produits. Ceux-ci sont ainsi en mesure de comparer stratégies et résultats et de réajuster. Les nouvelles actions seront lancées aux cours dês séminaires de vente et des formations. C’est un modèle taylorien dans sa plus simple expression. C’est un des modèles du CRM. C’est le cas de ce secteur.

Le second modèle développe une approche quasi écologique de l’apprentissage. Les connaissances se forgent sur une base locale dans la capacité des acteurs à associer des résultats à leurs actions, et donc à apprendre. Le rôle du niveau global vise à établir des normes en retenant et promouvant les meilleures pratiques, mais il est aussi de régénérer, de renouveler, de réorienter le flux des apprentissages.

Figure 2 deux modèles d'apprentissage organisationnel

Dans l’analyse d’un système CRM ces deux modèles correspondent bien pour le premier à cet idéal de tableau de bord qui distribue les objectifs en instituant l’instrument de mesure de leur réalisation. Il conduit même à une automatisation complète. Le second serait le cas d’un CRM qui s’offre comme un marché de l’information, une bibliothèque où chacun puise, mais que le bibliothécaire structure, complète, agence, développe. L’accent serait mis sur des interfaces utilisables, qui permettent à l’acteur local d’accéder à toutes les données dont il peut avoir besoin.

Le principe d’analyse adopté ici réside dans une perspective informationnelle marquée. On ne suppose pas que le système soit production de connaissance, mais simplement qu’il mette à disposition un certain nombre d’éléments qui permettent la connaissance. L’existence et la disponibilité n’assurent pas forcement que la stimulation soit effective. On pour ra d’ailleurs se poser la question de savoir si l’outil de CRM contribue à la formation des capacités absorptive 18 de l’entreprise ou en est constitutive.

Nous sommes passés rapidement sur la question de la nature de connaissance,

18 Cohen, Wesley.M et Levinthal, Daniel A. (1990), "Absorptive Capacity : A new perspective on Learning and Innovation", Administrative Science Quarterly, 35 (March), 128-152.

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tacite ou explicite. Les propositions de Takeushi et Nonaka 19 sont à ce titre précieuses pour comprendre comment le système peut refaçonner le processus d’apprentissage. Une des quatre conversions nous intéresse tout particulièrement. Dans l’hypothèse où un des effets de la mise en oeuvre du CRM est la formalisation et la codification des connaissances, le processus d’intériorisation devient un problème critères sur le plan local. Comment les informations fournies aux responsables opérationnels est intériorisées ? A quelles conditions le sont-elles ?

Une conclusion très provisoire de notre analyse est d’abord que l’on peut s’attendre à des effets non homogènes de la mise en oeuvre d’outils du CRM sur les processus d’apprentissage qui résulteraient d’effets différentiels sur le niveau global de gestion et le niveau local.

Une massification du contrôle : du contrôle à la surveillance Un deuxième effet général de l’introduction de solution CRM dans les systèmes

de gestion est une modification du système de contrôle organisationnel. En effet, le CRM peut aussi être envisagé comme un outil de contrôle20.

La vision traditionnelle21 oppose deux formes de contrôle : contrôle par les résultats, quand la mesure est possible, contrôle par le comportement, si le résultat est difficilement mesurable. Cette vision est une simplification de la pensée d’Ouchi22 qui préconise, s’il n’existe pas de corrélation forte entre les comportements et les résultats, une autre forme de contrôle fondé sur le partage de valeurs communes, le contrôle par la culture. D’autres auteurs23 ont identifié d’autres variantes ouvrant une perspective multidimensionnelle du contrôle. Une analyse par les finalités telle que celle proposée par Simons24 met en évidence différents mécanismes : systèmes de croyances, de barrières, de diagnostic et interactif. Qui assurent l’équilibre de l’organisation. La contribution de cette approche est la place accordée à la mise sous tension de l’organisation entre conservation d’un modèle, la stratégie, et sa remise en cause ; le lien avec la question de l’apprentissage émerge. Ainsi, la finalité de ce que Simons appelle système interactif de contrôle est de stimuler l’apprentissage stratégique par le débat et le dialogue.

Les trois catégories fondamentales d’une « théorie du contrôle » développée par Ouchi, mais éclairées par les réflexions de Simons, sont suffisantes pour notre travail : contrôle sur les résultats, contrôle sur les comportements, contrôle sur les valeurs. L’hypothèse générale est que les solutions CRM intensifie lê niveau de contrôle et surtout en redéfinissent les formes.

Sur l’intensité du contrôle celle-ci peut être observée de plusieurs manières. Il y

19 Takeushi et Nonaka (1995) Knowledge-Creating Organization, Oxford press 20Il s’agirait d’un outil parmi d’autres qui constitueraient, ensemble, le système de contrôle. Cette vision extensive du contrôle conduit à utiliser la dénomination de contrôle organisationnel plutôt que de contrôle de gestion dont la connotation est souvent très comptable. 21 Anderson E., Oliver R. L. (1987), “Perspectives on Behavior-Based Versus Outcome-Based Salesforce Control Systems”, Journal of Marketing, Vol.52, pp.76-88. 22 Ouchi W. G. (1979), « A conceptual framework for the design of organizational control mechanisms », Management Science, pp.833-848. 23 Macintosh N. B. (1994), Management accounting and control systems, Wiley 24 Simons R. (1990), « The role of management control systems in creating competitive advantage : new perspectives », Accounting, Organizations and Society, Vol.15, n°1/2, pp.127-143. et Simons R. (1995)

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a d’abord l’abondance des reporting produit, dans des secteurs tels que la vente cette production peut conduire à un contrôle plus serré, plus qualitatif. Le vendeur contrôlé auparavant par un niveau local d’activité peut faire l’objet sur observation au travers des différents segments qu’ils travaillent. Dans certains cas on voit apparaître aussi l’apparition de tableaux de bord prospectifs, où d’objet y ressemblant fortement.

Sur un plan qualitatif en reprenant l’analyse à deux niveaux ont s’aperçoit que tendanciellement les systèmes de CRM renforcent le contrôle sur les résultats et les comportements. Notons ici un risque Clair de conflit de rôle : en prescrivant les comportements souhaitables et en sanctionnant les résultats obtenus on peu obliger certains acteurs à ne plus savoir quel rôle jouer. C’est en quelque sorte le modèle du centre d’appel : contraint par les scénarios, obligé à la performance, le téléacteur peut vivre mal la situation. Cet effet attendu pose un problème considérable. En admettant que ces approches permettent de mesurer effectivement ce qui ne l’était pas, c’est l’organisation elle-même qui peut faire l’objet d’une re-conception. La métrologie embarquée de ces systèmes permet en effet d’une part de rendre mesurable des résultats qui ne l’étaient pas mais aussi de corréler les comportements aux résultats. Des choix doivent être faits, bien souvent délicats en matières de systèmes d’incitations, d’évaluation.

Sur un plan plus global on peut s’attendre un impact moins important sur les résultats et à un rôle neutre sur le contrôle par les comportements. En revanche, on peut penser que les solutions CRM peut nourrir profondément un contrôle par les valeurs. En imposant un environnement de travail unique, Des modes de pensées, des schémas d’analyses particuliers peuvent être favorisés et être justifiés par l’abondance des données. On peut aussi s’attendre à ce que la catégorie des systèmes de contrôles interactifs soit largement encouragée et développée.

Objet Local (opérationnel) Global ( Stratégique) Résultat Renforcement important Renforcement modéré Comportement Renforcement significatif Neutralité Valeurs Neutralité Renforcement important Figure 3 : effet du CRM sur les niveaux global et local de contrôle

L’articulation de ces deux types d’impact laisse se dessiner une configuration intéressante : un système de pilotage souple réactif qui induit une flexibilité stratégique et qui permet des apprentissages génératifs, et encadre de manière soutenue les activités développées localement selon deux modèles possibles : bureaucratique et libéral. Dans le premier modèle la délibération permanente du niveau stratégique peut contraindre fortement l’action des agents en leur imposant les comportements à tenir. C’est encore une fois le modèle du centre d’appel. Dans le second modèle possible, fondé sur les résultats, une autonomie totale peut être accordée sous une surveillance attentive destinée à éviter les déviations trop importantes des buts généraux, et soutenue par la distribution de ressources informationnelle. Le danger apparaîtrait dans le renforcement simultané de contrôles à l’échelle locale portant sur les résultats et sur les comportements.

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Proposition d’un modèle d’analyse

En posant la question de l’efficacité de ces systèmes, ou en d’autres termes de leur succès ou de leur échec, on arrive rapide à la version moderne de la théorie de la contingence celle du co-alignement stratégique25. Il n’y a pas de bonne stratégie, il n’y a pas d’organisation idéale, ni même de technologie décisive, le succès de la mise en oeuvre d’une approche CRM réside dans la cohérence de trois éléments : les stratégies de gestion de clientèles, l’organisation qui la met en oeuvre et les systèmes d’informations qui en définissent l’infrastructure.

Cette première hypothèse générale nécessitera pour être établie une meilleure spécification des caractéristiques d’un outil de CRM (richness, reachness, interactivité, ubiquité…) et une meilleure définition des stratégies de clientèles. Un premier apport devrait apparaître dans ce travail de spécification. Le second apport sera l’étude des modalités d’ajustement de certaines caractéristiques du SI aux caractéristiques de la stratégie client.

Cette hypothèse générale est cependant insuffisante. Si elle répond à la question des conditions de l’efficacité, elle ne répond pas à la question de la manière (comment ?). Même s’il y a adéquation entre la stratégie et les technologies, rien n’est vraiment dit sur la manière dont cette adéquation peut produire de la performance. Pour approfondir cette question, il est donc nécessaire d’examiner quelles sont les variables intermédiaires ou médiatrice de ces effets.

Depuis un certain nombre d’années la communauté de recherche en marketing développe une orientation de recherche qui considère le marketing comme une orientation de l’ensemble de l’organisation vers le marché. Les concepts d’innovativité et d’apprentissage organisationnel sont au coeur de cette orientation. Le succès proviendrait d’une capacité à s’adapter aux variations continues de l’environnement et d’y répondre par un flot continu d’innovations concernant aussi bien les produits que les services ou les modes de distribution. Flexibilité, dynamisme, réduction des cycles de produits, prééminence dês marques, intensité de la relation deviennent ainsi les paramètres clés de la réussite.

On comprend assez bien, que l’introduction du CRM dans l’entreprise peut avoir des effets favorables sur le triplet apprentissage-innovation–performance. En acquérant plus d’information sur les clients et leurs comportements, en la faisant circuler de manière plus large et précise dans l’organisation, on imagine aisément qu’une amélioration sensible de la réponse au client. Encore faut-il que l’organisation facilite ce processus, qu’elle encourage l’apprentissage. Encore faut-il que le système de CRM lui-ême le stimule. Ainsi imaginons une firme qui mette en place un système de CRM qui automatise certaines tâches. Un gain immédiat de productivité risque d’être obtenu, cependant le système risque de fonctionner à l’aveugle : l’automatisation permet de réduire le coût de traitement de la relation mais n’en assure pas l’efficacité (c’est-à-dire offrir ce dont le client à besoin). On peut s’attendre en revanche à ce que ces gains soient augmentés considérablement, si le processus n’agit pas seulement en termes de substitut, mais aussi en termes de support. Si l’automatisation de la tâche est accompagnée d’une production d’information destinée à l’agent humain, lui permettant

25 Venkatraman, N.. ""Performance Implications of Strategic Coalignment: A Methodological Perspective"." Journal of Management Studies March 1990.

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de prendre de meilleure décision, des résultats plus marqués, une plus grande efficacité sera obtenue. Nous tenons là notre seconde hypothèse.

Le fait que le CRM, en nourrissant d’information et de connaissances l’ensemble du personnel commercial, puisse améliorer l’efficacité générale de la politique commerciale, n’est pas la seule source de performance. L’esprit critique pourrait même relever que fournir une matière abondante pour aider à une meilleure réponse au client peut entraîner des effets pervers : d’une part la surabondance d’information peut provoquer la paralysie, mais surtout générer des comportements anarchiques de la part des acteurs et un affaiblissement de la stratégie générale. L’empowerment et l’enrichissement des tâches ont des vertus de motivation et de créativité, mais sont aussi un facteur de dispersion des activités. Chacun se sentant autonome, chacun poursuit sa propre stratégie, et l’ensemble peut présenter des contradictions. On imagine qu’un meilleur contrôle est nécessaire de manière corollaire.

Cette idée de contrôle doit être abordée ici en termes de contrôle organisationnel : dans quelle mesure l’organisation peut influencer le comportement de ses membres pour qu’ils agissent dans la direction souhaitée ? De ce point de vue, on peut considérer le CRM comme un instrument de contrôle. En créant des tableaux, une activité de reporting, en rapprochant actions et résultats, le CRM devient un instrument de surveillance, et permet d’articuler de nouveaux systèmes de contrôle. Une des conséquences les plus claires apparaît sous la forme d’un déplacement de contrôle fondé sur les comportements, vers un contrôle orienté vers les résultats. L’exemple du secteur pharmaceutique est édifiant : alors que les vendeurs (les délégués) sont généralement payés de manière fixe car leur résultats ne sont pas connus (il n’y a pas de bon de commande), l’introduction de systèmes CRM permet de rapprocher au niveau des bases de données l’activité des vendeurs, aux performances de la marque à un niveau géographique fin. Il devient possible alors d’envisager (sur un plan technique) des rémunérations liées à la performance. L’introduction d’un système CRM conduirait ainsi à une reconception nécessaire des systèmes d’incitations de sanction et de contrôle. Nous tenons ici notre troisième hypothèse.

La dernière hypothèse est évidente et se déduit des précédentes : dans la mesure où le système de CRM peut d’une part conduire à une transformation des systèmes de contrôle, d’autre part accroître la capacité d’apprentissage, il importe que cette double évolution soit convergente. L’inadéquation du nouveau processus d’apprentissage et du nouvel environnement de contrôle pourrait ruiner les gains primaires obtenus par l’économie sur les transactions réalisée par l’outil de CRM (automatisation), les gains obtenus par une meilleure capacité d’apprentissage et ceux obtenus par une meilleure orientation du travail commercial. L’ensemble de ces hypothèses constitue un cadre de travail résumé dans la figure suivante.

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2. Conclusion

Le cadre d’analyse que nous venons d’esquisser a pour finalité essentielle de structurer un questionnement, de guider l’observation, de relever les points critiques.

Ceci ouvre une voie intéressante de réflexion quant aux rapports entre processus d’apprentissage et système de contrôle26. Certains système inhibent l’apprentissage (système bloquant) d’autres le stimule l’encourage. Les premiers canalisent l’action dans des directions définies, les seconds obligent les acteurs à définir les directions. Dans l’autre sens on peut examiner comment le produit des apprentissages est mobilisé par les systèmes de contrôle, définissant ainsi une typologie de modèles organisationnels telle qu’elle apparaît dans la figure suivante :

26 Idée effectivement peu explorée dans la littérature. Une thèse soutenue à Pau par Julien Batac explore cette voie dans le cas d’une banque régionale.

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Nous ouvrons ainsi dans cette contribution de nombreuses questions, mais nous sommes persuadés que le schéma interprétatif proposé s’avérera fécond, son avantage immédiat étant de classer les principaux problèmes et hypothèses relatif au succès de l’implémentation de ces systèmes. Au-delà de la question du fit entre stratégie de clientèle et système d’information se posent trois questions simples : comment le CRM stimule-t-il les apprentissages du marché par l’organisation à la fois sur le plan opérationnel et sur le plan stratégique ? Comment affecte-t-il la nature et l’intensité du contrôle organisationnel ? Quelles interactions entre système de contrôle et processus d’apprentissage risquent de se développer ?

Reste une question de fond qui a été abordée dans ce texte de manière allusive : la question de l’organisation, et notamment la question de l’autonomie des équipes de gestion locales. Cette variable peut apparaître comme un élément clés dans l’analyse de ces effets sur la performance.

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Recebido em/Manuscript first received: 06/06/2006 Aprovado em/Manuscript accepted: 13/09/2006 Michael G. Alles, Associate Professor, Rutgers Business School, Department of Accounting & Information Systems, Ackerson Hall # 300P, 180 University Avenue, Newark, NJ 07102-1897 (973) 353 5352 (W) E-mail: [email protected] Fernando Tostes, Professor Adjunto, Universidade do Estado do Rio de Janeiro, Brasil, E-mail: [email protected] Miklos A. Vasarhelyi, KPMG Professor of AIS, Rutgers University, Director Rutgers Accounting Research Center, 315 Ackerson Hall, 180 University Avenue, Newark, NJ 07102 E-mail: [email protected] Edson Luiz Riccio, Prof. Livre Docente, School of Economics, Business and Accounting, Av. Prof. Luciano Gualberto, 908, São Paulo/SP, Brazil E-mail: [email protected] ISSN online: 1807-1775 Publicado por/Published by: TECSI FEA USP – 2006

CONTINUOUS AUDITING: THE USA EXPERIENCE AND CONSIDERATIONS FOR ITS IMPLEMENTATION IN BRAZIL Michael G. Alles Rutgers Business School, U.S.A Fernando Tostes State University of Rio de Janeiro, Brazil Miklos A. Vasarhelyi Rutgers Business School, U.S.A Edson Luiz Riccio University of Sao Paulo, Brazil

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ABSTRACT Continuous Auditing, broadly defined as the transformation of internal and external auditing through the application of modern information technology, is being increasingly adopted by firms throughout the world. Organizations ranging from Siemens, HCA, the Royal Canadian Mounted Police, BIPOP Bank and the Internal Revenue Service are developing tools and practices that will bring assurance closer to the transaction and reduce through automation, the cost of auditing. A June 2006 PricewaterhouseCoopers survey finds that 50% of U.S. companies now use continuous auditing techniques and 31% percent of the rest have already made plans to follow suit. In this article we introduce the concepts of CA to a Brazilian audience and discuss its further application there.

Keywords: Continuous Auditing, CA, Auditing, Implementation, Brazil

Alles, M., Tostes, F., Vasarhelyi, M.

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Introduction

The acceleration of information flows and the availability of online real-time enterprise systems had prompted the accounting profession to reconsider what an audit means and how it is carried out. It is now widely believed that the traditional annual audit where the auditor issues ex-post opinions is a relic of a pre-digital age. The shortcomings in the financial reporting and auditing system exposed by such scandals as Enron and Parmalat have both illustrated the importance to a well functioning economy of effective auditing, and exacerbated concerns that the way in which auditing is carried out has to be brought up to date to match the complexity of today’s technology enabled global companies.

As a consequence, firms around the world are moving to providing at least some forms of assurance closer to the event in a way that, significantly, has become routine in the financial sector. When banks, traders and credit card issuers face transaction flows running into the billions of dollars on a daily basis, the cost of delay in providing assurance becomes intolerable. That same logic is now transitioning to the non-financial sector as advances in technology reduces the cost of continuous assurance, while the demands of 24/7/365 processes—not to mention, stricter regulation—necessitate tighter controls. As Elliot (1997 p. 64) states: “On-line reporting based on databases updated in real time will be less wedded to current protocols for periodicity, creating a parallel evolution toward continuous auditing. Continuous auditing may lead to continuous reporting that supplements and eventually replaces the annual audit report. To audit effectively in these environments, auditors will use electronic sensors, software agents and computerized audit programming models.”

Continuous assurance (CA) is technology-enabled auditing which produces audit results simultaneously with, or a short period of time after, the occurrence of relevant events1. In comparison with the traditional financial statements audit, CA aims to be more timely, comprehensive, accurate and less costly.

CA is an outcome of a fundamental transformation in business operations and control. Thus, the digitization of the firm through the widespread use of ERP systems, bar coding, radio ID (RFID) chips and automated transaction recording makes it cheaper and easier to gather data at an unprecedented level of detail and with very little time lag from the transaction. In particular, the unique and unprecedented characteristic of such ERP’s as SAP™ is that they seamlessly integrates and automates business processes to achieve real time information flows. Since CA is progressively being built upon the firm’s underlying ERP system, CA inherits these characteristics. However, CA only achieves its full power, when it takes full advantage of this ability to automate business processes and integrate information flows to develop new real-time analytic procedures far more sophisticated and all-encompassing than anything in use currently.

CA is now beginning to transition from the future of auditing to the practice of auditing. Firms around the world are starting to implement systems that have recognizably CA in their characteristics. A June 2006 PricewaterhouseCoopers survey finds that 50% of U.S. companies now use continuous auditing techniques and 31%

1 Extracted from the CICA/AICPA Research Study on Continuous Auditing, 1999.

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percent of the rest have already made plans to follow suit.2 Given the technological basis of CA, perhaps the best metric of the mainstreaming of continuous auditing is the 76,000 hits that the term generates on Google.3 Official centers for CA exist in both the United States and the European Union, with practitioners and vendors (such as SAP, ACL, Caseware and Approva) now outnumbering academic researchers as attendees at the bi-annual global CA conference. Those practitioners include representatives of the major audit firms all of whom have ongoing CA initiatives.

Clearly CA is much more than a technological tool, or even a simple evolution in auditing methodology. CA has the potential to fundamentally change not just the way in which auditing is carried out, but its role in the operation of the firm and the relationship of the auditor with the firm. Such a change will necessitate equally fundamental changes in the regulatory and legal environment within which auditing is undertaken. In the remainder of this paper we first discuss the development of CA and emerging literature in the subject. We conclude with an examination of the state of CA in Brazil.

Development of CA

Vasarhelyi and Halper (1991) first proposed taking advantage of online technology and modern networking to bring auditing closer to the operational process. This paper was not a conceptual piece, but a report on an actual implementation of a monitoring and control process used on billing data at AT&T. Despite this working example of CA, it took until 1999 before the accounting profession, in the form of joint committee of the AICPA and the CICA, took up the issue of CA, describing it in the following way:

“A continuous audit is a methodology that enables independent auditors to provide written assurance on a subject matter, for which an entity’s management is responsible, using a series of auditors’ reports issued virtually simultaneously with, or a short period of time after, the occurrence of events underlying the subject matter.” (CICA/AICPA Research Study on Continuous Auditing, 1999).

The definition of continuous auditing in the CICA Research Report is appropriate for an assurance engagement in which the auditor provides a report for third party users. Continuous assurance consists of any of the methods used by auditors to perform auditing on a more continuous basis and does not require that a report on the results of the audit be prepared. Alternatively, continuous assurance may be defined as a process that continually tests transactions and controls based upon criteria prescribed by the auditor and identifies anomalies (exceptions) for the auditor to perform additional procedures. This definition recognizes that while continuous monitoring is viewed as a management function, auditors may likewise perform a continuous monitoring function of the internal control environment (i.e., have a process in place to continually test management’s monitoring processes of internal controls).

Brown et al (2006) reviewed the continuous auditing literature and found a dynamic literature with over sixty papers discussing a wide range of topics and

2 CFO.com, June 26, 2006 3 As at 9/13/2006

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approaches, which can be classified into six major categories: 1) demand factors, 2) theory and guidance, 3) enabling technologies, 4) applications, 5) cost benefit factors, and 6) case studies.

The issues discussed relative to demand factors included: the increasing complexity and data-intensiveness of the business environment, the existence of more electronic transactions (EDI etc), the ever increasing usage of outsourcing, value chain integration, web based reporting and the users desire reliable information to be disclosed more frequently, more timely and in more detail, XBRL based reporting, and the fact that Sarbanes-Oxley (section #409) prescribes a progressive movement towards “real time reporting.”

As impediments, Brown et al drew attention to the discussion of independence issues (Alles et al 2002) such as who will pay for the large start up costs and who owns work product. Furthermore, the same article suggests considering the difficulties that stagnant legislation and the negative entropy of socio-economic systems poses in slowing the adoption of CA. Under theory and guidance, Brown et al cited articles describing the concepts, proposing a framework and research agenda, providing substantial implementation guidance, discussing implementation challenges, etc.

Vasarhelyi et al [2004] discuss the enabling technologies including statistical methodologies such as belief functions, neural networks as well as technologies form the computer sciences such as database expert systems, intelligent agent and especially technologies for tagging data to facilitate transmission and comparison, most notably XBRL and XBRL-GL. In the applications domain, case studies now exist of CA implementation, such as the pilot implementation of the monitoring and control layers for continuous monitoring of business process controls [Alles et al 2006], the formerly mentioned Continuous Process Auditing System (CPAS) developed at AT&T Bell Laboratories [Vasarhelyi and Halper, 1991], the FRAANK – Financial Reporting and Auditing Agent with Net Knowledge agent for finding text on EDGAR filings [Kogan et al 200xxx], and advanced analytics at HCA [Alles et al 2006b].

There is also an emerging literature of product descriptions in the application domain such as AuSoftware (that checks controls and audit issues at the most distributed levels in very large enterprises, tracks the effects of consolidation and reconciliations on data anomalies), SQL Remote Guard (continuous monitoring and auditing of remote database access activity), and Audit Command Language (ACL) (used for file interrogation, which enables direct access to computerized client data.

The final category of cost benefit issues deals with possible paths along which continuous assurance will evolve, long run operating cost of running database audit, benefits of timely discovery of errors, omissions, and defalcations, cost-effectiveness of automated, software-driven audit procedures, discussion of economic feasibility of continuous audit, an experimental market and laboratory experiment for Continuous Online Audit (COA), and nine benefits of continuous business assurance analytics. We then turn to the drivers of CA, the various flavors in which CA arises and the impact of regulation in the United States—especially the Sarbanes-Oxley Act of 2002—in driving demand for CA.

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Drivers of CA

The essence of continuous auditing is that it decreases the latency between

management operations and the provision of assurance. In the past managers had access to data that was far more detailed and obviously timelier than the auditor, who came into the picture only at the year’s end. But the technology that underlies CA, especially ERP systems, allows auditors to see the same data as managers and at the same time—or even earlier, given their expertise in process monitoring. This has profound implications for whether auditing is seen as a device for ex-post verification or as a means of real-time monitoring. What is clear is that CA will lead to auditors having access to streams of data that they never could obtain cost-effectively before and audit methodologies will have to adapt to this explosion in the magnitude, level of disaggregated detail and timeliness of data.

CA extends the analytical methods of traditional auditing by examining continuous flows of data, with models of system behavior used to establish expectations for data content. Monitoring the content of a firm’s data flow focuses on examining both exceptional transactions and exceptional outcomes of expected transactions. CA software will continuously monitor company transactions, comparing their generic characteristics to observed/expected benchmarks, thus identifying anomalous situations. When significant discrepancies occur, alarms are triggered and are routed to the appropriate stakeholders. An example of innovative banking regulation using CA is the provision of real-time audit facilities by the Italian bank, BIPOP to the Italian Central Bank.

While the “electronization” of business processes (Vasarhelyi and Greenstein, 2003) has been actively pursued for several decades, and the implementation of modern ERP systems for over a decade, auditing has been slow to adapt to these environmental changes. First, the electronization of business processes was simply ignored with “auditing around the computer”: whatever information was needed was extracted on paper, an approach still in use to a surprising extent. Subsequently, the auditors started utilizing the new information technology with “auditing through the computer”. However, this process at the best automates standard audit processes and procedures, by using computer productivity tools (e.g., MS Office), and computer-assisted audit techniques (CAAT) that are basically data analysis software. This approach is limited because on the one hand, it does not take advantage of the new technological possibility to automate and integrate various audit processes and procedures, and on the other hand, it does not provide sufficient response to the new challenges of auditing a modern digitized corporation.

Consequently, there is a direct analogy between the automation and integration of business processes and the deployment of ERP systems on the one hand, and the automation and integration of audit processes and the deployment of continuous auditing systems on the other hand. The relationship between ERP and CA extends to lessons on their implementation. ERP has been dogged by the cost and complexity of its implementation, which is a reflection of the fact that it is much more than a technology. Integration of information flows can only proceed when the underlying business processes are also automated and integrated and have achieved a consistency in purpose

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and operational practices. As Hammer [1990] predicted, the full benefit of technology only comes about when it is used to completely rethink processes, rather than simply being used to automate what was previously done manually. But ERP goes one step further, by forcing businesses to adapt their processes to the needs of the ERP system, rather than following a “clean sheet” approach where business processes are first reengineered and then the enabling technology is obtained. It turned out to be simply too costly to develop fully customized integrated information systems for different firms and so ERP essentially became “one-size fits most”.

Such issues arise with CA systems, both with regard to the need for customization, and more importantly, about how it will force auditors to analyze and reengineer their audit processes. This has profound implications for the way in which auditing is carried out and the scope of the impact that CA will have on audit practice. CA will first be used to reduce the cost of current audit procedures or to assure processes that cannot easily be assured by traditional methods. But the ERP analogy suggests that it will take time before the investment in the implementation of CA will start paying off. However, once CA reaches a critical mass the technology will itself begin to drive audit methodologies, leading to a true reengineering of audit processes. This will have a transformational effect, especially given that much audit practice remains rather idiosyncratic, and has not been subject to formalization and process analysis, let alone reengineering, thus far. The work with Siemens discussed in Alles et al [2006], puts these issues into practice.

The Traditional Audit vs. the Continuous Audit

The distinction between continuous assurance and the concept of continuous

auditing and how both differ from the traditional audit has occupied an excessive amount of space in the academic literature, but significantly, not in practice. (Vasarhelyi and Halper, 1991; Vasarhelyi et. al, 1991; Rezaee et al, 2002). Alles et al [2002] define continuous auditing as the application of modern information technologies to the standard audit products, be they the mandated annual audit opinion or internal auditing for control. Continuous auditing is another step in the path of the evolution of the financial audit from manual to systems based methods. The literature on continuous auditing can restrict itself to technical matters, working under the assumptions that the demand for the mandated audit is a given and that the emerging technologies will be adopted because they are cheaper and more effective than current audit methods. By contrast, continuous assurance sees continuous auditing as only a subset of a much wider range of new, non-statutory products and services that will be made possible by these technologies. In particular, an important subset of continuous assurance is what Alles et al [2006] call “Continuous Control Monitoring” which is the application of technology to the continuous control of business processes. This is often driven by management needs, as opposed to the requirements of external auditors, and typically carried out by internal audit that faces no independence issues with the firm. In practice all forms of this emerging technology driven audit model can be subsumed under “CA”, for as the field matures, definitions start to matter less than application and value creation.

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The process of audit changes substantially when CA is put in place. Significant upfront planning is required in a CA environment to address both manual and automated controls and the substantive tests necessary to provide assurance to the auditor that amounts are fairly stated on a real-time basis. Rules on exception coping must be created, the fact that the frequency and nature of evidence is changed must be taken into account, as well as the most important change of all, that assurance is demanded and provided on a less periodic schedule.

Control testing and transaction testing become entwined with little distinction. For example, in testing a transaction in a continuous basis, the automated controls surrounding the transaction will be an integral part of the audit procedures. In other words, as each transaction is tested, its automated controls will likewise be tested. The notion of compliance testing and reliance on controls will take different meanings in a continuous audit environment.

With CA procedures being applied to corporate business processes, auditors will rely heavily on exception reporting of audit results. In this environment, alarms will be necessary to alert auditors to rising exceptions during the continuous testing to enable auditors to take timely address. To provide timely evidence both financial and, to a greater extent, non-financial data will be subjected to audit tests. Analytical procedures will not only encompass traditional analytics, but will include a more advance set of analytics incorporating predictive modeling. For instance, key Performance Indicators (KPIs) on operations will become part of auditors’ analytical toolkit.

The Impact of US Regulation on CA

The confidence crisis created by Enron, WorldCom, and others has turned a

spotlight on corporate governance and corporate reporting. Not only is the accuracy of the financial statements questioned, but also concerns have arisen over the privacy and security of information technology systems. In response, the US congress passed the Sarbanes-Oxley Act in 2002 and the SEC has subsequently issued rules and regulations to supplement the Act, which are viewed as necessary reforms to restore the public confidence in a public reporting by corporations in the America.

Section 404 of the Sarbanes-Oxley Act required the SEC to establish rules mandating that annual reports of publicly-held companies should include a statement that: (1) acknowledges management’s responsibility for establishing and maintaining an adequate system of internal controls and procedures for financial reporting; and (2) provides an assessment of the effectiveness of internal controls and procedures for financial reporting.

In August 2002, the SEC issued rules to comply with the Sarbanes-Oxley Act. These rules required that the chief executive officer and the chief financial officer sign and include in annual and quarterly SEC filings a certification that these individuals:

• Are responsible for establishing and maintaining the disclosure controls and procedures;

• Have evaluated the effectiveness of such controls and procedures within 90 days of the date of the SEC filing;

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• Have disclosed to the Audit Committee all significant internal control design or operation deficiencies that could adversely affect the issuer's ability to record, process, summarize and report financial data;

• Have identified to their external auditors any material weaknesses in internal controls; and

• Have presented their conclusions on the effectiveness of those controls and procedures (SEC 2002).

Section 409 was also included in the August 2002 SEC rules to specify “real-time reporting” as a requirement for the acceleration of periodic Security Exchange Act of 1934 (Exchange Act) filings (e.g., quarterly report Form 10-Q and annual report Form 10-K). Using a phased process, the rules will eventually require public companies to file annual reports within sixty days of their year-end and quarterly reports within thirty-five days of the end of the quarter. Ultimately, a continuous monitoring/auditing process will greatly enhance the company’s ability to comply with these accelerated reporting requirements and the wording of section #409 may be interpreted requiring also closer to real time reporting.

In June 2003, the SEC issued rules for implementing Section 404 of the Act. These rules established the requirements for management’s report on internal control over financial reporting and the certification of disclosures in filings under the Exchange Act. The annual report requires management to state:

• Its responsibility for establishing and maintaining adequate internal controls over the financial reporting process;

• The framework (e.g., COSO) used to evaluate internal control;

• The effectiveness of internal control during the year for which the report is issued;

• The issuance and attestation of the external auditor on management’s assessment.

Chief financial officers and information technology (IT) executives consider Section 404 of the Sarbanes-Oxley Act as the most critical part of the Act. Companies are concerned about whether they have appropriate internal controls and financial processes in place to comply with the Act. Hence they are willing to invest in technology solutions (e.g., business performance management solutions, internal compliance dashboards/portals; enabling workflow; replacing/upgrading finance systems; and consolidating ERP systems) to improve compliance with the Act.

Some have argued that the Act created a greater demand for continuous auditing. They contend that continuous auditing will facilitate the overall evaluation and testing of internal controls over financial reporting and provide the necessary assurance to the key executives for making the Section 404 certification. Anecdotal evidence suggests that because of the Section 404 certification requirements, the benefits of continuous auditing will greatly exceed its costs. Since compliance with section 404 has initially been interpreted as the requirement of well documenting internal controls, firms have engaged largely manual efforts either by their staffs or by contracted third parties to perform these duties. Once this task was completed they came to the realization that

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some form of an integrated view of the control environment was necessary, which leaded to the evolution of many software tools and methodologies. Vendors such as Approva and Virsa emerged as leading suppliers. However, these tools albeit of value, still do not come to fully support assessing and supporting a quantitative evaluation of internal controls. In the future world of auditing, internal controls are to be continuously monitored and the result of this monitoring impounded on an ongoing opinion of the data/processes and organizations being monitored.

The New York Stock Exchange (NYSE) and the National Association of Securities Dealers Automated Quotation (NASDAQ) issued governance requirements for listed companies that were approved by the SEC in November 2003. The Financial Executive Institute (FEI), the American Institute of Certified Public Accountants (AICPA), and the Institute of Internal Auditors (IIA) continue to provide guidance to their memberships on governance, compliance with the statutory requirements of the Act, and fraud detection.

In summary, the Sarbanes-Oxley Act and its supplements together with the exchanges’ requirements have created an environment requiring companies to develop and implement processes that provide assurance to the senior management so that the internal control systems over financial disclosures are in compliance with the Act. Given that management have to certify within 90 days of an SEC filing that these control systems are adequate and external auditors will be required to attest annually to management’s representation, these processes should be monitored continually to provide that assurance. Auditors will be required to develop audit procedures to test these new management processes. Therefore, this environment should create more demand to move to a CA environment.

While from published evidence the US seems to have been leading the emergence of CA, the US environment and its regulations also somewhat deterred, or at least deferred its implementation:

• The highly litigious US economic environment makes firms hesitant to engage in voluntary disclosures or to experiment with new reporting and audit models.

• Audit firms do most of their billing by hours worked and have limited motivation to evolve to a less labor intensive more technology intensive audit model. This problem is not confined to the US, though some practitioners claim that they are now more open to different billing models that are more consistent with the high fixed cost/low variable cost characteristics of CA.

• Section # 404 of the Sarbanes Oxley Act has substantially drained the resources of large US corporations and their attention from financial innovation leaving little place for and energy for continuous reporting or auditing. With increasing evidence the workload and cost of 404 decreases substantially after the first year or two, the environment is likely to become more conducive to CA.

• The same litigious environment has limited the disclosure of non-financial data that can substantially enrich the ability of companies to perform analytic monitoring

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Despite encouraging signs of greater openness, it is clear that leadership in the implementation of CA can profitably come from places other than the US, from countries where the environment may be more propitious for the evolution of the new business model inherent in continuous auditing. In the next section the environment and prospects for CA in Brazil are discussed.

CA in Brazil

The major source of knowledge and dissemination on the subject has been the

University of Sao Paulo, through the School of Business and Information Technology. In June of 2006, the school hosted the 11th World Continuous Auditing Conference.CONTECSI The seminars and workshops promoted by the school attract large numbers of executives as well as professors from business schools of other parts of the country. Some of these participants have started to use US consultants to study the impact and cost of implementing CA in their companies.

But the reality is that CA is still in its infancy in Brazil, which is partly due to the lack of Portuguese language CA literature. A more fundamental barrier is that in general, Brazil lacks audit and auditors. For example, there is only one independent auditor for every 25,000 people in Brazil, whereas in the Netherlands there are one for every 900, in England one for every 1,300 and in the US, one for every 2,300. In almost every developed country a significant percentage of companies are audited. But in Brazil, only 3,000 out of almost 4.5 million companies are subject to compulsory audits (Marion, 2003).

As a consequence, instances of Continuous Audit are not public in Brazil. Very few executives, even from the major audit firms, know what CA is. The Latin American president of one such firm confused CA with Global Audit (Auditoria Integral) – the evaluation of management policies in general management, including finance, marketing, sales, HR, accounting, etc. Less than a dozen corporations are trying to implement CA.

A few reasons may account for this low penetration of CA among Brazilian executives: First, is the perceived cost of implementing CA and the lack of publicly available case studies of successful CA implementations. The second barrier is the lack of consultants capable of helping companies to implement CA. In a survey Tostes (2006) showed that the few external auditors in Brazil who have heard of CA, consider it a helpful instrument for internal auditors. In other words, it was not their turf, and hence, they had no particular interest in pushing the concept. And third, the technology is new and has not been widely implemented in the US and Europe, let alone in Latin America.

The government could benefit the most with the new technology, for it still dominates large sectors of the economy, particularly the oil industry through Petrobras and it owns such leading banks as Banco do Brasil and Caixa Economica. It also manages other sectors of the economy involving large bureaucracies, such as the postal service, health service, social security system, the Income Secretary (analogous to the IRS), the armed forces, and an array of other social services directed toward the poor population, which involves millions of payments on a monthly basis.

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On the private front the sectors of Banking and Telecommunications are more prepared to use CA. They have the advantage of a well educated staff and ample resources. The banking industry is more advanced in Brazil than most emerging countries. This success was caused by four decades of high inflation (never below 100% a year), during which they paid relative low real interest rates on demand deposits. After the Real Plan, when inflation was brought down to a level below 8% a year, the interest rates continued to be high, in the range of 25%. These factors made the banking sector the most profitable of the Brazilian economy. Some of the banks were unprepared to operate in a lower inflation rate, and in mid nineties the Central Bank closed several. Inflation is now at 4,5% but interest rates paid by the government are in the range of 15% annually.

These banks employ large IT systems and their staff is well prepared to understand and implement new technologies such as CA. A few of these large banks have more than 3,000 branches. Each branch of the bank, no matter how small, is prepared to sell any of the products commercialized by the conglomerate. They count with the support of IT departments that automatically execute the routines of issuing the proper invoices and bookkeeping entries at each specific legal entity. Today there are approximately 70 banks, 10 of which concentrate more than 60% of the financial assets. A typical “bank” is in reality a financial conglomerate involving a dozen separate legal entities, each with a different commercial activity — merchant banking, investment banking, asset management, insurance, pension fund, health plans and so on.

The other Brazilian sector which can take advantage of CA is telecommunications. Until 1996 the industry was centralized in the Telebras System– operated by the federal government vertically integrated and organized in several subsidiaries that provided their services through a net that connected the whole country. The system never worked well, because the state companies became electoral feuds of the respective governors who boosted operating costs by saturating them with excess employees to the detriment of capital investment. CSN, a metallurgic company had 17.000 employees before being privatized; today it produces twice as much with one third of the staff. A single line of a mobile phone could cost US$3,000 and the price of a fixed line varied between US$500 to $2,000. The restructuring of the system began with the privatization of the Telebrás. A small number of factors made this particular process succeed. First, Brazil benefited from learning the experience of other emerging countries that had made similar decisions. Second, the process was made in six stages, including changes in the Constitution, the issuance of new laws contracts for the coming new private companies and a detailed design of a new institutional model. This model included the creation of an independent regulatory agency, ANATEL, monitor and control the new companies. The objective was to build an economic sector with companies sufficiently large to generate plenty of cash and make the necessary investments in every region of the country. (Pires, 2000) When the privatization was completed, each carrier inherited a set of old companies with outdated equipment, excess people, some with rampant frauds, with large tax liabilities, and who did not pay any dividends. Within a short time they needed to increase tariffs and invest large sums of money to solve those problems and avoid the fate of the discredited privatization movement pursued by the opposition party. The new plan was well designed and executed in most sectors of the economy. Telecommunication and Metallurgy are

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operating efficiently, are profitable, have plenty of cash and pay taxes on a regular basis. The only exception is the Energy sector.

Even with the increase in supply, telecommunication is the sector which experiences the greatest number of consumer complaints errors in their monthly statements. It indicates a lack of good internal controls and poor quality of software design systems, fields where Continuous Audit could give a positive contribution.

In addition to banking and telecommunications there are other large companies in every economic sector that could benefit from CA technology. Almost every one of these has an SAP system implemented to help manage their operations, which is the essential prerequisite for CA. The lack of auditors and the rapid changes in its business environment could certainly be perceived as barriers to the implementation of CA in Brazil. But just as much, these factors can also be seen as increasing the demand for the automated and more effective assurance that CA promises.

Conclusion

This paper defined continuous audit, discussed its evolution and state-of the art and compared it with the traditional audit. CA is a dramatic change in the conceptualization of audit, and together with other forms of assurance it will provide third party attestation and guidance for monitoring of transactions, processes and controls in the future. US regulation has been both a motivating force and a form of hindrance to the development of CA. These environmental constrains may provide an opportunity to its flourishing in other countries and environments. While CA is still incipient in Brazil, it offers substantial promise for CA.

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Revista de Gestão da Tecnologia e Sistemas de Informação Journal of Information Systems and Technology Management Vol. 3, No. 2, 2006, p.225-255 ISSN online: 1807-1775

[1] Edson Luiz Riccio, Professor Livre Docente da FEA USP, é diretor do TECSI/FEA/USP e coordenador do 3º CONTECSI [2] Marici Gramacho Sakata, Doutoranda e Mestre em Ciências da Comunicação pela ECA/USP e pesquisadora do TECSI FEA USP, Brasil

3º CONGRESSO INTERNACIONAL DE GESTÃO DA TECNOLOGIA E SISTEMAS

DE INFORMAÇÃO

31 de Maio a 02 de Junho 2006 USP/São Paulo/SP

Brasil

3rd INTERNATIONAL CONFERENCE ON INFORMATION SYSTEMS AND TECHNOLOGY MANAGEMENT 31 May to 02 June, 2006 USP/São Paulo/SP Brazil

RESULTADOS DO 3º CONTECSI

Prof. Dr. Edson Luiz Riccio (1) MSc. Marici Gramacho Sakata (2)

e Colaboradores ** ** Contribuíram para este relatório os seguintes professores/moderadores de sessão: Adalberto Fischman, Adilson Yoshikuni, Adolfo Alberto Vanti, Ana Alice Vilas Boas, Antonio Balloni, Antônio Maurício Pitangueira, Armando Malheiro, Cristina Dai Prá Martens, Dierone César Foltran, Edson Luiz Riccio, Fernando Alexandre Rodrigues Gamboa, Fernando José Barbin Laurindo, Fulvio Cristofoli, George Leal Jamil, José Alfredo Ferreira Costa , Jose Alonso Borba, Jose Jesus Alcazar, José Rodrigues Filho, Joshua Onome Imoniana, Julio Cunha, Jussara Pimenta, Leonardo Nunes Ferreira, Luc Quoniam, Maria Aparecida Gouvêa, Marta Camargo, Mauricio Pereira, Miguel R. Trigo, Nelma Terezinha Zubek Valente, Oscar Dalfovo, Pedro Nolasco Bonillo, Rejane Maria da Costa Figueiredo, Ricardo Leonardo Rovai, Ruthberg dos Santos, Sergio Gozzi O 3º CONTECSI

Procuramos reconstruir neste documento os momentos que mais se destacaram no 3º CONTECSI – International Conference on Information Systems and Technology Management - Congresso Internacional de Tecnologia e Sistemas de Informação, realizado nos dias 31 de Maio a 02 de junho de 2006 pelo TECSI/EAC/FEA/USP na Universidade de São Paulo. O propósito é documentar o evento e divulgar o resumo das sessões e palestras a todos, incluindo nessa divulgação os que não estiveram presentes.

Todo esse esforço pôde ser concretizado com o auxílio de todos os envolvidos. Todavia salientamos o apoio dado pelas agências de fomento CAPES e BNDES – Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social. Também da CONSIST – Consultoria, Sistemas e Representações Ltda., ISACA, ACL, KPMG, CaseWare, Projeto FEA 60 anos e FIPECAFI. Para a divulgação do evento também colaboraram o ANPAD, CenPRA, Anefac, e diversas instituições de ensino superior do Brasil.

A FEA – Faculdade de Economia Administração e Contabilidade e a Universidade de São Paulo sediou o 3º CONTECSI e recebeu congressistas de diversos Estados do Brasil e de vários outros países no ano em que a FEA/USP comemora seu 60º aniversário. O 3º CONTECSI este ano teve uma abordagem ainda mais abrangente, mantendo sua principal característica, iniciada no 1º

TECSI EAC/FEA/USP

Riccio, E.L., Sakata, M. G.

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CONTECSI, de ser um evento interdisciplinar e internacional.O CONTECSI é um evento classificado pela QUALIS – CAPES e vem crescendo ano a ano em número de trabalhos e participantes. Pelas suas características, o CONTECSI proporciona excelentes oportunidades para o desenvolvimento de importantes colaborações entre membros e instituições, explorando a diversidade de perspectivas e propiciando renovado entusiasmo na troca de experiências entre acadêmicos e profissionais.

Neste ano o CONTECSI contou com a colaboração de grupos internacionais de pesquisa associados ao TECSI, a saber: grupos de Ciência da Informação da Universidade do Porto, Portugal e da Université du Sud Toulon-Var, França, grupos de sistemas e gestão da informação empresarial da França e da Universidade de Chonnan National University, Coréia.

O 3º CONTECSI teve o privilégio de apresentar concomitantemente o 11º

WCAC - World Continuous Auditing Conference executado pelo laboratório associado ao TECSI, o CARLAB – Continuous Auditing Research Lab, da Rutgers Business School The State University of New Jersey, com importantes trabalhos no campo da aplicação da tecnologia e sistemas de informação no controle empresarial. Coordenação: Prof. Dr. Edson Luiz Riccio - FEA USP - 3º CONTECSI Prof. Dr. Miklos Vasarhelyi – Rutgers School of Business – State University of New Jersey - EUA– 11th WCA Apoio a Organização: MSc. Doutoranda Marici Gramacho Sakata (ECA e TECSI FEAUSP), Sthefan Berwanger (TECSI-FEAUSP), MSc. Nelma T. Zubek Valente (UFPG) Participantes: O 3º CONTECSI contou com 232 participantes, em sua maioria professores e pesquisadores, além de mestrandos e doutorandos. O evento também contou com a presença de profissionais e alunos de pós-graduação latu sensu. Recursos: O 3º CONTECSI foi realizado com o apoio da Rutgers School of Business – State University of New Jersey - EUA, CAPES, BNDES, Projeto FEA 60 Anos – USP, Rutgers University, EUA, além de contar com o apoio da CONSIST, ISACA e FIPECAFI. Avaliação: Os objetivos constantes do projeto original foram totalmente alcançados. As palestras e sessões paralelas contemplaram efetivamente todos os níveis de formação e interesses, tanto de pesquisadores como de profissionais, tanto do Brasil como do exterior. O nível das discussões e aumento do número de trabalhos recebidos e participantes inscritos, além dos comentários recebidos durante e após o evento justificam a realização do 3º CONTECSI para dar continuidade à grande comunidade científica envolvida na gestão da tecnologia e sistemas de informação. Tabela comparativa – 1º, 2º e 3º CONTECSI

1º CONTECSI

2º CONTECSI

Variação %

3º CONTECSI

Variação %

Trabalhos Recebidos 100 146 +46% 210 +44%

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Vol.3, No. 1, 2006, p. 225-255

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Trabalhos Aceitos 90 129 +43% 177 +37%Participantes 130 170 +30% 232 +36%Sessões Paralelas 24 29 +20% 42 +45%Estados Brasileiros Representados 11 13 +18% 17 +30%Países Representados 8 7 -12% 15 +114%Palestrantes Internacionais 2 5 19 Apoio de Agência de Fomento

0 2

2

Apoio de Instituições e Associações Profissionais

6 4

5

A) JUSTIFICATIVAS E OBJETIVOS:

O 3º International Conference on Information Systems and Technology Management dá continuidade a um dos primeiros eventos desta área, focados na Gestão da Tecnologia e Sistemas de Informação sob uma visão multidisciplinar. Raros são os eventos voltados para os gestores e estudiosos das áreas de Sistemas e Tecnologia de Informação que visa reunir acadêmicos e profissionais envolvidos com a temática de gestão para discussão do estado da arte deste campo.

O 3º CONTECSI, realizado em 31 de Maio a 2 de Junho de 2006, contou com a presença de palestrantes de renome, bem como foram apresentados 177 trabalhos em 42 sessões paralelas. Discutiram-se os efeitos da Tecnologia e dos Sistemas de Informação na Sociedade e nas Organizações formando uma comunidade em busca de respostas para os constantes desafios nesta área. Tem como principal objetivo promover o relacionamento entre as diversas comunidades envolvidas: a que produz, a que implementa, a que utiliza, a que regulamenta e a que pesquisa. A presença de renomados palestrantes e pesquisadores nacionais e internacionais permitiu uma integração entre a comunidade acadêmica e profissional, ampliando o interesse na pesquisa, no compartilhamento de informações atualizadas e das práticas utilizadas.

Os resumos dos trabalhos foram impressos e os trabalhos completos foram incluídos em CD-ROM e distribuídos a todos os participantes. Durante o congresso, estiveram presentes 232 pessoas entre personalidades, professores e pesquisadores do exterior, principalmente das Universidades conveniadas com a FEA/USP, da Inglaterra, Estados Unidos, França, Portugal, México, Chile, Venezuela, Argentina, Colômbia, entre outros. Do Brasil estiveram presentes pesquisadores , profissionais, dentre os quais, autores vindos de 16 Estados e do Distrito Federal.

O Congresso foi aberto pela Diretora da Faculdade de Economia, Administração e Contabilidade - FEA-USP, Profa. Dra. Maria Tereza Leme Fleury. Também compuseram a mesa de abertura, o Presidente da Comissão de Cooperação Internacional - CCINT-FEA-USP e coordenador do CONTECSI, Prof. Dr. Edson Luiz Riccio, e o Prof. Dr. Miklos Vasarhelyi, professor da Rutgers University e coordenador do 11th WCA.

Alguns dos temas que receberam destaque no Evento foram: Innovative Information Technologies, Continuous Auditing, Ciência da Informação e Wireless Services entre outros.

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B) PALESTRAS

A Profa. Dr. Claudia Loebbecke, PhD., M.B.A., president of the global 'Association for Information Systems (AIS)' Professor at Department of Media Management, University of Cologne, Alemanha proferiu a palestra de abertura: “BUSINESS VALUE FROM INNOVATIVE INFORMATION TECHNOLOGIES" A Profa. Loebbecke apresentou a AIS, Association of Information Systems e apresentou o estudo de caso do Grupo METRO. O METRO Group's Future Store (FS) organizado por um grupo de companhias criou a “Iniciativa da Loja do Futuro (FSI)”. Entende-se esta experiência como um exemplo de roll-out. Este grupo demonstrou como mudar significativamente e mundialmente a forma de comprar, das vendas a varejo, e da logística de cadeias de valor. O METRO Grupo é o quarto maior varejista do mundo. Com sede em Duesseldorf, Alemanha, emprega 240,000 pessoas em 28 países. Cerca de metade de sua renda vem da venda de comida a varejo. A FS está baseada no estado – de - arte de tecnologias de integração que conectam, integram e exploram fontes de conteúdos ao longo da cadeia de valor e em todos os dispositivos contidos na loja. Além disso, os processos de cadeias de valores foram adaptados a operações em real tempo e sem incomodar os consumidores com constrangimentos técnicos. A FS fixa padrões nacionais e internacionais, e provê lições referentes à integração de conteúdo para CIOs em uma gama de indústrias.

Apresentação Disponível em: http://www.tecsi.fea.usp.br/eventos/contecsi2006/port/palestrantes/

O Painel Internacional apresentado no dia 02 de junho entitulou-se: Ciência da Informação: Perspectivas e Questionamentos Integrada no 3º CONTECSI - Congresso Internacional sobre Sistemas de Informação e Gestão da Tecnologia que decorreu na USP-FEA, São Paulo, de 31 de Maio a 2 de Junho de 2006, teve lugar pela primeira vez uma Sessão paralela/Forum subordinada ao tema Ciência da Informação - Questionamentos e Perspectivas. A inclusão da referida Sessão paralela/Forum decorreu do estipulado numa das cláusulas do Termo Aditivo celebrado entre a Faculdade de Economia e Administração da Universidade de São Paulo, Brasil, e a Faculdade de Letras da Universidade do Porto, Portugal, onde é expressamente referenciada a intenção de alargar o 3º CONTECSI às problemáticas e à discussão teórico-metodológica da Ciência da Informação em sua interação com o campo disciplinar dos Sistemas da Informação. Segundo o moderador da sessão, Prof. Melheiro da Silva, foi possível contar com a participação de quatro palestrantes, a saber: Professor Doutor Armando Malheiro da Silva, Universidade do Porto, Portugal, que abordou o tema Uma proposta epistemológica para a ciência da informção; Prof. Doutor Luc Quoniam (Université du Sud Toulon Var) - Ciência da informação e a inteligência competitiva; Doutora Maria Nelida González de Gomez (Dra. Comunicação Pesquisadora Titular IBICT-MCT Contato: nelida @ ibict. br) - As Questões contemporâneas da

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informação e a ciência da informação; e Dr Abel Paker (Diretor BIREME/OPAS/OMS Centro Latino-Americano e do Caribe de Informação em Ciências da Saúde Organização Pan-Americana da Saúde Organização Mundial da Saúde) - Ciência da Informação: perspectivas e questionamentos frente ao novo modo de produção do fluxo de informação. Perante um número elevado de congressistas presentes, na sua maioria da área dos SI, as intervenções dos palestrantes convidados para a sessão foram seguidas com interesse e no final houve várias perguntas, sobretudo dirigidas ao Prof. Luc Quoniam e ao Dr Abel Paker, dando substância e riqueza ao debate. Como coordenador da Sessão devo salientar que a preparação da mesma foi feita em estreita parceria com o Coordenador do 3º CONTECSI, Prof. Doutor Edson Luiz Riccio. O objetivo interdisciplinar da Sessão teve nesta iniciativa primeira e pioneira um primeiro passo que precisa ser continuado e ampliado por muitos mais. Não é possível prosseguir pesquisas em Sistemas de Informação e em Gestão da Tecnologia sem aprofundar os elos de ligação com a Ciência da Informação, sobretudo como vem sendo proposta e desenvolvida no modelo de Graduação da Universidade do Porto, Portugal. Daí a importância reconhecida pelo Professor Edson Riccio de um enfoque científico da informação, proficuamente interdisciplinar, no seio do CONTECSI.

Segundo os palestrantes, na Sociedade da Informação em que vivemos (Sociedade do Conhecimento, em Rede, Sociedade Bit, como também é chamada), estamos expostos ao impacto expansivo e globalizado das novas Tecnologias da Informação e da Comunicação. O Estudo deste fenômeno está longe de ser apenas tecnológico. Ele convoca e congrega, numa perspectiva inter e transdisciplinar, disciplinas científicas como a Informática, a Gestão e Economia, a Sociologia e Ciências da Administração, atendendo sua base e seu objeto específico, ou seja, a Ciência da Informação. Devido à importância que possui no ambiente em que vivemos, o 3º CONTECSI, abriu um espaço para reflexão e debate. O tema Ciência da Informação: perspectivas e questionamentos - não foi abordado apenas sobre a Ciência da Informação propriamente dita mas sobre o papel e os desafios com que está confrontada na conjuntura atual e a contribuição que pode e deve dar para o desenvolvimento e adequado aproveitamento das TIC- Tecnologias da Informação e Comunicação (ICT).

Todas as paletras estão disponíveis no site do 3º CONTECSI http://www.tecsi.fea.usp.br/eventos/contecsi2006/port/palestrantes/

• As Questões Contemporâneas da Informação e a Ciência da Informação Maria Nelida G. De Gomez - Dra. Comunicação Pesquisadora Titular IBICT-MCT

• Ciência da informação Prof. Dr. Luc Quoniam Universite du Sud Toulon Var

• Ciência da Informação: perspectivas e questionamentos frente ao novo modo de produção do fluxo de informação Abel L. Packer Diretor BIREME/OPAS/OMS Centro Latino-Americano e do Caribe de Informação em Ciências da Saúde Organização Pan-Americana da Saúde| Organização Mundial da Saúde

Riccio, E.L., Sakata, M. G.

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• Uma proposta epistemológica para a ciência da informação Prof. Dr. Armando Malheiro da Universidade do Porto, Portugal

Segundo o prof. Armando Malheiro, refletir sobre os fundamentos e as

condições de produção de conhecimento em Ciência da Informação num Congresso Internacional assumidamente dedicado aos Sistemas de Informação e à Gestão da Tecnologia não deve surpreender porque a diversidade de abordagens que picotam o vasto campo formado em torno da temática-problemática info-comunicacional tem neste tópico central o denominador comum que interliga e gera intercâmbios comuns imprescindíveis e preciosos para melhor compreendermos a Sociedade em Rede (recitando Castells) que marca a conjuntura vertiginosa, inusitada e imprevisível em que vivemos. Nesta comunicação apresenta-se a gênese e as características singulares de uma proposta epistemológica que segue ou persegue motivações claras e objetivos tão ousados, quanto provisórios, uma vez que a aposta na consolidação de uma Ciência da Informação com uma linha identitária clara e contornos teórico-metodológicos bem vincados não é, forçosamente, refém quer de pressupostos positivistas ingênuos e anacrônicos, quer de interesses profissionais/profissionalizantes imutáveis ou resistentes ao reexame crítico, ou seja, à mudança de paradigmas. Esses interesses devem ser postos entre parêntesis para que o debate epistemológico se desenvolva e frutifique. Num segundo momento vem a propósito analisar e aprofundar, na medida do possível, a interação operada entre a C.I. e os Sistemas de Informação através de duas posições alternativas e concomitantes – a inter e a transdisciplinaridade. Em pauta está, afinal, o debate acerca do binômio ciência-tecnologia, mas deslocado para o campo turvo e movediço das Ciências Sociais, onde a nossa proposta epistemológica insere a C.I., e do enlace dessas com os fins e os efeitos da tecnologia aplicada ou implicada em fenômenos radicalmente humanos e sociais como o par Informação-Comunicação. O Painel: O ITI e a Infra-estrutura de Chaves Públicas Brasileiras foi proferido por Viviane Regina Lemos Bertol, Coordenadora-Geral de Normalizaçãoe Pesquisa do ITI Brasil.

O ITI, segundo a coordenadora geral, é uma Autarquia Federal, ligada à Casa Civil da Presidência da República. Foi criada para ser a Raiz da ICP-Brasil em 2001 pela MP 2.200-2. A estrutura é composta por um Diretor-Presidente, pela Diretoria de Infra-estrutura de Chaves Públicas, pela Diretoria de Auditoria, Fiscalização e Normalização e pela Procuradoria Especializada. O ICP-Brasil foi criado a partir da percepção do Governo Federal da importância de regulamentar às atividades de certificação digital no País. Compõe-se de: (1) Entidades, (2) Padrões técnicos e (3) Regulamentos para suportar um sistema criptográfico de certificados digitais. As entidades da ICP–Brasil são: –AR –Autoridade de Registro que Identifica e cadastra usuários na presença destes, encaminha solicitações de certificados às AC e mantém registros de suas operações. E o –PSS –Prestador de Serviços de Suporte: Infra-estrutura física e lógica e Mão-de-obra especializada. Os regulamentos da ICP-Brasil são: MP-2200/2, de 24.10.01–criação da ICP-Brasil; Decreto 4.689, de 07.05.2003 –estrutura do ITI; Resoluções do Comitê-Gestor; Instruções Normativas do ITI; Código Civil, Penal, Tributário, Direito do Consumidor. Os Exemplos de Uso de certificados ICP-Brasil citados são: Sistema Brasileiro de Pagamentos–SPB; DCTF, DIRPF, DIRPJ, e-CAC, PAF (SRF/MF) Escrituração Fiscal –Secretaria da Fazenda do Estado

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de Pernambuco; NF-e –NotaFiscal Eletrônica (SRF/MF, SP,GO,MA,BA,SC,RS); Contratos de Câmbio-Apólices de Seguros Pregões Eletrônicos (SP,SC,MG) e COMPRASNET (Federal); Sistemas Estruturadores do Governo Federal e SCPD e Internet Banking e Mobile Banking.

O 3º CONTECSI ocorreu conjuntamente com o 11th World Continuous Auditing Conference que contou com palestrantes de renome internacional que apresentaram e discutiram questões atuais na área de Sistemas e Tecnologia de Informação. Entre eles os professores e pesquisadores:

• Prof. Miklos Vasarhelyi, Ph.D. (Coordinator 11th WCA) Rutgers Business

School - The State University of New Jersey. Professor Miklos A. Vasarhelyi is the director of the Rutgers Accounting Research Center and was area chairman for three years.

• Prof. Dr. Arnie Wright Andersen Professor of Accounting at Boston College. • Prof. Dr. Michael Alles tenured associate professor at the Department of

Accounting and Information Systems at Rutgers Business School at Rutgers University.

• Prof. Dr. Theodore J. (Ted) Arthur Andersen Alumni Professor of Accounting at the University of Southern California (USC) and professor of auditing research at Maastricht University in the Netherlands.

• Prof. Dr. Rajendra P. Srivastava Ernst & Young Distinguished Professor of Accounting and Director of the Ernst & Young Center for Auditing Research and Advanced Technology at the School of Business, University of Kansas.

• Prof. Dr. Alexander Kogan Professor of Accounting and Information Systems Rutgers Business School, Rutgers University

• Prof. Dr. Tim J. Leech Principal Consultant & Chief Methodology Officer with Paisley Consulting, the world’s leading provider of integrated business accountability software and training solutions.

• Prof. Dr Sally Wright professor at the University of Massachusetts Boston. • Prof.Dr. Richard Dull is an assistant professor of accounting at the School of

Accountancy & Legal Studies at Clemson University. • Prof. Dr Robert L. Onions Researcher, University of Salford, England.

C) PROGRAMA, SESSÕES PARALELAS DE APRESENTAÇÃO DE TRABALHOS

Local 31 MAY / 31 DE MAIO

9:00 - 10:00 Registration / Credenciamento - FEA 1 & Welcome coffee / Café de Boas Vindas – FEA 5

10:15 - 10:45

Main Auditorium/ Auditório - FEA 5 building

(ST) Opening Ceremony / Abertura Oficial 3º CONTECSI - 11th WCA Rector of USP and Dean of FEA / Reitor da USP - Diretor da FEA USP Prof. Dr. Edson Luiz Riccio - 3º CONTECSI Prof. Miklos Vasarheliy - 11th WCA

Riccio, E.L., Sakata, M. G.

Revista de Gestão da Tecnologia e Sistemas de Informação/Journal of Information Systems and Technology Management

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10:45 - 12:15

(ST) Keynote Speaker: Profa. Dra . Claudia Loebbecke, University of Cologne President – AIS – Association for Information Systems "Business Value from Innovative Information Technologies" Moderador/Chair: Prof. Dr. Edson Luiz Riccio & Prof. Miklos Vasarheliy

12:15 - 13:45 FEA 5 4th Floor - Lunch FEA 1

Building 1

1A- Forum: IT and IS Application / Aplicações da TI e SI

2 1B- IT and IS Application II / Aplicações da TI e SI (English) 3 1C- Data Management / Gestão de Dados 4 1D- Software engineering / Engenharia de software 5 1E- Forum: Education and Society / Educação e Sociedade 6 1F- IT Entrepreneurship / Empreendedorismo em TI 7 1G- Enterprise Resource Planning(ERP) / Sistemas Empresariais Integrados

13:45 - 15:45

8 1H- Information Management / Gestão da Informação

15:45 - 16:00 FEA 1 Hall Coffee break

FEA 1 Building

1

2A- Software engineering II / Engenharia de software

2 2B- Education and Society / Educação e Sociedade 3 2C- Enterprise Resource Planning(ERP) II / Sistemas Empresariais Integrados 4 2D- Forum: Information Management / Gestão da Informação 5 2E- Information and Strategy / Informação e Estratégia 6 2F- Information Management II / Gestão da Informação 7 2G- Forum: Software engineering / Engenharia de software

16:00 - 18:00

8 2H- IT Case Studies / Estudos de Caso em TI

16:00 - 18:00 May 31 - 16h00 Meeting - SALA 9 The Association for Information Systems: A Global Network for Local Action Profa. Dra . Claudia Loebbecke, University of Cologne ( English)

Local JUNE 1ST / 01 DE JUNHO

9:00 - 9:30

(ST) Opening 11th WCA Dr. Miklos A. Vasarhelyi, Rutgers University Dr. Edson Luiz Riccio, Universidade de Sao Paulo Dr. Robert Onions, Salford University

9:30 - 10:30

Main Auditorium/ Auditório -

FEA 5 building

(ST) Panel on Continuous Audit Research vis a vis Audit Research Dr. Ted Mock, University of Southern California Dr. Arnie Wright, Boston College Dr. Fernando Tostes, Universidade Federal do Rio de Janeiro

10:30 - 10:45 Hall FEA 5 Coffee break

10:45 - 12:15

Main Auditorium/ Auditório -

FEA 5 building

(ST) Panel on Software for Sarbanes Oxley and Continuous Audit by ACL – Caseware – Approva - and the big 4 Panel on New Technologies to Update the Audit Process, Chair - Dr. Sally Wright, University of Massachusetts - Boston Dr. J. Donald Warren, Jr, Rutgers University Dr. Edson Luiz Riccio, Universidade de Sao Paulo Dr. Sasson Bar– Yosef, University of Tel Aviv

12:15 -13:45 FEA 5 4th Floor - Lunch

Local Room/Sala

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Vol.3, No. 1, 2006, p. 225-255

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FEA 1 3A - Forum: Enterprise Resource Planning(ERP) / Sistemas Empresariais Integrados 2 3B - Forum: IT Management / Gestão da TI 3 3C - Project Management / Gestão de projetos 4 3D - IT Management / Gestão da TI 5 3E - IT Management II / Gestão da TI 6 3F- Forum: IS Management Gestão de SI PMEs 7 3G - IT Management III / Gestão da TI 8 Pesquisa e Análise de Dados Ferramenta Sphinx (Portuguese) 9 3H - Project Management II / Gestão de projetos

13:45 - 15:45

Main Auditorium/ Auditório -

FEA 5

(ST) “Continuity Equations”, Dr. Alex Kogan, Rutgers Business School “Simulating Continuous Audit”, Dr. Michael Alles, Rutgers University “Control Tags and Cookie Crumbs”, Dr. Miklos A.Vasarhelyi, Rutgers Business School “Aggregating Control Information”, Dr. Rajendra P. Srivastava, The University of Kansas “Utilizing Basel II Operational Risk Reforms as the Foundation for "State-of-the-Art" Continuous Monitoring and Assurance”, Dr. Tim Leech, Principal Consultant/ Chief Methodology Officer, Paisley Consulting & Dr.Rod Brennan Director of IT Audit, Siemens Corporation, USA.

15:45 - 16:00 FEA 1 Building Coffee break

1 4A- IS Management / Gestão de SI 2 4B- IS Management II / Gestão de SI 3 4C-Forum: Knowledge Management / Gestão do conhecimento 4 4D- Knowledge Management / Gestão do conhecimento 5 4E- IS and IT Governance / Governança em SI e TI 6 4F- Innovation in IT and IS / Inovação em TI e SI 7 4G- Competitive Intelligence / Inteligëncia Competitiva

16:00 - 18:00

Main

Auditorium/ Auditório -

FEA 5

(ST) 4H Measurement of the apparent level of Risks: A parameter for resources optimization in the process of Continuous Auditing, Profs. Joshua Onome Imoniana, Cesar Alexandre de Souza “Using Visualizations to Resolve Issues from Aggregation of Financial Information”, Dr. Richard Dull, Clemson University Continuous Auditing and Analytical Procedures Dr. Eija Koskivaara Analytical Procedures for Highly Disaggregate Data: Continuous Auditing using continuity equations models of business processes, Miklos Vasarhelyi, Alexander Kogan, Michael Alles, Jia Wu

18:30 - 22:00 DINNER / JANTAR SOCIAL - MOSTEIRO DE SÃO BENTO

Local JUNE 2ND / 02 DE JUNHO

9:00 - 11:00 Main

Auditorium/ Auditório - FEA 5

(ST) International Panel/ Painel Internacional: Information Science: Challenges and Perspectives / Ciência da Informação: Perspectivas e Questionamentos Prof. Dr. Armando Barreiros Malheiro da Silva., Universidade do Porto, Portugal Prof. Dr. Luc Quoniam, Universite du Sud Toulon Var, França Profa. Dra. Maria Nelida Gonzáles de Gomes , IBICT, Brasil Dr. Abel Paker, BIREME/Scielo, Brasil

11:00 - 11:30 FEA 1 Hall Coffee break

FEA 1 Building

1

COMUNICACÕES

2 COMUNICACÕES

3 Sistemas para gerenciamento de competências Prof. Valdemar Setzer, IME, University of São Paulo, Brazil

11:30 - 13:00

4 Wibro and Related Wireless Services in Korea - Prof. JaeJon Kim, PhD, Dept. Business Adm., Chonnam National University, Korea

13:00 - 13:45 FEA 5 Lunch

Riccio, E.L., Sakata, M. G.

Revista de Gestão da Tecnologia e Sistemas de Informação/Journal of Information Systems and Technology Management

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4th Floor

FEA 1 Building

1

5A - Knowledge Management II/ Gestão do conhecimento

2 5B- Knowledge Management III / Gestão do conhecimento 3 5C- Forum: Innovation in IT and IS / Inovação em TI e SI 4 5D- Internet 5 5E- IT Public Policies / Políticas públicas Em TI 6 5F- Forum: IT Governance / Governança em TI 7 5G- Financial and Accounting Inf. Systems/Sistemas de Inf. Contábeis e Financeiros

13:45 - 15:45

8 5H- Internet

15:45 - 16:00 Hall FEA 5 Coffee break

16:00 - 17:00

O ITI E O ICP BRASIL – Infra-Estrutura de Chaves Públicas Brasileiras Viviane Regina Lemos Bertol, Coordenadora de normatização e pesquisa do ITI Instituto Nacional de Tecnologia da Informação – ITI Casa Civil da Presidência da República

17:00 - 18:00

Main Auditorium/ Auditório - FEA 5

Musical Presentation / Apresentação Musical Best Papers Award / Melhores Trabalhos do 3º CONTECSI Closing Ceremony/ Encerramento

ST = Simultaneous Translation- English/Portuguese / Tradução Simultânea-Inglês/Português

A comissão organizadora do 3o CONTECSI agrupou os cento e setenta e sete trabalhos aprovados pela comissão avaliadora do congresso, em quarenta e três sessões e foruns, de acordo com a área temática. Em alguns casos, houve necessidade de subdividir uma mesma área temática em duas ou mais sessões em razão da grande quantidade de trabalhos relacionados a um mesmo tema ou assunto. A coordenação do CONTECSI agradece aos moderadores das sessões as valiosas contribuições: Adalberto Fischman, Adilson Yoshikuni, Adolfo Alberto Vanti, Ana Alice Vilas Boas, Anderson Soncini Pelissari, Antonio Balloni, Antônio Maurício Pitangueira, Armando Malheiros, Cristina Daí Pra Martens, Dierone César Foltran Jr., Edson Luiz Riccio, Fernando Alexandre Rodrigues Gâmboa, Fernando José Barbin Laurindo, Fulvio Cristofoli, George Leal Jamil, Jorge Eduardo Scarpin, José Alfredo Ferreira Costa, José Alonso Borba, José Dutra de Oliveira Neto, Jose Jesus Alcazar, José Osvaldo De Sordi, José Rodrigues Filho, Joshua Onome Imoniana, Julio Cunha, Jussara Pimenta, Leonardo Nunes Ferreira, Luc Quoniam, Maria Aparecida Gouvêa, Marta R. Camargo, Miguel Juan Bacic, Miguel R. Trigo, Nelma Terezinha Zubek Valente, Oscar Dalfovo, Pedro Nolasco, Reginaldo Arakaki, Rejane Maria Da Costa Figueiredo, Ricardo Leonardo Rovai, Ruthberg dos Santos, Sergio Gozzi e Vicente Lentini Plantullo. Apresentam -se a seguir, os principais destaques e comentários a respeito das sessões paralelas, feitas pelos moderadores das sessões, onde ocorreram as apresentações dos referidos trabalhos por dia e sessão: 31 th MAY / 31 DE MAIO (WEDNESDAY/QUARTA) Na sessão 1(A), o tema foi IT and IS Application / Aplicações da TI e SI. A sessão foi moderada pelo Prof. José Dutra de Oliveira Neto da FEA-RP/USP e os trabalhos

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apresentados foram: O impacto da Wireless Technology na cultura organizacional por Larissa Martins Cardoso; a Utilização da tecnologia sem fio na administração de serviços por Larissa Martins Cardoso; Monitoramento de Temperatura Utilizando Rede de Sensores Sem Fio em Ambientes Controlados por Fabio Henrique Cabrini, Ivan Roca, Sergio Takeo Kofuji, Cálculo de áreas por aproximações numéricas numa abordagem computacional por Gustavo Henrique Pereira dos Santos e Um banco de metadados para auxiliar a disseminação de dados científicos em instituições de pesquisas por Eduardo Batista de Moraes Barbosa, Galeno José de Sena e The Logistical Process in Small Supermarkets and The Information Technology por Érico Veras Marques, Marcos Antonio Chaves Ricarte Ainda sobre o tema IT and IS Application II / Aplicações da TI e SI a sessão 1(B) ocorreu em inglês, foi moderada pelo prof. Edson Luiz Riccio da FEA USP e foram apresentados os seguintes trabalhos: Data Warehouse For Cancer Treatment: A Case Study in Public Health Care por Antônio Augusto Gonçalves, Altino Ribeiro Leitão, Mario Jorge Ferreira de Oliveira, Evaluating the Service Quality of Third-Party Logistics Service Providers Using the Analytic Hierarchy Process por JaeJon Kim, Soon-hoo So, Ki-ju Cheong, Geon Cho e CRM, apprentissage et contrôle organisationnel por Christophe Benavent, Olivier de la Villarmois. Segundo o moderador, o debate foi muito interessante considerando a origem de cada um dos apresentadores. A sessão ocorreu toda em inglês e os resultados das pesquisas apresentados pelos autores contribuiram muito para a temática. O trabalho do prof Benavent e Villarmois recebeu a menção honrosa do 3º CONTECSI. A pesquisa de Gonçalvez, Leitão e Voliveira também apresentou resultados importantes e foi muito bem elaborada. Na sessão 1(C) foram apresentados trabalhos referentes ao tema Data Management / Gestão de Dados e foram moderados pela Profa. Nelma Terezinha Zubek Valente da Universidade Federal de Ponta Grossa, Paraná. Os trabalhos apresentados foram: Qualidade de dados para data warehouse – roteiro de implementação por Mozart da Silva Britto, Jorge Rady de Almeida Junior, Sistemas de informação aplicado a uma empresa do ramo eletromecânico utilizando a metodologia siego, data warehouse e métodos estatísticos por Rodrigo Reno Strey, Marcelo Menezes Reis, Proposta de modelo de gestão de projetos através do uso da tecnologia de data warehouse (DW) por Lúcia Aline Brum Saccomori, Adolfo Alberto Vanti, Un Sistema de Información para las Investigaciones de Campo Desarrollado con la Óptica de Orientación a Objetos en una Base de Datos Relacional por professores do México (UNAM) Laura Leticia Laurent Martinez, Jorge Loza López, Juan Francisco Rosale Laurent, Enrique Laurent Martinez. Segundo a Moderadora, o primeiro trabalho apresentado destacou a importância da preocupação com a qualidade de Dados evidenciando a dimensão das conseqüências que decorrem da má qualidade dos dados que podem gerar vultosos prejuízos de ordem financeira, econômica e social. Neste trabalho, o autor, que também é consultor, propõe, com base na teoria existente e na sua experiência com implementações, um roteiro para a implementação da qualidade de dados para data warehouse, que foi implementado em empresa de grande porte. Foi questionado a respeito do tipo de sistema que a empresa possuía antes, das justificativas que levaram à substituição do sistema e também sobre a avaliação comparativa do sistema atual em relação ao sistema anterior. O segundo trabalho apresentou os resultados da aplicação da metodologia SIEGO, Data Warehouse e métodos estatísticos em sistemas de informação dos setores de vendas e financeiro de empresa

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do setor eletromecânico em Santa Catarina com o objetivo de fornecer, aos executivos, embasamento científico associado a métodos estatísticos para a eficácia da utilização das informações geradas pelos sistemas de informação. O terceiro trabalho apresentado, focou a Gestão de Projetos com ênfase no suporte à decisão através do uso de Data Warehouse (DW) visando atender a necessidade de solução eficiente para a busca da excelência em gerenciamento de projetos. Para tanto, propõe um modelo com uma base única de dados, construído com a tecnologia de Data Warehouse para suporte a consultas gerenciais e tomada de decisões, através de ferramentas OLAP, embasado nos padrões do PMI (Project Management Institute) e do CMM (Capability Maturity Model). No debate, questionou-se sobre a existência da documentação do projeto já estruturado quando do início do trabalho e a respeito da ferramenta para interface com o Data Warehouse. O quarto e último trabalho apresentado na sessão 1C veio da Universidade Autônoma do Estado do México e mostrou um sistema de informação para pesquisas de campo desenvolvido com a ótica de Orientação a Objetos em uma base de dados relacional. Apresentado pelo co-autor Henrique Laurent Martínez, presente no evento, e pelos demais autores através de slides gravados com imagem e voz, o sistema voltado para estudantes e professores, embora não realizando inferências estatísticas completas no nível dos sistemas especializados como o SPSS, pretende servir como ferramenta útil e flexível para a compilação e tratamento de dados de pesquisas de campo coletados por meio de questionários e entrevistas. Questões a respeito da comercialização e do custo do sistema foram levantadas. A moderação desta sessão foi bastante facilitada tanto pela seriedade e compromisso dos participantes em relação à presença dos apresentadores no local e horário marcados, cumprimento do tempo determinado para início e término de cada apresentação, interesse e envolvimento dos presentes nas discussões, quanto pela atuação da equipe de apoio do 3 ºCONTECSI que esteve sempre pronta para resolver de imediato as necessidades que apareceram. A sessão 1(D) teve como destaque o tema Software engineering / Engenharia de software e foi moderada pelo prof. Antonio Balloni do centro de pesquisas Renato Archer. Foram apresentados os trabalhos: O uso de provas de conceito como ferramenta para gestão de aprendizado de arquitetura de software por Renato Manzan de Andrade, Reginaldo Arakaki, Jorge Luis Risco Becerra, Uma proposta de metodologia para implantação de modelos dimensionais em banco de dados orientado a objetos por Sueli de Fatima Poppi Borba, Aran Bey Tcholakian Morales; Melhoria contínua direcionada por indicadores de qualidade e com foco na arquitetura do sistema por Dimas Ribeiro de Magalhaes e Propuesta de adaptacion a metodologias de desarrollo de bodegas de datos para incluir aspectos de medicion de la estrategia por Veronica Sierra Almanza, José Abásolo Prieto. Segundo o moderador, a Sessão foi de muito interesse, pois a Arquitetura de Software é um tema central em empresas que desenvolvem softwares. As Empresas estão cada vez mais "deixando" a etapa de desenvolvimento do software e focando mais nas Tecnologias epecializadas em aquiteturas de softwares. Existem muitos exemplos de empresas que atuam desta forma, como a TECBAN que está cada vez mais contratando pessoal de arquitetura de software sendo que os serviços do desenvovimento em si, estão sendo tercerizados, portanto, o tema foi e é relevante. Houve interesse por parte do público por todas as palestras referentes a este tema. Na sessão 1(E) os trabalhos referiram-se ao tema Education and Society / Educação e Sociedade. A sessão foi moderada pelo prof. Jose Alonso Borba e foram apresentados

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os seguintes trabalhos: Formação Superior em Sistemas de Informação: Análise dos Currículos Portugueses e Espanhóis por João Paulo Pereira, Filipa Teixeira, Educação Continuada: Uma Estratégia Corporativa por Gloria Jesus de Oliveira, Zomar Antonio Trinta, Ana Alice Vilas Boas, A interdependência entre tecnologia da informação e planejamento estratégico como fator de competitividade empresarial de uma instituição de ensino por Paula Roberta Lacerda de Oliveira, Wilda Soares Lemos e Tecnologias da Informação aplicadas à Logística por Zomar Antonio Trinta, Gloria Jesus de Oliveira. Segundo o moderador, Prof. José Alonso Borba, a sessão teve a participação de aproximadamente 20 pessoas. As apresentações foram boas e as discussões bastante frutíferas. O CONTECSI foi bastante interessante. Foi um encontro que procurou reunir diversos acadêmicos e profissionais de áreas distintas, mas que tem na tecnologia de informação seu ponto de união. Engenheiros, administradores, contadores, economistas entre outros participam direta ou indiretamente na gestão e no aprimoramento dessas tecnologias nas organizações e merece ampla divulgação. Diversos pesquisadores internacionais de renome compareceram ao congresso. É de suma importância tanto a aproximação com os pesquisadores estrangeiros quanto com pesquisadores de outras áreas que pesquisam assuntos relacionados com a tecnologia e a gestão. A sessão 1(F) teve como tema a IT Entrepreneurship / Empreendedorismo em TI e foi moderada pelo prof. Miguel J. Bacic. Os trabalhos apresentados foram: Estudo de Viabilidade de Implantação de Uma Empresa de Desenvolvimento de Jogos em Uma Incubadora de Base Tecnológica por José Walter Santos Filho, Maria Conceição Melo Silva, a Busca pela Vantagem Competitiva em Start Ups de Software por Walter Maia Santiago Junior, Marcos Andre Mendes Primo, Américo Nobre, Gonçalves Ferreira Amorim, André Felipe de Albuquerque Fell, e O que os Empreendedores buscam e os Investidores esperam no Financiamento do Capital de Risco em Empreendimentos de Base Tecnológica por Mateus Schreiner G.Lopes, Valêncio Garcia, Luiz Natal Rossi, Silvio Aparecido dos Santos O tema Enterprise Resource Planning (ERP) / Sistemas Empresariais Integrados teve grande importância no evento e foi apresentado na sessão 1(G), 2 (C) e 3 (A). A sessão 1(G) foi moderada pelo Prof. Luc Quoniam da Universidade do Sul de Toulon Var na França. Foram apresentados os trabalhos: 1- Processos de negócios e tecnologia da informação: um estudo de caso sobre a implementação de um sistema ERP em uma empresa de services por Claudia Aparecida de Mattos, Fernando José Barbin Laurindo, 2 - Sistemas ERP e Seus Impactos Sobre as Variáveis Estratégicas das Empresas: um estudo de caso em cinco empresas situadas na Região Metropolitana da Cidade do Recife-Pernambuco por Caio Eduardo Silva Mulatinho, Felipe Dantas Cassimiro da Silva, Jorge Expedito de Gusmao Lopes, Aldemar de Araújo Santos, 3- Uma “Viagem” ao Mundo dos ERP Inspirada em Winograd e Flores por Gilson Ludmer, Pedro Lincoln C. L. de Mattos, e 4 - Instrumentos de Gestão Utilizados nas Indústrias Automobilísticas no Brasil por Ilse Maria Beuren, Sergio Cavagnoli Guth. Segundo o moderador, o prof. Luc Quoniam, as quatro apresentações suscitaram igual interesse da platéia. As apresentações 1 e 2 mostraram levantamento de dados de uma amostra para medir o impacto da implantação de ERP e fatores que condicionam a implantação de ERP. A apresentação 3 deu uma outra abordagem mostrando o interesse de considerar outros fatores estratégicos para decisão nas empresas do que os sistemas gerenciais

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clássicos e a apresentação 4 mostraram instrumentos de gestão. As quatro pesquisas são complementares e importantes para o desenvolvimento da pesquisa em ERP. Na sessão 2(C) do mesmo tema e com o mesmo moderador, foram apresentados os trabalhos: Implementação de um sistema ERP II em empresa de grande porte no setor de telefonia celular: um estudo de caso sobre redesenho de processos, segurança da informação, e orientação a usuários por Eduardo Fernandes Cazassa, Luis Hernan Contreras Pinochet, O impacto dos sistemas ERP utilizados em empresas prestadoras de serviços por Mauricio Carlos Freitas Pereira e Estudo e Desenvolvimento de um Sistema para Gestão de Gastos Fixos e Controle Orçamentário em Empresa de Grande Porte Usuária do SAP R/3 por Dierone César Foltran Junior, Nelma Terezinha Zubek Valente, Igor Musardo. Segundo o moderador, as apresentações trataram de vários aspetos e problemas ligados a implentação de sistema ERP. Elas suscitaram igual interesse pelo público presente. A sessão 1(H) teve como tema a Information Management / Gestão da Informação e foi moderada pelo prof. Sergio Gozzi da FEA USP. Os trabalhos apresentados foram: Aplicação do método de fatores críticos de sucesso para levantamento de necessidades de informação em estudo prospective por Rosana Barros Boani Pauluci, Luc Marie Quoniam, Influência do Processo de Recuperação de Informação na Decisão dos Fatores de relevância: uma análise em ambiente de pós-graduação por Antonio Mauricio da Silva Pitangueira, Eduardo Ribas Santos, Silvio Vanderlei Araujo Sousa, Data, Information, Knowledge and Competence por Valdemar Setzer e Gestão da Informação, Base da Ação Comercial de Pequenas Empresas de TI por Lina Krafta, Henrique Mello Rodrigues de Freitas, Ricardo Simm Costa. A sessão 2(A) teve como tema a Software engineering II / Engenharia de software e foi moderada pelo Prof. José Alfredo Ferreira Costa. Os trabalhos apresentados foram: Processo de manutenção de software web apoiado pela modelagem IHC por Alexandra Aparecida de Souza, Jorge Luis Risco Becerra, Fábricas de software: o sucesso depende mais do projeto, dos fornecedores ou dos gestores? Estudo de caso numa operadora de Telecomunicações por Eduardo Margara da Silva, Fernando José Barbin Laurindo, Marcelo Schneck de Paula Pessoa; FenixGME - Um Ambiente para Modelagem Arquitetural de Sistemas de Software Baseados em Componentes por Carolina Stephan de Araújo, Paulo Asterio de Castro Guerra, Desenvolvimento de sistemas de informação em diagnóstico cinesiológico funcional usando raciocínio baseado em casos por Allan Dalmarco, Oscar Dalfovo, Paulo Mauricio Selig. Segundo o moderador,o início dos trabalhos se deu na hora programada, com a apresentação do trabalho "Processo de manutenção de software web apoiado pela modelagem ihc", feita por Alexandra Aparecida de Souza (POLI-Universidade de São Paulo, São Paulo, Brasil). Foi discutida a utilização da visão dinâmica da IHC (Fluxo de Navegação) de um sistema web, como uma ferramenta de apoio no processo de Manutenção de software auxiliando tarefas de definição do escopo da manutenção, identificação precisa dos riscos e dos pontos de impactos, obtenção de uma estimativa precisa do esforço e tempo, verificação da consistência da interface e do Fluxo de Navegação e definição de métodos e procedimentos de qualidade. Foi apresentado um estudo de caso realizado no desenvolvimento de projetos de manutenção evolutivas e corretivas de um sistema web da área financeira, onde se destacaram os pontos positivos e as dificuldades vivenciadas. Ao final da apresentação, houve algumas perguntas da platéia, principalmente quanto a automação da geração do fluxo de navegação, que os autores utilizaram o software

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Visio. Em seguida, houve a apresentação do Sr. Eduardo Margara da Silva, com trabalho intitulado "Fábricas de software: o sucesso depende mais do projeto, dos fornecedores ou dos gestores? Estudo de caso numa operadora de Telecomunicações", no qual foi feita uma análise crítica do modelo de fábrica de softwares adotado numa operadora de telecomunicações, junto aos executivos da área, para identificar procedimentos que deram certo (e alguns que não deram), destacando pontos de atenção que podem orientar as empresas nas iniciativas de melhorias dos processos de desenvolvimento de sistemas de informação. Dado que a área de informação em empresas de telecomunicações é parte do negócio, houve debates sobre questões estratégicas associadas aos sistemas de informações e suas operações. A terceira apresentação foi efetuada por Carolina Stephan de Araújo, com título "FenixGME - Um Ambiente para Modelagem Arquitetural de Sistemas de Software Baseados em Componentes", a qual apresentou o ambiente FenixGME, cujo objetivo é apoiar a modelagem arquitetural de sistemas de software baseados em componentes, durante todo o ciclo de vida do sistema de software. Após a apresentação houve também cerca de 10 minutos de debates, envolvendo questões do paradigma de concepção de softwares baseados em componentes assim como sobre detalhes de implementação do ambiente desenvolvido. Podemos constatar o alto nível dos trabalhos, com temas importantes na atualidade, não apenas da seção moderada, mas das várias outras que o moderador participou, assim como as apresentações plenárias e demais atividades do congresso. A sessão 2(B) também teve como tema Education and Society / Educação e Sociedade e foi moderador pelo Prof. Fulvio Cristofoli. Os trabalhos apresentados foram: Infraestructura para la descripción de recursos en un aula digital: marco tecnológico para la integración de los actores del proceso de enseñanza-aprendizaje por María Laura Pepe, Marcelo Claudio Périssé, Inclusão Digital e o Pré-Universitário Popular, Uma ação universitária pela inclusão social por Isabel Leite Cafezeiro, EAD: Inclusão Social e Tecnológica por Gloria Jesus de Oliveira, Zomar Antonio Trinta, Ana Alice Vilas Boas e Tecnologia da informação para profissional contábil por José Dutra de Oliveira Neto, Ilda Keiko Kurotori, Edson Luiz Riccio. Na sessão 2(D) o tema foi Information Management / Gestão da Informação. A sessão foi moderada pela profa. Rejane Maria da Costa Figueiredo da PUC-DF. Os trabalhos apresentados foram: Um Ensaio sobre a Importância da Aplicabilidade da Inteligência Competitiva Empreendedora por Anderson Soncini Pelissari, Rosângela Maria Vanalle, Inteligência competitiva em estudo de educação profissional e redes de cooperação: impactos e orientações para a atuação institucional por Rosana Barros Boani Pauluci, Luc Marie Quoniam, Lógica Fuzzy: Uma Ferramenta para Modelar a Incerteza e a Ambigüidade na Tomada de Decisão Gerencial por Fernando Dal-Ri Murcia, José Alonso Borba, Cesar Duarte Souto-Maior, A informação de mercado no processo de tomada de decisão de empresas do agronegócio sucroalcooleiro: o caso dos indicadores de preços de álcool por Ivelise Rasera Bragato, Eduardo Eugênio Spers, Mirian Rumenos Piedade Bacchi, e Sourcing: fatores críticos nas soluções com recursos externos por Onevair Ferrari, Bernardo Luis Rodrigues de Andrade. A sessão 2(E) teve como tema a Information and Strategy / Informação e Estratégia e foi moderada pela profa. Marta Camargo. Os trabalhos apresentados foram: A Teoria dos Jogos em Decisões Estratégicas na Determinação da Capacidade Industrial por Ilse Maria Beuren, Nelson Hein, Roberto Carlos Klann, José Carlos de Souza,

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Reflexões sobre a informação corporativa: sistemas, processos e estratégias por Jorge Cordeiro Duarte, Mamede Lima-Marques, Riscos, Informação e Controle: Uma Análise do Conhecimento Empírico por Marcos Reinaldo Severino Peters, Ana Rosa Silveira Mulazzani, Tomada De Decisão: Uma Abordagem Teórica sobre o Processo Decisório Envolvendo a Teoria da Decisão e Variáveis Comportamentais por Alexandre César Batista da Silva, Elyrouse Cavalcante de Oliveira, Karina Simões Campelo, Jeronymo José Libonati. Segundo a moderadora, as apresentações foram de boa qualidade, e os apresentadores estavam preparados e fizeram apresentações profissionais. As perguntas e respostas foram relevantes para uma boa discussão e compartilhamento de conhecimento. O tempo da apresentação e da discussão foi suficiente para cobrir o tema e conduzir debates. A sessão 2(F) também abordou o tema Information Management II / Gestão da Informação. E foi moderada pela professora Maria Aparecida Gouvêa da FEA USP. Os trabalhos que compunham esta sessão eram: Sociedade da Informação nas Regiões Periféricas: O caso de de Trás-os- Montes – Portugal de João Paulo Pereira, Filipa Teixeira, Da Cibernética à Complexidade - Origem e Desenvolvimento dos Sistemas Informacionais de Lucilene Cury, Jonas Batista Pinheiro, Crecimiento de comunidades de artesanos fundamentado en tic’s de Olga Lucái Giraldo V, Jorge Enrique Quevedo Reyes e Thésaurus et clusterisation automatique de données web : deux outils au service de la détection de signaux faibles de Luc Marie Quoniam, Eric Boutin. Segundo a moderadora, a profa. Maria Aparecida Gouvêa, os temas apresentados são atuais e pertinentes ao escopo do evento. A sessão 2(G) teve como tema Software engineering / Engenharia de software e foi moderada pelo prof. Ricardo Leonardo Rovai. Os trabalhos apresentados foram: Perspectivas da interdisciplinaridade no estudo dos processos de desenvolvimento de software por George Leal Jamil, Uma técnica para desenvolvimento de arquitetura de negócios para organizações de TI por Raquel Sueli de Oliveira Miguel Guedes, Fernando Marcio Bettine, Edgar Toshiro Yano, Modelo de Administração de Desempenho em Ambientes de Tecnologia da Informação por Vilson Carlos Hartmann, Princípios da Produção Enxuta Aplicados ao Desenvolvimento de Software por Eduardo Ferreira Franco, Veneziano de Castro Araújo, Um Processo de Transformação de Arquitetura de Sistema Legado Funcional Orientado a Objetos, Direcionado por Indicadores de Qualidade por Wagner Leal dos Santos, Reginaldo Arakaki, Um Modelo Proposto de Mapa do Conhecimento Aplicado a Incubadora Tecnológica de Campina Grande/PB: Um Estudo de Caso por Wenner Glaucio Lopes Lucena, Marconi Araújo Rodrigues. O tema da sessão 2(H) foi IT Case Studies / Estudos de Caso em TI e foi moderada pelo prof. José Osvaldo de Sordi. Os trabalhos apresentados foram: Balanced Scorecard E Logica Fuzzy Aplicados Em Software De Gestão De Entidade Filantrópica por Fauzi de Moraes Shubeita, Jair Antonio Fagundes, Adolfo Alberto Vanti, Jairo Bonapaz Felten, Estratégias de Obtenção de Sistemas de Informação para Apoio aos Negócios: Uma comparação entre empresas industriais por Cesar Alexandre de Souza, Ronaldo Zwicker, Antonio Geraldo da Rocha Vidal, Software Livre como Estratégia Competitiva Alternativa: estudo de caso da Faculdade Adventista da Bahia por Jefferson David Araujo Sales, Fabio Garcia Madureira, Aplicação de Sistemas CRM no Governo: Análise de uma Instituição Pública Britânica por Luciano Campos Batista, Retorno sobre Investimento (ROI) em TI: o

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caso do projeto de tecnologia VOIP na ThyssenKrupp Elevadores por Edimara Mezzomo Luciano, Marcelo Przyczynski, Elisabeth Avila Abdala. Segundo o moderador Prof. De Sordi, as discussões ocorridas após as apresentações foram bastante empolgantes com forte envolvimento do público presente. Entre os tópicos de sistemas de informação aplicados às organizações que foram discutidos nesta sessão destacam-se: a aplicação da lógica fuzzy em sistemas de indicadores de desempenho, no caso analisado em um sistema de balanced score card (BSC); as opções para disponibilização de sistemas de informação adotadas pelas organizações industriais paulistas; a percepção de usuários finais com relação à qualidade dos softwares livres; e análise de retorno de investimos em projetos de TI, no caso apresentado de um projeto de VOIP. Constatou-se a relevância dos temas apresentados pelo grande número de perguntas realizadas para cada um dos apresentadores ao final da sessão. Notou-se um ambiente muito participativo e propício ao debate em função da percepção do público com relação a boa qualidade das pesquisas apresentadas. 01 JUNE / 01 DE JUNHO (THURSDAY/QUINTA) Na sessão 3(A) o tema Enterprise Resource Planning(ERP) / Sistemas Empresariais Integrados foi apresentado novamente. O moderador foi o prof. Miguel R. Trigo da Universidade Fernando Pessoa de Portugal. Os trabalhos apresentados foram: O Sistema ERP e a sua contribuição para a mudança de Gestão das Empresas: da gestão funcional para a gestão por processos por José Osvaldo De Sordi, Jamir Mendes Monteiro, Impactos provocados pela implantação de um sistema ERP: um estudo de caso numa distribuidora de medicamentos por Luiz Augusto Machado Mendes Filho, Daniel Macêdo Tapajós, Functions of management and technology in the new millennium por Marta Rocha Camargo, Fatores críticos para sucesso na implantação de sistemas ERP por Roberto Baliulevicius Filho, Ruthberg dos Santos, Fluxo da Informação no Processo de Desenvolvimento de produtos: gerenciando um projeto de criação de valor por Marcio Cardoso Machado, Sergio Gozzi, Nilton Nunes Toledo. Segundo o moderador Miguel Trigo, em termos de apresentações o nível foi bom uma vez que conseguiram dar uma boa perspectiva do trabalho que foi desenvolvido. Foram colocadas bastantes questões bem relevantes e no seguimento das palestras. Na sessão 3(B) o tema foi IT Management / Gestão da TI e foi moderada pelo prof: José Rodrigues Filho. Foram apresentados os trabalhos: A Tecnologia da Informação como apoio à Área de Controladoria: Um Estudo das Ferramentas de Business Intelligence por Luciane Reginato, Auster Moreira Nascimento, Is it feasible to establish a relationship between motivation and budgeting? Por Joshua Onome Imoniana e Marly Cavalcanti, O papel da Tecnologia da Informação na Indústria da Construção Civil: um estudo de caso envolvendo empresas construtoras, por Luiz Antônio Gargione, Influência dos Avanços Tecnologicos nos Escritórios Contábeis na Cidade de Caruaru – PE por Lúcia Silva Albuquerque, Geisa Maria de Assunção Soares, Fernanda Marques de Almeida Holanda, Marconi Araújo Rodrigues e Eficiência dos investimentos em TI no setor financeiro Ruthberg dos Santos, Marcelo Alvaro da Silva Macedo, Marcos Azevedo Benac. Segundo o Moderador, Prof. José Rodrigues Filho, todos os trabalhos foram apresentados, apesar da diversificação de temas tais como a importância das ferramentas de busca inteligence, o papel da TI na construção e no uso sociológico

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do “Budjeting”, todos os trabalhos demonstraram ter sido metodologicamente bem construídos. A presença foi participativa. A sessão 3(C) teve como tema Project Management / Gestão de projetos. O moderador da sessão foi o prof. Fernando Alexandre Rodrigues Gamboa. Os trabalhos apresentados foram: Gerenciamento de Projetos Tradicional x Gerenciamento de Projetos Ágil: Uma Análise Comparativa por André Luiz Dias Ribeiro, Reginaldo Arakaki, Arquitetura de Software: Uma Abordagem para Gestão de Riscos em Projetos de TI por Cristina Coelho de Abreu Pinna, Reginaldo Arakaki, Metodología para la Gerencia de los Procesos del Negocio sustenda en el uso de Patrones por Pedro Nolasco Bonillo Ramos, O Gerenciamento de Projetos como Fator Crítico de Sucesso na Implementação de e-Learning - estudo exploratório por Rosana Jacuviske, Sergio Martins Fernandes, Bernadete De Lourdes Marinho e A gestão do conhecimento e a criação de mapas conceituais por Antonio Gomes de Lima Neto, Wilda Soares Lemos. Segundo o moderador da Sessão, as duas primeiras apresentações trataram de temas inovadores e por isso, geraram grande número de questões. As principais discussões ocorreram sobre o tema de gerenciamento ágil de projetos. A apresentação internacional do Pedro Nollasco foi muita bem recebida, pois tratou de padrões de desenvolvimento e gestão de projetos, a criação e adoção de padrões afins na hora de adotar um novo procedimento. As duas últimas apresentações não focavam em gestão de projetos e sim, gestão do conhecimento. Isso não tirou o interesse da audiência, que debateu bastante sobre formas de difundir conhecimento nos meios educacionais e empresariais. O tema da sessão 3(D) foi IT Management / Gestão da TI e o moderador foi o prof. Jose Jesus Alcazar da EACH-USP. Os trabalhos apresentados foram: A tecnologia de informação e as organizações: um modelo para a análise de seus usos e impactos por Cesar Alexandre de Souza, Ronaldo Zwicker, Joshua Onome Imoniana, Organizações Virtuais por Luciano Augusto Toledo, Carlos Augusto Da Silva Loures, Sidney Maçazzo Caigawa, Claudio Alberto de Moraes, Scientific and Technological Productivity for Development por Feruccio Bilich, Maria Das Graças Rolim Bilich e Sistema De Apoio À Decisão E Legislação No Trânsito Via Internet por Fernanda Pimentel Ribeiro. Segundo o moderador da sessão alguns trabalhos não estavam relacionados diretamente à Gestão da TI, mas a sessão foi interessante. O tema da sessão 3(E) foi IT Management II / Gestão da TI e foi moderada pelo prof. Adalberto Fischman da FEA USP. Os trabalhos apresentados foram: Avaliação das Habilidades em TI: um estudo do ensino de informática no curso de administração por André Luiz Pires de Miranda, Maria Celeste Reis Lobo de Vasconcelos, George Leal Jamil, Valeria M M Judice, Um modelo para estudar o processo de monitoramento ambiental antecipativo para detecção e uso de novas tecnologias da informação pelas organizações por Celina Teruko Yamane, Eduardo dos Santos, Fernando Carvalho de Almeida, J-Integrator: Uma Ferramenta para Integração de Bancos de Dados Heterogêneos por Eduardo da Rocha Ruthes, Carmem Satie Hara, Kemmel da Silva Scopim, Marcos Sfair Sunyé e Competindo em serviços por meio da gestão da TI: um estudo de caso por Leandro Jose Morilhas, Marcio Antonio Hirose Fedichina, Sergio Gozzi. A sessão contou com os apresentadores dos quatro trabalhos programados e as apresentações transcorreram bem, ao final houve tempo para discussões e esclarecimentos de dúvidas.

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Na sessão 3(F) sobre IT Management III / Gestão da TI e moderada por Adilson Yoshikuni, os trabalhos apresentados foram: Análise da Relação entre Investimentos em Sistema de Informação e Valor de Mercado nas Empresas Brasileiras de Capital Aberto do Setor de Energia Elétrica por Patricia de Souza Costa, Cássia Maria Gurgel Marinho Fernandes, Ana Rosa e Gouveia Sobral da Câmara, A Aplicação da Teoria das Restrições (TOC) e da Simulação na gestão da capacidade de atendimento em hospital de emergência por Francisco Santos Sabbadini, Antônio Augusto Gonçalves, Mario Jorge Ferreira de Oliveira, Desafios no planejamento de sistemas de informações contábeis Leonardo Nunes Ferreira, Avaliação de Sistemas de Informações Financeiras por Cristiani Passolongo, Antônio Artur de Souza, Ana Carolina Neves de Araújo, Natália Cardoso de Souza, A Organização Virtual como Estratégia de Competitividade para Micro e Pequenas Empresas por Luciano Soares de Souza, Marcelo Schneck de Paula Pessoa. Segundo o moderador da sessão, o nível de discussão foi muito bom. Estavam presentes nas sessões em média dez pessoas, das quais de forma intensa colaboraram para os debates. Os assuntos tratados nos artigos sofreram a seguinte questão: “Qual a aplicabilidade dos assuntos apresentados nos artigos efetivamente nas necessidades organizacionais?”. A sessão 3(G) teve como tema IS Management / Gestão da SI (PME) e foi moderada pelo prof. Fernando José Barbin Laurindo. Os trabalhos apresentados foram: Terceirização de serviços de help desk (seleção de fornecedores de serviços com auxílio dos métodos mcda, ahp e lógica fuzzy) por Júlio César Gonçalves, Dimas Campos de Aguiar, Romildo Mariano da Silva, Paulo Aurélio Santos, TICs y empresas: Propuestas conceptuales para la generación de indicadores para la Sociedad de la Información por Diana Valeria Suárez, Fernando Peirano, Implantação de Business Intelligence (BI) com base no Alinhamento Estratégico entre Tecnologia da Informação e Gestão de Negócios por Fabrício Sobrosa Affeldt, Adolfo Alberto Vanti, Andre Rauter, Modelo de maturidade do COBIT para avaliar o nível de maturidade do processo de avaliação de riscos de uma empresa que utiliza a NBR ISO/IEC 17799 por Rejane Maria da Costa Figueiredo, Maristela Jesus Da Silva, Maria do Carmo Soares de Mendonça, Waldomiro de Oliveira Junior e Avaliação do gerenciamento de processos de negócio – BPM no Programa Nacional de Apoio aos Fiscos Estaduais – PNAFE por Francisco Sobreira Netto, Maria Aparecida Gouvêa, Joao Eduardo Ferreira. Segundo o moderador, todos trabalhos foram apresentados e todos suscitaram questões que foram adequadamente respondidas pelos autores dos artigos apresentados. As discussões foram de bom nível. Pelos trabalhos em geral nota-se um nível crescente em relação ao ano anterior. No dia 01 de Junho também foi realizado o Workshop sobre: Pesquisa e Análise de Dados Ferramenta Sphinx. O Workshop apresentou novas tecnologias que podem agregar valor, confiabilidade e economia de tempo aos seus trabalhos de pesquisa. Na primeira parte do Workshop foi apresentado: 1. Enquêtes e Relatórios dinâmicos com o uso do Sphinx, onde falou-se sobre: Concepção de enquêtes, elaboração de questionário, tipologia de questões, definição de questões fechadas, numéricas, escalares, questões abertas tipo texto, etc.; Desenvolvimento e impressão de um formulário em papel, em tela para coleta dos dados por telefone, em tela para publicação na web; Definição de estratos a partir da amostra total.; Como realizar os testes estatísticos de análise de dados quantitativos. Tabelas, citações, observações, freqüências. Cruzamentos e aplicação de testes, formato de apresentação, com % em linha, em coluna; Criação de relatórios em PPT ou DOC a partir do Sphinx Eureka.

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Na segunda parte do Workshop foi apresentado: 2. Análise de dados qualitativos cujo tópico abordou: Análise Léxica; Ambiente léxico, Verbatim; Análise de Conteúdo; Codificação de conteúdo/criação de categorias; Análises e cruzamentos; Cruzamento de variáveis quantitativas/objetivas com as novas variáveis oriundas dos textos; Eureka; Automatismos na análise de textos (tabelas, reduções), cruzamentos, simplificações. Na terceira parte foi apresentado 3. Pesquisa via web onde falou-se sobre a Configuração de formulários web; a Publicação de pesquisas no SphinxOnline; a Publicação de relatórios no SphinxOnline e o Acesso a formulários e relatórios web. A sessão 3(H) teve como tema Project Management II / Gestão de projetos e o moderador foi o prof. Joshua Onome Imoniana da Universidade Metodista de São Paulo. Os trabalhos apresentados foram: Sistematização de projetos de outsourcing na área de redes e comunicação de dados por Luiz Sergio De Souza, Sandro Aparecido Ferraz, Solange N. A. de Souza, Andrea N. Ruas, Fusões e Aquisições - Integração Tecnológica em Bancos De Varejo por Nilo Sergio Maziero Petrin, Marcos Ribeiro Pereira Barretto, Método SCAMPI na avaliação do controle de gerenciamento de projeto: Um estudo de caso por Fulvio Alessander Longhi de Souza, José Marcelo Pereira de Araújo, Wankes Leandro Ribeiro, Rildo Ribeiro dos Santos, Especificidades e generalidades do varejo físico-virtual: o caso da Colombo Virtual Shop por Edimara Mezzomo Luciano, Mauricio Gregianin Testa. Segundo o moderador, Prof. Imaniana, os apresentadores chegaram em tempo e as apresentações foram feitas conforme programado. O trabalho de Luiz Sérgio de Souza, Prof. Da Unifieo e Doutor em Eng. Elétrica pelo Poli USP, sustenta a motivação pelo trabalho pelo aumento de concorrência, surgimento de novas relações de trabalho – desempenho, atualização tecnológica e inovação. Conclui que foi possível identificar os fatores que contribuem para o insucesso. O trabalho de Nilo Sergio Maziero Petrin, Professor da Unifieo, teve como motivação, fatores de globalização, correção de blocos econômicos e desregulamentação. Focaliza enfoques de conversão, convivência e renovação e conclui que os enfoques podem ser aplicados independentemente. O trabalho de Fúlvio Alessandro Longhi de Souza, Mestrando em Gestão em TI pela Universidade Católica de Brasília, compara enfoques de COBIT, SCAMPI E PMO. Como conclusão, os métodos SACAMPI E COBIT podem ser utilizados como um complemento no processo de avaliação de controle de gerenciamento de projetos. O trabalho de Edimara Mezzomo Luciano, Doutora pela URGS e professora da PUC Porto Alegre, apresenta como motivo do trabalho à comprovação de que sempre achamos que a 3ª Idade não se preocupa com virtual shopping. Estudou as Lojas Colombo na região de Passo Fundo em Porto Alegre. Conclui que as lojas que utilizam um virtual shopping tiveram vantagens competitivas em relação aos seus concorrentes. Aproximadamente, duas perguntas foram respondidas pelos apresentadores além das colocações complementares do moderador. A sessão 4(A) teve como tema IS Management / Gestão de SI e foi moderada por Dierone César Foltran Jr. da UFPG, Paraná. Os trabalhos apresentados foram: Análise de Componentes da Tecnologia de Business Process Management System (BPMS) sob a Perspectiva de um Caso Prático por José Osvaldo De Sordi, Andrea Giovanni Spelta, Aspectos da Utilização das Informações Geradas por Sistemas de Informações nas Decisões Organizacionais: um Estudo Realizado no Setor Metal-Mecânico Brasileiro por Gustavo Abib, Carlos Gabriel Eggert Boehs, Pedro José

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Steiner Neto, Proposta de criação de um Sistema de Avaliação de Desempenho por competências visando à maximização da qualidade de services: um estudo de caso no Centro Oftalmológico de Diagnose e Terapêutica por Marcos Dalmau, Kelly Cristina Benetti, Dante Marciano Girardi, SISTEMAS DE APOIO À DECISÃO: o SIAFI-Gerencial e sua ampla disponibilização às Unidades Gestoras de recursos públicos na Administração Pública Federal por Fábio da Silva Araújo, Karina Simões Campelo, Aldemar de Araújo Santos, Juliene Gama Tenório e Gerenciamento do Ciclo de Vida da Informação – Information Lifecycle Management (ILM) por Flaviano da Costa Cardoso de Sousa. Segundo o moderador, todos os trabalhos foram apresentados em tempo, sendo então aberto um espaço para discussão. Todos os trabalhos foram bastante questionados ao final, havendo inclusive debates e comentários extras da platéia. Em média foram feitas 3 perguntas por trabalho excedendo o tempo total. Na sessão 4(B) o tema foi IS Management II / Gestão de SI e a sessão foi moderada pelo prof. Ruthberg dos Santos da UFRRJ. Os trabalhos apresentados foram: O papel dos softwares de business intelligence e business performance management para a atuação de uma controladoria estratégica por Adilson Carlos Yoshikuni, Napoleão Verardi Galegale, Edson Luiz Riccio, Carlos Hideo Arima, A integração do BSC e Eva através da adoção do “corporate performance management” por Adilson Carlos Yoshikuni, Napoleão Verardi Galegale, Edson Luiz Riccio, Carlos Hideo Arima, Desenvolvimento e Utilização de um Sistema de Informações Para o Controle de Passivos Ambientais por Pedro Luiz Côrtes, Anisio Candido Pereira, CEPSS: Um Sistema de Suporte Especialista para Estimação de Custos e Formação de Preços em Empresas de Produção por Encomenda por Antônio Artur de Souza, Ewerton Alex Avelar, João Otávio Montanha Endrici, Rafael Alessandro Gatto. Segundo o moderador, estavam presentes os autores dos 4 artigos previstos para a sessão. O primeiro artigo, que trata de BI e BPM foi muito bem apresentado por Adilson Carlos Yoshikini, mostrando em maneira muito eficiente a qualidade do paper. O trabalho gerou amplo debate. O segundo trabalho, sobre integração BSC e EVA, teve sua apresentação feita também por Adilson Carlos Yoshikini. Mas uma vez a apresentação foi muito bem estruturada, demonstrando com clareza a relevância do tema. O trabalho foi capaz de gerar uma grande gama de perguntas. O terceiro trabalho tratou de forma muito apropriada da questão dos Passivos. Ambientação e do desenvolvimento de um sistema de informação para seu controle, em especial dos poluentes orgânicos persistentes (POPs). O trabalho gerou algumas questões respondidas rapidamente. A apresentação do quarto trabalho tratou de estimação de custo a formação de preços em empresa que trabalha única medida. Logo após a apresentação foram formuladas questões ao autor. Na sessão 4(C) e 4 (D) o tema foi Knowledge Management / Gestão do conhecimento. Na sessão 4 (C) o moderador foi o Prof. Reginaldo Arakaki. Os trabalhos apresentados foram: A organização em comunidades de prática com o objectivo de facilitar a implementação do planejamento estratégico numa Instituição de Ensino Superior por Miguel Rombert Trigo, José Ângelo Braga de Vasconcelos, Cláudia Camelo, Práticas de gestão do conhecimento baseadas na análise do programas de T&D orientados para o atendimento do objetivo estratégico de criação e ampliação de competências: o caso do SENAI/CTAI por Marcos Dalmau, Juliana Xavier de Souza Lisboa, A aplicação de um modelo para avaliar o estágio de utilização da TI no apoio à gestão do conhecimento por Luis Naito Mendes Bezerra, Antonio Roberto Pereira Leite de Albuquerque, SIGERON - Sistema de

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Gerenciamento Animal do Estado de Rondônia por Ana Paula Santos Sereia, Letícia Carvalho Pivetta Fendt, A implementação de novas tecnologias do conhecimento, a comunicação e o contexto cultural organizacional por Flavio Henrique dos Santos Foguel, Alessandro Marco Rosini. Na sessão 4(D) o moderador foi o prof. Pedro Nolasco Bonillo. Os trabalhos apresentados foram: Knowledge Management of Intellectual Capital por Feruccio Bilich, Ricardo DaSILVA, Análise de Flexibilidade em Economia da Informação:Modelagem de Equações Estruturais por Feruccio Bilich, Ricardo DaSILVA, Da Gestão da Informação à Gestão do Conhecimento – A Retórica do Recurso Mais Importante por José Rodrigues Filho, Fabrício Pereira Gomes, Gestão do Conhecimento: Um Recurso Essencial para o Sucesso de uma Organização por Graziela Oste Graziano, Isabela Oste Graziano, Osvaldo Elias Farah, Dalila Alves Corrêa. Segundo o moderador, “con respecto a la sesión que me toco coordinar aprecio mucho de la misma que se discutieron temas prácticos a nivel matemático sobre la gerencia del conocimiento y temas filosóficos sobre el conocimiento como tal, además que la ponencia final permitió la reconciliación entre la teoría y la praxis.” Na sessão 4(E) o tema foi IS and IT Governance / Governança em SI e TI e a moderação foi feita pela profa. Cristina Daí Pra Martens. Os trabalhos apresentados foram: Combinação de melhores práticas incorporadas em certificações por Gilmar Souza Santos, Proposta de Roteiro de Auditoria da Qualidade de Softwares de Sistemas de Informações Contábeis por Ilse Maria Beuren, Elizabeth Krummenacher Marçal, Os desafios da gestão de serviços de tecnologia de informação como preparação para a governança: o caso do Banco Central do Brasil por Sandra Sayuri Yamashita Nakagawa e Sistema de Previsão Índice de Desenvolvimento Humano nos municípios do Estado do Paraná: instrumento de controladoria para a tomada de decisões na gestão governamental por Jorge Eduardo Scarpin, Valmor Slomski. A sessão 4(F) tinha como tema Innovation in IT and IS / Inovação em TI e SI e foi moderada pelo Prof. George Leal Jamil. Os artigos que compunham esta sessão eram: A Emergência dos Canais Digitais nos Bancos de Varejo de Sylvio Kauffmann, Maria Alexandra Viegas Cortez da Cunha, Tecnologia da informação x inovação tecnológica no desenvolvimento de novos produtos na indústria de construção naval: um estudo de caso de Newton Narciso Pereira, Fernando José Barbin Laurindo, Perfil das Empresas Inovadoras: As Condições Facilitadoras da Aprendizagem Organizacional presentes nas Empresas Inovadoras de Produtos no Setor Eletro - Eletrônico Brasileiro de Marcos Antonio Curimbaba, Moisés Ari Zilber, Innovation networks and Virtuality de Mercy Escalante Ludeña, Adalberto Americo Fischmann, José de Jesús Pérez-Alcázar e Empreendendo Novas Tecnologias: Como se Organizar para Inovar sempre de Felipe Zurita Quadros, Bárbara Maria Soares Ramos. Segundo o moderador, todos os artigos foram apresentados. A sessão cumpriu tanto os objetivos de agenda como de conhecimento compartilhados. As contribuições foram de fontes variadas: instituições financeiras, indústria e serviço/comércio varejista. As discussões aplicadas de trabalhos de pesquisa acadêmica produziram um intercâmbio oportuno para os presentes, em termos de metodologia, estruturada pesquisa, entre outros.

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A sessão 4(G) teve como tema Competitive Intelligence / Inteligëncia Competitiva e foi moderada pelo Prof. Antônio Maurício Pitangueira. Os trabalhos apresentados foram: Aplicativo para Operacionalizar o Conceito de Inteligência Estratégica Antecipativa (IEA) numa Empresa de Software por Pedro Henrique Nascimento Rodrigues de Freitas, Henrique Mello Rodrigues de Freitas, Gerson Gensas, Raquel Janissek-Muniz, A Utilização do e-HR Como Ferramenta de Inteligência Competitiva por Roberto Dantas Brandão Junior, Cristina Mori Maciel, Célia cristina Zago, ¿Que son Nanorobots? Por Laercio Henrique Simões, Lizbeth Leonor Paredes Aguilar, Sergio Takeo Kofuji, O processo de inteligência competitiva – tendências de sua utilização em empresas exportadoras por David Vernon Vieira, Francisco Correia de Oliveira. Segundo o moderador, a sessão transcorreu com normalidade. As apresentações foram de bom nível. Existiram poucas questões após cada apresentação, mas todos os questionamentos foram de ótimo nível levando, por conseguinte, debates rápidos mas enriquecedores. Portanto, o moderador considerou a sessão extremamente proveitosa para os palestrantes e os ouvintes. Para os primeiros, a oportunidade de terem percebido sugestões sobre e temática abordada; para os seguintes, a relevância dos assuntos e apresentações de qualidade. A sessão 4(H) teve como tema Continuous Auditing / Auditoria Continua. O moderador da sessão foi o prof. Leonardo Nunes Ferreira. Os trabalhos apresentados foram: Measurement of the apparent level of Risks: A parameter for resources optimization in the process of Continuous Auditing por Joshua Onome Imoniana, Cesar Alexandre de Souza, Vicente Lentini Plantullo, Continuous auditing and analytical procedures por Eija Koskivaara, Analytical Procedures for Highly Disaggregate Data: Continuous Auditing Using Continuity Equations Models of Business Processes por Miklos A. Vasarhelyi, Alexander Kogan, Michael G. Alles, Jia Wu, Using Visualizations to Resolve Issues from Aggregation of Financial Information por Richard Dull, Lydia Schleifer, David Tegarden. Os Comentários do moderador a respeito da sessão são: A sessão foi bastante interessante, uma vez que para a maioria dos congressistas o assunto era novidade. Nesse sentido, o nível de discussão foi bastante esclarecedor e motivador para a realização de futuras pesquisas, no Brasil, a respeito da temática. É importante ressaltar que os expositores foram bastante receptivos ao debate. Inclusive, colocando-se à disposição para contatos futuros a fim de disseminar o conteúdo e forma mais profunda. No início das atividades os congressistas ficaram um pouco tímidos. Todavia, com o decorrer das apresentações o ambiente foi ficando mais descontraído. É importante ressaltar a participação do Prof. Dr. Miklos A. Vasarhelyi que muito contribuiu para a elucidação de algumas questões levantadas durante as apresentações. O assunto apresentado nos trabalhos é atualíssimo. Isso se deve ao fato do inter-relacionamento entre os seguintes assuntos: Lei Sarbanes-Oxley, Extesinble Business Reporting Language - XBRL e Continuous Auditing. O tema apresentado é multidisciplinar, uma vez que congrega conhecimentos relativos à Tecnologia da Informação, Contabilidade e Ciência da Informação. Creio que a temática apresentada foi um marco na apresentação de uma nova visão para a gestão e linguagem dos negócios.

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02 JUNE / 02 DE JUNHO (FRIDAY/SEXTA) O 3º CONTECSI contou pela primeira vez com duas sessões exclusivas para apresentação de comunicações, ou seja, artigos ainda em desenvolvimento. As duas sessões ocorreram paralelamente no dia 02 de junho. A primeira sessão foi moderada pelo prof. Vicente Lentini Plantullo. As comunicações apresentadas foram: Auditoria Fiscal Previdenciária em Ambiente SAP por Alexandre Vivas, Uma abordagem computacional sobre cálculo de áreas por aproximações numéricas por Barbara Lutaif Bianchini , Julio Arakaki, Leila Zardo Puga Gustavo Henrique Pereira dos Santos e Marcelo Tanus Gatto, Processo de compra de Tecnologias da Informação: proposição de um modelo conceitual de decisão por Ricardo Simm Costa, Henrique Freitas e Inteligência Estratégica Antecipativa e Coletiva para Tomada de Decisão por Raquel Janissek-Muniz, Humbert Lesca, Henrique Freitas. A segunda sessão foi moderada por Mauricio Pereira e as comunicações apresentadas foram: Proposta de Avaliação do Desenvolvimento das Habilidades de Comunicação no Programa de Aprendizagem “Estágio em Semiologia e Práticas Hospitalares I”, Baseada em Mapas Cognitivos. por Carlos Alberto Engelhorn, Danilo Giacobo, Marcos Augusto Hochuli Shmeil, Francieli Mognon, Museus Virtuais: como entender essa dimensão de divulgação das artes visuais diante das novas tecnologias? Por Silvia Meira, Empreendedorismo e desenvolvimento de micro e pequenas empresas: proposição de um modelo baseado na Internet para estimular a orientação empreendedora por Cristina Daí Prá Martens, Henrique Freitas, Por uma Sociedade da Informação por Lucilene Cury e Uma proposta epistemológica para a ciência da informação por Armando Malheiro da Silva. Também no dia 2 de junho o 3º CONTECSI contou com duas inovações. Dois painéis paralelos. O painel nacional foi proferido pelo prof. Prof. Valdemar Setzer, e entitulado Sistemas para Gerenciamento de Competências. Pela presença de vários participantes do congresso neste painel, percebeu-se o grande interesse pelo tema. O painel internacional foi proferido pelo Prof. JaeJon Kim, da Chonnam University da Korea. O Painel Wibro And Related Wireless Services In Korea também despertou a atenção de todo o público presente pela atualidade do tema e das experiências da Korea em relação do Wireless + Broadband. Ambos os painéis foram muito bem sucedidos. A sessão 5(A) teve como tema Knowledge Management II/ Gestão do conhecimento. Foi moderada por Julio Cunha. Os trabalhos apresentados foram: Modelo de Mensuração do Nível de Conhecimento Formal das Organizações: Um Estudo De Caso Em Instituição de Ensino por Ricardo Daher Oliveira, Eduardo Schiehll, Henrique Manuel Morais Diz, Jose Antonio Arante Salles, Ferramentas de Disseminação do Conhecimento em uma Instituição de C,T&I de Defesa Nacional por Antonio Ramalho de Souza Carvalho, Edson Aparecida de Araújo Querido Oliveira, Carlos Cezar de Mascarenhas, As competências fundamentais do gestor de organizações na transição da Economia de Informação para a Economia do Conhecimento, por Julio Araujo Carneiro da Cunha, Sérgio Takahashi, João Luiz

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Passador, e Metodologias de gestão do conhecimento aplicadas a pequenos negócios: um estudo de caso desenvolvido na empresa Quentinho Indústria e Comércio de Alimentos ltda por Marcos Dalmau, Jordan Paulesky Juliani, Douglas Paulesky Juliani. Segundo o moderador, as discussões foram bastante específicas e bem aprofundadas. As apresentações estavam bem argumentadas e gerou um debate de bom nível. O trabalho de Carvalho, Oliveira e Mascarenhas recebeu menção honrosa no 3º CONTECSI. A sessão 5(B) teve como tema novamente Knowledge Management / Gestão do conhecimento. O moderador da sessão foi o prof. Oscar Dalfovo. Os trabalhos apresentados foram: Constituição de grupos estratégicos de trabalho da Informação como uma ferramenta de gestão do conhecimento numa Instituição de Ensino Superior Privado por Miguel Rombert Trigo, Sandra Raquel Pinto Alves, Luc Marie Quoniam, Marici Gramacho Sakata; Gestão do Conhecimento no Setor Público: do discurso à prática por Fabrício Pereira Gomes e José Rodrigues Filho e Hacia una Cybercultura en Chile por Martin Montalva. Segundo o moderador, as palestras ocorreram normalmente, atendendo o horário de início e término de cada palestra. Houve uma boa discussão, inclusive, estavam presentes nesta discussão, pesquisadores do Brasil, Chile, Argentina, Portugal e França. As discussões ao final das palestras foram bastante proveitosas. Na sessão forum 5(C) o tema principal foi novamente Innovation in IT and IS / Inovação em TI e SI . A moderadora da sessão foi Cristina Dai Prá Martens. Os trabalhos apresentados foram: Supply Chain Management: Concepção Teórica e Desafios Práticos por Fulvio Cristofoli, Vicente Lentini Plantullo, VOIP: Benefícios e Implementação por Fulvio Cristofoli, Antonio Carlos Lago Junior, Carlos Henrique Feiteira, Proposta De Um Modelo De Mensuração De Desempenho E Sua Validação Em Uma Empresa Industrial por Hong Yuh Ching, Modelando e Executando Workflow com Técnicas de Planejamento Apoiado em Inteligência Artificial por Jony Teixeira de Melo, Lucas Bucci da Silveira, Carlos Roberto Lopes. Segundo a moderadora, os trabalhos desta sessão de Inovação em TI e SI eram de assuntos bastante diferentes, proporcionando um conhecimento mais abrangente de cada um dos temas, porém um debate mais limitado. Na sessão 5(D) o tema abordado foi a Internet. Os trabalhos apresentados foram: Protótipo para auxiliar no controle de vulnerabilidades em serviços da internet por Tatiana Annoni Pazeto, Alexandre Anderson dos Santos, As ações de marketing nas empresas têxteis de médio e grande porte na utilização da internet como instrumento estratégico por Fernanda Schroeder Macha Ostetto, Juarez Perfeito, Oscar Dalfovo, Paulo Mauricio Selig e E-mail in the workplace: a blessing or a curse? por Marta Rocha Camargo. Na sessão 5(E) o tema principal foi IT Public Policies / Políticas públicas Em TI. A sessão foi moderada por Ana Alice Vilas Boas. Os trabalhos apresentados foram: Modernização da gestão municipal apoiada na transferência do conhecimento e na tecnologia da informação: cadastro único por Antonio Ramalho de Souza Carvalho, Carlos Cezar de Mascarenhas, Francisco Cristovão Lourenço de Melo, Edson Aparecida de Araújo Querido Oliveira, Aspectos da política industrial de apoio ao desenvolvimento da indústria brasileira de semicondutores por Milton de Abreu Campanário, Marcello Muniz da Silva, Ricardo Leonardo Rovai, Tiago Ribeiro Costa

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e Diagnóstico e Plano Estratégico da Tecnologia da Informação no Setor Público do Estado de Sergipe por Cristina de Menezes, Maria Conceição Melo Silva. Segundo a moderadora, foram apresentados três artigos. Os apresentadores tiveram 25 minutos para apresentação e em seguida passava-se as perguntas. Teve uma pessoa na platéia que apresentou ótimas considerações, como por exemplo: Quais as referências de TI e PE em TI para a gestão Pública? Quais as implicações de se utilizar/adotar o Cadastro Único na Administração Municipal? Gerando um bom debate. Na sessão fórum 5(F) o tema foi IT Governance / Governança em TI. A sessão foi moderada por Adolfo Alberto Vanti e os trabalhos apresentados foram: Proposta para aplicação da sistemografia no modelo de gestão de projetos descrito no pmbok por Fernando Alexandre Rodrigues Gambôa, Ettore Bresciani Filho, Segurança da Informação em Instituições Culturais por Roberto Sanches Padula, Governo Eletrônico: uma avaliação dos websites das Secretarias de Receita Estaduais da Fazenda da região Nordeste do Brasil por Juliene Gama Tenório, Sebastião Marcos Campelo, Aldemar de Araújo Santos, José Francisco Ribeiro Filho e Gestão da Segurança da Informação - Um instrumento para agregar valor aos processos de negócios e não para penalizar o usuário por João Carlos Soares de Alexandria. Segundo o moderador, as palestras foram bem apresentadas e dentro do tempo pré-determinado. O nível de debate foi adequado às expectativas do moderador. O interesse maior ficou relacionado à segurança de sistemas. Destacando-se também a aplicação do método de sistemografia para o modelo de gestão de projetos. A sessão 5(G) teve como tema Financial and Accounting Inf. Systems/Sistemas de Inf. Contábeis e Financeiros. A moderação foi feita pela prof.a Jussara Pimenta da POLI-USP. Os trabalhos apresentados foram: Identificação das Necessidades de Informações Contábeis de Pequenas Empresas para Tomada de Decisão Organizacional por Angela Maria Stroeher, Henrique Mello Rodrigues de Freitas, Contribuição dos sistemas de informação como suporte à tomada de decisão: um estudo em Empresas de Pequeno Porte do Setor Hoteleiro do Município de Maceió – AL por Alexandre César Batista da Silva, Aldemar de Araújo Santos, Elyrouse Cavalcante de Oliveira, Josiel Francisco Barbosa, O Gerenciamento das Informações Contábeis no Setor de Confecções na Cidade de Toritama: Uma análise dessas Informações na Capital do Jeans por Wenner Glaucio Lopes Lucena, Marconi Araújo Rodrigues e Análise de risco de crédito com o uso de modelos de regressão logística e algoritmos genéticos por Maria Aparecida Gouvêa, Eric Bacconi Gonçalves. Segundo a moderadora, as apresentações foram boas. Alguns artigos ainda precisam ser mais bem desenvolvidos no referencial teórico. O artigo de Gouvêa e Golçalves estava muito bem estruturado e fundamentado. Houve discussões e contribuições para melhoria dos trabalhos. Os temas geraram interesse dos presentes. A sessão 5(H) também teve como tema a Internet, assim como a sessão 5 (D). A sessão foi moderada pelo prof. Armando Malheiro de Portugal. Os trabalhos apresentados foram: Gestão De Mitos E Barreiras Do "Electronic Business" por Odair Oliveira de Lima, Adoção e Uso do Comércio Eletrônico (CE) em Pequenas e Médias Empresas (PMEs) da Região Metropolitana do Recife (RMR) por André Felipe de Albuquerque Fell, José Rodrigues Filho e Fatores Críticos de Sucesso no Comércio Eletrônico sob a Ótica do Consumidor por Ruthberg dos Santos, Ayala Liberato Braga, Eliézer de O. Figueiredo, Manuela Davila.

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O 3º CONTECSI também se preocupou em destacar os melhores trabalhos, tanto do ponto de vista acadêmico quanto prático, apresentados no evento. Para tanto foram levados em consideração os pareceres dos membros do comitê científico para a classificação dos três melhores trabalhos.

D) TRABALHOS QUE RECEBERAM MENÇÃO HONROSA NO 3º CONTECSI-2006:

Menção honrosa conferida aos três melhores trabalhos apresentados no evento.

• Ferramentas de disseminação do conhecimento em uma instituição de CT&I de defesa nacional Antonio Ramalho de Souza Carvalho Edson Aparecido de Araújo Querido Oliveira Carlos Cezar de Mascarenhas

• CRM, Apprentissage et Contrôle Organizationnel Christophe Benavent Olivier de La Villarmois

• Análise de Flexibilidade em Economia de Informação: Modelagem de Equações Estruturais Feruccio Billich Ricardo DaSilva Paulo Ramos

E) ESTATÍSTICAS DO 3º CONTECSI:

Foram recebidos 177 trabalhos: • Sendo 79% do Brasil e 12% do Exterior. • Do Brasil foram recebidos trabalhos de 17 Estados • As avaliações de trabalhos resultaram em: • 40% aceitos • 48% aceitos condicionados a revisão e sugestões dos avaliadores • 10% não aceitos

Foram apresentados: • 177 trabalhos representando um total de 303 autores/co-autores.

Estiveram presentes: • 232 Participantes

Ocorrerão durante os 3 dias do evento: • 43 sessões paralelas de apresentação de trabalhos

o 125 artigos apresentados em Sessões Paralelas o 43 artigos em Fórum o 9 comunicações

Foram proferidas: • 19 Palestras Internacionais

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3º CONTECSI - 2006 Analysis of authors by origin and research topic Análise de autores por origem e temática

Country/País SPK ICT BDA EDS EDU EMP ERP IMA IST GTI GSI GPR GCO AGO ITS INC COA INT GPP SIC COM TOTAL

ARGENTINA 2 2 4 BRAZIL , BA 2 2 4 BRAZIL, AL 1 1 2 BRAZIL, CE 2 1 2 5 BRAZIL, DF 1 1 2 5 2 5 5 21 BRAZIL, ES 1 1 BRAZIL, GO 2 2 4 BRAZIL, MG 1 4 5 3 13 BRAZIL, PB 1 2 3 2 3 1 2 14 BRAZIL, PE 5 6 3 1 4 4 1 1 3 28 BRAZIL, PR 1 4 4 6 2 2 1 4 24 BRAZIL, RJ 2 5 8 2 3 3 4 27 BRAZIL, RN 2 2 BRAZIL, RO 2 2 BRAZIL, RS 6 2 4 5 4 2 2 6 31 BRAZIL, SC 2 4 2 3 4 2 3 5 2 4 8 1 40 BRAZIL, SE 1 1 2 BRAZIL, SP 4 11 2 18 3 4 10 9 2 24 10 13 16 6 13 3 3 1 9 2 9 172 CANADA 1 1 CHILE 1 1 COLOMBIA 2 2 4 COREA 4 4 FINLAND 1 1 FRANCE 1 2 1 6 1 1 12 GERMANY 1 1 ISRAEL 1 1 MEXICO 4 4 PORTUGAL 1 2 2 6 1 12 SPAIN 1 1 2 UNITED KINGDOM 1 1 USA 13 1 7 1 22 VENEZUELA 1 1 TOTAL 26 34 10 29 18 10 25 28 12 54 36 18 44 12 22 12 11 18 13 10 21 463

Spk – Speaker – Palestrante ICT – ICT Application – Aplicações da TI e SI BDA – Data Management – Gestão de Dados EDS – Software Engineering – Engenharia de Software EDU – Education and Society – Educação e Sociedade EMP – IT Entrepreneurship –Empreendedorismo em TI ERP – Enterprise Resource Planning – Sistemas de Informações Empresariais IMA – Information Management – Gestão da Informação IST – Information and Strategy – Informação e Estratégia GTI – IT Mamagement – Gestão da TI GSI – IS Management – Gestão de SI GPR – Project Management – Gestão de Projetos GCO – Knowledge Management – Gestão do Conhecimento AGO – IS and IT Governance – Governança em SI/TI ITS – Innovation in IT and IS – Inovação em TI e SI INC – Competitive Intelligence – Inteligência Competitiva

3rd CONTECSI – International Conference on Information Systems and Technology Management- 31 de maio a 02 de Junho de 2006

Vol.3, No. 1, 2006, p. 225-255

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COA – Continous Auditing – Auditoria Contínua de Sistemas INT – Internet GPP – Management & Public Policies – Gestão de Políticas Públicas SIC – Financial and Accounting Information Systems – Sistemas de Informações Contábeis e Financeiras COM – Communications - Comunicações Analysis of papers by research topic / Análise de artigos por temática GTI – IT Mamagement – Gestão da TI 18GCO – Knowledge Management – Gestão do Conhecimento 18ICT – ICT Application – Aplicações da TI e SI 15EDS – Software Engineering – Engenharia de Software 14GSI – IS Management – Gestão de SI 14ERP – Enterprise Resource Planning – Sistemas de Informações Empresariais 12IMA – Information Management – Gestão da Informação 11ITS – Innovation in IT and IS – Inovação em TI e SI 9COM – Communications - Comunicações 9EDU – Education and Society – Educação e Sociedade 8INT – Internet 8GPR – Project Management – Gestão de Projetos 7AGO – IS and IT Governance – Governança em SI/TI 7BDA – Data Management – Gestão de Dados 4IST – Information and Strategy – Informação e Estratégia 4INC – Competitive Intelligence – Inteligência Competitiva 4COA – Continous Auditing – Auditoria Contínua de Sistemas 4GPP – Management & Public Policies – Gestão de Políticas Públicas 4SIC – Financial and Accounting Information Systems – Sistemas de Informações Contábeis e Financeiras 4EMP – IT Entrepreneurship –Empreendedorismo em TI 3

Instituições e Departamentos representadas no 3º CONTECSI através de autores e participantes: • APADA - Associação de Pais e Amigos dos Deficientes Auditivos • Autbank Projetos e Consultoria Ltda. • Centro de Informática e Automação de Santa Catarina - CIASC • Centro de Integração Empresa Escola - CIEE • Centro Redes / CONICET • Centro Universitário de Jales • Centro Universitário FIEO • Centro Universitário Luterano de Ji-Paraná • Centro Universitário Monte Serrat • Centro Universitário Nove de Julho - UNINOVE • Centro Universitario SENAC • Centro Universitário UNIVATES • CERAG - UPMF Grenoble 2 • Clemson University • College of Business, Chonnam National University • Conselho Nacional de Desenvolvimento Cientifico e Tecnologico - Cnpq • ESALQ/USP • Escola de Administração de Empresas de São Paulo – Fundação Getulio Vargas • Escola Politecnica da Universidade de Sao Paulo • ESTiG - IPB, Portugal • Faculdada Adventista de Administração da Bahia • Faculdade de Administração e Informática Paulista • Faculdade de Engenharia de Guaratingueta - UNESP / FEG • Faculdade de Tecnologia Pastor Dohms • Faculdade Natalense para o Desenvolvimento do Rio Grande do Norte - FARN • Faculdade União Americana • Faculdade Vale do Ipojuca - FAVIP • Faculdades Alves Faria

Riccio, E.L., Sakata, M. G.

Revista de Gestão da Tecnologia e Sistemas de Informação/Journal of Information Systems and Technology Management

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• Faculdades Integradas Campo Grandenses • Faculdades Integradas de Cruzeiro • Faculdades Integradas Pedro Leopoldo • FUCAPE • Fundação de Pesquisa Alagoana - FAPEAL • Fundação Instituto de Ensino Para Osasco - UNIFIEO • Fundação Pedro Leopoldo • Fundação Santo André • Fundação Vanzolini • Instito Politécnico de Bragança, Portugal • Instituto de Pesquisas Energéticas e Nucleares - IPEN • Instituto de Pesquisas Tecnologicas - IPT • Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais • Instituto Nacional do Câncer • Instituto Stela • Instituto Tecnológico de Aeronáutica - ITA • Laboratoire CREG et Laboratoire LIUPPA, França • Museu de Arte Contemporanea da Universidade de São Paulo • PMIRPGCC - UNB/UFPB/UFPE/UFRN • Pontifícia Universidade Católica de Campinas • Pontifícia Universidade Católica de São Paulo • Pontifícia Universidade Católica do Paraná • Pontifícia Universidade Catolica do Rio Grande do Sul • Rutgers University • Sociedade Educacional Três de Maio • Turku School of Economics and Business Admistration, Finlandia • Uniao das Escolas Superiores de Lucas do Rio Verde - Univerde • União Metropolitana de Educação e Cultura • Universidade Estadual de Campinas - UNICAMP • UNiFEI • Unitech Tecnologia de Informação Ltda. • Universidad Autónoma del Estado de México, México • Universidad Central de Venezuela, Venezuela • Universidad de las Andes, Colombia • Universidad de Santiago de Chile, Chile • Universidade Católica de Brasília • Universidade Católica de Goiás • Universidade Católica de Goiás • Universidade Católica de Santos - UNISANTOS • Universidade Comunitária Regional de Chapecó • Universidade Cruzeiro do Sul • Universidade de Aveiros, Portugal • Universidade de Cuiabá - UNIC • Universidade de Fortaleza • Universidade de Montreal, Canada • Universidade de Sao Paulo • Universidade de São Paulo - EACH • Universidade de São Paulo – FEA • Universidade de São Paulo, Faculdade de Economia Administração e Contabilidade - FEA/USP • Universidade de Taubaté - UNITAU • Universidade do Sul do Estado de Santa Catarina - UNISUL • Universidade do Vale do Paraíba • Universidade do Vale do Rio dos Sinos - UNISINOS • Universidade Estácio de Sá • Universidade Estadual de Maringá • Universidade Estadual de Ponta Grossa • Universidade Estadual Paulista - UNESP • Universidade Estadual Paulista Júlio de Mesquita Filho • Universidade Estatudual Paulista • Universidade Federal de Pernambuco • Universidade Federal de Santa Catarina • Universidade Federal de Santa Catarina - UFSC • Universidade Federal de Sergipe • Universidade Federal de Uberlândia • Universidade Federal de Uberlandia - UFU • Universidade Federal do Ceará • Universidade Federal do Paraná - UFPR • Universidade Federal do Rio de Janeiro • Universidade Federal do Rio de Janeiro - COPPE • Universidade Federal do Rio Grande do Sul, PPGA/EA/UFRGS • Universidade Federal Fluminense

3rd CONTECSI – International Conference on Information Systems and Technology Management- 31 de maio a 02 de Junho de 2006

Vol.3, No. 1, 2006, p. 225-255

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• Universidade Federal Rural do Rio de Janeiro • Universidade Fernando Pessoa (UFP) • Universidade Fumec • Universidade Metodista de Piracicaba - UNIMEP/SP • Universidade Metodista de São Paulo • Universidade Norte do Paraná • Universidade Paranaense - UNIPAR • Universidade Paulista - UNIP • Universidade Presbiteriana Mackenzie • Universidade Regional de Blumenau (FURB) • Universidade Salgado de Oliveira • Université de Pau et des Pays de l''Adour, França • Université du Sud Toulon Var, França • Unochapeco • Walden University, EUA Entre outras

O 4º CONTECSI já está confirmado para os dias 30 e 31 de Maio, e 1 de Junho de 2007, na FEA USP, São Paulo. O Site é www.tecsi.fea.usp.br

UNIVERSIDADE DE SÃO PAULO

TECSI – LABORATÓRIO DE TECNOLOGIA E SISTEMAS DE INFORMAÇÃO 3º CONTECSI - INTERNATIONAL CONFERENCE ON INFORMATION SYSTEMS

AND TECHNOLOGY MANAGEMENT/ CONGRESSO INTERNACIONAL DE GESTÃO DA TECNOLOGIA E SISTEMAS DE INFORMAÇÃO

evento duplo:

11th WORLD CONTINUOUS AUDITING CONFERENCE

Institutions/ Instituições Organization/ Organização

APOIO / SPONSORS

Journal of Information Systems and Technology Management Revista da Gestão da Tecnologia e Sistemas de Informação ISSN online: 1807–1775 Quarterly/Quadrimestral

3º WORKSHOP BRASILEIRO DE XBRL 20 de Outubro de 2006

TECSI EAC FEA USP - SP/Brasil Objetivos: Este evento pretende explorar e darcontinuidade ao debate iniciado em 2004 no 1ºWorkshop e no 2º Workshop sobre a Linguagem XBRL- eXtensible Business Reporting Language. Promover a sua implementação no Brasil, possibilitando umareflexão sobre a formulação de políticas e critérios deutilização. A evolução na formulação e naimplementação dessas políticas possui implicaçõesimportantes para economias em desenvolvimento, comoa brasileira.

Reunirá pesquisadores, acadêmicos, profissionais deempresas privadas e de instituições governamentais.Deverá apresentar aos participantes as pesquisas quevêm sendo desenvolvidas na USP através do TECSI, edos trabalhos desenvolvidos por Pós-Graduandos na disciplina Sistemas de Informações Empresariais.Permitirá o compartilhamento de experiências entre asatividades relacionadas, o que pode se tornar uma raraoportunidade de se conhecer o estado da arte do XBRLno Brasil e no mundo. A troca de informações e opossível estabelecimento de um grupo brasileiro deimplementação do XBRL deverão propiciar discussõesmais consistentes para os especialistas desenvolvereminstrumentos necessários à implementação do XBRL noBrasil.

Inscreva-se! A participação é gratuita e aberta a todos os interessados, sendo necessária a pré-inscrição com antecedência. Enviaremos confirmação da inscrição por e-mail. Solicitamos informar no espaço para "observações", qual o seu interesse em participar do evento. Pré-inscrições incompletas não serão consideradas. Acesse o link abaixo: Pré Inscrição online no site www.tecsi.fea.usp.br

Local: Universidade de São Paulo Faculdade de Economia, Administração e Contabilidade, Av. Prof. Luciano Gualberto, 908 Sala da Congregação

Certificado: Será conferido certificado a todos os participantes. * Atividade da disciplina EAC 5846 -Inteligência Competitiva Aplicada a Sistemas de Informações Empresariais

Informações: E-mail para contato: [email protected] Telefone: 11 - 3091 5820 r. 125 c/ Marici Sakata

Organizadores: Prof. Edson Luiz Riccio, Prof. Miklos Vasahrelyi, Equipe de apoio: MSc. Marici Sakata, Ricardo Horimoto, Aline Rabelo

Público Alvo: O evento é voltado aos Administradores, Contadores, profissionais envolvidos com a área de Relações com Investidores e Divulgações Financeiras, Analistas e

Auditores de Sistemas, pesquisadores eacadêmicos envolvidos com a gestão daTecnologia e Sistemas de Informação e agovernança corporativa.

Prof. Dr. Edson Luiz Riccio Coordenador do 3º Workshop PhD. FEA USP em Sistemas de

Informação

PALESTRANTES CONVIDADOS

Prof. Dr. Frederico Florez, Banco de España, Madrid, ES

Miklos VasarhelyiPhD. Rutgers

Business School EUA

IT Director at the Bank of Spain. Managing Director of XBRLSpain. Mr. Federico Florez has over 20 years of experience inIT sector. He is currently Director of IT at the Bank of Spain.He is a member of the IT Committee of the European CentralBanks, Managing Director XBRL Spain and member of theExecutive Board of XBRL International. Mr. Florez was previously working for Telefonica, Alcatel and IBM. He holds Master in Business Administration and Computer Science. Heis an author of several publications and articles in specializedmagazines.

Professor Miklos A. Vasarhelyi has taught in accounting and system topics both at the graduate and executive programs in the US, Europe and South America. He has consulted on accounting and computer matters for the government and major firms in the US and Brazil. He is the director of the Rutgers Accounting Research Center and was area chairman for three years. He is the author of several books on Accounting,Computer Related Topics and Research, and over 70 articles in journals and publications. Prof. Vasarhelyi is joint Webmaster at the Rutgers Accounting Web (http://raw.rutgers.edu) the leading accounting Web site and principal investigator of the RAW project.

Journal of Information Systems and Technology Management Revista de Gestão da Tecnologia e Sistemas de Informação Vol. 3, No. 2, 2006, pp. 170 ISSN online: 1807-1775

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Congresso / Conference

4th CONTECSI International Conference on Information Systems and Technology Management

May 30-01 June, 2007 USP/São Paulo/SP FEA USP São Paulo, Brazil

1st CALL FOR PAPERS – Deadline February 08, 2007

The 4th - International Conference on Technology and Information Systems Management CONTECSI is an event focusing Technology and Information Systems Management under a multidisciplinary view. CONTECSI aims at putting together academics and professionals involved in IT and Systems management for a state-of-the-art discussion. International researchers are expected to contribute for the integration between the academic and the professional communities. The Conference welcomes papers submission for presentation and panel discussions. Major topics on interest include, but are not limited to: Information Society, Open Systems, Systems Interfacing and Integration, Wireless Computing, Entrepreneurship in IT and IS, Accounting Information Systems, E-Commerce / E-Business, Software Engineering, ERP Systems, Financial Management in Information Systems, IT Strategic Management, etc. Submit online a full paper and abstract in English, Spanish or Portuguese by February 08, 2006. All papers will be subject to a blind review process and full papers will be published (CD) in the Conference Proceedings. More information: http://www.tecsi.fea.usp.br/eventos/contecsi2007/ Coordination: Prof. Edson Luiz Riccio. PhD – FEA USP and TECSI Contact: [email protected]

4º CONTECSI Congresso Internacional de Gestão da Tecnologia e Sistemas de Informação

30 de Maio-01 de Junho 2007 USP/São Paulo/SP FEA USP São Paulo, Brasil

1ª CHAMADA PARA TRABALHOS – Data final 08/Fevereiro/2007

O 4º Congresso Internacional de Gestão da Tecnologia e Sistemas de Informação CONTECSI visa reunir acadêmicos e profissionais envolvidos com a temática de gestão para discussão do Estado-da-arte deste campo. Atualmente este campo encontra-se disperso em áreas específicas, carecendo de uma visão holística e integrada do assunto. O CONTECSI contará com a presença de palestrantes de renome, bem como estará aberto para a recepção de trabalhos para serem apresentados em sessões paralelas e painéis. Assim como compareceram nos anos anteriores, são esperadas personalidades, professores e pesquisadores do Brasil e do exterior, principalmente de Universidades da França, Inglaterra, Espanha, México, Portugal, Chile, Argentina, Colômbia, Uruguai, Venezuela entre outras. Os foco de interesse deste congresso inclui todas as abordagens referentes à gestão de Tecnologia e dos Sistemas de Informação nas instituições publicas e privadas e na sociedade em geral. Mais informações no site: http://www.tecsi.fea.usp.br/eventos/contecsi2007 Coordenação: Prof. Dr. Edson Luiz Riccio – FEA USP e TECSI Contato: [email protected]

Journal of Information Systems and Technology Management Revista da Gestão da Tecnologia e Sistemas de Informação ISSN online: 1807–1775 Quarterly/Quadrimestral

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Envie seu artigo sobre Gestão da Tecnologia de Informação para que seja publicado em uma de nossas edições para o e-mail: [email protected]. Seu artigo será avaliado pelo Conselho Editorial ou pareceristas ad hoc, que indicará seu artigo para publicação. Se necessário, o Conselho enviará ao autor uma resposta indicando as revisões necessárias para a publicação na Revista de Gestão da Tecnologia de Informação. Para a publicação, os artigos devem estar em acordo com os objetivos propostos por esta revista. Os autores devem certificar-se que o artigo não foi submetido ou publicado em outro meio de divulgação.

Instruções para submissão de artigo

Quanto à Formatação • Os artigos submetidos para publicação, deverão ser enviados em formato MS-Word por e-mail:

[email protected] ou disquete para ao endereço da Revista constante na sessão Expediente; • Na primeira página do artigo deverá constar: título, subtítulo (se houver), tema, nome, endereço,

telefone, fax e e-mail do autor e co-autores. (máximo de 3 autores/co-autores); • Na segunda página do artigo deverá constar: título, subtítulo (se houver), tema resumo de 100

palavras aproximadamente e 5 (cinco) palavras-chaves, se o artigo for aceito para publicação será solicitado o envio do abstract em inglês;

• Os artigos deverão ter no máximo 30 páginas em espaço duplo, fonte arial ou times new roman, tamanho 12;

• O autor deverá enviar com o artigo figuras, gráficos em alta qualidade com resolução de 300 dpi (figuras) com extensão jpg e/ou gif. Cada ilustração deve conter numeração e legenda. Deve ser feita referencia a figura ou tabela no corpo do texto.

Quanto à Estrutura • Os artigos enviados deverão constar, dentre os tópicos, dos seguintes itens (obrigatoriamente):

Resumo, Introdução, Objetivos, Justificativa, Problema/Questão, Metodologia, Resultados, Conclusão e Referência Bibliográfica;

• Incluir referências completas, relacionadas em ordem alfabética pelo sobrenome do primeiro autor. Elas deverão conter: nome dos autores, nome do periódico, número de volume (em negrito), número da página e ano da publicação (entre parênteses). Em caso de referências bibliográficas, apresentar o título em itálico, editora, cidade da editora e ano da publicação. Em caso de referências eletrônicas, apresentar nome dos autores, título do texto, endereço eletrônico da página e data de acesso. Ver norma NBR-6023 da ABNT;

• Poderá ser incluído um glossário ao final do artigo, caso o autor julgue necessário; • O(s) autor(es) deverá(ão) enviar um breve curriculum que indique sua formação, instituição/empresa

a que pertence e sua área atual de trabalho. Quanto ao Processo de Avaliação • Os artigos serão avaliados pelo Comitê Editorial em caráter de duplo "blind review". Os nomes dos

autores/co-autores não serão enviados aos pareceristas; o recebimento do artigo será prontamente confirmado através de comunicação eletrônica e não há data final para envio;

• Os direitos de "copyright" são do TECSI. Sugestões de livros para Resenha Sugestões de livros para resenha devem ser enviadas para o Prof. Edson Luiz Riccio pelo e-mail: [email protected]

Revista de Gestão da Tecnologia e Sistemas de Informação/Journal of Information Systems and Technology Management

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A copy of the referees'comments will be sent to the authors for improvement. For publication the article must following the guidelines below. Authors must state that their work had not been sumitted or publisehd elsewhere.

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