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Sobre a Pregação do Evangelho William R. Downing

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Traduzido do original em Inglês

A Catechism on Bible Doctrine (Version 1.7)

An Introductory study of Bible Doctrine in the Form of a Catechism with Commentary

By W. R. Downing • Copyright © 2008

O presente volume consiste somente em um excerto da obra supracitada

Publicado por P.I.R.S. PUBLICATIONS

Um Ministério da Sovereign Grace Baptist Church (www.sgbcsv.org)

Publicações Impressas nos Estados Unidos da América

ISBN 978-1-60725-963-3

Todos os direitos reservados somente ao autor. Nenhuma parte deste livro deve ser reproduzida

em qualquer forma que seja sem a permissão prévia do autor.

Tradução por Hiriate Luiz Fontouro

Revisão por Paul Cahoon, Benjamin Gardner, Albano Dalla Pria e Erci Nascimento

Edição Inicial por Calvin G. Gardner

Revisão Final por William Teixeira e Camila Rebeca Almeida

Edição Final e Capa por William Teixeira

Imagem da Capa: São Paulo perante o Areópago, por Rafael (Domínio Público)

1ª Edição: Fevereiro de 2016

As citações bíblicas usadas nesta tradução são da versão Almeida Corrigida Fiel | ACF

Copyright © 1994, 1995, 2007, 2011 Sociedade Bíblica Trinitariana do Brasil.

Publicado em Português como fruto de uma parceria entre os websites oEstandarteDeCristo.com e

PalavraPrudente.com.br, com a graciosa permissão do amado autor W. R. Downing (Copyright ©

2008) e do amado, saudoso e agora glorificado, Calvin G. Gardner.

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Sobre a Pregação do Evangelho Por William R. Downing

[Excerto de Um Catecismo de Doutrina Bíblica, por William R. Downing • Parte VIII]

Pergunta 138: O que é a pregação?

Resposta: A pregação é a entrega autorizada de uma mensagem dada por Deus, inteligen-

temente impressa sobre as mentes e os corações dos ouvintes com paixão e a unção do

Espírito Santo.

Atos 14:1: “E aconteceu que em Icônio entraram juntos na sinagoga dos judeus, e falaram

de tal modo que creu uma grande multidão, não só de judeus, mas também de gregos”.

1 Coríntios 2:3-5: “E eu estive convosco em fraqueza, e em temor, e em grande tremor. 4 E

a minha palavra, e a minha pregação, não consistiram em palavras persuasivas de sabe-

doria humana, mas em demonstração de Espírito e de poder; 5 para que a vossa fé não se

apoiasse em sabedoria dos homens, mas no poder de Deus”.

1 Tessalonicenses 2:13: “Por isso também damos, sem cessar, graças a Deus, pois,

havendo recebido de nós a palavra da pregação de Deus, a recebestes, não como palavra

de homens, mas (segundo é, na verdade), como palavra de Deus, a qual também opera

em vós, os que crestes”.

Veja também: Mateus 28:18-20; Marcos 16:15; Lucas 24:45-47; Atos 17:1-4, 11-12; 15-34;

18:4-11; 1 Coríntios 2:1-5; 2 Coríntios 2:14-17; Colossenses 1:28-29; 1 Tessalonicenses

1:3-10; 2:2-4; 1 Timóteo 1:8-16.

Comentário

A pregação do Evangelho é a primeira ordem do Cristianismo (Mateus 28.19; Marcos 16:15;

Romanos 10:9-15). O Novo Testamento dá o primeiro lugar para a pregação do Evangelho.

Por quê? A resposta repousa na natureza da verdadeira pregação: O que é a verdadeira

pregação? É a proclamação autorizada de uma mensagem dada por Deus para uma

ocasião especial, uma mensagem que é inteligentemente entregue com paixão humana, e

também com a unção do Espírito Santo. Esta mensagem é impressa sobre as mentes e os

corações dos ouvintes com convicção e poder. A verdadeira pregação pressupõe que Deus

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deu ao pregador uma mensagem distinta e específica, e que o Espírito Santo o capacita

para entregá-la.

A natureza única da pregação é observada no seguinte:

Primeiro, é bíblica. Deus ordenou a pregação como o principal meio para converter os

não-salvos (Romanos 10:17). A era do Novo Testamento foi caracterizada por uma

grande e eficaz pregação do Evangelho. A era Apostólica de Pentecostes até a

primeira perseguição do governo sob Nero foi uma era de constante avivamento (c.

33-68 AD). O Cristianismo espalhou-se pelo Império Romano de Jerusalém para

Antioquia, e da Babilônia no Oriente até as Ilhas Britânicas no Ocidente; e se espalhou

pela pregação. A pregação evangelística e missionária geralmente precede o teste-

munho pessoal, que é a obra daqueles convertidos sob a pregação.

Segundo, a pregação é autorizada. O testemunho pessoal geralmente não é autori-

zado, mas conversacional; a verdadeira pregação carrega uma nota autêntica e autori-

zada de que ela é única e inconfundível. A verdadeira pregação não só atrai a atenção,

ela exige a atenção.

Terceiro, a verdadeira pregação se expressa na unção do Espírito Santo. Existe

frequentemente uma consciência por parte tanto do pregador quanto dos ouvintes que

um poder maior do que o próprio pregador está presente e em operação. Isto não é e

não pode ser um mero falar em público. A verdadeira pregação é uma elocução profé-

tica, uma palavra dada com autoridade e unção Divinas. O testemunho pessoal por

contraste geralmente ocorre dentro do contexto de uma troca mútua.

Finalmente, a pregação do Evangelho habilita o pregador a entregar uma mensagem

completa que faz uma impressão definitiva sobre a mente e o coração. O testemunho

pessoal é muitas vezes incompleto ou inadequado por causa do contexto conversa-

cional dado.

Estas gloriosas realidades da pregação têm infelizmente declinado em nossos dias. Por

quê? As razões são variadas:

Primeira, a mudança na teologia, o pós-modernismo e o crescimento da igreja ou o

sucesso moderno, com sua abordagem “amigável para o frequentador” criaram uma

tendência afastada de qualquer autoridade bíblica no púlpito.

Segundo, o foco é mais sobre os programas ou psicologia do que sobre a doutrina;

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mais na mera persuasão humana do que no poder Divino. O espiritual em grande

parte deu lugar ao psicológico, social ou emocional.

Terceiro, a pregação doutrinária, que Deus ordenou, é vista como desnecessária ou

muito intelectual, muito impopular ou muito autoritária para o pluralismo moderno.

Finalmente, o mero emocionalismo tende a substituir a unção do Espírito Santo.

Não parece estranho que Deus ordenou a propagação do Evangelho por um meio aparen-

temente tão débil ou variável como a pregação: comunicação oral por meio de homens

falíveis? Mas é assim. Por quê? A pregação é usada por Deus para trazer glória para Si

mesmo (Isaías 54:17; Jeremias 1:4-10, 17-18; 1 Coríntios 2:1-5; 15:8-11; 2 Coríntios 4:1-7;

Efésios 6:18-20).

A pregação detém uma posição única e primária no propósito Divino. Nós precisamos orar

acerca do pregar e para que Deus levante pregadores (Mateus 9:37-38; Romanos 10:14-

15). Além disso, precisamos encontrar e sentar sob a verdadeira pregação, nós mesmos,

sim, a melhor pregação bíblica e incitar outros a fazerem o mesmo.

Ore para que possamos sempre ter a verdadeira pregação!

Pergunta 139: O que se entende pela “livre oferta do Evangelho”?

Resposta: “A livre oferta do Evangelho” significa que a verdade do Evangelho deve ser

oferecida a todos os homens sem discriminação ou distinção.

Marcos 16:15: “E disse-lhes: Ide por todo o mundo, pregai o evangelho a toda criatura”.

1 Timóteo 2:1-4: “Admoesto-te, pois, antes de tudo, que se façam deprecações, orações,

intercessões, e ações de graças, por todos os homens; 2 pelos reis, e por todos os que

estão em eminência, para que tenhamos uma vida quieta e sossegada, em toda a piedade

e honestidade; 3 porque isto é bom e agradável diante de Deus nosso Salvador, 4 que quer

que todos os homens se salvem, e venham ao conhecimento da verdade”.

Veja também: Mateus 7:6; 28:18-20; Lucas 24:45-47; Apocalipse 5:9; 14:6.

Comentário

As Escrituras são claras que não devem ser colocadas quaisquer restrições sobre o convite

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do Evangelho para se arrepender e crer no Senhor Jesus Cristo para perdão dos pecados

e a reconciliação com Deus. De fato, o convite do Evangelho é na realidade um manda-

mento Divino que atinge a todos os homens sem exceção: “...Deus... anuncia agora a todos

os homens, e em todo o lugar que se arrependam...!” (Atos 17:30).

Existem várias questões vitais sobre a livre oferta do Evangelho:

Primeira, a mensagem do Evangelho é a única mensagem de salvação e esperança

para este mundo perdido. Separados da pregação da pessoa e da obra redentora de

nosso Senhor, não existe absolutamente nenhum livramento para os pecadores (João

14:6; Atos 4:12).

Segunda, toda geração precisa ser regenerada. Todo ser humano nasce pecador, e

assim sob o seu poder reinante, sob a ira e a condenação Divina (João 3:18-21, 36).

A oferta universal do Evangelho encontra a necessidade universal da humanidade

perdida e condenada (Atos 4:12).

Terceira, existe uma nota inata de urgência dentro da mensagem do Evangelho. Os

pecadores são instados a arrependerem-se e crerem imediatamente, e não demora-

rem. As súplicas do Evangelho são sempre fortes e imperativamente urgentes (Mar-

cos 1:14-15; Atos 16:31; Romanos 10:9-10, 13; 1 Coríntios 6:1-2).

Existem duas visões que precisam de menção:

Primeira, das noções universalistas que ensinam que todos os homens eventualmente

serão salvos, ou que os pagãos que nunca ouviram o Evangelho serão salvos sem

ele. O primeiro é baseado na ideia de uma expiação universal, o segundo deriva da

ideia de que os homens podem alcançar a “perfeição sem pecado” por seus próprios

esforços legais numa escala em que eles serão aceitos por Deus quando fizerem o

seu melhor de acordo com a própria capacidade individual. Ambas as visões são

antibíblicas e cortam o nervo da urgência do evangelismo e do Evangelho.

Segunda: alguns sustentam que o eleito de Deus será regenerado separado do

Evangelho e assim será redimido, embora não convertido nesta vida (“salvação Condi-

cional no tempo”). Veja as Perguntas 83-84 e 87. Ambas as visões são contrárias às

Escrituras. O que é sustentado como teoria eventualmente se manifesta em

praticidade. A natureza humana tende à indolência (indiferença). A graça dá um fardo

para as almas dos homens e uma urgência para escutar o Evangelho. Nada deve ser

admitido para pôr de lado o claro ensino da Escritura e o mandamento para evange-

lizar todos os homens (Mateus 28:18-20; Marcos 16:15; Lucas 24:46-47).

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Nós possuímos este impulso e fardo para evangelizar?

Pergunta 140: Qual é a relação do chamado eficaz e a regeneração para a pregação do

Evangelho?

Resposta: O chamado eficaz e a regeneração limpam, habilitam e renovam as faculdades

do pecador, quebram o poder dominante do pecado, renovam a imagem de Deus em

princípio, e mediante a concessão da fé e do arrependimento, motivam e capacitam o

pecador a responder salvificamente ao Evangelho.

João 1:12-13: “Mas, a todos quantos o receberam, deu-lhes o poder de serem feitos filhos

de Deus, aos que creem no seu nome; 13 os quais não nasceram do sangue, nem da vonta-

de da carne, nem da vontade do homem, mas de Deus”.

João 6:44: “Ninguém pode vir a mim, se o Pai que me enviou o não trouxer; e eu o

ressuscitarei no último Dia”.

Atos 13:48: “E os gentios, ouvindo isto, alegraram-se, e glorificavam a palavra do Senhor;

e creram todos quantos estavam ordenados para a vida eterna”.

2 Tessalonicenses 2:13-14 “Mas devemos sempre dar graças a Deus por vós, irmãos

amados do Senhor, por vos ter Deus elegido desde o princípio para a salvação, em

santificação do Espírito, e fé da verdade; 4 para o que pelo nosso evangelho vos chamou,

para alcançardes a glória de nosso Senhor Jesus Cristo”.

Veja também: Jeremias 31:31-34; Ezequiel 11:19-20; 36:25-27; Mateus 19:28; 28:18-20;

João 3:3-8; Efésios 4:22-24; Colossenses 1:12-13; 3:9-10; 1 Timóteo 1:9; Tito 3:5.

Comentário

Veja as perguntas 81, 83, 84 e 87. O estado do pecador por natureza é tal que ele é absolu-

tamente incapaz de salvar a si mesmo. Sua incapacidade é espiritual, moral, intelectual e

satânica. Ele está espiritualmente “morto”, ou seja, um “cadáver” em um estado de morte

espiritual (Efésios 2:1-4; Colossenses 2:13): total e, absolutamente incapaz e sem vontade

de responder de forma salvífica à oferta gratuita do Evangelho. Além disso, ele é

moralmente incapaz, estando sob o poder reinante do pecado como o princípio controlador

e motivador de sua existência (Romanos 6:17-18, 20). Seu estado moral pecaminoso é

enfatizado em sua animosidade inata contra Deus e a Sua verdade (Romanos 8:5-8). Ele

também é intelectualmente aleijado de tal forma que não pode discernir a verdade do

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Evangelho de modo a compreendê-la salvificamente. A verdade do Evangelho que ele

conhece, ele suprime (Romanos 1:18-25; 3:11; 1 Coríntios 2:14; Efésios 4:17-19). A ima-

gem de Deus foi devastada dentro dele. Finalmente, ele está sob o controle do Diabo que

o cegou para a verdade do Evangelho para que ele não venha a crer, e que ainda tira

qualquer verdade que possa ser impressa em seu coração (2 Coríntios 4:3-6; Mateus 13:4,

19; 2 Coríntios 4:3-6).

O pecador também não está disposto a responder à livre oferta do Evangelho. Sua vontade,

como um livre agente moral, é a expressão irrestrita de sua natureza caída e pecaminosa

(João 5:40). Portanto, se este indivíduo deve ser salvo do poder reinante do pecado, con-

vertido e reconciliado com Deus, a salvação deve vir de fora, de cima, de uma fonte espiri-

tual superior e com uma força espiritual superior: externa e sobrenaturalmente. Isto nada

mais é do que a livre e soberana graça de Deus na realização da salvação. É a salvação

pela graça, no sentido mais completo do termo! Assim, a fé e o arrependimento são os dons

de Deus gratuitamente concedidos (Efésios 2:8-10; Atos 11:18), as consequências

imediatas da graça regeneradora, e a resposta salvífica à oferta gratuita do Evangelho.

A livre e soberana graça de Deus ao efetuar a salvação do pecador não é algo coercitivo,

ou seja, algo que de forma externa e forçosa faz alguém crer, por assim dizer, contra a sua

vontade. Pelo contrário, é uma obra de atração, recriação, livramento, libertação, capacita-

ção e remoção da inclinação natural do coração e da mente humana (Cf. Jeremias 31, 31-

34; Ezequiel 36:25-27; João 1:12-13; 6:37, 44; Romanos 6:1-14, 17-18, 22; 2 Coríntios 4:3-

6; Efésios 4:22-24; Colossenses 3:9-10). Por intermédio da operação gloriosa do chamado

eficaz e da regeneração, o pecador é habilitado a fugir de livre e espontânea vontade para

Cristo por libertação e encontrar o perdão dos pecados, por uma justiça imputada e uma

reconciliação com Deus. Veja as Perguntas 81, 83 e 92. Ele é despertado sobre o seu

estado perdido, convencido do pecado, acredita, compreende, se arrepende e voluntaria-

mente abraça o Senhor Jesus Cristo como tudo o que há na oferta gratuita do Evangelho.

Sua experiência subjetiva é aquela de grande convicção de pecado, de vir a Cristo em fé,

arrependendo-se, recebendo o perdão, de reconciliação com Deus e encontrando a paz

pela fé em Seu Filho. Veja a Pergunta 79.

Nós não devemos confundir a ordem lógica de salvação com uma ordem cronológica. Na

experiência, algumas destas realidades espirituais ocorrem simultaneamente. Deve-se

lembrar e enfatizar que o chamado e novo nascimento do pecador ocorrem no contexto da

pregação do Evangelho. A Palavra de Deus declarada, pregada, lida ou inculcada pelo

ensino é a instrumentalidade por meio da qual o chamado, a regeneração e a conversão

são efetuados e o contexto no qual ocorrem. Qualquer ensinamento doutrinário que diminui

o fervor evangelístico ou causa indolência em buscar a salvação dos pecadores é uma

visão desequilibrada e desobediente de evangelismo bíblico. Veja as Perguntas 135 e 139.

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Pergunta 141: Todo crente é chamado para o serviço Cristão?

Resposta: Todo crente é chamado para servir ao Senhor Jesus Cristo sem reservas.

Gálatas 2:20: “Já estou crucificado com Cristo; e vivo, não mais eu, mas Cristo vive em

mim; e a vida que agora vivo na carne, vivo-a pela fé do Filho de Deus, o qual me amou, e

se entregou a si mesmo por mim”.

1 Coríntios 10:31: “Portanto, quer comais quer bebais, ou façais outra qualquer coisa, fazei

tudo para glória de Deus”.

Veja também: Mateus 22:36-40; Romanos 1:1; 6:11-14, 17-18; 1 Coríntios 9:24-27; Efésios

4:1; 2 Timóteo 2:24-26; 2 Pedro 3:18.

Comentário

Existe frequentemente uma dicotomia entre “o serviço Cristão em tempo integral” e o

chamado do crente professo. Esta dicotomia é antibíblica. Todos os crentes são chamados

a serem Cristãos em tempo integral, para serem “escravos dispostos” do Senhor Jesus

Cristo e da justiça (Romanos 6:17-18) e serem fiéis até a morte (Apocalipse 2:10)! Nós

somos aqueles a quem o Senhor comprou com o Seu próprio sofrimento e sangue de vida,

resgatou-nos dentre a humanidade condenada, e Ele nos fez Seus próprios filhos queridos.

Quem nós somos, o que somos e o que temos tudo pertence a Ele (Romanos 6:17-18).

Cada pensamento, palavra e ação devem ser feitos subservientes ao Seu serviço e glória

(1 Coríntios 10:31).

Enquanto alguns são chamados por Deus para o ministério evangélico ou serviço missio-

nário estrangeiro, cada crente é chamado por Deus para ser testemunha da verdade do

Evangelho através de seus lábios e vida (Atos 1:8). Veja a Pergunta 142. Nós também

somos chamados para sermos fiéis ao ministério de uma igreja local. Os Cristãos do Novo

Testamento nunca são considerados como pessoas isoladas, separadas do ministério, da

disciplina e do companheirismo de uma assembleia local; supõe-se que eles estejam em

comunhão, servindo, doando, crescendo e confraternizando, todas essas ações implicam

participação em uma igreja local (Mateus 28:18-20; 1 Coríntios 12:27; Filemom 2; Hebreus

10:25).

O que o Cristão professo e individual pode fazer?

Primeiro, ele deve entregar-se ao Senhor; em reservas, e, assim, ser um Cristão

bíblico em tudo que fizer, aonde quer que vá e em tudo o que disser (Romanos 1:1;

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6:17-18; 12:1-2). Esta é a verdadeira base para um testemunho evangélico consis-

tente.

Segundo, ele deve procurar crescer na graça e conhecer o Seu Senhor e Salvador

cada vez mais (2 Pedro 3:18). Assim, deve atender fielmente aos meios públicos e

privados da graça. Veja as Perguntas 126 e 127.

Terceiro, ele deve encontrar um lugar de serviço dentro da irmandade e do ministério

de sua igreja local.

Quarto, ele deve procurar evangelizar pelo testemunho pessoal e reunir esforços para

difundir o Evangelho. Muitos pregadores e missionários descobriram a vocação Divina

deles enquanto envolvidos em tal serviço prático dedicado.

O que estamos fazendo para o bem do Evangelho?

Pergunta 142: Quem deve se entregar ao ministério público da Palavra?

Resposta: Aqueles que devem se entregar ao ministério público da Palavra são homens

fiéis e qualificados a quem Deus chamou e dotou para tal trabalho.

Atos 20:28: “Olhai, pois, por vós, e por todo o rebanho sobre que o Espírito Santo vos

constituiu bispos, para apascentardes a igreja de Deus, que ele resgatou com seu próprio

sangue”.

1 Timóteo 1:12: “E dou graças ao que me tem confortado, a Cristo Jesus Senhor nosso,

porque me teve por fiel, pondo-me no ministério”.

Veja também: Romanos 10:14-15; Gálatas 1:15-16; 1 Coríntios 1:17; 2 Coríntios 4:1-2;

Efésios 4:11-12; Colossenses 1:28-29; 1 Timóteo 3:1-7, 5:1, 17-20; 2 Timóteo 1:6-8, 11, 15;

2:24-26; 4:1-8; Tito 1:4-9.

Comentário

Deus chama os homens para o ministério evangélico. Alguns estão empenhados na obra

evangelística; outros pregam no contexto do pastorado, ou pregam no campo da obra

missionária seja nativa ou estrangeira.

Embora qualquer homem possa ficar de pé e falar em nome de Cristo em público, a

verdadeira pregação é a esfera da obra deixada para os que foram Divinamente chamados

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e dotados para esse trabalho. Este reconhecimento ou foco é essencial por causa da

natureza da pregação em si, e por causa dos rigores e provações do ministério evangélico.

Veja a Pergunta 138.

O chamado Divino para o ministério evangélico normalmente vem por meio de um relacio-

namento de uma igreja que está intimamente familiarizada com o homem, conhece seu

caráter moral, seus pontos fortes e fracos e reconhece seus dons dados por Deus. O discer-

nimento espiritual da igreja fica, assim, atrás do homem em separá-lo para o ministério do

Evangelho, acreditando que ele tem o discernimento corporativo necessário (1 Timóteo 3:1-

7; Tito 1:5-9), e conhece a vontade do Espírito Santo (Atos 13:2-4; 20:28; Romanos 10:15).

Deve ser um verdadeiro homem de Deus, homem verdadeiramente chamado por Deus. Ele

deve ser um homem de convicções fortes, de honestidade e de uma grande coragem moral,

contudo, também terno, gentil, paciente e razoável. O ministério do Evangelho não é lugar

para um homem mal-humorado ou contencioso (2 Coríntios 4:1-2; Gálatas 5:22-23; 1

Timóteo 3:1-7; 2 Timóteo 2.24-26; Tito 1:4-9). Deve ser observado que a ênfase sobre as

qualificações para o ministério do Evangelho e do pastorado são mais dadas ao caráter

pessoal e moral e às relações familiares do homem do que à pregação ou dons ministeriais.

O ministério do Evangelho pode e provavelmente custará tudo ao homem todo, se ele for

fiel; e até mesmo, talvez, dos seus amigos e família. Ambos os profetas do Antigo Testa-

mento e pregadores do Novo Testamento tiveram que enfrentar grande oposição e suportar

grandes provações e perseguição de seus inimigos e muitas vezes de seu próprio povo. As

vidas e os ministérios de Moisés, Samuel, Elias, ou do próprio Senhor Jesus, Estevão, do

apóstolo Paulo e de muitos outros todos testificam que um homem chamado por Deus deve

suportar muito. O ministério deve ser a sua própria vida, e ele deve ser comprometido com

ela sem reservas (2 Timóteo 4:1-5). Ele deve estar preparado para enfrentar a oposição,

adversidade e perseguição tanto de dentro quanto de fora da igreja, deve doar a si mesmo

sem reservas, independentemente das consequências (2 Coríntios 12:15; 2 Timóteo 4:2).

Sua pregação deve carregar as marcas da autoridade Divina e deve ser caracterizada pelo

poder Divino (1 Coríntios 2:3-5; 15:10). Caso ele não seja Divinamente chamado, ele acaba-

rá por falhar, perder o ânimo e falhar ou tender a comprometer a verdade.

Embora a ênfase nas qualificações esteja sobre caráter moral e pessoal de um homem, ele

deve ser dotado e empenhado em estudar de forma adequada e espiritualmente progredir

por si mesmo, e também se alimentar e levar sua congregação a um determinado grau de

maturidade espiritual (João 21: 15-17; Colossenses 1:28-29; 1 Timóteo 3:2; 4:6, 11-16; 2

Timóteo 1:13; 2:2, 15; 3:16-17; Tito 1:9-11).

Nenhuma língua sem inspiração tem retratado tão gloriosa e idealisticamente o ministro do

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Evangelho como as palavras de John Bunyan em “O Peregrino”, quando ele descreve a

cena na Casa do Intérprete e o retrato de um ministro do Evangelho:

...Cristão viu o retrato de uma pessoa muito séria pendurado na parede; e esta era a

forma dele. Tinha seus olhos levantados para o céu, o melhor dos livros em sua mão,

a lei da verdade estava escrita em seus lábios, o mundo estava atrás dele. Ficava

como se pleiteasse com os homens, e uma coroa de ouro pairava sobre a sua cabeça.

Qual é a nossa responsabilidade primária? “Grande é, em verdade, a seara, mas os obrei-

ros são poucos; rogai, pois, ao Senhor da seara que envie obreiros para a sua seara” (Lucas

10:2). Caso o chamado venha a nós, devemos responder!

ORE para que o ESPÍRITO SANTO use este Catecismo para trazer muitos

ao conhecimento salvífico de JESUS CRISTO para a glória de DEUS PAI!

Sola Scriptura! Sola Gratia! Sola Fide!

Solus Christus! Soli Deo Gloria!

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10 Sermões — R. M. M’Cheyne

Adoração — A. W. Pink

Agonia de Cristo — J. Edwards

Batismo, O — John Gill

Batismo de Crentes por Imersão, Um Distintivo

Neotestamentário e Batista — William R. Downing

Bênçãos do Pacto — C. H. Spurgeon

Biografia de A. W. Pink, Uma — Erroll Hulse

Carta de George Whitefield a John Wesley Sobre a

Doutrina da Eleição

Cessacionismo, Provando que os Dons Carismáticos

Cessaram — Peter Masters

Como Saber se Sou um Eleito? ou A Percepção da

Eleição — A. W. Pink

Como Ser uma Mulher de Deus? — Paul Washer

Como Toda a Doutrina da Predestinação é corrompida

pelos Arminianos — J. Owen

Confissão de Fé Batista de 1689

Conversão — John Gill

Cristo É Tudo Em Todos — Jeremiah Burroughs

Cristo, Totalmente Desejável — John Flavel

Defesa do Calvinismo, Uma — C. H. Spurgeon

Deus Salva Quem Ele Quer! — J. Edwards

Discipulado no T empo dos Puritanos, O — W. Bevins

Doutrina da Eleição, A — A. W. Pink

Eleição & Vocação — R. M. M’Cheyne

Eleição Particular — C. H. Spurgeon

Especial Origem da Instituição da Igreja Evangélica, A —

J. Owen

Evangelismo Moderno — A. W. Pink

Excelência de Cristo, A — J. Edwards

Gloriosa Predestinação, A — C. H. Spurgeon

Guia Para a Oração Fervorosa, Um — A. W. Pink

Igrejas do Novo Testamento — A. W. Pink

In Memoriam, a Canção dos Suspiros — Susannah

Spurgeon

Incomparável Excelência e Santidade de Deus, A —

Jeremiah Burroughs

Infinita Sabedoria de Deus Demonstrada na Salvação

dos Pecadores, A — A. W. Pink

Jesus! – C. H. Spurgeon

Justificação, Propiciação e Declaração — C. H. Spurgeon

Livre Graça, A — C. H. Spurgeon

Marcas de Uma Verdadeira Conversão — G. Whitefield

Mito do Livre-Arbítrio, O — Walter J. Chantry

Natureza da Igreja Evangélica, A — John Gill

OUTRAS LEITURAS QUE RECOMENDAMOS Baixe estes e outros e-books gratuitamente no site oEstandarteDeCristo.com.

— Sola Scriptura • Sola Gratia • Sola Fide • Solus Christus • Soli Deo Gloria —

Natureza e a Necessidade da Nova Criatura, Sobre a —

John Flavel

Necessário Vos é Nascer de Novo — Thomas Boston

Necessidade de Decidir-se Pela Verdade, A — C. H.

Spurgeon

Objeções à Soberania de Deus Respondidas — A. W.

Pink

Oração — Thomas Watson

Pacto da Graça, O — Mike Renihan

Paixão de Cristo, A — Thomas Adams

Pecadores nas Mãos de Um Deus Irado — J. Edwards

Pecaminosidade do Homem em Seu Estado Natural —

Thomas Boston

Plenitude do Mediador, A — John Gill

Porção do Ímpios, A — J. Edwards

Pregação Chocante — Paul Washer

Prerrogativa Real, A — C. H. Spurgeon

Queda, a Depravação Total do Homem em seu Estado

Natural..., A, Edição Comemorativa de Nº 200

Quem Deve Ser Batizado? — C. H. Spurgeon

Quem São Os Eleitos? — C. H. Spurgeon

Reformação Pessoal & na Oração Secreta — R. M.

M'Cheyne

Regeneração ou Decisionismo? — Paul Washer

Salvação Pertence Ao Senhor, A — C. H. Spurgeon

Sangue, O — C. H. Spurgeon

Semper Idem — Thomas Adams

Sermões de Páscoa — Adams, Pink, Spurgeon, Gill,

Owen e Charnock

Sermões Graciosos (15 Sermões sobre a Graça de

Deus) — C. H. Spurgeon

Soberania da Deus na Salvação dos Homens, A — J.

Edwards

Sobre a Nossa Conversão a Deus e Como Essa Doutrina

é Totalmente Corrompida Pelos Arminianos — J. Owen

Somente as Igrejas Congregacionais se Adequam aos

Propósitos de Cristo na Instituição de Sua Igreja — J.

Owen

Supremacia e o Poder de Deus, A — A. W. Pink

Teologia Pactual e Dispensacionalismo — William R.

Downing

Tratado Sobre a Oração, Um — John Bunyan

Tratado Sobre o Amor de Deus, Um — Bernardo de

Claraval

Um Cordão de Pérolas Soltas, Uma Jornada Teológica

no Batismo de Crentes — Fred Malone

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2 Coríntios 4

1 Por isso, tendo este ministério, segundo a misericórdia que nos foi feita, não desfalecemos;

2 Antes, rejeitamos as coisas que por vergonha se ocultam, não andando com astúcia nem

falsificando a palavra de Deus; e assim nos recomendamos à consciência de todo o homem,

na presença de Deus, pela manifestação da verdade. 3 Mas, se ainda o nosso evangelho está

encoberto, para os que se perdem está encoberto. 4 Nos quais o deus deste século cegou os

entendimentos dos incrédulos, para que lhes não resplandeça a luz do evangelho da glória

de Cristo, que é a imagem de Deus. 5 Porque não nos pregamos a nós mesmos, mas a Cristo

Jesus, o Senhor; e nós mesmos somos vossos servos por amor de Jesus. 6 Porque Deus,

que disse que das trevas resplandecesse a luz, é quem resplandeceu em nossos corações,

para iluminação do conhecimento da glória de Deus, na face de Jesus Cristo. 7 Temos, porém,

este tesouro em vasos de barro, para que a excelência do poder seja de Deus, e não de nós. 8 Em tudo somos atribulados, mas não angustiados; perplexos, mas não desanimados.

9 Perseguidos, mas não desamparados; abatidos, mas não destruídos;

10 Trazendo sempre

por toda a parte a mortificação do Senhor Jesus no nosso corpo, para que a vida de Jesus

se manifeste também nos nossos corpos; 11

E assim nós, que vivemos, estamos sempre

entregues à morte por amor de Jesus, para que a vida de Jesus se manifeste também na

nossa carne mortal. 12

De maneira que em nós opera a morte, mas em vós a vida. 13

E temos

portanto o mesmo espírito de fé, como está escrito: Cri, por isso falei; nós cremos também,

por isso também falamos. 14

Sabendo que o que ressuscitou o Senhor Jesus nos ressuscitará

também por Jesus, e nos apresentará convosco. 15

Porque tudo isto é por amor de vós, para

que a graça, multiplicada por meio de muitos, faça abundar a ação de graças para glória de

Deus. 16

Por isso não desfalecemos; mas, ainda que o nosso homem exterior se corrompa, o

interior, contudo, se renova de dia em dia. 17

Porque a nossa leve e momentânea tribulação

produz para nós um peso eterno de glória mui excelente; 18

Não atentando nós nas coisas

que se veem, mas nas que se não veem; porque as que se veem são temporais, e as que se

não veem são eternas.