6718672 evangelho do ceu vol1

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    EVANGELHO DO CU VOL. I

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    Evangelho do Cu Vol. I

    ENSINAMENTOS DE MEISHU SAMA

    EDITORA LUXORIENS

    Revisado em dezembro de 2005

    Meishu Sama

    EVANGELHO DO CU

    I - Iniciao

    Traduo

    Minoru NakahashiLux Oriens Editora

    2

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    Evangelho do Cu Vol. I

    Meishu Sama

    Evangelhbo do CuVol. 1 - Iniciao

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    Evangelho do Cu Vol. I

    Meishu SarnaEvangelho do Cu

    Volume I IniciaoLux Oriens Editora Ltda

    Rua Itapicuru, 849 - PerdizesSo Paulo - SP - Cep. 05006-000

    Foner(Oxxll) 3675-6947

    Homepage: http:/ /www.lux-oriens.com.br

    E-mail: [email protected]

    1a edio: 15 de junho de 2002

    ISBN n 85-88311-06-2

    Dados Internacionais de Catalogao na Publicao (CIF)(Cmara Brasileira do Livro, SP, Brasil)

    Sama, Meishu, 1882-1955.Evangelho do cu / Meishu Sama; traduo Minoru Nakahashi.

    So Paulo : Lux Oriens, 2001.

    Ttulo original: Tengoku no fukuin

    1. Sama, Meishu, 1882-1955 - Ensinamentos I.

    Ttulo

    01-5332CDD-299.56

    4

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    Evangelho do Cu Vol. I

    Deus e Meishu Sama!

    Exultantes de alegria e sinceramente agradecidos pelafora e proteo constantes, esteio permanente na elaborao

    desta obra, dizemos-Vos, do fundo dos nossos coraes,obrigado!

    Rogamos tambm que o Evangelho do Cu traga para a

    humanidade a Boa Nova da Era do Dia.

    5

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    Evangelho do Cu Vol. I

    NDICE............................................................................................................................................. ....1

    EVANGELHO DO CU VOL. I................................................................................................ .....1

    ENSINAMENTOS DE MEISHU SAMA ................................................................. ....................2EDITORA LUX ORIENS ................................................................................. ..........................2REVISADOEMDEZEMBRODE 2005 ........................................................................ ............................2NDICE..................................................................................................................................... .6PREFCIO................................................................................................... ..........................10INTRODUO.................................................................................................................... ....13MAKOTO........................................................................................................... .....................14CAPTULO I - NOES PRELIMINARES........................................................................... ...151 - PARAENTENDEROCONCEITODEINICIAO............................................................................ ........15

    1.1 - Seja um novo homem ...................................................................................................................151.2 - Nobreza de atitudes .....................................................................................................................16

    1.3 - Linha divisria ...................................................................................................................... ......172 - OBJETIVODOPROCESSOINICITICO ................................................................. ...........................17

    2.1 - Entender a finalidade da f ........................................................................................................ .17

    2.2 - Arrepender-se ....................................................................................................................... .......182.3 - Buscar o aprirnoramento ............................................................................................................18

    2.4 - Mudar de vida ....................................................................................................................... ......18

    CAPTULO II - CONDIES BSICAS PARA INICIAR O CAMINHO DA ELEVAO..........201 - MAKOTO........................................................................................................ .......................20

    1.1 - Para entender o significado ....................................................................................................... .201.1.1 - O que makoto? ................................................................................................... ........................... ....20

    1.1.2 - Atitude correta ................................................................................................ .......................... ..... ..... .201.1.3 - Prtica do makoto ........................................................................................................... ............. ..... ...21

    1.2 - Para adquirir makoto ..................................................................................................................221.2.1 - Respeitar os compromissos .......................................................................................... ..... ..... ...... ..... ..22

    1.2.1.1 - Desempenho das obrigaes ................................................................................. ..... ..... ...... ..... ..221.2.2 - Ser honesto .............................................................................................................. ................ ..... ..... .23

    1.2.2.1 - F verdadeira .......................................................................................................... ................... ...23

    1.2.2.2 - Honestidade ....................................................................................................... .... ..... ..... ..... ..... ..242.3 - Amar ao prximo ............................................................................................. .................................. ....24

    1.2.3.1 - Censuras ...................................................................................................... ............................. ....24

    1.2.3.2 - Julgamentos ....................................................................................................... .... ..... ..... ..... ..... ..251.2.3.3 - Bom senso ............................................................................................ .................................. ..... .26

    1.2.4 - Praticar a humildade ............................................................................................................. ... ..... ..... .271.2.4.1 - Os ltimos ........................................................................................................... .............. ..... ..... .27

    1.2.5 - Combater medos e culpas ....................................................................................................... ..... ..... ..291.2.5.1 - F e liberdade .............................................................................................. ........................ ..... ....29

    1.2.5.2 - Respeito ............................................................................................................. ....... ..... ..... ..... ....311.2.5.3 - Opresses ................................................................................................ ........................... ..... .....31

    2 JUSTIA......................................................................................................... ......................322.1 - Senso de justia ..........................................................................................................................32

    2.1.1 - Fatores determinantes ............................................................................................................. .... ..... ....32

    2.1.2 - Grande tolice ............................................................................................... ......................... ..... ..... .....332.1.3 - Caminho da felicidade ................................................................................................. ............... ..... ....34

    2.2 - O domnio dos jashin ...................................................................................................................34

    2.3 - Justia e religio .............................................................................................................. ........ ...363 - ELIMINAODEEGOSEAPEGOS................................................................................................ ..37

    3.1 - Como eliminar? ...........................................................................................................................37

    3.2 - Apego entre casais .......................................................................................................................383.3 - Apego na propagao da f .........................................................................................................38

    3.4 - Superar o Ego ..............................................................................................................................39

    4 - PACINCIA............................................................................................................... ..............394.1 - Controlar a ira ..................................................................................................................... .......39

    4.2 - Preparo para grandes misses ....................................................................................................41

    4.3 - Um exemplo marcante .................................................................................................................41

    4.4 - Evitar precipitaes .......................................................................................................... ......... .425 - TRANQILIDADE................................................................................................................. ......42

    5.1 - Esperar com tranqilidade ..........................................................................................................42

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    Evangelho do Cu Vol. I

    5.2 - Entregar-se a Deus ......................................................................................................................43

    5.3 - Agir com tranqilidade ...................................................................................................... .........43CAPTULO III - NOES DE SABEDORIA................................................. ..........................451 - DISCERNIMENTO.......................................................................................................... ............45

    1.1 - O homem pode mudar o seu destino .................................................................................... .......451.2 - Ser amado por Deus ....................................................................................................................46

    1.3 - O Bem e o Mal .............................................................................................................................481.3.1 - Causas determinantes ...................................................................................................... . ..... ..... ..... ....481.3.2 - Diferena entre Bem e Mal ................................................................................................ ............. .....49

    1.3.3 - Esperteza .......................................................................................................... ..................... ..... ..... ....501.3.4 - Autopunio ....................................................................................................... .............. ..... ..... ..... ....501.3.5 - Concluso ................................................................................................ ..................................... ..... ..50

    1.4 - Uma nova etapa ................................................................................................................. .........511.5 - F celestial e infernal .................................................................................................................52

    1.5.1 - Diferenas ........................................................................................................ ............... ..... ..... ..... .....521.5.2 - Misso da Messinica .................................................................................................... ................ ..... .52

    1.5.3 - Messinica e outras religies ................................................................................................... ..... ..... ..541.5.4 - Concluso ................................................................................................ ..................................... ..... ..55

    1.6 - O homem mau .............................................................................................................................561.6.1 - Como ? ................................................................................................ ............................ ..... ..... ..... ...56

    1.6.2 - Sentimentos do homem mau ........................................................................................................... .. ...571.7 - No ser odiado ......................................................................................................................... ...57

    1.8 - Dvidas ........................................................................................................................ ......... .......582 - DOMNIODOMATERIALISMO...................................................................................... ..................60

    2.1 - Desonestidade ....................................................................................................................... ......60

    2.2 - Soluo possvel ..........................................................................................................................612.3 - Educao verdadeira ........................................................................................................ ......... .62

    3 - PODERDA LUZDE DEUS..................................................................................... .....................633.1 - Luz Divina versus dogma ...........................................................................................................63

    3.1.1 - Luz Divina .......................................................................................................... ............................... ..633.1.2 - Dogmas ............................................................................................................ ................. ..... ...... ..... ..63

    3.1.3 - Importncia das leis ..................................................................................................... ................. ..... ..64

    3.2 - Milagre .......................................................................................................................................653.2.1 - O que ? ......................................................................................................... ................ ..... ..... ..... ..... .653.2.2 - Significado da aura ......................................................................................................... ............ ..... ....66

    3.2.3 - Foras extramateriais .............................................................................................. ....................... ..... .673.2.4 - Concluses gerais ............................................................................................. ........................ ..... ..... .67

    3.2.4.1 - Milagre, uma ocorrncia normal ............................................................................. ..... ..... ..... ..... .673.2.4.2 - Ampliao da aura ............................................................................................. ...................... .....68

    3.3 - Sermes .......................................................................................................................... ......... ....68

    3.4 - Luz Divina e luz material ......................................................................................................... ...703.5 - Ohikari ........................................................................................................................ ......... .......71

    CAPTULO IV - PURIFICAO.................................................................................... ..........721 - NOES BSICAS.......................................................................................... .........................72

    1.1 - O homem mau um doente ...................................................................................................... ...72

    1.2 - Causas das doenas ........................................................................................................... .........731.3 - Toxina congnita .................................................................................................................. .......73

    1.4 - Toxina rica .................................................................................................................................741.5 - Toxina medicamentosa ............................................................................................................ ....751.6 - Consideraes finais ................................................................................................................ ...76

    1.7 - Purificaes severas ....................................................................................................................761.8 - Auto-recuperao ........................................................................................................................77

    2 - TIPOSDE PURIFICAO.......................................................................................................... ...772.1 - Fsicas ........................................................................................................................................77

    2.1.1 - Causas .............................................................................................................. .................. ..... ..... ..... ..772.1.2 - Todo remdio droga ................................................................................................ ............... ..... ..... .782.1.3 - Toxinas e doenas ............................................................................................. ............................. ..... .79

    2.1.4 - Produo de remdios ............................................................................................................ ............. .80

    2.2 - Materiais ........................................................................................................................ ......... ....832.2.1 - Danos materiais .............................................................................................. .......................... ..... ..... .83

    2.2.2 - Incndios .............................................................................................................. ................. ..... ..... ....842.3 - Mentais .................................................................................................................................... ....852.3.1 - Causas .............................................................................................................. .................. ..... ..... ..... ..85

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    Evangelho do Cu Vol. I

    2.3.1.1 - Encosto espiritual ...................................................................................................... .......... ..... ....85

    2.3.1.2 - Enrijecimento do pescoo ....................................................................................... ..... ..... ..... ..... .852.3.2 - Anemia cerebral e fenmeno do encosto ........................................................................ ..... ..... ..... ..... .86

    2.3.3 - Funes do crebro ........................................................................................................ .................. ....862.3.4 - Manifestao da vontade ..................................................................................................... ..... ..... ..... .87

    2.3.5 - Esperteza do negativo .................................................................................................... ................ ..... .872.3.6 - Poder de atuao do encosto .............................................................................................. ............ ..... .88

    2.3.7 - Histeria ................................................................................................. ..................................... ..... .....882.3.8 - Os criminosos ................................................................................................... ............................ ..... ..89

    2.3.9 - Concluses ......................................................................................................... ............... ..... ...... ..... ..89

    2.4 - Espirituais ...................................................................................................................... ......... ....902.4.1 - Doenas e espritos .................................................................................................... ................. ..... ....902.4.2 - Nuvens espirituais ......................................................................................................... .... ..... ..... ..... ...91

    2.4.3 - Mculas e doenas ....................................................................................................... .................. ..... .922.4.4 - Dissipao das mculas ........................................................................................................ ..... ..... .....92

    3 - APROFUNDAMENTOSOBREA LEIDA PURIFICAO................................................. ..........................933.1 - Instrumentos de purificao ........................................................................................................93

    3.2 - Relao entre remdio e doena ....................................................................................... ......... .943.3 - Processos de eliminao das toxinas ....................................................................................... ...95

    3.4 - Capacidade de regenerao do organismo .................................................................................983.5 - Poder natural de cura .............................................................................................................. ...99

    3.6 - Alimentos e manuteno da sade ..................................................................................... .......1003.7 - Eliminao de mculas ....................................................................................................... ......101

    3.8 - Despertar para a vontade de Deus ................................................................................ ........ ...1013.9 - Sofrimentos intensos ..................................................................................................................102

    3.10 - Misericrdia de Deus ............................................................................................................ ..103

    3.11 - Causa da infelicidade ..............................................................................................................104

    3.12 - Hospital e religio ...................................................................................................................1043.13 - O trabalho messinico .................................................................................................. ........ ..105

    3.14 - Delinqncia juvenil ..................................................................................................... ........ ..1063.15 - Corrupo e criminalidade ................................................................................................... ..107

    CAPTULO V MUNDO INVISVEL......................................................................... ............1091 - PLANOESPIRITUAL.................................................................................................... .............109

    1.1 - Organizao do plano espiritual ...............................................................................................1091.2 - Camadas do Reino Espiritual ....................................................................................................110

    1.3 - Relao do homem com o Mundo Espiritual .............................................................................1111.4 - Elevao do yukon ............................................................................................................... ......111

    1.5 - Enigma do Mundo Espiritual ........................................................................................... ........ .1121.6 - Esprito Protetor ...................................................................................................................... ..114

    1.7 - Espritos demonacos .................................................................................................................1141.8 - Crianas superdotadas ............................................................................................................ ..115

    1.9 - Causas da existncia de superdotados ................................................................................. .....116

    1.10 - Os trs grandes planos .......................................................................................................... ..1172 - FIOSESPIRITUAIS........................................................................................................ ...........119

    2.1 - Em que consistem? ............................................................................................................... .....1192.2 - Ligaes por fios espirituais ................................................................................................. ....120

    2.3 - Variaes de espessura ..............................................................................................................1202.4 - Luminosidade .................................................................................................................. ........ ..120

    2.5 - Importncia dos fios espirituais ................................................................................................1202.6 - Influncia exercida pelos fios espirituais ..................................................................................121

    2.7 - Diferenas entre fios espirituais ................................................................................................1232.8 - Fios espirituais divinos ....................................................................................................... ......123

    2.9 - Fios espirituais e objetos ...........................................................................................................1242.10 - Ligaes crmicas ...................................................................................................................124

    3 - VIBRAOESPIRITUALEAURA............................................................................................... ....1263.1 - O que aura? .......................................................................................................................... ..1263.2 - Cor .............................................................................................................................................126

    3.3 - Espessura ......................................................................................................................... .........1273.3.1 - Modificaes de espessura ........................................................................................... ..... ..... ..... ..... .127

    3.4 - Essncia da aura ................................................................................................................ .......1273.5 - Causa dos insucessos ............................................................................................................. ...1283.6 - Exemplos dignos de nota ...........................................................................................................129

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    Evangelho do Cu Vol. I

    3.7 - Algumas concluses correlatas ............................................................................................... ..130

    3.8 - Concluses finais .......................................................................................................................1314 - VIDAEMORTE................................................................................................... ...................131

    4.1 - Vida aps a morte ......................................................................................................................1314.2 - Conceito de morte ............................................................................................................... ......133

    4.3 - Reminiscncias de vidas passadas ......................................................................................... ...133

    4.4 - Idade espiritual ................................................................................................................ .........1354.5 - Afinidades ..................................................................................................................................1354.6 - Reencarnao ...........................................................................................................................136

    4.6.1 - Processo evolutivo .................................................................................................. ....................... ....136

    4.6.2 - Prematuras ................................................................................................. .................................. ..... .136

    4.7 - Causa da infelicidade na atual vida terrena ........................................................................... ..1374.8 - Respeito aos mortos ......................................................................................................... .........137

    4.9 - Desapego ................................................................................................................................. ..1384.10 - Vida e morte de mamehito .......................................................................................................140

    5 - COMPOSIODO MUNDO ESPIRITUAL............................................................... .........................1405.1 - Reino do Cu ............................................................................................................................140

    5.1.1 - Nveis ............................................................................................... .................................. ..... ..... .....1405.1.2 - Atuao do Reino do Cu ................................................................................................... ..... ..... .....141

    5.1.3 - Mundo bdico ................................................................................................... ......... ..... ..... ..... ..... ..1425.1.3.1 - Gokuraku ........................................................................................................... ... ..... ..... ..... ..... .142

    5.1.3.2 - Joodo ......................................................................................................... ............................ .....1435.1.3.3 - Kannon no mundo bdico ....................................................................................... ..... ..... ..... ....143

    5.2 - Inferno ................................................................................................................................ .......1435.2.1 - Mundo infernal................................................................................................. ........................ ..... ....143

    5.2.2 - Montanha de agulhas ................................................................................................... ............. ..... ....1445.2.3 - Lagoa de sangue .................................................................................................... ............... ..... ..... ...144

    5.2.4 - Regio dos famintos ................................................................................................... ....... ..... ..... ..... .1455.2.5 - Inferno animalesco .......................................................................................................... . ..... ..... ..... ..1465.2.6 - Shura-do ............................................................................................... ................................. ..... ..... ..1475.2.7 - Shiki-do .................................................................................................. .................................. ..... ....148

    5.2.8 - Shonetsu ............................................................................................... ................................. ..... ..... ..1495.2.9 - Inferno das cobras ................................................................................................ ....... ..... ..... ..... ..... ..149

    5.2.10 - Inferno das formigas ........................................................................................................ ......... ..... ..149

    5.2.11 - Quarto das abelhas .............................................................................................................. ....... ..... .1506 - FENMENOSESPIRITUAIS............................................................................................. ............151

    6.1 - Esprito dos seres ............................................................................................................... .......151

    6.2 - Ondas cerebrais .............................................................................................................. ........ ..1526.3 - Esprito vivo ........................................................................................................................ ......153

    6.4 - Paixes incontrolveis .................................................................................................... ........ ..1546.5 - Indiferena aps o casamento ...................................................................................................155

    6.6 - Troca de Protetor ........................................................................................................... ........ ...1556.7 - Namoro do ponto de vista espiritual ...................................................................................... ...156

    6.8 - Amortecimento corporal ................................................................................................ ........ ...1576.9 - Influncia de antepassados ................................................................................................ .......160

    PROPOSIO FINAL.......................................................................................................... .161ADENDO..................................................................................................... .........................162

    GLOSSRIO..................................................................................................................... ....164

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    Evangelho do Cu Vol. I

    PREFCIO

    Meishu Sama sempre divulgou os Ensinamentos que lhe

    foram revelados por Deus atravs de publicaes em jornais e

    revistas da Igreja, bem como por meio de palestras feitas para

    mamehito e ministros. Nessas ocasies, abordava assuntos

    variados que abrangiam no s o campo religioso, moral ou

    filosfico, mas tambm cincia, especialmente a Medicina, Poltica,

    Educao, Arte, Histria, Agricultura da Grande Natureza, alm de

    outros temas diversos, tais como: ordem social, sabedoria, Mundo

    Espiritual, Bem e Mal, enfim qualquer ocorrncia que, direta ou

    indiretamente, interferisse no comportamento humano.

    De um modo geral, os artigos ou mesmo o contedo das

    palestras analisavam, de uma s vez, as mais diversas questes,

    todas elas consideradas sob um ponto de vista totalmente

    inovador, tendo por base a revelao divina, bem como

    experincias vividas e pesquisas realizadas por Meishu Sama,

    cuja finalidade era formar o homem para viver na Nova Civilizao,

    que se iniciaria no presente sculo XXI.

    De outra parte, todos os princpios contidos nos

    Ensinamentos foram sendo gradativamente explicados de acordo

    com as necessidades do momento. Assim, muitos deles

    constituram respostas a perguntas formuladas pelos estudiosos e

    seguidores da Messinica. Da tambm o outro motivo de, numa

    mesma palestra ou nos artigos para jornais e revistas, serem

    tratadas questes diversas sem a centralizao especfica de umtema nico.

    Sempre foi, entretanto, bastante evidente a necessidade de

    se organizarem os Ensinamentos de acordo com os assuntos a fim

    de se tornarem mais claros, especialmente para os ocidentais, e

    tambm para todas as pessoas interessadas em estud-los.

    Dessa forma, tornar-se-ia mais fcil visualizar, na sua totalidade,preciosssimas lies de inestimvel valor.

    10

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    Evangelho do Cu Vol. I

    Entretanto, desde 1955 (Goshoten1 de Meishu Sarna) at hoje,

    nada de concreto tinha sido feito no sentido de ordenar

    sistematicamente os Ensinamentos, separando-os de acordo com os

    diversos assuntos tratados pelo Mestre.

    Sentindo, ento, a urgncia de iniciar um trabalho mais

    especfico na tentativa de ser atingido certo grau de sistematizao,

    nosso esforo visou, na medida do possvel, a atingir esse objetivo.

    Numa primeira etapa, a tarefa consistiu na separao dos textos

    que, depois, foram reunidos e remontados de forma esquemtica,

    colocando sempre em evidncia pontos bsicos considerados

    indispensveis a quem deseja trilhar o caminho da salvao. Sob esseaspecto, foi uma atividade semelhante da construo de uma casa na

    qual a primeira etapa corresponde ao estabelecimento do alicerce para,

    em seguida, serem levantadas as colunas, paredes e telhado, e

    finalmente a concluso, com os arremates e acabamento para, mais

    tarde, se acrescentarem os ltimos retoques da decorao, feita com

    valiosas obras de arte das mais variadas tendncias. Em outras

    palavras, quero dizer que Meishu Sama deixou, nos Ensinamentos,

    todo o material para a edificao da nova morada da humanidade. Ans cabe, apenas, a misso de distribu-lo, colocando cada

    mensagem, cada preceito, cada orientao no seu exato lugar. Dessa

    forma, os leitores podero obter, numa viso tridimensional, uma idia

    mais concreta da beleza desta nova casa planejada por Deus para

    todos os Seus filhos.

    Tendo, ento, como linha mestra o aspecto construtivo

    ascendente, tomamos, como base, na elaborao deste livro, oprocesso da Iniciao, significando a primeira etapa a sertransposta no caminho do aprimoramento espiritual. Nesta fase

    inicial, o que se destaca a necessidade da purificao, entendidacomo um recurso irrefutvel de limpeza das mculas do esprito e das

    toxinas presentes no corpo fsico.

    1 Passagem de Meishu Sama para o Reino Divino (10/02/1955).

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    Evangelho do Cu Vol. I

    Uma vez vencida a fase da iniciao, o praticante, um pouco

    mais livre de impurezas, tem condies de discernimento e vai,

    assim, adquirindo a verdadeira sabedoria num processo contnuo

    de aprimoramento espiritual. Da que, para atender a esse

    objetivo, o segundo volume desta Obra contm exclusivamente

    Ensinamentos referentes Sabedoria. Atravs deles, o leitor vaipoder orientar-se na busca do seu prprio desenvolvimento

    espiritual. Assim, passo a passo, ir conseguindo escalar pontos

    cada vez mais altos, at atingir a Comunho Perfeita comDeus.

    Ento, o contedo do terceiro volume constitudo deEscritos Sagrados que tm como objetivo mostrar o poder da Luz

    atravs da qual cada um de ns, seguindo o exemplo de Meishu

    Sama, poder atingir o grau de Kenshinjitsu.

    Foi tambm considerando todas as colocaes at aqui

    expostas, que dividimos o presente livro Evangelho do Cu em trs volumes, a saber: I -Iniciao, II - Sabedoria e III - Reino

    Divino, simbolizando, no seu conjunto, a nova habitao para ahumanidade inteira, onde cada um poder cultuar a Beleza,

    praticar a Virtude e vivenciar plenamente a Verdade absoluta.

    Minoru Nakahashi

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    Evangelho do Cu Vol. I

    INTRODUO

    A idia de iniciar est relacionada tarefa de preparo,

    escolha, limpeza. Assim, tomando como exemplo a construo de

    uma casa, uma das primeiras medidas a serem consideradas diz

    respeito determinao do local, aquisio do terreno. Logo

    depois, a preocupao se volta para a limpeza e preparo do

    ambiente com a eliminao das arestas e de outros componentes

    que possam impedir uma construo harmoniosa.

    A seguir, num processo contnuo, so estabelecidos os

    alicerces, os tipos de materiais empregados, a forma arquitetnicada casa e todos os demais recursos indispensveis.

    Em sntese, o incio de uma edificao est intimamente

    relacionado a um trabalho que visa determinar quais elementos

    so teis e, ao mesmo tempo, eliminar o desnecessrio ou tudo

    que possa atrapalhar o bom andamento da obra.

    Um processo semelhante ao de uma construo ocorrecom quem busca um encontro mais ntimo com Deus. Eis por que o

    primeiro volume do Evangelho do Cu contm as condiesbsicas para iniciar o caminho da elevao espiritual. Por meio

    delas, todos podero, sem embargo, estabelecer as suas

    prioridades.

    tambm desejo do tradutor que o maior nmero possvel de

    leitores possa usufruir das bnos divinas, objetivo primordial destetrabalho feito com o sentimento sincero daquele amor verdadeiro

    em cuja etapa final reside exclusivamente o bem da humanidade

    e a glria de Deus.

    Minoru Nakahashi

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    Evangelho do Cu Vol. I

    MAKOTO

    Chave preciosa!

    Resolve todos os problemas do mundo

    a base para a formao do verdadeiro pas,

    Bem como de cada ser humano

    Sublime guia!

    Quando ausente, traz

    O empobrecimento das ideologias pollticas,

    A escassez de bens materiais,

    A decadncia da moralE todos os demais odiosos conflitos

    E funestos assuntos que envolvem as criaturas.

    Poderosa fora!

    Destri a desordem.

    Religio, Cincia e Arte

    Se no tiveream como centro,

    Torna-se-o mseros cadvers.

    Ah! Makoto! Makoto!

    Somente nesta essncia,

    Oh! Humanidade,

    Encontrars a soluo

    Dos teus destruidores infortnios.

    Meishu Sama

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    Evangelho do Cu Vol. I

    CAPTULO I - NOES PRELIMINARES

    1 - Para entender o conceito de iniciao

    1.1 - Seja um novo homem

    Os homens devem procurar evoluir sempre,especialmente aqueles que professam uma f.

    De um modo geral, entretanto, quando algum fala de

    religio, considerado fora de poca. Inegavelmente, o

    comportamento normal da maioria dos adeptos das religiesexistentes de pessoas antiquadas.

    Os seguidores da Messinica, contudo, precisam adotar uma

    atitude oposta. Convm que todos observem, em especial, a

    Grande Natureza, onde tudo evolui incessantemente, numininterrupto processo de renovao. Vejam como, a cada ano,

    aumenta a populao e o aproveitamento das terras; como

    progridem os meios de transporte, os processos de construo e osrecursos tecnolgicos. As plantas e as rvores crescem em direo

    ao cu; nunca para baixo. Assim, tambm o homem deve

    acompanhar e imitar a evoluo de todos os elementos da Grande

    Natureza.

    Seguindo o mesmo princpio, esforo-me para que omeu aprimoramento seja, a cada ms, a cada ano, maior e mais

    profundo.

    Aquele que se preocupa apenas em melhorar os aspectos

    materiais da vida, tais como posio social, empreendimentos,

    profisso, flutua sem criar bases firmes. preciso, por todos os meios,

    elevar a alma e aperfeioar o esprito. Quem tiver esse cuidado,

    construir, passo a passo, um novo "Eu".

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    Evangelho do Cu Vol. I

    No h necessidade de pressa. Aos poucos, no decorrer

    dos anos, todos vocs podero tornar-se pessoas magnficas. Basta

    a mera inteno de pr em prtica os Ensinamentos para que j

    sejam consideradas almas superiores. Desse modo, desfrutaro,

    com certeza, da confiana de todos, tero sucesso e sero felizes.

    Talvez os jovens achem que estou dizendo banalidades, ou

    pregando uma moral antiquada. Muito pelo contrrio. Quem segue

    o que eu ensino transforma-se num novo homem. Ultrapassados

    so aqueles que no apresentam, durante a vida toda, a menor

    evoluo, conservando sempre idntico modo de pensar e de falar

    sobre os mesmos assuntos. Mantendo somente conversasmundanas, desinteressantes, sem nenhuma preocupao religiosa,

    poltica, filosfica ou artstica, no progridem; permanecem estticos.

    Embora a maioria das pessoas se comporte dessa maneira,

    no tenho inteno alguma de censur-las. Estou apenas

    chamando a ateno para uma realidade irrefutvel.

    Atitudes semelhantes, contudo, no so muito louvveisespecialmente para os seguidores da Messinica que, neste

    perodo de transio, procura salvar toda a humanidade,

    despertando-a para os erros da cultura atual. O nosso objetivo

    aprimorar o ser humano, para construir um mundo pleno de

    felicidade. Portanto, quando digo que todos precisam tornar-se

    pessoas da cultura do sculo XXI, estou me referindo formao

    desse novo homem.

    1.2 - Nobreza de atitudes

    Para atingir um nvel superior de aprimoramento espiritual,

    so necessrias algumas prticas, entre as quais se inclui a

    nobreza de atitudes.

    Como notrio, a maioria das pessoas viveconstantemente empenhada em ganhar dinheiro, pensando em

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    Evangelho do Cu Vol. I

    uma maneira de agir para que tudo na sua vida corra bem, de

    acordo com os prprios desejos. Tal atitude corresponde apenas

    valorizao de interesses pessoais, sem uma direo voltada a

    ideais mais elevados. Na verdade, quem age assim ou cultiva

    somente essa forma de pensar, ainda est espiritualmente

    posicionado num plano bem inferior.

    Ento, os filsofos e os pensadores em geral, embora sejam

    semelhantes aos demais seres humanos, j possuem um estado

    superior de conscincia. Quer dizer: sua alma se encontra numa

    posio mais elevada dentro daqueles cento e oitenta graus2

    diferentes dos quais lhes tenho, muitas vezes, falado. Dessa forma,quanto mais alto for o nvel espiritual alcanado por algum, tanto

    mais nobre se torna o seu trabalho.

    1.3 - Linha divisria

    Existe uma linha que divide, ao meio, os cento e oitenta

    graus do Plano Espiritual. Ento, para atingir um nvel mais alto,

    preciso ultrapass-la, a fim de pertencer rea divina; um estgioabaixo desse marco divisrio corresponde ao domnio animal;

    portanto, o esprito que se encontra nesse nvel no consegue agir

    com nobreza, porque no tem muito clara a conscincia de Deus.

    Mesmo em se tratando de pessoa ilustre, se for um ateu, jamais

    conseguir atingir a rea divina; pode at se aproximar da linha

    divisria, mas no a ultrapassar.

    2 - Objetivo do processo inicitico

    2.1 - Entender a finalidade da f

    A finalidade da f desenvolver homens perfeitos. Mascomo neste mundo no se pode exigir perfeio absoluta, a correta

    maneira de proceder est em buscar gradativamente o

    2 O Plano Espiritual est dividido em 180 (cento e oitenta) camadas semelhantes aosandares de um prdio. Cada andar corresponde a um plano do Mundo Espiritual.

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    Quem conhece a Deus e tem certeza absoluta de Sua

    existncia, j se encontra acima da linha divisria; por conseguinte,

    vive na rea divina. Essa diferena, embora pouqussima,

    determina uma mudana total de vida.

    Ento, mesmo sendo ilustre e tendo muito conhecimento,

    quem se encontra no plano abaixo desse marco divisrio tem uma

    ndole malvola e usa a sua inteligncia para praticar o mal. De

    outra parte, para algum que j ultrapassou a linha, indo para

    cima, tudo que pensa ou faz corresponde a aes verdadeiras,

    prprias de seres humanos. Tambm no cria mculas para si

    mesmo nem causa sofrimento aos outros. bom e, por isso,raramente erra. Pelo contrrio, constri muita felicidade.

    Viver, portanto, buscando sempre um nvel elevado deespiritualidade e acreditando convictamente nessa posturaconstitui a base fundamental da f. E o papel da religio deveser, antes de tudo, o de ensinar ao ser humano to importante

    verdade.

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    CAPTULO II - CONDIES BSICAS PARA INICIAR O CAMINHODA ELEVAO

    1 - Makoto

    1.1 - Para entender o significado

    1.1.1 - O que makoto?

    um vocbulo japons que est associado s acepes de

    amor, sinceridade, fidelidade, honestidade, constncia, devoo,

    franqueza, pureza e autenticidade.

    O termo makoto engloba, portanto, um conjunto de virtudes,

    cuja prtica extremamente necessria para quem deseja iniciar-se no caminho da luz.

    1.1.2 - Atitude correta

    Seria cada um vigiar constantemente a si prprio,procurando saber se est agindo certo ou errado. Quem assim

    procede possui o verdadeiro makoto. Ao contrrio, condenar o mal

    dos outros, chamar-lhes a ateno, embora socialmente parea

    correto, para um mamehito no atitude digna. Se, de fato, algum

    estiver errado, a Deus cabe julgar. Aqui reside o grande mistrio da f.

    Portanto, todo aquele que age contra esse princpio est tentando

    colocar a vontade humana acima do poder divino.

    De outra parte, entretanto, existem situaes que precisam

    ser definidas. Ento, o que, na realidade, no est correta a

    tentativa de se estabelecer o Bem e o Mal para os outros. No

    momento em que algum age assim, erra.

    Por isso, torna-se necessrio que cada mamehito

    mantenha uma atitude mental de no-julgamento, levando emconsiderao tambm as circunstncias que exigem algumas

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    definies precisas. Esse tipo de postura corresponde a um nvel

    espiritual, sutil e misterioso, envolto em transmutaes

    interminveis. Mesmo assim, importante que cada mamehito

    procure aproximar-se um pouco dele. Desse modo, estar polindo

    a alma. Alm disso, tal maneira de agir corresponde prtica de

    uma f altamente elevada. tambm um princpio que nunca foiensinado por nenhuma das religies existentes. Quem o praticar,

    contudo, jamais cometer erros e estar sempre no caminho da

    verdade.

    1.1.3 - Prtica do makoto

    Pergunta: Como praticar makoto?

    Resposta de Meishu Sama: Deve-se colocar emsegundo plano os prprios interesses e procurar fazer omelhor para os outros. Tal atitude corresponde ao desejo sincerode querer o bem do prximo e de agir altruisticamente, buscando a

    melhoria do mundo e da sociedade.

    Makoto uma atitude contrria da mentira. Refere-se s

    aes honestas praticadas com discernimento e fundamentadas

    no bom senso.

    Procurar, apenas, beneficiar o pas ou a classe social a que

    se pertence parece um ato nobre, mas ainda makoto restrito. A

    grandeza da alma, alicerada no amor humanidade inteira, que

    corresponde, de fato, ao verdadeiro makoto.

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    1.2 - Para adquirir makoto

    1.2.1 - Respeitar os compromissos

    1.2.1.1 - Desempenho das obrigaes

    Quem possui makoto respeita e cumpre, acima de tudo,os seus compromissos. O desempenho correto das obrigaesassumidas, embora no seja considerada como uma atitude

    relevante para a maioria das pessoas, de suma importncia para o

    homem de f. O no-cumprimento de um dever acaba sendo uma

    espcie de delito porque uma maneira de enganar os outros.

    Geralmente, o que mais costuma ser menosprezado num

    compromisso o horrio. Quando algum deixa de ser pontual,est, de fato, causando aborrecimento e irritao queles que ficam

    esperando.

    H um provrbio antigo que chama a ateno para estes

    sentimentos: " bom ser esperado; desagradvel esperar". Da aimportncia de se ficar atento expectativa do prximo. Quem no

    se preocupa com esses pequenos detalhes, no tem makoto.

    Ainda que possua muitas outras qualidades, pouco valor

    demonstrar, se no tiver sensibilidade e respeito em relao aos

    horrios assumidos.

    Portanto, quem tem f em Deus no pode menosprezar o

    rigoroso cumprimento das obrigaes. Se no conseguir, acima detudo, pr em prtica esse preceito, est reprovado na f.

    Guardem, pois, essa verdade bem no fundo do corao para

    que nunca seja esquecida.

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    1.2.2 - Ser honesto

    1.2.2.1 - F verdadeira

    Inmeras pessoas, neste mundo, seguem uma religio,

    mas os crentes autnticos so raros. Ainda que algum se

    considere uma pessoa religiosa, no o ser de fato se as suas

    idias no forem objetivamente comprovadas pelos demais.

    De que modo, ento, se adquire a verdadeira f? Em

    primeiro lugar preciso ter credibilidade, isto , tornar-se uma

    pessoa da mais absoluta confiana demonstrada pela ausnciatotal de falsidade tanto nos atos, quanto nas palavras.

    O que preciso fazer, para se chegar a esse nvel?

    Acima de tudo, no mentir e depois colocar, em primeirolugar, os interesses do prximo, relegando a um planosecundrio as necessidades pessoais.

    Agindo assim, isto , visando ao bem do outro, todos vo

    perceber a lealdade de intenes, bem como constataro a

    existncia de um sentimento de amizade desinteressada naqueles

    que professam uma religio. Sentiro tambm uma agradvel

    sensao de bem-estar todas as vezes que entrarem em contato

    com pessoas de verdadeira f e desejaro compartilhar sua

    presena. Quando um religioso age dessa forma, torna-se uma

    pessoa benquista e respeitada por todos.

    Querer, portanto, a companhia de algum que inspire

    confiana uma atitude perfeitamente compreensvel, pois at ns

    mesmos, se encontrssemos pessoas assim, gostaramos de

    aprofundar relacionamento com elas, tornando-nos seus amigos

    inseparveis.

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    Quero acrescentar, ainda, que essa boa impresso no

    deve ser apenas momentnea. Como sempre digo, o homem

    precisa ser como o arroz: a princpio, parece sem gosto, mas,

    medida que vai sendo mastigado, o sabor se manifesta e aumenta

    gradativamente. por isso tambm que constitui um dos pratos

    indispensveis alimentao diria de todos ns.

    1.2.2.2 - Honestidade

    No mundo atual, a maioria das pessoas faz questo de agir,

    propositadamente, ao contrrio. Dizem mentiras que no tardam a

    ser descobertas. Procedem de maneira a perder a confiana dossemelhantes, pois quem mente uma vez, mesmo conservando outros

    valores, perde a credibilidade, que realmente um grande tesouro.

    Eis a razo pela qual muitos no conseguem melhorar a sua sorte,

    apesar de trabalharem arduamente. De outra parte, aqueles que

    forem confiveis jamais passaro dificuldades porque todos,

    generosamente, lhes socorrero nos momentos difceis. Mentir ,

    portanto, uma grande tolice.

    At agora me referi ao merecimento de crdito do ponto de

    vista material. O bem mais precioso, contudo, conquistar a

    credibilidade de Deus. Para essas pessoas, tudo correr

    maravilhosamente bem e a vida lhes ser plena de xito e alegria.

    2.3 - Amar ao prximo

    1.2.3.1 - Censuras

    s vezes algum me pergunta se cabe ou no censurar. De

    fato, s o Criador tem autoridade para julgar os homens. Assim, se

    algum condenar o prximo, estar querendo colocar-se na

    posio de Deus. Alm do mais, a censura nunca produz bons

    resultados; provoca sempre um efeito contrrio. Por essa razo, a

    minha maneira correta de agir a seguinte: quando alguma pessoacomete erros, fao de conta que no vejo. Espero at a hora em que

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    ela, ao sofrer as conseqncias de suas atitudes, percebe que no

    estava agindo de modo certo. Nesse momento, despertar e, com

    certeza, se arrepender do fundo do corao. Portanto, censur-la

    antes de ter adquirido conscincia de seus atos seria como tentar

    deter uma pedra que estivesse rolando do alto da montanha. Se

    algum se dispusesse a tal faanha, com certeza se machucaria.

    Por isso, o melhor esperar que a pessoa caia para ento ser

    reerguida com tranqilidade.

    No obstante, convm alertar freqentemente a todos sobre

    a maneira correta de agir, a fim de que muitos infortnios sejam

    evitados. E tambm para que cada um tenha condies derecordar-se, no momento das adversidades, de todas as

    recomendaes anteriormente recebidas.

    Meditem e ponham em prtica estas verdades e nunca

    tentem segurar a pedra que esteja rolando montanha abaixo. Ajam

    com bastante discernimento.

    1.2.3.2 - Julgamentos

    J falei sobre o assunto algumas vezes. Percebo, contudo,

    que os membros ainda cometem esse erro at inconscientemente,

    razo por que volto a abord-lo.

    H gente que tem o hbito de comentar a maldade dos

    outros. E, em casos extremos, chegam mesmo a dizer que preciso

    tomar cuidado com certas pessoas porque elas estoendemoniadas. Na verdade, acontece bem ao contrrio. Est

    possesso quem faz um comentrio como esse, pois nenhum ser

    humano tem permisso de estabelecer para os outros qual seja o

    comportamento certo ou errado, o Bem ou o Mal. Tal procedimento

    diz respeito exclusivamente a Deus.

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    Ento, quem julga os semelhantes est profanando a rea

    divina e, por isso, no seria errado encar-lo como um demnio

    contra o qual convm ficar de guarda.

    Qual seria a causa da existncia de indivduos que vivem a

    censurar o prximo?

    Evidentemente, a falta de f em Deus leva algumas

    pessoas a julgarem erradas as demais. Outras ainda acham que

    certas crenas ou igrejas seguem uma orientao incorreta e, por

    isso, precisam ser reformuladas. Quem assim pensa, acredita mais

    na fora dos homens do que no poder divino. No h falha maiornem atitude mais presunosa. Portanto, no cabe a uma pessoa de

    f esse tipo de preocupao. Se houver realmente erros, ou maus

    elementos entre os seguidores de um credo, basta coloc-los nas

    mos de Deus que o julgamento vir do Alto.

    Tenham, pois, sempre em mente que na Messinica tudo

    supervisionado pelo Supremo Deus. Constantemente, atravs de

    algum acontecimento particular, os membros que esto agindoerrado recebem advertncias a fim de poderem despertar para a

    verdade. Caso no mudem de atitude, chegam, s vezes, at a

    perder a vida. E, em outras circunstncias, a tm profundamente

    ameaada, como bem sabem os messinicos mais antigos.

    Concluindo, podemos, de fato, afirmar que o comportamento

    correto cada um julgar-se continuamente a si mesmo, em vez de

    ficar censurando os outros. Quem vive assim tem verdadeira f ecumpre a vontade de Deus.

    1.2.3.3 - Bom senso

    Bom senso nas palavras e atitudes um princpio do qual

    no deve desviar-se o homem de f. Convm encarar com cautela

    a crena expressa por meio de palavras extravagantes e atosostensivos, fato, alis, bastante comum. Muitas pessoas, entretanto,

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    sentem maior inclinao por esse tipo de postura religiosa,

    justamente por falta de conhecimentos espirituais3. Tambm no

    recomendvel a atitude de pessoas que se julgam superiores s

    demais e negam amor a quem pertence a outra religio.

    Quem tem verdadeira f no fomenta a exclusividade nem o

    separativismo. Ao contrrio, tem conscincia de que o objetivo da

    religio salvar toda a humanidade; no apenas um pequeno grupo.

    Como sempre repito, para se ter uma vida tranqila e

    harmoniosa, preciso primeiramente fazer os outros felizes. O

    bem estar de cada ser humano reside nas divinas recompensasque receber pelo amor e dedicao devotados ao prximo.

    Portanto, a pessoa que sacrifica o semelhante em seu prprio

    benefcio nunca vai encontrar a verdadeira felicidade.

    1.2.4 - Praticar a humildade

    1.2.4.1 - Os ltimos

    Desde antigamente, ouve-se a expresso: "os ltimos sero

    os primeiros". Essa mxima, na verdade, refere-se a uma forma de

    aprimoramento que permite permanecer numa posio inferior, quer

    dizer, ter uma conduta de vida que no busque o primeiro lugar, mas

    procure, antes de tudo, manter-se no anonimato, praticando o bem

    sem muito alarde. Tal maneira de agir de suma importncia para

    as pessoas que buscam a vivncia da f verdadeira.

    Freqentemente se observa, em grupos religiosos, a falta de

    humildade, de modo especial entre alguns chefes ou propagadores

    de doutrinas, os quais alardeiam os seus feitos atravs de

    3O maior inimigo da negatividade o bom senso. Quem no o possui, geralmente fica meioesquisito. uma atitude bem oposta das pessoas equilibradas. Estas so bem evoludas

    espiritualmente e agem com simplicidade. Os insensatos, ao contrrio, embora tentem amostrar naturalidade atravs da aparncia, demonstram apenas transgresses depersonalidade.

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    grandes propagandas, julgando-se, por isso, merecedores de

    honrarias especiais.

    A atitude correta, porm, deve ser semelhante da guia

    que, esperta, esconde a unha, ou como a do cacho de arroz:

    quanto mais carregado, mais se inclina.

    Ento, orgulhar-se das prprias aes querendo mostrar-se

    grande sbio, vangloriando-se de tudo, sempre produz efeitos

    contrrios. o que acontece, por exemplo, quando algum,

    mesmo no sendo to importante, ao receber qualquer elogio, julga-

    se o maior de todos. Este um dos pontos fracos do ser humano.Embora seja o modo de agir mais comum, as pessoas de f devem

    cultivar sempre, em seus coraes, o princpio segundo o qual

    quanto mais sbio, mais humilde.

    Muitas vezes, acontece de algum que trabalhava em

    servios comuns, vivendo, como a maioria, nas camadas mais

    inferiores da sociedade, de repente, passar a ser chamado de

    Mestre. Mesmo nessas circunstncias, a atitude de humildadedeve permanecer. Essa uma forma de aprimoramento constante,

    atravs da qual o fato de manter-se numa posio inferior no

    significa menosprezo. Freqentemente, nessas ocasies, a

    pessoa fica, de incio, contente e at vaidosa por parecer

    importante. Com o passar do tempo, entretanto, esse sentimento

    intensifica o desejo de ser visto como tal e, a partir da, acaba

    desagradando aos outros, sem que ela prpria perceba o seu

    comportamento to inadequado e causador de insatisfao aosdemais.

    Deus no gosta, nem um pouco, de vaidades. Preciosa para Ele a virtude da humildade, de modo especial quando

    praticada por aqueles que possuem certo nvel cultural,

    demonstrando assim educao e respeito pelo semelhante.

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    Muitas vezes se observam, especialmente em logradouros

    com grandes aglomeraes, ou ao se tomarem trens, bondes,

    nibus, pessoas cometendo atos de grosseria, empurrando os

    outros, querendo sentar-se nos melhores lugares, por se acharem

    os mais importantes. Todas essas atitudes de orgulho revelam uma

    espcie de comportamento possessivo e monopolizador, bastante

    desagradvel.

    Em contraposio, para se criar uma sociedade

    harmoniosa, que satisfaa a todos, torna-se necessrio

    manifestar sempre idias democrticas por meio das quais o

    direito de cada cidado deve ser respeitado.

    Contudo, como pode ser observado atravs dos fatos,

    quase nada se alterou, desde os primeiros tempos at os dias de

    hoje.

    1.2.5 - Combater medos e culpas

    1.2.5.1 - F e liberdade

    H, no mundo, vrios tipos de religio; algumas mais,

    outras menos notveis, as quais podem ser classificadas como

    grandes, mdias, ou pequenas. Todas, sem exceo, se

    consideram superiores e julgam as demais inferiores. Por essa

    razo, probem os adeptos de manter contato com as outras,

    afirmando que so crenas demonacas. Alm disso, temem o

    prprio Deus no qual acreditam e dizem que no h salvao paraquem divide a sua f entre dois credos.

    Algumas religies so, nesse aspecto, extremamente

    rigorosas, a tal ponto de os seus pregadores ameaarem com

    terrveis infortnios, doenas graves, perda da prpria vida, ou at

    a morte de toda a famlia, caso algum de seus membros manifeste

    o desejo de converter-se a outra crena. Por incrvel que parea,

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    essa espcie de f, bastante comum nas venerveis e antigas

    religies, ainda hoje se manifesta at nas mais recentes doutrinas.

    Vemos, assim, que em matria de liberdade de pensamento,

    h muitos pontos para aprimorar, pois persistem resqucios de

    feudalismo no s no campo social e poltico, mas tambm no

    religioso. Por isso quero esclarecer a questo da liberdade da f.

    Nenhuma instituio religiosa deve, jamais, cercear o livre

    arbtrio de seus membros com o objetivo de defender os prprios

    interesses. E amea-los com castigos de ordem espiritual um

    ato realmente imperdovel.

    Vou citar um exemplo para elucidar bem essa questo.

    Certa vez, uma pessoa procurou-me dizendo que, h muito

    tempo, fazia parte de um ncleo religioso; mas, apesar de uma

    devoo fervorosa, lutava constantemente com problemas de

    doena e a famlia no conseguia livrar-se da purificao da

    pobreza. Tais fatos a fizeram ir, aos poucos, perdendo a f. Quando,

    porm, quis abandonar a crena que professava, o dirigente aameaou com predies terrveis. Por isso, incapaz de tomar uma

    deciso, viera consultar-me. Expliquei-lhe, sem receio, que a religio

    qual pertencia no ensinava a verdade; portanto, quanto mais

    cedo a deixasse, melhor seria.

    Infelizmente h, no mundo, religies que recorrem ao terror a

    fim de impedir a reduo do nmero de seus seguidores. Na

    Messinica, contudo, h absoluta liberdade de ao e os adeptospodem tomar a deciso que desejarem. Ainda mais: sempre digo

    aos membros que procurem conhecer outras organizaes

    religiosas. Se encontrarem alguma que julguem superior

    Messinica, podem a ela converter-se sem medo de incidir em

    pecado. A vontade de Deus , exclusivamente, que os homens se

    salvem e se tornem felizes.

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    1.2.5.2 - Respeito

    As pessoas mais esclarecidas sempre comentam que a

    Messinica no critica outras religies e, por isso, a vem com muita

    simpatia. Na verdade, ela abrange todos os demais credos. Ento,

    tecer comentrios poucos elogiosos a eles seria como se

    depreciasse a si mesmo.

    Estando, pois, cada uma das religies existentes includas

    na Messinica, sempre e sem objeo alguma, sugiro que as

    estudem e as pesquisem tranqilamente. Nunca coloco obstculos

    a nada. Essa minha postura nasce da plena convico quedeposito nos princpios que prego. Sem motivos para duvidar, a

    confiana se torna absoluta, no havendo, portanto, o que temer.

    Foi tambm o mesmo princpio de f e segurana na

    Messinica que me levou a colocar na primeira igreja estruturada por

    mim o nome de Sekai Meshiya Kyo (Igreja do Messias para o Mundo).

    Importou-me apenas tratar-se de um patrimnio da humanidade

    que nunca cria antagonismos ou qualquer outro tipo de confrontao.Muito pelo contrrio. um conjunto de preceitos que procura unir e

    reunir, eliminando rivalidades, para levar o mundo inteiro ao

    encontro de Deus.

    1.2.5.3 - Opresses

    Um ponto importante a ser considerado que a censura

    constitui uma forma de opresso.

    Assim, ento, se algum, usando de sua autoridade, ou de

    algum outro recurso, ameaar os demais homens, atrelando-os a

    preceitos ou mandamentos, conseguir apenas efeitos temporrios.

    Chegar, infalivelmente, o dia em que as conseqncias dessas

    atitudes opressivas ficaro evidentes.

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    2 Justia

    2.1 - Senso de justia

    2.1.1 - Fatores determinantes

    O senso de justia deveria ser algo natural, mas

    surpreendentemente, nos dias de hoje, quase ningum o possui. As

    pessoas s pensam em obter vantagens e, quando algum fala em

    justia, no o levam a srio; desprezam-no, considerando-o um

    antiquado.

    Percebe-se, todavia, com certa freqncia, que nem tudocorre bem s pessoas que no agem de acordo com a lgica.

    Normalmente surgem muitos reveses. Julgando, porm, ser uma

    situao normal da vida, ningum procura descobrir a causa de

    tantos malogros.

    Do nosso ponto de vista, contudo, a razo de tantos

    infortnios reside exatamente na falta de senso de justia. De ummodo geral, as pessoas no tm conscincia dessa verdade porque

    so incessantemente atacadas por pensamentos negativos que

    lhes criam nuvens na alma, tornando-as mentalmente cegas.

    Por ter acompanhado, durante vrios anos, a sorte e o

    infortnio dos seres humanos, posso afirmar, com absoluta

    certeza, que a causa fundamental da falta do senso de justia

    est no Mundo Espiritual; invisvel, portanto.

    Lamentavelmente, porm, o homem no admite nem

    entende quando lhe dizem ser ele mesmo o responsvel pela sua

    infelicidade, ao tentar, atravs de hbeis palavras, exaltar o

    prprio valor e apresentar de si mesmo uma imagem favorvel.

    No acredita tambm que o olho penetrante de Deus perscruta-

    lhe o fundo do corao, pesando o Bem e o Mal e determinando-

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    lhe o destino atravs de um julgamento imparcial, que ocorre de

    forma totalmente contrria lei dos homens.

    Lgica to simples! No entanto, poucos a compreendem.

    At pessoas ilustres, homens de cultura e de elevadas posies

    sociais no tm esse discernimento. S vem o aspecto material,

    tangvel. Desconhecem totalmente a importncia do Mundo

    Espiritual. Por isso usam sua curta inteligncia exclusivamente

    para enganar os outros. Embora se julguem muito espertos, na

    verdade, no passam de pobres infelizes, pois nada lhes corre

    bem e chegam sempre a resultados opostos aos que imaginavam

    Esse pensamento de aparente esperteza domina, nos dias

    de hoje, toda a sociedade. Eis a razo do aumento do nmero de

    criminosos e da crescente intranqilidade social.

    2.1.2 - Grande tolice

    Normalmente, quaisquer pessoas cuja nica preocupao

    consiste em tirar vantagem de tudo quanto tentam realizar sempreacabam malogrando. s vezes at fornecem assunto para os

    noticirios por meio de rumorosos processos judiciais.

    A meu ver, esses supostos espertos so, na verdade, muito

    tolos; por isso, eu me esforo para despert-los, levando-os a

    reconhecer a existncia de Deus. , entretanto, um trabalho difcil,

    pois, de modo especial nas classes dirigentes, impera a idia de que

    homem culto e qualificado deve nutrir pensamentos atestas.Dessa forma, s podero despertar verdadeiramente se tiverem a

    oportunidade de presenciar milagres. Nesse aspecto, eu j sintomuita alegria e esperana de alcanar o meu objetivo porque, com

    o poder que me foi dado por Deus, estou realizando prodgios, os

    quais, pouco a pouco, comeam a ser reconhecidos pela maioria

    das pessoas.

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    Ento, em sntese, pode-se dizer que a felicidade do ser

    humano depende da compreenso do verdadeiro conceito de

    justia, o qual est diretamente ligado vida de unio com Deus.

    Portanto, nada ser mais intil, nem haver maior tolice do que a

    prtica do mal. Essa uma verdade fundamental que precisa ser

    compreendida do fundo do corao e aceita por todos.

    2.1.3 - Caminho da felicidade

    Uma vez que o homem tenha conscincia da presena deDeus,j comea a trilhar o caminho da felicidade fundamentado no

    conceito da grande e verdadeira justia, ou seja, aquela que visaao bem de toda a humanidade. Dedicar-se, ento, somente aos

    pais, aos superiores, ou apenas ao pas, no corresponde a um

    legtimo sentimento de eqidade, pois tal atitude se apia numa

    base de egosmo. Foi por esse motivo que o Japo perdeu a

    Segunda Guerra Mundial. Visou exclusivamente aos prprios

    interesses.

    A verdade, portanto, que s poder haver prosperidadeeterna quando a vida de cada um tiver como objetivo o benefcio de

    todos. O mesmo se aplica religio. E aqui est a causa do declnio

    de algumas grandes doutrinas que, aparentemente promovendo

    o bem comum, se detiveram em objetivos menores.

    Dentro dessa linha de raciocnio, o princpio fundamental da

    Messinica criar um mundo isento de doena, pobreza e conflito,

    para que toda a humanidade possa viver plenamente feliz. Eis overdadeiro senso de justia.

    2.2 - O domnio dos jashin

    Pergunta de ministro: existem alguns mamehito queesto sob o domnio dos jashin. Outros, bastante dedicados,

    tambm apresentam tendncia a serem atrados por essas

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    entidades negativas. Gostaria de sua orientao, para saber

    como agir nessas circunstncias.

    Resposta de Meishu Sama: o que est errado o seupensamento, ao afirmar que o mamehito est dominado ou sendo

    atrado pelos jashin. Nenhum ser humano tem capacidade de julgar,

    dizendo que determinado modo de agir advm da influncia de uma

    entidade negativa. S Deus possui esse discernimento. Portanto,

    quem comenta tais assuntos est violando a esfera divina, ou seja,

    julga sem ter o direito de faz-lo.

    Na verdade, nunca nenhum ser humano vai saber sealgum se encontra, ou no, possudo por um esprito do mal. mais

    provvel ser jashin aquele que condena o outro, dizendo tratar-se

    de uma entidade maligna. Por isso, nunca se deve, em absoluto,

    referir-se a algum como se fosse a manifestao de algo

    negativo, pois ningum, em s conscincia, possui argumentos

    para falar sobre o assunto.

    Nota-se tambm, com muita clareza, que geralmente quemfaz esse tipo de comentrio aponta, como possudos pelos

    jashin, todos aqueles com os quais no simpatiza. Por outrolado, pode-se constatar ainda que, de uma maneira geral, as

    pessoas consideradas ms desenvolvem trabalhos excelentes; e

    outras tidas como boas e virtuosas podem ser negativas e

    devassas. De fato, ningum, seno Deus, conseguir saber qual

    o verdadeiro jashin, pois, semelhante ao que ocorre num teatro, o

    Criador se utiliza dos bons e dos maus para compor o Seumisterioso plano.

    Um outro ponto importante diz respeito diferena entre

    pessoas que so jashin do fundo do corao e aquelas queapenas tm o encosto desse ser negativo. Normalmente ashostes dos jashin so compostas por dezenas deles e at

    milhares. Em outras palavras, significa que, abaixo de DeusSupremo, existem entidades malignas (yin) e benignas (yang).

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    atravs delas que o Pai Criador desenvolve o Seu plano neste

    mundo, sem fazer distino entre o Bem e o Mal, ou seja, entre

    pessoas justas ou perversas, porque ambas so necessrias para

    a construo do Reino de Deus na Terra.

    Mais uma vez, portanto, reafirmo que muito difcil distinguir

    bons e maus. O fundamental, porm, consiste em entender a

    grandiosidade divina e, ao mesmo tempo, tentar, de todas as

    formas, valorizar o Bem e descartar o Mal. Para tanto, mantenham

    em seus coraes a idia de que Kanzeon Bosatsu tem como

    misso salvar a todos sem separar bons e maus, numa viso bem

    universalista.

    Por outro lado, Bodhisattva Kannon, na sua origem

    conhecido como Kunitokotachi no Mikoto, em hiptese alguma,

    admite o mal. Por isso, julga os mortos como Deus da Justia e

    Juiz do Mundo Espiritual (Enma Daioo), numa atitude

    absolutamente vertical. Na verdade, esses princpios ensinam que

    nunca se deve tender apenas para um lado. O certo manter o

    equilbrio de acordo com o tempo e as circunstncias queenvolvem a pessoa com a qual se entra em contato.

    E preciso, ento, usar de versatilidade e estar

    constantemente adaptando-se s situaes do momento.

    2.3 - Justia e religio

    No se pode esquecer que a justia o princpio da f. Pormais autntica que parea, uma doutrina s pode ser considerada

    verdadeira se tiver fundamentada em leis justas. Por outro lado, as

    pessoas que vivem de acordo com o direito divino recebem

    proteo ilimitada de Deus e tm sempre as suas preces

    atendidas.

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    3 - Eliminao de egos e apegos

    3.1 - Como eliminar?

    Os problemas complicados ou de difcil soluo quase

    sempre se devem ao ego e ao apego. Ambos coexistem no

    interior de cada ser humano como se fossem irmos. Esses dois

    males so, portanto, a causa das desgraas que atingem todas as

    pessoas.

    Muitos polticos, por exemplo, deixam de afastar-se da vida

    pblica no momento oportuno, devido exatamente ao excesso deapego a uma posio de destaque. Chegam, por isso, s vezes, a

    situaes deplorveis.

    O mesmo acontece com grandes empresrios que,

    desejosos de muitos lucros, afugentam os clientes, trazendo

    desarmonia sua empresa e desequilbrio aos negcios.

    Tambm nas relaes familiares, ocorre algo semelhante.Em muitos casos, os problemas entre casais resultam de um ego

    exagerado ou de apego excessivo. Geralmente o lado mais

    insistente acaba sendo repelido.

    Pode-se ainda verificar que todos os sofrimentos causados

    aos outros e a ns mesmos advm de fortes impulsos interiores que

    acentuam os sentimentos de autovalorizao. Por isso, um dos

    principais objetivos da f a eliminao do ego e do apego.Eu mesmo, desde que compreendi to importante princpio, tenho

    procurado esforar-me o mximo possvel para abandonar esses

    dois males. medida que bons resultados vo sendo

    conseguidos, percebo que os sofrimentos diminuem e o nvel

    espiritual se eleva.

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    Pode-se afirmar, ento, que o aprimoramento de cada um

    de ns ser cada vez mais elevado quanto maior for o esforo

    pessoal para a eliminao de egos e apegos.

    Tambm a unio verdadeira entre os homens s ocorrer

    dentro de um nvel idntico de espiritualidade e sem interferncia

    de sentimentos possessivos.

    3.2 - Apego entre casais

    Mesmo aps a morte, os casais no tero permisso para

    viver juntos, caso se encontrem em estgios espirituais diferentes. s vezes, contudo, aps adquirirem certo grau de

    desenvolvimento, recebem permisso divina para se

    encontrarem. No tm, entretanto, autorizao para se abraarem a

    fim de matar saudades. Caso o faam, tero seus corpos

    enrijecidos e perdero a oportunidade de futuros encontros.

    Todavia, medida que se vo aprimorando, usufruem de maior

    liberdade para estarem juntos.

    Analisando essa verdade, d para se perceber como difere,

    do que ocorre na Terra, o comportamento no Mundo Espiritual.

    3.3 - Apego na propagao da f

    importantssimo eliminar totalmente qualquer tipo de

    apego quando se trata da propagao da f. Embora parea uma

    atitude fervorosa, nunca sero obtidos bons resultados, se algumprocurar convencer os outros ou transmitir algum Ensinamento

    atravs de constantes insistncias ou de recursos exagerados.

    Nunca tentem, pois, impor suas convices religiosas a ningum.

    Essa atitude constitui uma blasfmia. Quando apresentarem

    caminhos espirituais a alguma pessoa, falem pouco. S continuem

    expondo suas idias, ao sentirem que os ouvintes esto

    interessados. Caso contrrio, aguardem o tempo propcio. Essa amaneira de agir que revela total ausncia de ego e apego.

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    3.4 - Superar o Ego

    bom saber: na vida, nada existe mais terrvel que o ego.

    Portanto, para aprimorar-se espiritualmente, cada um deve super-

    lo de forma definitiva. Alguns preceitos da Oomoto dizem que o

    ego um inimigo terrvel e at divindades tm errado por isso. No

    bom, pois, deix-lo salientar-se. Essa colocao deixou-me bastante

    impressionado e levou-me a refletir sobre ela profundamente.

    Numa outra passagem dos Ensinamentos da Oomoto,

    encontram-se tambm estas afirmaes: "o homem deve, acima

    de tudo, ser sunao (singelo, obediente)". Esse um conceito muitocorreto e confirma o que continuamente lhes estou lembrando:

    para quem ouve as minhas palavras com singeleza, tudocorre sem tropeos. Fico muito penalizado quando vejo pessoasmalograrem por causa de um forte ego. Da a razo de Eu estar

    sempre reafirmando: para alcanar a verdadeira f, preciso,acima de tudo, superar o prprio ego, agir com simplicidade eno mentir.

    Procurem meditar profundamente sobre essa verdade

    perene.

    4 - Pacincia

    4.1 - Controlar a ira

    De acordo com um antigo provrbio "o que fcil todossuportam; mas a verdadeira tolerncia consiste em aceitar oinsuportvel". Uma outra sentena ensina que se deve tersempre pendurado ao pescoo um receptculo de pacincia e,

    caso ele se rompa, consert-lo tantas vezes quantas forem

    necessrias. Eis uma grande verdade.

    Muitas pessoas me perguntam a que espcie de ascetismome dediquei para tornar-me um mestre. Foram banhos de

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    cachoeira, jejuns e muitas penitncias? Simplesmente respondo

    que jamais me devotei a esse tipo de exerccio espiritual. Minha

    prtica religiosa sempre se fundamentou em dois princpios:

    suportar com pacincia o sofrimento das dvidas e reprimir aira.

    Ao ouvir essa resposta, muitos ficam boquiabertos.

    Contudo, foi realmente assim. Creio que Deus me fez passar por

    essas provaes visando ao meu aprimoramento. Houve at um

    tempo em que eu encontrava, a todo instante, motivos suficientes

    para manifestar clera ou indignao. Ainda mais: alm de sempre

    ter tido um temperamento irascvel, durante esse perodo, umasucesso de acontecimentos provocavam-me, constantemente,

    muita irritabilidade. Assim, certo dia, em conseqncia de um srio

    mal-entendido, sofri tamanha humilhao perante grande nmero

    de pessoas, que no tinha sequer coragem de encar-las, nem

    conseguia sufocar a minha aflio.

    Mesmo em tais circunstncias, tive de comparecer a uma

    festa para a qual fora convidado e a cujo convite no poderiarecusar. No havendo outra sada, dirigi-me casa dos meus

    anfitries. Tamanho era o meu transtorno, que no conseguia

    concentrar-me no que se passava ao meu redor. Para tentar

    esquecer to ingrata situao, pedi um clice de sake (uma

    espcie de vinho de arroz). Na verdade, eu no apreciava essa

    bebida. Assim mesmo, tomei-a, tal era o meu nvel de

    intranqilidade. Somente dois ou trs dias mais tarde, que pude

    voltar ao meu estado normal. Contudo, algum tempo depois, vim asaber que, devido quele desagradvel incidente, havia escapado

    de um grande infortnio. To terrvel humilhao livrara-me de um

    golpe fatal. Assim, por meio de uma experincia exasperante, fui

    salvo e me senti infinitamente grato pela proteo divina.

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    4.2 - Preparo para grandes misses

    D para perceber que, muitas vezes, Deus emprega meios

    especiais para aprimorar a alma daqueles com importantes

    misses a cumprir. Entre esses recursos, est o controle da ira

    como uma das maiores provaes. Ento, as pessoas de f,

    quando oprimidas por circunstncias humilhantes, devemsaber que foram escolhidas por Deus para um trabalhoespecial. Se conseguirem enfrentar o ultraje sem perder a calmanem ficar iradas, sinal de que j ultrapassaram uma considervel

    etapa do aprimoramento necessrio para cumprir a misso a elas

    atribuda na Obra Divina.

    4.3 - Um exemplo marcante

    Um exemplo digno de nota sobre o controle da ira a

    histria de Buei Nakano, presidente da Associao do Comrcio,

    durante a Era Meiji. Esse homem jamais se irritava, por mais grave

    que fosse o problema enfrentado. Certa vez, perguntaram-lhe de

    onde vinha tamanha pacincia. Respondendo, ele contou oseguinte fato: sempre costumava irritar-se com muita facilidade at

    que, certo dia, foi visitar um famoso homem de negcios,

    chamado Eichi Shibusawa. Enquanto esperava ser anunciado,

    ouviu-o discutindo com a esposa no aposento contguo.

    Informado, porm, da sua presena, Shibusawa imediatamente

    abriu a porta corredia e entrou logo a seguir. Nakano ficou surpreso

    ao ver-lhe a fisionomia serena sem o menor vestgio de alterao. A

    partir daquele momento, sentiu ter descoberto o segredo