6718672 evangelho do ceu vol1
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EVANGELHO DO CU VOL. I
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Evangelho do Cu Vol. I
ENSINAMENTOS DE MEISHU SAMA
EDITORA LUXORIENS
Revisado em dezembro de 2005
Meishu Sama
EVANGELHO DO CU
I - Iniciao
Traduo
Minoru NakahashiLux Oriens Editora
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Evangelho do Cu Vol. I
Meishu Sama
Evangelhbo do CuVol. 1 - Iniciao
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Evangelho do Cu Vol. I
Meishu SarnaEvangelho do Cu
Volume I IniciaoLux Oriens Editora Ltda
Rua Itapicuru, 849 - PerdizesSo Paulo - SP - Cep. 05006-000
Foner(Oxxll) 3675-6947
Homepage: http:/ /www.lux-oriens.com.br
E-mail: [email protected]
1a edio: 15 de junho de 2002
ISBN n 85-88311-06-2
Dados Internacionais de Catalogao na Publicao (CIF)(Cmara Brasileira do Livro, SP, Brasil)
Sama, Meishu, 1882-1955.Evangelho do cu / Meishu Sama; traduo Minoru Nakahashi.
So Paulo : Lux Oriens, 2001.
Ttulo original: Tengoku no fukuin
1. Sama, Meishu, 1882-1955 - Ensinamentos I.
Ttulo
01-5332CDD-299.56
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Evangelho do Cu Vol. I
Deus e Meishu Sama!
Exultantes de alegria e sinceramente agradecidos pelafora e proteo constantes, esteio permanente na elaborao
desta obra, dizemos-Vos, do fundo dos nossos coraes,obrigado!
Rogamos tambm que o Evangelho do Cu traga para a
humanidade a Boa Nova da Era do Dia.
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Evangelho do Cu Vol. I
NDICE............................................................................................................................................. ....1
EVANGELHO DO CU VOL. I................................................................................................ .....1
ENSINAMENTOS DE MEISHU SAMA ................................................................. ....................2EDITORA LUX ORIENS ................................................................................. ..........................2REVISADOEMDEZEMBRODE 2005 ........................................................................ ............................2NDICE..................................................................................................................................... .6PREFCIO................................................................................................... ..........................10INTRODUO.................................................................................................................... ....13MAKOTO........................................................................................................... .....................14CAPTULO I - NOES PRELIMINARES........................................................................... ...151 - PARAENTENDEROCONCEITODEINICIAO............................................................................ ........15
1.1 - Seja um novo homem ...................................................................................................................151.2 - Nobreza de atitudes .....................................................................................................................16
1.3 - Linha divisria ...................................................................................................................... ......172 - OBJETIVODOPROCESSOINICITICO ................................................................. ...........................17
2.1 - Entender a finalidade da f ........................................................................................................ .17
2.2 - Arrepender-se ....................................................................................................................... .......182.3 - Buscar o aprirnoramento ............................................................................................................18
2.4 - Mudar de vida ....................................................................................................................... ......18
CAPTULO II - CONDIES BSICAS PARA INICIAR O CAMINHO DA ELEVAO..........201 - MAKOTO........................................................................................................ .......................20
1.1 - Para entender o significado ....................................................................................................... .201.1.1 - O que makoto? ................................................................................................... ........................... ....20
1.1.2 - Atitude correta ................................................................................................ .......................... ..... ..... .201.1.3 - Prtica do makoto ........................................................................................................... ............. ..... ...21
1.2 - Para adquirir makoto ..................................................................................................................221.2.1 - Respeitar os compromissos .......................................................................................... ..... ..... ...... ..... ..22
1.2.1.1 - Desempenho das obrigaes ................................................................................. ..... ..... ...... ..... ..221.2.2 - Ser honesto .............................................................................................................. ................ ..... ..... .23
1.2.2.1 - F verdadeira .......................................................................................................... ................... ...23
1.2.2.2 - Honestidade ....................................................................................................... .... ..... ..... ..... ..... ..242.3 - Amar ao prximo ............................................................................................. .................................. ....24
1.2.3.1 - Censuras ...................................................................................................... ............................. ....24
1.2.3.2 - Julgamentos ....................................................................................................... .... ..... ..... ..... ..... ..251.2.3.3 - Bom senso ............................................................................................ .................................. ..... .26
1.2.4 - Praticar a humildade ............................................................................................................. ... ..... ..... .271.2.4.1 - Os ltimos ........................................................................................................... .............. ..... ..... .27
1.2.5 - Combater medos e culpas ....................................................................................................... ..... ..... ..291.2.5.1 - F e liberdade .............................................................................................. ........................ ..... ....29
1.2.5.2 - Respeito ............................................................................................................. ....... ..... ..... ..... ....311.2.5.3 - Opresses ................................................................................................ ........................... ..... .....31
2 JUSTIA......................................................................................................... ......................322.1 - Senso de justia ..........................................................................................................................32
2.1.1 - Fatores determinantes ............................................................................................................. .... ..... ....32
2.1.2 - Grande tolice ............................................................................................... ......................... ..... ..... .....332.1.3 - Caminho da felicidade ................................................................................................. ............... ..... ....34
2.2 - O domnio dos jashin ...................................................................................................................34
2.3 - Justia e religio .............................................................................................................. ........ ...363 - ELIMINAODEEGOSEAPEGOS................................................................................................ ..37
3.1 - Como eliminar? ...........................................................................................................................37
3.2 - Apego entre casais .......................................................................................................................383.3 - Apego na propagao da f .........................................................................................................38
3.4 - Superar o Ego ..............................................................................................................................39
4 - PACINCIA............................................................................................................... ..............394.1 - Controlar a ira ..................................................................................................................... .......39
4.2 - Preparo para grandes misses ....................................................................................................41
4.3 - Um exemplo marcante .................................................................................................................41
4.4 - Evitar precipitaes .......................................................................................................... ......... .425 - TRANQILIDADE................................................................................................................. ......42
5.1 - Esperar com tranqilidade ..........................................................................................................42
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5.2 - Entregar-se a Deus ......................................................................................................................43
5.3 - Agir com tranqilidade ...................................................................................................... .........43CAPTULO III - NOES DE SABEDORIA................................................. ..........................451 - DISCERNIMENTO.......................................................................................................... ............45
1.1 - O homem pode mudar o seu destino .................................................................................... .......451.2 - Ser amado por Deus ....................................................................................................................46
1.3 - O Bem e o Mal .............................................................................................................................481.3.1 - Causas determinantes ...................................................................................................... . ..... ..... ..... ....481.3.2 - Diferena entre Bem e Mal ................................................................................................ ............. .....49
1.3.3 - Esperteza .......................................................................................................... ..................... ..... ..... ....501.3.4 - Autopunio ....................................................................................................... .............. ..... ..... ..... ....501.3.5 - Concluso ................................................................................................ ..................................... ..... ..50
1.4 - Uma nova etapa ................................................................................................................. .........511.5 - F celestial e infernal .................................................................................................................52
1.5.1 - Diferenas ........................................................................................................ ............... ..... ..... ..... .....521.5.2 - Misso da Messinica .................................................................................................... ................ ..... .52
1.5.3 - Messinica e outras religies ................................................................................................... ..... ..... ..541.5.4 - Concluso ................................................................................................ ..................................... ..... ..55
1.6 - O homem mau .............................................................................................................................561.6.1 - Como ? ................................................................................................ ............................ ..... ..... ..... ...56
1.6.2 - Sentimentos do homem mau ........................................................................................................... .. ...571.7 - No ser odiado ......................................................................................................................... ...57
1.8 - Dvidas ........................................................................................................................ ......... .......582 - DOMNIODOMATERIALISMO...................................................................................... ..................60
2.1 - Desonestidade ....................................................................................................................... ......60
2.2 - Soluo possvel ..........................................................................................................................612.3 - Educao verdadeira ........................................................................................................ ......... .62
3 - PODERDA LUZDE DEUS..................................................................................... .....................633.1 - Luz Divina versus dogma ...........................................................................................................63
3.1.1 - Luz Divina .......................................................................................................... ............................... ..633.1.2 - Dogmas ............................................................................................................ ................. ..... ...... ..... ..63
3.1.3 - Importncia das leis ..................................................................................................... ................. ..... ..64
3.2 - Milagre .......................................................................................................................................653.2.1 - O que ? ......................................................................................................... ................ ..... ..... ..... ..... .653.2.2 - Significado da aura ......................................................................................................... ............ ..... ....66
3.2.3 - Foras extramateriais .............................................................................................. ....................... ..... .673.2.4 - Concluses gerais ............................................................................................. ........................ ..... ..... .67
3.2.4.1 - Milagre, uma ocorrncia normal ............................................................................. ..... ..... ..... ..... .673.2.4.2 - Ampliao da aura ............................................................................................. ...................... .....68
3.3 - Sermes .......................................................................................................................... ......... ....68
3.4 - Luz Divina e luz material ......................................................................................................... ...703.5 - Ohikari ........................................................................................................................ ......... .......71
CAPTULO IV - PURIFICAO.................................................................................... ..........721 - NOES BSICAS.......................................................................................... .........................72
1.1 - O homem mau um doente ...................................................................................................... ...72
1.2 - Causas das doenas ........................................................................................................... .........731.3 - Toxina congnita .................................................................................................................. .......73
1.4 - Toxina rica .................................................................................................................................741.5 - Toxina medicamentosa ............................................................................................................ ....751.6 - Consideraes finais ................................................................................................................ ...76
1.7 - Purificaes severas ....................................................................................................................761.8 - Auto-recuperao ........................................................................................................................77
2 - TIPOSDE PURIFICAO.......................................................................................................... ...772.1 - Fsicas ........................................................................................................................................77
2.1.1 - Causas .............................................................................................................. .................. ..... ..... ..... ..772.1.2 - Todo remdio droga ................................................................................................ ............... ..... ..... .782.1.3 - Toxinas e doenas ............................................................................................. ............................. ..... .79
2.1.4 - Produo de remdios ............................................................................................................ ............. .80
2.2 - Materiais ........................................................................................................................ ......... ....832.2.1 - Danos materiais .............................................................................................. .......................... ..... ..... .83
2.2.2 - Incndios .............................................................................................................. ................. ..... ..... ....842.3 - Mentais .................................................................................................................................... ....852.3.1 - Causas .............................................................................................................. .................. ..... ..... ..... ..85
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2.3.1.1 - Encosto espiritual ...................................................................................................... .......... ..... ....85
2.3.1.2 - Enrijecimento do pescoo ....................................................................................... ..... ..... ..... ..... .852.3.2 - Anemia cerebral e fenmeno do encosto ........................................................................ ..... ..... ..... ..... .86
2.3.3 - Funes do crebro ........................................................................................................ .................. ....862.3.4 - Manifestao da vontade ..................................................................................................... ..... ..... ..... .87
2.3.5 - Esperteza do negativo .................................................................................................... ................ ..... .872.3.6 - Poder de atuao do encosto .............................................................................................. ............ ..... .88
2.3.7 - Histeria ................................................................................................. ..................................... ..... .....882.3.8 - Os criminosos ................................................................................................... ............................ ..... ..89
2.3.9 - Concluses ......................................................................................................... ............... ..... ...... ..... ..89
2.4 - Espirituais ...................................................................................................................... ......... ....902.4.1 - Doenas e espritos .................................................................................................... ................. ..... ....902.4.2 - Nuvens espirituais ......................................................................................................... .... ..... ..... ..... ...91
2.4.3 - Mculas e doenas ....................................................................................................... .................. ..... .922.4.4 - Dissipao das mculas ........................................................................................................ ..... ..... .....92
3 - APROFUNDAMENTOSOBREA LEIDA PURIFICAO................................................. ..........................933.1 - Instrumentos de purificao ........................................................................................................93
3.2 - Relao entre remdio e doena ....................................................................................... ......... .943.3 - Processos de eliminao das toxinas ....................................................................................... ...95
3.4 - Capacidade de regenerao do organismo .................................................................................983.5 - Poder natural de cura .............................................................................................................. ...99
3.6 - Alimentos e manuteno da sade ..................................................................................... .......1003.7 - Eliminao de mculas ....................................................................................................... ......101
3.8 - Despertar para a vontade de Deus ................................................................................ ........ ...1013.9 - Sofrimentos intensos ..................................................................................................................102
3.10 - Misericrdia de Deus ............................................................................................................ ..103
3.11 - Causa da infelicidade ..............................................................................................................104
3.12 - Hospital e religio ...................................................................................................................1043.13 - O trabalho messinico .................................................................................................. ........ ..105
3.14 - Delinqncia juvenil ..................................................................................................... ........ ..1063.15 - Corrupo e criminalidade ................................................................................................... ..107
CAPTULO V MUNDO INVISVEL......................................................................... ............1091 - PLANOESPIRITUAL.................................................................................................... .............109
1.1 - Organizao do plano espiritual ...............................................................................................1091.2 - Camadas do Reino Espiritual ....................................................................................................110
1.3 - Relao do homem com o Mundo Espiritual .............................................................................1111.4 - Elevao do yukon ............................................................................................................... ......111
1.5 - Enigma do Mundo Espiritual ........................................................................................... ........ .1121.6 - Esprito Protetor ...................................................................................................................... ..114
1.7 - Espritos demonacos .................................................................................................................1141.8 - Crianas superdotadas ............................................................................................................ ..115
1.9 - Causas da existncia de superdotados ................................................................................. .....116
1.10 - Os trs grandes planos .......................................................................................................... ..1172 - FIOSESPIRITUAIS........................................................................................................ ...........119
2.1 - Em que consistem? ............................................................................................................... .....1192.2 - Ligaes por fios espirituais ................................................................................................. ....120
2.3 - Variaes de espessura ..............................................................................................................1202.4 - Luminosidade .................................................................................................................. ........ ..120
2.5 - Importncia dos fios espirituais ................................................................................................1202.6 - Influncia exercida pelos fios espirituais ..................................................................................121
2.7 - Diferenas entre fios espirituais ................................................................................................1232.8 - Fios espirituais divinos ....................................................................................................... ......123
2.9 - Fios espirituais e objetos ...........................................................................................................1242.10 - Ligaes crmicas ...................................................................................................................124
3 - VIBRAOESPIRITUALEAURA............................................................................................... ....1263.1 - O que aura? .......................................................................................................................... ..1263.2 - Cor .............................................................................................................................................126
3.3 - Espessura ......................................................................................................................... .........1273.3.1 - Modificaes de espessura ........................................................................................... ..... ..... ..... ..... .127
3.4 - Essncia da aura ................................................................................................................ .......1273.5 - Causa dos insucessos ............................................................................................................. ...1283.6 - Exemplos dignos de nota ...........................................................................................................129
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3.7 - Algumas concluses correlatas ............................................................................................... ..130
3.8 - Concluses finais .......................................................................................................................1314 - VIDAEMORTE................................................................................................... ...................131
4.1 - Vida aps a morte ......................................................................................................................1314.2 - Conceito de morte ............................................................................................................... ......133
4.3 - Reminiscncias de vidas passadas ......................................................................................... ...133
4.4 - Idade espiritual ................................................................................................................ .........1354.5 - Afinidades ..................................................................................................................................1354.6 - Reencarnao ...........................................................................................................................136
4.6.1 - Processo evolutivo .................................................................................................. ....................... ....136
4.6.2 - Prematuras ................................................................................................. .................................. ..... .136
4.7 - Causa da infelicidade na atual vida terrena ........................................................................... ..1374.8 - Respeito aos mortos ......................................................................................................... .........137
4.9 - Desapego ................................................................................................................................. ..1384.10 - Vida e morte de mamehito .......................................................................................................140
5 - COMPOSIODO MUNDO ESPIRITUAL............................................................... .........................1405.1 - Reino do Cu ............................................................................................................................140
5.1.1 - Nveis ............................................................................................... .................................. ..... ..... .....1405.1.2 - Atuao do Reino do Cu ................................................................................................... ..... ..... .....141
5.1.3 - Mundo bdico ................................................................................................... ......... ..... ..... ..... ..... ..1425.1.3.1 - Gokuraku ........................................................................................................... ... ..... ..... ..... ..... .142
5.1.3.2 - Joodo ......................................................................................................... ............................ .....1435.1.3.3 - Kannon no mundo bdico ....................................................................................... ..... ..... ..... ....143
5.2 - Inferno ................................................................................................................................ .......1435.2.1 - Mundo infernal................................................................................................. ........................ ..... ....143
5.2.2 - Montanha de agulhas ................................................................................................... ............. ..... ....1445.2.3 - Lagoa de sangue .................................................................................................... ............... ..... ..... ...144
5.2.4 - Regio dos famintos ................................................................................................... ....... ..... ..... ..... .1455.2.5 - Inferno animalesco .......................................................................................................... . ..... ..... ..... ..1465.2.6 - Shura-do ............................................................................................... ................................. ..... ..... ..1475.2.7 - Shiki-do .................................................................................................. .................................. ..... ....148
5.2.8 - Shonetsu ............................................................................................... ................................. ..... ..... ..1495.2.9 - Inferno das cobras ................................................................................................ ....... ..... ..... ..... ..... ..149
5.2.10 - Inferno das formigas ........................................................................................................ ......... ..... ..149
5.2.11 - Quarto das abelhas .............................................................................................................. ....... ..... .1506 - FENMENOSESPIRITUAIS............................................................................................. ............151
6.1 - Esprito dos seres ............................................................................................................... .......151
6.2 - Ondas cerebrais .............................................................................................................. ........ ..1526.3 - Esprito vivo ........................................................................................................................ ......153
6.4 - Paixes incontrolveis .................................................................................................... ........ ..1546.5 - Indiferena aps o casamento ...................................................................................................155
6.6 - Troca de Protetor ........................................................................................................... ........ ...1556.7 - Namoro do ponto de vista espiritual ...................................................................................... ...156
6.8 - Amortecimento corporal ................................................................................................ ........ ...1576.9 - Influncia de antepassados ................................................................................................ .......160
PROPOSIO FINAL.......................................................................................................... .161ADENDO..................................................................................................... .........................162
GLOSSRIO..................................................................................................................... ....164
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Evangelho do Cu Vol. I
PREFCIO
Meishu Sama sempre divulgou os Ensinamentos que lhe
foram revelados por Deus atravs de publicaes em jornais e
revistas da Igreja, bem como por meio de palestras feitas para
mamehito e ministros. Nessas ocasies, abordava assuntos
variados que abrangiam no s o campo religioso, moral ou
filosfico, mas tambm cincia, especialmente a Medicina, Poltica,
Educao, Arte, Histria, Agricultura da Grande Natureza, alm de
outros temas diversos, tais como: ordem social, sabedoria, Mundo
Espiritual, Bem e Mal, enfim qualquer ocorrncia que, direta ou
indiretamente, interferisse no comportamento humano.
De um modo geral, os artigos ou mesmo o contedo das
palestras analisavam, de uma s vez, as mais diversas questes,
todas elas consideradas sob um ponto de vista totalmente
inovador, tendo por base a revelao divina, bem como
experincias vividas e pesquisas realizadas por Meishu Sama,
cuja finalidade era formar o homem para viver na Nova Civilizao,
que se iniciaria no presente sculo XXI.
De outra parte, todos os princpios contidos nos
Ensinamentos foram sendo gradativamente explicados de acordo
com as necessidades do momento. Assim, muitos deles
constituram respostas a perguntas formuladas pelos estudiosos e
seguidores da Messinica. Da tambm o outro motivo de, numa
mesma palestra ou nos artigos para jornais e revistas, serem
tratadas questes diversas sem a centralizao especfica de umtema nico.
Sempre foi, entretanto, bastante evidente a necessidade de
se organizarem os Ensinamentos de acordo com os assuntos a fim
de se tornarem mais claros, especialmente para os ocidentais, e
tambm para todas as pessoas interessadas em estud-los.
Dessa forma, tornar-se-ia mais fcil visualizar, na sua totalidade,preciosssimas lies de inestimvel valor.
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Evangelho do Cu Vol. I
Entretanto, desde 1955 (Goshoten1 de Meishu Sarna) at hoje,
nada de concreto tinha sido feito no sentido de ordenar
sistematicamente os Ensinamentos, separando-os de acordo com os
diversos assuntos tratados pelo Mestre.
Sentindo, ento, a urgncia de iniciar um trabalho mais
especfico na tentativa de ser atingido certo grau de sistematizao,
nosso esforo visou, na medida do possvel, a atingir esse objetivo.
Numa primeira etapa, a tarefa consistiu na separao dos textos
que, depois, foram reunidos e remontados de forma esquemtica,
colocando sempre em evidncia pontos bsicos considerados
indispensveis a quem deseja trilhar o caminho da salvao. Sob esseaspecto, foi uma atividade semelhante da construo de uma casa na
qual a primeira etapa corresponde ao estabelecimento do alicerce para,
em seguida, serem levantadas as colunas, paredes e telhado, e
finalmente a concluso, com os arremates e acabamento para, mais
tarde, se acrescentarem os ltimos retoques da decorao, feita com
valiosas obras de arte das mais variadas tendncias. Em outras
palavras, quero dizer que Meishu Sama deixou, nos Ensinamentos,
todo o material para a edificao da nova morada da humanidade. Ans cabe, apenas, a misso de distribu-lo, colocando cada
mensagem, cada preceito, cada orientao no seu exato lugar. Dessa
forma, os leitores podero obter, numa viso tridimensional, uma idia
mais concreta da beleza desta nova casa planejada por Deus para
todos os Seus filhos.
Tendo, ento, como linha mestra o aspecto construtivo
ascendente, tomamos, como base, na elaborao deste livro, oprocesso da Iniciao, significando a primeira etapa a sertransposta no caminho do aprimoramento espiritual. Nesta fase
inicial, o que se destaca a necessidade da purificao, entendidacomo um recurso irrefutvel de limpeza das mculas do esprito e das
toxinas presentes no corpo fsico.
1 Passagem de Meishu Sama para o Reino Divino (10/02/1955).
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Evangelho do Cu Vol. I
Uma vez vencida a fase da iniciao, o praticante, um pouco
mais livre de impurezas, tem condies de discernimento e vai,
assim, adquirindo a verdadeira sabedoria num processo contnuo
de aprimoramento espiritual. Da que, para atender a esse
objetivo, o segundo volume desta Obra contm exclusivamente
Ensinamentos referentes Sabedoria. Atravs deles, o leitor vaipoder orientar-se na busca do seu prprio desenvolvimento
espiritual. Assim, passo a passo, ir conseguindo escalar pontos
cada vez mais altos, at atingir a Comunho Perfeita comDeus.
Ento, o contedo do terceiro volume constitudo deEscritos Sagrados que tm como objetivo mostrar o poder da Luz
atravs da qual cada um de ns, seguindo o exemplo de Meishu
Sama, poder atingir o grau de Kenshinjitsu.
Foi tambm considerando todas as colocaes at aqui
expostas, que dividimos o presente livro Evangelho do Cu em trs volumes, a saber: I -Iniciao, II - Sabedoria e III - Reino
Divino, simbolizando, no seu conjunto, a nova habitao para ahumanidade inteira, onde cada um poder cultuar a Beleza,
praticar a Virtude e vivenciar plenamente a Verdade absoluta.
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Evangelho do Cu Vol. I
INTRODUO
A idia de iniciar est relacionada tarefa de preparo,
escolha, limpeza. Assim, tomando como exemplo a construo de
uma casa, uma das primeiras medidas a serem consideradas diz
respeito determinao do local, aquisio do terreno. Logo
depois, a preocupao se volta para a limpeza e preparo do
ambiente com a eliminao das arestas e de outros componentes
que possam impedir uma construo harmoniosa.
A seguir, num processo contnuo, so estabelecidos os
alicerces, os tipos de materiais empregados, a forma arquitetnicada casa e todos os demais recursos indispensveis.
Em sntese, o incio de uma edificao est intimamente
relacionado a um trabalho que visa determinar quais elementos
so teis e, ao mesmo tempo, eliminar o desnecessrio ou tudo
que possa atrapalhar o bom andamento da obra.
Um processo semelhante ao de uma construo ocorrecom quem busca um encontro mais ntimo com Deus. Eis por que o
primeiro volume do Evangelho do Cu contm as condiesbsicas para iniciar o caminho da elevao espiritual. Por meio
delas, todos podero, sem embargo, estabelecer as suas
prioridades.
tambm desejo do tradutor que o maior nmero possvel de
leitores possa usufruir das bnos divinas, objetivo primordial destetrabalho feito com o sentimento sincero daquele amor verdadeiro
em cuja etapa final reside exclusivamente o bem da humanidade
e a glria de Deus.
Minoru Nakahashi
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MAKOTO
Chave preciosa!
Resolve todos os problemas do mundo
a base para a formao do verdadeiro pas,
Bem como de cada ser humano
Sublime guia!
Quando ausente, traz
O empobrecimento das ideologias pollticas,
A escassez de bens materiais,
A decadncia da moralE todos os demais odiosos conflitos
E funestos assuntos que envolvem as criaturas.
Poderosa fora!
Destri a desordem.
Religio, Cincia e Arte
Se no tiveream como centro,
Torna-se-o mseros cadvers.
Ah! Makoto! Makoto!
Somente nesta essncia,
Oh! Humanidade,
Encontrars a soluo
Dos teus destruidores infortnios.
Meishu Sama
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CAPTULO I - NOES PRELIMINARES
1 - Para entender o conceito de iniciao
1.1 - Seja um novo homem
Os homens devem procurar evoluir sempre,especialmente aqueles que professam uma f.
De um modo geral, entretanto, quando algum fala de
religio, considerado fora de poca. Inegavelmente, o
comportamento normal da maioria dos adeptos das religiesexistentes de pessoas antiquadas.
Os seguidores da Messinica, contudo, precisam adotar uma
atitude oposta. Convm que todos observem, em especial, a
Grande Natureza, onde tudo evolui incessantemente, numininterrupto processo de renovao. Vejam como, a cada ano,
aumenta a populao e o aproveitamento das terras; como
progridem os meios de transporte, os processos de construo e osrecursos tecnolgicos. As plantas e as rvores crescem em direo
ao cu; nunca para baixo. Assim, tambm o homem deve
acompanhar e imitar a evoluo de todos os elementos da Grande
Natureza.
Seguindo o mesmo princpio, esforo-me para que omeu aprimoramento seja, a cada ms, a cada ano, maior e mais
profundo.
Aquele que se preocupa apenas em melhorar os aspectos
materiais da vida, tais como posio social, empreendimentos,
profisso, flutua sem criar bases firmes. preciso, por todos os meios,
elevar a alma e aperfeioar o esprito. Quem tiver esse cuidado,
construir, passo a passo, um novo "Eu".
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No h necessidade de pressa. Aos poucos, no decorrer
dos anos, todos vocs podero tornar-se pessoas magnficas. Basta
a mera inteno de pr em prtica os Ensinamentos para que j
sejam consideradas almas superiores. Desse modo, desfrutaro,
com certeza, da confiana de todos, tero sucesso e sero felizes.
Talvez os jovens achem que estou dizendo banalidades, ou
pregando uma moral antiquada. Muito pelo contrrio. Quem segue
o que eu ensino transforma-se num novo homem. Ultrapassados
so aqueles que no apresentam, durante a vida toda, a menor
evoluo, conservando sempre idntico modo de pensar e de falar
sobre os mesmos assuntos. Mantendo somente conversasmundanas, desinteressantes, sem nenhuma preocupao religiosa,
poltica, filosfica ou artstica, no progridem; permanecem estticos.
Embora a maioria das pessoas se comporte dessa maneira,
no tenho inteno alguma de censur-las. Estou apenas
chamando a ateno para uma realidade irrefutvel.
Atitudes semelhantes, contudo, no so muito louvveisespecialmente para os seguidores da Messinica que, neste
perodo de transio, procura salvar toda a humanidade,
despertando-a para os erros da cultura atual. O nosso objetivo
aprimorar o ser humano, para construir um mundo pleno de
felicidade. Portanto, quando digo que todos precisam tornar-se
pessoas da cultura do sculo XXI, estou me referindo formao
desse novo homem.
1.2 - Nobreza de atitudes
Para atingir um nvel superior de aprimoramento espiritual,
so necessrias algumas prticas, entre as quais se inclui a
nobreza de atitudes.
Como notrio, a maioria das pessoas viveconstantemente empenhada em ganhar dinheiro, pensando em
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uma maneira de agir para que tudo na sua vida corra bem, de
acordo com os prprios desejos. Tal atitude corresponde apenas
valorizao de interesses pessoais, sem uma direo voltada a
ideais mais elevados. Na verdade, quem age assim ou cultiva
somente essa forma de pensar, ainda est espiritualmente
posicionado num plano bem inferior.
Ento, os filsofos e os pensadores em geral, embora sejam
semelhantes aos demais seres humanos, j possuem um estado
superior de conscincia. Quer dizer: sua alma se encontra numa
posio mais elevada dentro daqueles cento e oitenta graus2
diferentes dos quais lhes tenho, muitas vezes, falado. Dessa forma,quanto mais alto for o nvel espiritual alcanado por algum, tanto
mais nobre se torna o seu trabalho.
1.3 - Linha divisria
Existe uma linha que divide, ao meio, os cento e oitenta
graus do Plano Espiritual. Ento, para atingir um nvel mais alto,
preciso ultrapass-la, a fim de pertencer rea divina; um estgioabaixo desse marco divisrio corresponde ao domnio animal;
portanto, o esprito que se encontra nesse nvel no consegue agir
com nobreza, porque no tem muito clara a conscincia de Deus.
Mesmo em se tratando de pessoa ilustre, se for um ateu, jamais
conseguir atingir a rea divina; pode at se aproximar da linha
divisria, mas no a ultrapassar.
2 - Objetivo do processo inicitico
2.1 - Entender a finalidade da f
A finalidade da f desenvolver homens perfeitos. Mascomo neste mundo no se pode exigir perfeio absoluta, a correta
maneira de proceder est em buscar gradativamente o
2 O Plano Espiritual est dividido em 180 (cento e oitenta) camadas semelhantes aosandares de um prdio. Cada andar corresponde a um plano do Mundo Espiritual.
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Quem conhece a Deus e tem certeza absoluta de Sua
existncia, j se encontra acima da linha divisria; por conseguinte,
vive na rea divina. Essa diferena, embora pouqussima,
determina uma mudana total de vida.
Ento, mesmo sendo ilustre e tendo muito conhecimento,
quem se encontra no plano abaixo desse marco divisrio tem uma
ndole malvola e usa a sua inteligncia para praticar o mal. De
outra parte, para algum que j ultrapassou a linha, indo para
cima, tudo que pensa ou faz corresponde a aes verdadeiras,
prprias de seres humanos. Tambm no cria mculas para si
mesmo nem causa sofrimento aos outros. bom e, por isso,raramente erra. Pelo contrrio, constri muita felicidade.
Viver, portanto, buscando sempre um nvel elevado deespiritualidade e acreditando convictamente nessa posturaconstitui a base fundamental da f. E o papel da religio deveser, antes de tudo, o de ensinar ao ser humano to importante
verdade.
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CAPTULO II - CONDIES BSICAS PARA INICIAR O CAMINHODA ELEVAO
1 - Makoto
1.1 - Para entender o significado
1.1.1 - O que makoto?
um vocbulo japons que est associado s acepes de
amor, sinceridade, fidelidade, honestidade, constncia, devoo,
franqueza, pureza e autenticidade.
O termo makoto engloba, portanto, um conjunto de virtudes,
cuja prtica extremamente necessria para quem deseja iniciar-se no caminho da luz.
1.1.2 - Atitude correta
Seria cada um vigiar constantemente a si prprio,procurando saber se est agindo certo ou errado. Quem assim
procede possui o verdadeiro makoto. Ao contrrio, condenar o mal
dos outros, chamar-lhes a ateno, embora socialmente parea
correto, para um mamehito no atitude digna. Se, de fato, algum
estiver errado, a Deus cabe julgar. Aqui reside o grande mistrio da f.
Portanto, todo aquele que age contra esse princpio est tentando
colocar a vontade humana acima do poder divino.
De outra parte, entretanto, existem situaes que precisam
ser definidas. Ento, o que, na realidade, no est correta a
tentativa de se estabelecer o Bem e o Mal para os outros. No
momento em que algum age assim, erra.
Por isso, torna-se necessrio que cada mamehito
mantenha uma atitude mental de no-julgamento, levando emconsiderao tambm as circunstncias que exigem algumas
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definies precisas. Esse tipo de postura corresponde a um nvel
espiritual, sutil e misterioso, envolto em transmutaes
interminveis. Mesmo assim, importante que cada mamehito
procure aproximar-se um pouco dele. Desse modo, estar polindo
a alma. Alm disso, tal maneira de agir corresponde prtica de
uma f altamente elevada. tambm um princpio que nunca foiensinado por nenhuma das religies existentes. Quem o praticar,
contudo, jamais cometer erros e estar sempre no caminho da
verdade.
1.1.3 - Prtica do makoto
Pergunta: Como praticar makoto?
Resposta de Meishu Sama: Deve-se colocar emsegundo plano os prprios interesses e procurar fazer omelhor para os outros. Tal atitude corresponde ao desejo sincerode querer o bem do prximo e de agir altruisticamente, buscando a
melhoria do mundo e da sociedade.
Makoto uma atitude contrria da mentira. Refere-se s
aes honestas praticadas com discernimento e fundamentadas
no bom senso.
Procurar, apenas, beneficiar o pas ou a classe social a que
se pertence parece um ato nobre, mas ainda makoto restrito. A
grandeza da alma, alicerada no amor humanidade inteira, que
corresponde, de fato, ao verdadeiro makoto.
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1.2 - Para adquirir makoto
1.2.1 - Respeitar os compromissos
1.2.1.1 - Desempenho das obrigaes
Quem possui makoto respeita e cumpre, acima de tudo,os seus compromissos. O desempenho correto das obrigaesassumidas, embora no seja considerada como uma atitude
relevante para a maioria das pessoas, de suma importncia para o
homem de f. O no-cumprimento de um dever acaba sendo uma
espcie de delito porque uma maneira de enganar os outros.
Geralmente, o que mais costuma ser menosprezado num
compromisso o horrio. Quando algum deixa de ser pontual,est, de fato, causando aborrecimento e irritao queles que ficam
esperando.
H um provrbio antigo que chama a ateno para estes
sentimentos: " bom ser esperado; desagradvel esperar". Da aimportncia de se ficar atento expectativa do prximo. Quem no
se preocupa com esses pequenos detalhes, no tem makoto.
Ainda que possua muitas outras qualidades, pouco valor
demonstrar, se no tiver sensibilidade e respeito em relao aos
horrios assumidos.
Portanto, quem tem f em Deus no pode menosprezar o
rigoroso cumprimento das obrigaes. Se no conseguir, acima detudo, pr em prtica esse preceito, est reprovado na f.
Guardem, pois, essa verdade bem no fundo do corao para
que nunca seja esquecida.
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1.2.2 - Ser honesto
1.2.2.1 - F verdadeira
Inmeras pessoas, neste mundo, seguem uma religio,
mas os crentes autnticos so raros. Ainda que algum se
considere uma pessoa religiosa, no o ser de fato se as suas
idias no forem objetivamente comprovadas pelos demais.
De que modo, ento, se adquire a verdadeira f? Em
primeiro lugar preciso ter credibilidade, isto , tornar-se uma
pessoa da mais absoluta confiana demonstrada pela ausnciatotal de falsidade tanto nos atos, quanto nas palavras.
O que preciso fazer, para se chegar a esse nvel?
Acima de tudo, no mentir e depois colocar, em primeirolugar, os interesses do prximo, relegando a um planosecundrio as necessidades pessoais.
Agindo assim, isto , visando ao bem do outro, todos vo
perceber a lealdade de intenes, bem como constataro a
existncia de um sentimento de amizade desinteressada naqueles
que professam uma religio. Sentiro tambm uma agradvel
sensao de bem-estar todas as vezes que entrarem em contato
com pessoas de verdadeira f e desejaro compartilhar sua
presena. Quando um religioso age dessa forma, torna-se uma
pessoa benquista e respeitada por todos.
Querer, portanto, a companhia de algum que inspire
confiana uma atitude perfeitamente compreensvel, pois at ns
mesmos, se encontrssemos pessoas assim, gostaramos de
aprofundar relacionamento com elas, tornando-nos seus amigos
inseparveis.
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Quero acrescentar, ainda, que essa boa impresso no
deve ser apenas momentnea. Como sempre digo, o homem
precisa ser como o arroz: a princpio, parece sem gosto, mas,
medida que vai sendo mastigado, o sabor se manifesta e aumenta
gradativamente. por isso tambm que constitui um dos pratos
indispensveis alimentao diria de todos ns.
1.2.2.2 - Honestidade
No mundo atual, a maioria das pessoas faz questo de agir,
propositadamente, ao contrrio. Dizem mentiras que no tardam a
ser descobertas. Procedem de maneira a perder a confiana dossemelhantes, pois quem mente uma vez, mesmo conservando outros
valores, perde a credibilidade, que realmente um grande tesouro.
Eis a razo pela qual muitos no conseguem melhorar a sua sorte,
apesar de trabalharem arduamente. De outra parte, aqueles que
forem confiveis jamais passaro dificuldades porque todos,
generosamente, lhes socorrero nos momentos difceis. Mentir ,
portanto, uma grande tolice.
At agora me referi ao merecimento de crdito do ponto de
vista material. O bem mais precioso, contudo, conquistar a
credibilidade de Deus. Para essas pessoas, tudo correr
maravilhosamente bem e a vida lhes ser plena de xito e alegria.
2.3 - Amar ao prximo
1.2.3.1 - Censuras
s vezes algum me pergunta se cabe ou no censurar. De
fato, s o Criador tem autoridade para julgar os homens. Assim, se
algum condenar o prximo, estar querendo colocar-se na
posio de Deus. Alm do mais, a censura nunca produz bons
resultados; provoca sempre um efeito contrrio. Por essa razo, a
minha maneira correta de agir a seguinte: quando alguma pessoacomete erros, fao de conta que no vejo. Espero at a hora em que
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ela, ao sofrer as conseqncias de suas atitudes, percebe que no
estava agindo de modo certo. Nesse momento, despertar e, com
certeza, se arrepender do fundo do corao. Portanto, censur-la
antes de ter adquirido conscincia de seus atos seria como tentar
deter uma pedra que estivesse rolando do alto da montanha. Se
algum se dispusesse a tal faanha, com certeza se machucaria.
Por isso, o melhor esperar que a pessoa caia para ento ser
reerguida com tranqilidade.
No obstante, convm alertar freqentemente a todos sobre
a maneira correta de agir, a fim de que muitos infortnios sejam
evitados. E tambm para que cada um tenha condies derecordar-se, no momento das adversidades, de todas as
recomendaes anteriormente recebidas.
Meditem e ponham em prtica estas verdades e nunca
tentem segurar a pedra que esteja rolando montanha abaixo. Ajam
com bastante discernimento.
1.2.3.2 - Julgamentos
J falei sobre o assunto algumas vezes. Percebo, contudo,
que os membros ainda cometem esse erro at inconscientemente,
razo por que volto a abord-lo.
H gente que tem o hbito de comentar a maldade dos
outros. E, em casos extremos, chegam mesmo a dizer que preciso
tomar cuidado com certas pessoas porque elas estoendemoniadas. Na verdade, acontece bem ao contrrio. Est
possesso quem faz um comentrio como esse, pois nenhum ser
humano tem permisso de estabelecer para os outros qual seja o
comportamento certo ou errado, o Bem ou o Mal. Tal procedimento
diz respeito exclusivamente a Deus.
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Ento, quem julga os semelhantes est profanando a rea
divina e, por isso, no seria errado encar-lo como um demnio
contra o qual convm ficar de guarda.
Qual seria a causa da existncia de indivduos que vivem a
censurar o prximo?
Evidentemente, a falta de f em Deus leva algumas
pessoas a julgarem erradas as demais. Outras ainda acham que
certas crenas ou igrejas seguem uma orientao incorreta e, por
isso, precisam ser reformuladas. Quem assim pensa, acredita mais
na fora dos homens do que no poder divino. No h falha maiornem atitude mais presunosa. Portanto, no cabe a uma pessoa de
f esse tipo de preocupao. Se houver realmente erros, ou maus
elementos entre os seguidores de um credo, basta coloc-los nas
mos de Deus que o julgamento vir do Alto.
Tenham, pois, sempre em mente que na Messinica tudo
supervisionado pelo Supremo Deus. Constantemente, atravs de
algum acontecimento particular, os membros que esto agindoerrado recebem advertncias a fim de poderem despertar para a
verdade. Caso no mudem de atitude, chegam, s vezes, at a
perder a vida. E, em outras circunstncias, a tm profundamente
ameaada, como bem sabem os messinicos mais antigos.
Concluindo, podemos, de fato, afirmar que o comportamento
correto cada um julgar-se continuamente a si mesmo, em vez de
ficar censurando os outros. Quem vive assim tem verdadeira f ecumpre a vontade de Deus.
1.2.3.3 - Bom senso
Bom senso nas palavras e atitudes um princpio do qual
no deve desviar-se o homem de f. Convm encarar com cautela
a crena expressa por meio de palavras extravagantes e atosostensivos, fato, alis, bastante comum. Muitas pessoas, entretanto,
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sentem maior inclinao por esse tipo de postura religiosa,
justamente por falta de conhecimentos espirituais3. Tambm no
recomendvel a atitude de pessoas que se julgam superiores s
demais e negam amor a quem pertence a outra religio.
Quem tem verdadeira f no fomenta a exclusividade nem o
separativismo. Ao contrrio, tem conscincia de que o objetivo da
religio salvar toda a humanidade; no apenas um pequeno grupo.
Como sempre repito, para se ter uma vida tranqila e
harmoniosa, preciso primeiramente fazer os outros felizes. O
bem estar de cada ser humano reside nas divinas recompensasque receber pelo amor e dedicao devotados ao prximo.
Portanto, a pessoa que sacrifica o semelhante em seu prprio
benefcio nunca vai encontrar a verdadeira felicidade.
1.2.4 - Praticar a humildade
1.2.4.1 - Os ltimos
Desde antigamente, ouve-se a expresso: "os ltimos sero
os primeiros". Essa mxima, na verdade, refere-se a uma forma de
aprimoramento que permite permanecer numa posio inferior, quer
dizer, ter uma conduta de vida que no busque o primeiro lugar, mas
procure, antes de tudo, manter-se no anonimato, praticando o bem
sem muito alarde. Tal maneira de agir de suma importncia para
as pessoas que buscam a vivncia da f verdadeira.
Freqentemente se observa, em grupos religiosos, a falta de
humildade, de modo especial entre alguns chefes ou propagadores
de doutrinas, os quais alardeiam os seus feitos atravs de
3O maior inimigo da negatividade o bom senso. Quem no o possui, geralmente fica meioesquisito. uma atitude bem oposta das pessoas equilibradas. Estas so bem evoludas
espiritualmente e agem com simplicidade. Os insensatos, ao contrrio, embora tentem amostrar naturalidade atravs da aparncia, demonstram apenas transgresses depersonalidade.
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grandes propagandas, julgando-se, por isso, merecedores de
honrarias especiais.
A atitude correta, porm, deve ser semelhante da guia
que, esperta, esconde a unha, ou como a do cacho de arroz:
quanto mais carregado, mais se inclina.
Ento, orgulhar-se das prprias aes querendo mostrar-se
grande sbio, vangloriando-se de tudo, sempre produz efeitos
contrrios. o que acontece, por exemplo, quando algum,
mesmo no sendo to importante, ao receber qualquer elogio, julga-
se o maior de todos. Este um dos pontos fracos do ser humano.Embora seja o modo de agir mais comum, as pessoas de f devem
cultivar sempre, em seus coraes, o princpio segundo o qual
quanto mais sbio, mais humilde.
Muitas vezes, acontece de algum que trabalhava em
servios comuns, vivendo, como a maioria, nas camadas mais
inferiores da sociedade, de repente, passar a ser chamado de
Mestre. Mesmo nessas circunstncias, a atitude de humildadedeve permanecer. Essa uma forma de aprimoramento constante,
atravs da qual o fato de manter-se numa posio inferior no
significa menosprezo. Freqentemente, nessas ocasies, a
pessoa fica, de incio, contente e at vaidosa por parecer
importante. Com o passar do tempo, entretanto, esse sentimento
intensifica o desejo de ser visto como tal e, a partir da, acaba
desagradando aos outros, sem que ela prpria perceba o seu
comportamento to inadequado e causador de insatisfao aosdemais.
Deus no gosta, nem um pouco, de vaidades. Preciosa para Ele a virtude da humildade, de modo especial quando
praticada por aqueles que possuem certo nvel cultural,
demonstrando assim educao e respeito pelo semelhante.
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Muitas vezes se observam, especialmente em logradouros
com grandes aglomeraes, ou ao se tomarem trens, bondes,
nibus, pessoas cometendo atos de grosseria, empurrando os
outros, querendo sentar-se nos melhores lugares, por se acharem
os mais importantes. Todas essas atitudes de orgulho revelam uma
espcie de comportamento possessivo e monopolizador, bastante
desagradvel.
Em contraposio, para se criar uma sociedade
harmoniosa, que satisfaa a todos, torna-se necessrio
manifestar sempre idias democrticas por meio das quais o
direito de cada cidado deve ser respeitado.
Contudo, como pode ser observado atravs dos fatos,
quase nada se alterou, desde os primeiros tempos at os dias de
hoje.
1.2.5 - Combater medos e culpas
1.2.5.1 - F e liberdade
H, no mundo, vrios tipos de religio; algumas mais,
outras menos notveis, as quais podem ser classificadas como
grandes, mdias, ou pequenas. Todas, sem exceo, se
consideram superiores e julgam as demais inferiores. Por essa
razo, probem os adeptos de manter contato com as outras,
afirmando que so crenas demonacas. Alm disso, temem o
prprio Deus no qual acreditam e dizem que no h salvao paraquem divide a sua f entre dois credos.
Algumas religies so, nesse aspecto, extremamente
rigorosas, a tal ponto de os seus pregadores ameaarem com
terrveis infortnios, doenas graves, perda da prpria vida, ou at
a morte de toda a famlia, caso algum de seus membros manifeste
o desejo de converter-se a outra crena. Por incrvel que parea,
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essa espcie de f, bastante comum nas venerveis e antigas
religies, ainda hoje se manifesta at nas mais recentes doutrinas.
Vemos, assim, que em matria de liberdade de pensamento,
h muitos pontos para aprimorar, pois persistem resqucios de
feudalismo no s no campo social e poltico, mas tambm no
religioso. Por isso quero esclarecer a questo da liberdade da f.
Nenhuma instituio religiosa deve, jamais, cercear o livre
arbtrio de seus membros com o objetivo de defender os prprios
interesses. E amea-los com castigos de ordem espiritual um
ato realmente imperdovel.
Vou citar um exemplo para elucidar bem essa questo.
Certa vez, uma pessoa procurou-me dizendo que, h muito
tempo, fazia parte de um ncleo religioso; mas, apesar de uma
devoo fervorosa, lutava constantemente com problemas de
doena e a famlia no conseguia livrar-se da purificao da
pobreza. Tais fatos a fizeram ir, aos poucos, perdendo a f. Quando,
porm, quis abandonar a crena que professava, o dirigente aameaou com predies terrveis. Por isso, incapaz de tomar uma
deciso, viera consultar-me. Expliquei-lhe, sem receio, que a religio
qual pertencia no ensinava a verdade; portanto, quanto mais
cedo a deixasse, melhor seria.
Infelizmente h, no mundo, religies que recorrem ao terror a
fim de impedir a reduo do nmero de seus seguidores. Na
Messinica, contudo, h absoluta liberdade de ao e os adeptospodem tomar a deciso que desejarem. Ainda mais: sempre digo
aos membros que procurem conhecer outras organizaes
religiosas. Se encontrarem alguma que julguem superior
Messinica, podem a ela converter-se sem medo de incidir em
pecado. A vontade de Deus , exclusivamente, que os homens se
salvem e se tornem felizes.
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1.2.5.2 - Respeito
As pessoas mais esclarecidas sempre comentam que a
Messinica no critica outras religies e, por isso, a vem com muita
simpatia. Na verdade, ela abrange todos os demais credos. Ento,
tecer comentrios poucos elogiosos a eles seria como se
depreciasse a si mesmo.
Estando, pois, cada uma das religies existentes includas
na Messinica, sempre e sem objeo alguma, sugiro que as
estudem e as pesquisem tranqilamente. Nunca coloco obstculos
a nada. Essa minha postura nasce da plena convico quedeposito nos princpios que prego. Sem motivos para duvidar, a
confiana se torna absoluta, no havendo, portanto, o que temer.
Foi tambm o mesmo princpio de f e segurana na
Messinica que me levou a colocar na primeira igreja estruturada por
mim o nome de Sekai Meshiya Kyo (Igreja do Messias para o Mundo).
Importou-me apenas tratar-se de um patrimnio da humanidade
que nunca cria antagonismos ou qualquer outro tipo de confrontao.Muito pelo contrrio. um conjunto de preceitos que procura unir e
reunir, eliminando rivalidades, para levar o mundo inteiro ao
encontro de Deus.
1.2.5.3 - Opresses
Um ponto importante a ser considerado que a censura
constitui uma forma de opresso.
Assim, ento, se algum, usando de sua autoridade, ou de
algum outro recurso, ameaar os demais homens, atrelando-os a
preceitos ou mandamentos, conseguir apenas efeitos temporrios.
Chegar, infalivelmente, o dia em que as conseqncias dessas
atitudes opressivas ficaro evidentes.
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2 Justia
2.1 - Senso de justia
2.1.1 - Fatores determinantes
O senso de justia deveria ser algo natural, mas
surpreendentemente, nos dias de hoje, quase ningum o possui. As
pessoas s pensam em obter vantagens e, quando algum fala em
justia, no o levam a srio; desprezam-no, considerando-o um
antiquado.
Percebe-se, todavia, com certa freqncia, que nem tudocorre bem s pessoas que no agem de acordo com a lgica.
Normalmente surgem muitos reveses. Julgando, porm, ser uma
situao normal da vida, ningum procura descobrir a causa de
tantos malogros.
Do nosso ponto de vista, contudo, a razo de tantos
infortnios reside exatamente na falta de senso de justia. De ummodo geral, as pessoas no tm conscincia dessa verdade porque
so incessantemente atacadas por pensamentos negativos que
lhes criam nuvens na alma, tornando-as mentalmente cegas.
Por ter acompanhado, durante vrios anos, a sorte e o
infortnio dos seres humanos, posso afirmar, com absoluta
certeza, que a causa fundamental da falta do senso de justia
est no Mundo Espiritual; invisvel, portanto.
Lamentavelmente, porm, o homem no admite nem
entende quando lhe dizem ser ele mesmo o responsvel pela sua
infelicidade, ao tentar, atravs de hbeis palavras, exaltar o
prprio valor e apresentar de si mesmo uma imagem favorvel.
No acredita tambm que o olho penetrante de Deus perscruta-
lhe o fundo do corao, pesando o Bem e o Mal e determinando-
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lhe o destino atravs de um julgamento imparcial, que ocorre de
forma totalmente contrria lei dos homens.
Lgica to simples! No entanto, poucos a compreendem.
At pessoas ilustres, homens de cultura e de elevadas posies
sociais no tm esse discernimento. S vem o aspecto material,
tangvel. Desconhecem totalmente a importncia do Mundo
Espiritual. Por isso usam sua curta inteligncia exclusivamente
para enganar os outros. Embora se julguem muito espertos, na
verdade, no passam de pobres infelizes, pois nada lhes corre
bem e chegam sempre a resultados opostos aos que imaginavam
Esse pensamento de aparente esperteza domina, nos dias
de hoje, toda a sociedade. Eis a razo do aumento do nmero de
criminosos e da crescente intranqilidade social.
2.1.2 - Grande tolice
Normalmente, quaisquer pessoas cuja nica preocupao
consiste em tirar vantagem de tudo quanto tentam realizar sempreacabam malogrando. s vezes at fornecem assunto para os
noticirios por meio de rumorosos processos judiciais.
A meu ver, esses supostos espertos so, na verdade, muito
tolos; por isso, eu me esforo para despert-los, levando-os a
reconhecer a existncia de Deus. , entretanto, um trabalho difcil,
pois, de modo especial nas classes dirigentes, impera a idia de que
homem culto e qualificado deve nutrir pensamentos atestas.Dessa forma, s podero despertar verdadeiramente se tiverem a
oportunidade de presenciar milagres. Nesse aspecto, eu j sintomuita alegria e esperana de alcanar o meu objetivo porque, com
o poder que me foi dado por Deus, estou realizando prodgios, os
quais, pouco a pouco, comeam a ser reconhecidos pela maioria
das pessoas.
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Ento, em sntese, pode-se dizer que a felicidade do ser
humano depende da compreenso do verdadeiro conceito de
justia, o qual est diretamente ligado vida de unio com Deus.
Portanto, nada ser mais intil, nem haver maior tolice do que a
prtica do mal. Essa uma verdade fundamental que precisa ser
compreendida do fundo do corao e aceita por todos.
2.1.3 - Caminho da felicidade
Uma vez que o homem tenha conscincia da presena deDeus,j comea a trilhar o caminho da felicidade fundamentado no
conceito da grande e verdadeira justia, ou seja, aquela que visaao bem de toda a humanidade. Dedicar-se, ento, somente aos
pais, aos superiores, ou apenas ao pas, no corresponde a um
legtimo sentimento de eqidade, pois tal atitude se apia numa
base de egosmo. Foi por esse motivo que o Japo perdeu a
Segunda Guerra Mundial. Visou exclusivamente aos prprios
interesses.
A verdade, portanto, que s poder haver prosperidadeeterna quando a vida de cada um tiver como objetivo o benefcio de
todos. O mesmo se aplica religio. E aqui est a causa do declnio
de algumas grandes doutrinas que, aparentemente promovendo
o bem comum, se detiveram em objetivos menores.
Dentro dessa linha de raciocnio, o princpio fundamental da
Messinica criar um mundo isento de doena, pobreza e conflito,
para que toda a humanidade possa viver plenamente feliz. Eis overdadeiro senso de justia.
2.2 - O domnio dos jashin
Pergunta de ministro: existem alguns mamehito queesto sob o domnio dos jashin. Outros, bastante dedicados,
tambm apresentam tendncia a serem atrados por essas
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entidades negativas. Gostaria de sua orientao, para saber
como agir nessas circunstncias.
Resposta de Meishu Sama: o que est errado o seupensamento, ao afirmar que o mamehito est dominado ou sendo
atrado pelos jashin. Nenhum ser humano tem capacidade de julgar,
dizendo que determinado modo de agir advm da influncia de uma
entidade negativa. S Deus possui esse discernimento. Portanto,
quem comenta tais assuntos est violando a esfera divina, ou seja,
julga sem ter o direito de faz-lo.
Na verdade, nunca nenhum ser humano vai saber sealgum se encontra, ou no, possudo por um esprito do mal. mais
provvel ser jashin aquele que condena o outro, dizendo tratar-se
de uma entidade maligna. Por isso, nunca se deve, em absoluto,
referir-se a algum como se fosse a manifestao de algo
negativo, pois ningum, em s conscincia, possui argumentos
para falar sobre o assunto.
Nota-se tambm, com muita clareza, que geralmente quemfaz esse tipo de comentrio aponta, como possudos pelos
jashin, todos aqueles com os quais no simpatiza. Por outrolado, pode-se constatar ainda que, de uma maneira geral, as
pessoas consideradas ms desenvolvem trabalhos excelentes; e
outras tidas como boas e virtuosas podem ser negativas e
devassas. De fato, ningum, seno Deus, conseguir saber qual
o verdadeiro jashin, pois, semelhante ao que ocorre num teatro, o
Criador se utiliza dos bons e dos maus para compor o Seumisterioso plano.
Um outro ponto importante diz respeito diferena entre
pessoas que so jashin do fundo do corao e aquelas queapenas tm o encosto desse ser negativo. Normalmente ashostes dos jashin so compostas por dezenas deles e at
milhares. Em outras palavras, significa que, abaixo de DeusSupremo, existem entidades malignas (yin) e benignas (yang).
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atravs delas que o Pai Criador desenvolve o Seu plano neste
mundo, sem fazer distino entre o Bem e o Mal, ou seja, entre
pessoas justas ou perversas, porque ambas so necessrias para
a construo do Reino de Deus na Terra.
Mais uma vez, portanto, reafirmo que muito difcil distinguir
bons e maus. O fundamental, porm, consiste em entender a
grandiosidade divina e, ao mesmo tempo, tentar, de todas as
formas, valorizar o Bem e descartar o Mal. Para tanto, mantenham
em seus coraes a idia de que Kanzeon Bosatsu tem como
misso salvar a todos sem separar bons e maus, numa viso bem
universalista.
Por outro lado, Bodhisattva Kannon, na sua origem
conhecido como Kunitokotachi no Mikoto, em hiptese alguma,
admite o mal. Por isso, julga os mortos como Deus da Justia e
Juiz do Mundo Espiritual (Enma Daioo), numa atitude
absolutamente vertical. Na verdade, esses princpios ensinam que
nunca se deve tender apenas para um lado. O certo manter o
equilbrio de acordo com o tempo e as circunstncias queenvolvem a pessoa com a qual se entra em contato.
E preciso, ento, usar de versatilidade e estar
constantemente adaptando-se s situaes do momento.
2.3 - Justia e religio
No se pode esquecer que a justia o princpio da f. Pormais autntica que parea, uma doutrina s pode ser considerada
verdadeira se tiver fundamentada em leis justas. Por outro lado, as
pessoas que vivem de acordo com o direito divino recebem
proteo ilimitada de Deus e tm sempre as suas preces
atendidas.
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3 - Eliminao de egos e apegos
3.1 - Como eliminar?
Os problemas complicados ou de difcil soluo quase
sempre se devem ao ego e ao apego. Ambos coexistem no
interior de cada ser humano como se fossem irmos. Esses dois
males so, portanto, a causa das desgraas que atingem todas as
pessoas.
Muitos polticos, por exemplo, deixam de afastar-se da vida
pblica no momento oportuno, devido exatamente ao excesso deapego a uma posio de destaque. Chegam, por isso, s vezes, a
situaes deplorveis.
O mesmo acontece com grandes empresrios que,
desejosos de muitos lucros, afugentam os clientes, trazendo
desarmonia sua empresa e desequilbrio aos negcios.
Tambm nas relaes familiares, ocorre algo semelhante.Em muitos casos, os problemas entre casais resultam de um ego
exagerado ou de apego excessivo. Geralmente o lado mais
insistente acaba sendo repelido.
Pode-se ainda verificar que todos os sofrimentos causados
aos outros e a ns mesmos advm de fortes impulsos interiores que
acentuam os sentimentos de autovalorizao. Por isso, um dos
principais objetivos da f a eliminao do ego e do apego.Eu mesmo, desde que compreendi to importante princpio, tenho
procurado esforar-me o mximo possvel para abandonar esses
dois males. medida que bons resultados vo sendo
conseguidos, percebo que os sofrimentos diminuem e o nvel
espiritual se eleva.
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Pode-se afirmar, ento, que o aprimoramento de cada um
de ns ser cada vez mais elevado quanto maior for o esforo
pessoal para a eliminao de egos e apegos.
Tambm a unio verdadeira entre os homens s ocorrer
dentro de um nvel idntico de espiritualidade e sem interferncia
de sentimentos possessivos.
3.2 - Apego entre casais
Mesmo aps a morte, os casais no tero permisso para
viver juntos, caso se encontrem em estgios espirituais diferentes. s vezes, contudo, aps adquirirem certo grau de
desenvolvimento, recebem permisso divina para se
encontrarem. No tm, entretanto, autorizao para se abraarem a
fim de matar saudades. Caso o faam, tero seus corpos
enrijecidos e perdero a oportunidade de futuros encontros.
Todavia, medida que se vo aprimorando, usufruem de maior
liberdade para estarem juntos.
Analisando essa verdade, d para se perceber como difere,
do que ocorre na Terra, o comportamento no Mundo Espiritual.
3.3 - Apego na propagao da f
importantssimo eliminar totalmente qualquer tipo de
apego quando se trata da propagao da f. Embora parea uma
atitude fervorosa, nunca sero obtidos bons resultados, se algumprocurar convencer os outros ou transmitir algum Ensinamento
atravs de constantes insistncias ou de recursos exagerados.
Nunca tentem, pois, impor suas convices religiosas a ningum.
Essa atitude constitui uma blasfmia. Quando apresentarem
caminhos espirituais a alguma pessoa, falem pouco. S continuem
expondo suas idias, ao sentirem que os ouvintes esto
interessados. Caso contrrio, aguardem o tempo propcio. Essa amaneira de agir que revela total ausncia de ego e apego.
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3.4 - Superar o Ego
bom saber: na vida, nada existe mais terrvel que o ego.
Portanto, para aprimorar-se espiritualmente, cada um deve super-
lo de forma definitiva. Alguns preceitos da Oomoto dizem que o
ego um inimigo terrvel e at divindades tm errado por isso. No
bom, pois, deix-lo salientar-se. Essa colocao deixou-me bastante
impressionado e levou-me a refletir sobre ela profundamente.
Numa outra passagem dos Ensinamentos da Oomoto,
encontram-se tambm estas afirmaes: "o homem deve, acima
de tudo, ser sunao (singelo, obediente)". Esse um conceito muitocorreto e confirma o que continuamente lhes estou lembrando:
para quem ouve as minhas palavras com singeleza, tudocorre sem tropeos. Fico muito penalizado quando vejo pessoasmalograrem por causa de um forte ego. Da a razo de Eu estar
sempre reafirmando: para alcanar a verdadeira f, preciso,acima de tudo, superar o prprio ego, agir com simplicidade eno mentir.
Procurem meditar profundamente sobre essa verdade
perene.
4 - Pacincia
4.1 - Controlar a ira
De acordo com um antigo provrbio "o que fcil todossuportam; mas a verdadeira tolerncia consiste em aceitar oinsuportvel". Uma outra sentena ensina que se deve tersempre pendurado ao pescoo um receptculo de pacincia e,
caso ele se rompa, consert-lo tantas vezes quantas forem
necessrias. Eis uma grande verdade.
Muitas pessoas me perguntam a que espcie de ascetismome dediquei para tornar-me um mestre. Foram banhos de
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cachoeira, jejuns e muitas penitncias? Simplesmente respondo
que jamais me devotei a esse tipo de exerccio espiritual. Minha
prtica religiosa sempre se fundamentou em dois princpios:
suportar com pacincia o sofrimento das dvidas e reprimir aira.
Ao ouvir essa resposta, muitos ficam boquiabertos.
Contudo, foi realmente assim. Creio que Deus me fez passar por
essas provaes visando ao meu aprimoramento. Houve at um
tempo em que eu encontrava, a todo instante, motivos suficientes
para manifestar clera ou indignao. Ainda mais: alm de sempre
ter tido um temperamento irascvel, durante esse perodo, umasucesso de acontecimentos provocavam-me, constantemente,
muita irritabilidade. Assim, certo dia, em conseqncia de um srio
mal-entendido, sofri tamanha humilhao perante grande nmero
de pessoas, que no tinha sequer coragem de encar-las, nem
conseguia sufocar a minha aflio.
Mesmo em tais circunstncias, tive de comparecer a uma
festa para a qual fora convidado e a cujo convite no poderiarecusar. No havendo outra sada, dirigi-me casa dos meus
anfitries. Tamanho era o meu transtorno, que no conseguia
concentrar-me no que se passava ao meu redor. Para tentar
esquecer to ingrata situao, pedi um clice de sake (uma
espcie de vinho de arroz). Na verdade, eu no apreciava essa
bebida. Assim mesmo, tomei-a, tal era o meu nvel de
intranqilidade. Somente dois ou trs dias mais tarde, que pude
voltar ao meu estado normal. Contudo, algum tempo depois, vim asaber que, devido quele desagradvel incidente, havia escapado
de um grande infortnio. To terrvel humilhao livrara-me de um
golpe fatal. Assim, por meio de uma experincia exasperante, fui
salvo e me senti infinitamente grato pela proteo divina.
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4.2 - Preparo para grandes misses
D para perceber que, muitas vezes, Deus emprega meios
especiais para aprimorar a alma daqueles com importantes
misses a cumprir. Entre esses recursos, est o controle da ira
como uma das maiores provaes. Ento, as pessoas de f,
quando oprimidas por circunstncias humilhantes, devemsaber que foram escolhidas por Deus para um trabalhoespecial. Se conseguirem enfrentar o ultraje sem perder a calmanem ficar iradas, sinal de que j ultrapassaram uma considervel
etapa do aprimoramento necessrio para cumprir a misso a elas
atribuda na Obra Divina.
4.3 - Um exemplo marcante
Um exemplo digno de nota sobre o controle da ira a
histria de Buei Nakano, presidente da Associao do Comrcio,
durante a Era Meiji. Esse homem jamais se irritava, por mais grave
que fosse o problema enfrentado. Certa vez, perguntaram-lhe de
onde vinha tamanha pacincia. Respondendo, ele contou oseguinte fato: sempre costumava irritar-se com muita facilidade at
que, certo dia, foi visitar um famoso homem de negcios,
chamado Eichi Shibusawa. Enquanto esperava ser anunciado,
ouviu-o discutindo com a esposa no aposento contguo.
Informado, porm, da sua presena, Shibusawa imediatamente
abriu a porta corredia e entrou logo a seguir. Nakano ficou surpreso
ao ver-lhe a fisionomia serena sem o menor vestgio de alterao. A
partir daquele momento, sentiu ter descoberto o segredo