evangelho do ceu vol3
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EVANGELHO DO CÉU VOL.
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ENSINAMENTOS DE MEISHU SAMA
EDITORA LUX ORIENS
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Revisado em novembro de 2005Lux Oriens Editora Ltda
Rua Itapicuru, 849 - Perdizes
São Paulo - SP - Cep. 05006-000 Forte:(0xxll) 3675-6947
Webpage: http://www.lux-oriens.com.br E-mail: [email protected]
1a edição: fevereiro de 2003ISBN nº 85-88311-07-0
Dados Internacionais de Catalogação na Publicação (CIP)
(Câmara Brasileira do Livro, SP, Brasil) 01-5332
Sama, Meishu, 1882-1955.Evangelho do Céu / Meishu Sama ; tradução Minoru Nakahashi.
São Paulo : Lux Oriens, 2001.Título original: Tengoku no fukuin
1. Sama, Meishu, 1882-1955 - Ensinamentos I. TítuloCDD-299.56
Índices para catálogo sistemático: 1. Sama, Meishu: Doutrina Messiânica: Religião 299.56
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"Uma leitura minuciosa dos meus Ensinamentos
conduz, de fato, ao aprimoramento do tie.
Nenhuma bênção maior, nem graça mais elevada existe, senão a verdade advinda
do Supremo Deus".
Meishu Sama
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ÍNDICE
PREFÁCIO DO PRIMEIRO VOLUME ........................................................................................ 9
INTRODUÇÃO ........................................................................................................................... 12
SÉCULO XXI .............................................................................................................................. 12 REINO DIVINO ........................................................................................................................... 22
CAPÍTULO I - CONCEITUAÇÃO DE DEUS ........................................................................... 23
1 - DEUS SUPREMO ..................................................................................................................... 23 1.1 - Quem é? ..................................................................................................................... 23
1.1.1 - M ANIFESTAÇÃO DE DEUS SUPREMO ................................................................................. 23 1.1.2 - IDÉIA CORRETA DE DEUS ................................................................................................. 23 1.1.3 - ESPÍRITO DIVINO ............................................................................................................. 24 1.1.4 - MONOTEÍSMO E POLITEÍSMO ........................................................................................... 25 2 - MESSIAS ............................................................................................................................... 26 2.1 - Quem é? ...................................................................................................................... 26
2.1.1 - Messias, o espírito primordial ............................................................................................ 26 2.1.2 - Permanência do espírito primordial ........................................................ ........................... 26 2.2 - Relação entr e Kanzeon Boss atsu , Komyo Nyo rai, Messias e Miroku ..................... 26 2.3 - Relação en tr e Jeová (Pai do Céu) e Messias ............................................................. 27
3 - USHITORA NO KONJIN KUNITOKOTACHI NO MIKOTO .................................................................. 27 3.1 - Quem é? ..................................................................................................................... 27
3.1.1 - Origem de Kunitokotachi ............................................................... ..................................... 27 3.1.2 - Deus justo ..................................................... ................................................................. ..... 27
3.2 - Relação en tre K un ito ko tac hi e Kann on ................................................................ 28 3.3 - A confi nação ............................................................................................................. 29 3.4 - Con cl usão .................................................................................................................. 30 3.5 - Enm a Daio ................................................................................................................. 30 3.6 - A vol ta de Kuni tok otachi com o juiz dos vivos .................................................... 31
3.7 - Prim eira m anif estação de Ku nit ok ot ach i ............................................................. 32 3.8 - O trabalho atual de Kuni tok otachi ......................................................................... 32 3.9 - Mani fes tação d e Ku ni to kot achi at ravés d a Mes siâni ca ..................................... 33 3.10 - Ku nito kot achi e a expan são d a Mess iânica ...................................................... 33 3.11 - Kun i tokot achi , Kannon e Meishu Sama ............................................................. 35 3.12 - Sun ao ....................................................................................................................... 35
CAPÍTULO II - KANNON ............................................................................................................. 37
1 - O MUNDO DE DAIKOMYO ..................................................................................................... 37 1.1 - O que é? ..................................................................................................................... 37 1.2 - Exp eriênc ias e fo rtal ecim ent o da féde Meis hu Sama ....................................... 37 1.3 - Caus as do d om ínio do Mal ..................................................................................... 38 1.4 - Inter pr etação dos co nc eito s daijo e sh ojo ........................................................... 39 1.5 - Com eçar p elo núcleo ............................................................................................... 40 1.6 - Ap ro xim ação d o Mun do da Luz ............................................................................. 41 1.7 - A Luz do Oriente ....................................................................................................... 42 1.8 - Senju, o Kan no n d e mil braços .............................................................................. 43 1.9 - Origem da Lu z do Oriente ....................................................................................... 44 1.10 - Com entários de Meis hu Sama ............................................................................. 46
1.10.1 - A Luz do Oriente ........................................................................ ...................................... 46 1.10.2 - Senju Sengan Kannon ................................................................................................ ..... 46 1.10.3 - 0,99 e 0,01 ............................................................. ........................................................... 46 1.10.4 - A cruz gamada ................................................................. ................................................. 47 1.10.5 - Ichirin ......................................................................................................... ........................... 47 1.10.6 - Corpo de Kannon ........................................................ ........................................................... 47
2 - PODER DE KANNON ............................................................................................................. 48 2.1 - Myoc hi ........................................................................................................................ 48 2.2 - Signi f icado do poder de Kan non ........................................................................... 49 2.3 - Transfo rm ação de B odh isattv a Kann on em Komy o Nyo rai ............................. 51
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2.4 - Feitura d e imagens e co nst rução d os tem plos ................................................... 52 3 - KANNON E MEISHU SAMA ..................................................................................................... 52 3.1 - Simp atia por Kanno n ............................................................................................... 52 3.2 - Presença de K ann on ................................................................................................ 53 3.3 - Inter ferênc ias m ist erio sas ...................................................................................... 54 3.4 - Tranq uili dad e de es pírit o ........................................................................................ 55
3.5 - Postura discreta ....................................................................................................... 56 3.6 - Relacionam ento com K annon ................................................................................ 56 3.7 - O Dragão Do ur ado ................................................................................................... 58 3.8 - O des afio d o Dr agão Verm elho .............................................................................. 60
CAPÍTULO III - A NOVA CIVILIZAÇÃO .................................................................................. 62
1 - MOMENTOS INICIAIS DA TRANSIÇÃO ....................................................................................... 62 1.1 - Fim do m und o ........................................................................................................... 62 1.2 - Início da Tran s ição ................................................................................................... 62 1.3 - Mut ações p ro fu nd as ................................................................................................ 63 1.4 - Pu rifi cações sev eras ............................................................................................... 63 1.5 - Aqu ecimento d o Globo Terrestre .......................................................................... 65
1.5.1 - Elevação da temperatura ............................................................ ...................................... 65
1.5.2 - Conseqüências ........................................................ ........................................................... 65 1.5.3 - Conclusão ..................................................... ................................................................. ..... 67 2 - A CIVILIZAÇÃO ATUAL ............................................................................................................ 67 2.1 - Cultura material ista .................................................................................................. 67 2.2 - Desejo de fel icid ade ................................................................................................. 68 2.3 - Predomínio do m ateriali sm o .................................................................................. 68 2.4 - Ausênc ia de " alm a" ................................................................................................. 70
2.4.1 - Maru ni chom ........................................................... ........................................................... 70 2.4.1.1 - Simbologia ...................................................................................... ........................... 70 2.4.1.2 Significado do símbolo ......................................................... ...................................... 71 2.4.1.3 - Importância fundamental do "pontinho" ............................................................... 71 2.4.1.4 - Civilização oca ........................................................................................... ................ 73
2.5 - Luta entre bem e mal ............................................................................................... 73 2.5.1 - Kobukurin(0,99) e ichirin (0,01) .............................................................. ........................... 73 2.5.2 - Influência do espírito secundário ....................................................................................... 73 2.5.3 - Domínio do mal ............................................................................ ...................................... 74
2.5.3.1 - Na história humana ................................................................................................... 74 2.5.3.2 - Na ciência materialista ............................................................................. ................ 75 2.5.3.3 - Na vida do ser humano ...................................................... ...................................... 75 2.5.3.4 - Na agricultura ................................................................................. ........................... 76 2.5.3.5 - Através da guerra ................................................................ ...................................... 76
2.5.4 - Poder do 0,01 ................................................................................................................ ..... 76 3 - A TRANSIÇÃO ....................................................................................................................... 77 3.1 - Dia e Noite ................................................................................................................. 77 3.2 - Tran sição d a No ite pa ra o Dia ................................................................................ 78 3.3 - Pu rif ic ações aceler adas .......................................................................................... 79 3.4 - J uízo Fin al ................................................................................................................. 80 3.5 - Surgim ento do Mun do da Luz ................................................................................ 81
4 - ERA DO DIA .......................................................................................................................... 82 4.1 - A verdade ira ci vi lização ............................................................................................ 82
4.1.1 - Conceito ............................................................ ................................................................. ..... 82 4.1.2 - Origem da pobreza e dos conflitos ................................................................... ........................... 83 4.1.3 - O mundo atual ........................................................................ ................................................. 84 4.1.4 - A nova civilização ..................................................................................................................... 85 4.1.5 - Divulgação da nova cultura ............................................................................. ........................... 85 4.1.6 - Finalidade do Johrei .................................................................................................. ................ 86 4.1.7 - Valor da fé ......................................................................................... ...................................... 86 4.1.8 - A separação e o julgamento ....................................................................................................... 87 4.1.9 - Eliminação das nuvens espirituais ............................................................................................... 87 4.1.10 - A realidade espiritual ................................................................ ................................................ 87 4.1.11 - Ocorrência de intensas purificações ................................................................ ........................... 88 4.1.12 - Concretização do Juízo Final .................................................................................................... 89
4.2 - Luz do O riente ............................................................................................................ 90 4.2.1 - A profecia .......................................................................................... ...................................... 90
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4.2.2 - Nascimento de Nichiren ............................................................. ................................................ 90 4.2.3 - Ocorrência em Nokoguiri ................................................................................ ........................... 91 4.2.4 - A cultura japonesa ......................................................................................... ........................... 92 4.2.5 - A verdadeira cultura ............................................................................ ...................................... 92
4.3 - Verticalidade e hor izontalidade ...................................................................................... 93 4.3.1 -Yin eyang ............................................................................................................................... 93 4.3.2 - Espírito e matéria ........................................................... ........................................................... 94
4.4 - Os símbo los : So l e Lua ............................................................................................... 95 4.4.1 - Significado ............................................................................................................... ................ 95 4.4.2 - Associação juvenil Tenrikyo........................................................................................................ 97
4.5 - Pres ença da Mess iânic a .......................................................................................... 97 4.5.1 - Princípios ........................................................... ................................................................. ..... 97 4.5.2 - Uma nova interpretação ...................................................................... ...................................... 98 4.5.3 - Explicações de Meishu Sama sobre a doutrina ............................................................................. 99 4.5.4 - Objetivo principal da Messiânica ........................................................... .................................... 102
4.6 - Mis são d a Mes siâni ca ............................................................................................ 102 4.6.1 - Concretização do Reino do Céu na Terra .............................................. .................................... 102 4.6.2 - A verdade através dos Ensinamentos ................................................... .................................... 103 4.6.3 - Valorização da espiritualidade ................................................................ ................................... 105 4.6.4 - Criação da cultura do "Meio" ................................................................. .................................... 106
4.7 - Cultivo da sabedor ia divina .................................................................................. 107 4.7.1 - Ausência de dogmas .......................................................................... .................................... 107 4.7.2 - Universalidade da fé ................................................................. ............................................... 109 4.7.3 - Discernimento no agir ................................................................ .............................................. 110 4.7.4 - Não-interferência no Plano de Deus .......................................................................................... 111 4.7.5 - Sujeição total à vontade de Deus ................................................................................ .............. 111 4.7.6 - Grau de Kenshinjitsu ............................................................................................................ ... 112
4.7.6.1 - Para os líderes ............................................................... .............................................. 112 4.7.6.2 - Para a humanidade em geral .............................................................. ......................... 113
4.8 - Soonen ...................................................................................................................... 113 4.8.1 - Soonen e Reino Divino .............................................................. .............................................. 113
5 - A ANTERIOR ERA DO DIA .................................................................................................... 114 5.1 - O antigo mundo div ino ................................................................................................ 114 5.2 - Idéia de Deus ............................................................................................................... 114
CAPÍULO IV - SENSIBILIDADE ARTÍSTICA LIGADA À ESPIRITUALIDADE .......................... 116 1 - A MISSÃO DA ARTE ............................................................................................................. 116 2 - O PAPEL DO ARTISTA .......................................................................................................... 117 3 - REINO DO CÉU, UM MUNDO DE BELEZA ................................................................................ 118 3.1 - O belo e o feio ......................................................................................................... 118 3.2 - Conceit o de beleza ................................................................................................. 118 3.3 - Beleza nos al im ento s ............................................................................................. 119 3.4 - Beleza na aparênc ia pes so al ................................................................................ 119 3.5 - Beleza no in terio r das c asas ................................................................................ 120 3.6 - Bel eza extern a das res idênc ias ........................................................................... 120 3.7 - Apr im or ament o atr avés d a beleza ....................................................................... 120
4 - ARTE E RELIGIÃO ................................................................................................................ 121
4.1 - O cultiv o da arte ..................................................................................................... 121
4.2 - Per fe ição e al eg ri a .................................................................................................. 122 5 - ARTE E CULTURA ................................................................................................................ 123 5.1 - A Art e teatral japonesa .......................................................................................... 123
5.1.1 - Meijin ................................................................................................ .................................... 123 5.1.2 - Sensibilidade artística de Danjuro IX .......................................................................................... 124
5.1.2.1 - Arte da Barriga ........................................................................ .................................... 124 5.1.2.2 - Interpretações inesquecíveis ............................................................. ......................... 125 5.1.2.3 - Principais personagens vividas por Danjuro IX .......................................................... 125 5.1.2.4 - Força expressiva de Danjuro IX .................................................................... .............. 128 5.1.2.5 - Supremacia artística de Danjuro IX ............................................................................. 128
5.1.3 - Matsui Sumako, atriz Meijin ............................................................... ................................... 129 5.2 - Museu de Hako ne ................................................................................................... 130
5.2.1 - Edificação .............................................................................................................. .............. 130
5.2.2 - Aquisição das obras de arte .................................................................................................. 131 5.2.3 - Acervo artístico..................................................................................................................... 132 5.2.3.1 - Nota preliminar ............................................................................................................ 132
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5.2.3.2 -Maki-e ...................................................................................... .................................... 132 5.2.3.3 - Cerâmica Ninsei ...................................................................... .................................... 133 5.2.3.4 - Gravuras ............................................................. ......................................................... 133 5.2.3.5 - Cerâmicas e porcelanas chinesas ................................................................ .............. 134
5.2.4 - Ajuda espiritual na organização do museu ............................................................................. 134 6 - ELEVAÇÃO ESPIRITUAL ATRAVÉS DA ARTE .......................................................................... 135 6.1 - Influênc ia exerc ida p ela Ar te ................................................................................ 135 6.2 - Prínc ipe Shot ok u e o papel da A rte ..................................................................... 136 6.3 - Desenvolvim ento dos dot es artístico s ................................................................ 136 6.4 - Aprim oramento d o tieshokaku ............................................................................. 138
7 - A ARTE NA PRÁTICA ........................................................................................................... 138 7.1 - Ikebana, um exemp lo ............................................................................................... 138
7.1.1 - Gosto pessoal ..................................................................................................................... ... 138 7.1.2 - Técnica de montagem............................................................................................................. 139 7.1.3 - Posição das plantas no jardim ......................................................................... ......................... 140 7.1.4 - O pinheiro .......................................................... ................................................................. ... 141 7.1.5 - Aproveitamento das flores .......................................................... .............................................. 141 7.1.6 - Material utilizado ............................................................................................ ......................... 142
8 - APRECIAÇÃO DAS OBRAS DE ARTE ........................................................................................... 142 8.1 - Ol ho artíst ic o ........................................................................................................... 142
CAPÍTULO V - MEISHU SAMA, O EXECUTOR DA CONSTRUÇÃO DO REINO DO CÉU NA TERRA ................................................................................................................................... 144 1. PERSONALIDADE .................................................................................................................. 144 1.1 - Ag ud eza de raci ocínio ........................................................................................... 144 1.2 - Cert eza nas decis ões ............................................................................................. 144 1.3 - Rapidez nas decis ões ............................................................................................ 144 1.4 - Agili dad e n as realizações ..................................................................................... 145 1.5 - Valo ri zação do tem po ............................................................................................ 145 1.6 - Aversão a co nvers as r epeti t iv as ......................................................................... 146 1.7 - Felicid ade eviden te ................................................................................................ 146 1.8 - Sincerid ade ............................................................................................................. 147 1.9 - Atenção ao b em -estar do pr óxim o ...................................................................... 149 1.10 - Com paixão an te as lamúrias .............................................................................. 149
1.11 - Obs ervad or atento ............................................................................................... 150 2 - ESPIRITUALIDADE L ................................................................................................................ 151 2.1 - O Senhor d a Luz ..................................................................................................... 151
2.1.1 - Mudança de nome ............................................................................... .................................... 151 2.1.2 - A minha Luz .............................................................................................................. .............. 154
2.2 - Sabedo ria .................................................................................................................. 155 2.2.1 - Visão em profundidade .............................................................................................................. 155 2.2.2 - Inspiração ........................................................................................... .................................... 156 2.2.3 - Kenshinjitsu ............................................................................................................... .............. 156 2.2.4 - Meu pensamento ....................................................................................................... .............. 157
2.3 - Comu nhão c om Deus ............................................................................................ 159 2.3.1 - Minhas experiências pessoais ..................................................... .............................................. 159 2.3.2 - Seguir a Deus ........................................................................................................... .............. 161 2.3.3 - Vontade de Deus e tempo adequado .......................................... ............................................... 162
3 - MISSÃO ESPECIAL DE MEISHU SAMA ................................................................................... 163 3.1 - Necessidade de aprimoram ento co nstante ....................................................... 163 3.1.1 - Importância da eliminação das toxinas ..................................................................... ...... 163 3.1.2 - Cinquenta anos de solidificação de toxinas .................................................................... 164 3.1.3 - Poder do Johrei e eliminação das toxinas ............................................. ......................... 165
3.2 - O esc olh ido ............................................................................................................. 165 3.3 - Alma d e Ich irin ........................................................................................................ 166 3.4 - Meishu Sam a, a Alm a de Ichirin ........................................................................... 169
4 - ATIVIDADES NA OBRA DIVINA ................................................................................................ 169 4.1 - Prod ução esc ri ta ....................................................................................................... 169 4.2 - Confecção de Oh ikari ............................................................................................... 170 4.3 - Orien tação às pessoas ............................................................................................. 170 4.4 - Div ulgação da Mess iânica ........................................................................................ 171
4.5 - A val iação, escol ha e aq ui sição de ob ras de arte ................................................ 172 4.5.1 - Avaliação ............................................................ ................................................................. ... 172 4.5.2 - Escolha ......................................................................................................... ......................... 174
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4.5.3 - Aquisição ............................................................ ................................................................. ... 175 4.6 - Co ns tr uções ............................................................................................................. 176
4.6.1 - Decisões seguras e tranqüilas........................................................ .................................... 176 4.6.2 - Esboço dos projetos ............................................................. .............................................. 176 4.6.3 - Exatidão dos projetos ......................................................................................................... 177 4.6.4 - Minúcias dos projetos no tempo exato ................................................................. .............. 178 4.6.5 - Príncipe Shotoku e eu .................................................................................................. ...... 180
4.7 - Agricu ltura da G rande Natureza ............................................................................. 180 4.7.1 - Perniciosidade dos adubos ....................................................................... ......................... 180 4.7.2 - Inutilidade dos adubos........................................................................................................ 181 4.7.3 - Toxinas de adubos e remédios ...................................................... .................................... 182 4.7.4 - Tratamento respeitoso às plantas ............................................................. ......................... 183 4.7.5 - Resultados satisfatórios ....................................................... .............................................. 185 4.7.6 - Vigorosidade do corpo humano................................................................. ......................... 186 4.7.7 - Soonen e agricultura ................................................................................. ......................... 187
5 - PERENIDADE DA PRESENÇA DE MEISHU SAMA ......................................................................... 187 5.1 - Luz do J ohrei ............................................................................................................ 187 5.2 - Curas ......................................................................................................................... 188 5.3 - Eu, Meishu Sama ...................................................................................................... 189
PROPOSICAO FINAL ................................................................................................................ 190
UNIÃO COM DEUS ................................................................................................................. 190 ADENDO ................................................................................................................................... 191
GLOSSÁRIO .............................................................................................................................. 193
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PREFÁCIO DO PRIMEIRO VOLUME
Meishu Sama sempre divulgou os Ensinamentos que Lhe foram
revelados por Deus através de publicações em jornais e revistas
da Igreja, bem como por meio de palestras feitas para mamehito eministros. Nessas ocasiões, abordava assuntos variados que
abrangiam não só o campo religioso, moral ou filosófico, mas
também ciência, especialmente a Medicina, Política, Educação, Arte,
História, Agricultura, além de outros temas diversos, tais como: ordem
social, sabedoria, Mundo Espiritual, Bem e Mal, enfim qualquer
ocorrência que, direta ou indiretamente, interferisse no
comportamento humano.
De um modo geral, os artigos ou mesmo o conteúdo das
palestras analisavam, de uma só vez, as mais diversas questões,
todas elas consideradas sob um ponto de vista totalmente inovador,
tendo por base a revelação divina, bem como experiências vividas e
pesquisas realizadas por Meishu Sama, cuja finalidade era formar o
homem para viver na Nova Civilização, que se iniciaria no presente
século XXI.
De outra parte, todos os princípios contidos nos
Ensinamentos foram sendo gradativamente explicados de acordo
com as necessidades do momento. Assim, muitos deles
constituíram respostas a perguntas formuladas pelos estudiosos e
seguidores da Messiânica. Daí também o outro motivo de, numa
mesma palestra ou nos artigos para jornais e revistas, serem
tratadas questões diversas sem a centralização específica de umtema único.
Sempre foi, entretanto, bastante evidente a necessidade de
se organizarem os Ensinamentos de acordo com os assuntos, a fim
de se tornarem mais claros, especialmente para os ocidentais, e
também para todas as pessoas interessadas em estudá-los. Dessa
forma, tornar-se-ia mais fácil visualizar, na sua totalidade,preciosíssimas lições de inestimável valor.
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Entretanto, desde 1955 (Goshoten1 de Meishu Sama) até hoje,
nada de concreto tinha sido feito no sentido de ordenar
sistematicamente os Ensinamentos, separando-os de acordo com os
diversos assuntos tratados pelo Mestre.
Sentindo, então, a urgência de iniciar uma sistematização,
nosso esforço visou, na medida do possível, atingir esse objetivo.
Numa primeira etapa, o trabalho consistiu na separação dos
textos que, depois, foram reunidos e remontados de forma
esquemática, colocando sempre em evidências pontos básicos
considerados indispensáveis a quem deseja trilhar o caminho da
salvação. Sob esse aspecto, foi uma atividade semelhante à daconstrução de uma casa, na qual a primeira etapa corresponde ao
estabelecimento do alicerce para, em seguida, serem levantadas
as colunas, paredes e telhado, sendo finalmente concluída com os
arremates e acabamento para, mais tarde, ser acrescida dos últimos
retoques da decoração, feita com valiosas obras de arte das mais
variadas tendências. Em outras palavras, quero dizer que Meishu
Sama deixou, nos Ensinamentos, todo o material para a edificação
da nova morada da humanidade. A nós cabe apenas a missão dedistribuí-lo, colocando cada mensagem, cada preceito, cada
orientação no seu exato lugar. Dessa forma, os leitores poderão
obter uma idéia mais concreta, numa visão tridimensional, da beleza
desta nova casa, planejada por Deus, para todos os Seus filhos.
Tendo, então, como linha mestra o aspecto construtivo
ascendente, tomamos como base, na elaboração deste livro, o
processo da Iniciação como uma primeira etapa a ser transposta nocaminho do aprimoramento espiritual. Nesta fase inicial, o que se
destaca é a necessidade da purificação, entendida como umrecurso irrefutável de limpeza das máculas do espírito e das toxinas
presentes no corpo físico.
1 Passagem de Meishu Sama para o Reino Divino (10/02/1955).
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Uma vez vencida a fase da iniciação, o praticante, um pouco
mais livre de impurezas, tem condições de discernimento e vai, assim,
adquirindo a verdadeira sabedoria num processo contínuo de
aprimoramento espiritual. Daí que, para atender a esse objetivo,
a segunda parte desta Obra contém exclusivamente Ensinamentos
referentes à Sabedoria. Através deles, o leitor vai poder orientar-sena busca do seu próprio desenvolvimento espiritual. Assim, passo
a passo, irá conseguindo escalar pontos cada vez mais altos, até
atingir a Comunhão Perfeita com Deus.
Então, o conteúdo da terceira parte é constituído de
Escritos Sagrados que têm como objetivo mostrar o poder da Luzatravés da qual cada um de nós, seguindo o exemplo de Meishu
Sama, poderá atingir o grau de Kenshinjitsu.
Foi também considerando todas as colocações até aqui
expostas que dividimos o presente livro — Evangelho do Céu — em três volumes, a saber: I -Iniciação, II - Sabedoria e III - ReinoDivino, simbolizando, no seu conjunto, a nova habitação para a
humanidade inteira, onde cada um poderá cultuar a Beleza,praticar a Virtude e vivenciar plenamente a Verdade absoluta.
Minoru Nakahashi
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INTRODUÇÃO
SÉCULO XXI
Com freqüência, me perguntam como será o Reino do Céu
na Terra do qual sempre estou falando.
Na realidade, só consegui informações sobre essa nova
maneira de viver através da revelação de Deus no ano de 1926.
Tentei, até agora, esconder por achar ainda prematuro falar
sobre um assunto tão especial. Mais recentemente, porém, senti
ter chegado a hora de escrever a respeito do que Deus já mehavia mostrado há tempo. Peguei, por isso, agora a caneta.
Embora para muitos essa revelação de Deus sobre o futuro
não se realize — questionamento que deixo para a imaginação de
vocês — eu acredito piamente na sua concretização. E, para
transmiti-la com segurança, vou imaginar-me uma pessoa que
dormiu durante cem anos e, de repente, desperta e se surpreende
com a mudança do mundo. É a partir dessa suposição que voucomeçar a escrever. Você, leitor, me acompanhe mantendo, na sua
cabeça a mesma hipótese.
Foi assim então que, certa manhã, acordei às seis horas com
uma música bem suave a envolver-me.
Pouco a pouco, o volume foi aumentando a tal ponto de eu
não conseguir mais ficar deitado. Levantei-me e, então, descobrique havia dentro do meu travesseiro um relógio-despertador.
Logo a seguir fiz minha higiene pessoal. Tomei o café da
manhã, um misto de oriental e ocidental, constituído de sopa de
missô, pão de arroz, um pouco de peixe e carne, verduras, chá
verde, além de outras iguarias.
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Depois li no jornal um artigo muito interessante sobre a escolha
do Presidente Mundial cuja eleição já estava próxima. Uma
manchete, estampada na primeira página, anunciava o dia da
votação dos vários países. Havia também nomes e fotografias de
dezenas de candidatos. Dentre eles, da Grã-Bretanha, França,
Estados Unidos, Alemanha, América do Sul, Indo-China, Japão,
Rússia (já estava assim, modificada)2.
De acordo com a notícia do jornal, tudo indicava que o
candidato vencedor seria o americano.
Ao folhear a terceira página, percebi algo inimaginável: nãohavia notícias de crimes. Os assuntos principais giravam em torno
de esporte, turismo, música, artes plásticas, teatro, cinema.
No que dizia respeito à edição, tudo era muito bem cuidado.
Os artigos simples, sem repetições, girando em torno do essencial.
Vinham acompanhados de muitas ilustrações, mas num equilíbrio
perfeito entre fotos e textos: mais ou menos meio a meio. Assim, a
leitura podia ser feita com rapidez e atenção, sem provocar cansaço.
Na parte do jornal destinada ao comércio, não existia
propaganda de qualquer espécie de produto, nem incentivo à
compra de remédios. Referência a cosméticos eram também
raríssimas. Havia, contudo, muitas ofertas de venda de livros,
roupas, moradias, alimentos, maquinários, além de outros objetos
resultantes de novas invenções. Nessa mesma seção, o texto vinha
bem reduzido, mas com abundância de fotos. Por esse motivo,consegui ler tudo em quinze minutos, confortavelmente, sem me
cansar.
A janela da sala onde eu me encontrava examinando o jornal
era ampla, sem nenhum equipamento contra ladrões. Dizia-se que
2 Perceber aqui a exatldão com que a profecia de Meishu Sarna se realizou. Quando Ele
escreveu este Ensinamento (1926), não havia ainda ocorrido a desintegração das
Repúblicas Socialistas Soviéticas, o que só ocorreu em 1991.
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assalto era coisa do passado. Estava achando realmente o mundo
maravilhoso.
Após tomar conhecimento do noticiário jornalístico, resolvi
entrar no carro para dar uma volta pela cidade. Usava roupas
muito finas e bonitas. Surprendi-me com a beleza urbana. Parecia
um jardim florido. O mais interessante é que, além dos carros,
nenhum outro veículo circulava. Todos os demais meios de
transporte, tais como trens e bondes, corriam subterrâneos. Notei
também que não havia barulho na rua. Todas elas eram
recobertas por um material, semelhante à cortiça. Depois de uma
análise mais profunda, descobri tratar-se de uma mistura deborracha com serragem, muito flexível, à qual os carros se
adaptavam de acordo com as circunstâncias e, assim, podiam
deslizar suavemente. Além disso, em dias de chuva, esse material
absorvia toda a água, impedindo que se formassem poças nas
ruas.
Com respeito à fabricação dos veículos, usavam-se pneus
de borracha; a armação das portas e janelas possuía dispositivosespeciais para isolar o som de tal modo que nenhum ruído se
ouvia.
O combustível para movimentar os motores era constituído
de um mineral do tamanho da ponta de um dedo, parecido com o
urânio ou o plutônio, ao qual fora aplicada a teoria da
decomposição dos átomos. Muito potente, permitia que, apenas
com uma pequena porção, os carros percorressem centenas dequilômetros.
Não havia também necessidade de motoristas. O volante
fora subsitituído por uma espécie de controle3, através do qual,
com uma mão, o passageiro dirigia tranqüilo. Mesmo assim, as
pessoas ainda continuavam com seus choferes particulares.
3 Hoje seria um controle computadorizado. Já era, entretanto, um prenúncio do surgimento docomputador.
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Enquanto meu carro deslizava suavemente, ia admirando a
beleza da cidade, cuja paisagem me surpreendia. Na beira das
calçadas, diversas árvores frutíferas como nespeiras, figueiras,
ichos japoneses4, substituíam os antigos plátanos. Intermeando as
grandes, foram plantadas outras menores. Entre elas laranjeiras,
pessegueiros e pereiras.
No meio da rua, canteiros mais altos, cujas beiradas
estavam repletas de flores coloridas e nos castos arbustos de
várias espécies. Dessa forma, os transeuntes podiam sentir os mais
diversos tipos de aroma.
O que mais me causou admiração nessa cidade foi uma colina
com um muro de hortênsias à direita. Podia ser visto à distância de
uma milha. Logo em seguida vi também um atraente caminho de
dálias. Mais adiante, nas calçadas, encontrei parreiras onde havia
pendurados inúmeros cachos de uva.
Outra paisagem que me encantou foi o caramanchão das
glicíneas, formado somente com galhos e folhas verdes.
Além disso, havia também, espalhados por diversos
lugares, agradáveis recantos nas calçadas, com mesas e cadeiras.
Aí os passantes podiam acomodar-se para saborear uma bebida
simples como chá ou café e, ao mesmo tempo, apreciar a beleza
das flores e da rua, sentindo o bem-estar proporcionado por uma
cidade bem cuidada.
Encontrei ainda por toda parte pequenos jardins destinados
aos folguedos infantis. Soube que existiam, em qualquer pequena
cidade, pelo menos dois ou três desses paraísos onde as crianças
podiam brincar alegremente.
4 Icho: árvore suntuosa de caráter sagrado, muito comum nos templos do Japão.
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Vi também muitas praças em cujo centro estavam plantados
vários tipos de flores. Algumas delas possuíam um pequeno lago
feito de pedra artificial, com nenúfares5 flutuando.
Outro fato que me chamou a atenção foi que várias vezes
por dia, em horários predeterminados, todas as plantas eram
regadas. Para tanto, existia ao lado dos canteiros um quadrado com
pequenos furos, feito de cimento. Quando se abriam as torneiras, a
água esguichava como se estivesse saindo de um chafariz e
molhava o canteiro todo.
Muito me surpreendi também com o avanço tecnológico. Oshomens podiam determinar o tempo de sol e de chuva. Inclusive em
qual dia da semana, durante manhãs ou tardes, haveria chuva, ou
até quando o tempo continuaria ensolarado. O mesmo se dava em
relação ao vento. Assim, em determinadas ocasiões, sopraria na
justa medida, nem forte, nem fraco; de vez em quando, contudo,
seria necessário ventar forte para fotalecer a raiz das árvores.
Aquilo que sempre foi entoado, através da oração, desdeantigamente, "a cada cinco dias venta, a cada dez, chove", numa
harmonia e ordem perfeitas, agora, um século depois, estava
vivenciando. Tudo isso, porém — não tinha dúvida —, devia-se ao
progresso da ciência, enraizado na parte espiritual e tendo em vista o
bem da humanidade.
Continuei percorrendo as ruas e algumas construções
muito me atraíram. Pareciam caixas de vidro enormes, do tamanhode uma pequena residência. Dentro delas havia, plantados,
pinheiros, ciprestes e tokiwagui (plantas das folhas perenes).Possuíam ar condicionado e mantinham a temperatura em dez
graus mais ou menos. Durante os ensolarados dias de verão, as
pessoas que andassem pela cidade encontrariam nelas um oásis
para se refrescar.
5 Planta aquática.
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Essas instalações das quais acabei de lhes falar tinham sido
construídas sob a orientação de experientes botânicos, escolhidos
pelos governantes.
As atividades de conservação e manutenção desses locais
eram todas exercidas por pessoas jovens, mas sempre sob o
comando dos especialistas.
A seguir, fui a um local onde se encontravam as lojas, uma ao
lado da outra. Andei devagar para sentir a ordem, o estilo, a beleza
e a qualidade das construções. Foi extremamente agradável. Não
existiam cores berrantes, nem pareciam caixas de fósforo, sematrativo algum. Janelas amplas permitiam claridade suficiente eiluminação suave. A decoração era feita com o máximo de beleza
em pintura e escultura, de tal modo que as lojas maiores mais
pareciam um museu de arte.
Já se estava aproximando o fim do dia. Mesmo assim, não
percebia a noite chegando porque, acima das nossas cabeças, de
distância em distância, bem no alto, luziam lâmpadas de arcovoltaico6, cuja luminosidade era surpreendentemente clara. Na
realidade, parecia a luz do Sol refletindo todos os detalhes da
coloração dos mais variados componentes de uma cidade.
Leitores, gostaria de que vocês realmente vivenciassem a
imagem dessa cidade fantástica descrita por mim. Centenas de
flores, aromas em profusão, incontáveis frutos maduros, calma,
tranqüilidade, nada de uma metrópole. Somente pessoas vivendo epasseando alegremente. As vitrines mais pareciam exposições de
arte. As lojas, mesmo as grandes, só tinham um ou dois
funcionários, porque as mercadorias traziam o preço à mostra. Quem
se interessava, olhava, examinava, verificava as explicações.
Gostando, bastava colocar, numa caixa existente na entrada, a
etiqueta junto com o dinheiro. O embrulho era feito
6 Lâmpada elétrica cuja intensa luminosidade é produzida por um arco que se forma quando
a corrente passa pelo gás ionizado existente entre dois eletrodos.
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automaticamente por uma máquina, de acordo com o tamanho da
mercadoria, e amarrado com um cordão. Muito fácil fazer compras
assim!
Após um dia de maratona, comecei a sentir fome. Fui a um
restaurante. Não vi funcionário algum. Na entrada, num dos lados,
apenas a comida exposta numa mesa. Cada iguaria com sua
etiqueta de identificação. Ocupei uma mesa vaga. Era numerada
e havia, num cantinho, uns botões identificados por A, B e C. Apertei
um deles e logo apareceram, na minha frente, vários tipos de
comida. Tinham vindo através de uma abertura do tamanho do
prato, existente no centro da mesa. Não houve necessidade depedidos nem de explicações. Tudo muitíssimo simples e rápido
proprocionando ao cliente enorme facilidade e uma sensação de
grande bem-estar. Já tinha ouvindo falar da existência de algo
semelhante no século XX7, mas não tão perfeito como agora.
Para pedir as bedidas, usei o mesmo processo. As alcoólicas,
porém, vieram limitadas.
Quando quis fazer o pagamento do que havia gasto, apertei
outro botão onde estava escrito "conta". Recebi então a nota com a
despesa. Em seguida, coloquei o dinheiro, que foi imediatamente
recolhido e, logo depois, enviado o recibo. “Como é simples! ”, pensei.
Muito satisfeito e ainda dispondo de tempo, resolvi assistir a
uma peça de teatro. Outro espanto. Um número surpreendente
deles por toda a cidade. E o mais notável ainda: ingressosbaratíssimos. Fiquei, contudo, intrigado, querendo saber como
essas casas de espetáculo conseguiam manter-se. O gerente de
uma delas me informou que os teatros eram mantidos pelos
milionários e visavam somente ao benefício social. Mesmo assim, só
era aceito o número de espectadores que pudessem acomodar-se
7 Self-service.
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nas cadeiras existentes e assistir confortavelmente às
apresentações.
Quando entrei, estavam passando dois filmes lançados por
uma companhia cinematográfica à qual estavam associados
Estados Unidos e Japão. O americano versava sobre a vida dos
imigrantes puritanos que foram para a América como
colonizadores. Era um relato histórico partindo do início da
colonização até a guerra da independência dos Estados Unidos. O
filme japonês gerava em torno da luta de um cientista religioso que
promovera uma revolução na medicina trazendo, como
conseqüência, a cura de todas as doenças.
Terminados os filmes, pude ainda assistir pela TV a
algumas apresentações extras. Tratava-se de cenas de peças que
estavam sendo apresentadas em outros teatros.
Em seguida, já cansado, voltei para casa. Deitei-me e fiquei
meditando sobre todas essas realidades com as quais eu havia
entrado em contato. Cheguei à conclusão de que naquele momentoestava sendo concretizado o sonho da humanidade. Não era
apenas uma utopia. Eu acabara de vivenciar emocionado tudo
aquilo que os homens vinham imaginando por longos anos.
A partir daí, minha curiosidade ficou mais aguçada. Desejei,
então, conhecer todas as culturas desse Novo Tempo. Comecei a
estudar com afinco.
Você também, meu leitor, deve pensar da mesma forma que
eu. Procure adquirir conhecimento a respeito de todas as
manifestações da criação divina e do pensamento humano para a Era
do Dia e, como eu, relate tudo o que aprender.
No dia seguinte, um vizinho amigo me convidou para visitar
um lugar bastante interessante, no centro de uma cidade. Era uma
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construção enorme e luxuosa, dentro da qual havia teatros,
restaurantes e divertimentos os mais variados possíveis.
Pedindo mais detalhes sobre esse lugar tão especial, o
amigo me disse tratar-se de um espaço público destinado à
recreação do povo. Acrescentou também haver um ou dois iguais a
este em cada cidade. Como se trata de uma instituição social, os
associados reúnem-se uma vez por semana para tratar de
assuntos gerais relativos aos benefícios dos cidadãos, bem como
para elaborar novos planos visando à expansão da cidade, ou ao
desenvolvimento de recursos higiênicos, ou ainda tendo em vista
criar novas formas de diversão, além de outras realizações.
Durante o passeio a esse logradouro público, o primeiro lugar
que visitei foi o restaurante. Percebi, através do sabor dos alimentos
e do aroma das bebidas, ser impossível estabelecer um termo de
comparação entre estes e os de cem anos atrás.
Ainda ouvi de meu amigo o seguinte: semanalmente os
associados se reúnem num dia chamado "Dia da Felicidade", cujodeleite e alegria consistem em comida especial para a boca;
música suave para os ouvidos; teatro e dança para os olhos. Sempre
nessas datas as apresentações têm por objetivo mostrar a
habilidade e a técnica que os jovens artistas da casa estão
aprimorando. Todos eles se sentem muito honrados por se
apresentarem nessas ocasiões. Também os profissionais fazem as
suas representações junto com os novatos.
Para que o trabalho artístico do "Dia da Felicidade" se
concretize, os milionários arcam com as despesas, contribuindo assim
para o bem da coletividade.
Ainda mais: nesse novo mundo é surpreendente a atuação do
turismo, tanto em parques nacionais quanto em regiões
montanhosas, praias ou ihas. Visitantes do mundo inteiro asfreqüentam. Existe uma infra-estrutura altamente desenvolvida, com
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meios de transporte adequados, o que facilita o acesso não só às
montanhas como também a lugares isolados. Há bondes, trens,
teleféricos luxuosíssimos e confortáveis, por um preço
surpreendentemente barato, quase de graça. Todas essas
oportunidades de lazer se devem à dedicação das elites que estão
sempre procurando concorrer para o bem-estar geral da sociedade.
Foram essas as explicações que ouvi do meu amigo durante o
período em que estivemos juntos. Fiquei deveras muito emocionado.
Comentários do tradutor:
Assim termina a profecia de Meishu Sama a respeito da nova
forma de viver, cujo ponto inicial será o século XXI. Na verdade,
constitui o prenúncio da criação da nova civilização, através da qual
será estabelecido o Reino do Céu na Terra. Será, de fato, o tempo
quando o ser humano expressará intensamente a sua essência divina
que permaneceu adormecida durante a Era da Noite.
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REINO DIVINO
Mundo da Luz,Comunhão com Deus,
Homem divino.
Reino DivinoSeu altíssimo
Trono deixando para trás, Deus MirokuDesceu trazendo a esse mundo a salvação
Água e fogoLimarão agora a Terra inteira.Chegou o tempo da construção do
Reino do Céu
Com a presençaDa Luz Divina no plano material,
Cultura e ensinamentos da noite findarão.
Não existindoTrevas, o sofrimento desaparecerá.
Interferências negativas perderão a força.
AnsiosamenteEsperado há milhares de anos,
Está chegando o iluminado Reino do Céu.
Mesmo que ninguémTenha ainda visto, uma imagem
Sutil do Mundo de Miroku começou a brotar.
Meishu Sama
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CAPÍTULO I - CONCEITUAÇÃO DE DEUS
1 - Deus Supremo
1.1 - Quem é?
1.1.1 - Manifestação de Deus Supremo
Deus Supremo é espírito do espírito. Não possui
configuração formal alguma. Existem, entretanto, muitas
manifestações d'Ele em forma corpórea.
1.1.2 - Idéia correta de Deus
As religiões ainda não conseguiram transmitir aos homens a
idéia correta sobre Deus. Ninguém, até agora, O entendeu
claramente e em profundidade; por isso, não sabe qual a maneira
correta de vê-Lo ou louvá-Lo.
Na verdade, religião alguma, desde os tempos mais antigos,foi capaz de estabelecer um ponto de vista, ou criar um conceitoverdadeiro para definir objetivamente a essência de Deus. Tudo
permanece ainda num plano muito vago. Por outro lado, aquilo
que a humanidade sempre considerou como o Supremo Senhor não
passava de galhos, ou seja, era apenas o espírito divino secundário. O
próprio pensamento humano a respeito de Deus estava bem longe
da verdade total. Daí a razão de, ainda hoje, principalmente no
Japão, serem cultuados como deuses o tengu, as raposas e osdragões. A rigor, entre cem templos existentes, em apenas dez
deles se encontra o verdadeiro Deus. Nos demais, domina
unicamente a linha dos jashin. São, portanto, locais com aparênciadivina, que julgam estar fazendo o bem, mas, de fato, praticam o
mal.
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1.1.3 - Espírito divino
Mais tarde, pretendo escrever um artigo sobre a análise do
espírito divino, assunto bastante polêmico, do qual ninguém ainda
ousou falar, achando que, caso assim agisse, seria castigado.
Entretanto, se esse ponto não for devidamente esclarecido, torna-se
impossível entender em profundidade a essência da fé.
De um modo geral, quando as pessoas se referem a Deus,
demonstram ter d'Ele apenas idéias vagas. Julgam-No como uma
divindade à qual temem ou devem render preito de gratidão, além
de grande número delas continuar pensando não ser permitidotocar em assuntos que dizem respeito à essência divina. Na
realidade, porém, nunca houve alguém capaz de entender
verdadeiramente que Deus é o Princípio Criador em cujas mãos
está a vida de todos os seres. Não tendo clara essa noção, torna-se
impossível compreender a importância da força vital do ser
humano, bem como todas as demais questões relativas às doenças,
ou relacionadas ao processo existencial.
Na verdade, até o momento, este ponto mais profundo foi
mantido oculto, mas agora vai ser esclarecido por mim. Chegou a
hora de a humanidade conhecer realmente a essência divina. Paraisso, Deus mostrou-me que, temendo-O, o ser humano estava
agindo errado. Deveria, sim, ter medo de si mesmo, do mal
praticado, pois nada existe de mais terrível que a índole humana;
nunca se sabe quais malefícios podem advir de mentes
conturbadas. O Criador, ao contrário, é a bondade suprema; jamaisvai agir fora da Lei. Ninguém precisa, portanto, ficar apavorado por
causa d'Ele.
A partir do conhecimento da verdadeira esteia divina, pode-
se concluir então que a origem do mal está dentro do serhumano. Cada um deve, por isso, temer apenas a si mesmo. Ainda
que faça uma análise profunda do espírito divino, nunca sofrerá
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punição alguma. Quem se castiga, na verdade, é o próprio homem
quando, ao cometer erros, desobedece à vontade de Deus.
1.1.4 - Monoteísmo e politeísmo
Considerando simplesmente o conceito de espírito divino,
precisa também ser levada em conta a classificação em superior,
médio e inferior, cada uma delas com funções específicas e mil
diversidades. O Xintoísmo, por exemplo, diz que existem oito
milhões de espíritos divinos.
Até agora, contudo, só havia a idéia de Deus fundamentadaou no monoteísmo cristão, judaico e islâmico (estes três bemradicais), ou no politeísmo xintoísta e budista. A realidade, porém,
consiste num Deus único dividido em milhares de outros. É, pois,
tanto monoteísta quanto politeísta. Ninguém, contudo, conseguiu ir
além dessas explicações.
A conclusão à qual cheguei, após longos anos de pesquisa,
mostra que aquele Deus reverenciado até hoje como Supremo eraapenas um espírito divino secundário. O verdadeiro e Altíssimo está
sentado muito além das nuvens. A Ele a humanidade reza apenas
de longe e O louva com diversos nomes, tais como: Jeová, Logus,
Deus, Senhor do Céu Infinito, Aquele que aparecerá na Segunda
Vinda de Cristo, o Messias, além de outras denominações.
Nada, porém, está fora do Plano de Deus Supremo, cujo
objetivo é criar na Terra o mundo da Verdade, do Bem e da Beleza.Para que esse ideal se concretizasse, contudo, foi preciso antes
serem estabelecidas todas as condições necessárias a fim de
tornar plenamente clara a essência divina. Daí a razão de o PaiEterno ter esperado durante tanto tempo pelo instante propício à
manifestação do Seu verdadeiro espírito divino.
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A partir de agora, cabe à humanidade procurar saber quem é
Deus e conscientizar-se de Sua existência. Para tanto, precisa
urgentemente realizar a revolução espiritual de si própria.
2 - Messias
2.1 - Quem é?
2.1.1 - Messias, o espírito primordial
O homem que nasce para cumprir missão como salvador
tem sempre espírito primordial de Messias. Se fosse apenas amanifestação de um espírito protetor, não teria condições de realizar
definidamente o trabalho de salvação da humanidade.
2.1.2 - Permanência do espírito primordial
Ministro — Nos salmos, o Senhor fala que Cristo,Sakiyamuni, Messias e Kannon são Deuses que tomaram forma
humana. Nesses casos, ou seja, quando Deus encarna, o Seuespírito nasce como o primordial da pessoa ou apenas a acompanha
como protetor?
Meishu Sama — Conforme já expliquei, nasce como espíritoprimordial, Deus vivo, diferente, portanto, de uma simples
manifestação que, de vez em quando, acontece através de
alguém, a qual é apenas temporária. Em se tratando então de um
Messias, permanece continuamente. No momento, porém, em que anecessidade da sua presença física se extingue, Ele retorna ao seu
lugar de origem.
2.2 - Relação entre Kanzeon Bossatsu, Komyo Nyorai, Messias eMiroku
Como está na oração Zenguen Sanji, Kanzeon Bossatsu,Komyo Nyorai, Messias e Miroku são o mesmo espírito
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apresentado com nomes diferentes. A essência divina, portanto,
não se altera; apenas amplia a sua área de atividade de acordo
com a época em que se manifesta no mundo. Assim, Kannon,
após aparecer, adquirir notoriedade e ficar bem em evidência
devido à Sua ação como Deus misericordioso, transformou-Se em
Komyo Nyorai. Finalmente, tendo conquistado entre os homens
notável fama e honradez, torna a nascer como Miroku.
Existem, portanto, várias maneiras pelas quais Deus Se
manifesta no Mundo Material.
2.3 - Relação entre Jeová (Pai do Céu) e Messias
Messias é o nome de Deus depois de ter nascido como ser
humano.
Pai do Céu é Deus Supremo, o espírito do espírito.
3 - Ushitora no Konjin Kunitokotachi no Mikoto
3.1 - Quem é?
3.1.1 - Origem de Kunitokotachi
Na Sua essência, Ele é a personificação de
Ookunitokotachi, o Deus Criador do Universo. Nasceu como ser
humano, recebendo o nome de Kunitokotachi no Mikoto.
3.1.2 - Deus justo
No dia do Setsubum, comemorado em 03 de fevereiro,vários templos xintoístas e budistas jogam feijão torrado, dizendo
que a fortuna fique dentro e o demônio fora. Essa cerimônia tem
como objetivo evitar os infortúnios provocados pelos espíritos
malignos. Entretanto, conforme já expliquei em outras ocasiões, talpensamento está incorreto. A entidade considerada demônio é,
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de fato, uma grandiosa e importantíssima divindade chamada
Ushitora no Konjin Kunitokotachi no Mikoto, a mesma citada no
salmo de hoje (03/02/1952) só que de forma abreviada (Tokotachi
no Kami). Existe ainda outra denominação: Ushitora no Kami.
Todas elas se referem, contudo, ao mesmo Deus Justo —
Kunitokotachi no Mikoto.
3.2 - Relação entre Kunitokotachi e Kannon
Ministro — O Senhor já nos orientou a respeito da essênciade Kannon e Kunitokotachi. Gostaria, entretanto, de uma explicação
mais profunda sobre essa relação.
Meishu Sama — Kunitokotachi é extremamente justo ereto. Não permite, por isso, erro algum. Há muitos anos, nasceu
como ser humano. Após a morte, tornou-Se Enma Daio, passando
a ser, no Mundo Espiritual, o juiz dos mortos. Muito rigoroso, mas
visando à salvação de todos os espíritos, eliminava-lhes as
impurezas, tirando-os, dessa forma, do Inferno.
Depois de algum tempo, nasceu no mundo físico como
Kannon. A partir daí, passou a realizar o trabalho de salvação com
infinita misericórdia. Sem nunca fazer distinção entre Bem e Mal,
jamais censura os pecados de ninguém. É por essa razão
inclusive que os seguidores de Kannon não devem criticar os erros
dos outros. Caso o façam, estarão contrariando a vontade de
Deus.
Cada ser humano deve, por conseguinte, estar procurando
melhorar sempre. Dessa forma, não haverá necessidade de
julgamento nem trabalho para Kunitokotachi, que passará a viver
como um Ministro da Justiça demitido por falta de atividade. Em
outras palavras, poder-se-ia dizer que Sua ação seria semelhante à
dos policiais, cujo trabalho tornar-se-ia desnecessário não havendo
criminosos.
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Da mesma forma, também os tratamentos médicos perderão
seu objetivo quando não houver mais doenças. Daí o motivo de eu
estar, constantemente, falando que o ideal verdadeiro consiste em
lutar pela erradicação das causas das enfermidades, em vez de
promover o progresso da medicina.
Atualmente, porém, tudo está invertido. Materialista, a
ciência médica convencional caminha na direção errada; não
cumpre a sua missão celestial. Deveria, pois, pedir demissão. Fica,
porém, difícil perceber o erro; mesmo que os profissionais da área o
reconheçam, não vão conseguir afastar-se, devido aos problemas
de sobrevivência.
3.3 - A confinação
No fim da Era do Dia anterior (fato ocorrido há três mil
anos), chamada tempo divino, quem governava o mundo era a
divindade Kunitokotachi no Mikoto. Muito rigoroso e justo, não
permitia nada errado, de tal modo que as demais entidades não O
suportavam. Resolveram, por isso, afastá-Lo do comando domundo, para assim poderem viver como elas gostariam. Chefiadas
por Amawakahiko no Kami, revoltaram-se e O prenderam. Seu
espírito ficou confinado na direção do Nordeste, onde foi morto,
após ser torturado. Só teria direito de retornar ao mundo físico
quando brotasse o feijão torrado. Como é um fenômeno impossível
de acontecer, fica claro que a intenção de Amawakahiko era
impedir para sempre a volta de Kunitokotachi.
Após a rebelião, passou-se a falar do Céu de Jaku (Ama noJaku), nome popular de Amawakahiko no Kami, uma personalidadebastante arrogante, revoltada contra tudo que havia sido
determinado por Kunitokotachi no Mikoto. Ao mesmo tempo, o povo
passou a fugir da direção do Nordeste, por considerá-la o Kimon(portal do demônio).
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Interessante notar também que os japoneses evitam mudar-
se para o Nordeste, julgando encontrar má sorte nessa região. O que,
na verdade, acontece é haver pessoas com muitas máculas, as
quais, ao irem morar num lugar com vibração mais pura e elevada,
sofrem purificações. Por não serem capazes de entender a ação de
limpeza a que foram submetidas, julgam ter encontrado má sorte.
Pela mesma razão, os japoneses evitam colocar a cabeceira da
cama no lado do Nordeste. Eu, ao contrário, sempre durmo com a
cabeça voltada para essa direção, pois daí vêm idéias brilhantes
emanadas da Luz de Kunitokotachi no Mikoto.
Portanto, para pessoas de bom coração, com objetivosnobres, nada acontece de errado caso mudem para o Nordeste.
3.4 - Conclusão
Após analisar conscientemente a importância da sábia ação
de Kunitokotachi, orientando o comportamento e a vida na Terra,
pode-se afirmar: quem realmente não estava agindo de acordo
com a lógica divina era o ser humano. Tinha caído na armadilhade um deus especialista em ludibriar e inverter a verdade e a
ordem natural dos fatos.
3.5 - Enma Daio
No período em que ficou impossibilitado de agir
materialmente durante, mais ou menos, três mil anos,
Kunitokotachi no Mikoto permaneceu no Plano Espiritual comoEnma Daio (grande juiz do Mundo Espiritual) julgando o Bem e o
Mal, eliminando as impurezas e os pecados dos que já haviammorrido, com o objetivo de promover a salvação de todos. Por ser
extremamente justo e correto, sempre causou pavor a quem Dele se
aproximava. Tanto que, conforme me dizem os espíritos em
manifestações, se alguém mau olha para Ele sempre o vê com o
semblante carregado, demonstrando braveza. Ao contrário, para os
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bondosos, aparece sereno e complacente. Fato bastante
significativo!
Depois de quinhentos anos, Enma Daio voltou ao Mundo
Material como Kannon, na época do Budismo. Veio para atenuar,
através da misericórdia, o sofrimento da humanidade durante a Era
da Noite.
3.6 - A volta de Kunitokotachi como juiz dos vivos
No Ofudesaki, livro psicografado da Oomoto, está escrito que
Kunitokotachi no Mikoto vai aparecer no Mundo Material para julgaros vivos. Em outros textos, consta que até este momento protegeu
a humanidade, permanecendo oculto, mas agora vai surgir diante
dela, iniciando assim o julgamento no Mundo Físico.
A partir de 1892, Kunitokotachi no Mikoto afastou-se do
Reino Espiritual e já se encontra a um passo do Plano Material.
Assim aconteceu nas três dimensões. Pouco a pouco, foi-se
aproximando de cada uma delas até, enfim, estar prestes amanifestar-se diretamente na Terra para julgar os vivos. Hoje, 04de fevereiro de 1954, é, portanto, o dia do início do julgamentofinal. Terrível para quem tem máculas e pensamentos negativos;
bom, maravilhoso, para as pessoas de coração verdadeiramente
nobre e correto; excelente para aqueles que estão sendo
perseguidos pelo Mal.
No Ofudesakí, Kunitokotachi no Mikoto diz, com muitaclareza, que vai, desta vez, separar os bons e os maus. Eu
também sempre estou falando sobre esses acontecimentos.
Recentemente têm sido noticiados muitos casos de
corrupção. Tais fatos estão mostrando, com nitidez, a
aproximação do Juízo Final, bem como a manifestação da linha
do fogo de Ushitora no Konjin Kunitokotachi no Mikoto. Comoirradia uma Luz intensa e forte, ilumina o mundo inteiro e, por isso,
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todas as ações humanas até então praticadas às escondidas vêm à
tona, começam a ser vistas com clareza. Também, pela mesma
razão, a partir deste ano (1954), estarão mais aceleradas asdoenças; o mal causado pelas toxinas dos remédios fica cada vez
mais evidente.
3.7 - Primeira manifestação de Kunitokotachi
Após Seu espírito ter ficado três mil anos impedido de agir
no Plano Material (tempo esse chamado de mundo das trevas),
Ushitora no Konjin Kunitokotachi no Mikoto manifestou-Se, em
1892, através de Não Deguchi, fundadora da Oomoto, gritandoem altos brados que a flor de umê8, de repente, se abria nas três
dimensões 9 do Universo, pois havia chegado o mundo de
Ushitora no Konjin Kunitokotachi no Mikoto, o Deus justo do
Nordeste. Aos gritos, continuava anunciando estar surgindo um
Mundo Divino, exatamente no momento em que brotava a flor de
umê, e seria governado pelo pinheiro 10 , simbolizando ambos
(umê e pinheiro) o estabelecimento de uma vida estável, sem
perturbações, após anos intermináveis de confusões eincertezas.
Depois dessas primeiras revelações, Nao Deguchi foi
levada pela polícia como louca, tendo ficado presa durante vinte
ou trinta dias. Mesmo assim, teve início, dessa forma, a religião
Oomoto.
3.8 - O trabalho atual de Kunitokotachi
Há pouco mais de dez anos 11 , Kunitokotachi no Mikoto
entregou o governo do Mundo Espiritual a Ookuninushi no Mikoto e
8 Ameixeira. Produz um fruto usado em conservas (umeboshi). 9 Três dimensões: Reino de Deus, Reino Espiritual e Mundo Material.10 Na realidade, dois símbolos muito significativos, pois a flor de umê sempre foi a primeiraa aparecer após um longo período de Inverno; o pinheiro, por sua vez, é uma árvore que
não muda, permanecendo verde durante o ano todo. 11 Contados tendo por base o ano de 1950, data em que foi escrito este Ensinamento.
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agora se está dedicando à salvação neste plano, o material.
Especialmente a mim sempre dispensa particular proteção. Toda
vez que necessito de algum esclarecimento, Ele me orienta com
palavras bem singelas. Kunitokotachi no Mikoto possui um poder
tão extraordinário a ponto de nenhum jashin conseguir vencê-Lo.Ele é, de fato, o Deus do Juízo Final. Dele também se origina o
poder de Kannon.
3.9 - Manifestação de Kunitokotachi através da Messiânica
A Messiânica vai ser a instituição responsável pelo
aparecimento, no Mundo Material, de Kunitokotachi no Mikoto.
Durante os três mil anos da Era da Noite, Ushitora — O
Deus Altíssimo — permaneceu num plano inferior. Aproveitando-se
da situação, as divindades secundárias colocaram-se num lugar
de destaque, passando de galho a tronco. Nessa posição,
transformaram o mundo num estado infernal. Foi lamentável!
Finalmente, porém, Kunitokotachi no Mikoto vai manifestar,através da Messiânica, o Seu insondável poder.
3.10 - Kunitokotachi e a expansão da Messiânica
Como já disse, a partir de agora, Ushitora no Konjin
Kunitokotachi no Mikoto vai usar a Messiânica como meio para
manifestar-Se no Mundo Físico. Entretanto, conforme está escrito
no Ofudesaki, “debaixo do farol, há trevas". Tal referência indica, naverdade, que a Luz projetar-se-á antes nos países mais
longínquos12, ou seja, estes é que vão compreender e aceitar em
primeiro lugar o poder de Ushitora.
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Após essa ocorrência, a Luz retornará ao seu ponto de origem, quer dizer, os japonesesvão acatar o poder de Ushitora no Kami somente no final.
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Conforme as evidências, estamos a um passo do terror.
Mesmo assim, a Messiânica vai expandir-se, pois a força
bloqueadora da Luz está enfraquecendo dia a dia. Dessa forma,
pessoas que nada entendiam dos Ensinamentos, embora fossem
explicados dez, vinte vezes, poderão compreendê-los facilmente
após cinco ou seis explanações. Nada, porém, deve causar
espanto, porque as verdades relacionadas a Deus não aparecem
de repente aos nossos olhos; avançam lentamente. A cada ano,
vão ficando mais claras e surgindo com maior rapidez.
Em síntese, a começar deste ano (1954), a Messiânica vai
ser difundida mundialmente. Até aqui, esteve se preparando nocamarim para, agora, poder entrar no palco e começar a projetar-se
no mundo como importante peça de teatro que vai enfocar os Três
Reinos. Conforme já foi expresso no Ofudesaki, tudo realmente muitoverdadeiro. No primeiro ato, havia papel para os bons e tambémpara os vilões, estes representados pelas pessoas másinfiltradas que sempre atrapalharam as atividades de expansãoda Igreja, levando muitos membros a julgá-las apenas como
malfeitoras e prejudiciais à Obra Divina. Na verdade, porém,desempenharam brilhantemente o seu papel. Se não fossem
ruins, jamais poderiam realizar tão bem as maldades a que se
propuseram. Gostaria, por isso, de agradecer sinceramente a
todas elas.
De agora em diante, entretanto, todos os anos, a partir de
15 de junho, a luz do dia, ou seja, kasso (espírito do fogo) vai
aumentar cada vez mais.
De outra parte, em todo 04 de fevereiro, data na qual se
comemora Ritsun (começo da primavera), ocorrerá umatransformação no palco do teatro divino, como se estivesse
passando de um ato para outro. Significa, na verdade, que haverá
grandes mudanças em conseqüência do desenrolar de novos
acontecimentos que vão contribuir para a concretização do Reinodo Céu na Terra.
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3.11 - Kunitokotachi, Kannon e Meishu Sama
Ministro — Gostaria de que o Senhor me explicasse arelação entre Kunitokotachi, Kannon e Meishu Sama.
Meishu Sama — Na verdade, não existe. Os três são iguais.Dependendo do cenário, muda apenas o papel do executor, de um
modo semelhante ao que acontece com os atores. Conforme a
circunstância, podem representar o vilão, o bom, o homem, a
mulher, ou qualquer outra personagem. É uma situação parecida
com a que vivo hoje: sou criticado por médicos e farmacêuticos por
não aceitar suas teorias e procedimentos no que diz respeito àcura das doenças. Então, do ponto de vista deles, sou um vilão e
estou praticando um grande mal.
3.12 - Sunao
Como já falei anteriormente, Ushitora no Konjin
Kunitokotachi no Mikoto ficou confinado na direção do Nordeste,
após uma revolta que atingiu a opinião pública geral na época,cujo chefe foi Amawakahiko no Kami. Essa divindade, o
verdadeiro demônio do Céu, nada singelo, mas bastante
prepotente, distorceu a verdade e imperou na mente e no coração
de todos os seres humanos. Criou uma linha de pensamento
invertida que dominou o mundo durante a Era da Noite. Daí a
razão de, ao ser transmitida, ou aconselhada, alguma nova doutrina
que não esteja de acordo com os preceitos vigentes, as pessoas a
rejeitarem de imediato ou, em outros casos, julgarem-se capazesde entendê-la sem grandes explicações. De modo especial entre os
japoneses, tal hábito tornou-se comum. Na verdade, é um indício de
que a maioria segue inconscientemente a linha da inversão da
verdade.
No Ofudesaki há uma recomendação sobre a grande
importância de se ter sunao (disponibilidade de aceitação, deobediência). É o que acontece com o povo americano. Quando eu
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falo a jornalistas desse país sobre a finalidade da Messiânica e a
construção do Tijyotengoku (Reino do Céu na Terra) em Hakone e Atami, ouvem tudo e concordam com as minhas idéias sem
contestação. Pelo mesmo motivo, possuem também poucos