evangelho do ceu vol3

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  • 8/19/2019 Evangelho Do Ceu Vol3

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    EVANGELHO DO CÉU VOL.

    III 

    ENSINAMENTOS DE MEISHU SAMA

    EDITORA LUX ORIENS 

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    Evangelho do Céu Vol. III

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    Revisado em novembro de 2005Lux Oriens Editora Ltda

    Rua Itapicuru, 849 - Perdizes 

    São Paulo - SP - Cep. 05006-000 Forte:(0xxll) 3675-6947 

    Webpage: http://www.lux-oriens.com.br  E-mail: [email protected]  

    1a edição: fevereiro de 2003ISBN nº 85-88311-07-0 

    Dados Internacionais de Catalogação na Publicação (CIP)

    (Câmara Brasileira do Livro, SP, Brasil) 01-5332

    Sama, Meishu, 1882-1955.Evangelho do Céu / Meishu Sama ; tradução Minoru Nakahashi.

    São Paulo : Lux Oriens, 2001.Título original: Tengoku no fukuin 

    1. Sama, Meishu, 1882-1955 - Ensinamentos I. TítuloCDD-299.56

    Índices para catálogo sistemático: 1. Sama, Meishu: Doutrina Messiânica: Religião 299.56 

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    "Uma leitura minuciosa dos meus Ensinamentos

    conduz, de fato, ao aprimoramento do tie. 

    Nenhuma bênção maior, nem graça mais elevada existe, senão a verdade advinda

    do Supremo Deus".

    Meishu Sama 

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    ÍNDICE

    PREFÁCIO DO PRIMEIRO VOLUME ........................................................................................ 9 

    INTRODUÇÃO ........................................................................................................................... 12 

    SÉCULO XXI .............................................................................................................................. 12 REINO DIVINO ........................................................................................................................... 22 

    CAPÍTULO I - CONCEITUAÇÃO DE DEUS ........................................................................... 23 

    1 - DEUS SUPREMO ..................................................................................................................... 23 1.1 - Quem é?  ..................................................................................................................... 23 

    1.1.1 - M ANIFESTAÇÃO DE DEUS SUPREMO ................................................................................. 23 1.1.2 - IDÉIA CORRETA DE DEUS ................................................................................................. 23 1.1.3 - ESPÍRITO DIVINO ............................................................................................................. 24 1.1.4 -  MONOTEÍSMO E POLITEÍSMO ........................................................................................... 25 2 - MESSIAS ............................................................................................................................... 26 2.1 - Quem é?  ...................................................................................................................... 26  

    2.1.1 - Messias, o espírito primordial ............................................................................................ 26 2.1.2 - Permanência do espírito primordial ........................................................ ........................... 26 2.2 - Relação entr e Kanzeon Boss atsu , Komyo Nyo rai, Messias e Miroku  ..................... 26  2.3 - Relação en tr e Jeová (Pai do Céu) e Messias  ............................................................. 27  

    3 - USHITORA NO KONJIN KUNITOKOTACHI NO MIKOTO .................................................................. 27 3.1 - Quem é?  ..................................................................................................................... 27  

    3.1.1 - Origem de Kunitokotachi ............................................................... ..................................... 27 3.1.2 - Deus justo ..................................................... ................................................................. ..... 27 

    3.2 - Relação en tre K un ito ko tac hi e Kann on  ................................................................ 28  3.3 - A confi nação  ............................................................................................................. 29 3.4 - Con cl usão  .................................................................................................................. 30  3.5 - Enm a Daio  ................................................................................................................. 30  3.6 - A vol ta de Kuni tok otachi com o juiz dos vivos  .................................................... 31 

    3.7 - Prim eira m anif estação de Ku nit ok ot ach i  ............................................................. 32  3.8 - O trabalho atual de Kuni tok otachi  ......................................................................... 32  3.9 - Mani fes tação d e Ku ni to kot achi at ravés d a Mes siâni ca  ..................................... 33 3.10 - Ku nito kot achi e a expan são d a Mess iânica  ...................................................... 33 3.11 - Kun i tokot achi , Kannon e Meishu Sama  ............................................................. 35  3.12 - Sun ao  ....................................................................................................................... 35  

    CAPÍTULO II - KANNON ............................................................................................................. 37 

    1 - O MUNDO DE DAIKOMYO ..................................................................................................... 37 1.1 - O que é?  ..................................................................................................................... 37  1.2 - Exp eriênc ias e fo rtal ecim ent o da féde Meis hu Sama  ....................................... 37  1.3 - Caus as do d om ínio do Mal  ..................................................................................... 38  1.4 - Inter pr etação dos co nc eito s daijo e sh ojo ........................................................... 39 1.5 - Com eçar p elo núcleo  ............................................................................................... 40  1.6 - Ap ro xim ação d o Mun do da Luz  ............................................................................. 41 1.7 - A Luz do Oriente  ....................................................................................................... 42  1.8 - Senju, o Kan no n d e mil braços  .............................................................................. 43 1.9 - Origem da Lu z do Oriente  ....................................................................................... 44 1.10 - Com entários de Meis hu Sama  ............................................................................. 46  

    1.10.1 - A Luz do Oriente ........................................................................ ...................................... 46 1.10.2 - Senju Sengan Kannon ................................................................................................ ..... 46 1.10.3 - 0,99 e 0,01 ............................................................. ........................................................... 46 1.10.4 - A cruz gamada ................................................................. ................................................. 47 1.10.5 - Ichirin ......................................................................................................... ........................... 47 1.10.6 - Corpo de Kannon ........................................................ ........................................................... 47 

    2 - PODER DE KANNON ............................................................................................................. 48 2.1 - Myoc hi  ........................................................................................................................ 48  2.2 - Signi f icado do poder de Kan non  ........................................................................... 49 2.3 - Transfo rm ação de B odh isattv a Kann on em Komy o Nyo rai  ............................. 51 

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    2.4 - Feitura d e imagens e co nst rução d os tem plos  ................................................... 52  3 - KANNON E MEISHU SAMA ..................................................................................................... 52 3.1 - Simp atia por Kanno n  ............................................................................................... 52  3.2 - Presença de K ann on  ................................................................................................ 53 3.3 - Inter ferênc ias m ist erio sas  ...................................................................................... 54 3.4 - Tranq uili dad e de es pírit o  ........................................................................................ 55  

    3.5 - Postura discreta  ....................................................................................................... 56  3.6 - Relacionam ento com K annon  ................................................................................ 56  3.7 - O Dragão Do ur ado  ................................................................................................... 58  3.8 - O des afio d o Dr agão Verm elho  .............................................................................. 60  

    CAPÍTULO III - A NOVA CIVILIZAÇÃO .................................................................................. 62 

    1 - MOMENTOS INICIAIS DA TRANSIÇÃO ....................................................................................... 62 1.1 - Fim do m und o  ........................................................................................................... 62  1.2 - Início da Tran s ição  ................................................................................................... 62  1.3 - Mut ações p ro fu nd as  ................................................................................................ 63 1.4 - Pu rifi cações sev eras  ............................................................................................... 63 1.5 - Aqu ecimento d o Globo Terrestre  .......................................................................... 65  

    1.5.1 - Elevação da temperatura ............................................................ ...................................... 65 

    1.5.2 - Conseqüências ........................................................ ........................................................... 65 1.5.3 - Conclusão ..................................................... ................................................................. ..... 67 2 - A CIVILIZAÇÃO ATUAL ............................................................................................................ 67 2.1 - Cultura material ista  .................................................................................................. 67  2.2 - Desejo de fel icid ade  ................................................................................................. 68  2.3 - Predomínio do m ateriali sm o  .................................................................................. 68  2.4 - Ausênc ia de " alm a"  ................................................................................................. 70  

    2.4.1 - Maru ni chom ........................................................... ........................................................... 70 2.4.1.1 - Simbologia ...................................................................................... ........................... 70 2.4.1.2 Significado do símbolo ......................................................... ...................................... 71 2.4.1.3 - Importância fundamental do "pontinho" ............................................................... 71 2.4.1.4 - Civilização oca ........................................................................................... ................ 73 

    2.5 - Luta entre bem e mal  ............................................................................................... 73 2.5.1 - Kobukurin(0,99) e ichirin (0,01) .............................................................. ........................... 73 2.5.2 - Influência do espírito secundário ....................................................................................... 73 2.5.3 - Domínio do mal ............................................................................ ...................................... 74 

    2.5.3.1 - Na história humana ................................................................................................... 74 2.5.3.2 - Na ciência materialista ............................................................................. ................ 75 2.5.3.3 - Na vida do ser humano ...................................................... ...................................... 75 2.5.3.4 - Na agricultura ................................................................................. ........................... 76 2.5.3.5 - Através da guerra ................................................................ ...................................... 76 

    2.5.4 - Poder do 0,01 ................................................................................................................ ..... 76 3 - A TRANSIÇÃO ....................................................................................................................... 77 3.1 - Dia e Noite  ................................................................................................................. 77  3.2 - Tran sição d a No ite pa ra o Dia  ................................................................................ 78  3.3 - Pu rif ic ações aceler adas  .......................................................................................... 79 3.4 - J uízo Fin al  ................................................................................................................. 80  3.5 - Surgim ento do Mun do da Luz  ................................................................................ 81 

    4 - ERA DO DIA .......................................................................................................................... 82 4.1 - A verdade ira ci vi lização  ............................................................................................ 82  

    4.1.1 - Conceito ............................................................ ................................................................. ..... 82 4.1.2 - Origem da pobreza e dos conflitos ................................................................... ........................... 83 4.1.3 - O mundo atual ........................................................................ ................................................. 84 4.1.4 - A nova civilização ..................................................................................................................... 85 4.1.5 - Divulgação da nova cultura ............................................................................. ........................... 85 4.1.6 - Finalidade do Johrei .................................................................................................. ................ 86 4.1.7 - Valor da fé ......................................................................................... ...................................... 86 4.1.8 - A separação e o julgamento ....................................................................................................... 87 4.1.9 - Eliminação das nuvens espirituais ............................................................................................... 87 4.1.10 - A realidade espiritual ................................................................ ................................................ 87 4.1.11 - Ocorrência de intensas purificações ................................................................ ........................... 88 4.1.12 - Concretização do Juízo Final .................................................................................................... 89 

    4.2 - Luz do O riente  ............................................................................................................ 90  4.2.1 - A profecia .......................................................................................... ...................................... 90 

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    4.2.2 - Nascimento de Nichiren ............................................................. ................................................ 90 4.2.3 - Ocorrência em Nokoguiri ................................................................................ ........................... 91 4.2.4 - A cultura japonesa ......................................................................................... ........................... 92 4.2.5 - A verdadeira cultura ............................................................................ ...................................... 92 

    4.3 - Verticalidade e hor izontalidade  ...................................................................................... 93 4.3.1 -Yin eyang  ............................................................................................................................... 93 4.3.2 - Espírito e matéria ........................................................... ........................................................... 94 

    4.4 - Os símbo los : So l e Lua  ............................................................................................... 95  4.4.1 - Significado ............................................................................................................... ................ 95 4.4.2 - Associação juvenil Tenrikyo........................................................................................................ 97 

    4.5 - Pres ença da Mess iânic a .......................................................................................... 97  4.5.1 - Princípios ........................................................... ................................................................. ..... 97 4.5.2 - Uma nova interpretação ...................................................................... ...................................... 98 4.5.3 - Explicações de Meishu Sama sobre a doutrina ............................................................................. 99 4.5.4 - Objetivo principal da Messiânica ........................................................... .................................... 102 

    4.6 - Mis são d a Mes siâni ca  ............................................................................................ 102  4.6.1 - Concretização do Reino do Céu na Terra .............................................. .................................... 102 4.6.2 - A verdade através dos Ensinamentos ................................................... .................................... 103 4.6.3 - Valorização da espiritualidade ................................................................ ................................... 105 4.6.4 - Criação da cultura do "Meio" ................................................................. .................................... 106 

    4.7 - Cultivo da sabedor ia divina  .................................................................................. 107  4.7.1 - Ausência de dogmas .......................................................................... .................................... 107 4.7.2 - Universalidade da fé ................................................................. ............................................... 109 4.7.3 - Discernimento no agir  ................................................................ .............................................. 110 4.7.4 - Não-interferência no Plano de Deus .......................................................................................... 111 4.7.5 - Sujeição total à vontade de Deus ................................................................................ .............. 111 4.7.6 - Grau de Kenshinjitsu ............................................................................................................ ... 112 

    4.7.6.1 - Para os líderes ............................................................... .............................................. 112 4.7.6.2 - Para a humanidade em geral .............................................................. ......................... 113 

    4.8 - Soonen  ...................................................................................................................... 113 4.8.1 - Soonen e Reino Divino .............................................................. .............................................. 113 

    5 - A ANTERIOR ERA DO DIA .................................................................................................... 114 5.1 - O antigo mundo div ino  ................................................................................................ 114 5.2 - Idéia de Deus  ............................................................................................................... 114 

    CAPÍULO IV - SENSIBILIDADE ARTÍSTICA LIGADA À ESPIRITUALIDADE .......................... 116 1 - A MISSÃO DA ARTE ............................................................................................................. 116 2 - O PAPEL DO ARTISTA .......................................................................................................... 117 3 - REINO DO CÉU, UM MUNDO DE BELEZA ................................................................................ 118 3.1 - O belo e o feio  ......................................................................................................... 118  3.2 - Conceit o de beleza  ................................................................................................. 118  3.3 - Beleza nos al im ento s ............................................................................................. 119 3.4 - Beleza na aparênc ia pes so al  ................................................................................ 119 3.5 - Beleza no in terio r das c asas  ................................................................................ 120  3.6 - Bel eza extern a das res idênc ias  ........................................................................... 120  3.7 - Apr im or ament o atr avés d a beleza ....................................................................... 120  

    4 - ARTE E RELIGIÃO ................................................................................................................ 121 

    4.1 - O cultiv o da arte  ..................................................................................................... 121

     4.2 - Per fe ição e al eg ri a  .................................................................................................. 122  5 - ARTE E CULTURA ................................................................................................................ 123 5.1 - A Art e teatral japonesa  .......................................................................................... 123 

    5.1.1 - Meijin ................................................................................................ .................................... 123 5.1.2 - Sensibilidade artística de Danjuro IX .......................................................................................... 124 

    5.1.2.1 - Arte da Barriga ........................................................................ .................................... 124 5.1.2.2 - Interpretações inesquecíveis ............................................................. ......................... 125 5.1.2.3 - Principais personagens vividas por Danjuro IX .......................................................... 125 5.1.2.4 - Força expressiva de Danjuro IX .................................................................... .............. 128 5.1.2.5 - Supremacia artística de Danjuro IX ............................................................................. 128 

    5.1.3 - Matsui Sumako, atriz Meijin ............................................................... ................................... 129 5.2 - Museu de Hako ne  ................................................................................................... 130  

    5.2.1 - Edificação .............................................................................................................. .............. 130 

    5.2.2 - Aquisição das obras de arte .................................................................................................. 131 5.2.3 - Acervo artístico..................................................................................................................... 132 5.2.3.1 - Nota preliminar  ............................................................................................................ 132 

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    5.2.3.2 -Maki-e  ...................................................................................... .................................... 132 5.2.3.3 - Cerâmica Ninsei ...................................................................... .................................... 133 5.2.3.4 - Gravuras ............................................................. ......................................................... 133 5.2.3.5 - Cerâmicas e porcelanas chinesas ................................................................ .............. 134 

    5.2.4 - Ajuda espiritual na organização do museu ............................................................................. 134 6 - ELEVAÇÃO ESPIRITUAL ATRAVÉS DA ARTE .......................................................................... 135 6.1 - Influênc ia exerc ida p ela Ar te  ................................................................................ 135  6.2 - Prínc ipe Shot ok u e o papel da A rte  ..................................................................... 136  6.3 - Desenvolvim ento dos dot es artístico s  ................................................................ 136  6.4 - Aprim oramento d o tieshokaku  ............................................................................. 138  

    7 - A ARTE NA PRÁTICA ........................................................................................................... 138 7.1 - Ikebana, um exemp lo  ............................................................................................... 138  

    7.1.1 - Gosto pessoal ..................................................................................................................... ... 138 7.1.2 - Técnica de montagem............................................................................................................. 139 7.1.3 - Posição das plantas no jardim ......................................................................... ......................... 140 7.1.4 - O pinheiro .......................................................... ................................................................. ... 141 7.1.5 - Aproveitamento das flores .......................................................... .............................................. 141 7.1.6 - Material utilizado ............................................................................................ ......................... 142 

    8 - APRECIAÇÃO DAS OBRAS DE ARTE ........................................................................................... 142 8.1 - Ol ho artíst ic o  ........................................................................................................... 142  

    CAPÍTULO V - MEISHU SAMA, O EXECUTOR DA CONSTRUÇÃO DO REINO DO CÉU NA TERRA ................................................................................................................................... 144 1. PERSONALIDADE .................................................................................................................. 144 1.1 - Ag ud eza de raci ocínio  ........................................................................................... 144 1.2 - Cert eza nas decis ões ............................................................................................. 144 1.3 - Rapidez nas decis ões  ............................................................................................ 144 1.4 - Agili dad e n as realizações  ..................................................................................... 145  1.5 - Valo ri zação do tem po  ............................................................................................ 145  1.6 - Aversão a co nvers as r epeti t iv as  ......................................................................... 146  1.7 - Felicid ade eviden te  ................................................................................................ 146  1.8 - Sincerid ade  ............................................................................................................. 147  1.9 - Atenção ao b em -estar do pr óxim o  ...................................................................... 149 1.10 - Com paixão an te as lamúrias  .............................................................................. 149 

    1.11 - Obs ervad or atento  ............................................................................................... 150  2 - ESPIRITUALIDADE L ................................................................................................................ 151 2.1 - O Senhor d a Luz  ..................................................................................................... 151 

    2.1.1 - Mudança de nome ............................................................................... .................................... 151 2.1.2 - A minha Luz .............................................................................................................. .............. 154 

    2.2 - Sabedo ria  .................................................................................................................. 155  2.2.1 - Visão em profundidade .............................................................................................................. 155 2.2.2 - Inspiração ........................................................................................... .................................... 156 2.2.3 - Kenshinjitsu ............................................................................................................... .............. 156 2.2.4 - Meu pensamento ....................................................................................................... .............. 157 

    2.3 - Comu nhão c om Deus  ............................................................................................ 159 2.3.1 - Minhas experiências pessoais ..................................................... .............................................. 159 2.3.2 - Seguir a Deus ........................................................................................................... .............. 161 2.3.3 - Vontade de Deus e tempo adequado .......................................... ............................................... 162 

    3 - MISSÃO ESPECIAL DE MEISHU SAMA ................................................................................... 163 3.1 - Necessidade de aprimoram ento co nstante  ....................................................... 163 3.1.1 - Importância da eliminação das toxinas ..................................................................... ...... 163 3.1.2 - Cinquenta anos de solidificação de toxinas .................................................................... 164 3.1.3 - Poder do Johrei e eliminação das toxinas ............................................. ......................... 165 

    3.2 - O esc olh ido  ............................................................................................................. 165  3.3 - Alma d e Ich irin  ........................................................................................................ 166  3.4 - Meishu Sam a, a Alm a de Ichirin ........................................................................... 169 

    4 - ATIVIDADES NA OBRA DIVINA ................................................................................................ 169 4.1 - Prod ução esc ri ta  ....................................................................................................... 169 4.2 - Confecção de Oh ikari  ............................................................................................... 170  4.3 - Orien tação às pessoas  ............................................................................................. 170  4.4 - Div ulgação da Mess iânica  ........................................................................................ 171 

    4.5 - A val iação, escol ha e aq ui sição de ob ras de arte  ................................................ 172  4.5.1 - Avaliação ............................................................ ................................................................. ... 172 4.5.2 - Escolha ......................................................................................................... ......................... 174 

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    4.5.3 - Aquisição ............................................................ ................................................................. ... 175 4.6 - Co ns tr uções  ............................................................................................................. 176  

    4.6.1 - Decisões seguras e tranqüilas........................................................ .................................... 176 4.6.2 - Esboço dos projetos ............................................................. .............................................. 176 4.6.3 - Exatidão dos projetos ......................................................................................................... 177 4.6.4 - Minúcias dos projetos no tempo exato ................................................................. .............. 178 4.6.5 - Príncipe Shotoku e eu .................................................................................................. ...... 180 

    4.7 - Agricu ltura da G rande Natureza  ............................................................................. 180  4.7.1 - Perniciosidade dos adubos ....................................................................... ......................... 180 4.7.2 - Inutilidade dos adubos........................................................................................................ 181 4.7.3 - Toxinas de adubos e remédios ...................................................... .................................... 182 4.7.4 - Tratamento respeitoso às plantas ............................................................. ......................... 183 4.7.5 - Resultados satisfatórios ....................................................... .............................................. 185 4.7.6 - Vigorosidade do corpo humano................................................................. ......................... 186 4.7.7 - Soonen e agricultura ................................................................................. ......................... 187 

    5 - PERENIDADE DA PRESENÇA DE MEISHU SAMA ......................................................................... 187 5.1 - Luz do J ohrei  ............................................................................................................ 187  5.2 - Curas  ......................................................................................................................... 188  5.3 - Eu, Meishu Sama  ...................................................................................................... 189 

    PROPOSICAO FINAL ................................................................................................................ 190 

    UNIÃO COM DEUS ................................................................................................................. 190 ADENDO ................................................................................................................................... 191 

    GLOSSÁRIO .............................................................................................................................. 193 

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    PREFÁCIO DO PRIMEIRO VOLUME

    Meishu Sama sempre divulgou os Ensinamentos que Lhe foram

    revelados por Deus através de publicações em jornais e revistas

    da Igreja, bem como por meio de palestras feitas para mamehito eministros. Nessas ocasiões, abordava assuntos variados que

    abrangiam não só o campo religioso, moral ou filosófico, mas

    também ciência, especialmente a Medicina, Política, Educação, Arte,

    História, Agricultura, além de outros temas diversos, tais como: ordem

    social, sabedoria, Mundo Espiritual, Bem e Mal, enfim qualquer

    ocorrência que, direta ou indiretamente, interferisse no

    comportamento humano.

    De um modo geral, os artigos ou mesmo o conteúdo das

    palestras analisavam, de uma só vez, as mais diversas questões,

    todas elas consideradas sob um ponto de vista totalmente inovador,

    tendo por base a revelação divina, bem como experiências vividas e

    pesquisas realizadas por Meishu Sama, cuja finalidade era formar o

    homem para viver na Nova Civilização, que se iniciaria no presente

    século XXI.

    De outra parte, todos os princípios contidos nos

    Ensinamentos foram sendo gradativamente explicados de acordo

    com as necessidades do momento. Assim, muitos deles

    constituíram respostas a perguntas formuladas pelos estudiosos e

    seguidores da Messiânica. Daí também o outro motivo de, numa

    mesma palestra ou nos artigos para jornais e revistas, serem

    tratadas questões diversas sem a centralização específica de umtema único.

    Sempre foi, entretanto, bastante evidente a necessidade de

    se organizarem os Ensinamentos de acordo com os assuntos, a fim

    de se tornarem mais claros, especialmente para os ocidentais, e

    também para todas as pessoas interessadas em estudá-los. Dessa

    forma, tornar-se-ia mais fácil visualizar, na sua totalidade,preciosíssimas lições de inestimável valor.

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    Entretanto, desde 1955 (Goshoten1 de Meishu Sama) até hoje,

    nada de concreto tinha sido feito no sentido de ordenar

    sistematicamente os Ensinamentos, separando-os de acordo com os

    diversos assuntos tratados pelo Mestre.

    Sentindo, então, a urgência de iniciar uma sistematização,

    nosso esforço visou, na medida do possível, atingir esse objetivo.

    Numa primeira etapa, o trabalho consistiu na separação dos

    textos que, depois, foram reunidos e remontados de forma

    esquemática, colocando sempre em evidências pontos básicos

    considerados indispensáveis a quem deseja trilhar o caminho da

    salvação. Sob esse aspecto, foi uma atividade semelhante à daconstrução de uma casa, na qual a primeira etapa corresponde ao

    estabelecimento do alicerce para, em seguida, serem levantadas

    as colunas, paredes e telhado, sendo finalmente concluída com os

    arremates e acabamento para, mais tarde, ser acrescida dos últimos

    retoques da decoração, feita com valiosas obras de arte das mais

    variadas tendências. Em outras palavras, quero dizer que Meishu

    Sama deixou, nos Ensinamentos, todo o material para a edificação

    da nova morada da humanidade. A nós cabe apenas a missão dedistribuí-lo, colocando cada mensagem, cada preceito, cada

    orientação no seu exato lugar. Dessa forma, os leitores poderão

    obter uma idéia mais concreta, numa visão tridimensional, da beleza

    desta nova casa, planejada por Deus, para todos os Seus filhos.

    Tendo, então, como linha mestra o aspecto construtivo

    ascendente, tomamos como base, na elaboração deste livro, o

    processo da Iniciação como uma primeira etapa a ser transposta nocaminho do aprimoramento espiritual. Nesta fase inicial, o que se

    destaca é a necessidade da purificação, entendida como umrecurso irrefutável de limpeza das máculas do espírito e das toxinas

    presentes no corpo físico.

    1 Passagem de Meishu Sama para o Reino Divino (10/02/1955).

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    Uma vez vencida a fase da iniciação, o praticante, um pouco

    mais livre de impurezas, tem condições de discernimento e vai, assim,

    adquirindo a verdadeira sabedoria num processo contínuo de

    aprimoramento espiritual. Daí que, para atender a esse objetivo,

    a segunda parte desta Obra contém exclusivamente Ensinamentos

    referentes à Sabedoria. Através deles, o leitor vai poder orientar-sena busca do seu próprio desenvolvimento espiritual. Assim, passo

    a passo, irá conseguindo escalar pontos cada vez mais altos, até

    atingir a Comunhão Perfeita com Deus. 

    Então, o conteúdo da terceira parte é constituído de

    Escritos Sagrados que têm como objetivo mostrar o poder da Luzatravés da qual cada um de nós, seguindo o exemplo de Meishu

    Sama, poderá atingir o grau de Kenshinjitsu. 

    Foi também considerando todas as colocações até aqui

    expostas que dividimos o presente livro — Evangelho do Céu — em três volumes, a saber: I -Iniciação, II - Sabedoria e III - ReinoDivino, simbolizando, no seu conjunto, a nova habitação para a

    humanidade inteira, onde cada um poderá cultuar a Beleza,praticar a Virtude e vivenciar plenamente a Verdade absoluta.

    Minoru Nakahashi

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    INTRODUÇÃO

    SÉCULO XXI

    Com freqüência, me perguntam como será o Reino do Céu

    na Terra do qual sempre estou falando. 

    Na realidade, só consegui informações sobre essa nova

    maneira de viver através da revelação de Deus no ano de 1926.

    Tentei, até agora, esconder por achar ainda prematuro falar

    sobre um assunto tão especial. Mais recentemente, porém, senti

    ter chegado a hora de escrever a respeito do que Deus já mehavia mostrado há tempo. Peguei, por isso, agora a caneta. 

    Embora para muitos essa revelação de Deus sobre o futuro

    não se realize — questionamento que deixo para a imaginação de

    vocês —  eu acredito piamente na sua concretização. E, para

    transmiti-la com segurança, vou imaginar-me uma pessoa que

    dormiu durante cem anos e, de repente, desperta e se surpreende

    com a mudança do mundo. É a partir dessa suposição que voucomeçar a escrever. Você, leitor, me acompanhe mantendo, na sua

    cabeça a mesma hipótese. 

    Foi assim então que, certa manhã, acordei às seis horas com

    uma música bem suave a envolver-me.

    Pouco a pouco, o volume foi aumentando a tal ponto de eu

    não conseguir mais ficar deitado. Levantei-me e, então, descobrique havia dentro do meu travesseiro um relógio-despertador. 

    Logo a seguir fiz minha higiene pessoal. Tomei o café da

    manhã, um misto de oriental e ocidental, constituído de sopa de

    missô, pão de arroz, um pouco de peixe e carne, verduras, chá

    verde, além de outras iguarias. 

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    Depois li no jornal um artigo muito interessante sobre a escolha

    do Presidente Mundial cuja eleição já estava próxima. Uma

    manchete, estampada na primeira página, anunciava o dia da

    votação dos vários países. Havia também nomes e fotografias de

    dezenas de candidatos. Dentre eles, da Grã-Bretanha, França,

    Estados Unidos, Alemanha, América do Sul, Indo-China, Japão,

    Rússia (já estava assim, modificada)2.

    De acordo com a notícia do jornal, tudo indicava que o

    candidato vencedor seria o americano.

     Ao folhear a terceira página, percebi algo inimaginável: nãohavia notícias de crimes. Os assuntos principais giravam em torno

    de esporte, turismo, música, artes plásticas, teatro, cinema.

    No que dizia respeito à edição, tudo era muito bem cuidado.

    Os artigos simples, sem repetições, girando em torno do essencial.

    Vinham acompanhados de muitas ilustrações, mas num equilíbrio

    perfeito entre fotos e textos: mais ou menos meio a meio. Assim, a

    leitura podia ser feita com rapidez e atenção, sem provocar cansaço.

    Na parte do jornal destinada ao comércio, não existia

    propaganda de qualquer espécie de produto, nem incentivo à

    compra de remédios. Referência a cosméticos eram também

    raríssimas. Havia, contudo, muitas ofertas de venda de livros,

    roupas, moradias, alimentos, maquinários, além de outros objetos

    resultantes de novas invenções. Nessa mesma seção, o texto vinha

    bem reduzido, mas com abundância de fotos. Por esse motivo,consegui ler tudo em quinze minutos, confortavelmente, sem me

    cansar.

     A janela da sala onde eu me encontrava examinando o jornal

    era ampla, sem nenhum equipamento contra ladrões. Dizia-se que

    2 Perceber aqui a exatldão com que a profecia de Meishu Sarna se realizou. Quando Ele

    escreveu este Ensinamento (1926), não havia ainda ocorrido a desintegração das

    Repúblicas Socialistas Soviéticas, o que só ocorreu em 1991. 

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    assalto era coisa do passado. Estava achando realmente o mundo

    maravilhoso.

     Após tomar conhecimento do noticiário jornalístico, resolvi

    entrar no carro para dar uma volta pela cidade. Usava roupas

    muito finas e bonitas. Surprendi-me com a beleza urbana. Parecia

    um jardim florido. O mais interessante é que, além dos carros,

    nenhum outro veículo circulava. Todos os demais meios de

    transporte, tais como trens e bondes, corriam subterrâneos. Notei

    também que não havia barulho na rua. Todas elas eram

    recobertas por um material, semelhante à cortiça. Depois de uma

    análise mais profunda, descobri tratar-se de uma mistura deborracha com serragem, muito flexível, à qual os carros se

    adaptavam de acordo com as circunstâncias e, assim, podiam

    deslizar suavemente. Além disso, em dias de chuva, esse material

    absorvia toda a água, impedindo que se formassem poças nas

    ruas.

    Com respeito à fabricação dos veículos, usavam-se pneus

    de borracha; a armação das portas e janelas possuía dispositivosespeciais para isolar o som de tal modo que nenhum ruído se

    ouvia.

    O combustível para movimentar os motores era constituído

    de um mineral do tamanho da ponta de um dedo, parecido com o

    urânio ou o plutônio, ao qual fora aplicada a teoria da

    decomposição dos átomos. Muito potente, permitia que, apenas

    com uma pequena porção, os carros percorressem centenas dequilômetros.

    Não havia também necessidade de motoristas. O volante

    fora subsitituído por uma espécie de controle3, através do qual,

    com uma mão, o passageiro dirigia tranqüilo. Mesmo assim, as

    pessoas ainda continuavam com seus choferes particulares.

    3 Hoje seria um controle computadorizado. Já era, entretanto, um prenúncio do surgimento docomputador. 

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    Enquanto meu carro deslizava suavemente, ia admirando a

    beleza da cidade, cuja paisagem me surpreendia. Na beira das

    calçadas, diversas árvores frutíferas como nespeiras, figueiras,

    ichos japoneses4, substituíam os antigos plátanos. Intermeando as

    grandes, foram plantadas outras menores. Entre elas laranjeiras,

    pessegueiros e pereiras.

    No meio da rua, canteiros mais altos, cujas beiradas

    estavam repletas de flores coloridas e nos castos arbustos de

    várias espécies. Dessa forma, os transeuntes podiam sentir os mais

    diversos tipos de aroma.

    O que mais me causou admiração nessa cidade foi uma colina

    com um muro de hortênsias à direita. Podia ser visto à distância de

    uma milha. Logo em seguida vi também um atraente caminho de

    dálias. Mais adiante, nas calçadas, encontrei parreiras onde havia

    pendurados inúmeros cachos de uva.

    Outra paisagem que me encantou foi o caramanchão das

    glicíneas, formado somente com galhos e folhas verdes.

     Além disso, havia também, espalhados por diversos

    lugares, agradáveis recantos nas calçadas, com mesas e cadeiras.

     Aí os passantes podiam acomodar-se para saborear uma bebida

    simples como chá ou café e, ao mesmo tempo, apreciar a beleza

    das flores e da rua, sentindo o bem-estar proporcionado por uma

    cidade bem cuidada.

    Encontrei ainda por toda parte pequenos jardins destinados

    aos folguedos infantis. Soube que existiam, em qualquer pequena

    cidade, pelo menos dois ou três desses paraísos onde as crianças

    podiam brincar alegremente.

    4 Icho: árvore suntuosa de caráter sagrado, muito comum nos templos do Japão.

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    Vi também muitas praças em cujo centro estavam plantados

    vários tipos de flores. Algumas delas possuíam um pequeno lago

    feito de pedra artificial, com nenúfares5 flutuando.

    Outro fato que me chamou a atenção foi que várias vezes

    por dia, em horários predeterminados, todas as plantas eram

    regadas. Para tanto, existia ao lado dos canteiros um quadrado com

    pequenos furos, feito de cimento. Quando se abriam as torneiras, a

    água esguichava como se estivesse saindo de um chafariz e

    molhava o canteiro todo.

    Muito me surpreendi também com o avanço tecnológico. Oshomens podiam determinar o tempo de sol e de chuva. Inclusive em

    qual dia da semana, durante manhãs ou tardes, haveria chuva, ou

    até quando o tempo continuaria ensolarado. O mesmo se dava em

    relação ao vento. Assim, em determinadas ocasiões, sopraria na

     justa medida, nem forte, nem fraco; de vez em quando, contudo,

    seria necessário ventar forte para fotalecer a raiz das árvores.

     Aquilo que sempre foi entoado, através da oração, desdeantigamente, "a cada cinco dias venta, a cada dez, chove", numa

    harmonia e ordem perfeitas, agora, um século depois, estava

    vivenciando. Tudo isso, porém —  não tinha dúvida —, devia-se ao

    progresso da ciência, enraizado na parte espiritual e tendo em vista o

    bem da humanidade.

    Continuei percorrendo as ruas e algumas construções

    muito me atraíram. Pareciam caixas de vidro enormes, do tamanhode uma pequena residência. Dentro delas havia, plantados,

    pinheiros, ciprestes e tokiwagui (plantas das folhas perenes).Possuíam ar condicionado e mantinham a temperatura em dez

    graus mais ou menos. Durante os ensolarados dias de verão, as

    pessoas que andassem pela cidade encontrariam nelas um oásis

    para se refrescar.

    5 Planta aquática.

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    Essas instalações das quais acabei de lhes falar tinham sido

    construídas sob a orientação de experientes botânicos, escolhidos

    pelos governantes.

     As atividades de conservação e manutenção desses locais

    eram todas exercidas por pessoas jovens, mas sempre sob o

    comando dos especialistas.

     A seguir, fui a um local onde se encontravam as lojas, uma ao

    lado da outra. Andei devagar para sentir a ordem, o estilo, a beleza

    e a qualidade das construções. Foi extremamente agradável. Não

    existiam cores berrantes, nem pareciam caixas de fósforo, sematrativo algum. Janelas amplas permitiam claridade suficiente eiluminação suave. A decoração era feita com o máximo de beleza

    em pintura e escultura, de tal modo que as lojas maiores mais

    pareciam um museu de arte.

    Já se estava aproximando o fim do dia. Mesmo assim, não

    percebia a noite chegando porque, acima das nossas cabeças, de

    distância em distância, bem no alto, luziam lâmpadas de arcovoltaico6,  cuja luminosidade era surpreendentemente clara. Na

    realidade, parecia a luz do Sol refletindo todos os detalhes da

    coloração dos mais variados componentes de uma cidade.

    Leitores, gostaria de que vocês realmente vivenciassem a

    imagem dessa cidade fantástica descrita por mim. Centenas de

    flores, aromas em profusão, incontáveis frutos maduros, calma,

    tranqüilidade, nada de uma metrópole. Somente pessoas vivendo epasseando alegremente. As vitrines mais pareciam exposições de

    arte. As lojas, mesmo as grandes, só tinham um ou dois

    funcionários, porque as mercadorias traziam o preço à mostra. Quem

    se interessava, olhava, examinava, verificava as explicações.

    Gostando, bastava colocar, numa caixa existente na entrada, a

    etiqueta junto com o dinheiro. O embrulho era feito

    6 Lâmpada elétrica cuja intensa luminosidade é produzida por um arco que se forma quando

    a corrente passa pelo gás ionizado existente entre dois eletrodos. 

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    automaticamente por uma máquina, de acordo com o tamanho da

    mercadoria, e amarrado com um cordão. Muito fácil fazer compras

    assim!

     Após um dia de maratona, comecei a sentir fome. Fui a um

    restaurante. Não vi funcionário algum. Na entrada, num dos lados,

    apenas a comida exposta numa mesa. Cada iguaria com sua

    etiqueta de identificação. Ocupei uma mesa vaga. Era numerada

    e havia, num cantinho, uns botões identificados por A, B e C. Apertei

    um deles e logo apareceram, na minha frente, vários tipos de

    comida. Tinham vindo através de uma abertura do tamanho do

    prato, existente no centro da mesa. Não houve necessidade depedidos nem de explicações. Tudo muitíssimo simples e rápido

    proprocionando ao cliente enorme facilidade e uma sensação de

    grande bem-estar. Já tinha ouvindo falar da existência de algo

    semelhante no século XX7, mas não tão perfeito como agora.

    Para pedir as bedidas, usei o mesmo processo. As alcoólicas,

    porém, vieram limitadas.

    Quando quis fazer o pagamento do que havia gasto, apertei

    outro botão onde estava escrito "conta". Recebi então a nota com a

    despesa. Em seguida, coloquei o dinheiro, que foi imediatamente

    recolhido e, logo depois, enviado o recibo. “Como é simples! ”, pensei.

    Muito satisfeito e ainda dispondo de tempo, resolvi assistir a

    uma peça de teatro. Outro espanto. Um número surpreendente

    deles por toda a cidade. E o mais notável ainda: ingressosbaratíssimos. Fiquei, contudo, intrigado, querendo saber como

    essas casas de espetáculo conseguiam manter-se. O gerente de

    uma delas me informou que os teatros eram mantidos pelos

    milionários e visavam somente ao benefício social. Mesmo assim, só

    era aceito o número de espectadores que pudessem acomodar-se

    7 Self-service.

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    nas cadeiras existentes e assistir confortavelmente às

    apresentações.

    Quando entrei, estavam passando dois filmes lançados por

    uma companhia cinematográfica à qual estavam associados

    Estados Unidos e Japão. O americano versava sobre a vida dos

    imigrantes puritanos que foram para a América como

    colonizadores. Era um relato histórico partindo do início da

    colonização até a guerra da independência dos Estados Unidos. O

    filme japonês gerava em torno da luta de um cientista religioso que

    promovera uma revolução na medicina trazendo, como

    conseqüência, a cura de todas as doenças.

    Terminados os filmes, pude ainda assistir pela TV a

    algumas apresentações extras. Tratava-se de cenas de peças que

    estavam sendo apresentadas em outros teatros.

    Em seguida, já cansado, voltei para casa. Deitei-me e fiquei

    meditando sobre todas essas realidades com as quais eu havia

    entrado em contato. Cheguei à conclusão de que naquele momentoestava sendo concretizado o sonho da humanidade. Não era

    apenas uma utopia. Eu acabara de vivenciar emocionado tudo

    aquilo que os homens vinham imaginando por longos anos.

     A partir daí, minha curiosidade ficou mais aguçada. Desejei,

    então, conhecer todas as culturas desse Novo Tempo. Comecei a

    estudar com afinco.

    Você também, meu leitor, deve pensar da mesma forma que

    eu. Procure adquirir conhecimento a respeito de todas as

    manifestações da criação divina e do pensamento humano para a Era

    do Dia e, como eu, relate tudo o que aprender.

    No dia seguinte, um vizinho amigo me convidou para visitar

    um lugar bastante interessante, no centro de uma cidade. Era uma

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    construção enorme e luxuosa, dentro da qual havia teatros,

    restaurantes e divertimentos os mais variados possíveis.

    Pedindo mais detalhes sobre esse lugar tão especial, o

    amigo me disse tratar-se de um espaço público destinado à

    recreação do povo. Acrescentou também haver um ou dois iguais a

    este em cada cidade. Como se trata de uma instituição social, os

    associados reúnem-se uma vez por semana para tratar de

    assuntos gerais relativos aos benefícios dos cidadãos, bem como

    para elaborar novos planos visando à expansão da cidade, ou ao

    desenvolvimento de recursos higiênicos, ou ainda tendo em vista

    criar novas formas de diversão, além de outras realizações.

    Durante o passeio a esse logradouro público, o primeiro lugar

    que visitei foi o restaurante. Percebi, através do sabor dos alimentos

    e do aroma das bebidas, ser impossível estabelecer um termo de

    comparação entre estes e os de cem anos atrás.

     Ainda ouvi de meu amigo o seguinte: semanalmente os

    associados se reúnem num dia chamado "Dia da Felicidade", cujodeleite e alegria consistem em comida especial para a boca;

    música suave para os ouvidos; teatro e dança para os olhos. Sempre

    nessas datas as apresentações têm por objetivo mostrar a

    habilidade e a técnica que os jovens artistas da casa estão

    aprimorando. Todos eles se sentem muito honrados por se

    apresentarem nessas ocasiões. Também os profissionais fazem as

    suas representações junto com os novatos.

    Para que o trabalho artístico do "Dia da Felicidade" se

    concretize, os milionários arcam com as despesas, contribuindo assim

    para o bem da coletividade.

     Ainda mais: nesse novo mundo é surpreendente a atuação do

    turismo, tanto em parques nacionais quanto em regiões

    montanhosas, praias ou ihas. Visitantes do mundo inteiro asfreqüentam. Existe uma infra-estrutura altamente desenvolvida, com

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    meios de transporte adequados, o que facilita o acesso não só às

    montanhas como também a lugares isolados. Há bondes, trens,

    teleféricos luxuosíssimos e confortáveis, por um preço

    surpreendentemente barato, quase de graça. Todas essas

    oportunidades de lazer se devem à dedicação das elites que estão

    sempre procurando concorrer para o bem-estar geral da sociedade.

    Foram essas as explicações que ouvi do meu amigo durante o

    período em que estivemos juntos. Fiquei deveras muito emocionado.

    Comentários do tradutor: 

     Assim termina a profecia de Meishu Sama a respeito da nova

    forma de viver, cujo ponto inicial será o século XXI. Na verdade,

    constitui o prenúncio da criação da nova civilização, através da qual

    será estabelecido o Reino do Céu na Terra. Será, de fato, o tempo

    quando o ser humano expressará intensamente a sua essência divina

    que permaneceu adormecida durante a Era da Noite.

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    REINO DIVINO

    Mundo da Luz,Comunhão com Deus,

    Homem divino.

    Reino DivinoSeu altíssimo

    Trono deixando para trás, Deus MirokuDesceu trazendo a esse mundo a salvação

     Água e fogoLimarão agora a Terra inteira.Chegou o tempo da construção do

    Reino do Céu

    Com a presençaDa Luz Divina no plano material,

    Cultura e ensinamentos da noite findarão.

    Não existindoTrevas, o sofrimento desaparecerá.

    Interferências negativas perderão a força.

     AnsiosamenteEsperado há milhares de anos,

    Está chegando o iluminado Reino do Céu.

    Mesmo que ninguémTenha ainda visto, uma imagem

    Sutil do Mundo de Miroku começou a brotar.

    Meishu Sama

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    CAPÍTULO I - CONCEITUAÇÃO DE DEUS

    1 - Deus Supremo

    1.1 - Quem é?

    1.1.1 - Manifestação de Deus Supremo

    Deus Supremo é espírito do espírito. Não possui

    configuração formal alguma. Existem, entretanto, muitas

    manifestações d'Ele em forma corpórea.

    1.1.2 - Idéia correta de Deus

     As religiões ainda não conseguiram transmitir aos homens a

    idéia correta sobre Deus. Ninguém, até agora, O entendeu

    claramente e em profundidade; por isso, não sabe qual a maneira

    correta de vê-Lo ou louvá-Lo.

    Na verdade, religião alguma, desde os tempos mais antigos,foi capaz de estabelecer um ponto de vista, ou criar um conceitoverdadeiro para definir objetivamente a essência de Deus. Tudo

    permanece ainda num plano muito vago. Por outro lado, aquilo

    que a humanidade sempre considerou como o Supremo Senhor não

    passava de galhos, ou seja, era apenas o espírito divino secundário. O

    próprio pensamento humano a respeito de Deus estava bem longe

    da verdade total. Daí a razão de, ainda hoje, principalmente no

    Japão, serem cultuados como deuses o tengu, as raposas e osdragões. A rigor, entre cem templos existentes, em apenas dez

    deles se encontra o verdadeiro Deus. Nos demais, domina

    unicamente a linha dos jashin. São, portanto, locais com aparênciadivina, que julgam estar fazendo o bem, mas, de fato, praticam o

    mal.

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    1.1.3 - Espírito divino

    Mais tarde, pretendo escrever um artigo sobre a análise do

    espírito divino, assunto bastante polêmico, do qual ninguém ainda

    ousou falar, achando que, caso assim agisse, seria castigado.

    Entretanto, se esse ponto não for devidamente esclarecido, torna-se

    impossível entender em profundidade a essência da fé.

    De um modo geral, quando as pessoas se referem a Deus,

    demonstram ter d'Ele apenas idéias vagas. Julgam-No como uma

    divindade à qual temem ou devem render preito de gratidão, além

    de grande número delas continuar pensando não ser permitidotocar em assuntos que dizem respeito à essência divina. Na

    realidade, porém, nunca houve alguém capaz de entender

    verdadeiramente que Deus é o Princípio Criador em cujas mãos

    está a vida de todos os seres. Não tendo clara essa noção, torna-se

    impossível compreender a importância da força vital do ser

    humano, bem como todas as demais questões relativas às doenças,

    ou relacionadas ao processo existencial.

    Na verdade, até o momento, este ponto mais profundo foi

    mantido oculto, mas agora vai ser esclarecido por mim. Chegou a

    hora de a humanidade conhecer realmente a essência divina. Paraisso, Deus mostrou-me que, temendo-O, o ser humano estava

    agindo errado. Deveria, sim, ter medo de si mesmo, do mal

    praticado, pois nada existe de mais terrível que a índole humana;

    nunca se sabe quais malefícios podem advir de mentes

    conturbadas. O Criador, ao contrário, é a bondade suprema; jamaisvai agir fora da Lei. Ninguém precisa, portanto, ficar apavorado por

    causa d'Ele.

     A partir do conhecimento da verdadeira esteia divina, pode-

    se concluir então que a origem do mal está dentro do serhumano. Cada um deve, por isso, temer apenas a si mesmo. Ainda

    que faça uma análise profunda do espírito divino, nunca sofrerá

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    punição alguma. Quem se castiga, na verdade, é o próprio homem

    quando, ao cometer erros, desobedece à vontade de Deus.

    1.1.4 - Monoteísmo e politeísmo

    Considerando simplesmente o conceito de espírito divino,

    precisa também ser levada em conta a classificação em superior,

    médio e inferior, cada uma delas com funções específicas e mil

    diversidades. O Xintoísmo, por exemplo, diz que existem oito

    milhões de espíritos divinos.

     Até agora, contudo, só havia a idéia de Deus fundamentadaou no monoteísmo cristão, judaico e islâmico (estes três bemradicais), ou no politeísmo xintoísta e budista. A realidade, porém,

    consiste num Deus único dividido em milhares de outros. É, pois,

    tanto monoteísta quanto politeísta. Ninguém, contudo, conseguiu ir

    além dessas explicações.

     A conclusão à qual cheguei, após longos anos de pesquisa,

    mostra que aquele Deus reverenciado até hoje como Supremo eraapenas um espírito divino secundário. O verdadeiro e Altíssimo está

    sentado muito além das nuvens. A Ele a humanidade reza apenas

    de longe e O louva com diversos nomes, tais como: Jeová, Logus,

    Deus, Senhor do Céu Infinito, Aquele que aparecerá na Segunda

    Vinda de Cristo, o Messias, além de outras denominações.

    Nada, porém, está fora do Plano de Deus Supremo, cujo

    objetivo é criar na Terra o mundo da Verdade, do Bem e da Beleza.Para que esse ideal se concretizasse, contudo, foi preciso antes

    serem estabelecidas todas as condições necessárias a fim de

    tornar plenamente clara a essência divina. Daí a razão de o PaiEterno ter esperado durante tanto tempo pelo instante propício à

    manifestação do Seu verdadeiro espírito divino.

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     A partir de agora, cabe à humanidade procurar saber quem é

    Deus e conscientizar-se de Sua existência. Para tanto, precisa

    urgentemente realizar a revolução espiritual de si própria.

    2 - Messias

    2.1 - Quem é?

    2.1.1 - Messias, o espírito primordial

    O homem que nasce para cumprir missão como salvador

    tem sempre espírito primordial de Messias. Se fosse apenas amanifestação de um espírito protetor, não teria condições de realizar

    definidamente o trabalho de salvação da humanidade.

    2.1.2 - Permanência do espírito primordial

    Ministro —  Nos salmos, o Senhor fala que Cristo,Sakiyamuni, Messias e Kannon são Deuses que tomaram forma

    humana. Nesses casos, ou seja, quando Deus encarna, o Seuespírito nasce como o primordial da pessoa ou apenas a acompanha

    como protetor?

    Meishu Sama — Conforme já expliquei, nasce como espíritoprimordial, Deus vivo, diferente, portanto, de uma simples

    manifestação que, de vez em quando, acontece através de

    alguém, a qual é apenas temporária. Em se tratando então de um

    Messias, permanece continuamente. No momento, porém, em que anecessidade da sua presença física se extingue, Ele retorna ao seu

    lugar de origem.

    2.2 - Relação entre Kanzeon Bossatsu, Komyo Nyorai, Messias eMiroku

    Como está na oração Zenguen Sanji, Kanzeon Bossatsu,Komyo Nyorai, Messias e Miroku são o mesmo espírito

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    apresentado com nomes diferentes. A essência divina, portanto,

    não se altera; apenas amplia a sua área de atividade de acordo

    com a época em que se manifesta no mundo. Assim, Kannon,

    após aparecer, adquirir notoriedade e ficar bem em evidência

    devido à Sua ação como Deus misericordioso, transformou-Se em

    Komyo Nyorai. Finalmente, tendo conquistado entre os homens

    notável fama e honradez, torna a nascer como Miroku.

    Existem, portanto, várias maneiras pelas quais Deus Se

    manifesta no Mundo Material.

    2.3 - Relação entre Jeová (Pai do Céu) e Messias

    Messias é o nome de Deus depois de ter nascido como ser

    humano.

    Pai do Céu é Deus Supremo, o espírito do espírito.

    3 - Ushitora no Konjin Kunitokotachi no Mikoto

    3.1 - Quem é?

    3.1.1 - Origem de Kunitokotachi

    Na Sua essência, Ele é a personificação de

    Ookunitokotachi, o Deus Criador do Universo. Nasceu como ser

    humano, recebendo o nome de Kunitokotachi no Mikoto.

    3.1.2 - Deus justo

    No dia do Setsubum, comemorado em 03 de fevereiro,vários templos xintoístas e budistas jogam feijão torrado, dizendo

    que a fortuna fique dentro e o demônio fora. Essa cerimônia tem

    como objetivo evitar os infortúnios provocados pelos espíritos

    malignos. Entretanto, conforme já expliquei em outras ocasiões, talpensamento está incorreto. A entidade considerada demônio é,

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    de fato, uma grandiosa e importantíssima divindade chamada

    Ushitora no Konjin Kunitokotachi no Mikoto, a mesma citada no

    salmo de hoje (03/02/1952) só que de forma abreviada (Tokotachi

    no Kami). Existe ainda outra denominação: Ushitora no Kami.

    Todas elas se referem, contudo, ao mesmo Deus Justo — 

    Kunitokotachi no Mikoto.

    3.2 - Relação entre Kunitokotachi e Kannon

    Ministro — O Senhor já nos orientou a respeito da essênciade Kannon e Kunitokotachi. Gostaria, entretanto, de uma explicação

    mais profunda sobre essa relação.

    Meishu Sama  —  Kunitokotachi é extremamente justo ereto. Não permite, por isso, erro algum. Há muitos anos, nasceu

    como ser humano. Após a morte, tornou-Se Enma Daio, passando

    a ser, no Mundo Espiritual, o juiz dos mortos. Muito rigoroso, mas

    visando à salvação de todos os espíritos, eliminava-lhes as

    impurezas, tirando-os, dessa forma, do Inferno.

    Depois de algum tempo, nasceu no mundo físico como

    Kannon. A partir daí, passou a realizar o trabalho de salvação com

    infinita misericórdia. Sem nunca fazer distinção entre Bem e Mal,

     jamais censura os pecados de ninguém. É por essa razão

    inclusive que os seguidores de Kannon não devem criticar os erros

    dos outros. Caso o façam, estarão contrariando a vontade de

    Deus.

    Cada ser humano deve, por conseguinte, estar procurando

    melhorar sempre. Dessa forma, não haverá necessidade de

     julgamento nem trabalho para Kunitokotachi, que passará a viver

    como um Ministro da Justiça demitido por falta de atividade. Em

    outras palavras, poder-se-ia dizer que Sua ação seria semelhante à

    dos policiais, cujo trabalho tornar-se-ia desnecessário não havendo

    criminosos.

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    Da mesma forma, também os tratamentos médicos perderão

    seu objetivo quando não houver mais doenças. Daí o motivo de eu

    estar, constantemente, falando que o ideal verdadeiro consiste em

    lutar pela erradicação das causas das enfermidades, em vez de

    promover o progresso da medicina.

     Atualmente, porém, tudo está invertido. Materialista, a

    ciência médica convencional caminha na direção errada; não

    cumpre a sua missão celestial. Deveria, pois, pedir demissão. Fica,

    porém, difícil perceber o erro; mesmo que os profissionais da área o

    reconheçam, não vão conseguir afastar-se, devido aos problemas

    de sobrevivência.

    3.3 - A confinação

    No fim da Era do Dia anterior (fato ocorrido há três mil

    anos), chamada tempo divino, quem governava o mundo era a

    divindade Kunitokotachi no Mikoto. Muito rigoroso e justo, não

    permitia nada errado, de tal modo que as demais entidades não O

    suportavam. Resolveram, por isso, afastá-Lo do comando domundo, para assim poderem viver como elas gostariam. Chefiadas

    por Amawakahiko no Kami, revoltaram-se e O prenderam. Seu

    espírito ficou confinado na direção do Nordeste, onde foi morto,

    após ser torturado. Só teria direito de retornar ao mundo físico

    quando brotasse o feijão torrado. Como é um fenômeno impossível

    de acontecer, fica claro que a intenção de Amawakahiko era

    impedir para sempre a volta de Kunitokotachi.

     Após a rebelião, passou-se a falar do Céu de Jaku (Ama noJaku), nome popular de Amawakahiko no Kami, uma personalidadebastante arrogante, revoltada contra tudo que havia sido

    determinado por Kunitokotachi no Mikoto. Ao mesmo tempo, o povo

    passou a fugir da direção do Nordeste, por considerá-la o Kimon(portal do demônio).

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    Interessante notar também que os japoneses evitam mudar-

    se para o Nordeste, julgando encontrar má sorte nessa região. O que,

    na verdade, acontece é haver pessoas com muitas máculas, as

    quais, ao irem morar num lugar com vibração mais pura e elevada,

    sofrem purificações. Por não serem capazes de entender a ação de

    limpeza a que foram submetidas, julgam ter encontrado má sorte.

    Pela mesma razão, os japoneses evitam colocar a cabeceira da

    cama no lado do Nordeste. Eu, ao contrário, sempre durmo com a

    cabeça voltada para essa direção, pois daí vêm idéias brilhantes

    emanadas da Luz de Kunitokotachi no Mikoto.

    Portanto, para pessoas de bom coração, com objetivosnobres, nada acontece de errado caso mudem para o Nordeste.

    3.4 - Conclusão

     Após analisar conscientemente a importância da sábia ação

    de Kunitokotachi, orientando o comportamento e a vida na Terra,

    pode-se afirmar: quem realmente não estava agindo de acordo

    com a lógica divina era o ser humano. Tinha caído na armadilhade um deus especialista em ludibriar e inverter a verdade e a

    ordem natural dos fatos.

    3.5 - Enma Daio

    No período em que ficou impossibilitado de agir

    materialmente durante, mais ou menos, três mil anos,

    Kunitokotachi no Mikoto permaneceu no Plano Espiritual comoEnma Daio (grande juiz do Mundo Espiritual) julgando o Bem e o

    Mal, eliminando  as impurezas e os pecados dos que já haviammorrido, com o objetivo de promover a salvação de todos. Por ser

    extremamente justo e correto, sempre causou pavor a quem Dele se

    aproximava. Tanto que, conforme me dizem os espíritos em

    manifestações, se alguém mau olha para Ele sempre o vê com o

    semblante carregado, demonstrando braveza. Ao contrário, para os

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    bondosos, aparece sereno e complacente. Fato bastante

    significativo!

    Depois de quinhentos anos, Enma Daio voltou ao Mundo

    Material como Kannon, na época do Budismo. Veio para atenuar,

    através da misericórdia, o sofrimento da humanidade durante a Era

    da Noite.

    3.6 - A volta de Kunitokotachi como juiz dos vivos

    No Ofudesaki, livro psicografado da Oomoto, está escrito que

    Kunitokotachi no Mikoto vai aparecer no Mundo Material para julgaros vivos. Em outros textos, consta que até este momento protegeu

    a humanidade, permanecendo oculto, mas agora vai surgir diante

    dela, iniciando assim o julgamento no Mundo Físico.

     A partir de 1892, Kunitokotachi no Mikoto afastou-se do

    Reino Espiritual e já se encontra a um passo do Plano Material.

     Assim aconteceu nas três dimensões. Pouco a pouco, foi-se

    aproximando de cada uma delas até, enfim, estar prestes amanifestar-se diretamente na Terra para julgar os vivos. Hoje, 04de fevereiro de 1954, é, portanto, o dia do início do julgamentofinal. Terrível para quem tem máculas e pensamentos negativos;

    bom, maravilhoso, para as pessoas de coração verdadeiramente

    nobre e correto; excelente para aqueles que estão sendo

    perseguidos pelo Mal.

    No Ofudesakí, Kunitokotachi no Mikoto diz, com muitaclareza, que vai, desta vez, separar os bons e os maus. Eu

    também sempre estou falando sobre esses acontecimentos.

    Recentemente têm sido noticiados muitos casos de

    corrupção. Tais fatos estão mostrando, com nitidez, a

    aproximação do Juízo Final, bem como a manifestação da linha

    do fogo de Ushitora no Konjin Kunitokotachi no Mikoto. Comoirradia uma Luz intensa e forte, ilumina o mundo inteiro e, por isso,

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    todas as ações humanas até então praticadas às escondidas vêm à

    tona, começam a ser vistas com clareza. Também, pela mesma

    razão, a partir deste ano (1954), estarão mais aceleradas asdoenças; o mal causado pelas toxinas dos remédios fica cada vez

    mais evidente.

    3.7 - Primeira manifestação de Kunitokotachi

     Após Seu espírito ter ficado três mil anos impedido de agir

    no Plano Material (tempo esse chamado de mundo das trevas),

    Ushitora no Konjin Kunitokotachi no Mikoto manifestou-Se, em

    1892, através de Não Deguchi, fundadora da Oomoto, gritandoem altos brados que a flor de umê8, de repente, se abria nas três

    dimensões 9  do Universo, pois havia chegado o mundo de

    Ushitora no Konjin Kunitokotachi no Mikoto, o Deus justo do

    Nordeste. Aos gritos, continuava anunciando estar surgindo um

    Mundo Divino, exatamente no momento em que brotava a flor de

    umê, e seria governado pelo pinheiro 10 , simbolizando ambos

    (umê e pinheiro) o estabelecimento de uma vida estável, sem

    perturbações, após anos intermináveis de confusões eincertezas.

    Depois dessas primeiras revelações, Nao Deguchi foi

    levada pela polícia como louca, tendo ficado presa durante vinte

    ou trinta dias. Mesmo assim, teve início, dessa forma, a religião

    Oomoto.

    3.8 - O trabalho atual de Kunitokotachi

    Há pouco mais de dez anos 11 , Kunitokotachi no Mikoto

    entregou o governo do Mundo Espiritual a Ookuninushi no Mikoto e

    8  Ameixeira. Produz um fruto usado em conservas (umeboshi). 9 Três dimensões: Reino de Deus, Reino Espiritual e Mundo Material.10 Na realidade, dois símbolos muito significativos, pois a flor de umê sempre foi a primeiraa aparecer após um longo período de Inverno; o pinheiro, por sua vez, é uma árvore que

    não muda, permanecendo verde durante o ano todo. 11 Contados tendo por base o ano de 1950, data em que foi escrito este Ensinamento.

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    agora se está dedicando à salvação neste plano, o material.

    Especialmente a mim sempre dispensa particular proteção. Toda

    vez que necessito de algum esclarecimento, Ele me orienta com

    palavras bem singelas. Kunitokotachi no Mikoto possui um poder

    tão extraordinário a ponto de nenhum jashin conseguir vencê-Lo.Ele é, de fato, o Deus do Juízo Final. Dele também se origina o

    poder de Kannon.

    3.9 - Manifestação de Kunitokotachi através da Messiânica

     A Messiânica vai ser a instituição responsável pelo

    aparecimento, no Mundo Material, de Kunitokotachi no Mikoto.

    Durante os três mil anos da Era da Noite, Ushitora — O

    Deus Altíssimo — permaneceu num plano inferior. Aproveitando-se

    da situação, as divindades secundárias colocaram-se num lugar

    de destaque, passando de galho a tronco. Nessa posição,

    transformaram o mundo num estado infernal. Foi lamentável!

    Finalmente, porém, Kunitokotachi no Mikoto vai manifestar,através da Messiânica, o Seu insondável poder.

    3.10 - Kunitokotachi e a expansão da Messiânica

    Como já disse, a partir de agora, Ushitora no Konjin

    Kunitokotachi no Mikoto vai usar a Messiânica como meio para

    manifestar-Se no Mundo Físico. Entretanto, conforme está escrito

    no Ofudesaki, “debaixo do farol, há trevas". Tal referência indica, naverdade, que a Luz projetar-se-á antes nos países mais

    longínquos12, ou seja, estes é que vão compreender e aceitar em

    primeiro lugar o poder de Ushitora.

    12

      Após essa ocorrência, a Luz retornará ao seu ponto de origem, quer dizer, os japonesesvão acatar o poder de Ushitora no Kami somente no final.

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    Conforme as evidências, estamos a um passo do terror.

    Mesmo assim, a Messiânica vai expandir-se, pois a força

    bloqueadora da Luz está enfraquecendo dia a dia. Dessa forma,

    pessoas que nada entendiam dos Ensinamentos, embora fossem

    explicados dez, vinte vezes, poderão compreendê-los facilmente

    após cinco ou seis explanações. Nada, porém, deve causar

    espanto, porque as verdades relacionadas a Deus não aparecem

    de repente aos nossos olhos; avançam lentamente. A cada ano,

    vão ficando mais claras e surgindo com maior rapidez.

    Em síntese, a começar deste ano (1954), a Messiânica vai

    ser difundida mundialmente. Até aqui, esteve se preparando nocamarim para, agora, poder entrar no palco e começar a projetar-se

    no mundo como importante peça de teatro que vai enfocar os Três

    Reinos. Conforme já foi expresso no Ofudesaki, tudo realmente muitoverdadeiro. No primeiro ato, havia papel para os bons e tambémpara os vilões, estes representados pelas pessoas másinfiltradas que sempre atrapalharam as atividades de expansãoda Igreja, levando muitos membros a julgá-las apenas como

    malfeitoras e prejudiciais à Obra Divina. Na verdade, porém,desempenharam brilhantemente o seu papel. Se não fossem

    ruins, jamais poderiam realizar tão bem as maldades a que se

    propuseram. Gostaria, por isso, de agradecer sinceramente a

    todas elas.

    De agora em diante, entretanto, todos os anos, a partir de

    15 de junho, a luz do dia, ou seja, kasso (espírito do fogo) vai

    aumentar cada vez mais.

    De outra parte, em todo 04 de fevereiro, data na qual se

    comemora Ritsun (começo da primavera), ocorrerá umatransformação no palco do teatro divino, como se estivesse

    passando de um ato para outro. Significa, na verdade, que haverá

    grandes mudanças em conseqüência do desenrolar de novos

    acontecimentos que vão contribuir para a concretização do Reinodo Céu na Terra.

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    3.11 - Kunitokotachi, Kannon e Meishu Sama

    Ministro —  Gostaria de que o Senhor me explicasse arelação entre Kunitokotachi, Kannon e Meishu Sama.

    Meishu Sama — Na verdade, não existe. Os três são iguais.Dependendo do cenário, muda apenas o papel do executor, de um

    modo semelhante ao que acontece com os atores. Conforme a

    circunstância, podem representar o vilão, o bom, o homem, a

    mulher, ou qualquer outra personagem. É uma situação parecida

    com a que vivo hoje: sou criticado por médicos e farmacêuticos por

    não aceitar suas teorias e procedimentos no que diz respeito àcura das doenças. Então, do ponto de vista deles, sou um vilão e

    estou praticando um grande mal.

    3.12 - Sunao  

    Como já falei anteriormente, Ushitora no Konjin

    Kunitokotachi no Mikoto ficou confinado na direção do Nordeste,

    após uma revolta que atingiu a opinião pública geral na época,cujo chefe foi Amawakahiko no Kami. Essa divindade, o

    verdadeiro demônio do Céu, nada singelo, mas bastante

    prepotente, distorceu a verdade e imperou na mente e no coração

    de todos os seres humanos. Criou uma linha de pensamento

    invertida que dominou o mundo durante a Era da Noite. Daí a

    razão de, ao ser transmitida, ou aconselhada, alguma nova doutrina

    que não esteja de acordo com os preceitos vigentes, as pessoas a

    rejeitarem de imediato ou, em outros casos, julgarem-se capazesde entendê-la sem grandes explicações. De modo especial entre os

     japoneses, tal hábito tornou-se comum. Na verdade, é um indício de

    que a maioria segue inconscientemente a linha da inversão da

    verdade.

    No Ofudesaki há uma recomendação sobre a grande

    importância de se ter sunao (disponibilidade de aceitação, deobediência). É o que acontece com o povo americano. Quando eu

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    falo a jornalistas desse país sobre a finalidade da Messiânica e a

    construção do Tijyotengoku (Reino do Céu na Terra) em Hakone e Atami, ouvem tudo e concordam com as minhas idéias sem

    contestação. Pelo mesmo motivo, possuem também poucos