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Edição 633 14 | JAN | 2009 A safra dos vídeos 0010100111011011000101001110110110001010011101101100010100111011011000101001110 A próxima onda do Youtube é permitir a exibição de vídeos em alta resolução. O Google acredita que os usuários já estão cansados de assistir vídeos de má qualidade e a produção de conteúdo de qualidade será um dos prerequisitos de 2009. Na realidade, o Youtube espera construir uma resposta à altura para outros serviços que estão se posicionando como a próxima geração de publicadores de vídeo em HD. Um deles é o Vimeo que estimula o envio de vídeos em alta resolução pelos seus usuários e que também oferece uma série de serviços que ainda não estão à disposição de quem frequenta o Youtube. D ois fatos interdependentes servem para ilustrar os próximos passos da produção de conteúdo na in- ternet. O primeiro está relacionado ao crescimento em novembro passado da audiência nos Estados Unidos de vídeos online. O percentual foi de 34% em relação a ou- tubro e os serviços do Google representaram 40% do tráfego, o equivalente a 5,1 bilhões de visualizações. O Youtube, sozinho, ficou com 98% desse volume. Segundo a comScore, autora da pesquisa, foram 12,7 milhões de ví- deos assistidos pela internet. O segundo fato aponta para 2009. A consultoria Permission TV fez um estudo com várias empresas americanas sobre suas expec- tativas de investimento na internet até dezembro. Os vídeos ficaram na lideran- ça com 66,8% seguidos das mídias so- ciais. Quem está perdendo terreno nos orçamentos de comunicação do mundo corporativo são os emails que não con- seguem ser tão eficazes como nos primeiros anos da pu- blicidade online. Outra consultoria, a eMarketer, estima que os gastos na produção de vídeos online chegará a US$ 4,6 bilhões em 2013 contra os atuais US$ 587 mi- lhões gastos em 2008 nos EUA. Há uma razão para o crescimento do investimento. Em 2012 quatro em cada cinco usuários assistirá aos vídeos pela internet. A ra- zão é simples. Os vídeos online estão se transformando numa poderosa e eficiente peça de propaganda das em- presas que sabem como usá-los. Um dos exemplos mais representativos desse entendimento das novas mídias pelo mundo corporativo pertence à Blendtec, a fabrican- te de liquidificadores industriais que saiu do ostracismo graças aos vídeos publicados no Youtube. A série “Will It Blend?” se tornou uma febre de exibições na rede graças ao comportamento inusitado do seu apresentador. Tudo era triturado na máquina. De Ipods e tacos de golfe. Tom Dickson, o apresentador, ficou tão conhecido nos EUA ao ponto de participar de grandes programas de entrevistas nas grandes redes de TV. Do lado da BlendTec, os resultados foram extremamente positivos. Só os vídeos do canal da companhia no Youtube foram exibidos 3.004.309 de vezes e o número de assinantes desse conteúdo já superou 156 mil pesso- as. Do ponto vista comercial, a brincadeira da Blendtech rendeu bons dividendos. As vendas do seu produto que custa US$ 400 saltaram, incluindo o Brasil. E os vídeos do Youtube foram um grande instrumento para alavancar as vendas. O exemplo da Blendtec foi copiado ostensi- vamente por outras empresas que descobriram que os vídeos online podem ser um real instrumento de comu- nicação e de vendas. 000101001110110110001 Video 66,8% Mídias sociais 41,6% Search 34,1% Podcast / Webcast 32% Rich Media 30,5% A TRILHA DO INVESTIMENTO ONLINE

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Edição 63314|JAN|2009

A safra dos vídeos0 0 0 1 0 1 0 0 1 1 1 0 1 1 0 1 1 0 0 0 1 0 1 0 0 1 1 1 0 1 1 0 1 1 0 0 0 1 0 1 0 0 1 1 1 0 1 1 0 1 1 0 0 0 1 0 1 0 0 1 1 1 0 1 1 0 1 1 0 0 0 1 0 1 0 0 1 1 1 0 1 1 0 1 1 0 0 0

A próxima onda do Youtube é permitir a exibição de vídeos em alta resolução. O Google acredita que os usuários já estão cansados de assistir vídeos de má qualidade e a produção de conteúdo de qualidade será um dos prerequisitos de 2009. Na realidade, o Youtube espera construir uma resposta à altura para outros serviços que estão se posicionando como a próxima geração de publicadores de vídeo em HD. Um deles é o Vimeo que estimula o envio de vídeos em alta resolução pelos seus usuários e que também oferece uma série de serviços que ainda não estão à disposição de quem frequenta o Youtube.

Dois fatos interdependentes servem para ilustrar os próximos passos da produção de conteúdo na in-

ternet. O primeiro está relacionado ao crescimento em novembro passado da audiência nos Estados Unidos de vídeos online. O percentual foi de 34% em relação a ou-tubro e os serviços do Google representaram 40% do tráfego, o equivalente a 5,1 bilhões de visualizações. O Youtube, sozinho, ficou com 98% desse volume. Segundo a comScore, autora da pesquisa, foram 12,7 milhões de ví-deos assistidos pela internet. O segundo fato aponta para 2009. A consultoria Permission TV fez um estudo com várias empresas americanas sobre suas expec-tativas de investimento na internet até dezembro. Os vídeos ficaram na lideran-ça com 66,8% seguidos das mídias so-ciais. Quem está perdendo terreno nos orçamentos de comunicação do mundo corporativo são os emails que não con-seguem ser tão eficazes como nos primeiros anos da pu-blicidade online. Outra consultoria, a eMarketer, estima que os gastos na produção de vídeos online chegará a US$ 4,6 bilhões em 2013 contra os atuais US$ 587 mi-lhões gastos em 2008 nos EUA. Há uma razão para o crescimento do investimento. Em 2012 quatro em cada cinco usuários assistirá aos vídeos pela internet. A ra-zão é simples. Os vídeos online estão se transformando

numa poderosa e eficiente peça de propaganda das em-presas que sabem como usá-los. Um dos exemplos mais representativos desse entendimento das novas mídias pelo mundo corporativo pertence à Blendtec, a fabrican-te de liquidificadores industriais que saiu do ostracismo graças aos vídeos publicados no Youtube. A série “Will It Blend?” se tornou uma febre de exibições na rede graças

ao comportamento inusitado do seu apresentador. Tudo era triturado na máquina. De Ipods e tacos de golfe. Tom Dickson, o apresentador, ficou tão conhecido nos EUA ao ponto de participar de grandes programas de entrevistas nas grandes redes de TV. Do lado da BlendTec, os resultados foram extremamente positivos. Só os vídeos do canal da companhia no Youtube foram exibidos 3.004.309 de vezes e o número de assinantes desse conteúdo já superou 156 mil pesso-

as. Do ponto vista comercial, a brincadeira da Blendtech rendeu bons dividendos. As vendas do seu produto que custa US$ 400 saltaram, incluindo o Brasil. E os vídeos do Youtube foram um grande instrumento para alavancar as vendas. O exemplo da Blendtec foi copiado ostensi-vamente por outras empresas que descobriram que os vídeos online podem ser um real instrumento de comu-nicação e de vendas.

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