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Analise de SLIT 1
Processamento Digital de Sinais
Notas de Aula
Analise de SLIT
Ricardo Tokio Higuti
Departamento de Engenharia Eletrica - FEIS - Unesp
Observacao: Estas notas de aula estao baseadas no livro: “Discrete-Time Signal Processing”,
A.V. Oppenheim and R.W. Schafer, Prentice Hall, 1989/1999.
Analise de SLIT 2
Analise de SLIT
• Uso da DTFT e da TZ na analise de SLIT
SLIT: relacao entre entrada e saıda.
• Resposta impulsiva h[n]
y[n] = x[n] ∗ h[n]
• Resposta em frequencia H(ejω)
Y (ejω) = X(ejω) ·H(ejω)
• Funcao de transferencia (ou de sistema) H(z)
Y (z) = X(z) ·H(z)
• O efeito do sistema e causar mudancas no sinal de entrada (magnitude,
fase, polos, zeros)
– Filtragem
– Distorcao
Analise de SLIT 3
Funcao de Transferencia
Para SLITs representados por equacoes de diferencas, pode-se ter a solucao
usando a TZ:
NX
k=0
aky[n− k] =MX
k=0
bkx[n− k]
Usando as propriedades da TZ, fica-se com:
NX
k=0
akz−kY (z) =
MX
k=0
bkz−kX(z)
Como Y (z) = X(z)H(z),
H(z) =Y (z)
X(z)=
MX
k=0
bkz−k
NX
k=0
akz−k
A partir da funcao de transferencia H(z) pode-se calcular a sua TZinversa, obtendo-se a resposta impulsiva, ou calcular a TZ inversa de Y (z),
obtendo-se a saıda.Os polos e zeros tem uma grande importancia na analise e sıntese de
SLIT.Equacao de diferencas
mFuncao de transferencia
mResposta impulsiva
Analise de SLIT 4
Estabilidade e Causalidade
Das analises de regiao de convergencia relacionadas com os tipos de sequencias,
pode-se dizer, ao analisar a resposta impulsiva e a funcao de transferenciade um sistema:
• Um sistema causal deve ter h[n] = 0 para n < 0, portanto deve ser
uma sequencia unilateral a direita. Assim, sua RC deve ser externaao polo de maior magnitude de H(z).
• Em um sistema estavel, deve-se terP
n |h[n]| < ∞. Essa condicao eequivalente a ter:
∞X
n=−∞|h[n]z−n| < ∞
calculado em z = 1 (CRU). Isso equivale a dizer que a condicao de
estabilidade e a mesma que implica ter a CRU dentro da regiao deconvergencia, ou seja, se a CRU estiver dentro da RC de H(z), o
sistema e estavel.
• Com as duas consideracoes anteriores, conclui-se que, para um sistema
ser causal E estavel, todos os polos devem estar no interior da CRU(magnitude menor que 1).
• No entanto, um sistema instavel e nao-causal tambem pode ter todos
os polos no interior da CRU.
Analise de SLIT 5
Estabilidade e Causalidade - Exemplo
Considere um SLIT causal representado pela equacao de diferencas:
y[n]−5
2y[n− 1] + y[n− 2] = x[n]
Calculando-se a TZ, fica-se com a seguinte funcao de transferencia:
H(z) =1
1− 52z
−1 + z−2=
1
(1− 12z
−1)(1− 2z−1)
Logo, tem-se:
• Polos em z = 1/2 e z = 2.
• Zeros em z = 0 (duplo)
Como informa-se que o sistema e causal, a RC deve ser |z| > 2.
Neste caso, o sistema e causal e instavel, pois a CRU nao faz parte daRC. Calculando-se a TZ inversa por expansao em fracoes parciais, fica-secom:
h[n] = −1
3
1
2
!n
u[n] +4
32nu[n]
1 21/2x x Re
Im
z
Analise de SLIT 6
Estabilidade e Causalidade - Exemplo
Caso o enunciado informasse que o sistema e estavel, a CRU deve fazer
parte da RC, e portanto a regiao de convergencia deveria ser:
RC: 1/2 < |z| < 2
.
1 21/2x x Re
Im
Neste caso, o sistema e estavel, mas nao-causal, pois como a RC e
um disco, a sequencia e bilateral. Calculando a TZ inversa:
h[n] = −1
3
1
2
!n
u[n]−4
32nu[−n− 1]
A outra opcao possıvel de RC seria: |z| < 1/2. Neste caso, o sistemaseria nao-causal e instavel.
h[n] =1
3
1
2
!n
u[−n− 1]−4
32nu[−n− 1]
1 21/2x x Re
Im
Analise de SLIT 7
Resposta em Frequencia
Y (ejω) = X(ejω) ·H(ejω)
• Magnitude:
|Y (ejω)| = |X(ejω)| · |H(ejω)|
A magnitude da resposta em frequencia, tambem chamada de ganho,
pode ser expressa em decibeis [dB]:
GdB = 20 log10 |H(ejω)|
A atenuacao e o inverso do ganho. Em dB, fica-se com AdB = −GdB =−20 log10 |H(ejω)|
• Fase:
arg[Y (ejω)] = 6 Y (ejω) = 6 X(ejω) + 6 H(ejω)
Em geral, a fase e dada em radianos, entre π e −π. Neste caso, arepresentacao usada sera ARG[.]
• Atraso de grupo (group delay):
grd[H(ejω)] = −d
dω[ 6 H(ejω)]
Analise de SLIT 8
Fase
τ(ω) = arg{ . } = ARG{ . }+ πr(ω)
Analise de SLIT 9
Efeito da Fase
Seja um sistema que ocasiona apenas um atraso no sinal de entrada:
y[n] = x[n− nd] −→ h[n] = δ[n− nd]
A resposta em freq. e: H(ejω) = e−jωnd
Neste caso, a magnitude e constante para todas as freq. e a fase e:
6 H(ejω) = −ωnd
Ou seja, um sistema com fase linear e magnitude constante em freq.
ocasiona apenas um atraso no sinal de entrada, no domınio do tempo.
O atraso de grupo, neste caso, e constante, igual ao atraso:
grd[H(ejω)] = −d
dω[ 6 H(ejω)] = nd
Analise de SLIT 10
Efeito da Fase - Exemplo
Considere os seguintes sistemas:
ω
ω
ω
ω
ω
ω
ω
ω
x[n]
x[n]
x[n]
x[n]
|H(ejω)|
|H(ejω)|
|H(ejω)|
|H(ejω)|
6 H(ejω)
6 H(ejω)
6 H(ejω)
6 H(ejω)
y1[n]
y2[n]
y3[n]
y4[n]
Analise de SLIT 11
Efeito da Fase - Exemplo
Sendo o sinal de entrada x[n] = cos(ω1n)+0.5 cos(3ω1n), ω1 = π/6, tem-se
as saıdas:
0 5 10 15 20 25 30−2
0
2x[n
]
0 5 10 15 20 25 30−2
0
2
y1[n
]
0 5 10 15 20 25 30−2
0
2
n
y2[n
]
0 5 10 15 20 25 30−2
0
2
x[n
]
0 5 10 15 20 25 30−2
0
2
y3[n
]
0 5 10 15 20 25 30−1
0
1
n
y4[n
]
Analise de SLIT 12
Resposta em Frequencia
Para um sistema representado por:
H(z) =
b0MY
k=1
(1− ckz−1)
a0NY
k=1
(1− dkz−1)
a resposta em frequencia e:
H(ejω) =
b0MY
k=1
(1− cke−jω)
a0NY
k=1
(1− dke−jω)
O ganho em dB e a fase em radianos sao:
20 log10 |H(ejω)| = 20 log10
�
�
�
�
�
b0a0
�
�
�
�
�
+MX
k=1
20 log10 |1− cke−jω|
−NX
k=1
20 log10 |1− dke−jω|
6 H(ejω) = 6
"
b0a0
#
+MX
k=1
6 [1− cke−jω]
−NX
k=1
6 [1− dke−jω]
Analise de SLIT 13
Resposta em Frequencia de um Polo/Zero
Seja uma funcao de transferencia representada por um zero em z0 = rejθ:
H(z) = (1− rejθz−1) =z − rejθ
z, |z| > 0
No plano z, os numeros complexos podem ser representados por vetores.
Para determinar a resposta em frequencia, pode-se fazer z = ejω, e analisa-se:
H(ejω) =ejω − rejθ
ejω
Re1
Im
xω
θ
φ3
v1
v2
v3
A magnitude e dada por:�
�
�
�
�
�
ejω − rejθ
ejω
�
�
�
�
�
�
=|v1 − v2|
|v1|=
|v3|
|v1|= |v3|
E a fase:
6 (1− rejθz−1) = 6 v3 − 6 v1 = φ3 − ω
Analise de SLIT 14
Resposta em Frequencia
Levantando-se as respostas em frequencia de magnitude, de fase e de atraso
de grupo, fica-se com as seguintes curvas (magnitude, fase, atraso de grupo)para os zeros (z0 = rejθ) em:
• z0 = 0.7ej0 (linha cheia, preta)
• z0 = 0.8ejπ/4 (linha pontilhada, azul)
• z0 = 0.9ej3π/4 (linha tracejada, vermelha)
0 0.2 0.4 0.6 0.8 1 1.2 1.4 1.6 1.8 2
−20
−10
0
10
dB
0 0.2 0.4 0.6 0.8 1 1.2 1.4 1.6 1.8 2
−1
0
1
rad
0 0.2 0.4 0.6 0.8 1 1.2 1.4 1.6 1.8 2−10
−5
0
am
ostr
as
ω/π
Nota-se que:
• A medida que se aumenta a magnitude de z0, que e o valor r, aproximando-
se da CRU, ha um pico mais negativo (em dB).
• O pico negativo se da no angulo de z0, que e θ.
• A fase tem uma variacao rapida nas proximidades de θ, e fica maisrapida a medida que r se aproxima de 1.
Analise de SLIT 15
Resposta em Frequencia
No caso de dois zeros complexo conjugados, a funcao de transferencia e:
H(z) = (1− z0z−1)(1− z∗0z
−1)
Para z0 = 0.7ejπ
4 as curvas ficam:
• Em azul tracejado: zero em 0.7ejπ
4
• Em vermelho tracejado: zero em 0.7e−j π
4
• Em preto linha cheia: resposta completa
0 0.5 1 1.5 2
-10
0
10
0 0.5 1 1.5 2-0.5
0
0.5
0 0.5 1 1.5 2
-4
-2
0
2
ω/π
amostras
πrad
dB
Analise de SLIT 16
Resposta em Frequencia
As curvas para polos simples ficam (usando os mesmos parametros):
H(z) =1
1− rejθz−1=
z
z − rejθ
0 0.2 0.4 0.6 0.8 1 1.2 1.4 1.6 1.8 2−10
0
10
20
dB
0 0.2 0.4 0.6 0.8 1 1.2 1.4 1.6 1.8 2
−1
0
1
rad
0 0.2 0.4 0.6 0.8 1 1.2 1.4 1.6 1.8 2
0
5
10
am
ostr
as
ω/π
Analise de SLIT 17
Sistemas Inversos
Seja um SLIT com funcao de transferenciaH(z). O correspondente sistema
inverso tem funcao Hi(z) tal que:
G(z) = H(z)Hi(z) = 1 ou Hi(z) =1
H(z)
No domınio do tempo:
g[n] = h[n] ∗ hi[n] = δ[n]
Se
H(z) =
b0MY
k=1
(1− ckz−1)
a0NY
k=1
(1− dkz−1)
Entao o sistema inverso sera:
Hi(z) =
a0NY
k=1
(1− dkz−1)
b0MY
k=1
(1− ckz−1)
ou seja, os polos e zeros trocam de papel. Como ficam a causalidade e aestabilidade?
• Para que o sistema inverso possa ser implementado, as RCs de H(z)e Hi(z) devem ter uma interseccao nao-nula.
• Se H(z) e causal, sua RC e: |z| > maxk{|dk|}
• Para Hi(z) ser causal, deve-se ter: |z| > maxk{|ck|}
• Uma condicao que garante que H(z) e Hi(z) sejam ambos causais e
estaveis, com RCs que se sobreponham, e:
maxk{|dk|} < 1 e maxk{|ck|} < 1
ou seja, todos os polos e zeros de H(z) devem estar no interior daCRU.
Analise de SLIT 18
Sistemas Passa-Tudo
Seja um sistema estavel com:
Hap(z) =z−1 − a∗
1− az−1= z−1 1− a∗z
1− az−1= −a∗
1− (1/a∗)z−1
1− az−1
Este sistema tem resposta em freq. de magnitude igual a 1:
Hap(ejω) = e−jω 1− a∗ejω
1− ae−jω
e tem o nome de sistema passa-tudo. Aplicacoes:
• Compensacao de fase (reduzir distorcao)
• Transformacao de filtros
Num caso geral, com polos reais em dk e polos complexo conjugados em
ek, a expressao fica:
Hap(z) =MrY
k=1
z−1 − dk1− dkz−1
McY
k=1
(z−1 − e∗k)(z−1 − ek)
(1− ekz−1)(1− e∗kz−1)
Considerando o sistema estavel:
• |dk| < 1 e |ek| < 1
• Cada polo apresenta um zero correspondente (conjugado recıproco)em z = 1/dk, z = 1/ek e z = 1/e∗k
1 21/2x
x
x
Re
Imz
Algumas propriedades:
• O atraso de grupo e sempre positivo para 0 ≤ ω ≤ π
• A fase contınua e sempre negativa para 0 ≤ ω ≤ π
Analise de SLIT 19
Sistemas Passa-Tudo
Considerando dois sistemas passa-tudo de segunda ordem, como polos lo-
calizados em:
• z = 0.4e±j4π/3
• z = 0.5e±jπ/3
Fica-se com os seguintes graficos de fase e atraso de grupo.
0 0.1 0.2 0.3 0.4 0.5 0.6 0.7 0.8 0.9 1−8
−6
−4
−2
0Fase
rad
0 0.1 0.2 0.3 0.4 0.5 0.6 0.7 0.8 0.9 10.5
1
1.5
2
2.5
3
3.5atraso de grupo
am
ostr
as
ω/π
z = 0.4e±j4π/3
z = 0.5e±jπ/3
Analise de SLIT 20
Sistemas de Fase Mınima
• Um sistema causal e estavel deve ter todos os polos no interior da
CRU
• Nao ha restricoes quanto aos zeros - pode haver diferentes H(z) commesma resposta em freq. de magnitude
• Pode ser util tambem restringir os zeros. Considerando que o sistemainverso tambem seja estavel, os zeros tambem devem estar no interior
da CRU - sao os sistemas de fase mınima.
Qualquer sistema H(z) racional pode ser escrito como a multiplicacao
de um sistema de fase mınima e um sistema passa-tudo:
H(z) = Hmin(z) ·Hap(z)
Supondo que H(z) tenha um zero fora da CRU, em z0 = 1/c∗, com|c| < 1, e os demais zeros e polos no interior da CRU, pode-se escrever:
H(z) = H1(z)(z−1 − c∗) = H1(z)(1− cz−1)
z−1 − c∗
1− cz−1
Na qual H1(z) e de fase mınima. Nota-se que H1(z)(1 − cz−1) ainda ede fase mınima pois |c| < 1, e tem-se um sistema passa-tudo estavel (polo
em z = c).
1 1x x
x xx
x xx
Re Re
Im Imz z
H(z) H(z) = Hmin(z) ·Hap(z)
Analise de SLIT 21
Compensacao da Resposta em Frequencia
Considere a distorcao causada por um canal de comunicacoes, representada
por Hd(z):
Sistema�comdistorção
Sistemacompensador
G(z)
Hd(z) Hc(z)
s[n] sd[n] sc[n]
Para eliminar a distorcao, e necessario que exista o sistema inverso. Se
Hd(z) e causal e estavel, e necessario que seja de fase mınima para que oseu sistema inverso seja causal e estavel.
Se Hd(z) for aproximado por um sistema racional:
Hd(z) = Hdmin(z)Hap(z)
e for escolhido o sistema inverso de compensacao como:
Hc(z) =1
Hdmin(z)
A resposta geral fica:
G(z) = Hd(z)Hc(z) = Hap(z)
ou seja, a resposta de magnitude sera igual a 1, enquanto que a fase sera
dada pelo sistema passa-tudo.
Analise de SLIT 22
Compensacao da Resposta em Frequencia - Exemplo
Considere o seguinte sistema com polos (dk) e zeros (ck) dados por:
• d1,2 = 0.7e±j3π/20
• d3,4 = 0.8e±jπ/4
• c1,2 = 0.9e±jπ/3
• c3,4 = 1.2e±j2π/3
O diagrama de polos e zeros do sistema e:
-1 -0.5 0 0.5 1
-1
-0.8
-0.6
-0.4
-0.2
0
0.2
0.4
0.6
0.8
1
Real�Part
Imagin
ary
Part d1
d2
d3
d4
c1
c2
c3
c4
Deseja-se fazer a compensacao da resposta de magnitude do sistema.Nota-se que, como ha um par de zeros fora da CRU, a inversa 1/H(z)
sera instavel. Portanto, deve-se separar H(z) em dois termos, e inverter otermo de fase mınima.
Analise de SLIT 23
Compensacao da Resposta em Frequencia - Exemplo
(cont.)
O sistema pode ser escrito como: H(z) = Hmin(z) ·Hap(z).
• Sistema de fase mınima:
– Polos: d1, d2, d3, d4
– Zeros: c1, c2, 1/c∗3, 1/c
∗4
• Sistema passa-tudo:
– Polos: 1/c∗3, 1/c∗4
– Zeros: c3, c4
O diagrama de polos e zeros fica (preto - Hmin(z), vermelho - Hap(z))
-1 -0.5 0 0.5 1
-1
-0.8
-0.6
-0.4
-0.2
0
0.2
0.4
0.6
0.8
1
Real�Part
Imagin
ary
Part d1
d2
d3
d4
c1
c2
c3
c4
1/c∗3
1/c∗4
Hmin(z) = |c3||c4|(1− c1z
−1)(1− c2z−1)(1− 1
c∗3
z−1)(1− 1c∗4
z−1)
(1− d1z−1)(1− d2z−1)(1− d3z−1)(1− d4z−1)
Hap(z) =1
|c3||c4|
(1− c3z−1)(1− c4z
−1)
(1− 1c∗3
z−1)(1− 1c∗4
z−1)
A RC das duas funcoes e |z| > |1/c∗3| = 0.83, e portanto tem-se sistemascausais e estaveis.
Analise de SLIT 24
Compensacao da Resposta em Frequencia - Exemplo
(cont.)
A seguir, tem-se as respostas de H(ejω) (linha cheia), Hmin(ejω) (linha
pontilhada) e Hc(ejω) = 1/Hmin(e
jω) (linha tracejada).
0 0.1 0.2 0.3 0.4 0.5 0.6 0.7 0.8 0.9 1
−20
0
20
dB
H (−), Hmin (...), Hc (−−−)
0 0.1 0.2 0.3 0.4 0.5 0.6 0.7 0.8 0.9 1
−5
0
5
rad
0 0.1 0.2 0.3 0.4 0.5 0.6 0.7 0.8 0.9 1−10
0
10
am
ostr
as
ω/π
Na figura seguinte, se mostra a resposta passa-tudo, Hap(ejω) (linha
tracejada), que e igual a resposta do sistema apos a compensacao.
0 0.1 0.2 0.3 0.4 0.5 0.6 0.7 0.8 0.9 1−20
0
20
dB
H (−), Hmin (...), Hap (−−−)
0 0.1 0.2 0.3 0.4 0.5 0.6 0.7 0.8 0.9 1
−6
−4
−2
0
rad
0 0.1 0.2 0.3 0.4 0.5 0.6 0.7 0.8 0.9 1
−5
0
5
10
am
ostr
as
ω/π
Analise de SLIT 25
Sistemas com Fase Linear Generalizada
Num sistema que nao introduz distorcao de fase, a fase e linear. Um filtro
passa-baixas ideal com fase linear e freq. de corte ωc tem expressao:
Hlp(ejω) =
e−jωα, |ω| ≤ ωc
0, ωc < ω ≤ π
A resposta impulsiva e:
hlp[n] =sinωc(n− α)
π(n− α), −∞ < n < ∞
n
α = 5
α = 4.5
α = 4.3
Analise de SLIT 26
Sistemas com Fase Linear Generalizada
Um sistema com fase linear generalizada pode ser escrito da seguinte forma:
H(ejω) = A(ejω)e−jαω+jβ
em que A(ejω) e uma funcao real de ω, α e β sao constantes reais.
O termo A(ejω), quando se tornar negativo, pode introduzir descon-tinuidades na fase de H(ejω), mas desconsiderando este efeito, a fase do
sistema pode ser considerada linear, com atraso de grupo constante:
τ(ω) = grd[H(ejω)] = −d
dω[β − αω] = α
Como visto nos exemplos anteriores, uma condicao suficiente para queum sistema tenha fase linear e que exista uma simetria em torno de um
ponto α:
• h[2α− n] = h[n]
• h[2α− n] = −h[n]
No entanto, essa condicao nao e necessaria, ja que mostrou-se que umh[n] sem simetria tambem pode ser a resposta impulsiva de um sistema
com fase linear.
Analise de SLIT 27
Sistemas FIR com Fase Linear
Uma classe de sistemas bastante util e aquela onde a resposta impulsiva
tem duracao finita (FIR - Finite Impulse Response), com fase linear.Seja um sistema FIR com comprimento N = M + 1, e os casos:
• FIR tipo I:
– Resposta simetrica: h[n] = h[M − n], para 0 ≤ n ≤ M = N − 1
– M par
• FIR tipo II:
– Resposta simetrica: h[n] = h[M − n], para 0 ≤ n ≤ M = N − 1
– M ımpar
• FIR tipo III:
– Resposta anti-simetrica: h[n] = −h[M − n], para 0 ≤ n ≤ M =N − 1
– M par
• FIR tipo IV:
– Resposta anti-simetrica: h[n] = −h[M − n], para 0 ≤ n ≤ M =N − 1
– M ımpar
Analise de SLIT 28
Sistemas FIR com Fase Linear
Tipo I: h[n] = {1, 1, 1, 1, 1}, 0 ≤ n ≤ M = 4
Neste caso:
H(ejω) =sin(5ω/2)
sin(ω/2)e−jω2
−1 0 1 2 3 4 5 6 70
0.5
1
0 0.2 0.4 0.6 0.8 1 1.2 1.4 1.6 1.8 20
2
4
6
0 0.2 0.4 0.6 0.8 1 1.2 1.4 1.6 1.8 2−4
−2
0
2
4
ω/π
h[n]
|H(ejω)|
6 H(ejω)
-1 -0.5 0 0.5 1
Real Part
-1
-0.5
0
0.5
1
Ima
gin
ary
Pa
rt
4
Analise de SLIT 29
Sistemas FIR com Fase Linear
Tipo II: h[n] = {1, 1, 1, 1, 1, 1}, 0 ≤ n ≤ M = 5
Neste caso:
H(ejω) =sin(3ω)
sin(ω/2)e−j5ω/2
−1 0 1 2 3 4 5 6 70
0.5
1
0 0.2 0.4 0.6 0.8 1 1.2 1.4 1.6 1.8 20
2
4
6
0 0.2 0.4 0.6 0.8 1 1.2 1.4 1.6 1.8 2−4
−2
0
2
4
ω/π
h[n]
|H(ejω)|
6 H(ejω)
-1 -0.5 0 0.5 1
Real Part
-1
-0.5
0
0.5
1
Ima
gin
ary
Pa
rt
5
Analise de SLIT 30
Sistemas FIR com Fase Linear
Tipo III: h[n] = {−1, 0, 1}, 0 ≤ n ≤ M = 2
Neste caso:
H(ejω) = 2 sin(ω)e−jω+jπ/2
−1 0 1 2 3 4 5 6 7−1
0
1
0 0.2 0.4 0.6 0.8 1 1.2 1.4 1.6 1.8 20
1
2
0 0.2 0.4 0.6 0.8 1 1.2 1.4 1.6 1.8 2−2
0
2
ω/π
h[n]
|H(ejω)|
6 H(ejω)
-1 -0.5 0 0.5 1
Real Part
-1
-0.5
0
0.5
1
Ima
gin
ary
Pa
rt
2
Analise de SLIT 31
Sistemas FIR com Fase Linear
Tipo IV: h[n] = {−1, 1}, 0 ≤ n ≤ M = 1
Neste caso:
H(ejω) = 2 sin(ω/2)e−jω/2+jπ/2
−1 0 1 2 3 4 5 6 7−1
0
1
0 0.2 0.4 0.6 0.8 1 1.2 1.4 1.6 1.8 20
1
2
0 0.2 0.4 0.6 0.8 1 1.2 1.4 1.6 1.8 2−2
0
2
ω/π
h[n]
|H(ejω)|
6 H(ejω)
-1 -0.5 0 0.5 1
Real Part
-1
-0.5
0
0.5
1
Ima
gin
ary
Pa
rt
Analise de SLIT 32
Localizacao dos Zeros - FIR Linear
Os zeros de um sistema podem restringir o uso do sistema em certas
aplicacoes (filtros, diferenciadores). No caso dos filtros FIR com fase linear,ha algumas particularidades que devem ser consideradas.
H(z) =MX
n=0
h[n]z−n
Tipos I e II
H(z) =MX
n=0
h[M − n]z−n =MX
k=0
h[k]zkz−M = z−MH(z−1) (A)
Se h[n] e real:
H∗(z) =MX
n=0
h[n](z∗)−n = H(z∗) (B)
• De (A), se z0 e um zero de H(z), entao z−10 tambem e zero de H(z).
• De (B), se h[n] e real e z0 e um zero de H(z), entao z∗0 tambem e zero
de H(z).
Portanto, se z0 = rejθ e um zero de H(z), entao ha zeros em:
z0 = rejθ, z−10 = r−1e−jθ, z∗0 = re−jθ, (z∗0)
−1 = r−1ejθ
Tomando-se z = −1 (ω = π), e usando (A):
H(−1) = (−1)−MH(−1)
• M par (tipo I): H(−1) = H(−1)
• M ımpar (tipo II): H(−1) = −H(−1) ⇔ H(−1) = 0, portantonecessariamente deve haver um zero em z = −1 num FIR tipo II.
Analise de SLIT 33
Localizacao dos Zeros - FIR Linear
Tipos III e IV
H(z) =MX
n=0
−h[M − n]z−n = −MX
k=0
h[k]zkz−M = −z−MH(z−1) (C)
Se h[n] e real:
H∗(z) =MX
n=0
h[n](z∗)−n = H(z∗) (D)
Portanto, tem-se as mesmas observacoes em relacao a localizacao doszeros.
Tomando-se z = 1 (ω = 0) e usando (C):
H(1) = −(1)−MH(1)
ou seja, z = 1 deve ser um zero para FIR tipos III e IV.Tomando-se z = −1 (ω = π):
H(−1) = −(−1)−MH(−1)
• M par (tipo III): H(−1) = −H(−1) ⇔ H(−1) = 0, portantoz = −1 deve ser um zero para FIR tipo III.
• M ımpar (tipo IV): H(−1) = H(−1).
Analise de SLIT 34
Localizacao dos Zeros - FIR Linear
Resumindo:
(a) FIR tipo I: nenhuma restricao em relacao aos zeros.
(b) FIR tipo II: zero em z = −1 ou ω = π, portanto nao serve para filtropassa-altas, por exemplo.
(c) FIR tipo III: zeros em z = 1 e z = −1, ou ω = 0 e ω = π, portantonao serve para filtro passa-baixas e passa-altas.
(d) FIR tipo IV: zero em z = 1 ou ω = 0, portanto nao serve para filtropassa-baixas.
Analise de SLIT 35
Exercıcio
Em algumas situacoes, nao e necessario processar o sinal em tempo real,
pois pode-se armazenar o sinal de entrada e processa-lo com um certoatraso. Considere o sistema a seguir:
inverte inverte
x[n]
x[n] g[n] g[−n] r[n] y[n] = r[−n]
y[n]
h[n]h[n]
H1(ejω)
A resposta impulsiva do filtro e h[n], considerada causal, com coefi-cientes reais e resposta de fase arbitraria. O sinal x[n] deve ser filtrado.
• Obtenha as relacoes entre a DTFT de g[−n] e a DTFT de g[n], assu-mindo que h[n] seja real;
• A partir do resultado do item anterior, determine a resposta em frequenciado sistema completo, H1(e
jω), fornecendo sua magnitude e fase. Estaresposta seria adequada para substituir H(ejω)?
• Preparar exemplo numerico.