mac cr$ 4.500 ano1 nº4 abril 1994 ~ bofiles.datassette.org/revistas/macmania_4.pdf · tempo e...

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? CR$ 4.500 ANO1 Nº4 ABRIL 1994 MAC MANIA MAC MANIA MAC MANIA MAC MANIA ~ OKMAKERS BO RESENHA Destrinchamos o FreeHand 4.0 POWER MACINTOSH QUE BICHO É ESSE RAM TRIPLER O MILAGRE DA MULTIPLICAÇÃO DA RAM QUICKTAKE A NOVA CÂMERA DIGITAL DA APPLE EXCLUSIVO O PRIMEIRO TESTE DOS POWER MACS NO BRASIL DESKTOP PUBLISHING ESCANEANDO SEM MEDO A REVISTA QUE FALA A SUA LÍNGUA BÊ-A-BÁ DO MAC A ARTE DE BATIZAR DOCUMENTOS POWER UPGRADES OS CAMINHOS PARA TURBINAR O SEU MAC NOVAS SEÇÓES PERGUNTE AO BUREAU, HARD TIPS

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?CR$ 4.500 ANO1 Nº4 ABRIL 1994

MACMANIAMACMANIAMACMANIAMACMANIA

~ OKMAKERSBO

RESENHA

Destrinchamos oFreeHand 4.0

POWERMACINTOSH

QUE BICHO É ESSE

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POWERUPGRADES

OS CAMINHOSPARA TURBINAR

O SEU MAC

NOVAS SEÇÓESPERGUNTE

AO BUREAU,HARD TIPS

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MAC MANIA

DICA DO LEITORTeclei (ops) Option junto com a barrade informação embaixo à esquerdano Illustrator 5.0 e, qual a minha sur-presa, olhando aquelas opções à dis-posição do papai (além das quatrodefault). Uma mais ridícula que aoutra! Esse Doug deve ser mesmo umcara legal.Luciano Pessoa São Paulo - SPParabéns, Luciano. Você acaba de sero primeiro contemplado com a OrdemSagrada e Mística dos CavaleirosMacmaníacos, concedida apenasàqueles que contribuíram para oavanço da humanidade, descobrindodicas e Ovos-de-Páscoa inéditos comoesse. Tenha fé e aguarde a chegadapelo correio de seu legítimo e incon-fundível Prêmio Misterioso.

~DEFEITO DE FÁBRICA

O monitor do meu Mac IIsi estáassombrado há mais de oito meses.Às vezes, ele “vai embora” sozinho,sem dar tchau. Simplesmente ele desli-ga sem que eu dê o comando ShutDown.Quando isso aconteceu pela primeiravez, fiquei desesperado. Um monte deserviço a entregar em curto prazo e o

vesse com número de série de5378111 a 5624450, ou 7000001 a7101012, ou 9000001 a 9029500,então qualquer assistência técnicalocal, segundo a revista, o consertariade graça.Com esta informação na mão, eu pro-curei a Alphaser para o conserto domeu monitor nº 5596920, mas os téc-nicos não estavam informados docaso. Nem os técnicos da Compu-Source sabiam do defeito do monitor.Segundo sr. Pedro Germeno, daCompuSource, em nenhum momentoa Apple informou ao Brasil sobre odefeito do monitor 13” e o meu era oprimeiro caso desse tipo de reclama-ção. Quando insisti dando o exemplodo meu primo, nos Estados Unidos, osr. Pedro disse que talvez poderia teralguma diferença entre a assistênciatécnica dos EUA e a da AméricaLatina.Final da história: meu monitor nãopoderia ser consertado sem ônus.Eu posso usar meu monitor sem con-sertar. Já acumulei “know-how” sufi-ciente para domá-lo. Mas depois de 4anos de convivência com Macintosh,não posso esconder esta primeiradecepção. Não gostaria de acreditar

meu computador quebrado.Mas antes de levar meu monitor paraa assistência técnica, eu desliguei todoo sistema e montei tudo de novo parater certeza de que ele realmente esta-va quebrado. E, de repente, o monitorfuncionou como se não tivesse aconte-cido nada.Um dia conversando com meu primoque mora em São José, Califórnia,EUA, soube que o monitor do Mac IIcidele também tinha o mesmo proble-ma. Só que o dele já tinha sido con-sertado, sem nenhum custo, pela assis-tência técnica local.Ele me informou que o problema erano capacitor de alta tensão que saiuda fábrica com defeito em algumasséries. Segundo a revista MacUser dedezembro/93, na coluna “HelpFolder” (pág. 205), alguns monitoresdo modelo Apple 13” RGB saíram dafábrica com defeito, como meu primodisse. Se o monitor com problema esti-

A APPLE E SEUS PRODUTOS ~

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de varredura única, corre-se o riscode falta de registro entre as passa-gens.Mesmo que a imagem já tenha sidoconvertida de RGB para CMYK, pode-se corrigir (usando o Photoshop) umeventual erro de registro diretamenteem cada um dos canais (CMYK).Observe qual o canal que está maisdefasado, deixe somente ele ativo ecom a tela toda selecionada vá deslo-cando utilizando as setas do teclado.Luiz Eduardo BrettasPostScript

Caro Sung, foi pensando em casoscomo o seu que a MACMANIA crioua coluna Ombudsmac, que nestenúmero, coincidentemente, trata doespinhoso tema das assistências técni-cas. Pedimos a todos os leitores que sesentirem prejudicados como consumi-dores que usem e abusem da coluna.Metam a boca no trombone.

~DICA DO BUREAUMeu scanner de mesa às vezes fazdas suas. A última foi digitalizar umaimagem com um deslocamento emuma das cores. Na minha ingenuida-de, achei que fosse um problema coma tela, mas felizmente os anjos daguarda do bureau viram o problema eo corrigiram, selecionando o “filme”fora de registro e deslocando até queele ficasse no lugar certo. Eis o misté-rio: como é que se faz isso noPhotoshop? Se o deslocamento foi emRGB, como ele pode ser corrigido emCMYK? Foram necessárias novas con-versões?Lívio HolzzmanSão Paulo – SPSempre que se captura uma imagematravés de um scanner que não seja

que a Apple vendeu monitores comdefeito. Espero que o defeito do meuseja um caso particular e os outroscasos que conheci sejam mera coinci-dência. Caso contrário, fere meuorgulho como macmaníaco que jáconseguiu catequizar uma meia dúziade usuários de PC.Sung Jin WonSão Paulo - SP

AS CARTAS NÃO MENTEM

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MAC MANIA

PLACAS & POLÊMICAS“Querido Edu, (na sua tréplica, casohaja, pode referir-se a mim como que-rido Di).Como nem eu nem você sabemos amarca da minha placa de memória,vamos dar à coitada o benefício dadúvida, princípio básico de qualquerdireito civilizado.Tudo começou quando, ao trocar meu180 pelo 180c, percebi que a minhavelha placa de expansão, que foi-mefiel anos a fio e sem fio, não servia no180c, porque a Apple resolveu semnenhuma razão aparente colocar umaestúpida placa de vídeo bem no meiodo caminho da placa de memória –que por direito de posse mais antigadeveria ocupar aquele espaço –fazendo com que qualquer outraplaca possível mais parecesse umpedaço de puzzle. Portanto, tive deadquirir outra placa. Não comprei amais barata e sim a única que conse-gui, pois acredito que os fabricantesde placas estavam um pouco chatea-dos também, e poucos resolverammudar suas placas só pelos caprichosda Apple. Como dei o velho 180 àminha esposa, ficamos com dois pro-blemas: eu, de como esfriar meu microe ela, de como gastar 14Mb de Ramcom o Word, já que este é o únicoaplicativo que ela usa.Do alto do conselho desta aconselhá-vel revista, aconselho você a aconse-lhar a Apple a enfiar a placa de vídeoem qualquer outro lugar menos nomeio do caminho da minha velha eboa placa de memória. Para nãoparecer muito agressivo, aí vai minhasugestão: 4 centímetros à direita.Quanto a uma placa que dissipemenos calor, como você me aconse-lhou, não quero nem de graça, pois seela dissipa menos calor, esquenta maisainda, quem sabe podendo chegaraté sua auto-incineração.Abraços calientes do seu conselheiroDimitri Lee”Dimitri Lee é ConselheiroEditorial da revista MACMANIASão Paulo - SPPara quem pegou o bonde andando,a carta acima é uma resposta à carta

Brasil. A impressão é que a campa-nha, aqui, optou por vincular sua ima-gem como uma máquina superior àplataforma IBM-PC e só, reforçandoassim a idéia monolítica que poten-ciais usuários ainda mantêm em rela-ção a computação. Macintosh não éapenas uma máquina, mas uma filo-sofia, uma outra concepção de interfa-ce tecnológica. O que a MACMANIAtem a dizer a respeito?Martin GrossmannCoordenador de Pesquisa doNICA - USPSão Paulo - SPPois é, Martin. Parece que a campanhada Apple no Brasil tem o objetivo detirar o atraso causado pela reserva demercado, mostrando aos usuários dePC que o Mac não é só uma máquinapara artistas e livre-pensadores, masuma ferramenta mais produtiva que osPCs e derivados. Mas se você quisermostrar a algum amigo como o Mac édiferente, alegre e "amigável", dê a eleum exemplar de MACMANIA, a revistapara o resto de nós.

~Escreva para a revista MACMANIA:Rua do Paraíso, 706 AclimaçãoCEP 04103-010 São Paulo SP

de Eduardo Carvalho, da Compu-Source, publicada na MACMANIA#2, que comentava as opiniões deDimitri registradas na matéria sobrePowerBooks, do número 1.

~CADÊ O JEITO MACINTOSH?

Fui apresentado ao Macintosh naInglaterra, onde mantive um relacio-namento espontâneo e interativo comsua interface gráfica/amigável duran-te os últimos cinco anos. Como usuá-rio-aprendiz, logo notei as vantagensde pertencer a esta “cultura” diferen-ciada (user-friendly) dentro da compu-tação. Fiquei entusiasmado com apossibilidade de continuar esta rela-ção aqui no Brasil e de compartilhareste meu entusiasmo com colegas ealunos na Universidade. No entanto,estou surpreso em constatar que esta“diferença” não vem sendo usadaaqui como “carro-chefe” da campa-nha de lançamento do Macintosh no

DE SOFTWARE DO MUNDO ~

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GET INFOEDITOR DE TEXTO

HEINAR MARACY

EDITOR DE ARTETONY DE MARCO

CONSELHO EDITORIALCAIO BARRA COSTA (Cabaret Voltaire)

CARLOS FREITAS (Trattoria Di Frame)

VALTER HARASAKI (Idea Visual)

OSWALDO BUENO (Carpintaria do Software)

MARCOS SMIRKOFF (Vetor Zero)

DIMITRI LEE (MacBBS)

EDITORA EXECUTIVABELINDA SANTOS

EDITORAÇÃOCRISTINA MILHEIRO

REVISÃOBERNADETTE SOUZA

CORRESPONDENTE NA INGLATERRASUELY DADALTI FRAGOSO

CORRESPONDENTE NA ALEMANHATERESA NUNES

CAPATONY DE MARCO

LABMANIAOSVALDO, CAIO, HEINAR, RICARDO E TONY

COLABORADORESRICARDO TELES, HANS GEORG, DONIVALDO,

MARCELO MACHADO, RICARDO TANNUS,RODRIGO SANTALIESTRA, NEDER ABDALLA,NEREU DA COSTA, DIRCEU CARDOSO, ZILDA

LOPES, MICHELLI DEJULIO, RODRIGO MEDEIROS

GERÊNCIA DE VENDASNELSON DEJULIO

GERÊNCIA DE ASSINATURASEGLY DEJULIO

SOFTWAREQUARKXPRESS 3.2, FONTOGRAPHER 3.0,

WORD 5.1, ILLUSTRATOR 5.0,FREEHAND 4.0, PAGEMAKER 5.0, MICROPHONE

II 4.0, PHOTOSHOP 2.5, DESKPAINT 1.05,FILEMAKER PRO 2.0

HARDWAREPOWER MACINTOSH 7100, QUADRA 700,

QUADRA 605, IISI, SE, SCANMAKER II, ABATONFAXMODEM, LASERJET 4, PERSONAL

LASERWRITER

FOTOLITOSPOSTSCRIPT

IMPRESSÃOPANCROM

DISTRIBUIÇÃOBH DISTRIBUIDORA

EDITORA BOOKMAKERSDIRETORES

BELINDA SANTOSHEINAR MARACY

As fontes PostScript Futura Vítima, Futura Vítima Light,Futura Vítima Bold, Futura Vítima Extra Bold, Zine Fina,Zine Grossa, Pinups e Bodoni Vítima são marcas regis-tradas da Zap Design.MacMania e Macintóshico são marcas registradas daEditora Bookmakers.

MACMANIA é uma publicação mensal da EditoraBookmakers Ltda. Rua do Paraíso, 706 – AclimaçãoCEP 04103-010 – São Paulo SPTel: (011) 284 6597 – Tel/Fax: (011) 284 8590Opiniões emitidas em artigos assinados não refletem aopinião da revista, podendo até ser contrárias à mesma.

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Você está feliz, acaba de comprar o seu primeiro scanner. Finalmente vai poder produzir um material totalmente no Macintosh, ganhandotempo e reduzindo custos. As fotos ficaram perfeitas no seu monitor, mas quando os exemplares chegam da gráfica, aquela decepção. As fotos estavam escuras demais ou muito claras, ou sem detalhes, ou desfocadas, ou, pior, tudo ao mesmo tempo! Culpa do scanner, da propaganda enganosa e do picareta do vendedor, pensa você. O jeito é trocá-lo por um com maior resolução, assim que conseguir passaresta carroça para frente...

DESKTOP PUBLISHING

Escaneie naresolução correta (veja MACMANIA 2 e 3).

Calibre seu monitor. É importante que oque você vê na tela seja o mais próximo

possível do resultado final impresso. Uma maneiragrosseira de fazer isso é comparar a foto impressa e aimagem que você tem no monitor. Ajuste o contraste e obrilho do monitor manualmente até que as duas ima-gens fiquem semelhantes. É um pouco limitado, maspara fotos em preto e branco é eficiente. Outramaneira é utilizar softwares específicos, como oGamma que acompanha o Photoshop. Uma opçãopara quem tem alguns dólares a mais disponíveis écomprar um monitor com recursos de calibração. Não seesqueça que, uma vez calibrado, é preciso evitar quemexam nos controles do monitor.

Calibre seu scanner. Se seu scanner for capazde digitalizar uma foto com fidelidade, já é

mais de 50% dos seus problemas resolvidos. Para isso exis-tem softwares, como o Ofoto e ScanMatch, que normalmen-te são vendidos em conjunto com alguns modelos de scan-ner. Vale a pena perder um pouco de tempo aprendendo autilizar esses softwares e depois ganhar tempo produzindo.

O branco de uma imagem nunca é zero. Umaboa foto escaneada sempre tem retículas,

mesmo nas áreas de alta luz. Um dos erros mais frequen-tes entre os principiantes é deixar áreas claras sem retícu-las, o que ocasiona o chamado “ponto careca”. Isso fazcom que a foto fique chapada, sem detalhes e com aspec-to artificial. Repare que uma camisa branca é na verdadeum conjunto de nunces muito claras de cinzas formandoos volumes do tecido. O mesmo cuidado deve ser toma-do nas áreas escuras. As massas escuras da foto tam-bém sempre devem ter retículas para não perder deta-lhes nas áreas de sombra.

Use curvas de correção não-lineares paramelhorar o nível de detalhamento de uma

foto (veja box). Não use o Brightness/Contrast do

seu editor de imagens,a menos que seja proposital.

Ele acentua muito as áreas claras eescuras, deixando a foto sem volume e

sem detalhes. Observe com uma lupa fotospublicadas em revistas. Preste atenção nas retícu-

las das fotos que considera bem impressas e com-pare com seu trabalho.

Aumente o foco da imagem. Todo scannerde mesa “perde” o foco. Para resolver

esse problema, utilize os recursos de Sharpening quevários softwares possuem. O filtro Unsharp Mask doPhotoshop é poderosíssimo.

Utilize retículas adequadas para cadatipo de serviço. Não adianta caprichar

no halftone screen se o processo de impressão ou o tipode papel não permite. Faça uma experiência: imprimauma foto em 120 lpi na sua impressora (laser ou inkjet) eveja o resultado!

Converse com o bureau e o impressor.Os bureaus e as gráficas já passaram

por muitos dos problemas que você pode ter. Aproveite aexperiência deles e tire suas dúvidas. O interesse é mútuopara que seu serviço fique bom.

Um bom original permite ótimas reprodu-ções, mas uma foto ruim dificilmente traz um

bom resultado. Sempre é possível melhorar uma foto(fazendo ajustes de contraste e nitidez no seu programade scanner ou no Photoshop), mas lembre que com fotos

muito escuras ou desfocadas isso fica muito limitado.

Na dúvida, refaça, salve a imagem e comece tudonovamente. Compare o resultado final das duas

fotos. Nada pode ser pior do que um cliente recusar umserviço já pronto. Aliás, existe: ele aceitar o serviço enunca mais procurá-lo para um novo trabalho.

Se você acha pouco, saiba que alguns desses tópicosserão abordados com mais detalhes nas próximas edições.

OS DEZ MANDAMENTOS DO BOM SCANNER

Valter Harasaki

Não se desespere. Nem sempre a culpa é do scanner.Aqui estão pequenas dicas que virão ajudá-lo a melhorara qualidade das imagens:

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MAC MANIA

Uma imagem bem feita exige paciência e dedicação.Nunca aumente o contraste de uma foto para tentar fazer

O filtro Sharpen pode salvar sua imagem. À esquerda, uma foto escaneada em300 dpi sem o filtro Sharpen; à direita, a mesma foto em 220 dpi com o filtro

Curva não-linear

Curva linear

Um recurso importante para

melhorar a quali-dade de uma foto

é ajustar sua curva tonal. As

curvas não-linea-res aumentam o

contraste nasáreas de meio-

tom, aumentandoo nível de deta-

lhamento da foto,sem prejudicar aspartes de alta luz

ou sombras.

Scanners de mesa deixam as imagenssempre um pouco mais escuras que ooriginal (imagem da esquerda). Oajuste linear (ao centro) aumenta uni-

formemente a luminosidade. O ajustecurvo (imagem da direita) clareia osmeios-tons. A única maneira de seaprender a mexer com o ajuste tonal é

experimentando. Altere a curva doajuste e compare o resultado na telacom a versão anterior, utilizando oUndo. A prática conduz à perfeição

com que ela fique mais “viva”. Ela vai ficar chapada, per-dendo definição e ganhando “pontos carecas” (foto acima)

NÃO DERRAPE NAS CURVAS

•••••••••••••••••••OBJETO•DO•DESEJO•••••••••••••••••••••••••••••••••••••••••••••••••••••••••••••••••••••6

MAC MANIA

TID BITS

capaz de tirar 32 fotos de 320 x240 pixels ou 8 de alta resolução(640 x 480 pixels, o que represen-ta uma foto de 5 x 8 cm a 220dpi). Plugue a câmera no Mac pormeio de um cabo serial na entradada impressora ou do modem paraver imediatamente suas fotos natela. Uma vez no Mac, as fotosaparecem em uma visão múltiplade imagens reduzidas (como emuma coleção de slides) que vocêpode rodar, cropar, escalar, esco-lher as que vai usar e deletar asque não gostou. Salve a imagemem PICT ou TIFF para depois abrí-la no programa de sua preferên-cia. A QuickTake funciona compilhas alcalinas comuns e o preçosugerido pela Apple aos revende-dores é de US$ 749 (EUA). Umaversão para Windows (argh!!)deve sair ainda em junho deste ano.

QUICKTIME 2.0A Apple promete parameados deste ano o pri-meiro upgrade significativopara o software que trouxevida e movimento ao Mac.Com o QuickTime 2.0, osfilmes que passam em nos-sos monitores vão deixarde ter aquela aparência decurtas de Buster Keatonprojetados em uma caixade fósforos. Com a novaversão, será possível rodarfilmes a 30 quadros porsegundo em meia tela ou15 quadros em tela cheiaem um mero Quadra 605.O novo QuickTime darámelhores condições para aedição profissional devídeo, através do suportepara MPEG – padrão inter-nacional para compressão

de vídeo –, timecode, vídeocom 60 campos por segun-do e capacidade de trans-missão de dados maior que3Mb por segundo – umaumento de 300% em rela-ção às versões anteriores.Outra grande vantagemdo QuickTime 2.0 será afacilidade para edição esincronização de música evídeo, que vai eliminar anecessidade de se saber oque significa a sigla MIDI.Como se não bastasse, acompressão de áudio doQuickTime 2.0 vai salvarmuito espaço no discão demúsicos e sonoplastas.Enquanto uma gravaçãodigital com qualidade deCD da 5ª Sinfonia deBeethoven pode ocupar umhard disk de 300Mb, seu

equivalente em trilha deáudio QuickTime cabe emum disquete DD (800k).

VÊM AÍ OSPOWERPOWERBOOKSNo final de abril, osPowerBooks – essas ado-ráveis pastinhas cor dechumbo que são a meninados olhos de qualquermacmaníaco – vão pararde ser fabricados. Pelomenos aqueles que conhe-cemos hoje. Para garantira posição do laptop maisvendido no mundo – quedurante alguns meses de93 foi perdido para oThinkPad, da IBM –, aApple decidiu reformulartotalmente seus portáteis,por dentro e por fora. Os novos PowerBooks 520,

520c, 540 e 540c (conhe-cidos pelo codinome Black-bird) terão um design maiscurvilíneo e ergonômicoque os atuais e sua tradi-cional trackball será substi-tuída por um controle retan-gular com o pomposo no-me de Midas TouchPad. Osnovos PowerBooks serãobaseados no chip 68LC040e contarão com saída eentrada de áudio estéreo,dois alto-falantes estéreoembutidos e suporte AVpara multimídia e telefo-nia. Até o final do ano,deverá estar disponíveluma placa de upgrade dosnovos PowerBooks para ochip PowerPC 603 que per-mitirá a plena utilizaçãoda tecnologia AV, incluindoreconhecimento de voz.

Pode se preparar para dar adeusaos negativos, revelações, amplia-ções e contatos. Com o lançamen-

to da QUICKTAKE 100, a foto-grafia digital começa a virar reali-dade. A câmera digital da Apple é

Comece sua listinha de Papai Noel com essa belezoca

O conceito do monitor embutido volta com tudo

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MAC MANIA

TID BITS

O FUTURO É PDALançados no ano passadocomo os computadores dofuturo e recebidos pela crí-tica especializada comoapenas mais uma modapassageira, os PDAs (As-sistentes Pessoais Digitais)acabaram provando sernem uma coisa nem outra.Em seu primeiro ano devida, o mercado de PDAsvendeu mais de 100 milunidades – nada mau quan-do comparado com o CDPlayer, que em seu ano delançamento vendeu 35 milunidades. O Newton Mes-sagePad, PDA da Apple,vendeu 50 mil unidades nomês de lançamento, cain-do para 7,5 mil nos mesesseguintes. Seu resultado devendas ainda não pagou averba de propaganda quea Apple gastou para pro-movê-lo. Mesmo assim, aApple continua animada ejá lançou um novo modelodo MessagePad, commelhor reconhecimento deescrita, mais memória etempo de bateria. Emagosto, deve sair um mo-delo com telefone celular.

COLORIDA E BARATAQuando todos pensavam

que a Apple ia abandonaro mercado de impressorascoloridas, eis que surge aColor StyleWriter Pro, umajato de tinta de 360 dpi,que será vendida porUS$ 629 (EUA). Trata-sede uma versão revista emelhorada da extintaApple Color Printer, maisrápida, com melhor defini-ção de imagem e um pre-ço quatro vezes menor. Tu-do isso para competir comas DeskWriter, da Hewlett-Packard, que estavam abo-canhando o mercado deimpressoras de baixo custopara o Mac. A Color Style-Writer imprime em papelcomum (mas o resultado émelhor em papel especial)e filme para transparências.Por enquanto, ela imprimeutilizando o QuickDraw,mas a GDT Softworks jáanunciou que deverá lan-çar em maio um interpreta-dor PostScript Nível 2 paraa StyleWriter, por US$149 (EUA).

SEM AS MÃOSA Apple vai incluir o Ear-PHONE, da Jabra Corp.,no seu GeoPort TelecomAdapter, uma interface quepermite ligar os Quadras

AV diretamente à linhatelefônica. O EarPHONE éum pequeno fone de ouvi-do que capta o som davoz do usuário pelasvibrações internas da cavi-dade auricular, possibili-tando que você converseao telefone sem utilizar asmãos, nem os ombros.Além de melhorar a tecno-logia de reconhecimentode voz dos Macs AV, oEarPHONE virá com oJabra Dialer, um softwareque faz o Mac discar auto-maticamente o númerodesejado, com um simplescomando de voz.

NOVOS MACSO mercado educacionalamericano, tradicional-mente, sempre foi o lugaronde se encontram asmelhores barganhas paraa compra de Macs. Essatradição tem chegado aextremos, com produtosespecíficos vendidos ape-nas para estudantes e pro-fessores nos EUA quefazem qualquer macma-níaco pensar em vender aalma ao diabo por umabolsa de estudos ou umavaga de aluno-ouvinte. Onovo LC 575 é um bommotivo para encomendar a

minuta do contrato aoDemo. Por fora, ele tem ojá clássico visual Classic-depois-dos-anabolizantes.Por dentro, ele tem um68LC040 de 33 MHz, 5Mbde RAM, um hard drive de160Mb, CD-ROM e umavelocidade de Quadra800. Tudo isso por apenasUS$ 1.699 (EUA).

CURSO DE MULTIMÍDIAPara aqueles que achamque uma “information super-highway” é apenas umaestradona muito bem sina-lizada, uma boa maneirapara se atualizar com asnovas tecnologias de infor-mação é frequentar umdos cursos da Sil iconValley (011-241-5195). Éo primeiro centro de estu-dos no Brasil especializadoem multimídia, com cursosque abordam desde conhe-cimentos gerais sobre oassunto até seminários téc-nicos sobre temas específi-cos (que contam com aparticipação de “professo-res virtuais” via modem!). ASilicon também está prepa-rando um curso de multimí-dia para crianças, que vaimostrar à molecada dehoje como será a escola deamanhã.A Apple volta a atacar o mercado das coloridas

POWERMACS

Nunca, na história da informática, o lançamento de umcomputador foi esperado com tanta ansiedade por seususuários. Depois de dez anos de existência baseada nochip Motorola 680x0, a Apple decidiu que o Macintoshdeveria fazer um transplante de coração. Com a chegadado Power Macintosh aqui na redação, deu para constatarque a operação foi um sucesso. O paciente sobreviveu e mostra um vigor e um ânimo sur-preendentes. O Power Macintosh colocou um novo pata-mar para a avaliação de computadores pessoais, indepen-dente da plataforma. A união da tecnologia RISC (atéagora utilizada apenas em estações de trabalho) com agraça e a eficiência da interface gráfica do Mac e preçosarrasadores fazem do novo Macintosh uma máquina revo-lucionária. Os Power Macs voam baixo e deixam longe aconcorrência.Mas o grande trunfo do Power Macintosh é que ele é ape-nas um Mac mais rápido. Quem tem Mac há alguns anoslembra dos traumas causados pela mudança do System 6para o System 7. Dezenas de programinhas que você gos-tava e que faziam parte do seu dia-a-dia,de uma hora para outra ficaram incompatí-veis. Rotinas e procedimentos que vocêfazia ligando o piloto automático mudaramradicalmente e você se via obrigado aaprender tudo de novo. Mais recentemente,quando foram lançados os Quadras, amudança do chip Motorola 030 para o 040também causou alguns solavancos, tantoque a Apple colocou um Control Panel nosQuadras capaz de “desligar” sua veloci-dade para aumentar a compatibilidadecom os programas escritos para 030.Dessa vez parece que a lição foi aprendida.Ao ligar um Power Macintosh, você não vênada de extraordinário. As únicas diferençasperceptíveis são o novo acorde de Startup (que foi “com-posto” pelo guitarrista Stanley Jordan, mas que lembra

mais uma viola caipira) e a placa de “Welcome to PowerMacintosh”. Entra o Desktop e lá estão o menu, a lata delixo, o System Folder, velhos conhecidos. Você pode ligarseu Power Macintosh em rede, trocar arquivos com outrosMacs e utilizar placas de vídeo, MIDI, impressoras, scan-ners ou qualquer outro periférico. Graças a um artifíciochamado emulação, o Power Macintosh roda a grandemaioria de seus programas, a uma velocidade de Quadra605. Programas escritos em formato nativo para o chipPowerPC rodam de duas a quatro vezes mais rápidos quesuas versões anteriores. No momento, a grande preocupação dos macmaníacosnão é “será que eu devo comprar um Power Macintosh?”,mas “quando eu devo comprar?”. O maior problema é afalta de softwares nativos. O que adianta você comprar oMac mais rápido de todos os tempos se a maior parte dotempo ele se arrasta a passos de LCIII? O fato é que atéfinal de abril, cerca de 50 softwares entre os mais vendi-dos para o Mac estarão disponíveis no mercado ameri-cano (veja lista na página 20). Conte mais uns dois

meses para eles chegarem no Brasi l .Algumas empresas já estão distribuindoextensões que permitem aos softwares atuaisacessarem diretamente o chip PowerPC. É ocaso do Adobe Photoshop, que possui umplug-in que acelera algumas funções efiltros a velocidades de software nativo.Quem já tem um Mac e não quer compraroutro, pode seguir o caminho do upgrade.Em outro ineditismo, a Apple pela primeiravez está exercendo uma ligeira pressãopara que os usuários optem pelo upgrade,comprando uma placa de aceleração ouuma nova placa lógica, ao invés de forçá-los a comprar um novo Mac. Atualmenteexistem caminhos de upgrade para todos os

Quadras, menos o 605. Acredita-se que, ainda nestesemestre, apareçam soluções para modelos 030, desenvol-

O Macintosh

morreu.

Viva o

Macintosh!

13

MAC MANIA

Dentro de pouco mais de um ano,todos os seus produtos serão fabrica-dos com o chip PowerPC. O PowerMacintosh será a máquina que vaidar sentido ao conceito de multipla-taforma, rodando System 7, Win-dows e, através do PowerOpen – sis-tema desenvolvido em conjunto pelaApple e IBM – suportar sistemasoperacionais de UNIX e outras plata-formas, como o Solaris, da Sun, e oPink, da Taligent (joint-venture entrea Apple e a IBM).Apesar da aparência familiar e deser numerado humildemente comoSystem 7.1.2, indicando apenas umpequeno upgrade em relação aoSystem 7.1, o sistema operacionaldos Power Macs está sendo conside-rado uma obra-prima, por unir comcerzido invisível a compatibilidadecom um sistema pré-existente e oestabelecimento das bases de umnovo. O System 7.1.2 pode até serutilizado para ligar Macs 680x0 emcasos de emergência, mas a Applenão recomenda que ele seja instala-do nessas máquinas. Por enquanto,o sistema operacional tem apenas10% de seu código em formatonativo, mas esses 10% cor-respondem às rotinasmais frequentementeuti l izadas pelosprogramas. AApple deveráportar gra-dat iva-men-

te os i s t emaoperacionalpara o Power-PC nos próximosmeses, lançando up-daters. O primeiro sis-tema capaz de rodar tan-to em Macs 680x0 quan-to em Power Macs será oSys tem 7.5, que deverá serlançado em meados deste ano.

vidos por outras empresas, como aDayStar, tradicional fabricante deplacas de aceleração para o Mac. Épossível que a própia Apple desen-volva algum tipo de upgrade para osMacs mais antigos, utilizando o chipPowerPC 603, o segundo da famíliaPowerPC, a ser lançado ainda esteano.Depois de dez anos aguentando afama de computador bom e caro, oMacintosh finalmente tem sua segun-da chance. Quando colocado nabalança, o Power Macintosh temmais poder de processamento quequalquer outro computador pessoal,incluindo os que utilizam o chipPentium, da Intel. Se esse feito tivesseocorrido em outros tempos, teríamosnas mãos um computador caríssimocom a griffe da maçã. Mas a Appleaprendeu com os erros do passado.Em recente autocrítica na últimaComdex, o CEO da empresa, Mi-chael Spindler, afirmou que nuncamais a Apple irá se posicionar nomercado como fabricante de compu-tadores de alto preço. A briga agoraé para levar o Macintosh para asmassas e para isso vale tudo. Desdelicenciar o System 7 para uso emPCs e permitir que outros fabricantesproduzam “clones” de Macintosh,até incluir um emulador de MS-DOSe Windows nos novos Power Macs. Infelizmente, toda a agressividadecomercial que os Power Macs pos-suem nos EUA não terá correspon-dente deste lado do Equador. Taxasde importação, insegurança econô-mica, mercado restrito, tudo contri-buiu para dinamitar a vantagemcomparativa que o Power Macintoshpossui em relação aos PCs, transfor-mando-o em um artigo de luxo,cerca de 140% mais caro aqui doque nos EUA. Isso acabou tornando-o proibitivo para o consumidor parti-cular. Pessoas jurídicas, principal-mente aquelas que trabalham comMacs, já estão acostumadas comessa situação e deverão avançarsobre os novos modelos, já sonhan-do com os ganhos de produtividadeque ele proporcionará.A Apple está jogando todas as suasfichas sobre o Power Macintosh.

Mas o grande trunfo por trás dogrande trunfo do Power Macintosh éque ele NÃO É apenas um Mac maisrápido. O chip PowerPC é uma novaarquitetura que vai permitir mudan-ças radicais na maneira de nos rela-cionarmos com os computadores.Tecnologias emergentes como reco-nhecimento de voz e escrita, video-conferência e a utilização de “agen-tes inteligentes” (programas que pro-curam auxiliar o usuário, descobrin-do suas dificuldades e propondosoluções) poderão finalmente deco-lar, tendo como base a grande capa-cidade de processamento da tecnolo-gia RISC. O Power Macintosh será a basepara grandes avanços no sistemaoperacional do Mac, que deverãocomeçar a aparecer com o lança-mento do System 7.5. Podemosgarantir que o Macintosh que vocêesta operando hoje vai ser bem dife-rente aqui a um ano.O Power Macintosh inaugurou tam-bém o nosso laboratório de testes de

hardware, o LABMANIA. Testamoso Power Macintosh na prática,

instalando e utilizando umnúmero significativo de

programas para 680x0e versões beta de

programas nati-vos. Utilizamos

uma bateriade softwa-

res deava-

l i a -ção de

desempe-nho de hard-

ware, entre eleso MacBench 1.1,

da Ziff-Davis Publi-shing Co., o único pro-

grama de benchmark desti-nado a avaliar o desempenho

nativo do chip PowerPC.Veja o resultado nas págs. 16, 17 e 18.

6100O Power Mac 6100, o modelo maisbarato dos três Power Macintosh(cerca de US$ 1.600 nos EUA, semo monitor) pode, em seu modo nati-vo, executar tarefas com o dobro davelocidade de um Quadra 840 AV –que até março era o Mac mais rápi-do do mercado –, custando a meta-de do preço. Embalado no mesmo design “PizzaHut” do Quadra 610, o 6100 é omenos expansível dos três PowerMacs, com apenas um slot PDS(Processor Direct Slot) para placa. Sevocê optar pelo Power Mac 6100AV, perde a capacidade de expan-são, mas ganha suporte para umsegundo monitor, entrada e saída devídeo. Mas com um computador comessa velocidade, que já vem comcapacidade para rede Ethernet eáudio estéreo de 16 bits, quem pre-cisa de expansão?O Power Mac 6100 é uma boa esco-lha para o usuário particular oupequena empresa que está paracomprar seu primeiro Mac. O mode-lo AV é a máquina perfeita paraquem quer começar a se aventurarno mundo maravilhoso da multimídiae do Desktop Video. Usuários anti-gos que ainda trabalham com Macsda série II ou LCs também têm no6100 uma boa opção de compra.Eles poderão continuar utilizando

Músicos profissionais, editoras,agências de publicidade ou usuáriosque já possuem placas NuBus, oupretendem comprar uma, são opúblico ideal para este modelo.

8100Finalmente um Mac que pode serchamado de estação de trabalho.Com uma velocidade de operaçõesde ponto flutuante dez vezes maisrápida de que um quadra 950, oPower Mac 8100 foi lançado com oobjetivo de roubar mercado de esta-ções gráficas high-end. Arquitetos,engenheiros, cientistas, produçãofinal de vídeo e artistas que fazemuso intensivo de computação gráficaem 3D formam o mercado destemodelo. Tradicionalmente, o Mac sempre foiuma plataforma medíocre para acomputação gráfica. Mesmo tendoótimos programas de modelagem eCAD, o Mac pecava pela lentidãoque apresentava em funções que exi-giam cálculo matemático intensivo.Com um processador de 80 MHz,um cache de memória de 256k, umaarquitetura SCSI interna que permiteligar dois hard disks em velocidadedobrada e suporte para dois monito-res de 14" em milhões de cores, o8100 é a Ferrari das Ferraris. AApple já o está chamando de “omais rápido computador pessoal domundo”, o que pode muito bem serverdade. Como tudo tem um preço,o do 8100 é bem salgadinho. Mascomo seu público alvo é formadopredominantemente por profissionaisque cobram por segundo de traba-lho, ele até que se justifica.

todos os seusprogramas an-tigos a uma ve-locidade ump o u q u i n h omaior e dispa-rar quandochegarem asversões nativas.

7100Com a mesmacaixa de umQuadra 650ou de um IIvx, o Power Macintosh7100 é a máquina que qualquermacmaníaco pediu a Deus. Não tem

o poder de fogo de um 8100, masnão fica muito atrás, com amplo

espaço para expansão(três slots NuBus) e suportepara dois monitores. Junte-se a isso um preço bemmais acessível que o domodelo topo de linha e oresultado é o equipamentocom a melhor relaçãocusto/benefício dos trêsnovos Macs. Nosso conse-lheiro Caio Barra Costali teralmente babou nacamiseta quando testou o7100. Já encomendou oseu e está aguardando olançamento de uma placade Realidade Virtual parase jogar de cabeça naCyberNet.

POWERMACS

7100, o papa-léguas

8100, o microcomputador mais rápido do mundo

6100, o primeiro Power Mac a gente nunca esquece

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~ EM ABRIL, GRANDE ESTRÉIA

DO

MA

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MAC MANIA

OS POWER MACS AVOs Quadras AV foram um sucessode vendas, mas a Apple chegou àconclusão de que grande parte doscompradores do 840 AV estava maisinteressada em adquirir o Mac maisrápido existente do que na tecnolo-gia de áudio e vídeo embutida. Poresse motivo, os Power Macs têm atecnologia AV como opcional – vocêpode escolher entre um modeloStandard ou um Power Macintosh AV. A parte “A” (de áudio) da tecnologiaAV – reconhecimento de voz, tradu-ção de texto em fala e telefonia,através do GeoPort Telecom Adapter– está presente em todos os modelosde Power Macs. A diferença entreum modelo Standard e um AV é queeste possu uma placa que permiteentrada e saída de vídeo. Mas nãoadianta querer comprar um PowerMac Standard para depois transfor-má-lo em AV. Por enquanto, a Applenão está vendendo a placa separa-damente. A maioria das placas utilizadas nosQuadras AV deverão funcionar nosPower Macs, mas os programas queutilizavam os recursos do chip DSP(Digital Signal Processor) precisarãoser reescritos para o PowerPC. OsPower Macs suportam áudio comqualidade de CD em estéreo de 16bits a 44.1 kHz. A boa notícia é queem 95 deverão ser lançadas versõesdo PlainTalk – o software que permiteque o Mac reconheça comandos devoz – em diversos idiomas, inclusiveo português. Segundo fontes da pró-pria Apple, as versões do PlainTalkpara línguas latinas estão tendo umnível de reconhecimento melhor quea versão em inglês, devido ao cará-ter fonético desses idiomas.

UPGRADESCom o lançamento dos Power Macs,os Quadras perderam o posto detopo de linha da Apple e foram des-continuados. Quem acabou de com-prar um Quadra, no entanto, nãodeve se desesperar. Até a chegadados softwares nativos para oPowerPC, os Quadras ainda são asmáquinas de melhor performance daApple. E, para os proprietários deQuadras (ou Centris) 610, 650,700, 800, 900 e 950, há umamaneira rápida e barata de transfor-má-los em Power Macs, que é com-prar uma placa de aceleração paraPower Macintosh.Equipada com um processadorPowerPC de 66 MHz, 4Mb de ROMe 1Mb de cache de memória, aplaca pode ser instalada pelo pró-prio usuário no slot PDS do chip040. Ela funciona em sincronia como clock do Quadra, rodando nodobro da velocidade original. Issoquer dizer que nos Quadras 650,800 e 950, ela roda a 66 MHz, emum desempenho bem próximo doPower Mac 7100. Nos outros Qua-dras, ela chega a 50 MHz.Outro caminho de upgrade é substi-tuir toda a placa lógica do Quadrapor uma de Power Macintosh. Dessaforma, ele se transforma em um legí-t imo Power Mac, com direito asuporte para dois monitores e vídeomais rápido. Até agora existemmodelos de placa lógica apenaspara os Macs cuja carroceria é amesma dos Power Macs. São eles osCentris/Quadra 610 e 660AV(iguais ao 6100), os Centris/Quadra650 e IIvx (iguais ao 7100) e osQuadras 800 e 840AV (iguais ao8100).

Clock RAM Hard Disk Slots de Suporte Preço mín./máx. expansão de vídeo (US$/BR)

Power Macintosh 6100 60MHz 8/72 160 1 NuBus 7" 1 monitor 3.150Power Macintosh 6100 AV 60MHz 8/72 250/CD 0 2 monitores 5.590Power Macintosh 7100 66MHz 8/136 250 3 2 monitores 6.230Power Macintosh 7100 AV 66MHz 8/136 500/CD 3 2 monitores 6.820Power Macintosh 8100 80MHz 8/264 250 3 2 monitores 8.860Power Macintosh 8100 AV 80MHz 16/264 500/CD 3 2 monitores 11.750

...E O MICO DESMICOUOs proprietários de Macs IIvx foramos grandes beneficiados pela mu-dança de chip. Conhecido como omaior mico da história da Apple, porter sido descontinuado quatro mesesdepois do seu lançamento, com achegada dos Centris, o Mac IIvx teveuma queda vertiginosa de preço, oque deixou pra lá de frustrados osseus usuários. Agora eles devemestar rindo sozinhos. Pouco antes dolançamento do Power Macintosh, erapossível adquirir um IIvx usado, comCD-ROM interno e monitor de 14polegadas por menos de US$ 2.000.Com mais os US$ 1.500 da placa deupgrade, hoje é possível transformá-lo em um Power Macintosh 7100, oque representa um economia demais de US$ 2.000. O mico desmi-cou completamente.Apesar de não oferecer todas as van-tagens de uma troca de placa lógica,a placa de aceleração traz uma van-tagem adicional. Você não precisaficar emulando um chip 040 meiaboca para rodar programas nãonativos. O software que acompanhaa placa tem um Control Panel quepermite a troca entre o chip PowerPCe o 040, bastando para isso desligare ligar novamente o Mac.

Preço(US$/BR)

Placa de upgradepara o Power Macintosh .............1.500Placas lógicasPower Macintosh 6100...............2.400Power Macintosh 6100 AV..........3.300Power Macintosh 7100...............3.550Power Macintosh 7100 AV..........4.000Power Macintosh 8100...............4.500Power Macintosh 8100 AV..........5.100

Placas

Modelo

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MAC MANIA

POWERMACS

MAIS RÁPIDO QUE UMA BALAPergunta: O que é uma estação de trabalho?Resposta: É um computador que serve para rodar testes de benchmark.A piada é velha entre os programadores, mas serve para orientar oleigo na hora de analisar testes de benchmark (softwares que executam

uma série de rotinas ao mesmo tempo em que analisam o desempenhodo equipamento testado). O resultado final pode ser comparado comos resultados obtidos em outras máquinas, mas não deve ser confundi-do com o desempenho de um equipamento na vida real. Os gráficos a seguir comparam o desempenho dos três modelos de

~LABMANIALABMANIALABMANIALABMANIA

Power Mac 8100 (nativo)Power Mac 8100 (emulado)

Power Mac 7100 (nativo)Power Mac 7100 (emulado)

Power Mac 6100 (nativo)Power Mac 6100 (emulado)

Quadra 950Quadra 840 AV

Quadra 700 (placa PowerPC)Quadra 700

LC III

0 5 10 15 20 25

PROCESSADOR

EMULAÇÃO X NATIVOO Power Macintosh é um computa-dor com psicose maníaco-depressi-va. Quando você abre um programanativo, ele executa qualquer funçãocom uma rapidez de cair o queixo,alegre e saltitante. Quando ele preci-sa emular um chip 680x0 para tra-balhar em um programa não-nativo,ele engasga, se arrasta a uma velo-cidade de LC III, ou simplesmentenão anda.Emulação é uma coisa complicada.O chip PowerPC em seu modo de

emulação engana os programas,dizendo que é um chip Motorola68020. Por esse motivo, ele nãoabre programas que utilizem as fun-ções de ponto flutuante existentes noschips 040. Mas como ele incorporaalgumas rotinas do 040 e roda emuma velocidade que varia entre umLC III e um Quadra 605, a Appledecidiu democraticamente afirmarque ele é um emulador de 68LC040.Durante os testes do LABMANIA,descobrimos que é possível fazer oPower Macintosh rodar programas

que necessitem de uma unidade deponto flutuante (também conhecidocomo co-processador matemático)em seu modo emulado. Basta instalarum programinha shareware chama-do Software FPU (a última versãoestá sendo entregue gratuitamenteaos assinantes da MACMANIA, juntode vários outros softwares, em nossodisquete de brinde). Com o SoftwareFPU, conseguimos rodar no PowerMacintosh, entre outros programas,os filtros do Kai's Power Tools (KPT)para o Photoshop, o AutoCAD e opinball Tristan. Tudo roda em passode tartaruga, mas esta é a única ma-neira de se abrir estes programas,enquanto não surgem as versõesnativas. Sem o Software FPU, essesprogramas simplesmente não abrem.É de se espantar que a Apple – querealizou um belo trabalho no desen-volvimento do emulador – não tenhaincluído uma solução semelhante. Testamos as versões beta do Free-Hand 4.0, Painter 2.0 e do Page-Maker 5.0 para o Power Macintoshe os resultados mostraram que oPower Macintosh é mesmo tudo oque falam dele. Nos testes práticos,os Power Macs terminaram funçõescomo redesenho de tela no Free-Hand e importação de imagem noPageMaker em um tempo de duas atrês vezes menor que um Quadra840 AV. O plug-in para PowerPC doPhotoshop acelerou algumas funções

Sabemos que estetipo de ilustração

com visão deraio X não

explica nada.Mesmo assim, a

MACMANIAcurva-se a uma

tradição mundial eapresenta o Power

Mac 7100 pordentro. Como você

pode ver, não dápara enxergar o

chip PowerPC queestá debaixo do

drive. Mas se vocême arrumar umachave de fenda...

Fotos: Hans G

eorg/Fusão: Caio Barra C

osta

~LABMANIALABMANIALABMANIALABMANIA

Power Macintosh (em modo nativo e emulado) com os Quadras 700,950 e 840 AV. Foram analisadas a velocidade dos processadores,do vídeo e de operações de ponto flutuante. Como base comparati-va, foi utilizada a velocidade atingida por um LC III, ao qual foidada o valor 1.

Pelos gráficos pode se notar que o forte do Power Macintosh são asoperações de ponto flutuante, que exigem cálculo matemático intenso.Dessa forma, pode-se prever que os programas mais favorecidos pelamudança de arquitetura são aqueles que utilizam esse tipo de opera-ção, como programas de CAD, ilustrações 3D, databases e programas

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Power Mac 8100 (nativo)Power Mac 8100 (emulado)

Power Mac 7100 (nativo)Power Mac 7100 (emulado)

Power Mac 6100 (nativo)Power Mac 6100 (emulado)

Quadra 950Quadra 840 AV

Quadra 700 (placa PowerPC)Quadra 700

LC III

0 50045040035030025020015010050

PONTO FLUTUANTE

como rotação de imagem, conversãopara CMYK e alguns filtros, mas nãoteve efeito sobre filtros externos comoo Paint Alchemy e o Gallery Effects.

CONTROLE DE DANOSA grande maioria dos softwaresexistentes hoje funcionam perfeita-mente no Power Macintosh em modoemulado. Além dos que precisam deFPU, poucos programas apresenta-ram incompatibi l idades com osnovos Macs. Entre os casos maisgraves estão o Adobe Type Manager(ATM) e o Timbuktu. Programas queatuam alterando as resources do sis-tema, como ClickChange e Now-Menus, também podem causar algu-ma dor de cabeça.Fora isso, trabalhar com o PowerMacintosh é um passeio. Programasnativos convivem pacificamente comprogramas emulados. A passagemde um modo para o outro é total-mente invisível para o usuário.

SOFTWINDOWSAlgumas configurações do PowerMacintosh trazem junto o Soft-Windows 1.0, da Insignia SolutionsInc., que permite ao Mac emular umPC 286. Explicando melhor: oSoftWindows permite rodar qualquerprograma, DOS ou Windows, querode em um PC 286, mas sua veloci-dade é bem maior. Nossos testes debenchmark mostraram que a veloci-

dade de um Power Mac 7100 ésemelhante a de um 486SX de 25MHz. No segundo semestre desteano, a Insignia deverá lançar umemulador de 486 "verdadeiro", maisrápido e capaz de rodar programascompatíveis com PCs 386 e 486.O SoftWindows engloba uma versãocompleta do MS-DOS 6.2 e do Win-dows 3.1. Ele emula não só o pro-cessador 286, mas todo o hardwarede um PC AT com monitor VGA.Pode parecer estranho, mas nossostestes disseram que estávamos ope-rando um PC 286 com duas portasseriais e uma paralela. O Soft-Window se mostrou perfeitamentecompatível com a rede Ethernet.Dentro do Windows, o 7100 mos-trou desempenho excelente emalguns quesitos, como velocidade dedisco e vídeo. A compatibilidadecom programas populares, comoPagemaker, Photoshop e Word, éperfeita. A comunicação com im-

pressoras e periféricos não apresen-tou nenhum problema.A única contrapartida é a fome deRAM do SoftWindows, que exige ummínimo de 9 Mb de memória aloca-da. Por esse motivo ele só é vendidoem conjunto com configurações deno mínimo 16 Mb de RAM. Foraisso, a operação do SoftWindows étotalmente simples e transparente (namedida em que um PC pode ser sim-ples e transparente). Basta clicarsobre o ícone para ver seu Mac semetamorfosear em um PC legítimo. A pergunta é: quem é que vai querercomprar um Mac para poder emularum PC? Seguramente um pecezistaconvicto não vai ter o menor interes-se em mudar de plataforma, pagan-do mais caro, para poder emular um486. Segundo a própria Apple, umdos motivos para garantir de início oacesso ao Windows é atrair os“fence-sitters” (em bom português, opessoal de cima do muro), o usuárioque teve ou tem um PC e que estáprocurando outra máquina, mas queainda tem receio de comprar umMac, com medo de não se adaptar.A Apple também tem esperanças quegrandes empresas se interessem pelacompatibilidade e pelos ganhos deprodutividade proporcionados peloPower PC e comecem a comprarPower Macs, sabendo que seusinvestimentos em hardware e softwa-re serão preservados.

Deixe o seu Power Mac com aquela cara de PC

¢

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POWERMACS

high-end para tratamento de imagem. No quesito velocidade de vídeo,mesmo o 6100, que não possui a placa de vídeo de alta performancedos modelos superiores, foi mais rápido que o Quadra 840 AV.Outro ponto digno de nota é o desempenho do Quadra 700 com aplaca de upgrade da Apple que apresenta um grande avanço em rela-

ção à velocidade da máquina sem a placa, mas que não atinge oslimites do Power Mac 6100. Isso ocorre, porque a placa de upgradetrabalha em sincronia com o clock do equipamento em que é instalada,chegando no máximo ao dobro de sua velocidade, que no caso doQuadra 700 é de 25 MHz.

~LABMANIALABMANIALABMANIALABMANIA

Power Mac 8100 (nativo)Power Mac 8100 (emulado)

Power Mac 7100 (nativo)Power Mac 7100 (emulado)

Power Mac 6100 (nativo)Power Mac 6100 (emulado)

Quadra 950Quadra 840 AV

Quadra 700 (placa PowerPC)Quadra 700

LC III

0 654321

VÍDEO

RISC X CISCAfinal, o que faz do chip Power PCuma invenção tão revolucionáriaassim? A resposta está na arquiteturaRISC (Reduced Instruction Set Com-puting). Enquanto os chips baseadosna tecnologia CISC (Complex Ins-truction Set Computing) contêm umavasta gama de instruções para execu-tar diferentes tarefas, os processado-res RISC contêm apenas as instruçõesque são mais frequentemente utiliza-das. Quando há necessidade de umainstrução complexa, o chip RISC aconstrói através de uma combinaçãode instruções básicas.Os processadores RISC são desenha-dos para executar estas instruçõesbásicas de maneira extremamenterápida. Os ganhos de desempenhoobtidos com a aceleração das instru-ções frequentes mais do que compensao tempo gasto na construção de ins-truções complexas esporádicas. A Apple é o primeiro, e até agora, oúnico fabricante de computadorespessoais que já anunciou publica-mente que vai mudar toda a sualinha de produtos para a tecnologiaRISC. A escolha do PowerPC foi sela-da em um acordo histórico, em 1991entre Apple, IBM e Motorola. A aná-lise da Apple era de que a tecnolo-gia CISC (desenvolvida na décadade 70 e na qual estão baseados

tanto os chips Motorola 680x0 quan-to os Intel 80x86) estava esgotada.Que ela havia sido criada em umaépoca em que os computadores ti-nham 16 ou 32Kb de memória e quenão correspondia mais à realidade. O chip PowerPC 601, o primeiro danova geração de processadoresRISC, já começa em um patamaracima do topo de linha da arquitetu-ra CISC, o Pentium. O PowerPC tema metade do tamanho do Pentium,esquenta menos – o que permite suautilização em notebooks – e é maisbarato.O PowerPC 601 é considerado umchip de transição, cujo objetivo prin-cipal é garantir a compatibilidadeentre programas na mudança deplataformas baseadas no CISC parao RISC. As próximas gerações dePowerPC deverão se preocupar

menos com a compatibilidade e maiscom a rapidez e eficiência da tecno-logia RISC.Quem poderia imaginar, há algunsanos atrás, que os chips de umanova geração de Macintosh seriamfabricados pela arqui-rival da Apple,a IBM? Pois é o que acontece hoje.Por enquanto, os chips dos PowerMacs estão sendo fabricados pelaIBM, enquanto a Motorola se con-centra no desenvolvimento dos futu-ros chips PowerPC e na implantaçãode um novo sistema inédito de pro-dução de chips em massa. O objetivo é produzir chips PowerPCem larga escala, tornando-o umaalternativa ao padrão Intel (80x86 ePentium) e incluí-lo não só em com-putadores, mas em componentes ele-trônicos para carros, televisores eeletrodomésticos.

POWERPC 601 X PENTIUM

Característica PowerPC 601 PentiumArquitetura RISC CISC Idade da arquitetura 3 anos de 15 a 20 anosNúmero de transístores 2.8 milhões 3.1 milhõesTamanho 118,8 mm2 262,4 mm2

Dissipação de calor a 66 MHz 9 watts 16 wattsCusto de produção US$ 76 US$ 483Máximo de instruções por ciclo 3 2Cache 32kb unificado 8kb de instrução,

8kb de data

A PRÓXIMA GERAÇÃOPode parecer estranho falar em umanova família de Power Macs antesmesmo da primeira chegar ao mer-cado, mas a verdade é que os trêsmodelos baseados no chip PowerPC601 já estão com seus dias conta-dos. Eles devem durar até o começodo ano que vem, quando deverãoser substituídos por modelos basea-dos no chip PowerPC 604, que terãoum desempenho duas vezes maiorque os atuais Power Macs.Antes disso, a Apple deverá lançaralguns modelos de Power Macintoshpopulares (talvez um Power Classicou um Power LC) baseados noPowerPC 603, uma versão menor,mais barata, mas com a mesma per-formance atingida pelo 601. O 603também será o chip que substituirá o040 da nova linha de PowerBooksque estão sendo lançados este ano eserá posteriormente incluído emtodos os portáteis Apple.Por fim, provavelmente lá por outu-bro de 1995, serão lançados os

modelos basea-dos no PowerPC620, estações detrabalho de altaperformance eservidores.Quem já acom-panha a políticade lançamentosde produtos daApple deve estarachando estra-nho toda essamontanha deinformação so-bre futuros lançamentos. Até agora,a regra era o usuário tomar conheci-mento de um modelo mais rápido emais barato somente depois de tercomprado seu Mac, não antes. Omotivo por trás de tanto press-relea-se é mostrar a usuários e fabricantesde software e hardware que osPowerPC têm uma estratégia de evo-lução já estabelecida, com parâme-tros bem definidos, enquanto que dofuturo do Pentium, nada se sabe.

OVO DE PÁSCOADescobrimos o primeiro Ovo de Páscoa do PowerMacintosh. Para quem não sabe, Ovos de Páscoa(Easter Eggs) são uma tradição entre programa-dores, que escondem brincadeiras e truques inú-teis dentro de seus programas. Se você segurar obotão de interrupção da CPU de um PowerMacintosh e ligá-lo, ele irá crashear com um somrealista de desastre de automóvel. Em um lancefantástico de paranormalidade editorial, a MAC-MANIA incluiu um som incrivelmente parecidoem seu disquete de brinde para os assinantes.

Os pilotos de prova posam ao lado de uma máquina exausta

Foto: Hans G

eorg

E OS SOFTWARES?Como você já deve ter percebido, a grandeinterrogação sobre o Power Macintosh são ossoftwares. Quando estarão disponíveis os pro-gramas nativos? Eles serão apenas versões maisrápidas dos softwares atuais ou terão novas erevolucionárias funções e características? Voupoder dar Quit em um programa dizendo “xô,PageMaker” ou “cai fora, Photoshop”?O fato é que, em 1984, a Apple lançou um com-putador chamado Macintosh, para o qual nãohavia quase nenhum programa, o que por pouconão o transformou em um retumbante fracasso.Em 1994, a coisa foi bem diferente. Faz um anoque a Apple está provendo desenvolvedores desoftware com informações sobre o PowerMacintosh e catequizando fabricantes de hard-ware e software para a nova era que se inicia. Aprevisão é que até o começo do segundo semes-tre deste ano já exista uma centena de progra-mas nativos para o Power Macintosh.A dúvida entre os desenvolvedores de softwareagora é como vender seus produtos nesse perío-do de transição de 680x0 para PowerPC. Elesnão sabem se vendem os programas em versõesdiferentes para cada chip ou se vendem umaversão “fat binary”, incluindo instruções para osdois sistemas.Outro problema é a disparidade entre as plata-formas. Os fabricantes de software demoraramum bom tempo para fazer versões multiplatafor-mas praticamente idênticas de seus programas, eagora aparece uma nova plataforma, muito maispoderosa, que pode apresentar recursos inéditos.Só que fazer uma versão mais poderosa queoutra pode atrapalhar o negócio. A Aldus jáafirmou que a versão do PageMaker para oPower Macintosh será idêntica às de Mac e PC,apenas rodando mais rápido. Novidades quevenham a ser desenvolvidas como fruto da tecno-logia RISC devem ser incluídas, como AldusAdittions, para o Power Macintosh. A maioriados desenvolvedores tem demonstrado essapreocupação. A previsão é de que esse receiodure até o momento em que um concorrentecomeçar a usar e abusar da capacidade de pro-cessamento do PowerPC, aí todos terão que cor-rer atrás. ~

Colaborou Teresa Nunes, da Alemanha

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MAC MANIA

SOFTWARES NATIVOS PARA O POWER MACINTOSHCompanhia Produto Mês de

lançamentoAbsoft Corp. ..................................Absoft Fortran 77 4.0 ........................................AbrilAdobe Systems Inc..........................Adobe Illustrator ................................................Abril

Adobe Premiere ................................................AbrilAladdin Systems Inc. .......................StuffIt ................................................................AbrilAldus Corp.....................................Aldus FreeHand 4.0...........................................Abril

Aldus PageMaker 5.0 ........................................MaioAlias Research Inc...........................Alias Sketch! 2.0 ...............................................MaioApple ............................................Photoflash 1.1 ...................................................MarçoCanto Software Inc. ........................Cirrus 2.1 .........................................................Maio

Cumulus 2.0/Pro ...............................................AbrilCentral Point Software Inc. ..............MacTools for Power Macintosh 3.0......................MarçoClaris Corp. ...................................Claris Impact 1.0 ...............................................Abril

ClarisWorks 2.1 ................................................AbrilData Description Inc........................Data Desk 4.2 ...................................................AbrilDayna Communications Inc. ............ProFiles 1.0.......................................................MarçoDeltaPoint Inc. ................................Deltagraph Pro 3.5............................................MarçoDomark Software Inc.......................Flying Nightmares I............................................MarçoFractal Design Corp. .......................Fractal Design Painter 2.0 ..................................MarçoFrame Technology Corp...................FrameMaker 4.0.3 ............................................AbrilGraphic Magic Inc..........................Multiframe 3D 2.0 .............................................AbrilGraphisoft U.S. Inc. ........................ArchiCAD 4.5 ...................................................AbrilGraphsoft ......................................MiniCAD 5........................................................MarçoGreat Plains Software .....................Great Plains Dynamics 2.0 .................................MarçoGryphon Software Corp..................Morph 2.5 ........................................................MaioInsignia Solutions Inc.......................SoftWindows 1.0...............................................MarçoInterCon Systems Corp. ...................TCP/Connect II 1.2.2 .........................................AbrilLanguage Systems Corp. .................LS PASCAL/PPC 1.0...........................................MarçoMacromedia Inc. ............................MacroModel 1.5 ...............................................AbrilMacVONK Inc. ...............................RagTime 4 1.0...................................................MarçoMetrowerks ....................................Code Warrior....................................................MarçoMicrosoft Corp. ..............................Microsoft Office 4.2 (*) ......................................Junho

FoxBASE Pro 2.6 ...............................................JunhoMicrosoft Works 4.0 ..........................................Junho

New Video Corp.............................EyeQ AV...........................................................AbrilEyeQ Video Codec 2.2 ......................................AbrilIndeo Video Codec 2.2 ......................................Abril

Nisus Software Inc. .........................Nisus Writer 4.0................................................AbrilNow Software Inc. ..........................Now Contact 1.1 ...............................................MarçoQuark Inc.......................................QuarkXPress 3.3 ...............................................MaioRasterOps Corp..............................RasterOps Horizon 24 1.1 .................................Abril

RasterOps PaintBoard Professional 1.1................AbrilRay Dream Inc................................Ray Dream Designer 3.0 al ................................MarçoSignal Analytics Corp. ....................Prism 4.0 ..........................................................AbrilSpecular International Ltd. ...............Infini-D 2.6 .......................................................MarçoStac Electronics...............................Stacker for Macintosh ........................................MaioStrata Inc. ......................................StudioPro 1.5 ....................................................MarçoSuperMac Technology Inc. ...............ProofPositive CPSI ..............................................MaioVicom Technology Ltd. .....................Vicom Multiterm Plus 4.5....................................Março

Vicom Runtime Plus 4.5......................................MarçoVideoFusion 1.6 ................................................Abril

Virtus Corp.....................................Virtus VR 1.01...................................................MarçoWolfram Research Inc. ....................Mathematica 2.2 ...............................................Maio

(*) Inclui Microsoft Word 6.0, Excel 5.0, Powerpoint 4.0

Heinar Maracy

POWERMACS

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MAC MANIA

BÊ-A-BÁ DO MAC

ar nome aos documentos que você cria no Mac pode parecer umacoisa trivial, a princípio. Só que depois de algum tempo, você percebeque está passando horas do seu dia em frente a janelas de Open ouabrindo folders dentro de folders tentando lembrar se aquela imagem

se chamava barquinhocor A, barquinhocor B ou Barcor XXX. Existemalgumas regras que, se observadas, podem facilitar muito a sua vida e,

principalmente, a vida dos pobres coitados que precisam achar um documentobatizado com um nome cabeludo quando você não está por perto.PPrriimmeeiirraa rreeggrraa:: pense antes de dar nome a um documento. Muitas vezes a pres-sa em terminar o trabalho faz a gente dar qualquer nome a ele. O “depois eumudo isso” quase sempre acaba em “porque eu não mudei esse nome antes”.Encare o ato de batizar um documento como a escolha do nome de um filho.SSeegguunnddaa rreeggrraa:: seja burocrático e descritivo. Nomes artísticos podem ser muitobonitos, mas atrapalham na hora de saber o que realmente está lá dentro. Nocaso de ilustrações e imagens, tente descrever o que elas contêm ou que tipo deefeito foi atingido (é mais fácil adivinhar o que significa “paisagem posterize” ou“paisagem metalizada” do que “paisagem mutxolôka”).TTeerrcceeiirraa rreeggrraa:: não abrevie demais. Isto não é um PC. O Mac permite que vocêdê nomes aos seus arquivos com até 32 caracteres. Mas nomes muito compridosaparecem cortados quando você vê o conteúdo de um folder pelo nome (ByName) dos arquivos. O ideal é não passar dos 18 caracteres.QQuuaarrttaa ee úúllttiimmaa rreeggrraa:: organize seus arquivos. Se para um determinado projetovocê tiver dois arquivos com o mesmo nome, procure colocar depois do nomeuma indicação do programa em que o arquivo foi criado (FH para FreeHand,PM5 para PageMaker 5.0 etc). Indicar o formato do arquivo (TIFF, EPS ou Texto)também é interessante. Se precisar numerar seus documentos, coloque o número antes do nome, nuncadepois. Coloque sempre zero antes dos números de um algarismo (01, 02, 03...até 09). Lembre-se que o Mac organiza os documentos pelo primeiro algaris-mo, logo, se você não colocar o zero antes, terá como resultado uma numeraçãoencavalada, tipo 1, 10, 11, 2, 3. Nunca tente colocar dois pontos (:) no nome deum arquivo. O Mac utiliza esse símbolo para localizar seus documentos. Se vocêtentar usar o sinal de dois pontos, ele será transformado em um hífen.Preste atenção também para não salvar o documento na pasta do programa.Crie uma pasta especial para ele. ~

EU TE BATIZO...EU TE BATIZO...

D

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MAC MANIA

SIMPATIPS OPTION-QUARK

O QuarkXPressdeve grande partede sua fama ao

número extenso de atalhos de tecladosque podem ser utilizados para execu-tar determinadas funções e chamaralgumas janelas de diálogo. Algunscomandos, acrescidos da tecla Option,tornam possíveis outros atalhos. Aquiestão alguns deles:Option-Ω-D – Step & RepeatOption-Ω-P – Page SetupOption-Ω-S – Save AsOption-Send To Back – Send BackwardOption-Send to Front – Send ForwardAlém destes atalhos, se você clicar segu-rando a tecla Option sobre a faixa deTabs, todos os Tabs desaparecem. Clicarcom Option sobre as réguas faz todasas guides desaparecerem e segurarOption em janelas que têm o botãoApply faz todas as suas mudanças apa-recerem automaticamente no documento.

TRIPLIQUE SUA MEMÓRIA RAM SEM METER A MÃO NO BOLSOA resenha do RAM Doubler (MACMANIA 2) provocou a maior repercussãoentre nossos leitores. Todos queriam saber como comprar o incrível progra-minha que, em um passe de mágica, duplica sua memória RAM. Com aversão 1.0.1, a coisa ficou ainda melhor. Além de eliminar alguns bugs daversão anterior, a nova versão permite um truque que transforma o RAMDoubler em RAM Tripler! Acredite se quiser! Aqui está a dica:1- Abra a extension RAMDoubler (versão 1.0.1) com o ResEdit (presumimosque você tenha o disquete original muito bem guardado e becapado, parao caso de acontecer algum contratempo).2- Abra a Resource chamada Prefs. 3- Dentro dela há uma Resource com ID -4064. Abra e procure um campochamado RAM Multiplier com o valor $00020000.4- Mude o valor para $00030000. Dê Restart e observe o tamanho de suamemória no About this Macintosh. RAM Tripler instantâneo! Os efeitos cola-terais sobre o desempenho do Mac são praticamente os mesmos do RAMDoubler, uma queda de cerca de 10% na velocidade da máquina. Se vocêfor do tipo precavido, pode começar aos poucos, com um RAMDoubler e meio, por exemplo, colocando o valor $00025000. Sefor do tipo “piloto de provas” pode experimentar o RAMQuadrupler, Quintupler etc., colocando $00040000, $00050000…

LEGENDAS NO QUICKTIMEVocê pode utilizar o Movie-Player para colocar legendasem filmes de QuickTime. Copieuma frase para oClipboard, abra ofi lme dentro doMoviePlayer e arrastea barra do Play coma tecla Shift apertadapara selecionar o tre-cho que você quer legendar.Segure Control-Shift-Option eescolha Paste no menu Edit. Naparte debaixo do filme vai apa-recer uma faixa preta com suaslegendas. Legal, não?

ABRE-TE SÉSAMOÉ na maneira deabrir as pastas quese distingue o meromacintosheiro doverdadeiro macma-níaco. Enquanto oprimeiro vai abrindopasta dentro de pas-ta, deixando o desk-top atulhado de jane-las abertas, o segun-do clica sobre apasta segurando dis-cretamente a teclaOption. Dessa formaa pasta anterior sefecha automatica-mente. Mudou deidéia e quer voltarpara trás? Simples,apertando a teclaCommand (Ω), cliquesobre o nome dapasta que apareceráum menu pop-up,igual ao das janelasde Open/Save, mos-trando o caminhoque você fez parachegar ao fo lder.

PASTA-BUMERANGUEAlguma vez você já ar-rastou uma pasta e, nomeio do caminho, perce-beu que estava carregan-do a pasta errada e ficousem saber se ia parafrente ou voltava? Não seapoquente! Há uma solu-ção simples e rápida pa-ra esses momentos de dú-vida. Deixe a pasta cairno Desktop e dê Ω-Y. Elavoltará imediatamenteao lugar de onde saiu.

SELECIONANDO COLUNASNo Word, caso você queira sele-cionar uma coluna vertical detexto – para copiar apenas umacoluna de uma tabelaou mudá-la de lugar,por exemplo –, bastaaper tar a tecla ecomeçar a seleção.

Inauguramos aqui a seção HARD TIPS, com dicas para aque-les que se acham heavy users, que comem bits no café damanhã, instalam placas de vídeo com os dentes e audaciosa-mente vão aonde nenhum homem esteve antes. Crianças,não tentem fazer isso em casa sem a presença de um adulto.

HA DR I SPT

A MACMANIA nasceu nomês de Capricórnio, o quesugere seriedade, solidez e

responsabil idade. Aconjunção com Mar-

te indica espíritode pioneirismo e

o ascendenteem Gêmeosfavorece ascomunica-ções. Ami-zade e cria-t i v i d a d eserão doispontos for-tes da re-

vista. A con-junção exata

de Vênus eMercúrio indi-

ca excelente ca-pacidade e quali-

dade de comunica-ção, depoimentos com-

petentes e profundos (ambosos planetas em Sagitário) ebeleza na forma.

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MAC MANIA

USERS & GROUPS

NOME:Vicki d’OreyHARDWARE:LC III, CD-ROM,ImageWriter IISOFTWARE:Astrology IO Series,Aldus SuperPaint,Word 5.0

Foto: Hans G

eorg

A astróloga e psicológa Vicki d’Orey fez sua primeira tentativa de utilizar um compu-tador para auxiliá-la na confecção de horóscopos e mapas astrais em 89, comprandoum laptop Toshiba. “Foi horrível. Tudo era feio, o DOS era complicado e mal-humora-do; quase desisti e voltei a fazer os cálculos na mão e na calculadora”. Foi quandoseu tio lhe apresentou o Macintosh. “Descobri que era possível aprender a mexer emum computador em uma só tarde, sem cursos ou manuais. A Apple tinha acabado delançar o Classic. Me virei para conseguir o dinheiro e acabei comprando um, pagan-do o que hoje corresponderia a um Quadra. Mas não me arrependo.”Hoje, Vicki trabalha em um LC III, onde faz traduções de livros e escreve horóscoposque são publicados na Revista da Folha de S.Paulo, Notícias Populares, Moda Moldese Criativa. Ela utiliza o Astrology IO Series, um software modular da Time CyclesResearch, que permite a confecção de mapas astrais, horóscopos e interpretações,que podem ser editadas e impressas diretamente do programa ouexportadas para um processador de texto ou programa deeditoração.Vicki confessa que não se dá muito bem com oPageMaker e prefere montar seus horóscoposutilizando os recursos de Drop Caps e múlti-plas colunas existentes no Word. Segundoela, o ponto forte do programa de astrolo-gia que utiliza é a modularidade e a pos-sibilidade de “personalizar” as interpre-tações, acrescentando conceitos e per-mitindo adaptações para públicosespecíficos. “Estou agora adaptandoas interpretações para fazer horósco-pos de crianças, em uma linguagemmais fácil e fazendo relações com o uni-verso infantil.”“O Mac me colocou em contato com oresto do mundo”, diz Vicki. Ela contaque ficou impressionada com a eficiênciae atenção que recebeu da Times CyclesResearch quando decidiu comprar oAstrology. “Mandei um fax confirmando a com-pra e pedindo para que o software fosse entregue aum amigo meu que estava nos EUA. No dia seguin-te, o pacote já estava no hotel em que ele estava hospe-dado. Até hoje eles me ligam, de tempos em tempos, parasaber se eu preciso de alguma coisa e se estou satisfeita com o programa.” ~

SOB O SIGNO DE MACINTOSH

Gente, ela acertou tudinho

MAPA ASTRAL DA MACMANIA

~ ALDUS E ADOBE DEVERÃO

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26

MAC MANIA

RESENHAS CRITÉRIOS DE AVALIAÇÃODE SOFTWARES

INTUITIVIDADE- Até onde vocêpode ir, sem abrir o manual.INTERFACE- A cara do programa.O jeito com que ele se comunica como usuário.PODER- O quanto o programa seaprofunda em sua função.DIVERSÃO- Só para games, dis-pensa explicações.CUSTO/BENEFÍCIO- Veja aqui seo programa vale o quanto pesa.

FREEHAND 4.0Aldus CorporationPreço: US$ 824 (Brasil)Configuração: Mac colorido,System 6.05 em dianteIntuitividade: ¡™Interface: ¡¡™Poder: ¡¡¡¡™Custo/Benefício: ¡¡™

Depois do carnaval feito em torno daversão 5.0 do Illustrator, chegou ahora do FreeHand entrar na aveni-da. Quem esperou até agora paraver a sua escola passar, não vai searrepender. O FreeHand 4.0 traznovidades de arrepiar os cabelos,além de igualar quase todos os re-cursos apresentados na última versãodo concorrente. Acentuando a velhatendência que faz com que os soft-wares se pareçam cada vez mais, oFH4 ganhou ares de programa depaginação. Diga adeus àquela pseu-do justificação de texto que não hife-nizava automaticamente e aos doiscliques no bloco de texto para poderalterá-lo. Diga olá para as múltiplaspáginas num mesmo documento,para o recurso de linkar um bloco nooutro e aos controles de parágrafo,indentação e tabulação. Agora, asletras escorrem com facilidade pordentro e em volta de todo tipo deobjeto. Caracteres especiais aumen-taram o controle sobre o fluxo detexto. E funções antes oferecidassomente pelo Quark ou PageMakerforam incorporadas à nova versão.

EU ACREDITO EM PALETESe o carro alegórico da editoraçãodeixa a desejar, o mesmo não podeser dito da comissão de frente. Onze(eu disse onze!) paletes agilizamextremamente a criação de ilustra-ções. Acompanhe o texto a seguirolhando a tela ao lado.

• Toolbox permite agora que vocêescolha, numa janela de diálogo, seos seus retângulos vão ter cantosarredondados, acabando com essaferramenta específica. No seu lugar,um ícone de hexágono representaum instrumento que desenha estrelasde três a vinte pontos e polígonos deaté vinte lados. Rotation, Reflexion,Skale e Skew ganharam uma palete(Transform) com as informações an-tes obtidas através de Option Click.• Transform incorpora também afunção Move, além de confortáveisbotões Apply. • Color list importa 12 libraries decor, além de guardar e exportar ascombinações criadas no documento. • Color mixer possibilita misturar eaplicar cores CMYK, RGB, HLS eApple Color System sobre os objetos.Caso você queira salvar algumacombinação, basta arrastar a cor atéuma “porta de entrada” (representa-da por um alvéolo com uma seta) dapalete Color list. • Half tone controla a forma, aquantidade de linhas e o ângulo dasretículas.

• Tints define as escalas de cinza.• Type mostra a fonte, o corpo e oestilo de um texto.• Align alinha objetos e teve seu fun-cionamento simplificado.• Layers cria e batiza infinitos planosde desenho.• Styles mostra as combinações de Fille Line criadas e está de cara nova.• Finalmente, a apoteótica Inspectoracumula 11 (mais onze!) subpaletesacionadas por botões. Através delas,pode-se controlar funções antesespalhadas por dezenas de menus,submenus e janelas de diálogo.Pode-se definir, entre outras coisas,as características da linha, o ângulo

Nunca abra todas as paletes, você corre o risco de não achar mais seu desenho

e cor dos degradês, as texturasPostScript, o número de fases de umBlend, a resolução de impressão, aentrelinha, o kerning, a unidade demedida das réguas e até a inserçãode páginas. Ufa!!!

TIRANDO O ATRASOProcurando diminuir a diferença pro-vocada pelos filtros Pathfinder doAdobe Illustrator 5.0, a Aldus provi-denciou algumas Path operations(veja o menu ao lado). Além de alte-rar a direção das linhas PostScript,esses comandos resultam em umasérie de fusões entre dois ou maiselementos. Na figura abaixo, demos-tramos algumas possibilidades des-ses recursos. O destaque vai para obom e velho Blend, que agora possi-bilita até mil fases de transição.Sem apresentar nada tão poderosocomo os filtros punks do Illustrator,dá para sentir que nessa área aAdobe continua na frente.Se os filtros não são lá essas coisas,o mesmo não acontece com os con-troles de texto. As opções Flow insidee Bind to path colocam o texto pordentro e por fora de qualquer obje-to. Para fazer o Link de uma figura àoutra, o FreeHand utiliza linhas obti-das clicando-se sobre um pequenoquadrado e arrastando até o próxi-mo objeto (ilustração acima à direi-ta). Também foi incorporada a estaversão a função Text Wrap, queimpede que o fluxo de texto avancesobre os outros elementos dapágina.Junto com o programa, umconjunto de ilustrações paraimpressionar turista, uma auli-nha fajuta mostrando as novi-dadades e um pacote commais de 120 fontes Type 1.Neste, o destaque fica porconta de uma elegante Bodonicom serifas mais finas que asda versão Adobe.Apesar da torcida, os juradoscertamente não darão notadez em todos os quesitos. Odesaparecimento da alinha-mento vertical fez com quearquivos antigos ficassem como texto “sambado” ao serem

convertidos para a nova versão(lamentável). Alguns comandosmudaram de função e, sem omanual, até o mais legítimo membroda comunidade FreeHandista vaiapanhar um pouco para descobrironde foram parar alguns velhos ami-gos. Mas o pior de tudo é que aAldus ainda não resolveu o velhoproblema da lentidão quando oFreeHand trabalha com texto. Ouseja, se você não tem um Power Macou uma máquina baseada no chip68040, prepare-se para a canseira.

Tony de Marco

Multisoluções: (011) 816 6355

Ilustração original Intersect Punch Union

Expand Stroke Join Objects Blend de 21 fases Blend de 200 fases

Note que as paletes estão fechadas para não atrapalhar a visão

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MAC MANIA

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MAC MANIA

RESENHAS

VIRTUALDISKContinuum SoftwarePreço: US$ 49Configuração: System 7Intuitividade: ¡¡¡™Interface: ¡¡™Poder: ¡¡¡™Custo/Benefício: ¡¡¡™

“Eu sei que eu copiei esse arquivopara um disquete. Só preciso desco-brir em qual...” VirtualDisk chegoupara acabar com a “síndrome daagulha no palheiro” que acometetodos que alguma vez tentaram res-gatar um documento perdido emuma pilha de disquetes, SyQuests ouem algum Mac ligado em rede.VirtualDisk cataloga todos os discosremovíveis que você ejeta de seuDesktop. Ele cria um disco virtual ecoloca dentro dele uma coleção dealiases que representam todos osseus arquivos e sua respectiva locali-zação. Para achar um determinadodocumento, basta dar um Find (Ω-F)no VirtualDisk e clicar no alias que

ele pede para você inserir o discocerto. Ele mantém atualizado o catá-logo, monitorando todas as mudan-ças que você faz em seus discos.VirtualDisk funciona com disquetes,cartuchos de SyQuest, CDs e harddisks, estejam eles ligados direta-mente no seu Mac ou em rede.VirtualDisk é um Control Panel. Parainstalá-lo, não é preciso técnica nemtampouco habilidade. Basta arrastá-lo para cima do System Folder, abriro programa e pedir para ele criarum catálogo. O ícone do VirtualDiskaparecerá no seu Desktop. A partirdaí, todos os discos removíveis queforem ejetados terão seus conteúdoscatalogados.O único contratempo do VirtualDisk éo tempo que você perde para atuali-zar as mudanças nos discos. Toda vezque você ejeta um volume, ele o atua-liza, o que pode demorar um certotempo. Se você colocou um arquivi-nho em um disco ótico de 600Mb, elevai copiar novamente o disco inteiropara registrar a mudança.

Continuum Software Inc.:(001) 800-603-7446

Corra atrás do software que deixa seu Mac com memória de elefante

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Como o mercado de Macintosh é muito

menor que o de PC, o número de assis-

tências técnicas especializadas também

é menor. Consequentemente, os or-

çamentos são mais caros.

A boa notícia é que, se até bem pouco

tempo atrás qualquer ministro da

Fazenda podia chamar as assistências

técnicas para Mac de oligopólio, hoje

isso já não é mais verda-

de. Estão começando a

surgir pequenas empresas

de assistência e consulto-

ria para Macintosh,

geralmente formadas por

ex-funcionários de empre-

sas maiores. Como na

maioria dos casos, um

conserto depende mais do

know-how do técnico do

que dos recursos da

empresa, vale a pena

fazer uma consulta a uma

pequena assistência.

Muitas vezes seu proble-

ma não necessita de uma

assistência técnica. Con-

sulte sempre todo mundo

que você sabe que enten-

de um pouco mais de

Mac que você antes de

mandar sua máquina

para a funilaria. Faça

uma junta médica e tente

chegar a um diagnóstico.

Sempre é bom ter uma

opinião descompromissada a respeito.

Aliás, essa é a vantagem de participar

de um grupo de usuários. Em São

Paulo, o SPMUG dá suporte técnico a

seus associados em casos como esse. Se

a sua cidade ainda não tem um MUG

(Macintosh User Group), funde o seu.

Mas se não há alternativa a não ser

enviar seu Mac para os técnicos, pro-

ceda com cautela. Não tenha medo de

pedir para que o computador seja exa-

minado na sua frente. Faça todas as

perguntas possíveis e anote os números

de série do hard disk e do drive de dis-

quete. Faça vários orçamentos. A dife-

rença de preço para o mesmo serviço

Uma das vantagens comparativas lar-

gamente alardeadas pelos defensores

do Macintosh é que ele apresenta uma

quantidade infinitamente menor de

problemas de hardware que um clone

de PC. Se há uma vantagem em com-

prar um computador com um único fa-

bricante no mundo inteiro, seguramen-

te é esta. Principalmente, quando este

fabricante tem um contro-

le de qualidade rigoroso,

como o da Apple.

Mas o Mac não é o Moto

Contínuo, não é a máqui-

na perfeita. O tempo, a

poeira, um tropeção nos

cabos, guaraná sobre o

teclado, tudo contribui

para o seu desgaste. Che-

ga uma hora em que –

como as famílias das his-

tórias de Nelson Rodrigues

– ele começa a degringo-

lar. O hard disk vai pro

espaço, o drive emperra,

um belo dia você liga seu

companheiro de anos de

noites mal dormidas...e

nada acontece. Aí é ne-

cessário recorrer a uma

assistência técnica. É nesse

momento que, ainda mais

no Brasil, o bicho pega.

Se você comprou seu Mac

de uma revenda autoriza-

da Apple, preencheu e

enviou seu formulário de cadastramen-

to e ainda está no prazo da garantia,

tudo bem, pode ficar tranquilo. Basta

encaixotar e devolver seu computador

para a revenda ou para uma assistên-

cia técnica indicada por ela que ele

será consertado, sem que você precise

gastar um centavo. Na pior das hipó-

teses (ou na melhor, dependendo do

ponto de vista), você receberá um Mac

novinho, zero bala. O único inconve-

niente é o tempo que

as re-

vendas demoram para consertar e

devolver seu equipamento. Já houve

casos de usuários que esperaram 40

dias pela troca de um hard disk que-

brado. Se você só tem um Macintosh e

depende dele para trabalhar ou tocar

sua empresa, esse tempo pode signifi-

car um pedido de concordata. Não

custa nada perguntar, no ato da com-

pra, se a sua revenda dá algum tipo

de suporte a esses casos trágicos.

Se o seu Mac foi comprado no exte-

rior e você tem a nota fiscal da com-

pra, você também tem direito a usu-

fruir da garantia internacional da

Apple. Só que o caminho é mais com-

plicado. Você terá que entrar em con-

tato com o vendedor, realizar o con-

serto aqui, pagar o conserto, enviar a

nota para a Apple nos Estados Unidos

e esperar o reembolso.

Mas se você está fora da garantia,

meu amigo, minha amiga, o jeito é

recorrer à assistência

técnica. em assistências técnicas diferentes pode

chegar a alguns milhares

de dólares.~

OMBUDSMAC

30

MAC MANIA

MAOS AO ALTO, ISTO E UM ORÇAMENTO

˜

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