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SE RMÀOa v A R T A D O M I N G A

Q V A R E S M A ;

Q V E P R E G O V N A C A P E L L A REAL'NO A n n o D i lé C o ,

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M R . P , A N T O N I O D E S A A ’

D AC O M P A N H I A D E

I M C O I M B R Á .

Com todas as tic en fa s necejftrias:

Na Officina de Ioseph Ferreyra; Anno

/ U N IV E R SID A D DE N A V A R R A B IB L !O T ?= r/ . r ' iU;V;ANÍDADES

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A v e M a r i a .

Fugit iterum mmontem ipfe folus, loan. 6 ,

f R A N D E Euangclhoafsi perao politico,como pera o lagradojafsi pera a coite, como pera oefoirito:o exor­dio ferà cortezáo, elpiritual o dilcuríb. Laftim ado lelu C hnftodam ortedoB autifta , atraueíTbu hum pedazo

^ de mar de Galilea, Scleguiao húa numeróla multidáo de gente,nao rendida as muicas prendas de Chrifto^mas

porque Chrifto era rendoíb a íuas.vida8, queafsiforáo íempre os fe- quitos do mundo: iiáoeftim a os m erecim entos, fenáo os interefles* nao adora as pefibas,adora as dependencias. Desbarata Moylés aquel- Iff ídolo, que o pouo em íua aufencia íubftituhio por guia, oC he couía digna de reparo, q ninguem eftorue a M oyfésodeftro5o:E pois, pou- co ha tanta adoragáo^á agora tanto xkfprezo? Sim ,que como falla- ua Moyfés, julgarao que necefskaüáo de idolo pera guia, agora ja naó be necceílKria guia, porque M oylés voltou do m onte, 6c como ceflbu a dependencia, cefibutam bem a idolatria, acaboufe o cortejo, porque fe acabou o interesé. PòiC hrifto os olhos na turba,& o mefmo foi vel­ia necefsitada, que tra ta r de remedíalacuidadofoj Cum vidiffet turbami dixit adPhílippum.'Eñz dcueíer a qualidadedos ólhosde hum Principe, equiuocar tanto o remedio com a viña, que nao fediftinga av iíla do remedio; ha de trazeralibcralidadenosolhos,q feria pouca fidalguia de hum Monarcha conhecer a necefsidadcjSc nao franqueare aliuio.

A quelleC ordeir^que vioS. lo äo ,d izquetinhafeteo lhos, 5c que eráo outras tantas ciadiuas, que repartia em bencfício'tió mundo: fíidi figmm hahentem o c u l o s f u n t fepterh Spiritus Dei wißt in opmerrt ferranti. Notauel dizcr! & fe cräo olhös, como podiao iei dadiuas^Por- que eráo olhos de hü cordeiro pofto em o throno: in medio throno agnnm ifantem: & qué occupa os thronos mageftoIbs, ha de trazer as dadiuas nos ojhos: o melmó ha de íer delpregar os olhos pera ver,que rapartirc «s màos faüores pera aliuiarjtudo o que hum fauor iuppoem de tempo laa viftà, Icua de menos no agrado, & por iflb näo háo de fcr no Piinci^

A ij pe

peduasac^nensdíuerfAso beneíiciar,8cover,!iadcfazergaladc quefejáo nelle húa melm;i coiifn, o ver, & o beneficiar.

Preguntón o Scnhor a Phelippe, onde fe poderia comprar pam pera í i ( \ \ \ú \á g z n x t \D íx i ta 4 Phílipputn:'vnde<meTnuspaneii v t manducent h iÍ EporqueonííopregunC ouaPedro,queerao maior do Apoílolado?

ou a loaó, que erao mais entendidoFou a ludas,aquem como procura­dor pertenciáo as compras? Sabem porque? porque ludas era traidor, lo áo era valido,6c Pedro era poderofo; 8c nos confeIhos,nem fe háode adm itir validos,porquevotúocom affeiyáa,nem traidores, porque voráocom odio,nem poderofos,porque votao com infoloncia, haó- ie de admitir experimentados, como querem todos qucfotfe na prc- fente materia Phelippe; nao ha de íer cóíelheiro, nem qucm ama,nem ¡quem aborrece, nem quem pode, fenáoquem fabe;l'ofrafe em boraq tcnba a trei^áo as rendas, a valia, o fauor, o poder, os títulos, mas te- nháo as experiencias o con-felhc, que he ícm rexúo notauel,que votem es grandes, porque tem as dignidades^s priuados,porque tem a g r a ^ , 08 mal affc6tos,porque té as riquezas,Sc nao votem os pcqucnos,que tem as experiencias,porque íaopequeños.

A Phelippe preguntou Chrifto, & à confulta chamou tentagíio o Euangelifta: Ttntans eum: que na verdade he grande ten tajáo pera h ü m iníftroqualquerpergunta do fupcrior, porque ou ha de liiongear m entindo,ouhadedelgoftarverdadeiro. N o confelho que E l-R ey A chab fez Ibbre a gucrraj que quería dar aos moradores de Galaad,. ©uuequatrocencos lilbngeiros, que por íe acommodarem aogofto do Rey,difleráo que ieria o fuccefib profpero; ouue hutn Michcas verda- deiro,que diíTe íeria infaufto o fucceíToiE que fe íeguio? Seguioie q og quatrocentosHrongcirosmeniirác^porqucfeperdeo A chab, & M i- cheas dclgoftouj porque fe ixmtrapóz à vontade do Rey:náo ha reme­dio, ouaueis de m entir, íe fcruis à lifonja, ou aueis dedelgoftar, fe a t- lendeisá verdade. M as entre m entir,& dcígoftar,m elhor he deígoí^ íar, do que m entir, porque com a m entiraí>erdg¿ tal vezhum R ey - no, & com a verdade deígpftafe quando muicoHam R e y , & menos he deJgoflaríe hum R ey , «jo que perdcríc hum Reyno,porque na per­da pcrdeíeo R eyno ,& perdefe o R ey , como fe vio no itìelmo Achab, no deígofto de hum R ey períeuera o R ey , 8c períeuera o R cyno.

Phelippe diñkrultou a acgao, Andre achou o arbitrio pera o fuften- tOimistzmh€mde(conño\i:§indhiecPitertaotos} E e n tre as defcon- fían^as de Andrc,5c as difíiculdadcs de Phelippe fe dilataua o dcfpa- cho dos pobres.Q ^e de Andrés,6c de Phelipp es deuc auer hoj e no m ú-

áol

áo! là chcgnci a repagar,qual feria a caii(ñ,porqnc venios tnnfas<riutòs dilatadasnostribunais^E pareciam e(iiáolèi le me engano) que er;i porque em alguns miniítros rudo deuem íer máos lem dedos. Dnqucl- Íem !niftro ,quenj m ouafentenga na caula deiR ey Balthezar, diz o texto que íe nao vii áo mais que tres dedos fern máo; yíppñrueruKt tres dimití hoffiiniffiribentis: q i ic m viojá mais dedos fem m aó?M asera mi- niftro de Dcos,& eftes fó tern dedos pera firmar a lentencíi,& nao tcm máosperareccberdofem enciado. Pois íebaftáo tres dedos lem m io pera defpachar hiía caufa»onde vemos tarn poucas caufas defpachadas» qucauem osdeim agtnar, renúoquetudofaóm áosrem dedos? Pacic- eia, Fieis, que beni íabeis que nfio ha chcgar ao tribunal dojuizo, fern prim eiroddxar tudo ñas máosda morte.

Sincopaens,6cdouspeixesteni aqui hum m o^o, diz A ndrò, 6c querem algunsquceftaprouilüüforredaderpenla dos mcfmos difci- pulos. Valhamc DcoSjChriílofaltodeprouim ento: emcmus nesÍ Se osdiícipuIosprouidos:i^/)«éy 'vnusbic? líToheo que acontece comumiirente no mundo: nao ha valido necefsitado, amda quando cftà necelsitado o Principe, 6c por mais que falte à cabera,tempre ío- b tjaaos lados.

E arczáo ,ou fem rezáod iftoachauaeuqueera ,po rque os validos náotratáodeconferuarosintcreliésrcaisá cuftade fuas particulares comodidades, antes conicruáofuas particulares comodidades à culla dosintereficsreais.Tres acafatesdepam fonhauahum criado de Pha­rao que trazia fobre lúa cabccar hum delles pertencia ao R.cy,6c era o que vinha decima, os dous aos miniftros, 8c erúo os que vinháo debai- xojacodiráo importunas auesaoluíl:enro,6cem qualvos parece q.fe íeuariáo? N od o P rin d p e : In 'uno^ <juoderat exeelßusyportare me crnnesci^ hos,aues<fuecomodereexeo:'EJ\iOíC{UQ\^^ocom\ííO as aues dos azafates dos miniftrosF'porquceíles vinháo defendidos, 8c emparados com o do Principe, queera odecima: que da fazenda realfiizem osm iniftrosefcudopcraafuafazenda; os azafates dos minif- tros, quedeuiáo exporfe as aues pera refguardar o de Pharao, eíTes fao os refguardados,6c o de Pharao comido: 5c como os miniftros con- feruáo o que Ihes roca a elles á cufia do que pcrrence ao Principe, nao ha que efpantar de que abundem elles,quando necefsita efte.

Tom ou C hriftoaprotiilaódosdifcipulns, repartioa pellas turbas, & logo íbbejou mantim ento aos pobres. Com o he certo que perecem os pouos, porque eñáo cheos os miniítros: H aja tirar a eftes, que lego haueràperaaquclles .L àpòzG cdeiohum velo no campo, & todo o

A íij roeio

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rodo da noitc embebco cm fy, de forte que fono velo hauiaagoa , & loda a terra ertaua fcca: efpremco Gedeào o velo,8c na fcgunda noice apareceo o velo (eco,6í: a terra molhada;efpremàofeos velos dos m i- niilrosjficlogocom c^aràahum edeccraterrai& arefpirar os pobres: porcm fe fe permite quedozc miniftros tenháo pao, com que fe po- dem fudentar cinco mil bocas,como ha de auer pam pera remedio dos nccefsitados?

T an to que aquello pouo vio a Chrifto táo liberal, tratou de o acla­mar M'inai cha: Vtfacerent eum Regetn: aeertada determina^áo, que fó pera aliberalidade naceraó as purpuras; fczfe o ceptro pera maós fran­cas^ quem aos cicadas naó faó pera ceptro, Sobre qual hauia de nacer primeiro pera tronco illuítre de muitos, & poderofos R eys contende- raó Pharèz,6c 2ara5 no ventre de íua máy Tham ar: em fim Zaraó fauorccidodanaturezalanfoufora hum b ra g o ,8c;a que afsiftia ao parto ,dandolheoparabem deiuadita , o aclamon primeiro: Jñe tgre- dieturprior:'poTcm%á\{'poC\c^ocns fuperiorcs do G èo ,retirando ojutra vez a maó,naceo Pharèz, 6c Ihe leuou o morgado,6c o Rcyno: Jilo 've­ro retrahentemanuw,egrej[us efialter'.^L porque ha de perder Zaráo o morgado? Sei cu que lacob, ainda que no nacimento foi fegundo a EfaCi,com tudo, porque na Iuta, que com elle teue antes de nacer, fe ouue melhor,entrou na primogenitura lacob: 6c Zaraó, que no nacer fo ioprim eiro ,8cnolu tarom ais valen te,ha dcficar lem a primacia? Sim. Q uerem fuber porque? Reparem lhc na máo: Protulit nanum {á\xo icxto) In^uaohííetrixligauitcoccinum. Afsijji Como 2ara6 lan- §ouam áo,atara61henellahüafíia:8c Zaraó deixa atar a máoj? pois ra o ferue pera R ey , que maós atadas nao faó pera empunhar ceptros; quem feprezade fenhor, ha dedefem baragarasm aós, que efl'c he o indicio mais infaliuel da mageílade.

Com o o §enbor entendco o intento das turbas,fugio pera o monte: Fugititerum inm m um . Myfterioíafúgida!Sabéis dóde fogeChiillo? foge de hum R e y n a Sabéis pera onde foge? foge pera hum mónte. O lhai que differenza de termos,de hum R eyno pera hum monte:mas antes quiz feruir aDcos na fblidao de hum monte;/« montem faJus orare: do que íer uir ao m undo na mageftade de hum Reyno: Vtfacerent eum Regem\ pera nos enfinar a nos que melhor he feruir ao Gèo defconhe- cidonosm ontesjdoqueferü iraom undo eftimado ñas cortes: E íb- mos entrados no cfpirito. Fiéis, nefta vida tudo quanto nace,nace pe­ra íeruir, ou ao níundo, ou ao Gèo, nao ha euitar hija deílas fortes, ef»- colhcr a melhor he a venturas que eíla confifte em feruir ao Gèo; nos

enüna

enfina a fúgida dcChr¡fto,6c VOS quero cu hoje pcrítiadirj nao d t k ñ i - m eiso af iu m p to p o r velho, que antes (iebcm co'm l-aftima de nos to­dos) h e in u i to n o u o a f iu m p to ,p o rq u e fegundo viueis, mclhor h e n a vofla opiniáo feruir ao m undo, do que Icruir ao Cco: mas na differen­za, que vay de h u m a o u t ro l l ru ico , conhccercis a m elhoria ; pera o ícrui^o d a Gèo feguiremos o Euágelho,pera o fej uigo do m undo con- fultaremosos que melhor o feruii áo .H a lerta.

N o leí uigo do Gèo fobre bem vifto, Ibis bcm pago; nem vos negáo a.beneuolenciadosolhos,ncm vosfakaócom o logro da corrcfpon- dcnda, E ftan iu ltidaó ,quefcgu ioho jeaC hrifto ,nem Ihefa ltona vi- íla ,m m Ihefaltou a paga:achou cni Ghriíto olhosperaaver: Cum fub ieua jfit oculos, é " 'vi(li¡Jet: 6c achou tambcm cuidado pera a premiai:^^"»- í¡ee?ncmuspatjesi Dicoloobfcquio, que merece tais olhos,Sc tal premio. E notai, que as tuibasnem ptdiráoa Ghrifto queas vifle, ncrn que as remediarte, elle meimo Ihc pÓ7, os oIhos,& Ihe Iblicitou o remedio,que nofejuigodoC éojnem hencceiü'arioqueccrtejeisao miniftro pera o faiior, nem quefalleis ao Principe pera o defpacho, o m cím oD coshe o tei ceiio de vos peí a configo, por voíla conta corrcm os primores do leruir,& por conta de Dees os deíuelos do premiar. A fobcrania de ícu nome he o memorial de voflas lerui^os: Hoc eH nomen memo*r/¡v/cwí«?/?:&qucmtrasomcmoriaUlhco no nome proprio, nao íe pode cíqueccr de quem o íerue, porque nao pode eíqucccrfe de qiieni he; falcar Déos aodefpachodevoílosrerui^os foia faltar ao conhcci- m en todc feu fer: Vede ago ia íe pode negar fauores, quem tcm por nome de l'ua grandeza o memorial de noílos requerimentos.

N o Icruigo do m undo íobre mal pago, fois njal vifto, nem vos pre^ niiaó,ncm vosvem . Digaó Dauid huni dos melhores cortefáós do mundo. Piom eie Saúl aqucm niarafie o gygante terror dos Ifraelitas, & alentó dos Philifteos, que o cafaría com fuá filha M erob: aceita Dauid a cmpreza, facacam po, ficccm o tirodehúa funda deixa iem vida aqud lea té allí m ontecom alma. Generofo lerui^o! Mas que fe feguio.^ feguiofc que afam a de tanto valor, nem prem iaraóa Dauid, nem o viráoj nem ouuc fidclidade na palaura pera o premio, nem ou- ue beneuolencia nos olhos pera a eílim agáo.M erob deufe por m uiher

Dataejí Hadrie/i'vxoriècS-àUÌretìT^m os olhos de Dauid: reBísoculisafpiciebat Sahl Dauid ex illa ¿te. Evs aqiú o que tirou

D auiddehfiafa^anhatam illuñre ,obrada cm oblequio de Saúl: £c que hey eu de por a vida em perígo,& no cabojnem hey de fér pago,né v ifto .^queexecuteeuotirodapcdra,& qucoutrcm logre a vemura

do

do tiro! que Diluid m ate,&: que Hadrieîcarcî qiiefeiaafunda deD a- u id j& queíejáoosoÍliospcraH adrielÍ V edefelia fcm razâo maior. E mais cicandaliza a faka da villa, do que afaka do premio; que o mîi- (jo nâo pagne, auante,porque como o pagar lie dar,hc taô curto de dar o m undo,que pornaô dar, nem malesdà.

Ponderai huas palauras de Sanco AthanafÎ0 fallando da morte de Chrifto: Nonex feyfedaliundèrationemimmolandimutuatut «/?. Chrifto naô morreo de fy, como os oucros ]iomens,de fora Ihe ouue de v it o ri­gor, tom oucm preftada a morte. A m orte empreftada? Sim, porque foi 0 m undoq u em lh a traço u idiz que a tom ou em preftada, & to- m ouaem preflada, porqueihadeu empreftada o -mundo; porque he m undoï& om undopor nao dar, nao lònuo dará bcns, mas nem darà fenaó empreftarà os males. Ah tyrano eícafo, que até os males em pre- ftas, lóm ente por níío dar: & que aja quem te fírua? Q ue nao pague logo o m undo, ainda que he fem razáo, tem a difculpa em íua miferia, mas que nem veja, he term o infofriucl. Q ue cuíla hiia vifta? antes fe­ria interefle do m undo receber com os olhos aquem o lerue com brio, porque os homens, fe nao poem nelles os olhos, a penas fazem o que deucm, mas fe poem os olhos nelles, animaófe a fazer mais do que po- dcm.

Pedio la elmola a S. Pedro, £c a S. loaó aquclle pobre aIeijado,quc cftaua a porta do Tem plo,& dculhe S. Pedro mais do que o pobre pe- dw, porque o pobre pedia efhiola, 5cS. Pedro deulhe faude: porem an tesdeo A poftolofazero.m ilagre, mandou ao pobre que puzeíTe nelle os olhos: Rejpjce in nos: Pois pera Pedro fazer o m ilagre, era ne- necelTarío poremle primeiro os olhos nelle? Parece que era cíla acçâo efcuzada: antes era m uitoim portante acçaô; quem faz miIagres,obra iobrc as forças da natureza,& anima tanto a hum homem pera fair com eíFeitos eftranhos,auer quem ponha nelle os olhos, que até S. Pe­dro pera obrar hum prodij^io, quis teros olhos por fuá parte: Rejpice in ftos: Eys ahí os olhos do pobre polios em Pedro: Sur^Cf ¿unirula'. Eys ahi o milagre de Pedro em facor do pobre. N ao ha homem, por mais quepareça pera nada, queíe poem nelle os olhos,naÔ pofi'a íeruir pe­ra muito. Olhai por clle,5c farà milagros por vós,abri os olhos em leu fauor, &: vereis como obra prodigios em vofTo feruiço. E que fendo ií^ toafsim , que interefì'andò canto no pouco cabedal de húa v ifta , nao veja muitasvezes o m undo aquem o ferue? que obrigando a beneuo- lencia de huns olhos a executar marauilhas, nao tenha o mundo olhos peracftim ar obíequios:graudeingratidaodo mundo!M as ainda náo

be

he multa. E quanta? v ez« , fobi’e feres mal pago, 5c mal v ifto , fbis tam bem aborrecido,8c moleftadoPquantas vezes chcgaó a parar os Ìer- uigos em penas, corno fé forào crimesi? Q iie maior leruigo podia fazer lofeph a Putifar, que largar a capa, por nàolhc defluzir a honra 8c cona tudo efla mefma capa deu em hum carcere com lofeph: Olhai as deiordens do mundo,as offenlas foUas,& os feruigos prezosraEgypda, que offendeo, trium pha Hure,8c lofeph, que feruio , padece encarcc- rado. Paflaideloleph a Chrifto, 6cficareis admirados. . Q ue mais po­día fazer Chrifto pello mundo, que fazer milagres em feu feruifo? Se o m undo como tratou eiìes obiequiosj? Ouui-o: §ÌMidfucfmusìdizcm os Phariieos: que fazemos que nao tiramos a vida a efte homem? £ por­que? Porque Ihchaueis de tirar a vida? ^ a m u l t a figna facit: porque faz milagres. Pareceuos que eftà bom o motiuo? Cuidaua eu que a m orte era lóm ente pena das culpas, mas iiTo he na refolugào diuina> que nas conlultas humanas tambem os maiores lerui^os tem pena de m orte. Pois como efperaó os homens que defpache ieus ièrui^os o m undo, íe Chrifto com milagres tira tam bom deipacho.*? que obfe- quios pode eiperar a cruz no peito,feaos prodigios Ihepoem a cruz ao hombro?

E fab e isq u d h ea re za o d e fta lè m rezáodo mundo? Sabéis,porque asvczesnáocorrefpondeaos ícruigos com adrado, antes os recebe com deíabrimento, he porque eílés ieruigos, anida que íéjao em vcili- dade fuá, trazem configo algua*excellencia do author,8c o m undo,por náor^onhecercxcellencias alheas, cícolherá priuarfe de vtilidadej proprias. Tornem os aoconíelho dos Pharifeos. Q ue milagres eráo aqueIles,Porque queriáo m atar a Chrifto? Eráo todos em proueito 'á■ m eim aludea,daua vida a morros, íaude a enfermos, ¿c vifta a cegos: P o s homen?, fe na vidade Chrifto eftá o voíl'o bem,£c rem¡. dio,como queréis a Chrifto Íemvida.í'He, que Ihesdohiáom aisos applauíbsde C hrifto jdoquelhescontentauaacuradosíeus m ales, ames qucnaó todos padecer a m orte, do que deuer a Chrifto as vidas. N unca lepa- raítes naquella pregunta,queChriftofez ao Paralytico da Pifcina?Poís he milito pera reparar. Rcíolueofe o Senhor a curalo, & preguntou- iheprim eiro aísim; H o m em , queres que t e ^ r e ? Sc­nhor a huoi homem, que ha crínta, fie oítoannos que e f tá ^ fe rm o , preguntáis íequer 1er curado? diíTopodefeduuidar? Sy, podefe duui- dar muiro diíib: porque pera aquelle Paral y tico cobrar laude,auiadc obrar Chrifto hunr» prodigio, & quafi receou o Senhor que íó por nao vcrnelle o prodigio, náoquizeíleem íyafaude:porifib ]lie pregunta fequei íaude, ames que execute o prodigio: T a l ccmo

B ifto

( i o )iftobeadoudicedasTeniirczoensdeeftadodo m undo, melhor Ihe cC láo os danos proprios, que os applaufos alheos, antes padecerá húa en- fermidade cm fy, do que reconhecerá hüa marauilha em outro.

P or ¡íTo eu queria íofpeitar que melhor era rer o m undo mal lerui- do, do que m ulto obrigado. Pello menos aquem me confultára fami­liarm ente na materia, anteslheaconíelháraque andafie defcuidado no íeruir, doque generolo no obrigar, porque mais facilmente íe aco­m oda o m undo com hum m ao feruiço, do que com húa obrigaçâo grande. E n tra Dauid de noite no campo de Saul, dormia defcuidsda- m ente o R ey ; 6c Abner, que por 1er general do exercito, deuia velar em guarda do feu Principe, tam bem dormia. T o m o u D au id a lança de Saul,& defpois de retirado, deipertou o campo do contrario,& a An a falta da arma real publicou fuá m ulta fidclidade, em perdoar a Saul, & o d ercu id o d eA b n crem g u ard ara feu R ey . Ifto pofto, quem ¡ul- gais que fermo m al,& m uito mal a Saul,<? Claro eftáque A bner, pois cm tanto rifco Ihe nao foube velar o lono:& quem julgais que obi igou a Saul muito? nao ha duuida que Dauid, pois em tanto agrauo Ihc náo quis tirar a vida: alsim he; & que fuccedeo? Abner volta com Saul pe­ra a C orte,& Dauid foge de Saul pera os Philifteos. Pois como alsi.«? Saul tam mal feruido de Abner,& náo fe tem e Abner, Saul tam obl i­gado de Dauid, & foge Dauid? Sim, que no m undo perigáo m iis as grandes obrfgaçoens, que os grandes deferuiços: hum deleriiiço gt ú- deachoum uitas vezes beneuolencia, húa grande obrigaçâo nunca Ihefaltou odio. Se feruis mal, como Abner, náo vos falta o P aço , íe obrigais m uito, como Dauid, nao aueis de dar paflb no Reyno.

E a rez á o d iíto h e , porque as obrigaçoens grandes com o exceflb dom erecim entoim pofsibilitáoaeqiiiualenciado prem io,5c chegar hum vaíTaloaraercceroque hum M onarchadifficukofanicnte pode pagarjhepoucogoílofoperaoM onarcha , le muiro gloriofo pera o vadalo. H um mao feruir deixa lugar ao Principe pera o perdáo, hum obrigar m uito nao deixa lugar ao Principe pera a correípondencia, óc melhor Ihe eft.á poder perdoar, do que nao poder corrcfponder: por iíTo fe tem e Dauid, quando obriga muiro, por iflb náo foge Abner, quando u e mal: por iílb vemos algúas vczes os maos icruiços ad­mitidos, « o s grandes merecimentosdcfterrados. E q u e à viíia diílo ajaquem faça tantos exceflbs no feruiço do m u n d o ,& tam poucos, que façâoalgûa coufa no feruiço do Gèo, onde náo ha merecimen- to táo grande, que náo pofla ter premio maior: grande doudifie dos homésümitemos aGhrifto,que o náo fazhoje afsim,pois fogede R ey- nar no m undo, por ir a orar no monte.* Fu¿it iterum in montem ipfeJo¿us.

N o

(ïl)N o reruiço do G èo o valimcnto pende da vontade propria, em tan­

to naopriuais,em<^uantonuoqueréis. Q u e d e fauoresconieguiohojc de Deos efta m ultidào de pouo? Leuoulhe os olbos: Cum JuhleuaJJtt o* eu/os:h,euovi\hcosc\iiáíiáos:Fníleememuspanes? finalmente leuou­lhe as preeminencias de Senhor, tomando Deos pesa l*y OS obfequios deferuo: DffirihuítJífiumhentibus.'E porqucvos^^rcce quç chegou t tanta priuança com Deos? z/ernt ad eum: porque quis chegar com Deos a tanta priuança; nao ouue mifter mais interceflaó; que as reío- luçoens da Tua vontade: baftou afpirar ao valimento, pera le applaudir logovalida. V edequepoucocufta agraça do C èo, hum quererrÔC quando m uito, hum vir: yertif:. nao le vende a pezode o u ro , nem z contrapezo de cuidados: o maior prcço, a que chcga, laôhuns paflbs: Omnesfituntes 'venite^é' emite ahf^ue a r g e n to ,ahf< ue vîla commutations Todos os que deièjais as enchentes de minha graça,diz peos,vinde,8c comprai fem prata,& iem troca. R eparai, que he m uito pera reparar. Sem preço podefe rcceber, mas náo fe pode comprar, porque toda 2 compra fuppocm preçoj pois fe Deos náo afsina,nem quer p reço , co­m o manda comprar lúa graça; Emitei Sabéis porque manda comprar? porque manda vir: t^enit: porque quando a graça de Deos nos chega a cullar paílbs>já náo Ihe parece dada, fcnáo vcdida. T am facilmente a concede; que a compráis, fe a pretendeis,hum Icue paííb: Venite:)it híí fum m o preç-:: Ew/fí. . * .

Ifto íuccede na graça do Gèo: Sena graça do m undo que íliccedc^ nem bafta querer,ncm bafta J>ulcar,&: o que mais hcs nem bafta íeruir pera a merecer, porque náo eftá em voíTa vontade; depende da vonta- dealhea. Seruis com oD auid, lançais dem onios,matais gigantes, de- fíruisexercitos,6ccom tudo náo pnuais,porquenáo quer Saúl. E a caufa he, porque no m undo a graça dalle como graça; no Gèo a graça daiîè como premio: no Gèo, fe íeruis, tendes certa a gr?ça, porque he paga forçofa do merecim entojno m undo, ainda que ÍÍiuais, náo ten­des a graça certa, porque he data voluntaria da fortuna; no feruiço do Gèo cuida Deos que Ihe fazeisobfequio, quando reccbeis íua graça. N áo notais no noflb Euangelho que recebédo as turbas o fauor, Chri- íto foi oque deu asgracas: Cumgratiasegijfet^difiribuiti q u ^ i dà gra- Ças, infinuaque recebeo fauores: pois fe o fauor foi feito a s a b a s , co­mo tocaó as graças a Chrifto? porque ju lga que Ihe fazem os homens graça,quando Ihe adm item aíua;6í:com o no feruiço do C co , qucm fazam ercefejaornefm oque recebeo beneficio, claro eftá que cna tanto náo lograreis a graça do Céo,em quanto náo quizercs fazer ao Gèo eflá graça.

B i N o

( l i ) .N o fcfuiço do m undo cuida o Principe que vos faîi graça, quando

T03 paga obfèquios. L ia là Afluero os annais de feu R.cyno,& chcgan - do aos feruiços, que recebéra de Mardocheo, diiîe conforme os Seten­ta afsi; Pro Mardochao? Por tam grandes ieruiçûsqaegraçafizem osaM ârdocheo?qiiegraçadiz,& n âo , que prem io, porque no m undo, por mais que fir uaís, eílimáofe tam pouco voíTosóbfequios,queosdafpachosfaófauoresdoPrincipe,6c náoía- tisfaçâo de voflbs merecimentos. Cuidao que vos fazem murta graça, quando a penas vos remuncráovoíTos feru!Ç03,ôC por mais que façais por merecer,fempre aueis de bcijar a máo ao premio. E como no m u­do a paga dos maiores ièruiços fcja merce, que vos fazem,& náo obri- gaçâo,que vos tenháo, em quanto náo qiiizer o Pi incipe, nao aueis de lograr o valimento: os merecimentos eíiáo em voíla m áo , porem a priuança eftà na vontade aihea; bem podéis íeruir,fc quiferes,mas por mais que ííruais, nao aueis de valer, fenáo querem.

Reparaftesnadifficuldade,com quefea cançaagraça do mundo, 8cnafacilidade,com quefeconlcgue a graça do Ceoj? réparai agora n a difficuldade,comaueíe perde a graça do C èo,fie nafac:lid.tdejCom que íe perde a graça ao m undo. N o ieruiço do Gèo náo baltáo muitas venialidadesperaperderagraça,que alcançaftcs com hum fó obíe» quiojbem pode hum homem cometer culpas veníais, & mais ficar em graça de Déos: no feruiço do m undo baila qualquer venialidade peraperdercs a graça,que vos cuítou muitos obfequios.Aquclles dous priuados delR ey Pharao defpois de tantos annos de feruiço,quando le podiáo prom eter aumentos na priuança, acharaófehum dia inopirïa- dam entecahidos de íua graça,& metidos em hum carcere. E porque culpas? porque no pam,que hum Ihe Ieuou,hia húa pedrinha,8c na co­pa, que ou tre Íhe íeruio, húa moíca. O lhai a graça do m undo, húa pe- d rinhaaquebra ,hum mofquito a offende. O s feruiços deíleshomen» foráo de grande defuelo,fonhauáo com fuá obrigaçâo,a culpa foi mui­to acafo: Accidit'vtfeecarenV. 8c perderáo por hum acaío de culpa o que ganharáocom m uicodefuelode feruiços, húa pedrinha baílou pera desbaratar tam bem fu ndados merecimentos, 'húa moíca baílou pera m anchar feruiços tam luzidos.

Parecemos demafiada fem rezáoefta? O ra notai, que ainda náodü» íe tüdo. E quantos cairáo da graça do m undo íem nenhum genero de culpa? Eys aqui outra grande difïerença, q i:evayda graça do Gèo à graça do mundo: pera perdcres a graça doC èo , he ncceflàrioque aja culpa, 6c que fcja mortai,pera perderes a graça do m undo, nem he ne- ceflario que feja m ortai, com o vimosjnem que haja culpa, corno vere­

mos.

......................................... ( l ? )mos. DiVeimc,Dauid prctendco algum dia fedîcîofo inquietar o R ey ­no de Saul.^ nem o ionhou nunca. Amâo quis algum dia atreuido vio­lar a thalamo de Afiuero? ncni Ihe pallbu pella imaginaçào:6c com tu- doD auidpcricd iciüfohebufcadodeSaulperaa morte. Omnihus Me- huSi efiiihus v ix e r i t i nonfiabilieris tu , ne^us re^num tu u w t itaejue aâduc eum a d m o r l i s e J L K A m io p o r íiu 'cu iá o morre por mandado de A ílucrocm hüaforca:£íi¿‘ R egíM avu lt opprimere, mepr¿pf'nle... appedite eu, N áohain juftica igual a tfta,D auid onte tam valido,5c oje tam def. prezado, & ilio fem caula. Amáo ontem tam crtimado,Sc < je tíira aba­tido, 8c iflb íem delito, por enutja de Saul contra Dauid, por k fpeitas de AHuerc contra Amácj? Ahí vereis o que be a gfaça do m undo, por­gue tanto ful piráis. A graçadoCcOipcra a pcrdcrcs,hencceí]ário que obréis mal, ÔC muiro mal, a graça do mundo, cbrais be.Sc muiro bcm, ficperdeila. A giaçadoC èr.hûavczalcançada, nem o melmo Déos voila pode tirar, fe vos náo quei cis; a graça dom undo,ainda que náo queirais,podeuoIa tirar o Principe: náo ha coula,que a afiegure, cu aja culpa m ortal, ou culpa venial,ou náo aja culpa, íempi e per|íga a graça do mundo.

Q ue bcm eftaua nefta verdade Mai docheo: no dia de ícu mnior va- Jimento, & trium pho póf-íe as porras de palacio da ba». fora: Re- uerfits efi adjatjuavipalatii. Pois fora do paço hum Prin*. : ^omo M ar­docheo, ram eílim adodc Aílliero, tam valido de Erfthcrr bim, porque íabia que fora do paço vem*a parar a maior priuanca, 6c qucria afsirtir M ardocheocndejulgauaqpodía v iraparar: náo quería Mardocheo cm pcnharfenagraçadopaço, porque labia que era graça depaçojfa- bia que o maior valimcnto he húafaiica,q fobe pera acabar, húa exha- laçâo, que arde pera náo fer, hum m ar,que enche pera vazar,hum fol, que nace pera fe por, húa lúa, q crece pera mingoar, hum vento, q fo- prapera acalmar,6c húa roda, qucle empina pera decer: 8c graça tam difficukofa de confeguir,6c tam fácil de perder, que m uito q a deixe Chrifto pella do Céo.^ Fugit iterum in montem.

.N o fernico do G èo,fe algum día chegaftes a íer mais,fois o que fois, 6c náo o que foftes: náo vos aualiáo o fer pello menos,que antes foftes, fenáo pello mais, que agora fois. Dous nomes tinhaS. Pedro, hum de* Simáo cdro,que Ihe póz ChriftojSc outro de Simáo Ioáo,que Ihe pu- Zeraó íeus pays: 8c he de norar, que no noflb Euangelho cm a ocaííáo qlepublicaoparenteíco , q u eo Apoftolo tinha com Santo André, íe cale o nome dos pays, & fe manifcUe o nome de Chriíto: Andreas fra- íer Simonis Vetri'. André irm áode Simáo Pedro. Q uando fe declara ^ Pedro,8c Andi c faóirmáosjmclhor parece a vinha o nom e do fangue;

B 3 &

( h )Se dos pays:poís porque fe níío nomea Simâo loáojfenao SimaoPedro? O lhaijoA po ílo Io feru iaaoC éo ionom cdeS im aóIoáoera nome do Apoítolo quando peícador; o nome de Simao Pedro era nome doApo- ilo locabcçajàdaJgreja,& :noieaiiçodoC èo,reiubiftes a fer muico,náo fois o pouco, que í^oíles, lenáo o muito que ibis. Pedro fora pefca- dor, mas ja era Príncipe, pois hafe de tratar como Principe, & náo co­m o pefcador, ha de fer Simáo Pedro,6c náo Simáo loáo: Andreas fra- /er5íWíJM//P?fn. E a rezáo he, porque no feruiço do C èo cada qual he filho de fuas obras,& nao de feus pays; íe os merecimentos vos hzeráo grande,aueis de fer grande, ainda que o fangue vos íízeíí'e pequeño.

N oleru içodom undo ,le algiim diafoíles menos, fois o que foítcs, & náo o q fois: náo vos aualiáo o fer pello mais,q agora íois,íenaó pello menos, q antes foiles. Fallaua Saúl có lonathas de Dauid, & chamou- Jlieíilho de liai paílor: Nun<^nidignoroejuiadtltgisflium IJaii Fallaua o outro valido cólofafas de Elizeo, Se chamoulhe criado de Elias: Eji hic ElíZ,euSi <juifundebat acjitam fuper nianus Elta. Poisaísi íé trata humi Dauid? afsi ib trata hum Elizeo? Dauid,q he m eílre de campo,genero- io aííbmbro dos Philifteos, & gcnro de hum Rey? EUzeo,q he el'pirito dobrado, oráculo dos maiores Principes, 8c profeta do melmo Deos.^q quereis.^Eysahiasaualiaçoensdo mundo. Foíles vos íilho de Ifair pois aueis de íér filho de Ifai, ainda quando fois genro de hu R ey. Fo- ftes vos criado de Elias? pois aueis de fer criado de Ehas, ainda quando fois Profeta de Deos. Vos empunhareis o ctptro,m as o ceptro em voí- ia máo ha de fer cajado; v os fereis Pro feta de efpirito dobrado, mas as profecías em vofia boca ham de íer oblequios de criado. E q me hajáo de tratar pello q fui a defigualdades da forte,8c náo pello que fou a.me- recim éto de minhas obras! que hei de fer filho da fortuna,q me fez co­m o quis, 8c náo heí de 1er filho de minhas acçoens pera fer o que qui* zer? Terriuel pratica na verdade!

Pois ja eu me contentara com q o m undoeftim arafem pre as cou­fas pello q foraó, mas he tam defarrezoado, 8c ínjufto, q fe fbíles mais, 8c fois menos, náo vos eftima pello qfoíi:es,8c defprezauos pello que ibis. Sempre anda a bufcarrezoens de volib m enofcabo:fcfoílesm e- íios,8c fois mais, aualiauospellomenos, qfoftes, 8c náo pello mais q fois: fe foítes mais, 8c lois menos, aualiauos pello menos, q fois. Se náo pello mais que foftes. Cahio Valeriano da Monarchia de R om a, 5c co- m ootratouom undü?SeruiadeefcabclIopera m ontar Sapor. Cahio Bayaceto do Imperio de T urqu ia , 8c como o tratou o mundoFhabita- u acom obru toem húagayola.CahioBoIesIao do R eyno de Boemia, Se como o tratou o mundo?. Seruia como efcrauo em húa cozinha.

Pois

Us )Pots defta forte fe trata hum Boleslao R ey , h ú Bayaceto Ímperac-íor, & hum Valeriano Monarcha<’Sim,qiíro foráo oncem,& hojcnáo faó ií1b,& no m undo iempreprcualecem os m otiuosde deíprezo contra as rezoens de eftimaçâo: Se foftes pequeño, & fois grande, aualiaóuos pequeño pello que foftes; Se foftes grande,& fois pequeño,aualiaóuos pequeño pello que íois; nem vos bafta o muito, q íois, pera por em cí^ quecimento o pouco, que foftes, nem vos bafta o muito, q foftes pera cohoneftar o pouco, q lois^Sc hauiaChrifto de aceitar grádezas do m ú­de, tendo as do Gèo? N áo faz Chrifto iñoiFugit itenm in montem.

N o feruiço do Gèo, fe ha cruzes,todas háo de parar cm glorias: aísi oexperim étaraóhoje as turbas,q fe padeceráo tres dias na C ruz da ne- ceísidade,lográraó no cabo a gloria de hum banquete,ou hii banquete de gloria, cuja figura querem muitos que fofte áifcimW-tibus (quantum'volebant. N áofabe Déos faltar com ogofto aquem exer- d to u com a pena, com húa máo dà a ci uz,& com outra ofterece a glo- lia: Çl^ismenfùs eHpugillo aejuas é r calos palmo ponderauit? Q uem , íenáo Deos,dizIlaias, m edioasagoasapunhos,& os ceosa palmos? Pellas agoasíeentendem ostrabalhospclloscèosabem auenturança. Confi­derai agora as máos de Déos, húa mede agoas, outra mede cèos, mas hùam edecèosapalm os,oütram edeagoasapunhos, porque quando vos eftà dando a punho fechado as agoas da tribulaçâo,vos eftà medin- do a palmos as delicias do Ceo. Q ueadm irauelcôtrapofîçàode medi­das, palmos de Cèo, por punhos deagoa.

N o leriiiço do m undo dizeis q ha glorias, mas nao me haiieis de ne­gar que todas acabaôem cruz. O nde acabou a gloria do R eyno de lo- râo.'? no cruzado de húa feta.Otide acabou a gloria da fermoíura deAb- falào<?nosbraçosdehum tronco. O nde acabou a gloria da valentia de H olofernes?nacruzde hum punhal.O nde acabou a gloriado juizo de Achi:ophel? no alto de húa forca. Finalm ente onde acabou a gloria do Iriumphodc'Chriftoem* Icrufalem?em hum Caluario. Fazeiuos pre- 2enres àeleiçâode Saul^em R ey de Ilraeljèc reparai na iguaria, q na- quelle banquete pera S lul tam felice Ihe mandou por diante Samuel: Leuauit cot uus arntum-, cjr pofuit ante Saul. A iguaria,có q ferui rao a Saul, foi humhombr(ì? Myfteriola igu iria pera hum R ey nouamente elei- to! hum hombro? As infignias d^ hum M onarcha he húa coroa,& pe- raafuftenrarferueacabcça,ou hum ceptro,Sc pera o empunhar fér­ue a máo: pois a que propofico fé dà a Saul hum hombro? E náo fe Ihe dà b ù i coroa , ou hú ceptro. H e , como fe difiera Samuel: Saul tendes ccprro,& tendes corca, mas aparelhai os-hombros, que defpois de tanta gloria náo ha de faltar húa cruz: & afsim o experi-

m cn-

( l i )m ciiCou,qnîicru2 d e înlacfpadancabouR e y n o ,SCvída.Eys aquí as coníequencias das glorias da mundo: no ieruiço do Gèo a cruz he efca- da pera as glorias, no fcruiç) do m undo asglorias faó degraos pera a cruz: acruz no icruiço do Gèo he cruz, com titulo, a gloria no feruico do m undo he titulo de cruzjcm ambos os iemiços ha cruzes,& haglo- rias,n:ias o feruiço do m undo tem a gloria antes da cruz, o feruiço do C eo tem as cruzes anees díis glorias: 5c he muiro pera notar efta difíe- rença, porque húa gloria antes he gloria alÍliíhda pellos receyos da cruz, hüa cruz mîtes he cruz aliuiada pellas elperanças da gloria: húri gloria antes fazuos ditolos pera vo> fazer afi'gidos, húa cruz antes faz- uos afligidos pera vos fazer dit ofos,húa cruz antes he lifonja da gloria dedcfpois, porque crece o grao da gloria, t\ le logra à viftada molcília da cruz, que fe deixa.

Diz Déos pello Profeta Ifaias: G/or/ij«? alteri non daho. A m i- nha gloria náo a hei de dar a outrem. Parece difticulrofo efte texto,por que D eoso íerecea fui gloria a todos,Se am uitosa cómunica:poisco- m odiz: Gloriam meaw alteri non dah i Dizem todos q falla o Scnhor da gloria, q alcançou como hom em , & náo da gloria, q goza como Déos; agloria, qgnzacom o Dcos,arod'>sa oScreccja gloria, que alcançou com o homem, fó pera fy a quer. Bem: mas porque Ihe agrada mais a gloriadehom em , queagloriadeD eos!?E uodirei:ag loria ,q Ghrifto goza como Déos, heglonafem preluppoiîçào de penas, agloria, que C hriíto alcançou como homem, foi gloria com antecedéciasde cruz, & deleita tanto húa gloria alcançada deloois de húa cruz padecida,fér­ue húa cruzantes de tanta lifonja pera húa gloria defpois, q a gloria de Déos,a q náo precederáo penas oífcrece liberalmente a todos, porem a gloria de homem, a q precedeo húa cruz, efla náo qucr communicar aoucrcm ,lóperafy aqucr: Gloriar» meam alteri non dabo. T an to como ifto recreaó as glorias defpois da cruz,5c a rezáo he,porque a gloria dcí- pois da cruz he gloria dobrada, porque be gloria pello gofl:o, que dá,& pella cruz,de q liura;& efla he a ventura das glorias do ieruiçodoC èo, q as mefmas cruzes Ihes aum entáo os graos.

N o feruiço do múdo,como as glorias faó prim ciroqas cruzc:,crcícc o torm ento da cruz prezcnre na lembrança da gloria paflada,& vem a fer maior parte dador a fclicidade,qfe pofluhio, do que a melma dcf- graca, que fe padece. O uuiosfílhosdelfraclcatiuos dos Bibyíonios, como explicáofeu knúmQnlO'.SuperJiuminaBabilonisillicfedimuSiCrfle^ nimusi dum recordaremur tui^ Sion. lunto aos rios de Babylonja nos afle- ts mos,£c choramos, porque nos Icmbramos de Siaó. Efliranhas lagri­mas por certo/* q náo chorem os lí’raelicas, porque fe vem em Bubylo-

n i a

nia'jícnío porqué fe viráo cm Siaó^Em Síáo viucrao ditofoS)6c cití-Bá- bylonia viuc catiuos: pois choré porq cftáo em Babylonií,8c náoporq cftiueráo em Siáo:náo choraó ícnao porque eftiueráo em Siâo,pÔrquô mais os atorracntáo as felicidades de Siáo, que lográraó, do que ás ca- deas de Babylonia, que padecem; hum animo fempré defgraçado, Có­m o nunca' comoú o gofto à ventura, íenté a de%raça por cdm paraçio * iy mefma,8c huad ti^ raça cópftradn configo, lénáo diftíinüev ííátt áiU m enta ofem im ento: hiltft-attimo a í^ m (em'po vénturofo, «»tti’ó'iftbtf « fabem as dicas, fencc a dcigraça por com pararlo à vétura,& à viíla dos fabores paflados de húa vemUra amargúo tanto os laibos prefentes <ie húa deigraça, que mais vcm am oleftar a alsiftcncia de Babylonis pellas memorias dfe Siáo, do A pella tyi*àftiâ dò catiiieíroi 8c fe oáiiifór-' fünioscfïiCËm tanto à'Vïfl'a^îisfeltdtîadès, qué glorias peradfcí^íb dar cruzes, mais pretende actccentaf o rigor da cruz, q deleitar cbni ^ poíTeíTaó da gloria.

T em os viílo o q vai de glorias á glorias, veam os breuem ente duas difterençâs grándes, qütí ha entre cruzes,8c cntees. A pnriiéira hes^ a i truzesdo feniiçodoCèôV cm diÎjjerifâdaspellasm Sosdé DtìoSj&-ad cruzes do ièruiçodo rnundó, vétn difpcníkdaípellas rtiábs doé hbttifiij Se os trabalhos, que faem da máo dé Déos, pezáo poUCo,porque a m d i m a máo, que osdá^ efia mefma os dimitiiiei mas os trabalhos, & fáci¿( dásmáos dòafìoitìerii^eteibtfiiììtb, poique aíriéím dm ao,'^^í dàîèfîïl iftefmaosaCrcferftaí FáHíí'OhTri'ftó'déíúácrUi, Sc pái^áó, é f di¿ q hé m ar de penas« em que m cteráo os homeris: Lihíram eah 'ijsy^'o ie^ runt me, nonytit aéj'ute. Falla Dauid da mefma paixâo,& cruz,& diz que era h u C aiix ,^ eftaua ní..máo de Deos: Caíixin wá- m Domini vm m ènfléi^ûi 8e Chriftb,ócDáuid am bos fkllaó d'á paixáo, com óá pai:£íla,;fédóatíiefniá,a Chrifto parece m ar,& 'aD àtììà pareceÇalixF 'O 'm ard izéxceflbjoGdliX'dizdimmuiçSo: pois òi i t i - balhosdam eim acruzjà crecem,8cjàdimintiem? Sim^ tudò faóeffei* tos das nilos,que dáo eíTacruz; Chrifto fallaua da cruz com o dada pel­las máos'dos homens,& híía cruz dada' por m aòi de homés naò he m ^ n o squehm ri m ard e dores: Nonme Jemergafttrf^Bata^ua. Dauidf^ìl- lauadacruzcom odadapeìlàsm aós’deDeos: Inmánu Dofhinf, ÔC hi1a cruzvinda dasm áosde Deos náo he mais qnehurn Calix 'déam argu- rr.Caiix'vini w^iplenusffiixto.Vcàeo que vay de cruz a cruz, hum C a- lix, hum mar: Déos dauds os trabalhos medidos por hùm Calix, q fa­cilmente le pc^e béber,& o-mutidóditios as molcftias commefuràdas porhuthm ar,qued!fficU ltòfà'm étefepodé vadear. E réparai que nâô larga Deos o Calix da m io , naoo paiTadafua m àóà noiÌà,dafua mef-

C ma

. f i » )m a m îo n ') io p o e m a b o c a ,nosbebcm osapcna, 2c el!e tem o Caî^x^ Q dixinm % m Domini'. & afsim o vai inclinando com tenco, como vè nàs ira as beben Jo fem enfado, pera que nem penemos fem alsiftencia de leu amor, nem bebamos mais do que podemos. O ii que ternura, ôc affefto do noflb Deosî

N a j cruzes do ièruiço do C èo (Sc he a fegunda diffcrença) tendes a Deos, que fe conipadeçade vos, como fczhoje da& turbas: Mi/ereor> -

V òsfofreisapcna»& D eostcnaasdorcs,vòs padeceis , Sc D eos compadecefe: nas cruzes do ièruiço do m undo em lugar de coai^ paixaoachais ludibrios» poem uosnacruz, ô c z o m l^ de vôs,crucifî- caôuos a peflba,6c rimfc dos voiîos feru iços. Vejale cm Chrifto, a pet-, roaeftauacrucifîcada,£r;if/)îx^A/i^^/<;»,êCosiêruiço& eraô efcarncci-. dos: AÍÍ9S fifiuosfecit^fermpip/Hmnûn poîeH falHumfacere. E que -dclpois de ièruir ao m undo, naáfó jhaja de ücar afrontada a pcilba, icnaô tam-^ bem os mefmos feruiços desluzidos? q tudo aja de para/ em hûa cruz» a peflba nax:ruz da tyrania*6c os feruiços,na cruz do ludibrio? hecruel- dadeinfofriuel. Acabç cmbora*peflba.crucificada,mas fiquemme fe «juer os feruiços luwdos,pcra que oluzim cncodos leruiços diminua os oprobrios da peflba, & quçm m e vir na cruz,faibaq foi rigor da fortu­n a , nao merccimenCodas.aççocnf; mas i(|b he o que naôquer o míW do,que pcxa parecer menos ingratoçom a peflga9,q^e crucifica,inten* ta que parcçiô m uy diminuidos os fçruiços, qqe recebçoi & à viftadç fcmrazocns tam claras, que elpçraua m iindodç Çhïifti> fcnâo i s co-, Aa':: FugitiUrjonin

C om outrasm uitas rezoenspodk perluadtrfceña^verdade^aspor». ^ u e amim me falta o tempo p e ra d iz e f^ a vÒ!) a.paçiencia peraouuir,v corra por m eutrabalho tocllas, &.p.QÍ; voffâ curiqfidade diiçorrcias.. N oièruiçodocèojiéfoisiauocecida», tcvlosvos. eflimâo, no feruiço domwidoyfcioisfauoVecido^aborreceiDUOS» iefois.desfauorccido a-, borreceifuos, nem osfauores,nem, os desfauores vos liurao: Se fois fa-, uorecidoaenueiavos mata,íefoÍ8dcsf4Uorecído,raatalfuosdccnueja, N o feroiçodo Gèo ashonrasfaôgrandeza,& que maior, que chcgar Deos a mviiilraruos. como leruo; Diíiribuit difcumhentihtirs^ no ieruiço do m undo as maiores grandezas faó nom e.. E m que cuidáis que k di- flinguia Dauid M onarcha de Dauid paííor? na vaidade de hum nome: afsi me dilTeDeos lcm*brandoÍhe que o fizera ty iF edtib inom insran- Jci Dauid CÔ nome era Dauid M onarcha, Dauid fera nom eera D au id pafto r.N o leriuçodoC coosgo ilo sfaôgo fto s,quc farisFazem com a cxperimcntaraó hojeas turbas: no feruiço do m undo osgofios faó goftosy que amargaó. Goflaraó noHos primciros pays da

íua*

(lí>)fuau!dadedopomo, mas logo Ihes trauou na lingoa o atóargoío dü mortalidad c. O m undo daruosha fauos, mas todos haó de í'cr com© a Sanfaó, na garganta de hum leaó morto, que na boca da m orte vem atrauefl'ados todas os regalos do mundo.

N o fcruifo-do Cèo tira Déos de ly pera por em ’VQSiVnde ememus p/»- «w PdiziaiiojeChrsftojáfuacuftaprctendiaoluftento defte p o u o , 6c nao tirauadopouo pera feu fu ílento .N o íeruigo do m undo tira o m u­do de vos pera por om fy. L euan tado lehuem R ey deque vos parece que fbrmou oiiirono?das capas dos vafialos: Tallens vnuJ^uiJ^uepaUium JúumfoJfummt in-Jimilitudinem trihuTuilis. B qucm chega a tiraruos a ca­f a , que lheí;ícapará que vos nao tire? E o peor he q quando cu cuidci <jue foíTe ifto tyrania de algum Principe, acho que h e condi^aó iníepa^ rauel das mageftades do mundo. M oftra Dauid a Saul o pedazo da ca» pa, que Ihe cortara na coua deE ngaddi,& qucconfequenda fariadc- ftaacfaóSaulPfczeftanotauelconíéqucnciarNwwf/?«® eertififffte regnarurusfisi agora me pertuadode certo que Dauid ha de fer R e y .O - Jhai onde foi deícdhnr o prcgn©ftico<iaMonarchia:naó fe pcrfuadio Saul que D auid hatíia de Ier Principe<5uando mataua gigantes esfor­zado; quando deftruia exercitos generofo^quando Ihe achou húa capa alhea cm fuam a6,entao fe rdblueo que hauia*de fer M onarchaDauidi como que fora melhor indicio da purpura lanzar m aó ás capas, do que armar contra os inimigos as maós: 6c le ifto he afsim, que m uito ^ ve»' jam os hoje tantos cirosis cafas alheas, fehacanK>s»que atiraó,a fer fe* nhores.

N o (emí^o do Gèo nao entráis ñas penascom Déos, fie entráis ñas •glorias com elle. Q uando os ludéos forao prender a Ghrifto,na6 quis o ¿enhorqueprendeífem com elleaiienhum dos feus: Siniíe hos abirei rcfufcitadefpois,& com ellercfufcitáom uitos; M ultac^rforafanSiorUy.

dormierantt fùrr^xerutit. Poisfc naprizáonáo quis hum fó compa- nheiro, porque ad micio tantos companheiros na reíurrei§áo? porque apn 'záoerapena,ScarelurreÍ9áoeragloria, fie Déos quer a compa- nhiados feus ñas glorias, 8c náo quer a companhia dos feus ñas penas: jráam orrerfó ,m ashadcreiurciiaracom panhado, náo quer repartir as fuas penas com nofco, mas náo iabe gozar íuas glorías lem nos. N o íerui^odo m undo náo he afsím, entrareis com elle ñas penas,mas náo haueis de entrar com elle n is glorias.Todos os días apparece o Sol,eflc M bnarcha mais mageftofo do vniuerfOíSc nao vereis que apparega có elle húa fó cftrella.Chegará o dia do juizo,& diz Chrifto que apparecc- ráo as eftrellas júntam ete com o Sol: Erunt figna in Sok-> é " pcr- • ^ e náo apparecem juntos agora, ja que íe ham de ajuntar cnúo? por-

C i que

(io)q ü îag o rrfâ ô dias de Iuzim cnto,6ccntáo fera d ra d cec d y p le , & pera hum ccdypfe acharídiáo as c ílrdU s com o Soli mas pera o luzimcntl) h i de àpparccer o Sol fem as eilrdlas. E que ainda as meimas eftrcllas tenhâoeftaeilrdlaPterriucicondiçaô do mundo! N o lcru içodo Gèo bafta fazer o que vos mandáo: guardaftes os prcceicos, damos por bcm aucnturadost no feruiço do m undo fazcis oque vos m a n d á o ^ muito jneJhor do que vollo mandáo, & fobre iilb fois p c rfcg u id o ^ mal tra­t t o . M andou Saúl a Dauid que fahille a campo^ôç que ñzcílc por ma­ta r a.ccm Philiíteos,fahio Dauid, 6c m atouduzentos,& por iflb que confeguio? húa inimizade perpetua de Saúl; Fa^ufine efi Sauiinimictts DaitidcundtiHsdiehus. Hacal.injuftiça?osieruiço5maiore9»que os prc- ccitos, & fobre tudoaborrcddo.*? P o n ilo fogehoje Chrifto: Fugit iu^rum in montem ij>fe ftlus.

Supporto pois que por tantas rezoens, como temos conciderado, íe conuence que he m uito raelhor forte a de íeruir ao C èo, que a de fcr- u ir ao m undo, que reíla aquem tem fé,íenáo deixar o feruiço do njun- do,& çpm eçardefdc logo a trabalhar no feruiço do Gèo? O ra Chri(l ftàos,pcllaobrigaçàoque deuemos a noíi'as alm as, feja o fruito d ¿ íVcíermáo ter m uito na memoria a íemrazáo, com que o m undo tra­ta , & a liberalidade, com que o Cèo premia: íe até agora íeruimos ao m undo enganados, deíenganemonos ja que nao merecem feus enga- nos noíÍbs-aíFeétos; imitemos todos a Chrifto que dos mefmos, aquem »uia feruido, fe retirou hoje pera nos enfinar, que náo ha que eíperar

do m undo, por mais que o ííruamos:Siruamos todos ao Céo,q fó por eftes leruiços aíTeguramos o premio da graça pe»

nhor da gloriai^í^díw mihi^éf 'vohiSf^e.(:!.:)

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