artigo benedito final 11 2bpublicar

Upload: benedito-possamai

Post on 05-Jan-2016

224 views

Category:

Documents


0 download

DESCRIPTION

Artigo sobre Artes Gráficas e impressão digital.

TRANSCRIPT

UNIVERSIDADE FEDERAL DE SANTA CATARINA

IMPRESSO DIGITAL: NOVOS CONCEITOS NA INDSTRIA GRFICA E NOVOS DESAFIOS PARA OS DESIGNERS.Digital Print: New concepts in graphical industry and new challenges for designers.BENEDITO POSSAMAI, Especialista em Design, SATC/UFSC, [email protected].

BERENICE SANTOS GONALVES, Dra., UFSC, [email protected]

A convergncia tecnolgica criou na indstria grfica um processo hbrido, com computadores e sofisticados softwares que substituram muitas das atividades manuais. Surge da a impresso digital, com novos equipamentos e novos conceitos, exigindo a integrao de profissionais ligados indstria grfica, tecnologia da informao e gesto de marketing. Este artigo, a partir de um mtodo bibliogrfico e analtico, identifica esses conceitos que permitem inmeras possibilidades; so as novas ferramentas inteligentes de marketing. Ao final destaca-se as habilidades cruzadas que os profissionais devem apresentar para atuar nesse novo contexto grfico e a importncia do designer nesse cenrio.Palavras Chave: Impresso Digital - Designer - MarketingAbstract

Keywords: Digital Print - Designer - Marketing.1 INTRODUO: CENRIO ATUAL

As mudanas na indstria grfica atualmente so mais profundas e no se restringem apenas a eliminao ou incluso de etapas do processo ou no desenvolvimento de novos equipamentos. Assim, ao longo deste artigo procura-se destacar que essas mudanas devem ser consideradas de forma mais ampla, pois envolvem novos conceitos e profissionais mais qualificados, que dominem conhecimentos que antes no estavam ligados esta atividade. O prprio negcio grfico assume novos contornos, mais acurado e mais prximo do cliente. No se trata mais de entregar o trabalho impresso, mas de acompanhar os resultados e se co-responsabilizando por ele. A fase do acabamento, por exemplo, agora acompanhada da consultoria do ps-venda, por profissional que antes no fazia parte do quadro funcional da grfica.

No processo de impresso digital, alm das mudanas de equipamentos, incorporam-se novos conceitos anteriormente restritos s reas de marketing e tecnologia da informao. Estes conceitos agora so parte integrante do processo de impresso digital e atravs deles que novas maneiras relacionamento com o mercado viabilizaro o surgimento de novos negcios.Estabelecer um paralelo ou destacar os pontos mais sensveis desta nova tecnologia em relao ao processo offset a pretenso deste artigo e, para tanto, buscou-se resgatar os processo de impresso na sua histria recente e identificar onde a impresso digital converge, afasta-se e at mesmo substitui os processos convencionais.

2 A PR-IMPRESSO

O processo industrial grfico apresenta um universo complexo com relao aos tipos de impresso. Conforme apresentado na figura 01, os principais processos subdividem-se de acordo com as tcnicas usadas. Entretanto, para qualquer que seja a tcnica de impresso e para que o processo se complete, este se divide em trs fases lineares conhecidas como pr-impresso, impresso e ps-impresso ou acabamento. Cada uma destas fases apresenta caractersticas especficas e etapas a serem completadas antes de seguirem o fluxo de trabalho. Cabe ressaltar que importante determinar bem cada uma das fases e sua importncia, para compreender as mudanas em curso e possibilitar alguma projeo num futuro prximo. A pr-impresso sempre foi uma etapa complexa e de execuo demorada. Desde suas origens, necessitou de profissionais altamente qualificados e equipamentos sofisticados, tornando-se conseqentemente, em uma fase com alto custo.

O manual de identidade visual para impressos grficos do IBAMA (2000), assim descreve a pr-impresso:

rea de preparao de fotolito ou, como denominado especificamente pelo setor grfico Pr-Impresso. Tarefas: - Os trabalhadores deste grupo de base preparam, pelo processo de fotogravura, chapas metlicas para impresso. Suas funes consistem em: executar a totalidade ou parte das tarefas que requerem a preparao de chapas de impresso; fotografar ilustraes e textos para obter negativos; aplicar retculas e separar cores conforme a solicitao do cliente; retocar os negativos; reproduzir em chapas metlicas o material para impresso, a partir de negativos e/ou positivos; fotogrficos; revelar, com produtos qumicos as chapas fotoimpressas; retocar as chapas. Tirar provas, regulando e acionando o equipamento para aprovar o material a ser impresso.Quem realiza: Fotomecnico (fotgrafo P/B, montador de fotolito, gravador de chapas, retocador de fotolitos e chapas, revisor de fotolito), preparador e montador de fotolito digital (operador de scanner, operador de tratamento de imagem, operador de imagesetter e processadora de filme), provista grfico (cromalim e heliogrfica, prova de prelo) (IBAMA, 2000, p. 12).

Figura 01: Tipos de impresso.

Fonte: Guia Tcnico Ambiental da Industria Grfica (ABIGRAF, 2003).

Na figura 02 observa-se as etapas no processo convencional num paralelo ao digital, onde dentro da pr-impresso, algumas fases so eliminadas, como a gravao de fotolitos; a gravao manual das chapas litogrficas; a impresso de provas analgicas ou prelo; as provas ozalides, usadas para simples conferncia; as provas digitais de alta definio de imagem e preciso de cor, bem como as provas de mquina. A gravao de chapas pelo processo CTP Computer-to-plate, em suas diversas modalidades tambm so eliminadas. As provas so agora impressas diretamente da impressora digital de produo.

Figura 02: Etapas que esto sendo eliminadas com o processo digital.

Fonte: Manual Prtico de Produo Grfica (BARBOSA, 2004).A captura de imagens atravs do scanner uma etapa que vem se transformando com a crescente utilizao das cmeras fotogrficas digitais em substituio s cmeras analgicas, que usam filme.2.1 A chegada da tecnologia digitalSouthworth (1996) descreve o novo momento da pr-impresso comparando as novas atribuies com as antigas.

Em todo mundo, a editorao eletrnica est se tornando uma ferramenta para montagem de pginas. Antes, a composio de textos e a montagem de fotolitos eram feitas manualmente e, mais recentemente, com sistemas eletrnicos de pr-impresso. (...). No passado, reticulados e separaes de cores eram feitos em scanners de alta resoluo e montados manualmente nas pginas. Atualmente, as imagens so escaneadas eletronicamente e, antes de serem feitos os filmes, posicionadas nas pginas usando DTP (Sigla de Desktop Publishing, ou editorao eletrnica) e programa apropriado (SOUTHWORTH, 1996, p. 11).

Ainda, segundo Southworth (1996)

ao longo dos ltimos cinquenta anos, a indstria grfica aprendeu a reproduzir cores com boa qualidade. Profissionais de artes grficas sabem o que necessrio para diferentes condies de impresso. Agora, o operador de DTP deve aprender como obter separaes que resultem em boas reprodues de cores (SOUTHWORTH,1996, p. 11).

Para Horie (2009), o que era conhecida como Artes Grficas, passou a ser chamada de tecnologia grfica, tamanha foi a evoluo dos aplicativos e equipamentos depois da digitalizao do processo produtivo.

As diversas habilidades manuais utilizadas na indstria de impresso no passado, so agora funes de programas sofisticados que as executam de forma automtica. O que era habilidade humana est agora integrado nos sistemas digitais. O que era trabalho manual ainda executado, mas agora funo de um software instalado em uma mquina (ROMANO, 2008).

Romano (2008) destaca no segundo captulo do The Insight Report, que

A indstria de impresso global est em uma encruzilhada, remetendo-a dcada de 1960, quando a impresso tipogrfica foi desafiada pela impresso offset. O processo offset exigiu novos fluxos de trabalho e conjunto de habilidades, mas produziu toda uma nova gerao de fornecedores de impresso e conduziu ao conceito de grfica rpida. A impresso digital em 2008 est onde estava a impresso offset em 1968 (ROMANO, 2008, p. 06).

Os pesquisadores do Rochester Institute Of Technology-RIT, sob o comando do professor Frank Romano (2008), afirmam que a tecnologia que mudou mais profundamente a indstria da impresso, foi a entrega de arquivos eletrnicos para a grfica. Este procedimento retirou da grfica o controle sobre a pr-impresso (ROMANO, 2008).

O uso do computador, scanners, cmeras digitais, as impressoras de provas a jato de tinta de altssima preciso, a imagesetter com softwares RIP que desenham as retculas com a linguagem Postscript, o CTP Computer-to-plate, as processadoras de filmes, a internet, agora possibilitam a reproduo das imagens sem perdas, reduzindo dramaticamente o tamanho da partcula componente da imagem e proporcionando uma qualidade visual sem rudos.

2.2 A rpida transio para o digital

Neste curto espao de tempo que no ultrapassa trs dcadas, todo o processo de pr-impresso sofreu uma transformao e uma evoluo qualitativa sem precedentes, o que influenciou diretamente os profissionais, suas habilidades e sua formao para o desempenho das funes do segmento.

O conjunto de habilidades dos profissionais ligados a indstria da impresso est mudando ou desaparecendo e outras so exigidas, conforme a tecnologia avana (ROMANO, 2008).

Na vanguarda da transio tecnolgica da impresso offset para a impresso digital, em termos de equipamentos, encontram-se o CTP Computer-to-Plate, o CTP Computer-to-Press, o CTS Computer-to-Screen (serigrafia) e o CTP Computer-to-Paper ou Computer-to-Print, ou seja, prpria Impresso Digital (SENAI.BA, 2001-2004). Neste novo patamar os equipamentos variam muito de tecnologia. Por exemplo, os Computer-to-Plate podem gravar em chapas com tecnologia Trmica, Violeta, CTcP - Computer-to-Conventional-Plate (chapas convencionais) e Chemistry-Free CTP Plates .

As Computer-to-Press gravam uma chapa especfica, na prpria impressora, para baixas tiragens e as descartam automaticamente, sem a interveno humana, num processo muito parecido com as digitais, mas o processo e as tintas so os mesmos das offset convencional.Segundo Romano (2008)

at 2020, a impresso offset continuar sendo um processo vivel, mesmo com o crescimento da impresso digital, mas aps 2020, novas tecnologias digitais podero afetar a impresso offset do mesmo modo que esta afetou a litografia (ROMANO, 2008, p. 13).

3 O QUE A IMPRESSO DIGITAL

Mas o que a impresso digital afinal? A definio encontrada no dicionrio HOUAISS (2009) diz que: a impresso que utiliza recursos da informtica aplicados reproduo de textos e imagens em qualquer suporte, usando como matriz um arquivo digital, e sem fotolitos ou chapas.Mortara (2009), amplia este conceito e explica que se pode considerar impresso todo o processo de gravao em papel ou outro suporte qualquer e, digital, as informaes provenientes de um computador, cujos dados uma sequncia binria zeros e uns e dispense uma matriz ou frma previamente gravada de forma fsica.

Figura 03: Principais tecnologias de impresso digital.

Fonte: Mortara, 2009.

Em meados do sculo passado, surgiram as primeiras impressoras

digitais baseadas na tecnologia de impacto, muito similares s mquinas de escrever eltricas. A segunda gerao destas impressoras foram as matriciais, que utilizavam matrizes de agulhas para desenhar os caracteres, ainda atravs de uma fita entintada, o que limitava o uso de cores, mas j imprimiam uma variedade tamanhos de corpos, ou seja, j conseguiam imprimir de modo grfico, apesar da resoluo mxima no ultrapassar 240 dpi. Estes equipamentos, que foram usados em larga escala nas dcadas de 1970 e 1980, ainda so utilizados atualmente para a impresso de documentos em formulrios contnuos com mais de uma via (MORTARA, 2009).

Paralelamente, outras tecnologias foram se desenvolvendo e se estabeleceram como tecnologias de impresso digital, conforme mostrado na figura 03 e explicado a seguir:

- Eletrofotografia - entre as tecnologias que predominam atualmente na impresso digital e que so utilizadas na produo de material grfico, Mortara (2009) destaca a impresso eletrofotogrfica ou, popularmente conhecida como impresso a laser. Desenvolvida h 70 anos para reproduzir imagens, ela ficou conhecida como xerografia, devido a marca do fabricante: Xerox. Esta tecnologia, que utiliza o toner seco e fusores de alta temperatura para fixar a imagem no papel, viria a se tornar a base para o desenvolvimento da impresso digital, adotada por grandes fabricantes para desenvolver equipamentos industriais na produo grfica, com utilizao tambm, de toner lquido;

- Jato de Tinta segundo Mortara (2009), a tecnologia desenvolvida por uma grande indstria na dcada de 1970, baseada em cabeotes trmicos, equipavam as impressoras jato de tinta, que somente comearam a ser comercializadas em massa no final da dcada de 1980 com o surgimento dos computadores pessoais. Elas resolviam um problema apresentado pelas impressoras laser: o grande consumo de energia, porm apresentavam novos desafios; o controle do fluxo da tinta e o entupimento das cabeas de impresso. A soluo apresentada por outro fabricante, com a descoberta da tecnologia piezoeltrica, respondeu aos desafios apresentados e ainda derrubou vertiginosamente os preos das impressoras, aumentando, na razo inversa, a qualidade da impresso. Baseados na tecnologia jato de tinta surgiram os equipamentos para grandes formatos e para as provas de cores na indstria grfica, de vrios fabricantes. Os grandes fabricantes de equipamentos apresentaram prottipos de impressoras digitais, para produo grfica com a tecnologia jato de tinta, na Drupa 2008 maior feira do setor, na Alemanha - e alguns modelos j esto em produo em vrias partes do mundo. Alguns modelos prometem impresso em folhas 52 x 72 centmetros, com velocidade de impresso equivalente a 180 pginas A4 por minuto e qualidade offset.

3.1 Tecnologias que a impresso digital agrega do processo convencional

Grandes mudanas no hardware que proporcionam novas e inmeras possibilidades da impresso digital. Entretanto, basicamente toda estrutura de software e padronizaes utilizadas atualmente nos processos convencionais de impresso, migraram para a impresso digital sem grandes modificaes, j que foram desenvolvidos para sistemas computadorizados e, portanto, digitais. Todavia, novas tecnologias de software vem se juntar aos j existentes, criando novos conceitos de negcios, como apresenta-se mais frente.

Horie (2009) explica que a Norma ISO 15930 e suas atualizaes, esto sendo adotadas pelos principais grupos editoriais e devem estabelecer-se como padro de fechamento de arquivos para a indstria. Como exemplo, as normas PDF/X1-a, que so mais antigas (2001 e 2003) e por isto tambm mais restritivas em relao aos contedos, tais como espaos de cor, transparncias e outros, so tambm as mais funcionais nos RIPs mais antigos, (Engines PDF 1.3 e 1.4). Estas normas garantem um intercmbio de arquivos conhecido como Duplo-Cego. Assim, segundo Horie (2009), o designer no precisa obter nenhuma informao sobre o sistema do fornecedor grfico, e este evita retornar o contato com o designer, j que todas as informaes necessrias estaro contidas no respectivo arquivo, por conta desta normatizao. Ainda sobre as normas ISO, pode-se mencionar a 12.647-7, que especifica requisitos para sistemas que so usados para produzir as cpias fsicas digitais de provas, baseadas em jato de tinta, com a inteno de simular uma condio de impresso definida por um conjunto de dados de caracterizao associados (ABNT, 2008). Para Lopes (2005), quando um trabalho submetido exclusivamente impresso digital, a prova de cor ou prova de contrato impressa no prprio equipamento de produo, j que atualmente, possvel imprimir qualquer volume a partir de uma cpia, praticamente pelo mesmo custo.

A linguagem desenvolvida pela Adobe na dcada de 1980, o PostScript, tornou-se padro em todos os principais sistemas de impresso e gravao de fotolitos, chapas e impresso digital. Esta uma linguagem de descrio de pgina que permite a interpretao dos elementos que compem os arquivos a serem impressos, ou seja, a imagem impressa aos poucos, com as informaes parciais que recebe, evitando assim um trfego muito intenso de dados, o que inviabilizaria a impresso de uma imagem com grande resoluo. Cabe ressaltar que existem outros fornecedores destes softwares, os chamados clones que emulam o PostScript, mas que por algum motivo no ganharam a confiana do mercado grfico (FALLEIROS, 2003).

O Adobe PDF Print Engine a plataforma de impresso de ltima gerao, considerada sucessora do PostScript, e foi desenvolvida com a mesma tecnologia PDF dos softwares Adobe Acrobat e Adobe Creative Suite. Ela permite que arquivos PDF sejam rasterizados de modo nativo em todo o fluxo de trabalho, tornando desnecessrio o nivelamento de ilustraes transparentes, possibilitando um fluxo completo que utiliza tecnologia comum para gerar, visualizar e imprimir arquivos PDF (HORIE, 2009). Outra tecnologia agregada pelos processos digitais o RIP (Raster Image Processor). Este um software especfico usado para interpretar e gerenciar o fluxo dos arquivos PostScript e PDF, possibilitando a separao das cores e reticulando-as se necessrio, em arquivos individuais para serem gravados nos fotolitos, nas chapas litogrficas ou compondo a imagem final para a sada na impressora digital. Estes softwares, por sua robustez e estabilidade, associado ao grande volume de memria que exigem, normalmente so instalados em computadores especficos e dedicados a esta finalidade (FALLEIROS, 2003).4 NOVOS CONCEITOS NA INDSTRIA GRFICA DIGITAL

A impresso digital no muda apenas a forma como a tinta transferida para o suporte, ela vai muito alm; ela incorpora novos conceitos, principalmente os de uso comum na linguagem da tecnologia da informao e do marketing, criando ferramentas inteligentes.

Segundo Romano [s.d.] a mudana mais significativa nestes conceitos est no mbito das novas estratgias de negcios que ela requer para efetivamente alcanar objetivos diferenciados. Como a impresso digital ainda no concorre e nem substitui o processo convencional nas grandes tiragens, as estratgias de produo utilizando este processo precisam ser adotadas considerando estes aspectos, portanto de forma diversa e muito mais planejada.

De modo geral, preciso atentar para as mudanas na gesto da grfica e na gesto dos clientes, j que no haver mais lotes de tiragens longas e econmicas; o foco agora em tiragens pequenas, especficas e muito direcionadas, emocionando e fidelizando o cliente. De acordo com Lopes, [s.d.] a indstria grfica passa de um mero prestador de servios para um colaborador e parceiro de alta confiabilidade do cliente. No se trata mais de apenas vender um impresso grfico; trata-se de auxiliar o cliente a encontrar a soluo mais adequada para o seu problema, e isto requer muito mais que uma relao de compra e venda, requer uma cumplicidade mercadolgica, onde o sucesso de um depender o sucesso do outro e vice-versa. Para Steler (2009),

Alm dos profissionais da indstria grfica digital, que de certa forma esto liderando o desenvolvimento e a evangelizao desse mercado, o assunto tambm de grande interesse para os profissionais de propaganda, marketing, design e tecnologia (STELER, 2009, p. 07).

Um aspecto importante a ser considerado, tanto pelos empresrios grficos quanto pelos seus clientes, no momento de investir neste novo processo, est relacionado com a composio do custo do investimento nos equipamentos e dos impressos. Estes tambm precisam ser calculados numa perspectiva diferente (STELER, 2009).

Para Steler (2009), o CRM e 1to1, do ingls, Customer Relationship Marketing, que em traduo livre seria a Gesto de Relacionamento com o Cliente, define o relacionamento que agora muito mais estreito e confivel, e esta confiana o fidelizar, pois a indstria grfica ter que atender diretamente o cliente do cliente. Para que isto acontea de forma harmoniosa e duradoura, uma relao de confiana dever ser estabelecida para proteger os bancos de dados que a grfica manipular. Ao cliente do cliente a que ser dirigido o impresso digital personalizado, com informaes precisas, imagens, grficos e estratgias de vendas que so exclusivas e que somente este cliente receber: este o marketing um para um. Para Steler (2009),

Estamos vivendo a terceira onda do CRM. Est tecnologicamente mais barato sustentar os programas de relacionamento, que inclusive esto migrando para as redes sociais na famigerada web 2.0. As empresas entenderam o que o CRM no passa da caderneta da antiga vendinha de bairro, onde estava tudo anotado: em quais dias o cliente-fregus compra e com qual freqncia, quais produtos prefere, quanto gasta, se paga em dia ou se deve algo, etc. (STELER, 2009, p. 14).

A integrao destes dados nas peas grficas, constituem um dos elos fundamentais para o sucesso do CRM one-to-one: a distribuio e o feedback, usando vrias mtricas disponveis para determinar o sucesso do projeto, so outras aes indispensveis no processo (NICKEL-KAILING, [s.d.]).

A concepo de impresso digital sob demanda (POD-Production On Demand) para produo na indstria grfica outro conceito inovador. Para Martins e Ribeiro [s.d.], este no surge para atender grandes tiragens, mas para atender a uma fila de pequenas tiragens; uma necessidade constatada pelo mercado.

Para exemplificar, de forma anloga, pode-se comparar as grandes tiragens com distribuio aleatria como um caador que atira indiscriminadamente num bando para acertar algumas aves ao acaso, enquanto que a estratgia do marketing one-to-one, utilizando as novas tecnologias, seria como um atirador de elite, treinado para acertar cada disparo em uma ave, sem desperdcios e com retorno garantido.

Assim a produo sob demanda, possibilita a uma editora, por exemplo, imprimir somente os exemplares de um determinado livro, de acordo com a venda do mesmo, ou ainda um determinado cliente solicitar um volume semanal ou mensal de determinado impresso. Evita-se a estocagem e a conseqente despesa antecipada de um material que ele distribuir num longo perodo, podendo este mudar de informaes no decorrer deste perodo. Ainda, nesta perspectiva, o prestador de servios de impresso, no ficar com seu equipamento preparado para uma produo total do incio ao fim, como acontece no processo convencional; ele poder fazer trocas de trabalhos de impresso, para atender a uma demanda mais urgente e depois retomar o trabalho anterior, sem que isto lhe acarrete perda de tempo ou qualquer outro custo adicional.

Portanto, percebe-se uma mudana conceitual tanto por parte do prestador, que antes produzia para depois vender e agora vende para depois imprimir; quanto do cliente, que antes fazia uma distribuio em massa de contedos idnticos, agora distribui contedos personalizados e segmentado no extremo: um a um, com a informao certa para o cliente certo no momento mais adequado.

Martins e Ribeiro [s.d.] apresentam ainda diversos cases em que grandes empresas, com clientes numa grande rea geogrfica, podem distribuir em birs descentralizados a impresso por demanda, reduzindo em alguns dias a entrega do impresso ao cliente e antecipando assim a venda e/ou a cobrana, economizando em logstica e ganhando em faturamento e fluxo de caixa.

Para viabilizar toda esta definio conceitual da impresso sob demanda, outras atividades associadas devem ser desempenhadas e so partes integrantes, ou novas etapas que compem este novo fluxo do processo de impresso. Martins e Ribeiro [s.d.] destacam ainda algumas destas etapas para caracterizar este fluxo, so elas:

Converso de formatos de arquivos para adequao ao sistema de impresso e o equipamento utilizado;

Armazenamento e segurana dos arquivos utilizados; Administrao, controle, atualizao, back-ups dos arquivos; Adequao de ferramentas de busca para localizar e selecionar o arquivo que ser impresso ou atualizado; Impresso do arquivo; Finalizao ou acabamento a que ser submetido o impresso; Associao do impresso com outros elementos para formar um conjunto de servio (se solicitado); Logstica de entrega.Estas etapas fazem parte da produo do documento sob demanda e esto contidas na estratgia geral, da qual outros conceitos esto integrados, como a impresso de dados variveis.Numa busca cada vez mais frequente para minerar mais e mais informaes dos clientes e para melhor entender seus desejos e carncias, os profissionais de marketing encontram na Impresso de Dados Variveis (VDP - Variable Data Printing) um mecanismo que possibilita imprimir documentos personalizados um a um, incluindo textos, ilustraes e imagens diferentes para cada documento impresso (figura 04). Associado impresso sob demanda, que possibilita a impresso de um nico documento, o VDP o fator chave para aumentar o potencial de impacto numa campanha de marketing. Enquanto as informaes eram utilizadas para se decidir quando e para quem mandar uma mala direta, agora ela pode ser utilizada para promover aes mais efetivas, segmentando os dados e customizando pea por pea.

Figura 04: Fluxo de um documento digital com dados variveis.

Fonte: Mortara, 2009.Nickel-Kailing [s.d.] identifica que na impresso digital o ciclo de tempo entre a ao de criar e imprimir menor e isto significa que, num mercado cada vez mais agressivo, a velocidade com que uma ao de marketing atinge o cliente pode ser a diferena entre vender ou no a mercadoria.

Outros fatores decisivos devem ser avaliados e compreendidos pelo cliente no momento da tomada de deciso e da opo pelo processo digital, em relao ao convencional, principalmente pela tica do custo e do retorno do investimento, como mostra a seguir (NICKEL-KAILING, [s.d.]):

Reduo da obsolescncia e seu custo de gerenciamento de estoque, que apesar do custo reduzido na impresso, um grande estoque de impressos convencionais perdem a validade rapidamente e/ou exigem manuteno e armazenagem controlada;

Produo e retorno mais rpido, com possibilidade de produo parcial;

Diferenciar-se com agilidade e ofertas que atingem o consumidor rapidamente;

Comunicao efetiva, ou seja, enviar a mensagem a um receptor mais disposto a assimil-la;

Distribuio racional com reduo de custos, diminuindo inclusive o desperdcio e o risco do material ser descartado sem atingir o objetivo;

Maior controle e gerenciamento dos documentos;

Customizao um-a-um e;

Iniciativas que possibilitam um relacionamento bidirecional entre produto e consumidor.

Figura 05: Ciclo de vida dos documentos de negcios.

Fonte: NICKEL-KAILING, ABIGRAF, [s.d.].

Todas estas vantagens dependero do banco de dados a que estiver submetido o projeto. A racionalizao do sistema permite a reduo do custo e um aumento efetivo do retorno, mas se os dados fornecido no forem consistentes podem no apresentar o resultado esperado e ainda, em determinadas situaes, comprometer o trabalho. Nomes, saudaes, chamadas e outros erros de grafia, so exemplos de problemas que podem comprometer e causar efeitos indesejados junto aos clientes. Promoes para gneros ou faixas etrias indevidas outro problema que exigem muita ateno, como por exemplo, campanhas de sex shop, bebidas, cigarros e outros produtos destinados a adultos, serem remetidos para crianas (STELER, 2009).

A impresso digital permite grandes mudanas nas estratgias de marketing e o banco de dados o ponto nevrlgico destas estratgias, exigindo sempre atualizao e preciso. Outro conceito inovador o chamado Transpromo ou comunicao transpromocional. Este consiste na utilizao de um documento de transaes comerciais, como contas e faturas que so remetidas mensalmente aos clientes, para, no mesmo documento, comunicar promoes customizadas, baseadas em bancos de dados e VDP. No se trata apenas de ofertas carona, que j so bastante utilizadas, usando um documento adicional dentro do mesmo envelope (COSTA E TIBURCIO, 2009).Na transpromo a integrao do documento de transao com uma comunicao orientada em dados vai alm das informaes de destinatrio; ofertas um-a-um so dirigidas ao cliente com potencial de compra. Este tipo de comunicao segundo Steler (2009), apresenta uma srie de vantagens em relao a uma mala direta convencional e entre elas destacamos as seguintes:

Inverso de valores o que era custo de remessa agora investimento em vendas;

Segmentao precisamente orientada e facilmente mensurvel, tanto para o emissor do documento quanto para o anunciante;

No h descarte uma fatura sempre lida, paga e arquivada como comprovante considerado um documento pessoal ou institucional;

So lidos com freqncia e regularidade todo ms chega pelo menos uma fatura;

Reduo dos custos com a impresso de um segundo documento carona, e conseqentemente reduo do custo de remessa postal, por ser uma correspondncia obviamente mais leve;

Outras vantagens mencionadas por Steler (2009), so dados de pesquisas do Infotrends e DMA que averiguam outros fatores, tais como, reduo das chamadas de Call Center de 10% para 3,5%; aumento da ateno dos destinatrios em relao ao documento em 82% e aumento dos pagamentos no vencimentos em 30%.

As previses destes analistas que a transpromo dever crescer 91% em 2010 nos Estados Unidos, refletindo proporcionalmente nos demais pases desenvolvidos e em desenvolvimento.

Alguns novos conceitos surgem de solues baseadas em aplicativos web (e-solutions). Estas incorporam um sistema de compras eletrnicas B2C (Business to Consumer) e B2B (Business to Business) respectivamente, que abrangem todo o espectro comercial imaginvel, incluindo claro a edio e impresso de materiais grficos por impresso digital. Um exemplo W2P (Web-to-Print); da internet para o papel ou qualquer outro suporte fsico. Esta mais uma das possibilidades nestes novos sistemas, com a denominao inglesa de webtop publishing. Caracteriza-se por um portal na internet, disponibilizado pelo bir de servios grficos, onde o cliente edita seu material e solicita a impresso remotamente (STELER, 2009).

Entre outros benefcios do web-to-print mencionados por Steler (2009) esto a gesto e distribuio dos materiais de marketing da empresa para a rede de franquias ou filiais, mantendo a identidade corporativa e coerncia visual nos materiais promocionais, e na gerao de pedidos. Um bom exemplo o de uma indstria de automveis que lana uma campanha nacional com anncios padronizados para serem veiculados em revistas, jornais, outdoors e marketing direto, regionalizados, e disponibiliza por web-to-print, para que cada concessionria possa incluir sua marca, endereo, ofertas adicionais de servios, entre outros itens, sem prejudicar o layout original do anncio. Aps a edio e aprovao via internet, o anncio liberado para a impresso remotamente para cada regio respectivamente.

Um setor que tem utilizado muito a web-to-print o e-commerce / e-procurement, na venda de livros; a impresso s acontece depois do pedido concludo, no necessitando mais o editor imprimir uma tiragem alta para reduzir o custo e ter que administrar um estoque que muitas vezes no vendido (KENDZERSKI E SCHIMIDT, [s.d.]).

Como foi mencionado anteriormente, as tecnologias de softwares do processo convencional foram incorporadas no processo digital, entretanto novos aplicativos foram e esto sendo desenvolvidas para flexibilizar ainda mais a utilizao destes novos conceitos. A nova gerao do Adobe PDF j incorpora estas possibilidades, alm claro de que cada fabricante de equipamento fornece um conjunto bsico e um opcional, desenvolvido para agilizar a preparao dos arquivos VDP e sua integrao Cross-Media.

O mercado oferece ainda outras opes no proprietrias que se integram ao sistema e servem tambm para higienizar banco de dados, imprimir cdigos e alternar fundos e imagens em um documento, entre outras funes. Segundo Costa (2009), Atualmente o mercado disponibiliza solues completas com os sistemas GMC software, Extream, Doc 1, Isis e Sefax e outros, assim como os de criao e web systems como o XmPie, que facilitam o dia-a-dia dos analistas e operadores nas empresas fornecedoras deste servio e nos clientes emissores de documentos, nas mais diferentes e complexas demandas de aplicao de contedo varivel (COSTA, 2009, p. 43).A PPML, do ingls Personalized Print Markup Language, desenvolvida por interesse do Print On Demand Initiative - PODi que um grupo de indstrias e usurios de equipamentos de impresso digital, uma linguagem de programao baseada em XML, que tem por objetivo facilitar o uso do VDP. uma linguagem aberta, padro da indstria e permite que a impressora hospede elementos que compem um determinado documento, como textos, imagens, grficos e os reutilize quando solicitado, agilizando o processo. Por ser uma linguagem aberta, os usurios podem agregar outros recursos ao seu fluxo de trabalho (STELER, 2009).

Steler (2009), tambm descreve funcionalidades de novos aplicativos como Geotagging, software que entre outras, permite a impresso de mapas do endereo do destinatrio; o QR code, cdigo impresso no documento que ao ser fotografado pelo cliente atravs de um aparelho celular equipado com um software especfico, remete a um conjunto de informaes ou especificaes ou ainda a um link na internet; AR Augmented Reality Realidade Aumentada grafismo impresso que quando visualizado por uma webcam em um determinado site, projeta imagens tridimensionais, previamente programadas para aquele grafismo que neste caso pode ser personalizado um-a-um; PURL Personal Universal Resource Locator Localizador Universal de Recursos Pessoal - que uma pgina de internet personalizada e orientada para um cliente especfico.

Os canais para atingir os clientes so muitos e so cada vez mais convergentes. Um trabalho desenvolvido para ser impresso, pode ser adaptado para envio por e-mail, por um celular ou para uma P-URL, onde o cliente recebe uma mensagem por um canal e induzido a acessar sua pgina personalizada com os produtos que mais lhe interessam, podendo ainda servir de canal de retorno com pesquisas e outras informaes pertinentes. Para Steler (2009) este cruzamento de mensagens por diversos canais, denominada de mdia cruzada, do ingls Cross-Media.

H grandes mudanas conceituais na impresso digital, inclusive na tica dos custos (Retorno do Investimento - ROI).Comparando-se um impresso convencional com um impresso VDP, o custo, pela tica convencional muito mais alto quando usando as tecnologias digitais. Entretanto, Steler (2009) observa que o valor agregado pea grfica, conforme os nmeros comparativos, mostram um retorno de investimento mais rpido e ainda maior (tabela a seguir).

Tabela 01: Comparativo de custos extrada de um exemplo prtico feito pela EFI.

Fonte: Impresso Digital (STELER, 2009).

Por outro lado, esta comparao sequer deve ser feita, j que a impresso digital trabalha dentro de um universo de tiragens menores, baseadas em dados minerados, depurados e consistentemente segmentados. Portanto, os produtos resultantes destas estratgias so completamente diferentes o que torna qualquer comparao incompatvel.

Produtos especficos, com ofertas especficas, para pessoas selecionadas no momento mais adequado. Esta estratgia no tem relao com a distribuio de um produto nico (esttico), distribudo para pessoas de um cadastro geral, no segmentado, com a mesma oferta para todos, independentemente de datas, ocasies e razes especiais para estas pessoas. Logo so estratgias diferentes que apresentam resultados distintos e incomparveis por esta tica.

Para Romano (2008), os custos possuem uma tendncia natural de subir: preo do papel, das tintas, da logstica, enfim, todos os componentes apresentam um aumento do custo em algum momento. A estratgia de reduzir custos em valores absolutos tem um limite que se exaure rapidamente e precisa ser substituda por estratgias mais inteligentes como as de reduzir custos aumentando a eficincia da produo; crescimento das vendas com aes de marketing diferenciadas; novos posicionamentos no mercado, bem como sua expanso.

Estes desafios contam com as tecnologias da impresso digital para serem implementados e possibilitar novos relacionamentos nas atividades do marketing para encontrar, atrair e principalmente manter clientes.

Estas ferramentas j possuem estudos estatsticos e por isso so consideradas muito poderosas, mostrando, em alguns casos, um aumento na taxa de resposta de 2 para 20%, comparando-se um produto esttico com outro, acrescido do valor dos novos conceitos.Segundo Nickel-Kailing,De acordo com a Associao de Marketing direto (DirectMarketing Association/DMA) e a revista Direct (especializada no segmento de marketing direto), os anncios transmitidos por TV ou rdio geram taxas de respostas de aproximadamente 0,5 a 1%. Os impressos personalizados (mesmo que apenas com os nomes das pessoas que os recebem) podem atingir mais de 2 a 3% de resposta, enquanto a impresso customizada, na qual o nome e outros contedos variam, pode resultar em uma alta taxa de resposta de 20 a 50% (NICKEL-KAILING, [s.d.], p. 125).As pesquisas do Rochester Institute of Technology-RIT, coordenadas pelo professor Frank Romano (2008), mostram ainda outros ndices muito robustos nos quesitos retorno do investimento e lucratividade: 48% no aumento da repetio de pedidos; resposta 34% mais rpida; mdia dos pedidos 25% maiores e 32% de aumento geral nos rendimentos.Estes percentuais, apresentados pelos pesquisadores so impressionantes e esto associados s novas estratgias de negcios integradas impresso digital.

Por esta tica, investir no crescimento das receitas como redutor dos custos a estratgia mais eficaz e com o retorno do investimento maior e muito mais rpido, alm de aumentar o ativo de clientes fidelizados.

4.1 Aspectos ambientais

A tendncia atual a queda do tamanho das tiragens e o aumento de pequenas tiragens: no processo de impresso convencional, isto significa aumentar o volume de maculatura, com razovel desperdcios de tinta, papel, materiais de limpeza, energia, tempo de mo de obra; o chamado acerto de mquina. No processo digital estes procedimentos no existem mais e isto significa menos desperdcios de recursos naturais e menos resduos. Considerando apenas a reduo do descarte por refile de impressos, ela extremamente significativa, pois na impresso digital o espao do papel para reas para marcas de registros e outras informaes no so mais necessrias, isto possibilita cortes de papeis com maiores aproveitamentos e expanso das reas impressas com contedos informativos. Estes e outros aspectos como a logstica do papel e do resduo, associados ao desenvolvimento de tintas menos agressivas ao ambiente e o menor consumo de energia dos equipamentos em relao aos convencionais, formam um conjunto de fatores que apresentam um valor ambiental agregado maior que pode ser transferido ao cliente, como diferencial de negcio (SINDGRAF, 2003).

5 HABILIDADES PROFISSIONAIS CRUZADAS ENTRE O

PROCESSO CONVENCIONAL E O DIGITALAs habilidades que so comuns nos antigos e nos novos processos de impresso da indstria, tambm chamadas de habilidades cruzadas, vo se adaptando s novas realidades e se ajustando s novas tecnologias; estas habilidades foram relacionadas por Romano (2008) e so mostradas no quadro 01.Conjunto de habilidades na indstria grfica

AntigasHabilidades CruzadasNovas

Especialista em tinta: qumicaDesignerAnalista de Banco de Dados

Compositor de tiposTcnico em Pr-VerificaoEspecialista em VDP

Artistas do Past-up

Especialista em Imagem

Especialista em segurana dos Ativos Digitais

Especialista em Trapping

Especialista em Gerenciamento de CoresTcnico de Impresso Digital

Operador de ScannerEspecialista em Pr-ImpressoEspecialista em Qualidade Ambiental

Gravador de pontosAgente de Impresso,

vendedorEspecialista em TI

Operador de cmeraRSC Representantes do Servio ao ClienteEspecialista em Rede

Cortador/Revisor de filmeAvaliador, planejador, programadorEspecialista em Distribuio

Gravador de chapasEspecialista em encadernaoEspecialista em Marketing

Assistente de impresso

Quadro 01: Habilidades profissionais exigidas na indstria grfica.

Fonte: The Insight Report, Frank Romano, 2008.

Analisando a Quadro 01, observa-se uma mudana gradual nas habilidades profissionais com o avano tecnolgico. Para Romano, (2008) muitas das habilidades antigas desapareceram, foram integradas a outras ou tornaram-se funes de mquina. A atividade do compositor de tipos foi erradicada pela editorao eletrnica; o operador de cmera deixou de ser necessrio, j no se usa a sala escura h muito tempo e operador de scanner integrou-se ao especialista em imagem, que corrige ou melhoras as imagens atravs de softwares.

Olhando para o futuro, no mesmo quadro, Romano (2008) apresenta uma srie de novas habilidades do mundo digital, principalmente baseadas em tecnologia da informao, por envolverem habilidades ligadas obviamente a programao e operao de computadores.

Especialistas em tecnologia da informao, especialistas em rede e analista de banco de dados so as habilidades mais especficas nesta formao. Entretanto, observa-se que emergem habilidades completamente novas, sem um histrico anterior na indstria, como por exemplo especialista em VDP ou mesmo tcnico em impresso digital.

Segundo Romano (2008),

As empresas de impresso bem sucedidas no so de um tamanho particular; elas so negcios que se vem como estando na indstria das comunicaes, no no negcio de tinta no papel. Elas tm recursos de TI Tecnologia da Informao internos robustos e investem em treinamentos (ROMANO, 2008, p. 19).Integram-se neste novo contexto, profissionais especialistas em marketing, especialistas em distribuio e tcnicos em qualidade ambiental. Outra habilidade fundamental exigida agora a do especialista em ativos digitais, responsvel pelo gerenciamento e da seguranas do contedo digital.

Para Romano (2008), algumas habilidades, denominadas de habilidades cruzadas, fazem parte do antigo e do novo processo. Entre elas o especialista em pr-impresso, especialista em encadernao e especialista em imagem.

Este rol inicia-se com a atividade do designer, que perpassa entre as mudanas e cada vez mais a habilidade chave que fundamenta estes novos conceitos.

5.1 Profissional de Design Grfico

Sobre designer grfico parece recair a maior responsabilidade pelo sucesso do projeto e do processo de impresso. Apesar de existirem no mercado muitos modelos pr-desenhados (templates), o processo criativo algo que no pode ser automatizado e ser sempre o diferencial do trabalho grfico (ROMANO, 2008). Por outro lado, cabe ao designer como responsvel pelo projeto grfico, exigir que sua criao seja impressa com a melhor qualidade possvel; para que isto acontea e para que ningum interfira diretamente neste trabalho, necessrio que o designer prepare seu arquivo com todos elementos necessrios, de forma correta, evitando assim a interveno de outro profissional para produzir correes e alteraes, o que muitas vezes desconfiguram o projeto inicial (HORIE, 2009).

Enquanto o designer no estiver habilitado para prever os possveis problemas no desenvolvimento do seu projeto, o tcnico em pr-verificao, procurar por erros e/ou itens faltantes, bem como por formatos inadequados, tentar corrigi-los e prepar-los para os dispositivos de impresso (ROMANO, 2008).

FALLEIROS (2003) destaca que A figura do Designer Grfico de grande importncia, pois ele o responsvel pela esttica e atratividade [...]. Uma comunicao ou uma publicidade pode ser feita de inmeras formas. Cada uma delas tem um poder maior ou menor de atrair a ateno do pblico alvo e de fixar nele a imagem do produto. (FALLEIROS, 2003, p. 65)

Falleiros (2003), adverte que [...] ser designer muito mais que ser bom em programas grficos, e que somente o conhecimento em todos os nveis e a experincia que formam um bom designer, e que cabe ao designer apresentar as solues e o direcionamento especfico para cada problema, devendo o designer estar preocupado com cor, signo, tipografia, imagem, tecnologia, ergonomia, tica, esttica, psicologia, antropologia e at mesmo fsica.

Portanto, esta atividade, independentemente do grau de desenvolvimento tecnolgico, parece abarcar um espectro cada vez maior de responsabilidades profissionais de design, ligando e transcendendo as mais diversas reas do conhecimento e se intercalando entre outras habilidades na formao de novos conceitos de negcios.

Na impresso digital o designer transita em todas as etapas do processo, participando desde a tomada de deciso na elaborao do projeto at a entrega do material acabado, enfatizando que o design grfico tambm Cross Media, por seu trabalho exigir um profissionalismo com atualizao permanente em relao s novas tecnologias.

6 CONSIDERAES FINAIS

Sob a tica das pesquisas citadas e das constataes observadas no mercado grfico, este artigo abre espao para questionamentos e reflexes mais aprofundadas sobre os novos rumos da indstria grfica, a luz da impresso digital. Mesmo considerando que no atual estgio de desenvolvimento do processo digital ele ainda no seja uma ameaa ao para o processo offset ou outros processos convencionais, prudente atentar para o futuro prximo.

Muito mais que equipamentos, a indstria grfica digital vai exigir novos profissionais, com formao interdisciplinar, novas estratgias de negcios e atualizao permanente, tanto em softwares de sustentao da tecnologia da informao, quanto dos sistemas de telecomunicaes. Cabe lembrar que a indstria grfica convencional nunca teve uma distribuio nacional de cursos para a formao de seus profissionais; na maioria das grficas espalhadas pelo pas, os profissionais foram sempre treinados internamente pelo empresrio grfico e pelo fornecedor de equipamentos, o que sempre provocou uma acirrada disputa por profissionais competentes. Levar ainda algum tempo para que as corporaes e seus departamentos de marketing passem a utilizar estes novos conceitos efetivamente, mas ao despertar para este novo insight, provocaro uma grande transformao no meio publicitrio, principalmente no relacionamento com os clientes.

As grficas digitais devero se multiplicar em nmeros e manterem-se relativamente em pequenas estruturas com uma grande capilaridade; capilaridade esta que criar novas oportunidades de negcios, inclusive no ensino tecnolgico.Entre os questionamentos est a formao adequada para os profissionais envolvidos nos processos de produo em tecnologia grfica, suas habilidades e suas novas perspectivas profissionais e de conhecimento? Qual formao acadmica ser necessria para o bom desempenho de suas atividades no cotidiano de um escritrio de design, agncia de publicidade ou mesmo na prpria indstria grfica que se adequar nova realidade? Qual a postura dos meios acadmicos e governamentais para manter atualizada a grade de ensino e o desenvolvimento destas novas competncias?

Como se dar a transferncia do conhecimento tcnico-cientfico a estes alunos, permitindo tambm o acesso ao conhecimento tcito em oficinas apropriadas aprendizagem.

Enquanto aguarda-se as respostas, observa-se que cada vez mais necessrio que o profissional de design conhea todas as etapas de produo, ou seja, tenha uma viso holstica, para que possa desempenhar eficientemente seu ofcio e para que isto acontea, as oportunidades devero ser oferecidas a ele.

Caber ainda aos empreendedores atentos prospectarem estas oportunidades avanarem rumo ao futuro.7 REFERNCIAS BIBLIOGRFICAS

ABIGRAF - Associao Brasileira da Indstria Grfica / ABTG - Associao Brasileira de Tecnologia Grfica. Guia Prtico de Orientao para Questes de Gesto Ambiental para a Indstria Grfica, ABIGRAF/ABTG, So Paulo, 2001.BARBOSA, Conceio. Manual Prtico de Produo Grfica, Portugal, 2004,http://www.producaografica.com/manual.html, acessado em 12/03/2009

BARROSO, Clicio. Adobe Photoshop : Os 10 Fundamentos/ Clicio Barroso. Itu, SP : Editora Desktop, 2008.

COSTA, Hamilton Terni Impresso Digital : oportunidade de marketing em documentos transacionais / Hamilton Terni Costa, Marco Antnio Tiburcio. -- So Paulo: Scortecci, 2009. (Coleo GEDIGI ; V. 3).FALLEIROS, Drio Pimentel O mundo grfico da informtica / Drio Pimentel Falleiros. So Paulo : Futura, 2003.

HORIE, Ricardo Minoru, 1971 Acrobat 9 Pro e Pro Extended para uso grfico Volume 1 / Ricardo Minoru Horie. So Paulo: bytes & types, 2009.

HORIE, Ricardo Minoru, 1971 Acrobat 9 Pro e Pro Extended para uso grfico Volume 2 / Ricardo Minoru Horie. So Paulo: bytes & types, 2009.

HORIE, Ricardo Minoru. Arte-Finalizao: preparao e fechamento de arquivos PDF / Ricardo Minoru Horie. 1. Ed. So Paulo: rica, 2008.

HORIE, Ricardo Minoru e LOPES, Andr Borges. Introduo Impresso Digital. In: GE-DIGI. Impresso Digital : A Tecnologia a Servio da Comunicao, So Paulo, ABIGRAF, [s.d.].

HOUAISS, Antonio (1955-1999) e VILLAR, Mauro Salles (1935-) Dicionrio Houaiss da Lngua Portuguesa / Antonio Houaiss e Mauro Salles Villar, elaborado pelo Instituto Antonio Houaiss de lexicografia e banco de dados da lngua portuguesa S/C Ltda. 1 Ed.Rio de Janeiro : Objetiva, 2009.

http://www.adobe.com/br/products/pdfprintengine/, acessado em 22/08/2009.

http://www.ibama.gov.br/siucweb/guiadechefe/guia/anexos/anexo14.pdf, IBAMA - MANUAL DE IDENTIDADE VISUAL PARA IMPRESSOS GRFICOS (2000) disponvel em 20/08/2009.

http://www.iso.org/iso/home.htm, acessado em 22/08/2009.

http://www.usa.canon.com/opd/controller?act=OPDCategoryIndexAct&fcategoryid=2469, acessado em 30/08/2009.KENDZERSKI, Paulo Roberto e SCHMIDT, Democrates Antnio Loureiro. A Integrao da Impresso Digital com a Internet. In: GE-DIGI. Impresso Digital : A Tecnologia a Servio da Comunicao, So Paulo, ABIGRAF, [s.d.].

KOBAYACHI, Cntia, 1980. Webdesigner: Estrutura e Programao: (HTML, DHTML e JavaScript) / Cntia Kobayachi, rica Luciane Beu. So Paulo: rica, 2001. (Srie Formao Profissional).

LOPES, Andr Borges. Produo grfica para impresso digital. In: GE-DIGI. Impresso Digital : A Tecnologia a Servio da Comunicao, So Paulo, ABIGRAF, [s.d.].

MARTINS, Joo Carlos Duarte e RIBEIRO, Marcos da Cunha. Impresso sob demanda: quando, quanto e onde o cliente desejar. In: GE-DIGI. Impresso Digital : A Tecnologia a Servio da Comunicao, So Paulo, ABIGRAF, [s.d.].

MORTARA, Bruno Impresso Digital : introduo e tecnologia / Bruno Mortara. - So Paulo: Scortecci, 2009. (Coleo GEDIGI ; V. 1).NICKEL-KAILING, Gail. Impresso de dados-orientados. Caminhando do passado para a atualidade. In: GE-DIGI. Impresso Digital : A Tecnologia a Servio da Comunicao, So Paulo, ABIGRAF, [s.d.].

NORMA BRASILEIRA. Tecnologia Grfica Controle do processo de separao de cores, prova e impresso. Parte 7: Processo de prova trabalhando diretamente de dados digitais. ABNT NBR ISO 12647-7:2008. ISO 2007 - ABNT 2008, 20 pginas.ROMANO, Frank. A fbrica de informaes do futuro. In: GE-DIGI. impresso digital: A Tecnologia a Servio da Comunicao, So Paulo, ABIGRAF, [s.d.].

ROMANO, Prof. Frank, The Insight Report Rumos da Impresso Digital Tendncias & Oportunidades, Escola de Mdia de Impresso do Instituto de Tecnologia de Rochester EUA, 2008.SECRETARIA DE ESTADO DO MEIO AMBIENTE SMA/Companhia de Tecnologia de Saneamento Ambiental - CETESB/Federao e Centro das Indstrias do Estado de So Paulo - FIESP/CIESP/Sindicato das Indstrias Grficas do Estado de So Paulo SINDIGRAF. Guia Tcnico Ambiental da Industria Grfica, So Paulo, 2003.

SENAI.BA. Unidade Dendezeiros. Produo Grfica.

Salvador, 2001-2004. 58p. il. Disponvel em http://rickardo.com.br/prodgraf/tx_aulas.htm, capturado em 30/08/2009.STELER, Fernando Impresso Digital : aplicaes com dados variveis / Fernando Steler. -- So Paulo: Scortecci, 2009. (Coleo GEDIGI ; V. 2).SOUTHWORTH, Donna e Miles. Separao de cores em desktop Como obter boas reprodues em cores So Paulo: Repro Editora: ABTG, 1996.

Processo de impresso planogrfica para transferncia de imagens e textos de uma matriz para o papel (ABIGRAF, 2003).

Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renovveis.

Pelcula de acetato recoberto de uma fina camada de material fotossensvel, que aps sensibilizado e revelado, apresenta a imagem nele gravada, utilizado para a transferncia da imagem para a chapa litogrfica ou tela serigrfica (SENAI.BA, 2001-2004).

Chapa de alumnio recoberta em uma das faces com uma fina camada de material fotossensvel, destinada a receber as imagens transferidas dos fotolitos ou diretamente do computador pelo CTP (SENAI.BA, 2001-2004).

Documento com a finalidade de simular antecipadamente, as caractersticas visuais do produto final to prximo quanto possvel, a fim de tentar equivaler visualmente uma determinada condio de impresso (ABNT, 2008).

Prova confeccionada com base no fotolito e gravao de chapas, imprimindo-se em papel, tentando reproduzir de forma manual as condies da impresso offset (SENAI.BA, 2001-2004).

Prova de baixo custo, realizada numa impressora jato de tinta comum, sem preciso de cores nem muita definio nas imagens (BARBOSA, 2004).

Provas impressas em equipamentos apropriados, normalmente com tecnologia jato de tinta, em papis especiais, com o objetivo de reproduzir as cores e as imagens com a mxima fidelidade (SENAI.BA, 2001-2004).

Provas realizadas diretamente na impressora offset, para avaliao da fidelidade das cores e das imagens, bem como de outros detalhes da produo grfica. Aplica-se normalmente na produo de altssimas tiragens (BARBOSA, 2004).

Processo de sensibilizao (gravao) das chapas litogrficas diretamente do computador em um equipamento especfico para este fim, eliminando a necessidade de gravao de fotolitos (SENAI.BA, 2001-2004).

Equipamento destinado a digitalizar imagens opacas, filmes negativos e positivos (cromos) (HORIE, 2008).

Equipamento similar a uma impressora a laser, especfico para a gravao de fotolitos (ABIGRAF, [s.d.]).

Raster Image Processor um software especfico para interpretar e gerenciar o fluxo dos arquivos PostScript e PDF (ABIGRAF, [s.d.]).

Grade formada por pontos com tamanhos uniformes (FM) ou variveis (AM) que formam uma imagem (ABIGRAF, [s.d.]).

Linguagem de descrio de pgina padronizada (FALLEIROS, 2003).

Processo de sensibilizao (gravao) das chapas litogrficas diretamente do computador para a impressora offset, dispensando um equipamento especfico para este fim, eliminando a necessidade de revelao qumica das mesmas (SENAI.BA, 2001-2004).

Processo de sensibilizao (gravao) das telas serigrficas diretamente do computador em um equipamento especfico para este fim, eliminando a necessidade de gravao de fotolitos www.basysprint.com, Acesso em 29/08/2009.

Equipamento de impresso digital (MORTARA, 2009).

Equipamento que sensibiliza chapas litogrficas convencionais. www.basysprint.com, Acesso em 29/08/2009.

Chapas especficas que no necessitam de revelao pelo processo qumico. www.prestek.com, Acesso em 29/08/2009.

www.fujifilmgs.com acesso em 15/12/2009.

International Organization for Standardization Organizao Internacional de Normatizao, avalia processos e estabelece normas para procedimentos seguros e internacionalmente padronizados, visando facilitar o comrcio internacional entre outras atribuies. Estas normatizaes tambm so aplicadas na indstria grfica em seus diversos segmentos (HORIE, 2009).

Portable Documento Format) foi desenvolvido originalmente para facilitar o trfego de arquivos pela internet. Devido sua confiabilidade, sem perda de qualidade, foi sendo adaptado pela indstria grfica, que o adotou, tornando-se um novo padro para fechamento e distribuio de arquivos (HORIE, 2009).

Arquivo interpretado pelo software RIP (HORIE, 2008).

Infotrends, The Future of Mail 2006: Direct mail, Transaction and Transpromotional Documents, January 2007 e TheTransPromo Revolution: The time is now! An InfoTrends Strategic Assessment, August 2007 (STELER, 2009).

The DMA Response Rate Report, October 2005 (STELER, 2009).

www.podi.org (STELER, 2009).

Extensible Markup Language ou linguagem de marcao de dados que facilita a organizao e apresentao de uma pgina web (KOBAYACHI, 2001).

Impressos usados na etapa inicial da produo offset para realizar ajustes de impresso, carga de tinta etc (SINDGRAF, 2003).

Processo montar recortes de textos e imagem para compor uma pgina a ser fotografada mecanicamente (SENAI.BA, 2001-2004).

Processo de compensao para ajustes no encaixe entre as tintas, definidos nos aplicativos de paginao, destinado a evitar filetes entre as cores das imagens, textos e ilustraes e das cores do entorno (ABIGRAF, [s.d.]).

PAGE 1