a consciencia corporal contribuindo paraa minimizayao do...

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MARlZA ROZANI DAMBOROWlSKl A Consciencia Corporal Contribuindo para a Minimizayao do Comportamento Agressivo Monografia, apresentada para obten,ao do titulo de especializa,ao em Educa,ao Especial: Condutas Tipicas ao Centro de P6s-Gradua,ao Pesquisa e Extensao da Universidade Tuiuti do Parana. Orientadora: Neusa Maria Gomide Batista. Cw-itiba 1997

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MARlZA ROZANI DAMBOROWlSKl

A Consciencia CorporalContribuindo para aMinimizayao do

Comportamento Agressivo

Monografia, apresentada para obten,aodo titulo de especializa,ao emEduca,ao Especial: Condutas Tipicasao Centro de P6s-Gradua,ao Pesquisae Extensao da Universidade Tuiuti doParana.Orientadora: Neusa Maria GomideBatista.

Cw-itiba1997

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MARIZA ROZANI DAMBOROWISKI

A Consciencia CorporalContribuindo para aMinimiza<;ao do

Comportamento Agressivo

Monografia, apresentada para obten9aodo titulo de especializa9iio emEduca9iio Especial: Condutas Tipicasao Centro de P6s-Gradua9iio Pesquisae Extcnsilo da Universidade Tuiuti doParami.Orientadora: NeusaMaria GomideBatista.

Curitiba1997

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Dedicat6ria

Dedico este trabalho ao mcu csposo Emerson, que comcarinho c amor soube me compreender, iluminando 0 meu caminho comsua presen¥a e incentivo.

E a Deus que permitiu a realiza9ao de mais um ideal.

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SUMARIO

RESUMO ..1 - INTRODU<;:AO ....

2 - REVISAO DE L1TERATURA ...

0102

03

2.1 . Agressividade . 032.2 - Desenvolvimcnto Psicomotor... 072.3 - 0 corpo em sua totalidade.. 132.3.1 - A organizacrao da consciencia corporal 142.3.2 - A Exprcssao Corporal... 162.4 - Atividades que proporcionam a aquisir,yao da consciencia corporal e que 17.contribucm para a minimlzar,yao do comportamcnlo agrcssivo ..2.4.1 - A gimislica, dam;a, 0 jogo .... 26

3 - CONCLUSAO . 35

4 - REFERENCIAS BlBLlOGAAFICAS .. 36

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RESUMO

o prescotc lrabalho procura enfatizar a imporL<'incia daconscicncia corporal para 0 dcsenvolvimento global da crian.;ra,levando em considerayao as caractcristicas peculiares de cada fase, 0

Oleio familiar, afetividadc e suas rclacoes. Com 0 objctivo de auxiliarfla minimizac;:ao do comportamento agrcssivo, prescnte nos dias aluais.Os pais muitas vezes alhcios, nao comprccndem all desconhccem estelado do seu filho, vern tamar conhecimento pela escola, que C 0 localoode aparccc mu;tos dos problemas desapcrcebidos pelas famllias.Mas a maioria deSlcs problemas segundo alguns autaTes saoprovenientes da formayao da cstrutura, pais 0 individuo e urn todo,desdc a sua conccpc;ao. A consciencia corporal tern como objctivoresgatar este corpo que nao e visto. Em conscqUencia e utilizado scmo menor cuidado, C 0 agressor e 0 agrcdido de si proprio ou dosoutros. Pois para ele este corpo nao c sentido, e nao ha scntido, suaspossibilidades e realizac;:oes sao desconhecidas e dcsvalorizadas. Estaconscicncia corporal po de ser adquirida at raves do movimentoconsciente e utilizando a dan'ra, a gimistica, 0 jogo c 0 csporte. Apcsquisa foi de cunho bibliognHico baseada em obras relaeionadas aagressividade, a eonseiencia corporal, ao dcsenvolvimcntopsicomotor. considerou 0 Curriculo Busieo de 1992 do Estado doParana e da Prefeitura Municipal de Curitiba 1990.Utilizou-se amctodologia descritiva. procurando ana1isar 0 conteudo. 0 melodoadotado foi 0 indutivo e 0 dcdutivo para analise e sintese. Corn estetrabalho foi possivel eonstatar a importancia da eonsciencia corporalpara 0 dcscnvolvimcnto psicomolor da crianc;:a e do adulto nasrealizac;:ocs das suas tarefas, bem como na colaborac;:ao daminimizac;:ao do comportamento agressivo, atraves do conhecimento evalorizac;:ao deste corpo.

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1 - INTRODU<;:AO

A Consciencia corporal esta ligada a desenvolvimentopsicomolor do individuo, para a realizac;ao dos movimentos. Esteconhecimento corporal facilita nas exccul(oes de tareras motoras cintelectuais e a valoriza((uo bern como 0 cuidada desle corpo.

Fazendo urn estudo sabre a agressividadc, 0 dcsenvolvimentopsicomotor, a consciencia e a exprcssao corporal c as atividades quecontribucm para a aquisic;ao desla consciencia corporal lais como aginastica, a danc;a, jogo e 0 esparte.

Este tTabalho parte de uma Revisao de Litcratura, que cstudc aConsciencia Corporal e esta dividido nos seguintes itens, a saber:

A agressividadc c um comportamenlo prescntc nos dias atuais,dcvido a evoluc;ao tecnol6gica c a crise social-ccon6mica-cultural,com um grande deficit na estrutura familiar. Apesar de ser urncomportamento nccessario sobreviver e conquistar seus ideais. Mas 0

que prcocupa C csta agrcssividade scm mcdida. que agride, fcrc, cmuitas vezes causa dane sem nenhum motivo para vitima, mas com umsignificado do inconsciente !laO muito claro para 0 cxccutantc.

No desenvolvimento psicomotor notamos que a crianya necessitado maior numero de experiencias, referente a sua idade, respeilando eestimulando este desenvolvimento em sua totalidadc.

Na consciencia corporal contribui para 0 dcsenvolvimento globaldo ser humano. 0 esquema corporal e a imagem que fazemos de nossoproprio corpo. Esta imagem pode ser total ou segmcntaria, tcr umborn dominio do proprio corpo equivale a possuir-se a si mcsmo.

Scm esta consciencia corporal a crianya podcra aprcsentardificuldades motoras, de aprendizagem e nas relac;oes socia is.

Atraves do Curriculo Ba.sico do Estado do Parana daPrefeitura Municipal de Curitiba, percebe-se irnportancia daconscicncia corporal para 0 dcsenvolvimcnto global do ser humano, apartir do seu nascimento, facilitando 0 seu aprendizado e sucesso navida adulta. Alem de conhcccr cste corpo em suas partes e func;oes,nas suas possibilidades e realiz<lyoes, para que 0 mesmo fale,exprcssc, movimcntc, sinta prazer em senlir, exislir, realizar e screalizar, valorizando a si e ao proximo. Sendo uma alternativa paraprofissionais da area de interessc de amcnizar disturbio decomportamento agressivo em crian~as.

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2- REVISAo DE LlTERATURA

2.t Agrcssividadc

Atualmcnte a agressividadc em crian~as, vern prcocupandofamilias e profissionais que atuam diretamcnte com elas. Sao viniosos falores que Icvam a estc comportamcnto, 0 medo, 0 conrJito. ainseguranc;a, a auto estima c a consciencia deste corpo cstao embaix3. 0 desconhecimcnto destc corpo, suas capac ida des, funyoes cvalores esUio falhos, 0 agredir com gestos, palavras c ac;oes, pode seTuma forma de aula defcsa e prcscrvac;ao da causa deSICcomportamento. Pais, professorcs, profissionais que lidam com ascrianC;3s buscam c8minhos c uma forma de colaborar para controledcste comportamcnto agressivo. Primeirarncnle tamanda conhecimentodo seu significado para melhor comprcender c atuar.

Em MOSER (1991, p.14), a agressao e urn comportamentointerativo entre 0 agrcssor e a vitima. Sob 0 ponto de vista da vilima,tudo que provoca dana a aiguem e urna agressao. Se colocarmos doponto de vista do agressor, devemos considerar a motiva\yao e 0

objeto do comportamento.As dificuldades que se tern para definir a agressao sao devidas

ao fato de que a avalia\yao do eomponamento depende dasperspectivas que adolamos para julga-Io. Urn mesmo comportamcntoconsidcrado pela vitima. Assim sendo, c necessario referir-se asnormas sociais quc designam como atos agrcssivos aquclcs que trazemcenas eonseqiicncias para 05 agres50res (san\yoes, por excmplo) emcerlas si1ua<;oc5. A dcfini<;ao de agressao nao basI aria por si a umaanalise cienlifica. Vimos que pode apresenlar-se sob varias formas,que vilo do homicidio a uma simples observac;ao sarcaslica. Mas comoe por quais crilerios idcntificar e classificar esses comportamentosdiversos. BUSS apud, MOSE (1991, p.I?) definiu Ires dimensoes quecaracterizam a agrcssao: 1) fisica - verbal; 2) at iva - passiva; 3)direta c indireta.

a) agrcssao aliva ~ fisica (direta - golpes c ferimentos),indircla (golpe5 desferidos contra a urn substituto da vitirna), verbal~ direta (insultos), indireta (maledicencia);

b) agressao passiva ~ fisica direla (irnpedir urncomportamento da vitima); indireta (rccusa de aderir a urncomp0rlamento); verbal - direla (recusa em falar); indireta ( rccusaem consentir).

BIAGGIO (1983, p.IS3), ressalta que 0 comportamentoagressivo representa urn problema de extrema gravidade e i'!1portanciapara a humanidade. Com 0 aumento dos instrumentos de d'estruic;ao,com as circunstancias da vida urbana e da superpopula~ao nas grandescidades, 0 potencial dcslrut ivo do homem tornou-sc ainda mals

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perigo so. Torna-se crucial para a propria sobrevivencia humana quese compreendarn os mccanismos pelos quais a agressao e adquirida emantida, para que se possa controla-Ia.

Elc cita em sua obra dois tipos de agressao, a agrcssaoinstrumental, que seria aquela cujo 0 objetivo e obter recompensasextrinsecas (e nao sofrimento da vitima, como no caso de assaltarpara roubar), e a agressao hostil, que seria aquela cujo objetivo tlnicoe de infligir sofrimento a outrcm. Urn ato agressivo sempre Iranioutras conseqilencias alem do sofrimento da vitima. Para Bandura, aagressao seria melhor definida como comportamento que resulla emdano pessoal e em destruic;:ao de propriedade. Esle dano pode tantopsicol6gico (sob forma de desvalorizac;:ao) tanto quanto fisico. Alemisto, e preciso considerar 0 contexto social. Enquanto algunsprofissionais ferem outros para desempenhar urna func;:ao socialmenleaprovada, por exemplo, dentistas e cirurgioes, nao seria consideradoagressivo. A teo ria da aprendizagem social considcra, ponanto, tantoo comportamento como os julgamcntos sociais.

Em CARDOSO (1969, p.28), charna-se "agressiva" a crianca naode vida mente socializada, que exerce sobre 0 meio umn nCao hostil,que se opne a cle, rnais ou menos vivamente. Em psicologia,agressividade e a forca que leva a agir e que portanto, permitc abusca de urn estado de equilibrio, sempre que 0 mesmo c rompido. S6impulsionado por essa forca, po de 0 homem adaptar-se as condi~oesde vida em grupo, sobrevivendo como animal e como ser social; pode,enfim, realizar-se, auto afirmando-se.

o cstimulo proposto pelo odio e pela dcstruic;:ao scmpre cxistiue e bastante atendido. E Lieil comprovar que os movimentos "contra"sao rna is ardentcmentc scguidos do que os movirncntos "pro". Poueoimporta 0 objetivo visado, tao mais facil pareee ao homem atenderquando se Ihe solicitam as fOTyas de agressao do que no casocontrario.

A sociedade, no entanto, sc empenha em diminuir por todas asformas essas mesmas forcas agrcssivas.

Sera, ponanto, verdadc que e mais dificil ao homcm amar do queodiar, construir do que destruir?, sem duvida, e nada ha de espanlosonisso pois que, chegando ao mundo, e a colera que elc eonhece emprimciro lugar

Po is 0 primciro contato do recem-nascido com 0 meio que 0

cerca c de sofrimento e dar seu grito de colera.Importa distinguir agrcssividade de hostilidade. E certo que 0

reccm-nascido e agressivo; scm cssa forca, scria POliCO possivelsobrevivcr, hei neic, desde logo, hostilidade contra 0 meio.

o tipo de agressividade que acabamos de localizar, e aqllcia queprojeta 0 homem para 0 ambiente, e a heteragressividade, que emexagcro po de sc transformar em hcterodeslrui~ao. Ncsses casos, 0

aproveitamento dcssa rorya nao se faz em beneficio da socializayao do

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homem, impede antes seu ajustamcnto, pois que cia se condensa emhostilidade que se volta contra 0 meio, a comcryar pela familia.

o outro tipo de agrcssividade denominada auto agressividadedirigida contra 0 proprio individuo. A auto agressividade naopreocupa os pais, a menos que estes sejam pessoas esclarecidas oucom rara inluiryao psicologica. Este fato po de ser compreendido: aaula agressividade, a menos que seja de potencial elevado queculmine no suicidio (autodestruiryao), nao perturba muito a vida dogrupo familiar, pois toda a agressao se dirige para 0 proprioindividuo; enquanto a hetcragrcssividade, visando 0 meio exterior,desencadeia problemas sociais dos mais graves, atinge a autoridade, alei, 0 principio constituido.

A crianrya heleroagressiva, precisa ser atendida de forma urntanto especial, pois dispoe de uma forc;a que nao po de sec eliminadanem reprimida, mas que deve see transformada energeticamente, demodo a facilitar a adapta9ao social. Na linguagem, quando atingir suaagressividade se revelara de mane ira mais nit ida, empregani 0 sellreduzido vocabulario para, comandando, combalendo, alcanryar 0 quedeseja; destruira objctos e brinqucdos e assim, exercitando seusmusculos, dara vazao a cnergia agrcssiva c obtcnl seguranc;a, desdeque bem succdido, equilibrando-se num mundo hostil.

Pela foeQa hcteroagressiva rctoma, a criancra. 0 equilibrioperdido em cantato com 0 ambiente e, por tal forma, se firma,enconlrando seu lugar; sc a agressividadc e reprimida, cia se vaiescapar, transformando-se, condicionando comportamentos anti-sociais; mais tarde, quando ja nao terner, a autoridade dos pais,scntindo-se rna is podcrosa, cia os enfrentara, ou abertamentc,hostilizando-os, ou de maneira simbolica, desenvolvendo foemasequivalentes de oposiryao.

Ncste terreno associais ou anti-sociais, uma serie de problemaspodelll ser evitados, se os pais, conhecendo desde logo 0 potencialheteroagressivo de seus Filhos, assumirem a atitude indicada para, 0

caso, que nao deve nunea reprimir, mas transFormar a energla,aproveitando 0 maximo na crial(ao, na construryao. . .

Muito cedo se po de levar a crian9a a manipular massa piastlca, aempilhar cubos ou pcC;as outras de madeira, a cnca.ixar, par)a t~r. emmente, semprc que destruindo algo, pode-se conslrUIf algo. I arllclparde jogos infantis c rccreac;ao dirigida.

Para AJURIAGUERRA (1986, p.117), fica diFieil definiragressividade de uma forma rigorosa. Dc urn modo gcr~l,agressividade e conduta agressiva animal ~ncontra~l-se cm cstrCltarclal(ao com noryao de territorio: quanto mals urn animal se afasla deseu lerrilorio, mais desconfiado fica, representando urn eSlado devigilia, proximo a agrcssividade, porem menos a~ressiva~ sao suascondutas. Inversamenle, quanto mais proximo 0 animal esl1ver de seuterritorio, menos agrcssivos, porem mais agrcssivas suas condutas emcaso de necessidadc. Pode-se dizer que ex.iste uma rc\a~aQ

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invers:tmentc proporcionai entre a agressividadc e a rela~ao do sujeitocom seu ser - territ6rio.

Em AMORETTI (1992, pAl), a violencia pode ser definida comoalO de violenlar, determinar dano fisico, moral ou psieol6gico atravesda for((a ou coayao, exercer opressao e tirania contra a vontade eliberdade. Como exemplos mais comuns de violencia divulgada,podcmos relacionar: agrcssocs fisieas, assaitos, seqiiestros,atropelamentos, homicidios, tU01UItOS, atentados, repressao polieial,torturas, assassinatos, estupros, prostilUi((30 e assassinatos demenorcs, gucrras, elc. Esta e a violencia visivel e divulgada. Amiseria, 0 analfabctismo, 0 desemprego em massa, os baixos sahirios,a falta de saneamento, e outros C a violencia invisivel e mascarada.

Prcvalecem rela((oes que violentam as pessoas dcsde a inffrncia,constituindo seres com poueas alternativas psicol6gicas. A nivelindividual e inconsciente, as fantasias que predominam por tftis daviolencia sao de medo. Neste easo a violencia pode ser qualificada desintomas. Silua~oes de perigo, perda, rcais ou imaginarias, podcmrcsultar em violcncia em defesa de si.

KIRK (1996, p.336), denota que a agressao rcpresenla umpadrao, que embora perturbador para os professores, po de serbast ante adcquado dcpcndendo da suhcultura da qual a crian((a vcm.Essas crianyas podcm manifestar algumas indica((ocs de ansiedadepessoal ou mau ajustamento. A questao e se a cultura ou sociedade aqual a crian9a pertcnce e desajustada.

o delinqiicntc socializado muilas vezes tem conflilos de valoresque precisa enfrentar na situa((ao escolar que resulta em certa lcnSaO,pois 0 meSIllO esta tentando manter um pc no seu grupo de colegas demesma cullura e urn pc na soeiedade em geral que defende valorcs.

Um ambiente social mediocre pode predispor it inadapla((aO,mesmo em situa90es sociais destrulivas, muitos jovens se saem de urnmodo socialmente aceilavel.

Dutro fator c 0 ambiente familiar e suns instabilidadc, a crian9anao fica imunc. Os problemas e as tensoes resultantcs da situa9ao dediv6rcio tern sido cuidadosamente analisadas. E os meninos sao quemsofrem mais com 0 div6rcio, talvez por serem expostos a uma maiortenSao, frustray3.o e agressao, tendo menos apoio no periodo logoap6s 0 div6rcio. Para todas as crian((as e uma transi((ao dificd, c avida em uma familia com 56 urn dos pais pode ser vista como umasituayao de risco para os pais e as crian9as. ~ .

Atualmentc denlro do sistema escolar, os profcssores sao VIStOScomo agentes rcsponsavcis pelo tratamenlo, e recebem ajudacomplementar de psiquiatras, psic610gos e assistentes sociais. I-Ia umaavalia((ao das nccessidades da crian((a, 0 dcsenvolvimento de um planoindividual e recomendayoes educacionais.

Na estrategia psicodinamica, 0 principal ohjetivo e ajudar acrian~a a se conscientizar de suas nccessidades, desejos e temores. 0comportamento desajustado visto como sintorna do eonfli.to

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intrapsiquico, e 0 tratamcnto se conccntra na elimina<;ao da causasubjacente do conflito.

Para FINKLER (1987, p.82), a raiva ou colera, consiste em limairrita<;ao violenta e incontrolavcl. 0 sujeito expressa-a com palavrase gestos descontrolados. A violencia da emo<;ao po de levar 0 sujeito acomcter toda sorte de atos impulsivos com tais conseqilencias:injuria, of ens a grave, agressao fisica ou moral, entre oulros.Muitos crimes sao cometidos por pessoas que na~ conseguem dominarsuriciente seus impulsos de raiva.

Raiva e outra formas criticas de ansiedade aparccem tambem emcrianyas submetidas a situa<;oes de frustra"ao. Indefesas, nao temrccursos para elaborar seu sofrimento interno. Este se avoluma eexplode de maneira mais ou menos violenla. Infelizmente, muitasvezes os pais nao Ihes permitem de exprcssar normalmentc a raiva quescntell1. Por isso, sao obrigadas a reprimi-Ia, com urn desgaste deenergia que fatalmente redundara na organizayuo interna de urnesquema de deresa 0 qual, depois, tomara forma de urncomportamento mais ou menos neurotico.

A origem remota da capacidade de experimentar ansiedade est<i,provavclmente, na traumatic a experiencia do nascimento. Tudo leva acrer que, ao nascer, a crian<,:a passa por dificuldades pessoais que na~podcm deixar de causar dor e medo: comprcensao do corpo, repuxoesnos membros, pcrigosa compreensao da cabcya, perigo de asfixia,choque de luz, do frio. Alias, ao longo de todo 0 periodoevolutivo, sucedem~se situayoes novas, desconhecidas, as quais deveadaptar-se. Ora, toda situa«;ao nova c in us it ada, ate no adulto causacerta apreensao e ansia. 0 recem-nascido e extremamente pobre demeios para fazer face as dificuldades naturais geradas por umasituayao desconhccida.

Ajunte~se a iSIO a Calta de conhecimento de muilas maes paracomprecnder as necessidades do filho e sera relalivctmente faeilimaginar a tensao de ansiedade e de medo da crial1ya. Na maio ria doscasos, a neurose c a psiconeurose dos adultos radicam emcxpericncias negativas da inrancia, !laO devidamente elaboradas. Eml1luitos aspectos da sua vida emocional, em situayoes semelhantes asda sua inUincia, 0 adulto repete 0 que vivenciou na sua infancia. Anivel inconsciente, ele continua a reagir internamente como crian«;aque elc roi nos primeiros al10s de vida.

Vcrificamos que a agressividade e necessaria para 0 individuosobreviver c conquistar seus idea is. 0 que preocupa e estaagressividade scm medida, que agride, fere, e muilas vezcs mala scmncnhum motivo aparente para vitima, mas com um significadoinconsciente nao muito claro para 0 executante. Oevido alguma falhaem seu desenvolvimento desde da sua concep~ao ate a idade adulta,dos seus mcdos, inseguranya, e desconhecimcnto, 0 sentir. 0 valorizaro seu proprio corpo e 0 de outrem. Eo: preciso desenvolver esta

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consciencia corporal dcsde cedo para facilitar 0 desenvolvimento dacrian~a c do futuro adulto.

2.2 DESENVOLVIMENTO PSICOMOTOR

Para melhor compreender 0 desenvoivimenlo biopsicosocial dacrian<;a, e preciso conhecer todas as partes, para nao queimarnenhuma elapa, proporcionando um grande numero de experiencias,referentc a sua idade, respeilando e estimulando esle crescimento emsua lotalidade.

Em LE BOULCH (1992, p.27 ), a crian,a, pela sua bagagemhereditaria e pelas suas caracteristicas pr6prias de rea~ao,dcpendente do meio humane onde a natureza 0 tern colocado.

Dai a importancia do meio familiar no desenvolvimento dacrian~a. com estimulos de natureza fisica e a presen<;a humanacarinhosa, cria condi<;5es psico-afetivas indispensaveis aodesenvoivimento geral da crian<;a a curto c longo prazo.

Inversamente, numerosas sao as observa.;oes que estaheleccm arela.;ao: carencia de euidados maternais, as multiplas bab<is originamas frustra~5es precoces as desorganiza<roes profundas dapcrsonalidade. Estes lranslornos traduzem-sc com freqilcncia porsintomas psicomotores que podem ter 0 papel de sinais de "pre.vagabundos", pcssima integra<rao temporal. cspaciai e deficit dematura<;ao de irnagem do corpo.

a comportamento do recem-nascido desenvolve-se como umaunidade que !laO tcrn que conquistar, mas sim preservar.

A funcrilo muscular traduz 0 primeiro modo de cxpressao doembrdio. Aparece antes de ser capaz de responder a um estimulosensorial externo, portanto 0 sistema motor e capaz de descncadear ede manter sua propria atividade scm neccssidade de urn cstimulosensorial.

o tono, manifestacrao palpavel da cnergia biologiea, caracteriza-a cada instante 0 dinamismo do organismo.

a reccm-nascido oscila entre lim cstado de necessidade, que semanifesta pela eleva.;ao do tono, origem das descargas muscularesimpulsivas, por gritos e urn est ado de prazer que e paralelo itdiminui~ao dos tonos.

a equilibrio deste comportamento tonico emocional traduz aunidade do ser e c fun<rao de aten<rao do meio em reiacrao it crian.;a.Embora est a fase da vida nao se torne consciente, e muito importante,ja que as experiencias corporais vividas fiearn registradas, gracras auma verdadeira memoria corporal, forma mais primitiva doinconsciente.

A atividadc sens6rio-motora nao se desenvolve s6 a partir dosestimulos extcrnos, senao tambem a partir das informa~oesproprioceptivas, iabirinticas e articulares. Estas inforrna<roes sao a

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fOllte de origem das rea~oes de equilibrio dos primeirosajustamentos posturais cuja a coordenar;ao exige a intervenr;ao doarquicerebelo.

A vivencia do organismo do recem-nascido feita pormovimentos globais e de respostas aos estimulos externos e internosmas sobretudo 0 contato com 0 ambiente humane que 0 propicia ascondi'Yoes para um born desenvolvimento. Neste est<igio, a rela'Yao cpuramente narcisista, tcndo prioridadc a satisfa'Yao da necessidadealimentar e os estimulos proprioceptivos e cutaneos. Entretanto, aevolu'Yao dos sentidos auditivo e visual, cujo os estimulos eletivossao a voz e 0 rosto humano, poem em evidencia a existencia de limaaptidiio inata de comunica.yao. Oa riqueza destes primeirosintercambios depcndc 0 equilibrio emocional c a afetividade do adultono futuro.

Ale agora, a crianr;a organizava-se na area motora e sensorialalravcs do jogo das "'rea'Yocs circulares" Uma vez que tern fixadodefinitivamcnte a imagem materna, 0 acesso a permanencia do objetoIhe perrnite orientar. ern fuor;ao de um rim, sua atividade motoraagora se lorna intencional. 0 jogo da funyao de ajustamento,vcrdadeira intcligcncia do corpo, permitir-Ihe a inventar as solllr;oesmotoras aos problemas proposlos.

E 0 equipamento motor e iodispensavcl no jogo da fUI1c;ao deajuslamento. 0 tono muscular e a atividade primitiva e permanente domuseulo, alem de traduzir a vivcncia emoeional do organismo, e 0

alicerce das atividades praxicas.- Durante 0 3° mes, 0 tono dos museu los da nuca e do pcsco~o

vai organizar-se em fUllyao do eixo corporal. Quando a crianya passada posiyao dcitada e sentada com apoio, sua cabcya mantem-se bemfirme, 0 pescoyo serve de suporte para que a erian~a possa orientar 0

olhar em dire'Yao ao estimulo visual ou sonoro.- Entre 0 6° e 8° mes, a crianya vai conquistar a vcrticalidade e

equilibra-se em posiyao sentada, que Ihc permit ira ter uma vi sao maisglobal de seu ambiente.

Nesta posi.yao se sentira rnais segura nas experiencias demanipulac;ao. ja que sellS bra~os estarao cornpletarnente liberadas e 0

tono da cintura escapular cst a descnvolvido.- Entre 0 9° c 12'-' mes, a crianr;a rcforr;a a cintura pelviana,

primciro rastejando, depois de quatro; no 10° e 12° mes, fieara. de pcde forma pro longada com apoio e passara a posiyao bipede, primeirotitubeante e depois mais firmc.

a sistema telo-cinctico direciona os orgaos sensoria is sobrctudoa visao c ao ouvido. Com a eSlimula~ao exteroeeptiva visual ouaudit iva em funC;ao da significayao afetiva, chega-se umaorganizac;ao tridimensional do espar;o.

A aquisi~ao dos automatismos de controle piramidal, com aevoluyao da preen sao e 0 descnvolvimcoto da motrieidade fina' da maoe dedos. Ha uma cstreita liga~ao entre 0 desenvolvimento sensorial

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talil com a evolu.;;ao da ··destreza". No infcio a atividade sensorialUitil nao esta suficiente madura, e 0 unice mcio de cxplorar osobjetos e rela boca. A partir da motricidade fina da mao e dos dcdostorna-sc possivel a exploraryao, com isla dcscobrc 0 rnundo exterior.

A cvoluc;ao da atividade praxica e percep~ao, ocorre aDs 18mcscs, a atividade scns6rio-motora tern scparado a crianya de suasrclayoes cxclusivas com a mae, permitindo descobrir a existencia dosobjetos c sua pcrmanencia. Com ista a crianc;a cria uma rcdc deespac;o temporal, que ocorre dos 18 meses aDs 3 allOS. A construc;;:aodo cspac;o se faz a partir de intuic;oes clcmentares.

A crianc;a na descobcrta de seu proprio eu, ocorre no fim doperiodo do «carro vivido", em lorno dos 3 anos, e que a erian~areconbcce seu corpo como objeto. Esta aquisiyao bern posterior itdescobcrta do "objeto libidinal", depois do "objeto permanente".piagenliano. Ate cnUIO a crian~a nomeava-se em terce ira pcssoa, nestactapa que ela vai cornec;:ar a usar os pronomes. 0 cu, 0 meu, a minha,adquirern todo sentido como forma de cxpressao da personalidade dacrian~a.

No cst agio do "corpo vivido", a experiencia do corpo e doespa~o tcrmina com a aquisir;:ao de numcrosas praxias, que permitc itcrianr;:a "scntir seu corpo como um objelo total no mecanismo dereJac;:ao" Esta significa~ao fundamental e a primeira "maquctc" daimagern do corpo e aparccc no momento da "crise da personalidade"dos 3 anos. Esta prime ira instabilidade afeto-sens6rio-motora e 0

trampolim indispensavel para que a estrutura~ao cspa~o-temporalpossa efetuar-sc. Aos 3 anos, 0 aspecto pratico do comportamentoest a annado no plano global e continua aperfeir;:oando-se ao ritmo dodcsenvolvimento da funryao dc ajllslamento.

A no~ao de fragmentar;:ao, usada por Lacan, nao rcveste nenhumscntido no plano do comportamcnto global da crianya. ao contrario,cia traduz bem 0 caratcr parcel ada que reveste as percepr;:oes dacrianr;:a neste estagio de desenvolvimento.

Aos 3 anos, esta expericncia vivida da crianya chega ao fim como reconhccimcnto de seu corpo como objcto. As urgencias daadapta'Yao no mundo exterior tern sido resolvidas de forma global,gra'Yas ao jogo da fun'Yao de ajustamento. Resla agora integrar cstacxpericllcia a um nivel mais consciente, permit indo uma conscicnciamelbor do vivenciado.

A educayao psicomolora na idade pre escolar, deve ser antes detudo uma cxpericncia aliva de confrontar;:ao com 0 meio. A ajudaeducativa, proveniente dos pais c do meio escolar, tern a finalidadenao de ensinar it crianr;:a comportamcnlos motores, mas sim depcrmitir-Ihe, mediante 0 jogo, excrcer sua fun'Yao de ajustamento,individualmcntc ou com outras crianyas. No estagio escolar a primeiraprioridade constitui a atividade motora ludica e a atividade ll1otoraglobal (explora~ao do ambicnte), rela~ao com adulto e com oulrascrianyas. quc traduz a expressao de uma nccessidade de movimento,

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II

investigay30 e de exprcssao que deve ser satisfeita sc ajustando a estemcio.

ESla atividade motora li,dica, c uma fonte de prazcr, que permitea crianc;a prosscguir na organizar;ao de sua "imagcm do corpo" aonivel do vivido c serve de ponto de partida para a organiza<;ao praticaem rclac;ao com 0 dcsenvolvimenlo das atitudes analise perceptivas.

Do jogo da fUIlr;ao do ajustamento it lalcraiizay3o, onde 0

adulto deve ajudar a crianr;a a afirmar sua lateralidade, permit indorealizar livremente as experiencias moloras. Deixando a pr6priacrianc;a estabelecer sua dominancia lateral.

Os difercntes aspectos do trabalho psicomolor na idade precscolar. Este pcriodo de 3 a 7 anos, corresponde ao estagio da"estruturac;:ao percept iva", e uma ctapa intcrmediaria que deveresponder a dois grandes objctivos: - permitir a crianya alcan<;ar seudcsabrochamento no plano da vivencia corporal alcan<;ando com berncstar 0 excrcicio da motricidade espontanea, prolongado pelaexpressi'io verbal c gnifica; - assegurar a passagem it escola eiemenlartendo 0 papeJ de prevcn<;ao, a rim de evitar que a crianya se depare,nessa cpoca, com dificuldades de aquisi<;ao das primciras tarerasescolares.

Para iS10, apoiando-se no trabalho essencialmente global, enecessario ajudar a crian<;a a estruturar os campos perceptivos interno(tomada de consciencia global dos segmentos do corpo associada averbaliza<;i'io), e exlerno (at raves da tomada de eonsciencia global arcla<;ao com adullo, com outras crian~as e objetos - brinqucdos, jogos- expressao livre, coordena<;ao dinamica geral e fina, pcrcep<;aoespac;o temporal, lateraliza<;ao e ritl11o.

Ainda cm LE BaULCH (1978, p.223), 0 conceilo "imagem docorpo" se cxprcssa com a inluiC;iio que tenho do meu corpo em rela<;aoao cspac;o, dos objetos e das pcssoas. E a partir das experienciasvividas, constitui um conjunto de il<ibitos motores.

Esta possibilidade que se oferece ao homem de ascender a umverdadeiro dominio de seus movimentos, e para nos, uma das condiC;iioessencial de autonomia do equilfbrio da pessoa. Para estadisponibilidade global do corpo associada a urn controle dos dClalhesde exceuyao do movimento em curso, c indispcnsavel a concordanciade Ires campos perceptivos: cinestcsico, visual e sonoro. Assim, apartir destc modele postural do corpo ern movimcnto, baseado sobrelodos os dados visuais inlcrnalizados com apoio de uma (ramaritmica, as rcgulayocs lonicas sc rcalizarcm de mane ira inconsciente,mediante 0 jogo de mecanismos subcorticais, podendo com certezaocorrer a disponibilidade para interven.;ocs fasicas que implicariamurn outro momento da a<;3.o, urn esquema postural, verdadeira tela derundo que ativaria circuilos extra piramidais, urn "esquema decoordcnac;ao", a partir do qual se podem efeluar intervenc;ocspiramidais fasicas.

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A aparic;ao progressiva das estruturas nervosas provoca umaserie de maniresta90es funcionais. A este rcspeito "a imagem docorpo", ao redor do qual se organiza a personalidade, que se constituide sua psicoll1otricidade, em tres elapas, cujo 0 termino e passive I esignificativo.

Aos ld~s anos 0 esqueleto de uma crian9a, e conquistado atravcsde tada experiencia global da praxis C 0 diitlogo tonico com a mac.

Aos scis anos a "imagem do carpo" c uma "imagcm postural" decarater estatico que pode aprcciar por meio de testes classicos de"esquema corporal", est a "imagcm do corpo", sempre pode limilar aum "conhecimento" da configurac;ao corporal.

No esUigio de sctc a doze anDS, represcnta uma Clapa chave naestrutura do "esquema corporal", que se integram nos dados vividos epcreeplivoeognitivos, condi<;ao necessaria para unidade afetivaintelectual de ser, no estagio das operayoes concretas.

Em urn artigo da revista VEJA (1996,p. 84), cientistas 1110stramque as experiencias duranle a infancia aiimenlam os circuitosnervosos e determinam 0 futuro da intcligencia, e que hit elapasdefinidas par 0 desenvolvimento do cerebro, e informam que ainteligencia, a sensibilidadc e a linguagem podem c devcm seraprimoradas na escola, clube e especialmente denlro de casa.

E 0 gosto pela ciencia. arte, linguas ocorre mais cedo que seimaginava. As fibras nervosas capazes de ativar 0 cerebro tern de serconstruidas, e 0 sao pelas exigencias, pclos dcsafios e cstimulos a quea crianc;:a e subrnelida, a maior parle entre 0 nascimento e os 4 anosde idade.

o cerebro precisa de ginaslica, scm iSIO por mais rica que seja aheranc;:a genetiea rccebida nada feito. Testes elfnieos mostraram quebcbes que passaram a maior parte do primeiro ano no bcrc;:o, semmaiores contatos ffsicos tem urn desenvolvimento anormal, e ascrianc;:as no colo das maes e avos, ja comcc;:am a andar aos I I mcses.

Nos bcbes, 0 cerebro e urn orgao de grande plasticidadc, seusdois hemisferios, 0 esquerdo e 0 dircito, ainda nao se especializaram,iSIO, so aconteecra enlre os 5 e 10 anos de idade. As janelas deoportunidades tem 0 seu momenta certo para desenvolver, a cadavelinha de aniversario que uma crianc;:a assopra, e como sc ciaestivesse fechando janelas de oportunidades, que jamais sedio abertasuma segunda vez. Centros de pesquisa eonfirmaram quemusicalidadc raciocinio, logieo, matematico, a intcligencia espacial.capaeidades rclativas ao movimcnto do corpo, entre oulras depcndemde circuitos que sao plugados logo na prime ira infancia. "0 tempo ecsscneial". Nilo se pode ultrapassar a idade de malura~ilo cerebral.

A linguagem e mais facil aprender urn idioma na primeirainffincia, e a musica e urn dos estimulos mais potentes para ativar oscircuitos do cerebro, a janela musical abre-se aos 3 anos e fecha aos10 anos.

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A calma e a ansiedade sao aprendidas, na calma as crian~asdevem seT cstimuladas at raves do toque, da conversa c de imagcns.expcriencias agradaveis, carinhos, mimos e atcn\=ao no momentocerto, os castigos tambem colaboram mas na medida cerla.

Para jogos, ate 0 primeiro ano de vida as janclas esUioescancaradas c a do senlido, a crian\=a esui aberla a feecber, conlarhist6rias por escutar musica, agarrar e beijar, brincar com a bola, saocstimulos que ajudam a aperfeicroamcnlo das liga90es ncuraissensoriais, e urn processo que dura ate os dais aIlOS. Ale os 5 aoos,desenvolvem a percep<;:ao de farmas, e os circuitos neurais dalinguagem, que ja vinham amadurecendo, cntram em fcdc com ahabilidadc matara, iniciam-se os jogos simb6licos. Aos 5 e 6 anos e 0

momento em que 0 cerebro come(f:a a se especializar.Percebemos que a crian«a e urn ser aberto a afetividade, os

estimulos, expericncias, aos jogos e brincadeiras que facilitem suasaprendizagem motoras e intclcctuais, sempre como estrutura seuconhecimento corporal.

2.3 0 CORPO EM SUA TOTALIDADE

Com 0 objetivo de despertar 0 individuo para a sensa~ao dornovimento no seu corpo e conscientiza-Io das rclac;ocs cxistcntcsentre as suas diferentes partes, para que 0 corpo, como uma s6unidadc, possa produzir movimcntos harmoniosos. A crian«a,institivamente, tende a usar todo 0 seu corpo em qualquer atividade epara expressar as suas emo«oes.

BRUHNS (1994, p.13), cita que 0 homem vive num corpo, que serclaciona, que cria, se expressa, sofre repressoes, vi bra, e semovimenta. A mais simples observac;ao em torno de nos podcnidemonstrar que 0 corpo humane c afelado pela religiao, profissao,grupo familiar, classc social e cultural.

o corpo e 0 veiculo de comunicayao c prazer, c a melafundamental. A reprcssao cnfraqucce nossas emo«oes. A falta de urnespa«o fisico para aluar, lransforma-se na falta dc urn cspayO internopara sentir. 0 corpo sente forne e sede, alegria real do sol e da neve,do cheiro das rosas, a raiva, 0 calor, a paixao, 0 luto. Todas ascmoyoes pertencem ao corpo e a mente apenas reconhece. Portanto.viver significa deixar 0 corpo cm constante atividadc fisica. Mas como desenvolvimento 0 que faziamos com 0 corpo esta sendo fcito pelasmaquinas. Assim perdendo as sensayoes organicas, 0 organismo,come«ara a perder a nO(f:ao do que esla acontecendo com clc, com aparaiisayao dos impulsos internos a nossa mente cria as fanlasias, asaiucina«oes, e no final a loucura.

A crian«a recem-nascida. seucorporal, come«", a conhecer 0

unico contato com 0 ;r,u.n·d·o e~.,' ,1 r;. ••••.

muodo at raves dele'0l'~C~j~~Or,;~

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cheirando, se lambuzando, chupando. Por que atraves desle contato eque tcmos informayao do que acontcce dcntro c fora de n65, e est ainformayao e base para 0 desenvolvimento cognitivo.

No momento em que a crianya para de brincar, foge dasatividades corporais, significa que cia esta usando seu corpo do jeitoa nao senti-Io, cst a se defendendo do movimcnto que traz a dor 0

conflito vivido. Esta atitudc inconsciente causa diminui<;ao dacxperiencia do individuo ao ponto de nao leT nenhum contalo com aexperiencia sensorial.

Todos nos ncgamos de alguma forma nosso corpo c expcricncia.Por iS10 Icmos que pensar em exercicios que recuperem asensibilidade, que formcm a consciencia intern a, para sollar osmuscu]os, e nao prende-Ios para poder sentir. Pois 0 momenta em quelorna cantata com meu corpo abro possibilidades de usa-Io. E csomenle atraves de atividades que se dediquem a pensar este corpo eque se proponham a modificar as regras que inibem a conscienciacorporal, dificultaram a rnanipula.yao dcste corpo no qual 0 homemvive.

2.3.1 A ORGANIZA<;:AO DA CONSCIENCIA CORPORAL

MELO(1997, p.17 ), fala do interesse pelos eSludos sabreno.yao de carpo fez com que psicologos, neurologistas, psiquiatras efilosofos criassem nomenclaturas difercntes, po rem com 0 mcsmoproposito: descobrir os componentes irnplfcitos no desenvolvimenloda conscicncia corporal.

Os livros que tralam do assunto trazem um gama delcrminoiogias, como: imagem espacial do corpo, somatogllosia,esquema corporal, imagern corporal, esquema postural, entre oUlros,sendo que as mais usuais sao esquema corporal e imagem corporal.

Ambas as terminologias nao cxpressam 0 scntido de totalidade ecomplexidade que envolve a estrutura da consciencia corporal, elasincitam uma propria fragmentac;ao do proeesso.

Oianlc desse contexto, busca-sc uma terminologia que abstraianao so as raizes neurologicas e psieologicas, mas que englobe tambcma reia9ao sujeiLo/mundo. Trata-sc da consciencia corporal, termo queemerge como sendo 0 nivel mais rerinado do conhecimento corporal,em que seu desenvolvimento "depcllde" dos processos sensorio-motores anlcriores envolvidos na cstrutura93.0 do esquema e daimagem corporal. Tcndo-sc 0 corpo como rerercncia pcrmanente nasinfinitas reia.yocs estabelccidas, indicando que constantementealtcramos nossos esquemas, e na dialetica com 0 mundo exterior,almejamos a cada momento a nossa propria conscicncia corporal.

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A genese da conscicncia corporal e um aspecto que deve seTdiscutido em nivel do proprio processo de dcscnvolvimcnto dacrianya.

LE BOULCH apud, MELO (1997,p.21), diSlinguc quatro fases naestrutura~ao da imagem do corpo, assim distribuidas:

1. Etapa do corpo submisso (0 a 2 anus de idade) ---t movimentosautomaticos (reflexos c automatisrnos de alimcnt8yaO, dcfesa e deequilibrio);

2. Elapa do carpo vivido (ate 3 anos de idadc). que traduz aexpressao de uma necessidadc fundamental de movirnento c deinvesligalYllo. Pela cxpcricilcia vivida do movimento global, enquantodistingue seu "proprio carpo" do mundo dos objctos e que estahcleceum primeiro esboyo da imagem do seu corpo, a crian(,':a parte para adescoberta do mundo exterior.

3. Etapa do corpo descoberto (ate 0 7 anos de idadc) --t ap6s afase do "corpo vivido", a experiencia emocional do corpo e do espa~oresulta na aquisicrao de varias praxis que permitem it criancra "sentirscu corpo como objeto total no mecanismo do relacionamento".

4. Elapa do corpo reprcscntado (ate 12 anos de idade) --t

experiencias tonicas e motoras, interiorizadas e verbalizadas,relacionadas com os dados cxteriorcs, particularmente os dadosvisuais, que produzem urna primcira imagem sintctica do corpo.

A cada elapa, a crian~a aprimora c amplia seu rcpcnorio de acraona construerao de esqucmas que, integrados vao cstruturando a suaconsciencia corporal.

Assim, 0 conhecimento do mundo exterior e do seu propriomundo interior ocorre por meio da relacrao da criancra com as pessoasque a rodeiam, destacando-se a mac como fulcro desse conhecimento.

Das primeiras sensacroes rceebidas do mundo exterior e dosestfmulos inleroeeptivos em nivel bucal; da genese da preensao(visomanual), em que a crianera inicia a cxplorac;ao do scu corpo e daspes so as que a cercam; da autonomia conferida pela marcha, em que acriancra <tumenta as suas possibilidades de relacrao cinctico-cspacial ecom a evolucrao da linguagcm temos a seqUencia do desenvolvimcntoda conscicncia corporal, como rcsultantc de um jogo de relar;:oes quependurani durante toda a existencia do individuo.

As ac;oes que desenvolvcm a conscicncia corporal, e amotricidade em prime ira instancia C 0 meio de rela~ao sujeito/mundo.o resultado dessa relac;ao 56 sera passive 1 por mcio das aeroescorporais que frutifiquem em cvoluQoes mOloras, intelecluais esociais. Nesse sentido, 0 papel da educa~ao fisica deve ser 0 decontextualizar suas atividades com intuito de influir nodesenvolvimento da crian~a, ampliando seu repcrtorio motor cconsequentemente organizado a sua consciencia corporal com base novivido.

Segundo FINKLER (1987, p.222), um dos objetivos basicos doscxercicios biocnergeticos e a de melhorar a consciencia do proprio

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esquema corporal. Alguns cxercicios simples favoreccm csta tomadade consciencia.

"0 esquema corporal e a imagem que nos fazcmos de nossoproprio corpo. Esta imagem pode ser total ou segment aria, em estadocstatico ou em est ado dinamico, na reial;ao entre clas, c sobretudo,nas rela.;oes com 0 CSpa90 e os objetos que nos cercam". Trata-se deum processo psicofisiol6gico mais ou menos subconsciente do qualnos servimos para nossa oricnta9ao no espa90 fisico. FunCiona,sobrctudo, na base das informa90es que nos vem do mundo exterior.pelos scntidos. Comprccnde~se, portanto, que 0 esquema corporal sedescnvolve e sc aperfeicroa poueo a poueD, a longo do periodocvolutivo.

A imagem que 0 individuo tern de si nao c sempre igual. Edinamica. Muda constantemcnte, de acordo com a postura e 0

movirnento. Quem esta deitado tern de si mesmo, uma imagemdiferente daquela que percebe quando cst a trabaihando ou quando seencontra em pe, olhando para 0 infinito. A imagcl11 de si, as pcssoasmcntaimenlc so iigam. quase sempre, tambem urn determinadoscntimento relacionado com 0 Eu.

Nosso corpo c a nossa realidadc mais cloqilente e rna is proximade nos. E a primeira e mais importante circunstancia concrcta danossa existencia. Ter um born dominio do proprio corpo eqilivalc apossuir-sc a si mesmo. A consciencia desla realidade transmitcseguranc;a c confianc;a em si. Quem se possui a si mcsmo, vive em pazconsigo, dispoe de si, exerce urn soberano dominio sabre as maisimportantcs circunstancias da sua vida.

o descobrimenlo do nosso esquema corporal pode ser de grandeutilidade para a restruturac;ao narcisista do nosso Eu. Desla eventualreSlruturac;ao pode dcpender 0 crescimento da estima de si, taonecessaria para 0 normal cxercfcio da atividade criadora de umaexistencia feliz.

o est ado dos musculos fala do est ado emocional da pessoa.Musculatura tensa e rigida e sinloma de ansiedade, de medo, depreocupaC;ao, de inseguranc;a, de colera, etc.

Scntimentos positivQS de calma, de tranqUilidade, de esperanc;a,de confianc;a, de alegria .. relax am museu los. Como vimos, museu losenrijecidos por sentimenlos negativos impedem 0 repouso e 0 sono.

Inicialmente. os educadores devem permitir a crianc;a secxpressar esponta~eamente, do modo como e capaz. Na medida em quese desenvolvc, ao longo dos anos da primeira infancia. cia deve serajudada a conlroiar suas emoc;oes, para expressa-Ias no momento e damaneira socialmente rna is adequados. A crianc;a obrigada a reprimirseus scntimentos e suas emoc;oes, torna-se, desde cedo, rigida, tcnsae, como conseqUencia, mal hurnorada, agressiva, de comportamentodesequilibrado. Mais tarde, as proibic;oes do pai ou da mae tornam-selei internalizada. e: eis 0 adulto neurotico.

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Com iSlo fica claro a imporlancia da consciencia corporal paraurn total desenvolvimento biopsico do seT humano. Scm esla base queinicia desde da vida intra-uterina, ao nascimento, com 0 corpo vivido,o cerpo descoberto e 5en1ido, e 0 corpo rcprcsentado, todas ctapasvividas com muita afctividade humana, c estimulos e experienciasd ivcrsas.

Sc a consciencia corporal nao for bern trabalhada, a crianc;aapresentani dificuldades 111otora5 e de aprendizagem, que prcjudicaramno seu dcscnvolvimento biopsicosocial.

2.3.2 EXPRESSAO CORPORAL

Para STOKOE (1987 p.IS), a exprcssao corporal e uma condutaespontanea preexistente, uma linguagcm com a qual 0 seT humanecxprcssa scnsac;oes, cmoyoes, scntimentos, pensamento com seucorpo, integrando~o assim, as suas outras linguagem expressivas comoa rala, 0 desenho e a escrita. Islo engloba a sensibilizac;ao e aconSCienlizayao de nos mesmos tanto para nossas posturas, atitudes,geslos e ayoes cotidianas como para nossas nccessidades de exprimir ~comunicar - criar - compartilhar e interagir na sociedade em quevivemos.

A cxpressao corporal, como linguagcm imediata, afirma 0

conceito do ser humane expressando a si mesmo, sem recorrer aelementos ou instrumentos alheios a ele, 0 que na~ significa quealguns momentos desse processo nao possa servir dessesinstrument os, mas primciro 0 individuo e seu proprio instrumento.Nesse aprendizado de si mesmo apelamos a sua possibilidade detransforma~ao e ao aproveitamento de sua propria espontancidade ecriatividade e enriquecimento de sua atividade natural. Ela e umaespecie de cstilo pcssoal de cad a individuo.

E mediante a atividade plancjada que a linguagem corporal secnriqucce, com urn processo que abrange 0 ambito da scnsayao,pcrcepc;ao e das praticas motoras.

A expressao corporal se manifesta em 4 niveis; a pessoa emrclac;ao a si me sma, em rela~ao as outras pessoas, em rela~ao a outrosseres vivos, e em relac;ao aos objetos.

Expressao corporal na pre escola para 0 desenvolvimentointelectual, corporal, emocional e social, C lima atividade vital. Po isao conhecer 0 seu corpo a crian~a aprende a percebe~lo, quere~10 enac sentir~se nem inibida, nem cnvergonhada ou incomodada por causadele, e ajuda para uma melhor relayao corporal com os demais. Edetcctar diferentcs tipos de problemas psicornotores para posteriorconsidera~ao pelos especialistas adequados, que se tenha a seu cargoa saude fisica, psiquica das crian~as. Se urna crian~a culmina seucicio pre escolar conscicnte, orgulhosa das conquistas que po de obler

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no longo de seus primeiros anos, podcril iniciar melhor seu cicioprimario, com mais s3risfayao e confianca em si me sma e em suaspossibilidades, e oa vida futura enfrenlar com maior segurant;as asnovas experiencias.

2.4 - Ativid.des que proporcionam a aquisi~ao daconscH~ncia corporal c que contribuem para a minimiza-;:aodo comport.mento agrcssivo.

Como viOlos, em agressividacte, no dcscnvolvimcllto motor, nocerpo em sua totalidade, na consciencia e no esquema corporal, aimportancia do corpo. E cste cerpo que scnte, fala, sc cxprcssa e semovimenta. Que fragil, dependcndo das condit;ocs do meio socialcrescc, c fiearn tatuados, marcados com os costumes e cullura de cadafamflia e origem.

Este corpo torna-se um instrumento, em contalo com 0 mundo, epor ele, e atraves dele e que se vive, c aprendc, as atividadcs motorasc inrclccl uais.

Atraves das leituras fica evidente a importancia da conscienciacorporal para 0 desenvolvimenlo lolal do ser humano. desde do seunascimenlo, esle conhecimento tern de ser lrabalhado, para facilitar 0

seu descnvolvimenlo no dccorrcr da sua existencia.Na escola a consciencia corporal e resgatada c aprimorada, da

pre~escola ale a ga seric. Supondo que a prime ira infancia a figuramaterna lenha eumprido seu papel.

No Curriculo Basico da Escola Publica, e no da Prefeitura deCuriliba do ESlado do Parana, perecbemos que a eonseieneia corporale a base para a aquisic;ao das habilidadcs 1110toras e intclectuais, alemde ser 0 objetivo de estudo desle corpo em movimento, suasexpress5es eorporais e suas relar;oes sociais.

!'arLindo do estudo do CURRicULO BASICO PARA A ESCOLAPUBLICA DO ESTADO DO PARANA (1992,p, 175), pcrcebemos que aEducac;ao Fisica no Brasil est a tcnlando ocupar 0 lugar que lhe cabedentro das cicncias.

o caminho nao esta sendo fileil, uma vez que, no Brasil, elacomc90u dentro da Escola Militar, com prop6silOS militares deadestramenlos e prcparayao de defesa da patria.

E necessario procurar cnlender a dialetica de descnvolvimentoaperfciyoamento do corpo na hist6ria e na soeiedade brasileira, paraque a Educayao Fisica saia dc sua condiyao pass iva de coadjuvante doprocesso educacional, para scr parte inlegrantc deste, buscandocoloca~la em seu vcrdadeiro espac;o: 0 da area de conhecimenLo.

o cnsino da Educa«;ao Fisica, paralelo ao proccsso educacional,mas efetivando~sc dentro da instituiyao escolar, deve ser analisado

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hoje, conformc as tendcncias pedagogicas que a educa~ao brasileiraapresentou em sua hist6r1a, todas elas marcadas por uma conccpc;:aoposit ivis1 a.

- Na escola tradicional, a Educac;ao Fisica sc apresentou comomilitarista e higienista, visava a preparac;ao do individuo para adefesa da patria.

o professor era modele que 0 alune reproduzia passivamente,pois cstc era adestrado.- Na Escola Nova - a Educac;ao Fisica dcixa os exercicios

cxecutados por obrigac;ao pelos excrcicios exccutados por prazcr. 0professor atuava como facilitador c coordenava 0 desenvolvimentodas atividades. encaminhando para as dcscobcrlas, em aulas, atravesde atividades livres.

- Na Escola Tecnista. 0 desporto como conteudo na escola. Ondea escola e colocada a tarefa de fornecer a base no treinamentoesportivo, para 0 desporto de alto nive!.

A proposta de trabalho hoje, embasa-se na tendcncia Hist6rico-critica da educarrao assumida por alguns profissionais de EducayaoFisica Progressista, Revolucionaria, critico-revolucionaria.

Pretendemos que a Educayao deva trabalhar com 0 corpo emmovimcnlo, it luz de uma visao hist6rico-critica, rumo a umasociedade prctendida, fazendo parte da educa{,::ao institucionalizada.

Como a Educac;ao Fisica, cnquanto ciencia, tern no corpo emmovimento e suas diferentes formas de manifestayao 0 seu objeto deeSludo, e necessario conceituar 0 movimento humano, para melhoresclarecer 0 papcl da Educayao Fisica na ayao pedag6gica.Entendemos que 0 movimento humane e a expressao objctiva daconsciencia corporal, formada pelo conjunLo das rela{,::oes quecompoem uma determinada sociedade e dos sabcres sistematizadospela classe dominante sobre est a consciencia corporal.

A sociedade que vivemos tern uma concep{,::ao de corpo aindaenraizada oa concep{,::ao que surgiu a partir do seculo XVlI, epoca emque foram sistematizados os primeiros saberes sobre 0 corpo. Por estemotivo, a sfntese da historia c do conjunto de sabercs sistcmatizadossobre ela, nos trazcm ate 0 dia de hoje, numa trajct6ria hist6rica dasocicdade oode 0 poder dominante impunha normas de condutascorporais para efetivar a dominay30: que e corpo bonito, como secomporlar em relayao a urn publico, que exercicios dcvem ser feitospara melhorar e conservar a saude. como ficar belo, que tern 0 biotipoapropriado para determinados esportcs, etc.

Esta consciencia corporal c conceituada pelo prof. LinoCastellani Filho com: "a compreens30 a respeito dos signos tatuadosem nosso corpo pelos aspectos socios-culturais em momentoshistoricos determinados", isto significa que sendo 0 corpo imagenscxterna do proprio sujeito (gcncrico) ele traz as marcas s6cio-culturais que acontcceram em determinados momentos hist6ricos decada sociedade. Estc conjunto de saberes foi produzido no coofronto

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cntre as classes sociais. Neste confronto urn saber se tornahegemonico, que e 0 saber daquela classe que exerce 0 dominicpolitico e economico da socicdadc, portanto, flOSSOS carpas trazem asmarcas dos saberes adquiridos na dinamica propria de cada sociedade.

Portanto, If: necessaria tomar como ponto de partida a concep9aode carpo que a sociedade tern produzido historicamente, levando osalunos a se situarem na contemporaneidade, dialogando com 0 passadoe visando 0 conhecimento do seu carpo (consciencia corporal).Devera ser considerado 0 tipo de sociedade unde este saber foiproduzido, proporcionando condiyoes de analise e reflexao parareelaborayao do seu saber conseqliente reelaborayao da consciencia eda cultura corporal.

Quanto aos conteudos a Educa'tao [<'fsica tern por objetivo 0

proprio estudo do corpo em movimento. No entanto, este corpo emmovimento nao e entendido como mera cinestesica, mas como urncorpo humane em movimcnto. Neste sentido, encontra~secondicionado de forma contraditoria pelo momento historicocultural da sociedade em que se insere.

Sendo 0 corpo em movimento 0 objeto de estudo da Educa'taoFisica devemos partir da analise deste movimento c das diversasexpressoes corporais do homem em suas relac;oes sociais para umaselec;ao de conLeudos historicamente colocados.

o homem exercitou seu corpo desde os primordios da sociedade,como meio de garantir uma boa forma fisica, objetivando atender assuas necessidades: a construc;ao de bens materiais, de instrumentosque auxiliem na construc;ao, na defesa e preserva'tao da propriaespecie e na destreza para ca'ta visando a sobrevivencia. Estaexercita'tao do corpo veio a se chamar ginastica a partir da GrcciaAntiga, quando 0 objetivo era preparar fisicamente para guerra.

Alem da fala. 0 homem expressava-se por uma linguagemcorporal atravcs do movimento ritmico, cadenciado traduzindoemo'toes , fantasias, idcias e sentimcntos: a danc;a, considerada a maisantiga das artes criadas pelo homem. Ela exprime a "alma do povo, ascaracterfsticas de sua [ormaC;ao eLnica, seus habitos, a tradic;ao deseus costumes, urn ritmo proprio expresso no compasso de suasmusicas.

o jogo de cac;a que 0 adulto representa com 0 animal a sercayada; 0 jogo da guerra, nas disputas entre os povos; a crianc;asimboliza no que chamamos «brincadeiras" e estes eventos historicossao trazidos ate 0 dia de hoje, com ludicidadc, pelas crian'tas. ACriany8 repetc no jogo as impressoes que vivencia no cotidiano; cianecessita do jogo para aluar sobre tudo que a rodcia dcsenvolvendoassim 0 seu conhecimento.

o esportc c uma forma cultural do movimento humane c deveraser tematizado pela Educac;ao Ffsica, numa perspectiva de trabalharcom sua origem, sua historia, modele de sociedade que 0 produziu esua incorporayao pe\a sociedade brasileira.

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Os conteudos de ginastica, danrya, jogos e esportes noscurriculares escalares dcverao cumprir urn papel verdadeiramcnteeducativo. Para tanto sua organizayao devcra levaT em considerayao:

- Sua origem: 0 que se produzir historicamente nas relayoessociais de sociedade que criaram c adotaram formas culturais demovimento;

o descnvolvimento da crianya como seT social, naoconduzindo ao adcsLramento como um corpo-instrumento;

- A valorizac;ao da crianrya inscrida num contexto social;- Evitar excrcicios mecanicos repetitivos extraidos de um rol de

rcceilas, evitando 0 reprodulivismo, scm 0 cntendimenlo~- Sua hist6ria; que 0 dcsenvolvimento do carpo em movimcnto

se de atraves da ginastica, danc;as, jogos, esporte numa perspectivahist6rico-critica atraves da dinamica pr6pria de cada sociedade;

- Que os educandos tenham a possibilidade de conheccr e mudaras regras a partir da analisc da rcalidadc brasilcira, contribuindo nacriac;ao de novos jogos;

Desenvolver a motricidade nao e apenas aprescntar maiorrcndimento em detcrminadas habilidades bern mais do que issosignifica questionar as pressupostos das relac;oes sociais tais comoestao post as.

I. Condutas motoras de base sao formas mais elementares demovimento (quadrupcjar, sentar e levantar, r01ar, andar,lan~ar, apanhar, pegar, levantar, transportar objctos, subir edescer.

2. Condulas neuro-motoras - evidenciam urn descnvolvimentomental da crian~a, reprodu~ao de movimento, sendocontinuidade de formas basicas: girar galopear, correr, sa liar,saltitar, pular.

E necessario, antes de mais nada, que a crianr;a conhc~a 0 seuproprio corpo, suas panes, sua capaeidade de movimentar;ao, tudoislo e processado alraves do esquema corporal. Como postura,coordena~ao ampla (corro todo), equilibrio, respiracyao, coordenacyao6culo-manual e pedar, eoordenacyao musculo-facial e visomotora e adesconlracyao buscando 0 relaxamcnto muscular de fantasia mental,lateralidade, organizacyao e orienta~ao espacial e temporal, ritmoproprio,expressao corporal, habilidades pcrceptivas molorasaprendizagem objeto-motora.

Alem de Irabalhar com a criancya os elementos que compoem seumeio social e cultural, e importante oportunizar-Ihe condicyoes paraidentificar 0 que existe, 0 que foi lransformado, como, por que equais os falos que ocasionaram as transformar;oes. Esta reflexao eacyao pode possibilitar a crianc;a dar-se conta de estar numdeterminado tempo e espayo social, tomando consciencia de seu corpoe suas relaryoes.

o estudo do corpo em movimento na Educayao Fisica, objetivaalingir a conscicncia c dominio corporal, trabalhada at raveS dos

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pressupostos dos movimcnlos expressos na ginitstica, danc;a c jogoshistoricamente colocados.

Assim, a a9ao educacional, sob 0 ponto de vista biologieo destespressupostos, deve ser ultrapassada alravcs de uma efetiva pritticacom significado historieo-eritico.

A educaC;30 do corpo em movimento devera propiciar aoeducando uma tomada de consciencia e dominio de seu eorpo e. apartir daj, eontribuir para 0 desenvolvimento de suas possibilidadesde aprendizagem. Ela deved pcrmitir ao aluno a explorac;ao motora,as descobertas em sua rcalizayao, vivendo atravcs das atividadespropostas, momentos que Ihes deem condi90es de criar novoscaminhos a partir das experiencias vivenciadas criando novas formasde movimento, podendo assim, atingir nivcis mais clevados em seuconhecimento.

Para 0 dcsenvolvimcnto da conscicncia corporal no contexto deuma sociedadc que precisa ser analisada e questionada, busca-seintegrar as mais diversas expressoes de movimento. atraves daginaslica, dan9a, jogos, esporte, rcsgatando as fOfmas cultufais dasdiferentes sociedades onde esHio inseridas, alargando as rcfcrenciaisde mundo do educando c possibilitando 0 desenvolvimento de suashabilidades ampliando-as no decorrer do proccsso educacional.

A a98.0 educativa deve ser instrumento que prepara 0 homcmpara reinvidicar seu direito de opinar, discutir, criticar e alterar aordem social e de tcr acesso it cultura c it histeria de scu tempo.

o programa de Educa,iio Fisica do MUNiCiPIO DE CURITlSA,1991, rcccbeu indicayao da polilica pcdag6gica da SecrclariaMunicipal da Educa9ao, que buscava uma pro posta que conservasse alinha progressista, quc apos estudos, roi concluida no final de 1990, esua implanlayao efctiva nas Escolas, da Redc Municipal compondo urndocumento, ondc cstao as arcas do conhecimento do 1° Graucontempladas.

o titulo deste documento e CURRicULO sAslCO 1991. Queapresenta a Educac;ao fisica, como ciencia que trata da educac;ao docorpo e do movimento, condi9ao indispensavel para 0

desenvolvimcnto humano, e que deve ocupar 0 seu espayo como parteintegrante do processo ensino-aprendizagem, illtegrada com acOnCep9D.O filosofica da escola, com a competcnc;a tccnica doeducador c seu compromisso com a qualidade de ensino.

Estc documenlo represent a uma pro posta coercnlC com osprincipios norteadores do plano, e e urn dcsafio para todos nos, nasua reaiizayao.

Nos pressupostos tc6ricos, roi realizada uma rctrospeclivahist6rica da Educayao Fisica na c;vilizac;ao, e no Brasil. E abordadatambem as tendencias da cduCa98.0 no Brasil, classificada por JoseCarlos Libanio cm Pedagogia liberais (tradicional), RenovadaProgrcssista, Renovada nao dircliva, tecnista); PcdagogiaProgrcssista, libcrtadora, libertaria. critica-social dos contcudos.

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A filosofia Politico-Educacional c baseada a partir de uma visaohist6rica de homem, de sociedadc, de edueal(ao, e nela inserida aEducatyao fisica, constatou-sc a necessidadc de rcpcnsa-Ia.redimcnsiona-Ia, em todD 0 processo edueacional, fazcndo-sc presentcna~ apenas em sua cspecificidade, mas contextualizando-sc para serentendida em toda a sua dimensao.

A Educal(ao Fisica nao somente vista como area deconhecimento mas como cicncia, nao pode fiear alheia a esseproeesso de transformatyao que vern ocorrendo na sociedade brasilcira.Utilizando-se do movimento humane como principal instrumentopedag6gico, devera se preocupar fundamentalmente com 0 homemcomo ser socialista 6, 0 homem em rclal(ao com a totalidade que 0

circunda, objetivando assim seu plcno desenvolvimento.o seu desenvolvimento global do ser humane como ser social s6

se processa na relal(ao total do sell "eu", como 0 meio e isto dependediretamente da acrao por ele concretizada construida historicamente ,ou seja do movimento no contexto de suas expressocs. Tem-se paraisso 0 corpo (homem) como referencial desse processo. Essa relal(aototal e a dialetica entre 0 individuo e 0 meio, construfda pelomovimento no movimcnto oportuniza desenvolvimento daconsciencia corporal.

Nessa perspectiva, 0 individuo consciencializado, se tornadoaplo a realizar a tao almejada praxis que e a "uniao da reflcxao com aatividade transformadora e assim, superar pedagogicamcnte 0

antagonismo da tcoria versus pratica", reconheeendo a necessidade derelayao entre ambos.

A nossa pralica deve caraclerizar a globalidade, pois "sc evcrdadc que tenho consciencia do meu corpo atravcs do mundo queele e 0 centro do mundo, 0 tcrmo nao descobcrto para 0 qual todos osobjetos se voltam, e verdade, pela mesma razao, que meu corpo e pivodo mundo, e eu tenho consciencia do mundo por intermedio do meucorpo" .

Para um melhor encaminhamento metodol6gico da EdueayaoFisica, entcndc-se 0 movimcnto como eondil(ao indispensavel para 0

dcsenvolvimento humane c a Educal(ao Fisica como cicncia que devecducar 0 corpo e seu movimento numa otica educativa global, asayoes pedag6gicas propostas nas escolas, ao serem encaminhadasmetodologicamcnte, dcvem ser subordinadas aos eonteudos,estabelecendo uma pratica de rclatyao que modifiquc crie e socialize.

Consideramos como conteudo 0 saber historicamente acumulado,forma como se concentrou a motricidade humana, representada pelaginastiea, dan.;a, jogo/esporte. Esses conteudos classificados csistematizados. serao colocados em atyao de forma a possibilitar aoeducando oportunidades para a apropriayao e ampliatyao dessc sabersocialmente produzido.

No entanto esta pro posta somcnte se efetivara quandoprofessor, como profissional qualificado, competente tecnieamentc e

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compromissado politicarnente se tornaT consciente em sua atu8yao,levando em consideral(ao: a evolul(ao hist6rica da rnotricidade humanaC 0 saber socia-cultural ncla inserida; a cvoiul(ao do individuo comsuas caractcristicas necessidades, numa dialetica dodcsenvolvimcnto; a inlegrayao do conleudo(areas de conhecimento enas diversas ctapas do proccsso-ensino-aprcndizagem, pre a sa serie;nas situac;oes coletivas a valoriz31(aO das fegTas interpessoais eintcrgrupais; 0 numere c a qualidade das experiencias propiciadas aosalunos, na~ se preocupando com 0 "rendimento maximo, c sim climo,aquele que ajude 0 iodividuo a cncontrar 0 seu melhoraproveitamento; a desigualdade de condi~oes de dcsenvolvirncilio e alodos a garantia do acesso, pcrrnanencia a apropria~ao do saber noprocesso ensino~aprcndizagem.

Assim, a Educayao Fisica deve oportunizar 0 individuo adcscoberta consciente do seu corpo, a participayao critica e reflexivana construyao e transformayao da realidade social econseqlientcrnellte, atingir ao movimento em sua totalidade (eu ~ 0

outro ~ 0 meio)Cada conteudo (ginastica, danya, jogo/csporte) com suas

caractcristicas proprias, conlribui de forma significativa cindispensavel para a formayao do educando como agentc critico,participativo e transformador da rcalidadc. Analisando a culturaprimitiva. vemos que 0 homem pre-hist6rico. por uma quesUio desobrcvivencia dependia do ate fisico, do movimento para realizay30de suas tareras.

PlaUto afirmava que a educa~ao ideal compreendia a gimisticaspara 0 corpo e a music a para a alma. oa ginaslica faziam parte lodosos exercicios fisicos. englobando as corridas. saltos, lan~amcntos elutas, scmpre com uma prcocupac:;:ao de ordcm medica: "corpo sao emmente sa".

Com a divisao da sociedade cm classes e a propria eratecnologica, 0 homem foi levado a uma vida sedcntaria, utilizando aginaslica prioritariamente como atividade compensatoria e formas delazer, privilegio de uma minoria.

A ginastica, em sua expressao rnais significativa traduz 0 homemem movimento em suas difercntes formas de rnanifestac:;:ao.

Na pritlica educativa a ginastica e a reprcscnta~ao pedagogicaque oportuniza ao individuo a descobcrta. 0 conhecimento c autilizayao conscientc das possibilidades de movimento de seu pr6priocorpo numa perspectiva de rela9ao e transforma~ao do meio no qualcsta inserido.

A ginastica. como processo pcdag6gico permanenle. deve sernatural c atrativa refletindo a realidade do dia a dia no contextoat ual.

A danr;a e a mais antiga das forrnas de expressao criadas pelohomem, lendo sua origem com 0 proprio homcm. E uma linguagemuniversal do corpo, peJa qual se traduz toda a cultura e n\s\6"£ia de

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um povo, acompanhado 0 ritmo interno e cxtcrno, atravcs dosmovimenlos.

A dan~a deve permilir a reflcx8o, de maneira que 0 cducandotcnha consciencia de si e dos oulros numa vi sao critica buscandotransformar a realidadc e contribuindo assim para a melhoria daqualidadc de vida.

A educac;ao do ritmo e da expressao contribui para 0 alunoatingir 0 autoconhecimento at raves da lomada de consciencia do jogointimo entre sua vontade e as resisU:ncias que 0 corpo impoe. EssapTalica dci condic;ocs ao corpo de lornar-sc urn instrumento adaptavela qualqucr outra cxperiencia motriz, como lambem urn instrumento doritmo c da cmocyao, evitando desta mane ira a pUTa mccanizac;ao c asimples imitac;ao.

A seT ensinada nas cscolas, a danc;:a configura-sc como umfenomeno cultural amplo devendo respeitar as situac;:oes abrangentcsde eada eomunidade e seu grupo social.

o professor devera respcitar a individualidade de sellS alunos,opoflllnizando a criatividade, esponlaneidade naturalidade.qualidades inerentes ao ser humano.

Para se chcgar a dancra, trabalhamos, no 10 Grau, eonteudos quealendam ao desenvolvimento do senso ritmo e da expressao corpora\.

rnicialmente, os alunos agirao de mane ira livre. com movimentoscspontaneos e naturais, tendo como referencial 0 proprio corpo e osde sellS eompanheiros. Gradualmentc sedio propostas outras formasritmieas, at raves do lIS0 de diferentes instrumentos musicais,materiais diversos ou sons produzidos pelas proprias crianc;as. Ossons construidos a partir de gestos e movimentos (palmus, estalar dededos, ele.), bem como tirmos internos (bater do eorac;ao, rcspirac;ao,etc.)' devcm ser cxplorados, pois c sentido e vivenciado tambem essesritmos que a crianya campara, cria c se desenvolve de formaespontanea.

o ser humano, indepcndente do cstagio cultural em que seencontra, tern 0 jogo como lima das manifestayoes mais importantc doseu comportamento. Constata-se que desdc as epocas mais primilivascxisliam atividades em forma de jogo que cumpriam urn papel socialrelevante.

A principio por raz.Be!; ulilitarias guerreiras, au ritualisticas, osjogos adquiriram uma concepc;ao esportiva a partir do momento que 0homem entrou num estagio de sedentarizac;ao.

Atraves do jogo as pcssoas aprendem a se relacionar e entendcrque a cooperayao mutua ajuda na formulac;:ao de valores significativose necessarios a uma autcntica participac;ao social.

Na escola, os profcssores dcvem vcr 0 jogo como valiosacontribuic;ao ao descnvolvirnento global do ser humano, ajudando 0

aluno a principalmente, reconhecer nao apenas os antecedentesculturais e historicos c de sua propria soeiedade. mas tambem ser urnindividuo mais crit ico e responsavel dcntro dela.

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Saber jogar e cfiar uma variedade de jogos e muito importantepara a crianl;3, pois quante mais numerosa [orem as expericnciasvivid as, maior serao as oportunidades de contcxtualiza<;ao.

o csporle, com suas origens embrionarias no jogo tern sidodesvirtuado de sua pro posta inieial (Iudico/angonislico) e ternevidcl1ciado em sua pnilica escolar uma postura formal, visando aespecializa<;uo de uma minoria.

Faz-sc necessario abandonar essa postura para que, atraves docaniter Judico, educativo C socializador do jogo, 0 esporte sejaefctivamente um instrumento de educa.;:ao, contribuindo paraeduc39uO global do individuo.

A pra.tica esportiva eseolar, na perspectiva atual, deve enfatizar11aO 56 a compcti<;ao (result ado obtido). Mas principalmentc 0

proccsso vivido. resgatando valores como so lidaricdade. coopera~aomutua, respcito e liberdade, "jogar e aprender sao a~ocs estreitamentcintcr-relacionadas, pois na medida em que nos desafiamos jogamoscom nossas responsabilidades, estabelecendo nossos limites,defrontando nos com situar;:oes novas experimentamos nossacapacidadc de auto-organiza~ao na auto perccP9ao dos fatos,modificalldo nossas experiencias anlcriores, adquirindo novosconceilos e consequentemcnle aprendendo.

Os conteudos cspecifieos sao: a) ginasliea (movimentos natura is,construidos em suas variadas opyoes - ginastica olimpica, ritmica,dcsportiva, outras formas de ginastica) b) Danr;:a (movimentosrftmicos em suas variaveis: brinquedos cant ados, folclore, danyasc1assicas e populares, cantiga de rodaL c) jogo/esporte (jogos dcillierprela~ao, culturais, prc-desportivos. esportes diversos).

A avalia~ao em Educar;:ao Fisica devera possibilitar 0

acompanhamento e a analise pratica pedagogica no sentido de garantira todos os alunos, a apropriayao do saber, alingindo, assim 0

movimcnto em sua totalidade.A avalia~ao continua e pcrmanenle, tem que cslar articulada com

a concepyao filosofiea da eseola, com a competcncia tccnica doeducador e sell eompromisso com a qualidade do ensino.

Ao analisarmos estas duas proposlas, verificamos que aconsciencia corporal torna-se base para 0 desenvolvimentobiopsicosocial da crianr;:a, para a aquisiyao das habilidadcsneuromOloras, permit indo a reflexao de si c dos outros numa vi saocrilica buscando transformar a realidadc e contribuindo para amelhoria da qualidade de vida.

Os conteudos, ginastica, dan~a. jogo e esporte, atraves da suapratica contribucm para a apropriayao desta consciencia corporal,proporcionando a auto-confianya, auto-cstima, a vaiorizar;:ao de si edos outros e 0 respeilo mutuo.

2.4.1 - A Ginastica, Dan~a 0 Jogo e 0 Esporte.

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Como vimos ginastica roi a primcira manifesta~ao demovimento do seT humano, a principio se realizava como meio desobrcvivencia, hoje em dia pOlleas pessoas tern acesso a uma praticasaud ave I devido ao tTabalho c ao stress, C as condi~ocs precarias devida. Os conteudos da ginaslica sao movimcntos naturais ouelementos fundamentais em suas variadas formas, com e scmelementos; l1lovimentos construidos em suas varias 0P90es: ginasticaolfmpica; ginastica rilmica desportiva, ginastica com elementos.

Em SILVA (scm data, p. II), a ginastica ocupa, nos dias atuais,lugar procminentc em urn prograrna completo de educacyao fisica esaude, seus valores pedag6gicos e fisiol6gicos sao inurneros.

No ponto de vista higienico, como do educativo , se bernconduzida, nao esquecendo da sua funr;ao corretiva.

A ginaslica c uma forma artificial de exercicios, porcm valiosa.cspccialmente considerada a vida sedentario que leva hoje a maio riadas pessoas, normalmcnte nos centros urbanos.

Por ginastica. no sentido pratico da palavra, entende-semovimentos escolhidos e combinados, com a funr;ao de desenvolverharmoniosamente 0 corpo, produzir saude mental e fisica.

A ginaslica, difcrcntemente dos jogos, sujeita-se as necessidadesimediatas do individuo, lralando-o mais em detalhe, dando aos seusmusculos um trabalho maior e mais localizado, de acordo com suasnecessidades pessoais. Esta e a diferenr;a fundamental entre gioasticae esportes.

A palavra ginastica deriva-se do vocabulo grego "gymnos" quesignificava, na Grecia antiga, "'exercita-sc nu". Conserva-sc 0 nomeporque, oa realidade, os exercicios devem ser feitos com 0 minima deroupa possive!. Esta deve ser bern leve e de modo a facilitar osmovimentos.

Apcsar de serem cxercicios artificiais, de vern, contudo, imilar osmovimentos naturais que 0 homem empregava na sua vida em contatopermanente com a natureza: correr, saltar, trepar e carregar.

Em BREGOLATO (1994,p.57 ), a dan~a foi a primeira ("orma demanifestar;ao social que scmprc serviu para auxilUi-los a afirmar-secomo membro da comunidadc. "0 homem primitivo danr;ava paraagradar seus deuses".

Alcm da fala 0 homem expressa-se por urna linguagem corporalatraves do movimento Titmico cadenciado traduzindo emor;ocsfantasias, ideias e scntimentos, a danr;a e considerada a mais anligadas artes criadas pelo homem.

A danr;a exprime a alma do povo, as caracteristicas de suaformar;ao C:lnica; h<ibitos, tradi{foes. A danr;a moderna c produto doscculo XX, considerado como urn rator essencial americano. Ap6s adecada de 60, expandiu para 0 mundo inteiro, esta danr;a C uil) ,,~9..r.~, 0..de exprcssao criada na formalfao pessoa\ de urn fa\o, \deia,~&hSa~a(l~.~\

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ou senlimento, 0 qual e transmitido pelo danyarino atraves domovimcnto. Alcm da darrya moderna podcmos citar 0 jazz, balletcl<issico, maderno, danc;:a folcl6rica popular, regionais dentre oulras.

"Danyar e lransmilir um cesto est ado de espirito, uma mane irade vcr 0 mundo, de scntir plenamente seu corpo C 0 utilizar paraconheccr oulros sentimentos e scnsayocs. Atraves da dan!j:aindividuo atinge uma forma superior de vida: ele cxpcrimenta urnequilibria corporal c psiquico ao qual cle aspira. A evolu9ao dasformas de danc;a:

• Danya primitiva au elnica - e a danya da cullura comum de urnpova, de caraLcr racial e religioso;

- Baile campcstre - provieram dos bailes, au danya dos aldeocs,pcrduram como danya folclorica;

- Danyas da corte - Ballet-Basse-Ienta da corte, proveniente dasdany3s campest res;

- Danya de salkio - danya social interpretada par prazer, emsa16es, saloes de baile e similares. Podcmos citar como cxemplos • 0

vanerao, chote, valsa e oulros.- Ballcti - espetaculos de dan9a que sc interpretavam nas cortes

no rcnascimenlo italiano de onde originou 0 Ballet;- Ballet - forma especializada de danya, como cspetaculo,

combina, artes da musica, corcografia para criar uma expressiva obrade arte;

- Ballet Classico - interpretavam as passadas gerayocs decoreografos e bailarinos, aeenluando a tecniea;

- Dany3 Moderna - utiliza tecnic3s diversas para dcsenvolvcr eaprimorar a usa do corpo;

- Danya popular - sao danyas que 0 povo danya em oeaisoesdiversas, adolam estilo proprios de cad a regiao: a) ritmo vernaculo -associado ao sell lugar de origem, exemplos: Rumba (Cuba), Tango(Argentina), Samba (Brasil); b) rilmo popular internacional - temvigencia com a juvenlude alual, Rock and Roll, Twist, discoteca entreoutros;

- Danya Folcl6rica - forma tradicional como exprcssao denacionalismo, cxemplos: tiranas, chula, chole, vancdio.

FUX (1983,p. 23 ), fala de uma danya contcmporanea porquc 0

conhecimento ou formayao estetiea da crianya atual par meio de urncnsino clitssico codificado e decantado de po is de 300 anos na~ podedar-Ihe um caminho de criayao, somente urn tecnismo cheio dedificuldades risicas que restringem e danam seu mundo mental,emocional e fisico. A descoberta que alem da dan9a classica, exisliamoulros eaminhos deseonhecidos, prcsentes dentro do corpo, semcentrar em piruetas ou no equilibrio na ponta do pc.

"A expcriencia do corpo e dcscobrir 0 ritmo interno at raves doqual sc pode mobilizar a via de comunica9ao que h<i seu interior. Paraisso, 0 corpo dcve ser mOlivado e, sobreludo, ler urn sentido; por queme movo e para que".

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A danr;a esta no homem, temos comprova.yao no folclore, elechega ale nassos dias vivo em seus rilos. A danr;a nao deve serprivilegio daqueles que se dizem dOlados, cia deve seT ministrada naeduca9ao comum como materia de valor estctico, formativo, ffsico ecspiritual, assim reencontrariamos urn novo homem com menos medosc com percep.yao de seu corpo como meio expressivo em rciayao apropria vida.

Ao cnfrentar uma crianya tive consciencia que devia acharmovimcnlos - mae, palavras que tivcsscm cxpressao c que naomudasse durante 0 descnvolvimento das mesmas

Devia fazer a crian.ya descobrir que podcria desenhar, scm papel,mas com 0 corpo, de acordo com sua idade c possibilidades decomprcensao, e exprcssar alraves de criayoes proprias. Come~ofazcndo-as dar valor a cad a parte do corpo, esqucma corporalcstimulado pelas palavras, sons, a musica e ° silencio.

o enconlro da crianr;:a com a danr;:a libcra a cnergia acumuladadevido nossas expectativas c medos, nossas impossibilidades. Estalinguagem compreende em qualquer idadc, cste brinquedo que e adan~a, traz felicidadc e recordar;:oes as crianr;:as.

A danr;:atcrapia e a expressao e a criar;:ao no nivel do corpo quesuo proprias do ser humano, quaJquer que scja scu eSl<igio cultural oucondir;:uo fisica. A neccssidade de Illovcr-se e parte da pessoa equanto mais ajudada a exprcssar-se, rna is beneficios oblent para 0

reslo de suas atividades em sua vida privada ou social. Apscicodin5mica grupal na danc;aterapia, sao grupos divididos poridade, neste grupo hi!. gente adulta csquiz6ide, oligofrcnica, meninascom epilepsia, problemas de inconlinencia ou baixo nlvel deinteligencia. Integra-se nos grupos que podcriamos chamar denorma is, onde encontra no movimcnto lima valiosa ajuda, para oscasos de crisco

FUX (1988, p. 41), descrcve que 0 corpo, quando sc cxpressa noCSpa90, rcaliza seqOencias que sao seu universo.

o homcm c um universo em miniatura. Alraves daquilo que sentevive transforma seu ritmo interno em sons, que podem se palavras, ese desenvolvc no espa90, com 0 seu corpo, que pode expressar aquiloque C, sells medos, anguslias c alegrias.

o corpo canaiiza 0 universo do homem, tomar consciencia dele,conhecer sua linguagem exprcssiva, ajudaria psiquiatra em sua larefade reconhecimento do corpo, quando sc expressa e abre canais decomunicar;:ao, nao pode mentir.

E necessario respeitar 0 ritl110 de cada aluno deixando que va aoencontro da expressividade individual c sc manifesta primeiro consigomesmo e depois com 0 outro.

Ai comc9amos a cncontrar no outro 0 que nos falla, c inicia-se adan9alcrapia, ondc 0 movimento c uma linguagem nao verbal, que nosvai convcrtendo scm pressa, com 0 tempo de cada um, naquilo que

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rcalmente somo; e )cntamentc, vamos enriquecendo nosso corpo paraque sc exprcsse Inclhor, afaslar nossos mcdos.

Nas aulas adquiri-se a musica atraves do corpo e com 0 corpo. Amusica e uma estrutura que sc dft de uma forma global, compossibilidade de teT com 0 cerpo a experiencia total da forma musical.Depois introduza caso exislem, rilmo, mclodia c as frases musicais,fazendo com que 0 cerpo participc pDf partes, do particular para 0

geraJ, com a improvisacyao individual e grupal.A cor c uma fonte estimulantc de expressao para 0 corpo.

Pcssoas com problemas de neurose e psicoscs, que nao accilavam seucorpo, conseguiram at raves da cor, urna boa comunica~ao. As coresprimarias ajudam as pessoas com problemas a se sentirem anonimas,desta mane ira nao se scntem observadas, mas sim, influenciadas pelacor que pouco a poueo as induz a superar 0 isolamcnto.

A musica no proprio termo e a causa do despertar de nossasfaculdadcs, pois cIa atingc todos os dominios da vida interior dohomem.

A music a e a danc;:a sc desenvolvcm no tempo, mas so a musicaorganiza 0 tempo por Oleio de cortes fixos e caracteristicas em seudescnvolvimento. 0 som de longa durac;:ao nao sera perccbidomusicalmentc se nao imaginar, ainda que inconscientemente masdurante 0 seu desenvolvimento, a sucessao de compasso, sua estruturaritmica indicado pelo lugar, que 0 som ocupa no comec;:o do compasso,se iSIO nao ocorrer 0 ouvinte C 0 executante, perderao a coercncia e 0

sentido da musica.A danc;:a nos dias atuais constitui numa irnportante atividadc para

o dcsenvolvimcnto da consciencia corporal, atraves da livre cxpressaoe criac;:ao, das danc;:as folcloricas (nacionais c internacionais), danc;:asde salao, jogos ritmicos c cantigas de roda, aicm de favoreccr 0

contato social e proporcionar momentos de alegria e prazer.Em GON<;:ALVES et. tal (1996, p. 24), 0 jogo raz parte da vida

do ser humano. 0 ato de jogar e Uio antigo quanta it propria hisloriado homem.

o jogo c uma atividade livre, fundamentalmentc ludica, contendorcgras nao convcncionais, de caniter competitivo, que possui comocaraclcristica principal a espontaneidade e possibilita a exprcssao dcvivcncias culturais de forma intensa e total.

Na infancia 0 jogo c esscncial, brincando c jogando, a crianc;:areproduz suas vivencias, transformando a realidade de acordo comseus intercsses e desejos, de forma dinamica e criativa.

Oesta forma, 0 jogo nao reprcsenta apenas as experienciasvividas, mas prepara 0 individuo para 0 que est a por vir, cxcrcitandohabilidadcs e principalmente estimulando 0 convivio social. Por tudoisso, rcssaltamos 0 grande valor educativo do jogo e a imporUincia dese trabalhar este conteudo nas escolas, de forma comprometida com aformac;:ao fisica, intelectual, moral e social do aluno. Contcudo dosjogos: jogos motorcs, scnsoriais, imitativos e intclectivos.

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MELLO (1989, p. 59). verifieDu que embora no latim classico arecrearyao, as competiryoes, as representac;:5es liturgicas e tcatrais e osjogos de azar sejam abrangidos pelo lerma Iud US, a origem da palavrajogo em portugues, jell em frances, gioco em italiano e juego emespanhol. advcm de jocus, cujo sentido original abrangia apenasgracejar ou trocar.

Na sua imaginaryao, identifieou pontes de discussao sobre aconcepyao do lermc, urn dos quais de grande imponancia, porquc sercfeTe a relar;ao entre jogo e compctiryao. Em algumas !inguas, como agrega. a chinesa e a sanscrila, cxislem palavras difercntes paradcsignar 0 jogo e competic;:ao. Outras porcm, empregam 0 termo jogonuma conccpryao mais amp la, sem difercnciac;:ao nitida.

No ambito da Educac;ao Fisiea, 0 jogo vern sendo eoneebidonuma aliea competiliva. A assoeiac;ao entre jogo e competic;ao da-seem urn nivel de tal profundidade que os termos sao constantementecmpregados como sin6nimos.

o tipo de disputa presente nos jogos infantis difere daquelepresente nas cornpeti~oes que buscam 0 rendimento extremo e asuperac;ao do outro a todo custo.

o jogo po de ser definido como uma atividade ou ocupacyaovolunt<jria, onde 0 real e a fantasia se encontrarn, que possuicaraeLcristicas competitivas, ocorre num espac;o fisieo e de tempodeterminados desenvolve-se sob regras aceitas pelo grupo departicipantes, e sao~ em gcral, a habilidade fisica, 0 desempcnhointelectual diante das situac;oes de jogo, e as vezes a sorte, oscomponentes rcsponsaveis pela delcrminac;ao dos seus resultados.Com freqUencia, sua pratica sc da num c1ima dc tcnsao e expeetativa,principal mente face ao desconhecimento antecipado do resultadofina I.

Embora haja exeec;ocs no que se refeTe a detcrminadascompctic;oes entre dcsportistas profissionais, 0 prazer dc vivenciarsituac;oes da atividadc eseolhida, c sc possivel tornar-se vencedor, e 0

rnais importantc elemento propulsor do interesse pela pratica de urnjogo cspecifico.

Em BRUJ-INS (1993, p.20) procurar a essencia da atividadellidica e tentar redimensionar 0 fenomeno muito atem do simples fatode divcrsao e cntretenimento E tentar descobrir sua dimensaohumana scm nunea perder de vista a intcgrac;ao do homem dentro doseu meio.

Quando se inicia uma investigac;ao sobre jogo comec;a-se apcreeber que os varios auto res que sc propuseram a estuda-Ioexprcssam difercntcs pont os de vista, reflexo de uma dificuldadeconsideravel em defini-Io. Para uma atividade ser considerada jogo, enecessario aprcscntar certos crilcrios: ser altamente interessante, euma seriedade da crianc;a na atividade tudica vem das suas conquistasno jogo, outro criterio e 0 prazcr, principalmente aqueles onde hauma margem para criatividade empreendimento pessoal, 0 terceiro

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criteria C a desorganizayao anarquizada, podc-se compreendcr eslefata, pais 0 obscrvador passagciro, obscrva, toda a urna agita<;ao,troca de lugares, cmpolga<;ao, pode lcvar a urna falsa ideia deconfusao, quando !laO sofrern intervenyoes, «·senhoras" da situa<;ao,sentindo-se livres para encerra-Ios a qualquer momento.

o proximo criterio a seT comentado e a esponlancidadc, naturalem crianY3s. E finalmente temos 0 criteria da "libertayao dosconflitos", urna especic de "desforra" do EU pela suprcssao de algumproblema. Criteria muilo difundido na area da psicanalisc e dapsicolcrapia alraves de tecnicas de ludoterapia.

A fUllyao do jogo podcria seT definida pela representayuo dealguma coisa ou uma lula por alguma coisa. Tambem coloca-se aexistencia, na a'rao do jogo, de urn sentirncnto de exalta'rao e tensilo,scguido por urn estado de alegria e dis1ra'r8.o.

Dois conceitos seriam fundamentais no conhecimento da esscnciado jogo humane a subjetividade corporal c corpo comoconscicncia. lola uma rclu'rao dialetica entre apan'!ncia c a realidade.

As crian'ras, na tentaliva de amenizar 0 efeito dcsagradflvcl dealgumas tarefas com as quais nao querem compromctimento, utilizam-se do jogo para "superar" esta situacrao penosa c brincam daquilo queestao fazendo. Isso pode ser obscrvado quando brincam de comer nahora da propria rcfei'rao, nao sendo dcvaneio.

Em BREGOLATO (1994, p. 44) tanto as regras do jogo como asnormas de convivencia social, podem ser modificadas a partir domomento em que grupo participante achar conveniente, naoesquccendo que lodos somo integrantes deste grupo e portanto complenos dircitos de intcrferir e influenciar nas mudanc;as para 0 bemcomum.

Ainda em BRUt-INS (1993, P.44), a diferencra entre jogo cesporle, sera ressallada na idenlifica'rao de ambas atraves de suaspeculiaridades.

A discussao abordara 0 [ator competic;ao cxistcnte tanto nojogo, como no esporte, considerada mola impulsora da pnitica dessasatividades, nao e passivel de gencraiiza'rao.

o esporte tern cerlas reslrirroes pre determinadas comoimposicrao de regras, modelos, busca de rendimento recordes,medalhas, juizes, capitaes. 0 ralor tempo entra como determinante ,pois 0 divertimento acabou quando cada minuto e considerado.

Nesse enfoque, fica a conclusao sobre 0 jogo exigir urn parceiroe 0 esporte uma ad versa rio e as diferenc;as entre jogo c esporterccacm sobrc 0 grau dc ansicdade, a cobran'ra de resultados, a tccnicalcvando a urn adestramento e rclacionada it caractcristica de utilidadc.

No esporle os jogadores sao estimulados a vencer de qualquermane ira e avaliados por porccntagem de pontos, marcas, etc. Aacumulayao cSla sempre presente para lcmbrar que tudo e aquisitivo,competitivo, com limita90es e comparac;ao.

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No jogo, ha cspal;o para a libcrdade, e a criatividade encontra-se presentes. Sao pcrmitidas as pessoas a discussao c modifica~ao dercgras, sem a prcsen<;3 de uma "autoridadc" para dccidir por elas e daqual dcpenderiam para a aplic3yUO de regulamentos.

A origem dos jogos nao po de ser desvinculada da cultura de umpovo Oll de falorcs historicos que propiciam 0 seu aparecimcnto.

A investiga9ao prcocupa-se com alguns brinquedos tradicionaiscomo a boneea, 0 lambor, 0 pia~, 0 citocalho, etc., pois fazcm parte,ha milcnios, de jogos infantis. Sao instrumentos utilizados pelascriany3s nas primeiras atividades ]udicas de suas vidas.

As informar;ocs nos mostram uma ligar;ao estrcita dos jogos comaspectos magico-religiosos e com certas cerimonias misticas quecvocavam algum feito realizado por urn Deus, surgindo desde osprimordios olimpicos, e sao universais, mantendo estreitas relayoescom colheitas e fertilidade.

Ainda em GON<;ALVES el.lal, (1996,p. 25), elaborar urneonceito de esporte nao e tarefa facil. Isto porque 0 Lermo esportepo de designar diferentes focos de interpretayao, que podem por suavez sugerir defilliyocs contradit6rias:

a) aperfeiyoamento fisico;b) meio de socializayao;c) meio de descilvolver a conscicncia coletiva;d) meio de comunicayao e ullidade naciollal;e) busca de prazer;f) fim esteLicojg) como profissao;h) mercadoria;i) esporte pelo esporte com urn fim em si mesmo;Considerando que 0 esporte surgiu da atrayao do homem pelo

jogo, e que 0 principio Judico tambcm se evidencia na sua pratica, esurge principal mente quando existe a possibilidade da livre escolha,entendemos que deve ser vivenciado na escola de forma diversificada,oportunizando urn amplo conhecimento das suas diferentcsmodalidades, mesmo aquelas que nao fazem parte do eotidiano.

o esporte como conteudo de 53 a 83 serie, que na maio ria dasvezes nem se lembra de utilizar os dcmais conteudos da EducayaoFisica em suas aulas, ou seja, a ginastica, a danya c os jogos.

Para VARGAS (1995, p.3), 0 dcsporto c urn fenomcno social.Na historia da humanidade, as dimcnsoes da motricidade humana

assumiram formas c significados distintos dependendo da gcografia cdo espayo temporal.

Os signiricados e os simbolos motorcs assumiram formasdistintas em uma variancia que transita do utilitarismo ao guerreiro.Os aspectos do ato motor foram e sao armas de guerra, simbolosritualisticos porem tambem 0 sao instrumentos de paz e harmoniaportanto assumem 0 carater util para a preservayuo da humanidadc.

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o desporto confirma que e suscetivel de apcrfeiyoar-se nodominio corporal, tal como nos outros dominios.

o homem e urn animal e isto nao e difieil de se entender pelaintcrprctayao da ayaO molera.

E praticamentc impassiveJ dissociar as ligayoes no homem entreo neurofisiologico, psiquico e social. Elas constituem a base a partirdo qual sc pode aprofundar os problemas da atividade psiquica dohomem.

o despono emerge de urn processo onde 0 Homo Faber tern acapacidade de desenvolvcr cultura; Homo Loquens ternpossibilidade de articular a linguagem e aHoma Ludcns tern acapacidade de sua realidadc para fantasiar 0 presente.

o desporto se caracteriza no grupo, na associayao de sereshumanos c at raves da socicdade das suas dimensoes devcra scrintcrpretado.

o homcm s6 c humano quando joga e 0 desporto c urn canalprivilegiado para estc humanismo.

A socicdadc pos-rnoderna e urn mosaico de valores e sanyoesdifusas, porem a ernoyao do jogo e uma. Uma sociedade que concebe aimporUineia do desporto e reconhece-Ihe 0 dire ito de existir embeneficio de scus cidadaos constitui urn marco para harmonia e aliberdade.

Em BRACHT (1992,p.58), a erianya at raves do esporte aprendeque entre ela e 0 mundo existcrn "os outros", que para a convivenciasocial precisamos obedecer deterrninadas regras, ler determinadocornportarnento; aprendcm as crianyas, tambern, a conviver comvit6rias e derrotas, aprendem a veneer au·aves do esforyo pessoal;desenvolvcm atravcs do esportc a independencia e a confianya em sirnesrnos, 0 sentido de responsabilidade , etc.

o esporte c urn excelente contelldo para se trabalhardisciplina, ordem a responsabilidade, 0 respeito mutuo, a eonfianya, alideranya quando bem direcionado. Atraves dos jogos pre-desportivoate chegar ao desporto propriamenle dilo.

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3-CONCLUSAO

Apcs ler e analisar eSlas obras, fica evidcntc a impori<'incia daproposla deste trabalho sua colabora~ao na rninimizac;ao docomportamcnlo agrcssivo.

A agressividade e urn comportamcnto presenle nos dias aluais,dcvido a evolur;uo tecno16gica e a crise social cconomica-cultural.Com urn grande deficit na cslrutura familiar.

As pesso8s se reprimcm e atrofiam perdendo a cOllsciencia docorpo de seu dinamismo reduzindo urn mero instrumento desobrevivcncia.

Como vimos, em agrcssividade, no desenvolvimento psicomotor,no corro, na conscicncia e no esquema corporal que este corpo scntc.fala, sc cxprcssa c movimenta. Que fnigil, dcpendcndo das condic;oesdo meio social crcscc, e fiearn tatuados, marcados com os costumes ea cultura dc cad a familia. ES1C corpo torna-se urn instrumento, emcontato com 0 mundo, e por ele, e alravcs dele que sc vive, cuprende, as atividades motoras e intelectuais. A conscicncia corporalcontribui para 0 dcsenvolvimento global do scr humano, a partir doseu nascimento, facilitando seu aprendizado e sucesso na vida adulta.

Sc todas as familias fizessem a sua parle, nu base destaconscicncia corporal, a eseola apenas aprimoraria estc conhecimento,atravcs dus atividadcs lais como: a ginastica, a dan~a, os jogos e osesportes.

Mas sao pOlleas as familias que detem esle conhecimento, devidoa varios fatores sociais. Cabe it escola a maior parte do resgate daconseicncia corporal, das suas partes e func;oes, possibilidades ercalizac;oes e para que estc corpo Fale, expresse, movimentc, arinalsinta prazcr cm sentir, exislir, realizar e sc rcalizar, valorizando a sic ao proximo. E uma alternativa para profissionais da area deinteresse de amcnizar 0 disturbio de comportamento agressivo emcriunyus.

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