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UNIVERSIDADE FEDERAL DO CEARÁ FACULDADE DE MEDICINA DEPARTAMENTO DE FISIOLOGIA E FARMACOLOGIA PROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO EM FARMACOLOGIA AVALIAÇÃO TERAPÊUTICA DO PIMECROLIMO CREME 1% NO TRATAMENTO DA DERMATITE SEBORRÉICA DA FACE EM PACIENTES HIV-POSITIVOS Andréa Pinheiro de Moraes Fortaleza 2006

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Page 1: UNIVERSIDADE FEDERAL DO CEARÁ - UFC · Carlos Alberto (Carlin), pelo carinho, entusiasmo em cada conquista, apoio incondicional e exemplos de vida. Dra. Maria Elisabete Amaral de

UNIVERSIDADE FEDERAL DO CEARÁ FACULDADE DE MEDICINA

DEPARTAMENTO DE FISIOLOGIA E FARMACOLOGIA PROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO EM FARMACOLOGIA

AVALIAÇÃO TERAPÊUTICA DO PIMECROLIMO CREME 1% NO TRATAMENTO DA DERMATITE SEBORRÉICA

DA FACE EM PACIENTES HIV-POSITIVOS

Andréa Pinheiro de Moraes

Fortaleza

2006

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UNIVERSIDADE FEDERAL DO CEARÁ FACULDADE DE MEDICINA

DEPARTAMENTO DE FISIOLOGIA E FARMACOLOGIA PROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO EM FARMACOLOGIA

AVALIAÇÃO TERAPÊUTICA DO PIMECROLIMO CREME 1% NO TRATAMENTO DA DERMATITE SEBORRÉICA

DA FACE EM PACIENTES HIV-POSITIVOS

ANDRÉA PINHEIRO DE MORAES

Dissertação submetida à Coordenação do Programa de

Pós-Graduação em Farmacologia, do Departamento de

Fisiologia e Farmacologia, da Faculdade de Medicina, da

Universidade Federal do Ceará, como requisito parcial para

obtenção do título de Mestre em Farmacologia.

Orientadora: Profa. Dra. Maria Elisabete Amaral de Moraes

FORTALEZA

2006

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M818a Moraes, Andréa Pinheiro de

Avaliação terapêutica do pimecrolimo creme 1% no tratamento da dermatite seborréica da face em pacientes HIV-positivos / Andréa Pinheiro de Moraes. – Fortaleza,2006162 f.:

Orientador: Profa. Dra. Maria Elisabete Amaral de Moraes Dissertação (Mestrado). Universidade Federal do Ceará.

Faculdade de Medicina 1. Dermatite Seborréica 2. HIV 3. Calcineurina 4. Fatores

Imunológicos I.Moraes, Maria Elisabete Amaral de II. Título

CDD 616. 9792

FICHA CATALOGRÁFICA

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ANDRÉA PINHEIRO DE MORAES

AVALIAÇÃO TERAPÊUTICA DO PIMECROLIMO CREME 1%

NO TRATAMENTO DA DERMATITE SEBORRÉICA DA FACE EM PACIENTES HIV-POSITIVOS

Dissertação aprovada em 17 de Julho de 2006

BANCA EXAMINADORA

Profª. Dra. Maria Elisabete Amaral de Moraes (Orientadora) Universidade Federal do Ceará - UFC

Prof. Dr. João Carlos Regazzi Avelleira Instituto de Dermatologia Prof. Rubem David Azulay – Santa Casa

de Misericórdia do Rio de Janeiro

Prof. Dr. José Wilson Accioly Filho Universidade Federal do Ceará - UFC

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DDEEDDIICCAATTÓÓRRIIAA

Dedico esta dissertação a Deus,

a minha mãe, Breno,

Amanda.

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AAGGRRAADDEECCIIMMEENNTTOOSS

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AGRADECIMENTOS

A Deus, por estar sempre ao meu lado, dando-me forças para enfrentar

todos os momentos dessa longa jornada.

Breno, Amanda, fontes de energia, alegria, amor, carinho, inspiração.

Roberto, fonte de amadurecimento, crescimento, compreensão e

companheirismo.

Minha Família em especial à minha Mãe, minha Tia Marta, meu irmão Carlos Alberto (Carlin), pelo carinho, entusiasmo em cada conquista, apoio

incondicional e exemplos de vida.

Dra. Maria Elisabete Amaral de Moraes, minha orientadora e exemplo

profissional, a qual apoiou-me, colaborou e incentivou-me na construção deste

projeto, estando sempre disposta à: ensinar, dar-me força, coragem e confiança na

execução deste trabalho, mantendo viva em mim a paixão pela Pesquisa Clínica.

Dr. Manoel Odorico de Moraes, meu tio, por nunca desistir de me

estimular a novos projetos de engrandecimento científico, sempre se colocando a

disposição para ajudar, além disto é para mim exemplo de que; é preciso se ter

sonhos e nunca abrir mão deles.

Dr. Fernando Antônio Frota Bezerra, pela enorme ajuda e contribuição

na laboriosa fase de correção desta dissertação.

Maria Lúcia Martins (Vera), sem sua ajuda tudo teria sido bem mais

difícil e complicado.

Aos pacientes participantes deste protocolo, minha eterna gratidão,

que apesar do sofrimento, se dispuseram a participar deste projeto, e sem sua

voluntária e valorosa colaboração nada teria sido possível.

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Dra. Maria Airtes Vieira Vitoriano, por sempre ter me ajudado e

facilitado a execução deste projeto.

Dra. Érica de Magalhães Holanda e à Dra. Christianne F. Valente Takeda, por sua ajuda científica, estímulo, amizade e apoio em vários momentos

da minha vida e durante este trabalho.

Ronaldo de Oliveira Brandão, por seu empreendedorismo, estímulo

constante, amizade e entusiasmo.

Dr. Érico Antonio Gomes de Arruda, por suas preciosas críticas e

ajuda sempre que solicitada.

Professor Carlos Robson Bezerra Medeiros pela valiosa contribuição

na análise estatística.

Dr. Julio Maddi, Renata Berardocco, Victor Vidal, Clóvis Pinto, por

suas contribuições, e apoio.

Aos funcionários do Hospital São José em especial a Elicélia, Maria Vânia, Maria Socorro, Maria Goreti, Maria dos Anjos, Lucia Bezerra, que tanto

me ajudaram nas diversas fases deste protocolo.

Amigos da Unidade de Farmacologia Clínica, em especial à Ismael

Leite, Arnaldo, Fábia, Flávia, Tereza e Malu meu agradecimento a todos vocês por

terem colaborado na minha pesquisa científica.

Colegas de Pós-Graduação, por termos, juntos, vencido tantas

disciplinas, apresentações de artigos e provas com um saldo maravilhoso, que é

nossa amizade.

Professores do Curso de Pós-Graduação, por terem transmitido com

muita sapiência seus conhecimentos.

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A secretária da Pós-Graduação em Farmacologia Aura, que sempre

esteve presente disposta a nos ajudar no que fosse preciso.

Ao Comitê de Ética em Pesquisa, pelas críticas e sugestões,

engrandecendo ainda mais o trabalho a ser desenvolvido e não permitindo abusos

com seres humanos.

Instituto Claude Bernard, por ter colaborado financeiramente durante

todo o desenvolvimento da pesquisa.

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“Não lamente o trabalho a fazer.

Realize-o da melhor maneira possível, dando tudo de si.

Por ele você atrai os benefícios da vida.”

Lourival Lopes

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RREESSUUMMOO

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RESUMO

Avaliação terapêutica do pimecrolimo creme 1% no tratamento da dermatite seborréica da face em pacientes HIV-positivos. Andréa Pinheiro de Moraes.

Orientadora: Maria Elisabete Amaral de Moraes. Dissertação de Mestrado.

Programa de Pós-Graduação em Farmacologia. Departamento de Fisiologia e

Farmacologia, Universidade Federal do Ceará, 2006.

A dermatite seborréica (DS) é uma das doenças mais comum entre os

pacientes portadores do vírus HIV afetando entre 40 a 80% dos pacientes com

AIDS e 20 a 40% dos pacientes soropositivos para o vírus HIV. Com o intuito de

avaliar a eficácia terapêutica e segurança do pimecrolimo creme 1% na DS de face

de pacientes HIV-positivos, foi realizado estudo fase II. Inicialmente quatro

pacientes (Grupo A) portadores de DS leve a severa foram tratados com o

pimecrolimo duas vezes por dia por 7 dias e o segundo grupo (Grupo B) vinte e um

pacientes, foram tratados com pimecrolimo duas vezes por dia por 14 dias. Em

seguida o tratamento era descontinuado e os pacientes foram acompanhados por

mais 5 semanas. A avaliação das lesões foi realizada no dia inicial, 7º, 14º, 21º, 35º

e 49º dia utilizando-se uma escala com pontuação de zero a quatro para cada

parâmetro avaliado (eritema, descamação, ardor, prurido, infiltração/papulação,

escoriação, liquenificação), e também por meio de fotografia digital. Obteve-se

importante melhora em todos os parâmetros clínicos avaliados no 7º dia; no 14º dia

90% dos pacientes apresentavam-se livres de sinais. O eritema e a descamação

apresentaram recidiva em aproximadamente 50% dos pacientes no 35º dia do

estudo, mas o quadro clínico era menos intenso que o quadro clínico inicial. Todos

os pacientes responderam a terapêutica independente do seu “status” imunológico.

O pimecrolimo creme 1% representa uma nova, atrativa e eficaz, opção terapêutica

para o tratamento da DS de face em pacientes HIV-positivos.

Palavras-chave: Dermatite seborréica, HIV, tratamento, pimecrolimo.

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AABBSSTTRRAACCTT

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ABSTRACT

Pimecrolimus cream 1% efficacy study in adults with facial seborrheic dermatitis infected with HIV virus. Andréa Pinheiro de Moraes. Advisor: Maria

Elisabete Amaral de Moraes. Master’s Dissertation. Post-Graduate Program in

Pharmacology. Department of Physiology and Pharmacology, Federal University of

Ceara, 2006.

Seborrheic dermatitis (SD) is a one of the most common dermatosis in

HIV-positive patients affecting between 40 to 80% of AIDS patients and 20 to 40%

of HIV-positive patients. To investigate efficacy and safety of pimecrolimus cream

1% in HIV-positive patients with facial SD a phase II study was done. First of all 4

HIV-infected patients (Group A) with mild−severe SD were treated twice-daily with

pimecrolimus cream 1% for 7 days and after this 21 HIV-infected patients (Group B)

with mild−severe SD were treated twice-daily with pimecrolimus cream 1% for 14

days. Thereafter, treatment was discontinued and patients followed up for 5 weeks.

Skin involvement (erythema, scaling, burning, pruritus, infiltration/papulation,

excoriation and lichenification) at baseline, Days 7, 14, 21, 35 and 49 was assessed

using a 4-point clinical score and digital photographs. Marked improvement was

seen in clinical parameters at Day 7, with ≥ 90% patients clear of symptoms at Day

14. Erythema and scaling relapsed at Day 35 in approximately 50% of patients, but

all symptoms were milder than at baseline. All patients responded to therapy,

despite their immunologic status. Pimecrolimus cream represents a new, attractive

and effective therapeutic option for facial SD in HIV-patients.

.

Key words: Seborrheic dermatitis, HIV, treatment, pimecrolimus.

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LLIISSTTAA DDEE FFIIGGUURRAASS

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LISTA DE FIGURAS Pág

Figura 1 Fisiopatologia da infecção e replicação do vírus HIV 12

Figura 2 Gráfico da evolução/doenças em pessoas com HIV. Manifestações dermatológicas associadas com a diminuição de linfócitos T-CD4+

15

Figura 3 Estrutura química do pimecrolimo 22

Figura 4 Estrutura espacial do pimecrolimo 22

Figura 5 Mecanismo de ação do pimecrolimo 24

Figura 6 Efeito do pimecrolimo e do valerato de betametasona 0,1% nas células dendríticas epidérmicas de ratos (coloração FITC) 25

Figura 7 Características Clínica e Imunológica dos Pacientes utilizando os Critérios CDC-92 (n=25) 51

Figura 8 Distribuição dos Pacientes utilizando como critério a contagem de Linfócitos CD4+ (n=25) 51

Figura 9A Documentação Fotográfica de Paciente do Grupo A 58

Figura 9B Documentação Fotográfica de Paciente do Grupo A 59

Figura 10 Avaliação através de escores do Eritema pelo INVESTIGADOR na visita inicial, 7º, 14º, 28º, 42º dia - Grupo A.

60

Figura 11 Avaliação através de escores da Descamação pelo INVESTIGADOR na visita inicial, 7º, 14º, 28º, 42º dia - Grupo A.

60

Figura 12 Avaliação através de escores da Escoriação pelo INVESTIGADOR na visita inicial, 7º, 14º, 28º, 42º dia - Grupo A.

60

Figura 13 Avaliação através de escores da Liquenificação pelo INVESTIGADOR na visita inicial, 7º, 14º, 28º, 42º dia - Grupo A.

61

Figura 14 Avaliação através de escores da Infiltração/Papulação pelo INVESTIGADOR na visita inicial, 7º, 14º, 28º, 42º dia - Grupo A.

61

Figura 15 Avaliação através de escores do Ardor pelo PACIENTE na visita inicial, 7º, 14º, 28º, 42º dia - Grupo A. 62

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LISTA DE FIGURAS continuação

Figura 16 Avaliação através de escores do Prurido pelo PACIENTE na visita inicial, 7º, 14º, 28º, 42º dia - Grupo A. 62

Figura 17 Avaliação através de escores da Descamação pelo PACIENTE na visita inicial, 7º, 14º, 28º, 42º dia - Grupo A. 63

Figura 18 Avaliação através de escores do Eritema pelo PACIENTE na visita inicial, 7º, 14º, 28º, 42º dia - Grupo A. 63

Figura 19 Avaliação através de escores do Eritema pelo INVESTIGADOR na visita inicial, 7º, 14º, 21º, 35º, 49º dia – Grupo B.

65

Figura 20 Avaliação através de escores da Descamação pelo INVESTIGADOR na visita inicial, 7º, 14º, 21º, 35º, 49º dia - Grupo B.

65

Figura 21 Avaliação através de escores da Escoriação pelo INVESTIGADOR na visita inicial, 7º, 14º, 21º, 35º, 49º dia - Grupo B.

66

Figura 22 Avaliação através de escores da Liquenificação pelo INVESTIGADOR na visita inicial, 7º, 14º, 21º, 35º, 49º dia - Grupo B.

66

Figura 23 Avaliação através de escores da Infiltração/Papulação pelo INVESTIGADOR na visita inicial, 7º, 14º, 21º, 35º, 49º dia - Grupo B.

66

Figura 24 Evolução dos escores médios dos parâmetros avaliados pelo INVESTIGADOR x períodos de observação - Grupo - B. 67

Figura 25 Evolução Clínica dos parâmetros do INVESTIGADOR em Porcentagem de Pacientes Assintomáticos - Grupo - B. 68

Figura 27 Avaliação através de escores do Ardor pelo PACIENTE na visita inicial, 7º, 14º, 21º, 35º, 49º dia - Grupo B. 71

Figura 28 Avaliação através de escores do Prurido pelo PACIENTE na visita inicial, 7º, 14º, 21º, 35º, 49º dia - Grupo B. 71

Figura 29 Avaliação através de escores da Descamação pelo PACIENTE na visita inicial, 7º, 14º, 21º, 35º, 49º dia - Grupo B.

72

Figura 30 Avaliação através de escores do Eritema pelo PACIENTE na visita inicial, 7º, 14º, 21º, 35º, 49º dia - Grupo B. 72

Figura 31 Evolução dos escores médios dos parâmetros avaliados pelo PACIENTE x períodos de observação - Grupo - B. 73

Figura 32 Evolução Clínica dos parâmetros do PACIENTE em Porcentagem de Pacientes Assintomáticos - Grupo - B. 73

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LISTA DE FIGURAS continuação Figura 26A Documentação Fotográfica de paciente do Grupo B

74

Figura 26B Documentação Fotográfica de paciente do Grupo B 75

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LLIISSTTAA DDEE TTAABBEELLAASS

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LISTA DE TABELAS

Tabela 1 Material utilizado na etapa clínica 34

Tabela 2 Equipamentos utilizados 35

Tabela 3 Produto estudado 35

Tabela 4 Classificação Clínica Imunológica da Infecção pelo HIV – CDC,1992. 39

Tabela 5 Características Gerais do Grupo de Estudo 48

Tabela 6 Distribuição da população por Grupo de Tratamento (parte I) 52

Tabela 7 Distribuição da população por Grupo de Tratamento (parte II) 53

Tabela 8 Características na Contagem de linfócitos T CD4+, linfócitos T CD8+ e Carga Viral no Pré-Tratamento 54

Tabela 9 Comparação da Contagem de linfócitos T CD4+ e Carga Viral Pré e Pós Tratamento - Grupo B (n=21) 55

Tabela 10 Demonstração da variação dos escores do Investigador no 7º. e 14º dia (n=19) 68

Tabela 11 Demonstração da variação dos escores do Paciente no 7º. e 14º dia (n=19) 76

Tabela 12 Comparação entre: escores médios clínicos iniciais e categoria clínica CDC-92 78

Tabela 13 Comparação entre: o percentual de melhora dos parâmetros no 7º.dia e categoria clínica CDC-92 79

Tabela 14 Comparação entre: o percentual de melhora dos parâmetros no 14º.dia e categoria clínica CDC-92 79

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LLIISSTTAA DDEE AABBRREEVVIIAATTUURRAASS EE SSIIGGLLAASS

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LISTA DE ABREVIATURAS E SIGLAS % Porcentagem

AIDS Síndrome da Imunodeficiência Adquirida

ARV Anti-retrovirais

AUC Área Sob a Curva

AZT Zidovudina

BSA Área de superfície corpórea

CDC Centro de Controle de Doenças (EUA)

CONEP Comitê Nacional de Ética em Pesquisa

CRF ‘’Case Report Formulary’’

CV Carga Viral

D Dalton

DNA Ácido Desoxiribonucléico

DS Dermatite Seborreica

EIA ‘’Enzyme Immuno Assay’’

ELISA ‘’Enzyme Linked Immunosorbent Assay’’

EUA Estados Unidos da América

FDA ‘’Food and Drug Administration’’

HAART ‘’Highly active antiretroviral therapy’’

HIV Vírus da Imunodeficiência Humana

HSP ‘’Heat shock proteins’’

Ig G Imunoglobulina G

IL - 10 Interleucina - 10

IL - 2 Interleucina - 2

IMC Índice de Massa Corpórea

kDa kilodalton

kg kilograma

Linfócitos Th Linfócitos T ‘’helper’’

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LISTA DE ABREVIATURAS E SIGLAS continuação Log Logarítimo

mg Miligrama

mg/dia miligrama por mililitro

mg/dL miligrama por decilitro

mg/Kg miligrama por kilograma

mg/m2/dia miligramas por metro quadrado por dia

mg/mL miligrama por mililitro

mL mililitro

mm3 milímetro cúbico

MS Ministério da Saúde do Brasil

NASBA ‘’Nucleic Acid Sequence Based Amplification’’

ng.h/mL nanogramas por hora por mililitros

ng/mL nanograma por mililitro

OMS Organização Mundial de Saúde

PCR ‘’Polimerase Chain Reaction’’

PPD Teste com tuberculina

RNA Ácido Ribonucléico

SUS Sistema Único de Saúde

TNF Fator de Necrose Tumoral

UDI Usuários de drogas injetáveis

UFC Universidade Federal do Ceará

UNIFAC Unidade de Farmacologia Clínica

UVB Raios Ultravioleta B

VDRL ‘’Veneral Disease Research Laboratory’’

WB ‘’Western Blot’’

μL microlitro

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SSUUMMÁÁRRIIOO

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SUMÁRIO DEDICATÓRIA AGRADECIMENTOS EPÍGRAFE RESUMO ABSTRACT LISTA DE FIGURAS LISTA DE TABELAS LISTA DE ABREVIATURAS E SIGLAS SUMÁRIO

Página

I. INTRODUÇÃO 1 1. DERMATITE SEBORREICA 1

1.1. Histórico 1 1.2. Epidemiologia 2 1.3. Etiologia 2

1.3.1. Lipídeos e Hormônios 3 1.3.2. Doenças Associadas 3 1.3.3. Hereditariedade. 3 1.3.4. Fatores Ambientais e Ocupação 4 1.3.5. Malassezia spp. 4

1.4. Quadro Clínico 6 1.4.1. Quadro Clínico da Dermatite Seborreica da Face 6

1.5. Histologia 7 1.6. Diagnóstico 8 1.7. Tratamento 8

1.7.1. Ceratolíticos 8 1.7.2. Antifúgicos 9 1.7.3. Corticosteróides 10 1.7.4. Isotretinoína 10

2. SINDROME DA IMUNODEFICIÊNCIA ADQUIRIDA – AIDS 10

2.1. Definição 10

2.2. Histórico 11

2.3. Vírus HIV 12

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2.4. Epidemiologia 14

2.5. Quadro Clínico 14

2.6. Diagnóstico 16

2.7. Tratamento 17

2.8. Dermatite Seborreica em pacientes com AIDS 17

2.8.1. Epidemiologia 17

2.8.2. Quadro Clínico 18

2.8.3. Imunidade Celular 18

2.8.4. Antiretrovirais 19

2.8.5. Malassezia spp. 19

2.8.6. Histologia 20

2.8.7. Tratamento 20

3. PIMECROLIMO 21

3.1. Histórico 21

3.2. Estrutura química e estrutura espacial do pimecrolimo 22

3.3. Farmacologia 23

3.4. Farmacocinética 25

Dados de Segurança Pré-Clínica 26

3.5. FARMACOLOGIA CLÍNICA 26

3.5.1. Geral 26

3.5.2. Precauções 27

3.5.3. Reações Adversas 28

3.5.4. Interações Medicamentosas 28

4. JUSTIFICATIVA 29

OBJETIVO GERAL 32

OBJETIVOS ESPECÍFICOS 32

5. MATERIAL E MÉTODOS 34

1 MATERIAL 34

2 PROTOCOLO DE ESTUDO 36

2.1 Delineamento do Estudo 36

2.2 Seleção do Voluntário 36

2.2.1. Critérios de Inclusão 36

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2.2.2. Critérios de Exclusão 37

2.2.3. Exames Laboratoriais Pré-Estudo 38

2.2.4. Exames Laboratoriais Pós Fase de Tratamento 38

2.2.5. Critérios para Retirada do Estudo 38

2.3 Entrada do Voluntário no Estudo 39

2.4 Protocolo Clínico 40

2.4.1. Fase de Tratamento (Etapa I – Grupo A) 40

2.4.2. Fase de Tratamento ( Etapa II – Grupo B) 40

2.5 Exames do Protocolo 41

2.5.1. Exame Micológico 41

2.5.2. Exame Histológico 41

2.5.3. Dosagem de Linfócitos T CD4+ e Linfócitos T CD8+ 42

2.5.4. Dosagem da carga Viral Plasmática 42

2.6 Acompanhamento Clínico 42

2.6.1 Documentação Fotográfica 42

2.6.2. . Ficha de Avaliação Clínica 43

2.6.3. Questionário de Avaliação 43

2.6.4. Efeitos Adversos 43

2.7 Aspectos Éticos 45

2.8 Análise Estatística 46

RESULTADOS E DISCUSSÃO 48

1. AVALIAÇÃO CLÍNICA 48

1.1. DESCRIÇÃO DA POPULAÇÃO ESTUDADA 48

2. RESPOSTA TERAPEUTICA 56

2.1. RESPOSTA TERAPÊUTICA NO GRUPO A (n=04) 56

2.1.1. Parâmetros do Investigador – GRUPO A 60

2.1.1.1. ERITEMA 60

2.1.1.2. DESCAMAÇÃO 60

2.1.1.3. ESCORIAÇÃO 60

2.1.1.4. LIQUENIFICAÇÃO 61

2.1.1.5. INFILTRAÇÃO/POPULAÇÃO 61 2.1.2. Parâmetros do Paciente – GRUPO A 62

2.1.2.1. ARDOR 62 2.1.2.2. PRURIDO 62 2.1.2.3. DESCAMAÇÃO 63 2.1.2.4. ERITEMA 63

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2.2. RESPOSTA TERAPÊUTICA – GRUPO B (n=21) 64 2.2.1. Parâmetros do Investigador – GRUPO B 65

2.2.1.1. ERITEMA 65 2.2.1.2. DESCAMAÇÃO 65 2.2.1.3. ESCORIAÇÃO 66 2.2.1.4. LIQUENIFICAÇÃO 66 2.2.1.5. INFILTRAÇÃO/PAPULAÇÃO 66

2.2.2. Parâmetros do Paciente – GRUPO B 69 2.2.2.1. ERITEMA 71 2.2.2.2. PRURIDO 71 2.2.2.3. DESCAMAÇÃO 72

2.2.2.4. ERITEMA 72 2.3. AVALIAÇÃO CLÍNICO TERAPÊUTICA E CLASSIFICAÇÃO

IMUNOLÓGICA – CDC 92 77

CONCLUSÃO 81 REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS 83 GLOSSÁRIO 99

ANEXOS ANEXO I – Termo de Consentimento Livre e Esclarecido Grupo A 102

ANEXO II – Termo de Consentimento Livre e Esclarecido Grupo B 106

ANEXO III – Questionário do Investigador 110

ANEXO IV - Questionário do Paciente 112 ANEXO V – Trabalho Aceito para Publicação no JEADV - Journal of the European Academy of Dermatology and Venereology 113

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IINNTTRROODDUUÇÇÃÃOO

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1

I. INTRODUÇÃO 1. DERMATITE SEBORREICA

1.1. HISTÓRICO

O termo dermatite seborréica (DS) deriva do Latim sebum e do Grego

rhoea o que significa fluxo, apologia à aparência oleosa da pele afetada.

(BERGBRANT, 1995). A primeira descrição clínica de dermatite seborreica data de

1887, realizada por Unna (PETER & RICHARZ-BARTHAUER, 1995; BERGBRANT,

1995; UNHOLZER et al., 2002). Em 1874, Malassez descreveu a presença de

leveduras no estrato córneo de pacientes com várias patologias dermatológicas,

inclusive no couro cabeludo com descamação (FAERGEMANN, 2000; GUPTA, &

BLUHM, 2004; VARGAS et al., 2004). Em 1904 Sabouraud nomeou a levedura de

Pityrosporum malassezii quando escreveu sobre a associação desta levedura com

a caspa (PETER & RICHARZ-BARTHAUER, 1995; BERGBRANT, 1995),

entretanto, a primeira descrição das alterações histológicas da DS só foi realizada

em 1924 por Civatte (GUPTA & BLUHM, 2004).

Até hoje a fisiopatologia da DS ainda não está esclarecida e, apesar do

nome “dermatite seborreica” significar “inflamação de pele oleosa”, esta patologia é

bem mais complexa do que sugere o seu significado (GUPTA & BLUHM, 2004).

Alguns estudos têm demonstrado que a pele do individuo afetado nem sempre é

mais oleosa do que a dos indivíduos não afetados (BURTON & PYE,1983). Outro

fato que dificulta a interpretação dos trabalhos são as várias denominações que

esta patologia recebe como, por exemplo: sebopsoríase, eczema seborréico,

dermatite seborréica e caspa (BURTON & PYE,1983).

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1.2. EPIDEMIOLOGIA

A incidência habitual da DS é de 3 a 5% em população adulta com

imunidade preservada. Afeta predominantemente os indivíduos do sexo masculino,

negros e as faixas etárias mais acometidas são: recém-nascidos até o sexto mês

de vida, adolescentes e adultos jovens, com pico de incidência em torno dos 40

anos (JANNIGER & SCHWARTZ, 1995; BERGBRANT, 1995; SCHAUB et al., 1999;

MATHES et al., 2000, CRUTCHFIELD, 2002; GUPTA & BLUHM, 2004). Observa-

se uma variação sazonal com piora durante o inverno e melhora durante o verão. O

stress emocional e o ar seco podem ser fatores de piora para a doença. Existe uma

predisposição genética que já foi demonstrada em estudo com gêmeos

(BERGBRANT, 1995; FAERGEMANN, 2000).

A DS é mais freqüente entre os pacientes soropositivos para o vírus da

Imunodeficiência Humana (HIV) acometendo 30 a 83% destes pacientes. Associa-

se também à doença de Parkinson, traumatismo raquimedular e doenças

psiquiátricas, notadamente quadros depressivos (FAERGEMANN, 2000; GUPTA et

al., 2004). Também é vista em associação com outras patologias dermatológicas

como rosácea, blefarite/irritação ocular, acne vulgar, ptiríase versicolor e foliculite

por Malassezia spp (BERGBRANT, 1995; FAERGEMANN, 2000; GUPTA et al.,

2004).

1.3. ETIOLOGIA

A etiologia da DS permanece desconhecida, mas alguns pontos

merecem destaque. Sabouraud (1904) sugeriu a existência de uma relação causal

entre a Malassezia spp., caspa e dermatite seborreica. Nos anos 50 devido ao

sucesso terapêutico obtido com o uso dos corticosteróides, esta entidade foi

considerada uma patologia inflamatória com hiperproliferação epidérmica e a

associação com a Malassezia spp. deixada de lado (FAERGEMANN, 1985;

MCGRATH & MURPHY, 1991; FAERGEMANN, 2000; VARGAS et al., 2004).

Durante os anos 80 foi introduzido no arsenal terapêutico da DS as

drogas antifúngicas demonstrando que o Postulado de Koch’s poderia está certo;

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neste é dito que: (a) a Malassezia spp. é encontrada na DS, (b) se a DS for tratada

com drogas antifúngicas a doença melhora, (c) se o paciente se reinfecta e o

microorganismo prolifera a doença recidiva (MCGRATH, MURPHY, 1991). Porém,

até hoje não se conseguiu estabelecer qual a verdadeira ligação entre Malassezia

spp. e DS; sendo a DS considerada como uma doença multifatorial. (GUPTA &

BLUHM, 2004).

1.3.1 Lipídios e Hormônios

Apesar da correlação entre a oleosidade e o quadro clínico da DS não ter sido esclarecida, observa-se que é rara antes da puberdade sendo mais comum no sexo masculino, adolescentes e adultos jovens, fase da vida em que as glândulas sebáceas estão mais ativas (GUPTA & BLUHM, 2004). As áreas mais afetadas são as que possuem maior densidade de glândulas sebáceas (OSTLERE et al., 1996). A influência hormonal é sugerida pelo fato da doença inicia-se na puberdade e ser mais comum no sexo masculino; provavelmente pela influência dos andrógenos na unidade pilossebácea (GUPTA & BLUHM, 2004).

1.3.2 Doenças Associadas Sabe-se que a DS é mais comum em associação a outras morbidades

tais como doença de Parkinson (BARBEAU, 1970; BINDER & JONELIS, 1983), infecção pelo vírus HIV (MATHES & DOUGLASS,1985; MARINO et al., 1991), doenças psiquiátricas (MAIETTA et al., 1990), pancreatite crônica alcoólica (BARBA et al., 1982), hepatite C (CRIBIER et al., 1992), doenças genéticas como a síndrome de Down (ERCIS et al., 1996), doença de Hailey-Hailey (MARREN & BURGE, 1992) e algumas neoplasias (CLIFT et al., 1988). As explicações para estas associações ainda permanecem desconhecidas.

1.3.3 Hereditariedade A predisposição genética foi demonstrada em estudo com gêmeos. Os

fatores envolvidos podem ser desde defeitos no sistema imune até a composição nos lipídios cutâneos (NIERMANN, 1967). Fatores não genéticos que também podem está contribuindo nesta associação são a dieta, os hábitos de higiene e as espécies fúngicas colonizadoras (BERGBRANT, 1992).

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1.3.4 Fatores Ambientais e Ocupação Burton e colaboradores evidenciaram maior incidência de DS entre os

trabalhadores de mina de carvão, e os soldados durante os períodos da guerra e menor incidência entre os agricultores (ROOK et al., 1986). Em relação aos fatores climáticos observa-se que em períodos de baixa umidade mais pacientes procuram auxilio médico para tratamento de DS (BOOKEN, 1968) enquanto que durante o verão ou após exposição solar muitos apresentam melhora do quadro clínico (BERGBRANT, 1992). Sabe-se que os raios ultravioleta B (UVB) inibem o crescimento da Malassezia spp. in vitro, mas o efeito do sol sobre o fungo e sobre o curso da DS ainda não está esclarecido (FAERGEMANN & LARKA, 1987).

1.3.5 Malassezia spp.

Características Gerais

Foi inicialmente descrita por Malassez (1874), porém este não conseguiu

cultivá-la. O cultivo e a descrição das propriedades de crescimento foi feito pela

primeira vez por Castellani e Chalmers em 1913 (FAERGEMANN, 1985;

FAERGEMANN, 2000; VARGAS et al., 2004). Sua presença na pele é evidenciada

através do exame micológico direto realizado com hidróxido de potássio a 10%. A

cultura é realizada em meios incorporados de ácidas graxos de cadeia longa

(VARGAS et al., 2004). Considera-se este agente como parte da microbiota

cutânea humana, com prevalência nas áreas seborréicas do corpo sendo o tórax a

região anatômica de maior densidade (BERGBRANT, 1995; GUPTA & BLUHM,

2004; VARGAS et al., 2004). O hospedeiro é colonizado já nas primeiras semanas

de vida e até 13% das crianças menores de 5 anos tem cultura positiva para

Malassezia spp. (FAERGEMANN & FREDRIKSSON, 1980; BROBERG &

FAERGEMANN, 1989). Dados epidemiológicos indicam que a colonização

acontece entre 80 a 94% da população adulta (BERGBRANT et al., 1992; VARGAS

et al., 2004) e a densidade fúngica diminui significativamente com o aumento da

idade (BERGBRANT & FAERGEMANN, 1988).

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Em relação a patogenicidade, Catteral e colaboradores, descreveram

atividade da enzima lipase na superfície da Malassezia spp. (CATTERALL et al.,

1978) e posteriormente Ran e colaboradores (1993) demonstraram que esta

atividade enzimática localiza-se dentro da parede rica em glucan e/ou nos sistemas

de membrana. A lípase tem influência no crescimento de hifas, e na pele esta

enzima promove a quebra dos triglicerídeos, gerando ácidos graxos irritantes (RAN

& YOSHIIKE, 1993; PARRY & SHARPE 1998) e liberação de ácido araquidônico

(BINDER & JONELIS, 1983; RICIPUTO et al., 1996) que contribuem para a

inflamação e descamação (McGRATH & MURPHY, 1991).

Malassezia spp. e Dermatite Seborreica

A Malassezia spp. é aceita como agente etiológico inquestionável da

ptiríase versicolor, contudo a relação do fungo com a dermatite seborreica é

assunto controverso. Em 1874, Malassez propôs pela primeira vez a associação de

DS com a presença de estruturas leveduriformes, mas este fato não foi levado em

consideração. Posteriormente, baseando-se nas observações feitas por Ackerman

e Kligman e na resposta terapêutica da doença a agentes considerados apenas

antiproliferativos, como o sulfeto de selênio e o piritionato de zinco, acreditou-se

que a DS fosse uma doença primariamente hiperproliferativa e que o aumento da

população fúngica fosse secundário ao favorecimento do habitat (aumento das

escamas), (ACKERMAN, 1967; PLEWIG & KLIGMAN, 1969; KLIGMAN & LEYDEN,

1983; FAERGEMANN, 2000). Após trabalho realizado por Gosse e Van der Wyke

(1969) e Shuster (1984) a presença deste fungo voltou a ser valorizada

(MALASSEZ, 1874; GOSSE & VANDERWYK, 1969; GUPTA et al., 2004;

SHUSTER, 1984).

Sabe-se que a Malassezia spp. é capaz de ativar o complemento através

da via clássica e alternada (SOHNLE & COLLINS-LECH, 1983; BERGBRANT,

1991), no entanto a participação da imunidade humoral ainda não está esclarecida

(ALEXANDER, 1967; MIDGLEY & HAY, 1988; BERGBRANT & FAERGEMANN,

1989; BERGBRANT et al, 1991; PARRY & SHARPE, 1998). Em relação à

imunidade celular Neuber e colaboradores relataram diminuição na produção de

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interleucina – 2 (IL-2), interferon gama, e aumento na produção de IL-10, quando

estes linfócitos eram estimulados com extrato de Malassezia spp. (NEUBER &

KRÖGER, 1996). Kesevan e colaboradores relataram que a Malassezia spp.

promovia a supressão da produção das citocinas pro-inflamatórias: IL-1α, IL-1β, IL-

6 e fator de necrose tumoral alfa (TNFα) (KESAVAN & WALTERS, 1998;

FAERGEMANN, 2000; FAERGEMANN & BERGBRANT, 2001).

1.4. QUADRO CLÍNICO

A DS é uma doença inflamatória crônica, simétrica, recidivante, que

acomete áreas da pele onde há um grande número e atividade de glândulas

sebáceas. Apresenta padrão característico para diferentes grupos, existindo a

forma infantil e a forma adulta; com extensão de envolvimento variando

amplamente entre os pacientes (JANNIGER & SCHWARTZ, 1995; JASEN &

PLEWIG, 1999; JOHNSON & NUNLEY, 2000; BROWNELL & QUAN, 2003; GUPTA

& BLUHM, 2004; HABIF, 2004). Na forma infantil podemos observar lesões no

couro cabeludo definidas como crosta láctea, no tronco incluindo as flexuras e área

da fralda. A doença de Leiner é a forma eritrodermica na infância.

A forma adulta pode acometer o couro cabeludo e suas margens,

sobrancelhas, glabela, base dos cílios, pregas nasolabiais, região malar, canal

auditivo externo, prega auricular posterior, área pré-external, interescapular; e com

menor freqüência barba, axila, prega inframamária, aréola mamária, virilha, sulco

glúteo, umbigo e existe também a forma de eritrodermia (JASEN & PLEWIG, 1999).

1.4.1 Quadro Clínico da Dermatite Seborreica da Face

As áreas mais afetadas da face são as sobrancelhas, a glabela, pregas

nasolabiais, região malar. Caracteriza-se por escamas que podem ser escassas e

secas ou úmidas e graxentas, formando placas por vezes papulosas,

descamativas, com escamas eritemato-amareladas de várias formas e tamanhos.

Evolue com períodos de exacerbação alternando com períodos assintomáticos;

podendo está associado a prurido de intensidade variável. Na asa do nariz e sulco

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nasolabial pôr vezes são acompanhadas de fissuras, na margem das pálpebras às

vezes torna-se eritemato-granulosas (blefarite marginal) acompanhada em alguns

casos de eritema conjuntival. No pavilhão auricular a DS freqüentemente é

confundida com otite externa fúngica observando-se com freqüência eritema

descamação e fissuração retroauricular. Os lábios e a mucosa oral dificilmente são

afetados, mas às vezes pode-se ter um envolvimento pronunciado resultando em

quelite exfoliativa (ARNOLD & ODOM, 1990; AZULAY & AZULAY, 1997).

1.5. HISTOLOGIA

A alterações histológicas iniciais foram descritas primeiramente por

Civatte (1924), que observou edema da papila dérmica, com infiltrado cíclico de

granulócitos. O quadro inicial é predominantemente espongiótico, mas

posteriormente assume aspecto psoriasiforme (ACKERMAN, 1977) com orto e

paraceratose, moderada acantose e discreta espongiose (LEVER, 1991). Discreto

infiltrado inflamatório crônico pode ser visto na derme (CIVATTE, 1924; PINKUS,

1966). Estudos utilizando imunohistoquímica evidenciaram pontos importantes em

relação as alterações inflamatórias na pele com DS onde observou-se: a)

deposição de complemento C3 e imunoglobulina G (IgG) no estrato córneo abaixo

das colônias de Malassezia spp. (PIÉRARD-FRANSHIMONT & ARRESE 1995) e

infiltrado dérmico é predominantemente composto por células CD4 positivas.

(BERGBRANT ET AL, 1991), b) aumento de marcadores inflamatórios como, por

exemplo, as células natural killer (NKC-1), células CD-16 positivas (marcadores de

função NKC) e aumento do depósito de complemento, indicando que um irritante ou

uma estimulação não imune do sistema imunológico é importante na DS

(FAERGEMANN, 2000; FAERGEMANN & BERGBRANT 2001).

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1.6. DIAGNÓSTICO

Na maioria dos casos clássicos o diagnóstico é clínico. A histopatologia é

utilizada para descartar outras enfermidades. O diagnóstico diferencial é feito com

uma enorme variedade de doenças tais como a psoríase, o líquen simples, a

dermatite atópica, a rosácea, as dermatofitoses, a ptiríase rósea, a dermatite de

contato alérgica, a dermatite de contato irritativa, o pênfigo eritematoso, o pênfigo

foliáceo, a doença de Darier, a acrodermatite enteropática, as deficiências

vitamínicas, as farmacodermias, a histiocitose X e nas áreas de dobras a

candidíase e o eritrasma (JASEN & PLEWIG, 1999).

1.7. TRATAMENTO

Existem fármacos que diminuem a intensidade das manifestações

clínicas. É muito importante que a terapêutica utilizada seja segura, com baixo

índice de efeitos colaterais, e que proporcione rápido alívio dos sintomas. O

tratamento farmacológico clássico está baseado em fármacos ceratolíticos,

antifúngicos, corticosteróides e eventualmente isotretinoína. Além do tratamento

farmacológico, medidas de suporte como o uso de sabonetes que diminuam a

oleosidade das áreas afetadas, são muito importantes (JOHNSON & NUNLEY,

2000). Atualmente além dos grupos citados dispomos de imunomoduladores

tópicos como o pimecrolimo (CRUTCHFIELD, 2002) e o tacrolimo (BRAZA & Di

CARLO 2003) utilizados em pacientes imunocompetentes mostraram efeitos

promissores.

1.7.1 Ceratolíticos

Os ceratolíticos atuam através da redução das escamas e, até hoje, são

largamente prescritos. Neste contexto, os fármacos utilizados são o enxofre, os

derivados do coaltar (RAPAPORT, 1981), o sulfeto de selênio (ORENTREICH &

TAYLOR, 1969) e o propilenoglicol (FAERGEMANN, 1988).

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1.7.2 Antifúngicos

Várias substâncias com ação antifúngica fazem parte do arsenal

terapêutico para o tratamento da DS, dentre elas destaca-se o Sulfeto de selênio e

Piritionato de zinco; com ação ceratolítica e também antifúngica. Leeming e Burton

relataram que dependendo da concentração o succinato de lítio também é capaz de

inibir in vitro o crescimento da Malassezia spp., porém há referência que esta droga

tenha mais efeito antiinflamatório do que antifúngico (BERGBRANT, 1995).

Os derivados azólicos (imidazólicos e triazólicos) são os fármacos mais

utilizados na DS(GUPTA et al., 2004; GUPTA et al., 2004). Possuem ação

fungistática, interferem na síntese do ergosterol, bloqueando a enzima 14-α-

demetilase, desta forma comprometendo a função da membrana celular, sua

permeabilidade e a viabilidade fúngica (BERGBRANT, 1995; ROCHA & SIDRIM,

2004). Dentre os representantes deste grupo o que demonstra maior eficácia é o

cetoconazol, que é cerca de 10 vezes mais potente que os outros imidazólicos

contra Malassezia. O cetoconazol pode ser usado via oral ou tópica, quando

utilizado o creme de cetoconazol a 2%, duas vezes por dia, não se detectou níveis

plasmáticos (BERGBRANT, 1995). Além do efeito antifúngico o cetoconazol possui

propriedades antiinflamatórias (REICHRATH, 2004), pois bloqueia a 5-lipoxigenase,

inibindo a síntese de leucotrieno B4 (PIÉRARD-FRANCHIMONT & PIÉRARD,

2002).

A Ciclopiroxolamina faz parte da classe das hidroxipiridonas, atua

através da inibição da captação de compostos essenciais para o metabolismo

fúngico, aumentando a permeabilidade da membrana fúngica (UNHOLZER et al.,

2002; GUPTA et al., 2004). Possuem também efeito antiinflamatório demonstrado

pelo bloqueio da cascada do ácido araquidônico (GUPTA & BLUHM, 2004).

A terbinafina pertence ao grupo das alilaminas, atua através do bloqueio

precoce da síntese do ergosterol (ROCHA & SIDRIM, 2004; GUPTA et al., 2004),

tendo uma ação fungicida (GUPTA & BLUHM, 2004), e também antiinflamatória

(GUPTA et al., 2004).

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1.7.3. Corticosteróides

São agentes antiinflamatórios eficazes com capacidade de reduzir o

prurido. Podem ser usados isolados ou associados aos antifúngicos, porém o uso

prolongado desta medicação está associado a vários efeitos colaterais como atrofia

da pele, telangiectasias, dermatite perioral, supressão do sistema de

imunovigilância local, supressão adrenal (BERGBRANT, 1995; GUPTA & BLUHM,

2004).

1.7.4. Isotretinoína

A isotretinoína (13-cis-retinóico) é um análogo sintético da vitamina A

que tem sido utilizado ocasionalmente em pacientes portadores de DS severa e

refratária a outras terapias. Atua na redução da produção de sebo além de possuir

efeito antiinflamatório (BERGBRANT, 1995; JOHNSON & NUNLEY, 2000).

2. SÍNDROME DA IMUNODEFICIÊNCIA ADQUIRIDA - AIDS

2.1 - DEFINIÇÃO

A Síndrome da Imunodeficiência Adquirida (AIDS) se caracteriza pela

perda progressiva do subconjunto de linfócitos T ‘’helper’’ CD4+, levando à

imunossupressão severa, doenças constitucionais, complicações neurológicas,

infecções e neoplasias oportunistas que raramente ocorrem em pessoas com

função imune preservada. Embora os mecanismos precisos que conduzem à

destruição do sistema imune não estejam delineados inteiramente, os extensos

dados epidemiológicos, virológicos e imunológicos indicam que esta patologia é

uma infecção causada pelo vírus da imunodeficiência humana (HIV) (EXPLORING,

2005).

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2. 2 - HISTÓRICO

Em 1981, pesquisadores em Nova York e na Califórnia observaram entre

jovens homossexuais masculinos, previamente saudáveis, o aparecimento de

casos de doenças raras, principalmente de sarcoma de Kaposi (SK) infecções

oportunistas tais como a pneumonia por Pneumocystis carinii e casos de

linfadenopatia generalizada persistente. Logo se tornou evidente que estes

pacientes apresentavam em comum um estado de imunodeficiência, resultado de

uma perda significativa das células T-‘’helper", que carregam o marcador CD4

(AVERT, 2005). Inicialmente esta patologia ficou conhecida como "o câncer gay"

sendo posteriormente denominado de GRIDS "síndrome da imunodeficiência gay-

relacionada”. No dia 27 de Julho de 1982 o Centro de Controle de Doenças dos

Estados Unidos (CDC), nomeou a nova doença como AIDS (Síndrome da

Imunodeficiência Adquirida) tendo se observada rápida disseminação dentro das

comunidades homossexuais masculinas de grandes cidades como Nova York e

São Francisco. Em 1983 foi identificado o agente etiológico, o vírus HIV ou Vírus da

Imunodeficiência Humana. Após ter descoberto o vírus o mundo necessitou

aprender como identificá-lo e como neutralizá-lo (AVERT, 2005).

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2.3 - VÍRUS HIV

Figura 1 – Fisiopatologia da infecção e replicação do vírus HIV (fonte: TALHARI, S.; SILVA, N.B.; Doenças Sexualmente Transmissíveis – Manifestações Cutâneas Associadas à AIDS, p.58.)

O HIV é um vírus, pertencente à subfamília lentivírus dos retrovírus

humanos e tem como alvo as células que apresentam a molécula CD-4 em sua

superfície, principalmente os linfócitos CD-4 (T-helper) e macrófagos. É um RNA

vírus que se caracteriza pela presença da enzima transcriptase reversa. Esta

permite a transcrição do RNA viral em DNA que pode, então ser incorporado ao

genoma da célula do hospedeiro, passando a ser chamado de provírus. O DNA

viral é então copiado a RNA mensageiro, que é transcrito a proteínas virais. Após a

fase de síntese protéica o vírus é montado no interior da célula e em seguida

através do processo de gemulação este alcança o meio extracelular (Figura 1). Além dá molécula CD-4, em 1996 foram identificadas novas moléculas (receptores

de quimiocinas, entre elas CCR5, CXCR4 e CCR2), presentes na superfície de

células, que também são essenciais para que ocorra a infecção viral (RACHID &

SCHECHTER, 2005).

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Existem dois tipos de HIV o HIV-1 e o HIV-2, que mostram de 40 a 60%

de homologia entre seus aminoácidos. O HIV-1 é responsável por quase todos os

casos de infecção, exceto uma minoria de casos originários do Oeste Africano. O

HIV-1 é dividido em subtipos designados de “A a K” que são chamados em

conjunto de “subtipos M” e “O”. O subtipo “O” mostra uma homologia de 55 a 70%

com os subtipos ''M''.

Um novo grupo de vírus designado “N” (de “novo”), foi descrito em 1998.

Mais de 98% das infecções pelo HIV-1 nos Estados Unidos são causadas pelo

subtipo ‘’B’’. A maior parte das infecções pelos subtipos ‘’não-B’’ nos Estados

Unidos foi adquirida em outros países; os subtipos ‘’O’’ e ‘’N’’, relativamente raros,

são encontrados principalmente no oeste da África. No Brasil o subtipo mais

encontrado é o subtipo ‘’B’’. O HIV-2 é encontrado principalmente no oeste da

África, comparado ao HIV-1 é menos transmissível (5 a 8 vezes menos eficiente

que o HIV-1 no início da doença, e raramente ocorre transmissão vertical), e está

associado a menor carga viral, queda mais lenta na contagem de células CD4+ e

maior tempo de progressão clínica. O HIV-2 mostra pouca homologia com o HIV-

1(40 a 60%), e 20 a 30% dos pacientes infectados com o HIV-2 apresentam

resultados negativos em testes de anticorpos, dependendo do exame

imounoenzimático (EIA) utilizado. O Western Blot (WB) para o HIV-2 não estão bem

padronizados, nem foram aprovados pelo FDA (BARTLETT & GALLANT, 2004;

RACHID & SCHECHTER, 2005).

A transmissão viral ocorre durante as relações sexuais por meio da

inoculação de sangue e derivados, e da mãe infectada para o concepto. A

transmissão nas relações sexuais é bidirecional, tanto nas relações heterossexuais

como nas homossexuais. O risco de transmissão aumenta com a prática do

intercurso anal, na presença de úlceras genitais e orais, e quando o estado de

imunodeficiência do transmissor é mais avançado (BARTLETT & GALLANT, 2004;

RACHID & SCHECHTER, 2005).

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2.4 – EPIDEMIOLOGIA

A AIDS matou no mundo 3,1 milhões de pessoas em 2004, e estima-se

que em torno de 39,4 milhões de pessoas sejam portadoras do vírus. Durante o

ano de 2004 houve a notificação de 4,9 milhões de casos novos numa taxa

aproximada de 14.000 novos infectados por dia (UNAIDS, 2005). Cerca de 6

milhões de pessoas precisam tomar os medicamentos antiretrovirais. Apenas 300

mil têm acesso ao tratamento, sendo que 135 mil no Brasil. No Brasil o primeiro

caso de AIDS foi diagnosticado no ano de 1983 em São Paulo, e no Ceará o

primeiro caso diagnosticado foi no ano de 1985 (BRASIL, 2005). O Brasil tem

aproximadamente, 600 mil pessoas infectadas pelo HIV na faixa etária de 15 a 49

anos (0,65% da população, incluem-se as pessoas que já desenvolveram AIDS e

excluem-se os óbitos.), e entre 1980 a 30 de junho de 2004 teve-se registro total de

362.364 casos no país (considerando-se para fins de vigilância epidemiológica a

definição do Ministério da Saúde para casos de AIDS), sendo que em 2003 foram

diagnosticados 32.247 casos novos com taxa 18,4 casos por 100 mil habitantes.

Em média, no Brasil, o diagnóstico é realizado entre 4 a 5 anos após a infecção.

Diferente da notificação dos casos de AIDS, os dados de HIV são estimados,

portanto, não estão disponíveis informações sobre as principais vias de infecção

pelo HIV (BRASIL, 2003; BRASIL, 2004)

2.5 - QUADRO CLÍNICO

A AIDS apresenta uma grande variabilidade de manifestações clínicas

que vai de um período inicial oligo ou assintomático até uma etapa com

imunossupressão severa e freqüentemente muito sintomática. (Figura 2). As

manifestações clínicas são diferentes em cada fase e, as vezes, estas são

superpostas , mas a medida que aumenta a imunodepressão as manifestações

tornam-se cada vez mais complexas e atípicas. Um pequeno número de pacientes

desenvolve AIDS logo após a infecção. Se nenhum tratamento for feito, cerca de

4% dos pacientes terão desenvolvido AIDS após 3 anos de infecção e 50% após 10

anos. Estudos publicados a partir de 1995 demonstraram não haver, pelo menos do

ponto de vista virológico e imunológico, o período de latência. Mesmo os indivíduos

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assintomáticos e imunocompetentes produzem enorme quantidade de vírus (>1010

partículas virais por dia) que tem uma meia-vida extremamente curta de cerca de

<6 horas (BARTLETT & GALLANT, 2004; RACHID & SCHECHTER, 2005).

Figura 2 – Gráfico da evolução/doenças em pessoas com HIV. Manifestações dermatológicas associadas com a diminuição de linfócitos T-CD4+ (fonte: TALHARI, S.; SILVA, N.B.; Doenças Sexualmente Transmissíveis – Manifestações Cutâneas Associadas à AIDS, p.60.)

A doença pode ser dividida em três fases: a fase aguda também

chamada de síndrome de soroconversão, a fase assintomática e a sintomática. Na

fase aguda o quadro clínico varia de uma síndrome gripal até a mononucleose-

símile.Os testes de anticorpos anti-HIV podem ser negativos, tornando-se positivos

dias ou semanas após o início dos sintomas. Nesta fase a carga viral plasmática

com freqüência é bastante elevada. Na fase assintomática os portadores do vírus

HIV nunca apresentam manifestações clínicas e a contagem de linfócitos CD4

juntamente com a mensuração da carga viral são os principais parâmetros para a

instituição do tratamento.

A fase sintomática chamada também de AIDS caracteriza-se pela

presença de manifestações clínicas que variam de acordo com o grau de

imunodeficiência do hospedeiro, sendo o paciente notificado como caso de AIDS

após avaliação de vários critérios epidemiológicos e sua categoria clínica definida

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utilizando-se os critérios clínicos/laboratoriais do Centro de Controle de Doenças

dos Estados Unidos (CDC, 1992). Na ausência de qualquer intervenção

terapêutica, a mediana de progressão da fase aguda até a fase sintomática é de

aproximadamente 10 anos (RACHID & SCHECHTER, 2005).

2.6 - DIAGNÓSTICO

O método mais utilizado é a demonstração de anticorpos anti-HIV 1 e

anticorpos anti-HIV 2. Esses anticorpos passam a ser observado entre a 6ª. e 12ª.

semana após a infecção. (BARTLETT & GALLANT, 2004; RACHID &

SCHECHTER, 2005). Os testes utilizados são divididos em duas categorias:

1- testes de triagem dentre os quais temos as várias gerações de ensaio

por imunoabsorbância ligado à enzima (ELISA), ensaio imunoenzimático (EIA),

ensaio imunoenzimático com micropartículas (MEIA) e ensaio imunoenzimático

com quimiluminescência; e

2- testes confirmatórios representados pelos testes de

imunofluorescência indireta, imunoblot, Western Blot, teste de amplificação de

ácidos nucléicos como, por exemplo, a reação em cadeia da polimerase (PCR) e a

amplificação seqüencial de ácidos nucléicos (NASBA).

Em termos gerais os exames sorológicos apresentam índices de

sensibilidade e especificidade acima de 98%. Grande parte dos resultados falso-

negativos acontece na janela imunológica período de 14 a 22 dias pós-

contaminação. Os resultados falso-positivos variam de 0,0004 até 0,0007% já os

resultados indeterminados são mais freqüentes respondendo pôr por 4 a 20% dos

exames Wester-Blot (BARTLETT & GALLANT, 2004). Outras técnicas para a

detecção do HIV são: detecção do antígeno p24, a detecção do DNA (PCR DNA-

HIV 1) ou a detecção do RNA (RNA –HIV1 por bDNA ou PCR-TR), mas não devem

ser usados como substitutos da sorologia (BARTLETT,GALLANT, 2004).

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2.7 - TRATAMENTO O primeiro fármaco a ser usado no tratamento de AIDS foi a zidovudina

(AZT); isto aconteceu em 1987, menos de cinco anos após a identificação do vírus HIV, em 1996 foi introduzido no mercado os inibidores de protease. O início da terapia antiretroviral obedece a vários critérios, visto que os fármacos disponíveis hoje no mercado, não são capazes de curar. As recomendações de tratamento baseiam-se: na contagem de células CD-4 (indicador mais importante), nos sintomas e na carga viral e até o momento; todos os estudos concordam que a

terapia deve ser iniciada para todos os pacientes com contagem de CD-4 ≤ 200 células/mm3. Atualmente o tratamento é realizado através da combinação de fármacos denominado de terapia antiretroviral altamente potente, sendo utilizados no mínimo três fármacos (BARTLETT & GALLANT, 2004).

A terapia antiretroviral altamente potente (HAART - highly active

antiretroviral therapy) tem como objetivos: o prolongamento e melhora na qualidade de vida; a redução máxima da carga viral durante o maior tempo possível para interromper, evitar ou retardar a progressão da doença; a reconstituição imunológica tanto quantitativa como qualitativa; o sequenciamento no uso racional dos medicamentos de modo a alcançar os objetivos clínicos, virológicos e imunológicos preservando opções terapêuticas, limitando os efeitos colaterais dos medicamentos e facilitando a adesão e reduzir a transmissão do HIV (BARTLETT,GALLANT, 2004).

2.8 - DERMATITE SEBORRÉICA EM PACIENTES COM AIDS 2.8.1 - Epidemiologia Nos pacientes portadores do vírus HIV a DS é uma das doenças mais

comuns, afetando 40 a 80% dos pacientes com AIDS e 20 a 40% dos pacientes soropositivos para o vírus HIV sem AIDS (WIKLER et al., 1992). Em alguns lugares como Mali na África, onde a incidência da doença na população geral é muito pequena, sua presença é usada como preditor da infecção pelo vírus HIV, já que esta passa a ser 48% entre os infectados (SCHAUB et al., 1999; GUPTA & BLUHM, 2004). Alguns estudos foram realizados na tentativa de identificar qual a população mais afetada. Bunikowski e colaboradores, em 1993, publicaram um

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estudo retrospectivo onde encontraram que a DS afetava mais os indivíduos homossexuais que os usuários de drogas injetáveis (UDI). Esta afirmação foi posteriormente confirmada com um estudo prospectivo publicado por Schaub et al., em 1999 (SCHAUB et al., 1999). Segundo Mathes e colaboradores a presença de DS severa inflamatória em homossexual masculino jovem e em IDU, deve levantar a suspeita para a presença da síndrome de imunodeficiência adquirida (MATHES & DOUGLASS, 1985).

2.8.2 - Quadro Clínico

Geralmente estes pacientes apresentam lesões extensas, explosivas e

refratárias à terapia, nas áreas típicas como as sobrancelhas, a glabela, pregas

nasolabiais, região malar e também em áreas atípicas como a região mentoniana e

labial (MATHES & DOUGLASS, 1985; SCHAUB et al., 1999; AGUIRRE, 2002;

GUPTA & BLUHM, 2004). São predominantemente lesões inflamatórias e

hiperceratósicas que costumam envolver além do segmento cefálico o tronco, as

virilhas, as extremidades e ocasionalmente podem evoluir para eritrodermia. As

lesões residuais pós-inflamatórias podem ser hipo ou hiperpigmentadas

(JANNIGER & SCHWARTZ, 1995).

2.8.3 - Imunidade Celular

Sabe-se que entre os pacientes afetados a contagem de linfócitos CD4+

varia entre 400-500 células/mm3 (REYNAUD-MENDEL et al., 1996; SCHAUB et al.,

1999). Estudos correlacionando os níveis de contagem de linfócitos CD4+ e a

prevalência da DS indicam que: com níveis linfócitos CD4+ > 200 células/mm3 a

prevalência da DS é em torno de 15% e entre os pacientes com níveis de CD-4+ <

200 células/mm3 esta é de 58% (PARRY & SHARPE, 1998). Schechtman e

colaboradores correlacionaram os baixos índices de linfócitos CD-4+ e progressão

da infecção pelo HIV com uma maior agressividade clínica e também uma maior

prevalência da DS (REYNAUD-MENDEL et al., 1996; SCHAUB et al., 1999). Smith

e colaboradores confirmaram este dado (SMITH et al, 1994; PARRY & SHARPE,

1998).

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2.8.4 - Antiretrovirais Ippolito e colaboradores (2000) correlacionaram a presença da DS a

níveis elevados de carga viral, demonstrando que a DS pode ser um sinal clínico

não só da infecção pelo HIV, como também da progressão da infecção, ainda que

esta não seja um sinal patognomônico (IPPOLITO et al., 2000). Schaub e

colaboradores em estudo prospectivo realizado em 1998 concluíram que o uso da

terapia antiretroviral não-HAART, não alterava a prevalência, o início do quadro

clínico ou o tempo de remissão da doença (SCHAUB et al.,1999). Já no estudo

realizado por Dunic e colaboradores em 2004, onde os pacientes estavam em

tratamento com HAART, houve diminuição na prevalência e regressão significativa

do quadro clínico da DS (84,2% pacientes) em comparação aos não tratados no

período de 22 meses de acompanhamento. Com a introdução do HAART, houve

mudança na história natural da doença, nas manifestações clínicas e incidência das

infecções oportunistas, explicando-se desta forma os achados do estudo acima

(DUNIC et al., 2004).

2.8.5 – Malassezia spp.

Em relação aos dados obtidos nos estudos correlacionando a presença

da Malassezia spp. e DS nos pacientes HIV positivos/AIDS, os resultados são

conflitantes. (GROISSER et al., 1989; WIKLER et al., 1992; BERGBRANT, 1995).

Sabe-se que no paciente HIV positivo os níveis séricos de interferon-alfa e fator de

necrose tumoral (TNF) aumentam e estas citocinas alteram o metabolismo lipídico,

aumentando os níveis séricos de triglicérides e colesterol (PARRY & SHARPE,

1998). Uma vez alterado o metabolismo lipídico provavelmente aumenta a

sensibilidade ao mediador inflamatório da Malassezia spp causando assim a reação

inflamatória. Teoricamente as alterações imunológicas nos pacientes infectados

pelos vírus HIV e nos pacientes com AIDS podem explicar o aumento no

crescimento da Malassezia spp. e a reação inflamatória alterada a esta levedura

(BERGBRANT, 1995).

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2.8.6 - Histologia

O exame histopatológico da lesão de DS demonstra paraceratose,

necrose focal de queratinócitos, leucoexocitose e células plasmáticas em um

infiltrado perivascular superficial (BERGBRANT, 1995). A presença das ‘’heat shock

proteins’’ (HSP65 and HSP72) nas lesões de DS dos pacientes com AIDS sugerem

que haja um distúrbio de interação entre os linfócitos T e os queratinócitos nos

pacientes com AIDS (GUPTA & BLUHM, 2004).

2.8.7 – Tratamento A terapêutica empregada no tratamento da DS nos pacientes HIV

positivos, a princípio, é a mesma empregada nos soronegativos (SADICK et al.,

1990), sabe-se também que estes pacientes podem não responder aos compostos

a base de enxofre (creme e xampus) e o cetoconazol tópico é benéfico em alguns,

mas não em todos os pacientes (SADICK et al., 1990 ; GUPTA & BLUHM, 2004).

Os corticosteróides têm sido utilizados no tratamento da DS, mas os efeitos

colaterais e a rápida recorrência da DS após a suspensão da medicação limitam o

seu uso. Os antifúngicos tópicos permanecem como terapia de escolha no

tratamento da DS dos pacientes soropositivos (FAERGEMANN, 2000) porém à

medida que a imunossupressão progride a DS torna-se mais refratária aos

tratamentos (SADICK et al., 1990).

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3. PIMECROLIMO

3.1 – HISTÓRICO

A descoberta do pimecrolimo, um derivado da ascomicina

macrolactâmica com peso molecular 810,48D, resultou das pesquisas que visavam

identificar compostos que atuassem na inflamação da pele sem afetar o sistema

imunológico. A partir da ascomicina, um produto macrocíclico natural derivado do

Streptomyces hygroscopicus var ascomyceticus, mais de 400 derivados foram

sintetizados, biologicamente caracterizados e determinadas as relações entre

estrutura e atividade. Dentre estes o pimecrolimo escolhido para ser desenvolvido;

por apresentar melhor perfil farmacológico e de segurança (GRASSBERGER et al.,

1998; PAUL & GRAEBER, 2000).

O pimecrolimo faz parte de uma nova classe de fármacos não

esteroidais, os imunomoduladores tópicos macrolactâmicos - classe da ascomicina

macrolactâmica - . É inibidor seletivo da síntese e liberação das citocinas

inflamatórias, atuando através da inibição da calcineurina. O pimecrolimo também

inibe a liberação dos mediadores inflamatórios pelos mastócitos da pele

(GRASSBERGER et al., 1999; ZUBERBIER & CHONG, 2001)

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3.2 - ESTRUTURA QUÍMICA E ESPACIAL DO PIMECROLIMO

Figura 3 – Estrutura química do pimecrolimo: 33-epi-cloro-33-desoxiascomicina (C43H68CiNO11). (fonte: Stuetz A et al. Semin Cutan Med Surg 2001;20:233–41, Aszodi A, Stuetz A. Annales de Dermatologie et de Venereologie 2002;129:1S691)

Figura 4 – Estrutura espacial do pimecrolimo (fonte: Stuetz A et al. Semin Cutan Med Surg 2001;20:233–41, Aszodi A, Stuetz A. Annales de Dermatologie et de Venereologie 2002;129:1S691)

epi-cloro

sem dupla ligação

O Cl

O

N O

O

O

O

OO

OH

OOH

33

37

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3.3 – FARMACOLOGIA O pimecrolimo liga-se com alta afinidade a macrofilina-12 e inibe a

fosfatase-calcineurina dependente de cálcio, que é essencial na formação intranuclear do fator funcional das células T ativadas (NF-AT). Como conseqüência, ocorre a inibição da ativação das células T em resposta à estimulação do receptor, pelo bloqueio da transcrição de citocinas (Figura 5). Em concentrações nanomolares o pimecrolimo inibe a síntese das citocinas interleucina-2, interleucina-3, interleucina-4, interleucina-8, interleucina-10 (tipo Th2), interferon gama (tipo Th1), TNF alfa em células T humanas. Além disso, o pimecrolimo previne a liberação de citocinas e mediadores pró-inflamatórios pelos mastócitos in vitro após estimulação pela ligação antígeno/IgE. Não afeta o crescimento de ceratinócitos, fibroblastos, linhagens de células endoteliais e das células de Langerhans, indicando que é improvável que interfira na imunovigilância local (GRASSBERGER et al., 1999; ZUBERBIER & CHONG, 2001; GUPTA & CHOW, 2003; HULTSCH et al., 2005).

Pimecrolimo é tão efetivo quanto o 17-propionato de clobetasol e a

fluticasona, corticosteróides de elevada potência, aplicados topicamente em porcos no modelo de dermatite de contato alérgica (ACD) porém, ao contrário destes, não causa atrofia cutânea, clareamento e alterações na textura da pele (MEINGASSNER et al., 1997; MEINGASSNER & FAHRNGRUBER, 2002). Na pele humana não apresenta potencial atrofogênico, nem supressão da função/viabilidade das células de Langerhans (GUPTA & CHOW, 2003; HULTSCH et al., 2005) (Figura 6). Em contraste com a sua eficácia nos modelos de inflamação da pele, o potencial de interferência do pimecrolimo na resposta imune sistêmica é baixo (GUPTA & CHOW, 2003; THACI et al., 2003; HULTSCH et al., 2005).

O pimecrolimo possui propriedades farmacológicas singulares,

combinando a atividade antiinflamatória altamente seletiva para a pele com um

potencial baixo de comprometimento das respostas imunológicas sistêmicas

(GUPTA & CHOW, 2003; THACI et al., 2003; HULTSCH et al., 2005).

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Figura 05 - Mecanismo de ação do pimecrolimo (fonte: Nghiem P et al. Journal of the American Academy of Dermatology 46: 228-241, 2002) (MHC: complexo maior de histocompatibilidade; NFATc: fator funcional das células T ativadas -citoplasma; NFATn: fator funcional das células T ativadas núcleo; IL: interleucina; TNFα: fator de necrose tumoral alfa.)

célula apresentadora de antígeno

MHC Antígeno Complexo CD3 Receptor do linf. T

Inibidores da calcineurina: • Ciclosporina A • Tacrolimo • Pimecrolimo

Macrofilina 12

Pimecrolimo Tacrolimo

Calcineurina

Ca2+↑

Ciclofilina

Ciclosporina

Cálcio

Calmodulina

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A - Após tratamento com pimecrolimus 1% B - Após tratamento com solvente

C - Após tratamento com valerato de betametasona 0,1%

Figura 6 – Efeito do pimecrolimo e do valerato de betametasona 0,1% nas células dendríticas epidérmicas de ratos (coloração isotiocianato de fluoresceína - FICT) (fonte: Grassberger M et al. Br J Dermatol 1999;141:264–73; Stuetz A et al. The Journal of Investigative Dermatology 2002;119:347)

3.4 FARMACOCINÉTICA

Devido à sua seletividade dérmica, os níveis sangüíneos de pimecrolimo

são muito baixos após a aplicação tópica. Em ensaios com ‘’minipigs’’, o total de

material relacionado à droga absorvido sistemicamente após uma única aplicação

de pimecrolimo por 22 horas sob semi-oclusão, foi de no máximo 1% da dose, e a

biodisponibilidade do pimecrolimo inalterado foi calculada em aproximadamente

0,03%. (HULTSCH, KAPP et al.). Em comparação com tacrolimo (FK 506),

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pimecrolimo tópico penetra igualmente na pele de ratos e porcos. Entretanto,

devido à sua maior lipofilia a extensão de penetração através da pele é 10 vezes

menor quando comparado ao tacrolimo, atingindo desta maneira a pele

seletivamente (BORNHÖVD et al., 2001; MÉDICOAMÉDICO, 2006)

Dados de Segurança Pré-Clínica

Uma variedade de estudos pré-clínicos de segurança foi realizada com

formulações creme de pimecrolimo em diversas espécies de animais. Não houve

evidências de irritação, sensibilização, fotossensibilização, toxicidade local ou

sistêmica (EBELIN et al. 1998; HULTSCH et al., 2005). Em estudos de

carcinogenicidade e fotocarcinogenicidade dérmica utilizando animais nenhum

efeito carcinogênico cutâneo ou sistêmico foi observado até as doses mais altas

praticáveis (HULTSCH et al., 2005). Em estudos dérmicos de reprodução, não foi

observada toxicidade materna ou fetal até a dose mais alta viável testada

(MÉDICOAMÉDICO, 2006).

3.5 FARMACOLOGIA CLÍNICA

3.5.1. Geral

A exposição sistêmica ao pimecrolimo foi estudada em 12 pacientes

adultos tratados com pimecrolimo tópico duas vezes ao dia por 3 semanas. Estes

pacientes sofriam de dermatite atópica (eczema), com lesões afetando 15-59% da

área da superfície corpórea (BSA). Os resultados mostraram que 77,5% das

concentrações sangüíneas de pimecrolimo estavam abaixo do limite do ensaio de

quantificação (LoQ de 0,5 ng/mL,), e 99,8% do total das amostras estavam abaixo

de 1 ng/mL. A mais alta concentração sangüínea de pimecrolimo medida em um

paciente foi 1,4 ng/mL (HULTSCH et al., 2005).

Em 40 pacientes adultos tratados por um ano com pimecrolimo tópico

que apresentavam 14-62% de sua BSA afetada antes do início do estudo, 98% das

concentrações sangüíneas de pimecrolimo estavam consistentemente baixas, a

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maioria abaixo do LoQ. Uma concentração máxima de 0,8 ng/mL foi medida em

apenas 2 pacientes na semana 6 do tratamento. Não houve aumento da

concentração sangüínea em nenhum paciente ao longo dos 12 meses de

tratamento (MÉDICOAMÉDICO, 2006) Em 13 pacientes adultos com dermatite na

mão tratados com pimecrolimo duas vezes ao dia por 3 semanas (superfícies da

palma e dorso das mãos tratadas, oclusão noturna), a concentração sangüínea

máxima de pimecrolimo medida foi 0,91 ng/mL (THACI et al., 2003). Dada a alta

proporção dos níveis sangüíneos de pimecrolimo abaixo do LoQ após aplicação

tópica, a AUC pode ser calculada em apenas alguns indivíduos. Em 8 pacientes

adultos com dermatite atópica com pelo menos três níveis sangüíneos

quantificáveis por dia de visita, os valores da AUC(0-12h) foram de 2,5 a 11,4 ng.h/mL

(MÉDICOAMÉDICO, 2006).

Não foi demonstrada a associação do pimecrolimo com aumento no risco

de neoplasias em humanos. Entre 19.000 pacientes tratados com pimecrolimo

houve relato de um caso de carcinoma espinocelular em paciente de 65 anos do

sexo feminino, e um caso de câncer de cólon em paciente masculino de 74 anos

(HULTSCH et al., 2005).

3.5.2 - Precauções

Não há informações adequadas sobre uso de pimecrolimo em mulheres

grávidas ou amamentando. Estudos em animais utilizando aplicação dermatológica

não indicaram efeitos nocivos diretos ou indiretos em relação à gravidez, ao

desenvolvimento do embrião/feto, ao parto ou ao desenvolvimento pós-natal.

Entretanto, com base na extensão mínima de absorção de pimecrolimo após

aplicação tópica de pimecrolimo, o risco potencial para humanos é considerado

limitado. Mulheres amamentando não devem aplicar pimecrolimo nas mamas.

Pimecrolimo não deve ser aplicado em áreas cutâneas infectadas por bactérias,

vírus ou fungos (MÉDICOAMÉDICO, 2006).

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3.5.3 - Reações Adversas

A segurança do pimecrolimo foi estabelecida em mais de 2.000

pacientes, incluindo bebês (≥ 3 meses), crianças, adolescentes e adultos que

participaram de estudos clínicos Fase II e III. Os eventos adversos mais comuns

foram reações no local da aplicação (sensação de queimação, irritação, prurido e

eritema), infecções cutâneas (foliculite), as quais foram relatadas por

aproximadamente 19% dos pacientes tratados com pimecrolimo, e 16% dos

pacientes no grupo controle. Essas reações ocorreram geralmente no início do

tratamento, foram leves/moderadas em gravidade e de curta duração

(MÉDICOAMÉDICO, 2006).

3.5.4 - Interações Medicamentosas

Interações potenciais entre pimecrolimo e outras drogas não foram

sistematicamente avaliadas. Com base na sua extensão mínima de absorção, não

é provável que ocorram interações de pimecrolimo com medicamentos

administrados sistemicamente (MÉDICOAMÉDICO, 2006). Com base nas

propriedades farmacodinâmicas e na extensão mínima de absorção do pimecrolimo

não foi constatado nenhum efeito na resposta à vacinação. A aplicação de

pimecrolimo no local da vacinação, bem como no local de reações persistentes,

não foi estudada e, portanto não é recomendada (HULTSCH et al., 2005).

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4. JUSTIFICATIVA

Os ensaios clínicos, seguindo princípios éticos e científicos de

experimentação, são os responsáveis pelas bases da avaliação de eficácia e

segurança de fármacos ou medicamentos. São divididos em quatro fases onde, em

cada fase, os voluntários ou pacientes devem ser informados a respeito do

protocolo clínico, dos possíveis riscos e devem consentir em participar ou recusar-

se a isso. Esses regulamentos baseiam-se nos princípios éticos formulados na

Declaração de Helsinque. Na Fase 1, os estudos têm como objetivo principal

determinar a faixa posológica clínica segura. Na Fase 2, o fármaco é estudado pela

primeira vez em pacientes com a doença-alvo, a fim de determinar a sua eficácia.

Na Fase 3, o fármaco é avaliado em um número muito maior de pacientes (ensaios

clínicos multicêntricos controlados) para estabelecer melhor a sua segurança,

eficácia, reações adversas e interações com outras drogas. A Fase 4, consiste na

monitorização da segurança da nova droga em condições efetivas de uso num

grande número de pacientes, esta fase não tem duração fixa (BERKOWITZ &

KATZUNG, 2003; FACKLAND & FACKLAND, 1992; ROCHON et al., 1998).

A elaboração de protocolos clínicos para a verificação de novas

indicações terapêuticas de fármacos já consagrados na literatura e também para

novos fármacos tem como objetivos: evitar o empirismo no uso das medicações

justificando cientificamente o seu uso e minimizar a exposição dos pacientes a

riscos desnecessários.

O pimecrolimo vem sendo utilizado porém sem a indicação na bula (off

label), em outras doenças inflamatórias cutâneas, como DS em imunocompetentes,

rosácea, lupus, vitiligo, tendo como evidência científica apenas relatos de casos, ou

seja, sem resultados de ensaios clínicos. Neste contexto e também baseado nas

características do fármaco, na fisiopatologia da Dermatite Seborreica e nos relatos

de casos publicados na literatura elaborou-se um protocolo de estudo Fase 2, para

a avaliação da eficácia terapêutica do pimecrolimo no tratamento da DS facial em

pacientes HIV positivos.

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Espera-se com os resultados deste estudo demonstrar uma possível

opção terapêutica para o tratamento da DS facial notadamente nos pacientes

portadores do vírus HIV e em pacientes com AIDS evitando o uso abusivo de

corticosteróides na face minimizando, desta forma, os efeitos colaterais advindos

desta prática.

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OOBBJJEETTIIVVOOSS

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32

II. OBJETIVOS

OBJETIVO GERAL

Avaliar a eficácia terapêutica do pimecrolimo creme 1%, no tratamento

da Dermatite Seborreica de face em pacientes infectados pelo vírus HIV.

OBJETIVOS ESPECÍFICOS:

Avaliar a segurança quanto ao uso do pimecrolimo creme 1% nos

pacientes HIV positivos/AIDS.

Avaliar a recidiva até 5 semanas após o tratamento.

Comparar o quadro clínico da recidiva com o quadro clínico inicial.

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MMAATTEERRIIAALL EE MMÉÉTTOODDOOSS

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III. MATERIAL E MÉTODOS 1. MATERIAL

Os materiais e equipamentos utilizados no desenvolvimento deste

trabalho estão descritos nas Tabelas 1, 2 e 3.

Tabela 1: Material utilizado na etapa clínica

Coleta de Sangue Fabricante

Agulhas descartáveis 25x8 BD – USA

Agulhas descartáveis 13x4,5 BD – USA

Agulhas 21G x 1 Vacutainer BD – USA

Tubos Vacutainer BD – USA

Álcool 70% Fortsan - Brasil

Biópsia e exame micológico de pele

Povidine tópico 1% Rioquímica - Brasil

Formol 10% Fortsan - Brasil

Algodão Johnson and Johnson – USA

Gaze estéril Johnson and Johnson – USA

Punch 3mm Richter – Brasil

Fio de sutura mononylion 5/0 MED SUTURE

Frasco de vidro de 5 mL J.Prolab - Brasil

Lamina de bisturi nº 15 Feather - USA

Cloridrato de lidocaína a 3% com norepinefrina

1:50,000

PROBEM - Brasil

Exame de PPD

Tuberculina (2UT) Ministério da Saúde

Régua milimetrada 30 cm Faber-Castell

Seringas descartáveis de 1 mL BD – USA

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Tabela 2: Equipamentos utilizados

Aparelhos Fabricante

Termômetro thermo flat Becton Dickinson Ind. Cirúrgicas Ltda –

Brasil

Esfignomanômetro Tycos 7050-14 Tycos –USA

Estetoscópio Lytmman – USA

Câmera fotográfica digital Sony-Cyber

Shot DSC-S85 4.1 mega pixels

Sony - Japão

Balança Balmak- Brasil

Estufa Orion 502 - USA

Microscópio ótico Nikon-Eclipse E-200 – Japão

Balança analítica Precisa 40sm-200a / Alemanha

Placa de petri estéril de 70 mm de

diâmetro

J.Prolab - Brasil

Tubos de ensaio J.Prolab - Brasil

Meio de cultura DifcoTM Sabouraud

Dextrose Agar BD

Becton,Dickinson and Company - USA

Meio de cultura Mycosel TM Agar BBL TM Becton,Dickinson and Company - USA

Hematoxilina - Eosina Laboratório Carlos Chagas

Lâmina / lamínula Solidor - China

Tabela 3: Produto estudado.

Formulação 1

Nome Elidel®

Ingrediente Ativo Pimecrolimo

Forma Creme

Concentração 1%

Lote WC191

Data Fabricação 10/02

Validade 09/04

Fabricante Novartis

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2. PROTOCOLO DE ESTUDO

2.1. DELINEAMENTO DO ESTUDO

A pesquisa constituiu de estudo aberto não randomizado, para avaliação

da eficácia terapêutica do pimecrolimo creme 1%, no tratamento da DS de face em

pacientes HIV positivos. O estudo foi realizado no ambulatório de dermatologia do

Hospital São José de Doenças Infecciosas (HSJ) e na Unidade de Farmacologia

Clínica do Departamento de Fisiologia e Farmacologia da Faculdade de Medicina

da Universidade Federal do Ceará, no período de junho de 2003 a setembro de

2004.

2.2. SELEÇÃO DOS VOLUNTÁRIOS

No período de junho de 2003 a setembro de 2004 foram incluídos no

protocolo, todos os pacientes HIV positivos internados ou atendidos no ambulatório

de infectologia e/ou dermatologia do Hospital São José de Doenças Infecciosas

(HSJ) com quadro clínico de DS facial, que preenchesse todos os critérios de

inclusão e exclusão do protocolo. 2.2.1. Critérios de Inclusão

Os seguintes critérios teriam que ser satisfeitos para que o voluntário

participasse do estudo:

1. Voluntário de ambos os sexos

2. Maiores de 18 anos

3. HIV positivos

4. Voluntário com diagnóstico de dermatite seborréica facial

5. Voluntário capaz de compreender a natureza e objetivo do estudo,

inclusive os riscos e efeitos adversos e com intenção de cooperar com o

pesquisador e agir de acordo com os requerimentos de todo o protocolo, o que vem

a ser confirmado mediante a assinatura do Termo de Consentimento Livre e

Esclarecido.

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2.2.2. Critérios de Exclusão

Qualquer um dos seguintes critérios excluía o voluntário do estudo:

1. Voluntário com hipersensibilidade conhecida à droga a ser estudada ou

a compostos quimicamente relacionados; história de reações adversas

graves.

2. Voluntário HIV negativo ou sorologia indeterminada

3. Voluntária gestante ou amamentando

4. Voluntário fez uso de corticosteróides sistêmico até 30 dias antes do

estudo

5. Voluntário fez uso de antifúngicos sistêmico até 30 dias antes do

estudo

6. Voluntário fez uso de corticosteróides tópicos na face até 15 dias antes

do estudo

7. Voluntário fez uso de antifúngico tópicos na face até 15 dias antes do

estudo

8. Voluntário fez uso de isotretinoína sistêmica até 180 dias antes do

estudo

9. Voluntário fez uso de acitretina sistêmica até 3 anos antes do estudo

10. Voluntário fez uso de outras medicações tópicas, incluindo sabonetes

terapêuticos, na face até 15 dias antes do estudo

11. Recebeu alguma droga experimental no período de 3 meses anterior ao

início deste estudo ou está programado para receber tal droga durante

o período desta pesquisa.

12. Tinha qualquer condição que o investigador julga relevante para a não

participação do estudo.

13. História de abuso de álcool ou drogas.

14. Negou-se a fazer a documentação fotográfica pré e pós-tratamento

15. Os resultados dos exames laboratoriais foram considerados, pelo

investigador, clinicamente significativos para fins deste estudo.

16. Violação do protocolo: a) uso durante o período do protocolo de

medicações tópicas na face que tenham ação anti-seborréica:

sabonetes terapêuticos, antifúngicos, corticosteróides; b) uso durante o

período do protocolo de medicações sistêmicas que tenham ação anti-

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seborréica: antifúngicos, corticosteróides e retinóides; c) não

comparecimento nas datas previamente estabelecidas

17. Desejo manifesto do paciente para se retirar do estudo.

2.2.3. Exames Laboratoriais Pré-Estudo

Os seguintes exames laboratoriais foram realizados nos períodos pré-

estudo:

1) Análise Hematológica: Hemoglobina, Hematócrito, Contagem Total

e Diferencial de Leucócitos, Contagem de Plaquetas e VHS.

2) Análise Imunológica: sorologia para hepatite B, sorologia para

hepatite C, sorologia para o vírus HIV(duas amostras em datas diferentes),

dosagem de linfócitos CD4 e CD8, dosagem da carga viral sérica, VDRL, PPD.

3) Análise Micológica: exame micológico direto e cultura para fungos

de escama de pele da área lesionada.

4) Análise Histológica: biópsia de pele.

2.2.4. Exames Laboratoriais Pós-Fase de Tratamento

Os seguintes exames laboratoriais foram realizados no período pós-fase

de tratamento (14º. dia do protocolo) dosagem de linfócitos T CD4+ e CD8+ em 13

pacientes, dosagem da carga viral sérica em 11 pacientes.

2.2.5. Critérios para Retirada do Estudo

As seguintes condições foram consideradas como critérios de retirada

do estudo: o voluntário não desejava continuar no estudo, por razões outras que a

ocorrência de eventos adversos do fármaco teste, por exemplo, indisponibilidade ou

intolerância aos procedimentos do estudo; reações adversas do fármaco; testes

laboratoriais anormais, julgados de relevância clínica pelo pesquisador; doença

intercorrente requerendo medicação que fizesse parte dos critérios de exclusão .

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2.3. ENTRADA DO VOLUNTÁRIO NO ESTUDO

Os voluntários foram submetidos a uma entrevista para avaliação da

história clínica atual, história patológica pregressa e das condições emocionais para

participar da investigação. Após retiradas todas as dúvidas, por parte dos

voluntários, o termo de consentimento (ANEXO I e II) foi assinado, para

participação no estudo.

Todos os voluntários foram classificados clínica e imunologicamente de

acordo com os critérios do CDC-92 (Tabela 4)

Tabela 4: Classificação da Infecção pelo HIV – CDC,1992.

Categorias

Laboratoriais/

Linfócitos CD4

Assintomático,

Linfadenopatia

Generalizada

Persistente ou

Infecção Aguda

pelo HIV

A

Sintomático não A,

não C

B

Condições

Indicadoras de

AIDS

C (1) > 500/mm3 A1 B1 C1

(2) 200 a 499/mm3 A2 B2 C2

(3) < 200/mm3 A3 B3 C3

(Fonte: Adaptado de BARTLETT, J.G.; GALLANT, J.E. In: 2004. Tratamento clínico da infecção pelo

HIV p.3, 2004.)

OBS:

1. Contagem de CD4<200/mm3 é definidora de AIDS, independentemente de manifestações

clínicas.

2. Categoria clínica B: condições devem ser atribuídas ao HIV ou ter seu curso modificado pela

infecção pelo HIV.

3. Categoria clínica C: condições definidoras de AIDS de acordo com a definição do CDC de

1987, acrescidas de cancer cervical invasivo, pneumonia bacteriana recorrente (+de dois

episódios em um ano) e tuberculose pulmonar

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2.4. PROTOCOLO CLÍNICO 2.4.1. Fase de Tratamento ( Etapa I – Grupo A)

Esta etapa foi efetuada com o intuito de ajustar o regime terapêutico.

Baseado no único relato existente na literatura (CRUTCHFIELD, 2002) e no perfil

farmacodinâmico da droga, ficou estabelecido que quatro pacientes seriam

submetidos à um regime terapêutico de 07 dias de tratamento tópico utilizando o

pimecrolimo creme 1% (Tabela 3) duas vezes por dia (12/12 horas), em fina

camada (1,5g/10cm2) apenas nas áreas afetadas. Os pacientes foram orientados a

retornar os tubos da medicação ao fim da fase de tratamento (7º.dia), para que

estes fossem pesados e também como garantia do não uso da medicação na fase

de observação pós-tratamento.

A avaliação clínica foi efetuada nos dias: zero (dia da inclusão), 7º., 14º.,

28º. e 42º. dia. Esta avaliação consistia em documentação fotográfica e dois

questionários clínicos sendo um para o investigador e outro para o paciente. No dia

zero além da documentação fotográfica e avaliação dos questionários procedia-se

a coleta dos exames do protocolo descritos no item 2.5.

A depender dos resultados desta etapa o regime terapêutico poderia ser

alterado, devendo a alteração ser previamente submetida a avaliação da COMEPE.

2.4.2. Fase de Tratamento ( Etapa II – Grupo B) Esta etapa foi iniciada após a aprovaçãoda emenda pelo COMEPE

baseando-se nos resultados das avaliações da etapa I, onde foi possível observar

que o regime terapêutico de 07 dias de tratamento implicava em melhora do quadro

clínico porém com recidiva precoce.

Na etapa II os pacientes foram tratados por 14 dias utilizando

topicamente o pimecrolimo creme 1% (Tabela 3) duas vezes por dia (12/12 horas),

em fina camada (1,5g/10cm2) apenas nas áreas afetadas. Os pacientes foram

orientados a retornar os tubos da medicação ao fim da fase de tratamento (14º.dia),

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para que estes fossem pesados e também como garantia do não uso da medicação

na fase de observação pós-tratamento.

A avaliação clínica foi efetuada nos dias: zero (dia da inclusão), 7º., 14º.,

21º., 35º. e 49º. dia. Esta avaliação consistia em documentação fotográfica e dois

questionários clínicos sendo um para o investigador e outro para o paciente. No dia

zero além da documentação fotográfica e avaliação dos questionários procedia-se

a coleta dos exames do protocolo descritos no item 2.5.

2.5. EXAMES ESPECÍFICOS DO PROTOCOLO 2.5.1. Exame Micológico As escamas de pele foram colhidas das áreas afetadas no dia do início

do protocolo (dia zero), em três pontos diferentes, através da raspagem da lesão com o dorso da lâmina estéril de bisturi e colocadas em placa de petri estéril; sendo em seguida enviadas ao laboratório do HSJ, para a realização de exame micológico direto e cultura para fungos. No exame micológico, as amostras foram colocadas em lâminas de vidro cobertas com lamínula e clarificadas com hidróxido de potássio 40% pôr 10 minutos e então analizadas por microscopia ótica. O exame foi considerado positivo quando eram visualizados sobre as escamas a presença de um grande número de leveduras esféricas.

Com as escamas da mesma amostra procedeu-se à semeadura de uma

alíquota do material em meio ágar Sabouraud com cloranfenicol e no meio Mycosel. Os tubos contendo meio agar Sabouraud com cloranfenicol semeados foram incubados em estufa à temperatura de 35 - 37ºC por 30 dias. Os tubos com o meio Mycosel semeados foram deixados à temperatura ambiente também pôr 30 dias. As observações diárias iniciaram a partir do 15º dia e foram mantidas até o 30º dia. Caso fosse detectado o crescimento de alguma estrutura o passo seguinte seria a identificação microscópica da mesma.

2.5.2. Exame Histológico Após assepsia da pele com povidine tópico a 1%, procedia-se a

anestesia local (subcutânea) com agulha de insulina (13x4,5 mm) infiltrando-se aproximadamente 1,8 mL de cloridrato de lidocaína à 2% com norepinefrina

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1:50,000 na área mais comprometida. O fragmento de pele foi retirado com punch de 3mm seguido de sutura intradérmica com fio mononylon 5.0. O material da biópsia foi então colocado em frasco de vidro contendo 10 mL de formol 10% e enviado para a análise histopatológica, sendo incluído em bloco de parafina e corado através da técnica de hematoxilina-eosina. Este procedimento foi realizado apenas no dia da inclusão do paciente no protocolo. Todos os exames anatomo-patológicos foram realizados no Laboratório Carlos Chagas.

2.5.3. Dosagem de Linfócitos T CD4+ e Linfócitos T CD8+ Procedeu-se a coleta de sangue para a quantificação dos lintócitos T

CD4+ e CD8+ com o objetivo de se classificar imunologicamente a população. Este procedimento foi realizado na data da inclusão ou até no máximo 30 dias antes. Em 13 pacientes do Grupo B além da coleta na data de inclusão foi também realizado contagem no 14º.dia. afim de monitorar as taxas destes linfócitos após um maior período de exposição ao pimecrolimo.

2.5.4. Dosagem da Carga Viral Plasmática

Procedeu-se a coleta de sangue para a quantificação da carga viral na

data da inclusão ou até no máximo 30 dias antes. Em 11 pacientes do Grupo B

além da coleta na data de inclusão foi também realizado contagem no 14º.dia. afim

de se observar como se comportava a carga viral plamática após a exposição ao

pimecrolimo.

2.6. ACOMPANHAMENTO CLÍNICO

2.6.1. Documentação fotográfica

Os pacientes foram fotografados no dia zero, 7º., 14º., 21º, 35º. e 49º.

com câmera digital Sony-Cyber Shot DSC-S85, 4.1 mega pixels. Foram obtidas

imagens nas posições nas posições frontal, perfil direito, perfil esquerdo.

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2.6.2. Ficha de Avaliação Clínica

Esta ficha continha a identificação do paciente com os fatos mais

relevantes da sua história clínica, exame físico e exames laboratoriais

específicos (micológico direto, cultura para fungos, biópsia de pele, contagem

de linfócitos T CD4+ e linfócitos T CD8+ e dosagem da carga viral) e gerais

(hemograma, VDRL, sorologia para hepatite B e C, sorologia para HIV 1 e 2,

PPD).

2.6.3. Questionário de avaliação

No dia zero e em cada retorno, o investigador e o paciente preenchiam

um questionário, onde os parâmetros avaliados recebiam escores sendo: zero

(ausência de lesão), um (leve), dois (moderado) e três (grave). O uso de escores

permitiu um acompanhamento clínico menos subjetivo. Os parâmetros avaliados

foram:

A. Um questionário do investigador onde eram avaliados: eritema,

descamação, infiltração/papulação, liquenificação e escoriação; (Anexo III)

B. Um questionário do paciente onde este avaliava o prurido, ardor,

eritema e descamação das lesões. (Anexo IV)

2.6.4. Efeitos Adversos

Foi solicitado aos voluntários que relatassem qualquer evento adverso e

o momento da ocorrencia, para que um acompanhamento clínico e laboratorial

pudesse ser feito até que os mesmos desaparecessem. Foi também inquerido

sobre a necessidade do uso de medicação adicional.

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Os efeitos adversos foram classificados como descrito abaixo:

Quanto a intensidade:

Leve: experiência adversa facilmente tolerada.

Moderada: experiência adversa desagradável o bastante para interferir

nas atividades cotidianas.

Severo: experiência adversa que impossibilita a realização das

atividades cotidianas normais.

Quanto ao relacionamento com o medicamento experimental: Não atribuído: Quando não há presença de relatos na literatura sobre o

evento adverso ocorrido, não há provas objetivas ou subjetivas evidentes, a

seqüência temporal do evento com a administração do medicamento não é

plausível e os outros critérios também não são associados, não como atribuir um

evento ao fármaco administrada.

Possível: Neste caso, além de não haver presença do evento observado

no caso de re-administração do medicamento, não há melhora clínica na

administração de um antagonista ou após wash-out do fármaco em estudo. Esse

fato sugere a presença de causas alternativas para o evento adverso avaliado, pois

apesar da existência de dados científicos e evidências, o evento pode estar sendo

originado por um outro fator não relacionado ao medicamento.

Provável: Não se pode comprovar sua atribuição devido ao voluntário

não ter apresentado o mesmo evento no caso de re-administração, tanto durante os

internamentos quanto durante outras exposições anteriores.

Atribuído: Para a consideração de um evento adverso atribuído ao

medicamento, ou certo, é preciso que o evento já seja conhecido na literatura e que

haja provas para respaldar objetivamente ou subjetivamente o ocorrido. A

seqüência temporal após a administração do medicamento também deve ser

considerada de maneira sensata clinicamente.

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2.7. Aspectos Éticos

O projeto de pesquisa, o protocolo experimental e o termo de

consentimento foram submetidos e aprovados pelo Comitê de Ética em Pesquisa

da Universidade Federal do Ceará, credenciado pela CONEP/MS, protocolo

número: 112 / 2003.

Os pacientes selecionados para esse estudo, receberam explanação

sobre a natureza e os objetivos do estudo. Foi enfatizado que o trabalho teria a

finalidade de pesquisa e que o voluntário não poderia esperar qualquer efeito

terapêutico. Os mesmos também tinham conhecimento da sua liberdade para se

retirar a qualquer momento do estudo sem que isto lhe cause qualquer prejuízo no

seu atendimento junto ao Hospital São José de Doenças Infecciosas. Foi solicitado

a cada paciente que, caso concordasse com o protocolo de estudo, assinasse o

Termo de Consentimento Livre e Esclarecido para a participação do estudo.

Os resultados da avaliação médica, e os exames laboratoriais foram

registrados em folha individual de cada voluntário. Todas as informações obtidas

durante o estudo, referentes ao estado de saúde dos pacientes, ficam disponíveis

aos médicos do Hospital São José de Doenças Infecciosas. Uma cópia dos exames

laboratoriais realizados no período pré e pós-estudo foram fornecidas aos

voluntários, quando solicitada.

O estudo foi conduzido de acordo com a Declaração de Helsinque (1964)

e as revisões de Tóquio (1975), Veneza (1983), África do Sul (1996) e Edimburgo

(2000), assim como as regulamentações locais (Resolução 196/96 - CNS-MS).

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2.8. ANÁLISE ESTATÍSTICA

A analise estatística foi realizada utilizando-se o teste de Friedman e o

teste de comparação múltipla. Cada critério foi analisado isoladamente.

Todos parâmetros pontuados por escores foram inicialmente submetidos

ao teste de Friedman, que permite constatar a significância estatística dos

resultados, ou seja o valor do p-global. Os resultados estatisticamente significantes

(p<0,05), foram também submetidos ao teste de comparações múltiplas.

No teste de comparações múltiplas compara-se diferentes períodos de

observação em relação ao período inicial. Foi considerado como significante um

p<0,05, muito significante um p <0,01 e altamente significante um p <0,001.

Os programas utilizados para esse tipo de análise foram: o SPSS para

Windows, Release 10,0.1(27, Out 1999), Standard Version (SPSS Inc.1999) e

Microsoft Excel 2000 (Microsoft Corporation 1999).

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RREESSUULLTTAADDOOSS EE DDIISSCCUUSSSSÃÃOO

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IV. RESULTADOS E DISCUSSÃO 1. AVALIAÇÃO CLÍNICA

1.1. DESCRIÇÃO DA POPULAÇÃO ESTUDADA

Participaram do estudo, durante um período de 15 meses, 25 pacientes

com diagnóstico de DS da face, com duas sorologias positivas para HIV e

preenchimento dos critérios de inclusão.

Tabela 5: Características Gerais do Grupo de Estudo

Características Gerais Resultados Gerais (n = 25)

Idade(anos)

Média ± DP Mín-max

37 ± 5,21 47 – 28

Sexo Masculino Feminino

22 03

Índice de massa corpórea (kg/m2)

Média ± DP Mín-max

23,55 ± 4,72 31,36 -16,66

Queixa Estética Sim Não

20 (80%) 5 (20%)

Quantidade utilizada de pimecrolimo(g)

Média ± DP Mín-max

14,82 ± 5,84 2,18 - 22,53

Usando HAARTa Sim Não

17 (68%) 8 (32%)

Excluídos 3 (12%) HAARTa– Terapia antiretroviral altamente potente

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Nossos resultados gerais (Tabela 5) coincidem com os dados da

literatura: uma maior prevalência do sexo masculino (22 pacientes - 88%) e média

de idade de 37 anos (JANNIGER & SCHWARTZ,1995; CRUTCHFIELD,2002).

Quanto à queixa estética, não há dados disponíveis na literatura que

façam referência a este problema ou ao desconforto social dos pacientes

portadores de DS facial em relação a presença das lesões, mas em nosso estudo

encontramos que 80% dos pacientes se sentiam incomodados social ou

esteticamente com a presença das lesões.

O índice de massa corpórea médio foi de 23,5kg/m2 (normal 18,5 a 24,99

kg/m2) demonstrando que a mesma não presentava alterações nutricionais.

Execetuando-se a infecção pelo vírus HIV nenhum dos pacientes

apresentava outra co-morbidade como por exemplo: doença de Parkinson

(BARBEAU, 1970; BINDER & JONELIS, 1983), pancreatite crônica alcoólica

(BARBA et al., 1982), hepatite C (CRIBIER et al., 1992), doenças genéticas como a

síndrome de Down (ERCIS et al., 1996), doença de Hailey-Hailey (MARREN &

BURGE, 1992) e algumas neoplasias (CLIFT et al., 1988) que interferisse no curso

da DS. Porém em relação à doenças psiquiátricas, 4 (16%) pacientes

apresentavam transtorno de humor. Na literatura há dados correlacionando uma

maior incidência de DS em pacientes psiquiátricos. (MAIETTA et al., 1990)

Apesar da DS ser uma patologia prevalente nesta população afetando

entre 40 a 80% dos pacientes com AIDS e 20 a 40% dos pacientes soropositivos

para o vírus HIV (WIKLER & NIEBOER,1992), apenas 25 pacientes foram incluídos

no protocolo (Tabela 5). Vários foram os fatores que limitaram o número de

pacientes desta amostra a saber:

a) a gravidade da DS é maior entre os pacientes mais imunossuprimidos

ou seja com a contagem de linfócitos T CD-4+ menor que 200

células/μL(JANNIGER & SCHWARTZ,1995; SCHAUB et al., 1999), e nesta

população é bastante comum o uso de antifúngicos e corticóides sistêmicos visto a

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presença de outras co-morbidades, sendo o uso destas medicações um dos

critérios de exclusão.

b) apenas foram incluídos os pacientes que podiam a comparecer à

todos os retornos, como sabemos os usuários do sistema único de saúde (SUS) do

qual o hospital São José faz parte, são na sua imensa maioria pessoas de baixo

poder econômico e até mesmo de outras cidades menos desenvolvidas, sendo o

deslocamento até o local do atendimento e a freqüência dos retornos (6 retornos no

período de 49 dias),fatores limitantes muito importantes.

c) o fato dos mesmos se incomodarem com qualquer alteração que

possa fazer alusão ao seu estado sorológico que na maioria das vezes é negado

socialmente, a ansiedade do paciente em permanecer sempre sem lesão com uma

aparência o mais saudável possível, faz com que estes usem por conta própria

medicamentos e cosmecêuticos que faziam parte dos critérios de exclusão

d) dificuldade para compreender o protocolo de estudo, por motivo de

ordem sócio-econômicas e culturais.

Na figura 7 mostramos a distribuição de todos os pacientes segundo os

critérios do CDC-92 e na figura 8 a distribuição da amostra utilizando a contagem

de linfócitos T CD4+.

Observa-se que 76% (n=19) da amostra foi composta por pacientes de

classe imunológica mais comprometida, C2 e C3 (Figura 7) e entre estes 44%

(n=11) apresentavam contagem de linfócitos T CD4+ inferior a 200 cel/μL (Figura 8). Segundo dados da literatura quanto mais imunodeprimido estiver o paciente

maior a chance dele apresentar quadro clínico agressivo, atípico e refratário à

terapeutica (REYNAUD-MENDEL et al., 1996; PARRY & SHARPE 1998; SCHAUB

et al., 1999), desta forma nossa amostra era formada por uma população pacientes

potencialmente mais complicada em relação à terapeutica.

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51

Figura 7: Características Clínica e Imunológica dos Pacientes utilizando os Critérios CDC-92 (n=25). A- assintomáticos ou infecção aguda pelo HIV, B- sintomáticos, C- doença indicadora de AIDS, 1- CD4 > 500cel/mm3, 2- CD4 200 a 499 cel/mm3, 3- CD4 < 200 cel/mm3

2

12 11

0

5

10

15

>500 cel/μl 200-499 cel/μl <200 cel/μl

N. d

e P

acie

ntes

Figura 8: Distribuição dos Pacientes utilizando como critério a contagem de Linfócitos CD4+ (n=25).

Na Tabela 6, demonstram-se as características específicas de cada

grupo, Grupo A e B. O grupo A foi composto de um número muito pequeno de

participantes não sendo submetido à avaliação estatística, tendo sido apenas o

grupo B o objetivo de nossa avaliação estatística.

8(32%)

11(44%)

2(8%)1(4%)1(4%) 1(4%) 1(4%)

0 2 4 6 8

10 12

A1 A2 A3 B1 B3 C2 C3

Classificação Clínica CDC-92

N. d

e P

acie

ntes

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Tabela 6: Distribuição da população por Grupo de Tratamento (parte I)

Características Grupo A (n=4) Grupo B (n=21)

Idade(anos)

Média ± DP

Mín-max

34,75±2,83

31 – 38

38,48 ± 5,34

28 – 47

Sexo

Masculino

Feminino

3

1

19

2

Índice de massa corpórea

(kg/m2)

Média ± DP

Mín-max

21,58±7,63

16,66-29,47

23,92 ± 4,59

17,73–37,8

Queixa Estética

Sim

Não

4 (100%)

0

16 (76,19%)

5 (23,8%)

Grupo A – grupo de ajuste de regime terapêutico composto por 4 pacientes

Grupo B – grupo de avaliação da eficácia terapêutica composto por 21 pacientes

No grupo B observamos a predominância do sexo masculino 19

pacientes (90%), com idade média de 38 anos dados que concordam com a

literatura (JANNIGER & SCHWARTZ,1995; CRUTCHFIELD,2002), índice de massa

corpórea médio de 23,92 kg/m2 portanto dentro dos limites da normalidade e com

dos pacientes 76% apresentando queixa estética.

Na Tabela 7 os grupos são mais detalhadamente caracterizados em

relação à classificação clínica-imunológica, uso de medicações, exames, utilização

do HAART, tempo de tratamento com o pimecrolimo e quantidade de medicação-

teste utilizada.

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53

Tabela 7: Distribuição da população por Grupo de Tratamento (parte II)

Características Grupo A (n=4) Grupo B (n=21)

Classificação critérios CDC-92a(número de pacientes)

A2(1[25%]), A3(1[25%]), B3(1[25%]), C2(1[25%])

A1 (1 [4%]), B1(1 [4%]), B3(1 [4%]), C2(10 [47%]), C3 (8 [38%])

Usando HAARTb

Sim Não

2 (50%) 2 (50%)

15 (71,42%) 6 (28,57%)

Micológico Direto Positivo Negativo

Zero 4

Zero 21

Cultura p/ Fungos Positivo Negativo

Zero 4

Zero 21

Exame Histopatológico compatível com DS

4

21

Período de tratamento (dias) 7 14

Período de observação (dias) 42 49

Excluídos 1(25%) 2 (9,5%) a - A- assintomáticos ou infecção aguda pelo HIV, B- sintomáticos, C- doença indicadora de AIDS,

1- CD4 > 500cel/mm3, 2- CD4 200 a 499 cel/mm3, 3- CD4 < 200 cel/mm3

b - Terapia antiretroviral altamente potente

Analizando a Tabela 7; 85% dos pacientes do Grupo B pertenciam à

classificação clínica-imunológica (CDC-92) C2 e C3. Segundo dados da literatura, a

DS é mais prevalente entre os pacientes portadores de AIDS - 40 a 80% do que

entre os HIV-positivos - 20 a 40% (WIKLER & NIEBOER,1992), por isso uma maior

prevalência destes pacientes.

Em relação a utilização do HAART, na Tabela 7, observamos que

71,42% dos pacientes utilizavam esta medicação, mas apenas 20% referiam

melhora da DS após o início da terapia. Segundo Dunic e colaboradores, o HAART

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54

só propicia a melhora da DS após 22 meses de utilização. No grupo B, 11 (73%)

pacientes utilizavam esta a terapia a menos de 22 meses e 4 (26%) a mais de 22

meses.

Ainda na Tabela 7 constatamos que nenhum paciente apresentou

micológico direto positivo ou cultura para fungos positivas. Dados da literatura

demonstram que o papel deste fungo na DS é muito mais vinculado a indução de

reação inflamatória do que a sua hiperproliferação (SOHNLE & COLLINS-LECH,

1983; BERGBRANT, 1991; NEUBER & KRÖGER, 1996; KESAVAN & WALTERS,

1998; FAERGEMANN, 2000; FAERGEMANN & BERGBRANT, 2001). Nenhum

paciente apresentou ao exame histopatológico achados diferentes dos encontrados

na DS.

Foram excluídos 02 pacientes por transgressão ao protocolo e não por

intolerância ou efeito adverso do medicamento.

Tabela 8: Grupos A e B – Características na Contagem de linfócitos T CD4+, linfócitos T CD8+ e Carga Viral no Pré-Tratamento

Grupo A (n=4) Grupo B (n=21)

Pré-tratamento (média±DP)

Linfócitos T CD4+ (células/μL) 235 ± 135 235 ± 40

Linfócitos T CD8+ (células/μL) 990 ± 619 991 ± 692

Carga viral (cópias/mL) 58.625 ± 43.487 205.892 ± 84.852

Carga viral (log) 4,3 ± 0,99 3,55 ± 0,11

Pré-tratamento (min - max)

Linfócitos T CD4+ (células/μL) 37 – 474 11-536

Linfócitos T CD8+ (células/μL) 336 -2.000 357-2.000

Carga viral (cópias/mL) 2.500 −160,000 I*−3.060,000

Carga viral (log) 3,39 – 5,20 I*–6,5

I* - carga viral indetectável (<80 cópias/mL)

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55

Na Tabela 8 demonstra-se detalhadamente a contagem de linfócitos T

CD4+, linfócitos T CD8+ e carga viral de cada grupo. Observamos que em relação

aos linfócitos CD4+ e CD8+ ambos os grupos apresentam contagem média,

mínima e máxima equivalentes. Em relação à carga viral média, mínima e máxima

os valores encontrados no grupo B foram maiores do que as encontradas no grupo

A. Com objetivo de avaliar a influencia do tratamento com pimecrolimo creme 1%

nos parâmetros imunológicos utilizados usualmente na monitorização dos pacientes

HIV-positivos/AIDS, procedeu-se no 14º dia de tratamento a contagem de linfócitos

T CD4+ e CD8+ em 13 dos 21 pacientes, e a mensuração da carga viral em 11 dos

21 pacientes. Baseado na literatura, que considera como resposta adequada ao

HAART um aumento nos linfícitos T CD4+ de 10 células/mm3 por mês foi

considerado clinicamente com critério de piora da situação imunológica uma queda

de 10 células/mm3 em relação a contagem inicial e em relação a carga viral foi

considerado como piora um aumento de 0,7 a 1 log10 cópias/mL comparando-se a

carga viral inicial (BARTLETT & GALLANT, 2004).

Tabela 9: Comparação da Contagem de linfócitos T CD4+, linfócitos T CD8+ e Carga Viral Pré e Pós Tratamento -Grupo B (n=21)

Resultado dos Exames Média ± DP Min – Max

Dia Inicial

LT CD4+(células/μL) [n=13] 279 ± 154 11-536

LT CD8+(células/μL) [n=13] 1.112 ± 490 407−1.808

CV (cópias/mL) [n=11] 11.540 ± 22.147 I*−76.000

CV (log) [n=11] 3,22 ±1,30 I* −4,88

14º Dia

LT CD4+(células/μL) [n=13] 302 ± 197 8−731

LT CD8+(células/μL) [n=13] 1.071 ± 560 435−2.273

CV (cópias/mL) [n=11] 8.653 ± 15.284 I*−53.000

CV (log) [n=11] 2,73 ± 1,82 I*−4,72

I*:carga viral indetectável (<80 cópias/mL); LT CD4+: Linfócitos T CD4+ ; LT CD8+: Linfócitos T

CD8+; CV: Carga viral

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56

Ensaios clínicos têm sido realizados desde 1996 e cerca de 20,000

pacientes participaram de estudos, incluindo 3.000 lactentes (3 a 24 meses) e mais

de 7.300 crianças (2 a 17 anos). Estima-se que desde dezembro 2001, início da

comercialização, mais de 5 milhões pacientes já fizeram uso desta medicação

sendo que aproximadamente 2 milhões pacientes foram crianças com menos de 5

anos de idade, sendo a média de uso: 45 dias/ano, de forma intermitente e menos

de 2g por dia.

Esses mesmos estudos correlacionaram dados clínicos e laboratoriais de

pré e pós marketing demonstrando não haver alteração a antígenos vacinais

(resposta mediada via linfócito B), e nem interferência nas reações de

hipersensibilidade tardia, resposta mediada pelas células T (HULTSCH et al.,2005).

Porem em relação a contagem sérica de linfócitos T e o uso de pimecrolimo, não há

dados dispiníveis na literatura mas em nosso estudo (Tabela 9) não observamos

diminuição na contagem de linfócitos T CD4+ durante o período de tratamento. Em

relação a carga viral, observou-se uma redução da mesma, sendo esta

provavelmente relacionada a resposta ao esquema HAART. Assim sendo o uso do

pimecrolimo creme 1%, parece não interferir na contagem sérica de linfócitos T

CD4+ e nem na mensuração da carga viral.

2. RESPOSTA TERAPÊUTICA A resposta terapêutica foi avaliada pelo médico investigador e pelo

paciente. O investigador avaliava a intensidade do eritema, da descamação, da escoriação, da liquenificação e da infiltração/papulação. O paciente avaliava a intensidade do prurido, do ardor, da descamação e do eritema.

2.1. Resposta Terapêutica - GRUPO A (n=04) Os resultados das avaliações do grupo A (grupo de ajuste de regime

terapêutico) estão dispostos nas Figuras de 10 a 18.

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Pela análise destes gráficos notamos que 7 dias de tratamento foram suficientes o eritema (Figura 10 e 18), a descamação (Figura 11 e 17), a infiltração/papulação (Figura 14), o ardor (Figura 15), o prurido (Figura 16), apresentassem melhora durante o tratamento. Porém, após 7 dias sem usar a medicação os pacientes apresentavam recidiva da lesão em todos os parâmetros avaliados, com exceção da liquenificação e da escoriação.

Atualmente não se tem na literatura médica trabalhos de eficácia

terapêutica com nenhuma droga, envolvendo pacientes HIV positivos/AIDS e DS. Dispõe-se apenas de trabalhos com pacientes imunocompetentes utilizando antifúngicos tópicos isolados (DUPUY et al., 2001) ou associados à corticosteróides (PIÉRARD-FRANCHIMONT & PIÉRARD,2002) em esquema terapêuticos prolongados (duração média de 28 dias).

Em relação ao uso do pimecrolimo na DS facial, existem apenas relatos

de 3 casos publicados e um estudo piloto envolvendo pacientes imunocompetentes (DUPUY et al., 2001 ; PARSAD et al., 2001; PIÉRARD-FRANCHIMONT & PIÉRARD,2002 ; RIGOPOULOS et al., 2004). Em pacientes HIV/AIDS há apenas um relato de caso publicado (MORAES et al, 2004).

Na prática clínica; o uso do pimecrolimo já está bem estabelecido na

dermatite atópica (HULTSCH & KAPP,2005) e publicações recentes citam o uso desta droga em outras patologias como dermatite de contato alérgica (GRUNWALD et al., 2004), psoríase (GRIBETZ et al., ,2004; GRUNWALD et al., 2004), dermatite crônica das mãos (BELSITO et al., 2004), lupus (KREUTER & GAMBICHLER, 2004), vitiligo (MAYORAL et al.,2003), líquen esclero atrófico (BORNS et al.,2004), liquen plano oral (ESQUIVEL-PEDRAZA et al., 2004 ; DISSEMOND, et al., 2004 ; HULTSCH & KAPP,2005), manifestação cutânea da doença crônica enxerto versus hospedeiro (ZIEMER et al., 2004).

Baseados nestas evidências clínicas foi proposto a mudança no

esquema terapêutico de 07 para 14 dias de tratamento com prolongamento do tempo de observação de 42 para 49 dias.

A documentação fotográfica de dois pacientes do grupo A é mostrada na

Figuras 9 A e 9 B.

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58

Figura 9 A

INICIAL (FRONTAL) 7 DIAS (FRONTAL) 14 DIAS (FRONTAL)

INICIAL (PERFIL) 7 DIAS (PERFIL) 14 DIAS (PERFIL)

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Figura 9 B

INICIAL 7 DIAS 14 DIAS

21 DIAS 42 DIAS

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60

2.1.1 – Parâmetros do Investigador – Grupo A

2 2 2

1 1

3

1 1

2

1 1 1

00,5

11,5

22,5

33,5

Início 7 dias 14 dias 28 dias 42 dias

Retornos

N d

e pa

cien

tes Escore 0

Escore 1

Escore 2

Escore 3

Figura 10 – Avaliação através de escores do Eritema pelo INVESTIGADOR na visita inicial, 7º, 14º, 28º, 42º dia - Grupo A.

Figura 11 – Avaliação através de escores da Descamação pelo INVESTIGADOR na visita inicial, 7º, 14º, 28º, 42º dia - Grupo A.

4 4 4

3 3

0

1

2

3

4

5

Início 7 dias 14 dias 28 dias 42 dias

Retornos

N d

e pa

cien

tes Escore 0

Escore 1

Escore 2

Escore 3

Figura 12– Avaliação através de escores da Escoriação pelo INVESTIGADOR na visita inicial, 7º, 14º, 28º, 42º dia - Grupo A.

3

1

2

1 1

2

11

2

1

2

1

0 0,5

1 1,5

2 2,5

3 3,5

Início 7 dias 14 dias 28 dias 42 dias Retornos

N d

e pa

cien

tes

Escore 0 Escore 1 Escore 2 Escore 3

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61

4 4 4

3 3

0

1

2

3

4

5

Início 7 dias 14 dias 28 dias 42 dias

Retornos

N d

e pa

cien

tes Escore 0

Escore 1

Escore 2

Escore 3

Figura 13 – Avaliação através de escores da Liquenificação pelo INVESTIGADOR na visita inicial, 7º, 14º, 28º, 42º dia - Grupo A.

2

4

1 1 1 11

2 2 2

1

0

1

2

3

4

5

Início 7 dias 14 dias 28 dias 42 dias

Retornos

N d

e pa

cien

tes Escore 0

Escore 1

Escore 2

Escore 3

Figura 14 – Avaliação através de escores da Infiltração/Papulação pelo INVESTIGADOR na visita inicial, 7º, 14º, 28º, 42º dia - Grupo A.

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2.1.2 – Parâmetros do Paciente – Grupo A

3 3

2

11 1 1

2

1

2

1

00,5

11,5

22,5

33,5

Início 7 dias 14 dias 28 dias 42 dias

Retornos

N d

e pa

cien

tes Escore 0

Escore 1

Escore 2

Escore 3

Figura 15 – Avaliação através de escores do Ardor pelo PACIENTE na visita inicial, 7º, 14º, 28º, 42º dia - Grupo A.

3

1 1 1

2

1

2

1

22

11

00,5

11,5

22,5

33,5

Início 7 dias 14 dias 28 dias 42 dias

Retornos

N d

e pa

cien

tes Escore 0

Escore 1

Escore 2

Escore 3

Figura 16 – Avaliação através de escores do Prurido pelo PACIENTE na visita inicial, 7º, 14º, 28º, 42º dia - Grupo A.

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3

1

2

1 1 1 11

2

1

2

1 1

00,5

11,5

22,5

33,5

Início 7 dias 14 dias 28 dias 42 dias

Retornos

N d

e pa

cien

tes Escore 0

Escore 1

Escore 2

Escore 3

Figura 17 – Avaliação através de escores da Descamação pelo PACIENTE na visita inicial, 7º, 14º, 28º, 42º dia - Grupo A.

Figura 18 – Avaliação através de escores do Eritema pelo PACIENTE na visita inicial, 7º, 14º, 28º, 42º dia – Grupo A.

1

3

1 1

2

3

1

22

1 1

0 0,5

1 1,5

2 2,5

3 3,5

Início 7 dias 14 dias 28 dias 42 dias Retornos

N d

e pa

cien

tes

Escore 0 Escore 1 Escore 2 Escore 3

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64

2.2. Resposta Terapêutica - GRUPO B (n=21)

O grupo B (grupo de tratamento) teve os mesmos parametros avaliados

que o grupo A tanto pelo investigador como pelo paciente. E os resultados estão

descritos nas Figuras de 19 a 30.

Analisando a resposta terapêutica no grupo B através dos Critérios

Avaliados pelo Investigador; verificamos que 07 dias de tratamento foram

suficientes para que o eritema (Figura 19), a descamação (Figura 20), e a infiltração/papulação (Figura 23) apresentassem redução significativa de 86%,

80%, e 83% nos seus escores médios iniciais (p<0,01) (Tabela 10 e Figura 24). No

14º.dia estes mesmos parâmetros; apresentaram novamente diminuição

significativa de 92.5%, 92% e 87%, em relação aos escores médio iniciais (p<0,01)

(Tabela 10 e Figura 24).

A Figura 25 demonstra que no 14º.dia de avaliação mais de 90% dos

pacientes estavam assintomáticos em relação a todos os critérios avaliados pelo

investigador. A avaliação do eritema, da descamação, da infiltração/papulação no

21º.dia pelo investigador mostrou a manutenção da boa resposta terapêutica,

sendo esta evidenciada pela redução significativa dos escores avaliados (p<0,01)

(Figura 24).

No 35º.dia (21 dias sem medicação) aproximadamente 50% dos pacientes apresentavam recidiva do eritema (escores médios 7º.dia - 0,21 e 35º.dia - 0,58 - Figura 19, 24 e 25) e da descamação (escores médios 7º.dia - 0,26 e 35º.dia - 0,84 - Figura 20, 24 e 25), porém com escores médios inferiores aos escores iniciais. Neste mesmo período a infiltação/papulação não apresentou recidiva (p<0,01) (Figura 23, 24 e 25).

A escoriação (Figura 21) e a liquenificação (Figura 22) não foram

características clínicas marcantes encontradas entre os pacientes do protocolo, com incidência de 23,8% e 9,6% respectivamente, (Tabela 10), mas mesmo assim houve certa melhora entre os que apresentavam este sintoma, porém a diminuição não foi estatisticamente significativa (p = 0.149 e p = 0.335) (Tabela 10 e Figura 24).

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2.2.1 – Parâmetros do Investigador – Grupo B

18 18

14

8 8

11

2 24

1110

9

1 1 11

0

5

10

15

20

Início 7 dias 14 dias 21 dias 35 dias 49 dias

Retornos

N d

e pa

cien

tes Escore 0

Escore 1

Escore 2

Escore 3

Figura 19 – Avaliação através de escores do Eritema pelo INVESTIGADOR na visita inicial, 7º, 14º, 21º, 35º e 49º dia - Grupo B.

2

1718

14

5

810

32

4

1210

8

1 12

11

0

5

10

15

20

Início 7 dias 14 dias 21 dias 35 dias 49 dias

Retornos

N d

e pa

cien

tes Escore 0

Escore 1

Escore 2

Escore 3

Figura 20 – Avaliação através de escores da Descamação pelo INVESTIGADOR na visita inicial, 7º, 14º, 21º, 35º e 49º dia - Grupo B.

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66

16

1918

1715

18

42 2 2

4

1 1

0

5

10

15

20

Início 7 dias 14 dias 21 dias 35 dias 49 dias

Retornos

N d

e pa

cien

tes Escore 0

Escore 1

Escore 2

Escore 3

Figura 21 – Avaliação através de escores da Escoriação pelo INVESTIGADOR na visita inicial, 7º, 14º, 21º, 35º e 49º dia - Grupo B.

19 20 19 18 17 17

1 1 1 1 2 21

0

5

10

15

20

25

Início 7 dias 14 dias 21 dias 35 dias 49 dias

Retornos

N d

e pa

cien

tes Escore 0

Escore 1

Escore 2

Escore 3

Figura 22 – Avaliação através de escores da Liquenificação pelo INVESTIGADOR na visita inicial, 7º, 14º, 21º, 35º e 49º dia - Grupo B.

3

1918

1514

1211

13

57

5

21

21

0

5

10

15

20

Início 7 dias 14 dias 21 dias 35 dias 49 dias

Retornos

N d

e pa

cien

tes Escore 0

Escore 1

Escore 2

Escore 3

Figura 23 – Avaliação através de escores da Infiltração/Papulação pelo INVESTIGADOR na visita inicial, 7º, 14º, 21º, 35º e 49º dia - Grupo B.

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Figura 24 - Evolução dos escores médios dos parâmetros avaliados pelo INVESTIGADOR x períodos de observação - Grupo B. ( n=21). Infiltração: p<0,01 nos dias 7, 14, 21 & 35; p<0,05 no dia 49; Eritema e descamação p<0,01 nos dias 7, 14 & 21; Eritema p<0,05 no dia 35 e 49, Descamação p>0,05 no dia 35 e 49; Liquenificação e escoriação: : p não analizado,pois p >0,05 no teste de Friedman.

0

0,2

0,4

0,6

0,8

1

1,2

1,4

1,6

Início 7o.dia 14o.dia 21o.dia 35o.dia 49o.dia

Eritema Descamação Escoriação Liquenificação InfiltaçãoEs

core

Méd

io

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0

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20

30

40

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80

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100

Início 7o.dia 14o.dia 21o.dia 35o.dia 49o.dia

Paci

ente

s A

ssin

tom

átic

os(%

)

Eritema Descamação Escoriação Liquenificação Infiltração

Figura 25 – Evolução Clínica dos parâmetros do INVESTIGADOR em Porcentagem de Pacientes Assintomáticos - Grupo B. (n=21).

Tabela 10 – Demonstração da variação nos escores médios dos parâmetros avaliados pelo Investigador no período de tratamento - 7º. e 14º dia - (n=19).

Parâmetros Escore Médio % Melhora Valor de pa

Início 7º.dia 14º.dia 7º.dia 14º.dia 7º.dia 14º.dia

Investigador Eritema 1,47 0,21 0,11 85,7 92,5 p<0,01 p<0,01

Descamação 1,32 0,26 0,11 80,3 91,6 p<0,01 p<0,01 Escoriação 0,21 0,11 0,11 47,6 47,6 NA NA

Liquenificação 0,11 0,05 0,16 54,5 Nenhum NA NA Infiltração/pa-

pulação 1,26 0,21 0,16 83,3 87,3 p<0,01 p<0,01

a: teste de comparação múltipla; NA: não foi realizado pois o valor de p no teste de Friedman não foi

significante, p>0,05; NA* – não analizado, valor de p no teste de comparações múltiplas foi

p>0,05

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69

2.2.2. Parâmetros do Paciente

Os resultados da resposta ao tratamento avaliados pelos pacientes estão

dispostos nas Figuras 27 a 31 e na Tabela 11.

No 7º.dia o ardor (Figura 27), o prurido (Figura 28), a descamação

(Figura 29) e o eritema (Figura 30), apresentaram diminuição nos escores médios

de 73%, 90% e 72% respectivamente (p<0,01) (Figura 32 e Tabela 11). No 14º.dia

de observação ≥90% dos pacientes estavam assintomáticos (Figura 32, Tabela

11).

A avaliação do sintoma ardor pelos pacientes, obteve-se um escore

médio inicial baixo (0,63), que no 7º.dia de tratamento apresentou uma redução de

75% em relação ao início e no 14º.dia uma redução de 92% (Figura 27 e 31 e Tabela 11). Interessantemente o valor global de p calculado através do teste de

Friedman foi (p<0,0001), porém no teste de comparações múltiplas não obtivemos

resultados significativos (p<0.1); provavelmente este resultado anômalo; deva-se

aos valores iniciais muito baixos. (Figura 31 e Tabela 11).

O prurido foi uma queixa freqüente, estando presente em 86% dos

pacientes na avaliação inicial (Figura 28 e 32 e Tabela 11), embora com baixos

escores, isto corrobora a presença dos baixos esores iniciais nos critérios

escoriação e liquenificação. (Tabela 10)

Na Figura 31 observamos que no 21º.dia (07 dias após a interrupção do

tratamento) os critérios eritema e descamação ainda apresentavam melhora

considerada como muito significante (p<0,01). Observamos ainda uma tendência à

estabilidade para o sinal eritema e esta foi mantida até o final do protocolo.

Ainda na Figura 31 quando comparamos os escores iniciais com os

escores do 49º.dia, verificamos que para todos os sinais/sintomas avaliados

obteve-se uma melhora clínica, porém apenas para o eritema e o prurido a melhora

pode ser considerada estatisticamente significativa (p<0,01). Nota-se a recorrência

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após a suspensão da medicação em menor intensidade que a avaliação inicial em

alguns dos sinais/sintomas, sugerindo a necessidade de uma terapia de

manutenção para que o paciente possa manter-se livre de lesões por um período

prolongado. Tal afirmação poderá ser confirmada com a realização de um ensaio

clínico de fase 3 onde seria possível estabelecer um regime terapêutico mais

adequado visando a diminuição das recorrências.

A documentação fotográfica de dois pacientes do grupo B é mostrada na

Figura 26 A e 26 B.

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Início 7 dias 14 dias 21 dias 35 dias 49 dias

Retornos

N d

e pa

cien

tes Escore 0

Escore 1

Escore 2

Escore 3

Figura 27 – Avaliação através de escores do Ardor pelo PACIENTE na visita inicial, 7º, 14º, 21º, 35º e 49º dia - Grupo B.

3

1618

1413

17

11

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2

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1 12

1

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1 1

0

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15

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Início 7 dias 14 dias 21 dias 35 dias 49 dias

Retornos

N d

e pa

cien

tes Escore 0

Escore 1

Escore 2

Escore 3

Figura 28 – Avaliação através de escores do Prurido pelo PACIENTE na visita inicial, 7º, 14º, 21º, 35º e 49º dia - Grupo B.

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1

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Início 7 dias 14 dias 21 dias 35 dias 49 dias

Retornos

N d

e pa

cien

tes Escore 0

Escore 1

Escore 2

Escore 3

Figura 29 – Avaliação através de escores da Descamação pelo PACIENTE na visita inicial, 7º, 14º, 21º, 35º e 49º dia - Grupo B.

`

1

14

1816

13 13

75

1 1

4 4

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Início 7 dias 14 dias 21 dias 35 dias 49 dias

Retornos

N d

e pa

cien

tes Escore 0

Escore 1

Escore 2

Escore 3

Figura 30 – Avaliação através de escores do Eritema pelo PACIENTE na visita inicial, 7º, 14º, 21º, 35º e 49º dia - Grupo B.

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0

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0,4

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1,4

1,6

1,8

Início 7o.dia 14o.dia 21o.dia 35o.dia 49o.dia

Esco

re M

édio

Eritema Descamação Ardor Prurido

Figura 31 - Evolução dos escores médios dos parâmetros avaliados pelo PACIENTE x períodos de observação Grupo B. (n=21). Eritema: p <0,01 no 7º, 14º, 21º, 35º, 49ºdia; Descamação: p <0,01 no 7º, 14º, e 21ºdia; p >0,05 no 35º e 49ºdia; Prurido: p <0,01 no 7º, 14º, e 49º,dia; p <0,05 no 21º,e 35ºdia; Ardor: p não analizado, pois p >0,05 no teste de comparações múltiplas

0

10

20

30

40

50

60

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90

100

Início 7o.dia 14o.dia 21o.dia 35o.dia 49o.dia

Paci

ente

s A

ssin

tom

átic

os (%

)

Eritema Descamação Ardor Prurido

Figura 32 – Evolução Clínica dos parâmetros do PACIENTE em Porcentagem de Pacientes Assintomáticos Grupo B. (n=21).

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Figura 26 A

INICIAL 7 DIAS 14 DIAS

21 DIAS 35 DIAS 49 DIAS

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Figura 26 B

INICIAL 7 DIAS 14 DIAS

21 DIAS 35 DIAS 49 DIAS

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Tabela 11 – Demonstração da variação dos escores do Paciente no 7º. e 14º (n=19)

Escore Médio % Melhora Valor de pa Parâmetros Início 7º.dia 14º.dia 7º.dia 14º.dia 7º.dia 14º.dia

Paciente

Eritema 1,74 0,47 0,21 72,9 87,9 p<0,01 p<0,01

Descamação 1,63 0,16 0,11 90,2 93,25 p<0,01 p<0,01

Ardor 0,63 0,16 0,05 74.6 92,1 NA* NA*

Prurido 1,32 0,37 0,16 72,0 87,9 p <0,01 p<0,01

a: teste de comparação múltipla; NA: não foi realizado pois o valor de p no teste de Friedman não foi

significante, p>0,05. NA* – não analizado, valor de p no teste de comparações múltiplas foi

p>0,05

Crutchfield, 2002, publicou o primeiro trabalho utilizando o pimecrolimo

para tratamento de DS da face de paciente imunocompetente (relato de caso) o

mesmo referiu que as lesões haviam desaparecido por volta do 8º.dia. Já

Rigopoulos et al.,2004, realizou estudo aberto comparando a eficácia do

pimecrolimo creme 1% com o creme 17-valerato de betametasona à 0,1% no

tratamento da DS de face de imunocompetentes. No grupo tratado com

pimecrolimo observou-se que em torno do 9º.dia as lesões haviam desaparecido e

os pacientes foram orientados a suspender a medicação. Durante o período de

observação (avaliação da recidiva das lesões) não se observou recorrência de

nenhum dos critérios até 12 dias após a suspensão da medicação, e que mesmo

tendo recidiva das lesões estas apresentavam escores inferiores aos escores

iniciais.

Em nosso estudo com pacientes HIV/AIDS obtivemos resultados

semelhantes aos da literatura com pacientes imunocompetentes, onde no intervalo

entre o 7º e o 14º dia as lesões apresentavam melhora (Tabela 11 e 12, Figuras 24, 25, 31 e 32), com recidivas parciais no 21º.dia de suspensão da medicação (dia

35 do protocolo); (Figuras 24 e 31).

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2.3 – AVALIAÇÕES CLÍNICO-TERAPÊUTICA E CLASSIFICAÇÃO IMUNOLÓGICA - CDC-92

No grupo B houve uma maior representatividade entre as categorias

clínicas C2 e C3 (Tabela 12) sendo portanto concordante com a literatura onde a

DS é mais prevalentes entre os pacientes com AIDS (WIKLER,NIEBOER,1992).

Smith e Skelton e colaboradores em 1994 correlacionaram os baixos índices

de linfócitos T CD-4+ e a progressão da infecção pelo HIV à maior agressividade

clínica e prevalência da DS dados confirmados posteriormente por diversos

autores (REYNAUD-MENDEL, JANIERet al.,1996 ; PARRY & SHARPE, 1998 ;

SCHAUB et al., 1999).

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Tabela 12 - Comparação entre: escores médios iniciais e categoria clínica CDC-92

Escore Médio Inicial Parâmetros

A(n=1) B(n=2) C2(n=9) C3(n=8)

Investigador

Eritema 1 2,5 1,3 1,6

Descamação 1 1,5 1 1,8

Escoriação 0 1 0,1 0,3

Liquenificação 0 1 0 0,1

Infiltração 0 2 1 1,6

Paciente

Eritema 1 2,5 1,5 2

Descamação 1 2 1,5 1,7

Ardor 0 2 0,4 0,7

Prurido 0 3 1,2 1,3

Nossos resultados foram semelhantes aos da literatura e conforme

visualizado na Tabela 12 os escores médios mais elevados tanto na avaliação do

investigador como na avaliação do paciente, foram observados nos pacientes de

classificação clínica C3, exceção feita para os dois pacientes da classificação B que

apresentavam escores médio também elevados; a presença deste achado pode

dever-se ao pequeno número de indivíduos neste grupo.

No entanto quando avaliamos a resposta terapêutica verificamos que a

mesma foi equivalente entre os pacientes de classe imunológicas distintas,

sugerindo que o “status” imunológico do paciente (classificação clínica CDC-92)

parece não interferir na melhora clínica. (Tabela 13 e 14)

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Tabela 13 - Comparação entre: o percentual de melhora dos parâmetros no 7º.dia e categoria clínica CDC-92

% Melhora 7o. Dia Parâmetros A(n=1) B(n=2) C2(n=9) C3(n=8)

Investigador Eritema 100 80 92,3 84,6 Descamação 100 66,6 90 81,3 Escoriação 0 50 100 66,6 Liquenificação 0 50 100 100 Infiltração 0 50 100 84,6

Paciente Eritema 100 80 73,3 68,75 Descamação 100 100 100 78,5 Ardor 0 66,6 100 66,6 Prurido 0 83 91,6 45,4

Tabela 14 - Comparação entre: o percentual de melhora dos parâmetros no 14º.dia e categoria clínica CDC-92

% Melhora 14o.dia Parametros

A(n=1) B(n=2) C2(n=9) C3(n=8)

Investigador Eritema 100 80 100 91,2 Descamação 100 66,6 100 92,3 Escoriação 0 50 100 61,9 Liquenificação 0 50 100 100 Infiltração 0 75 100 82,4

Paciente Eritema 100 100 93,3 78,5 Descamação 100 83 100 83,6 Ardor 0 100 100 80,9 Prurido 0 100 100 79,2

Nenhum dos pacientes do grupo A ou do Grupo B referiu o aparecimento de

eventos adversos durante o protocolo, também não houve por parte do investigador

a observação de infecções locais secundárias, redução nas contagens de linfócitos

T CD4+ e CD8+ , ou aumentos na dosagem da carga viral.

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CCOONNCCLLUUSSÃÃOO

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VI. CONCLUSÃO

O pimecrolimo creme à 1% mostrou-se seguro e bem tolerado para o

tratamento da DS facial em pacientes HIV/AIDS.

A recidiva parcial é observada após a suspensão do tratamento.

O quadro clínico da recidiva pós-tratamento foi de menor intensidade

quando comparado ao quadro clínico inicial tanto na avaliação do investigador

como na avaliação dos pacientes.

A eficácia da medicação foi independente do “status imunológico” do

paciente.

O pimecrolimo creme 1% representa uma nova, atrativa e eficaz, opção

terapêutica para o tratamento da DS de face em pacientes HIV-positivos.

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RREEFFEERRÊÊNNCCIIAASS BBIIBBLLIIOOGGRRÁÁFFIICCAASS

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GGLLOOSSSSÁÁRRIIOO

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Droga: é a matéria prima mineral, vegetal ou animal da qual se podem extrair um

ou mais princípios ativos. De acordo com esta acepção, os agentes terapêuticos de

origem sintética não são drogas.

Fármaco: é a substância química de constituição definida que pode ter aplicação

em Farmácia, seja como preventivo, seja como curativo, seja como agente de

diagnóstico; a ser aceita esta definição, a matéria prima mineral, vegetal ou animal

da qual se podem extrair uma ou mais bases medicamentosas não é fármaco, pois

sua constituição química não é necessariamente conhecida.

Medicamento: produto farmacêutico, tecnicamente obtido ou elaborado, com

finalidade profilática, curativa, paliativa ou para fins de diagnóstico". (Lei nº 5.991,

de 17/12/73). É uma forma farmacêutica terminada que contém o fármaco,

geralmente em associação com adjuvantes farmacotécnicos.

Estudo Aberto: tanto o pesquisador responsável como o sujeito da pesquisa são

informados e têm conhecimento sobre a medicação que será administrada.

Índice de Massa Corpórea (IMC): é a razão do peso (Kg) pela altura ao quadrado

(m). É o melhor indicador de obesidade, pois enfatiza a adiposidade relativa dos

indivíduos e minimiza os efeitos da altura. O valor ótimo é de 20 - 27 segundo

Ministry of National Health and Welfare, Canadá, entretanto, a National Academy of

Sciences enfatiza que o IMC aumenta com a idade, de 19 – 24 para adultos jovens

e de 24 – 29 para acima de 65 anos.

Limite Inferior de Quantificação (LoQ): menor quantidade de um analito numa

amostra que pode ser determinada quantitativamente com precisão e exatidão

aceitáveis (BRASIL, 2003c).

Soropositivo: individuo com duas amostras de sangue positivas para o vírus HIV

HIV positivo: individuo com duas amostras de sangue positivas para o vírus HIV

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100

Caso de AIDS (Critérios do Ministério da Saúde do Brasil – 2004 em indivíduos com treze (13) anos de idade ou mais para fins de vigilângia epidemiológica): existência de dois (2) testes de triagem reagentes ou um (1)

confirmatório para detecção de anticorpos anti-HIV + evidência de imunodeficiência:

diagnóstico de pelo menos uma (1) doença indicativa de aids - CRITÉRIO CDC

ADAPTADO - e/ou contagem de linfócitos T CD4+ < 350 células/mm3 E/OU existência de dois (2) testes de triagem reagentes ou um (1) confirmatório para

detecção de anticorpos anti-HIV + somatório de pelo menos dez (10) pontos, de

acordo com uma escala de sinais, sintomas ou doenças - CRITÉRIO RIO DE

JANEIRO/CARACAS OU CRITÉRIO EXCEPCIONAL ÓBITO Menção a aids/sida

(ou termos equivalentes) em algum dos campos da Declaração de Óbito (DO) + investigação epidemiológica inconclusiva ou menção a infecção pelo HIV (ou

termos equivalentes) em algum dos campos da declaração de óbito, além de

doença(s) associada(s) à infecção pelo HIV + Investigação epidemiológica

inconclusiva

Paciente HIV/AIDS: pacientes que podem ser HIV positivos ou já casos de AIDS

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AANNEEXXOOSS

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102

ANEXO I - TERMO DE CONSENTIMENTO LIVRE ESCLARECIDO GRUPO A

“Eficácia Terapêutica do Pimecrolimus (Elidel®) na Dermatite Seborréica em

Pacientes HIV Positivo”

Você está sendo convidado a participar de um projeto de pesquisa. Sua

participação é importante, porém, você não deve participar contra a sua vontade.

Leia atentamente as informações abaixo e faça qualquer pergunta que desejar,

para que todos os procedimentos desta pesquisa sejam esclarecidos.

O abaixo-assinado,declara que é de livre e espontânea vontade que está

participando como voluntário de projeto de pesquisa, sob responsabilidade dos

médicos pesquisadores, Dra. Maria Elisabete Amaral de Moraes, da Unidade de

Farmacologia Clínica da UFC e Andréa Pinheiro de Moraes, médica dermatologista

do Hospital São José. O abaixo-assinado está ciente que:

NATUREZA E PROPÓSITO DO ESTUDO Avaliar a eficácia terapêutica do Pimecrolimus (Elidel®), na dermatite seborréica em

pacientes HIV Positivo”.

PROCEDIMENTOS A SEREM REALIZADOS E RESPONSABILIDADES Você será atendido no ambulatório de Dermatologia do Hospital São José pela Dra

Andréa Pinheiro de Moraes para realização de avaliação médica a fim de

diagnosticar e tratar Dermatite Seborréica (lesão na pele que se caracteriza com

placas vermelhas que descamam e que coçam).

Para diagnosticar o seu problema de pele (dermatite seborreica),faremos um

exame médico da sua face quando então faremos um pequeno furo com uma

espécie de agulha, que retirará um pedacinho de sua pele do tamanho da ponta de

um lápis, isto será feito após a anestesia da pele.

Para saber se o medicamento (ELIDEL) que você usará na sua doença de pele

(dermatite seborréica) está tendo resultado (resposta terapêutica) será necessário

fazer fotografias antes e após o tratamento. Estas fotos serão mantidas em sigilo

(segredo).

Durante o estudo, você será deverá comparecer ao ambulatório de dermatologia

do Hospital São José para a avaliação inicial e avaliações pós-aplicação do

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medicamento em estudo. A duração total de sua participação na pesquisa está

estimada em 42 dias, a contar da primeira aplicação da medicação.

RESPONSABILIDADES

É de sua responsabilidade em relação a sua participação no ensaio clínico: a)

comparecer às avaliações no ambulatório na data e horários informados; b) aplicar

por via tópica a medicação em estudo (ELIDEL) duas vezes ao dia durante 07 dias;

c) retornar ao ambulatório, na data, horário e local combinados, para realização de

avaliação clínica e fotográfica da lesão, completando um total de 05 avaliações

médicas e 05 registros fotográficos.

POSSÍVEIS RISCOS E DESCONFORTOS A administração tópica de Elidel® pode ocasionar reações como ardor

(queimação), eritema (vermelhidão) e prurido (coceira). Além dos efeitos citados, a

administração de qualquer medicamento pode causar reações imprevisíveis.

A retirada de uma pequena porção da pele do seu rosto será realizada com

anestesia local, sendo o desconforto menor do que uma injeção.

BENEFÍCIOS OU COMPENSAÇÕES A participação neste estudo tem objetivo de submetê-lo a um tratamento

terapêutico. Conseqüentemente, se espera que a sua participação traga como

resultado uma melhora da dermatite seborréica.

INTERCORRÊNCIAS (efeitos indesejáveis) Qualquer efeito indesejável deve ser comunicado o mais rápido possível a Dra.

Andréa Pinheiro de Moraes.

PARTICIPAÇÃO VOLUNTÁRIA Sua participação é voluntária e tem a liberdade de desistir ou interromper a

participação neste estudo no momento em que desejar. Neste caso, você deve

informar imediatamente sua decisão ao pesquisador ou a um membro de sua

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equipe, sem necessidade de qualquer explicação e sem que isto venha interferir no

seu atendimento médico desta Instituição.

Obteve todas as informações e esclarecimentos necessários para poder decidir

conscientemente sobre a participação no referido ensaio clínico.

Independente de seu desejo e consentimento, sua participação no estudo poderá

ser interrompida em função a) da ocorrência de eventos adversos; b) do não

cumprimento das normas estabelecidas; c) de qualquer outro motivo que, a critério

médico, seja do interesse de seu próprio bem-estar ou dos demais participantes; d)

da suspensão do estudo como um todo.

A Unidade de Farmacologia Clínica e o Hospital São José o manterá informado,

em tempo oportuno, sempre que houver alguma informação adicional que possa

influenciar seu desejo de continuar participando no estudo e prestará qualquer tipo

de esclarecimento em relação ao progresso da pesquisa, conforme sua solicitação.

A interrupção não causará prejuízo ao seu atendimento, cuidado e tratamento pela

equipe da Unidade de Farmacologia Clínica e a do Hospital São José.

DIVULGAÇÃO DE INFORMAÇÕES QUANTO À PARTICIPAÇÃO NO ESTUDO Os registros que possam identificar sua identidade serão mantidos em sigilo, a não

ser que haja obrigação legal de divulgação. A Unidade de Farmacologia Clínica e o

Hospital São José não identificarão o voluntário por ocasião da publicação dos

resultados obtidos. Contudo, o(s) auditor(es), membros do Comitê de Ética em

Pesquisa Clínica, ou autoridades do(s) órgão(s) regulamentar(es) envolvido(s) terão

direito de ter acesso aos registros originais de dados clínicos de sua pessoa,

coletados durante a pesquisa, na extensão em que for permitido pela Lei e

regulamentações aplicáveis, com o propósito de verificar os procedimentos e dados

do ensaio, sem, no entanto, violar a condição de que tais informações são

confidenciais.

Ao assinar este Termo de Consentimento Livre e Esclarecido, você está também

autorizando tal acesso, mesmo que você se retire do estudo.

CONTATOS E PERGUNTAS Caso surja alguma intercorrência, deverá contatar a Dra. Andréa Pinheiro de

Moraes nos telefones indicados no final deste Termo de Consentimento Livre e

Esclarecido.

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105

Poderá contatar a Secretaria do Comitê de Ética em Pesquisa da Universidade

Federal do Ceará, fone 4009-8338, para apresentar recursos ou reclamações em

relação ao estudo.

Eu, por fim, declaro que li cuidadosamente todo este documento denominado

Termo de Consentimento Livre e Esclarecido e que, após, tive nova oportunidade

de fazer perguntas sobre o conteúdo do mesmo o também sobre o Estudo e recebi

explicações que responderam por completo minhas dúvidas e que reafirmo estar

livre e espontaneamente decidindo participar do Estudo.

Ao assinar este Termo de Consentimento Livre e Esclarecido, eu também estou

certificando que toda a informação que prestei, incluindo minha história médica, é

verdadeira e correta até onde é de meu conhecimento, e declaro estar recebendo

uma cópia assinada deste documento.

Ao assinar este Termo de Consentimento Livre e Esclarecido, estou autorizando o

acesso às minhas informações de saúde aos membros da equipe, auditores,

membros do Comitê de Ética em Pesquisa e membros de órgãos regulamentares

envolvidos nas condições estabelecidas descritas nos itens acima.

Fortaleza, _____/_____/______

NOME DO VOLUNTÁRIO DATA Assinatura

PESSOA QUE ESTÁ OBTENDO O

TERMO DE CONSENTIMENTO

DATA Assinatura

TESTEMUNHA (Somente necessário se o voluntário

não souber ler)

DATA Assinatura

TELEFONES: Dra. Andréa Pinheiro de Moraes 254.4220, 9997.0113; Hospital São José 433-4337

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ANEXO II - TERMO DE CONSENTIMENTO LIVRE ESCLARECIDO GRUPO B

“Eficácia Terapêutica do Pimecrolimus (Elidel®) na Dermatite Seborréica em

Pacientes HIV Positivo”

Você está sendo convidado a participar de um projeto de pesquisa. Sua

participação é importante, porém, você não deve participar contra a sua vontade.

Leia atentamente as informações abaixo e faça qualquer pergunta que desejar,

para que todos os procedimentos desta pesquisa sejam esclarecidos.

O abaixo-assinado, declara que é de livre e espontânea vontade que está

participando como voluntário de projeto de pesquisa, sob responsabilidade dos

médicos pesquisadores, Dra. Maria Elisabete Amaral de Moraes, da Unidade de

Farmacologia Clínica da UFC e Andréa Pinheiro de Moraes, médica dermatologista

do Hospital São José. O abaixo-assinado está ciente que:

NATUREZA E PROPÓSITO DO ESTUDO Avaliar a eficácia terapêutica do Pimecrolimus (Elidel®), na dermatite seborréica em

pacientes HIV Positivo”.

PROCEDIMENTOS A SEREM REALIZADOS E RESPONSABILIDADES

Você será atendido no ambulatório de Dermatologia do Hospital São José pela Dra

Andréa Pinheiro de Moraes para realização de avaliação médica a fim de

diagnosticar e tratar Dermatite Seborréica (lesão na pele que se caracteriza com

placas vermelhas que descamam e que coçam).

Para diagnosticar o seu problema de pele (dermatite seborreica),faremos um

exame médico da sua face quando então faremos um pequeno furo com uma

espécie de agulha, que retirará um pedacinho de sua pele do tamanho da ponta de

um lápis, isto será feito após a anestesia da pele.

Para saber se o medicamento (ELIDEL) que você usará na sua doença de pele

(dermatite seborréica) está tendo resultado (resposta terapêutica) será necessário

fazer fotografias antes e após o tratamento. Estas fotos serão mantidas em sigilo

(segredo).

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Durante o estudo, você será deverá comparecer ao ambulatório de dermatologia do

Hospital São José para a avaliação inicial e avaliações pós-aplicação do

medicamento em estudo. A duração total de sua participação na pesquisa está

estimada em 49 dias, a contar da primeira aplicação da medicação.

RESPONSABILIDADES É de sua responsabilidade em relação a sua participação no ensaio clínico: a)

comparecer às avaliações no ambulatório na data e horários informados; b) aplicar

por via tópica a medicação em estudo (ELIDEL) duas vezes ao dia durante 14 dias;

c) retornar ao ambulatório, na data, horário e local combinados, para realização de

avaliação clínica e fotográfica da lesão, completando um total de 06 avaliações

médicas e 06 registros fotográficos.

POSSÍVEIS RISCOS E DESCONFORTOS A administração tópica de Elidel® pode ocasionar reações como ardor

(queimação), eritema (vermelhidão) e prurido (coceira). Além dos efeitos citados, a

administração de qualquer medicamento pode causar reações imprevisíveis.

A retirada de uma pequena porção da pele do seu rosto será realizada com

anestesia local, sendo o desconforto menor do que uma injeção.

BENEFÍCIOS OU COMPENSAÇÕES A participação neste estudo tem objetivo de submetê-lo a um tratamento

terapêutico. Conseqüentemente, se espera que a sua participação traga como

resultado uma melhora da dermatite seborréica.

INTERCORRÊNCIAS (efeitos indesejáveis) Qualquer efeito indesejável deve ser comunicado o mais rápido possível a Dra.

Andréa Pinheiro de Moraes.

PARTICIPAÇÃO VOLUNTÁRIA Sua participação é voluntária e tem a liberdade de desistir ou interromper a

participação neste estudo no momento em que desejar. Neste caso, você deve

informar imediatamente sua decisão ao pesquisador ou a um membro de sua

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equipe, sem necessidade de qualquer explicação e sem que isto venha interferir no

seu atendimento médico desta Instituição.

Obteve todas as informações e esclarecimentos necessários para poder decidir conscientemente sobre a participação no referido ensaio clínico. Independente de seu desejo e consentimento, sua participação no estudo poderá ser interrompida em função a) da ocorrência de eventos adversos; b) do não cumprimento das normas estabelecidas; c) de qualquer outro motivo que, a critério médico, seja do interesse de seu próprio bem-estar ou dos demais participantes; d) da suspensão do estudo como um todo. A Unidade de Farmacologia Clínica e o Hospital São José o manterá informado, em tempo oportuno, sempre que houver alguma informação adicional que possa influenciar seu desejo de continuar participando no estudo e prestará qualquer tipo de esclarecimento em relação ao progresso da pesquisa, conforme sua solicitação. A interrupção não causará prejuízo ao seu atendimento, cuidado e tratamento pela equipe da Unidade de Farmacologia Clínica e a do Hospital São José. DIVULGAÇÃO DE INFORMAÇÕES QUANTO À PARTICIPAÇÃO NO ESTUDO Os registros que possam identificar sua identidade serão mantidos em sigilo, a não ser que haja obrigação legal de divulgação. A Unidade de Farmacologia Clínica e o Hospital São José não identificarão o voluntário por ocasião da publicação dos resultados obtidos. Contudo, o(s) auditor(es), membros do Comitê de Ética em Pesquisa Clínica, ou autoridades do(s) órgão(s) regulamentar(es) envolvido(s) terão direito de ter acesso aos registros originais de dados clínicos de sua pessoa, coletados durante a pesquisa, na extensão em que for permitido pela Lei e regulamentações aplicáveis, com o propósito de verificar os procedimentos e dados do ensaio, sem, no entanto, violar a condição de que tais informações são confidenciais. Ao assinar este Termo de Consentimento Livre e Esclarecido, você está também autorizando tal acesso, mesmo que você se retire do estudo. CONTATOS E PERGUNTAS Caso surja alguma intercorrência, deverá contatar a Dra. Andréa Pinheiro de Moraes nos telefones indicados no final deste Termo de Consentimento Livre e Esclarecido.

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Poderá contatar a Secretaria do Comitê de Ética em Pesquisa da Universidade Federal do Ceará fone 4009-8332, para apresentar recursos ou reclamações em relação ao estudo. Eu, por fim, declaro que li cuidadosamente todo este documento denominado Termo de Consentimento Livre e Esclarecido e que, após, tive nova oportunidade de fazer perguntas sobre o conteúdo do mesmo o também sobre o Estudo e recebi explicações que responderam por completo minhas dúvidas e que reafirmo estar livre e espontaneamente decidindo participar do Estudo. Ao assinar este Termo de Consentimento Livre e Esclarecido, eu também estou

certificando que toda a informação que prestei, incluindo minha história médica, é

verdadeira e correta até onde é de meu conhecimento, e declaro estar recebendo

uma cópia assinada deste documento.

Ao assinar este Termo de Consentimento Livre e Esclarecido, estou autorizando o

acesso às minhas informações de saúde aos membros da equipe, auditores,

membros do Comitê de Ética em Pesquisa e membros de órgãos regulamentares

envolvidos nas condições estabelecidas descritas nos itens acima.

Fortaleza, _____/_____/______

NOME DO VOLUNTÁRIO DATA Assinatura

PESSOA QUE ESTÁ OBTENDO O

TERMO DE CONSENTIMENTO

DATA Assinatura

TESTEMUNHA (Somente necessário se o voluntário

não souber ler)

DATA Assinatura

TELEFONES: Dra. Andréa Pinheiro de Moraes 254.4220, 9997.0113; Hospital São José 433-

4337

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ANEXO III - QUESTIONÁRIO DO INVESTIGADOR Data:___/___/____ 1 - Escore de Eritema

0 – nenhum

1 – leve (eritema pouco detectável, rosa bem leve)

2- moderado (vermelho fraco, claramente distinguível)

3 – grave (vermelho intenso)

2 - Escore de Descamação

0 – nenhum

1 – leve (escamas finas-furfuráceas)

2- moderado (escamas finas e graxentas)

3 – grave (escamas graxentas)

3 - Escore de Escoriação

0 – nenhum

1 – leve (evidência escassa de escoriação sem sinais de lesão de pele mais

profunda – erosão; crostas)

2- moderado (várias marcas lineares na pele com alguma evidência demonstrando

lesão de pele mais profunda – erosão; crostas)

3 – grave (muitas lesões erosivas ou com crostas)

4 – Escore de Liquenificação

0 – nenhum

1 – leve (espessamento da pele discernível apenas pelo toque, com as marcas da

pele minimamente exageradas)

2- moderado (espessamento da pele com as marcas da pele exageradas de modo

que elas formam um visível padrão trançado)

3 – grave (espessamento endurecido da pele com suas marcas visivelmente

representando um padrão trançado)

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5 – Escore de Infiltração/papulação 0 – nenhuma

1 – leve (elevação levemente perceptível)

2 – moderado (elevação claramente perceptível, mas não extensa)

3 – grave (elevação marcadamente extensa)

Comentários Adicionais:

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ANEXO IV – QUESTIONÁRIO DO PACIENTE Data:___/___/____

1 - Escore de Ardor

0 – nenhum

1 – leve (apenas quando expõe-se ao calor intenso ou após atividade física)

2- moderado (presente durante a exposição solar do dia a dia ou após atividades

habituais)

3 – grave (está presente no repouso)

2 - Escore de Prurido

0 – nenhum

1 – leve (ocasional, prurido leve)

2 – moderado (constante ou intermitente, porém não perturba a noite de sono)

3 – grave (prurido que incomoda e que perturba a noite de sono)

3 – Escore de Descamação

0 – nenhuma

1 – leve (escama fina)

2 – moderada (escama fina e escamas grossa)

3 – grave (escama grossa)

4 - Escore de Eritema

0 – nenhum

1 – leve (eritema pouco detectável, rosa bem leve)

2- moderado (vermelho fraco, claramente distinguível)

3 – grave (vermelho intenso)

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ANEXO V – TRABALHO ACEITO PARA PUBLICAÇÃO NO JEADV - JOURNAL OF THE EUROPEAN ACADEMY OF DERMATOLOGY AND VENEREOLOGY

-----Original Message-----

From: [email protected] [mailto:[email protected]]

Sent: 17 March 2006 10:49

To: [email protected]; [email protected]

Cc: [email protected]

Subject: Journal of the European Academy of Dermatology and Venereology

- Manuscript JEADV-2005-0806.R1

Dear Dr. Andrea de Moraes

A pilot, open-label efficacy study with pimecrolimus cream 1% in adults with

facial seborrheic dermatitis infected with HIV virus (ms no. JEADV-2005-0806.R1)

I am pleased to confirm that your paper has been accepted for publication in

Journal of the European Academy of Dermatology &Venereology.

Thank you for supporting the journal!

Yours sincerely,

Prof. Jean Paul Ortonne

Editor-in-Chief

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A pilot, open-label efficacy study with pimecrolimus cream 1% in adults with facial seborrheic

dermatitis infected with HIV virus

Andréa Pinheiro de Moraes MPharm1; Érico Ântonio Gomes de Arruda MInfec.Diseases1; Maria

Airtes Vieira Vitoriano MD1; Manoel Odorico de Moraes Filho PhD2; Fernando Ântonio Frota Bezerra

MPharm2; Erica de Magalhães Holanda MD3, Maria Elisabete Amaral de Moraes PhD2

1São José Hospital of Infectious Diseases, Ceará, Brazil; 2School of Medicine, Federal University of

Ceará; Ceará, Brazil; 3Monte Klinikum General Hospital,Ceará, Brazil

Keywords: Pimecrolimus; HIV positive; seborrheic dermatitis; treatment

Corresponding author:

Andréa Pinheiro de Moraes MPharm

Fonseca Lobo St. 560, apto. 202

Fortaleza - Ceara – Brazil

Zip Code: 60175-020

Tel: + 55 85 32644846

Mob: + 55 85 99970113

Fax: + 55 85 32232903

e-mail: [email protected]

Abstract

Background: Seborrheic dermatitis is a common dermatosis in HIV-positive patients, many of whom

do not respond satisfactorily to conventional topical treatments such as corticosteroids and

antifungals.

Objective: Pilot study to investigate the efficacy and tolerability of pimecrolimus cream 1% in HIV-

positive patients with facial seborrheic dermatitis.

Methods: In a single-center study, 21 HIV-infected patients with mild−severe seborrheic dermatitis

were treated twice daily with pimecrolimus cream 1% for 14 days. Thereafter, treatment was

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discontinued and patients followed up for 5 weeks. Skin involvement at baseline, Days 7, 14, 21, 35

and 49 was assessed using a 4-point clinical score and digital photographs.

Main outcome measures: Efficacy and safety of pimecrolimus cream 1% treatment and incidence of

relapse in the follow-up phase.

Results: Marked improvement was seen in clinical parameters at Day 7, with ≥90% patients clear of

symptoms at Day 14. Relapse was observed at Day 35 but signs were milder than at baseline. All

patients responded to therapy, despite their immunological status. Pimecrolimus did not alter CD4+

and CD8+ T-cell counts nor viral load during the treatment period.

Conclusion: Pimecrolimus cream represents a new, effective therapeutic option for facial seborrheic

dermatitis in HIV-patients.

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Introduction

Seborrheic dermatitis (SD) is a common dermatosis affecting between 3 and 5% of the

immunocompetent adult population, increasing to between 30 and 83%. among human

immunodeficiency virus (HIV)-positive and acquired immunodeficiency syndrome (AIDS) patients.1,2

However, the etiology of the disease is poorly understood.1,2

SD is a chronic, recurrent inflammatory skin condition, with remissions and exacerbations,

characterized by typical location (nasolabial folds, ears, eyebrows, scalp, chest, umbilicus, flexures

and other areas containing sebaceous glands) and its clinical manifestation (erythema, scaling and

pruritus), that varies greatly in severity.1-3

In HIV-infected patients, SD tends to occur early in the course of the disease (CD4+ T-cell count

range 450−550 cells/μl),4,5 and they often develop atypical and extensive forms4 which may increase

in severity with progression of HIV infection.2,4,5 The condition also appears to be more refractory to

conventional treatment with more frequent relapses.2,6 Topical antifungals and topical corticosteroids

have been the mainstay of treatment, but there is no cure for the disease.2 However, topical

antifungals are not always effective and chronic use of topical steroids, especially on the face, has

potential side-effects including skin atrophy, telangiectasia, glaucoma, and diminishing

effectiveness.7 The recent development of topical calcineurin inhibitors (pimecrolimus [Elidel®] and

tacrolimus [Protopic®]) has offered a useful, safe alternative to corticosteroids in the treatment of

various inflammatory skin disorders such as SD.7-9

Pimecrolimus is a non-steroid calcineurin inhibitor, which exerts its anti-inflammatory effects by

inhibiting the release of pro-inflammatory cytokines and mediators from T-cells and other cells

involved in skin inflammation.9,10 It has an excellent safety profile, low systemic absorption and does

not induce skin atrophy.9,10 Particular advantages for treatment of facial AD with pimecrolimus are the

cream formulation and lack of photosensitivity.11 Pimecrolimus has previously been used with

success in the treatment of SD in HIV-negative 7,12,13 and in four HIV-positive patients.14

In this pilot, open-label study with pimecrolimus 1% cream in adults infected with HIV virus and facial

SD we evaluated the efficacy and time to relapse after treatment discontinuation.

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Patients and Methods

Study design

This was a 7-week, open-label, single-center, efficacy study in adults with facial SD infected with

HIV. All patients were treated with pimecrolimus cream 1% (Elidel®, Novartis Pharma AG, Basel,

Switzerland), twice daily for 14 consecutive days, applied to affected areas only. No concomitant

topical or oral medications with anti-seborrheic action were allowed.

CD4+ T-cell and viral load counts were obtained from all patients at least 30 days prior to the study.

CD4+, CD8+ counts and viral load counts were also recorded at Day 0 and at Day 14 in some

patients.

The primary objective was to investigate the efficacy and safety of pimecrolimus cream 1% on the

facial SD of patients with HIV infection after 2 weeks of treatment. The secondary objective was to

assess the incidence of relapse in the 5-week follow-up phase.

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Patients

Twenty-one HIV-infected patients with mild to severe facial SD were included. The protocol was

approved by the Ethics Committee of the Walter Cantídio University Hospital from the Federal

University of Ceará and performed under Good Clinical Practice standards. All patients provided

written informed consent before entering the study.

Exclusion criteria comprised: patients <18 years; topical facial treatments with emollients,antifungals,

corticosteroids, soaps, tar, zinc pyrithione, selenium, salicylates, retinoids, immunomodulators or any

experimental drug within 14 days; systemic treatments with antifungals, corticosteroids,

immunomodulators/immunosupressors or any experimental drug within 30 days, with isotretinoin

within 180 days, or with acitretin 3 years prior to or during enrollment; hypersensitivity to

pimecrolimus 1% cream or its vehicle; any local infectious diseases; pregnancy or lactation.

Clinical Assessments

Diagnosis of SD was established according to clinical and histopathological evidence (3 mm punch

biopsy). Skin involvement before, during and after (follow-up period) therapy was semiquantitatively

assessed by a clinical score and by digital photographs.

The clinical score consisted of investigators’ assessment of different grades of erythema,

infiltration/papulation, scaling, excoriation and lichenification and by patients’ assessment of

erythema, burning, scaling and pruritus, each using a four-point scale (0 = absent, 1= mild, 2 =

moderate, 3 = severe).

Photographs were taken using a digital camera: Sony-Cyber Shot DSC-S85 4.1 mega pixels.

Clinical assessment of each single patient was conducted by the same physician during visits at

baseline, Days 7, 14, 21, 35 and 49. The initial treatment phase ended at Day 14. During the follow-

up period patients were not permitted to use pimecrolimus cream 1% or any other local or systemic

medication for SD. Relapse was defined as re-appearance of any signs or symptoms.

Patients were instructed to return the cream tube containing unused test preparation at the second

visit (Day 14); compliance was assessed by weighing the tube. Efficacy, local tolerance, adverse

events and relapses were recorded throughout the study.

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119

Statistical analysis

Statistical analysis was performed on each parameter recorded at each of the 6 visits. The Friedman

test was used to calculate the global p-value; if this result was significant (p≤0,05), the multiple

comparison test was performed, which calculated the p-value for each observed parameter using the

baseline scores relative to scores in each visit.

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120

Results

Twenty-one patients were enrolled; one patient discontinued after the 7-day assessment, and one

patient withdrew consent in the follow-up period. Baseline demographics and background

characteristics by treatment group are reported in Table I.

Treatment period

A highly significant response to treatment was seen. At Day 7 median scores for erythema, scaling

and infiltration/papulation decreased by 86%, 80% and 83%, respectively, (all p<0,01), and at Day 14

by 92.5%, 92% and 87%, respectively, (all p<0,01) from baseline [investigators’ assessment, Figure

1a, Table II]. Patients’ assessment of erythema, scaling and pruritus also showed great

improvement. At Day 7 median scores decreased by 73%, 90% and 72%, respectively, (all p<0,01)

and at Day 14 by 88%, 93% and 88%, respectively, (all p<0,01) [Figure 1b, Table II]. By Day 14,

≥90% of patients were clear (score = 0) of all clinical signs as assessed by both investigators and

patients (Figure 2a and 2b).

Photographs of the clinical appearance of a patient at baseline, treatment and follow-up phases are

shown in Figure 3.

In contrast to the other recorded parameters, median baseline scores for burning, lichenification and

excoriation were relatively low (0.63, 0.11 and 0.21, respectively), but all showed improvement after

7 days’ treatment, and burning improved further at 14 days (Table II).

All patients responded to the therapy, despite their immunological status (CDC-92 criteria [Centers

for Disease Control criteria for acquired immunodeficiency syndrome]). Pimecrolimus did not alter

CD4+ and CD8+ T-cell counts (data from 13/19 patients) nor viral load (data from 11/19 patients)

during the treatment period (Table III). Results at these timepoints were an addition to the original

protocol, initiated part-way through the study, hence data were not available from all patients.

Follow-up period

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121

Following discontinuation of treatment, erythema and scaling relapsed in approximately 50% of

patients around Day 35, ie after 21 days without pimecrolimus, (median scores of 0.21 and 0.26,

respectively, at Day 7 compared with 0.58 and 0.84, respectively, at Day 35, investigators’

evaluation) but all symptoms were milder than at baseline.

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122

Discussion

In the AIDS era, SD has been one of the earliest clinical signs characteristic of HIV-positive patients,

due to its high frequency and severity as compared with non-HIV infected subjects.15

The clinical and histological differences between SD in HIV-negative patients and HIV-positive

patients are well documented. Biopsies of lesions taken from AIDS patients demonstrate widespread

parakeratosis, keratinocytic necrosis, leucoexocytosis and a superficial perivascular infiltrate of

plasma cells.2,16 Long-standing lesions also show hyperkeratosis.2,16 The expression of heat shock

proteins (HSP65 and HSP72) in lesional skin of AIDS patients is also characteristic and distinct from

that seen in HIV-negative patients with SD or psoriasis, suggesting that these changes are due to

altered interactions between T cells and keratinocytes in AIDS patients.2 Some authors suggest that

‘seborrheic-like dermatitis of AIDS’ should actually be regarded as a distinctive entity caused by

immunological defects.2

Mild corticosteroids are effective in the treatment of SD, however, the disease relapses quickly and

local side-effects such as atopy, telangiectasia,and perioral dermatitis limit their use.2,7 Antifungal

agents, in conjunction with low potency topical corticosteroids, have also been used to control flares

of SD lesions. 2 Pimecrolimus cream 1%, which is proven to be effective in the treatment of atopic

dermatitis and other inflammatory skin conditions,9 has also shown success in the treatment of SD in

both HIV-negative7,12,13 and in HIV-positive patients.14

The results from this study suggest that pimecrolimus cream 1% is a fast-acting, effective treatment

for facial SD in HIV-infected adults, and that the symptoms resolve despite the patients’

immunological status. Furthermore, pimecrolimus treatment neither reduced CD4+ and CD8+ T-cell

counts, nor increased the viral load, suggesting that it does not induce systemic immunosuppression

nor influence viral load.

The results are similar to those found by Rigopoulos et al13 and Crutchfield7, who treated HIV-

negative patients with SD with pimecrolimus. They showed that symptoms were almost completely

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resolved by Day 8 of treatment, and in the Rigopoulos study13 relapse was observed 21 days after

medication was stopped. In our study, significant improvement was seen at Day 7, with further slight

improvement after 14 days, when ≥90% patients were clear of symptoms. In some patients,

erythema and scaling relapsed 21 days after medication was stopped, but were substantially milder

than observed at baseline. This relapse is different from the ’rebound’ usually observed with topical

corticosteroids (within the first week after stopping treatment and of the same severity or worse than

baseline).

Maintenance therapy may be needed to prevent relapse, and further evaluation of pimecrolimus

therapy in SD should be undertaken, to consider different treatment schedules for both initial and

maintenance therapy.

It is clear that SD is not just a medical problem; in our study, 76.1% of patients referred to SD as an

esthetic impairment, emphasizing the social implications of this disease. A drug that is safe, effective

and fast acting is needed to treat a frustrating, recurrent, highly visible and undesirable problem.

From this study, pimecrolimus cream 1% fulfills these criteria and represents a new and attractive

therapeutic option for the treatment of facial SD in HIV-patients.

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Table I: Patient demographics and background characteristics (n = 21)

Characteristic Age (years) Mean ± SD Range

38.48 ± 5.34 28–47

Sex Male Female

19 2

Body Mass Index (kg/m2) Mean ± SD Range

23.92 ± 4.59 17.73–37.8

Esthetic Impairment Yes No

16 (76.19%) 5 (23.8%)

Amount of pimecrolimus used(g) Mean ± SD Range

16.88 ± 0.41 9.3–22.53

Taking HAARTa

Yes No

15 (71.42%) 6 (28.57%)

CDC-92bcriteria (number of patients)

A1(1 [4%]),B1(1 [4%]),B3(1 [4%])C2 (10 [47%]), C3 (8 [38%])

Dropped out 2 aHAART–Highly active antiretroviral therapy

bCDC-92 – Centers for Disease Control clinical criteria for acquired immunodeficiency syndrome

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Table II: Percentage improvement in scores at Day 7 and Day 14 (n = 19)

Median scorea % improvement p-valueb Parameter BL Day 7 Day 14 Day 7 Day 14 Day 7 Day 14 Investigators’ assessment

Erythema 1.47 0.21 0.11 85.7 92.5 p<0,01 p<0,01 Scaling 1.32 0.26 0.11 80.3 91.6 p<0,01 p<0,01 Excoriation 0.21 0.11 0.11 47.6 47.6 NA NA Lichenification 0.11 0,05 0.16 54.5 None NA NA Infiltration 1.26 0.21 0.16 83.3 87.3 p<0,01 p<0,01 Patients’ assessment

Erythema 1.74 0.47 0.21 72.9 87.9 p<0,01 p<0,01 Scaling 1.63 0.16 0.11 90.2 93.25 p<0,01 p<0,01 Burning 0.63 0.16 0,05 74.6 92.1 p=0.1 p=0.1 Pruritus 1.32 0.37 0.16 72.0 87.9 p<0,01 p<0,01 BL: baseline

a Clinical score based on a four-point scale (0 = absent, 1= mild, 2 = moderate, 3 = severe)

b: Multiple comparison test

NA: not tested because p-value in Friedman test was not significant (p>0,05)

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Table III: Mean CD4+, CD8+ and viral load counts ≥ 30 days prior to study, at Day 0 and Day 14 Parameter Mean count ± SD Range ≥30 days prior to treatment (all patients, N = 21)

CD4+ (cells/μl) [n=21] 235 ± 40 11 - 536 CD8+ (cells/μl) [n=21] 991 ± 692 357 - 2000 Viral load (copies/mL) [n=21] 205892 ± 84852 U − 3060000 Viral load (log) [n=21] 3.55 ± 0.11 U – 6.5 Sub-group sampled at Day 0 and Day 14 (N = 19)

Day 0 CD4+ (cells/μl) [n=13] 279 ± 154 11 − 536 CD8+ (cells/μl) [n=13] 1112 ± 490 407 − 1808 Viral load (copies/mL) [n=11] 11540 ± 22147 U − 76000 Viral load (log) [n=11] 3.22 ±1.30 U − 4.88 Day 14 CD4+ (cells/μl) [n=13] 302 ± 197 8 − 731 CD8+ (cells/μl) [n=13] 1071 ± 560 435 − 2273 Viral load (copies/mL) [n=11] 8653 ± 15284 U − 53000 Viral load (log) [n=11] 2.73 ± 1.82 U − 4.72 U: Undetectable (< 80 copies/mL)

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Figure 1a

0

0.2

0.4

0.6

0.8

1

1.2

1.4

1.6

Baseline(Day 0)

Day 7 Day 14 Day 21 Day 35 Day 49

Med

ian

scor

e

Erythema Scaling Excoriation Lichenification Infiltration

Infiltration: p<0.01 at days 7, 14, 21 & 35; p<0.05 at day 49 Erythema & scaling p<0.01 at days 7, 14 & 21; p<0.05 at days 35 & 49

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Figure 1b

0

0.2

0.4

0.6

0.8

1

1.2

1.4

1.6

1.8

Baseline(Day 0)

Day 7 Day 14 Day 21 Day 35 Day 49

Med

ian

scor

e

Erythema Scaling Burning Pruritus

Erythema: p<0.01 at all post-baseline timepoints Scaling: p<0.01 at days 7,14 & 21; p<0.05 at days 35 & 49 Pruritus: p<0.01 at days 7,14 & 49; p<0.05 at days 21 & 35

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Figure 2a

0

10

20

30

40

50

60

70

80

90

100

Baseline(Day 0)

Day 7 Day 14 Day 21 Day 35 Day 49

Patie

nts

clea

r of c

linic

al s

igns

(%)

Erythema Scaling Excoriation Lichenification Infiltration

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Figure 2b

0

10

20

30

40

50

60

70

80

90

100

Baseline(Day 0)

Day 7 Day 14 Day 21 Day 35 Day 49

Patie

nts

clea

r of c

linic

al s

igns

(%)

Erythema Scaling Burning Pruritus

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Figure 3: Clinical appearance of a patient at (a) baseline, (b) Day 7, (c) Day 14 and (d) Day 35

(a) (b)

(c) (d)

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Figure legends

Figure 1:(a) Investigators’ assessment of clinical features: median scores (based on 4-point scale: 0

clear; 1 = mild; 2 = moderate; 3 = severe) for erythema, scaling, excoriation, lichenification and

infiltration (n = 19) (b) patients’ assessment of clinical features: median scores (based on 4-point

scale: 0 = clear; 1 = mild; 2 = moderate; 3 = severe) of erythema, scaling, burning and pruritus (n =

19).

Figure 2: Percentage of patients clear (score = 0) of clinical signs (a) investigators’ assessment (b)

patients’ assessment. Analysis includes all patients at baseline (n=21), 20 patients at Day 7 and 19

patients thereafter.

Figure 3: Clinical appearance of a patient at (a) baseline, (b) Day 7, (c) Day 14 and (d) Day 35