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ÉON FANEROZÓICO

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ÉON FANEROZÓICO

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9. Fanerozóico

9.1. Era Paleozóica

9.2. Era Mesozóica

9.3. Era Cenozóica

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Introdução

O Éon Fanerozóico (do grego: phanero, visível + zoe, vida), é oquarto éon do tempo geológico, tem duração estimada entre 542 Ma atéo Recente e divide-se em três eras e doze períodos.

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Introdução

Em relação ao Proterozóico, o registro geológico do Fanerozóicoé amplo, mais acessível, melhor preservado e notadamente maisfossilífero, graças à irradiação, à diversificação e à dispersão da vida

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O Fanerozóico também foi palco da formação e dafragmentação do supercontinente Pangea, que moldou a paisagematual do planeta.

Introdução

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A ERA PALEOZÓICA

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7.1. Paleozóico

7.1.1. Introdução

7.1.2. O Período Cambriano

7.1.3. O Período Ordoviciano

7.1.4. O Período Siluriano

7.1.5. O Período Devoniano

7.1.6. O Período Carbonífero

7.1.7. O Período Permiano

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Introdução

O Paleozóico (do grego: palaios, antigo + zoe, vida), primeira erado Éon Fanerozóico, tem duração estimada entre 542–251 Ma,perfazendo cerca de 290 milhões de anos da história da Terra.

Divide-se em seis períodos:

PALEOZÓICO (541 – 252,17 Ma)

Cambriano(541,0–485,4 Ma)

Ordoviciano(485,4–443,4 Ma)

Siluriano(443,4–419,2 Ma)

Devoniano(419,2–358,9 Ma)

Carbonífero(358,9–298,9 Ma)

Permiano(298,9–252,17 Ma)

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Introdução

Seus limites (base e topo) são marcados, respectivamente, pordois importantes eventos: a expansão e a diversificação da vida e amaior extinção em massa registrada no planeta.

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Introdução

Acredita-se que durante o Paleozóico, a Terra rotacionava maisrápido que no presente, de forma que os dias eram mais curtos e as maréslunares mais intensas, pois a Lua encontrava-se mais próxima da Terra.

O oxigênio atmosférico alcançou os níveis atualmente conhecidos,formando a camada de ozônio que bloqueou a radiação ultravioleta epermitiu o desenvolvimento e a evolução de formas de vida mais complexas.

Além disso, a era paleozóica também foi palco do desenvolvimentoda maioria dos grupos de invertebrados; da conquista dos continentes pelavida; da evolução dos peixes, dos anfíbios, dos répteis, dos insetos e dasplantas vasculares.

Da formação do supercontinente Pangea e de pelo menos duasdistintas idades do gelo.

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Introdução

Apesar de intensa, a tectônica de placas durante o Paleozóicoenvolveu, de um modo geral, a evolução de quatro continentes: Laurentia(América do Norte e Groelândia), Báltica (Europa), Sibéria e Gondwana(América do Sul, África, Austrália e Antártica).

GONDWANABÁLTICA

SIBÉRIALAURENTIA

PANGEA

Cambriano Inferior (540 Ma.) Permiano Superior (260 Ma.)

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Introdução

O clima da Terra também passou porsignificativas e marcantes modificações globais,destacando-se a instalação de estações mais bemdefinidas e de diferentes momentos deaquecimento e resfriamento globais, os quaisimplicaram diretamente nos padrões de umidade e,consequentemente, na formação de distintas zonasclimáticas.

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CAMBRIANO

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Cambriano

O Período Cambriano (latim Cambria, nome romano do Norte doPaís de Gales), foi definido em 1835 pelo geólogo inglês Adam Sedwick,possui duração estimada em cerca de 55 Ma, estendendo-se de 541,0Maa 489,4 Ma.

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Cambriano

Cambriano Inferior(540 Ma.)

Báltica

Laurentia

Sibéria

Gondwana

Cambriano Inf. (540 Ma.)

Ao final do Pré-Cambriano (~540 Ma), a fragmentação do SupercontinentePanótia foi concluída e as massas continentais remanescentes se concentravam emtorno do Hemisfério Sul, distribuídas em 4 placas principais: Gondwana (América doSul, África, Austrália e Antártica), Laurentia (partes da América do Norte eGoelândia), Báltica (Escandinávia, Este da Europa e Rússia) e Sibéria (parte donoroeste da Ásia).

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Cambriano

O resto da

Europa e o que hoje

corresponde a Ásia,

estavam concentrados

em pequenos blocos ao

longo da costa do

Gondwana.

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Cambriano

Cambriano Inf. (540 Ma.)

Cambriano Superior(514 Ma.)

Com o avanço da deriva das placas tectônicas um novo Oceano,denominado Iapetus, se formou.

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Cambriano

Ao final do Cambriano o Gondwana iniciou um lento processo de derivapara o sul através do Pólo Sul, enquanto a Sibéria, a Laurentia e a Bálticaconvergiram na direção dos trópicos, entrando em rota de colisão, quando Laurentiaalcançou o Equador.

Cambriano Inf. (540 Ma.)

Cambriano Superior(514 Ma.)

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Cambriano

Cambriano Inf. (540 Ma.)

Cambriano Superior(514 Ma.)

Nesse tempo, a área continental emersa dos continentes era quase tão

grande quanto a atual e cada bloco continental era circundado por uma extensa

plataforma continental, que estima-se tenha sido predominantemente rasa.

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Cambriano

Cambriano Inf. (540 Ma.)

Com a consecutiva aproximação entre Laurentia e Báltica no Cambriano

Superior o Oceano Iapetus começou a ser consumido.

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Cambriano

O Cambriano é limitado por duas idades dogelo, uma próxima ao final do Proterozóico e a outrano Ordoviciano, às quais são atribuídas reduçõesglobais de temperatura, extinções em massa eredução global do nível relativo do mar.

Apesar disso, de um modo geral, acredita-seque o clima durante o Cambriano foi temperado,representando tempos de maior estabilidadeclimática, pois não há nenhum registro significativo deformação de gelo nesse período.

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Cambriano

Como a maior parte das massas continentaisemersas estavam se distanciando do Pólo Sul,estima-se que ao longo do Cambriano a temperaturamédia nos continentes permaneceu moderada, comuma tendência de aquecimento climático em direçãoao final desse período.

Na verdade, acredita-se que o clima globalCambriano era provavelmente mais ameno euniforme que o atual.

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Cambriano

Foi também durante oCambriano que o oxigêniodissolvido nas águas oceânicasatingiu pela primeira vezquantidades significativas e que ooxigênio atmosférico alcançouníveis mais próximos aos atuais,embora o teor de CO2 atmosféricoainda fosse muito elevado.

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Cambriano

Estima-se que a maior

disponibilidade de oxigênio

dissolvido tenha sido o fator

determinante para a evolução da

vida na Terra, desencadeando a

“explosão cambriana”, evento de

grande expansão, diversificação e

irradiação da vida, particularmente

dos invertebrados dotadas de

conchas e exoesqueletos.

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Cambriano

Apesar disso, acredita-se que os continentes não foram habitados e,

como não há registros de plantas nesse período, a fotossíntese e a produção

primária foram exclusivas às populações de bactérias, algas, e protistas que

habitavam os vastos e rasos mares cambrianos.

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Cambriano

A explosão cambriana da vida, marcou o desenvolvimento detodos os principais filos de invertebrados conhecidos no registro fóssil, aexceção dos Bryozoa.

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Cambriano

Organismos escavadores infaunais evoluíram rapidamentedurante o Cambriano, promovendo uma importante mudança nascaracterísticas do substrato marinho, que se tornou intensamentebioturbado. Este evento é chamado de “A Revolução Cambriana doSubstrato”.

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Cambriano

Há dois outros importantes acontecimentos que merecem destaque no

registro fóssil no Cambriano: o maciço aumento de organismos com envoltório

mineralisado, e a expressiva ampliação no registro de traços-fósseis

(icnofósseis), com maior elaboração e complexidade de formas, o que acredita-

se, tenha resultado da irradiação das formas de hábito escavador.

Trichophycus pedum, a trace fossil whose earliest presence at 535.5 Ma is theaccepted boundary between the Proterozoic and the Cambrian periods.

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Cambriano

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Cambriano

Entre os animais mais abundantes do Cambriano estavam os

arqueociatídeos, cnidários, espongiários, moluscos, trilobitas (crustáceos),

braquiópodes, equinodermas, graptólitos e conodontes, representados, em sua

grande maioria, nos principais Fossil Lagerstätten deste período: Chengjiang

(China), Sirius Passet (Groelândia) e Burgess Shale (Canadá).

Chengjiang localizava-se no Gondwana, na porção que atualmente

corresponde ao Sul da China, enquanto Burgess Shale e Sirius Passet estavam

na Laurentia, na região que compreende, respectivamente, partes do oeste da

América do Norte e do noroeste da Groelândia.

Sirius Passet

Chengjiang

Burgess Shale

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Cambriano

Chengjiang (China):

ARTRÓPODES

INCERTAE SEDIS

BRAQUIÓPODES

EQUINODERMA

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Cambriano

Sirius Passet (Groelândia):

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Cambriano

Burgess Shale (Canadá):

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Cambriano

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Cambriano

A Classe Trilobita (Cambriano – Permiano), membros do Filo Artropoda,

são organismos bentônicos dotados de um exoesqueleto carbonático ou

quitinoso. Foram as formas mais proeminentes durante o Cambriano.

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Cambriano

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Cambriano

O Filo Brachiopoda (Cambriano–Recente), comporta animais

bentônicos sésseis, filtradores, solitários, exclusivamente marinhos, dotados de

concha carbonática bivalve. Possuem dois grupos principais:

Os articulados, dotados de um mecanismo de articulação que auxilia na

abertura e no fechamento da concha; e

Os inarticulados, sem mecanismo articulatório, nos quais o fechamento e

a abertura das conchas é realizado exclusivamente por músculos.

Morfologia dos braquiópodes articulados

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Cambriano

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Cambriano

Filo Brachiopoda (Cambriano–Recente):

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Cambriano

Classe Graptolithina (Cambriano Médio – Devoniano Inferior):

Os graptólitos (do grego graptos, escrita + lithos, rocha), são extintos

hemicordados marinhos coloniais que viveram nos oceanos do Paleozóico entre

o Cambriano Médio e o Carbonífero e atingiram seu apogeu durante o

Ordoviciano e são importantes fósseis-guias do Paleozóico.

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Cambriano

São formados por um esqueleto colonial denominado rabdossoma,

composto por várias cápsulas denominadas tecas, nas quais se albergam os

organismos individuais da colônia.

O rabdossoma se forma a

partir de um indivíduo pequeno e

cônico, denominado sícula, do qual

crescem uma ou mais longas e

delgadas ramificações (livres ou

unidas por curtas conexões

transversais), chamadas estipes.

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Cambriano

Morfologia:

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Cambriano

Classificação e Distribuição Estratigráfica:

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Cambriano

Dendroidea (Cambriano Médio – Carbonífero Superior):

? Dictyonema sp.

Dictyonema retiforme

Dictyonema aluvereum

Dictyonema orvikui

Dictyonema öpiki

Dictyonemadelicatulum

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Cambriano

Graptoloidea (Ordovíciano Inferior – Devoniano Inferior):

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Cambriano

O Filo Cnidaria (Cambriano – Recente) (do grego knidos, irritante,

urtiga e do latim aria, sufixo plural), comporta animais aquáticos do qual

fazem parte as hidras de água doce, medusas, águas-vivas, corais, anêmonas

do mar e caravelas. São organismos formadores de coral.

Segundo Fernandes (2004), representam os metazoários verdadeiros

mais simples conhecidos; são exclusivamente aquáticos e predominantemente

marinhos; e possuem duas formas básicas, os pólipos (sésseis) e as medusas

(livre-natantes).

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Cambriano

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Cambriano

Coral Rugosa (Devonian) Coral Rugosa (Siluriano) Coral Rugosa (Jurássico)

Coral Rugosa (Siluriano) Coral Rugosa (Carbonífero)

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Cambriano

Coral Tabulata (Siluriano) Coral Tabulata (Carbonífero) Coral Tabulata (Devoniano)

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Cambriano

O Filo Archaeocyatha (Cambriano) é constituído por um grupo extintode invertebrados marinhos bentônicos solitários ou coloniais de afinidade aindaincerta, que formaram recifes durante o Cambriano Inferior.

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Cambriano

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Cambriano

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Cambriano

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Cambriano

Outros invertebrados:

Poriferos

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Outros invertebrados:

Equinodermas

Cambriano

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Cambriano

O Cambriano também foi palco do surgimento dos primeirosvertebrados, representados inicialmente por Pikaia um extinto cefalocordadoCraniata de diminuto tamanho (~5 cm), encontrado entre a biota do FolhelhoBurgess (Canadá).

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Cambriano

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Cambriano

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Ordoviciano

E também pelos conodontes (do grego kônus, cone + odontos, dentes),vertebrados primitivos considerados como os primeiros a produzir partesmineralizadas, que são representadas no registro paleontológico por pequenasestruturas esqueletais de forma denticulada, denominadas elementosconodontes.

Estima-se que o animal conodonte foi umpredador livre natante, estritamente marinho,pequeno (~20-50mm) e com forma semelhante ade uma enguia moderna. Era lateralmentecomprimido, possuía simetria bilateral, olhosgrandes, nadadeira caudal radiada; notocorda e umaparelho alimentar composto por elementosdenticulados bilateralmente siméticos.

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Ordoviciano

Até a descoberta do animal conodonte os elementos foram associadosa estruturas pertencentes a diferentes grupos, como: dentes de peixes, algas,vermes, etc.

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Ordoviciano

Os conodontes surgiram noCambriano e se extinguiram no TriássicoSuperior, porem sua maiorrepresentatividade, tanto em termos deabundância quanto de diversidade ocorredurante Paleozóico.

Atingiram seu apogeu no períodoOrdoviciano, mantiveram-se representativosentre o Siluriano, e o Carbonífero, iniciaramuma fase de declínio no Permiano e por fimse extinguiram no Triássico.

No Brasil há registros deconodontes no Devoniano e Carbonífero dasbacias do Acre, Solimões e Amazonas.

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Ordoviciano

Conodontes do Pensilvaniano (Carbonífero) da Formação Itaituba, Bacia do Amazonas (Nascimento et al., 2005; 2010).

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ORDOVICIANO

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Ordoviciano

O período Ordoviciano (do latim Ordovices, antigo povo docentro do País de Gales), foi definido em 1879 pelo geólogo inglêsCharles Lapworth e sua duração é estimada entre 485,4 – 443,4 Ma,perfazendo cerca de 42 Ma.

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Ordoviciano

No início do Ordoviciano, a disposição dos continentes era similar à doCambriano, com quatro principais continentes: Laurentia, Báltica, Sibéria eGondwana, além de placas menores como Kazaquistão, China (norte e sul) eAvalônia.

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Ordoviciano

A Antártica, a Índia e a África Central eram, provavelmente, terrasemersas, enquanto grande parte da Ásia, Austrália, Europa, Américas do Norte edo Sul, e norte da África estavam cobertas por mares rasos durante boa partedesse período.

Ordoviciano Médio458 Ma

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Ordoviciano

Como mostra o registro geológico global, isso aparentemente,favoreceu a deposição de sedimentos carbonáticos típicos de ambientes declimas tropicais em grande parte dos continentes.

Ordoviciano Médio458 Ma

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Ordoviciano

Apesar disso, nas áreas que correspondem às atuais Europa, norte daÁfrica, Oriente Médio e América do Sul predominava a deposição de areias,siltes e argilas, que indicam um clima mais frio. Além disso, localmente, háregistros de rochas vulcânicas intercaladas em algumas bacias deposicionais.

Ordoviciano Médio458 Ma

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Ordoviciano

Entre os blocos Laurentia e Gondwana a consecutiva subdução da placaoceânica Iapetus dava início à Orogenia Taconiana (~480–440 Ma), queculminou com a amalgamação de arcos de ilha à Laurentia.

Esta foi a primeira das três principais colisões que deram origem aosApalaches.

Ordoviciano Médio458 Ma

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Ordoviciano Médio458 Ma

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Ordoviciano

No início do Ordoviciano predominavam climas

amenos, porém o Bloco Gondwana (que inclui a Plataforma

Sulamericana) estava se deslocando continuamente para o

sul, até que no Ordoviciano Superior atingiu latitudes

polares.

Como resultado, formaram-se extensas geleiras

que "drenaram" a água dos mares rasos, provocando o

rebaixando o nível do mar. Depósitos glaciais dessa idade

são identificados no norte da África e na América do Sul.

Várias formas de vida marinha se extinguiram em

função dessas mudanças climáticas. Estima-se que ao final

desse período glacial 60% dos gêneros existentes e 25% das

famílias tenham desaparecido.

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Ordoviciano

A biota marinha do Ordoviciano era composta praticamentepelos mesmos grupos de invertebrados e cordados primitivos quecompunham a biota cambriana (graptólitos, trilobitas, braquiópodes,moluscos, corais, crinóides, cordados primitivos, algas, protistas, etc.), aexceção dos arqueociatídiedos, que se extinguiram ao final doCambriano e dos briozoários que surgiram durante o Ordoviciano.

Apesar da composição similar, a vida marinha no Ordovicianocontinuou se expandindo, de modo que este também foi um período degrande ampliação da diversidade e da abundância dos grupos, marcadopelo surgimento de muitas espécies, gêneros e mesmo famílias.

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Ordoviciano

Filo BRYOZOA (Ordoviciano – Recente):

Os briozoários são animais invertebrados de hábito colonial,sésseis e incrustantes; predominantemente marinhos, embora tambémsejam encontrados em água doce. Os indivíduos das colônias (zoóides)são cilíndricos, dotados de anel de tentáculos e fisicamente conectadosentre si.

No ambiente marinho podem ser encontrados em todas asprofundidades, sendo, porém, mais comuns em águas rasas e em marestropicais.

Os briozoários marinhos possuem um esqueleto calcário eparticipam da construção de recifes.

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Ordoviciano

Classificação Sistemática e Distribuição Estratigráfica:

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Ordoviciano

Filo BRYOZOA (Ordoviciano – Recente):

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Ordoviciano

O Ordoviciano também foi marcado pelo surgimento dos maisantigos vertebrados dotados de uma estrutura óssea semelhante à atual,que correspondiam a pequenos “peixes” sem mandíbula (~20 cm),informalmente chamados de ostracodermos.

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Ordoviciano

Os ostracodermos eram dotados de grandes escudos ósseos nacabeça, pequenas escamas em forma de bastonetes ou placas cobrindoa cauda e uma boca em forma de fenda na extremidade anterior.

Fósseis representativos deste grupo são encontrados em estratosmarinhos ordovicianos da Austrália, América do Sul e oeste da Américado Norte.

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Ordoviciano

OSTRACODERMOS (Ordoviciano – Siluriano):

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Ordoviciano

OSTRACODERMOS (Ordoviciano – Siluriano):

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Ordoviciano

OSTRACODERMOS (Ordoviciano – Siluriano):

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Ordoviciano

Outro importante eventobiológico do Ordoviciano foi acolonização dos continentes pelavida.

Data deste período osprimeiros icnofósseis e restos deartrópodes terrestres, além decutículas e esporos de plantasterrestres primitivas.

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Ordoviciano

Os primeiros registros de plantas no Ordoviciano são representadospor esporos e cutículas de Talófitas (plantas com forma de talo, de estruturamuito simples, sem folha, caule e raiz).

Antheridia (male sexual organs) are located on the upper surface of the branch; magnification times 3.4. b, Longitudinal section ofantheridium of Lyonophyton rhyniensis from the Rhynie Chert; magnification times 40. c, Longitudinal section of archegonium(female sexual organ) of Langiophyton mackiei from the Rhynie Chert; magnification times 80. a–c are from the Remy Collection(slides 200, 90 and 330), Abteilung Paläobotanik, Westfälische Wilhelms-Universität, Münster, Germany (photographs courtesy ofH. Hass and H. Kerp). d, Scanning electron micrograph of Tetrahedraletes medinensis showing a spore tetrad of possible liverwortaffinity from the Late Ordovician (photograph courtesy of W. A. Taylor); magnification times 670.

The origin and early evolution of plants on landPaul Kenrick and Peter R. CraneNature 389, 33-39(4 September 1997)doi:10.1038/37918

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Ordoviciano

Acredita-se que estas primeiras plantas eram formas pequenas quecuja morfologia se assemelhava a das atuais psilófitas.

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Ordoviciano

The origin and early evolution of plants on landPaul Kenrick and Peter R. CraneNature 389, 33-39(4 September 1997)doi:10.1038/37918

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Ordoviciano

Entre os fósseis de artrópodes predominam vestígios como pistas.

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Ordoviciano

Ao final do Ordoviciano várias formas de vidamarinha se extinguiram em resposta à drásticasmudanças climáticas e à variações eustáticas do nívelrelativo do mar, cujas causas são associada a umaglaciação resultante da movimentação de massas dobloco Gondwana.

Estima-se que ao final desse período glacialcerca de 60% dos gêneros e 25% das famíliasexistentes tenham desaparecido.

Do Ordoviciano Inferior aMédio o clima da Terra eraameno e úmido, porém aofinal deste período oGondwana atingiu o PóloSul, dando início a umevento glacial.

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SILURIANO

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Siluriano

O período Siluriano (do latim Silures, tribo celta do sul do Paísde Gales), foi definido em 1839 pelo geólogo escocês RoderickMurchison e sua duração é estimada em 443,4–419,2 Ma (~24 Ma).

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No início do período Siluriano boa parte da América do Sul, daÁfrica e da Antártica eram terras emersas; mares epicontinentais cobriam aAmérica do Norte, Europa, Ásia e Austrália e prosseguia o fechamento doOceano Iapetus.

Siluriano

Siluriano Médio425 Ma

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No Siluriano Médio-Superior a Báltica e a Laurentia começarama colidir, dando prosseguimento à Orogenia Caledoniana, dando início aformação das cadeias de montanhas da Escandinávia, encerrando oOceano Iapetus e começando a ampliação do Mar de Rheic.

Siluriano

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Siluriano

Early Silurian reconstruction of theRheic Ocean immediately prior to theclosure of Iapetus by way of subductionbeneath Laurentia (toothed red line).Stippled areas denoteinferred regions of thinned and/oranomalous thickness of continental andarc crust (simplified after Pickering andSmith, 1995, with Cadomia placedadjacent to Gondwana). Rheicridge-transform system purelyschematic. Heavy black lines traceTornquist suture zone.

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A glaciação iniciada no Ordoviciano se estendeu

até o Siluriano Inferior, mas, a partir daí, o clima novamente

ameniza, culminando com o degelo das grandes calotas

polares e com a consequente elevação global do nível

relativo do mar. A Terra então foi submetida a uma longa

fase de moderado efeito estufa.

Apesar da elevação global da temperatura, o clima

continuava variando conforme a latitude, de modo

semelhante ao que ocorre hoje.

Assim, havia geleiras nas altas latitudes (acima de

65o) e regiões de aridez acentuada no Equador Siluriano,

com quentes mares rasos cobrindo boa parte das massas

equatoriais emersas.

Siluriano

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Após o evento de extinção do final do ordoviciano houve uma

recuperação rápida da faunas de invertebrados durante o Siluriano.

Com a elevação do nível do mar, mares rasos e quentes

proporcionaram um ambiente hospitaleiro para a vida marinha de todos os

tipos.

De um modo geral, a biota e a dinâmica ecológica do Siluriano

ainda eram muito semelhantes às do Ordoviciano, porém havia maior

diversificação.

Entre os organismos com conchas resistentes, os braquiópodes

foram os mais comuns deste período, compondo cerca de 80% do total das

espécies existentes.

Siluriano

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Siluriano

Recifes (Tabulata e Rugosa)

Nos mares rasos deste período, os recifes tropicais formadosprincipalmente por corais Tabulata e Rugosa se expandem, mantendo aparticipação também comum de briozoários e algas calcárias em suaconstrução. Por outro lado, os trilobitas começam a entrar em declínio.

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Siluriano

Comunidades de águas salobras (Euripterídeos e Moluscos)

Peixes sem mandíbula (ostracodermos) invadiram as águasmixohalinas e doces, assim como moluscos e artrópodes (euripterídeos eescorpiões, que podem ter sido semi-aquáticos).

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Entre os artrópodes, os euripterídeos, um grupo extinto deartrópodes (Eurypterida, Chelicerata) foram particularmente abundantes,expandindo-se para águas mixohalinas e doces e se tornaram um dosprincipais predadores desse tempo.

De um modo geral, e simplificado, a morfologia destes organismosassemelha-se a dos escorpiões.

Siluriano

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CLASSE EURYPTERIDA (Ordoviciano – Permiano):

Siluriano

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CLASSE EURYPTERIDA (Ordoviciano – Permiano):

Siluriano

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Também no Siluriano surgiram as primeiras plantas vascularescontinentais .

Siluriano

A-B) Cooksonia, considerada a mais antiga planta continental conhecida, com fósseisidentificados na América do Norte, Europa, Ásia, e Africa.C) Baragwanathia, outra planta deste período, é considerada mais complexa queCooksonia, com fósseis registrados na Austrália.

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Siluriano

Fósseis de Plantas Vasculares do Siluriano

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Estas primeiras plantas vasculares do Siluriano eram formaspequenas (~20cm) e não possuíam sementes, sendo maiscomumente assinaladas como “plantas vasculares sem sementes”.

Siluriano

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Distinguem-se entre os principáis representantes deste períodoCooksonia e Baragwanathia.

Cooksonia

Siluriano

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Baragwanathia

Siluriano

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Siluriano

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Siluriano

Ordoviciano Siluriano

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No final do Siluriano, surgem osGnathostomata (do grego gnathos,mandíbula + stomatos, boca), peixes dotadosde aparelho maxilo-mandibular incorporadoa cabeça (adaptado de Richter et al., 2004)

Segundo Benton (2006), osgnatostomados são agrupados em quatroclados: Chondrichtyes (Siluriano–Recente);Osteichthyes (Siluriano–Recente); Acanthodii(Ordoviciano–Permiano) e Placodermi(Siluriano–Devoniano), dos quais os trêsúltimos surgiram no final do Siluriano.

Siluriano

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Siluriano

Superclasse GNATHOSTOMATA (Siluriano – Recente):

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Superclasse GNATHOSTOMATA (Siluriano – Recente):

Siluriano

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Superclasse GNATHOSTOMATA (Siluriano – Recente):

Siluriano

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Superclasse GNATHOSTOMATA (Siluriano – Recente):

Siluriano