sequência xii do memorial do convento
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Síntese
Álvaro Diogo tem a promessa de conseguir emprego na construção do convento.
Marta Maria sofre de dores terríveis no ventre. João Francisco está infeliz porque o filho partirá novamente para Lisboa.
Blimunda foi à missa em jejum e viu que dentro da hóstia também havia a tal nuvem fechada.
O rei vem a Mafra inaugurar a obra do convento. Sete-Sóis e Blimunda conseguem lugar na igreja.
A pedra principal foi benzida.
Baltasar e Blimunda partem para Lisboa.
Excerto
“Uns dias antes dera-se em Mafra um milagre, que foi ter vindo do mar uma grande tempestade de vento e deu com a igreja de madeira em terra, mastros, tábuas, vigas, barrotes, de confusão com os panos, foi como o sopro gigantesco de Adamastor, se Adamastor soprou, quando lhe dobravam o cabo dos seus e nossos trabalhos, e a quem se escandalizar por dar a isto nome de milagre, sendo destruição, que outro nome se lhe haveria de pôr, sabendo que el-rei, chegado a Mafra e informado do sucesso, se pôs, ele, a distribuir moedas de ouro, assim, com esta mesma facilidade com que o contamos, porque os oficiais da obra em dois dias tinham tornado a levantar tudo, multiplicaram-se as moedas, que foi bem melhor que terem-se multiplicado os pães. É el-rei um monarca previdente que sempre leva arcas de ouro para onde vá, na previsão destes e outros temporais.”
Personagem: D. João V
Nasceu em 1689 e morreu em 1750
"o Magnânimo“
Absolutista Arrogante
Vaidoso
Egocêntrico
Megalómano
Devoto fanáticoTeme a morte
Libertino
Curioso
Expressividade da linguagem
Comparação “[…] esta dor que Marta Maria sente, tenacíssima dor que lhe
trespassa o ventre como as espadas trespassam o coração […]”
Metáfora “[…] os homens são anjos nascidos sem asas […]”
Anáfora “[…] ora a cruz, ora o patriarca, ora el-rei, ora os frades,
ora os cónegos […]”