seminário cyted san-martin

Upload: alejo-ese

Post on 12-Oct-2015

23 views

Category:

Documents


0 download

TRANSCRIPT

  • 5/21/2018 Semin rio Cyted San-Martin

    1/215

    RED IBEROAMERICANA PARA EL USO DE ENERGIAS RENOVABLES

    Y DISEO BIOCLIMTICO EN VIVIENDAS Y

    EDIFICIOS DE INTERES SOCIAL

    Helder Gonalves (Editor)

    Los Edificios Bioclimaticosen los Paises de IberoAmrica

    Livro de ponencias del seminario

  • 5/21/2018 Semin rio Cyted San-Martin

    2/215

    RED IBEROAMERICANA PARA EL USO DE ENERGIAS RENOVABLES

    Y DISEO BIOCLIMTICO EN VIVIENDAS Y

    EDIFICIOS DE INTERES SOCIAL

    Helder Gonalves(Editor)

    Los Edificios Bioclimaticosen los Paises de IberoAmrica

    Livro de Ponencias del Seminario

    San Martn de los Andes / Argentina

    31 Octubre / 1 de Noviembre 2005

  • 5/21/2018 Semin rio Cyted San-Martin

    3/215

    II

    Los Edificios Bioclimaticos en los Paises de Ibero AmricaLivro de Ponencias

    Editor:Helder Gonalves, Coordinador de la Red CYTED Red Ibero Americana para el Uso de EnergiasRenovables y Diseo Bioclimtico en Viviendas Y Edificios de Interes Social

    INETI Instituto Nacional de Engenharia, Tecnologia e Inovao, IPDepartamento de Energias RenovveisEstrada do Pao do Lumiar 1648 038 Lisboa

    Tel 210 924 666 Fax [email protected]

    Programa CYTED 2005

    Preparao: Luisa Brotas

    Impresso: Antnio Coelho Dias, S. A.Tiragem: 200 exemplares

    ISBN N 972-676-200-6 Depsito Legal N237579/06

    Nota LegalOs autores, o INETI e o CYTED declinam qualquer responsabilidade pela utilizao

    indevida da informao contida neste texto. proibida a reproduo da totalidade ouparte deste texto, sem autorizao do INETI e CYTED.

  • 5/21/2018 Semin rio Cyted San-Martin

    4/215

    III

    NDICE

    INTRODUO V

    BRASIL

    EDIFCIOS BIOCLIMTICOS DE USO SOCIAL EXEMPLOS NO NORDESTE DOBRASIL 1Elielza Moura de S. Barbosa, Julia DeCarli e Chigueru Tiba

    CONFORTO AMBIENTAL E EFICINCIA ENERGTICA EM HABITAES DE

    INTERESSE SOCIAL NO BRASIL 9Marcelo de Andrade Romero

    CHILE

    ADAPTACIN TRMICA DE VIVIENDA SOCIAL EN CHILE 15Marcelo HuenchuiryRoberto Romn

    ECUADOR

    PROTOTIPOS DE BAJO COSTO PARA LA ARQUITECTURA BIOCLIMTICA ENEL ECUADOR 23Marco Ynez

    EL SALVADOR

    PROYECTOS DE DESARROLLO: VIVIENDA DE INTERS SOCIAL FUNDASAL 31Claudia Mara Blanco Alfaro

    ESPAN

    ESPAA: UN EDIFICIO BIOCLIMTICO EN ESPAA 41Juan Manuel Mieres, Amandine Gal yJoaqun Garca

    MXICO

    EDIFICIOS BIOCLIMTICOS EN MXICO: ACCIONES, PROGRAMAS Y

    PROYECTOS PARA LA VIVIENDA DE INTERES SOCIAL 45David Morilln Glvez

    PER

    EDIFICACIONES BIOCLIMTICAS EN EL PER 57Raquel Barrionuevo de MachicaoyRafael Espinoza Paredes

    PORTUGAL

    EDIFCIOS BIOCLIMTICOS DE CONSTRUO SOCIAL E EDIFCIOS SOCIAISEM PORTUGAL 67Helder Gonalves, Susana Camelo, Cristina Horta, Luisa BrotaseJoo Mariz Graa

  • 5/21/2018 Semin rio Cyted San-Martin

    5/215

    IV

    ARGENTINA

    DOCENCIA, INVESTIGACIN, TRANSFERENCIA 75Silvia de Schiller

    PROYECTOS DE BAJO IMPACTO Y ALTA EFICIENCIA ENERGTICA 85Silvia de Schiller, John Martin EvansClaudio Delbene, Alejandro Labeur y Daniel Kozak

    ENERGA EN EL HABITAT CONSTRUIDO: PANORAMA EN ARGENTINA 97John Martin Evans

    TAREAS DE DOCENCIA, INVESTIGACIN Y EXTENSIN DEL IAA-FAU-UNT ENARQUITECTURA BIOCLIMTICA Y ENERGAS RENOVABLES 105

    Guillermo E. Gonzalo y Jorge R. Negrete

    VARIABLES BIOCLIMTICAS Y USO DE LA ENERGA EN VIVIENDASESPONTNEAS Y OFICIALES DE INTERS SOCIAL: ANLISIS Y PROPUESTAS 113Beatriz S. Garzn

    DE LO SOLAR A LO BIOCLIMTICO. UN TRAYECTORIA DE INVESTIGACIN YTRANSFERENCIA 131Elas Rosenfeld, Gustavo San Juan yCarlos Dscoli

    ESTRATEGIAS BIOCLIMATICAS EN APLICACIONES AGROINDUSTRIALES:PRODUCCIN DE PLANTAS DE ALTA CALIDAD 143A. Iriarte, V. Garca, G. Lesino, S. Flores Larsen yC. Matas

    ARQUITECTURA BIOCLIMTICA EN VIVIENDAS DE INTERS SOCIAL PARAZONAS HMEDAS 159Jorge Daniel Czajkowski

    ARQUITECTURA BIOCLIMATICA APLICADA A LA CONSTRUCCIN DERESERVAS DE BIENES CULTURALES EN MUSEOS 171Anala Fernanda Gmez

    TRANSFERENCIAS REALIZADAS POR EL LAHV EN EDIFICIOS Y VIVIENDASSOCIALES BIOCLIMTICAS 179Jorge Alberto Mitchell y Mirza Basso

    10 AOS DE ARQUITECTURA BIOCLIMATICA EN LA PROVINCIA DE LAPAMPA, ARGENTINA 197Celina Filippn y Alicia Beascochea

  • 5/21/2018 Semin rio Cyted San-Martin

    6/215

    V

    INTRODUO

    O Seminrio Edifcios Bioclimticos nos Pases Ibero Americanos foi uma realizaodo CYTED no mbito da Rede Ibero Americana para o Uso das Energias Renovveis e

    Desenho Bioclimtico em Edifcios de Interesse Social - 405RT0271 e decorreu em San

    Martn de los Andes na Argentina em 31 de Outubro e 1 de Novembro de 2005.

    O objectivo fundamental desta Rede o de promover o uso de energias renovveis noprojecto de edifcios e que os mesmos se adeqem ao clima (edifcios bioclimticos), de

    acordo com as tcnicas e tipologias construtivas de cada Pas. Para atingir este objectivo

    necessrio um esforo de todos os intervenientes no sentido de fazer o levantamento dasituao em cada regio, sobre as experincias tcnicas e cientficas e prticas

    construtivas de forma a concretizar aces interventivas em cada Pas.

    Neste sentido a Red pretende proporcionar a aproximao entre todos os actores

    interessados na rea dos edifcios e das energias renovveis (investigadores, acadmicos,

    profissionais, promotores, construtores, administrao pblica e reguladores) de forma apromover a discusso sectorial e finalmente estabelecer linhas de aco em cada Pas.

    O presente Seminrio enquadra-se neste esprito, e pretendeu ser um espao de discussopara todos os Pases intervenientes na Red e neste caso focalizando a discusso num

    Pas em particular, a Argentina. Foram convidados todos os grupos principais da

    Argentina, tendo conduzido a um grande nmero de apresentaes e discusses sobre asituao na Argentina, que creio ter sido muito til e interessante para todos, constituindo

    um marco e um exemplo de interveno desta Red.

    A todos os participantes agradeo o empenho e interesse, fazendo votos que outros

    Seminrios se repitam noutros Pases Ibero Americanos.

    Helder Gonalves

    Coordenador da Red Cyted (405RT0271)

    INETI, 12 de Dezembro de 2005

  • 5/21/2018 Semin rio Cyted San-Martin

    7/215

    EDIFCIOS BIOCLIMTICOS DE USO SOCIALEXEMPLOS NO NORDESTE DO BRASIL

    Elielza Moura de S. Barbosa1, Julia DeCarli2e Chigueru Tiba1

    Grupo de Fontes Alternativas de Energia/Departamento de Energia NuclearUniversidade Federal de Pernambuco

    Av. Prof. Luiz Freire, 1000 CDU, 50740540 Recife-PE/BR

    RESUMEN En el contexto de la Red Viviendas Red Iberoamericana para el Uso deEnergas Renovables y Diseo Bioclimtico en Viviendas y Edificios de Inters Social ser

    realizado un relajamiento preliminar de edificios bioclimticos de uso socialen la regin

    Nordeste de Brasil, particularmente en la cuidad de Recife. Sern identificados los

    elementos mas utilizados en la arquitectura brasilea con el propsito de adecuacin al

    clima de la regin. En ese contexto, merecen ser destacados les hospitales de la Red Sarah,

    proyectados por el arquitecto Joo F. Lima (Lel), que une conceptos biocimticos conconceptos teraputicos, relativos al tratamiento de personas con problemas motores.

    Unidades de demostracin localizadas en las universidades federales de los estados de

    Pernambuco y Alagoas, son tambin mencionadas como ejemplos destacados de

    edificaciones bioclimticas e/o energticamente eficientes. Energas renovables,

    Caractersticas climticas brasileas, Edificios bioclimticas, Adecuacin climtica.

    INTRODUO

    A arquitetura brasileira tem se apresentado extremamente criativa, verstil e expressiva

    quanto utilizao de materiais, formas e muitas vezes de conceitos que utilizam recursos

    naturais. No entanto, poucos so os exemplos de edificaes de uso socialque apresentam

    harmonia com o seu entorno, conforto ambiental e eficientizao energtica e que podem

    ser classificados realmente como edifcios bioclimticos.

    Ao contrrio, na maioria das edificaes h a necessidade da utilizao de recursos

    artificiais para a obteno de nveis mnimos de conforto trmico e luminoso nos interiores

    dos ambientes.

    Segundo Bittencout, 2002, alguns fatores, at pouco tempo, estimularam a produo de

    edifcios onde os aspectos ligados ao conforto ambiental so pouco valorizados: o mau

    aproveitamento dos recursos ambientais disponveis, a no adequao das edificaes ao

    clima local, o relativo baixo custo das tarifas e ampla oferta energia eltrica. Relatando o

    Prof. Bittencout, a no incorporao de princpios elementares de uma arquitetura mais

    apropriada ao meio ambiente propiciaram a disseminao, principalmente nos edifcios

    voltados para as camadas mais privilegiadas da sociedade, de um padro arquitetnico

    conhecido como estilo internacional; construes com uma linguagem arquitetnica

    uniforme, que poderiam ser implantadas em qualquer regio do mundo,

    independentemente das caractersticas climticas do stio. Os bvios problemas de conforto

    ambiental, decorrentes da adoo desse padro uniforme, seriam corrigidos com o uso de

    sistemas de ar condicionado e iluminao artificial. Tal equvoco foi ainda mais intenso em

    regies quentes e midas, onde as estratgias bioclimticas mais indicadas para melhoradequar s edificaes ao clima, so a proteo solar e a ventilao natural. Essas

    estratgias demandam uma tipologia construtiva diferente dos prismas puros de vidro,

    1

  • 5/21/2018 Semin rio Cyted San-Martin

    8/215

    muito moda no Brasil atual. A importncia de se construir edifcios mais adaptados aoclima amplia-se, ainda mais, nas construes destinadas populao de renda mais baixa.Para essa populao, a melhoria do conforto trmico no interior dos ambientes depende,fundamentalmente, de uma melhor adequao das construes ao contexto climtico. Maisrecentemente, a preocupao com a relao entre energia e sustentabilidade, ampliada

    devido recente crise energtica brasileira, vem provocando uma mudana de atitude porparte de muitos profissionais. Entre eles encontram-se os arquitetos e engenheiros.Discute-se a necessidade de se incrementar, nos mtodos de projeto dos arquitetos, a

    preocupao com os aspectos ligados eficincia energtica, (Bittencout et all, 2002).

    Para atingir o conforto trmico desejado no interior das edificaes, necessrio a anliseprvia dos fatores determinantes, como insolao, ventos dominantes e caractersticas doentorno, alm do posicionamento do edifcio no lote, vegetao, tipo de fachada, espessurade paredes, escolha de materiais, dimenso das aberturas e materiais empregados.

    Nesse sentido e para um melhor entendimento dos exemplos abordados, apresentam-se,

    algumas informaes relevantes ao tema em pauta: caracterizao geo-climtica eenergtica e tipos de elementos arquitetnicos mais utilizados para adequaes climticasno Nordeste do Brasil (NE/BR). Os exemplos de edificaes apresentados possuemconceitos bioclimticos na sua concepo de projeto e se referem a edifcios de interesse

    social em trs setores: administrativo, sade e educao, localizados nas capitaisbrasileiras: Recife -PE, Macei -AL, Salvador-BA. Salientam-se o conjunto de HospitaisSarah e as unidades demonstrativas de edificaes energeticamente eficientes, nasuniversidades federais dos estados de Pernambuco e Alagoas. Como destaque especial ehistrico, apresenta-se o prdio do MEC localizado na cidade do Rio de Janeiro, RegioLeste.

    INFORMAES RELEVANTES

    Caracterizao Geogrfica e ClimaO Brasil possui um clima bastante variado j que se situa entre os dois trpicos, Cncer eCapricrnio, e por seu imenso territrio: 8,5 milhes de km2, 23.102 km de fronteira, (7.367 km com o oceano atlntico e 15.735 km com os paises vizinhos.) A baixa densidadedemogrfica, cerca de 22 hab/km2, no representativa da realidade. A grande maioria da

    populao de 184,8 milhes de habitantes vive nos grandes centros urbanos principalmenteao longo do litoral (200 a 12.900 hab/km2 ) contra cerca de 0,13 a 5 hab/km2 no interior daRegio Amaznica, (IBGE, 2004).

    A variabilidade climtica do Brasil com a diviso do clima em seis regies bsicas comsuas respectivas caractersticas constam na Tab.1. Observa-se que mesmo com umadiversidade de climas, no h grandes amplitudes na variao das temperaturas.

    No litoral do Nordeste predomina a regio Tropical Atlntico com temperaturas mdias de18 a 280C, baixas amplitudes trmicas anuais (3 a 7%), altas umidades relativas do ar (40 a80%), cerca de 58,5 a 85% de horas de desconforto por calor e 14,7 a 37,8 % de conforto endices de irradiao solar de 5,0 a 6,0 kWh, mdia diria mensal, praticamente durantetodo o ano. Portanto, a ventilao apresenta-se como a principal estratgia bioclimtica

    para o desconforto trmico resolvendo cerca de 45,5 a 68,5% das horas do ano. Emsegundo lugar vem a ventilao, massa para resfriamento e resfriamento evaporativoresolvendo cerca de 7,5 a 15,8% das horas do ano de desconforto trmico.

    2

  • 5/21/2018 Semin rio Cyted San-Martin

    9/215

    Caracterizao Energtica

    No Brasil cerca de 80% da energia eltrica produzida de natureza renovvel. 62% do

    consumo total de energia eltrica corresponde aos setores residencial (56%) e pblico

    (8%), (BEM, 2004). Basicamente, esse consumo proveniente da utilizao de

    equipamentos de climatizao ambiental e iluminao. Espaos bem projetadosaproveitando os recursos naturais podem reduzir significativamente esse consumo,

    principalmente no Nordeste onde no h praticamente necessidade de aquecimento do

    ambiente, (BEN, 2004).

    Tabela 1- Posicionamento Geogrfico e Caracterizao Climtica do Brasil

    EQUATORIAL:Temperaturas mdias entre 24 a 26C, comamplitude trmica anual (ATA) de at 3C. Chuvas abundantes e

    bem distribudas (> 2.500 mm/ano). Amaznia

    TROPICAL: Temperaturas mdias acima de 20C e ATA de at7C. Chuvas entre 1.000 mm/ano e 1.500 mm/ano.Vero quente echuvoso, inverno quente e seco.Regio central

    TROPICAL DE ALTITUDE: Temperaturas mdias de 18 a22C. Chuvas mais intensas (entre 1.000 mm/ano e 1.800

    mm/ano). Inverno pode gear. Norte do Paran e o sul do MatoGrosso do Sul

    SEMI-RIDO: Temperaturas mdias muito altas em torno dos27C. Chuvas so muito escassas (menos que 800 mm/ano) e ATApor volta de 5C. Regio mais seca do pas. Nordeste

    TROPICAL ATLNTICO: Temperaturas mdias de 18C a26C. Ata varia de regio para regio. Chuvas abundantes (1.200mm/ano), se concentrado no vero para as regies de latitudes maisbaixas (perto do equador). Mais ao Norte, a semelhana entre as

    estaes de inverno e de vero (diferenciadas apenas pela presenada chuva, mais constante no inverno) resulta em baixas ATA.Conforme a latitude aumenta, cresce tambm a ATA,diferenciando bem as estaes.

    SUBTROPICAL:temperaturas mdias normalmente abaixo dos20C e ATA entre 9C a 13C. As chuvas so fartas e bemdistribudas (entre 1500 mm/ano e 2000 mm/ano). O inverno rigoroso nas reas mais elevadas, onde pode ocorrer neve.

    Elementos arquitetnicos para adequao climtica Nordeste

    As estratgias bioclimticas mais eficientes para melhor adequar s edificaes ao climaso a proteo solar e a ventilao natural na maioria das regies do Brasil. O excessivo

    sol, comumente visto no Nordeste Brasileiro, requer a criao de lugares agradveis,

    frescos e sombreados. Os principais elementos de estratgias de adequao climtica

    utilizados no Nordeste, resumidamente so (Holanda, 1976):

    Criar sombra: como beirais, pergolados,vegetao, etc. O espao sombreado, almde privar a incidncia direta da luz, ainda cria um espao ventilado onde a brisa e o

    vento circulam livremente;

    Proteger as janelas e recuar paredes: como os brise-soleil, venezianas, muxarabi,persianas,etc. Evitar a incidncia direta de raios solares na janela ou no interior das

    edificaes, ameniza a temperatura interna e a iluminao excessiva sem abdicar daventilao;

    - 74

    + 5

    - 34

    - 34

    3

  • 5/21/2018 Semin rio Cyted San-Martin

    10/215

    Vazar muros: como o COBOG, elemento de cermica ou cimento vazado, possui a

    funo de vedao, porm filtrando o excesso de iluminao nos ambientespermitindo a ventilao, muito freqentemente usado no Nordeste Brasileiro;

    Peitoril ventilado: opeitoril-ventilado uma inveno do Arquiteto PernambucanoAugusto Reinaldo, garante que o ambiente esteja permanentemente ventilado mesmo

    em caso de chuvas. Proporcionando um maior conforto trmico e circulao do ar.

    EDIFCIOS DE INTERESSE SOCIAL COM CONCEITOS BIOCLIMTICOS

    Foram identificados e analisados alguns exemplos da arquitetura brasileira, particularmenteno Nordeste, de edificaes de interesse socialque possuem conceitos bioclimticos na suaconcepo do projeto e que se destacam pela tcnica ou pelo valor histrico. Essasedificaes esto vinculadas aos setores: administrativo, sade, e educao.

    Exemplo 01- MINISTRIO DA EDUCAO E CULTURA- MEC (1936)

    Marco na arquitetura moderna brasileira. Situado, na poca de sua construo, em umentorno de edifcios antigos colados no lote. O edifcio ganha destaque por se soltar nolote, para permitir espao, visando contemplao da edificao como um todo. A fachada

    NNO, que possui uma incidncia maior dos raios solares, foi concebida com Brise-soleilmveis (horizontais) e fixos (verticais) e compe toda a fachada, resultando em umaunidade plstica e climaticamente adequada. Na fachada SSE foi adotado a utilizao degrandes caixilhos envidraados at o teto que garantem perfeita condio de ventilao eiluminao.. Ao optar pelo edifcio verticalizado, os recuos gerados pela altura daedificao criaram uma rea de contemplao que funciona como um espao pblico, uma

    praa. No trreo foram utilizados pilotis em escala monumental, criando um corredor deventilao e fundindo o espao pblico com o privado.

    MEC- Ministrio da Educao e CulturaAdministrao Pblica - Rio de Janeiro

    Projeto: Lcio Costa e Oscar Niemeyer

    com L Corbusier,1936

    Exemplo 02- EDIFCIO SANTO ANTNIO- 1960

    Situado num dos bairros mais antigos da cidade de Recife, o Edifcio um conjunto deescritrios composto por quatro pavimentos. Para amenizar os efeitos solares e garantiriluminao filtrada e ainda uma ventilao natural, contou com um conjunto e elementos

    pr-fabricados em sua fachada Oeste, Cobogs, resultando em uma fachada vazada eneutra.

    4

  • 5/21/2018 Semin rio Cyted San-Martin

    11/215

    Edifcio Santo AntonioAdministrao Pblica - Recife

    Projeto de Accio Gil Borsoi, 1960

    Exemplo 03- SUPERINTENDNCIA DO DESENVOLVIMENTO DO NORDESTE

    Obra de grande complexidade por suas dimenses. O edifcio da SUDENE est situado na

    cidade de Recife. Com 15 pisos, mede 250 metros de comprimento na forma de leve arco,

    com a sua fachada principal voltada para o Oeste. Conta com a utilizao de paredes de

    Cobog, eBrise-soleil. Projetado para o clima tropical, dispensa at hoje instalao de ar

    condicionado com exceo dos locais previstos no programa de necessidades no projeto.

    SUDENE-Superintendncia do Desenvolvimento do Nordeste - Administrativo Recife

    Projeto Castro e equipe, 1970

    Exemplos - CENTRO DE TECNOLOGIA DA REDE SARAH

    Joo Figueiras Lima (Lel) desenvolveu uma serie de projetos hospitalares para a

    Associao das Pioneiras Sociais (APS), e conta atualmente com projetos em vrias

    capitais brasileiras. Por utilizar um sistema, construtivo de pr-moldados e industrializadosas obras so executadas em um curto espao de tempo, sem desperdcio dos materiais e

    economicamente mais vivel. A Rede Sarah conta com o Centro de Tecnologia capaz de

    construir novos edifcios desde as instalaes estruturais at utenslios necessrios para o

    funcionamento do hospital, como macas, divisrias, etc. Os espaos criados so fluidos e

    coloridos, com jardins e reas agradveis, que proporciona um carter acolhedor ao local e

    onde os pacientes circulam A terapia se baseia na mobilidade do paciente, at sua

    recuperao. A arquitetura toma como partido a potencializao dos elementos da

    natureza, como o vento, gua e vegetao, tornando o ambiente mais agradvel

    climticamente, mais arejado e com poucos ndices de infeco hospitalar, alm de

    necessitar de menos recursos energticos convencionais. A iluminao natural serve de

    apoio iluminao artificial, assim como o sistema de ventilao e de umidificao do ar.(Lima, 1999)

    5

  • 5/21/2018 Semin rio Cyted San-Martin

    12/215

    Exemplo 04- HOSPITAL SARAH SALVADOR- 1994

    Inaugurado em Maro/1994, foi o primeiro da Rede em que as galerias de manutenoforam utilizadas tambm como dutos de ventilao e de distribuio de ar fresco maioriados ambientes do hospital. Com implantao privilegiada, no alto de uma cumeada tpica

    do relevo de Salvador, privilegiando os fatores climticos. Com concepo horizontal, paraintegrar s reas dos terraos e jardins e facilitar o deslocamento e passeio dos pacientes.

    Centro Hospitalar Sarah SalvadorSade-Salvador Bahia

    Joo Figueiras Lima (Lel), 1994

    Exemplo 05- HOSPITAL SARAH FORTALEZA - 1999 -2000

    Centro Hospitalar Sarah Fortaleza

    - Sade- FortalezaJoo Figueiras Lima (Lel), 1999 - 2000

    6

  • 5/21/2018 Semin rio Cyted San-Martin

    13/215

    Localizado prximo ao Vale do Rio Coc. Assim como o exemplo de Salvador, o Hospital

    tambm possui as galerias de manuteno servindo como dutos de ventilaes para a

    maioria dos ambientes situados no pavimento trreo. O ar captado atravs de um lago

    disposto ao longo da edificao, e nebulizadores sobre o lago auxiliam na purificao e no

    rebaixamento da temperatura do ar que introduzido nas galerias. Foi preservado um

    bosque de rvores frutferas que ocupam quase metade do lote, sendo esta rea aproveitadacomo local para terapia. Um grande espao verde foi protegido por uma coberta por

    venezianas para filtrar o sol.

    Exemplo 06- NCLEO DE PESQUISA MULTIDISCIPLINAR DA UFAL - 2002

    Ncleo de Pesquisa Multidisciplinar da UFAL Educao- Maceio

    Leonaldo Bittencout e equipe, 2002 a 2005

    Este projeto tem como objetivo apresentar uma arquitetura, pela qual os condicionantes

    ambientais so norteadores para proporcionar uma concepo criativa, com menorconsumo de energia e sem grandes custos, com um carter de simplicidade, flexibilidade e

    eficincia, atendendo s limitaes existentes. Destacam-se caractersticas peculiares da

    construo bioclimtica, como: circulao cruzada e petioris ventilados, grandes beiras (5

    metros), protetores solares verticais mveis e horizontais fixos e captadores de luz e vento

    Estes ltimos localizados na cumeeira, no trecho que corresponde circulao central do

    edifcio, e tem por finalidade captar vento para os ambientes e de produzir a exausto do

    ar, proporcionado tambm uma iluminao natural na circulao do pavimento superior.

    Exemplo 07 - CASA ENERGETICAMENTE EFICIENTE DA UFPE 2002/2003

    Projeto localizado no Campus da UFPE. Na Casa Energeticamente Eficiente diversasatividades prticas de ensino, pesquisa e extenso so desenvolvidas relacionadas s

    temticas: anlise de condies de conforto, monitoramento de sensores, aplicao de

    materiais de construo, sistemas estruturais, aplicaes da energia solar entre outras. O

    espao simular uma habitao unifamiliar, cujo programa composto por: sala,

    funcionando como mini auditrio; 2 quartos, destinados a sala de reunies e outro para o

    monitoramento de sensores e equipamentos; uma copa/cozinha e dois banheiros,

    totalizando uma rea de 120m. Considerando a localizao em clima tropical quente e

    mido, onde tem-se por objetivo diminuir os efeitos da insolao, da alta temperatura e da

    alta umidade, buscou-se criar um grande sombreamento, atravs de amplos beirais ao redor

    de todo o permetro do edifcio. A criao de um colcho de ar, entre a cobertura e o forro

    visou diminuir a transmisso de calor para os ambientes interiores. Amplas janelas,sobretudo voltadas para as fachadas Leste, visaram captar a ventilao dominante e faz-la

    7

  • 5/21/2018 Semin rio Cyted San-Martin

    14/215

    cruzar a edificao, contribuindo assim para a diminuio da umidade e da temperatura. As

    mesmas aberturas tambm visaram aproveitar a iluminncia natural. Utiliza materiais e

    tcnicas de construo modernas, modulares e disponveis na regio, como o gesso.

    Equipada com circuito de monitoramento e controle eltricos de presena e sistemas

    solares de iluminao e de aquecimento de gua . Todos esses aspectos contribuem para o

    conforto dos usurios e para a diminuio do consumo de energia eltrica com iluminaoe climatizao artificiais, significando Eficincia Energtica.

    Casa Energeticamente Eficiente da UFPE, Educao - UFPE Recife

    Ruskin Marinho e equipe, 2002/2003

    REFERNCIAS

    -BITTENCOUT, Leonaldo et all (2002) O uso de captadores de vento em arquitetura: o

    caso do edifcio do ncleo de pesquisa multidisciplinar da UFAL, Anais do XVII

    Congresso Brasileiro de Arquitetura.

    -HOLANDA, Armando. Roteiro Para Construir no Nordeste; arquitetura como lugarameno nos trpicos ensolarados. Recife, Universidade Federal de Pernambuco, Mestrado

    de Desenvolvimento Urbano, 1976.

    - Lamberts, Roberto Eficincia energtica na Arquitetura, So Paulo, 1997 Programa

    PROCEL

    -LIMA, Joo Figueiras. CTRS Centro de Tecnologia da Rede Sarah. Braslia;

    Sarahletras; So Paulo; Fundao Bienal/Proeditoras, 1999.

    Revista SIM, N 38.Borsoi, Recife, 2005.

    Balano Energtico Nacional (Brasil) Bem 2004

    Site: www.arcoweb.com.br; www.argbr.com.br; www.mme.gov.br; www.ibge.gov.br

    ABSTRACT This work is found inserted in the context of Red Iberoamerican for the Use

    of Renewable Energies and Bioclimatic Design in Residences and Buildings of Social

    Interest. It is a preliminary survey of examples of bioclimatic buildings in social use in the

    Northeast of Brazil, and in particular in the city of Recife, and the architectonic elements

    most used in Brazilian architecture with the aim oh having climatic ambient adequacy in a

    regional climate. In this context, emphasizing the Sarah network of hospital, that are

    creation of the architect Joo Figueiras Lima (Lel) who unites bioclimatic concepts to

    therapeutics, in the treatments of people with physical disability problems. Also

    bioclimatic and/or energy efficient buildings, are emphasized, such as, demonstrative units

    of the federal universities of the Pernambuco and Alagoas States in the Northeast of Brazil.Renewable energies, Brazilian climatic characteristics, bioclimatic building, Elements of

    climatic adequacy.

    8

  • 5/21/2018 Semin rio Cyted San-Martin

    15/215

    CONFORTO AMBIENTAL E EFICINCIA ENERGTICA EM HABITAESDE INTERESSE SOCIAL NO BRASIL

    Marcelo de Andrade Romero

    Faculdade de Arquitectura e Urbanismo, Universidade de S. Paulo

    1. CONSIDERAES GERAIS

    O Brasil possua no final de 2004 uma populao de 170.000.000 habitantes espalhados em26 estados da federao. O produto interno bruto PIB da ordem de R$ 1769,2 bilhesou US$ 605 bilhes (2004). O PIB Per Capita da ordem de R$ 9743 ou US$ 3331 (2004).A taxa de crescimento populacional do pas de cerca de 1,64 % ao ano. O pas vemsofrendo desde o inicio da dcada de 70, um processo profundo de urbanizao, atingindocerca de 83% em 2003 e este fenmeno no uma prerrogativa brasileira. A partir dadcada de 50, o crescimento e a multiplicao de metrpoles na escala mundial foi muito

    grande. Em 1950, por exemplo, s existiam sete metrpoles com populaes superiores a 5milhes de habitantes, e em 1990 j existiam dezenas de metrpoles nesta escala sendo quemuitas delas expandiram os seus limites a ponto de encontrar os limites de outrosmunicpios vizinhos, formando enormes aglomeraes chamadas de regiesmetropolitanas.

    O Brasil possui nove regies metropolitanas, que concentram cerca de 42 milhes depessoas ou 30% da populao do pas, distribudas em 119 municpios. Esta concentraogera problemas polticos e operacionais de inter-relao entre municpios, como a questodo abastecimento de gua, a disposio final de resduos e a questo habitacional. O paspossui 5.560 municpios.

    Figura 1 Distribuio populacional brasileira

    A regio metropolitana de So Paulo, a maior do pas e conta com aproximadamente 20milhes de habitantes, distribudos pelos seus 38 municpios. Na escala mundial a RMSP Regio Metropolitana de So Paulo ocupa a 4. Posio ficando atrs de Tquio (23,4milhes), Cidade do Mxico (22,9 milhes) e Nova Iorque (21,8 milhes). O pas possui11 metrpoles, ou seja, cidades com populaes superiores a 1 milho de habitantes: SoPaulo; Rio de Janeiro; Curitiba; Goinia; Manaus; Belm; Fortaleza; Salvador; PortoAlegre; Belo Horizonte e Recife. A concentrao populacional ocorre na regies

    litorneas, muitas vezes distantes das zonas de gerao hidreltrica, gerando a necessidadede grandes linhas de transmisso que permeiam o pas, principalmente no eixo norte-sul.(ver figura 1)

    9

  • 5/21/2018 Semin rio Cyted San-Martin

    16/215

    O processo de urbanizao acelerou o processo de periferizao urbana das grandes

    metrpoles brasileiras deixando um contingente muito grande de pessoas a merc de

    alternativas no convencionais de moradia e forma do mercado formal.

    Figura 2 Evoluo populacional brasileira

    Figura 3 Processo de urbanizao no Brasil

    CARACTERISTICAS DOMICILIRES

    %

    CARACTERISTICAS DOMICILIRESCARACTERISTICAS DOMICILIRESCARACTERISTICAS DOMICILIRES

    %

    Figura 4 Crescimento ou reduo de caractersticas domiciliares no Brasil

    Em termos mdios de infra-estrutura urbana nos 5560 municpios brasileiros, nota-se uma

    elevao nos servios de abastecimento de gua, saneamento bsico, energia eltrica e

    telefonia.

    2. PANORAMA ENERGTICO BRASILEIRO

    O Brasil o 10. pas maior produtor de eletricidade do mundo, sendo responsvel por

    cerca de 2,5% da produo mundial, ou 400 TWh (2004). Deste total a hidreletricidade responsvel por cerca de 90% da produo e a tendncia este valor ser reduzido

    020

    40

    60

    80

    100120140160

    1940 1950 1960 1970 1980 1991 1996 2000Perodo

    Milhesdehabitantes

    Urbana Rural

    31% 36%45%

    56%

    68%

    76%78% 81%

    2005

    83%

    10

  • 5/21/2018 Semin rio Cyted San-Martin

    17/215

    paulatinamente nos prximos anos, devido a elevao de gerao termoeltrica a gs e a

    diesel, para suprir uma demanda crescente que tem variado entre 4 e 5% ao ano. A opo

    por continuar a expandir o parque hidreltrico faz parte de uma poltica pblica do Brasil,

    mas face s grandes exigncias de demanda, as plantas termoeltricas

    tornaram-se uma opo de gerao mais rpida. Alm da hidreletricidade, no existe nopas uma poltica nacional e agressiva de opo por outras fontes renovveis, como a

    energia e para o aquecimento de gua, por exemplo. Cerca de 6% do consumo nacional de

    eletricidade gasto nos chuveiros e aquecedores por acumulao nas residncias

    brasileiras. Considerando que a radiao solar incidente no pas no desprezvel, o uso de

    coletores solares em habitaes isoladas ou multi-familiares, de interesse social ou no,

    uma opo altamente aconselhvel, porem pouqussimo utilizada.

    Em termos de consumo de energia eltrica setorial, as residncias so responsveis por

    26% do consumo total, ou cerca de 100 TWh/ano.

    46

    23

    14

    9

    8

    0 5 10 15 20 25 30 35 40 45 50

    INDUSTRIAL

    RESIDENCIAL

    COMERCIAL

    PBLICO

    OUTROS

    Figura 5 Consumo percentual de energia eltrica setorial no Brasil -2003

    3. RESUMO DA QUESTO HABITACIONAL NO BRASIL

    Problema: Escassez da oferta e elevado preo da habitao

    Situao 2003: 17 milhes de brasileiros (9,9% da populao) moram em residncias

    superlotadas (mais de trs pessoas por dormitrio) / 5,7 milhes de pessoas que residem

    em domiclios alugados comprometem excessivamente sua renda familiar com aluguel

    (mais de 30% da renda familiar).

    Problema: Segregao espacial em assentamentos precrios

    Situao 2003: 6,6 milhes de pessoas vivem em 1,7 milho de domiclios localizados em

    favelas e assentamentos semelhantes.

    BRASIL

    Dficit brasileiro: 6 milhes de unidades

    25 milhes de pessoas

    Figura 6 - Brasil poltico11

  • 5/21/2018 Semin rio Cyted San-Martin

    18/215

    4. CONSUMO DE ENERGIA ELTRICA EM HABITAES DE INTERESSESOCIAL NO BRASIL

    O consumo de eletricidade no Brasil vem crescendo a taxas mdias que variam entre 4 e5% ao ano, e com bastante expressividade no setor residencial, devido a facilidade deaquisio de bens de consumo e a demanda reprimida nesta rea nos ltimos dez anos. Detodos os energticos envolvidos no setor residencial, a eletricidade aquele que vemcrescendo com maior intensidade, seguida do GLP e esta tendncia no deve reverter-se acurto e mdio prazos. A utilizao mais intensiva do GLP no aquecimento de gua parabanho e coco, reduzindo o peso da eletricidade, confronta-se com a larga utilizao dochuveiro eltrico devido a facilidade de aquisio e seu preo altamente competitivo. Verfigura 8 a seguir.

    CONSUMO FINAL NO SETOR RESIDENCIAL

    0

    10

    20

    30

    40

    50

    60

    1980

    1981

    1982

    1983

    1984

    1985

    1986

    1987

    1988

    1989

    1990

    1991

    1992

    1993

    1994

    1995

    %

    OUTRAS

    LENHA

    GLP

    ELETRICIDADE

    Figura 8 - Consumo final no Brasil para o setor residencial

    Fonte: Romero & Ornstein (2003)

    O consumo mdio da famlia paulistana divulgado pelo IBGE em 1985, era de 144kWh/ms, para uma mdia de 4 pessoas. Alguns estudos realizados por este autor noprimeiro semestre de 1997 junto famlias de classe mdia e classe mdia alta na cidade deSo Paulo para uma mdia de 5 pessoas por famlia de cerca de 500 kWh/ms. Estelevantamento que vem sendo feito periodicamente, denota a cada ano uma variao eelevao dos consumos individuais proporcionada pela facilidade atual de aquisio deeletrodomsticos, a elevao da renda familiar e a oferta cada vez mais intensa de novos

    equipamentos eletrodomsticos que realizam tarefas das mais diversas (Romero &Ornstein, 2003).

    ESTADO DE SO PAULO

    CDHU - ESTADUAL: 30.000 unidades/ano

    COHABs - MUNICIPIO: 5.000 unidades/ano

    Figura 7 So Paulo poltico

    12

  • 5/21/2018 Semin rio Cyted San-Martin

    19/215

    Recente pesquisa coordenada por Romero em 27 apartamentos tpicos de interesse socialrevelaram os dados a seguir.

    Tabela 1 - Dados mdios gerais para as 27 unidades avaliadas

    DADOS MDIOS GERAISPotncia instalada mdia (W/m2) 205,00

    No. Mdio de habitantes por unidade habitacional 3,3

    Consumo mdio (kWh/habitante) 47,00

    Consumo mdio anual (Kwh/m2) 50,4

    Tabela 2 - Dados mdios de potncias para as 27 unidades avaliadas

    POTNCIAS INSTALADAS

    W/M2 TOTAL W

    Equipamentos diversos - Banheiro 91 3911

    Equipamentos diversos - Cozinha 45 1923

    Equipamentos diversos - Dormitrios 42 1786

    Equipamentos diversos - rea de Servio 15 633

    Iluminao artificial total 09 371

    Equipamentos diversos - Sala 04 179

    Mdia total por unidade habitacional 205 8817

    As tabelas 1 e 2 anteriores indicam que o consumo mdio mensal por unidade de rea nasunidades avaliadas de 4,2 kWh/m2ou 50,4 kWh/m2 anuais. Os dados encontrados poreste autor junto s famlias de classe mdia na cidade de So Paulo, de cerca de 4,0 a 5,0kWh/m2 *ms por unidade habitacional. Nota-se portanto que o consumo por unidade derea das habitaes sociais avaliadas, com renda media familiar de 5 salrios mnimos(US$ 652.00), no diferente dos consumos encontrados nas habitaes de famlias comrenda mdia acima de 20 salrios mnimos (US$ 2.608.00). Esta situao explicada pelareduzida rea das habitaes de interesse social e pela presena de uma srie deeletrodomsticos na cozinha, sala e principalmente nos dormitrios. Com relao aoconsumo mensal, os valores no so reduzidos e a mdia anual de 180 kWh/ms porunidade habitacional, atingindo valores de ultrapassam os 200 kWh/ms em determinados

    perodos.

    5. NORMAS E LEGISLAES

    O sistema de controle do que pode ou no ser construdo nas edificaes no Brasil realizado por meio de Cdigos de Edificaes de mbitos municipais. Tais cdigos comfora de lei so utilizados por tcnicos das prefeituras locais para verificao de diversosaspectos do projeto arquitetnico e entre eles os poucos itens relacionados a eficinciaenergtica. Ciente deste fato, o pas optou por elaborar normas tcnicas, sem fora de leique subsidiassem o projeto arquitetnico. No inicio de 2005 foi aprovada pela ABNT Associao Brasileira de Normas Tcnicas, uma norma de Desempenho trmico deedificaes Parte 3: Zoneamento Bioclimtico Brasileiro e Diretrizes Construtivas paraHabitaes Unifamiliares de Interesse Social.

    13

  • 5/21/2018 Semin rio Cyted San-Martin

    20/215

    A ABNT o Frum Nacional de Normalizao. As Normas Brasileiras, cujo contedo deresponsabilidade dos Comits Brasileiros (CB) e dos Organismos de Normalizao Setorial(ONS), so elaboradas por Comisses de Estudo (CE), formadas por representantes dossetores envolvidos, delas fazendo parte: produtores, consumidores e neutros(universidades, laboratrios e outros). Os projetos de Norma Brasileira, elaborados no

    mbito dos CB e ONS, circulam para Votao Nacional entre os associados da ABNT edemais interessados. A Norma em questo faz parte do conjunto de Normas deDesempenho Trmico de Edificaes constitudo por:Parte 1: Definies, smbolos eunidades;Parte 2: Mtodos de clculo da transmitncia trmica, da capacidade trmica, doatraso trmico e do fator de calor solar de elementos e componentes de edificaes; Parte4: Medio da condutividade trmica pelo princpio da placa quente protegida; Parte 5:Determinao da resistncia trmica e da condutividade trmica em regime estacionriopelo mtodo fluximtrico. Segundo a Norma, para a formulao das diretrizes construtivas- para cada Zona Bioclimtica Brasileira - e para o estabelecimento das estratgias decondicionamento trmico passivo, foram considerados os parmetros e condies decontorno seguintes: tamanho das aberturas para ventilao; proteo das aberturas;

    vedaes externas (tipo de parede externa e tipo de cobertura); e estratgias decondicionamento trmico passivo. Este um primeiro passo, muito embora aindareconheamos que em termos de regulamentos, muita coisa ainda deva ser feita. A figura aseguir demonstra o zoneamento adotado pela norma.

    Figura 9 Zoneamento climtico utilizado na Norma Brasileira

    REFERENCIAS BIBLIOGRFICAS

    Romero, Marcelo de Andrade; Ornstein, Sheila Walbe. Avaliao Ps-Ocupao Mtodos e Tcnicas Aplicados Habitao Social.Porto Alegre, COLEO HABITARE,FINEP, 2003.

    www.ibge.gov.br

    www.mme.gov.br

    14

  • 5/21/2018 Semin rio Cyted San-Martin

    21/215

    ADAPTACIN TRMICA DE VIVIENDA SOCIAL EN CHILE

    Marcelo Huenchuir, Roberto RomnMarcelo Huenchuir, Depto. Ciencias de la Construccin, Facultad de Arquitectura y

    Urbanismo Universidad de Chile, Marcoleta 250- Santiago- CHILE, [email protected];Roberto Romn, Dpto. Ingeniera Mecnica, Facultad de Ciencias Fsicas y Matemticas,

    Universidad de Chile. Profesor Asociado Casilla 2777 - Santiago Chile,

    [email protected]; www.uchile.cl

    RESUMEN:Este trabajo presenta antecedentes sobre la calidad trmica de la vivienda social en Chile a

    y sus deficiencias ms recurrentes a objeto de distinguir posibles mejoramientos que

    puedan ser implementados en viviendas existentes. Para ello se muestran ejemplos de

    vivienda social en Santiago y evaluaciones realizadas por otros autores, a travs de las

    cuales se pueden observar problemas de aislacin trmica, condensacin, ventilacin y

    calefaccin. Finalmente y de acuerdo a las deficiencias detectadas en las viviendas sociales

    se propone la evaluacin de algunos sistemas solares para contribuir a satisfacer la

    demanda de energa en calefaccin y calentamiento de agua domiciliaria.

    ABSTRACT:This paper is a preliminary data about lower income housing thermal characteristics and its

    recurrent failures in order to suggest choices of improvement with a chance to be carry

    them out. According to evaluations made by different specialized research at housing

    estate in Santiago have showed problems of heat insulation, and space heating system.

    Finally it is also proposed solar energy systems to contribute the room heating and water

    warming.

    PALABRAS CLAVE

    Vivienda social, aislacin trmica, ahorro de energa, calefaccin, energa solar

    INTRODUCCIN

    La calidad trmica de las viviendas en Chile ha sido un tema de relevancia en los ltimos

    aos y se ha traducido en la implementacin de la primera reglamentacin trmica para

    techumbres en marzo de 2000 (Artculo 4.1.10 de la Ordenanza General de Urbanismo y

    Construccin) y en la pronta publicacin de la segunda etapa de reglamentacin trmicaque rige las caractersticas trmicas de muros, pisos y ventanas (IC 2003). De esta manera

    se sientan las bases para un programa pas que persigue el ahorro de energa y el

    mejoramiento del confort trmico en las futuras viviendas. No obstante el parque de

    vivienda social existente muestra graves deficiencias en acondicionamiento trmico, que es

    necesario corregir para garantizar el confort trmico de sus usuarios y por ende para

    mejorar su calidad de vida.

    En ese contexto este trabajo presenta resumidamente aspectos sobre la calidad trmica de

    la vivienda social en Santiago de Chile, como antecedentes base de una propuesta de

    intervencin de vivienda que se realizar a partir del 2006 en el marco de la Red

    Iberoamericana para el Uso de Energas Renovables y Diseo Bioclimtico en Viviendas yEdificios de Inters Social.

    15

  • 5/21/2018 Semin rio Cyted San-Martin

    22/215

    Clima:

    Santiago est localizado en la latitud 33,40 sur y longitud 70,70, a una altura de 560 m

    s.n.m. De acuerdo a la Norma Chilena 1079 (INN 1991), pertenece a la zona climtica

    Central Interior, caracterizada por un clima mediterrneo, temperaturas templadas,

    inviernos de 4 a 5 meses, insolacin intensa en verano y una oscilacin diaria de

    temperatura de 17 C en enero y 7.9 C en julio. La temperatura media mnima en Eneroasciende a 20,7 C y a 7,9 C en Julio.

    Vivienda Social:

    Tipologas de vivienda:

    Las edificaciones de vivienda social en Chile se agrupan en conjuntos de vivienda de baja

    y mediana altura. Baja altura se refiere a viviendas de 1 o 2 pisos pareadas (agrupadas de a

    dos, evr figuras 1 y 2) o continua. Mediana altura se refiere a departamentos (o unidades de

    vivienda) en bloques de tres o ms pisos que comparten una escalera central (ver figuras 3

    y 4).

    Figura 1: Vista frontal de vivienda en Poblacin Los Carolinos, Puente Alto. Fuente MINVU 2004a

    Figura 2: Planta de pareo tipo, Poblacin los Carolinos, Puente Alto. Superficie 28 m2. Fuente MINVU

    2004a

    16

  • 5/21/2018 Semin rio Cyted San-Martin

    23/215

    Figura 3: Vista frontal de bloque de vivienda en Poblacin Las Parcelas. Fuente MINVU 2004

    Figura 4: Planta tipo de bloque de vivienda en Poblacin Las Parcelas. Fuente MINVU 2004a

    Figura 5: Plano de conjunto en Poblacin Las Parcelas. Fuente MINVU 2004a

    De acuerdo a datos entregados por el MINVU (MINVU 2004a) el promedio de superficie

    edificada por vivienda en el perodo 1990-1994 fue de 38,35 m2 y de 42,25 en el perodo

    2000-2001, razn por la cual se trata de una vivienda relativamente pequea.

    17

  • 5/21/2018 Semin rio Cyted San-Martin

    24/215

    Para entender el programa de una vivienda en baja altura podemos ver a modo de ejemplo

    en la figura 2 la vivienda pareada en la Poblacin Los Carolinos. Se trata de un espacio de

    uso mltiple, mas un bao y un dormitorio, con la posibilidad de una futura ampliacin.

    Para el caso de una vivienda en mediana altura podemos ver en la figura 4 la planta tipo de

    un bloque de vivienda. All los departamentos se organizan en torno a bloques paralelos,

    conectados entre s por las escaleras, ahorrando de esta forma espacio y material encirculaciones verticales. Los departamentos se organizan en torno al espacio central

    destinado a comedor y estar, el cual conecta a la cocina, un bao y tres dormitorios.

    Materialidad

    La materialidad comnmente usada en viviendas sociales de las dos ltimas dcadas en

    Santiago se resume en la siguiente tabla:

    Figura 6: Materialidad presente en bloques de viviendas sociales construidas en Santiago durante las dos

    ltimas dcadas. Fuente MINVU 2004a.

    Aspectos Trmicos

    Emplazamiento:

    En general no hay una preocupacin por el emplazamiento de las viviendas en cuanto a

    orientacin y aprovechamiento de la energa social. La posicin de las viviendas es una

    resultante del plano de loteo del conjunto, con lo cual se desaprovecha el aporte de laradiacin solar en recintos habitables (INVI 2004). A modo de ejemplo podemos ver en la

    figura 5 que las viviendas y bloques de la Poblacin Las Parcelas se localizan

    indistintamente en todas direcciones.

    Caractersticas trmicas de la envolvente:

    De acuerdo a la tabla de la figura 6, las viviendas no presentan aislacin trmica, salvo en

    la cubierta. Como se seala en la introduccin, a partir de marzo de 2000 existe en la

    Ordenanza General de Urbanismo y Construccin un artculo que obliga la ejecucin de un

    complejo de techumbre para la zona de Santiago con un coeficiente de transmitancia

    trmica de 0,47 W/m2K. Esto se ha traducido en la prctica en la inclusin de una

    colchoneta de material aislante de aproximadamente 8 cms de espesor sobre el material decielo.

    COMPONENTE ESTRUCTURA TERMINACIONES AISLACIN TERMICA

    TECHUMBRE

    Estructura soportante en cercha

    metlica o de madera

    Cielo en placas de yeso-cartn,

    fibrocemento o plancha de

    madera aglomerada

    Planchas de poliestireno

    expandido, colchoneta de

    lana minera sobre el cielo

    Cubierta en planchas onduladas

    de fibrocemento o zinc-alum,

    sobre una barrera de humedad

    MUROS PERIMETRALES

    a er a de adr o cer m c o o adr o

    de cemento, reforzada con pilares y

    adr o a a v sta y p ntura de

    terminacin No presenta

    Albailera armada de ladrillo cermico

    hueco y reforzada con cadenas de

    hormign armado

    Ladrillo a la vista y pintura de

    terminacin No presenta

    MUROS INTERIORES

    Tabiques en estructura de madera o

    metlica

    Placas de yeso cartn o madera

    aglomerada No presenta

    PISOS Entrepiso en losa de hormign armado

    Afinado de piso con mortero de

    cemento, flexit No presenta

    Suelo en contacto con terreno a base de

    radier de cemento

    VENTANAS

    Hojas de ventana proyectantes o

    correderas con marco de aluminio o

    hierro y vidriado monoltico

    18

  • 5/21/2018 Semin rio Cyted San-Martin

    25/215

    En cuanto a muros pisos y ventanas, estos se caracterizan por poseer un alto coeficiente de

    transmitancia trmica. A modo de ejemplo podemos ver en la figura 7 los valores U de los

    materiales y sistemas constructivos presentes en al edificacin en Chile.

    Figura 7: Valores U de sistemas constructivos en la edificacin en Chile (Fuente IC 2001)

    Demanda de Calefaccin:

    Debido a la deficiente calidad trmica de los muros, las viviendas en Santiago presentan

    una demanda de energa en calefaccin muy alta. Segn un estudio realizado por el

    Instituto de la Construccin para tipologas de viviendas construidas entre los aos 1994 y

    1998, la demanda de calefaccin promedio para una vivienda en Santiago ascendi a 96

    kWh/m2ao (IC 2003).

    Esta demanda de calefaccin es absorbida parcialmente en viviendas sociales mediante

    sistemas de calefaccin a llama abierta en base a estufas mviles de querosene o gas

    licuado (INVI 2004).

    Deficiencias de la vivienda

    En relacin al confort trmico, se han detectado las siguientes deficiencias en viviendas

    sociales de Santiago (INVI 2004, MINVU 2004b, DITEC 1998):

    Alta demanda de calefaccin por desaprovechamiento de energa solar y ausenciade aislacin trmica en muros

    Contaminacin intradomiciliaria debido a gases de combustin emitidos por estufas

    a llama abierta

    Condensacin de vapor de agua en muros, debido a la deficiente calidad trmica delos mismos, hacinamiento y exceso de vapor de agua, falta de ventilacin.

    Mala orientacin de recintos habitables para captar la energa solar

    No hay criterios de aprovechamiento de la inercia trmica de muros y pisos

    5,5

    3,8

    3,4

    2,12

    2,82,5 2,6

    0,7

    0

    1

    2

    3

    4

    5

    6

    Soluciones c onstructivas

    Transmitancia trmica W/m2k / prdida de energa por

    elementos

    Vidrio 3 mm

    Hormign 15 cm.

    Hormign 15 cm. Estuco 2caras

    Ladrillo fiscal 15 cm.

    Ladrillo fiscal 15 cm. Estuco 2

    caras

    Ladrillo mquina 15 cm.

    Ladrillo mquina 15 cm.Estuco 2 caras

    Tabique yeso cartn - fibrocemento

    Tabique yeso cartn - fibrocemento - aislante 5 cm.

    19

  • 5/21/2018 Semin rio Cyted San-Martin

    26/215

    Algunas de las deficiencias sealadas en vivienda social se pueden observar en las figuras

    8,9 y 10 de un estudio sobre bienestar habitacional realizado en bloques de vivienda por el

    INVI (INVI 2004):

    Figura 8: Humedad por condensacin

    Figura 9: Generacin de vapor al interior de la vivienda

    Figura 10: Bao ventilando a cocina por eliminacin del espacio de logia

    20

  • 5/21/2018 Semin rio Cyted San-Martin

    27/215

    INTERVENCIONES POSIBLES

    Frente a las deficiencias presentes en la vivienda social se indican a continuacin dos tipos

    de intervencin que deben ser evaluadas para su aplicacin en un conjunto de vivienda

    especfico en la zona urbana de Santiago:

    Mejoramiento de la calidad trmica de la envolvente:

    - Revisin de la aislacin trmica de la techumbre

    - Inclusin de aislacin trmica en muros perimetrales, considerando el

    aprovechamiento de la inercia trmica

    - Inclusin de una doble ventana para disminuir las prdidas de calor por

    transmisin.

    Sistemas solares para calefaccin y agua caliente

    - Muro solar:Considerando la oscilacin trmica de Santiago y la inercia trmica de muros

    perimetrales en los bloques de vivienda sera apropiado estudiar la posibilidad de

    vidriar algunos muros con orientacin norte para transformarlos en muros solares,

    con y sin ventilacin.

    - Colector solar para aire caliente:

    Los colectores solares para aire caliente tienen la ventaja de separar el colector y la

    acumulacin, pudiendo funcionar inclusive sin acumulacin cuando entregan aire

    caliente en forma directa a la habitacin. En ese sentido los colectores solares para

    aire caliente pueden contribuir a la calefaccin y ventilacin de la vivienda,

    inclusive en aquellos recintos que no estn orientados al norte mediante el uso de

    ductos de aire caliente y ventiladores de impulsin de baja potencia.

    A diferencia del muro solar, los colectores solares para aire caliente pueden

    integrarse tambin en la cubierta de las viviendas, considerando su inclinacin y su

    bajo peso propio.

    - Colector acumulador para agua caliente

    El calentamiento de agua domiciliaria mediante colectores acumuladores tiene laventaja de ahorrar espacio y material debido a que el colector es tambin

    acumulador, pudiendo integrarse en las cubiertas de las viviendas, haciendo uso del

    espacio de entretecho.

    REFERENCIAS Y BIBLIOGRAFA

    OGUC

    Editorial Jurdica de Chile, Ordenanza General de Urbanismo y Construcciones

    INN 1991

    Instituto Nacional de Normalizacin, INN, 1977: Arquitectura y Construccin-

    Zonificacin Climtico Habitacional para Chile y recomendaciones para el diseo

    arquitectnico. 2 Edicin, Santiago.

    21

  • 5/21/2018 Semin rio Cyted San-Martin

    28/215

    INVI 2004

    Instituto de la Vivienda, FAU U de Chile, Universidad tcnica Federico Santa Mara,

    Fundacin Chile (2004). Bienestar Habitacional, Gua de Diseo para un Hbitat

    Sustentable, 1 Edicin, Santiago

    MINVU 2004aMinisterio de Vivienda y Urbanismo de Chile 2004. Chile un Siglo de Polticas en

    Vivienda y Barrio, 1 edicin, Santiago

    MINVU 2004b

    Ministerio de Vivienda y Urbanismo de Chile 2004. Estudio de Patologas en la

    Edificacin de Viviendas Bsicas, 1 Edicin, Santiago

    DITEC 1998

    Divisin Tcnica de Estudios y Fomento Habitacional, MINVU Chile, 1998. Diagnstico

    de Patologas en la Edificacin de Viviendas Sociales., 1 edicin, Santiago

    IC 2003

    Instituto de la Construccin, IC, 2003. Propuesta de 2 Etapa de Reglamentacin Sobre

    Acondicionamiento Trmico en Viviendas (resumen). Boletn emitido por el IC,16

    pginas.

    IC 2001

    Instituto de la Construccin, IC, 2001. Presentacin en power point sobre la Propuesta de

    Estudios para la 2 Etapa de Reglamentacin Sobre Acondicionamiento Trmico en

    Viviendas.

    22

  • 5/21/2018 Semin rio Cyted San-Martin

    29/215

    PROTOTIPOS DE BAJO COSTO PARA LA ARQUITECTURA BIOCLIMTICAEN EL ECUADOR

    Marco Ynez1

    Escuela Politcnica NacionalCd.Postal 17-12-866

    Ladrn de Guevara E11-253, Quito-Ecuador

    [email protected]

    www.epn.edu.ec

    RESUMEN

    En el presente artculo se presenta una breve descripcin de los aspectos ms relevantes de

    la Repblica del Ecuador, tratando de caracterizar sobre todo al sector energtico del pas

    con el objeto de identificar las reas ms sensibles a la aplicacin de la Eficiencia

    Energtica. Luego se procede a mostrar algunas de las tecnologas desarrolladas en el

    Laboratorio de Energas Alternativas y Eficiencia Energtica por estudiantes y tesistas de

    la Facultad de Ingeniera Mecnica de la Escuela Politcnica Nacional de Quito-Ecuador,

    bajo la supervisin del autor y aplicando todas las normas pertinentes. Los prototipos

    desarrollados son de bajo costo y fcil fabricacin. Actualmente nos encontramos en la

    fase de implementacin en viviendas y edificaciones de inters social.

    PALABRAS CLAVE

    Prototipos de Bajo Costo, Eficiencia Energtica en Ecuador

    1. GEOGRAFA DE ECUADOR

    Ecuador est ubicado al nor-occidente de Amrica del Sur, en la lnea ecuatorial que divide

    al planeta en dos hemisferios. Al norte limita con Colombia, al Sur y al este con Per y al

    oeste con el ocano Pacfico. Posee cuatro regiones bien diferenciadas: Costa, Sierra,

    Oriente o Regin Amaznica y Regin Insular de Galpagos, que albergan 22 provincias,

    en una extensin de 256.370 kilmetros cuadrados.

    En la Costa tierra de playas, llanuras frtiles, colinas, cuencas sedimentarias y pequeas

    elevaciones, se encuentran las provincias de Esmeraldas, Manab, Los Ros Guayas y El

    Oro.

    En la Sierra, la cordillera de los Andes atraviesa todo el pas de norte a sur con un sistema

    montaoso que da lugar a las cordilleras Occidental y Oriental, que a su vez forman hoyas

    y valles. De este modo, la regin se caracteriza por poseer montaas y cumbres con

    volcanes o nevados. En esta regin se encuentran las provincias de Carchi, Imbabura,

    Pichincha, Cotopaxi, Tungurahua, Chimborazo, Bolvar, Caar, Azuay y Loja.

    En el Oriente o Regin Amaznica existe una vegetacin exuberante y frtil, sus colinas

    van desde la parte oriental de los Andes y descienden hacia las llanuras del ro Amazonas.

    1Fsico, Escuela Politcnica Nacional, EPN, Quito-Ecuador. M.Sc. en Planificacin de Sistemas Energticos,

    Universidad Estatal de Campinas, UNICAMP, Campinas-Brasil.

    23

  • 5/21/2018 Semin rio Cyted San-Martin

    30/215

    En esta regin se encuentran las provincias de Sucumbios, Orellana, Napo, Pastaza,

    Morona Santiago y Zamora Chinchipe.

    Por ltimo, en la regin insular, a una distancia aproximada de mil kilmetros del

    continente, est ubicado el Archipilago de Galpagos, Patrimonio Natural de la

    Humanidad, ecosistema nico de origen volcnico compuesto por 13 islas principales, 17islotes y rocas de gran tamao.

    2. CARACTERIZACIN CLIMTICA DE ECUADOR

    Por su ubicacin geogrfica, Ecuador debera ser un Pas de altas temperaturas a lo largo

    de todo el ao, sin embargo, esto no sucede debido a la influencia de las corrientes

    marinas, en especial de la corriente fra de Humboldt que llega de sur a norte desde las

    costas de Per.

    Esta influencia de las corrientes marinas y el hecho de ser un Pas ecuatorial, entre otras

    razones de ms complejo anlisis, hace que Ecuador posea una variedad de microclimas enpequeas extensiones de tierra

    2. Esto trae como consecuencia que ciertas regiones de

    Ecuador sean perfectamente identificadas como mega diversas, tal es el caso del Parque

    Nacional Yasuni, las Islas Galpagos, etc.

    Por otra parte, en Ecuador no existen temperaturas extremas y slo se identifican dos

    estaciones: Invierno y Verano. Esto es lo que se observa en la Figura 1, donde se ha

    colocado el rango aproximado de temperatura de cada una de las regiones que constituyen

    la geografa ecuatoriana. (INAMHI, 1987)

    Este hecho trae como consecuencia que, en general, Ecuador no necesite gastar ingentes

    cantidades de dinero en calentar el ambiente (calefaccin) o en enfriarlo (aire

    acondicionado). Desde el punto de vista de la Arquitectura Bioclimtica, estos son usos

    finales de menor relevancia como veremos ms adelante cuando caractericemos el

    consumo de energa.

    Fig.1 Mapa de Ecuador y Rango de Temperatura de sus Cuatro Regiones

    Fuente: IGM

    2Siendo las Islas Galpagos el caso ms representativo de la existencia de stos microclimas y en donde se

    puede identificar especies de variados pisos climticos.

    23-34C

    23-36C22-32C

    13-20C

    24

  • 5/21/2018 Semin rio Cyted San-Martin

    31/215

    3. POBLACIN

    De acuerdo con el ltimo Censo poblacional (2001), Ecuador posee 12900.000 habitantes,con una fuerza laboral estimada en 4000.000 de personas (INEC, 2003).

    3.1. Distribucin Geogrfica

    Ecuador es un Pas de los llamados en vas de desarrollo, por lo tanto su distribucingeogrfica: 45% urbana y 55% rural, de alguna manera responde a este hecho.

    3.2. Composicin tnica

    La composicin tnica ecuatoriana es determinante para establecer las diferentes polticaso acciones de desarrollo socio econmico. Se estima que la distribucin tnica del Ecuadores: 65% mestiza, 25% indgena, 7% europea y 3% afro ecuatoriana. Adems estnreconocidas 13 nacionalidades indgenas: Quichua, Huaorani, Achuar, Shuar, Cofn,

    Siona, Secoya, Shiwiar, Zapara, pera, Awa, Chachi y Tschila.

    4. ENERGA

    Actualmente, el petrleo es el principal recurso y una de las ms importantes fuentes deingresos para el pas. La industria petrolera ecuatoriana posee una capacidad operativa de400 mil barriles de petrleo por da y una capacidad de almacenamiento sobre los 5millones de barriles.

    La empresa estatal petrolera ecuatoriana, PETROECUADOR, posee 3 refineras con unacapacidad de produccin de 175 mil barriles de derivados por da de operacin. Estacapacidad de refinamiento de crudo no abastece al mercado interno.

    Un hecho importante que cabe recalcar es el subsidio al gas domstico (GLP), quemantiene el Estado ecuatoriano. Un kilogramo de gas domstico tiene un costo de 10,67centavos de dlar, uno de los ms bajos de Amrica Latina. Un costo tan bajo no incentivael uso de colectores solares planos para calentamiento de agua residencial.

    La generacin de electricidad de Ecuador que se indica en la Figura 2, indica que posee tanslo el 40% de energa hidrulica, a pesar de que el potencial hidroelctrico ecuatoriano hasido estimado en 20.000 MW.

    Fig. 2 Fuentes de Generacin Elctrica en el EcuadorFuente: MEM-DEREE, CONELEC

    GENERACIN ELCTRICA EN EL S.N.I.

    40%

    52%

    8%

    HIDRULICA

    TRMICA

    INTERCONEXIN

    25

  • 5/21/2018 Semin rio Cyted San-Martin

    32/215

    Es decir, un 8% representa la interconexin con los pases vecinos de Colombia y Per.

    Esta elevada cantidad de generacin de energa trmica que alcanza el 52%, tiene para

    Ecuador claras desventajas. A diferencia de la generacin hidrulica, la trmica que

    utiliza diesel es responsable de emisin de gases de efecto invernadero. Por otro lado,

    Ecuador tiene que importar diesel que en un elevado porcentaje sirve para abastecer a lasempresas generadoras y a veces el Estado ecuatoriano les ha vendido a precios ms

    bajos.

    Por otro lado, se estima que la demanda de electricidad crece a un ritmo que bordea el

    5% anual, por lo que actualmente el pas vive una gran crisis energtica por la falta de

    inversin en generacin hidrulica.

    Fig.3 Consumo de Electricidad en el Ecuador por Sectores (2002)Fuente: CONELEC

    El consumo de electricidad en el Sector Residencial de Ecuador alcanza el 36% como

    puede observarse en la Figura 3 y es el mayor consumidor de energa elctrica. En

    destaque el bajo consumo del sector industrial. Efectivamente, la poca relevancia del

    sector industrial ecuatoriano queda de manifiesto en la Figura 4.

    Fig. 4 Consumo Final de Energa por Sectores de Ecuador (2003)

    Fuente: MEM-DEREE

    TRANSPORTE

    53%

    SERVICIO

    PRIVADO Y

    PBLICO

    4%

    RESIDENCIAL

    21%OTROS

    1%INDUSTRIA

    21%

    26

  • 5/21/2018 Semin rio Cyted San-Martin

    33/215

    En Ecuador el Sector del Transporte es el gran consumidor de energa y los programas de

    eficiencia energtica deberan enfocarse a este sector, por ejemplo, mediante la

    utilizacin de combustibles limpios tales como biodiesel, E10, etc.

    La Figura 5 muestra el consumo de energa elctrica que caracteriza al Sector residencial

    por usos finales. Observndose que despus de la refrigeracin, la iluminacin es el rubro

    de mayor importancia.

    Fig. 5 Consumo de Energa Elctrica del Sector Residencial de Ecuador por Usos Finales

    Fuente: MEM-DEREE

    En los programas de eficiencia energtica tambin se podra hacer nfasis en el

    calentamiento de agua que representa el 13% del consumo de energa elctrica del sector

    residencial ecuatoriano, pero como ya se mencion anteriormente, el gas de usodomstico est subsidiado por el Estado.

    En cambio, el potencial de ahorro energtico por consumo de electricidad en la

    iluminacin del Sector Residencial, hace pensar en la bsqueda de eficiencia mediante

    regulaciones de la denominada Arquitectura Bioclimtica. Este hecho se vuelve ms

    evidente en el Sector Comercial como puede apreciarse en la Figura 6.

    Fig. 6 Consumo de Electricidad por Usos Finales en el Sector Comercial y de Servicios de EcuadorFuente: MEM-DEREE

    HABITOS DE CONSUMO DE ENERGIA

    ELECTRICA

    40%

    18%13%

    7%

    7%7% 8%

    Refrigeracin

    Iluminacin

    Calentamiento agua

    Radio - TV

    Coccin

    Aire acondicionado

    Otros

    Refrigeracin

    alimentos

    14%

    Coccin

    3%

    Radio/TV

    12%

    Fuerza Motriz

    14%

    Calent. Agua

    3%

    Aire Acond.

    13%

    Iluminacin

    41%

    27

  • 5/21/2018 Semin rio Cyted San-Martin

    34/215

    El uso final ms importante en el consumo de electricidad del Sector Comercial lo ocupa

    la iluminacin con cerca del 40% del total del Pas. Para ciertos locales comerciales este

    tem puede ser an mayor. Por lo tanto, la eficiencia energtica debe enfocarse en la

    implementacin de una Arquitectura Bioclimtica que optimice la captacin de luz natural.

    5. PROTOTIPOS DE BAJO COSTO DESARROLLADOS EN LA EPN

    La Escuela Politcnica Nacional, EPN, de Quito-Ecuador es una universidad que da

    prioridad a la investigacin y el desarrollo tecnolgico. En el laboratorio de Energas

    Alternativas y Eficiencia Energtica se ha venido desarrollando diferentes prototipos de

    bajo costo, enfocados al ahorro de energa y al aprovechamiento de la energa solar.

    Puesto que en el Ecuador est en marcha un Plan Nacional de Eficiencia Energtica, el

    objetivo fundamental del desarrollo de stos prototipos tecnolgicos es el de coadyuvar en

    la implementacin de la eficiencia energtica del pas.

    5.1. Obtencin de Agua Potable a Partir de Agua de Lluvia

    Como visto en el pargrafo 3.1, el 55% de la poblacin es rural y generalmente de bajos

    recursos econmicos que carece de servicios bsicos. El prototipo desarrollado es un

    dispositivo sencillo de fcil fabricacin y sobre todo de bajo costo, que permite obtener

    agua potable a partir del agua de lluvia mediante radiacin solar, en particular, radiacin

    ultravioleta.

    El rezago de los servicios bsicos en especial agua potable en el rea rural es evidente, para

    el caso del Distrito Metropolitano de Quito, que es uno de los mejores atendidos, por

    ejemplo, el sector urbano se halla cubierto en un 98%, mientras que el rural apenas el 34%

    cuenta con este servicio. (Poveda, 2005).

    La accin germicida de la radiacin ultravioleta, UV est dada por la regin C de

    longitud de onda corta < 280 [nm]. (Covary, 1983). Efectivamente, los microorganismos

    pueden eliminarse por exposicin a la radiacin UV-C (100-280 nm), exceptuando los

    retrovirus (ASIMOV, 1992).

    Los estudios realizados en Quito mostraron que una exposicin de 4 horas de Sol es

    suficiente para obtener agua potable. La figura 7 muestra el prototipo que permite obtener

    12 litros de agua potable por da a partir del agua de lluvia, suficiente para abastecer a una

    familia de cuatro personas.

    Fig. 7 Prototipo para Obtener Agua Potable a partir de Agua de Lluvia

    Foto: Marco Ynez

    28

  • 5/21/2018 Semin rio Cyted San-Martin

    35/215

    5.2. Colector Solar Plano Termosifn

    La Figura 8 muestra otro prototipo y a sus constructores. Se trata de un sistema de

    circulacin natural de agua que consta principalmente de los siguientes elementos: un

    colector solar plano de 1 m2 de superficie, tanque de almacenamiento de 50 litros, tuberas

    y soporte.

    Fig. 8 Prototipo de Colector Solar Plano tipo Termosifn

    Foto: Marco Ynez

    En este sistema termosifn de circuito abierto, el agua pasa a travs de la tubera hacia la

    placa del colector que transfiere su temperatura. El agua ms caliente se va almacenando

    en la parte superior y por diferencia de densidades y gravedad, el agua ms fra vuelve al

    colector.

    Cuando el depsito est lleno se cierra el flujo de agua que va al colector solar, entonces el

    proceso se vuelve de circulacin constante, puesto que del depsito sale agua que se va

    enfriando, pasa al colector y una vez caliente, vuelve al depsito.

    5.3. Otros Prototipos Elementos y Dispositivos

    La Figura 8 arriba, tambin muestra una cocina solar mediante este dispositivo se ha

    podido cocinar un apequea cantidad de patatas en apenas 35 minutos en un da bien

    soleado.

    Otros prototipos elementos y dispositivos que se han diseado y construido son:

    - Pared Trombe- Biodigestor- Maqueta de Arquitectura Bioclimtica- Biocombustibles, entre otros.

    6. CONCLUSIONES

    El Ecuador es un pas rico en recursos naturales y por encontrarse en la zona ecuatorial

    posee un enorme potencial de aprovechamiento de la energa solar. Los cambios climticos

    que se ponen de manifiesto cada vez con mayor intensidad, han hecho que en los ltimosaos se incentive la aplicacin de la eficiencia energtica a escala mundial, procurando

    29

  • 5/21/2018 Semin rio Cyted San-Martin

    36/215

    disminuir el impacto que provoca el uso de los derivados del petrleo en los procesos de

    conversin de energa. Este artculo muestra los esfuerzos que estamos realizando en ese

    sentido.

    AGRADECIMIENTOS

    Deseo dejar explcita constancia de mi agradecimiento a la Escuela Politcnica Nacional

    por hacer posible el desarrollo del Laboratorio logrado con la ayuda de varios estudiantes

    de la Politcnica que han venido colaborando con nosotros.

    NOMENCLATURA

    CONELEC, Consejo Nacional de Electrificacin

    DEREE, Direccin de Energas Renovables y Eficiencia Energtica

    E10, 10% de etanol en la Nafta

    INAMHI, Instituto Nacional de Meteorologa e Hidrologa

    IGM, Instituto Geogrfico MilitarINEC, Instituto Nacional de Estadsticas y Censos

    GLP, Gas Licuado de Petrleo

    MEM, Ministerio de Energa y Minas

    MW, Mega Watts

    BIBLIOGRAFA

    Asimov I. (1992). The Genetic Effects of Radiation, pp. 45-47. Limusa S.A. Mxico.

    Covary C. (1983). La Radiacin Solar, Bases y Aplicaciones, pp. 56-60. Revert S.A.

    Barcelona.

    IGM (1998). Atlas Geogrfico del Ecuador. IGM. Quito

    INAMHI. (1987). Atlas Climatolgico del Ecuador. INAMHI. Quito.

    INEC. (2003), Datos Preliminares del Censo 2001. INEC. Quito.

    Poveda J. (2005). Jefe del Departamento de Proyectos de la Empresa Municipal de Agua

    Potable-Quito, EMAAP-Q. Comunicacin Personal.

    ABSTRACT

    In this article, we study some aspects and a little description of the Equator Republic. We

    make emphasis about the energy in Equator. We identify the most sensitive areas for

    aplications of energetic efficiency. We also show some developments in the tecnologies,which are appropriated in this field. These prototypes were built in the Laboratorio de

    Energas Alternativas y Eficiencia Energtica together with students of the Mechanical

    Engineering Department in the National Politechnic School from Quito-Equator, and under

    my suppervision. The development of prototypes we have made are very cheap and very

    easy their manufacture as well. Now, we are interested in preparing the implementation

    phase applied to housing with social purpose.

    KEYWORDS

    Cheap Prototypes, Energetic Efficiency in Equator

    30

  • 5/21/2018 Semin rio Cyted San-Martin

    37/215

    PROYECTOS DE DESARROLLO: VIVIENDA DE INTERS SOCIAL FUNDASAL.

    Claudia Mara Blanco Alfaro. Arquitecta.Jefa de la Unidad de Planificacin y Estudios.

    Fundacin Salvadorea de Desarrollo y Vivienda Mnima.

    Apartado Postal: 421

    Sitio Web: www.fundasal.org.sv

    Telfono (503) 2276-2777

    Fax: (503) 2276-3954

    Pas: El Salvador.

    RESUMEN

    El presente ensayo describe la presentacin de FUNDASAL en el Seminario Los

    Edificios Bioclimticos en Los Pases de Ibero Amrica, organizado por la Red

    Iberoamericana para el uso de energas renovables y diseo bioclimtico en viviendas y

    edificios de inters social, realizada en la ciudad de San Martn de Los Andes, Argentina.

    La exposicin contiene una breve descripcin de algunos proyectos de la Fundacin

    Salvadorea de Desarrollo y Vivienda Mnima FUNDASAL, en donde se han tomado en

    cuenta consideraciones de diseo bioclimtico y participativo, de sostenibilidad ambiental,

    de resemantizacin arquitectnica, de coherencia con el entorno y de profundo

    compromiso para con la poblacin ms pobre de El Salvador.

    El documento concluye que, los proyectos desarrollados contribuyen a mejorarsustancialmente la calidad de vida de la poblacin meta, viendo su hbitat transformado en

    un espacio con diseos integrales, que han tomado en cuenta todos los componentes

    necesarios para detonar procesos de desarrollo comunitario.

    PALABRAS CLAVE

    1. Vivienda.2. Hbitat.3. El Salvador.4. Desarrollo.5. Fundasal.6. Reconstruccin.

    BREVE RESEA SOBRE EL SALVADOR Y SU HISTORIA.

    El Salvador est marcado en su historia por diferentes cortes de origen social o natural, que

    dejan al descubierto la gran vulnerabilidad en la que habitan la mayora de sus habitantes.

    Desde inicios de la creacin de la repblica, la poblacin civil ha buscado manifestarse

    ante la opinin pblica, protestando contra las medidas polticas econmicas que

    segregan y marginan a las mayoras del pas. La reaccin de los gobiernos nacionales ante

    estas manifestaciones fueron de represin contra la ciudadana, intentando acallar protestas

    a travs de actos crueles y graves violaciones de los derechos humanos, siendo gobiernos

    31

  • 5/21/2018 Semin rio Cyted San-Martin

    38/215

    militares que favorecieron nicamente a la clase privilegiada del pas, ocupndose

    solamente de los intereses de un sector minoritario.

    Esta estrategia de gobiernos ocasiona un levantamiento popular y El Salvador entra en una

    guerra civil durante 12 aos, caracterizndose por afectar sobre todo las zonas rurales,

    deteriorando la infraestructura nacional y golpeando duramente la moral ciudadana conmasacres de poblados civiles. As se llena la historia de mrtires que, comprometidos con

    los ms pobres del pueblo salvadoreo, fueron asesinados brutalmente.

    Los actos de violaciones de derechos humanos tocan fondo cuando en 1989, los militares

    terminan con la vida de sacerdotes jesuitas y se presiona internacionalmente al gobierno

    salvadoreo para que firme la paz con los movimientos de la guerrilla, incorporndolos a la

    vida civil y a la democracia. Estos acuerdos de paz se cumplen pobremente, dejando vacos

    considerables en la solucin a las causas originales que dieron pie a la guerra: la injusticia

    social y el desequilibrio econmico.

    Desde esos aos El Salvador busca su desarrollo endgeno integral y el ejercicio pleno de

    los derechos ciudadanos, encontrando obstculos en las iniciativas de vanguardia dirigidasal fomento del desarrollo econmico local, la asociatividad regional, la descentralizacin

    del Estado, la implementacin de medidas que atenen los impactos de una globalizacin

    devastadora, el incremento de la participacin ciudadana y el ordenamiento territorial;

    contrastando el discurso de gobiernos contra la realidad.

    Finalmente, durante los ltimos cinco aos, El Salvador ha sido afectado constantemente

    por fenmenos naturales como terremotos, deslaves, inundaciones y erupciones; que dejan

    nuevamente a la luz, el duro impacto que stos tienen sobre la poblacin de ms escasos

    recursos econmicos. Dejando en evidencia la ausencia de acciones sistemticas, que

    podran ir solventando sus carencias y necesidades bsicas; constatando cmo las mismas

    familias, una vez tras otra, pierden sus pocas pertenencias, ven destruido su precario

    hbitat y profundizan su crisis econmica.

    LA FUNDACIN SALVADOREA DE DESARROLLO Y VIVIENDA MNIMA FUNDASAL , SOLIDARIA EN LA HISTORIA DE LA POBLACIN MSPOBRE DEL PAS.

    La FUNDASAL es una institucin privada, sin fines de lucro, que inicia sus actividades de

    compromiso con la poblacin, el 1 de Septiembre de 1968, a raz de un desastreocasionado por un fenmeno natural, que arras con las viviendas de un grupo de

    pobladores de la zona de La Chacra, en San Salvador.

    El compartir la experiencia con esa poblacin vulnerable, motiv al Padre AntonioFernndez Ibez S.J. y a un grupo solidario de profunda sensibilidad social, a realizar

    acciones que otorgaran consuelo en el momento de la emergencia, pero que tambin

    trascendieran ms all y se proyectaran al futuro, buscando un objetivo superior: erradicar

    las causas estructurales del abandono en el que viven las familias de escasos recursos

    econmicos, en todo el pas.

    Desde entonces, FUNDASAL se ha dedicado a la creacin de una conciencia social que

    promueva el desarrollo y las transformaciones sociales, en beneficio de los sectores ms

    pobres del pueblo salvadoreo. Su modelo de trabajo parte del hecho de que es posible, a

    travs de sus programas integrales de vivienda y servicios complementarios, contribuir

    significativamente a la erradicacin de algunas manifestaciones directas de la pobreza y

    32

  • 5/21/2018 Semin rio Cyted San-Martin

    39/215

    marginalidad; y a la modificacin de algunas de las causas estructurales y de ciertascondiciones que reproducen esta situacin.

    Los objetivos de FUNDASAL se refieren a la promocin integral de las personas, de lasfamilias y sus comunidades. Considerando de vital importancia, obtener una amplia y

    verdadera participacin ciudadana, en todos los procesos que se detonen a nivel local, ascomo en las transformaciones sociales demandadas a nivel nacional.

    Durante sus 37 aos de labor, la FUNDASAL ha estado pendiente de los problemascoyunturales que afectan al pas, caminando la misma ruta de los pobres, atendiendo lasnecesidades que se les han ido presentando, vinculadas estrechamente con el momentohistrico que respecta. As la Fundacin acompa a los desmovilizados de la guerra civil,en sus actividades de reinsercin, ha estado pronta a acudir a las emergencias acaecidas porfenmenos naturales, que han golpeado duramente a la poblacin ms pobre, se solidarizcon repatriados y refugiados, acompaa a las familias que las polticas econmicasmundiales van haciendo a un lado, volcndose con todos sus recursos humanos y

    econmicos para otorgar respuestas oportunas y eficientes a quienes demandan una prontaatencin.

    Muchos de los enfoques y acciones implementadas por FUNDASAL en proyectosconcretos, han cuestionado polticas y reglamentos tradicionales, incidiendo en las polticaspblicas de instancias reguladoras, cambiando su forma de abordaje y poniendo en laagenda poltica los proyectos de inters social. Los programas y proyectos llevados a cabo,reafirman que la problemtica de la vivienda de los sectores ms pobres, tiene una salida siexiste voluntad poltica y procesos de integracin.Para el ao 2004 las cifras de los proyectos se resuman de la siguiente manera:Nmero de Proyectos Ejecutados : 196Nmero de Viviendas Ejecutadas : 39,426Nmero de Personas Beneficiadas : 197,130Cobertura : 14 Departamentos

    ALGUNAS DE LAS LNEAS DE TRABAJO DE FUNDASAL.

    FUNDASAL ha implementado diferentes lneas o programas de trabajo, que se adaptan ala realidad diversa que enfrentan los asentamientos precarios, algunos de estos programasson: programa de nuevos asentamientos urbanos, programa de mejoramiento de barrios yprograma de asentamientos rurales, entre otros.

    PROGRAMA DE NUEVOS ASENTAMIENTOS URBANOS.

    Este programa tiene como objetivo facilitar que familias de limitados recursos econmicos(entre 1.5 a 3 salarios mnimos) tengan acceso a una vivienda digna, bajo el concepto deprogresividad (proporcionando una unidad bsica que posteriormente puede serampliada) y con condiciones financieras accesibles.

    Los proyectos se disean e implementan bajo un concepto integral, donde la vivienda esuno de los elementos, pero integrada en un entorno que incluye el acceso a serviciosbsicos, la integracin a la ciudad donde se encuentra inmerso el proyecto, espacios

    sociales y recreativos de uso colectivo, as como la organizacin y formacin de lasfamilias habitantes de los proyectos.

    33

  • 5/21/2018 Semin rio Cyted San-Martin

    40/215

    De este modo se desarrollan urbanizaciones integrales, con el equipamiento social

    e infraestructura bsica necesaria, estableciendo a la vez, las bases organizativas en

    la poblacin para dar mantenimiento a las obras, establecer relaciones adecuadas

    de convivencia y continuar trabajando por el desarrollo de su hbitat y condiciones de

    vida.

    Bajo este concepto se establecen los componentes de estos proyectos:

    a) La investigacin se da en dos momentos: un estudio general para la identificacin de

    zonas potenciales para el desarrollo de estos proyectos, y posteriormente un estudio

    especfico de la zona seleccionada y del grupo objetivo.

    Esta investigacin proporciona los elementos necesarios para la formulacin y diseo de

    los proyectos, tanto en sus aspectos tcnicos como socio culturales.

    b) El modelo financiero combina los siguientes elementos: Subsidio directo + crdito +

    ahorro previo + ayuda mutua, en donde Subsidio est orientado a garantizar que el costo

    sea accesible a la familia, y el Crdito busca generar un Fondo Rotatorio que permita la

    construccin de nuevas viviendas. El Ahorro previo tiene como objetivo comprobar la

    moral de pago de las familias. La Ayuda mutua busca facilitar la integracin de las familiasy su organizacin.

    c) El componente tcnico constructivo comprende las obras de urbanizacin, la

    construccin de las viviendas, las reas verdes y comunales.

    El diseo de las unidades habitacionales se bas en el concepto de vivienda progresiva, que

    consiste en una unidad habitacional construida con materiales permanentes que cuenta con

    servicios bsicos, en un ambiente urbano que incluye reas recreativas para las familias. La

    vivienda progresiva responde al reto de vincular dos propsitos: Por una parte,

    proporcionar una vivienda digna a las familias, y por otro, que su costo sea accesible a las

    familias de limitados recursos econmicos.

    d) El componente organizativo consiste en lograr que las familias beneficiarias sean

    protagonistas en la solucin de sus problemas. Para lograrlo se impulsa la ayuda mutua,

    que es un proceso socio constructivo, a travs del cual las familias se conocen y se

    integran como comunidad, para solventar sus problemas y lograr sus objetivos comunes.

    Las caractersticas de esta metodologa son: Las familias se integran al inicio en equipos de

    trabajo y posteriormente en las diferentes estructuras organizativas de la comunidad.

    Mediante el desarrollo de un programa educativo se fomentan o crean valores como la

    solidaridad, compaerismo, cooperacin, respeto mutuo entre otros. Con la creacin de una

    estructura y el fortalecimiento de la organizacin comunal, se crean las bases para la

    formacin de comunidad, la bsqueda de soluciones a sus problemas y su integracin al

    municipio. Se facilita la participacin de todas las personas, expresando sus opiniones y

    tomando decisiones consensuadas sobre las cosas que ataen al grupo. Se prepara a lapoblacin para la discusin, el anlisis y la confrontacin de ideas como mecanismo que

    predomine para resolver sus problemas.

    La atencin a juventud y niez es un aspecto que se integra al fortalecimiento comunal,

    abriendo espacios que fortalezcan la participacin y desarrollo de este sector, a la vez que

    se promueve y capacita a la organizacin comunitaria para asumir responsabilidad directa

    en el impulso de esta rea de atencin.

    PROGRAMA DE MEJORAMIENTO DE BARRIOS.

    Este programa consiste en la rehabilitacin de asentamientos urbanos precarios, mesones ylotificaciones, marginadas de los servicios bsicos, aisladas de la ciudad.

    34

  • 5/21/2018 Semin rio Cyted San-Martin

    41/215

    Mediante ste se realizan obras de proteccin, introduccin o mejora de los serviciosbsicos, mejora de los accesos, realineamientos de pasajes y mejora de las viviendas (estoltimo a travs de crditos a las familias).

    Un aspecto bsico del programa es el desarrollo organizativo de las comunidades,

    orientadas por una parte a garantizar la administracin y mantenimiento de las obrasrealizadas, pero con una trascendencia mayor en cuanto a participacin ciudadana en sucomunidad y en sus municipios, en bsqueda de una mejor calidad de vida.La concepcin integral en el desarrollo de estos proyectos, cubriendo aspectos fsicos,ambientales y sociales, permite lograr impactos en la transformacin de las condiciones devida de las familias.

    El ordenamiento de la comunidad, la transformacin de espacios recreativos y sociales, laintroduccin de los servicios bsicos y el cambio de actitudes y hbitos de la poblacin atravs de procesos de formacin, permiten constatar cambios en cuanto a disminucin deenfermedades estomacales y respiratorias, mejora de las relaciones interpersonales y mayor

    participacin de la comunidad en sus propios procesos de mejora as como en otrosespacios municipales. La reduccin del riesgo fsico y social, se posibilita a travs delordenamiento, mejor distribucin y uso de los espacios comunales y alumbrado pblico.El desarrollo de las obras requiere de un alto involucramiento de instituciones responsablesde proporcionar estos servicios (como compaas de electricidad y de agua, y os gobiernoslocales).

    Se promueve la equidad de gnero y la atencin a jvenes, en espacios de trabajocomunitario, recreacin y formacin, donde se incentiva su participacin creativa yconstructiva, se busca mejorar la convivencia familiar y comunal, as como la integracinde diferentes sectores en la dinmica comunitaria.

    PROGRAMA DE ASENTAMIENTOS RURALES.

    El programa est enfocado a realizar acciones hacia familias de escasos recursoseconmicos que vivan en cantones o caseros, organizadas o con disposicin a organizarseen comunidades o cooperativas.

    Los proyectos que se impulsan tienen un enfoque integral, cubriendo la introduccin omejora de aspectos fsicos, as como tambin el apoyo a iniciativas socio econmicas delas familias, y el fortalecimiento de sus capacidades organizativas para una participacin

    activa en procesos de desarrollo comunal y social.Las experiencias previas de FUNDASAL en el rea rural, han generado importantesaprendizajes en cuanto a proporcionar respuestas oportunas y a la generacin de impactos atravs de las intervenciones realizadas, aprendizajes que se canalizan para establecer loscontenidos de este Programa. A continuacin se presentan dos experiencias de ampliacobertura en el rea rural: Proyecto Obsidiana y Programa de Reconstruccin de Viviendaspost terremotos.

    Proyecto Obsidiana

    La firma de los Acuerdos de Paz en enero de 1992, entre el Gobierno de El Salvador y elFrente Farabundo Mart para la Liberacin Nacional (FMLN), concret el fin de la guerra,

    e implic entre otros, el reto de la reinsercin a la vida socio econmica del pas, de losexcombatientes.

    35

  • 5/21/2018 Semin rio Cyted San-Martin

    42/215

    Este momento requera de generar condiciones para que esta poblacin excombatiente, que

    durante 12 aos de guerra estuvieron desarraigados de una vida familiar y econmica,

    pudiera realmente reinsertarse a la vida civil. Es as como el Gobierno y el FMLN

    acordaron el Plan de Reconstruccin Nacional (PRN) que inclua programas de reinsercin

    en el rea educativa y productiva. En el tema de vivienda se desarroll el Programa

    Obsidiana, para la construccin de viviendas a excombatientes, designando a FUNDASALla ejecucin del proyecto dirigido a desmovilizados del FMLN.

    Este programa tuvo como propsito atender las necesidades ms urgentes de la poblacin

    excombatiente por medio de la construccin de 1,935 viviendas y la dotacin de agua y

    letrinas. Otros resultados esperados eran contribuir al proceso de reinsercin, capacitar a

    la poblacin con conocimientos en las reas constructivas y organizacin social, y

    desarrollar un modelo de trabajo aplicable a los asentamientos rurales.

    El Programa cubri un total de 75 asentamientos en 34 municipios de 9 departamentos del

    pas. Adems de la construccin de las 1,935 viviendas, tambin se construyeron 1,277

    letrinas y 36 proyectos de agua potable. Contar con estas condiciones fsicas, permita a losexcombatientes tener un lugar habitable, donde vivir con sus grupos familiares como base

    para iniciar su proceso de reinsercin.

    El diseo tcnico de las viviendas fue producto de un proceso de consulta entre los

    participantes, lo que llev a la eleccin de 10 diseos diferentes, analizando posteriormente

    la distribucin fsica de las viviendas. Este programa evi