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UNIVERSIDADE DO ESTADO DA BAHIA UNEB DEPARTAMENTO DE CIÊNCIAS HUMANAS E TECNOLOGIAS DCHT CAMPUS XX BRUMADO HISTÓRIA UAB COMPONENTE CURRICULAR: Teoria da História II SEMINÁRIO SOBRE: O Fim da História DOCENTE: Laís Viena de Souza TD: ANDERSON LUIS SANTOS SILVA TP: SIMONE Z. DA COSTA SILVA

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Page 1: Seminário   blog

UNIVERSIDADE DO ESTADO DA BAHIA – UNEB

DEPARTAMENTO DE CIÊNCIAS HUMANAS E TECNOLOGIAS – DCHT

CAMPUS XX – BRUMADO HISTÓRIA – UAB

COMPONENTE CURRICULAR:

Teoria da História II

SEMINÁRIO SOBRE:

O Fim da História

DOCENTE: Laís Viena de Souza

TD: ANDERSON LUIS SANTOS SILVA

TP: SIMONE Z. DA COSTA

SILVA

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EDILENE PEREIRA DA SILVA

MARIA DE LOURDES SILVA

MARIA JOSÉ AMORIM

MANOEL REIS DOS SANTOS

MILENA PINHEIRO CORREIA

MARINALVA N. VSCONCELOS

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Não creio que o tempoVenha comprovarNem negar que a HistóriaPossa se acabar

Basta ver que um povoDerruba um czarDerruba de novoQuem pôs no lugar

É como se o livro dos tempos pudesseSer lido trás pra frente, frente pra trásVem a História, escreve um capítuloCujo título pode ser "Nunca Mais"Vem o tempo e elege outra história, que escreveOutra parte, que se chama "Nunca É Demais""Nunca Mais", "Nunca É Demais", "Nunca Mais""Nunca É Demais", e assim por diante, tanto fazIndiferente se o livro é lidoDe trás pra frente ou lido de frente pra trás

Quantos muros ergamComo o de BerlimPor mais que perduremSempre terão fim

E assim por dianteNunca vai pararSeja neste mundoOu em qualquer lugar

Por isso é que um cangaceiroSerá sempre anjo e capeta, bandido e heróiDeu-se notícia do fim do cangaçoE a notícia foi o estardalhaço que foiPassaram-se os anos, eis que um plebiscitoRessuscita o mito que não se destróiOi, Lampião sim, Lampião não, Lampião talvezLampião faz bem, Lampião dóiSempre o pirão de farinha da HistóriaE a farinha e o moinho do tempo que mói

Tantos cangaceirosComo LampiãoPor mais que se matemSempre voltarão

E assim por dianteNunca vai pararInferno de DanteCéu de Jeová

O FIM DA HISTÓRIA – GILBERTO GIL

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"A canção foi composta para responder à colocação do scholarnipo-americano Francis Fukuyama, que num artigo publicado umpouco antes defendeu a tese neo-liberalista de que, com o final docomunismo - que, segundo ele, teria desaparecido -, a históriateria também acabado. O artigo se chamou justamente 'O fim daHistória', e foi escrito para provar o término da marcha dasutopias. Para lançar minha contestação frontal a isso, eu fiz aadvocacia do 'eterno retorno', tratando exatamente da questão deque tratava Fukuyama (a derrocada do socialismo enquantoconfiguração dos conjuntos nacionais do leste europeu), etrazendo à discussão o mito de Lampião (havia então a notícia deque, numa cidadezinha do Nordeste, tinham tentado tirar a suaestátua, o que gerou polêmica, sugerindo-se um plebiscito em queo povo acabou preferindo mantê-la)."

Gilberto Gil

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É uma teoria iniciada no século XIX por Georg Wilhelm FriedrichHegel e posteriormente retomada, no último quarto do séculoXX, no contexto da crise da historiografia e das CiênciasSociais no geral.Para Hegel isso iria acontecer no momento em quea humanidade atingisse o equilíbrio, representado, de acordocom ele, pela ascensão do liberalismo e da igualdade jurídica,mas com prazo indeterminado para ocorrer.Retomada ao final do século XX, essa teoria já adquire caráterde situação ocorrida pois, de acordo com os seus pensadores, aHistória terminou no episódio da Queda do Muro de Berlim.Naquele momento, os antagonismos teriam terminado pelo fatode, a partir de então, haver apenas uma única potência -os Estados Unidos da América - e, consequentemente, uma totalestabilidade.

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A idéia ressurgiu em um artigo, publicado emfins de 1989 com o título de "O fim dahistória"[1] e, posteriormente, em 1992, coma obra "O fim da história e o último homem",ambos do estado-unidense FrancisFukuyama.

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Fukuyama desenvolveu uma linha de abordagem da História,desde Platão até Nietzsche, passando por Kant e pelo próprioHegel, a fim de revigorar a teoria de que o capitalismo e ademocracia burguesa constituem o coroamento da história dahumanidade. Na sua ótica, após a "destruição" do fascismo e dosocialismo, a humanidade, à época, teria atingido o ponto"culminante" de sua "evolução" com o triunfo da "democracia" (nãoconfundir com a democracia original da Hélade, que nada tinha aver com a actual) liberal "ocidental" sobre todos os demaissistemas e ideologias concorrentes.

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Há enormes críticas sobre a parcialidade doautor que tende a ver a história de váriasespacialidades divergentes como um todoapenas sobre a óptica da sua própriaideologia (neoliberalismo), o que tirariamuito da criteriosidade em sua supostaanálise.

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Fukuyama não contrapõe a chamada

democracia liberal somente ao socialismo,

mas também a uma miríade de regimes

autoritários de direita que entraram em

colapso e que, de acordo com ele, acabaram

adotando, em maior ou menor grau, o

modelo da democracia liberal. Na América

Latina, aponta o caso das ditaduras na

Argentina, no Brasil e no Chile.

Page 10: Seminário   blog

Em suma, ao longo do século a democracia

liberal teria superado os "totalitarismos" de

direita e esquerda, e também quaisquer

outras variantes autoritárias, e triunfado

como o regime mais adequado ao

progresso e à liberdade humana.

Page 11: Seminário   blog

Passando por cima da realidade histórica

mais banal, Fukuyamama desconsidera o

fato evidente de que o fascismo somente

se explica se ligado intimamente ao

capitalismo monopolista e às suas crises,

da mesma maneira que o surgimento de

um conjunto de regimes ditatoriais e

fascistas na América Latina, no decorrer

dos anos 70, foi a expressão política da

forma de desenvolvimento capitalista

ocorrida nesses países.

Page 12: Seminário   blog

No complexo processo de desenvolvimento

capitalista, a concorrência se transforma no

seu contrário, o monopólio, da mesma forma

que a democracia burguesa se transforma

na ditadura fascista, num regime policial de

terror, onde o capital monopolista finalmente

consegue implementar as mudanças a ferro

e a fogo para romper a crise e reiniciar um

outro ciclo de expansão.

Page 13: Seminário   blog

No fundo, o que Fukuyama quer nos

impingir é a idéia de que a humanidade já

estaria livre de fenômenos como o nazi-

fascismo, uma vez que esse tipo de

barbárie não mais seria condizente com o

estágio atingido pela humanidade na pós-

história.

Page 14: Seminário   blog

Fukuyama foi buscar em Hegel os

fundamentos para sua teoria do "fim da

história". Hegel acreditava num

direcionamento da história da humanidade

no sentido da evolução e do progresso.

Para ele, a história humana era a realização

progressiva da sua "idéia absoluta".

Page 15: Seminário   blog

Com isso, segundo Fukuyama, "Hegel

estava dizendo que os princípios de

liberdade e igualdade, bases do Estado

liberal moderno, haviam sido descobertos

e postos em prática na maioria dos países

adiantados, e que não havia princípios ou

formas de organização social e política

alternativas superiores ao liberalismo".

Page 16: Seminário   blog

Pode-se até compreender, do ponto de

vista histórico e dentro da tradição dos

grandes sistemas da filosofia clássica

alemã, a perspectiva de Hegel, que

conduziu a filosofia idealista a um de seus

ápices. Hegel, como todos os filósofos de

seu tempo, recebeu os poderosos influxos

da Revolução Francesa de 1789, que

efetivamente descortinou novos

horizontes para a humanidade, ao

derrubar a monarquia e o feudalismo.

Page 17: Seminário   blog

Já dissemos que Fukuyama, manipulando

idéias sobretudo de Platão, Hegel e

Nietzsche, procura elaborar uma base

filosófica para a sua tese de que a

democracia liberal é o coroamento da

história da humanidade.

Page 18: Seminário   blog

Segundo sua teoria, hoje o mundo está

dividido entre os países capitalistas

avançados, que representariam o "Estado

universal homogêneo", e os demais países

que ainda não atingiram esse estágio e

que, na verdade, seriam os representantes

da barbárie, significando uma ameaça

para os primeiros.

Page 19: Seminário   blog

A conclusão de Fukuyama é a de que a

"força" continuará a ser a razão final nas

relações entre esses dois mundos, ou, para

usar uma de suas expressões, entre

"democracias e não-democracias".

Page 20: Seminário   blog

Por tudo isso, segundo ele, na nova ordem

internacional criada após o fim da guerra

fria, uma liga das nações "teria que se

parecer mais com a OTAN do que com a

ONU (Nações Unidas) - isto é, ser uma

liga de Estados realmente livres, unidos

pelo compromisso comum com os

princípios liberais".

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Eis a receita final descarada desse novo

doutrinador da ideologia imperialista: quer

uma "nova ordem mundial" inteiramente

controlada por entidades como a OTAN,

organização nascida do agressivo pacto

militar firmado pelos países capitalistas

avançados após a 2a Guerra Mundial para

conter o avanço do socialismo.

Page 22: Seminário   blog

Dessa forma, os países que representam e

encarnam o "fim da história", os "países

democráticos" da "pós-história" - na

verdade, as atuais potências imperialistas,

com os Estados Unidos à frente - ficariam

de mãos livres para agir em defesa de seus

interesses e perpetrar barbaridades, tudo

em nome da "humanidade" e da

"civilização".

Page 23: Seminário   blog

A evolução da humanidade em direção ao reino da

liberdade não se interrompeu neste final de século,

marcado por tantos acontecimentos trágicos e por

um aparente triunfo final do capitalismo. O

historiador E. H. Carr faz uma reflexão no sentido

de que a história vem sempre avançando, mas o!

Prova que ninguém jamais acreditou num tipo de

progresso que avançasse numa linha reta

contínua, sem reveses ou desvios.

Page 24: Seminário   blog

Referências

FUKU mundorama.net/.../o-fim-da-historia-de-fukuyama-vinte-anos-depois YAMA, F. O fim da História

e o último homem. Rio de Janeiro: Rocco, 1992.

pt.wikipedia.org/wiki/Fim_da_história

mundorama.net/.../o-fim-da-historia-de-fukuyama-vinte-anos-depois

www.culturabrasil.pro.br/fukuyama.htm

letras.mus.br › MPB › Gilberto Gil

www1.folha.uol.com.br/folha/mundo/ult94u29838.shtml

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