seminário 02

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Capítulo 01: Os Cromossomos Metafásicos e o Ciclo Mitótico

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Page 1: Seminário 02

Capítulo 01:

Os Cromossomos Metafásicos

e o

Ciclo Mitótico

Page 2: Seminário 02

~ 1865 a 1883: Citologistas e Mendel

Estrutura característica das células

Capaz de formar novos núcleos por divisão

Divisão - estruturas alongadas = cromossomos

1866 – Haeckel - * núcleo é o principal agente da herança

1880 – Flemming - *mitose – cromossomos se dividem longitudinalmente

- *visualizou cromossomos plumosos

1881 – Balbiani - * descobriu cromossomos politênicos

1883 – Roux - *comportamento dos cromossomos meióticos =

Mecanismo

de

herança

Page 3: Seminário 02

~ 1900 a 1904:

Proposta a Teoria da Herança Cromossômica

Base

Leis mendelianas da herança

(redescobertas de Correns – 1900)

Trabalhos citológicos

( Sutton, 1903 e Boveri, 1904)

Citogenética

Estudo relativo cromossomo

isolado / em conjunto

condensado / distendido

morfologia / organização

função / replicação

variação / evolução

Page 4: Seminário 02

Cromossomos Metafásicos

cromátide = um único fio de DNA + proteínas + RNA = cromonema = cromatina

região mais delgada = centrômero 2 braços

(constrição secundária satélite)

telômero = extremidade do braço

Centrômero

Acrocêntrico – perdidos na divisão celular

Dicêntricos, Tricêntricos ...

* constrição primária muito longa

* anáfase – “quebra” do cromossomo

Page 5: Seminário 02

Morfologia do cromossomo metafásico

Cromossomos com vários centrômeros

Page 6: Seminário 02

Centrômero

Inativação do cromossomo extra

ou

Mecanismo de coorientação dos

centrômeros

Funcionamento normal de

cromossomos que têm + de 01

centrômero

Quebra de cromossomo:

funciona como monocêntrico

centrômero latente = retoma sua ativ. funcional

Cinetócoro

estrutura globosa ou em forma de placa

se liga as fibras do fuso

presente em todo o ciclo (desde a intérfase)

Holocêntrico:

• várias placas / uma única

•ausência de C.P.

Page 7: Seminário 02

Fibras Cinetocóricas

Page 8: Seminário 02

Comparação entre cromossomos anafáficos

monocêntricos e holocêntricos

Page 9: Seminário 02

Constrição Secundária :

em um cromossomo de cada espécie (lote n)

prófase - associado ao nucléolo = RON

produção de RNA ribossomais

fortemente corada com nitrato de prata

Telômero :

Diferenças na composição/organização de seu DNA

Qd perdido – “adesão” nas novas extremidades - * dificuldade na anáfase

Cicatrizante nos terminais cromossômicos

Organização cromossômica – intérfase, prófase

Page 10: Seminário 02

Cariótipo :

Descrição das características do conj. cromossômico de uma espécie.

compara citogeneticamente espécies diferentes

variação entre indivíduos da mesma espécie

correlacionar patologias

Representação:• Cariograma

• Idiograma

Page 11: Seminário 02

Cariograma:

fotografia de uma metáfase

homólogos emparelhados e enumerados

Idiograma:

representação esquemática do cariótipo

posição e tamanho do centrômero

número, tamanho e largura do cromossomo

conj. haplóide

Page 12: Seminário 02

Idiograma de algumas espécies do gênero

Briza (gramínea)

Cariograma humano

Page 13: Seminário 02

Número Cromossômico:

02 números cromossômicos

diferentes

• haplóide = gamético = n

• diplóide = somático = 2n

Extremos: 2n = 2 – Parascaris equorum (nematelminto)

2n = 1260 – Ophioglossum reticulatum (pteridófita)

2n = 4 – poucas plantas e animais

Page 14: Seminário 02

Tamanho Cromossômico:

tamanho médio 5 a 6 um

cromossomos muito pequenos – descrição cariótipa – restrita ao número cromossômico

variação de tamanho gradativa

bimodal

Cariótipo simétrico

assimétrico – variação do tamanho/posição do centrômero

Diversidade cromossômica e cariótipica

Cravo-bravo, 2n=48Iridácea, 2n=28

Page 15: Seminário 02

Posição do Centrômero:

Metacêntrico

Telocêntrico Submetacêntrico

Acrocêntrico

01) Razão entre braços (r)

r = l/c

02) Índice centrométrico (ic)

ic = c x 100 / c + l

Tipos cromossômicos

Page 16: Seminário 02

Divisão Nuclear

Eucariotas Meiose

Mitose

sequência de eventos basicamente a mesma

originados antes dos pluricelulares

Page 17: Seminário 02

INTÉRFASE

Cromatina parte condensada = cromocentro

parte descondensada = cromatina difusa

•G1• duração variável

• influenciável pelo meio externo

• S • duplicação do DNA nuclear

• período mais longo

• G2 • qtd de DNA duplicada

• 2 cromátides por cromossomo

Page 18: Seminário 02

PRÓFASE

massa difusa CROMONEMA

Citoplasma fuso acromático

desaparecem os nucléolos

rompe-se a carioteca

fibrilas do fuso ligam-se ao cinetocóro

Final Prófase = PROMETÁFASE

• cromossomos razoavelmente condensados

• espalhados pelo núcleo

Page 19: Seminário 02

METÁFASE

alinhados no plano mediano da célula

com maior contração e individualização

* aplicação de substâncias anti-mitóticas

* se ligam as tubulinas

* fusos inativados

* células c - metáfases

* montagem de cariogramas ou idiogramas

Page 20: Seminário 02

ANÁFASE

divisão do centrômero

encurtamento das fibras do fuso

alongamento das fibras entre cinetocóros irmãos

cromossomos chegam nos pólos opostos

Page 21: Seminário 02

TELÓFASE

cromossomos fortemente condensados e agregados

cromatina difusa mais descondensada

aparecimento dos cromocentros e da cromatina difusa

reaparecem nucléolos e a carioteca

desaparecem o cromonema e o fuso acromático

cromossomos polarizados

divisão nuclear Citocinese

núcleo celular Intérfase

G 1 = G 0

Page 22: Seminário 02

Capítulo 2:

Organização Molecular

da Cromatina

Page 23: Seminário 02

Composição Química da Cromatina

pequena fração constituída de DNA

maior parte é protéica

menor fração é RNA

proteínas básicas = histonas

proteínas ácidas = não-histônicas

Page 24: Seminário 02

Estrutura do DNA

dupla cadeia helicoidal

cadeia nucleotídeo grupo fosfato + pentose + base nitrogenada

bases

Pareamento específico

púricas (A, G)

pirimídicas (C, T)

G C e A T

Page 25: Seminário 02

Estrutura e pareamento dos nucleotídeos no DNA

Page 26: Seminário 02

Estrutura do DNA

Informação genética do DNA transcrita para o RNA traduzida para proteínas

• passagem da informação através de um código

• cada aminoácido codificado por sequência 3 nucleotídeos

• DNA contém “trincas” codoficam uma proteína

Variação na qtd de DNA

Conteúdo médio de DNA filo menos complexo < filo mais complexo

fungos

poríferas <briófitas

moluscos < angiospermas

mamíferos

Page 27: Seminário 02

Variação na qtd de DNA

Gimnosperma

Angiosperma

Peixes

Anfíbios

• não há correlação entre complexidade organismal

Ex.: 2 ervas tetraplóides

menos de 50 cm de altura

com estruturas semelhantes

uma com cerca de 670x

mais DNA que outra

Codificação das informações genéticas qtd mínima de DNA

EUCARIOTAS - excesso de DNA

Difícil estabelecer uma correlação entre qtd de DNA e estágio evolutivo

Page 28: Seminário 02

Sequência de Base no DNA

“técnica para deduzir a sequência de bases de um segmento de DNA”

• permite ler segmentos pequenos de DNA

• necessário cortar em pedaços menores

• sequenciar as bases de cada pedaço

• reunir corretamenteas sequências para ler o segmento inteiro

Genes se organizam separados por um “DNA espaçador”

• fonte de variação na qtd de DNA

• não se relaciona com a informação genética

• nem com a complexidade do organismo

Page 29: Seminário 02

Genes éxons + íntrons

• Éxons: contém informação genética

• Íntrons: não contém informação genética

não estão rigidamente controlados pela seleção natural

DNA altamente repetitivo

uma mesma sequência de bases se repete mais de 100 000 x

DNA moderadamente repetitivo

repetitividade inferior a 100 000x

DNA de sequências únicas

sequências se repetem poucas vezes ou não se repetem

Page 30: Seminário 02

Relação entre o tamanho do gene da ovalbulina no DNA e no RNAm

Page 31: Seminário 02

Determinação da repetitividade do DNA

* solução com DNA isolado, fragmentado em pequenos pedaços

* aquecimento rompe pontes de H (desnaturação)

* baixando-se a temperatura reassociação das cadeias

* a velocidade e o tempo necessário para renaturação

constante de reassociação (c.r.)

Compara-se a c.r. de um DNA com a de outro DNA não-repetitivo

Quanto mais rápida a reassociação, maior o grau de repetitividade

do DNA testado

Page 32: Seminário 02

Identificação do DNA altamente repetitivo

Por densidade de flotação

DNA nuclear é extraído, fragmentado e centrifugado em CsCl

banda principal

banda satélite

• contém o DNA de sequências únicas

• e o moderadamente repetitivo

• contém o DNA altamente repetitivo

Page 33: Seminário 02

Isolamento do DNA satélite pela densidade de flotação.

Page 34: Seminário 02

RNA

RNA m

RNA t

RNA r

traduzido para proteína

auxiliares no processo de tradução

Constutie maior parte do RNA nuclear

Representa uma pequena fração da cromatina

• RNA r:

* 4 tipos 5 s

5,8 s

18 s

28 s

Localizam-se nos telômeros

Surgem simultaneamente da quebra de uma

molécula maior – RNA 45 s

Page 35: Seminário 02

• RNA t:

* teoricamente existem 64 tipos diferentes

(um para cada anticódon possível)

• RNA m:

* origena-se do DNA de sequências únicas

Estrutura do RNA r e RNA t:

cadeia simples dobrada sobre si mesmo

parcialmente pareado

originam-se do DNA moderadamente repetitivo

Page 36: Seminário 02

Histonas

* 5 tipos: H1

H2A

H2B

H3

H4

rica em lisina

moderadamente rica em lisina

rica em arginina

Interação Histonas - DNA:

•Nucleossomos – octâmero de histonas envolvidos em 2 voltas de DNA (nucleóide),

interligados por um filamento de DNA espaçador

•Solenóide – forma pequenos cromômeros numerosas alças

•Cromômeros - formam o cromossomo metafásico

Page 37: Seminário 02

“ Estrutura da Cromatina ”

Nucleóide * composto de um octâmero de histonas ( 2moléculas de H2A, H3, H4, H2B)

* H1 ou H5 aparecem por fora ou no interior dos giros de DNA

DNA ligado a histona em sítios específicos

DNA não complexado a histonas é clivado, fragmentos de tamanhos variados

Cromatina é clivada, fragmentos de DNA padronizados

Page 38: Seminário 02

Os quatro pares de histonas

que compõem o núcleo do

nucleossoma.

Representação: A = cromatina intacta,

B = nucleossoma, C = cromatossoma .

Page 39: Seminário 02

“ Proteínas não-histônicas – NHP ”

“papéis” desde o estrutural até o enzimático

atuam na transcrição, replicação e reparo do DNA

atuam na condensação e descondensação cromatínica

Após extração de DNA, histonas e RNA, permaneceu um arcabouço de proteínas

não histônicas

Em Politênicos:

• Formação de pufe – envolve acúmulo de NHP na interbanda adjacente

• Papéis: Ativam a transcrição de RNA

Empacotam e transportam RNA recém-transcrito

Ativam genes no pufe

Page 40: Seminário 02

Eletromicrografia de um cromossomo

humano do qual se extraíram as histonas.

Certas proteínas não histônicas formam

uma armação, da qual emergem laços ou

anéis de DNA.

Page 41: Seminário 02

Capítulo 03:

Heterocromatina

e

Bandamento cromossômico

Page 42: Seminário 02

1928 – Emil Heitz

2 tipos de cromatina

• Heterocromatina – condensada durante todo o ciclo celular

• Eucromatina – possue um ciclo de condensação-descondensação

Características gerais da Heterocromatina:

ausência de atividade gênica

replicação tardia do DNA

prófase = blocos heterocromáticos mais condensados que o

restante do cromossomo

Page 43: Seminário 02

Tipos de Heterocromatina

Constitutiva

permanece condensada

concentra-se em blocos no cromossomo

em ambos os homólogos, na mesma posição e mesmo tamanho

não contém genes estruturais

local onde se situa se não total / a maior parte do DNA satélite

em todo o ciclo

em todas as células do indivíduo

Page 44: Seminário 02

Tipos de Heterocromatina

Facultativa

se comporta como heterocromatina / eucromatina

aparece em apenas um dos homólogos

envolve todo o cromossomo

composição de DNA típica de eucromatina

Page 45: Seminário 02

* Corpúsculo de Barr – Heterocromatina Facultativa

• um cromocentro encontrado no núcleo interfásico

•só aparece em fêmeas = cromatina sexual = cromatina x

• diferencia o sexo citogenético do indivíduo

• nº de Corpúsculos de Barr = nº de cromossomos x – 1

Comparação entre núcleos interfásicos de (a) um homem normal XY, (b) uma mulher

normal XX, (c) uma mulher X0, (d) uma mulher XXX.

Page 46: Seminário 02

* Corpúsculo de Barr

Hipótese de Lyon

a inativação de um dos X da mulher garantiria um equilíbrio entre o nº de

genes ativos no homem e na mulher

Cromossomo Y:

• um dos menores cromossomos humanos

• em parte formado por heterocromatina constitutiva

• não tem muita influência no equilíbrio gênico

• contem poucos genes

Inativação do X mecanismo de compensação de dose

equipara a qtd de genes ativos no homem e na mulher

Page 47: Seminário 02

Técnicas de localização da Heterocromatina Constitutiva

em cromossomos Metafásicos

01) Técnica de Tratamento com frio

a temperatura baixa faz com que a heterocromatina se descondense mais

que a eucromatina

apenas algumas poucas espécies apresentam esse tipo de comportamento

nessa condição

Page 48: Seminário 02

02) Técnica Auto-Radiográfica

expor o organismo / célula em crescimento a uma solução contendo

substância radioativa ( timidina tritiada) que será normalmente metabolizada

posteriormente pode-se reconhecer a localização dessa substância devido

a sua radioatividade

tecnica que vai atingir os núcleos celulares que estiverem na fase S, onde

os novos DNAs sintetizados incorporarão o elemento radioativo.

Page 49: Seminário 02

Replicação tardia do DNA da heterocromatina

Page 50: Seminário 02

03) Técnica Hibridação in situ

se reconhece a heterocromatina pela localização do seu DNA repetitivo

3 etapas: 1ª : DNA satélite isolado e fragmentado é induzido à replicação em

presença de timidina tritiada; as novas cadeias marcadas são

separadas

2ª : cromossomos com cadeias pareadas são desnaturados

3ª : DNA cromossomal desnaturado é colocado em contato com as

cadeias simples de DNA satélite marcado; induz o pareamento,

revelando-se assim a exata localização da heterocromatina constitutiva

no cromossomo.

Page 51: Seminário 02

04) Técnica Bandamento C

cromossomos são mergulhados numa solução básica (hidróxido de bário)

em seguida expostos a uma solução salina a temperatura elevada

o DNA da heterocromatina constitutiva é menos extraído que o DNA

restante do cromossomo

qd os cromossomos são corados, as regiões heterocromáticas coram mais

fortemente, formando blocos escuros = bandas C

O padrão de bandas C podem servir como um parâmetro que facilita a identificação e

caracterização de certos cromossomos, por exemplo, os cromossomos humanos 8 e 9.

Page 52: Seminário 02

“ 05) Técnica Bandamento G ”

produz várias bandas claras e escuras no cromossomo

essa técnica não evidencia a heterocromatina

O bandamento G constitue um meio de identificação cromossômica,

permite detectar rearranjos cromossômicos e comparar cariótipos de

espécies relacionadas

regiões escuras (bandas G ) representam segmentos cromossômicos que

se condensam mais cedo na prófase

regiões claras são condensados mais tardiamente na prófase

Page 53: Seminário 02

06) Técnica Fluorocromos específicos para AT ou GC

Corantes fluorescentes - fluorocromo quinacrina mustarda – bandas Q

alguns fluorocromos são altamente específicos para AT ou GC,

identificando apenas o DNA satélite

Estes tipos de corantes também podem localizar o cromossomo Y humano em

núcleos interfásicos

Page 54: Seminário 02

Importância do Bandamento cromossômico

Bandamento G e Q

*permitem detectar pequenas variações estruturais (deleções,duplicações, inversões)

* possibilita localizar exatamente a região diretamente afetada

Bandamento C

* nos casos de híbridos interespecíficos, esta técnica tem permitido reconhecer, na

célula híbrida, quais os cromossomos de cada espécie parental

Para estudos evolutivos

* as técnicas possibilitaram observação detalhada das transformações que ocorreram em grupos

de espécies próximas que apresentam cariótipos muito semelhantes.

Page 55: Seminário 02

Representação esquemática

do cariótipo humano com

bandamento. Os setores de

heterocromatina constitutiva,

incluíndo os centrômeros,

estão em vermelho.

Page 56: Seminário 02

“ Referências Bibliográficas ”

GUERRA,Marcelo. Introdução à Citogenética Geral. Editora Guanabara

(1986)

RECCO-PIMENTEL, Shirlei M.; CARVALHO, Hernandes F. A célula. (2007)

DE ROBERTIS, Eduardo M. F.; HIB, José. Bases da Biologia Celular e

Molecular. Guanabara Koogan, 2006.