os papas no banco dos réus 15

17

Upload: editora-barauna-se-ltda

Post on 22-Jul-2016

224 views

Category:

Documents


5 download

DESCRIPTION

Baseado em extensa pesquisa encomendada pelo papa Bento XVI a três cardeais amigos seus, relatório que foi dividido em 300 páginas cada, este livro conta a história real de vários dos 260 papas, que reinaram no Vaticano, revelando o lado humano dos ocupantes do Trono de São Pedro, que por vezes sucumbiram a assassinatos, ganância, corrupção, nepotismo e vários outros episódios de que a missão de fé e misericórdia, tocando o coração de milhões de fiéis em todo o mundo e servindo se de guia para o desencadeamento de grandiosas transformações como a derrocada do socialismo e da queda do muro de Berlim...

TRANSCRIPT

Os PaPas nO BancO dOs Réus

Vera Maria Silveira

Os PaPas nO BancO dOs Réus

São Paulo 2015

Copyright © 2015 by Editora Baraúna SE Ltda

Capa AF Capas

Diagramação Felippe Scagion

Revisão Paula Ferreira

CIP-BRASIL. CATALOGAÇÃO-NA-FONTESINDICATO NACIONAL DOS EDITORES DE LIVROS, RJ

________________________________________________________________

S588p

Silveira, Vera Maria Os papas no banco dos réus / Vera Maria Silveira. - 1. ed. - São Paulo: Baraúna, 2014.

ISBN 978-85-437-0188-2

1. Igreja Católica - História. 2. Papas - Biografias. 3. Teologia. 4. Filosofia. I. Título.

14-18519 CDD: 922.21 CDU: 929:2-725

________________________________________________________________09/12/2014 09/12/2014

Impresso no BrasilPrinted in Brazil

DIREITOS CEDIDOS PARA ESTAEDIÇÃO À EDITORA BARAÚNA www.EditoraBarauna.com.br

Rua da Quitanda, 139 – 3º andarCEP 01012-010 – Centro – São Paulo - SPTel.: 11 3167.4261www.EditoraBarauna.com.br

Todos os direitos reservados.Proibida a reprodução total ou parcial, por qualquer meio, sem a expressa autorização da Editora e do autor. Caso deseje utilizar esta obra para outros fins, entre em contato com a Editora.

5

Os PaPas nO BancO dOs Réus

Eu estava sentada no banco da igreja na primeira fila, esperando começar a missa. Empertigada, quase não respirava com medo de minha mãe sentada logo atrás, tão perto para que pudesse esticar o braço e me beliscar se o meu pescoço resolvesse dar uma pequena virada. O pa-dre passava esporadicamente, e se sabia disso através das badaladas do sino, num intervalo de meia em meia hora, até começar a missa e dar tempo de todos os católicos chegarem à igreja. Vinham as beatas, as mulheres com suas fitas vermelhas no pescoço, as quais faziam parte da congregação do Imaculado Coração de Jesus. Logo em seguida, chegavam as filhas de Maria com suas fitas azuis e vestidos brancos. E assim começava a missa, com o pa-dre de costas para o público falando em latim, e somente uma pessoa respondendo, pois ninguém conhecia latim, muito menos aquele povo humilde e ignorante. As bea-tas cantavam desafinadas, como sempre, e aquela missa durava uma eternidade. Eu tinha tanto medo quando o padre falava sobre o apocalipse de João. Aquilo me pare-cia pavoroso, e as pessoas na sua santa ignorância mor-riam de medo do fim do mundo. Eu procurava entender

6

toda aquela história a respeito da criação do mundo e, na minha curiosidade infantil, tinha muito medo de Deus. Eu pensava: “Que Deus é esse que mete tanto medo nas pessoas?”. Perdia o sono de tanto pavor das homilias dos padres. E todo mundo que eu conhecia, principalmente as pessoas mais velhas, tinham muito respeito e temor, pois por tudo elas faziam o sinal da cruz. Mas ninguém entendia as escrituras. Até hoje a Bíblia continua a ser um enigma para muita gente. Mas ela não era lida, não sabíamos decifrá-la, apenas servia como enfeite em cima de um oratório qualquer, com um vaso improvisado com flores colhidas perto de casa, na maioria das vezes crista--de-galo, juntamente com imagens de santas e santos de todos os nomes naquelas figuras tristes, parecendo uns bonecos de barro inacabado.

Sempre tive dó dos santos e santas porque eles sem-pre estavam com uma cara muito triste e sofrida. Na maioria das vezes, aquela aparência triste me deixava tão mal, e em outras vezes até amedrontada. Os santos têm um olhar inquisidor, como se estivessem me olhando e me acusando de algo que eu tinha feito. Era assim que eu me sentia, amedrontada, apavorada e me perguntava quem fazia essas imagens tão tristes e tão desoladas.

A maioria das beatas tinha seu altar em casa, impro-visando-o numa mesinha; e muitas tinham um oratório onde uma lamparina iluminava o altar cheio de santos de barro e de papel, já que as velas naquele tempo eram sinal de gente morta e velório. Os padres nunca nos explica-vam como se devia ler a Bíblia, que ela tinha sido produ-zida em diversos materiais de acordo com a época e a cul-

7

tura das regiões. Eles utilizavam tábuas de barro, pele de animais, papiros e cacos de cerâmica. E também não ex-plicavam que a Bíblia não tinha sido feita de uma só vez, mas que havia levado mais de 1300 anos para ser escrita. Os padres não diziam que os primeiros manuscritos eram de aproximadamente 1250 a.C., e os últimos datavam de 100 d.C. Deviam ter explicado que a Bíblia não tinha sido escrita na ordem em que se encontra, e que no iní-cio foi escrita em três línguas (hebraico, aramaico e gre-go), em lugares como Palestina, Babilônia, Ásia Menor, Roma, Grécia e Egito, atualmente se encontra traduzida em todas as línguas faladas no mundo e que é o livro mais lido em todo o mundo. Os católicos, por muito tempo, não entendiam sua própria religião, só temiam muito por não entender o que o padre falava na missa. A missa con-tinua até hoje no seu próprio ritual, e se nós, católicos, queremos aprender algo sobre nossa religião, procuramos por meio de estudos bíblicos entre grupos e vários minis-térios dentro da igreja. Nós não sabíamos que os judeus aceitam somente os livros que narram a história do povo judeu, escrito em hebraico e em terras da Palestina. Nós, cristãos, acreditamos que a Bíblia tem dois livros impor-tantes: o Antigo Testamento, que conta a história de um povo antes da vinda de Cristo, e o Novo Testamento que narra a história após a vinda de Jesus Cristo.

A Bíblia dos católicos possui 73 livros, sendo sete a mais do que a Bíblia dos evangélicos. Também não nos explicaram que os cincos primeiros livros da Bíblia são Gênesis, Êxodo, Levíticos, Números e Deuteronômio, que fazem parte do Antigo Testamento. Gênesis fala so-

8

bre a origem da vida e da história. Êxodo, narra a liber-tação do povo escravo, os hebreus, e como eles saíram do Egito. Levíticos, que provêm de Levi que era um dos filhos de Jacó e neto de Abraão, e liderou uma das doze tribos de Israel que se organizaram para dividir a terra e a formação de um povo santo. Números, narra o início do grande recenseamento do povo hebreu no deserto. E, por último, Deuteronômio, que em grego significa “lei”, o qual contém as leis que regiam o projeto de uma nova sociedade, narra a morte de Moisés, e foi escrito setecen-tos anos depois dele às vésperas ou no início do exílio da Babilônia. Não se sabe se o livro foi escrito por ele. Contudo, todas as raízes estão em Moisés, queira ou não. Foi ele quem iniciou a organização do povo judeu e sua fé religiosa, a fim de construir uma nova sociedade.

Nós, católicos, somos chamados de adoradores de imagens. Mas também existe um sentido para isso. No Antigo Testamento encontram-se palavras muito fortes a respeito do culto de imagens. O livro de Êxodo con-tém os 10 mandamentos, e o segundo mandamento diz: “Não farás para ti imagem ou figura qualquer de coisas que existem no céu, na terra ou nas águas debaixo da ter-ra, não farás nem cultuarás”. Isso está escrito em Êxodo 20:4. Mas logo depois no capítulo 25, versículos 18-20, Deus manda Moisés fazer imagens de querubins de asas abertas sobre a arca da aliança, um com o rosto voltado para o outro. Como se explica isso? Como o povo iria entender tamanha confusão? Como a Bíblia é a expressão de fé do povo humilde e sofredor, acabou descobrindo um dia que o Deus deles era mais forte do que os deuses

9

dos mais poderosos. Por esse motivo eles viam aquelas imagens suntuosas feitas pelos poderosos que hoje ainda existem em várias partes do mundo como no Egito, e o povo fraco que não podia fazer uma imagem suntuosa, construía seus ídolos de barro. Então como o povo pobre e ignorante ia conseguir entender essas explicações apesar de hoje os padres dizerem que a Bíblia deve ser traduzida conforme os dias atuais? No Antigo Testamento fala-se dos Profetas Maiores e Profetas Menores. A Bíblia diz que esses profetas surgiram a pedido do povo que queria um rei (para que governasse o povo de Israel.). Os primeiros reis de Israel foram Saul, Davi e Salomão, e Samuel foi o primeiro profeta. Este já tinha avisado o povo de que iria aparecer um rei que os faria sofrer muito, que eles seri-am escravizados, pagariam tributos, e outras coisas mais. Existiam dois livros escritos no palácio real, os livros de Reis e os livros de Samuel, os quais apontavam os erros cometidos pelos reis e seus pecados contra Deus e sua opressão sobre o povo. Esses mesmos reis dominaram, exploraram, fizeram escravos, tiravam tudo do povo e os empobreciam, e cobravam tributos para o exército. Sur-giram os profetas para denunciar isso. São pessoas levan-tadas por Deus e que chamavam a atenção para o erro dos humanos e para a opressão do povo de Deus. Eles apro-ximavam pessoas de Deus e Deus do povo. Esses profetas estão divididos em Profetas Maiores e Profetas Menores. Receberam essa distinção pela variação no tamanho da obra escrita contida na Bíblia.

Os profetas maiores são: Isaías, Jeremias, Ezequiel e Daniel; e os menores são: Baruc, Oseias, Joel, Amós,

10

Abdias, Jonas, Miqueias, Naum, Habacuque, Ageu, Zacarias e Malaquias. A mensagem de cada um era de acordo com os momentos vividos na ocasião e de acordo com os ouvintes de sua pregação. O que mais os profetas anunciaram foi a vinda do Messias, a conversão do povo de Deus, o julgamento de Deus, o castigo da opressão sobre os pobres e oprimidos, dignidade para o povo, a consolação diante do sofrimento e a salvação diante do testemunho de fé em Deus.

Ao longo de toda a história bíblica percebemos a atuação de homens e mulheres mensageiros da verda-de, defensores da vida, que são verdadeiros profetas e profetisas. Atualmente, os profetas do nosso tempo são índios, camponeses, operários, bispos, padres, mulheres e religiosos. Nós católicos acreditamos e aceitamos os sete livros do Primeiro Testamento que foram escritos em grego e em terras que não eram palestinas, porque foram usadas nas primeiras comunidades cristãs para entender a Bíblia que continua muito difícil de as pes-soas traduzirem para a atualidade. Precisaríamos voltar ao ano de 1850 a.C. quando Abraão e Sara vão embo-ra da Mesopotâmia em busca da terra prometida por Deus. Eles juntamente com outros povos saíram de sua terra e se dirigiram para o Egito onde a terra era fértil para o cultivo. Tempos depois o povo se tornou escra-vo, e Deus faz de Moisés o seu líder, que vai conduzir esse povo na longa caminhada através do deserto rumo à terra de Canaã. Foi nesse momento que a Bíblia fala que Deus aparece a Moisés e faz a sua aliança dando a ele dos Dez Mandamentos.

11

Deus se revela como único e diz que fez esse povo sair da terra da escravidão. E deu os mandamentos a fim de que o povo os cumprisse para serem livres, caso contrário, seriam amaldiçoados. Só que também não explicavam porque Deus fez o povo andar quarenta anos no deserto para chegar à Terra Prometida e que Moisés, seu líder, morreu antes de pisar nela.

O que vemos sobre Deus no Antigo Testamento, é que ele se revela com o nome de Javé, e o leitor devia pronunciar “Edoany” que significa Senhor. No tempo de Jesus os judeus não pronunciavam a palavra Deus. O Evangelho de Mateus descreve uma comunidade de ju-deus cristãos, e este livro foi escrito conforme as tradições judaicas, a fim de conquistar judeus para o Evangelho, pois os judeus achavam que Jesus Cristo não era o Mes-sias anunciado, tanto que pediram a sua crucificação.

Foram escolhidos quatro evangelistas para registra-rem a vida de Jesus. E todos os Evangelhos falam pratica-mente a mesma coisa, exceto o Evangelho de João quan-do fala sobre o Apocalipse. Jesus não deixou nada escrito, apenas os evangelistas escreveram sobre sua vida, seus atos e seus milagres. E isso eles escreviam servindo-se das parábolas de Jesus que hoje precisamos decifrar, e cada um a seu modo. Por isso torna-se difícil entender o que é seguir Jesus e de que modo devemos fazê-lo atualmente.

Muitos se dizem religiosos apenas para satisfazer suas necessidades, mas sem comprometimento com Deus e com as pessoas. Jesus escolheu entre seus muitos seguidores doze apóstolos: Simão Pedro, André, Tiago filho de Zebedeu e João seu irmão, Filipe e Bartolomeu, Tomé, Mateus, Tiago filho de Alfeu e Tadeu, Simão, o

12

Zelote, e Judas Iscariotes. A única oração deixada por Jesus foi o “Pai Nosso”.

O Novo Testamento agrupa vinte e sete livros em estilos e formas que são diferentes dos evangelhos. Não se trata de uma biografia de Jesus Cristo. Nele temos os Atos dos Apóstolos, que é a continuação do Evangelho de Lucas, e foi escrito entre 80 a 90 d.C. Lucas era secre-tário de Paulo e também médico. Paulo foi um dos mais ferrenhos perseguidores dos cristãos, e foi numa viagem à Damasco onde ele se converteu, tornando-se um dos maiores defensores de Jesus. Foi ele quem criou a comu-nicação escrita para o Novo Testamento e foi o que mais escreveu. Os estudiosos discutem até hoje qual a época em que apareceram suas cartas. Mas ele começa com duas cartas aos Tessalonicenses, depois aos Filipenses, depois vêm as cartas I e II Coríntios, Gálatas, Romanos, Efésios, Colossenses, Filemom, uma carta a Tito e duas cartas a Timóteo, e a carta aos Hebreus, que também é atribuída a Paulo. A carta de Tiago, que se diz irmão de Jesus, faz pensar que o verdadeiro autor da carta é judeu de origem grega do século I, escrita entre os anos 80 a 100 d.C.

As cartas de São Pedro foram escritas às regiões da Ásia Menor. Cartas que instigavam o povo a ter esperan-ça diante da perseguição e achando que o fim do mundo estava próximo. A carta foi escrita da Babilônia que era provável a cidade de Roma. A carta de São Pedro preserva a esperança e foi escrita no final do século I ou começo do século II. Daí vem a primeira carta de João. Ele era o quarto evangelista, o preferido de Jesus. Os outros eram Mateus, Marcos e Lucas.

13

Por que o Apocalipse de João é tão terrível? Apocalipse quer dizer revelação e é de uma compreensão extremamente difícil. Ele usa imagens, símbolos, figuras e números miste-riosos. Pode ser compreendido se vermos o livro nascendo de uma situação difícil, pois o povo de Deus era oprimido, sofrido, perseguido. Então o autor usa de uma estratégia de resistência e ação por meio dos símbolos. Ele deixa suas mensagens às igrejas da Ásia Menor.

Os cristãos viveram em meio às conquistas de Alexandre Magno e depois o domínio de Roma. Eles lutavam contra a idolatria e o poder político absolu-to da dominação romana (pois acreditavam na religião imperial), principalmente na era do imperador Nero, o qual mandava que os cristãos fossem mortos no Coliseu diante de uma plateia fanática e enfurecida. Eles eram comidos pelos leões, ou Nero ordenava que os cristãos fossem feitos tochas humanas em suas festas no palá-cio imperial para deleite de seus convidados. Era um tempo de decadência na era do imperador Vespasiano (69-79) que criou a religião imperial na qual cultuavam os imperadores mortos, além de atribuir-se como o “sal-vador”. Por isso João quis advertir os cristãos quanto os perigos terrenos e os fortalecia a fim de serem corajo-sos nos momentos difíceis que iriam passar. Mas como não entendiam as parábolas do Apocalipse, como ocorre atualmente, eles se enchiam de medo e de pavor. Diga--se de passagem, que o Deus do Antigo Testamento era um Deus terrível. Ele dizimava, matava, exterminava, inundava e ainda mandava pragas horríveis ao povo mi-serável que nada entendia. Como exemplo as sete pragas

14

do Egito, o suplício e a humilhação de Jó, o extermínio de Sodoma e Gomorra, a morte de crianças inocentes e outras coisas horripilantes. Deus ordenou a construção de uma arca por Noé, e que dentro dela colocasse um casal de cada animal existente, e depois inundou toda a Terra, dizimando todos os seres vivos que nela existiam.

Quando o Senhor anunciou que mandaria seu filho para salvar o mundo, as opiniões se dividiram, e eles se perguntavam: Quem será esse homem enviado por Deus? Quem é esse tal Messias? Sabe-se que os judeus rejeitam o cristianismo e não acreditam até hoje ser Jesus o Messias enviado. Os judeus dizem que o Messias nasceria de pais humanos, como uma pessoa normal. Ele não será um se-mideus, mas uma pessoa normal como qualquer outra.

O Torá, a principal fonte de estudo do povo hebreu, corresponde aos primeiros cinco livros da Bíblia, chama-dos de Pentateuco. São os livros de Gênesis, Êxodo, Leví-ticos, Números e Deuteronômio. Como muitas doutrinas que são espalhadas pelo mundo é difícil prever o número exato dos adeptos. Dizem que as religiões consideradas são o Espiritismo, com aproximadamente 13 milhões de adeptos. Esta não é exatamente uma religião, mas está na lista. O Espiritismo fala e crê na sobrevivência do espírito após a morte e na reencarnação. Essa doutrina surgiu na França e se alastrou pelo mundo após a publicação do Livro dos Espíritos de Allan Kardec (1857). No Brasil concentra-se o maior número de espíritas do mundo.

O Judaísmo tem 1,5 milhões de adeptos. O Sikhis-mo, 20 milhões de adeptos. Estes dizem ser a sexta maior religião do mundo. Trata-se de uma doutrina monoteís-

15

ta, vindo da província de Punjab, na Índia, fundada por Curu Nanak. O Budismo possuí 376 milhões de adeptos, e sua doutrina baseia-se nos ensinamentos de Siddhar-tha Gautama (Buda) em 600 a.C. Os budistas buscam a realização plena da natureza. Religião tradicional chi-nesa com 400 milhões de adeptos, eles misturam credos e práticas de diferentes doutrinas, como o Confucionis-mo, o Taoísmo, o Budismo e outras pequenas religiões. O hinduísmo possui 900 milhões de adeptos, e abrange seitas monoteístas e politeístas sem nenhuma escritura ou doutrina. O Islamismo tem 1,6 bilhões de adeptos que seguem o sistema religioso dos ensinamentos do Corão, e seu sistema religioso foi fundado no século 7 pelo Profe-ta Maomé. Eles acreditam que Alá seja seu único eterno criador e soberano. Acreditam em anjos, profetas bíblicos, mas terminam em Maomé como último profeta maior de Alá. Também acreditam em certas partes da Bíblia como o Torá dos Evangelhos. Acreditam que Alá decretou tudo o que vai acontecer, acreditam no dia do julgamento fi-nal, no paraíso e no inferno. O “Salat” são as cinco ora-ções que obrigatoriamente devem ser feitas todos os dias. Por último, o Cristianismo, com 2,2 bilhões de adeptos que mesmo com o crescimento de outras religiões, conti-nua sendo a doutrina com o maior número de adeptos do mundo. As outras religiões são consideradas seitas, apesar de existirem milhares pelo mundo todo. Sem contar que no Brasil existem os adeptos da Quimbanda e Umbanda trazidas pelos negros africanos vindo do Congo, Angola e Moçambique, que pertenciam ao grupo dos bantos e os sudaneses da Nigéria e Benin denominados iorubas,