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Módulo IIIAprendizagem Cooperativa
Raízes e fundamentação teórica
Aprendizagem cooperativa
A ideia de agrupar os alunos para que trabalhem de forma a obterem melhores resultados não é nova
O movimento da aprendizagem cooperativa é uma redescoberta
Ideia defendida por Finkel no prefácio do livro Circles of Learning: cooperation in the classroom de Johnson et al (1984)
Aprendizagem cooperativaRaízes
O movimento da aprendizagem cooperativa terá tido origem nos EUA
As vantagens do trabalho em grupo foram evidenciadas por pedagogos europeus do sec. XIX (Herbart, Froebel e Pestalozzi)
No final do sec. XIX John Dewey chamou a atenção para a importância da partilha nas aprendizagens
Aprendizagem cooperativaRaízes
Relação entre a AC e o tutorial system desenvolvido nas Universidades de Oxford e Cambridge (1379)
Este método vem mais tarde originar com Bell e Lancaster (1798) o monitorial system (ensino mútuo)
Ensino proporcionado de alunos para alunos, o que traz vantagens ao nível da aprendizagem
Aprendizagem cooperativaRaízes
Para Balcells e Martin tanto o tutorial como o
seminário são métodos de discussão
O Hale Report contrapõe-os ao método expositivo onde o
papel do aluno é fundamentalmente receptivo
Existem algumas diferenças entre os dois métodos ?
Aprendizagem cooperativaRaízes
1. O seminário implica um maior número de estudantes (+ de 4)
2. O tutorial é student-centred, ao passo que o seminário é
subject-centred
n No tutorial há preocupação com o desenvolvimento das capacidades do aluno
n No seminário com a aprendizagem de métodos científicos e com a melhoria das capacidades de expressão
Aprendizagem cooperativaRaízes
Em 1916 John Dewey no livro Democracia e
Educação refere que:
A sala de aula deve ser um laboratório para a aprendizagem
da vida real
Devem organizar-se pequenos grupos para a aprendizagem
de princípios democráticos
Aprendizagem cooperativaRaízes
A expressão dinâmica de grupos (group dynamics)
utilizada pelos sociólogos - Cooley e Mead (1930)
A partir dos anos 40, no âmbito da psicologia social,
multiplicaram-se os estudos sobre grupos
Analisou-se os objectivos, as características e a importância
para o aperfeiçoamento das pessoas (training group)
Aprendizagem cooperativaRaízes
No início do século fizeram-se experiências sobre o
ensino em pequenos grupos (Lewin et al.)
Mas só em 1960 os resultados de investigações
incitaram professores a utilizar a dinâmica de grupos
na educação
Antes a aplicação do trabalho de grupo tinha por
objectivo corrigir limitações da licão magistral
Aprendizagem cooperativaRaízes
Thelen e Slavin desenvolveram procedimentos para ajudar o trabalho dos alunos em grupo (STAD, Jigsaw e a IG)
Forneceram a base conceptual para o desenvolvimento contemporâneo da aprendizagem cooperativa
Os métodos tradicionais caracterizam-se por tarefas nas quais os professores trabalham com toda a turma ao mesmo tempo
O sistema de recompensas é baseado no desempenho individual
Aprendizagem cooperativaRaízes
Para Thelen e Slavin a característica essencial da aprendizagem cooperativa
consiste no facto de dois ou mais indivíduos se encontrarem interdependentes para uma recompensa que irão partilhar se foram bem sucedidos
A coordenação de esforços é fundamental para completar com sucesso a tarefa (cf. Deutsch)
Aprendizagem cooperativaRaízes
Para Thelen e Slavin a aprendizagem cooperativa tem as seguintes caraterísticas:
Os alunos trabalham em equipa para dominarem os materiais escolares
As equipas são constituídas por grupos mistos
Os sistemas de recompensa são orientados para o grupo
Aprendizagem cooperativaRaízes
Começam a surgir uma variedade de técnicas de discussão para o processo de ensino-aprendizagem
As técnicas são de discussão dirigida e de discussão livre ou aberta
Na discussão dirigida o papel do professor é destacado
Na discussão livre o professor deixa de ser predominante
Aprendizagem cooperativaRaízes
As técnicas podem ainda subdividir-se em:
Técnicas menos estruturadas como a Phillips 6-6, os diálogos
simultâneos/sucessivos, servindo para preparar as técnicas mais
estruturadas
Técnicas mais estruturadas como o simpósio, o painel, o estudo
de casos...
Há outras técnicas de difícil classificação - são as actividades
de role playing, o brainstorming (têm fases metodológicas claras)
Trabalho de grupo
Objectivos Analisar algumas técnicas de trabalho de grupo
Apresentar as técnicas de trabalho de grupo
Conteúdo Consultar o texto de Bordenave e Pereira sobre as técnicas de TG
Constituição de grupos de 2 até 4 elementos 1º Grupo - analisa e apresenta a Phillips 6-6 e a Díade
2º Grupo - analisa e apresenta a Discussão em Pequenos Grupos
3º Grupo - analisa e apresenta a Tempestade Cerebral
Trabalho de grupoContinuação
4º Grupo - analisa e apresenta a Pergunta Circular e os Grupos de
Verbalização e Observação
5º Grupo - analisa e apresenta o Painel
6º Grupo - analisa e apresenta o Simpósio
7º Grupo - analisa e apresenta o Estudo de Casos
8º Grupo - analisa e apresenta a Dramatização
9º Grupo - analisa e apresenta o Seminário
10º Grupo - analisa e apresenta a Técnica de Reflexão
11º Grupo - analisa e apresenta o Estudo Orientado em Equipas
12 Grupo - analisa e apresenta os Diálogos Sucessivos
13º Grupo - analisa e apresenta o Workshop
Trabalho de grupoConstituição grupos/outra possibilidade
1º Grupo - analisa e apresenta a Phillips 6-6, a Díade e a Discussão em
Pequenos Grupos
2º Grupo - analisa e apresenta o Tempestade Cerebral e Pergunta
Circular
3º Grupo - analisa e apresenta Grupos de Verbalização e Observação e
Painel
4º Grupo - analisa e apresenta o Simpósio e Estudo de Casos
5º Grupo - analisa e apresenta a Dramatização e Seminário
6 Grupo - analisa e apresenta os Técnica de Reflexão e Diálogos
Sucessivos
7º Grupo - analisa e apresenta o Estudo Orientado em Equipas e
Workshop
Trabalho de grupo
Questões a responder por cada um dos grupos de trabalho na
análise das técnicas:
Em que consiste a técnica?
De que tipo de técnica se trata?
Como se pode aplicar?
Estudo Orientado em EquipasEm que consiste?
Trata-se de uma técnica de trabalho de grupo que visa colmatar as limitações das aulas expositivas e que tem por objectivos essenciais:
Desenvolver a capacidade de estudar um problema em equipa de forma sistemática
Orientar a aprendizagem dos alunos, contribuindo para a solução de problemas e para o desenvolvimento de certas atitudes
Estudo Orientado em EquipasDe que tipo de técnica se trata?
Trata-se de duma técnica dirigida e estruturada;
É muito orientada pelo professor
Obedece ao desenvolvimento de uma metodologia específica
Estudo Orientado em EquipasComo se pode aplicar?
Rápida exposição do assunto e explicação do plano de actividades
Grupos de discussão sobre o assunto
Avaliação final das aprendizagens
Estudo Orientado em Equipas Como se pode aplicar?
Na exposição o professor:
Comunica aos alunos os objectivos do estudo
Destaca a importância do assunto, mencionando investigações recentes;
Levanta questões acerca do assunto;
Apresenta referências bibliograficas;
Consciencializa os alunos que não basta ouvir as aulas; É necessário trabalhar, trocar ideias, ler, analisar e concluir
Estudo Orientado em Equipas Como se pode aplicar?
O desenvolvimento de grupos de discussão sobre o assunto apresentado compreende:
Levantamento dos conteúdos compreendidos
Levantamento dos conteúdos não conhecidos
Divisão do trabalho (das leituras por equipa)
Tomada de conhecimento da tarefas a executar
Realização das tarefas
Auto-avaliação
Painel
Estudo Orientado em Equipas Como se pode aplicar?
Para a avaliação final das aprendizagens o professor:
Reune a auto-avaliação e os relatórios dos alunos;
Reune as suas anotações referentes ao painel final;
Reune a avaliação formal, quando existe;
Dialoga com a turma, discutindo o grau de consecução dos
objectivos fixados
Estudo Orientado em Equipas
Vantagens principais:
Permite uma participação activa dos alunos na sua
aprendizagem;
Permite estabelecer um bom clima de relacionamento entre
professor-aluno;
Permite uma participação dos alunos na sua avaliação.
Ponto de Situação
O estudo da turma como sistema e como grupo (contexto social complexo)
Origens da aprendizagem cooperativa
John Dewey (início do séc. XX) Percursores Herbart, Froebel e Pestalozzi (séc. XIX) Balcells e Martin (ensino tutorial e seminário) Estudos de Cooley e Mead A Psicologia Social/Dinâmicas de Grupo (Lewin, Lippit e White) Estudos de Deutsch Trabalhos de Thelen e Slavin (ideia de aprendizagem cooperativa)
Técnicas de Trabalho de grupoFlexibilidade
Não esgotam a variedade de técnicas possíveis...
A utilização depende dos objectivos que desejamos alcançar
Podem ser combinadas para cumprir vários objectivos. Painel seguido de Phillips 66
Podem ser combinadas com técnicas não-grupais, como a exposição oral
O professor organiza a sua estratégia de forma a combinar actividades individuais e grupais
Aprendizagem CooperativaArends (2002)
É um modelo de ensino:
Que ajuda os alunos na aprendizagem de conteúdos e competências escolares
Que contempla também objectivos sociais importantes
Que não é resultado de uma corrente única de pensamento pedagógico
Os desenvolvimentos contemporâneos começaram com os psicólogos educacionais e teóricos da pedagogia no início séc. XX
Aprendizagem CooperativaHerbert Thelen (1960)
Considerava que a sala de aula devia ser um
laboratório ou uma democracia em miniatura
Com o objectivo de fomentar o estudo e a pesquisa
de problemas interpessoais e sociais importantes
Dado o seu interesse por dinâmicas de grupo Thelen
estruturou a pedagogia da investigação em grupo
Aprendizagem CooperativaDewey e Thelen
O comportamento e os processos cooperativos são essenciais para o desenvolvimento humano
São os suportes a partir dos quais as comunidades democráticas se constroem e mantêm
Estes objectivos só podem ser atingidos se forem desenvolvidas actividades adequadas com os alunos
Aprendizagem CooperativaHistórica decisão
Em 1954, o Supremo Tribunal nos EUA tornou pública uma importante decisão...
As escolas públicas não poderiam funcionar com base numa política de “separados-mas-iguais”, devendo adoptar a integração racial
Foi solicitado às escolas que desenvolvessem planos com vista à integração racial
Aprendizagem CooperativaSharan e Allport
Citando Allport, Sharan (1984) refere três condições básicas, para combater o preconceito racial:
1) contacto interétnico não mediado;
2) ocorrendo em condições de estatuto de igualdade entre membros dos vários grupos que participam num dado contexto;
3) onde o contexto aceita oficialmente a cooperacão interétnica.
Aprendizagem Cooperativa
Interesse actual pela AC surgiu de tentativas de estruturação dos processos de ensino de acordo com as condições de Allport
Trabalhos de Slavin, Sharan e Johnsons exploraram a forma como as turmas cooperativas levam:
ao desenvolvimento de uma melhor aprendizagem;
a um melhor entendimento interétnico;
e a atitude mais positiva face aos alunos com deficiência.
Aprendizagem CooperativaPedagogias construtivistas/Freitas e Freitas (2002)
Defendem que os alunos são agentes da construção do seu próprio conhecimento
Desenvolvidas na segunda metade do sec.XX, deram origem, segundo Slavin, a dois distintos grupos de teorias:
As Teorias Desenvolvimentistas
As Teorias de Elaboração Cognitiva
Aprendizagem CooperativaTeorias Desenvolvimentistas
Estas teorias incluem as ideias de Piaget (1967) e Vygotsky (1978):
O meio social é determinante para o desenvolvimento cognitivo e para a construção de conhecimento;
A interacção entre alunos, em grupos pequenos, favorece uma aprendizagem mais rica, estimulando o aparecimento de níveis de pensamento mais elevados
Aprendizagem CooperativaTeorias de Elaboração Cognitiva
Estas teorias dão relevo:
Aos benefícios da construção de conhecimentos novos
em grupo a partir da reestruturação do conhecimento retido
na memória
Ex: Quando num grupo os alunos tentam explicar uns
aos outros o que estão a estudar conseguem melhores
aprendizagens
Aprendizagem CooperativaTeorias de elaboração cognitiva
Para Webb, Farivar e Mastergeorge (2002) os alunos aprendem entre si:
dando e recebendo ajuda;
reconhecendo e resolvendo contradições entre as suas
perspectivas e as de outros estudantes;
e interiorizando processos e estratégias de resolução de
problemas durante o trabalho de grupo.
Aprendizagem Cooperativa
Investigações sobre os efeitos em sala de aula da aprendizagem cooperativa:
No comportamento cooperativo e na cooperação interétnica
Nas interacções com crianças com deficiências
Na aprendizagem escolar
Aprendizagem CooperativaEfeitos no Comportamento Cooperativo
Será que aprendizagem cooperativa tem efeitos nas atitudes e comportamentos cooperativos dos alunos?
Sharan (1984) desenvolveu uma abordagem específica de aprendizagem cooperativa...
e testou-a para verificar se melhorava as relações entre
judeus que tinham heranças europeias e do médio oriente
Aprendizagem CooperativaComportamento Cooperativo/Cooperação Interétnica
Sharan distribuiu aletoriamente 33 professores de Inglês e de Literatura por três grupos de formação:
Os professores do grupo 1 aprenderam a desenvolver as
suas competências de ensino para toda a turma
Os professores do grupo 2 aprenderam a utilizar o Slavin’s Teams Achievement Divisions (STAD)
Os professores do grupo 3 aprenderam a abordagem da Investigação em Grupo de Sharan (IG)
Aprendizagem CooperativaComportamento Cooperativo/Cooperação Interétnica
Sharan concluiu que:
A investigação em grupo originava mais comportamento
cooperativo do que o ensino colectivo e o STAD
No entanto, o STAD produzia mais comportamento cooperativo do que ensino colectivo
Os alunos de classes com ensino cooperativo mostraram-se menos competitivos do que os de classes com ensino colectivo
Os métodos de aprendizagem cooperativa melhoravam a cooperação interétnica durante a tarefa
Aprendizagem CooperativaEfeitos nas interacções com crianças deficientes
David e Roger Johnson (1979) estudaram as interacções entre alunos deficientes e não deficientes:
Os alunos foram divididos, de forma aleatória, em equipas de aprendizagem de cinco elementos
Cada equipa era constituída por três alunos não-deficientes e dois alunos deficientes
Aprendizagem CooperativaEfeitos nas interacções com crianças deficientes
A cada uma das equipas de aprendizagem foi atribuída uma das três condições experimentais:
Cooperativa: Os membros da equipa eram instruídos no sentido de maximizar o resultado da equipa
Condição individualista: Os alunos eram instruídos a maximizar o seu desempenho individual
Condição laissez-faire: Não eram dadas aos alunos quaisquer instruções específicas
Aprendizagem CooperativaEfeitos nas interacções com crianças deficientes
Verificaram-se mais interacções positivas entre os
alunos da condição cooperativa
Cada aluno deficiente participou, por hora, com pares
não-deficientes:
em 17 interacções positivas na condição cooperativa;
em 5 na individualista;
e em 7 na condição laissez-faire.
Aprendizagem CooperativaEfeitos nas interacções com crianças deficientes
Implicações da investigação para os professores:
As estruturas orientadas para o individualismo e para a competição não encorajam as interacções positivas
A aprendizagem cooperativa ajuda a desenvolver interacções positivas
Os alunos com deficiências integrados em situações de aprendizagem com outros alunos saiem beneficiados
Aprendizagem CooperativaEfeitos na aprendizagem escolar
Slavin (1986) fez revisão da literatura e encontrou 45 estudos sobre os efeitos da aprendizagem cooperativa:
Os estudos realizaram-se em escolas urbanas, rurais e suburbanas nos EUA, Israel, Nigéria e Alemanha
Dos 45 estudos, 37 mostraram que as turmas de aprendizagem cooperativa suplatavam significativamente as do grupo de controlo
Em 8 estudos não se encontraram diferenças significativas
Nenhum estudo evidenciou efeitos negativos da cooperação
Aprendizagem CooperativaEfeitos na aprendizagem escolar
Se promovermos o comportamento cooperativo, estamos simultanemente a desenvolver melhores relações entre os alunos e a ajudá-los na sua aprendizagem
Dúvidas sobre os benefícios da aprendizagem cooperativa (Freitas e Freitas, 2002)
A aprendizagem é intrinsecamente individual?
Prejudica os alunos sobredotados?
Qual a importância das recompensas?
A aprendizagem é intrinsecamente individual?
Em 1998 a Review of Research in Education dedicou um volume ao tema Organização Social da Aprendizagem
Solomon e Perkins (1998) analisaram a complementaridade entre a aprendizagem social e individual
A aprendizagem é intrinsecamente individual ?
A importância que a investigação tem atribuído à
aprendizagem social demonstra bem que:
Aprender não é apenas um problema do aluno isolado,
mas depende das estruturas em que ele vive
A aprendizagem cooperativa constitui assim uma das
respostas possível ao desenvolvimento e enriquecimento do
aluno
Prejudica os alunos sobredotados? Homogeneidade e/ou heterogeneidade?
O problema das eventuais desvantagens da AC para os
sobredotados
Associou-se a um debate sério sobre as consequências do
modo como se agrupam os alunos para alcançarem melhores
aprendizagens
Para o senso comum o melhor modo de formar grupos é reunir
alunos que sejam semelhantes nas suas qualidades e defeitos
Prejudica os alunos sobredotados? Homogeneidade e/ou heterogeneidade?
Um dos estudos realizado por Webb (1998), envolveu 662 alunos do 3.º ciclo de cinco escolas dos EUA:
Teve como objectivo verificar os resultados de aprendizagens em Ciências
Os alunos trabalharam em grupos homogéneos, heterogéneos e individualmente
Provou-se que a heterogeneidade não prejudicou os alunos mais dotados
Houve mesmo ajuda efectiva aos alunos menos dotados
Prejudica os alunos sobredotados? Homogeneidade e/ou heterogeneidade?
Com base em estudos Johnson e Johnson (1999) afirmam que:
O que determina a produtividade do grupo não é quem são os seus membros, mas em que medida trabalham bem juntos
Há situações em que se formam grupos homogéneos para atingir certos objectivos
Contudo, há vantagens na constituição de grupos heterogéneos...
Prejudica os alunos sobredotados? Homogeneidade e/ou heterogeneidade?
Para os mesmos autores as vantagens dos grupos heterogéneos tem a ver com o facto dos alunos:
Serem expostos a uma variedade de ideias, perspectivas e a diferentes métodos de resolução de problemas
Gerarem mais desequilibrio cognitivo, o que estimula a criatividade e o desenvolvimento cognitivo e social
Envolverem-se em pensamento mais elaborado, dando e recebendo mais explicações, aumentando a compreensão
Ensino de grupo - Homogeneidade Kaye e Rogers (1981)
Utilizado como recurso, quando a turma abrange uma variedade de capacidades
Sendo difícil ao professor fazer acompanhamento adequado a todos os alunos
Divide a turma com base no nível de capacidades
Constitui grupos homogéneos de forma a permitir um acompanhamento diferenciado
O professor é directivo na constituição dos grupos, escolha de actividades e avaliação
Importância das recompensas
Qual o tipo de recompensas a utilizar?
Qual o seu papel na motivação dos alunos?
É usual distinguir dois tipos de motivação:
Extrínseca - provém de factores alheios ao próprio trabalho (prémios)
Intrínseca - reside no estímulo proveniente do trabalho em si
Importância das recompensas
Havia a ideia de que existiam vantagens para a AC se fossem introduzidas recompensas
Na década de 90 um estudo realizado nos EUA chamado “Child development project” (Solomon, 1990):
Veio lançar dúvidas sobre o valor das recompensas para a motivação nos grupos
As recompensas (tal como os castigos) não são promotores de comportamentos sociais de melhor qualidade
Importância das recompensas
Stenberg (1990) afirma a este propósito:
“Nada tende a enfraquecer mais a criatividade do que os
motivadores extrínsecos”
Eles enfraquecem também a motivação intrínseca
Quando se dão recompensas por certos comportamentos,
reduz-se o interesse em obtê-los por vontade própria
Importância das recompensas
Kohn (1991), ao apresentar um resumo de investigações sobre a aprendizagem cooperativa, conclui que:
Um ambiente cooperativo cuidadosamente estruturado,
constitui uma alternativa aos motivadores extrínsecos:
Que ofereça tarefas de aprendizagem estimulantes
Que permita aos alunos tomar decisões de como realizá-las
E que valorize a ajuda aos outros a aprender