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CLIPPING 22 de outubro de 2019 https://www.prefeitura.sp.gov.br/cidade/secretarias/subprefeituras/upload/ipiranga/arquivos/Termo.pdf

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CLIPPING 22 de outubro de 2019

https://www.prefeitura.sp.gov.br/cidade/secretarias/subprefeituras/upload/ipiranga/arquivos/Termo.pdf

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Grupo de Comunicação

SUMÁRIO

ENTREVISTAS ............................................................................................................................... 5

Repórter Eco ................................................................................................................................. 5

Coletiva – João Doria – Coletiva de imprensa sobre Rally de São Paulo – 18.10 .................................... 6

Rodovia Rio Santos vai estar interditada hoje para obras da Sabesp .................................................... 7

SECRETARIA DE INFRAESTRUTURA E EIO AMBIENTE ......................................................................... 8

Justiça bloqueia bens por venda irregular de imóveis ......................................................................... 8

MP-SP bloqueia bens de envolvidos na venda de residencial irregular em Mauá ................................... 10

Parque Morumbi ainda espera por rede de esgoto; Prefeitura de Mogi garante construção de coletora no

bairro ........................................................................................................................................ 11

Cetesb notifica Prefeitura de Taquarivaí após peixes aparecerem mortos em lagoa .............................. 13

Quinze empresas são fiscalizadas e uma autuada por lançamento irregular no Ribeirão Pires, em Limeira ................................................................................................................................................. 14

Morte de peixes no Rio Sapucaí preocupa pescadores em Guará, SP .................................................. 15

Pescadores querem saber a origem da poluição no Rio Sapucaí em Guará .......................................... 16

Presidente da AMOP busca recursos para viabilizar asfalto de trecho de vicinal .................................... 17

Câmara entregará título de Filho Ilustre para Edinho Passari dia 24 ................................................... 18

Errata - decreto regulamenta lei sobre proibição dos canudos plásticos - lei nº 17.110/2019 ................ 19

Parque Ecológico do Tietê terá quiosques ....................................................................................... 21

Não há tubulação, diz Sabesp ....................................................................................................... 22

Furto de cabos paralisa funcionamento de estação do Semae, em Jundiapeba .................................... 23

Manutenção da Sabesp interrompe fornecimento de água em 46 bairros de Guarulhos ........................ 24

Rio Tietê volta a fica a apresentar espuma ..................................................................................... 25

EEP promove minicurso sobre Licenciamento Ambiental ................................................................... 26

Descarte em ribeirão dá multa de R$ 132 mil para empresa ............................................................. 27

4 Anos apos a falêcnia decretada pela Justiça, a Situação dos Acumuladores Ajax continua na mesma ... 29

Moradores reclamam de vazamento de esgoto no Jardim Sumarezinho .............................................. 30

Qualidade da água do mar no Litoral Paulista .................................................................................. 31

Semasa passará por remanejamento para controlar gastos .............................................................. 32

Relatório da CETESB aponta qualidade boa satisfatória no rio paraíba nos pontos analisados ................ 33

Defesa Civil realiza desafio de salvamento em diversos cenários ....................................................... 34

Santa Cruz das Palmeiras realiza racionamento de água ................................................................... 35

Rodovia Mogi Bertioga não será duplicada por completo segunda ARTESP .......................................... 36

Prefeitura promete resolver os problemas em Francisco Morato ......................................................... 37

Sabesp afirma que o Condomínio Morada do Bosque teve o serviço de água restabelecido ................... 38

Sistema Cantareira opera com 43,5% da capacidade do reservatório ................................................. 39

DAEE faz limpeza do Piscinão Guamiranga ...................................................................................... 40

RB News Bairros - Jornal do Butantã - O Butantã contribuí para a despoluição do Rio Pinheiros ............. 41

VEÍCULOS DIVERSOS .................................................................................................................. 42

Gás de cozinha deve ficar mais caro nas próximas semanas ............................................................. 42

Solar deve liderar expansão renovável no mundo, aponta AIE ........................................................... 43

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Grupo de Comunicação

Ex-presidenta do Ibama: “Governo quer romper ações ambientais, mas não estruturou nada para o lugar” ................................................................................................................................................. 45

Tartarugas são encontradas mortas em Vera Cruz, na Bahia ............................................................. 50

Ao menos 55 elefantes morrem de fome em meio à seca no Zimbábue .............................................. 52

Biólogos encontram manchas de óleo em área de peixes-boi no PI após desaparecimento de animais .... 53

Conheça a ave brasileira que tem o canto mais alto de um animal já registrado .................................. 55

FOLHA DE S. PAULO .................................................................................................................... 58

Painel: Briga no PSL cresce e dirigentes de outros partidos temem não isolar crise da agenda da Câmara ................................................................................................................................................. 58

Painel S.A.: Liberação de água do mar engarrafada incomoda fabricantes da bebida mineral ................ 60

Biodiesel ultrapassa R$ 3 e pressiona diesel nos postos .................................................................... 62

Petrobras vai aumentar preço do gás de cozinha e para a indústria ................................................... 63

Salles usa vídeo editado para criticar Greenpeace e discute com políticos ........................................... 64

Óleo chega a Morro de São Paulo, 3º maior destino turístico da Bahia ................................................ 66

'Governo não vai gastar um minuto com polêmica', diz Salles em visita ao litoral de PE ....................... 67

Marca de cerveja vai parar sua equipe para limpar praias atingidas pelo óleo ...................................... 69

Sem verbas, cientistas brasileiros buscam bolsas em Portugal .......................................................... 70

Mônica Bergamo: PSL de Bivar negocia nome de consenso para liderança .......................................... 72

A abelha insone .......................................................................................................................... 74

ESTADÃO ................................................................................................................................... 75

Um leilão de energia melhor que o esperado ................................................................................... 75

Integração é chave de produção sustentável ................................................................................... 76

Bruno Covas quer R$ 1 bilhão extra para tocar obras em SP ............................................................. 78

As discussões sobre a Lei Geral do Licenciamento Ambiental ............................................................ 80

A legislação e os adicionais de periculosidade e insalubridade ........................................................... 81

Com avanço de mancha, Pará e Espírito Santo já monitoram praias ................................................... 82

Palmeiras plantadas na década de 1960 dão flores pela 1ª vez no Rio ................................................ 84

Tropa vê tarefa de limpar óleo das praias como responsabilidade comunitária ..................................... 85

VALOR ECONÔMICO .................................................................................................................... 86

Actis coloca Echoenergia à venda .................................................................................................. 86

Petroleiras têm foco menor em prospecção ..................................................................................... 87

Nióbio, grafeno e lítio interessam a japoneses ................................................................................. 88

Para especialistas, falta transparência na apuração de vazamento de óleo .......................................... 89

TCU releva falhas no pré-sal para evitar crise ................................................................................. 91

Compensação à Petrobras pode recuar US$ 6,3 bi ........................................................................... 92

Os árduos caminhos para a redução da desigualdade ....................................................................... 93

Risco hidrológico, uma licença poética ............................................................................................ 95

O último passo para conectar Roraima ........................................................................................... 97

Questões ambientais nos currículos ............................................................................................... 99

Três estatais ficam com 51% dos recursos de Caixa e BNDES .......................................................... 101

Neoenergia acompanha aquisições em distribuição ......................................................................... 104

Energia ganha peso para a São Martinho ....................................................................................... 105

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4

Grupo de Comunicação

Setor pode perder R$ 2 bi de receita garantida em leilões ............................................................... 107

Syngenta investe em recuperação de pastos degradados no Cerrado ................................................ 108

Novas fronteiras ficam em segundo plano...................................................................................... 109

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Grupo de Comunicação

ENTREVISTAS Veículo: Repórter Eco – TV Cultura

Data: 20/10/2019

Repórter Eco

No Repórter Eco deste domingo, conheça a

primeira caverna (Caverna do Diabo)

brasileira mapeada em três dimensões para

pesquisas; Você acompanha também o projeto

que tenta salvar espécies de macacos do país;

Ainda, os planos de despoluição de dois rios

de São Paulo.

https://www.youtube.com/watch?v=nNgyycU

B0j0

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Grupo de Comunicação

Veículo: Áudios SP

Data: 21/10/2019

Coletiva – João Doria – Coletiva de imprensa sobre Rally de São Paulo –

18.10

http://cloud.boxnet.com.br/y65o86kw

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Grupo de Comunicação

Veículo: Rádio Capital AM

Data: 21/10/2019

Rodovia Rio Santos vai estar interditada hoje para obras da Sabesp

http://cloud.boxnet.com.br/y4seszy8

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Grupo de Comunicação

SECRETARIA DE INFRAESTRUTURA E

EIO AMBIENTE Veículo: Diário do Grande ABC

Veículo2: Repórter Diário

Veículo3: Urgente News

Data: 22/10/2019

Justiça bloqueia bens por venda

irregular de imóveis

O juiz da 4ª Vara Cível de Mauá Cesar Augusto

Rosalino determinou o bloqueio dos bens dos

responsáveis pela venda irregular de imóveis

do Condomínio Clube Cidade de Deus, no

Centro da cidade, cujo projeto previa prédio

em área contaminada na Rua Rio Branco.

As empresas Condomínio Clube Cidade de

Deus Empreendimentos Imobiliários SPE Ltda,

RRX Holding Participações e Investimentos

Ltda, Rochner Empreendimentos Imobiliários

Ltda, a Igreja Batista Água Viva e as pessoas

físicas Rodrigo Haddy Penna Guerreiro,

Nathalia Carolina Bertolucci da Rocha,

Reinaldo da Roha, José Silvio Galli e Fernando

Lojudici tiveram seus bens indisponibilizados

até o valor de R$ 42 milhões. A decisão acata

pedido liminar do MP (Ministério Público), que

ingressou com ação civil pública contra as

partes.

O condomínio é um projeto da Igreja Batista

Água Viva em parceria com a RRX, de

propriedade de Rodrigo Guerreiro. A Rochner

ficou responsável pela corretagem e tem como

sócios Nathalia e Reinaldo da Rocha. José

Silvio Galli e Fernando Lojudici são pastores da

igreja e apontados pela apuração do MP como

responsáveis pela venda de unidades. Apesar

dos cerca de 200 apartamentos vendidos – de

um projeto de 608, uma escola e a nova sede

da igreja –, não havia autorização da

Prefeitura, nem da Cetesb (Companhia

Ambiental do Estado de São Paulo), devido

à contaminação do terreno.

Desde fevereiro, o Diário tem mostrado os

passos da investigação, como instauração de

inquérito e constatação das vendas

irregulares. Além de ter os bens bloqueados,

os citados não podem comercializar novas

unidades, fazer qualquer obra na área e

devem fixar faixa informando a paralisação do

empreendimento em virtude de ação judicial.

A auxiliar de recursos humanos Natalia

Rodrigues, 24 anos, comprou uma unidade

dentro da igreja que frequentou por cinco

anos, por indicação de um pastor. Depois de

ter entrado com ação tentando reaver os R$

30 mil investidos, não compareceu mais aos

cultos. A administradora Suzana Silva, 36,

também tenta recuperar os R$ 36 mil

investidos. Ela frequenta outra igreja e relatou

que o episódio não a fez perder a fé, mas que

“tem sido difícil saber que usaram o nome de

Deus para lesar pessoas”. “Meu maior sonho é

que a justiça seja feita”, afirmou. Mais de 40

ações foram ingressadas na Justiça tentando

desfazer as compras.

O pastor Lojudici foi procurado e orientou que

o advogado da igreja, Luiz Aparecido Ferreira,

se manifestasse. O defensor não retornou os

contatos do Diário até o fechamento desta

edição. As outras partes não foram

localizadas.

O MP informou ao juiz que será feita nova

apuração sobre a prática eventual de

improbidade administrativa, uma vez que a

Prefeitura de Mauá emitiu, em dezembro de

2018, alvará provisório para a obra, entregue

pelo prefeito Atila Jacomussi (PSB) ao pastor

Silvio Galli. O momento foi registrado e

divulgado nas redes sociais. A administração

municipal informou que o documento estava

vinculado à liberação da documentação da

Cetesb e que tinha validade de 50 dias a partir

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Grupo de Comunicação

de 27 de novembro de 2018. Segundo a

gestão Atila, como o alvará está vencido, não

cabe nenhuma ação à administração. A Cetesb

informou que já foi apresentado estudo de

descontaminação da área – prejudicada por

metais e TPH (Hidrocarbonetos Totais de

Petróleo) – e que o relatório está em análise.

https://www.dgabc.com.br/Noticia/3150040/j

ustica-bloqueia-bens-por-venda-irregular-de-

imoveis

https://www.reporterdiario.com.br/noticia/274

1703/justica-bloqueia-bens-de-envolvidos-na-

venda-de-apartamentos-em-area-

contaminada-de-maua/

http://www.urgentenews.com.br/2019/10/21/

envolvidos-em-empreendimento-irregular-em-

maua-tem-bens-bloqueados-a-pedido-do-

mpsp.html

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Grupo de Comunicação

Veículo: Diário Regional

Data: 22/10/2019

MP-SP bloqueia bens de envolvidos na

venda de residencial irregular em Mauá

http://www.multclipp.com.br/verNoticia.aspx?

c=0&n=32672345&e=577

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Grupo de Comunicação

Veículo: G1

Veículo2: Rádio SAT

Data: 21/10/2019

Parque Morumbi ainda espera por rede de esgoto; Prefeitura de Mogi garante construção de coletora no

bairro

Em 2016, a obra no bairro já havia sido

anunciada como uma opção para despoluir rio

e nascentes do local, mas ainda não saiu do

papel.

Por Cassio Andrade, Diário TV 1ª Edição

Falta de coleta de esgoto incomoda moradores

do Parque Morumbi, em Mogi. Os moradores

do Parque Morumbi, em Mogi das Cruzes,

sofrem com a falta da rede de esgoto. A

situação influencia diretamente na poluição da

área verde e de nascentes do bairro.

Segundo a Prefeitura de Mogi, a Caixa

Econômica Federal liberou o financiamento

para a obra da coletora, que vai receber o

esgoto de diversos bairros da cidade, incluindo

o Parque Morumbi.

Enquanto isso, o lago que fica na entrada do

Parque Morumbi tinha tudo para ser o cartão

postal do bairro, mas os moradores

denunciam que a água que sai do esgoto das

casas vai para dentro dele.

A reclamação é antiga, e o líder comunitário

Décio Rodrigues Lopes montou uma espécie

de dossiê com todos os capítulos da história.

Ele tem, inclusive, uma multa que o Serviço

Municipal de Águas e Esgoto (Semae) levou

em 2010. A documentação foi reunida e virou

uma denúncia no Ministério Público.

“Eu confio na justiça, que ela vai tomar

alguma providência. Mas é uma providência

demorada, porque quando se trata de

nascente, o esgoto vai para o lençol freático

vai cada vez mais contaminando. Como vai

fazer para recuperar essa nascente depois? Na

verdade, eu estou pensando que não vai dar

mais. Descaso da Cetesb de 2013”, afirma.

Os moradores falam que em 2013 o Semae

instalou a tubulação nas ruas, mas não

conectou as casas nela. Por isso cada imóvel

tem uma fossa séptica. Na casa da advogada

Luziane de Oliveira, a fossa está até

afundando.

“Nós estamos em uma bairro que eu posso

chamar de privilegiado. Tem nascentes, todo o

meio ambiente, que neste caso não está sendo

protegido. Nós sabemos muito bem que a lei

de proteção ao meio ambiente é severa. Já

foram feitas várias denúncias, e nenhuma foi

acatada. Principalmente das nascentes daqui,

que são atacadas diariamente”, destaca a

advogada.

A TV Diário acompanha essa história desde

2016, quando o então presidente do Semae,

atual prefeito da cidade, Marcus Melo (PSDB),

afirmou que a verba já tinha sido liberada.

Hoje a explicação da Prefeitura é que a Caixa

Econômica Federal não liberou esse dinheiro,

porque nestes três anos o governo federal

pediu várias revisões do projeto. De acordo

com o Semae, isso aconteceu pelo menos

cinco vezes.

Agora, com o dinheiro em mãos, a expectativa

da Prefeitura é fazer a obra em dois anos. A

rede coletora vai ter quase sete quilômetros

de extensão e deve custar cerca de R$ 8

milhões. Se isso realmente acontecer, o

governo vai gastar mais de R$ 1 milhão por

quilômetro construído.

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Grupo de Comunicação

Pelo projeto, o sistema vai passar pelo Parque

Morumbi, Vila da Prata, Conjunto São

Sebastião, Pedreira, Caputera, Mogi Moderno

e parte do Centro da cidade.

O diretor do Semae, Glauco Luiz da Silva, diz

que a autarquia vem trabalhando junto ao

Ministério Público nas questões ambientais

envolvendo o esgotamento que ainda não tem

tratamento. “Avaliando aquilo que pode ser

adiantado no plano municipal. Neste

momento, nós vamos atender o Parque

Morumbi, através dessa extensão e

interceptação da Sabesp”, detalha o

secretário.

A água do lago vai para o córrego Oropó, que

atravessa a área de mata e deságua no rio

Jundiaí. Mesmo sem um laudo da Companhia

Ambiental do Estado de São Paulo

(Cetesb) confirmando o impacto ambiental, é

só observar a tubulação que deságua direto no

córrego. Em alguns pontos tem espuma

branca, lodo e lixo, fora o cheiro ruim", diz.

A cabeleireira Ivana Santos de Carvalho se

mudou de São Paulo para o Parque Morumbi

há 6 anos. Um dos atrativos do bairro é a

proximidade com o verde. Mas por causa do

problema, caminhar no local em dias quentes

está longe de ser uma experiência agradável.

“O odor complica, porque fica bem forte. Cheio

ruim, e quando fica sem chover é pior, porque

o nível da água baixa e o esgoto sobe”, diz.

Com a implantação do sistema, a promessa do

Semae é a de que o lago volte a ter vida.

“Como esse loteamento foi aprovado com

fossa séptica no início, na sua instalação, com

todas as redes implantadas aqui e o

encaminhamento efetivo para tratamento, isso

aqui deve voltar a funcionar normalmente

como lago”, garante o diretor do Semae.

A previsão do Semae é de que a licitação

aconteça dia 13 de novembro e que os

trabalhos comecem até a segunda quinzena de

dezembro.

Em nota, a Cetesb informou que a situação de

saneamento básico em Mogi é discutida pelo

Ministério Público. De acordo com a Cetesb, a

promotoria pediu ao Semae a apresentação de

um mapeamento geral do esgoto na cidade,

informando as regiões já atendidas pela coleta

e tratamento, as regiões não atendidas e as

que estão para serem concluídas, para a

formalização de um termo de ajustamento de

conduta.

Por telefone, o promotor Leandro Lippi

explicou que, na última reunião, a Prefeitura

apresentou esse mapeamento do saneamento

básico e soluções a curto e médio prazos.

Além disso, a administração municipal ainda

mostrou um cronograma de obras para a

melhoria do saneamento, mas o prazo

informado foi 2046. O MP pediu um prazo

menor, por isso uma nova reunião está

marcada para o começo de novembro, em

data a ser definida.

https://g1.globo.com/sp/mogi-das-cruzes-

suzano/noticia/2019/10/21/parque-morumbi-

ainda-espera-por-rede-de-esgoto-prefeitura-

de-mogi-garante-construcao-de-coletora-no-

bairro.ghtml

http://www.radiosatfm.com.br/blogue/mogi-

parque-morumbi-ainda-espera-por-rede-de-

esgoto-prefeitura-garante-construcao-de-

coletora-no-bairro/

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Grupo de Comunicação

Veículo: G1

Data: 21/10/2019

Cetesb notifica Prefeitura de

Taquarivaí após peixes aparecerem mortos em lagoa

Prefeitura instalou bombas para oxigenar água

em alguns pontos da lagoa.

Por G1 Itapetininga e Região

A Cetesb notificou a prefeitura de Taquarivaí

(SP) após peixes serem encontrados mortos

na lagoa Paulina de Moraes.

O caso ocorreu na semana passada, quando

telespectadores da TV TEM enviaram fotos da

lagoa, que apresentava mau cheiro, água

escura e peixes mortos às margens.

A Cetesb comprovou que uma das causas para

a mortandade dos peixes foi a falta de

oxigênio da água, pelo assoreamento da

lagoa.

Após a notificação, a Prefeitura de Taquarivaí

instalou bombas para oxigenar a água em

alguns pontos da lagoa.

Os peixes mortos foram retirados e uma

audiência pública deve ser realizada com a

Cetesb, o Departamento de Águas e Energia

Elétrica (DAEE) e o Conselho Municipal de

Defesa ao Meio Ambiente (Condema) para a

recuperação da lagoa, inclusive com obras de

desassoreamento.

https://g1.globo.com/sp/itapetininga-

regiao/noticia/2019/10/21/cetesb-notifica-

prefeitura-de-taquarivai-apos-peixes-

aparecerem-mortos-em-lagoa.ghtml

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Grupo de Comunicação

Veículo: G1

Veículo2: Plantão Diário

Data: 21/10/2019

Quinze empresas são fiscalizadas e uma autuada por lançamento

irregular no Ribeirão Pires, em Limeira

Vistoria está sendo realizada por um grupo

trabalho criado pela prefeitura, BRK Ambiental

e Cetesb.

Por G1 Piracicaba e Região

Um grupo de monitoramento e fiscalização da

qualidade da água do Ribeirão Pires, em

Limeira (SP), criado neste mês, já realizou 15

vistorias em empresas e autuou uma delas

durante o mês. O grupo de trabalho é formado

pela BRK Ambiental, concessionária

responsável pelos serviços de água e esgoto

da cidade, prefeitura e Cetesb (Companhia

Ambiental do Estado de São Paulo). As

informações são da BRK.

Após reunião realizada no início de outubro,

ficou definido que o trabalho irá consistir na

identificação das empresas que lançam suas

drenagens pluviais na bacia referida, buscando

disciplinar estes lançamentos principalmente

em períodos de estiagem, para que não

comprometam a qualidade do corpo d’água

receptor. A intenção é fiscalizar todas as

empresas mapeadas na Bacia de Drenagem.

O grupo realizou entre os dias 10 e 17 de

outubro a verificação de possíveis

contribuições para as galerias de águas

pluviais da bacia do ribeirão. Foram realizados

testes com corantes não tóxicos para

avaliação dos pontos de saídas para as

galerias pluviais, os locais do uso de água e

seu direcionamento.

Conscientização

De acordo com Fernando Mangabeira, diretor

da BRK Ambiental em Limeira, a ideia é atuar

de maneira preventiva e de conscientização

junto às empresas para que seja possível

identificar se há algum descarte que possa

comprometer a qualidade da água da bacia do

manancial.

O manancial, além de ser utilizado como uma

das fontes de abastecimento de água do

município, também é fonte de irrigação para

pequenos agricultores da Região dos Pires e

conta com uma Área de Preservação

Ambiental.

https://g1.globo.com/sp/piracicaba-

regiao/noticia/2019/10/21/quinze-empresas-

sao-fiscalizadas-e-uma-autuada-por-

lancamento-irregular-no-ribeirao-pires-em-

limeira.ghtml

http://www.plantaodiario.com.br/portal/artigo

s/sao-paulo-sp/2019/10/21/quinze-empresas-

sao-fiscalizadas-e-uma-autuada-por-

lancamento-irregular-no-ribeirao-pires-em-

limeira.html

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Grupo de Comunicação

Veículo: Jornal da Região

Veículo2: Plantão Diário

Data: 21/10/2019

Morte de peixes no Rio Sapucaí preocupa pescadores em Guará, SP

Desde o fim de semana, exemplares

encontrados mortos têm aumentado e água

está turva e com espuma, segundo

moradores. Problema afetou espécies como

dourado, curimba e barbado.

Cetesb apura se espuma no Rio Sapucaí, em

Guará, SP, causou morte de peixes.

O pescador Carlos Alberto da Costa Cruz

Junior foi ao Rio Sapucaí, em Guará (SP), para

pescar nesta segunda-feira (21), mas só

encontrou peixes mortos. Não foi um, nem

dois, mas sim dezenas de exemplares e de

diferentes espécies.

"Onde você for tem peixe morto. Acabou,

daqui do rio pra baixo acabou, não tem mais

nada", diz.

A situação encontrada por ele ficou mais

evidente desde o último sábado (19) de

manhã, quando a água do rio começou a ter

uma coloração anormal e muita espuma,

segundo os moradores.

A causa do problema até agora não foi

esclarecida. A Cetesb informou que enviou

uma equipe ao local onde os peixes mortos

apareceram e deve dar um parecer sobre o

caso até esta terça-feira (22).

"Ela era bem azulzinha, a água está meio

branca", afirma o serralheiro Carlos Roberto

da Costa Russo, que também pesca na região.

Dourado, barbado e curimba estão entre as

espécies mortas. Segundo Cruz Junior, até

peixes mais resistentes à poluição estão na

lista.

"Isso não é poluição, é alguma coisa que

jogaram além da poluição que já tem. A

poluição o peixe come, vive, se adapta, isso

aqui não, a água, em vez de limpa, está cinza.

Isso foi de um dia para o outro", diz.

A correnteza leva parte dos peixes embora,

mas muitos acabam parando nas margens e

servindo de alimento para pássaros. Para o

consumo humano, todos estão impróprios.

Costa Russo bem que tentou a sorte na

pescaria na madrugada de domingo (20), mas

acabou voltando para casa de mãos vazias.

"Desistimos e fomos embora. Achamos

dourado morto, barbado, tudo que você

pensar de peixe tinha, hoje não tá vindo tanto

peixe."

https://g1.globo.com/sp/ribeirao-preto-

franca/noticia/2019/10/21/morte-de-peixes-

no-rio-sapucai-preocupa-pescadores-em-

guara-sp.ghtml

http://www.plantaodiario.com.br/portal/artigo

s/sao-paulo-sp/2019/10/21/morte-de-peixes-

no-rio-sapucai-preocupa-pescadores-em-

guara-sp.html

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Grupo de Comunicação

Veículo: EPTV

Veículo2: TV Globo

Data: 21/10/2019

Pescadores querem saber a origem da poluição no Rio Sapucaí em Guará

http://cloud.boxnet.com.br/y45drd6y

http://cloud.boxnet.com.br/y3g4zuhd

http://cloud.boxnet.com.br/y4huj4fc

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Grupo de Comunicação

Veículo: A Cidade Votuporanga

Data:

Presidente da AMOP busca recursos para

viabilizar asfalto de trecho de vicinal -

De acordo com o ex-prefeito de Valentim

Gentil, o projeto enfim parece estar quase

pronto para ser executado

Da redação

Não é de hoje que o presidente da Associação

dos Municípios do Oeste Paulista (AMOP),

Liberato Caldeira, cobra uma solução para o

trecho sem asfalto da vicinal Nélson Bolotari,

que liga Valentim Gentil a Votuporanga. De

acordo com o ex-prefeito de Valentim Gentil,

depois de anos reivindicando asfaltar um

trecho de cerca de 300 metros na chegada de

Votuporanga, o projeto enfim parece estar

quase pronto para ser executado.

Em visita à Redação do Jornal A Cidade,

Liberato contou que após uma reunião no local

com o secretário de Planejamento de

Votuporanga, Jorge Seba, o projeto avançou e

agora resta apenas buscar recursos para início

da obra. "O secretário me ligou na semana

passada e disse que está quase tudo pronto.

Ele disse que a própria Cetesb de

Votuporanga vai aprovar o projeto, o que

acelera ainda mais já que não depende da

aprovação de outros órgãos. Então agora

acredito que vai", ponderou o presidente da

AMOP.

O próximo passo agora, segundo Liberato, é

buscar recursos para execução da obra. "É

uma obra de menos de R$ 1 milhão. Não é

muito pela importância desta vicinal. Estive

conversando com o deputado estadual Carlão

Pignatari e ele próprio se colocou à disposição

para ajudar a conseguir recursos para este

trecho de asfalto que falta".

Apesar do otimismo para que enfim este

projeto saia do papel, Liberato alerta que esta

é uma promessa de muitos anos. "Isso vem de

muito tempo, vem lá de trás. Vamos

acompanhar para que agora realmente tudo

seja feito, afinal é uma vergonha aquele

trecho sem asfalto".

Congresso

Liberato Caldeira também aproveitou a visita

pra exaltar a participação da AMOP em recente

congresso realizado pela Associação Paulista

de Municípios (APM) em Campos do Jordão.

"Estivemos lá representando nossa região com

a participação de centenas de prefeitos,

vereadores, secretários de governo e também

do nosso governador João Dória e seu vice

Rodrigo Garcia. Foi um congresso muito

produtivo e mais uma vez a AMOP esteve

presente defendendo nossos interesses como

região", concluiu.

http://www.acidadevotuporanga.com.br/cidad

e/2019/10/presidente-da-amop-busca-

recursos-para-viabilizar-asfalto-de-trecho-de-

vicinal-n58422

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Grupo de Comunicação

Veículo1: Diário de Penapolis

Data:

Câmara entregará título de Filho

Ilustre para Edinho Passari dia 24

Edinho Passari tem intensa atuação em várias

atividades em Penápolis.

A Câmara Municipal promoverá solenidade às

20h de quinta-feira, dia 24, para a entrega do

título de Filho Ilustre de Penápolis ao

empresário Edison Carlos Passari, o "Edinho".

A concessão da honraria teve aprovação por

unanimidade pelo Legislativo através de

projeto de autoria do vereador Carlos Alberto

Soares da Silva, o "Carlão da Educação"

(Cidadania). Edinho soma aproximadamente

50 anos de dedicação ao comércio de

Penápolis, onde também tem intensa

atuação em diversas outras atividades e

eventos. Filho de Natalino Passari e de Lúcia

de Nardi Passari, nasceu dia 24 de outubro de

1956 em Penápolis. É o caçula dos irmãos:

Angela Darci, Newton, Maria Shirlei, Claudinei

(Nei), Rosa Claudete e José Antonio (Forféia).

Casado com Célia Maria Gonçalves Cortez

Passari, possui os filhos Thiago, Natália e

Guilherme.

Árvores: O presidente da Câmara Municipal,

Ivan Sammarco (Cidadania), indicou à

administração municipal a realização de

parceria com a Cetesb para orientações no

replantio de árvores em Penápolis. Em outro

documento, ele pede parceria com o Sebrae e

Sincomércio para cursos e orientação a

profissionais dos ramos de manutenção e

pequenos serviços, com preparo deles para

participação em processos de licitação.

Água: O vereador Rubinho Bertolini (SD),

indicou a instalação de bebedouro de água

gelada no Centro de Lazer do Trabalhador.

Luz: O vereador José Antonio Ferres Chacon,

o "Cabeça" (PSD), indicou cuidados para

iluminação pública no final da Av. Bento da

Cruz, Estrada Elpídio Aurélio Ferreira (acesso à

Corpe) e trecho da Av. João Maciel Filho, no

Residencial Pereirinha.

Corrida: O vereador Júlio Caetano (PSD),

requereu informações se a corrida e a

caminhada "Nós Cuidamos do Seu Coração"

foram incluídas no calendário oficial do

município e os motivos da sua não realização

em 2019.

https://www.diariodepenapolis.com.br/web/no

ticias/cmara_entregar_ttulo_de_filho_ilustre_p

ara_edinho_passari_dia_24/22/10/2019

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Grupo de Comunicação

Veículo: Sincovaga SP

Data: 21/10/2019

Errata - decreto regulamenta lei sobre proibição dos canudos plásticos - lei

nº 17.110/2019 Senhor Presidente,

Informamos que em 16/10 foi publicado no

Diário Oficial o Decreto nº 64.527, de 15 de

outubro de 2019, regulamentando a Lei nº

17.110/2019, que proibiu a venda e o

fornecimento gratuito de canudos plásticos

pelos estabelecimentos comerciais (bares,

restaurantes, mercados, etc.) em todo o

Estado de São Paulo.

De acordo com o Decreto:

A Fundação de Proteção e Defesa do

Consumidor - PROCON realizará o controle do

cumprimento da lei, por meio de ações

fiscalizatórias e de orientação, tanto aos

empresários como aos consumidores. A

aplicação da multa obedecerá ao seguinte

critério:

- Na primeira autuação: 20 Unidades Fiscais

do Estado de São Paulo - UFESPs (R$ 530,60 -

valor de 2019), com intimação para cessação

da irregularidade;

- A cada reincidência: o dobro do valor

aplicado na autuação anterior, até atingir o

valor de 160 UFESPs (R$ 4.244,80 - valor de

2019);

- Nas demais reincidências, após o valor

acima, a multa será de 200 UFESPs (R$

5.306,00 - valor de 2019).

O prazo para o início das fiscalizações é de

120 dias. O valor arrecadado com as multas

será destinado na seguinte proporção: 50% à

Fundo Estadual de Prevenção e Controle da

Poluição - FECOP; 50% ao PROCON, para

aplicação em programas de educação,

prevenção e fiscalização relacionados ao

consumo sustentável. A Secretaria de

Infraestrutura e Meio Ambiente - SIMA e o

PROCON deverão implementar tais programas

para orientar consumidores e fornecedores,

promovendo ações de educação ambiental

direcionadas aos objetivos do ato normativo

em questão.

Vale ressaltar que a concessão do prazo para

adequação e a definição do critério para

aplicação das multas foi um pleito do Conselho

de Sustentabilidade da Fecomercio SP, no

intuito de auxiliar os empresários no

cumprimento da lei.

A lei permite canudos de papel reciclável e de

material comestível ou biodegradável, desde

que embalados individualmente em envelopes

hermeticamente fechados feitos do mesmo

material.

Contudo, alertamos que materiais

biodegradáveis, requerem condições

específicas para que a degradação ocorra, e

sem triagem e a tecnologia correta de

disposição, o problema ambiental persiste, ou

até aumenta, por conta das micropartículas

produzidas no processo de degradação que

podem ser altamente poluentes. Assim,

solicitamos extremo cuidado com os canudos

biodegradáveis e que o canudo não seja

substituído por um copo descartável.

Ainda, entendemos que a melhor alternativa

para preservação dos recursos naturais e

redução do volume de resíduos é a

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Grupo de Comunicação

conscientização do consumidor pela opção de

não usar canudo, ou adotar canudos da linha

de bens duráveis, como bambu, vidro e aço

inox, que devem ser higienizados.

O Conselho de Sustentabilidade informa que

está instituindo um GT para debater o tema,

com representantes da SIMA, CETESB, SESC

SP, Carrefour, Grupo Pão de Açúcar, Tenda

Atacado, ABIPLAST e fabricantes de produtos

descartáveis.

Permanecemos à disposição pelo e-mail

[email protected].

Atenciosamente,

Assessoria Técnica

Conselho de Sustentabilidade

FECOMERCIO SP

O post Errata - decreto regulamenta lei sobre

proibição dos canudos plásticos - lei nº

17.110/2019 apareceu primeiro em

Sincovaga.

http://www.sincovaga.com.br/errata-decreto-

regulamenta-lei-sobre-proibicao-dos-canudos-

plasticos-lei-no-17-110-2019/

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Grupo de Comunicação

Veículo: Agora SP

Data: 22/10/2019

Parque Ecológico do Tietê terá quiosques

http://www.multclipp.com.br/verNoticia.aspx?

c=0&n=32677303&e=577

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Grupo de Comunicação

Veículo: Agora SP

Data: 22/10/2019

Não há tubulação, diz Sabesp

http://www.multclipp.com.br/verNoticia.aspx?

c=0&n=32677304&e=577

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Grupo de Comunicação

Veículo: O Diário de Mogi

Veículo2: G1

Veículo3: Diário do Alto Tietê

Veículo4: Diário de Suzano

Data: 21/10/2019

Furto de cabos paralisa funcionamento de estação do Semae,

em Jundiapeba

Fabio Palodette

Mais uma vez, atos de vandalismo e furto de

cabos de energia paralisaram o funcionamento

do sistema de bombas da Estação Elevatória

de Esgotos Dolores de Aquino, em Jundiapeba.

A unidade envia grande parte do esgoto

coletado no distrito para tratamento na

estação da Sabesp, em Suzano. O crime

ocorreu na madrugada desta segunda-feira e

afeta o atendimento na região. A estação é

equipada com alarme e concertinas (telas de

arame cortante) e unidade permanece sempre

fechada, já que apenas funcionários da

autarquia têm acesso.

É a segunda ocorrência desse tipo em menos

de dois meses. O Serviço Municipal de Águas e

Esgotos (Semae) fará novo registro da

ocorrência no distrito policial, mas pede apoio

da população para que denuncie à polícia

qualquer atitude suspeita.

O ato de vandalismo e a consequente

paralisação da unidade podem provocar

entupimentos na rede e vazamentos na rua, já

que sem o bombeamento em uma das

estações, ocorre uma sobrecarga no sistema.

A autarquia já iniciou os trabalhos para

reativar o bombeamento no menor tempo

possível e diminuir os riscos de transtornos à

população atendida pela estação.

As estações elevatórias são estruturas

importantes dentro do sistema de

esgotamento sanitário. Elas fazem o

bombeamento de esgoto de redes profundas

para um nível mais alto, numa linha de

recalque, que é a tubulação que conduz os

efluentes da elevatória até um ponto a partir

do qual possa seguir por gravidade até a

unidade de tratamento.

https://www.odiariodemogi.net.br/furto-de-

cabos-paralisa-funcionamento-de-estacao-do-

semae-em-jundiapeba/

https://g1.globo.com/sp/mogi-das-cruzes-

suzano/noticia/2019/10/21/estacao-

elevatoria-de-esgoto-de-jundiapeba-em-mogi-

para-de-funcionar-por-causa-de-

vandalismo.ghtml

http://cloud.boxnet.com.br/y3czwu33

http://cloud.boxnet.com.br/y6jqbpmo

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Grupo de Comunicação

Veículo: Agora SP

Data: 22/201/2019

Manutenção da Sabesp interrompe

fornecimento de água em 46 bairros de Guarulhos

Por Redação Guarulhos Hoje -21 de outubro

de 2019

A Sabesp informou que na noite desta

segunda-feira (21), realizará uma intervenção

programada no sistema de distribuição em

Guarulhos que afetará os seguintes bairros:

Jardim Alianca, Jardim Betel, Jardim Carioca,

Jardim Cascao, Jardim City, Jardim Dourado,

Jardim Eduardo, Jardim Ema, Jardim Flor Da

Montanha, Jardim Gracinda, Jardim

Imperador, Jardim Iporanga, Jardim Las

Vegas, Jardim Miriam, Jardim Moreira, Jardim

Palmira, Jardim Patricia, Jardim Paulista,

Jardim Pinhal, Jardim Renee, Jardim Rosa De

Franca, Jardim Santa Cecilia, Jardim Santa

Clara, Jardim Santa Eugenia, Jardim Santa

Mena, Jardim Sao Judas Tadeu, Jardim

Solange, Jardim Tabatinga, Jardim

Teresopolis, Jardim Vale Dos Machados,

Paraventi, Parque Continental, Parque

Continental I, Parque Continental Ii, Parque

Renato Maia, Picanco, Portal Dos Gramados,

Sitio Tabatinga, Torres Tibagy, Vila Francisco

Mineiro, Vila Jussara, Vila Progresso, Vila Rio,

Vila Sao Ricardo, Vila Tabatinga, Vila

Trabalhista.

O abastecimento será interrompido das 23h

desta segunda-feira, até às 12h desta terça-

feira (22), e a normalização ocorrerá de forma

gradual. A regularização total do fornecimento

de água nesses bairros está prevista para o

decorrer da tarde de terça-feira. Importante

lembrar que os imóveis que possuem caixa

d’água com reserva mínima para 24h, como

prevê a norma da ABNT, não sentirão o

período de intermitência.

A Sabesp pede que os moradores mantenham

o uso consciente da água no período e informa

que está à disposição para esclarecimentos e

atendimentos emergenciais através dos

serviços de ligação gratuita 195 e 0800-011-

9911.

https://www.guarulhoshoje.com.br/2019/10/2

1/manutencao-da-sabesp-interrompe-

fornecimento-de-agua-em-46-bairros-de-

guarulhos/

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Grupo de Comunicação

Veículo: TV Record

Data: 21/10/2019

Rio Tietê volta a fica a apresentar espuma

http://cloud.boxnet.com.br/y3vrhsgb

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Grupo de Comunicação

Veículo: A Tribuna Piracicabana

Data: 22/10/2019

EEP promove minicurso sobre Licenciamento Ambiental

http://cloud.boxnet.com.br/yxmevatr

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Grupo de Comunicação

Veículo: Gazeta de Limeira

Data: 21/10/2019

Descarte em ribeirão dá multa de R$ 132 mil para empresa

Uma fiscalização na região do ribeirão Pires,

realizada na semana passada, resultou em

multa de 5 mil Ufesps, o que equivale a RS

132.650, para uma empresa de Limeira.

Vice-presidente da Associação dos Moradores

do Bairro dos Pires, Douglas José de Andrade

informou que, na semana passada, esteve na

Secretaria de Meio Ambiente e Agricultura

junto com a BRK Ambiental, Cetesb e técnicos

da pasta, para uma reunião. ‘Formamos uma

comissão e. na quinta-feira, fomos fazer uma

vistoria geral no ribeirão dos Pires. Naquele

dia. começou uma fiscalização intensa. uma

varredura de todas as empresas que há ali, e

uma delas será multada em RS 132 mil’, diz.

Ele comenta que, no sábado, também houve

vistoria ea associação acompanhou o trabalho.

Ele diz que a fiscalização continua para

verificarse há mais descarte Irregular poluindo

o ribeirão.

Segundo Andrade, o problema se arrasta há

anos e é uma luta, não só da associação, por

meio também do presidente Danilo Flscher,

mais dos moradores do bairro que se

empenham em cuidar do melo ambiente e das

águas. ‘A preocupação não é de hoje com a

poluição das águas. O problema vem se

arrastando por muito tempo e ninguém se

responsabilizava. Solicitávamos fiscalização da

Prefeitura, Cetesb e BRK. e ninguém vinha

fazer nada. Até que levamos o problema à

reunião do Conseg Central, e as providências

começaram a ser tomadas*, ressalta.

Nessa reunião, realizada em setembro, a

associação fez denúncias de poluição

ambiental pnncipalmente no ribeirão Pires e,

consequentemente no rio Jaguari. Um

representante da associação levou

requerimentos Já protocolados em órgãos

públicos e pediu solução imediata, para o que

considerou, com toda a razão, uma situação

grave e preocupante.

No inicio deste mês. foi finalmente criado um

grupo para fiscalizar e monitorar a qualidade

da água do ribeirão Pires. formado por

representante da BRK Ambiental, Secretaria

Municipal do Meio Ambiente e Cetesb.

O grupo é responsável por identificar as

empresas que lançam suas drenagens pluviais

na bacia do ribeirão dos Pires. A parnr disso,

esses lançamentos serão monitorados,

principalmente em períodos de estiagem. Além

disso, o grupo vai orientar asempresas sobre

como esses lançamentos podem comprometer

a qualidade do corpo d’água receptor.

A BRK havia informado que recebeu

reclamações de moradores acerca da

qualidade do nbeirào, e que todos os órgãos

envolvidos atuavam para a solução do

problema*.

A empresa informou ontem que. Junto com a

Secretaria do Meio Ambiente, o Departamento

de Saneamento e Drenagem, ambos da

Prefeitura, e a Cetesb. realizou entre, os dias

10 e 17, a verificação de possíveis

contribuições para as galerias de águas

pluviais da bacia do ribeirão dos Pires. Foram

realizados testes com corantes não tóxicos

para avaliação dos pontosde saldas para as

galerias pluviais, os locais do uso de água e

seu direcionamento.

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Grupo de Comunicação

No total, 15 empresas foram vistoriadas e

uma foi autuada. A multa foi aplicada pela

secretaria, conforme o Código Municipal de

Meio Ambiente. *0 trabalho atua de maneira

preventiva e de conscientização junto às

empresas para que seja possível identificar se

há algum descarte que possa comprometera

qualidade da água da bacia do ribeirão dos

Pires*, afirma o diretor da BRK. Fernando

Mangabeira.

O manancial, poluído criminosamente durante

anos, além de ser utilizado como uma das

fontes de abastecimento de água do

município, também é fonte de irrigação para

pequenos agricultores da região dos Pires e.

por enquanto, ainda conta com uma Área de

Preservação Ambiental.

http://cloud.boxnet.com.br/y3ty2uco

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Grupo de Comunicação

Veículo: Rádio Bauru

Data: 22/10/2019

4 Anos apos a falêcnia decretada pela Justiça, a Situação dos Acumuladores

Ajax continua na mesma

http://cloud.boxnet.com.br/y5t9zthq

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Grupo de Comunicação

Veículo: Portal Hortolândia

Data: 22/10/2019

Moradores reclamam de vazamento

de esgoto no Jardim Sumarezinho

Moradores de Hortolândia reclamam dos

problemas causados por um vazamento de

esgoto em uma nascente que fica nos fundos

das casas da Rua Maria Rodrigues Ferreira, no

bairro Jardim Sumarezinho. Uma ‘boca de

lobo’ da rede de esgoto que passam pelo local

estourou e está poluindo a nascente.

Segundo moradores, o problema acontece há

mais de duas semanas e o cheiro ruim é

insuportável. Eles também disseram que

reclamações já foram feitas na prefeitura, mas

o problema não foi resolvido.

Devido o vazamento a água da nascente que

era clara ficou completamente escura e matou

dezenas de peixes.

Eles também reclamam que o local está

abandonado e não recebe manutenção por

parte do Poder Público.

Um contraste é visível onde a área está

abandonada com esgoto vazando a céu aberto

pode-se ver o maior cartão postal da cidade, a

Ponte da Esperança (Ponte Estaiada) que

custou cerca de 80 milhões de reais.

Nota da Prefeitura

A Prefeitura de Hortolândia informa que

serviços relacionados à rede de esgoto são de

responsabilidade da Sabesp. Especificamente

esta questão do esgoto no Jd. Sumarezinho, a

Sabesp já realizou manutenção na rede,

conforme serviço acompanhado pela

Secretaria de Serviços Urbanos.

https://www.portalhortolandia.com.br/noticias

/nossa-cidade/moradores-reclamam-de-

vazamento-de-esgoto-no-jardim-sumarezinho-

73253

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Grupo de Comunicação

Veículo: TV Record

Data: 22/10/2019

Qualidade da água do mar no Litoral Paulista

http://cloud.boxnet.com.br/y2x7r3n7

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Grupo de Comunicação

Veículo: TV Record

Data: 22/10/2019

Semasa passará por remanejamento

para controlar gastos

Cicote ainda não definiu quando deixará a

superintendência do Semasa para retornar ao

Legislativo

Ainda passando pelo processo de transição

junto a Sabesp, o Semasa (Serviço Ambiental

de Saneamento Ambiental de Santo André)

articula as próximas ações para rever seu

organograma e reduzir gastos para seguir com

seu trabalho nos serviços restantes. Em

entrevista ao RDtv, nesta segunda-feira (21),

o superintendente da autarquia municipal,

Almir Cicote, relatou os planos para tentar

adequar todos os investimentos após entregar

os serviços de água e esgoto para a

companhia estadual.

Uma das principais dúvidas existentes a partir

do momento em que o Semasa perdeu parte

dos Serviços para a Sabesp é a capacidade

financeira para emplacar os projetos já

existentes. Cicote revelou que logo após a

definição do acordo com a autarquia estadual,

o prefeito Paulo Serra (PSDB) apresentou um

estudo para a redução de custos.

A ideia é realizar um reajuste nos contratos já

existentes e ao mesmo tempo rever toda a

questão ligada aos funcionários

comissionados, reduzindo o número de cargos

para que o valor seja utilizado nos serviços

prestados pela companhia municipal. “Estou

vendo isso todos os dias, assinando processos

visando esta economia. Vamos ter coragem de

cortar na própria carne”, disse o

superintendente sem especificar o valor que

será economizado com tal ação.

Além disso, o Semasa prepara todos os

detalhes para o Programa de Demissão

Voluntária (PDV) que será oferecido aos

servidores concursados. Segundo o projeto de

lei que autorizou as negociações com a

Sabesp, a companhia municipal ganhou

autonomia para o PDV, mas caso alguns de

seus funcionários não aceitem, os mesmos

serão deslocados para outras áreas da

Prefeitura. Atualmente são 1.100 funcionários

na autarquia andreense.

Enquanto tenta realizar as mudanças

administrativas, Cicote afirma que o Semasa

segue com seus trabalhos normalmente como

as obras de drenagem, o Moeda Verde e

outras ações relacionadas com as ações

ambientais.

https://www.reporterdiario.com.br/noticia/274

1655/semasa-passara-por-remanejamento-

para-controlar-gastos/

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Grupo de Comunicação

Veículo: Rádio Band Vale

Data: 22/10/2019

Relatório da CETESB aponta qualidade boa satisfatória no rio paraíba nos

pontos analisados

http://cloud.boxnet.com.br/y48tk3x5

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Grupo de Comunicação

Veículo: Guarulhos Hoje

Data: 22/10/2019

Defesa Civil realiza desafio de salvamento em diversos cenários

http://cloud.boxnet.com.br/y57ele26

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Grupo de Comunicação

Veículo: EPTV

Data: 21/10/2019

Santa Cruz das Palmeiras realiza racionamento de água

http://cloud.boxnet.com.br/y57622js

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Grupo de Comunicação

Veículo: Rádio Metropolitana

Data: 22/10/2019

Rodovia Mogi Bertioga não será duplicada por completo segunda ARTESP

http://cloud.boxnet.com.br/y3zvs7b3

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Grupo de Comunicação

Veículo: TV Bandeirantes

Data: 22/10/2019

Prefeitura promete resolver os problemas em Francisco Morato

http://cloud.boxnet.com.br/y4kl5ups

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Grupo de Comunicação

Veículo: Rádio Bandeirantes

Data: 22/10/2019

Sabesp afirma que o Condomínio Morada do Bosque teve o serviço de

água restabelecido

http://cloud.boxnet.com.br/y2tta3xs

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Grupo de Comunicação

Veículo: Rádio Mix

Data: 22/10/2019

Sistema Cantareira opera com 43,5%

da capacidade do reservatório

http://cloud.boxnet.com.br/y2grsq4u

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Grupo de Comunicação

Veículo: Folha da Vila Prudente

Data: 24/10/2019

DAEE faz limpeza do Piscinão

Guamiranga

http://cloud.boxnet.com.br/y57jmcem

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Grupo de Comunicação

Veículo: Rádio Bandeirantes

Data: 22/10/2019

RB News Bairros - Jornal do Butantã - O

Butantã contribuí para a despoluição do

Rio Pinheiros

http://cloud.boxnet.com.br/y3scmy3w

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Grupo de Comunicação

VEÍCULOS DIVERSOS Veículo: Agora SP

Data: 22/10/2019

Gás de cozinha deve ficar mais caro nas próximas semanas Laísa Dall'Agnol

O preço do gás de botijão deve passar a pesar

mais no bolso dos brasileiros nos próximos

meses.

O Sindigás (sindicato das distribuidoras)

divulgou na última segunda-feira (21) que a

Petrobras informou que tanto o GLP

residencial (embalagens de até 13 quilos)

quanto o empresarial (embalagens acima de

13 quilos) vão ter reajuste a partir de hoje nas

refinarias.

Segundo a estatal, o que confirmou o

reajuste, o aumento do GLP residencial vai

variar entre 4,8% e 5,3%, enquanto o GLP

empresarial oscilará entre 2,9% e 3,2%.

Hoje, um botijão de gás de cozinha pode ser

encontrado na capital paulista por valores

entre R$ 58 e R$ 75.

Para Sergio Bandeira de Mello, presidente do

Sindigás, o reajuste veio em momento

inesperado.

“É normal a flutuação dos valores por causa

das pressões sobre o preço internacional do

produto e sobre o dólar, mas não

esperávamos essa alta antes do início de

dezembro, que é quando começa o inverno no

hemisfério norte, período em que

normalmente se elevam os preços”, diz.

O último reajuste do gás de cozinha pela

Petrobras foi no início de agosto.

Bandeira de Mello diz que o consumidor não

deve sentir o impacto dessa ‘leve alta’ e que

pode tomar precauções para evitar que o gás

pese no orçamento.

“Ao contrário de outros produtos, como a

energia elétrica, o brasileiro pode escolher o

fornecedor do gás de cozinha. A dica é

pesquisar preço e negociar, se atentando para

não cair em ‘ofertas impossíveis’. Preços muito

abaixo da média podem indicar um produto

em menor quantidade”, diz.

https://agora.folha.uol.com.br/grana/2019/10

/gas-de-cozinha-deve-ficar-mais-caro-nas-

proximas-semanas.shtml

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Grupo de Comunicação

Veículo: Jornal Ipiranga News

Data:

Solar deve liderar expansão renovável no

mundo, aponta AIE

Geração distribuída será a responsável pelo

crescimento, mas agência alerta para a

necessidade de políticas para alinhar

interesses e não elevar custos das redes para

consumidores no mercado de varejo

MAURÍCIO GODOI, DA AGÊNCIA

CANALENERGIA, DE SÃO PAULO

A instalação de sistemas solares fotovoltaicos

em residências, prédios comerciais e

instalações industriais deve decolar nos

próximos cinco anos. Essa é a previsão da

Agência Internacional de Energia (AIE), em

relatório publicado na última segunda-feira, 21

de outubro. Na publicação, a agência prevê

que a capacidade total de energia renovável

do mundo crescerá 50% entre 2019 e 2024.

Se confirmado, esse montante representará

um aumento de 1.200 gigawatts de potência,

equivalente à atual capacidade total dos

Estados Unidos.

Esse crescimento, apontou a AIE, é

impulsionado por reduções de custos e

esforços conjuntos de políticas

governamentais. A energia solar fotovoltaica

representa 60% do aumento. A parcela de

energias renováveis na geração global de

energia deverá aumentar de 26% hoje para

30% em 2024. Com esse incremento da

geração distribuída, a agência acredita na

transformando a maneira como a eletricidade

é gerada e consumida, de acordo com a última

previsão do mercado de energia renovável da

Agência Internacional de Energia.

De acordo com a AIE, o crescimento esperado

ocorre após as adições de capacidade

renovável terem parado no ano passado pela

primeira vez em quase duas décadas. Apesar

disso, a expansão ainda permanece abaixo do

necessário para cumprir as metas globais de

energia renovável, alertou. “As energias

renováveis já são a segunda maior fonte de

eletricidade do mundo, mas sua implantação

ainda precisa acelerar, se queremos alcançar

metas de longo prazo para o clima, a

qualidade do ar e o acesso à energia”, disse

em comunicado o diretor executivo da

entidade, Fatih Birol.

O relatório destaca os três principais desafios

que precisam ser superados para acelerar a

implantação de fontes renováveis: incerteza

política e regulatória, altos riscos de

investimento e integração de sistemas de

energia eólica e solar fotovoltaica.

Segundo o relatório, a geração distribuída

deverá representa quase metade do

crescimento no mercado global de energia da

fonte solar até 2024. Aplicações comerciais e

industriais dominam o crescimento fonte,

representando três quartos das novas

instalações nos próximos cinco anos. A

agência explica que isso ocorre porque

economias de escala combinadas com um

melhor alinhamento da oferta fotovoltaica e da

demanda de eletricidade permitem mais

autoconsumo e maiores economias nas contas

de eletricidade nestes dois setores.

O número de sistemas solares no telhado de

residências deve dobrar para cerca de 100

milhões de sistemas até 2024, com os

principais mercados sendo a Austrália, Bélgica,

Califórnia, Holanda e Áustria. O grande

incentivo são os custos declinantes. Esse valor

já está abaixo dos preços de eletricidade no

varejo na maioria dos países e há potencial de

retração adicional de 15% a 35% até 2024,

tornando a tecnologia mais atraente e

estimulando a adoção em todo o mundo,

estima a entidade.

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Grupo de Comunicação

O relatório alerta que importantes reformas de

políticas e tarifas são necessárias para garantir

que o crescimento da geração distribuída seja

sustentável. O crescimento não gerenciado

pode atrapalhar os mercados de eletricidade,

aumentando os custos do sistema, desafiando

a integração da rede de fontes renováveis e

reduzindo as receitas dos operadores de rede.

Na avaliação da AIE, ao reformar as tarifas de

varejo e adaptar as políticas, as empresas de

serviços públicos e os governos podem atrair

investimentos em GD, assegurando receitas

suficientes para pagar pelos ativos fixos da

rede e garantindo que a carga de custos seja

alocada de maneira justa entre todos os

consumidores. Para o diretor da AIE, o

desenvolvimento precisa ser bem gerenciado

para equilibrar os diferentes interesses dos

proprietários de sistemas, outros

consumidores e empresas de energia e

distribuição.

https://www.canalenergia.com.br/noticias/531

15696/solar-deve-liderar-expansao-renovavel-

no-mundo-aponta-aie

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Veículo: El País

Data: 21/10/2019

Ex-presidenta do Ibama: “Governo quer

romper ações ambientais, mas não

estruturou nada para o lugar”

Suely Araújo, que comandou o órgão de

fiscalização na gestão Temer, afirma que

Governo não acionou plano de contingência e

demora a agir diante da contaminação das

praias do Nordeste

FELIPE BETIM

São Paulo –

Suely Vaz de Araújo presidiu o Instituto

Brasileiro do Meio Ambiente (IBAMA) entre

junho de 2016 e janeiro de 2019, durante o

Governo de Michel Temer (MDB). Urbanista,

advogada e ambientalista, além de doutora

em Ciência Política, foi uma das responsáveis

por regulamentar, no passado, a conversão

indireta de multas ambientais em serviços. A

ideia era canalizar uma enorme quantidade de

recursos dessas sanções a grandes projetos

escolhidos pelo Governo Federal e tocados por

organizações da sociedade civil. Algo que,

segundo conta, estava acontecendo com

bastante êxito. Até que Jair Bolsonaro assumiu

a Presidência com um forte discurso anti-

ONGs e emitiu um decreto suspendendo essas

diretrizes. "Tínhamos 1,1 bilhão de reais para

ser usado já em janeiro, três vezes o

Orçamento discricionário [não-obrigatório] do

Ibama. Tudo isso ficou parado", conta em

entrevista ao EL PAÍS por telefone.

Araújo já estava de saída do Ibama quando,

nos primeiros dias de janeiro, se desentendeu

publicamente com o ministro do Meio

Ambiente, Ricardo Salles (NOVO). O atual

ocupante da pasta havia criticado um contrato

milionário do organismo para o aluguel de

camionetes. "E eu não podia ficar calada, era

um contrato que eu tinha convicção que tinha

sido feito da forma mais correta possível, uma

excelente opção em termos de veículos para

fiscalização", afirma Araújo, que escreveu uma

resposta publicada nas redes sociais do órgão.

Além de falar sobre os problemas estruturais

que o Ibama enfrenta, ela argumenta que o

país precisa debater seriamente que modelo

de desenvolvimento quer para a Amazônia.

"Não precisamos copiar modelos que

assumem que a solução econômica é matar,

tirar a floresta. O grande desafio é gerar renda

para a população com a floresta em pé",

explica.

Pergunta. Como avalia a atuação do Governo

Bolsonaro e do ministro Salles na crise

ambiental gerada pelo vazamento de petróleo

na costa brasileira?

Resposta. Nesses quase 60 dias em que tá

ocorrendo contaminação por óleo nas praias

do Nordeste, o Governo vem reagindo de

forma lenta. O IBAMA passou a acompanhar a

contaminação desde o início, mas não acionou

formalmente o Plano Nacional de Contingência

para Incidentes de Poluição por Óleo em Água.

Ele prevê uma estrutura organizacional e a

autoridade nacional responsável, além de um

comitê executivo, um grupo de

acompanhamento e avaliação, um comitê de

suporte, tudo com a participação do Ministério

do Meio Ambiente, Minas e Energia,

Transporte, Marinha, IBAMA... Todos esses

órgãos já estão acompanhando a situação,

mas o decreto prevê um sistema resposta

absolutamente organizado e coordenado, em

rede. Não estamos vendo isso acontecer

conforme o previsto no decreto.

P. Quem é a autoridade nacional responsável

nestes casos?

R. O Ministério do Meio Ambiente é a

autoridade máxima na condução dos

trabalhos, de acordo com o plano. Mas a

sensação é de que falta Governo, falta

liderança, na hora de acionar Estados,

municípios e comunidades afetadas. Em

emergências desse tipo é preciso tornar tudo

absolutamente público e transparente. A

população pode e deve ajudar, mas deve ser

orientada a isso. As ONGs e comunidades

locais já estão ajudando, mas é necessário

que o Governo atue efetivamente como

Governo, como liderança.

P. Em maio deste ano, o Governo extinguiu

todos os conselhos e outras entidades da

sociedade civil criadas por decreto pela

Administração federal. Só permaneceram os

criados por lei. Como isso afeta a aplicação do

plano de emergência?

R. Parte desses colegiados está prevista no

plano de contingência, mas formalmente não

existem mais. Na prática, isso significa uma

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indefinição organizacional que dificulta a

aplicação do decreto como previsto. Os

colegiados seguem no decreto que instituiu o

plano, que não foi revogado, mas

juridicamente já não existem. Ibama e

Marinha estão lá, mas a resposta vem sendo

menor e menos articulada do que o previsto

pelo plano. É importante ressaltar que o

Ministério do Meio Ambiente é a autoridade

principal de acordo com o plano. Mas mesmo

que não houvesse plano, a grande

coordenação teria que vir desse Ministério.

Não basta a equipe do Ibama, muito treinada

e especializada. É preciso uma coordenação

nacional e até internacional, algo que vem

sendo insuficiente.

P. É possível estimar os danos ambientais

permanentes no litoral do Nordeste?

R. Os danos ao meio ambiente precisam ser

estudados e não é algo simples. Você limpa a

praia, mas não sabe o que acontece em

termos de meio ambiente marinho. É preciso

saber a extensão do óleo e o que se conseguiu

retirar. Isso demanda estudos para minorar os

danos e ver as medidas necessárias. Mas é

impossível voltar completamente à situação

anterior, algum dano sempre existe.

P. E os riscos para a saúde das populações

locais que trabalham para limpar as áreas?

R. Elas devem seguir as orientações do Ibama

e de outras autoridades para poder ajudar da

melhor forma possível. Ter contato com a pele

é ruim, mas vi que as pessoas estão usando

luvas. Elas podem e devem ajudar, mas

devem ser orientadas pelo poder público.

P. Que balanço faz da política ambiental do

Governo Bolsonaro e do ministro Salles?

R. Esse Governo entra com uma postura de

desconstrução do que vinha sendo feito. A lei

nacional de política do meio ambiente, de

1981, é um marco importante porque

estruturou o sistema nacional do meio

ambiente e consagrou o licenciamento

ambiental. A partir daí, essa política vai sendo

construída progressivamente, de forma

incremental. Tem governos com avanços e

outros com retrocessos, mas existiu um

movimento geral de construção. Esse Governo

quer romper e reformular tudo isso, mas ainda

não estruturou nada para colocar no lugar. Ele

está deixando de fazer ações importantes na

área de proteção ambiental sem substituir por

outras ferramentas. Uma das críticas do atual

Governo é que a política ambiental é muito

baseada em comando e controle, no que diz

respeito a normas e sanções para descumpri-

las. E é mesmo. Nossa legislação é

reconhecida mundialmente. Na Amazônia,

existe uma dificuldade enorme em dar os

instrumentos econômicos para quem mora lá.

Mas não são duas opções dicotômicas. Política

ambiental tem que ser feita das duas coisas. A

posição do Governo reflete uma versão

polarizada do mundo que na prática da política

ambiental não pode ser reproduzida.

P. Em que contexto se deu sua saída do

Ibama?

R. Eu já iria sair de qualquer forma, estava

passando só por um período de transição. Não

ficaria no Governo Bolsonaro por uma questão

de visão de mundo diferente. Mas o ministro

Salles colocou em jornal uma crítica a um

contrato que tinha sido assinado para aluguel

das camionetes. O Ibama opta a não comprar

esses veículos, porque ficam velhos e têm um

investimento enorme em manutenção. E o

pacote inteiro incluí cerca de 300 camionetes

para o país inteiro, fabricadas especificamente

para isso, mais resistentes que o normal.

Inclui gasolina e seguro, e a empresa tem que

trocar os carros a cada dois anos. É um dos

principiais contratos em valor do Ibama. O que

eu assinei foi de 28 milhões. Eu tinha

autorização para um contrato de até 50

milhões e o TCU [Tribunal de Contas da União]

já tinha dado seu ok. Além disso, nos Estados

da Amazônia os veículos são pagos pelo Fundo

Amazônia. O ministro, sem entender o

tamanho do contrato, criticou pelo seu valor. E

eu não podia ficar calada, era um contrato que

eu tinha convicção que tinha sido feito da

forma mais correta possível. Eu escrevi então

que não tinha qualquer fundamento o que o

ministro dizia, que ele tinha desconhecimento,

uma falta de visão sobre o tamanho do Ibama

e sua complexidade.

P. Qual papel deve ter o Ministério do Meio

Ambiente, que sempre teve um Orçamento

limitado?

R. A política ambiental é necessariamente

multidisciplinar, não fica só no Ministério do

Meio Ambiente. Ela está também na área

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Grupo de Comunicação

infraestrutura, transporte, energia, política

educacional... Mas a pasta tem um papel

importante de coordenação e fixação de

diretrizes, de liderança em tudo isso, além de

uma ação mais executiva na parte de

fiscalização e controle, com o Ibama e o

ICMbio. Não que isso funcionasse 100% antes

do atual Governo, mas o sistema nacional de

meio ambiente é uma construção coletiva de

quase quatro décadas. Sentimos que existe

uma redução nesse esforço de coordenação.

Com a reforma administrativa que foi feita, a

pasta perde força: tiraram Agência Nacional

de Águas e colocaram no ministério de

Desenvolvimento Regional, tiraram o Serviço

Florestal e colocaram em Agricultura... Você

olha as secretarias e suas respectivas

coordenações, e uma série de temas já nem

existem mais. Você tem dificuldade em saber

quem está comandando o PPCDAm [Plano de

Ação para Prevenção e Controle do

Desmatamento na Amazônia Legal], a

principal ferramenta de controle do

desmatamento da Amazônia desde 2004,

apesar de dificuldades. Salles diz que precisa

de regularização fundiária e atividade

produtiva e sustentável, e claro que precisa.

Mas tudo isso está contemplado pelo PPCDAm

desde 2004. Era uma política de Estado que

não envolvia só o Ministério do Meio Ambiente

e que vinha sendo implantada

independentemente do Governo de turno.

P. O que está em jogo na Amazônia?

R. No caso específico da Amazônia, o país

precisa discutir se o modelo para a região vai

copiar o que foi feito em outros lugares do

país. Quase não sobrou Mata Atlântica, apenas

12%. É esse o modelo? A região suporta isso?

O equilibro climático do país suporta isso? O

que vai acontecer com nossa biodiversidade?

A solução para garantir renda para a

população da Amazônia é liberar garimpo?

Existem modelos propostos para além das

reservas extrativistas, como critica o Governo.

Isso tem também e é importante para motivar

essa população tradicional a gerar renda. Mas

tem ainda investimentos em pesquisa na área

de biotecnologia e medidas que aproveitem a

floresta. Um exemplo bem interessante é o

mercado bilionário de açaí no mundo. Ganha-

se mais com isso do que com madeira

irregular. Existem formas de fomentar uma

economia baseada nos produtos regionais, e

não precisa ser só em escala micro. Não

precisamos copiar modelos que assumem que

a solução econômica é matar, tirar a floresta.

O grande desafio é gerar renda para a

população com a floresta em pé.

P. Sua gestão no Ibama foi responsável por

regulamentar a conversão de multas

ambientais de forma indireta, criticada por

Bolsonaro. Do que se trata?

R. A conversão de multas em serviços

ambientais e de proteção ambiental está

prevista numa lei de 1998 sobre crimes

ambientais. Chegou a ser aplicada pelo Ibama

por um tempo, mas acabou suspensa em

2012. Os projetos eram muito pulverizados

pelo país e o Ibama tinha dificuldade de

acompanhar tudo. Nosso decreto inova ao

prever a modalidade indireta de conversão de

multas, tentando ganhar escala. Sem extinguir

a modalidade direta, em que o próprio infrator

realiza o serviço, criamos uma modalidade em

que o autuado opta por ficar responsável por

uma cota de projetos maiores e estruturantes,

recebendo um desconto de 60% no valor da

sanção. Existia uma câmara consultiva

nacional com participação de representantes

da sociedade civil, setor empresarial, Ibama e

outros órgãos públicos. Essa câmara

selecionava temas e regiões prioritárias para

os projetos. A partir disso, o Ibama ou o

ICMbio fazia chamamentos públicos, que

selecionavam esses projetos para depois

receberem recursos provenientes das multas.

Foi feito um primeiro chamamento público

para acolher projetos para a cabeceiras do rio

São Francisco. Esse chamamento também

aprovou projetos para o baixo e médio

Parnaíba, com apoio a pequena propriedade

rural e comunidades quilombolas na região,

entrando não só com a parte de recuperação

ambiental, mas também no apoio de

atividades produtivas e sustentáveis.

P. Quanto essa primeira etapa arrecadou?

R. Na primeira fase, logo após regulamentar

essa modalidade, houve mais de 12.000

adesões ao programa ao longo de

aproximadamente um ano. Os autuados que

se manifestaram somavam mais ou menos 2,6

bilhões de reais em multas. Com os 60% de

desconto, significou 1,1 bilhão de reais para

ser usado já em janeiro. Isso é três vezes o

Orçamento discricionário do Ibama. O

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Grupo de Comunicação

Orçamento do sistema do Ministério do Meio

Ambiente inteiro não chega a isso. Além disso,

o dinheiro da conversão indireta ia direto para

o projeto, para a ponta, não entra um centavo

no caixa público.

Mas aí o Governo Bolsonaro entrou com uma

atitude reativa, porque esses projetos seriam

tocados por organizações sociedade civil —e

não só ONGs, entre os projetos aprovados

tinha um da Fundação Banco do Brasil. O

Governo editou então um novo decreto

mudando a conversão, regulamentando

apenas a direta. Parou um processo que tinha

projetos aprovados, depois de meses de

trabalho, e com um potencial gigante para

alavancar recursos para o meio ambiente.

Tínhamos chamamentos públicos não só para

a área de recuperação florestal, mas também

para projetos de apoio a monitoramento da

qualidade do ar. Tudo isso está parado.

P. O que aconteceu com a modalidade indireta

que a sua gestão havia regulamentado?

R. No dia 17 de outubro, foi assinada a Medida

Provisória 900, que autoriza a União a criar

um fundo para reunir os recursos provenientes

da conversão de multas. Nessa versão de

agora, basta que o autuado opte pela

conversão e pague. Ele não fica ligado ao

serviço que vai ser prestado. E o texto da MP

não detalha como os projetos que vão receber

os recursos vão ser selecionados, que regiões

do país serão priorizadas... A futura lei só cria

esse fundo, que pelo texto seria de natureza

privada, gerido por uma instituição financeira

pública, provavelmente a Caixa Econômica.

Não gosto da ideia do fundo, prefiro que os

autuados estejam vinculados a projetos

concretos, como ficou determinado antes. Fica

mais seguro, mais técnico, você vincular

determinadas multas a cotas de projetos

específicos, e não a um fundão para o

Governo gerenciar. Além disso, a quitação da

multa se dava de forma parcial e progressiva,

ao longo da implementação do projeto. Com a

MP, agora basta pagar. Ou seja, você substitui

a obrigação de fazer pela obrigação de pagar

com desconto. Isso será debatido durante a

tramitação da MP e veremos como resolver. O

Ibama possui 30 bilhões em passivos que

poderiam ser destinados a projetos. Isso

precisa ser feito segundo critérios técnicos, de

preferência atendendo os compromissos

internacionais do Brasil. O mais importante

que esse dinheiro não substitui o dinheiro

público do Orçamento já previsto: ele não

deve ser usado para combater incêndios, para

licenciamento ambiental ou compra de

equipamentos.

P. Quais são números da chamada "indústria

da multa" do Ibama?

R. São mais ou menos 14.000 multas por ano

que somam, em média, 3 bilhões de reais.

Significa que o Ibama, com todas as suas

limitações, conseguiu chegar a um grande

número de atos ilícitos. Os valores das multas

estão na lei de 1998 e não são atualizados

desde então. O índice de pagamento é

baixíssimo. Cerca de 20% dessas sanções são

pagas, mas o valor médio é é de 11.000 reais.

Não são as multas altas. E representam cerca

de 5% dos três bilhões. A opção são recursos

administrativos e a esfera judicial. Os

processos levam anos [a soma dos processos

emperrados na Justiça somam cerca de 30

bilhões de reais em multas ambientais]. A

conversão indireta tem um potencial enorme

de pegar o passivo de multas não pagas e

reverter em serviços ambientais, evitando

também vários processos judiciais [que geram

custos para o Estado].

P. Quais são os problemas estruturais do

Ibama hoje?

R. Falta equipe de forma geral, principalmente

fiscais. O Ibama já teve 1.500 fiscais. Hoje

tem menos de 800, e nem todos eles você

consegue colocar em campo. Uma parte já

está perto da aposentadoria, e tem alguns que

não se aposentam para não deixar a equipe

ainda mais reduzida. Hoje conseguimos fazer

uma série de operações remotas de

fiscalização. Em uma delas, batizada de

controle remoto, você analisa imagens de

satélites e cruza essas imagens com uma série

de dados públicos, chegando a uma autuação

sem ir a campo. A pessoa recebe por correio a

multa junto com a foto do desmatamento,

como se fosse multa de trânsito. Mas você

consegue fazer tudo remoto? Não. Eu consigo

fazer no Mato Grosso, onde em geral consigo

identificar quem é o dono da propriedade. Mas

no Estado do Pará e do Amazonas, onde não

tem regularidade fundiária, não consigo. Não

adianta ter imagem de satélite super

detalhada se não tenho gente para ir a campo.

Você nunca vai eliminar esse tipo de operação.

Page 49: LIPPING · 2019. 10. 22. · Veículo: Repórter Eco – TV Cultura Data: 20/10/2019 Repórter Eco No Repórter Eco deste domingo, conheça a primeira caverna (Caverna do Diabo) brasileira

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Grupo de Comunicação

E a fiscalização remota você pega depois que

o desmatamento já ocorreu, o dano já foi

feito.

P. A saída então é abrir concurso?

R. É preciso lembrar que esses fiscais são para

o Brasil inteiro, não só para Amazônia, ainda

que metade das operações ocorram lá. Não

tem saída. Tem que garantir um mínimo para

atividades de polícia e fiscalização, por mais

que você não acredite num Estado gigante. O

Ibama já teve 5.000 servidores e hoje não

chega a 3.000. Acredito que um concurso para

1.000 pessoas é necessário. No passado

fizemos um pedido emergencial de abrir

concurso para 800. No caso da equipe de

licenciamento, que tem uma equipe pequena,

50 pessoas a mais fariam uma revolução em

termos de quantidade de licenças emitidas em

empreendimentos bilionários. É uma visão de

miopia administrativa, porque o Ibama só atua

em licenciamento de grandes

empreendimentos, que acabam atrasados.

P. O Governo se reuniu com garimpeiros que

atuam ilegalmente e estuda propor a proibição

da queima de máquinas por parte dos fiscais

do Ibama. Em que condições essas queimas se

dão hoje?

R. Essa possibilidade está prevista no artigo

111 do decreto 6.514, com base na lei de

crimes ambientais. Essa queima é feita em

situações absolutamente excepcionais, em

regra dentro de terra indígena, de unidade de

conservação ou quando a vida dos fiscais está

em risco. Ela ocorre em cerca de 2% de todas

as 1.400 operações de fiscalização [segundo

dados de 2018]. Você chega numa terra

indígena, onde está havendo garimpo irregular

com equipamentos caríssimos, que custam

mais de 500.000 reais. São grandes e

pesados. Se não forem destruídos, vão

demorar dias para levar para algum lugar e

ainda vão ser recebidos a tiros no caminho.

Não é simples colocar e tirar essas máquinas,

não se faz de um dia para o outro. E se não

faz nada, no dia seguinte a mineração

irregular está ocorrendo de novo. Os relatórios

sobre essas queimas podem ser requeridos. O

Ibama nunca teve ação Justiça por causa

disso. Se não puderem ser destruídos, essas

operações não poderão ser feitas. Não tem

sentido.

P. Bolsonaro justifica a legalização do garimpo

em áreas protegidas pelo fato de que há

pessoas pobres que precisam trabalhar...

R. Nas atividades ilegais da Amazônia existe

muita gente pobre, sim, e você precisa pensar

em alternativas para essa população. Agora,

esses grandes garimpos onde o Ibama atua

têm muito dinheiro ilegal por trás. Não é o

garimpeiro pobre que compra aquelas

máquinas. Pelo contrário, a realidade é de

trabalho escravo com maquinas caríssimas

operando. Os fiscais chegam e não tem nem

para quem entregar o auto de infração. O

quadro é muito mais complexo.

P. Governo Temer cogitou legalizar áreas

ocupadas no parque Jamanxim, na região de

Novo Progresso e Altamira, na bacia do Rio

Xingu, no Pará, onde atuam esses grandes

garimpos e madeireiros...

R. Eu não estava envolvida nesse processo,

mas acho que a questão é mais de execução

da legislação do que inventar mais coisa. Você

tem ferramentas para regularizar quem está lá

ou para tirar quem não pode estar lá. É mais

planejamento e execução de políticas públicas

do que formular novas regras e redesenhar as

áreas de proteção ambiental. Nessa região do

Pará, o Estado brasileiro tem que ter uma

ação de planejamento envolvendo vários

órgãos e atuar de forma rápida. É algo

impressionante. A sensação é de ausência de

Estado, um faroeste de filme.

https://brasil.elpais.com/brasil/2019/10/14/po

litica/1571087391_930921.html

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Page 50: LIPPING · 2019. 10. 22. · Veículo: Repórter Eco – TV Cultura Data: 20/10/2019 Repórter Eco No Repórter Eco deste domingo, conheça a primeira caverna (Caverna do Diabo) brasileira

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Grupo de Comunicação

Veículo: G1 Natureza

Data: 22/10/2019

Tartarugas são encontradas mortas em

Vera Cruz, na Bahia

Caso ocorreu na manhã desta terça-feira (22).

Animais não apresentavam sinais de manchas

de óleo pelo corpo. Apesar disso, eles devem

ser submetidos a uma biopsia para identificar

as causas das mortes.

Por G1 BA

Animais foram encontrados nesta terça-feira

(22). — Foto: Prefeitura de Vera Cruz

Quatro tartarugas foram encontradas mortas

em Vera Cruz, na Ilha de itaparica, Bahia, na

manhã desta terça-feira (22). Segundo

assessoria de comunicação do município, os

animais não apresentavam sinais de manchas

de óleo pelo corpo. Apesar disso, eles devem

ser submetidos a uma biopsia para identificar

as causas das mortes.

Segundo Priscila Veloso, Diretora de

Fiscalização Ambiental, três tartarugas foram

encontradas na localidade de Barra Grande,

uma das praias atingidas pelas manchas de

óleo que atingem o litoral nordestino.

A quarta tartaruga, no entanto, foi localizada

nas proximidades do Club Med. Ainda segundo

Priscila, nos últimos 11 dias, foram

encontradas nove tartarugas mortas e sem

manchas de óleo aparente em Vera Cruz.

Animais vão passar por biopsia . — Foto:

Prefeitura de Vera Cruz

Com esse caso, sobe para 15 o número de

tartarugas encontradas mortas só neste mês,

no litoral da Bahia. Do total, 10 animais

tiveram a contaminação com o óleo

confirmada como causa da morte. Além disso,

uma outra tartaruga que entrou em contato

com a substância no estado morreu em

Sergipe.

Nesta terça-feira, o óleo, que já atingia 11

cidades baianas, chegou a cidade de Cairu, no

baixo sul da Bahia.

Manchas de óleo na Bahia

Manchas de óleo chegam à praia da Pituba,

em Salvador — Foto: Alan Oliveira/G1 BA

As manchas de óleo começaram a chegar no

estado em 3 de outubro, quase um mês após

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Grupo de Comunicação

o início do problema no país. Mais de 200

praias já foram afetadas pelo óleo em todo o

Nordeste. Na Bahia, são ao menos 49

localidades. O estado foi o último a receber a

substância.

Por causa do problema, o Governo Federal

reconheceu situação de emergência na Bahia.

A situação foi reconhecida em decreto

publicado no Diário Oficial da União (DOU)

desta terça-feira (22).

Na última semana, o Ministério Público Federal

(MPF-BA) e o Ministério Público do estado (MP-

BA) ingressaram com uma ação pública contra

a União e o Instituto Brasileiro do Meio

Ambiente (Ibama) por causa do óleo. Os

órgãos disseram que veem "omissão" na

demora em adotar medidas de proteção e que

ingressaram com a ação "em decorrência das

consequências e riscos ambientais

provenientes do vazamento de óleo".

Com esse caso, sobe para 15 o número de

tartarugas encontradas mortas só neste mês,

no litoral da Bahia. — Foto: Prefeitura de Vera

Cruz

https://g1.globo.com/ba/bahia/noticia/2019/1

0/22/tartarugas-sao-encontradas-mortas-em-

vera-cruz-na-bahia.ghtml

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Grupo de Comunicação

Veículo: G1 Natureza

Data: 22/10/2019

Ao menos 55 elefantes morrem de fome

em meio à seca no Zimbábue

Animais foram encontrados perto de lagos

vazios no Parque Nacional Hwange; forte seca

que atinge o país já dura dois meses.

Por Andrew Harding, BBC

Há indícios de que os elefantes morreram pouco

antes de chegar às poças d'água — Foto: Getty Images/BBC

Ao menos 55 elefantes morreram de fome no

Parque Nacional Hwange, no Zimbábue, nos

últimos dois meses, por causa da grave seca

que atinge o país.

"A situação é desesperadora", diz Tinashe

Farawo, porta-voz da Zimparks, a agência de

administração de parques e vida selvagem do

país. "Os elefantes estão morrendo de fome e

isso é um grande problema."

Em agosto, um relatório do Programa Mundial

de Alimentos, da ONU, relatou que dois

milhões de pessoas estão sob risco de passar

fome no país.

Alguns dos elefantes foram encontrados a 50

metros de lagos vazios — sugerindo que eles

vieram de longe e morreram pouco antes de

chegar às poças d'água.

Farawo diz que os elefantes causaram

"destruição massiva" da vegetação em

Hwange. O parque tem capacidade para 15 mil

elefantes, mas atualmente tem uma população

de mais de 50 mil.

A Zimparks, autoridade que administra os

maiores parques e reservas do país, mas não

recebe fundos do governo, tem tentado cavar

poços, mas faltam recursos, diz Farawo.

Alguns dos animais foram encontrados próximos a poças de água onde os animais vão beber — Foto: Getty Images/BBC

Análise

Seus corpos foram vistos em lagos secos —

foram 55 elefantes mortos só nos últimos dois

meses, vítimas de uma seca que agora

ameaça as vidas das pessoas e da vida

selvagem da mesma forma.

No gigantesco Parque Nacional Hwange, no

Zimbábue, o problema não é só a falta de

chuva, mas a população muito grande de

elefantes. O excesso de animais levou alguns

deles a sair do parque em busca de comida.

No processo, dizem as autoridades, eles já

mataram 22 pessoas em vilarejos neste ano.

Por trás de tudo isso está a questão

monetária: a crise econômica no país significa

que não há recursos para administrar a vida

selvagem corretamente.

Uma solução é vender elefantes para parques

estrangeiros, mas essa prática — muitas vezes

feita de forma questionável — gerou fortes

críticas de especialistas em vida selvagem.

Eles dizem que jovens elefantes foram

separados de suas famílias e enviados para

zoológicos da China com poucas condições de

abrigá-los.

https://g1.globo.com/natureza/noticia/2019/1

0/22/ao-menos-55-elefantes-morrem-de-

fome-em-meio-a-seca-no-zimbabue.ghtml

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Grupo de Comunicação

Veículo: G1 Natureza

Data: 21/10/2019

Biólogos encontram manchas de óleo em

área de peixes-boi no PI após

desaparecimento de animais

Manchas foram encontradas em capim-agulha,

principal alimento de peixes-boi, na Praia da

Lama em Cajueiro da Praia. Projeto ambiental

monitora região para tentar localizar animais.

Por Lucas Marreiros e Catarina Costa, G1 PI

Biólogos do projeto Pesca Solidária

encontraram manchas de óleo cru em capim-

agulha, principal alimento de peixes-boi, na

Praia da Lama, município de Cajueiro da Praia,

a 384 km de Teresina, no Litoral do Piauí. A

área é conhecida como santuário para a

espécie, mas a presença do animal não tem

sido registrada nas últimas semanas.

O material foi entregue à Capitania dos Portos,

que vai encaminhá-lo para análise. A bióloga

Liliana Souza, coordenadora do projeto Pesca

Solidária, explicou que ainda não há indícios

de que o desaparecimento de peixes-boi

esteja relacionado às manchas de óleo que

têm sido encontradas nas praias nas últimas

semanas.

“Essa diminuição da frequência de avistagem

dos animais é algo que sempre acontece nesse

período, devido à alta salinidade, ou outros

fatores. Mas mesmo com essa diminuição

ainda era possível observar animais em um

ponto e não estamos conseguindo mais”,

informou Liana Souza.

Por conta disso, o projeto intensificou o

monitoramento dos bancos de alimentação

dos peixes-bois marinhos no estuário

Timonha/Ubatuba, localizado na divisa dos

estados do Piauí e Ceará. “Estamos verificando

os bancos de alimentação, porque como

encontramos capim-agulha associado ao óleo,

é necessário intensificar isso, pois em alguns

trechos não foi possível mergulhar devido à

turbidez da água”, explicou a bióloga.

De acordo com o Instituto Brasileiro do Meio

Ambiente e Recursos Renovavéis (Ibama), o

peixe-boi é o mamífero aquático mais

ameaçado de extinção, com uma estimativa

populacional de menos de 500 indivíduos ao

longo do litoral norte e nordeste. O

levantamento aponta que a espécie já

desapareceu dos estados do Espírito Santo,

Bahia e Sergipe e é classificada como

‘criticamente em perigo’ de extinção.

Óleo cru foi encontrado em capim-agulha,

principal alimento do peixe-boi, na Praia da

Lama (PI) — Foto: Pesca Solidária da

Comissão Ilha Ativa

Pontos de óleo

Segundo a bióloga, pescadores têm informado

presença de pequenos pontos de óleo em uma

área de manguezal, o que torna as saídas para

avaliação, além de estratégias para fortalecer

as ações de monitoramento e criação de redes

junto aos colaboradores locais necessário para

o trabalho de preservação.

Pescadores relatam manchas de óleo na área de

manguezal no Litoral do Piauí — Foto: Pesca Solidária da Comissão Ilha Ativa

“A informação repassada pela comunidade

agiliza as saídas de campo e possivelmente

constatação da presença ou ausência desse

material, assim como a busca pela solução do

problema. As visitas continuarão para

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Grupo de Comunicação

averiguação dos possíveis impactos causados

pelo óleo”, disse Liliana Souza.

“Pedimos à população que continue atenta às

tais manchas na praia, no mangue ou até

mesmo em animais. Caso encontrem, evitar o

contato direto e informar o mais rápido

possível aos órgãos ambientais”, completou a

bióloga.

Tartarugas mortas

Necropsia confirma presença de óleo em

tartarugas encontradas mortas no Piauí —

Foto: Divulgação/Instituto Tartaruga do Delta

Até o momento não houve registro de peixes-

boi encontrados mortos em praias do Piauí.

Mas uma necropsia realizada pelo Instituto

Tartarugas do Delta confirmou a presença de

óleo em duas tartarugas marinhas que foram

encontradas mortas no Litoral do estado. As

manchas de óleo já atingiram sete praias do

litoral piauiense.

Segundo a Capitania dos Portos, as primeiras

manchas foram encontradas no dia 27 de

setembro na Praia do Arrombado, em Luís

Correia. Foram registradas ocorrências nas

praias: do Arrombado, Coqueiro, Itaqui, Peito

de Moça, Porto da Lama e Atalaia, no

município de Luís Correia; e Pedra do Sal, na

cidade de Parnaíba.

https://g1.globo.com/pi/piaui/noticia/2019/10

/21/biologos-encontram-manchas-de-oleo-

em-area-de-peixes-boi-no-pi-apos-

desaparecimento-de-animais.ghtml

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Grupo de Comunicação

Veículo: G1 Natureza

Data: 21/10/2019

Conheça a ave brasileira que tem o canto

mais alto de um animal já registrado

Parceria entre pesquisadores brasileiros e

americanos mediu volume do canto da

araponga-da-amazônia e descobriu: ele é mais

alto que os berros do bisão-americano ou do

bugio, e um pouco mais baixo que uma

turbina de avião a jato.

Por Evanildo da Silveira, BBC

Araponga-da-amazônia: pássaro não só tem o

canto mais alto já registrado no mundo

animal, como tem 'tanquinho' no abdômen —

Foto: Divulgação/Anselmo D'Afonseca/BBC

Uma pequena ave, com cerca de 30 cm da

ponta do bico à da cauda, pesando em torno

de 220 g (mais ou menos do tamanho de um

pombo urbano) surpreendeu os pesquisadores

que a estudaram recentemente: é o animal

que emite o som mais alto entre todos os que

vivem no planeta — pelo menos dos que se

tem registro.

OUÇA o canto da araponga-da-amazônia

https://g1.globo.com/natureza/noticia/2019/1

0/21/canto-de-ave-que-atinge-125-decibeis-e-

considerado-o-som-mais-alto-do-mundo-

animal-ouca-a-araponga-da-amazonia.ghtml

Trata-se da araponga-da-amazônia (Procnias

albus), espécie comum em Roraima e no Pará,

cujo canto pode atingir 125 decibéis (dB), um

pouco menos que uma turbina de avião a jato,

que chega a 140 dB, mas mais do que um

show de rock (até 120 dB), serra elétrica (110

dB), furadeira (100 dB) e rua com tráfego

intenso (85 dB).

A descoberta foi feita pelos pesquisadores

Mario Cohn-Haft, do Departamento de

Biodiversidade (COBIO) e Coleções Zoológicas

- Aves, do Instituto Nacional de Pesquisas da

Amazônia (Inpa), e Jeff Podos, professor de

biologia da Universidade de Massachusetts e

autor principal do artigo, publicado nesta

segunda (21), na revista científica "Current

Biology".

O trabalho que levou ao achado começou em

2017, quando Cohn-Haft coletou, na Serra do

Apiaú, de 1.500 metros de altitude, no

município de Mucajaí, em Roraima, um

exemplar da araponga-da-amazônia para

estudos.

A captura do pássaro fazia parte de um estudo

da fauna de serras e montanhas isoladas da

Amazônia, que nunca havia sido pesquisada

antes.

"Queríamos ter um exemplar dessa araponga,

para estudar as características especiais da

espécie", explica Cohn-Haft. "Desde aquela

pelanca que ela tem pendurada no bico, que é

muito doido, até as estruturas internas,

algumas delas relacionadas à produção de

sons. Eu esperava encontrar uma siringe, que

é a caixa vocal e parte do aparelho

respiratório, excepcional, bem desenvolvida,

mas não imaginava que ela teria uma

musculatura abdominal tão extraordinária."

Músculos 'de quem malha'

Ele conta que, enquanto dissecava o espécime

coletado, notou que os músculos abdominais,

que em aves são geralmente muito finos, da

espessura de uma folha de papel e que só

servem para segurar os intestinos, eram muito

espessos.

"O bicho é 'tanquinho'", brinca Cohn-Haft. "A

araponga-da-amazônia tem abdominais de

quem malha, ondulados, bem visíveis, com

quase um centímetro de espessura. Isso me

impressionou. Ficou evidente que, junto com a

siringe, também diferenciada nessa espécie, é

uma adaptação para produzir um som muito

alto e forte, sem explodir a barriga."

Depois de constatar isso, ele procurou seu

colega e amigo Podos, que é especialista em

bioacústica e dedica sua carreira a estudar as

adaptações das aves para produzir sons

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Grupo de Comunicação

diferentes e como a estrutura influencia o

canto que o animal pode fazer.

"Eu sabia que ele iria se interessar", conta

Cohn-Haft. "Mandei para ele fotos da

musculatura da araponga-da-amazônia,

dizendo que esse pássaro era incrível. Ele se

empolgou e então elaboramos um projeto em

conjunto, financiado pelo Inpa e Fulbright

Foundation, que tornou possível a vinda dele

ao Brasil e que subíssemos a serra de novo

agora no início deste ano, especificamente

para entender melhor o som da espécie."

A araponga-da-amazônia (Procnias albus) é

comum em Roraima e no Pará — Foto:

Divulgação/Anselmo D'Afonseca/BBC

Podos conta que recebeu uma mensagem do

colega brasileiro perguntando se a

musculatura abdominal da araponga-da-

amazônia seria uma adaptação para cantar

mais alto.

"Respondi que deveria ter algo já conhecido e

publicado a respeito", diz o pesquisador

americano. "Pesquisamos então na literatura e

descobrimos que não havia nenhum estudo

sobre o volume do canto da espécie. É difícil

de acreditar, porque muita gente sabia que

essa ave poderia ter o som mais alto do

mundo. Mas antes de nós, ninguém havia

conseguimos chegar ao lugar onde ela habita

e gravá-lo e fazer uma boa medida dele.

Falamos na hora: nós temos que fazer isso."

Assim, na expedição do início deste ano,

equipados com um decibelímetro,

equipamento usados para medir o volume (ou

amplitude) de sons, eles registraram o quão

alto a araponga-da-amazônia canta.

"Descobrimos que o volume médio emitido

pela espécie é de 117 dB, com um pico de 125

dB", conta Podos.

Segundo ele, é muito difícil fazer comparações

entre volumes de sons de diferentes

emissores, porque a medida depende de

vários fatores, como a distância da fonte, por

exemplo.

"Só é possível comparar com o berro de

alguns animais, que foram medidos por outros

biólogos usando a mesma metodologia e

calibração que empregamos", explica. "É o

caso do bisão-americano (Bison bison), que

chega a 107 dB, e do bugio (Alouatta

guariba), que atinge 104 dB. Portanto, o canto

da araponga-da-amazônia é mais alto do que

o desses mamíferos, o que é incrível, porque

ela é muito menor. Ele também é musical,

então, se eu tivesse que fazer uma

comparação, diria que tem mais ou menos o

volume dos sons mais altos de um trombone

ou de um trompete."

Além do volume do canto e da musculatura

avantajado, os pesquisadores fizeram outra

descoberta inusitada.

Uma araponga-da-Amazônia fêmea; quando

elas estão por perto, eles cantam mais alto —

Foto: Divulgação/Anselmo D'Afonseca/BBC

"Os machos cantam mais alto quanto mais

perto estão das fêmeas", explica Podos.

"Isso é muito esquisito, porque normalmente,

em outras espécies de animais, os sons de

alto volume são usados para transmitir um

sinal a longas distâncias. Isso mostra que

temos de pesquisar mais sobre os sistemas de

comunicação que existem entre os animais na

natureza. Ainda não sabemos por que machos

da araponga-da-amazônia fazem isso. Esta é a

pergunta de um milhão de dólares. Um colega

nosso levantou a hipótese de que é para

incapacitar a fêmea de avaliar outros machos.

É uma ideia muito interessante, mas ainda

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Grupo de Comunicação

não temos nenhum pingo de dados a

respeito."

Por isso, os dois pesquisadores vão continuar

os estudos.

"Vamos nos aprofundar, tentando entender o

que diferencia um macho do outro do ponto da

vista da fêmea", explica Cohn-Haft.

"Além disso, queremos saber como é mesmo a

produção desse som, quais as adaptações, as

estruturas, que tornam possível sua emissão

e, talvez, mais interessante ainda, descobrir

como o volume não danifica a audição nem do

macho que canta e nem da fêmea que ouve

bem de perto. Também pode ter alguma

aplicação prática no futuro, como o

desenvolvimento de equipamentos para

proteção da nossa audição.

https://g1.globo.com/mundo/noticia/2019/10/

21/conheca-a-ave-brasileira-que-tem-o-canto-

mais-alto-de-um-animal-ja-registrado.ghtml

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Data: 22/10/2019

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Grupo de Comunicação

FOLHA DE S. PAULO Painel: Briga no PSL cresce e dirigentes de

outros partidos temem não isolar crise da

agenda da Câmara

Mantenha distância

Dirigentes de partidos de centro e centro-direita

assistiram atônitos aos últimos lances da crise na

legenda de Jair Bolsonaro, com direito nesta

segunda (21) ao anúncio de um acordo seguido

de ruptura em questão de horas. O episódio

começa a criar fraturas para além das fileiras do

PSL. Se antes a briga não colocava em risco

projetos importantes, agora gera dúvidas sobre a

capacidade do comando do Congresso de tocar a

agenda econômica como se nada estivesse

acontecendo ao redor.

Até onde vai

Apesar da disposição do presidente da Câmara,

Rodrigo Maia (DEM-RJ), de tocar as reformas,

por exemplo, dirigentes dizem que há um limite

“para a atuação descolada da realidade e

desprovida de qualquer confiança entre as

partes”.

Tiro no pé

Líderes de siglas alinhadas ao governo dizem que

o embate deu demonstrações claras da

imaturidade e da inabilidade não só dos

deputados do PSL, mas do próprio presidente e

de seus filhos, que atacaram integrantes de

outras legendas em meio ao tiroteio interno.

Tudo ou nada

Aliados de Luciano Bivar, comandante do PSL,

afirmam que o dirigente está decidido a

suspender nesta terça (22) as atividades

partidárias de cerca de 19 deputados do lado

bolsonarista. Assim, ele invalidaria a maior parte

das 28 assinaturas de apoio a Eduardo Bolsonaro

(PSL-SP) como líder da bancada.

Por um fio

A cúpula do partido acredita que pode recuperar

oito deputados que assinaram a lista em apoio ao

filho do presidente, por isso decidiu não puni-los.

Helio Negão (RJ), da tropa de choque de

Bolsonaro, não entrou na mira porque está em

viagem na comitiva presidencial e não pôde ser

notificado.

O caminho

Junto com a esperada suspensão, o PSL planeja

mandar a relação dos punidos para o Conselho

de Ética avaliar sua expulsão. O expurgo

dependerá da aceitação, pelo grupo, de um

acordo que leve a um terceiro nome à liderança

da sigla na Câmara, que não seja nem Delegado

Waldir (PSL-GO) nem Eduardo Bolsonaro.

Rede de intrigas

Integrantes do PSL dizem que Bivar negociou o

acordo que acabaria com a disputa pela liderança

com o general Luiz Eduardo Ramos (Secretaria

de Governo) em uma conversa no viva-voz,

presenciada por aliados, tamanha a

desconfiança.

Força da experiência

A direção de Furnas, que é subsidiária da

Eletrobrás, contratou o ex-ministro Carlos Ayres

Britto para defender a empresa na causa em que

tenta aval do STF para demitir 1.041 funcionários

não concursados.

Força da experiência 2

Em 2016, os sindicatos conseguiram liminar

suspendendo o corte, e a pendenga está nas

mãos de Luiz Fux. As demissões são

consideradas parte do ajuste prévio à

privatização.

Dia de caça

O recorde de alta do Ibovespa fez vibrar

funcionários do BNDES que se negaram a

acelerar a venda das ações do Banco do Brasil

em operação liderada pela Caixa. O episódio

levou à queda de um diretor nomeado pelo

presidente do BNDES, Gustavo Montezano.

E de caçador

A ação do BB bateu R$ 46,40 nesta segunda

(21), acima do valor de venda da oferta pública,

encerrada na semana passada, de R$ 44,05.

Sem limite

Em Salvador, o prefeito ACM Neto (DEM) deu

ordem para não haver restrição orçamentária à

contratação de equipes e de equipamentos para

a retirada de óleo das praias. O grosso da

sujeira, ele diz, foi removido. O trabalho agora

está focado no que chama de limpeza fina, como

a das pedras.

Com sangue

Integrantes do Conselho Nacional do Ministério

Público acreditam que a recusa de Deltan

Dallagnol em tentar uma promoção no MPF

mostra que ele só deixará a coordenação da Lava

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Data: 22/10/2019

59

Grupo de Comunicação

Jato em Curitiba à força. Uma saída honrosa,

como tenta costurar Augusto Aras, procurador-

geral da República, dificilmente ocorrerá.

Visita à Folha

Ricardo Patah, presidente da UGT e do Sindicato

dos Comerciários de São Paulo, visitou a Folha

nesta segunda (21). Estava acompanhado de

Marcos Afonso, diretor de Comunicação da UGT,

e Antenor Braido, consultor de comunicação do

sindicato.

TIROTEIO

O que é prioridade para o país: ministro esticar a

perna no avião ou os cem milhões de brasileiros

sem esgoto?

Do deputado Vinicius Poit (Novo-SP), sobre a

discussão no governo para permitir viagens na

classe executiva e carona em voos oficiais

https://painel.blogfolha.uol.com.br/2019/10/22/

briga-no-psl-cresce-e-dirigentes-de-outros-

partidos-ja-admitem-nao-conseguir-isolar-crise-

da-agenda-da-camara/

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Data: 22/10/2019

60

Grupo de Comunicação

Painel S.A.: Liberação de água do mar

engarrafada incomoda fabricantes da bebida

mineral

Tá com sede?

Fabricantes de água mineral natural preparam

reação contra a iminente chegada da

concorrência de água do mar dessalinizada, que

poderá ser vendida engarrafada. Menos de uma

semana após a Anvisa regulamentar o produto, a

Abinam (associação da indústria de águas

minerais), quer questionar a agência e pedir

consulta pública. A Anvisa diz que publicou a

norma por causa de uma decisão judicial que

exigiu regulamentação do tema e que definiu os

requisitos técnicos com rigor.

Copo

O presidente da Abinam, Carlos Alberto Lancia,

critica a resolução da Anvisa, dizendo que ela

abre caminho a uma regulação mais branda para

a água dessalinizada, com exigência inferior de

padrões de contaminantes.

Garrafa

Lancia aproveita o contexto do vazamento de

óleo no litoral brasileiro para questionar a

qualidade da futura concorrente e também

reclama da definição das embalagens. Para ele, a

diferença entre sua água mineral natural e a

dessalinizada precisará ficar mais explícita.

Lupa

O texto da resolução, que foi antecipado pela

coluna, determina a proporção das letras que vão

indicar a designação do produto nos rótulos.

Segundo a Anvisa, a nova norma define padrões

de segurança compatíveis com os demais

alimentos disponíveis no mercado brasileiro.

Mudança

A agência afirma que suas normas podem ser

revisadas em caso de apresentação de dados

novos.

Escola

A compra da Adtalem pela Yduqs (ex-Estácio),

anunciada nesta segunda (21), deixou ciúmes no

setor. Outros investidores que também estavam

interessados na instituição se queixam por não

terem tido oportunidade de fazer suas propostas

na negociação que foi exclusiva.

Aula

Com marcas como Ibmec e Damásio, a Adtalem

era uma instituição que a maior parte das

grandes empresas do setor poderiam querer

comprar, segundo Carlos Monteiro, presidente da

CM Consultoria. “Eles precisavam vender, e a

operação estava redonda. Era uma questão de

aproximação”, diz Monteiro.

Latinha

A corrente de apoio do setor privado à tragédia

ambiental no mar do Nordeste começa por um

mercado sensível à qualidade das praias: a

indústria cervejeira.

Mutirão

Na quinta-feira (24), cerca de 400 funcionários

da Corona vão parar suas atividades para limpar

praias atingidas em Salvador, Recife e Natal. A

ação tem parceria com a rede Parley for the

Oceans.

Mão de obra

Ainda não há consenso entre os sindicalistas

sobre seu próprio futuro. Interessado em acabar

com a unicidade sindical, o governo tem

conseguido dialogar com algumas das centrais.

Mas não com todas.

Labuta

Na quarta-feira (16), o deputado Lincoln Portela

(PL-MG) protocolou na Câmara um projeto de lei

que ainda defende a unicidade, entre outros

pontos. Ele tem apoio de confederações filiadas

ao FST (Fórum Sindical dos Trabalhadores), que

não abrem mão da questão.

Diálogo

CUT (Central Única dos Trabalhadores), Força

Sindical e UGT (União Geral dos Trabalhadores)

ficaram de fora da elaboração da proposta. Na

semana passada, o secretário de Previdência e

Trabalho, Rogério Marinho, se reuniu com os dois

grupos.

Mulher ao mar

Uma carioca será a primeira comandante mulher

de um navio da Ocyan, antiga Odebrecht Oléo e

Gás. Há nove anos na empresa, ela vai liderar

mais de 120 pessoas na embarcação Norbe 9ª,

com 12 mulheres a bordo.

Sufoco

Cerca de 40% das empresas que buscaram

crédito de longo prazo no primeiro trimestre

precisavam solucionar suas questões com capital

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Data: 22/10/2019

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Grupo de Comunicação

de giro, como pagamento de fornecedores e

funcionários, segundo pesquisa da CNI

(confederação da indústria).

Bolso

É uma distorção, de acordo com a entidade,

causada pelo alto custo e difícil acesso aos

empréstimos. A modalidade devia financiar

investimentos, deixando o capital de giro para

linhas de curto prazo, conclui a pesquisa.

com Filipe Oliveira e Mariana Grazini

Painel S.A.

Jornalista, Joana Cunha é formada em

administração de empresas pela FGV-SP. Foi

repórter de Mercado e correspondente da Folha

em Nova York.

https://www1.folha.uol.com.br/colunas/painelsa/

2019/10/liberacao-de-agua-do-mar-engarrafada-

incomoda-fabricantes-da-bebida-mineral.shtml

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Data: 22/10/2019

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Grupo de Comunicação

Biodiesel ultrapassa R$ 3 e pressiona diesel

nos postos

Alta reflete impactos da guerra comercial entre

EUA e China, dizem produtores

Nicola Pamplona

RIO DE JANEIRO

O preço médio do biodiesel voltou a subir no

segundo leilão promovido pelo governo após o

aumento da mistura obrigatória no diesel de

petróleo. Em dois leilões, a alta acumulada já é

de 32%, pressionando o preço do diesel nos

postos brasileiros.

Em leilão na semana passada, as distribuidoras

de combustíveis compraram 1,06 bilhão de litros

pelo preço médio de R$ 3,075 por litro. Foi a

primeira vez que o valor ultrapassou a casa dos

R$ 3.

Embora a disputa tenha terminado com deságio

de 5,99%, o preço final do leilão é 7,63% mais

alto do que o verificado no leilão anterior, em

agosto, quando o preço já havia tido alta de

22,6%.

Os produtores de biodiesel alegam que a pressão

é fruto de alta no preço internacional do óleo de

soja, principal matéria-prima para a produção no

Brasil, com o aumento da demanda chinesa em

meio à guerra comercial com os EUA.

O movimento ocorre logo após a elevação, de

10% para 11%, do percentual mínimo obrigatório

de adição biodiesel ao diesel vendido nos postos.

A mudança estava prevista para março, mas foi

adiada para o dia 6 de agosto, para que as

montadores fizessem testes da nova mistura.

Antes do aumento da mistura, os preços dos três

primeiros leilões de 2019 situaram-se em torno

dos R$ 2,30.

Para o consultor Luiz Henrique Sanches, a alta

nos leilões pode representar repasse de até R$

0,24 nas bombas. Incluindo o aumento de

agosto, a alta acumulada é de R$ 0,079. Em

agosto, segundo o último relatório do MME

(Ministério de Minas e Energia) disponível, o

biodiesel representava 6,2% do preço final do

diesel.

Entre a semana do penúltimo leilão e a semana

passada, o preço médio do diesel nos postos

subiu 5%, impulsionado também por reajuste de

4,2% promovido pela Petrobras no preço do

diesel de petróleo em 18 de setembro.

A mistura obrigatória de biodiesel ao diesel sobe

um ponto percentual por ano, até atingir 15%

em 2023. Desde agosto, as distribuidoras podem

optar por percentuais maiores, mas os elevados

preços têm mantido as vendas em patamares

mínimos.

Os leilões de compra de biodiesel são realizados

pela ANP a cada dois meses. Os produtores

oferecem lotes do produto respeitando um preço

máximo estabelecido pela agência (R$ 3,271 no

último leilão). As distribuidoras, então, adquirem

os lotes de acordo com suas estratégias

comerciais.

O presidente da Ubrabio (União Brasileira do

Biodiesel e do Bioquerosene), Juan Diego Ferrés,

diz que, além da taxa de câmbio, os preços

atuais sofrem impacto da guerra comercial entre

EUA e China.

A Aprobio (Associação dos Produtores de

Biocombustíveis do Brasil), argumenta que os

preços nos leilões variam também de acordo com

questões logísticas e com a estratégia econômica

das distribuidoras que compram o combustível.

Para o governo, o mercado se encarregará de

ajustar os preços, levando o biodiesel a contribuir

para reduzir o preço final, e não o contrário.

Os produtores afirmam que não há problemas de

oferta no Brasil e que a demanda no leilão foi

inferior à oferta. Segundo a Aprobio, a

capacidade de produção é de 9,1 bilhões de litros

por ano, 3 bilhões a mais do que o consumo

esperado em 2019.

Ferrés diz que os produtores estão preparados

para atender ao crescimento da demanda,

incluindo a mistura de 12%, que começa a valer

em março de 2020.

O MME diz que o programa de incentivo aos

biocombustíveis e a oferta de financiamento ao

setor vão fomentar investimentos na capacidade

de oferta.

https://www1.folha.uol.com.br/mercado/2019/10

/biodiesel-ultrapassa-r-3-e-pressiona-diesel-nos-

postos.shtml

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Data: 22/10/2019

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Grupo de Comunicação

Petrobras vai aumentar preço do gás de cozinha e para a indústria

Reajuste do botijão residencial vai ser de 4,8% a

5,3%

SÃO PAULO

A Petrobras irá reajustar o valor do GLP (gás

liquefeito de petróleo), tanto industrial quanto

residencial (gás de cozinha), a partir desta terça-

feira (22).

O Sindigás (sindicato das distribuidoras)

informou que suas associadas foram

comunicadas pela Petrobras sobre o aumento.

No caso do GLP, os botijões de até 13 kg terão

aumento de 4,8% a 5,3%. O GLP industrial

(embalagens acima de 13 kg) deverá subir entre

2,9% e 3,2%, de acordo com a região.

Ainda de acordo com o Sindigás, o preço do GLP

empresarial e do GLP residencial estão

praticamente iguais. O sindicato afirma que isso

"é um bom sinal para o mercado".

O governo do presidente Jair Bolsonaro acabou,

em agosto, com a política de subsídio na venda

do gás de cozinha que vinha sendo praticada pela

Petrobras. O término se deu por meio de uma

resolução do CNPE (Conselho Nacional de Política

Energética), que se tornará permanente a partir

de março de 2020.

Com o fim da vantagem competitiva da estatal, o

governo considera que concorrentes vão se

mobilizar para importar o GLP, a exemplo do que

fez a Copagas, que passou a importar

diretamente da Bolívia para atender o Mato

Grosso.

Com a resolução, o governo pretende manobrar

37% da composição do preço, incluindo tributos

e margens de lucro na cadeia de produção e

distribuição. Isso deve levar a uma redução de

preço para o consumidor, na avaliação do

governo.

Estimativas iniciais indicam que, com a entrada

de novos competidores, o preço do gás de

cozinha deve cair de R$ 23 na refinaria para

cerca de R$ 16.

A política de redução de preço para os botijões

de 13 kg pela Petrobras vigorava desde 2005 e

foi instituída no governo do ex-presidente Lula

para ajudar as famílias de baixa renda.

No entanto, o ministro considera que essa

política distorceu preços sob o pretexto de ajudar

a baixa renda que hoje paga cerca de R$ 90 por

um botijão de gás.

Dados do ministério mostram que cerca de 70%

do gás de cozinha é vendido em botijões de 13

kg, volume muito acima do que seria consumido

se somente a baixa renda utilizasse esse insumo.

Para o governo, no passado, essa política se

justificava porque a diferença entre o preço do

gás produzido internamente e o importado era

grande. Hoje, essa diferença seria de cerca de

5%.

https://www1.folha.uol.com.br/mercado/2019/10

/petrobras-vai-aumentar-preco-do-gas-de-

cozinha-e-para-a-

industria.shtml#targetText=Reajuste%20do%20

botij%C3%A3o%20residencial%20vai,8%25%20

a%205%2C3%25&targetText=A%20Petrobras%

20ir%C3%A1%20reajustar%20o,ter%C3%A7a%

2Dfeira%20(22).

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Data: 22/10/2019

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Grupo de Comunicação

Salles usa vídeo editado para criticar

Greenpeace e discute com políticos

ONG respondeu à publicação com conteúdo

original; ministro também discutiu com

governador da Bahia e deputada federal

Matheus Moreira

SÃO PAULO

Nos últimos dias, o ministro do Meio Ambiente,

Ricardo Salles, discutiu com figuras públicas e

ONGs ambientais sobre as ações do governo

federal frente à crise das manchas de óleo no

Nordeste.

Nesta segunda (21), o ministro ironizou um vídeo

do Greenpeace em que um porta-voz da ONG

responde à pergunta “Por que o Greenpeace não

está nos locais atingidos ajudando na limpeza?”.

“O Greenpeace ‘explicou’ porque não pode ajudar

a limpar as praias do Nordeste... ahh tá…(sic)”,

escreveu Salles.

O vídeo utilizado pelo ministro para criticar a

suposta ausência de voluntários da ONG em

grupos de limpeza de praias do Nordeste foi

editado e parte foi retirada. O vídeo completo

tem cerca de três minutos, dos quais mais da

metade não aparece na montagem compartilhada

pelo ministro.

Na versão original, publicada na sexta-feira (18),

o porta-voz do Greenpeace explica que há

voluntários trabalhando junto com instituições

governamentais para limpar as praias afetadas.

Além disso, a ONG também cita voluntários no

Maranhão e Ceará que estariam colhendo

depoimentos de moradores e registrando em foto

e vídeo os locais afetados.

A ONG respondeu à publicação: “Durante o final

de semana um dos nossos vídeos foi cortado e

editado para tirar de contexto uma fala do nosso

porta-voz sobre as manchas de óleo. O corte foi

publicado pelo ministro e respondemos

mostrando a realidade. No lugar de agir de forma

concreta, Ricardo Salles prefere culpar ONGs

como o Greenpeace. O ministro mente e espalha

falácias sobre a atuação de ONGs, como vimos

nas queimadas na Amazônia, como forma de

desviar a atenção da sua própria inação e

incompetência.”

A deputada federal Sâmia Bomfim (PSOL-SP)

também escreveu ao ministro no Twitter. Ela

disse que Salles não tem cumprido suas

obrigações e estaria tentando “botar a culpa nos

outros”. Salles respondeu à deputada: “Vc é que

não tem vergonha. Mas deveria ter, e muita, pois

o petróleo que está atingindo o Nordeste e o

Brasil, é venezuelano, cujo governo ditatorial

comunista vocês apoiam (sic).”

No sábado (19), o ministro já havia discutido

com o governador da Bahia, Rui Costa (PT), após

o petista cobrar que o governo federal se

manifestasse sobre ações para a contenção do

óleo que atinge as praias do Nordeste.

“Já foram removidos mais de 155 toneladas

deste material, entretanto precisamos de um

posicionamento e de resoluções do Governo

Federal, através da Marinha e do Ibama, que são

os responsáveis pelo cuidado com o oceano, mas

continuam em silêncio”, escreveu Costa.

Salles respondeu ao governador dizendo ter ido

pessoalmente à Bahia e visto fuzileiros navais,

agentes do Ibama e equipes municipais

trabalhando na limpeza das praias, mas afirma

não ter encontrado pessoas ligadas ao governo

estadual.

Costa rebateu e disse que Salles não estaria

trabalhando, mas apenas tirando fotos. “De

helicóptero realmente não tinha como ver. Fazer

foto e dizer que trabalhou é muito fácil. Deixe de

fazer política e trabalhe.”

O governador ainda cobrou o ministro sobre as

investigações acerca da responsabilidade pelo

surgimento do óleo.

Na sexta-feira (18), o MPF (Ministério Público

Federal) entrou com uma ação contra a União

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Data: 22/10/2019

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Grupo de Comunicação

por omissão no desastre das manchas de óleo no

Nordeste. A Procuradoria pedia que, em 24

horas, fosse colocado em ação o Plano Nacional

de Contingência para Incidentes de Poluição por

Óleo em Água.

Segundo o MPF, trata-se do maior desastre

ambiental da história no litoral brasileiro em

termos de extensão.

Para a Procuradoria, a União está sendo omissa

por protelar medidas protetivas e não atuar de

forma articulada na região atingida pelos

vazamentos. "Tudo que se apurou é que a União

não está adotando as medidas adequadas em

relação a esse desastre ambiental que já chegou

a 2.100 quilômetros dos nove estados da região",

diz a ação.

A ação pedia multa diária de R$ 1 milhão caso

fosse descumprida a implementação do plano.

A Justiça Federal do Sergipe reconheceu no

domingo (20), após a União apresentar sua

resposta à ação do MPF, que o plano de

contingência foi colocado em prática no início de

setembro.

No sábado (19), a Folha revelou que o governo

Bolsonaro extinguiu, em abril, dois comitês que

integravam o plano de ação de incidentes com

óleo.

Nesta segunda-feira, o número de locais afetados

pelo óleo chegou a 200.

https://www1.folha.uol.com.br/ambiente/2019/1

0/salles-usa-video-editado-para-criticar-

greenpeace-e-discute-com-politicos.shtml

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Grupo de Comunicação

Óleo chega a Morro de São Paulo, 3º maior

destino turístico da Bahia

Equipes da prefeitura e voluntários trabalham na

remoção do material

João Pedro Pitombo

SALVADOR

Um dos principais destinos turísticos da Bahia, a

praia de Morro de São Paulo, município de Cairu

(176 km de Salvador) foi atingida por grandes

manchas de óleo na madrugada desta terça-feira

(22).

As manchas, parte delas com cerca de 50

centímetros de extensão, começaram a chegar à

faixa de areia por volta de 2h, atingindo

principalmente a segunda e a terceira praias.

É o primeiro registro de óleo em maior

quantidade em praias ao sul de Salvador. Neste

fim de semana, manchas foram identificadas em

Itacaré e Ilhéus, sul da Bahia, mas em

quantidade pequena.

Desde a madrugada, equipes da secretaria

municipal de Desenvolvimento Sustentável e da

secretaria especial do Morro, além de

voluntários, trabalham na remoção do material.

Além de Morro de São Paulo, o óleo também

atingiu outras duas praias do município de Cairu,

que é um arquipélago formado por 26 ilhas.

Foram registradas manchas --em fragmentos

menores-- na praia de Cueira, na ilha de

Boipeba, e na praia Ponta do Quadro, na vila de

Garapuá. Voluntários e servidores da prefeitura

também trabalham nos dois locais.

A região é considerada sensível do ponto de vista

ambiental e abriga a Área de Proteção Ambiental

das Ilhas de Tinharé e Boipeba.

Também é uma região de forte apelo turístico. A

praia de Morro de São Paulo é o terceiro destino

mais procurado da Bahia, perdendo apenas para

Salvador e Porto Seguro. Com cerca de 10 mil

habitantes, a vila chega a receber 400 mil

turistas durante a alta temporada, entre

novembro e março.

Em nota, a prefeitura de Cairu informou que já

estava monitorando as praias do arquipélago e

seguiu estratégias do plano de emergência

ambiental, obedecendo às recomendações do

Ibama (Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e

dos Recursos Naturais Renováveis).

Os materiais necessários para limpeza e os

equipamentos de proteção dos envolvidos neste

processo também foram adquiridos

antecipadamente, informou a prefeitura.

Equipes do Grupo de Avaliação e

Acompanhamento, formado por Marinha do

Brasil, além de órgãos ambientais federais e

estaduais, chegam ao município nesta terça para

mensurar os danos causados.

Nas últimas duas semanas, o óleo voltou a

chegar às praias com mais força na Bahia,

Sergipe, Alagoas e Pernambuco.

A praia de Carneiros, considerada a joia turística

do litoral sul pernambucano, amanheceu coberta

de óleo nesta sexta-feira (18). O local é um dos

mais procurados pelos turistas de várias partes

do país.

Um dia antes, o material chegou à praia e à área

de proteção ambiental de Maragogi, no litoral

norte de Alagoas.

O petróleo também cobriu nesta semana a praia

de Japaratinga, que já havia sido afetada no

início de setembro. No local, há um projeto de

conservação para proteção do peixe-boi, espécie

ameaçada de extinção.

Em Sergipe, 17 praias e oito rios foram atingidos

pelas manchas. Apenas em Aracaju, foram

recolhidas 231 toneladas de óleo.

Na Bahia, o óleo atingiu esta semana 11 praias

de Salvador, incluindo pontos turísticos como o

Farol da Barra. Até as 18h desta sexta-feira, 90

toneladas de óleo haviam sido recolhidas na

capital.

Na quinta-feira (17), manchas foram registradas

em praias na Ilha de Itaparica, marcando a

entrada o óleo na baía de Todos-os-Santos.

https://www1.folha.uol.com.br/ambiente/2019/1

0/oleo-chega-a-morro-de-sao-paulo-3o-maior-

destino-turistico-da-bahia.shtml

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Data: 22/10/2019

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Grupo de Comunicação

'Governo não vai gastar um minuto com

polêmica', diz Salles em visita ao litoral de

PE

Ministro voltou a dizer que o óleo que atingiu 201

praias nordestinas é venezuelano

João Valadares

RECIFE

Em visita-relâmpago ao litoral sul de Pernambuco

nesta terça-feira (22), o ministro do Meio

Ambiente, Ricardo Salles, voltou a dizer que o

óleo que atingiu 201 praias nordestinas nos nove

estados da região é venezuelano. Salles afirmou

que o governo federal não vai gastar tempo para

polemizar ou politizar a questão.

“Nosso trabalho é técnico, nosso trabalho é de

dedicação, remoção e identificação do óleo desde

o início da crise que afeta todo o Nordeste. Nós

não gastamos nem um minuto em polemizar ou

politizar esse assunto”, afirmou.

Salles desceu de helicóptero na praia de

Itapuama, litoral sul do estado. A visita durou

aproximadamente dez minutos. Ele destacou o

trabalho de militares do Exército, da Marinha e

de servidores do Ibama, ICMBio, de prefeituras e

voluntários. “Nós sabemos que o óleo é

venezuelano, mas a investigação é no sentido de

como esse óleo chegou na costa brasileira”,

declarou.

Ele participa nesta manhã de uma reunião na

Capitania dos Portos, no centro da cidade. Os

ministros da Defesa, Fernando Azevedo e Silva, e

o comandante da pasta do Desenvolvimento

Regional do Brasil, Gustavo Canuto, também

devem chegar a Pernambuco nesta terça.

Nesta segunda-feira (21), dia em que o ministro

da Justiça, Sérgio Moro, visitou o estado para

detalhamento de um programa de combate à

violência, o governador de Pernambuco, Paulo

Câmara, disse que o governo federal trata no

improviso a questão do óleo que afeta a costa

nordestina.O ministro Ricardo Salles não entrou

em contato com o governador e nem divulgou

oficialmente sua agenda.

Fermando Azevedo e Silva e Gustavo Canuto

comunicaram oficialmente a vinda ao estado. O

governador deve se encontrar com o ministro da

Defesa no fim da manhã e com Canuto no

período da tarde.

O ministro da Defesa autorizou o reforço de

5.000 militares da 10ª Brigada de Infantaria

Motorizada, sediada no Recife, nas ações

desenvolvidas para minimizar a poluição

ocasionada pelas manchas de petróleo. O

Ministério do Desenvolvimento Regional

comunicou ontem que vai disponibilizar

equipamentos de proteção individual para as

pessoas que atuam na limpeza das praias.

“É o maior acidente ambiental da história do

Brasil e não pode ser e não pode ser tratado,

depois de 50 dias, da forma improvisada como a

gente está vendo nos dias de hoje”, criticou,

nesta segunda-feira, Paulo Câmara.

Ele disse esperar que, após determinação da

Justiça Federal em Pernambuco, o governo Jair

Bolsonaro ponha em funcionamento o Plano

Nacional de Contingenciamento para Incidentes

de Poluição por Óleo.

Câmara fez ainda um clamor para que o governo

federal tenha um trabalho mais focado com o

objetivo de que as manchas sejam contidas ainda

na água.

A cobrança do governador foi feita logo após

participação em um evento, no município de

Paulista, no Grande Recife, ao lado do ministro

da Justiça, Sergio Moro, para detalhamento do

programa Em Frente Brasil.

As manchas de óleo que atingem o litoral

nordestino desde o dia 30 de agosto voltaram

com força a Pernambuco e Alagoas desde a

quarta-feira (16) da semana passada.

Na quinta-feira (17), o governo de Pernambuco

conseguiu capturar uma tonelada de óleo, em

São José da Coroa Grande, litoral sul do estado,

antes de chegar à areia da praia.

Nesta sexta-feira (18), a praia dos Carneiros, joia

do litoral pernambucano, amanheceu coberta por

óleo. Um mutirão, que envolveu mais de 500

pessoas, incluindo donos de pousadas,

pescadores e servidores do estado e da

prefeitura, removeu o material.

No fim de semana, a mancha avançou ainda mais

e as praias de Serrambi, Toquinho, Pontal de

Maracaípe, Cupe, Muro Alto, em Ipojuca, e

Itapuama e Suape, no Cabo de Santo Agostinho,

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Grupo de Comunicação

acabaram afetadas pelo petróleo. O óleo invadiu

o estuário de quatro rios pernambucanos e o

manguezal de Suape.Nesta segunda-feira (21), a

mancha chegou até a praia de Itapuama e do

Paiva, também no Cabo de Santo Agostinho.

A grande preocupação agora é de que o material

chegue à praia de Boa Viagem, no Recife. A

prefeitura está mobilizada e planejou uma grande

operação para retirada do material. Neste

domingo, a Marinha informou que, até o

momento, cerca de 900 toneladas do material

tinham sido retiradas do litoral. Foram

contaminados 2.250 km da costa litorânea

nordestina. O dano pode prejudicar o trabalho de

144 mil pescadores e marisqueiros que

sobrevivem do mar e dos rios.

https://www1.folha.uol.com.br/ambiente/2019/1

0/governo-nao-vai-gastar-um-minuto-com-

polemica-diz-salles-em-visita-ao-litoral-de-

pe.shtml

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Grupo de Comunicação

Marca de cerveja vai parar sua equipe para

limpar praias atingidas pelo óleo

Corona libera seus colaboradores de áreas

litorâneas para mobilização em parceria com o

IBAMA

Giovanna Reis

SÃO PAULO

A cerveja Corona, junto à Parley for the Oceans,

promove na quinta-feira (24) uma mobilização

geral para retirar petróleo de três paraísos

nordestinos afetados pelo vazamento na costa

brasileira.

A marca vai parar seus times de vendas nas

cidades litorâneas do Nordeste para somar

esforços nesse mutirão, conduzido junto com

equipes de empresas parceiras e o IBAMA.

As praias que receberão o mutirão serão

definidas pelo órgão ambiental e a escolha

priorizará as que se encontram em situação mais

sensível, além de analisar as condições da maré

no dia.

“Diante deste desastre ambiental que atinge

nossas praias, vimos que precisávamos nos

movimentar ainda mais. Mais do que engajarmos

nossos times para ajudar na limpeza, queremos

espalhar essa mensagem, para que todos

possam se inspirar e se juntar à causa”, afirma

Bruna Buás, diretora de marketing da Corona.

Em parceria com o IBAMA, as empresas

relembram a importância de que a população não

faça a limpeza do óleo sem apoio técnico, pois os

materiais expostos podem apresentar risco à

saúde. A seguir, algumas dicas de prevenção à

situação do vazamento.

A indicação inicial é evitar ir às praias afetadas,

muito menos nadar e praticar esportes aquáticos

nos locais com o resíduo.

Evite contato direto com o produto. Não recolha

o material poluente sem equipamentos de

proteção. O recolhimento deve atender a

protocolos orientados pelos órgãos de proteção

ambiental.

Se encontrar algum animal ferido ou em contato

com o com óleo, não recolha o animal, ligue para

a Polícia Ambiental (190).

https://www1.folha.uol.com.br/empreendedorsoc

ial/2019/10/marca-de-cerveja-vai-parar-sua-

equipe-para-limpar-praias-atingidas-pelo-

oleo.shtml

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Sem verbas, cientistas brasileiros buscam

bolsas em Portugal

Número de pesquisadores do Brasil que se

candidataram a bolsas mais do que dobrou entre

2018 e 2019

Giuliana Miranda

LISBOA

Em meio aos sucessivos cortes de financiamento

à ciência no Brasil, cada vez mais pesquisadores

brasileiros têm apostado nos programas de

fomento à pesquisa de Portugal. Após um período

de austeridade econômica, o país europeu

aumentou os investimentos em ciência e

tecnologia nos últimos três anos.

Dados da FCT (Fundação para a Ciência e a

Tecnologia) compilados a pedido da Folha

indicam que a quantidade de brasileiros

pleiteando --e conseguindo-- bolsas de pós-

graduação em Portugal disparou nos últimos

anos.

Em 2016, apenas três brasileiros tiveram bolsa

aprovada pelo órgão, que é o principal

instrumento público de financiamento à pesquisa

em Portugal. "Até setembro de 2019, o número

subiu para 62. Uma alta de 1.966%.

O número total de brasileiros se candidatando às

bolsas mais do que dobrou em um ano: foram

185 em 2018 e 388 em 2019.

O número, no entanto, pode ser ainda maior,

uma vez que pessoas com dupla cidadania

portuguesa ou de outro país da União Europeia

muitas vezes não estão contabilizadas na

categoria de brasileiros.

Além da FCT, várias universidades também

dispõem de bolsas próprias, muitas delas

ocupadas por brasileiros, que formam com folga

a maior comunidade de alunos estrangeiros no

país europeu (cerca de 32% dos estudantes

internacionais).

Já no Brasil, o governo federal anunciou uma

série cortes a verbas para ciência. Uma das

principais agências de fomento, o CNPq

(Conselho Nacional de Desenvolvimento

Científico e Tecnológico) afirmou que não

financiará novos pesquisadores em 2019.

Aluna de doutorado na Universidade do Minho,

no Norte do país, a brasileira Lina Moscoso diz

que o fato de ter uma bolsa de pesquisa

portuguesa acabou ampliando o escopo de sua

pesquisa, focada em mídias alternativas do

Brasil, de Portugal e da Espanha.

"Acho que estar na Europa abre mais o leque [da

pesquisa]. Talvez, se eu estivesse no Brasil,

tivesse feito só sobre o Brasil, até porque o país

tem uma diversidade enorme", diz. "Eu incluí

Portugal na investigação porque estou aqui. É um

país que está começando a despertar para isso

[mídias alternativas], há um crescimento. No fim

foi bom eu ter incluído Portugal também, porque

dá fazer um comparativo importante. Enriqueceu

meu trabalho", diz.

Com um trabalho na área de engenharia

ambiental, a carioca Maria Mayrinck tem uma

bolsa de pesquisa no Cima (Centro de

Investigação Marinha e Ambiental) da

Universidade do Algarve, onde finaliza o

mestrado.

A instituição, que foi a segunda no país a aceitar

o Enem (Exame Nacional do Ensino Médio) como

forma de ingresso para a graduação, atingiu em

2019 a marca de 10% de seus estudantes

oriundos do Brasil.

"Acho que a bolsa internacional ajuda a

diversificar a pesquisa. No meu caso, a ideia é

internacionalizar ao máximo as informações que

eu trago da minha experiência no Brasil", diz.

Em nota, a FCT destacou o aumento de

estrangeiros fazendo pesquisa em Portugal. "Um

'ecossistema' favorável de promoção e de

partilha de conhecimento permitiu a Portugal

atrair recursos humanos qualificados, pelo que os

investigadores estrangeiros representam já cerca

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Grupo de Comunicação

de 10% do total. A ciência apenas tem a ganhar

com o multiculturalismo e intercâmbio cultural e

profissional de pessoas altamente qualificadas,

como são os membros da comunidade científica",

diz a instituição.

Quem opta por uma bolsa portuguesa enfrenta

um processo que pode ser burocrático, demorado

e caro. A parte mais complicada, segundo os

bolsistas, é a validação dos diplomas brasileiros.

O concorrido processo seletivo para as bolsas de

pós-graduação leva em conta o currículo

acadêmico dos candidatos. Por isso, para

conseguir uma boa pontuação e ter chances de

obter o financiamento, é fundamental ter a

graduação validada. E é aí que começam os

obstáculos.

Embora a lei portuguesa tenha sido alterada para

diminuir a burocracia, diversos estudantes

relatam demora além do prazo legal de 180 dias

para a finalização do processo. Os custos da

documentação podem ultrapassar os 300 euros

(cerca de R$ 1.300).

"Não é uma maravilha. É um processo que tem

muitas dificuldades e é demorado", avalia Maria

Mayrinck.

A doutoranda Lina Moscoso tem a mesma

opinião. "O processo é longo e é preciso estar

preparado. Fiquei um semestre inteiro à espera

do resultado. Fui aprovada em março, recebi o

resultado em julho e só comecei a receber em

abril do ano seguinte", compara.

Para a ex-presidente da SBPC (Sociedade

Brasileira para o Progresso da Ciência) Helena

Nader, a saída de pesquisadores, principalmente

de doutorado e pós-doutorado, pode er impactos

na ciência produzida no Brasil.

"Já dá para falar em fuga de cérebros", avalia.

"Só que mais grave do que a fuga de cérebros é

a fuga do brasileiro da ciência, dos jovens

talentosos que acham que já não dá para fazer

pesquisa no Brasil. Isso é muito sério", diz.

Nader chama a atenção também para o fato de

que, ao contrário das bolsas do governo

brasileiro, as verbas estrangeiras não exigem que

os pesquisadores retornem ao país após os

estudos. "Muitos vão para não voltar."

https://www1.folha.uol.com.br/ciencia/2019/10/

sem-verbas-cientistas-brasileiros-buscam-bolsas-

em-portugal.shtml

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Mônica Bergamo: PSL de Bivar negocia

nome de consenso para liderança

O critério seria indicar deputado que não tenha

se envolvido em agressões e xingamentos na

crise do partido

A ala do PSL ligada ao presidente do partido,

Luciano Bivar, segue disposta a negociar com os

parlamentares leais a Jair Bolsonaro em busca de

um nome de consenso para liderar a bancada de

deputados na Câmara. As tratativas devem

continuar nesta terça (22).

NA PAZ

O critério é que o deputado —ou a deputada—

escolhido não tenha participado das brigas e

xingamentos em que lideranças e dirigentes se

envolveram na semana passada.

NA GUERRA

Por essa régua, Eduardo Bolsonaro (PSL-SP) e o

deputado Delegado Waldir, que protagonizaram

os embates mais ferozes, estariam vetados.

FREIO

A deputada federal Joice Hasselmann (PSL-SP)

seguiu perdendo seguidores nas redes sociais

depois da crise no PSL —mas a debandada

arrefeceu.

FREIO 2

No dia 17, ela perdeu 71 mil seguidores que

curtiam sua página no Facebook. Já entre o

domingo (20) e a segunda (21), 8 mil pessoas

descurtiram o perfil.

AMOR E ÓDIO

Uma das postagens dela na semana passada

chegou a ter 22 mil reações de “raiva”. O recorde

de “love”, com corações, foi de 4.220, segundo

monitoramento da consultoria Arquimedes.

TSUNAMI

A afirmação de Lula de que o PT precisa ter

candidatos próprios a prefeito na principais

cidades do país é uma reviravolta na política que

a legenda estava adotando até agora, de formar

frentes, abrindo mão da cabeça de chapa.

E AGORA, PT?

O PT está sem candidato, por exemplo, em Porto

Alegre, Florianópolis, Curitiba, Salvador e Rio de

Janeiro.

Em Belo Horizonte havia dúvida e até em São

Paulo se falava em aliança.

EU VOLTEI

Se Lula sair da prisão até o fim do ano, e o

partido lançar candidatos petistas, ele poderá

aparecer como grande estrela em todos os

programas eleitorais dos principais municípios —

defendendo o PT e a si mesmo.

TAPETE VERMELHO

As atrizes Julia Stockler, Fernanda Montenegro e

Carol Duarte (da esq. para a dir.) estão no elenco

do filme “A Vida Invisível”, que teve pré-estreia

na sexta (18), no Theatro Municipal de SP.

AMPULHETA

O Podemos de SP, presidido por Mario Covas

Neto, recebeu denúncia de um filiado que pede a

expulsão do deputado Marco Feliciano (Pode-SP).

E abriu prazo para que ele se defenda.

AMPULHETA 2

Entre as acusações estão as de que Feliciano

enfraquece “a candidatura [presidencial do

senador] Alvaro Dias” ao aparecer como possível

“vice na chapa de Bolsonaro” em 2022.

RUMO

“Ele de fato está um pouco na contramão do

partido, que mantém posição de independência

em relação ao governo”, diz Covas Neto.

DE LONGE

Feliciano, que acompanha o presidente Jair

Bolsonaro na viagem à Asia, não foi localizado

para comentar.

É DE CASA

Gina Dent, Alyne Andrade, Preta Ferreira, Angela

Davis, Carmen Silva e a deputada Erica

Malunguinho se reuniram no domingo (20), na

casa de Carmen; a americana foi visitar as

líderes dos sem-teto, que foram soltas

recentemente e cumprem medida cautelar.

É PIQUE

O compositor Jards Macalé deu de presente para

o Teatro Oficina, em ocasião dos 61 anos do

teatro, o show “Besta Fera”, que ocorre na

próxima segunda-feira (28). O dinheiro

arrecadado com a venda dos ingressos será

destinado à campanha de reestruturação do

teatro.

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Grupo de Comunicação

PÁGINAS

A editora Arqueiro contratou o novo livro do

escritor britânico Ken Follett, que tem

lançamento previsto para 2020. O título

provisório é “O Crepúsculo e a Aurora”.

À MESA

A chef Carla Pernambuco recebe a chef patissier

curitibana Karyne Iancóski para uma aula de

confeitaria nesta quarta (23), no Estúdio Carla

Pernambuco, em SP. Com o tema “Os doces que

amamos”, serão ensinadas três receitas: o bolo

chocólatra, uma torta de limão com frutas

vermelhas e um bolo clássico de morangos.

TELONA

O cantor e ator Seu Jorge esteve na sessão

especial do filme “Abe”, do diretor Fernando

Grostein Andrade, no sábado (19), no Theatro

Municipal de SP. O ator Gero Camillo, o jornalista

Juca Kfouri, o produtor Caio Gullane e o ex-

secretário da Fazenda de SP Andrea Calabi

também compareceram.

CURTO-CIRCUITO

Joyce Didonato se apresenta com a orquestra Il

Pomo d’Oro pela Cultura Artística. Nesta terça

(22) e quarta (23), na Sala São Paulo.

Estreia nesta terça (23), no Espaço Itaú de

Cinema da Frei Caneca, o documentário “Chorão:

Marginal Alado”. Às 22h10.

O livro “Um Olhar na História - 110 Anos da

Imigração Japonesa no Brasil” será lançado na

quarta (23), na Japan House São Paulo.

Mônica Bergamo

Jornalista e colunista.

https://www1.folha.uol.com.br/colunas/monicabe

rgamo/2019/10/psl-de-bivar-negocia-nome-de-

consenso-para-lideranca.shtml

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Grupo de Comunicação

A abelha insone

Uma canetada quebrou o recorde de liberação de

agrotóxicos em um mesmo ano

Olheiras de cor violeta se aprofundavam embaixo

de seus cinco olhos. Se a rotina de uma abelha

operária já é intensa, que dirá a de uma abelha

cujo trabalho é investigar o misterioso

desaparecimento de suas companheiras.

Desde que perdeu Janete, sua melhor amiga, a

abelha não consegue dormir, tentando entender

a motivação por trás daquele crime brutal. Janete

não tinha inimigos, nunca botou uma criança

para correr no parquinho, era incapaz de fazer

mal a alguém.

A descoberta de casos semelhantes em outras

colônias chegou a levantar a hipótese de um

assassino em série, mas era algo muito pior. Não

estamos falando de três, quatro, cinco abelhas

desaparecidas. Meio bilhão de abelhas foram

mortas no Brasil, apenas em 2019.

A investigação tomou rumos apocalípticos. A

abelha achou que estava delirando de cansaço,

quando avistou, pela primeira vez, o anjo da

morte. Era um monomotor que rasgava o céu,

deixando para trás uma garoa letal, capaz de

transformar qualquer plantação em um desastre

de Tchernóbil.

Protegida por uma máscara de gás, a abelha

conseguiu coletar a arma (química) do crime:

uma amostra do pesticida à base de Fipronil, um

produto fatal para polinizadores, proibido na

Europa há mais de uma década.

Em busca de respostas, a abelha se infiltrou em

uma intrincada rede de operações, composta por

fazendeiros, fiscais e autoridades. No Dia

Nacional das Abelhas, ela estava à paisana em

um gabinete do Ministério da Agricultura, quando

uma simples canetada quebrou o recorde de

liberação de agrotóxicos em um mesmo ano.

De volta à colmeia e munida de um extenso

documento —o Dossiê Janete—, nossa

investigadora procura a abelha rainha, apresenta

as provas do massacre e sugere uma greve

geral, quem sabe até um enxame em Brasília.

Do conforto de sua bolha regada à geleia real, a

abelha rainha não faz ideia do que é o mundo lá

fora. Ela insiste que tudo aquilo não passa de

teoria da conspiração. Os homens não seriam tão

burros, precisam das abelhas para polinizar seus

alimentos. E chega a citar um deles, Albert

Einstein: “Se as abelhas desaparecessem da face

da terra, a humanidade teria apenas mais quatro

anos de existência”.

Exausta, a abelha se recolhe aos seus aposentos.

Pela primeira vez em muito tempo, ela acaba

caindo no sono, embalada pela certeza de que os

culpados vão provar do próprio veneno e Janete,

cedo ou tarde, será vingada.

Manuela Cantuária

Roteirista e escritora, faz parte da equipe do

canal Porta dos Fundos

https://www1.folha.uol.com.br/colunas/manuela-

cantuaria/2019/10/a-abelha-insone.shtml

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ESTADÃO Um leilão de energia melhor que o esperado

A maior usina contratada foi a de Barcarena, no

Pará, movida a gás, que será assumida por um

consórcio norueguês e americano

O Estado de S.Paulo

Se há uma iniciativa em que o governo Bolsonaro

vem obtendo excelentes resultados, este é o caso

dos leilões de infraestrutura, entre os quais os de

energia, como o promovido há pouco pela

Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) e

pela Câmara de Comercialização de Energia

Elétrica (CCEE). Trata-se do Leilão de Geração A-

6, que movimentou R$ 44 bilhões em contratos e

deverá assegurar investimentos de R$ 11 bilhões

para aumentar o fornecimento de eletricidade por

20 anos a 30 anos, a partir de 2025. A maior

usina contratada foi a de Barcarena, no Pará,

movida a gás, que será assumida por um

consórcio norueguês (Golar) e americano (fundo

Stopeak e Evolution Power Plants).

Os projetos negociados vão propiciar oferta

adicional de 1.702,5 MW médios de garantia

física e de 2.979,1 MW de potência instalada,

sabendo da diferença que há entre a potência

contratada e a energia efetiva produzida. O preço

médio da energia que será oferecida pelas 91

empresas vencedoras do certame A-6 foi de R$

176,09 por MWh, o que significa um deságio de

39,5% em relação aos preços-teto estabelecidos

pela Aneel.

Embora nem todos os empreendimentos tenham

despertado interesse, os montantes do leilão

superaram em muito a expectativa das

autoridades. Foram contratados 27 projetos

hidrelétricos, entre eles usinas, pequenas

centrais (PCHs) e centrais geradoras, 44 usinas

eólicas e 11 usinas solares fotovoltaicas, além de

9 usinas térmicas, das quais 6 movidas a

biomassa e 3 movidas a gás.

O leilão permitirá reduzir o custo da energia para

distribuidoras e consumidores finais. O diretor-

geral da Aneel, André Pepitone, fala numa “nova

realidade” com “menos subsídios cruzados e cada

fonte de energia sendo competitiva”.

Com o certame, evidencia-se a melhor

distribuição geográfica da oferta de energia: 26

projetos serão instalados na Bahia, 14 no Rio

Grande do Norte e 11 em Santa Catarina.

Entre as distribuidoras mais interessadas na

energia nova oferecida estão a Light e a Cemig,

num sinal de confiança na retomada da economia

e na demanda de energia. O presidente do

Instituto Acende Brasil, Cláudio Sales, considerou

o leilão agressivo e muito competitivo.

O êxito do leilão prenuncia bons ventos para o

esperado programa de privatização de

distribuidoras estaduais, que trará benefícios

fiscais

https://opiniao.estadao.com.br/noticias/editorial-

economico,eletrobras-preparada-para-a-

privatizacao,70003056380

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Integração é chave de produção sustentável

Integração Lavoura-Pecuária-Floresta da

Embrapa torna propriedade rural modelo

Tânia Rabello, O Estado de S.Paulo

Uma propriedade rural com rotatividade

constante de atividades na mesma área, que está

sempre em produção, garantindo renda o ano

todo, produtividade acima da média e qualidade

do solo, das águas e do meio ambiente. Assim

poderia ser definida a Fazenda Santa Brígida, em

Ipameri (GO), propriedade de Marize Porto

Costa. Ali são produzidos eucalipto, soja e milho

na safra de verão; milho, sorgo e girassol na

colheita de inverno; além de bovinos de corte.

Tudo em 5 mil hectares, sendo 2,5 mil próprios e

2,5 mil arrendados.

O eucalipto foi plantado há dez anos e dá

madeira com cortes a cada sete anos, além de

proporcionar sombra para o gado; os grãos,

colhidos em duas safras anuais, representam

mais uma fonte de renda; e o pasto, cultivado

entre os renques de eucalipto,

concomitantemente com a soja e o milho de

verão, garante alimento para os bovinos assim

que as lavouras são colhidas, num sistema

harmônico e sucessivo.

Marize Porto adotou em sua propriedade uma

técnica preconizada pela Empresa Brasileira de

Pesquisa Agropecuária (Embrapa), denominada

Integração Lavoura-Pecuária-Floresta (ILPF).

Essa tecnologia tem sido importante para

recuperar pastagens degradadas no País –

calcula-se que haja 80 milhões de hectares de

pastos deteriorados nos campos brasileiros – e

uma alternativa sustentável e intensiva de uso da

terra.

A produtora conta que quando assumiu a

propriedade, em 2006, havia dois problemas:

endividamento e solos degradados, infestados

por cupinzeiros. “Fizemos as contas e vi que a

recuperação da área da forma tradicional seria

cara e, naquele momento, economicamente

inviável”, diz. “Procurei a Embrapa e eles me

sugeriram a integração lavoura-pecuária (ILP),

que me pareceu bastante inteligente, pois a

agricultura subsidia a recuperação da pastagem.”

Ela começou plantando soja e semeando pasto

na mesma área, concomitantemente. “O

resultado foi muito positivo. Colhemos os grãos,

pagamos as contas e o pasto estava lá,

reformado e pronto para receber os animais”,

relata. Atualmente, em 3 mil hectares, ela

mantém agricultura (com duas safras anuais),

em 1,5 mil hectares, pecuária (com pasto

entremeado na área de grãos), e em 250

hectares, o eucalipto.

Aquecimento

A ocupação intensiva do solo por meio da ILPF

vai além da maior lucratividade da Fazenda

Santa Brígida. Esse pacote tecnológico contribui

também para reduzir o aquecimento global.

“Diversos pesquisadores já realizaram trabalhos

aqui e a conclusão é que a propriedade reduz em

55% as emissões de gases de efeito estufa,

quando comparados a sistemas convencionais,

além do sequestro e fixação de 5 toneladas de

gás carbônico equivalente por hectare/ano”,

relata a produtora.

Não à toa, essa tecnologia vem sendo difundida

pela Embrapa como contribuição para o Brasil

atingir suas metas de redução das emissões,

dentro do Acordo de Paris. De acordo com o

pesquisador em Mudança de Clima da Embrapa

Solos, Renato Aragão Ribeiro Rodrigues, que

também é presidente do Conselho Gestor da

Rede ILPF, “o País criou o Plano de Agricultura de

Baixa Emissão de Carbono (Plano ABC), do qual a

ILPF é uma das tecnologias”. “E, no âmbito do

Acordo de Paris, o Brasil vem trabalhando a ILPF

como a principal tecnologia de produção de

alimentos, com mitigação das emissões e

adaptação à mudança do clima.”

Atualmente, segundo o Instituto Brasileiro de

Geografia e Estatística (IBGE), a área com ILPF

no Brasil – considerando-se todas as suas

variáveis, como ILP, ILF e ILPF – soma 15

milhões de hectares. Um crescimento expressivo

se se considerar que em 2005 a área

correspondia a menos de 2 milhões de hectares,

diz Rodrigues. “Essa evolução demonstra a

eficácia das políticas públicas e o engajamento

dos produtores na busca de soluções

sustentáveis de produção”, ressalta o

pesquisador. Essa área total já quase alcançou a

meta sugerida pelo Brasil para reduzir as

emissões de gases do efeito estufa.

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Grupo de Comunicação

Restauração

O País comprometeu-se a restaurar 15 milhões

de hectares de pastagens e adotar, em 5 milhões

de hectares, sistemas integrados, como a ILPF,

até 2030. Mas o pesquisador comenta que a

perspectiva de crescimento da área agricultável

ocupada com ILPF no Brasil seja de mais de 20

milhões de hectares até 2030. “Chegaríamos,

portanto, a 35 milhões de hectares com a

tecnologia”, diz Rodrigues. “É muito importante

destacar que a ideia é que esse crescimento seja

todo feito em áreas de pastagens degradadas ou

pouco produtivas, sem a necessidade de abertura

de novas áreas de floresta. O desmatamento

zero é uma questão de importância vital para

posicionar o país como a grande potência

agrícola e ambiental do planeta.”

Para Rodrigues, a ILPF pode ser considerada um

sistema de produção de alimentos, fibras e

energia extremamente sustentável. “Ela promove

ganhos econômicos, sociais e ambientais, como

redução da erosão, aumento da matéria orgânica

do solo e conservação da sua estrutura,

conservação de água, aumento do conforto

térmico para os animais, redução do uso de

agrotóxicos, aumento do estoque de carbono,

mitigação das emissões de gases do efeito

estufa, adaptação do sistema aos impactos da

mudança do clima, entre outros”, relaciona o

pesquisador.

https://economia.estadao.com.br/noticias/geral,i

ntegracao-e-chave-de-producao-

sustentavel,70003058841

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Grupo de Comunicação

Bruno Covas quer R$ 1 bilhão extra para

tocar obras em SP

Prefeito pede autorização da CVM para antecipar

receita com projeto para Faria Lima; oposição vê

interesse eleitoral

Bruno Ribeiro, O Estado de S.Paulo

SÃO PAULO – Contando com receita extra de

pelo menos R$ 1 bilhão, o prefeito Bruno Covas

(PSDB) pediu autorização da Comissão de

Valores Mobiliários (CVM) para liquidar os

estoques de áreas que podem receber

construções da Operação Urbana Faria Lima, a

mais valorizada de São Paulo. Na prática, a

Prefeitura está autorizando o mercado imobiliário

a adensar ainda mais a região da avenida da

zona oeste com novos arranha-céus.

Somados, esses prédios terão uma área

equivalente a 200 mil metros quadrados

construída além dos limites de verticalização

vigentes em São Paulo. Em troca, a Prefeitura

garantirá agora uma receita que estava prevista

para entrar nos cofres públicos na próxima

década – a ideia era que a operação se

estendesse até 2025.

Com a verba, Covas pretende financiar a

urbanização da favela Coliseu, ao lado do

Shopping JK, e reformar a Avenida Santo Amaro,

na zona sul, obras que já estão licitadas.

Também planeja um novo pacote de ações que

inclui uma ciclopassarela sobre o Rio Pinheiros,

estimada em R$ 70 milhões. A iniciativa é vista

como uma forma de Covas, que pretende

disputar a reeleição em 2020, minimizar críticas

de que sua administração não teria uma “marca”.

A oposição a Covas na Câmara ataca o

encerramento da operação antes do prazo,

dizendo que haverá favorecimento eleitoral.

Urbanistas ressaltam que postergar essa ação

poderia render, no futuro, uma arrecadação

maior do que renderá agora. São argumentos

que os técnicos da Prefeitura contestam.

“Mais um gesto eleitoreiro do prefeito atendendo

à vontade do mercado imobiliário de comprar

Cepacs (os títulos imobiliários que permitem

essas obras) a preço baixo”, disse o vereador

Antonio Donato (PT).

O presidente do diretório paulistano do PSDB,

vereador João Jorge, negou o objetivo eleitoreiro.

“A cidade já está um canteiro de obras, só não vê

quem não quer.”

Autorização

Operação Urbana é um programa em que a

Prefeitura autoriza que se construa mais do que o

permitido pela Lei de Zoneamento em uma

determinada região. Para isso, as construtoras

precisam comprar um título imobiliário, chamado

Certificado de Potencial Adicional Construtivo

(Cepac). A verba obtida com esse título financia

obras de urbanismo na mesma região. É uma

forma de o mercado custear o desenvolvimento

urbano.

Cada Cepac dá direito a uma metragem

específica. Por exemplo: se a empresa quer

construir um prédio de 1.500 metros quadrados

de área, mas no terreno só se pode construir

1.100 metros, ela precisa comprar um número de

Cepacs suficientes para se construir 400 metros

quadrados excedentes.

Em 2004, foi definido que a Operação Faria Lima

poderia emitir Cepacs suficientes para se

construir 1,3 milhão de metros quadrados e que

esse estoque seria consumido até 2025. Os

Cepacs são vendidos na Bolsa de Valores. O valor

final é definido no leilão. Quem oferece mais,

leva. O valor inicial será de R$ 6.500 por título.

A emissão desses títulos é um pedido formal do

Secovi, o sindicato que representa as

incorporadoras que trabalham na cidade. Ao

Estado, o vice-presidente da entidade, Ricardo

Yazbek, disse que, depois de anos de vendas

baixas, o mercado imobiliário voltou a investir.

“Há demanda agora”, afirmou.

Entretanto, a arquiteta e urbanista Lucila Lacreta,

do Movimento Defenda São Paulo, disse que, ao

lançar tantos títulos de uma única vez, o valor

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Grupo de Comunicação

das vendas não será tão alto quando poderia ser.

O último leilão, feito em 2017, ofertou cerca de

40 mil Cepacs, e apenas 9 mil foram vendidos,

sem ágio.

A Prefeitura não respondeu ao Estado. Auxiliares

de Covas sustentam que o melhor momento para

venda é agora, quando o mercado mostrou

interesse.

https://politica.estadao.com.br/noticias/geral,bru

no-covas-quer-r-1-bilhao-extra-para-tocar-

obras-em-sp,70003058904

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Grupo de Comunicação

As discussões sobre a Lei Geral do

Licenciamento Ambiental

Hélio Gurgel Cavalcanti*

Uma Lei Geral pode passar a ideia de que se

trata de uma lei que irá esgotar toda a previsão

do que se pretende regulamentar. Sob a ótica da

legística, ciência que trata da elaboração das leis,

o processo legislativo brasileiro é intrincado e

cheio de surpresas. Eis que de repente, depois de

muito se discutir, o anteprojeto a ser

encaminhado, este passou por modificações

unilaterais e houve reveses em pontos já

discutidos e aprovados.

É sempre bom lembrar que a Lei deve ter um

caráter de permanência, muito mais em nosso

País, onde se admite que existam leis que pegam

e as que não pegam. E se dependesse de leis e

papéis, o Brasil, que tem uma das mais

avançadas legislações ambientais do mundo,

onde se menciona que haja milhares de normas,

seria um exemplo de proteção da natureza.

E se existe ainda uma grande parte natural que

ainda não foi devastada, se deve muito mais à

falta de gente e recursos para avançar no

desmatamento do que da proteção das leis. É

fato, e vejamos. Uma das mais antigas normas

legais de proteção ambiental no Brasil é o

Regimento do Pau Brasil.

Datado de 12 de dezembro de 1605 e assinado

por El Rey D. Felipe III, fazia necessária uma

licença para o corte do pau-brasil, sob pena de

morte e confisco de bens para os infratores. Deu

no que deu. Muito recentemente uma equipe de

qualificação cientifica, todos integrantes da

academia, publicou, com o apoio da acreditada

Associação Brasileira de Avaliação de Impacto

(ABAI) uma substantiva Nota Técnica intitulada

Proposta de Lei Geral do Licenciamento

Ambiental.

Ali é contida uma análise crítica e propositiva do

Projeto de Lei à luz das boas práticas

internacionais e da literatura cientifica. Essas

discussões em torno do Projeto de Lei têm levado

os organismos a promoverem fóruns, seminários

e a participar ativamente da análise do

anteprojeto, buscando enriquecê-lo com

elementos técnicos e coerentes.

Salienta-se que a Ordem dos Advogados do

Brasil (OAB) promoveu em seu Conselho Federal

alentada discussão que trouxe a lume a opinião

de expressivos conhecedores do direito ambiental

e operadores pragmáticos do ambientalismo no

Brasil.

Nesse encontro, presente como ouvinte, tive a

oportunidade de acompanhar a exposição da

Senadora Kátia Abreu sobre o agronegócio

brasileiro, possivelmente a área mais afetada

pelas novas disposições. Percebi na discussão da

OAB um ambiente de sintonia entre os

debatedores, ainda que não concordem entre si,

mas de ponderações racionais que devam

construir esse importante momento legislativo

ambiental pelo qual passamos.

Não se deve ter dúvidas de que o agronegócio é

a espinha dorsal da economia brasileira e assim

deve continuar desenvolvendo. O que não se

pode é confrontar o agroprodutor de maneira

irracional e misturar tudo num mesmo nível,

quando em todas as categorias existem

diferenças. E do outro lado, não se pode rotular

de ambientalistas extremados a todos os que se

debruçam sobre a análise dessas questões. Esse

discurso é antigo, confunde e somente posterga

soluções.

O momento é de uma análise percuciente, sob o

risco de se perder uma grande oportunidade de

criar condições de coexistir o agronegócio e a

preservação ambiental, que não são antagônicas

como se quer criar a imagem. E que o

parlamento somente paute a aprovação desse

importante Projeto de Lei quando houver o

máximo de consenso possível.

Hélio Gurgel Cavalcanti é titular da unidade de

Direito Ambiental do escritório Martorelli

Advogados*

https://politica.estadao.com.br/blogs/fausto-

macedo/as-discussoes-sobre-a-lei-geral-do-

licenciamento-ambiental/

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Grupo de Comunicação

A legislação e os adicionais de

periculosidade e insalubridade

Adriana Barreto*

A decisão proferida pelo Tribunal Superior do

Trabalho sentenciou que a cumulação dos dois

adicionais não é permitida. Por sete votos a seis,

a Subseção 1 Especializada em Dissídios

Individuais (SDI-1) do Tribunal Superior do

Trabalho em deliberação recente absolveu uma

empresa da condenação de pagamento dos

adicionais referentes a periculosidade e

insalubridade cumulativamente. O entendimento

majoritário foi o de que o parágrafo 2º do artigo

193 da CLT veda a acumulação, ainda que os

adicionais tenham fatos geradores distintos.

São consideradas atividades perigosas, na forma

da regulamentação aprovada pelo Ministério do

Trabalho e Emprego, aquelas que, por sua

natureza ou métodos de trabalho, impliquem

risco acentuado em virtude de exposição

permanente do trabalhador a substâncias

inflamáveis, como por exemplo, explosivos ou

energia elétrica. O adicional é correspondente a

30% sobre o salário-base do trabalhador.

Já atividades insalubres são aquelas que expõem

os empregados a agentes nocivos à saúde, acima

dos limites legais permitidos. Para a

caracterização de insalubridade, o empregado

deve estar exposto, em caráter habitual e

permanente, a agentes nocivos à saúde, como

químicos, ruídos, exposição ao calor, poeiras,

entre outros que podem causar o acometimento

da saúde.

Apesar do requisito da permanência ser

importante, a submissão intermitente do

empregado a condições insalubres não afasta,

por si só, o direito ao recebimento do adicional. O

empregado receberá, além do salário normal, um

adicional correspondente à insalubridade,

calculado em 40%, 20% ou 10% sobre o salário

mínimo da região, conforme o grau de

insalubridade, sendo que o nível pode ser

mínimo, médio ou máximo. Nesse passo,

enquanto o adicional de insalubridade (10 a

40%) é pago sobre o salário mínimo, o adicional

de periculosidade (30%) é pago sobre o salário-

base do empregado.

No artigo 7º inciso XXIII da Constituição Federal

de 1988, estão previstos os dois adicionais. O

Art. 7º São direitos dos trabalhadores urbanos e

rurais, além de outros que visem à melhoria de

sua condição social: XXIII – adicional de

remuneração para as atividades penosas,

insalubres ou perigosas, na forma da lei. O artigo

193 da CLT estabelece que o trabalhador poderá

optar pelo adicional de insalubridade que

porventura lhe seja devido.

Vale ressaltar, que o salário mínimo permanece

como base de cálculo para o adicional de

insalubridade e para o adicional de periculosidade

o cálculo é realizado pelo salário-base.

*Adriana Barreto, é coordenadora do jurídico

cível e trabalhista do Roncato Advogados.

https://politica.estadao.com.br/blogs/fausto-

macedo/a-legislacao-e-os-adicionais-de-

periculosidade-e-insalubridade/

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Com avanço de mancha, Pará e Espírito

Santo já monitoram praias

No Estado do Norte, governo encontrou vestígios

de óleo, mas descarta ser o mesmo que já

atingiu 200 pontos do Nordeste

Gilberto Amendola, O Estado de S. Paulo, Felipe

Goldenberg e Milena Teixeira,, especiais para o

Estado

SÃO PAULO - Com o avanço da mancha de óleo

por todo o Nordeste, Espírito Santo e Pará

intensificaram o monitoramento de suas praias

na tentativa de rastrear uma eventual chegada

do poluente a outras regiões. O governo

paraense chegou a encontrar vestígios de óleo

em uma praia no nordeste do Estado, mas

descarta ser o mesmo que já atingiu pelo menos

200 pontos da costa brasileira desde o início de

setembro.

No Pará, o óleo foi achado na Praia de Beja, na

cidade de Abaetetuba. O governo concluiu ser um

material diferente do que foi visto no Nordeste

após sobrevoo de helicóptero por cerca de 360

quilômetros nesta segunda-feira, 21, em que não

foi vista nenhuma mancha em alto-mar.

Conforme a Secretaria Estadual de Meio

Ambiente, para que o óleo atingisse Beja,

precisaria vir com a maré do Maranhão e

percorrer toda a costa atlântica antes de chegar

a Abaetetuba.

No Rio Gurupi, na divisa entre Pará e Maranhão,

também não foi encontrado óleo. Segundo a

pasta, a hipótese mais provável é que tenha sido

o resultado de um vazamento de uma

embarcação no local. O óleo está sendo analisado

para que o tipo de barco seja conhecido.

Embora o óleo não seja o mesmo do Nordeste, o

governo do Pará garante que está monitorando a

situação nos outros Estados.

Governo capixaba já montou comitê de crise

Após o óleo surgir em mais praias do litoral

baiano, o governo do Espírito Santo entrou em

estado de atenção nesta segunda e fez nova

reunião com órgãos ambientais federais, como

Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos

Recursos Naturais Renováveis (Ibama) e

Instituto Chico Mendes de Conservação da

Biodiversidade (ICMBio), além da Capitania dos

Portos, para discutir um plano de emergência.

A preocupação do governo capixaba é que as

correntes marítimas se movimentem em direção

ao Estado, o que poderia levar o resíduo para o

Sudeste. A Secretaria de Meio Ambiente e

Recursos Hídricos de Espírito Santo informou que

o Comitê de Preparação da Crise, em parceria

com Marinha, Ibama e ICMBio, vai discutir "ações

preventivas", mas não detalhou as medidas.

Ainda de acordo com o governo capixaba, será

marcada reunião com as prefeituras de

Conceição da Barra, São Mateus e Linhares - na

divisa com a Bahia - para "unificação de

informações e de ações preventivas".

Até agora, duas praias baianas foram atingidas

nas cidades de Itacaré: Itacarezinho e Tiritica,

conforme a Marinha. O órgão diz ainda que pelo

menos 1,5 kg de óleo foi retirado do local. Já em

Ilhéus, foram retirados 2 kg de material

petrolífero das Praias de Acuípe, Cururupe e

Olivença e Sirihyba, segundo o vice-prefeito da

cidade, José Nazal (Rede).

"Não teve muito óleo, mas o pessoal que surfa na

praia encontrou, sim. Pelo menos dois quilos

foram retirados de lá", disse.

A Marinha não confirmou essa informação.

Enquanto o Espírito Santo se previne para a

chegada da mancha, a Universidade Federal do

Rio de Janeiro (UFRJ) tenta descobrir a origem do

óleo. Conforme o pesquisador Luiz Paulo Assad,

essa informação é essencial para prever a

quantidade e a velocidade do material que se

movimenta pelo oceano - assim, seria possível

prever se a mancha também chegará à costa

fluminense.

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Grupo de Comunicação

O pesquisador explica que não é possível

observar a mancha em alto-mar porque ela está

na "subsuperfície", ou seja, de 0 a 10 metros

abaixo d’água.

"Só conseguimos enxergá-lo quando chega

próximo à costa", afirmou. "Os ventos e os

movimentos hidrodinâmicos podem propiciar que

a mancha chegue, sim, mais para baixo

(Sudeste), mas não é possível afirmar com

certeza", disse Assad.

Questionada, a prefeitura do Rio afirmou que

"entrará em contato" com o Estado para

monitorar a situação. Já o Instituto Estadual de

Meio Ambiente disse, em nota, que o Ibama

informou não ter sido identificada nesta segunda

nenhuma mancha com chance de chegar ao Rio e

que o monitoramento está mantido.

O órgão ambiental estadual disse ainda ter um

Plano de Contingência Institucional, que abrange

o cenário de surgimento de óleo em praias, e que

se encontra no estágio de vigilância.

Procurado, o Ibama não se manifestou nesta

segunda.

https://sustentabilidade.estadao.com.br/noticias/

geral,com-avanco-de-mancha-para-e-espirito-

santo-ja-monitoram-praias,70003059051

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Palmeiras plantadas na década de 1960 dão

flores pela 1ª vez no Rio

São milhares de minúsculas florzinhas em tons

de amarelo que surgem apenas uma vez,

normalmente quando tem de 40 a 70 anos

Roberta Jansen, O Estado de S.Paulo

RIO - Um raríssimo espetáculo da natureza está

em exibição, simultaneamente, em dois pontos

da cidade do Rio: no Aterro do Flamengo, na

zona sul, e no Sítio Roberto Burle Marx, em Barra

de Guaratiba, zona oeste. Palmeiras plantadas na

década de 1960 pelo pioneiro do paisagismo

brasileiro estão dando flor pela primeira e única

vez em sua existência. A florada poderá ser vista

até o início do ano que vem, quando as árvores

morrerão.

A Palmeira Talipot (Corypha umbraculifera) é

nativa do sul da Índia e do Sri Lanka. Ela pode

chegar a 30 metros de altura e tem folhas de até

cinco metros de diâmetro. Mas o que chama mais

atenção na planta é a sua inflorescência (a parte

onde se localizam as flores), considerada a maior

dentre todas as espécies conhecidas do mundo.

São milhares de minúsculas florzinhas em tons

de amarelo que surgem apenas uma vez,

normalmente quando a palmeira tem de 40 a 70

anos de idade.

Flores só aparecem quando a palmeira tem de 40 a 70 anos

de idade Foto: WILTON JUNIOR/ESTADAO

“Isso depende do local do plantio, do clima, do

solo, da insolação”, explica o biólogo e paisagista

Marlon da Costa Souza, chefe da divisão técnica

do sítio Roberto Burle Marx. “Em seu local de

origem, ela costuma florescer aos 70 anos, mas,

aqui no Brasil, a floração ocorre mais cedo.”

As mudas de Talipot foram trazidas ao Brasil e

plantadas no Aterro e no sítio pelo próprio Burle

Marx. Alguns outros exemplares já tinham

florescido no sítio e no Aterro há cerca de 20

anos.

“Quando cheguei ao Rio pela primeira vez, todas

essas árvores do Aterro estavam sendo

plantadas”, conta o advogado Austrógio Vieira,

de 72 anos, que se mudou para a cidade no

mesmo ano da inauguração do parque, em 1965,

e na manhã desta segunda-feira, 21, fazia fotos

das palmeiras. “Vim aqui fazer uma foto delas

para guardar e mostrar para os meu netos; elas

são lindas, maravilhosas mesmo.”

Todo o processo de florescer, frutificar e maturar

leva cerca de um ano.

“Como ela só floresce uma vez na vida, a sua

estratégia de sobrevivência é que praticamente

todos os seus frutos são viáveis”, afirma Souza.

Quando todos os frutos finalmente tiverem caído

no chão – o que deve acontecer até maio de

2020 – a palmeira definha até a morte. Os

frutos, no entanto, tendem todos a gerar novas

palmeiras, renovando o ciclo da natureza

https://brasil.estadao.com.br/noticias/rio-de-

janeiro,palmeiras-plantadas-na-decada-de-1960-

dao-flores-pela-primeira-vez-no-

rio,70003058864

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Tropa vê tarefa de limpar óleo das praias

como responsabilidade comunitária

Presidente em exercício Hamilton Mourão

anunciou nesta segunda-feira, 21, o uso das

Forças Armadas para a limpeza

Roberto Godoy, O Estado de S.Paulo

Foi boa a primeira reação da tropa do Comando

Nordeste, eventualmente envolvida na missão de

apoio à recuperação das praias atingidas pelas

manchas de óleo, como anunciou o presidente

em exercício Hamilton Mourão nesta segunda-

feira, 21. Para um oficial da 10ª Brigada de de

Infantaria Motorizada, de Recife, a primeira a ser

mobilizada para esse compromisso , o trabalho é

parte das extensões comunitárias das forças

armadas, "uma tarefa parecida, embora mais

ampla, com a do provimento da infraestrutura

das eleições ou do apoio nas campanhas de

vacinação", disse ao Estado.

O militar considera, sim, "um desvio de função",

outro tipo de operação, como o envio de efetivos

para guarnecer presídios e revistar celas de

presos rebelados, atribuição recebida com

desagrado em 2017. O uso do Exército na

emergência ambiental vai empregar até 5 mil

homens e mulheres, mais equipamentos --

veículos e máquinas pesadas, provavelmente da

área de engenharia. É um esforço diferente, por

exemplo, do combate aos focos de incêndio na

floresta amazônica, em agosto, quando o

Ministério da Defesa teve de reagir depressa

diante de uma decisão inesperada do governo.

Os militares receberam instrução básica para

enfrentar o fogo de grandes proporções na mata

tropical.

Na área operacional dos três comandos --

Marinha, Exército e Aeronáutica -- o fator de

irritação é decorrente da sensação de que as

forças podem ser destinadas para todo tipo de

ação, da repressão ao tráfico multinacional de

drogas ao controle dos oito complexos de favelas

do Rio de Janeiro; um deles, o da Maré, com

cerca de 130 mil habitantes. Orientados pela

regra da disciplina e da fidelidade à hierarquia,

os militares tratam de cumprir as ordens.

Entretanto, nem sempre dispõem dos recursos,

preparo e treinamento adequados.

O ministro da Defesa, Fernando Azevedo e Silva,

visita nesta terça-feira, 22, e na quarta, 23, o

litoral atingido pelo derramamento de petróleo

em Pernambuco e na Bahia. O mapa da onda

negra somava até essa segunda 65 ocorrências

graves em praias de 9 estados do nordeste.

https://sustentabilidade.estadao.com.br/noticias/

geral,tropa-ve-tarefa-de-limpar-oleo-das-praias-

como-responsabilidade-comunitaria-das-forcas-

armadas,70003058850

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VALOR ECONÔMICO Actis coloca Echoenergia à venda

A gestora de “private equity” Actis colocou à

venda uma de suas companhias de geração de

energia, a Echoenergia

A gestora de “private equity” Actis colocou à

venda uma de suas companhias de geração de

energia, a Echoenergia. O Valor apurou que a

gestora contratou o Credit Suisse para

assessorá-la na negociação com potenciais

compradores. A empresa é avaliada em cerca de

R$ 6 bilhões, considerando as ações e a dívida.

A Echoenergia tem 973 megawatts (MW) de

capacidade de geração de energia eólica, sendo

700 MW em operação e o restante em

construção. Suas dívidas são de cerca de R$ 2,5

bilhões, concentradas no BNDES e BNB e uma

pequena parte em debêntures. A Actis é uma

gestora britânica que investe principalmente na

América Latina, Ásia e África, e tem a energia

entre suas principais áreas de atuação - já

aplicou mais de US$ 6 bilhões no setor.

https://valor.globo.com/impresso/noticia/2019/1

0/22/actis-coloca-echoenergia-a-venda.ghtml

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Data: 22/10/2019

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Grupo de Comunicação

Petroleiras têm foco menor em prospecção

Diante da menor participação da Petrobras nos

leilões mais recentes de óleo e gás, as petroleiras

estrangeiras avançaram

Diante da menor participação da Petrobras nos

leilões mais recentes de óleo e gás, as petroleiras

estrangeiras avançaram. Desde a retomada das

grandes rodadas de licitações da ANP,

conseguiram abocanhar dois terços da área da

costa brasileira licitada. A pulverização na

exploração, contudo, não foi acompanhada por

investimentos dos grupos internacionais na

prospecção de muitas das novas fronteiras

marítimas - regiões sobre as quais há pouca

informação geológica. Essa falta de interesse

levanta o debate sobre quais empresas irão

desbravar novas áreas, protagonismo que foi da

Petrobras por décadas.

https://valor.globo.com/impresso/noticia/2019/1

0/22/petroleiras-tem-foco-menor-em-

prospeccao.ghtml

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Nióbio, grafeno e lítio interessam a

japoneses

Expectativa brasileira é que etanol de segunda

geração também seja alvo do país asiático

Empresas japonesas têm grande interesse em

investir mais no Brasil em minérios raros,

conhecidos como “supercommodities”, como

nióbio, grafeno e lítio, indicam fontes em Tóquio.

O embaixador brasileiro no Japão, Eduardo

Saboia, confirma o forte interesse asiático e diz

que os dois países aprofundam a cooperação

para produção e uso de grafeno e nióbio,

resultado de tratativas dos governos e das

empresas dos dois lados, e de missão de

pesquisadores brasileiros ao Japão.

No caso do nióbio, a principal empresa no setor é

a Companhia Brasileira de Metalurgia e

Mineração (CBMM). Ela detém 76% do comércio

global desse metal usado para aumentar as

propriedades dos aços afim de garantir a

fabricação de automóveis mais leves, de

tubulações mais seguras para o transporte de

gás, e de infraestrutura e construção civil mais

segura e sustentável. Um consórcio japonês-

coreano, liderado pela japonesa Sojitz, pagou

US$ 1,95 bilhão em 2011 por 15% na empresa.

A Toshiba tem parceria com a CBMM para

produção de baterias automotivas de recarga

ultrarrápida, considerado um novo nicho para a

ampliação da demanda mundial de nióbio. O

plano é produzir baterias com alta densidade

energética e recarga ultrarrápida, duas

necessidades atuais da indústria automotiva

diante da procura crescente por veículos elétricos

que usam baterias recarregáveis. A aplicação do

nióbio viabiliza baterias mais seguras e duráveis

e com tempos recordes de recarga, segundo

CBMM. A Toshiba pretende iniciar a fase de

homologação e pré-comercialização com as

montadoras no começo de 2021.

Com relação ao grafeno, é considerado uma das

commodities que poderão revolucionar a

indústria tecnológica como um todo por sua

resistência, leveza, transparência, flexibilidade e

ótimo condutor de eletricidade. E os negócios

nesse segmento no Brasil não tardarão a ocorrer,

segundo fontes.

Quanto ao lítio, também usado para baterias de

carros elétricos, a Mitsui investiu US$ 30 milhões

neste ano numa área que é explorada no Brasil

pela Sigma Lithium Resources. Em troca, vai

receber 25% da produção inicial de 220 mil

toneladas por ano.

Além disso, o Japão passa por uma transição de

sua matriz energética para uma composição mais

limpa. A expectativa brasileira é que o país possa

ter papel importante nisso. Por exemplo, o etanol

de segunda geração, desenvolvido atualmente no

Brasil, é considerado mais eficiente, ainda menos

poluente e ser mais apto aos novos modelos de

automóveis com propulsão elétrica.

https://valor.globo.com/brasil/noticia/2019/10/2

2/niobio-grafeno-e-litio-interessam-a-

japoneses.ghtml

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Data: 22/10/2019

89

Grupo de Comunicação

Para especialistas, falta transparência na

apuração de vazamento de óleo

Pesquisadores, ambientalistas e artistas afirmam

que não há transparência nas ações do governo

federal na investigação e na operação de

contenção e limpeza do óleo que atinge 131

praias de 61 municípios dos nove Estados do

Nordeste brasileiro e causa impactos

socioambientais de dimensão ainda

desconhecida. O governo, porém, nega as

acusações de atraso e inépcia.

Uma carta aberta assinada por 81 entidades

ambientalistas e 110 pesquisadores, artistas,

políticos, professores e outros profissionais será

protocolada hoje nos ministérios do Meio

Ambiente e Energia, na Marinha, na Presidência

da República e na Agência Nacional do Petróleo.

“Pedimos que seja dada mais transparência ao

caso, que já afeta tantas populações locais ao

longo do litoral nordestino”, diz a carta, que

repudia “o caráter sigiloso das informações”.

O relatório que a Petrobras enviou ao Ibama, e

que teria afirmado que o óleo não é brasileiro,

não é público. O Valor pediu acesso ao

documento e a assessoria de imprensa da

Petrobras informou que está sob sigilo.

Consultado, o ministro do Meio Ambiente Ricardo

Salles disse que o relatório foi enviado ao Ibama

“como confidencial e assim está sendo tratado”.

Salles acrescentou: “Não sou eu que classifico o

documento”.

“A desgraça que aconteceu revela o desastre que

a política ambiental se tornou no Brasil”, diz

Alexander Turra, professor do Instituto

Oceanográfico da Universidade de São Paulo.

Turra lembra que o óleo afetou 14 unidades de

conservação federais, seis estaduais e uma

municipal.

“Os impactos não estão sendo analisados de

forma sistemática. Há registros de organismos

mortos nas praias mas os efeitos do desastre nas

comunidades ou no ecossistema nem sequer

estão sendo medidos”, segue Turra, responsável

pela cátedra Unesco para sustentabilidade dos

oceanos.

“A descontinuidade administrativa política

quebrou a ligação com práticas e politicas

públicas que estavam muito bem integradas no

MMA e que foram desmobilizadas”, segue Turra.

Ele se refere ao fato de as comissões que

deveriam dar concretude ao Plano Nacional de

Contingência para incidentes de poluição por óleo

em águas sob jurisdição nacional (PNC) foram

destituídas com o decreto do governo do primeiro

semestre que desmontou conselhos nos

ministérios criados em gestões anteriores.

“Outro aspecto crítico é o que isso sinaliza”,

continua. “Hoje o licenciamento ambiental não

vai bem, mas o marco legal está sendo revisto e

podemos ter uma piora.”

“O PNC já era ruim, quase uma carta de

intenção”, diz a pesquisadora do Instituto

Oceanográfico Leandra Gonçalves. Ela lembra

que o PNC não define de onde vêm os navios,

boias de contenção e os recursos financeiros e

humanos para conter, limpar e monitorar os

impactos de um desastre desta magnitude.

“Agora, contudo, todas as informações são

desencontradas.”

Segundo Leandra, “a sociedade está muito

perdida. Com a falta de coordenação por parte do

MMA quem começou a limpar foram as

comunidades, as prefeituras, os voluntários”. A

bióloga segue: “Isso mostra o quanto o Brasil

está vulnerável em uma situação de crise tão

emergencial como esta”.

O ministro Salles rebate. “O plano está

funcionando desde o começo de setembro”, disse

ao Valor. “Tem 1.500 homens do Ibama e da

Marinha trabalhando. Nenhuma praia fica limpa

no mesmo dia”, continua. “Não tem nenhum

lugar só com voluntário”, segue o ministro. O

óleo recolhido será incinerado ou enviado a

aterros. “A turma está imprecisa nas críticas”,

reage.

“É fundamental que o governo informe a

sociedade sobre as atividades do PNC que serão

implantadas, em especial sobre planos de

contenção e limpeza do óleo para que a

capacidade de resposta dos órgão gestores seja

ampliada na agilidade que um incidente tão

grave como esse requer”, diz Anna Carolina

Lobo, gerente do Programa Marinho do WWF-

Brasil. “Os impactos ao ambiente e às economias

das regiões afetadas precisam ser mitigados

urgentemente.”

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Data: 22/10/2019

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Grupo de Comunicação

Há um imbróglio judicial em paralelo ao desastre

ambiental. No domingo, a juíza federal Telma

Maria Santos Machado decidiu a favor do governo

federal em ação apresentada pelo Ministério

Público Federal em Sergipe que pedia o

acionamento imediato de plano emergencial para

atender ao derramamento de petróleo cru na

costa do Nordeste. Ontem foi a vez de a Justiça

Federal em Pernambuco e Alagoas decidir sobre

o caso em sentido contrário, cobrando

providências para conter o desastre.

“Nem prefeitura, nem Estado, muito menos

União. A maioria são voluntários e pessoas que

dependem da praia para tirar seu sustento, como

bugueiros e ambulantes”, diz a designer Juliana

Feitosa, que passou o domingo recolhendo óleo

da praia de Muro Alto, no litoral Sul de

Pernambuco. De acordo com a Marinha, já foram

recolhidas 900 toneladas de óleo misturadas a

areia no litoral nordestino desde o início de

setembro.

https://valor.globo.com/brasil/noticia/2019/10/2

2/para-especialistas-falta-transparencia-na-

apuracao-de-vazamento-de-oleo.ghtml

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Data: 22/10/2019

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Grupo de Comunicação

TCU releva falhas no pré-sal para evitar

crise

O Tribunal de Contas da União (TCU) passou por

cima de uma série de falhas detectadas na

revisão do contrato de cessão onerosa para

evitar que uma eventual frustração do leilão

prejudicasse a situação fiscal do país. Em novo

relatório obtido pelo Valor, técnicos do órgão

argumentam que as perdas de um cancelamento

do certame não compensariam os potenciais

ganhos resultantes dos ajustes que seriam

necessários.

“O presente caso configura-se situação

diferenciada e não se considera oportuna a

adoção de medidas que resultem em atraso na

assinatura da revisão do contrato de cessão

onerosa e/ou no leilão dos excedentes por

diversas razões”, afirma o documento.

Entre as principais alegações, está a “grave

situação” financeira de Estados e municípios, que

receberão 30% dos R$ 106 bilhões previstos

apenas com os bônus de assinatura. O relatório

também cita “a urgente necessidade de

investimentos e da ampliação da atividade

econômica, para a geração de emprego e renda”.

Semana passada, o plenário do TCU deu aval à

realização do leilão dos excedentes da cessão

onerosa, do qual se espera uma arrecadação de

R$ 628 bilhões para os cofres públicos em 35

anos. Amanhã, os ministros votam a revisão do

contrato de cessão onerosa, em análise desde

2015. A tendência é de aprovação com ressalvas,

seguindo recomendação da área técnica e do

Ministério Público de Contas.

O parecer técnico aponta falhas graves na

escolha dos parâmetros usados para o cálculo do

valor final da revisão do contrato. Após mais de

cinco anos de negociações, ficou definido que a

União pagará US$ 9 bilhões à Petrobras. O

montante se refere à atualização dos R$ 75

bilhões pagos pela estatal em 2010 pelo direito

de explorar 5 bilhões de barris na área da cessão

onerosa.

Por causa das discrepâncias entre os parâmetros

adotados pela Petrobras e pela Agência Nacional

do Petróleo (ANP), a definição do valor final da

revisão se alongou por anos, mostrando valores

completamente diferentes do que foi acordado ao

final.

No início das discussões, a certificadora

contratada pela Petrobras avaliou em US$ 37

bilhões o valor que a estatal teria a receber. Já a

empresa contratada pela ANP entendia que a

União deveria ser ressarcida em US$ 38 bilhões.

Essas diferenças, segundo o TCU, foram

causadas pelas falhas nos parâmetros

econômicos e resultaram em um grande atraso

no fechamento do acordo.

“O processo de revisão do contrato de cessão

onerosa foi excessivamente lento para o

alinhamento das premissas necessárias, levando

à elaboração de laudos técnicos acentuadamente

divergentes em determinadas questões, o que

prejudicou sua comparabilidade, e onerou, em

demasia, o processo decisório dos gestores”, diz

o relatório.

Os auditores também apontaram uma

inconsistência no cálculo dos custos estimados de

produção nos quatro campos que vão a leilão. Foi

identificada, por exemplo, uma superestimativa

de US$ 1,6 bilhão somente nos custos com as

plataformas de exploração que vão operar no

campo de Búzios, o maior e mais importante da

cessão onerosa.

O Ministério da Economia calcula que a não

realização do leilão acarretaria em um prejuízo

de US$ 5,4 bilhões por ano ao governo. Por

causa disso, a apresentação de questionamentos

mais severos, com consequente suspensão do

certame, poderia tornar os ajustes

desvantajosos.

“De sorte que, considerado também o ganho

financeiro que a competitividade proporcionará

ao leilão, não se vislumbra ajuste (ante os dados

apresentados) possível na revisão do contrato de

cessão onerosa que possa suplantar as perdas da

não realização do leilão ou de eventual prejuízo à

competitividade do certame”, diz o parecer.

Além da situação fiscal de Estados e municípios e

da necessidade de investimentos, o tribunal cita

no relatório técnico a conjuntura internacional

favorável para a oferta de áreas para exploração

e produção de petróleo, “que torna o Brasil o

foco da atenção dos grandes players mundiais do

setor, o que garante elevada atratividade ao

leilão”.

https://valor.globo.com/brasil/noticia/2019/10/22/tcu-releva-falhas-no-pre-sal-para-evitar-crise.ghtml Voltar ao Sumário

Page 92: LIPPING · 2019. 10. 22. · Veículo: Repórter Eco – TV Cultura Data: 20/10/2019 Repórter Eco No Repórter Eco deste domingo, conheça a primeira caverna (Caverna do Diabo) brasileira

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Grupo de Comunicação

Compensação à Petrobras pode recuar US$

6,3 bi

Considerado primordial para a competitividade do

leilão da cessão onerosa, o valor da

compensação à Petrobras pode cair pelo menos

US$ 6,3 bilhões (US$ 26 bilhões) em relação ao

projetado inicialmente pela Agência Nacional do

Petróleo (ANP).

O dado consta em um relatório do Tribunal de

Contas da União (TCU), que se baseou em

estimativas da Empresa de Pesquisa Energética

(EPE). Segundo esse cenário, as empresas

vencedoras do leilão teriam que pagar US$ 38,9

bilhões à Petrobras.

O valor é 14% inferior aos US$ 45,2 bilhões

estimados pela ANP. A diferença está no cálculo

do preço do barril de petróleo que será usado

como referência para o pagamento das

compensações.

Enquanto a ANP adotou uma cotação média de

US$ 76,18 para todo o período dos contratos, a

EPE considerou os preços ao longo do tempo e

constatou que nos primeiros anos de exploração,

quando grandes volumes serão extraídos, o barril

estará bem abaixo do estimado pela agência

reguladora.

“Como os valores previstos de preço de petróleo

são inferiores a US$ 76,18, no período inicial e

ultrapassam essa estimativa somente a partir de

2026, o presente estudo evidencia ainda mais a

inadequação do valor do petróleo utilizado para

cálculo da compensação”, diz o parecer.

O Ministério de Minas e Energia (MME) também

tem sua projeção para as compensações, mas o

número é mantido em sigilo. Uma fonte na pasta,

entretanto, informou que o cenário “é ainda mais

competitivo” do que o apresentado pela ANP, ou

seja, o valor devido à estatal seria mais baixo.

A Petrobras deve ser ressarcida por duas razões.

A primeira trata dos investimentos já realizados

pela estatal nas áreas. A Petrobras ganhou em

2010 o direito de explorar a região e já fez

pesados investimentos nos campos.

A estatal também terá que rever o ritmo do seu

fluxo de caixa, que será reduzido pela entrada de

novas empresas na região.

Apesar das estimativas feitas por ANP, EPE e

MME, o valor final das compensações é

desconhecido. Ele será definido mediante

negociação direta entre a Petrobras e os novos

sócios, ou seja, as empresas que vencerem o

leilão.

O TCU ressalta, no entanto, que a livre

negociação não significa que qualquer acordo

será aceito. “A liberdade negocial reside na

escolha entre premissas razoáveis e métodos,

que devem ser obrigatoriamente embasados nas

ciências econômicas, na estatística, em base de

dados confiáveis e atualizados e em boas práticas

do setor, cuja escolha resulta em valores de

parâmetros e, por fim, em uma compensação

justa à Petrobras”.

A compensação é considerada um fator-chave

para o sucesso do leilão, já que as empresas

interessadas em participar da disputa devem

considerar esse desembolso em seu

planejamento, além do pagamento dos bônus de

assinatura do certame.

Durante análise do edital do leilão, técnicos do

TCU chegaram a dizer que, a depender do

formato, as compensações poderiam

comprometer seriamente o nível de concorrência

da disputa. Em alguns casos, como no campo de

Búzios, o pagamento da compensação e do

bônus de assinatura poderiam representar quase

metade da receita projetada para os 35 anos do

contrato.

“Tais montantes praticamente induzem as

empresas (mesmo as maiores do mercado) a

atuarem de forma consorciada (o que já limitaria

bastante a multiplicidade de ofertas) e

restringem o acesso a um seleto grupo de alta

capacidade financeira”, alertou o órgão de

controle, em relatório.

A competitividade do leilão interessa ao TCU

porque a parcela de recursos que caberá a União

será maior de acordo com as ofertas a serem

apresentadas, ou seja, quanto mais competidores

participando do certame, maior será a receita

para o governo. (Colaborou Rafael Bitencourt)

https://valor.globo.com/brasil/noticia/2019/10/2

2/compensacao-a-petrobras-pode-recuar-us-63-

bi.ghtml

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Data: 22/10/2019

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Grupo de Comunicação

Os árduos caminhos para a redução da

desigualdade

A desigualdade aumentou na sociedade brasileira

em 2018, informou o Instituto Brasileiro de

Geografia e Estatística (IBGE).

Os pobres ficaram mais pobres ainda ou

aumentaram pouco sua renda, enquanto os ricos

enriqueceram mais, ampliando a distância entre

os extremos. Segundo o IBGE, a renda dos 5%

mais pobres caiu 3,2% e a dos 50% mais pobres

aumentou 2%, enquanto a do 1% mais rico

cresceu 8,2%. Ou seja, os mais ricos ganharam

quase 34 vezes mais do que os 50% mais

pobres.

Medida pelo índice de Gini do rendimento médio

mensal real domiciliar per capita de todas as

fontes de renda, a desigualdade cresceu para o

maior patamar da série histórica iniciada em

2012. Levando em conta o salário obtido do

trabalho, aposentadorias, pensões, aluguéis,

programas de transferência de renda e outros

rendimentos, o índice de Gini ficou em 0,545 no

ano passado, o maior nesses seis anos. Quanto

mais perto de 1, maior a desigualdade. De 2012

a 2015, o índice de Gini mostrou tendência de

redução, passando de 0,540 para 0,524. Mas

essa trajetória foi revertida a partir de 2016,

quando o índice aumentou para 0,537, ficando

praticamente estacionado em 0,538 em 2017. O

índice de Gini médio entre os países da OCDE é

de 0,36.

O levantamento do IBGE também joga luz na

pobreza, que diminuiu ligeiramente no ano

passado enquanto a extrema pobreza teve

pequeno aumento. Usando o mesmo critério do

Banco Mundial, que considera pobre quem vive

com até US$ 5,50 por dia, o IBGE calculou esse

segmento da população brasileira em 52,8

milhões de pessoas, 1,4 milhão a menos (2,4%)

do que os 54,1 milhões de 2017. Já a pobreza

extrema, que engloba quem vive com US$ 1,90

por dia, aumentou em 363 mil (2,7%) para 13,6

milhões de pessoas.

O aumento da desigualdade no ano passado não

é novidade. Isso só não ocorreu em 2017 porque

os mais ricos pouco avançaram. Segundo o

especialista Marcelo Neri, diretor da FGV Social, é

o ciclo mais longo de aumento da desigualdade

registrado no país. De 2015 a 2017, nada menos

que 8,3 milhões de pessoas engrossaram o

número de pobres. O crescimento do

desemprego é o principal responsável pelo

aumento da concentração de renda nos últimos

quatro anos.

A deterioração do mercado de trabalho vem na

esteira do enfraquecimento da economia, iniciado

no quarto trimestre de 2014, que reduziu o

Produto Interno Bruto (PIB) em pouco mais de

7% entre 2015 e 2016. A ligeira recuperação de

1,1% em 2017 e mais 1,1% em 2018 foi quase

imperceptível, dada a inanição do mercado de

trabalho. Mesmo a recente recuperação do

emprego não deve reduzir a desigualdade uma

vez que ocorre principalmente no segmento

informal, cujos salários são menores. Isso se

reflete na renda de todos os trabalhos, calculada

pelo IBGE, que melhorou no ano passado, mas

está abaixo do pico da década. A renda per

capita de todos os trabalhos ficou em R$ 2.234

no ano passado, acima dos R$ 2.183 de 2017 e

dos R$ 2.197 de 2016. Mas abaixo dos R$ 2.279

de 2014.

Há economistas que apostam na melhoria da

economia para reduzir a desigualdade.

“Crescimento é (quase) tudo”, escreveram os

professores da Escola de Pós-Graduação em

Economia da FGV, Pedro Ferreira e Renato

Fragelli, no Valor (17/10), defendendo que “não

há substituto melhor para o crescimento” quando

se pretende reduzir sustentavelmente a pobreza.

Os professores mostram como a expansão

econômica reduziu a pobreza em países como a

China e a Índia. Mas não teve efeito igual na

desigualdade, especialmente pela falta de

preparo da mão de obra nesses países. A

desigualdade tem várias causas e uma delas é

certamente a educação.

Em outro artigo, o professor Francisco Tavares e

a procuradora Élida Graziane Pinto, também em

artigo para o Valor (18/10), mencionam estudo

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Grupo de Comunicação

do Fundo Monetário Internacional (FMI), que

avalia que o sistema tributário brasileiro é dos

menos eficientes na redução do Índice de Gini e

ressaltam a necessidade de revisão das renúncias

fiscais e da regressividade tributária.

Outro ponto importante é a manutenção das

políticas sociais. A instituição do 13º salário para

o Bolsa Família foi uma ação positiva, mas não

compensa o fato de o benefício não ter sido

reajustado. A mudança de regra de correção do

salário mínimo, que deixará de ter ajuste real, é

necessária, mas terá impacto negativo, por seu

efeito nas rendas da aposentadoria e pensões,

que representam 20,5% do rendimento médio

das pessoas, em comparação com os 72,4%

provenientes do trabalho. Combater a

desigualdade exige ação simultânea em muitas

frentes.

https://valor.globo.com/opiniao/noticia/2019/10/

22/os-arduos-caminhos-para-a-reducao-da-

desigualdade.ghtml

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Grupo de Comunicação

Risco hidrológico, uma licença poética

Em meados da década de 60, já com 12 anos,

tinha dificuldades intransponíveis para entender a

letra de uma canção muito conhecida.

“Mangueira teu cenário é uma beleza que a

natureza criou. O morro com seus barracões de

zinco, quando amanhece, que esplendor”. A

energia elétrica tinha acabado de chegar na

minha casa, em Aracaju, por isso estranhava a

exaltação à pobreza dos barracos. A professora

de português, indagada pelo então adolescente,

apresentou-me como justificativa a licença

poética, que tudo permitia. Trinta anos depois,

Joãozinho Trinta deu-nos a explicação definitiva,

quase uma sentença: “... quem gosta de miséria

é intelectual”.

Tenho refletido sobre a economia brasileira e, em

particular, um dos seus segmentos, o setor

elétrico. Tento identificar de onde surgiu a rotina

de quase sempre privilegiar o atraso. Há 5 anos

discute-se para quem repassar a conta do risco

hidrológico, muito conhecido pela sigla GSF. É

um tema efervescente no Congresso Nacional,

Judiciário, Ministério de Minas e Energia e

Agência Nacional de Energia Elétrica, além das

35 associações de classe.

Em alguns meses, apesar da escassez de

água, o sistema pode “produzir” energia

secundária, pura ficção

Recentemente, um senador, Marcos Rogério,

colocou os holofotes nos impactos do GSF. Só

que ele chegou atrasado, e seus

questionamentos, apesar de meritórios, estão a

léguas da raiz do problema. No estágio atual, e

dada a atrapalhada condução do processo desde

o começo, o não equacionamento do GSF, via

Projeto de Lei (PL) em curso, talvez eleve mais

ainda os custos para os consumidores. Mas que

ele não tenha dúvida, não é uma solução

inteligente e só cuida do passado.

O risco hidrológico, desde 2014, já retirou dos

consumidores R$ 150 bilhões, em contas que vão

de uma tunga apelidada de “repactuação”, puro

eufemismo, e inclui empréstimos de mais de R$

40 bilhões para cobrir os custos das

distribuidoras. Tais empresas não tinham energia

contratada para fazer frente à severa escassez

de água, turbinada pela má gestão do sistema

elétrico.

Há sérias divergências quanto aos impactos do PL

em tramitação no Senado. O GSF é o resultado

de uma equação muito simples, mas que, ao

contrário do que pensam os ingênuos, não

guarda relação direta com quaisquer atributos

físicos. A equação tem em seu numerador a

(suposta) energia gerada pelas hidrelétricas

(UHE) em determinado mês e, no denominador,

o total da (suposta) garantia física (GF) desse

mesmo conjunto de UHE. Se as usinas produzem

menos que o total da GF, o valor do GSF é menor

que 1,0, como acontece desde 2013.

E aqui iniciam as ficções, que custam caro para

os consumidores. Comecemos pelo numerador da

equação, isto é, pela energia gerada. Apesar

dessa denominação, o que é usado no cálculo do

GSF é o valor mensal proposto em dezembro do

ano anterior pelas UHE, daí a “suposta”. Por

exemplo, na expectativa de que os preços sejam

maiores no 2º semestre que no 1º, as UHE

propõem gerar mais naquele do que neste,

mesmo tendo certeza que não terão como

produzir o prometido. Essa geringonça tem nome

pomposo: sazonalização.

Esse somatório de intenções, e não de MWh real,

resulta em um “excedente” de geração para ser

vendido, cuja conta vai, adivinha para quem?

Para os consumidores e para as outras usinas

que, por alguma razão, não fizeram a mesma

manobra. Em determinados meses, apesar da

escassez de água, o sistema pode “produzir”

energia secundária (quando o montante de

intenções supera o total da GF), a mais pura

ficção. Nenhum mísero MW fora produzido a mais

do que a GF.

Como a maior parte das intenções foi alocada no

2º semestre, o numerador da equação, no 1º

semestre, fica muito menor, reduzindo o valor do

GSF para algo como 0,5 ou 0,6. Em outras

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Grupo de Comunicação

palavras, as UHE agravam, sem cerimônia, o

valor do GSF e transferem grande parte da conta

para terceiros. Pelo menos essas ficções

deveriam ser expurgadas do PL, mas disso

ninguém que falar. Explico-lhes o porquê.

Precisamos falar do denominador da equação, as

GF, outra ficção. De modo simplificado, a GF

significa o quanto o total das UHE pode produzir

quando presente o pior regime hidrológico. É

quanto o operador do sistema pode contar para

atender à carga com segurança. A partir de

alguns parâmetros, esse total de GF é repartido

entre as UHE. Os valores assim estimados

deveriam ser revistos a cada 5 anos, limitados a

5% em cada revisão e 10% durante o período da

outorga.

Com o passar do tempo, e em mais uma

adoração ao atraso, e quando o mundo

caminhava para a liberação dos mercados

elétricos, no Brasil decidiu-se vincular a GF ao

volume de energia que uma usina pode

comercializar. Com esta amarração, unimos

segurança do sistema e comercialização, em um

casamento sem a menor chance de dar certo.

Como a segurança é uma variável sujeita a

excessivas intervenções, em razão dos interesses

políticos, os resultados financeiros das usinas

ficaram vulneráveis às decisões irracionais do

governo de plantão. (É esta a razão da busca do

Legislativo e do Judiciário para questionar os

valores do GSF).

E o que é pior: o governo, a quem compete

revisar a GF, só começou a fazê-lo muito tarde, e

de forma equivocada e ilegal, mesmo sabendo

que o sistema já não contava com a energia que

dizia ter. Tanto que, em 2007, autorizou a

contratação de energia de reserva (para

substituir a GF que não existia). Cerca de 5.000

MW médios já foram adquiridos a este título. A

GF, então, estaria inflada em pelo menos 5.000

MW médios, o que já foi objeto de Acórdão do

Tribunal de Contas da União.

Por que o governo, desde 2002, resiste em

reduzir a GF? São várias as razões. Ficarei com a

mais relevante. Não sei se perceberam, mas

como a GF é maior do que deveria ser, a real

segurança do sistema é menor do que a

divulgada e as UHE, na média, estão a vender o

que não têm. Mais da metade dessas UHE,

outorgadas antes de 2002, pertence a estatais,

sobretudo à Eletrobrás, que inflam seus

resultados vendendo o que já não conseguem

entregar. Com um agravante: essa GF é vendida,

desde 2013, sob a forma de quotas, com risco

hidrológico transferido para os consumidores.

Assim, as usinas vendem o que já não possuem,

e sem o principal risco do negócio, que, por

diferentes manobras legais, é agora dos

consumidores.

Reduzir a GF deixaria os consumidores

descontratados, é fato, mas o cenário lhes é

favorável. A energia dessas UHE custa mais de

R$ 200/MWh e seria substituída por outra de R$

140/MWh e com os riscos bem alocados. É

incompreensível o governo não ter atrelado seu

apoio ao PL à redução da GF.

Retirar o risco hidrológico das costas dos

consumidores deveria ser o objetivo de qualquer

projeto que não exalte o atraso, que preze a livre

escolha. Também não há razão, a não ser por

licença poética, para unir segurança do sistema e

comercialização de energia, casamento que

sobrevive de aparências, como o cálculo do GSF.

Ainda há tempo. Ou não?

Edvaldo Santana, ex-diretor da Aneel, é vice-

presidente de Novos Negócios da Electra Energy

https://valor.globo.com/opiniao/coluna/risco-

hidrologico-uma-licenca-poetica.ghtml

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Data: 22/10/2019

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Grupo de Comunicação

O último passo para conectar Roraima

Com lamentável frequência, o setor elétrico

brasileiro é afetado por situações em que

imperfeições na legislação, na regulação ou em

atos de governos produzem imbróglios com

consequências e custos para consumidores,

empresas e para os próprios formuladores de

políticas públicas.

Este é o caso da linha de transmissão de 725

quilômetros, conectando Manaus a Boa Vista,

leiloada em setembro de 2011, cujo contrato de

concessão foi assinado em janeiro de 2012, com

previsão de entrar em operação após 36 meses -

em janeiro de 2015 - mas que, até hoje, não saiu

do papel.

Custos bilionários serão impostos aos

consumidores caso a linha de transmissão não

seja implementada

No traçado dessa linha há 123 quilômetros que

atravessam parte da reserva indígena Waimiri

Atroari, margeando uma estrada federal já

existente, a BR 174.

De acordo com o contrato de concessão, cabe ao

empreendedor a obtenção das licenças

ambientais, a começar pela Licença Prévia (ou

“LP”, que define a viabilidade socioambiental do

projeto) e a Licença de Instalação (ou “LI”, que

autoriza o início das obras).

Depois de muita insistência se conseguiu a LP,

mas até hoje não se conseguiu a LI, necessária

para começar as obras, porque o governo federal

não havia liberado o acesso à terra indígena para

a realização dos estudos necessários.

Boa Vista, no estado de Roraima, é a última

capital brasileira que ainda não está conectada

ao Sistema Interligado Nacional, o chamado

“SIN”, uma grande malha de transmissão que

torna possível ao Operador Nacional do Sistema

Elétrico (ONS) buscar a alternativa de maior

segurança e menor custo para o suprimento de

energia elétrica.

Uma vez que Roraima ainda não faz parte do

SIN, o abastecimento daquele estado depende de

importação de energia da Venezuela - que tem

reduzido a entrega e dificilmente renovará o

contrato - e de usinas termelétricas de alto custo

instaladas no estado.

As termelétricas movidas a óleo diesel instaladas

em Roraima, que deveriam atuar de forma

complementar, têm sido acionadas de forma

contínua e, segundo o Ministério de Minas e

Energia, consumirão em 2019 um milhão de

litros por dia, ao custo de R$ 1,9 bilhão. Além

disso, as usinas recém-contratadas para

suprimento de Boa Vista a partir de 2021 terão

um custo fixo anual de R$ 790 milhões mas,

segundo dados da Câmara de Comercialização de

Energia Elétrica, este custo poderá chegar a R$

1,65 bilhão por ano caso estas termelétricas

sejam acionadas todo o tempo. Como se trata de

um Sistema Isolado, a legislação prevê que este

sobrecusto seja coberto por encargo na conta de

luz, pago pelos consumidores brasileiros de todos

os estados.

São evidentes as razões que justificam a

implantação dessa linha de transmissão: maior

confiabilidade de suprimento e economia próxima

de bilhão por ano. É evidente também que o

atraso se deveu à impossibilidade de o governo

de autorizar os estudos para o início da obra,

pois cabia à Funai a emissão de um termo de

referência para a realização dos estudos que, por

sua vez, dariam ao Ibama a condição para

licenciar o início da obra.

O empreendedor, por sua vez, foi diligente no

encaminhamento do processo de licenciamento

ambiental e, mais ainda, incorreu nos custos da

aquisição dos cabos da linha de transmissão e da

construção de uma subestação em Boa Vista.

Essa situação kafkiana pareceu ter fim graças a

uma iniciativa recente do governo, que

enquadrou o projeto como de interesse nacional

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Grupo de Comunicação

para retomar o processo de licenciamento

ambiental.

Em paralelo, a comunidade indígena atingida, os

Waimiri Atroari, restabeleceu o diálogo com a

Funai e com os empreendedores para acordar

uma forma de compensação que lhes seja

satisfatória. Houve um acordo e os

empreendedores comprometeram-se a atender

às demandas dos indígenas quanto aos

investimentos que asseguram a sustentabilidade

da etnia por muitos anos e, também, quanto à

modificação do projeto, alteando as torres para

110 metros no trecho da reserva, minimizando

assim o impacto ambiental.

Com as mudanças acima, a linha projetada

afetaria diretamente cerca de 50 hectares, ou

cerca de 0,002% da reserva Waimiri Atroari, que

tem 2.500.000 hectares, uma área indígena de

dimensões intermediárias entre as dos estados

de Sergipe e Alagoas.

O último passo para finalmente conectarmos

Roraima ao Brasil é o restabelecimento do

equilíbrio econômico-financeiro do contrato que

foi corroído por tantos anos de atraso. Tudo

conforme prevê a legislação, e com o amparo de

pareceres da Advocacia Geral da União (AGU).

Coube à Aneel, agência reguladora, decidir sobre

o montante de investimento reconhecido como

necessário para construir a linha de transmissão

nas condições atuais. No entanto, o regulador,

em decisão recente, estabeleceu um valor para a

receita anual permitida (RAP) que, segundo os

empreendedores, está distante de remunerar o

capital total a ser investido.

Analistas financeiros apontam que, nas condições

estabelecidas pela Aneel, a taxa interna de

retorno do empreendimento ficaria na ordem de

2,2%, o que é sinônimo de destruição de valor

quando são considerados o custo de

oportunidade do capital e os riscos envolvidos no

empreendimento.

A diferença entre a receita anual que o

empreendedor julga necessária para construir a

linha a partir de agora e o que a Aneel reconhece

é da ordem de R$ 100 milhões. Esse número

contrasta com a economia anual de muitas

centenas de milhões que os consumidores teriam

se pudessem contar com a linha de transmissão.

A Aneel, cujas boas práticas e rigor analítico têm

contribuído para a modicidade tarifária, tem

diante de si uma oportunidade para, além de

finalmente conectar eletricamente Roraima ao

resto do Brasil e diminuir a dependência

energética de um país instável como a

Venezuela, de evitar os custos bilionários que

serão impostos aos consumidores brasileiros caso

essa linha de transmissão não seja

implementada.

Claudio J. D. Sales é presidente do Instituto

Acende Brasil (www.acendebrasil.combr)

https://valor.globo.com/opiniao/coluna/o-ultimo-

passo-para-conectar-roraima.ghtml

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Page 99: LIPPING · 2019. 10. 22. · Veículo: Repórter Eco – TV Cultura Data: 20/10/2019 Repórter Eco No Repórter Eco deste domingo, conheça a primeira caverna (Caverna do Diabo) brasileira

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Grupo de Comunicação

Questões ambientais nos currículos

A Universidade de Chicago há muito é

considerada símbolo do pensamento de livre

mercado. Não é de surpreender: foi o lar

intelectual de economistas como Eugene Fama e

Milton Friedman, defensores da busca do lucro e

da doutrina da primazia dos acionistas, ideias

que motivaram o mundo empresarial dos Estados

Unidos por quase meio século.

“Em um sistema de propriedade privada e de

livre iniciativa, o executivo empresarial é um

funcionário dos proprietários da empresa”,

escreveu Friedman em ensaio de 1970 altamente

influente. “Sua principal responsabilidade é para

com eles”.

Questões ambientais, sociais e de governança

agora são fatores tão preponderantes que muitos

líderes de empresas e especialistas de faculdades

de administração passaram a vê-las como um

conceito básico de administração de risco

Hoje, no entanto, há algo impressionante em

andamento em Chicago, segundo Randall

Kroszner, um renomado economista que leciona

na escola de administração de empresas Chicago

Booth (e que já fez parte do conselho de Federal

Reserve, o banco central americano).

Embora continue sendo um bastião do livre

mercado, a escola também começou a ensinar a

seus estudantes questões ambientais, sociais e

de governança (ESG, na sigla em inglês) -

incluindo a importância de servir às “partes

interessadas”, como clientes, funcionários e

comunidades, em vez de apenas aos acionistas.

“Estamos mudando”, explica Kroszner,

argumentando que atualmente é um completo

erro analisar Chicago apenas sob as lentes

estreitas da economia no estilo Friedman.

Trata-se de um forte sinal de uma mudança mais

ampla de paradigma. Neste ano, houve um surto

de entusiasmo nos mercados financeiros e nas

empresas quanto ao conceito de ESG. De fato,

neste terceiro trimestre, 181 executivos-chefes

de empresas americanas emitiram uma

declaração conjunta sobre os “propósitos de uma

empresa de capital aberto”, organizados pelo

grupo Business Roundtable, sob a liderança de

Jamie Dimon, chefe do JPMorgan.

O documento assumiu “um compromisso

fundamental com todas” as “partes interessadas”

- rejeição implícita à ideia promovida por

Friedman, do princípio dos acionistas em primeiro

lugar.

Mas, enquanto investidores observam se a turma

dos principais executivos é capaz (ou não) de

estar à altura de novas metas tão elevadas, o

que até agora vem chamando menos atenção é o

papel crucial que as faculdades de administração

vêm desempenhando nessa mudança para um

modelo de capitalismo mais responsável

socialmente.

Vejamos a Harvard Business School (HBS) - uma

instituição vista em outros tempos como a

faculdade da “religião” do capitalismo voraz

americano com foco no lucro. Há dois anos,

Vikram Gandhi, um veterano de Wall Street,

criou o primeiro curso na HBS sobre os chamados

“investimentos de impacto”, que ele leciona como

parte do currículo optativo de MBAs. “Escrevemos

mais de duas dúzias de novos estudos de caso

[para o curso]”, de entidades que vão desde o

BlackRock até o Rise Fund do grupo de private

equity TPG e o fundo previdenciário do governo

japonês, diz Gandhi. “Nós, assim como outros,

achamos que as ESG não são uma moda - são

parte de uma tendência de longo prazo”.

George Serafeim, outro professor da HBS,

supervisiona um curso que explora como as

empresas e consumidores podem adotar as ESG

em suas próprias vidas. Ele também trabalha

com investidores como sir Ronald Cohen, uma

celebridade entre as firmas britânicas de capital

de risco, para desenvolver e testar um novo

sistema para a chamada contabilidade

empresarial “ponderada pelo impacto”, que

incorpore as ESG na métrica financeira das

empresas.

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Grupo de Comunicação

A Stern School of Business, da New York

University, criou um centro especial ESG, sob o

comando de Tensie Whelan, que era da

Rainforest Alliance, oferecendo estudos

intensivos sobre como as ESG impactam setores

empresariais específicos, como a indústria

automotiva.

Outras faculdades, como Thunderbird, no

Arizona, ou Berkeley, na Califórnia, também têm

tido presença significativa em ESG. Há dez anos,

o Fundo de Defesa Ambiental (EDF, na sigla em

inglês), uma organização sem fins lucrativos, tem

um programa que organiza bolsas para

estudantes de MBA que querem ajudar as

empresas a se tornar “verdes”. Pela conta mais

recente, 1 mil estudantes já participaram. “Tem

sido uma ótima maneira de mostrar o valor literal

das operações para ‘esverdear’ [as empresas]”,

disse Catherine Nardone, chefe de

desenvolvimento do EDF.

Os mais céticos poderiam dizer que se trata

apenas de um fenômeno de mercados em alta.

Talvez: embora as ESG tenham decolado nos

últimos anos, ainda estamos por ver como vão se

sair em maus tempos econômicos nos EUA. Seus

defensores, contudo, insistem em dizer que uma

correção nos preços dos principais mercados, na

verdade, vai fortalecer - não corroer - o valor dos

investimentos em ESG como estratégia de

diversificação.

Seja qual for o caso, a pressão para executivos e

investidores aderirem às ESG provavelmente

continuará nas alturas, dada a crescente

consciência pública quanto aos riscos das

mudanças climáticas e a irritação popular com a

desigualdade e outras questões sociais. De fato,

esses fatores agora são tão preponderantes que

muitos líderes de empresas - e especialistas de

faculdades de administração - passaram a ver as

ESG como um conceito básico de administração

de risco.

E muitos empreendedores da “geração Y” agora

já consideram quase impossível imaginar uma

estratégia empresarial que deliberadamente

ignore fatores sociais e ambientais. “[As ESG]

agora são simplesmente uma questão de

negócios”, disse recentemente Andras Forgacs,

cofundador da Modern Meadow, uma empresa

que cria novos biomateriais, no encontro

Founders Forum, em Nova York.

Ou como diz Gandhi, da HBS: “Nossa esperança

é a de que em 5 a 10 anos, nosso curso [de

investimentos de impacto] seja redundante

porque as ESG e o impacto vão estar

incorporados a todos os aspectos do processo de

investimento e às estratégias empresariais”. É aí

que estão as oportunidades e desafios das

faculdades de administração.

Gillian Tett é editora especial do FT

https://valor.globo.com/opiniao/coluna/questoes

-ambientais-nos-curriculos.ghtml

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Page 101: LIPPING · 2019. 10. 22. · Veículo: Repórter Eco – TV Cultura Data: 20/10/2019 Repórter Eco No Repórter Eco deste domingo, conheça a primeira caverna (Caverna do Diabo) brasileira

Data: 22/10/2019

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Grupo de Comunicação

Três estatais ficam com 51% dos recursos

de Caixa e BNDES

Nos últimos dez anos, apenas três Estados

ficaram com 60% de todos os recursos da Caixa

e do BNDES para projetos de saneamento básico.

Juntos, São Paulo, Rio de Janeiro e Paraná

receberam R$ 11,8 bilhões em financiamentos

desde 2009, segundo dados dos dois bancos

públicos, que têm sido os principais financiadores

do setor. No total, foram desembolsados R$ 19,5

bilhões.

A maior parte desses recursos ficaram com as

estaduais: Sabesp (São Paulo), Cedae (Rio de

Janeiro) e Sanepar (Paraná) que receberam R$

9,97 bilhões em empréstimos - 51% do total do

período.

A concentração reflete um problema histórico: a

incapacidade das estatais menores de formular

projetos e de garantir padrões mínimos, tanto

financeiros quanto de governança, afirmam

especialistas ouvidos pelo Valor.

“Poucas empresas públicas conseguem acessar

os financiamentos por conta de suas limitações

de endividamento e de responsabilidade fiscal

dos Estados. No caso das cidades operadas pela

própria prefeitura, a dificuldade é maior ainda.

Outro motivo é que, para pegar os recursos, é

preciso ter bons projetos. Isso já é um gargalo”,

diz Édison Carlos, presidente-executivo do

Instituto Trata Brasil.

Além das limitações das próprias companhias,

entraves burocráticos dificultaram o acesso aos

recursos, afirma Álvaro Menezes, diretor da

Associação Brasileira de Engenharia Sanitária e

Ambiental (Abes) e autor de estudos sobre o uso

do Fundo de Garantia do Tempo de Serviço

(FGTS) para o saneamento.

“A tomada de crédito envolve uma sequência de

etapas, com exigências que muitas vezes

dependem do Estado ou do município, nos casos

em que o governo entra como garantidor. Um

processo que dura 14 meses para uma empresa

privada pode levar até 27 meses para a estatal. E

muitas não conseguem avançar”, diz.

O resultado é que as linhas de financiamento

acabam sendo usadas pelas companhias mais

estruturadas, que são justamente aquelas com

mais recursos para bancar sua operação - por

meio de investimentos privados ou pela própria

estrutura tarifária, afirma Carlos.

No Brasil, quase metade da população não tem

acesso a coleta de esgoto - 47,60%, entre

aqueles que moram em domicílios, segundo

dados do Sistema Nacional de Informações sobre

Saneamento (Snis) de 2017, os mais recentes

divulgados.

Além do Distrito Federal, apenas quatro Estados

estão acima dessa média nacional: São Paulo,

Minas Gerais, Paraná e Rio de Janeiro,

justamente os que mais conseguiram acesso aos

financiamentos federais.

As companhias públicas reconhecem suas

limitações de governança, financeiras e mesmo

falta de segurança jurídica em muitos contratos,

avalia Marcus Vinícius Neves, presidente da

Associação Brasileira das Empresas Estaduais de

Saneamento (Aesbe).

No entanto, ele diz que as companhias “têm feito

seu dever de casa” e estão se preparando para

ampliar seu acesso não apenas ao crédito

tradicional dos bancos públicos, como ao

mercado de capitais, com a emissão de

debêntures.

A modalidade de financiamento tem ganhado

peso no setor, mas ainda é muito restrita. Hoje,

o acesso ao mercado de capitais é ainda mais

concentrado que os recursos dos bancos

públicos, destaca Laura Bedeschi, chefe do

departamento de saneamento ambiental do

BNDES.

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Data: 22/10/2019

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Desde 2017, três grupos emitiram debêntures:

Sabesp, Copasa (Minas Gerais) e a Aegea, que é

privada. Além disso, os prazos de pagamento

são, em geral, curtos, de três a sete anos, diz

ela.

“Investimentos em esgoto precisam de prazos

mais longos. O BNDES tem trabalhado para isso,

queremos que empresas que não acessam o

mercado passem a acessar, e queremos testar

prazos mais longos para essas debêntures. Mas,

para chegarmos a um prazo de 24 anos, ainda

estamos longe”, afirma.

O banco de fomento tem buscado descentralizar

seus financiamentos, segundo Laura. Nos últimos

dois anos, o banco fez mudanças para tentar

tornar a tomada de crédito mais acessível: antes,

eram abertos um ou dois processos por ano, mas

muitas empresas não conseguiam se preparar a

tempo e acabavam perdendo a janela. “Agora, o

processo é contínuo. Com isso, já começamos a

ver uma desconcentração nos empréstimos.”

Além disso, a instituição tem trabalhado para

estruturar projetos, outro gargalo das estatais.

Atualmente, o BNDES realiza estudos técnicos

para sete Estados, que deverão gerar processos

de desestatização - os primeiros leilões deverão

vir em 2020, diz ela. “Além disso, está vindo uma

nova leva de parcerias com Estados para os quais

vamos estruturar projetos”, afirma.

Procurada, a Caixa afirmou, em nota, que os

processos seletivos para crédito são

disponibilizados em iguais condições a todos,

mas que é necessário que o tomador “possua

conceito de risco de crédito suficiente, bem como

capacidade de pagamento e suficiência de

garantias, compatíveis com o valor do

empréstimo pleiteado”.

Além disso, o banco diz que “entende que o

mercado de capitais é necessário para cumprir

uma lacuna histórica não preenchida com os

financiamentos de longo prazo tradicionais e

também uma grande oportunidade para

diversificar e ampliar seu rol de produtos e

serviço”.

Para Menezes, da Abes, as recentes iniciativas

federais são importantes, mas há outras ações

que a União poderia adotar para estimular a

universalização em regiões menos atrativas ao

setor privado. Uma das ações sugeridas é a

criação de um fundo garantidor, para ajudar

empresas estaduais a estruturar seus

financiamentos.

“O governo federal precisa participar mais do

saneamento. Tem cidades que, sem apoio da

União, não vão conseguir avançar, porque nem

todas serão operadas por empresas privadas.”

https://valor.globo.com/empresas/noticia/2019/1

0/22/tres-estatais-ficam-com-51-dos-recursos-

de-caixa-e-bndes.ghtml

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Neoenergia acompanha aquisições em

distribuição

Companhia está atenta aos movimentos do

mercado

Em meio a expectativa de uma rodada de

privatizações de concessões estaduais do setor

elétrico, o diretor-presidente da Neoenergia,

Mario José Larrain, disse ontem que a companhia

está atenta aos movimentos do mercado, em

especial no setor de distribuição.

“Não quero dizer que não estudaremos

oportunidades em eólica e transmissão, mas o

que tem mais chance é o mundo da distribuição”,

afirmou o executivo, durante teleconferência com

investidores, ao ser questionado sobre o

interesse da empresa por aquisições, sem fazer

referências a ativos em específico.

Ele comentou ainda que, numa eventual

aquisição, a companhia tende a buscar “sinergias

reais” com os atuais ativos da empresa, que

controla a Coelba (BA), Cosern (RN), Celpe (PE)

e Elektro (SP). Ainda segundo o executivo, a

Neoenergia respeitará a “política de alocação de

capital e a disciplina de capital bastante rigorosa”

do grupo.

Larrain comentou também que não considera

possível ocorrer algum negócio em 2019, mas

que “2020 pode ter oportunidades”. Conforme

antecipado pelo Valor ontem, um novo pacote de

privatizações de elétricas se avizinha. Em estágio

mais avançado estão os processos da CEEE (RS),

CEB (DF) e CEA (AP) e, num passo mais atrás, a

desestatização da mineira Cemig.

Ainda sobre os negócios de distribuição, Larrain,

disse que o Custo Médio Ponderado de Capital

(WACC, taxa de atratividade mínima para se

investir) proposta recentemente pela Agência

Nacional de Energia Elétrica (Aneel), de 7,17%,

ficou “abaixo das expectativas da companhia”.

Ele, contudo, afirmou que está confiante na

melhoria da taxa. “Entendemos que é um

processo preliminar. Nesse sentido estamos

confiantes de que está sujeita a melhoras”,

afirmou Larrain.

No setor de geração de energia, o executivo

afirmou que a companhia vem trabalhando para

recontratar a termelétrica Termopernambuco

(533 megawatts) no leilão de energia existente

de março de 2020.

“Estamos trabalhando para construir uma solução

regulatória via leilão para a Termopernambuco”,

disse Larrain.

A usina é uma térmica inserida no Programa

Prioritário de Térmicas (PPT) e possui,

atualmente, contratos de longo prazo com a

Coelba e Celpe, mas que vencem em 2024.

https://valor.globo.com/empresas/noticia/2019/1

0/22/neoenergia-acompanha-aquisicoes-em-

distribuicao.ghtml

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Energia ganha peso para a São Martinho

Uma das seis empresas sucroalcooleiras que

conseguiram fechar um contrato de longo prazo

de venda de energia no leilão A-6 realizado pelo

governo na última sexta-feira, a São Martinho

espera que o feito represente a injeção de pelo

menos R$ 40 milhões em seu lucro antes de

juros e impostos (Ebit) referente às operações de

cogeração, que atualmente está em R$ 200

milhões por safra. Foi o que afirmou Fabio

Venturelli, presidente da companhia, ao Valor.

“Em energia, vamos buscar de R$ 240 milhões a

R$ 250 milhões em geração de Ebit para a

companhia”. O aumento da rentabilidade será

equivalente ao crescimento da capacidade, que

passará dos atuais 1 gigawatt-hora (Gwh) ao ano

vendidos ao mercado para 1,2 GWh quando o

projeto estiver concluído. A área de cogeração

responde por quase 10% da receita líquida da

São Martinho.

O investimento para aumentar a capacidade, de

R$ 320,5 milhões, consistirá na compra de uma

caldeira de alta pressão, de um gerador e de

alterações na estrutura atual da usina da São

Martinho em Pradópolis (SP). A receita fixa anual

prevista no leilão a partir da validade do

contrato, em 2025, será de R$ 36,5 milhões

anuais por 25 anos. De acordo com Felipe

Vicchiato, diretor financeiro da companhia, a taxa

de retorno será na casa “dos dois dígitos”.

A notícia foi bem recebida pelo mercado, dado

que a companhia já tem conseguido uma boa

geração de caixa. O BTG Pactual avaliou que a

venda no leilão “parece atrativa” e estimou uma

taxa interna de retorno (TIR) de 12%, de acordo

com relatório assinado pelos analistas Thiago

Duarte e Pedro Soares. Ontem, as ações da

companhia subiram 0,51% na B3, a R$ 17,83.

O investimento será concluído em 2023, ainda

antes da entrada em vigor do contrato. Dessa

forma, durante dois anos a planta venderá a

energia adicional no mercado livre, no qual

muitas vezes o preço fica acima dos valores dos

leilões.

Segundo Vicchiato, o preço da energia contratada

no leilão, de R$ 206 o MWh, está em linha com o

preço médio que a companhia tem atualmente

contratado em leilões públicos, embora seja

ligeiramente menor que os preços médios totais

(que incluem vendas no mercado livre e em

contratos privados de longo prazo), em torno de

R$ 220 o MWh.

A São Martinho já tinha o projeto na gaveta e

estava à espera de uma oportunidade para

“fechar a conta do ponto de vista do

financiamento”, afirmou Venturelli. “O projeto

chegou ao patamar de preço que queríamos e a

conta fechou”, disse.

Atualmente, 55% da energia que a São Martinho

vende ao mercado está contratada em leilão.

Com o novo projeto, a parcela da energia

contratada nessa modalidade irá a 70% em

2025. Dois anos depois, porém, a parcela voltará

a 50%, já que não estará mais valendo o

contrato da planta de cogeração da Usina Boa

Vista, em Quirinópolis (GO).

Para o presidente da São Martinho, essa

distribuição das vendas de energia é “saudável”.

“Temos bom relacionamento com contratos

privados e é sempre saudável ter algo no

mercado livre. Para nós, o leilão foi uma forma

de fazer uma contratação estratégica que nos

deixa bem equilibrados”, afirmou.

A expiração do contrato de energia em leilão na

Usina Boa Vista em 2026 não é vista com

preocupação, mas até como uma oportunidade,

caso o grupo confirme o investimento na

construção de uma usina de etanol de milho

anexa à unidade de Goiás. “Como é preciso a

eletricidade do vapor para produzir o etanol de

milho, o projeto consumiria uma parcela que se

colocaria em leilão ou no mercado livre”, disse

Venturelli.

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Grupo de Comunicação

A decisão em partir para essa nova empreitada,

porém, ainda não está confirmada. Quando

revelou, em junho, o plano de investir na usina

de etanol de milho, o executivo ressaltou, ao

Valor, que o benefício fiscal com o qual o governo

de Goiás havia se comprometido era um ponto

“absolutamente relevante” para a decisão.

Nos ultimos meses, porém, o governo goiano

vem sendo pressionado a rever os incentivos

fiscais ao segmento sucroalcooleiro. Questionado

sobre se a indefinição política atrasa a decisão

sobre o projeto, o diretor financeiro disse que a

empresa não iria fazer nenhum comentário.

https://valor.globo.com/agronegocios/noticia/20

19/10/22/energia-ganha-peso-para-a-sao-

martinho.ghtml

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Grupo de Comunicação

Setor pode perder R$ 2 bi de receita

garantida em leilões

Decisão do governo de restringir os próximos

leilões de energia existente, com entrega a partir

de 2024 e 2025, às usinas a gás natural e a

carvão mineral gera preocupação entre as usinas

de biomassa

A decisão do Ministério de Minas e Energia (MME)

de restringir os próximos leilões de energia

existente, com entrega a partir de 2024 e 2025,

às usinas a gás natural e a carvão mineral gerou

preocupação entre as usinas de biomassa. A

restrição deverá agravar a situação do segmento,

que tem contratos de longo prazo que vencerão

em 2023 e que, no caso das usinas

sucroalcooleiras, garantem hoje uma receita

anual da ordem de R$ 2,1 bilhões.

Na semana passada, o ministério definiu que os

leilões A-4 e A-5, que ocorrerão em 2020,

substituirão projetos de térmicas a diesel por

térmicas a gás natural e carvão - que são, nessa

comparação, menos poluentes. A área de

biomassa (bagaço de cana, entre outros) ficou de

fora. O segmento tem contratos acertados em

leilões passados que vencem em 2023 e que têm

potência somada de mais de 2 gigawatts (GW) -

que significa 10% da capacidade instalada do

setor em operação comercial.

“São mais de 2 GW [de energia a biomassa] que

terão seus contratos vencendo a partir de 2024.

E esse momento casa com o período de início de

entrega desses leilões A-4 e A-5 de energia

existente. A possibilidade de participar desses

leilões seria um incentivo para investimentos em

retrofit - não só das usinas que contribuem para

o Sistema Interligado Nacional, mas também das

que ainda não exportam energia”, defendeu

Leonardo Caio Filho, diretor de Tecnologia e

Regulação da Associação da Indústria de

Cogeração de Energia (Cogen), em nota.

O segmento de biomassa defende, ainda, que

sua tecnologia é menos poluente e está próxima

dos centros de consumo. Segundo estudo da

Empresa de Pesquisa Energética (EPE), as

emissões líquidas das térmicas a biomasssa da

cana são praticamente nulas, porque o

crescimento da planta absorve as emissões da

queima do bagaço. Já as emissões das térmicas a

gás são de 56 toneladas de gás carbônico por

terajoule (TJ).

“Nos leilões de energia nova, a biomassa tem

concorrido com carvão mineral e gás natural. Até

por uma coerência de política setorial, seria uma

sinalização importante que o MME incluísse a

biomassa”, disse Zilmar de Souza, gerente de

bioeletricidade da União das Indústrias de Cana-

de-Açúcar (Unica), também em nota. Em geral, o

setor reivindica leilões exclusivos para biomassa,

mas ele ressaltou que, “dada a importância

desses leilões”, as usinas também querem

participar.

A maior parte da cogeração de eletricidade a

partir de biomassa no Brasil provém da queima

do bagaço da cana. No ano passado, 82% da

bioeletricidade foi fornecida pelas usinas

sucroalcooleiras. A cogeração de biomassa da

cana representa uma fonte importante de receita

das usinas e oferece alto retorno financeiro, já

que a biomassa já foi retirada das lavouras na

operação de colheita e moagem da cana.

E a produção de biomassa tende a crescer com o

estímulo ao aumento da produção de cana

esperado com o RenovaBio. Nas contas da

Cogen, se o programa elevar a oferta de cana em

200 milhões de toneladas, haverá biomassa para

aumentar a potência do setor em pelo menos

mais 4 GW.

https://valor.globo.com/agronegocios/noticia/20

19/10/22/setor-pode-perder-r-2-bi-de-receita-

garantida-em-leiloes.ghtml

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Grupo de Comunicação

Syngenta investe em recuperação de pastos

degradados no Cerrado

Com as metas do atual programa de

sustentabilidade cumpridas antes mesmo do

prazo, a Syngenta, controlada pela estatal

chinesa ChemChina, lança hoje uma iniciativa,

que contará com investimentos de US$ 2 bilhões

nos próximos cinco anos no mundo todo e que

terá parcela “considerável” destinada ao projeto

Reverte, exclusivo do Brasil.

A iniciativa, que conta com apoio da organização

não-governamental The Nature Conservancy

(TNC), tem como objetivo recuperar 1 milhão de

hectares de terras degradadas em Mato Grosso,

Goiás, Maranhão e Mato Grosso do Sul até a

safra 2024/25. Para tanto, a ideia é começar com

30 mil hectares já em 2020/21 e avançar sobre

100 mil hectares na temporada seguinte.

“Boa parte da área de soja do Brasil vem

crescendo sobre áreas de pastagens mais ou

menos degradadas, mas o apetite do produtor

encontra dois bloqueios. Um é o financeiro, e o

segundo é o técnico”, disse André Franco, líder

do negócio de sementes da Syngenta no Brasil e

Paraguai.

Conforme o executivo, a Syngenta se debruçará

na estruturação de um protocolo agronômico

para recuperar as áreas degradadas. Mas o

diferencial está em resolver o gargalo financeiro,

argumentou Franco. Nesse sentido, a companhia

já provocou os bancos que atuam no setor para

pensarem em soluções.

Guillermo Carvajal, diretor de sustentabilidade e

negócios responsáveis da Syngenta, disse que

dos 10 bancos procurados, sete demonstraram

interesse em apresentar propostas para o

Reverte, e o farão a partir de 1º de novembro.

“Para recuperar áreas degradadas você precisa

de carência no financiamento, precisa olhar para

o longo prazo e não para a safra isoladamente”,

acrescentou.

Na visão de Franco, não há linhas de

financiamento que atendam a essa demanda.

“Hoje, o produtor que quer investir em áreas

degradadas precisa estar muito disposto a correr

riscos. O que nós queremos é minimizar esse

risco”, afirmou.

Para Franco, a oportunidade é grande e a meta

da Syngenta, de recuperar 1 milhão de hectares

em cinco anos, atingiria apenas 7% dos

potenciais 18 milhões de hectares com algum

nível de degradação e aptidão para agricultura

disponíveis para serem recuperados no Cerrado.

Na avaliação da Syngenta, o projeto pode gerar

valor para a empresa e também para os

parceiros no projeto, como empresas de

fertilizantes e máquinas agrícolas. “Para os

produtores, é uma chance de melhorar a

produtividade. Para o meio-ambiente, de não

precisar avançar sobre novas áreas”, ressaltou

Franco.

Para tirar o projeto do papel, a Syngenta

pretende investir mais em cultivares adaptadas à

região. “Certamente já temos produtos dentro do

nosso portfólio que atendem à necessidade, mas

faremos um esforço adicional para ofertar mais

opções. O produtor brasileiro quer produtividade

e todo o nosso melhoramento é para isso, mas o

produtor de áreas em recuperação pode ter

outras prioridades, como a capacidade da cultivar

de tolerar um ambiente hostil”, afirmou.

A nível global, a empresa também se colocou

dois desafios. O de lançar anualmente dois

produtos com foco maior em sustentabilidade e

de reduzir em 50% as emissões de gás carbônico

em sua operação.

Como já ocorre com o The Good Growth Plan

(programa de sustentabilidade que será

concluído em 2020), as metas do novo plano

serão auditadas. Segundo a Syngenta, o atual

programa contribuiu para a melhoria da

fertilidade de 10 milhões de hectares de terras à

beira da degradação, aumento da biodiversidade

em 5 milhões de hectares, capacitação de 20

milhões de agricultores e incremento de 20% na

produtividade média das principais culturas ao

redor do globo.

https://valor.globo.com/agronegocios/noticia/20

19/10/22/syngenta-investe-em-recuperacao-de-

pastos-degradados-no-cerrado.ghtml

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Novas fronteiras ficam em segundo plano

Diante do posicionamento mais seletivo da

Petrobras nos leilões mais recentes, as

petroleiras estrangeiras avançaram sobre as

reservas marítimas e conseguiram abocanhar

dois terços de cada quilômetro quadrado da costa

brasileira licitado desde a retomada das grandes

rodadas da Agência Nacional do Petróleo (ANP),

em 2017. A desconcentração, contudo, não de

traduz, necessariamente, em investimentos para

muitas das novas fronteiras marítimas - regiões

que contam com poucas informações geológicas

e, portanto, maiores riscos. O baixo interesse das

empresas por essas áreas levanta o debate sobre

quem assumirá o papel de desbravador dos

mares brasileiros, protagonismo assumido

historicamente pela estatal.

Levantamento do Valor, com base em dados da

ANP, mostra que a Petrobras arrematou, seja

como operadora, seja como sócia minoritária,

cerca de 18 mil km2 do mar brasileiro desde

2017, o equivalente a 36% de toda a área da

costa nacional leiloada no período. Para efeitos

de comparação, esse percentual era de 60% na

série histórica, até 2015.

Os números revelam que o aumento da

participação das petroleiras estrangeiras no mapa

exploratório brasileiro não garantiu um interesse

maior por novas fronteiras. Bacias como Pelotas,

Pernambuco-Paraíba, Jacuípe e Camamu-Almada

não receberam uma proposta sequer nos últimos

dois anos.

Dentre as regiões de maior risco exploratório,

apenas oito ativos localizados em águas

profundas das bacias de Potiguar e Ceará

despertaram algum interesse - de empresas

como a Shell, Wintershall Dea e a própria

Petrobras. Pouco para um país continental como

o Brasil, que tem apenas 5% de sua área

sedimentar, em terra e mar, contratada. Para

efeitos de comparação, na 11ª Rodada, de 2013,

o último grande leilão bem-sucedido na oferta de

novas fronteiras, 45 concessões marítimas com

esse perfil foram negociadas.

O diretor-geral da ANP, Décio Oddone, destaca

que a desconstrução do papel da Petrobras como

protagonista da exploração de novas fronteiras é

natural. “O Brasil é um país continental que gera

oportunidades que estão acima da capacidade de

investimentos de uma empresa só. O que vai

acontecer agora, com a abertura do mercado, é

uma diversidade maior de agentes, com

diferentes focos, em diferentes regiões”, disse.

Oddone destaca que existem no mercado

internacional, hoje, pequenas e médias

petroleiras especializadas em explorar novas

fronteiras e que elas podem assumir a função

historicamente ocupada pela Petrobras. Nesse

sentido, o diretor acredita que a oferta

permanente - mecanismo pelo qual a ANP coloca

à disposição do mercado, permanentemente, um

pacote de ativos para compra sob demanda -

pode estimular a entrada de empresas de desse

tipo no Brasil.

“No modelo tradicional de leilões, as áreas em

novas fronteiras eram colocadas à venda e, se

não fossem arrematadas, eram esquecidas.

Agora vão para a oferta permanente e ficam

disponíveis para que as empresas dediquem o

tempo que acharem necessário para estudarem a

geologia e adquirir os ativos”, afirma.

Para a consultora da FGV Energia e ex-diretora-

geral da ANP, Magda Chambriard, o interesse a

“conta-gotas” das petroleiras por áreas de menor

conhecimento geológico está associado ao

cenário de preços do petróleo. Ela lembra que o

caso bem-sucedido da 11ª Rodada se deu num

momento em que a cotação da commodity

superava os US$ 100 o barril.

“Com a queda dos preços, as petroleiras

reagiram e reduziram investimentos em

exploração. Aos poucos, elas estão repondo seus

portfólios, mas com muito mais cautela. Daí a

importância do pré-sal para elas. É uma questão

de interesse ao risco. Os riscos assumidos hoje

são muito diferentes daqueles de 2013, 2014”,

afirma.

Magda não acredita que a exploração de novas

fronteiras acontecerá de forma rápida. Mesmo

tendo alguns ativos fora do eixo Campos-Santos

em suas carteiras, as companhias tendem a

priorizar a exploração nessas duas regiões. “Elas

estão com carteiras de projetos cheias de ativos

de baixo risco e tendem a acelerar a exploração

do pré-sal. Não dá para retardar algo pelo qual

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elas pagaram bilhões. Elas têm que ter um

retorno rápido”, comenta.

Para a consultora, faz mais sentido, neste

momento, falar em novas fronteiras tecnológicas

do que em novas fronteiras geográficas. “Vamos

esbarar em limites tecnológicos que terão de ser

ultrapassados no pré-sal, conforme exploramos

cada vez mais águas mais profundas”, disse.

A consequência de focar as atividades em

Campos e Santos, segundo ela, será a

concentração geográfica dos investimentos no

eixo Rio-São Paulo. “Isso é um empecilho para

descentralizar investimentos para outras

regiões”, comenta.

Embora a prioridade por Campos e Santos seja

uma estratégia natural das empresas, existe o

risco de que, num momento em que a indústria

do petróleo já começa a se preparar para o pico

da demanda e para um mundo em transição

energética, as novas fronteiras do país sequer

sejam exploradas, no futuro. “Temos o risco de

não chegarmos a explorar todo o nosso potencial

”, afirmou Oddone.

Para o economista Rodrigo Leão, diretor do

Instituto de Estudos Estratégicos de Petróleo,

Gás Natural e Biocombustíveis Zé Eduardo Dutra

(Ineep), vinculado à Federação Única dos

Petroleiros (FUP), a desconcentração geográfica

dos investimentos exploratórios é importante na

indústria petrolífera. Ele lembra que o declínio da

Bacia de Campos foi compensado, nos últimos

anos, pela descoberta do pré-sal. E afirma que a

tendência é que o pré-sal, nas próximas décadas,

também viva uma queda natural de sua

produção.

“Uma petroleira do tamanho da Petrobras não

pode parar de buscar novas fronteiras. É um

processo longo de construção. Não pode esperar

chegar num estágio temerário de queda das

reservas. Mas não vejo no curto prazo uma

mudança [na concentração dos investimentos em

Campos e Santos]”, afirma Leão, que é

pesquisador-visitante da Universidade Federal da

Bahia (UFBA).

Segundo ele, é difícil dizer, hoje, quem vai

assumir o papel de desbravador de novas

fronteiras, no Brasil. Ele destaca que as

petroleiras, sejam elas as gigantes do setor ou as

petroleiras menores, historicamente, sempre

trabalharam na esteira da Petrobras, atuando em

áreas onde já há descobertas.

“ Total, Shell e Equinor estão há mais tempo no

Brasil e conhecem mais a geologia brasileira.

Podem despontar como novas desbravadoras.

Mas não há nenhum sinal claro, nenhum

interesse manifesto ainda de que isso vá se

concretizar”, disse.

Petroleiras médias, por sua vez, têm orçamentos

mais limitados e tendem a explorar novas

fronteiras num ritmo mais lento, comenta o

professor da Universidade Federal do Rio de

Janeiro (UFRJ) e ex-diretor da ANP, Hélder

Queiroz. “Antigamente havia um uso da

Petrobras para exploração de novas fronteiras”,

lembrou.

Ele destaca, ainda, que problemas no

licenciamento de poços em novas fronteiras

contribuem para reduzir o interesse por essas

regiões. E lembra o caso da francesa Total, que

pagou cerca de R$ 250 milhões pela aquisição de

cinco concessões na Bacia Foz do Amazonas em

2013, mas teve o seu pedido de licença para

perfuração nas áreas negado pelo Ibama. Seis

anos após a compra dos ativos, a multinacional

terá que reiniciar o processo de licenciamento.

O resultado da 16ª Rodada de concessões, neste

mês, traduz esse desinteresse. Em meio à crise

ambiental provocada pelo vazamento de óleo no

litoral do Nordeste e diante de ações na Justiça

contra a oferta de áreas com eventual risco de

impacto no parque de Abrolhos, os blocos do

Nordeste não atraíram uma proposta sequer.

https://valor.globo.com/empresas/noticia/2019/1

0/22/novas-fronteiras-ficam-em-segundo-

plano.ghtml

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