levin jack e fox james alan cap 1 por que o pesquisador social utiliza a estatc3adstica in...

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    JackLevinJamesA1anFox ,

    ESTATSTICA, A

    PARA CIENCIASHUMANAS

    9 Edio

    Traduo,Alfredo Alves de Farias

    Reviso Tcnica,Ana Maria Lima de parias

    , Professam adjunta ,Departamento de Estatfstlca - Unive"idade Fedl'm! Fluminense

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    SIoPaulo,

    , Bmsil Arg tillll Co16mbl. CostaRicaChile Espanha

  • Resumo

    Tennos-chaveExerdciosOlhando sob uma perspectiYa maisampla: Umapesquisa estudantil

    Por Que o Pesquisador SocialUtiliza a Estatstica

    A Naturcza da Pesquisa SocialPor Que Testar Rip6teses?Os Estgios da Pesquisa S0C11Utili(,(Io dc SiTies NlImricas lIaPesquisa Social

    As FuniJes da Estatl"tica

    Todos ns temos um pouco de cientista sociaL Quase diariamente formulamos suposiesconstrutivas sobre os eventos futuros de nossa vida a fim de fazer planos para novas situaesou experi~ncias. Quando essas situaes ocorrem, algumas vezes podemos confinnar ou apoiarnossas idtias; outras vezes, entretanto. no somos to felizes e devemos encarar conseqnciasnem sempre muito agradveis.

    Consideremos alguns exemplos 4uniliarcs: podemos investir no mercado de aes. votarem .um poltico que promete .resoh-erproblemas sociais. apostar em corridas de cavalos, tomarum remdio para redU7.iros inCOmodas de um resfriado. jogar em um cassino, procurar analliarnosso professor em relao a uma prova ou aceitar um encontro s cegas com base na palavra deum amigo.

    s vezes ganhamos, outras "VeZeS perdemos. As.im, podemos fazer uma aplicao feliz nomercado de aes. mas lamentar nossa deciso quanto ao voto; ganhar dinheiro rom um azaro,mas descobrir que tomamos o remdio errado para uma doena; conseguir bom resultado emuma prova, mas ter um encontro desagradvel com um desconhecido, e.assim por diante. Infeliz..mente, a verdade que nem todas as nossas predies cotidiana.so apoiadas pela experincia.

    Assim como em nossa abordagem co~diana da vida, O cientista social procura aplicar e pre-dizer o comportamento humano. Ele tambm faz .previses construtivas' sobre a natureza darealidade sodal, embora de maneira muito mais precisa e estruturada No decorrer do processo,examina caracteristicas do comportamento humano chamadas varidveis - caraeterlsticas quediferem ou variam de um indivduo para Outro (por exemplo, idade, classe social e comporla4menta) ou de um instante para outro no detOrrer do tempo (por exemplo, desemprego, taxa decriminalidade-c-popula9o). .

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  • ~ rindo por que somente as mulheres geram outros seres e as condiessob as quai~ possvel o.l~. d d ddnascimento) mas o cientista sodal consi eraria o sexo a me apenas como um a o que no~ justifica estudo especial porque jamais varia. No poderia ser utilizado para explicar diferenasf na sade mental de crianas, porque todas as mes so do sexo fem~o. Em contrapartida. a~ idade, a raa e a sade mental da mlie so variveis: em qualquer grupo de indivfduas, elas di-r. ferem de uma pessoa para outra e podem ser a chave para uma compreenso melhor do descD-r. voJyimcnto da criana. Um pesquisador pode, assim. estudar diferenas na sade ment:a.ldef. crianas em funo da idade. da raa e da sade mental de suas mes.l: Alm de especificarvarivcis. o pesquisador social tambm deve determinar a unidade de~~ observaan para a pesquisa. De modo geral. os cientistas sociais coletam dados sobre pessoas. Por!" exemplo. um pesquisador pode fazer entrevistas para dctcnninar se as pessoas idosas so vitimas

    ~de assalto com maior freqncia do que os entrevistados mais jovens. Nesse caso, wn indivduoentrevistado a unidade a ser observada pelo cientista social.

    ~ No obstante,.os pesquisadores por vezes focalizam sua pesquisa em agregados - isto , como as medidas variam em conjuntos de pessoas. Por exemplo, um pesquisador pode estudar~ a relao entre a idade mdia da populao e a taxa de criminalidade em vrias reas metropo-

    tlitanas. Nesse estudo, as unidades de observao so Ieas metropolitanas e no indivduos.

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    ' Quer focalizem indivduos ou agregados, as idias que os cientistas sociais t~m da natu-reza da realidade sodal so chamadas hipteses. Essas hipteses expressam-se freqentementepor uma afirmao sobre a relao entre no m1oimo duas variveis: uma varivel independen-te (ou causa presumida) e uma varidvel dependente (ou efeito presumido). Por exemplo} umpesquisador pode formularoa hiptese de que as crianas socialmente isoladas vem televisomais do que as crianas bem integradas em teu grupo etrio e pode fazer um~ pesquisa emque so feitas perguntas, tanto a crianas sodalmente isoladas como a crianas bem inte.gradas. sobre o tempo que elas passam vendo televisll..o(o isolamento social seria a varivel, independente; o hbito dever tc;leviso seria a varivel dependente). Um pesquisador poderiaainda formular a hiptese de que a estrutura familiar com um nico pai origina maior delin-ql:ncia do que a estrutura familiar com dois pais, passando ento a entrevistar amostIas dedelinqentes e no-delinqOentes para determinar se um ou ambos os pais estiveram presentesem seus fundamentos familiares (8 estrutura familiar seria a varivel independente c a deHn~qncia scria a varivel dependente).

    Assim, tal como seus pares nas cincias fuicas, os peSquisadores sociais freqentementerealizam pesquisas para elevar o grau de sua compreenso dos problemas c das questes em seucampo. A pesquisa social pode tomar muitas formas e ser u~ada para inve.'1tigaruma ampla gamade problemas. Entre os mtodos mais 11teisde pesquisa empregados pelos pesquisadores sociaispara testar suas hipteses figuram o experimento, a pesquisa tipo survey, a anlise de contedo, aobservao participativa e a anlise secundria. Por exemplo, um pesquisador pode reali7.arumexperimento para determinB.!'se a priso de um individuo que espanca sua mulher poder coi~ .bir esse comportamento DO futuro; uma pesquisa tipo Sflrve]l para investigar opinies pol1ticas;uma anlise de contedo dos valOre5'e.D1revistas para jovens; uma observaAo partidpativa de

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    CapItulo 1 Por Que o Pesquisador Social Utiliza a.Bstlitlstiea' fit~/::UJ!1 grup.o polltico extremista ou uma anlise s~drja de estatlsticas goverpamentais sobre :'desempre~o. Neste capitulo abordaremos cada uma' dessas estratgias de pesquisa.

    Experimento I"Aocontrrio da observao cotidian~ (ou de qualquer outra abordagem de pesquisa), o ~eri-..mento distingue-se pelo grau de controle que um pesquisador pode apliro situao de pcsqu.i~sa. Em um experimento, os pesquisadores manipulam efetivamente uma ou mais das variVisindependentes s quais seus individuas esto e.xp9stos.A manipulaiio ocorre qando w;npcS:'quisador atribui uma varivel independente a um grupo de pessoas (chamado grupo exptrirmn-ia1),mas nega essa varivel ao outro grupo de pessoas (chamado grupo de epntroie). Idealmeilte:todas.as outras diferenas iniciais entre o grupo experimental e o de controle so eliminadas aodesignannos aleatoriamente os individuos s condies experimentais e de controle. .. .

    ~or exemplo} um pesquisador que formula a hiptese de que a frustrao at;tmenta:'aagreS$i~dade pode atribuir aleatoriamente certo nmero de individuos 'ROS grUpos exPeri-mental e de controle jogando wna moeda Ccar~' se .o.indivfduo entra no grupo cicp~inientqJ,'coroa' se entra no grupo de control:),.de maneira .que os grupos no dilliam iniciahnente dem8ncir~ sensf\'el. O pesquisador pode ento.manipular a frustrao (a varivel indepe~den-, .'te) solicitando aos membros do grupo experimental que resolvam unl quebra-:Cabea.difl'di.(frustrante), enquanto solicita aos membros do grupo de controle que reolvam 'urna.vers.muito mais fcil (no frustrante) do mesmo,quebra-cabca. Aps todos os indivi(tuoeremcompletado seus quebra-cabeas. O pesquisadr pOde obter uma medida da aarcssividade so-licitando-lhe ..que administrem um 'choque eltrico suave' a outro individuo (na realidade. 'etiSeoutro individuo um aliado do pesquisdor que nunca leva choque, mas os individuos ...prcsu~clmcnte no sabem disso). Se a disposio dos i!,divfduos de administrar um choque'e1tTiCO,maior no grupo experimental do q~eno grupo de controle, essadiferena atnlmfda.ao efeito da varivel independente, 3 frustrao. A conclusll..o~ que a fru~o. na. verdadetende aumentar o comportamento agressivo..

    Em 1995. trs pesquisadores da Universidade de WiscoDsin - loanne Cantor} KristenHarruon c Marina Krcmar - reafu.aram um experimento para estudar O efeito ds dassifica~es da Associao de Cinema dos Estados Unidos.(G, PG, PG-13, R, ~uc vari.am de menos'.mais restritivos) sobre a deciso das crianas de ~tirern a determinado filIDe.'Ospesquisadb.~'res manipularam a varivel independente (classifica dos filmes) solicitando a uma.amostra .de meninos (de 10 a 14 anos) que escolhessem um filme que desejassem vcr em uma lfsta detrs filmes igulllmcnte atraentes. Em todos os casos. dois dos filmes foram classificados como'PG'; apenaS a classificao do terceiro filme, TheMoon-5pinners, variou. Em uma.ba

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  • O!pftuln 1 Por Que o Pesquisador Sncial Utiliza a Jist;l;tica .. :N~Y,~, II .

    Para mostrar como podemos ser fac.il.niCntc'epganadospor Dosso~pjeconceii(js'eester~-tipos, consideremos O que 'sabemos' .sobre assassinatos em massa - qu~ndo indi~Iduos.matatnsjmullaneamente ao menos quatro vitimas. De acordo com o ponto de vista'popular (~'Com os .relatos da imprensa), os indivfduos que perpetram essei,crimes so pessoas tipicamente insanas'.quese tornam subitamente furiosas, traduzindo seu dio em um rasgo de agresso espontl\nea e'impulsiv. Em geral. so coD.sidcradosto~almnte estranhosa suas vitimas. que se encontlam nolugar errado e no momento errado - em um supermercado ou em um trem de subrbio.

    A concepo arna de uni criminoso desse tipo pode parecer bem definida e 6b'via.:Tod~..via, compilando dados do FBI sobre cerca de 697 assassinos no perlodo de 1976'a 1995j Foxe Le~' "vin constataram, ao contrri~ que os indivduos que cometem assassinatos em massa raramente'.so insanos c espontneos - eleSsabem exatamente o que esto fazendo c no So l~vados"amatar.~cndendo a vozes do alm. Os t~Olia e.~moc.mum local p6blico constihi~m exees;:amaioria dos assassinatos em massa ocorre no seio de.famOiasou entre conhecidOs. Geralrrientc,esses a:i~DOSOS visam seu cnjuge e todos os seus fiDtos,ou patres e seus co]ab~radoes, Mui-tos de~,sesassassinos no so impuJsivos, mas sim ~et~cos e seleth'os. Em geral piancjam seusataques e so seletivos quanto svtimas que escolhem para assassinar. Em Ummassacre em ufuesCritrio~~or.exemplo, um as~sino desse tipo pode esColhercomovftimas apenas os cleg~i e .sup~rvisore.,;que ele culpa por sua demisso ou poi ter sido preterido eriJ uma promoo. ..'

    A.tpouco tempo, mesmo os aiminalistas' praticamente ignoravam' os a~assina~os emmassa; :~vez por achar que o assassinalc?em ~lJssa constitua apenas um caso esp'ecial de ho-

    . micf~io (embora, por definio, atinj um ri~ero. maior de pessoas), explicvel peias rneimsteorias' ~plicadas a um homiddio com uma wuca vit.una,'no merecendo, por onseg~te, tra-tamento especial. Desse ponto de vista, o as.~sinato em massa ocorreria, nos mesmos lugares,sob' as mesmas circimstAncias e pelas mesmas raZesque os homiddios com uma .nic v.~mn,

    . A co.mparao dos relatrios do .FBIentre h~middios com uma ina:vftima e os assas.snatos em massa revela padres muito distintos~ local dos assassinatos em massa.dif~re seri~i-velmente d~ local dos homiddios ~ que h'apepas'uma vitima. Primeiramente, os assassinatoseID:massa.no tendem a concentrar-'se'em gi'andes cidades. como acontece com Oshomiddiosdc.uma 1li;cavtima; ao contrrio, ~msua.miot p~e, ocorrem em peqnenas cidades OU zonasrurais. Alm dissoj enquanto o Sul "dosEstados Unidos 'cOnhecido por sua eleVadataxa ~c~i-nnalidadc, isso no vlido'para oSassassin;atosem massa. Em compara'.ocon; os'hmidclios'.de um~ nica vitima, altamente. concentrados nas ~inhanas da parte urbana d'cidde.~' noextremo Sul, onde as discusses freqentemente .seresolvem bala, o assassinato em massa re-flete mais ou menos a distribuio geral da populao. 'i. . . .:

    .. N~o' de surpreender que as armas. de fo~' sejam o instrwnento,~ICfcJdo' nOs.c!!~os.~cassass~a.to em massa, at mais do que em horitiddio~ com uma nica vitima. Obviamente, uinrevlver o"~um rifle o meio mais eficaz ae destrUio CID massa. Mas dincil'matar'Simu1i~~ .n'e.i:nen.te'wngrande nmero de pessoas utiliz.t\ndoapenas a fora fJsicaou meslmo.uma facU'ou'um o~jet rombudo. Altm disso, embora um'4ispositivo explosivo possa ,causar a morte de umgrande nliJl:!crode pessoas (como no'atentad~.de 1995 contra um edificio federal na ddade 'de .Oklhoma), sua imprevisibilidade seria inaceitvel para a maioria dos asSasSinosque perpetramcrimes .cm:massa, que miram suas vitimas seletIvaiD~te. Alm disso, h muitp menos indm.duas p~oficicntes no uso de explosivos, em ComparaOcom armas de fogo.. . " . . .

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    FreqOndaAtitude,em re1niloaos latino,

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    Capitulo 1 Por Que o Pesquisador Social Utiliza a Estatfstica BYi:f(:..._.:J~

    calculados, contados. resumidos, rcarranjados, comparados ou, em uma pa1ana, orga1Jizado~demodo que se possa testar a preciso ou a validade das lpteses.

    Qualquer pessoa que tenha feito uma .pesquisa social sabe que os problemas na anlise de dadosdevem ser confrontados nos estgios de planejamento de um projeto de pesquisa. porque tminfluncia na natureza das.decisesem todos OS outros estgios.Essesproblemas no raro afetamaspectos do planejamento da 'pe5quisa'ou os prprios instrumentos empregados na roleta dosdados. Por essa razo, estamos sempre procurando tcnicas ou mtodos para realar a qualidadeda anlise dos dados.

    Amaioria dos pesquisadores est de acordo quanto importncia da mensura~ona an-lise dos dados. Quando medem determinada caracterfstica. tm condies de associar a ela umasrie de nmeros de acordo com wn conjunto de regras. Os pesquisadores sociais elaborarammedida.~de uma ampla gama de fenmenos, inclusivt:prestgio ocupacional. atitudes polticas,autoritarismo, alienao. delinqncia. classe social, preconceito. dogmatismo, conformismo,desempenho, etnocentrismo, vizinhana. religiosidade, ajuste conjugaI. mobilidade ocupacio-nal, urbanizao, status sociomtrico e fertilidade.

    Os nmeros desempenham pelo menos trs funOes importantes para os pesquisadoressociais, dependendo do n{vel de mensurtlfo particular empregado. Especificamente, as sriesnum~ricas podem ser usadas para:

    I. classificarou ctHegorizar no nlvel nominal de menswaoj2. ordenar por postos no nfvel ordinal de mensuraAo;3. atribuir um escore no nvel intervalar de rnensurao.

    Nvel Nominalo n(Vtl1Jominal de mensurano consiste Ctn nomear ou rotular - isto , dispor os casos emcategorias e contar sua freqncia de ocorrncia. A tftulo de ilustrao. podemos utilizar umamedida de nfvel nominal paro indicar se cada entrevistado norte-ameri.cano ~ preconceituosoou tolerante em,relao aosIatinos. Conforme mostramos na Thbela1.1, podemos interrogar 10

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    Um teste sistemtico de nossas idias ~.obrca natureza, da realidade social costuma exigir umapesquiSa.cuidadosamente planejada e exetit~da, em que se verificam as segurntes ~tapas: .

    , 'i, O problema a ser estudado reduzido a.uma hiptese passlvcl de teste (p.or.exe~plo, 'fa-, ~mllias co:mapenas um pai geram maior delinqna ~o que famlli~ com os d.oispais').

    2.. Elabora-se um conjunto apropriado de instr~entos (por exemplo, um questi.onrio.06 um esquema de cntIcvUitas)... ' .

    3~ Cole~m-se os dados (isto~. o pesquisador pode sair,a campo e fazer uni.a pesquisa).'4. Os dado's so analisados q~anto a sua influncia sobre a hiptese inicial.

    .: 5..-qsrcsuiiados da anlise so. int~~etados e comunicados a um pblico (poi'exemplo,por meio de uma conferncia ou p.~a impr~nsa).

    .Conforme teremos em capftu1~'.subseqent~, o material apresentad~, ,o"~e li:vroest.' .' niais. estreitamenfe ligado ao estgi, da a~lise de dados da pesquisa (veja 'ntnio 4 acima),.. em que Os'dados coletados ou reunidos pelo' p~quisador Soanalisados quanto.a .seu 're1acio~. n!lmento cOma hiptese inicial.:e, Desse.es~g;o da pesqwsa que os dados brutOS.S.Ot~1?elados,

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    Iti~1i;tt:~.'.H-~~! '":..'. ~ constataes relativas ao relacioJ;lamento Yit!mata.iminoso so talvez. to. antntui-f, tlvas quanto posSam parecer bvios os r~tados do:uso de armas de fogo. Contrariamente .r qena popular. esses criminosos. em geral, no atacam estranhos apenas por estarem no lugar. ~: errado.~ na hora errada. Na verdade, qu~e 40% dos assassinatos em massa so cometidos contra~ rnembro.s da farollia. e muitos.envolvem outras' vtimas conhecidas do criminoso. (pof:cxemplo,V .c9m'panh,ciros -de trabalho) . . fato bem conhecido que os crimes freqentemente envolvemr membros'd.a famOia,mas isso especialmente acentuado no caso.de mas.o:;acres. .l~ .'".L As difcrcnas nas circunstncias que ,envolvemesses ~imf4,so i:lramticas.Embora mais

    . ~ da ri:ict{l.db de tod~s os homiddios,com uma .nica vf~a ocorra durante uma discusso'cntrc.ali . . "viI11a.,e criminoso em :poteDcial.-~relativamente raro uma discusso acalorada,'degenerar emI, ~~~~~ . ' '~,.. ' ~~~gumas .dasdiferenas mais ~p~rtnte& entre.os tipos de homi~di~ surgem n~s ~ados~: do cr-JDlUlO'SO. ,Comparado com os crmunosos .que mata:ql apenas wn mdivfduo, o Ct111llDOSO.J em massi',predominantemente do seXomasculino, branco e no muito jovem (-JJ~eia-idaae).J

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    . o.crjmino~odc utna nica vitima c?stuma ser jovem, do sexomasculino e. com frcq~ncia umr ,p.oucomator, negro.~ . Naturahilente, as caracterfsticas da v.ftimaso, em grande parte, funJIodas c:aractedsticas,:. '.. do agrcsso.r;o que indica que os criminosos em massa em geral no escolhem suas vftimas de ma-

    . (1 n,eii ~eat6ria. Por exemplo. as vitimas desses.criminosos comumente sobrancas"simplcsmcnter .. porque os criminosos com quem esto relacionadas ou associadas so brancos. Analogamente,~

    ;. a:prerenu de um maior nmero de rnullieres e jovens entre as vtimas de crimes em.massa, em: : ~ comparao com os homiddios com uma nica. vitima, decorre do fato de que um assassinato

    ; , Upio ein massa nvolve a pessoa que sustenta a casa e 8Jquilatoda a faroilia - sua esposa ei,: seus filhos. !I~ --f~i~~~~jj~~~t~JmTh~:$;i~tt~~~t~!tt~~~~j~~~J[~~if~~~~f1ft:~t~f~~!~3

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    Por Que o pesquisador Social Utiliza a Esta~sti;,.;

    JoyeeP1lulCathyM'tkcJudylceKcllyErni.LindaBen

    CapItulo 1

    Nf,'elli,tervalar

    J o nfveJ inrervalar de mensumiJo no informa: apen~ a ordenao das categorias) mas ineU~ .tambm.a.distt1ncia exata entre elas.1As menswas intervalarcs u~m unidades, constantes'de me._nsllrafo (por exemplo.,dlares'ou ccntav.os,Fahrenheit ou Celsius~minutos ousegwidos)que do intervalos iguais entre ponto$'n~ escala. : . . '. - .

    . 'Aliumas variveis em sua forma nalurts~ de nivel intervalar (~r ,e;.e~pi~.qimntooquilos'o leitor pesa, quantos itmo.~tem ou quanfa!;horas por dia-ouve rdio). Ous,varl,'fjsapresentam rnvcl intervalar em razo da manei!a como as escalonamos. . ,.

    Por esse mtodo, w1a medida intervaJar de preconceito contra I~tinos' - cOm.o~conjunto de respostas 8 uma s~rie dt: pergunta~ sobre latinos. escalonaqas de Os'100 (Iro ~.0'prel'Onceito extremo) -: pode resultar em uma'tabela como a Thbcla 1.3 sobre 10 estudantes eJn ' 'uma sala'de aula. . r...

    Como apresentado nessa tabela, podemos oroenar os estudantes ::m tennos de seus pn:~conceitos e, alin disso, indicar as distncias quc'separam Wn.do outro. PO! cxemplo, podemosdizer que Ben o menos preconceituoso da tur.qJa,porque lhe foi atribudo o escore mais baiX.~odemos dizer tambm que Ben apenas ligiramente menos preconceituoso do que Linda o(fEniie, ~as -muito menos preconceituoso. do qu.e]oyte,. Paul, Cathy ou Mike, os quais furam .atnbufdos escores extremamente altos. Dcpcndend'o da .~alidade do esl~do, e~as infi'ma6espodem se! importantes, mas no esto disponveis no Jvelordinal de Ol~nsura~o:

    .Linda ()uErnic, porque os hJtc~clOs entre os'pOnt'?s ou.postos em uma esca.Ja'ordirialnlo 'soron4edos_nem tm significaO.Assim, nfto podemos atribuir tscores a cascis.localli.adosemp~~ol~da~. .'. , .

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    1AIgnm ptSqulsadotet sodals hum dJst1nfownbtm en~ ftlveIsde m.erl5l1uIO ihttrvlllar e de IlI?"A~ rlepmdendo do pon~tem nll esctla.scr real ou artifidal Paflll grandl: rnaiorlI.das (~fStaUsticas, entmanto, t~ di:;tin~{l irr'rkvalle. .

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    Quando o pesquisador vai alm desse nlvel de mensurao e procura ordenar seus casos em ter-mos do grau em que possuem determinada caraeterlstica) ele passa a trabalhar no nfvelordinalde menstlmo. A natureza do relacionamento entre categorias ordinais depende da caracterfs-rica que ele est procurando medir. Para citar um exemplo familiar. poderamos classificar osindivduos em relao condio socioecon6mica como pertencentes clas.~ealta, classemt-dia ou classebaixa. Ou. em lugar de categorizar os estudantes ~ve.rsit.rios norte-americanosdeterminada turma como ou preconceituosos ou tolerantes, o pesquisador poderia orden-losconforme seu grau de preconceito em relao aos latinos) como indicado na Tabela 1.2.

    O nfve1ordinal de mensurao proporciona informao sobre a ordenao de categorias,mas no indica a magnitudr: dr: difert:nf'2s entre ndmeros. Por exemplo, o pesquisador social queutiliza uma medida de n1vclordinal para estudar o preconCeito contra latinos no sabequo maispreconceituoso um entrevistado do que 01ttro. No exemplo da Tabela 1.2, no possvel determi-nar quo mais preconceituosa Joyce do que Paul. ou quo menos preconceituoso Ben do que

    estudantes wriversitrios de determinada .twma e constatar que 5 podem ser considerados (I)preconceituosos e 5 podem ser considerados (2) tolerante'!.

    Outras medidas de nfvcl nominal em pesquisa social so o sexo (masculino versus femini-no). a situao previdenciria (recebe ou n~o beneficio da previdncia social), o.partido poJjtico(Republicano.aDemocrata e Libertrio. nos Estados Unidos), o carter social (introvertido.. extro-vertido e voltado para o tradicionalismo )ro .modo de adaptao (conformismo. inovao, ritua-lismo e rebelio) e a orientao no tempo (presente, passa~o c futuro), para citar apenas alguns.

    Ao lidar com dados nominais, voc deve ter em mente que cada caso deve ser enquadradoem uma. e sd uma. categoria. Essa exigncia indica que as categorias no .devem superpor-se,ou seja, devem ser mutuamrnte exclude1ltes.Assim, a cor de um entrevistado classificada comobranca nao pode ser classificadatambm como negra; nenhum t:Dtrevistadoclassificadocomo dosexo masculino pode ser considerado tambm do sexo feminino. A exigncia indica tambmque as categorias dt:vem ser .exaustivas - deve haver um lugar para cada caso que surja. Parafins de ilustra~ imaginemos.um estudo em que todos os entrevistados sejam enuevistados e ..catcgorizados pela cor como negro ou branco. Onde colocarlamos um entrevistado chiD~,nocaso de aparecer algum? Nesse calio,seria necessrio ampliar "osistema origiital de ca.tegoriasdemodo ainclnir asiticos ou, ~upondo que amaioria,dos entrevistados sejabranca ou negra, criaruma categoria 'outros' em que sel'iam colocadas essas exceOes.

    Note que os dados nominais no so classificados, dispostos ou escalonados em relaoa qualidade como melhor ou pior, mais alto ou mais.baixa,mais ou.menos. B 6bv?0ento queuma medida nominal de sexo no signifiCo1que os homens sejam superiores ou inferiores smulheres. Os dados nominais so apenas rotulados, s vezes por uma designao (homem ver-sus mulher ou preconceituoso versus tole;rnnle), outras Vt:zfS por um nmero (l versus 2), massempre com o objetivo de agrupar os casos em categorias separadas para indicar identidades oudiferenas em relao a determinada qualidad~ ou caraeterfstica. 'Assim, mesmo que se utillieum nmero para rotular uma categoria (por exemplo, 1;:;:branco. 2 = negro, 3 = outros).ilo.est implicita arnenhuma quantidade.

    Nfvel Ordinal

    Estatlstica para Cincias Humanas

    f

  • :F; quando os pesquisadores utilizam nmeros - eles quantificam seus dados DOS nveis nomi~nal, ordinal c intervalar de medida - que mais .provavelmente empregam a estatstica comoinstrumento de (l) descrio ou (2) tomada de deso. Atentemos melhor para essas importan-tes funes da estatstica.

    qualificaes, enquanto a diferena catre instrutor (5) c assistente (4) substancial- o ltimoem geral exige um doutorado e recebe salrio muito mais alto. Em contraste. a varivel atitudepara comoprofessor apresenta valores de escalonamento com espaamentos praticamente iguais.A diferena entre pouco desfavordvcl (5) e desfavordvel (6) partcestrvirtualmenIe a mesma que adiferena entre pouco desfavordvel (5) e neutra (4). Na verdade, isso vlido para a maioria dasescalas de atitude que variam desde concordo plenamente a disCCJrdototalmente.

    Em vezde se aterem a detalhes. muitos pesquisadores tomam uma deciso prtica. Sempreque possfvell optam por considerar variveis ordinais como intervalcues. IDassomente quando razovel supor que a escala tenha intervalos aproximadamente iguais. Assim. tratariam a va-rivel atitude para com o professor como se fosse intervalar. mas jamais considerariam a varivelposto do professor como algo que no fosse ordinal. Conforme veremos adiante. o tratamento devariveis ordinais com valores praticamente eqUicspaados. como se fossem intervalos. permiteque os pesquisadores utilizem processos estatsticos mais poderosos.

    Capitulo 1 Por Que o Pesquisador Social Utiliza a Estatlstica

    Descrio

    Para chegar a condusOes ou obter resultados, um .pesquisador social em geral estuda centenas,milhares ou mesmo wn nmcro ainda .maior de pessoas ou grupos. Como caso extremo, oBureau of the Census dos Estados Unidos faz uma enumerao omplda da populao daquelepais, na -Qualmilhes de individuas so abordados. A despeito do auxlio de numerosos proces-sos sofisticados. sempre uma tarefa formidvel descrever e enumerar amassa de dados geradospor projetos de pesquisa social.

    Tomemos um exemplo familiar.Na Thbela IA relacionamos os notas de uma prova de 80alunos. Voc:pode enxergar algum padro nessasnotas? Pode descrev-lascni poucas palavras?Em.poucas frases1Pode dizer se so particularmente altas ou baixas como um todo?

    Sua resposta a essas perguntas deve ser n:io. Apesar disso. aplicando mesmo os prin~dpios mais bsicos da estaUsuca descritiva. possvel caracterizar a c.stribui:lo de notas deprova da Tabela 1.4 com um bom grau de clareza e preciso, de modo que as tendncias geraisou caractersticas grupais possam Serrapidamente descobertas e comunicadas a todos os inte-ressados. Primeiramente, as notas podem ser reposicionadas em ordem consecutiva {da maisalta para a mais baixa) e agrupadas em um m\mero muito menor de categorias. Conformemostra a Tabela 1.5, essa distribuio de freqUlncias agrupadas (que ser discutida detalhada--mente no Captulo 2) apresenta as ,notas dentro de categorias mais amplas, juntamente como nInero ou freqU~ncia {f) de estudantes cujas notas se enquadram nessas categorias. V-sefacilmente. por exemplo, que ]7 estudantes receberam notas entre 60 c 69 e que apenas 2 es-tudantes tiveram notas entre 20 e 29.

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    Aluno Escore"'

    Ioyec 98Paul 96C,lby 95Milre 94Judy 22Joe 21Kelly 20Emie 15Linda 1IBtn 6

    li Escore. ~ anos Indlcllrn me.'or pR'OOl'lCeto em relaao aos latInos.

    , Dillci1merite podemos confundir ~ Varivelposto do professor com uma varivel inter~valar, A diferena entre instrutor (5) e monitor (6). mJnima em termos de prestgio, salrio ou

    ,.'iratantJ como Intervalos algllmas .variveis Ordinais

    _.Como vimos, os nfvcis de mensurao variam em teimas de seu grau de sofisticao ou refina-,mento. desde a 'classificao simples (nominal) at a disposio em postos (ordinal) ou escore"'(intervalar). A eSsa altura, a distino entre os nlveis .nominal e ordinal deve estar hem dara."Seria difiil confundir o nvel de mensuraO atingida pela varive1'eoTdo eabelo'.(louro, ruivo,Dcgro:).'que n~mina], com o lVe1de mensurao da varivel da 'condio ~~ cabelo' (seco,.norm~,.'oloo,so l., que ordinal. . .

    A distino entre ordinal e inlervl3;I",entretanto, nem sempre bvia. No raro, variveis..que.so estritamcote ordinais ,podem ser tratadas como se fossem intervalares"quando as catc~-gorias or~enada$ apresentam um espaamento razoavelmente uniforme.

    Por cx~lo. as duas variveis seguintes (posto do professor e atitude para 'com op~fessor).. 'so ambas ordinais: '

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    Valor. Posto Atitude paraLnn'cscnln do prof~or com o professor

    .1 I, emrito Muito favorvel2

    I,Tenlpo inte~ . Favorvel

    .3 I Associndo, POuco favorvel1. ; 4 Assistente Neutm5. InstrutOr Pouco desfavorvel6 Monitor Desfavorvel7 Awtil:iar de ensino Muito desfavorvel,

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    PorQue o PesquIsador SOCJaUtihza ~ Eslatlstica (;ilr,J!i "::.;_~

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    Capitulo I

    o

    20

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    tes, fornece um quadro mais claro da tend~ncia global do grupo ou do desempt:nho d tunna.Nesse exemplo, a mdia aritmtica 60,5 - 'uma not3" muito baixa em comparao.: CC!m asmdias de numas com que o estudante pode estar familiarizado. AparcntcIDente,.esse'grupo de80 estudantes' teve um desempenho relativamente fraco como um todo; -, '

    , d ~. , :

    As.~,. com o aux1lio de di'ipositi,vos :estatfsticos, como n distribuiao d~ ::freqO.~ij~asagrupada~, grficos emdia arilmtica. podemos detectar e descrever padres Ol.!- tendncias emdistribUies de escores (por exemplo, as notaS na Tabela 1.4) que de outra maneira passariam'despercebidos ao observador eventual. No presente contexto, ento. a esta~1rtiQl pod~ia sei 'defi'- .'nida como 11mconjunto de tcnjcns para a reduDode dados quantitativos (isto t, rIma srie de n~- .meros).'a um pequeno nmero de turnos descritivos mais convenientes efacilmente:tTansmissi~s ..

    ..:

    TOl1ladade Dedsl10

    Para tes.t~ hipteses, freqUentemente vocl= ter de ir alm da simples desCrio ..Muitas :VeZesprecisar nU! inferncias - isto , tomar decis~ com base em dados coleta dos de apenas umaparte ou'amostm do grupo maior que deseja estudar. Fatores como custo. temPo c'necessidade de .UDJa,sup'erviSo adequada muitas vezes impedem-,nos de proceder a uma ,entlDl~~O ;9rnp1eta"ou a uma pesquisa sQbre todo o grupo (os pesquisadores sociais chamam de populao ou unj~:,verso esse grupo maior do qual se cxtrai a amostra) ... ' . " ': ::'.: ',..

    . i t. -",.. 'Como veremos no Captulo 6, toda vez que os pesquisadores soais tc~tam hJ,pteSes .s'bre

    uma 'amostra devem decidJr se' correto gene.ralizar os resultados para toda a pop~o da' qual

    .~.~,.

    - ,. ',~:.7 .......~::.: ;:~~.J;..

    371617151192

    90-9980-8910-7960-6950-5940-4930-3920-29

    ~.\'.~~1~;"'~~~~;ir;~%~~~lfW;\IXg~,~$.jp.~f.'J~ft~ .:::~....~~:.~~~1f.,.,J!t?~~r,~~o.:~.~~fi.I$,~,:{~72 49 81 52 3138 81 58 68 7343 56 45 54 4081 60 52 52 3879 83 63 58 5971 89 73 n 6065 60 69 88 7559 52 75 70 9390 62 91 61 5383 32 49 39 5739 28 67 74 6142 39 76 68 6558 49 72 29 7056 48 60 36 7972 65 40 49 3765 72 58 62 46

    IiJ

    I-

    QuITo processo til (oxpliCOldo no CapItulo 2)_dispe as notas graficamente. Conformemostrado na Figura J.l.as COltcgorias de nota, (de 20-29 .90-99) so coloCOldas ao longo de umareta de um grfico (ou seja) a reta horizontal) e .seus nt\meros ou freqndas, ao longo de outra reta(isto ) o eixo vertical). Esse arranjo resulta em uma representao grfica visualizada de maneirabastante simples (por exemplo, o grfico em brras), em que vemos .que a maioria das notns caientre 50 e 80 e que relativamente poucas notas,so muito mais altas ou muito mais baixa0;.

    Como ser mostrado DO Capftulo 3) um mtodo estatfstico particularmente convenientee 11til- com o qual voc j deve estar mais ou menos familiarizado - consiste em perguntar:Qual a nota mdia nesse grupo de 80 estudantes? A mdia aritmtica (ou simplesmente m.dia), que podemos ooter somando todas as notas e dividindo a Sorna pelo nmero de estudan.

    !I

    III

    ~

    ~:-\,:,:..,~:;>SiZ::;-~t.. . ~~1. ~:.!:i"i{i EstaUstcpara Cincias Humanas

    L. -

    ,I

  • 2080100

    Feminino

    Sexodo entrevistado

    30

    70100

    .Ma.~culino

    Nmero dos que j6,.experimentnmmNmero dos que nunca cxpcrimentaromTotal

    Consumtl de maconba

    Capitulo 1 . .Por Que o Pesquisador Social Utiliza a Estatstica

    apresentam suficientemente grandes para serem .&eneralizadas,.de maneira confivel, para apopulao .universitria, muito maior. de 20.000 estudantes. F...ssesresultados representam ver-dadeiras diferenas populacionais? Ou temos aqui apenas diferenas casuais entre os dois sexos,devidas estritamente a erro amostral- o erro que ocorre sempre que tomamos um pequenogrupo para representar um grupo maior?. Para ,ilustrar O proble~a da generalizao de resultados de.amostras para populaes

    maiores, imagine que os pesquisadores tenham obtido-os resultados constantes na Tabela 1.7.Note que esses resultados .ainda esto na direao .predeterminada: 30 homens contra .apenas20 mulheres ewerimentaram maconha. Mas, ainda assim. estaremos propensos a generalizar.e.e;sesrc.

  • No presente contexto, ento, a estatstica um conjunto de tCtf.icas de tornada de decisoque ajudam o pesquisador a fazer inferncias de amostras paro as populaes e}assim, testar hip-teses sobre a natureza da realidade sodal.

    I Uma Nota Importame sobre Arreondamentojf Para amaioria dos estudantes) o problema do arredondamento pode ser confuso. Naturalmente,

    sempre wna satisfao quando urna resposta consiste em um nmero inteiro, porque no sefaz necessrio nenhum arredondamento. Para outros casos, em que defrontamos com um n-mero como 34,233333 ou 7,126534, a detenninao de quantos algarismos devemos considerarse torna problemtica.

    Para 05 casos em que devemos arredondar, podemos aplicar a seguinte regra: arredon-dar a resposta final para mais dois algarismos do que os que -constam nos valor~ originais. Se osescores originais so todos nmeros inteiros (por exemplo) 3, 6, 9 e 12)) arredonde sua respostafinal para duas casas decimais (por exemplo, 4)45). Se os valores originais contm uma casadecimal {por. exemplo, 3,3; 6)0; 9,5; 12,8) ento sua resposta ,deve ser arredondada para tr~casas decimais (por exemplo. 4,456). O Apndice B apresenta uma discusso sobre como fazer oarredondamento.

    Muitos do~problemas deste livro exigem vrios passos intermedirios antes de chegar resposta final. Ao utilizar uma calculadora; em geral voc no precisa arredondar os clculosfeitos no decorrer do trabalho (isto ,para' os passos intermedirios). As calculadoras costumamapresentar mais algarismos do que os realmente necessrios. Como regra geral para passos in-termedirios, no arredonde at chegar a .hora de det~ai a resposta final.

    As regras prticas. elementares) naturalmente, devem ser aplicadas com certo grau de bomsenso. Como exemplo extremo, vo no arredondaria para apenas duas casas decimais o clculoda trajetria ou o ~pu1so necessrio para enviar um missil Lua;mesmo uma impreciso mfni-

    . ma poderia ocasionar um desastre. Por ~utro lado, ao resolver problemas'para sua aula de estatsti-ca)apreciso de sua resposta menos importante do.que propriamente o aprendizado do mtodo.Pode acontecer de a sua resposta diferir ligeiramente da resposta obtida pelo resto da classe ou daque aparece neste texto. Por exemplo, voc pode obter 5,55 e o resto da classe, 5,56; no entanto,ambas as respostas podem e"Sbrcorretas. A diferena pequena e pode facilmente ter resultado douso de duas.calculadoras com diferentes capacidades de memria ou de uma seqncia diferente.

    Ili .'~ensuraoi .~l . :

    Nvel de mensura. I

    Nominal!,"

    Ordinal I;Intervalar :

    HipteseVarivelExperimento:Pesquisa tipo surveyAnlise de contedoObservao participativa

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    .' .' .11Capitulo I Por Que o Pesquisador Social Utiliza a!~tatlJtiCa .. 1~~i'i

    Neste livro, seguiremmem geral essa regra elementar. Em alguns !Lmplos,cntre~::arredon~armos passos intermedirios por 'questo de c.lareza- desde qJe isso';~o in~de a;.respostafinal. '. . I: '1 '. . '.'

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    Capitulo I Por Que O Pesquisador Social Utiliza a Estatlstica

    d. Os nfveis de llgressividade pessoal. influenciaJJ] o tipo de evento esportivo a que as pes.soas preferem assistir? Para verificar isso, o socilogo distribui um questionrio a umaamostra aleatria de adultos. Alm das informaes padronizadas bsicas, o questionrioinclui wna srie de itens que medem a agressividade (por exemplo: cQuantas vezes umelemento se viu env01vido em discusS6~ acaloradas com vizinhos ou amigos?') e umalista de verificao dos esportes a que os entrevistados gostam de assistir.

    7. Identifique o nvel de mensurao - Dominal, ordinal ou intervalar - representada emCildaum dos itens do questionrio seguinte: .a. Seu sexo:

    I _ Femiriino2 _ Masculino

    b. Sua idade:I _ Menos de 20 anos2_20-293_._30-394_40-495_50-596_60-

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    2_Sul3_Sudeste4_ Outra (esp,cifique)

    i, Indique sua orientao poltica assinalando o local adequado:LIBERAL _ : _ : _ : _ : _ CONSERVADOR

    12345

    Para cada um dos itens a s~guir. indique o nvel de mensurao - nominal, ordfual ou inter-vaIar:a. Um alfaiate utiliza uma fita mtrica para determinar em que lugar cortar precisamente

    uma pea de pano,b. A velocidade dos corredores em uma competio determinada por um juiz com um

    cron6metro.Co Com base nas cifras de freqncia, os editores de uma revista de msica determinam os

    postos dos 'lO mais importantes' concertos derock do ano.d. Uma Zloga conta o nmero de tigres, lees e elefantes que v em tuna rea de preser-

    vao da vida selvagem.e. Pede-se a um funcionrio de uma loja de convenincia que faa um inventrio de todos

    os artigos nas prateleiras DO fim do ms.f. O diretor acadmico de uma pequena faculdade conta o nmero de calouros e de alunos

    do segundo, terceiro e quarto anos que vivem em residncias do campus.g. Utilizando uma fita mtrica. um pai mede o crescimento anual de seu .filho.h. Em uma pista de corrida~ os corredores em um preo de meia milha foram classificados

    em primeiro. segundo e tereiro lugar.

    um instrumento de pesquisa - um ques-tionrio ,preenchido por entrevistados deuma pesquisa ou entrevistas te1ef6nieas oupessoais - um pesquisador pode provocar. respost8$ moldadas segundo 'seus interes-ses particulares.

    . Damos a seguir um instrumentode pesquisa bem simples e, ainda assim,realista, destinado a estudar Os hbitos defumo e bebida entre estudantes,do ensinomdio. O objetivo entender no apenasat que ponto eles fumam e bebem lcool,mas tambm os fatores .que explicampor que alguns estudantes fumam e be-bem 'enquanto outros no o fazem. Maisadiante aplicaremos processos estatsticosque daro um sentido aos resultados daspesquisas. Por ora, conveniente anteci-par o tipo de informao que esperamosanalisar.

    Suponha que esta rpida pesquisaseja preenChida por um grupo de 250 es-tudantes. das classes do ensino mdio. emum colgio urbano hipottico, mas tlpico .Neste caph110 introduzimos nveis de men-

    .~~:'.

    surao. Note que muitas vanveis nestapesquisa so nominais - se o entrevistadotuna ou consumiu lcool no. ms passado-. as~im como caractersticas lele, .comoraa e sexo. Outras variveis 'so a.aliadas ..no nvel ordinal - ~specificarnente, atque ponto o entrevistado est envolvidoem seu grupo etrio, sua participao em .esportes/exercidos. assim COlno o desem- .penha acadmico. Finalmente, h" ainda _outras variveis que so.me4idas no rrlvel ..intervaIar - em particular. consumo diriode cigarros, idade e a srIe que cursa.

    Para ver em primeira mo a manei-ra como os dados so coletados; dis~i:t>uapor sua prpria conta a pesquisa ou algosemelhante. Mas. como nos programas' deculinria na teIevisao. para nossos.prop~-

    . tos aqui daremos, ao final de cad~ parte dotexto, resultados estatsticos ,'pr-co.udos'.para ilustrar o poder dessas, tcnicas.:nacompreenso. do comportamento .. Como. -sempre, importante voc no se preocu-par com detalhes, mas considerar a '.confi..:gurao mais ampla.

    , OIANDO SOB UMA PERSPECTIVA MAIS AMPLA"-. . - . .

    Uma Pesquisa Estudautil

    Este livro aborda tpicos particulares emwna perspectiva detalhista.Ao mesmo tem-po, importante, como se costuma dizer.'ver a floresta por meio das rvores'. Assim,ao trmino de cada parte importante dotexto. aplicaremos os processos estatsticosmais teis ao mesmo conjunto de dadosextrados de uma pesquisa hipottica.Essa atividade continuada deve mostraro processo pelo qual o pesquisador socialcaminha, desde as idias abstratas at acon-

    firmao ou a rejeio de hipteses sobreo comportamento humano. Tenha sempreem mente que esta seo no constitui umsimples exerccio, mas sim uma ilustraode como a pesquisa social realizada na,prtica,

    Por muitas razes, as pesquisastipo 5urlley tm sido, de longa data, a es-tratgia mais comum de coleta d dadosempregad8: pelos pesquisadores sociais.Por meio do planejamento cuidadoso de

    Pesquisa Estudantil

    Responda honestamente s seguintes ques-tes. No coloque seu nome no formulrio,a fim de que suas respostas permaneamcompletamente privadas e annimas.

    1. Qual sua nota mais freqente na es~colar

    2. Como voc classificaria seu desempeRMO acadmico?

    _ Um estudante excelente; maioriadas notas: A.

    _' Um bom estudante; maioria dasnotas:B.Um estudante mediapo; maioriadas notas: C.

    _' _ Um estudante ab,aixo da' mdia;maioria das notas: D.

    3. No decorrer do ms passadoJ voc fu-mou algum cigarro?

    Sim

    No4: Se fumante. quantos cigarrosl em ~-

    dia. costuma fumar por dia'!_ pordia,

    5. No decorrer do ms. passado. tompucerveja, vinho ou alguma outra bebidaalcolica?

    Sim

    No

  • ',-;-7- No9.. Co~ que freq~ntia voc:participa de:"atividades esportivas ou faz ~cios?

    :I ~-:," ." ",'

    ..~ri~.".'~~~.E~tfs1icaP8IaCienCi.SHumana,. (,"" . ~" r;,,_,,.. In' j.I

    'l' . '". ~. Se tomou cerveja~-vinho ou outra bebi.-lfI.',. : .da alcolica no ms passado. em quan-:!~~ tas ocasies isoladas isso ocorreu?

    .' I~', . i. i'~: '-.'..vezes. .....f.: . 7. 'Qul. das afinnaes a seguir melhorI;J: ...._ ..descr~: seu clroJIode ami~os?~L.:.... . -'- Te1ho muitos amigos .fp.timo.s.U ~~ Jepho pouoos ami~s ntimos.

    .ffl' ....' ..L Tenhn um amigoltimo,g . . _';_ Realmente no tenho nenhUm~ . . ~ ariligo ntimo.~ ," .,'. 8: 'Algwp de seus paisfunia?r. .. ' I Sim~.

    . ~ '.'