guia familiar pós-parto

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unidades da: www.saudecuf.pt travessa do castro, 3 av. infante santo, 34 1350-070 lisboa geral 213 926 100 r. manuel maria viana, 4, alcântara 1300-383 lisboa geral 213 612 300 estádio alvalade XXI rua professor fernando fonseca 1600-618 lisboa geral 210 019 500 rua mário botas, parque das nações 1998-018 lisboa geral 210 025 200 rua fernão lopes, 60, cobre 2750-663 cascais geral 211 141 400 rua fonte das sete bicas, 170 4460-188 sra. da hora geral 220 033 500   c    ó    d    i   g   o     d   o     f   o    l    h   e    t   o rua joão carlos júnior, 5 2560-253 torres vedras geral 261 008 000 estrada da circunva lação, 14341 4100-180 porto geral 220 039 000 guia familiar pós-parto ginecolog ia e obstetrícia

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    unidades da:

    www.saudecuf.pt

    travessa do castro, 3

    av. infante santo, 341350-070 lisboageral213 926 100

    r. manuel maria viana, 4,alcntara1300-383 lisboageral213 612 300

    estdio alvalade XXIrua professorfernando fonseca1600-618 lisboageral210 019 500

    rua mrio botas,

    parque das naes1998-018 lisboageral210 025 200

    rua ferno lopes, 60,cobre2750-663 cascaisgeral 211 141 400

    rua fonte

    das sete bicas, 1704460-188 sra. da horageral220 033 500

    cdigod

    of

    olheto

    rua joo carlos jnior, 52560-253 torres vedrasgeral261 008 000

    estrada da

    circunvalao, 143414100-180 portogeral220 039 000

    guia familiar ps-parto

    ginecologia e obstetrcia

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    amamentao

    Amamentar um acto natural, mas requerum perodo de adaptao. A quantidade deleite produzida no depende da me, sen-do regulada pelo beb segundo 3 factores:intervalo entre as mamadas, volume de lei-te ingerido de cada vez e se obtm leite deuma s mama ou das duas.Pode haver uma grande variabilidade no in-tervalo entre as mamadas e no volume deleite ingerido por refeio, mas no no vo-lume total ingerido diariamente. O choro um sinal tardio de fome e nem todos os be-bs choram aps a manifestao dos sinaisprecoces de fome.

    benefcios do leite materno o melhor e mais completo alimento queexiste para o beb.Previne infeces, obesidade e diabetes.Est sempre pronto e temperatura ideal. econmico e de fcil digesto.

    A amamentao previne hemorragias no

    perodo ps-parto e promove a involuouterina.Reduz o risco de cancro da mama, do ov-rio e de osteoporose.

    Ajuda a me a recuperar o seu peso habitual.Amamentar um acto de amor e carinho,que proporciona uma relao intima entreme e beb, sendo um factor fundamentalpara o seu desenvolvimento psico-afectivo.

    como funciona a amamentaoDurante a mamada, sempre que o bebsuga, as terminaes nervosas do mamiloiniciam um ciclo em que intervm hormonas(ocitocina e prolactina) que levam ao pro-cesso de produo de leite e sua passa-gem da mama para o beb.

    ocitocinaA ocitocina estimula a contraco das clu-las musculares volta dos alvolos e o leiteque est armazenado na mama fli mais fa-cilmente durante a mamada. Se o reflexo daocitocina no funcionar bem, o leite perma-nece na mama e no sai, reduzindo a quanti-dade de leite necessria para o beb.

    como ajudar o reflexo da ocitocinaSentimentos agradveis como sentir-secontente, ter prazer quando v ou sente obeb, mesmo quando chora.

    Este guia tem como objetivo disponibilizar um conjunto de informaes teis, que possamdar resposta a dvidas que surjam neste perodo to peculiar, que dura aproximadamente4 a 6 semanas, chamado Puerprio.

    Com o regresso a casa inicia-se uma nova etapa familiar. Para os pais este momento degrande felicidade e alguma ansiedade. Quando se trata do primeiro filho pode ser um

    momento delicado, implicando alteraes quer do espao fsico quer do relacionamentodo casal. fundamental conseguir manter o equilbrio entre marido e mulher e emsimultneo desenvolver e construir a relao com o beb.

    Partindo do conceito de puerprio e da nossa experincia quanto s dificuldades sentidasneste perodo, fizemos uma abordagem dos problemas mais frequentes da mulher e doscuidados ao beb.

    Estamos disponveis e queremos ser elementos de ajuda para ultrapassar as dificuldadesinerentes a esta nova fase.

    A Equipa de Sade do Hospital CUF Descobertas

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    A confiana na sua capacidade de ama-mentar e a convico de que o seu leite o melhor para o beb tambm so facto-res importantes.Evitar factores de stress ou ansiedade.

    prolactinaA prolactina actua na mama, fazendo comque as clulas secretoras produzam leite.Cerca de 30 minutos aps a mamada a pro-lactina atinge o pico mximo de concentra-o no sangue, o que faz com que a mamaproduza leite para a mamada seguinte.

    Quanto mais mamadas, mais leite pro-duzido.

    A produo de prolactina aumenta noi-te; portanto, amamentar durante a noite especialmente importante para manter aproduo de leite.A prolactina faz com que a me se sintarelaxada e algumas vezes sonolenta.

    factor inibidor da lactaoExiste no leite uma substncia, que se per-manecer na mama actua como factor inibi-dor, faz com que as clulas deixem de o pro-duzir, controlando a produo excessivade leite. Se o leite materno for removido, ofactor inibidor tambm removido e entoa mama produz mais leite.

    + MAMADAS = + ESTIMULOS = + LEITE

    caractersticas do leite maternoA sua composio altera-se ao longo dotempo, do dia e da mamada. Varia de acor-do com as necessidades do beb e adapta-se ao seu ritmo de crescimento. Durante aalimentao exclusiva com leite materno obeb no necessita de ingerir gua ou ou-tros suplementos.

    Colostro de cor amarelada e/ou transpa-rente produzido em pequena quantidades

    at ao 2 a 3 dias aps o parto. pobre emgorduras e lactose, mas muito rico em pro-tenas e anticorpos que vo proteger o bebcontra infeces. Tem efeito laxante e pro-move a maturao do intestino.

    Leite de transiotem uma cor mais pare-cida com a do leite. Tem maior concentra-o de gorduras, vitaminas e lactose (maioraporte energtico). Entre o 2 e o 3 dia, asmamas ficam mais tensas e poder surgir umpico febril, isto deve-se ao aumento do volu-

    me de leite produzido (descida do leite).

    Leite madurosurge a partir do 15 dia atao desmame, durante a mamada inicialmen-te o leite mais lquido e aucarado (rico emgua e hidratos de carbono) e vai tornando-se cada vez mais espesso e rico em lpidos(gorduras).

    factores de sucesso da amamentaoProcure manter o beb perto de si, espe-cialmente de incio, para conhec-lo bem.D de mamar sempre que o beb apre-sentar sinais precoces de fome e em ho-rrio livre.Assegure uma pega correcta.Mantenha as mamadas da noite.Evite a utilizao de mamilos artificiais,chuchas e biberes (o diferente posicio-namento da lngua confunde o beb quecomea a ter dificuldade em mamar).Pondere a introduo de substitutos doleite materno (interferem no processo paraestabelecer e manter a produo e a quan-tidade de leite).Se estiver insegura, pea ajuda a um tcni-co de sade.

    mamadasDevem ser frequentes em horrio livre, semrestries na durao, nos intervalos, ou noacesso a uma ou duas mamas em cada refei-o. No existe relao entre o tamanho dopeito e a capacidade de produo de leite.

    Oferea primeiro a mama em que o bebno mamou da ltima vez ou a que ma-mou em ltimo lugar.

    Deixe o beb esvaziar completamente a

    mama e s depois oferea a outra.O beb deve mamar at ficar satisfeito.O intervalo livre entre as mamadas, habitu-almente no ultrapassa as 4 horas.

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    dar de mamarLave bem as mos.Escolha um lugar agradvel e adopte umapostura confortvel para que se sinta relaxada.Se der de mamar sentada, as suas cos-tas devem estar direitas e apoiadas assim

    como os braos. Os seus ps devem assen-tar completamente no cho. Coloque umaalmofada no colo para apoiar o beb.Se der de mamar deitada, deite-se bem delado, com uma almofada debaixo da suacabea e o ombro repousado na cama.Uma vez que o beb esteja a mamar bem,ser capaz de o alimentar confortavelmen-te em qualquer local.

    daptar o beb mama importante assegurar que o beb faz umaboa pega, de outra forma pode no conse-guir ingerir a quantidade de leite suficiente,durante a amamentao que pode ser dolo-rosa, e os seus mamilos podem ficar magoa-dos e/ou gretados.

    o que fazerSegurar o beb bem aconchegado a si.A barriga do beb deve estar encostada sua (cabea, ombros e corpo numa linha recta).O nariz ou lbio superior do beb devemestar na direco do mamilo.Esperar que o beb abra bem a boca(pode roar levemente os lbios contra oseu mamilo).Mova-o rapidamente para a mama, bebpara a mama e no mama para o beb (o ma-milo e a arola devem ficar na boca do beb).

    Verifique: a boca do beb est bem aber-ta, o queixo encostado mama e o lbioinferior voltado para fora.A arola mais visvel por cima do que porbaixo da boca do beb.O padro de mamar do beb muda desuces breves para longas, profundas ecom pausas.

    sinais de ingesto suficiente de leiteNos primeiros dias difcil perceber se obeb est a ingerir a quantidade de leiteque precisa. As dvidas aumentam se estiversempre a chorar ou no acalmar depois da

    mamada. A maioria dos bebs mama entre8 a 10 vezes por dia e ao fim da 1 semanaentre 6 a 8 (mais ou menos de 3 em 3 ou de4 em 4 horas).

    Durante a mamada observe a deglutio

    do beb, (engolir).As mamas esvaziam e ficam mais molesdepois do beb mamar.A urina do beb deve ser clara e sem chei-ro, em mdia com 6 a 8 fraldas molhadas/dia.As fezes devem ser semilquidas e amare-ladas, a partir do 5 dia e tem pelo menos3 dejeces dirias.O beb apresenta uma pele firme e hidra-

    tada.

    o que deve comerEnquanto estiver a amamentar, procuremanter uma dieta equilibrada e variada comingesto de lquidos.

    o que NO deve fazerIngerir bebidas estimulantes como chpreto e caf ou bebidas alcolicas.Fumar.Tomar medicamentos sem receita mdica.

    Problemas relacionados com a amamentao

    mamilos gretadosOs mamilos podem ficar doridos ou com fis-suras logo no incio da amamentao, tor-nando este um processo doloroso.

    como prevenirVerificar se o beb pega bem na mama.No interromper a mamada, deixar queseja o beb a faz-lo. Se necessrio, devecolocar um dedo entre a aurola e a lnguado beb de modo a interromper a suco.Lavar os mamilos apenas uma vez por dia(hora do banho).Evitar a utilizao de discos absorventes

    impermeveis.Utilizar conchas de arejamento sob osoutien.Aplicar e deixar secar algumas gotas de lei-te materno e pomada para o efeito (hidra-

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    tante/cicatrizante) no mamilo e aurola,aps o banho e cada mamada.

    o que fazerIniciar a amamentao pelo mamilo menosdoloroso.

    Continuar as indicaes para preveno.

    ingurgitamento mamrioQuando ocorre a descida do leite entre o2 e o 3 dia, as mamas podem ficar tensas,quentes e dolorosas. Pode surgir febre (38)durante 24 horas.

    como prevenirIniciar a amamentao logo aps o parto em

    horrio livre (sempre que o beb quiser),e assegurar uma pega correcta.

    o que fazerAplique calor (placa trmica/compressasquentes ou chuveiro com gua morna) emassaje suavemente a mama com movi-mentos circulares em direco ao mamilo.Coloque o beb a mamar primeiro namama mais cheia.Se a mama continuar congestionada apster amamentado, deve esvazi-la manual-mente ou com ajuda de uma bomba ex-tractora de leite, at sentir-se confortvel.No fim, aplique frio (placa trmica/geloprotegido ou compressas frias) por 5 mi-nutos, suspender por 2 minutos e aplicarpor mais 5 minutos.Na mamada seguinte repetir o mesmoprocedimento na outra mama.

    mastite (mama inflamada)Nesta situao a mama fica vermelha, tensa,quente e bastante dolorosa, provoca mal-estar e acompanhada de febre. Est as-sociada ao bloqueio de ductos (canal ondepassa o leite), ou a situaes infecciosas as-sociadas contaminao por microorganis-mos atravs dos mamilos gretados.

    como prevenirTratar o ingurgitamento e os mamilos gre-tados.

    Evitar a compresso excessiva da mamacom os dedos durante a amamentao.Evitar roupas que comprimam a mama.

    o que fazerContinuar a amamentar.

    Aps a mamada do lado afectado, esvaziarmanualmente ou com ajuda de uma bom-ba extractora de leite, at sentir-se confor-tvel.Seguir as indicaes de como tratar o in-gurgitamento.Consultar o seu mdico obstetra.Repousar.

    extraco e conservao de leite materno

    Antes de iniciar a extraco lave bem as suasmos. Os materiais utilizados na extraco earmazenamento podem ser lavados na m-quina da loia ou com gua quente e saboe enxaguados abundantemente com gua.Seque e guarde-os em local limpo.

    para facilitar a sada do leiteProcure manter-se to confortvel e relaxa-da quanto possvel.Aplique calor (placa trmica/compressasquentes ou chuveiro com gua morna).Massaje suavemente a mama com movi-mentos circulares em direco ao mamilo.Estimule levemente os seus mamilos entreo dedo indicador e o polegar.

    tcnica para extraco manual

    Faa um C com a sua mo para apoiar amama e coloque o polegar acima e o indi-cador abaixo da linha da arola.Mantendo os dedos na mesma posio,

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    exera uma ligeira presso para trs.Comprima e pressione para a frente aomesmo tempo o polegar e o indicador,sem deslizar na pele.Suspenda a presso e repita o movimentoanterior alternadamente (comprima, pres-

    sione e solte).Pode rodar a posio da mo em volta daarola.

    bombas ManuaisSo mais fceis de usar quando a mama estcheia do que quando est menos firme.

    bombas ElctricasSo rpidas e fceis de utilizar porque fun-

    cionam automaticamente. So especialmen-te indicadas se tiver necessidade de extrairleite por um perodo de tempo prolongado,(ex. beb internado na neonatologia).* Se utilizar uma bomba manual ou elctrica,siga as instrues do respectivo fabricante.

    Conservao do leite maternoEm cada extraco deve identificar o reci-piente para recolha e conservao do leitecom a data e hora.

    3 dias no frigorfico a uma temperatura de2-4C3 Meses no congelador do frigorfico comporta separada.6 Meses na arca congeladora.Congele o leite que no tenciona utilizardentro de 24 a 48 horas.Descongele o leite lentamente no frigorfi-co ou temperatura ambiente.Depois de descongelado conserve o leiteno frigorfico e utilize-o dentro de 24 horas.Aquea o leite em banho-maria e nuncano microondas.Uma vez aquecido temperatura ambien-te dever ser utilizado, ou deitado fora.

    aps o partoAs alteraes fsicas e fisiolgicas e os des-confortos sentidos podem interferir com oseu bem-estar (fadiga, auto-cuidado, etc.) e

    so normalmente associados a queixas do-lorosas a nvel da regio abdominal e peri-neal, problemas da amamentao, doresmusculares e das articulaes, hemorridase obstipao.

    Involuo uterinaO processo de involuo uterina (terovoltar ao tamanho normal) inicia-se aps oparto e dura aproximadamente 10 dias. Ascontraces uterinas esto presentes nasprimeiras 48 a 72 horas, especialmente du-rante a amamentao, porque o reflexo desuco do beb estimula a secreo de oci-tocina que, por sua vez, estimula as contrac-es uterinas, tornando-as mais intensas.

    lquiosSo perdas de sangue por via vaginal que seiniciam aps o parto. Inicialmente so san-guinolentas e aps 10 dias tornam-se ama-reladas, diminuem a quantidade e desapa-recem entre 3 a 6 semanas.

    episiorrafiaSutura do corte cirrgico feito no perneo,(regio muscular que fica entre a vagina e onus) durante o parto, para facilitar a passa-gem do beb. Os pontos caem espontane-amente e no necessitam de cuidados almdos de higiene.

    o que fazerAplicar gelo protegido durante 15 minu-tos, vrias vezes ao dia at no sentir dor/desconforto (+- 2 dias aps o parto).No usar tampes.Manter a regio da sutura o mais seca elimpa possvel, (evita infeco).Mudar o penso higinico com frequncia.Limpar-se sempre de frente para trs quan-do urinar ou evacuar.Evitar ficar sentada por muitas horas segui-das enquanto o perneo estiver em fase decicatrizao.

    Contrair a regio gltea antes de se sentar

    e utilizar uma bia como apoio.

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    cesarianaA cesariana uma cirurgia abdominal, peloque normal sentir dores e/ou desconfortonesta zona, devido inciso e s contrac-es do tero. A inciso interna uterina cica-triza habitualmente em seis semanas e a su-

    tura da pele numa semana. Se tiver pontosexternos devem ser retirados entre o 8 -10dia aps parto. A cicatriz costuma ficar aver-melhada durante alguns meses, tornando-semais clara ao fim de 6 meses a 1 ano, depen-dendo do seu tipo de pele e gentica.So raras as complicaes associadas cesa-riana no entanto podem surgir hematomas,seromas, infeco ou deiscencia da sutura.

    O que fazerSe no tiver penso, manter higiene habi-tual, lavar a cicatriz no banho e de seguidasecar muito bem com a toalha.Se tiver penso, deve ser trocado e retiradosegundo a indicao do seu mdico obs-tetra, (ver nota de alta).No fazer esforos ou levantar pesos (pro-cure segurar o beb quando estiver sen-tada).Manter uma postura ligeiramente curvadanos primeiros dias, se proporcionar confor-to (evita tenso da pele).Para levantar-se da cama, vire-se de lado eutilize o brao para fazer fora de modo alevantar o corpo.Apoiar a sutura com os braos ou uma al-mofada, para tossir ou espirrar.Repousar.Utilizar uma cinta ps-parto, para alivio dador e desconforto.Massajar a rea da sutura com um cremecicatrizante, depois de retirar os pontos demodo a que a pele volte firmeza ante-rior.

    cintaA cinta deve ser usada somente para ajus-tar e aconchegar o abdmen nos primeiros

    dias, aps o parto por cesariana e deve sercolocada abaixo do umbigo. Dificulta a recu-perao ps-parto e compromete a normallocalizao dos rgos plvicos da mulherno futuro, por ex. a incontinncia urinria,

    pode surgir s na menopausa, devido a umadeficiente recuperao no ps-parto.A deciso de utilizar a cinta e por quantotempo deve ser tomada em conjunto com oseu mdico obstetra.

    doresAs contraces uterinas so normalmenteindolores, mas podem ser intensas principal-mente durante a amamentao e nas mult-paras (mulheres com mais de um filho). Asdores abdominais originadas pela cesarianaou as dores da episiorrafia devem diminuirde dia para dia, sendo controlveis com uti-lizao de analgsicos. Deve apenas tomaros medicamentos recomendados pelo seu

    obstetra, especialmente se amamenta.As dores musculares e articulares so essen-cialmente devidas a posicionamentos incor-rectos durante o trabalho de parto, parto e/ou amamentao e aconselhvel o exerc-cio fsico, pois ajuda os msculos a recupe-rarem a sua forma e tonicidade, devendo seriniciado de forma gradual.

    funo urinriaAs mices no devem ser dolorosas e nosprimeiros dias podem ser mais frequentesdevido eliminao da gua retida pelo or-ganismo durante a gravidez. Pode surgir in-continncia urinria, durante os primeiros 3a 4 meses aps o parto que dever ser pas-sageira. Por vezes torna-se necessria umareeducao muscular atravs dos exercciosde Kegel (contrair e descontrair os msculosperneais).

    funo IntestinalVrios so os factores que predispem obstipao durante este perodo e que con-tribuem para que se instale um ciclo emque a obstipao se acentua cada vez mais,sendo mais doloroso evacuar, o que por suavez leva a uma inibio da eliminao intes-tinal, aumentando o desconforto, a dor e a

    ansiedade. Essa inibio muitas vezes re-forada pelo receio que ocorra deiscnciada sutura perineal ou pela presena de he-morridas.

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    o que fazerAumentar a ingesto de gua e de alimen-tos ricos em fibra.Andar, fazer pequenas caminhadas.Se persistir, solicitar ao obstetra a prescri-o de medicao.

    hemorridasSo veias dilatadas do canal anal e podemser causadas no s pela gravidez mas tam-bm pela fora exercida durante o parto.

    Podem ser internas ou externas, sangrar ouno, mas so habitualmente dolorosas.

    o que fazer

    Aplicar gelo protegido durante 15 minu-tos, vrias vezes ao dia.Alternar aplicao de gua fria e morna nolocal da hemorrida.Adoptar posies que aliviem o descon-forto.Utilizar uma soga ou bia como apoioquando estiver sentada.Manter a funo intestinal regular.Aplicar e/ou tomar os medicamentos indi-cados pelo seu obstetra.

    edemas dos Membros InferioresEstes edemas podem prolongar-se at trssemanas aps o parto.

    o que fazerElevar as pernas, durante os momentos derepouso e enquanto amamenta.Fazer pequenas caminhadas.Passar gua fria, 1 a 2 minutos, nas pernase ps, durante o duche.

    o casal imprescindvel manter alguma privacidadee cumplicidade, para que pai e me, respei-tando o ritmo de cada um, estabeleam econstruam individualmente e em conjunto arelao com o seu filho. Devem ter ateno,

    para no influenciarem a relao que cadaum estabelece com o beb. Este processopermite que juntos construam, o modelo deuma nova famlia. A participao do pai noscuidados ao beb (ex. dar banho, mudar

    a fralda, passear) e nas tarefas domsticaspermite em simultneo proporcionar memomentos de repouso.Aceitar, compreender, apoiar as mudanasde humor da parceira fundamental nesteperodo, e se achar que ela est deprimida,

    deve procurar ajuda.

    menstruaoA 1 menstruao surge entre a 6 e a 8 se-mana aps o parto, nas mulheres que noamamentam, sendo imprevisvel o seu apa-recimento nas mulheres que amamentam.

    mtodo contraceptivoO momento da primeira ovulao to im-

    previsvel como o do reaparecimento damenstruao e pode ocorrer entre 5 a 6 se-manas aps o parto. A amamentao atrasaa sua ocorrncia mas no previne que umanova gravidez possa ocorrer. A escolha deum mtodo anticoncepcional efectivo deveser realizada em conjunto com o seu mdi-co obstetra, tendo em conta alguns dos se-guintes factores: a amamentao, a existn-cia de possveis contra-indicaes e a alturaideal para o seu incio.

    reinicio da relao sexualO reincio das relaes sexuais uma de-ciso que compete nica e exclusivamenteao casal. Deve ocorrer quando este se sentirpreparado, e aps a completa cicatrizaodas regies traumatizadas pelo parto. re-comendado que se aconselhe com o seumdico obstetra.As primeiras relaes sexuais, podem serligeiramente dolorosas e por isso devemser mais cuidadosas. Pode utilizar um lubri-ficante, pois o revestimento da vagina estmais fino e menos lubrificado sobretudo seamamentar ou estiver a fazer contracepohormonal.

    repouso

    O trabalho de parto, a falta de descanso eo desequilbrio hormonal associado aos cui-dados com o beb, contribuem para o sen-timento de no se sentir altura das exign-cias da maternidade.

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    o que fazerDormir ou descansar nos perodos em queo beb dorme.Envolver o pai nos cuidados ao beb.Desligar o telefone e limitar o nmero devisitas.

    Fazer apenas o trabalho domstico essen-cial e se possvel, contratar algum paraajudar, (aceite ou pea ajuda).Gerir tempo para si, (ex. fazer uma massa-gem, ir ao cabeleireiro ou passear).Uma dieta equilibrada.

    exerccioA ginstica de recuperao ps-parto per-mite que conhea o seu corpo, recupere a

    forma fsica, confiana e auto-estima, facto-res que a ajudam a evitar a depresso psparto.Os exerccios para a musculatura que formao pavimento da bacia podem ser iniciadosno dia seguinte ao parto, realizados vriasvezes ao dia e praticados por toda a vida.Eles reforam a sustentao da bexiga e dointestino, fortalecendo a vagina e diminuin-do o risco do aparecimento futuro de pro-blemas como incontinncia urinria e quedada bexiga.Os exerccios fsicos para corrigir a flacidezabdominal e o contorno corporal podem seriniciados aps 2 semanas do parto normal,iniciando com poucos minutos, at atingir 20a 30 minutos por dia. De maneira semelhan-te, pode ser iniciada a prtica desportiva.Quando o parto tiver sido cesariana, o seuincio deve ser, pelo menos, 6 semanas apso parto.As seguintes actividades fsicas podem me-lhorar a sua condio muscular e devem servalidadas com o seu mdico obstetra antesde terem incio.

    exerccios para recuperar ou melhorar a to-nicidade muscular do pavimento plvico:

    Deite-se de costas, sem almofada, com1.

    as pernas juntas esticadas e os braos aolongo do corpo. Respira profundamenteexpandindo o peito e contraindo a barriga.Partindo da posio anterior, dobre a ca-2.bea para a frente e toque com o queixo

    no peito mantendo relaxado o restantecorpo.Partindo da posio 1, levante uma das3.pernas, dobrando o joelho at encostar acoxa barriga. Faa este exerccio alter-nando a perna direita com a esquerda.

    Partindo da posio 1, levante uma das4.pernas o mais que puder, sem dobrar o jo-elho. Aps alguns segundos, baixe a pernalentamente. Faa este exerccio alternandoa perna direita com a esquerda.Partindo da posio 1, levante as duas5.pernas juntas o mais que puder, sem do-brar os joelhos. Aps alguns segundos,baixe as pernas lentamente at retornar posio inicial.

    Mantenha a posio 1 e cruze os braos6.sobre o peito. Sem mover os ps e aspernas, levante a cabea e os ombros al-guns centmetros. Fique assim por algunsinstantes e retorne posio inicial.Partindo da posio 6, sem mover os ps7.e as pernas, levante o tronco at ficarsentada. Aps alguns instantes retorne posio inicial. Este exerccio pode serrealizado com as mos entrelaadas atrsda cabea.Aps o exerccio anterior tente ficar sen-8.tada e incline-se para a frente 3 vezes,antes de retornar posio inicial.Deite-se de costas, sem almofada, com9.as pernas ligeiramente afastadas e do-bradas, com os ps apoiados e os braosao longo do corpo. Levante a bacia demodo que o corpo fique apoiado somen-te nos ps e ombros. Junte os joelhos econtraa os msculos da vagina, nus endegas e retorne posio inicial.Apoie-se sobre os cotovelos e os joelhos,10.mantendo as costas rectas, e contraa abarriga, mantendo-a assim por algunssegundos. Aumente diariamente essetempo at alguns minutos.

    visitas

    As visitas, tanto na maternidade como emcasa, no devem ser frequentes ou prolon-gadas, pois interferem com os seus pero-dos de descanso, com a sua disponibilidadepara o beb e com a rotina familiar.

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    Consulta de Reviso ps-partoEsta consulta deve ser realizada 4 a 6 sema-nas aps o parto (ltima semana da mulhercomo purpera). Nesta consulta efectua-do o exame ginecolgico para despiste depossveis complicaes.

    Deve consultar o mdico Obstetra nas se-guintes situaes

    Mastite (mama inflamada)Lquios persistentemente em abundantequantidade, cheiro intenso, aspecto puru-lento ou se tiver febre.Local da cicatriz apresentar perda de san-gue, liquido amarelado, pus ou os bordosafastados um do outro.

    Aparecimento de zona quente, vermelha edolorosa nas pernas.

    o beb

    Competncias do recm-nascidoCada beb apresenta, desde o nascimentoum conjunto de competncias sensoriais ecomportamentais que lhe permite uma in-teraco activa. Utilizando respostas com-portamentais, estabelece os seus primeirosdilogos.

    Viso: Quando o beb nasce a viso no estainda totalmente desenvolvida. enevoadae sem profundidade, como se contemplasseo mundo atravs de um vidro embaciado.As pupilas reagem luz e o reflexo de pes-tanejar facilmente observvel. capazde focar e contemplar intencionalmente osobjectos (preferencialmente o rosto huma-no) sendo a distncia ideal de cerca de 20 a30 cm. Prefere tons suaves e avermelhados aluzes fortes e brilhantes.

    Audio: A escuta selectiva dos sons e rit-mos da voz materna durante a vida intra-uterina prepara o beb para reconhecer e

    interagir imediatamente com a me desde oprimeiro momento de vida. Tem prefernciapela voz humana, especialmente pela dospais. O som suave e rtmico suscita-lhe inte-resse e promove-lhe tranquilidade.

    Olfacto: O beb tem o sentido do olfactofortemente apurado, estando apto a distin-guir os cheiros agradveis dos desagrad-veis. No gosta de cheiros fortes e agressi-vos como o de desinfectantes e perfumes.Por outro lado, sente-se atrado por odores

    doces, como o leite materno. Com poucassemanas de vida capaz de distinguir ocheiro da me.

    Paladar: Desde o nascimento o beb apre-senta um paladar desenvolvido, conseguin-do reconhecer os sabores bsicos: doce,amargo, salgado e cido, embora apenas odoce lhe agrade (leite da me).

    Tacto: O tacto constitui um importante meiode comunicao entre o beb e o mundoque o rodeia, funcionando simultaneamen-te para o despertar ou acalmar. As zonas docorpo mais sensveis so a boca, as palmasdas mos e as plantas dos ps. O toque as-sume assim um papel importante na relao.Um toque suave produz um efeito calmantee relaxante, enquanto um toque mais forte erpido desencadeia, com frequncia, sinaisde desconforto (irregularidade da respira-o, alterao da colorao da pele, movi-mentos bruscos e descoordenados). Quan-do o beb est desperto conversem comele num tom de voz suave e toquem-lhecom serenidade.

    Personalidade: As diferenas comporta-mentais das crianas, nas primeiras sema-nas de vida, no esto apenas relacionadascom a personalidade dos pais ou com a for-ma como so cuidadas mas essencialmentecom o seu temperamento pelo que algunsbebs so mais fceis de cuidar: acordam ealimentam-se em ciclos regulares, so mo-deradamente activos, adaptam-se rapida-mente mudana e esto normalmente debom-humor. Outros porm so bebs maissensveis, no tm ciclos regulares de sono

    e fome e as suas necessidades variam de diapara dia. Adaptam-se menos facilmente mudana. Em certas ocasies choram inten-samente e podem ficar irritados por razesvariadas. Podem ser mais sensveis ao baru-

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    lho, luz e ao movimento. Estes necessitamde maior flexibilidade e de uma rotina clarae estvel para ganharem confiana.Observe o seu filho e v descobrindo, aospoucos, a sua personalidade. Estas desco-bertas sero muito importantes para que

    possa adaptar a forma como cuida e a aten-o que lhe deve oferecer.

    estados de sono/ vigliaOs estados de conscincia correspondemaos nveis de disponibilidade do beb. Con-soante o estado de conscincia do beb,assim ele est ou no disponvel para inte-ragir.

    Sono profundo: Este o estado de sonomais restabelecedor e o mais importantepara o crescimento do beb. Neste estado,os olhos esto bem fechados e o beb estmuito quieto, sem se mover. Pode ter pe-quenos sobressaltos, mas no acorda nemdeve ser acordado.

    Sono superficial: Durante o sono activo ousono leve, o beb encontra-se mais vulner-vel ao mundo exterior. Ele pode mover-se,contorcer-se e espreguiar-se com frequn-cia. Ao nvel do rosto frequente o bebfranzir o sobrolho, fazer caretas, sorrir, mexera boca e mamar na lngua. Os olhos movem-se, mantendo as plpebras fechadas. Nesteestado o beb pode ser acordado facilmente.

    Estado de sonolncia: No estado de sono-lncia, o beb pode esticar-se, bocejar oumovimentar os braos e as pernas. Os olhospodem abrir-se e fechar-se, voltando para oestado de sono superficial vrias vezes an-tes de acordar. Os estmulos tendem a des-pert-lo, no entanto, -lhe difcil manter-sedesperto mesmo que tentem chamar-lhe aateno.

    Estado de alerta tranquilo: Nos primeirosdias de vida o beb mantm-se alerta porcurtos perodos. Neste estado o beb estacordado, calmo, com um olhar atento. Estemomento propcio interaco, conse-

    guindo-se facilmente a sua ateno.

    Estado de alerta irritado: Este o estadoque precede o choro. Perante uma estimu-lao exagerada o beb tende a entrar numestado de irritao. Os movimentos so de-

    sajeitados e descoordenados. Deve-se acal-mar o beb e confort-lo.

    Choro: Decifrar o choro do beb um de-safio que combina intuio, conhecimento,percepo e aprendizagem. Com o tempovo identificar que chora de diferentes mo-dos, consoante aquilo que quer transmitir.

    sono

    Os bebs por norma dormem muito tempo,chegando a dormir 18 horas por dia. Dor-mem por perodos de sono curtos (de 3 a 4horas), sem ritmo circadiano, no distinguin-do o dia da noite.Cada beb tem o seu padro de sono, de-pendendo do seu temperamento e do am-biente que o envolve. Enquanto dorme,cresce e constri a sua inteligncia, produzhormonas de crescimento, activa a sua me-mria e as suas capacidades de aprendiza-gem. por isso importante respeitar o seuritmo de sono. medida que o beb cresceos seus padres de sono mudam adaptandoos seus ciclos de sono aos dos pais.

    Nos primeiros meses de vida o recm-nas-cido deve dormir no quarto dos pais, quedeve ser arejado, evitando objectos queacumulem p e ter luz natural.A temperatura mdia do quarto deve serentre os 18 e 20 C.O beb deve ser sempre deitado de cos-tas na sua cama com a cabea lateralizada,alternadamente para a esquerda e para adireita. desaconselhada a partilha da cama entrepais e filhos pelo risco de asfixia e da Sn-droma de Morte Sbita Infantil.

    Rotinas para estabelecer padres de sono:

    De diaManter a iluminao natural e os rudos

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    normais da casa.Ajustar o seu ritmo ao ritmo do beb.No interferir nos padres de sono man-tendo o beb, (mant-lo mais tempo acor-dado durante o dia, no faz com que dur-ma mais e melhor durante a noite).

    noiteManter apenas uma luz de presena e inte-ragir com o beb de forma calma, apenaspara aliment-lo e mudar a fralda.No responder de imediato se o beb semexer; pode estar a sonhar.Criar uma rotina. Ao fazer as coisas da mes-ma forma todas as noites, sensivelmente mesma hora ajuda o beb a perceber que

    est na hora de dormir.No adormecer o beb ao colo, deit-loquando estiver sonolento, mas ainda acor-dado. Isto vai ajud-lo a aprender a ador-mecer sozinho, sem ter de ser embaladoou amamentado.

    choroA me, est biologicamente programadapara atender e responder ao choro do seufilho. Ao ouvir o beb chorar ocorrem trans-formaes neuro-hormonais que a prepa-ram fsica e psicologicamente, para suportaro stress e o cansao.Com o tempo, percebe-se que quando obeb tem fome chora de forma energticae persistente, acalmando-se de imediatoquando a me lhe oferece a mama, Quandotem sono, o choro mais meldico e cont-nuo, diferente de quando tem alguma dorou desconforto, em que o choro forte e obeb parece inconsolvel.

    podemos destacar como causas do choro:Causas fsicas: Fome; estar sujo ou molha-do; roupa desconfortvel; frio ou calor ex-cessivo; sono; fadiga; excesso de estmulos.Causas emocionais: alvio de tenso emo-cional; exigir a presena dos pais; insegu-

    rana; falta de ateno; pedido de consoloou mimo.Ser sensvel e estar atento s necessidadesde um beb exige muita disponibilidade

    por parte dos pais. importante responderao apelo do choro com tranquilidade, assim,o beb sente que o seu pedido de ajuda foicompreendido e mereceu uma resposta.Quando as causas fsicas foram excludas eo choro persiste, podemos pensar em cau-

    sas de desconforto emocional. Na maioriadas vezes o choro acalma e cede quando obeb confortado.

    medidas de confortoPegar ao colo, aconchegando-o junto aopeito.Envolver o beb com uma manta, com osbraos e pernas flectidos, (semelhante posio que tinha no tero).

    Oferecer chucha ou colocar ao peito.Evitar barulho e diminuir a intensidade dasluzes.Embalar e cantar, ou colocar msica que re-laxe (sons da natureza) e/ou sons rtmicos.

    H que realar que apesar da antecipaopor parte dos pais para as necessidades dobeb e do esforo para o entender e conso-lar, existem no entanto bebs difceis. Afamlia, em particular os pais, ficam cansa-dos e por vezes desesperados. Estabelece-se assim um ciclo vicioso entre o choro per-sistente da criana e a ansiedade, o cansa-o e o desespero dos pais. Para ultrapassaresta fase, sugere-se o recurso a medidas deapoio familiar.

    Medidas de apoio familiarMobilizar o apoio de familiares e amigos.Fazer turnos.Utilizar tcnicas de relaxamento para des-contrair.Descansar sempre que possvel durante odia enquanto o beb est a dormir.Ter ajuda nas tarefas domsticas.Falar com outros pais com problemas se-melhantes.Procurar apoio em linhas de ajuda / tc-

    nicos de sade.

    clicasSurgem pela 3 semana de vida, manifestan-

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    do-se por perodos sbitos de choro agudoe persistente, sem causa identificvel, emcrianas saudveis. Estes episdios de agi-tao so mais frequentes ao fim do dia eem primeiros filhos. uma situao transit-ria de etiologia multifactorial (deglutio ex-

    cessiva de ar, imaturidade gastro-intestinale tenso emocional), que habitualmente seresolve pelos 3 meses.

    aconselhvel uma postura calma dos pais,saber que este choro intenso e inconsolvelda criana considerado normal, devendoapenas proporcionar ao beb medidas deconforto (ver choro). Pode ainda colocar obeb no colo com a barriga para baixo ou

    massaja-la.Em caso de necessidade deve consultar omdico pediatra.

    massagem para as clicasA massagem abdominal, realiza-se atravsde movimentos lentos e ritmados (no sen-tido do trnsito intestinal). Permite tonificaros msculos, facilita o trnsito/eliminaointestinal, diminui a distenso abdominalaliviando o desconforto e a dor associadasaos episdios de clicas. Para aliviar e evitarestes episdios, pode realizar a massagemsempre que necessrio ou 2 a 3 vezes por dia.

    Para que as mos escorreguem suavemen-te, sem atrito e sem desconforto utilize pre-ferencialmente um leo vegetal (leo deamndoas doces, camomila ou semente deuva) ou creme hidratante. Deve aplic-lo eesfreg-lo nas suas mos antes de iniciar amassagem.

    Deslize a palma das suas mos, uma segui-da da outra, de cima para baixo e da direitapara a esquerda (de frente para o beb dasua esquerda para a direita). Deve repetireste movimento pelo menos 3 vezes.Segure as pernas do beb pelos tornoze-

    los e, com os joelhos juntos, pressione-ossuavemente contra a barriga. Mantenhaesta presso aproximadamente durante5 segundos. Alivie a presso exercida e aposio das pernas, esticando-as, e volte a

    repetir, vrias vezes.Segure os tornozelos do beb e dobre-lheum joelho sobre o abdmen e endireite-lhe a perna, repita o movimento com aoutra perna, como se estivesse a andar debicicleta lenta e ritmicamente.

    Com a mo esquerda desenhe um crcu-lo completo no sentido dos ponteiros dorelgio volta do umbigo, sem levantara mo da barriga do beb. Quando estaest na regio inferior do abdmen a modireita desenha um semicrculo (das 9h s6h) mesma direco, faa este movimentovrias vezes.Repita o movimento de dobrar as pernas.

    chuchaO beb utiliza a boca para satisfazer as suasnecessidades alimentares, mas tambmpara proporcionar o alvio da dor e tenso,atravs da suco.

    cuidados a ter com a chuchaEvitar a utilizao da chucha enquanto aamamentao no estiver bem estabele-cida.Limitar a utilizao da chucha a curtos pe-rodos, apenas para acalmar o beb e nahora de dormir, para evitar que se torneum hbito.Esterilizar a chucha (ferver em gua duran-te 5 minutos) antes da primeira utilizao.Manter a chucha o mais limpa possvel, la-var com gua quente e detergente e no fi-nal passar por gua limpa em abundncia,pelo menos uma vez por dia e sempre queentrar em contacto com superfcies menoslimpasAs chuchas devem ser substitudas de 2em 2 meses ou sempre que apresentemfissuras.Nunca molhe a chucha em acar ou mel(substncias doces).

    alimentao do bebAs consultas de vigilncia de sade durantea gravidez e/ou a preparao para o partopermitem aos pais esclarecer dvidas, pre-

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    ocupaes e expectativas relativamente forma como vo alimentar o beb.

    Nos primeiros dias aps o nascimento, de-vido perda natural do excesso de lquido(edema) e ingesto de pequenos volumes

    de colostro, pode registar-se uma perda at10% do peso de nascimento. Habitualmenteao 2-3 dia aps o parto a me tem a des-cida de leite passando o leite a estar dis-ponvel em maior volume e aporte calrico.A partir do 4- 5 dia verifica-se um aumentode peso do beb (em mdia 20 a 30 g/diadurante o 1 ms de vida), permitindo igua-lar progressivamente o peso de nascimentoat 2 semana de vida.

    Nos primeiros dias, com a ingesto de co-lostro, que facilmente digerido, o bebpode ter necessidade de mamar com maisfrequncia (ao fim de 1h30 a 2h). Posterior-mente com a transio do leite, as refeiespassam a ser mais previsveis com intervalosde (3 a 4h) e perodos mais alargados duran-te a noite. Habitualmente o beb mama 8 a10 vezes nas 24h.

    sinais precoces de fome do beb:Movimentos de busca e de mastigao;Mover e chupar os punhos;Emisso de sons suaves;Inquietude

    aleitamento artificialOs leites artificiais so elaborados a partirde leite de vaca, adaptados a satisfazer asnecessidades do beb de acordo com asua idade.

    Verificar a data de validade inscrita na em-balagem de leite antes da sua utilizao.A lata de leite em p deve estar bem ta-pada e depois de aberta s pode ser utili-zada durante um ms. Prepare um biberode cada vez e use-o de imediato.A embalagem de leite artificial lquido

    deve ser agitada antes de abrir e conser-vada no frigorfico para consumir no prazode 24h.

    esterilizao dos biberesEm condies normais de higiene, desdeque se lave frequentemente e bem as mos,as doenas infecciosas so menos frequen-tes. Ferver ou esterilizar biberes e tetinasno necessrio. Lave os biberes e tetinas

    com gua quente, detergente e utilize umescovilho, de forma a eliminar todos os re-sduos. No final passe abundantemente porgua limpa. Depois de secos, guarde-os emlocal limpo, no esquecendo de colocar atetina no bibero virada para dentro e fech-lo com a respectiva tampa. Tambm podemser lavados na mquina de lavar loia.

    preparar o bibero

    Lave as mos antes de preparar o bibero.Utilizar gua fervida durante 5 minutos,(mais tempo concentra a gua em sais) ouguas indicadas para preparao de ali-mentos para lactentes que no precisamde ser fervidas, se utilizadas dentro doprazo de validade aps abertura (ver em-balagem).Deixar arrefecer a gua at ficar morna(evita destruir nutrientes e a formao degrumos).Colocar a gua dentro do bibero e verifi-car a quantidade de gua pela graduaodo mesmo, ao nvel dos seus olhos.Encher a colher de medida que vem den-tro da lata de leite sem pressionar o p.Retirar o excesso com a esptula, de modoa que fique rasa.Respeitar as propores de gua e de leiteem p referidas na embalagem, (30ml degua/ 1 colher de p).Juntar de seguida o p gua e fechar obibero com a tampa.Para dissolver fazer movimentos rotativossem agitar o leite, at obter uma soluohomognea.Para aquecer o bibero deve faz-lo embanho-maria.Antes de dar o bibero ao beb deve ve-

    rificar a temperatura do leite deixando cairumas gotas no pulso ou dorso da mo. Oleite tem de estar morno e no quente.

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    O leite deve cair gota a gota da tetina eno em fio, de forma a evitar situaes deengasgamento.

    o que NO fazerMedidas a olho ou Meias doses, (se

    for necessrio aumentar a quantidade deleite deve ser sempre de 30 em 30ml).Colocar primeiro o p e depois a gua.Calcar o p na colher de medida porqueaumenta a concentrao final do leite apsa sua preparao, o que pode provocardesidratao e sobrecarga de protenas eminerais no rim do beb.Colocar menos quantidade de p porqueo leite muito diludo impede o beb de in-

    gerir a quantidade de nutrientes necess-ria ao seu crescimento.Reaproveitar o leite que sobrou de umamamada ou reaquec-lo.Ferver ou aquecer o leite, mesmo o ma-terno, no microondas pois pode destruirprotenas e nutrientes e ainda provocarqueimaduras.

    Administrao do biberoAlimentar um beb por bibero mais fcil,porque mesmo que no esteja bem acorda-do capaz de chuchar na tetina. Contudoeste um momento propcio relao queestabelece com os pais/cuidadores, impres-cindvel ao seu desenvolvimento.

    Quem administrar o bibero deve sentar-se numa posio confortvel com as costasapoiadas, podendo utilizar uma almofadade amamentao para apoiar o seu braoe corpo do beb.Recostar o beb numa posio semi-sen-tada, com a cabea apoiada no brao,aconchegando-o junto ao corpo e semprebem acordado.Para diminui a ingesto de ar, o biberodeve estar suficientemente inclinado coma tetina preenchida com leite.

    Enquanto alimenta o beb deve falar com

    ele. Esta proximidade fundamental paraestabelecer laos afectivos.

    arrotarO arroto consiste na expulso do ar que obeb deglutiu durante a mamada. Para aju-dar o beb a arrotar (ou eructar), deve colo-ca-lo virado para si de p encostado ao seutronco com a cabea apoiada num dos seus

    ombros. Pode dar-se palmadinhas ou mas-sajar a parte superior das costas. frequen-te quando o beb arrota bolar pequenasquantidades de leite.

    Se o beb ingeriu menor quantidade de ardurante uma mamada pode no arrotar. De-pois de estar deitado pode ficar incomoda-do com dificuldade em adormecer. Nestassituaes pegue novamente no seu beb e

    coloque-o em posio de arrotar.

    bolar / regurgitarBolar ou regurgitar consiste na subida deuma parte do contedo do estmago at boca. Isto resulta da imaturidade funcio-nal do esfncter esofgico inferior, ou seja,a vlvula que impede a passagem de ali-mentos do estmago para o esfago e queainda no est a funcionar perfeitamente. muito comum nos primeiros meses.

    O que fazerAlimentar o beb calmamente, sem pressas.Aumentar o nmero de refeies, dimi-nuindo a quantidade em cada mamada.Esperar que arrote antes de o deitar.Evitar fraldas ou roupas muito apertadas.

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    Evitar estimular muito o beb aps a ma-mada, (por exemplo tomar banho, mudara fralda, etc.).

    Manobra de desengasgamentoSe o beb se engasgar deve observar se res-

    pira ou chora. Se no o fizer, deve:Colocar o beb de barriga para baixo so-bre o seu antebrao com a cabea inclinadapara baixo (ver figura), dar 5 pancadas nascostas, entre as omoplatas (utilize a base damo, com fora adequada ao tamanho dacriana). Se entretanto o beb no comeara chorar, verifique se respira, e se no o fizerrepita a manobra.

    PeleO recm-nascido, um ser frgil, a sua peleno excepo pelo que vai adquirindouma maior resistncia medida que a crian-a cresce. A maior parte das alteraes queso observadas na pele dos bebs e que sur-gem nos primeiros dias, so completamenteinocentes e desaparecem com o tempo.

    ictercia fisiolgicaIctercia fisiolgica a colorao amareladada pele que pode surgir entre o 2 e o 4dia de vida e desaparece progressivamenteentre o 10 e o 14 dias. Resulta da destrui-o dos glbulos vermelhos que leva for-mao de bilirrubina que tem de ser trans-formada no fgado para ser eliminada. Aimaturidade do fgado neste perodo atrasaa sua eliminao. A deposio da bilirrubina cefalo-caudal, inicialmente a cor amarela visvel nas esclerticas e face, depois troncoe abdmen e por fim nos braos e pernas.

    que fazerProporcionar mamadas frequentes e semrestries (mais ou menos 10 nas 24h). Oaumento do volume ingerido e do aportecalrico, facilitam a eliminao da bilirrubi-

    na nas fezes e urina.Vigiar a colorao amarelada da pele.Vigiar a vitalidade do beb.

    roupaA roupa do beb deve ser confortvel, per-mitindo a livre movimentao dos braos epernas. Deve optar por roupa de algodo.Os tecidos sintticos, as ls e as etiquetascolocadas no interior da roupa, em contacto

    com a pele, podem provocar desconforto,comicho e irritao.Lavar a roupa separadamente e utilizar umdetergente indicado para roupa de beb,hipoalergnico e livre de fragrncias. No necessria a utilizao de amaciador; masdeve-se enxaguar muito bem com gua limpa.Antes da primeira utilizao, a roupa deveser lavada e retiradas todas as etiquetas.Os bebs tm alguma imaturidade na regu-

    lao da sua temperatura corporal pelo quea quantidade e tipo de roupa que lhe vestetem de ser adequada temperatura do am-biente.

    banhoO banho deve ser dirio, sendo a hora ide-al o final do dia, pelo efeito calmante quegeralmente exerce e pela possibilidade dapresena de ambos os pais. No entanto, seo banho tiver um efeito excitante o bebpoder tomar banho de manh. A duraodo banho varia entre 3 a 5 minutos nos pri-meiros dias, alargando-se depois pouco apouco, segundo a vontade do beb, at 15ou 20 minutos.

    O ambiente deve estar aquecido e semcorrentes de ar.A temperatura da gua deve ser confort-vel ao toque (36-37C).O material necessrio para o banho, deveser preparado previamente, bem comouma muda de roupa completa.Jias ou adornos que possam magoaro beb devem ser retirados e as moslavadas.Deve remover qualquer resduo de fezesantes de colocar o beb na banheira.

    Pegar com segurana no beb: a cabe-

    a deve ficar apoiada no seu antebrao ecom a mo segurar bem o brao pela axi-la. Com a mo livre, apoie o rabinho e aspernas.

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    Lavar primeiro com gua limpa a cara,(olhos, ouvidos e boca).Utilizar um gel indicado para o banho dobeb (pH neutro, sem detergente nemperfumes), em pequena quantidade.Lavar a cabea, sem deixar escorrer gua

    com sabo para os olhos.Ensaboar sempre da zona mais limpa para amais suja, terminando nos genitais e rabinho.No fim, passar o beb por gua limpa (en-xaguar), evitando a permanncia de res-duos de gel na pele.Para limpar o beb deve utilizar uma toalhagrande e macia. Limpar com movimentossuaves sem esfregar a pele. Secar primeiroa cabea e ter especial ateno s pregas

    cutneas (pescoo, axilas e virilhas), paraevitar irritaes da pele.Aplicar creme emoliente/hidratante emtodo o corpo. Quanto mais seca estiver apele maior a probabilidade de surgiremleses. Espalhar primeiro o creme nas suasmos para o aquecer.Depois de o cabelo estar seco pode pen-te-lo de preferncia com uma escova ma-cia ou com um pente.

    olhosA sua limpeza faz-se com gua limpa noincio do banho. No entanto se apresentarsecrees oculares (produo de lgrimasainda so escassas) e sempre que necess-rio pode limpar o olho com uma compressaembebida em soro fisiolgico. Deve removeras secrees num movimento descendente.Se o problema persistir, dever consultar opediatra para avaliar a situao.

    ouvidos e narizO nosso organismo tem mecanismos natu-rais para expulsar as secrees, por isso normal os bebs espirrarem ocasionalmen-te. A limpeza deve ser feita com precauoe superficialmente, utilizando a ponta de umleno de papel limpo.

    Se o beb apresentar muitas secrees, quedificultem a sua respirao deve consultar omedico pediatra ou tcnico de sade paraavaliar a situao.

    A cera a secreo natural da pele, que lu-brifica o canal do ouvido externo, anti sp-tica e impede as poeiras e as impurezas depenetrar no tmpano. Limpe apenas a parteexterna do ouvido do beb com a toalha debanho ou um leno de papel limpo.

    unhasDevem estar sempre curtas pois evita osarranhes na pele e facilita que se mante-nham limpas.Podem-se cortar com um pequeno corta-unhas de beb ou uma tesoura de bicosredondos, com uma frequncia de 7 a 10dias, de acordo com o seu crescimento.Idealmente devem-se cortar aps o banho

    pois os unhas esto amolecidas e o bebmais calmo, ou quando est a dormir.No cortar as unhas do beb nos primeirosdias de vida. Normalmente, estas tm umapele que as revestem quase imperceptvele poder sem querer fazer leses nos de-dos, deve utilizar uma lima de papel paraas limar.

    umbigoA desidratao do cordo umbilical leva sua mumificao e queda entre a 1 e a2 semana de vida. normal encontrar pe-quenas quantidades de sangue na fralda oucompressa, durante a mumificao e 2 ou 3dias aps a queda do coto umbilical.

    Lavar as mos antes e depois dos cuidados.No usar faixas ou pensos fechados.Manter o cordo o mais limpo e seco pos-svel, posicionando-o fora da fralda (do-brar).Limpe o coto umbilical e a pele adjacentecom gua tpida e sabo suave durante obanho e sempre que necessrio, em segui-da deve secar bem com uma compressa.

    Limpeza dos orgos Genitais

    Rapaz: limpe o pnis lavando gentilmentea pele superfcie. No force ou tente pu-xar a pele do prepcio para trs pois podemago-lo.Rapariga: limpe sempre de frente para trs.

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    Pode afastar os pequenos lbios vaginaispara remover sujidade no seu interior. Nosprimeiros dias, comum surgir pequenasquantidades de sangue ou fluido esbranqui-ado na vagina.

    Mudana da fraldaA preveno a melhor forma de evitar oaparecimento de assaduras/eritema da fral-da. Ao utilizar fraldas descartveis e superabsorventes, estas conseguem manter apele do beb seca aps urinar, mas no nocaso de ter uma dejeco, pelo que deveser substituda o mais breve possvel.

    Limpar o rabo com gua morna ou gua

    de limpeza de beb, para eliminar resdu-os de urina, fezes ou creme.Utilizar toalhetes apenas quando estiverfora de casa (apesar de mais prtico).Deixar secar convenientemente a pele dobeb.Aplicar um creme barreira, apenas na regiodo rabo (perianal) de modo a criar uma pro-teco entre a pele do beb e as fezes.

    interaco social

    PasseiosPodem ser dirios (evitar locais fechadosou ruas com muito trnsito) e, sempre quepossvel, aproveite as horas de temperatu-ra amena. Deve manter o beb na alcofaou babycoque com os cintos de protecocolocados. Trave o carro de transporte dobeb sempre que parar.

    VisitasA imaturidade do sistema imunitrio dobeb reflecte-se numa menor capacidadede defesa face a infeces, por isso nos pri-meiros tempos, no saudvel ter muitagente sua volta. aconselhvel:

    Limitar as visitas nos primeiros meses de vida.Todas as pessoas que estejam em contac-

    to com o beb devem lavar as mos comfrequncia.Manter pessoas com sintomas de consti-pao afastadas do beb.Limpar e lavar com frequncia os brinque-

    dos do beb.Manter o beb afastado de ambientes comfumo e no fumar dentro de casa/carro.Evitar manter o beb em ambientes fecha-dos, com aglomerados de pessoas comocentros comerciais, transportes pblicos,

    etc.

    preveno de acidentesAdquirir e manter hbitos desde o primei-ro dia de vida permite antecipar potenciaissituaes de risco e evitar danos irrepar-veis. Nesta fase da vida fundamental quea criana esteja sempre sob a vigilncia deum adulto e que, mesmo a dormir, possa serouvida com facilidade.

    Pode consultar o site da APSI (Associaopara a Promoo da Segurana Infantil) parainformaes mais pormenorizadas

    quedasNo deixar o beb sozinho em cima da suacama, da bancada de banho, de uma mesaou de um sof, nem que seja apenas porum segundo. o suficiente para o bebcair.No deixar que os irmos pequenos lhepeguem, a no ser quando acompanha-dos por um adulto.Se usar uma alcofa, escolha uma de es-trutura rgida e coloque-a num local am-plo ou, por exemplo, dentro da cama dobeb.Para transportar o beb utilizar babyco-que sempre com os cintos colocados. Se oadulto cair, por alguma razo, o beb ficamais protegido.O babycoque deve ser colocado no cho enunca em cima de mesas ou cadeiras semestar a ser seguro por um adulto.No carrinho de transporte, deve ser presocom o cinto e o carro quando este estiverparado deve estar travado.

    sndroma de morte sbita

    Enquanto no surgem certezas, a preveno a nica arma capaz de reduzir o risco demorte sbita e inesperada em crianas sau-dveis com menos de um ano.

    Colocar o beb deitado para dormir de

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    costas (barriga para cima).No fumar durante a gravidez (nem depois)e manter um ambiente livre de fumo.Manter a temperatura do quarto entre os18 e os 20C.No aquecer demasiado o beb.

    No o deixar dormir na cama de adultos,nomeadamente na dos pais.

    asfixiaA alcofa ou o bero devem ter um colchofirme e a cabeceira elevada num ngulode 30.No pr almofada, fraldas de pano, brin-quedos, gorros ou laos dentro da cama.No deitar o beb com o babete ou com

    fitas/cordes para segurar a chucha.Manter a cabea do beb sempre desta-pada enquanto dorme.Deitar o beb com os ps a tocar no fundoda cama, de modo a que no haja perigode escorregar e ficar debaixo dos lenis.Aconchegar o beb com a roupa da cama,que deve ficar ao nvel do tronco e presadebaixo do colcho.No utilizar cobertores pesados ou edre-des para fazer a cama at pelo menos1 ano de idade.

    camaDeve ser estvel e slida, e as grades de-vem ter no mnimo 60 cm de altura. A dis-tncia entre as barras das grades deve serinferior a 6 cm.Escolher uma cama que obedea s nor-mas de segurana europeias e um colchofirme e bem adaptado ao tamanho dacama, para que no fique qualquer espaoentre o colcho e as grades da cama.Se colocar uma proteco almofadadapor dentro da cama, ao longo do colcho,deve prend-la bem grade de forma ano cair sobre o beb.

    queimaduras

    No beber lquidos quentes ou cozinharcom o beb ao colo.Antes de comear o banho, deve verificara temperatura da gua. Comear semprepor deitar primeiro a gua fria e s depois

    a gua quente na banheira.Ao dar o bibero, deve certificar-se da tem-peratura do leite, entornando uma gota nopulso. No utilizar microondas: o biberopode estar morno, mas o leite a ferver.

    carroO lugar mais perigoso o colo do adulto,mesmo no banco de trs e nem que seja poralguns minutos. O cdigo da estrada obrigaa utilizao de sistemas de reteno ade-quado idade / peso da criana.

    No carro deve colocara cadeirinha para que acriana viaje voltada paraa retaguarda (ver figura).

    Deve estar instalada, pre-ferencialmente no bancoda retaguarda, excepto si-tuaes em que este noexista. (Caso se instale nobanco dianteiro o airbagdo banco deve encontrar-se desactivado).O cinto de imobilizao deve passar porcima dos ombros e ser ajustado ao corpodo beb com um dedo de folga. Nunca re-clinar a cadeira mais do que 45.A alcofa s aconselhada em situaesespeciais devidamente avaliadas pelosprofissionais de sade. Deve ser rgida eter etiqueta E. A alcofa presa com os cin-tos do automvel no banco traseiro e de-ver ter arns para prender o beb, quedeve ficar com a cabea para o interior doveculo.Para que o condutor consiga ver o bebno retrovisor e vice-versa, pode instalar naparte de trs do automvel, um espelhoprprio. Este vende-se em lojas de pueri-cultura e alguns concessionrios de marcasde automveis.

    vigilncia da sadeNo dia da alta, aps reavaliao pelo pedia-tra e pelo enfermeiro de servio lhe entre-

    gue o Boletim de Sade Infantil e Juvenil,livro rosa ou azul consoante o sexo, com oregisto dados referentes ao seu nascimentoe o Boletim Individual de Sade com o re-gisto das vacinas administradas.

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    Diagnstico PrecoceDeve ser realizado a partir do 3 at ao 6dia de vida.

    1 Consulta mdicaDeve ser realizada antes do 15 dia de vida

    do beb. Anote as dvidas que vo surgindopois esta ser uma excelente oportunidadepara as esclarecer.

    VacinaoO plano de vacinao do beb foi iniciadono hospital com a administrao da BCG(vacina anti tuberculose) e da VHB (vacinaanti-hepatite B).Nas consultas o mdico pediatra ir alertar

    para a data de administrao das vacinasseguintes, de forma a dar continuidade aoPlano Nacional de Vacinao, que pode serconsultado na ltima pgina do Boletim deSade do beb.

    deve consultar o mdico pediatra nas se-guintes situaes:

    Colorao amarelada da pele a aumentaraps o 3 dia de vida.Beb muito sonolento com dificuldade emdespertar.No aumentar de peso ou apresentar re-cusa alimentar durante vrias mamadasseguidas.Choro persistente, mais tempo do que habitual, incontrolvel, apesar das medi-das de conforto habituais.Cordo umbilical com cheiro intenso edesagradvel, com secreo amarela, oua sangrar, ou se a pele volta do umbigotiver uma colorao avermelhada ou ima-gem tipo chama de vela.Febre (a partir de 38 C na axila).

    Vmitos de forma repetida.Dificuldade em respirar ou gemido.

    sites de apoioAleitamentohttp://www.aleitamento.com/a_default.aspAssociao Portuguesa de DiagnsticoPr-Natalwww.apdpn.org.pt

    Associao para a Promooda Segurana Infantilwww.apsi.org.ptSade 24www.saude24.ptSOS Amamentaowww.sosamamentacao.org.ptSociedade Portuguesa de Pediatriawww.spp.pt

    telefones teishospitalcufdescobertas:210 02 50 00Nmero Nacional de Socorro:112APSI:218 870 161Centro de Informao Anti venenos.808 250 143Farmcias de Servio:118 ou 12118SADE 24 horas/ Di-di, trim-trim:808 242 400SOS Amamentao213 965 650SOS Criana:808 202 651 217 931 617Mama Manter Associao de Aleitamen-to Materno em Portugal 919 422 852