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A RELEVÂNCIA DA FERRAMENTA FLUXO DE CAIXA EM RELAÇÃO AS TOMADAS DE DECISÃO NA EMPRESA DISK PIZZA D’NAPOLLI- LINS/SP
THE RELEVANCE OF CASH FLOW TOOL IN RELATION TO THE DECISION TAKEN IN NOW DISK PIZZA D'NAPOLLI- LINS / SP
Jéssica Aparecida Reis- [email protected] Miller dos Santos Martinho- [email protected]
Sara Eliane da Silva- [email protected] em Administração
Prof. Me. Irso Tófoli- [email protected]ª. Ma. Heloisa Helena Rovery da Silva – [email protected]
UNISALESIANO
RESUMO
O processo de tomada de decisão abrange muitos fatores que em conjunto facilitam as empresas atingirem seus objetivos. A ferramenta Fluxo de Caixa viabiliza a estruturação do planejamento financeiro e consequentemente das decisões, possibilitando aos gestores visualizar tanto a real situação dos encaixes e desencaixes quanto uma projeção dos valores de um determinado período. No presente trabalho foi realizada uma pesquisa na empresa Disk Pizza d’ Napoli e diante de informações coletadas foram elaborados dois tipos de Fluxo de Caixa, sendo um real contendo os dados fidedignos dos períodos analisados e outro projetado possibilitando uma projeção das possíveis entradas e saídas avaliadas. Com esses valores e informações gerados pela ferramenta varias ações podem ser tomadas para garantir tanto a liquidez, quanto maiores possibilidades de investimento de capital ocioso no caixa, uma vez que pode-se observar com antecedência os acontecimento financeiros.
Palavras-chave: Fluxo de Caixa. Tomada de decisão. Planejamento
ABSTRACT
The process of decision making encompasses many factors that together provide businesses achieve their goals. The Cash Flow tool enables the structuring of planning decisions and consequently, enabling managers view both the real situation of fittings and desencaixes as a projection of the values of a given period. In this study a survey was carried out in the company Disk Pizza D'Napoli and on information collected two types of cash flows have been prepared, one containing the actual reliable data of the analyzed periods and another designed allowing a projection of possible inputs and outputs evaluated. With these values and information generated by the tool several actions can be taken to ensure both liquidity, the greater possibilities of investment of idle capital in cash, as it can be seen in advance the financial event.
Key-word: Cash -Flow Taken decision. Planning
Universitári@ - Revista Científica do Unisalesiano – Lins – SP, ano 5., n.10, jan/jul de 2014
INTRODUÇÃO
A gestão financeira e mais especificamente as ações relacionadas ao controle
e planejamento de caixa tem papel fundamental no sucesso das empresas, diante
dessa necessidade de direcionamento de esforços para gerir com eficiência os
numerários do caixa, destaca-se uma ferramenta chamada Fluxo de Caixa (FDC),
sendo capaz de auxiliar os gestores de muitas maneiras no dia a dia das
organizações.
O fluxo de caixa concede uma abrangente visualização das entradas e saídas
de dinheiro em caixa onde normalmente são elaborados dois tipos de FDC, sendo
um chamado de projetado, que permite a projeção dos possíveis encaixes e
desencaixes de determinado período, e outro caracterizado como realizado, pois
consiste em uma fidedigna relação dos acontecimentos reais da ocasião em
questão. Essa ferramenta apesar de demandar esforço e disciplina dos
responsáveis, pode trazer inúmeros benefícios às companhias, de modo que a
projeção antecipada dos valores garante uma consistente estruturação e o
adequado planejamento de estratégias tanto para minimizar problemas, quanto para
maximizar os lucros e resultados.
O objetivo da pesquisa foi o de conhecer as técnicas de elaboração da
ferramenta fluxo de caixa, obter registros históricos de encaixes e desencaixes da
empresa estagiada, preparar e comparar os fluxos de caixa planejado e o realizado
e aferir a importância da ferramenta no tocante à tomada de decisão. A pesquisa foi
realizada na empresa Disk Pizza D’ Napolli localizada na cidade de Lins-SP, na Rua
Maria Deolinda de Lima nº 399, no bairro Santa Maria, no período de fevereiro a
outubro de 2014, a qual atua no segmento de preparos de pizzas prontas.
Na empresa analisada os valores financeiros são anotados manualmente em
um caderno, contendo ali as compras e recebimentos do dia e também os valores
acumulados no mês. Dessa forma, com base nos dados e com auxilio do programa
Excel buscou-se a elaboração de planilhas para desenvolvimento do fluxo de caixa e
das análises pertinentes no tocante à importância dessa ferramenta, para as
tomadas de decisão.
Para conhecer a dinâmica de funcionamento da ferramenta fluxo de caixa, os
métodos e técnicas utilizados na coleta de dados foram: pesquisa descritiva com
revisão bibliográfica e abordagem qualitativa. A pesquisa de campo foi realizada no
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período de fevereiro a outubro de 2014.
1 FLUXO DE CAIXA
1.1 Conceito
O fluxo de caixa é uma ferramenta para controle financeiro que permite que
os gestores visualizem as entradas e saídas de dinheiro da empresa ao longo de um
determinado tempo. Dessa forma, diante da análise dessas entradas e saídas é
possível verificar os momentos mais críticos e os períodos de excedentes no caixa.
Zdanowicz (2002, p. 23) descreve: “Fluxo de caixa é um instrumento que
relaciona o futuro conjunto de embolsos e desembolsos de recursos financeiros pela
empresa em um determinado período”.
O Fluxo de Caixa é um instrumento (planilha) pelo qual o administrador financeiro planeja e administra os numerários da empresa, isto é, as entradas e saídas de dinheiro do caixa da empresa. Funciona como uma agenda sofisticada onde são registrados todos os recebimentos esperados e pagamentos programados, num certo período. O administrador financeiro necessita saber quando vencem os compromissos regulares da empresa assim como os seus valores a receber e, num confronto, saber se haverá caixa suficiente. (TÓFOLI, 2012, p. 81).
O Fluxo de Caixa (FDC) envolve controle dos ingressos e desembolsos de
caixa resultantes de pagamentos, rendimentos e investimentos ocasionados por
operações financeiras ou investimentos em projetos. (RODRIGUES; MENDES,
2007).
Podem ser utilizadas planilhas para controle do FDC de diferentes formas.
Dependendo da necessidade da empresa estas podem ser elaboradas diariamente,
semanalmente, mensalmente, anualmente ou até mesmo em outros períodos que
sejam pertinentes, sempre levando em consideração o tipo de empresa, as
informações relevantes e os fatores que favorecem no auxílio do controle financeiro
com eficiência.
Quadro 1: Modelo de Fluxo de Caixa
Atividades operacionais segunda-feira
terça-feira
quarta-feira
quinta-feira
sexta-feira
Sábado
1. saldo do dia anterior 2. vendas à vista 3. recebimento de contas do crediário
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3.1 idem de cartões 3.2 idem de duplicatas 3.3 idem de cheques pré 4. desconto de duplicatas/ Cheques 5. empréstimos obtidos 6. recebimentos de aluguel 7. outros 8.subtotal (soma de 1 a 7) 9. compras à vista 10. pagto. Duplicatas e empréstimos 11. pagamento de Serviços 12.INSS/COFINS/ IPVA/SEG. 13. salários 14. encargos sociais 15. água, luz, telefone e internet 16. contador 17. aluguel 18. retirada Pró-Labore 19. impostos 20.subtotal (soma de 9 a 19)Saldo de caixa do dia. (8 - 20)
Fonte: Tófoli, 2012, p. 86
1.2 Objetivos
As entradas e saídas de caixa das empresas devem exigir grande atenção de
seus gestores, de forma que diante do fluxo de caixa, informações sobre períodos
de escassez e excedentes de capital possam ser identificados e utilizados como
variáveis para definições de estratégias e tomadas de decisão. Para Costa, Moritz e
Vital (2009, p. 78), “o fluxo de caixa possibilita o controle e a projeção das entradas e
saídas de caixa, que por sua vez permite que os gestores estruturem suas decisões,
e assim consigam otimizar os valores financeiros da empresa”.
1.3 Importância do fluxo de caixa
O controle dos encaixes e desencaixes é de fundamental importância para
qualquer empresa, pois possibilita a geração de informações que servem para
inúmeros processos e dão suporte para definição de estratégias e tomadas de
decisão. É indispensável a utilização de ferramentas que diminuam a margem de
erro e aumentem a velocidade e a eficiência nos procedimentos da empresa.
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Segundo Tófoli (2012), quando o gerenciamento e o controle do fluxo do caixa
forem eficientes proporcionarão um equilíbrio entre as metas do administrador, já
que dessa forma o gestor visualiza os momentos em que o caixa tem mais volume
de dinheiro ocioso e também os períodos em que ocorrerá falta de capital, portanto
com tais informações pode tomar as precauções para garantir a liquidez e
rentabilidade da empresa.
Sá (2005, p. 28) explana que, “A gestão do caixa é de extrema importância
em finanças, porque o que quebra a empresa não é a falta de lucro, é a falta de
caixa.”
“É consagrado que o aspecto mais importante de uma decisão de
investimento centra-se no dimensionamento dos fluxos previstos de caixa a serem
produzidos pelas propostas em análise.” (ASSAF NETO, 2008, p. 326)
1.4 Tipos de fluxo de caixa
Há dois tipos de fluxo de caixa: o planejado e o real, enquanto um projeta as
movimentações financeiras que ocorrerão em um determinado período, o outro
evidencia a real situação financeira da empresa. Normalmente os dois tipos de fluxo
de caixa são usados simultaneamente, até mesmo porque as informações de um
complementam os dados do outro, e dessa forma são mais eficientes, contudo
quando os valores reais forem altamente divergentes dos valores projetados, essas
cizânias devem ser analisadas, para elucidação e entendimento desses resultados.
(TÓFOLI, 2012).
1.4.1 Fluxo de caixa planejado
O fluxo de caixa planejado proporciona uma projeção das entradas e saídas
de um determinado período, possibilitando ao gestor ter uma ideia dos
acontecimentos futuros, para estruturar-se melhor para enfrentar possíveis situações
de falta de capital, ou até mesmo de como direcionar os excedentes de caixa. Na
hora de elaborar esse tipo de planejamento devem ser levadas em consideração as
possíveis entradas e saídas esporádicas que podem ocorrer no período, pois tais
variações podem alterar o resultado final.
Tófoli (2012, p. 81) afirma que, “o fluxo de caixa planejado é uma ferramenta
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que permite prognosticar os encaixes e desencaixes do período, fornecendo ao
gestor informações antecipadas de estrangulamentos ou excessos de caixa”.
1.4.2 Fluxo de caixa real
Enquanto o fluxo de caixa projetado realiza levantamentos das possíveis
entradas e saídas de caixa que podem acontecer em um determinado período, o
real relata os dados fidedignos de embolsos e desembolsos que a empresa praticou
durante o tempo estipulado pelo gestor. Sendo assim o fluxo de caixa real é uma
confirmação das projeções realizadas no FDC projetado, que pode mostrar o nível
de assertividade das projeções, assim como a verdadeira situação das
disponibilidades de caixa da empresa.
1.4.3 Fluxo de caixa planejado (previsto) e fluxo de caixa real (realizado)
Silva (2008) comenta que uma das atribuições do administrador é a
comparação entre o fluxo de caixa previsto e o realizado, objetivando identificar
possíveis variações e avaliar as causas de suas ocorrências. A análise do fluxo de
caixa proporciona o entendimento da origem e do uso do dinheiro na companhia,
onde dessa maneira os gestores podem avaliar muitas situações, e diante dessas
tomar medidas corretivas em vários aspectos empresariais.
1.5 Elaboração do fluxo de caixa
Através do fluxo de caixa é possível buscar fontes de capital com
antecedência quando preciso, ou investir o dinheiro ocioso em fontes rentáveis para
obtenção de maiores resultados.
Segundo Pereira (2009) existem três etapas distintas para elaboração do
fluxo de caixa.
a) levantamento de informações e dados quantitativos, e principalmente
qualitativos, necessários à elaboração do fluxo de caixa;
b) definição do método de elaboração;
c) avaliação das informações extraídas, e compreensão das variáveis que
levaram a carência ou excedente de capital no caixa.
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As três etapas são diretamente interligadas, pois se houver qualquer falha em
alguma delas, consequentemente as outras ficarão comprometidas, sendo assim as
informações iniciais precisam ser exatas e confiáveis, para que a segunda etapa
tenha eficiência, e por sua vez a terceira possa garantir o feedback correto e as
conclusões pertinentes perante os resultados.
1.6 Tomada de decisão
Jones e George (2012) descrevem a tomada de decisão como sendo a
reação às oportunidades e ameaças que os administradores terão durante sua
gestão, buscando diante de muitas situações sempre encontrar soluções para
cumprimento das metas, e a maximização dos lucros da companhia. Portanto,
decisões adequadas e pertinentes consequentemente ocasionarão no aumento do
desempenho organizacional, ao passo que as decisões inadequadas resultam em
menor desempenho.
Para Assaf Neto e Lima (2011), as decisões de investimentos abrangem todo
processo de avaliação, identificação e seleção das alternativas de aplicação de
capital, onde dessa forma espera-se obter rentabilidade e consequentemente
maiores lucros a organização.
1.6.1 O uso do fluxo de caixa na tomada de decisão
O fluxo de caixa auxilia na gestão das disponibilidades, fundamentação das
tomadas de decisões dos gestores, assim como no desenvolvimento e planejamento
de estratégias empresariais.
É mediante aos fluxos de caixa, e não nos lucros, que se mede o potencial efetivo da empresa em implementar suas decisões financeiras fundamentais (investimento, financiamento, e distribuição de dividendos). Dessa forma, são os fluxos de caixa, e não outra medida contábil qualquer de resultado, que se constituem na informação mais relevante para o processo de analise de investimento. (ASSAF NETO, 2008, p. 327)
Zdanowicz (2002) explana que a utilização eficiente do fluxo de caixa diminui
consideravelmente as chances de as empresas que dele fazem uso fracassarem, o
mesmo não acontece com aquelas que não levam em consideração as muitas
possibilidades benéficas que essa ferramenta pode trazer. As empresas que
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possuem um fluxo de caixa bem estruturado, planejado com a devida atenção terão
suas dificuldades reduzidas, uma vez que se elas souberem, no inicio de cada
período, quais as necessidades ou excedentes de recursos financeiros, poderão
antecipadamente tomar decisões mais adequadas para solucionar seus problemas
de caixa.
2 EMPRESA
A empresa começou a funcionar oficialmente em 04 de dezembro de 2012, no
qual registrou-se junto a Receita Federal com nome empresarial de Reinaldo Lopes
Machado e nome fantasia Disk Pizza D’ Napolli, enquadrando-se como MEI (Micro
empreendedor individual), podendo atuar em atividades de fornecimento de
alimentos preparados preponderantemente para consumo domiciliar, e comércio
varejista de bebidas ( não permitido o consumo no local de venda).
A empresa Disk Pizza D’ Napolli está situada na cidade de Lins – SP, em
caráter de aluguel, na Rua Maria Deolinda de Lima, nº 399, no bairro Santa Maria,
atualmente tem clientes de vários bairros da cidade, possui no cardápio uma gama
de mais de trinta e três sabores, e já produz e vende cerca de 1000 pizzas por mês.
2.1 Recursos materiais
A empresa possui de recursos materiais um fogão, três mesas, dois freezers,
um armário, três geladeiras sendo uma fornecida por uma empresa de distribuição
de bebidas para venda somente de produtos da mesma, um forno a lenha, uma
máquina de ralar frios e uma televisão.
2.2 Funcionários
No início a empresa contava com três funcionários, atualmente o número varia de
acordo com o período, sendo em média seis colaboradores, entre eles um
pizzaiolo/forneiro, duas montadoras, dois motoboys, uma atendente/caixa.
2.3 Controle financeiro
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O controle financeiro da empresa é realizado pelo proprietário mediante
anotações manuais em um caderno de entradas e saídas do dia, como os débitos e
receitas futuras oriundas de cartões de crédito, cheques, fornecedores, alugueis,
funcionários, entre outras. No final do mês, é realizada uma análise das
informações, verificando os valores recebidos e os desembolsados para dessa
maneira fechar o balanço do mês.
3 ESTUDO DE CASO
3.1 Introdução
A tomada de decisão depende de muitos fatores que em conjunto definem o
sucesso ou fracasso das estratégias empresariais. A ferramenta fluxo de caixa
viabiliza a melhor estruturação dessas estratégias, assim como dá suporte ao
planejamento financeiro proporcionando análises detalhadas de encaixes e
desencaixes, de valores reais e projetados que são indispensáveis na antecipação
da correção dos erros, bem como na aplicação de excedentes de caixa que estão
ociosos.
Diante da importância da ferramenta foi realizado um estudo de caso na
empresa Disk Pizza D’ Napolli, localizada na cidade de Lins, na Rua Maria Deolinda
de Lima Nº 399, bairro Santa Maria, no período de fevereiro a novembro de 2014.
Através deste estudo, foram levantados os valores financeiros da empresa em
alguns períodos, disponíveis em anotações feitas em cadernos que o empresário
mantém, e diante desses números foram elaborados os fluxos de caixa real e
projetado. Sua elaboração proporcionou o melhor entendimento dos acontecimentos
financeiros atuais da organização e também auxiliou na prevenção de alguns
problemas que puderam ser observados pelo fluxo de caixa projetado do período.
3.2 Elaboração e avaliação dos Fluxos de Caixa Real
Diante da planilha demonstrada no quadro 1 foram elaborados quatro Fluxos
de Caixa Real, sendo esses respectivamente alusivos aos meses de abril, maio,
junho e agosto de 2014, porém o FDC Real do mês de agosto foi elaborado após o
preparo do fluxo de caixa projetado do mesmo mês.
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3.2.1 Fluxo de Caixa Real do mês de Abril/2014
A empresa iniciou o mês de abril com saldo de caixa de R$1.080,00 e fechou
com R$1.160,15. Notou-se que o fluxo de compra e venda intensifica-se no período
de sexta-feira a domingo, contudo em três dias o caixa ficou negativo, decorrente da
concentração de algumas retiradas.
3.2.2 Fluxo de Caixa Real no mês de Maio/2014
O mês de maio registrou suas entradas e saídas bem organizadas, ocorrendo
apenas um estouro com um valor muito baixo no caixa. A empresa fechou o mês
com R$853,97, assim como no mês de abril suas despesas e receitas foram maiores
nas sextas-feiras, sábados e domingos
3.2.3 Demonstrativo do Fluxo de Caixa Real no mês de Junho/2014
No mês de junho o caixa ficou negativo em dois dias, entretanto mesmo com
esses estouros a empresa manteve a média em suas vendas, porém o saldo final de
caixa apresentou o pior resultado no período analisado, chegando ao valor de
R$592,81.
3.3 Elaboração e avaliação do Fluxo de Caixa Projetado
Baseando se nos Fluxos de Caixa Realizados dos meses de abril, maio,
junho, assim como pesquisas e levantamentos históricos, elaborou se o Fluxo de
Caixa Planejado do mês de agosto. Deste modo observou-se que o mês planejado
apresentou possibilidade de estouro de caixa. Conhecendo antecipadamente a
insuficiência de caixa, foi possível estabelecer ações para minimizar o problema.
3.4 Fluxo de Caixa Real do mês de Agosto/2014
O Fluxo de Caixa Real do mês de agosto apresentou falta de dinheiro em
caixa, pois o empresário atento aos problemas que teria com caixa, previstos
através do FDC planejado e diante das orientações propostas pelo grupo tomou as
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medidas possíveis para sanar os conflitos. Modificou-se datas de retirada de Pró-
Labore, postecipando-as.
3.5 Parecer Final
Observando o Fluxo de Caixa Planejado do mês de agosto e considerando a
rotina dos encaixes e desencaixes da empresa percebe-se que houve estouro de
caixa em cinco dias. Orientado, o empresário postergou as retiradas de Pró-labore
dos dias iniciais do mês para os finais, com consequentes saldos de caixa positivos
no mês todo, evitando necessidade de tomadas de decisão desagradáveis nos dias
em que a empresa ficaria com saldo de caixa estourado.
Diante da análise das planilhas percebe-se maior concentração de entradas e
saídas nas sextas, sábados e domingos, contudo acontecem movimentações
diariamente que exigem grande atenção, pois movimentos relativamente simples no
posicionamento das entradas e saídas podem acarretar variabilidade de saldos, uma
vez que visualizando os valores financeiros da empresa antecipadamente o gestor
tem a possibilidade de planejar melhor seus investimentos e honrar com seus
compromissos nas datas corretas, entretanto a falta de direcionamento de esforços
para um eficiente FDC pode acarretar problemas que muitas vezes são graves,
como por exemplo a falta de numerário para pagamento de um compromisso,
arranhando a imagem da empresa.
Por outro lado, o conhecimento antecipado do comportamento dos encaixes e
desencaixes e respectivos saldos fortalece a capacidade de decisão do gestor.
CONCLUSÃO
A boa gestão do caixa é indispensável para o crescimento e estruturação das
estratégias empresariais, contudo tanto a elaboração quanto a alimentação da
ferramenta exige esforço e disciplina dos responsáveis, pois quando essas
informações são bem aproveitadas podem salvar as empresa de pagar encargos
financeiros, entre outras dificuldades.
Verificou-se através da pesquisa que a criação de um Fluxo de Caixa
Projetado e outro Realizado auxiliam nas tomadas de decisão, pois o FDC Projetado
permite antecipar os encaixes e desencaixes e assim possibilitar à empresa tomar
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medidas de precaução para minimizar riscos. Destarte, pode-se dizer que a gestão
do caixa é fator diretamente relevante para o crescimento, manutenção ou quebra
das empresas.
No trabalho, com a projeção das entradas e saídas verificadas no fluxo de
caixa projetado, conseguimos avaliar a situação com antecedência aos
acontecimentos reais e sugerir ao proprietário ações para minimizar os problemas.
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