alicerce do paraÍso – volume1

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  • 7/29/2019 ALICERCE DO PARASO VOLUME1

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    ALICERCE DO PARASO VOLUME1

    INDICEINTRODUO

    O que a Igreja Messinica Mundial.....................................................9Doutrina da Igreja Messinica Mundial...............................................10Formao do mundo novo....................................................................11O primeiro mundo..............................................................................12Captulo 1CARACTERSTICAS DA IGREJA MESSINICA MUNDIALO que a verdadeira salvao.............................................................17Caractersticas da salvao pela Igreja Messinica Mundial..............18Igreja abrangente.................................................................20Ultra Religio.....................................................................21

    Religio ativa...............................................................23Religio criadora depessoas felizes................................................26Religio que revela Deus..........................................................29Eliminao da tragdia............................................................30A Luz de Deus e a doutrina.....................................................32

    Captulo 2VERDADEConcretizao da Verdade..........................................................37

    Verdade, Bem e Belo..............................................................39Verdade e Pseudoverdade.......................................................42Eu escrevo a Verdade..............................................................44A dialtica da harmonia..........................................................46Captulo 3CRIAO DA CULTURAPalestra ao pblico em Tquio......................................................49Daijo, Shojo, Izunome..............................................................59O Bem e o Mal so relativos........................................................61Criao da Cultura................................................................61

    A transio da Velha Cultura para a Nova Cultura............................63A construo do Paraso e a eliminao do Mal.................................66O Bem e o Mal.....................................................................72A poca semicivilizada e semi-selvagem.............................................75Era semicivilizada............................................................77Materialismo e Espiritualismo..............................................79O materialismo cria o homem mau..........................................80A Cincia cria as supersties.............................................82Inadequao do estudo.........................................................84

    A respeito do atesmo..........................................................88A Cultura de Su..........................................................90

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    Captulo 4TEMPOO Juzo Final..........................................................95

    Ciclos Csmicos........................................................98A grande transio do mundo..............................................99Concretizao da profecia do Reino dos Cus o Paraso Terrestre..........................................................100Captulo 5JOHREITransio da Noite para o Dia.............................................105Sou um cientista em Religio.............................................109O esprito precede a matria.............................................113Medicina espiritual...............................................115

    Princpio do Johrei...........................................................117A fora absoluta..................................................................124Sermo, Johrei e felicidade............................................127O Johrei tratamento cientfico (1)....................................129O Johrei tratamento cientfico (2).....................................131

    Captulo 6O FUNDADOR MEISHU-SAMA6.1 Sua personalidade

    Deus existe?................................................................137O valor do homem reside no seu esprito de justia.........................139Est errado dizer que os honestos saemperdendo.............................141Minha natureza...............................................................144Ostentao religiosa..................................................................145Minha maneira de pensar....................................................147

    6.2 Sua fora de SalvaoEu e a Igreja Messinica Mundial.........................................150

    Estado de unio com Deus.............................................156Minha Luz.............................................................157Quem o Salvado.......................................................160O Heri da Paz..................................................161

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    O QUE A IGREJA MESSINICA MUNDIAL

    A Igreja Messinica Mundial tem por finalidade construir o ParasoTerrestre, criando e difundindo uma civilizao religiosa que se

    desenvolva lado a lado com o progresso material.No h dvida de que Paraso Terrestre uma expresso que serefere ao mundo ideal, onde no existe doena, pobreza nem conflito.O Mundo de Miroku, anunciado por Buda, a chegada do Reino dosCus, profetizada por Cristo, a Agricultura Justa, proclamada porNitiren, e o Pavilho da Doura, idealizado pela Igreja Tenrikyo, tm omesmo significado. A diferena que no se fez indicao de tempo.Mas eu cheguei concluso de que o momento se aproxima. E o quesignifica isto? a hora da Destruio da Lei, prevista por Buda, e doFim do Mundo ou Juzo Final, profetizado por Cristo.

    Seria uma felicidade se o Paraso Terrestre pudesse ser estabelecidosem que isso afetasse o homem. Antes, porm, indispensveldestruir o velho mundo a que pertencemos. Para a construo do novoedifcio, faz-se necessria a demolio do prdio velho e a limpeza doterreno. Deus poupar o que for aproveitvel e a seleo ser feitapor Ele. Eis a razo pela qual importante que o homem se torne tilpara o mundo vindouro.Ultrapassar a grande fase de transio significa ser aprovado no examedivino, e a F o nico caminho para obtermos aprovao. As

    qualificaes para ultrapassar essa fase so as seguintes:a) tornar-se um homem verdadeiramente sadio, e no apenas naaparncia;b) um homem que se libertou do sofrimento da pobreza;c) um homem que ama a paz e detesta o conflito.Deus resguardar aqueles que tiverem essas trs grandesqualificaes e deles se utilizar, como entes preciosos, no mundo quevai surgir. Certamente no h discordncia entre os desgnios de Deuse os ideais do ser humano. Portanto, haver um caminho que permitaestabelecer as condies requeridas. Mas como poderemos obt-las?

    Nossa Igreja tem por objetivo orientar as pessoas e transmitir-lhes aGraa Divina, possibilitando-lhes criar tais condies.25 de janeiro de 1949

    DOUTRINA DA IGREJA MESSINICA MUNDIAL

    Ns, messinicos, cremos em Deus, Criador do Universo. Cremos que,

    desde o incio da Criao, Deus objetivou estabelecer o Cu na Terra etem atuado continuamente para a concretizao desse objetivo. Com

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    tal propsito, fez do ser humano o Seu instrumento para servir ao bem-estar da humanidade, condicionando a ele todas as demais criaturas ecoisas. Cremos, portanto, que a histria humana do passado constituiestgios preparatrios, degraus para se alcanar o Cu na Terra. Para

    cada poca, Deus envia o Seu mensageiro e as religies necessrias,cada qual com sua misso.Cremos que, no presente, quando o mundo vagueia em to caticasituao, Deus enviou o Mestre Meishu-Sama, fundador da IgrejaMessinica Mundial, com a suprema misso de realizar o Seu sagradoobjetivo de salvar toda a humanidade. Por conseguinte, visando concretizao do Mundo Ideal, de eterna paz, perfeitamenteconsubstanciado na Verdade-Bem-Belo, empenhamo-nos em fazersempre o melhor, erradicando a doena, a pobreza e o conflito, as trsgrandes desgraas que assolam este mundo.

    11 de maro de 1950

    FORMAO DO MUNDO NOVO

    Conforme venho esclarecendo, a nossa Igreja uma religio queabarca todos os campos da atividade humana e que poderia serdenominada Empresa Construtora do Novo Mundo. Entretanto, como

    isso pareceria fachada de alguma construtora civil, o jeito cham-la,por enquanto, Igreja Messinica Mundial. O objetivo dessa organizaoreligiosa o progresso e desenvolvimento da civilizao conciliando acincia material e a cincia espiritual.Sabemos que o conhecimento cientfico caminha velozmente, ao passoque o espiritual, baseado na Religio, caminha desesperadamentelento. A religio conservou seu estado inato, sem alcanar muitoprogresso, desde o incio da civilizao, h milhares de anos. Issoexplica a grande distncia entre ela e a Cincia. Esta ltima veio adestacar-se, e a parte espiritual distanciou-se a ponto de desaparecer

    da nossa vida. Por fim, o homem tornou-se indiferente ao esprito,chegando a confundir Cincia com Civilizao. Ele se ajoelha diante dotrono da Cincia e se satisfaz na sua condio de escravo. Este oaspecto do mundo moderno. Por acaso o homem no prova issoentregando nas mos da Cincia o que ele tem de mais precioso, que a vida? Embora ela no consiga garantir a vida humana, os homensmodernos no o percebem e continuam depositando-lhe cegaconfiana.Deus compadeceu-se dessa cegueira e est procurando orientar o

    homem atravs de nossa Igreja. Por meio da realidade, o Todo-Poderoso revela que a vida no pertence matria, que apenas ela

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    invisvel aos olhos humanos, mas possui existncia absoluta sob Suadireo. A melhor prova consiste no fato de que pessoasdesenganadas pela medicina so salvas freqentemente pelo PoderDivino.

    Surge, ento, a seguinte pergunta: Por que uma questo de vitalimportncia, como a vida, permaneceu na obscuridade? Efetivamente,isso ocorreu pela necessidade de impulsionar a cultura cientfica atcerto ponto. Tal acontecimento faz parte da Providncia Divina; umfenmeno passageiro, proveniente da poca e, na sua fase transitria,levado ao exagero. Mas Deus corrigir tal exagero. Como Eleesclarece, nitidamente, o limite entre a cincia material e a cinciaespiritual, esta acertar os passos com a primeira, progredindo edesenvolvendo-se at constituir-se um mundo realmente civilizado. Emresumo, o mundo presente termina aqui para dar origem a um novo

    mundo.30 de julho de 1952

    O PRIMEIRO MUNDO

    Ao analisarmos a civilizao atual, percebemos que a base de suaestrutura a cincia da matria. Escreverei sobre isso a seguir, mas,

    em primeiro lugar, explicarei a constituio do Universo. Serodispensados os detalhes que no se relacionam diretamente com ohomem, abordando-se apenas os pontos mais importantes.O Universo constitudo de trs elementos fundamentais: Sol, Lua eTerra. Esses elementos so formados respectivamente pela essnciado fogo, da gua e da terra, que constituem o Mundo Espiritual, oMundo Atmosfrico e o Mundo Material, os quais se fundem e seharmonizam perfeitamente. At agora, no entanto, s eram conhecidoso Mundo Atmosfrico e o Mundo Material; desconhecia-se a existnciade mais um mundo, isto , o Espiritual, que a cincia da matria no

    conseguiu detectar. A cultura atual formou-se com o progresso obtidonaqueles dois mundos, razo pela qual ela abrange apenas dois teros.Na realidade, porm, o Mundo Espiritual, justamente o teroconsiderado inexistente, mais importante que os outros dois juntos,constituindo a fonte da fora fundamental. Ignorando-se a suaexistncia, jamais surgir a civilizao perfeita. O fato do homem,apesar do considervel avano da cultura baseada no Mundo Materiale no Mundo Atmosfrico, no conseguir realizar o seu maior desejo afelicidade comprova muito bem o que estou afirmando.

    Examinando-se atentamente a origem dessa contradio, descobrimosque h uma profunda razo para ela. Se a humanidade, desde o

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    comeo, conhecesse a existncia do Primeiro Mundo, ou seja, o MundoEspiritual, a civilizao material no teria alcanado o maravilhosoprogresso que vemos hoje. Isso porque do desconhecimento do MundoEspiritual que nasceu o pensamento atesta, que deu origem ao mal.

    Atormentada pelo sofrimento decorrente da luta entre o mal e o bem, ahumanidade s teve um recurso: desenvolver a cultura material.Portanto, pensando bem, que representa isso seno o profundo Planode Deus? H um perigo, contudo: ocorrer um colapso da culturamaterial se ela progredir alm de certo limite. A inveno da bombaatmica uma das facetas desse progresso, mas, atingido esse nvel, chegado o tempo determinado pelos Cus de haver uma grandemudana no desenvolvimento da cultura. Como primeiro passo, estsendo revelada a toda a humanidade a existncia do Primeiro Mundo,do qual no se tinha conhecimento; tratando-se, porm, de uma

    existncia invisvel, logicamente no se poder comprov-la pelosmtodos cientficos. Da a manifestao de uma grandiosa fora jamaisexperimentada pela humanidade, isto , o Poder de Deus. Como ohomem contemporneo h longo tempo est obstinado na concepomaterialista, muito difcil convenc-lo. Entretanto, em nossa Igrejaexiste o nico mtodo para se conseguir isso: o milagre do JOHREI.Por mais atesta que seja, o indivduo no poder deixar de aceitar e sesubmeter. Assim, medida que o JOHREI se tornar conhecido por todaa humanidade, haver inevitavelmente uma mudana de cento e

    oitenta graus no rumo da cultura, surgindo, ento, a VerdadeiraCivilizao, comum ao mundo todo.Resta, no entanto, um problema: como a cultura atual foi erigida aolongo de milhares de anos, no se sabe quanto mal foi praticado atagora. Por mal refiro-me obviamente ao pecado e,conseqentemente, s mculas espirituais, cujo grande acmuloconstituir um obstculo para a construo do mundo novo. como sedurante a construo de uma casa houvesse sujeira espalhada portodo lado, como pedaos de madeira, tijolos quebrados, etc., tornando-se indispensvel uma ao de limpeza. Deve ser isto o Juzo Final

    profetizado por Cristo.Os maravilhosos e incontveis milagres manifestados pela nossa Igrejano podero ser seno o plano de Deus para mostrar a existncia doPrimeiro Mundo. E Deus me encarregou desta grandiosa misso.4 de julho de 1951

    O QUE A VERDADEIRA SALVAO

    Hoje em dia, a crtica mais freqente em relao nossa Igreja que,

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    tratando-se de uma entidade religiosa, no deveria empenhar-se nacura de doenas. Entretanto, se pensarmos bem, concluiremos que noh nada to sem sentido como essa observao. Ela provm dopensamento limitado dos crticos, segundo os quais a Religio deve

    ocupar-se apenas da salvao do esprito, no lhe cabendo a salvaoda matria. Para eles, a cura de doenas uma questo material, e porisso acham que ela no compete Religio. Excluem das atribuiesreligiosas a salvao material, limitando a essncia da Religio parteespiritual. Logicamente, de acordo com o seu conceito, a salvaoespiritual, em sntese, consiste na renncia. No tendo o Poder daSalvao para eliminar materialmente o sofrimento e no encontrandooutro recurso, as religies, pelo menos, tentam diminu-loespiritualmente, atravs da renncia. Essa a maneira como muitaspessoas tm encarado a Religio at agora.

    No obstante, se a Religio excluir a matria e preocupar-seunicamente com a salvao do esprito, ela no estar promovendo averdadeira salvao, pois a crena na possibilidade da soluo dosproblemas materiais que nos permitir obter a verdadeiratranqilidade espiritual. Quando sentimos fome, por exemplo, spodemos ficar tranqilos se tivermos certeza de que algum nos trarcomida; se soubermos que ningum o far, natural que fiquemosdesesperados, temendo morrer de inanio. O mesmo acontece emrelao doena, dificuldades financeiras e outros problemas. S pelo

    reconhecimento de que tudo ser solucionado atravs da F teremostranqilidade absoluta. Dessa forma, a salvao das duas partes amaterial e a espiritual que nos far sentir-nos salvos, alcanando oestado de verdadeira paz e segurana.A base da salvao material e espiritual aquela que a mais perfeita consiste, portanto, unicamente, em eliminar a doena, tornando aspessoas sadias. Por maior que seja a nossa fortuna ou a quantidade evariedade dos mais saborosos alimentos, provenientes do mar e daterra, em nossas refeies, por maiores honrarias e por mais elevadaposio social que tenhamos, isso de nada adiantar, se estivermos

    sofrendo com doenas. A primeira condio para salvao dahumanidade , antes de mais nada, alcanar a sade. Por esse motivo,a meta de nossa religio formar indivduos e sociedades saudveis.24 de dezembro de 1949

    CARACTERSTICAS DA SALVAOPELA IGREJA MESSINICA MUNDIAL

    A misso da nossa Igreja tirar as pessoas das torturas do Inferno e

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    conduzi-las ao Cu, transformando a sociedade num paraso.Para que o homem seja conduzido ao Cu, necessrio que eleprprio se eleve, tornando-se um ente celestial, a fim de que, por suavez, possa salvar o seu semelhante. Isso significa pendurar a escada

    do Cu at o Inferno e estender as mos para puxar o homem, degraupor degrau. nesse ponto que nossa religio difere das demais, sendoantes o seu oposto.Todos sabem que os antigos religiosos contentavam-se com o mnimonecessrio sua subsistncia. Eles se entregavam a penitncias eprocuravam salvar o prximo colocando-se numa situao miservel.Isso significa que estavam usando a escada em sentido contrrio. Osalvador empurrava os necessitados de baixo para cima, ao invs depux-los l do alto; fcil calcular o duplo esforo exigido. Mas nohavia alternativa, visto que, nessa poca, ainda no existia a noo do

    plano do Paraso.Naturalmente no havia chegado o tempo, pois a noite cobria o MundoEspiritual. Entretanto, a partir de 1931, o Mundo Espiritual vemgradualmente se transformando em dia, facilitando a construo doParaso na Terra. Sendo Deus o construtor, a obra progride merc dotempo, bastando ao homem agir de acordo com a Vontade Divina.Deus traou o plano, fiscalizando e utilizando livremente um nmeroconsidervel de criaturas.A idia exata que se pode ter da minha funo, a de mestre-de-obras

    local. Os nossos fiis sabem perfeitamente que estou construindo oprottipo do Paraso Terrestre, como parte dessa funo. Aparecem-me, ento, vendedores que me oferecem terrenos em momentos elocais inesperados. Assim que percebo a Vontade Divina de adquirirdeterminado terreno, surge a quantia requerida, sem que eu empregueo mnimo esforo. Logo a seguir consigo, infalivelmente e vontade,no s os mais adequados projetistas, engenheiros e construtores,como tambm o material necessrio. At mesmo uma rvore apareceoportunamente, j existindo lugar apropriado para ela. s vezes eu mesinto perplexo ao receber rvores s dezenas, de uma s vez. Planto-

    as estudando o espao, interpretando a Vontade Divina, e verifico queelas se encaixam maravilhosamente no jardim, sem falhas nemexcesso. Sempre que isso acontece, no posso deixar de sentir,claramente, a Vontade de Deus em tudo. Se desejo colocar uma pedraou uma planta em determinado lugar, recebo-as dentro de um ou doisdias no mximo. O que vm a ser todas essas ocorrncias senomilagres? Caso eu comeasse a enumer-los, no acabaria mais. E oque estou dizendo no passa de uma pequena parte do que pretendoexpor com o tempo.

    Escrevi este captulo com o objetivo de ajudar os leitores acompreenderem que o homem nada empreende, que ele apenas age

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    sob a Orientao Divina. Pelos fatos relatados, fica bem claro que Deuspretende formar o prottipo do Paraso como incio do advento doParaso Terrestre. Mas isso no o bastante. Compete a cada homemtornar-se um ente celestial, e chegado esse momento. Naturalmente,

    seu lar ser paradisaco e todos os componentes da famlia viro a teruma vida celestial. Somente assim podero ser salvas as pessoas quesofrem no inferno.Da a razo por que aconselho os fiis a criarem uma vida semsofrimentos, que a Vontade do Altssimo. Enquanto o homem noconseguir eliminar as trs desgraas doena, pobreza e conflito nopoder ser salvo. Isso era impossvel na Era das Trevas, mas hoje possvel. Terminou a poca de sofrimento a que se referiu Sakyamuni.Se os leitores compreenderem o sentido desta verdade, sentir-se-odominados por uma alegria infinita, ainda desconhecida na experincia

    da humanidade.5 de outubro de 1949

    IGREJA ABRANGENTE

    Podero compreender melhor a nossa Igreja, se a compararmos comuma loja de departamentos. A comparao talvez no seja muito

    apropriada, mas considero-a a mais adequada e de mais fcilcompreenso. Eis os motivos:Sempre tenho afirmado que a Igreja Messinica Mundial abrange ocristianismo, o xintosmo, o budismo, o confucionismo, a Filosofia, aCincia, a Arte, enfim, todas as expresses da cultura. Entre elas,dedicamos especial ateno aos problemas concernentes doena, sade e agricultura, no campo da Cincia, e tambm s artes.Logicamente, como o seu nome est mostrando, a nossa Igreja tem porobjetivo empreender a grandiosa obra de Salvao do Mundo. natural, portanto, que apontemos as falhas existentes em todos os

    setores relacionados com a vida do homem, dispensando a este a maiselevada orientao.No obstante o maravilhoso progresso da cultura contempornea, asfalhas apresentadas por ela so to numerosas que causam espanto.As falhas superficiais no so muito graves, porque a prpriasociedade as percebe e pode corrigi-las; as falhas interiores, noentanto, por no serem divisadas a olho nu, s podem ser corrigidaspor um meio: desvelando-as atravs da Luz de Deus. Por essa razo,estamos dissecando todos os setores da cultura atual, a fim de que,

    trazendo tona a verdadeira natureza de cada um deles, possamosplanejar a concretizao de um mundo melhor. Somente dessa forma

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    poderemos alimentar esperanas quanto ao advento da era daCivilizao Celestial.Eis, em breves palavras, o sentido da expresso Igreja Abrangente.28 de maro de 1951

    ULTRA-RELIGIO

    Qualquer pessoa tomar por um sonho descabido o objetivo da nossaIgreja construir um mundo sem doenas, pobreza e conflitos, ou seja,o Paraso Terrestre, que corresponde ao Advento do Reino dos Cus,pregado por Cristo, ou Vinda do Messias, da religio judaica.Sakyamuni disse que, depois de sua morte, surgiria um mundo perfeito.No afirmou, entretanto, que esse mundo estivesse iminente; aocontrrio, disse estar infinitamente longe: 5.670.000.000 de anos.

    Todas essas profecias foram de grande utilidade. Se no houvereferncia a um plano de execuo, devemos interpretar que ainda noera chegado o tempo, mas sabemos que a aceitao e a prtica dosensinamentos pregados pelas religies antigas tornaram-se o alicercedas religies atuais. Naturalmente, cada religio criou e divulgou osseus prottipos, formas e mtodos, adaptveis aos diferentes povos epases. Evidentemente, as religies foram criadas sob o desgnio deDeus, para serem condicionadas a determinadas pocas, localidades,povos, tradies, costumes, etc. Graas a essa fora, a cultura

    alcanou o deslumbrante progresso que hoje apresenta. No fossemas religies, o mundo estaria merc de Satans, ou talvez, destrudo.Ao refletirmos sobre esses assuntos, no podemos deixar de levar emconsiderao os grandes mritos dos fundadores de religies. Todavia,embora estas ltimas hajam evitado a destruio do mundo, duvidosoque o seu poder seja eficiente para o mundo atual ou para o futuro. Istoporque a humanidade padece de um sofrimento infernal, o quecomprova a deficincia das Igrejas, as quais no conseguem conduziros sofredores ao estado celestial. S um nmero restrito de povosparticipa dos benefcios da civilizao moderna. Presentemente, a

    humanidade carece muito do esprito de paz.Uma observao sobre o mundo atual faz com que as pessoasprudentes sintam a necessidade do aparecimento de uma grande luzque dissipe as trevas, isto , o poder salvador de uma Ultra-Religio.Nesse sentido, consciente da responsabilidade que lhe cabe comosendo esta Ultra-Religio, nossa Igreja vem apresentando resultadossurpreendentes.20 de julho de 1949

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    RELIGIO ATIVA

    Os leitores podero estranhar quando eu disser que h religies ativase religies inativas. justamente o que pretendo explicar agora.

    Religio ativa aquela que est relacionada com a vida prtica, e ainativa ou morta, exatamente o oposto. Infelizmente, raro encontraruma religio, dentre as muitas existentes, que esteja perfeitamenteentrosada com a vida prtica.As doutrinas so elaboradas com perfeio, mas no podemos esperarmuito do seu poder doutrinrio. No perodo da fundao de muitasreligies, h centenas ou milhares de anos, talvez suas doutrinasestivessem de acordo com a situao social da poca, exercendosobre ela grande influncia. Sabemos, no entanto, que esse poder foienfraquecendo com o passar do tempo, at atingir o estado em que

    hoje se encontra. Lamentavelmente, esta a ordem natural das coisas;tudo sofre essa mudana, que acabou ocorrendo tambm no mbito daReligio. O surto de novas religies adaptadas poca no decorrerdestes anos, um fato inegvel, observado em todos os pases. Masessas religies acabam sempre desaparecendo, por faltar-lhes podersuficiente para superar as anteriores.Exemplifiquei as mudanas ocorridas nas religies; agora desejo falarsobre as caractersticas das religies modernas. do conhecimento geral que o desenvolvimento da Cincia, a partir do

    sculo XVIII, vem constituindo uma verdadeira ameaa para asreligies, e no se pode negar que ele tenha contribudo para a suadecadncia. A Cincia dominou a tal ponto a mente humana, que ohomem s aceita aquilo que tem explicao cientfica. O fato aindaseria desculpvel, se no tivesse dado origem ao pensamento atesta e corrupo moral sem fim, criando confuso social e transformandoeste mundo num verdadeiro caos. Ainda h religies antigas que seesforam para doutrinar o povo com ensinamentos, os quais foramsendo aperfeioados aps sua elaborao, centenas de anos atrs.Mas falta poder doutrinrio a essas religies, distantes da atualidade, e

    a carncia de realismo torna sua existncia equivalente dasantigidades. Na poca em que surgiram, elas foram teis, mas hojeseu valor no vai alm de uma preciosidade histrica e cultural. Dentreas novas religies, h algumas que se aproveitam dessaspreciosidades histricas adornando-as ricamente, para atrair aspessoas; mas, com certeza, tero seus dias contados.Diante de tudo isso, admissvel que a Religio tenha ficadoabandonada por muito tempo, sendo superada pelo maravilhosoprogresso da cultura. Exemplificando, como se quisssemos usar

    carro de bois numa poca em que nos servimos de avies, automveise telgrafo. A nossa Igreja respeita a Histria, mas no se prende a ela,

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    progredindo de acordo com a Vontade Divina e atravs dos seusprprios mtodos.As atividades relativas obra que estamos realizando, abrangem areforma da agricultura e da medicina, apontam as falhas de todas as

    culturas e adotam, como princpio orientador, o ideal de uma novacivilizao. Uma de suas principais realizaes vem a ser a construodo prottipo do Paraso Terrestre e do Museu de Arte. Alm de servir-se dessas construes como recintos sagrados, onde os espritosmaculados e exaustos possam se sentir reconfortados, a Igrejapretende, visando o enobrecimento do carter do homem, torn-las umbaluarte contra os divertimentos fteis e pecaminosos de hoje em dia.De acordo com o exposto acima, a atividade da Igreja MessinicaMundial, no plano individual, consiste em salvar o homem da pobreza econtribuir para sua sade fsica e mental; no plano social, sua

    finalidade construir uma sociedade sadia e pacfica. Sentimo-nosimensamente felizes ao saber que, ultimamente, o nosso trabalho estsendo reconhecido pelos eruditos e tornando-se alvo de suas atenes.Embora, no momento, seja uma obra insignificante, no dia em que elafor ampliada e difundida no mundo inteiro, surgir em todos os pases aidia de um mundo ideal, repleto de paz e felicidade. Afiano que issono um sonho.Que vem a ser, portanto, uma religio ativa, viva, seno a nossa, comtodos esses exemplos? Infelizmente, a sociedade atual olha as novas

    religies com indiferena e desprezo, e isso se acentua principalmentena classe dos intelectuais, que assumem uma atitude cautelosa peranteo povo, mesmo quando se referem nossa Igreja. Entretanto, eucompreendo perfeitamente a razo dessa atitude. As religies antigasgeralmente contam com espantoso nmero de adeptos, mas estes, namaioria, so pessoas de pouca cultura. Entre as religies novas, halgumas que no despertam nenhum interesse, devido s suaspalavras e prticas excntricas; outras, possuem elementossupersticiosos em grande proporo, que o bom senso nos leva arepelir. Creio que isso no durar por muito tempo, mas desejo que os

    responsveis por essas religies usem de reflexo.H, tambm, telogos que, para adapt-las poca, reproduzem evestem de uma nova roupagem as doutrinas dos antigos santos, sbiose mestres. Isso confere a elas uma aparncia progressista e de fcilaceitao pela classe intelectual, mas resta dvida quanto suavalidade em relao vida prtica.O assunto me faz recordar o pragmatismo de William James, o famosofilsofo americano. Essa doutrina filosfica preconiza a filosofia emao, e eu pretendo estend-la tambm Religio, isto , a Religio

    deve ser prtica e ativa.4 de novembro de 1953

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    RELIGIO CRIADORA DE PESSOAS FELIZES

    A Religio no nada mais do que a cristalizao do amor de Deuspara guiar os infelizes ao caminho da felicidade. Ningum ignora quemuitos lutam em vo para conseguir a felicidade almejada; raras so aspessoas que a conseguem, depois de uma vida inteira de lutas. de pouca utilidade colocar em prtica a teoria que nos foi legadaatravs da instruo e de biografias e leituras referentes aos exemplosde grandes personagens. A teoria bem formada merece admirao,mas todos sabem, por experincia prpria, que difcil p-la emprtica.

    Tem-se como crdulo ou simplrio aquele que age com honestidade;entretanto, se a pessoa procede diferente, cai no descrdito social enas malhas da Lei. Por fim, o indivduo no sabe como agir. O que oshomens consideram bem-viver e se apressam por adotar, a vidadesonesta sob a capa da honestidade. Os melhores adeptos dessafilosofia tornam-se os campees dos bem-sucedidos, razo por que aspessoas tendem a seguir tais exemplos e o mal social no diminui.Dizem que os honestos levam desvantagem, e tudo nos faz chegar atal concluso, a julgar pelo aspecto do mundo, de modo que quanto

    mais honesto for o indivduo, tanto mais ele se arrisca a cair noconceito de antiquado. Observa-se com freqncia que os homensque proclamam a justia so repelidos e fracassam na sociedade. enorme o meu esforo para manter constantemente o conceito dejustia diante de semelhante mundo. O homem comum escarnece dasminhas palavras, que ele considera crendices. Julga-me caprichoso ecovarde, porque no sou interesseiro. Sente-se importunado porenfrentarmos o mal e destemidamente escrevermos a respeito, etambm pelo nosso rpido progresso. Ultimamente, porm, em vista dafirmeza de atitude com que nos temos mantido, apesar de todas as

    presses atitude que visa unicamente o bem est despertandocerta considerao por ns no esprito das pessoas. Alegra-nos, acimade tudo, que a situao tenha abrandado, facilitando o nosso trabalho.Isso se deve resistncia que oferecemos a todas as perseguies,tendo Deus por nosso apoio, e ao fato de a Igreja Messinica Mundialpossuir o Johrei, inexistente nas demais religies.Felizmente, alcanamos a liberdade religiosa com o advento dademocracia. O ambiente ficou favorvel, em comparao com o doJapo anterior Guerra, tornando possvel, atravs da justia, eliminar

    o mal e caminhar ao encontro do bem.A seguir, tratarei do problema concernente felicidade do homem.

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    Naturalmente, o bem constitui a base da felicidade, sendo bvio insistirsobre a necessidade de ele ter fora suficiente para vencer o mal. Atagora, entretanto, na sua maioria, as religies careciam dessa fora;por conseguinte, no proporcionavam a felicidade desejada. Sendo

    assim, tiveram de pregar a Iluminao para satisfazer o povo, no seudesejo de atingir, pelo menos, a paz espiritual, uma vez que noconseguiam obt-la na sua totalidade, isto , espiritual e materialmente.Ou ento pregaram a resignao, atravs do esprito de expiao e doprincpio de no-resistncia contra o mal. Criaram, portanto, a teoria danegao da graa na vida presente, o que explica ser classificada desuperior a religio que visa a salvao do esprito, e de inferior aquelaque consegue obter, tambm, os benefcios do mundo. Mas essa teoriano passou de um recurso para determinada poca. Darei exemplos.H pessoas que, embora torturadas por uma doena prolongada,

    dizem-se alegres, alegando estarem salvas quando na realidade estoapenas resignadas, sufocando seus verdadeiros sentimentos. Isso uma espcie de auto-traio. Por natureza, a verdadeira satisfaonasce com o restabelecimento da sade, se for esse o caso.Em todos os tempos houve famlias que, no obstante o ardor de suaf, no foram agraciadas materialmente, permanecendo vtimas dedesgraas. Dessa forma, acabaram por se iludir, julgando que aessncia da Religio s objetiva a salvao espiritual.A Igreja Messinica Mundial salva tanto o esprito como a matria.

    Podemos afirmar que vai alm disso. As obras de construo dosprottipos do Paraso Terrestre em diversas localidades, assim como aconstruo de museus de arte que estamos realizando dependeminteiramente dos donativos dos fiis. A Igreja abomina a explorao,contando apenas com recebimento do donativo espontneo. Apesardisso, realmente milagroso o fato de se conseguir a quantianecessria para o empreendimento de uma obra de tal envergadura.Isso prova a prosperidade dos fiis. O donativo, longe de sertemporrio, tende a aumentar, razo por que nunca me preocupei comdinheiro.

    Na poca em que apareceram as religies antigas, os ensinamentospodiam ser de carter limitado, de F Shojo, mas hoje a realidade outra. Tudo adquiriu carter universal, de modo que preciso umaorganizao grandiosa, para salvar a humanidade. Quanto maior aorganizao, maior o nmero de pessoas salvas. Por isso, ao tomarconhecimento dos seus objetivos, ningum deixar de reconhecer aimportncia da nossa Igreja.10 de junho de 1953

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    RELIGIO QUE REVELA DEUS

    Quando incentivamos as pessoas descrentes a crerem em Deus, amaioria reage, pede que provemos com clareza a Sua existncia, e

    assume uma atitude intelectual, dizendo no poder perder tempo comsupersties.Essa tendncia notadamente acentuada entre as pessoas cultas.Mas no podemos critic-las, porque elas tm suas razes. Sua atitudeexplica-se pelo fato de que a maior parte das religies anticientfica,sendo raras as que no esto afetadas por supersties. Muitas noconseguem dar provas claras da existncia de Deus e criam hesitaoentre a Sua existncia ou inexistncia. Portanto, no de se estranharque haja tantas pessoas indiferentes F.A Igreja Messinica Mundial mostra claramente a existncia de Deus.

    Todos aqueles que entram em contato com ela, sentem-semaravilhados ante a constatao dessa verdade. A melhor prova estnos inmeros milagres e graas alcanados, atravs da Igreja, pelosseus fiis. Infelizmente, so pouqussimas as pessoas que crem pormeio da simples leitura ou explanao oral das experincias de f dosfiis. A maioria acha-se impedida de aceitar os fatos como realmenteso, por professarem uma f de baixo nvel. Em parte, isso se entende,mas no deixa de ser deplorvel. Costumo sempre afirmar que a nossaIgreja no uma religio, e sim uma Ultra-Religio, uma grandiosa obra

    salvadora.Os novos fiis costumam dizer que, no incio, quando leram as nossaspublicaes pela primeira vez, no conseguiram crer integralmente noque elas expunham, achando a doutrina messinica muito diferente nos das doutrinas professadas por outras Igrejas, como tambm dasteorias cientficas. Considerando que nenhuma experincia perdida,eles comearam a receber Johrei cheios de desconfiana.Assombrados com o fato de ele consistir apenas no levantar das mos,pensaram em desistir, julgando impossvel a cura por meio de um atoto simples. Entretanto, sentindo-se mais dispostos no dia seguinte,

    continuaram a receb-lo e melhoraram rapidamente. Esse otestemunho unnime dos que relatam sua experincia. justamente porque a nossa Igreja evidencia graas imediatas, poucocomuns, que os intelectuais cometem um engano, chamando a isso desuperstio. Esse modo de interpretar e pensar no deixa de ser umgrande obstculo; contudo, dentre os que se tm na conta de eruditos,h muitas pessoas de mente s que se tornam felizes por ingressaremna F, aceitando plenamente a realidade evidenciada. Tanto os maisobstinados, como os devotos da Cincia, acabam se dando por

    vencidos diante das provas da existncia de Deus apresentadas pelaIgreja Messinica Mundial atravs de milagres sem conta, nunca

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    manifestados antes.9 de janeiro de 1952

    ELIMINAO DA TRAGDIAEntre todas as coisas do mundo, o que o homem mais detesta atragdia. Elimin-la totalmente impossvel, mas, de certo modo, noser to difcil diminu-la. Passemos a estudar sua natureza.A realidade evidencia que a maioria das tragdias causada peladoena. Entretanto, elas tambm so geradas por problemassentimentais e pela desonestidade proveniente de interesses materiais.Atravs de uma pesquisa acurada, no entanto, descobri que todas astragdias tm sua raiz na enfermidade espiritual. Dizem que um esprito

    so habita um corpo so, e isso uma grande verdade. Verifiquei, apslongos anos de pesquisa, que a imoralidade, a injustia, a impacincia,o alcoolismo, a preguia e a corrupo de jovens existem quasesempre em fsicos doentes.Infelizmente, ainda no se descobriram mtodos positivos parasolucionar o problema da doena e restabelecer a sade fsica eespiritual, nem mesmo apelando para a medicina ou para outros meios.Ainda que se tivesse encontrado a causa das doenas, no existiriauma forma para resolver o problema verdadeiramente. H quem se

    orgulhe de ter descoberto a origem delas e o processo de cura; amaioria dos processos, contudo, no passa de paliativos. realmentedesolador. Todavia, dentre os casos milagrosos relatados em nossaspublicaes, encontramos muitos exemplos da cura de doenasgravssimas, e a alegria e gratido dos agraciados nos comovem at aslgrimas.A verdadeira soluo das doenas e de outras desgraas depende deuma fora invisvel, e s aos que a experimentaram dado reconhecero incomensurvel Poder Divino. Os homens modernos no seconvencem seno atravs da realidade ou de provas; portanto, sem a

    apresentao de resultados concretos, intil pregar princpioselevados e divulg-los. Para esses homens, a salvao da humanidadee a obra em prol da sociedade no passam de um sonho.A essncia da verdadeira F consiste em mover o que visvel porao de um poder invisvel. Esse poder maravilhoso est sendomanifestado pela nossa Igreja e, por essa razo, creio eu, poderamosdizer que ela a Religio do Poder.Como a maioria das religies hoje existentes se limita a pregardoutrinas, suas foras agem do exterior para a alma. Mas o ato

    purificador empregado pela Igreja Messinica Mundial o Johrei projeta a Luz Espiritual diretamente na alma, despertando-a

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    instantaneamente. Isto , a Igreja converte a pessoa sem a intervenohumana, deixando os sermes para segundo plano. Os que nelaingressam, alcanam rapidamente uma percepo superficial, e, emseguida, uma percepo mais profunda. Alm de superarem as suas

    prprias tragdias, tornam-se aptos, tambm, a eliminar as tragdiasalheias.11 de junho de 1949

    A LUZ DE DEUS E A DOUTRINA

    No a doutrina mas sim a Luz de Deus que transforma o homem. Aspessoas que consideram a Igreja Messinica Mundial uma religiocomum, muitas vezes se perguntam por que ela no possui uma

    doutrina. No penso que ela seja importante. A doutrina um conjuntode regras e preceitos; no pode salvar o homem. Desde os temposantigos quase todas as religies tiveram algumas de suas doutrinasbem elaboradas e consideradas. Conseguiram elas aperfeioar omundo?Numa novela que li recentemente, o autor faz um dos seuspersonagens contar o seguinte: Quando eu era jovem assistia a aulasde religio e, um dia, comentamos os milagres narrados na Bblia.Alguns acreditaram neles, enquanto que outros no. Os comentrios

    transformaram-se em inflamado debate. J que eu prprio noacreditava em milagres, ao voltar para casa, procurei arrancar aspginas da Bblia que a eles se referiam. Mas, quando voltei a ler, jsem essas passagens, constatei que a Bblia era apenas um livro deMoral.Isto bastante interessante. E verdade. Se a religio consistisseapenas em doutrina, no ofereceria mais do que padres morais. Elesno bastam. Fundamentando os princpios de moral, a religio deveriadar a conscincia do grandioso poder mstico e operador de milagresem ao no Universo, e que no pode ser explicado pela lgica. A fora

    da religio est na apresentao deste poder mstico. Quanto maioresmilagres uma religio evidenciar, tanto mais valiosa poder serconsiderada.Vou explicar. Os mandamentos so como leis decretadas para evitar oscrimes. As leis so feitas para manter a ordem estabelecida pelasociedade e impor penalidades nos casos de violao. Muitas religiesso fundamentadas em mandamentos. Os mais antigos, dosconhecidos, so os Dez Mandamentos dados a Moiss os quais,durante a Era das Trevas foram fundamentais. Mas: Voc deve fazer

    isto... ou Voc no pode fazer aquilo... implicam penalidades penalidades espirituais e no fsicas.

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    As ameaas e os castigos no so os melhores meios para evitar que ohomem pratique maldades. Um alcolatra provavelmente no deixarde beber apenas porque lhe dizem que o lcool lhe faz mal. Um meiomuito melhor dissolver as mculas do seu corpo espiritual, elevando-

    o a um nvel onde a sua Divina natureza possa ser despertada, o que olevar a sentir uma natural repugnncia pelo lcool, ou pela maldade,conforme o caso. a tendncia para fazer o mal ou agir desonestamente que deve sereliminada, pois a pessoa inclinada prtica de aes corruptas, tmpreferncia por elas. Por exemplo, a essas pessoas parece, por vezes,que ganhar dinheiro por meios desonestos mais fascinante do queadquiri-lo honestamente. Em tais casos, a natureza Divina ou primriaencontra-se num estado enfraquecido, enquanto que a natureza animalou secundria est fortalecida, o que significa que a alma est num

    nvel baixo. Quando a alma est em plano mais elevado, a pessoa incapaz de tais aes.At que a sociedade supere esse baixo nvel de conscincia, perigoso ficar sem regulamentos legais e instituies penais. Adespeito da forte ao coercitiva das leis reguladoras, existiro muitaspessoas inclinadas a transgredi-las. Entre elas podem ser includoshomens que ocupam altas funes e que tm responsabilidade social,homens que so vistos como grandes personagens. Posio social ecargos polticos no indicam necessariamente desenvolvimento

    espiritual.Abster-se de fazer o mal, apenas pela ameaa das penalidades ou dacrtica, no o bastante. Somente quando o homem atinge um nvelonde no sente mais o desejo de fazer o mal, onde no so as leis eregulamentos que o impedem, quando realmente encontrou a alegriade fazer o Bem, que ele desperta para a sua verdadeira natureza.O homem pode no atingir subitamente os nveis mais altos, mas devealcan-lo degrau por degrau. Os dogmas so necessrios de certomodo, mas o supremo objetivo muitssimo mais elevado. A IgrejaMessinica Mundial empenha-se em elevar o indivduo ao mais

    iluminado estado de conscincia.A invisvel Luz de Deus, canalizada atravs do Johrei, alcana asprofundezas do esprito e o ilumina, mesmo quando o Johrei recebidocom atitude ctica. O Johrei desperta a natureza Divina do homem,colocando-o em contato com a sua alma. Por isso a nossa religio no uma religio comum.Do ponto de vista material, esta compreenso pode ser difcil. Masquando se experimenta o efeito do Johrei, intui-se a Luz de Deus.Mesmo aqueles que do excessiva importncia ao intelecto sero

    despertados para o poder do Esprito sobre a Matria, e curvaro acabea reverentemente.

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    Extrado do livro Os Novos Tempos

    CONCRETIZAO DA VERDADE

    O verdadeiro objetivo da Religio a concretizao da Verdade.Mas que a Verdade?A Verdade o prprio estado natural das coisas. O Sol desponta nonascente e desaparece no poente; o homem inevitavelmente caminhapara a morte (essa morte a que o budismo se refere com asexpresses tudo que nasce est sujeito a desaparecer e todoencontro est condenado separao). O homem manter-se vivoatravs da respirao e da alimentao tambm Verdade. A mentehumana anda to confusa, que preciso insistir sobre assunto to bvio.

    Observando os revoltantes acontecimentos deste mundo, o caosreinante na sociedade, os conflitos, a desordem, o pecado, impossvel negar que tudo contribui mais para a infelicidade do quepara a felicidade do homem. Precisamos, pois, conhecer a razo detais coisas. Tudo se baseia no fato de estarmos longe da Verdade isso evidente. O problema que no temos conscincia disso.Vou explicar meu ponto de vista.Vejo que o homem moderno perdeu a noo da Verdade. Parece que avida se mostra to difcil para ele, que lhe falta tempo para refletir sobre

    o assunto. A Religio, tambm, at hoje no tinha condies paraesclarecer o que a Verdade, e transmitia noes falsas acreditandoserem verdadeiras. Se a Verdade pudesse ter sido revelada tal qual ,a situao humana seria muito melhor. Talvez at tivssemosconstrudo algo semelhante ao Paraso Terrestre.Mas chegado o tempo de revelar a Vontade de Deus e pregar aVerdade, para que esta possa se concretizar. E a Vontade de Deus que ela seja transmitida claramente. Se aqueles que lerem minhaspalavras tiverem a mente livre de preconceitos, certamente ho deobter a correta viso da Verdade.

    Gostaria de dar uma explicao que todos compreendessem.O homem adoece porque se distancia da Verdade e por motivo idnticono consegue curar-se. Poltica errnea, m ideologia, aumento decrimes, crise financeira, inflao e deflao, tudo isso se deve, tambm,ao fato de o homem desviar-se da Verdade.Tudo que desejamos logo se realizaria se estivssemos de acordo coma Verdade; foi com esse propsito que Deus criou a sociedadehumana. Eis por que no difcil a formao de uma sociedade ideal,nem impossvel ser feliz. Nisto reside a possibilidade do advento do

    Paraso Terrestre.Alguns, talvez, achem estranhos os meus pontos de vista, mas no h

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    razo para isso. Tudo que estou dizendo tem muita lgica. Minhasidias s parecero estranhas a quem no estiver voltado para aVerdade. Quanto mais absurdas elas parecerem, mais evidente setornar a distncia do mundo em relao Verdade.

    Deus concedeu ao homem a liberdade infinita. Eis a Verdade. As outrascriaturas, como os animais e os vegetais, gozam de liberdade limitada.Aqui se percebe a superioridade do homem. Falar da sua liberdade, dizer que ele ocupa o ponto mdio entre os dois extremos o animal eo Divino.Quando ele se eleva, torna-se Divino; quando se corrompe, equipara-se ao animal. Se desenvolvermos esse princpio, veremos que basta ohomem querer para que o mundo se converta em paraso. Casocontrrio, ele faz do mundo um inferno. Esta a Verdade. No hdvidas quanto escolha: a no ser uma pessoa de esprito satnico,

    ningum desejar ocupar a extremidade animal.De acordo com o que acabamos de expor, a formao do ParasoTerrestre vem a ser o objetivo final do ser humano, e o nico recursopara atingi-lo a concretizao da Verdade. Sendo esta a missobsica da Religio, eu prego a Verdade e me esforo e trabalhoincessantemente para concretiz-la.16 de julho de 1949

    VERDADE, BEM E BELOConforme tenho dito, o Paraso Terrestre que idealizamos um mundode perfeita Verdade, Bem e Belo. Mas gostaria de escrever a respeitocom maiores detalhes.Para seguir a ordem, comearei explicando o que entendemos porVERDADE. Evidentemente, referimo-nos manifestao concreta daVerdade, isto , a prpria realidade, autntica, expressa corretamente,sem o mnimo erro, impureza ou obscuridade. A cultura desenvolvidaat o presente vinha confundindo e considerando como verdade muita

    coisa que no o era, e por isso muitos conceitos falsos eram tidoscomo verdadeiros. Entretanto, ningum percebeu isso, porque,obviamente, a cultura era de baixo nvel.Basta observarmos a sociedade atual para percebermos que a maioriados homens so forados a trabalhar desde a manh at a noite paraganhar o po de cada dia, fazendo-o sem nenhuma parcela de nimo,alegria e esperana, mas apenas para se manterem vivos. Emboraestejam se afogando num lamaal de preocupaes, motivadas peladoena, pelas dificuldades financeiras e pelo medo da guerra, eles

    insistem em dizer que este mundo em que vivemos avanado,civilizado. No obstante, observando com rigorosa imparcialidade,

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    percebemos que quase todos os homens lutam entre si, odeiam-se eentram em choque, tal como os animais, agonizando num redemoinhode insegurana e ansiedade; como se estivssemos olhando oprprio Inferno. E este justamente o resultado da cultura da

    pseudoverdade, qual me referi h pouco. Os prprios intelectuais nopercebem isso e, acreditando tratar-se de um mundo civilizado,continuam a enaltec-lo. Coitados, so dignos de nossa compaixo...O mesmo acontece com a doena, por exemplo. Justamente porque aMedicina est em desacordo com a Verdade, todos os lugares estorepletos de pessoas doentes. tuberculose, disenteria infecciosa, meningite, derrame cerebral, paralisia infantil, enfim so inmerasespcies de doenas. E eis a justificativa que do para isso:Antigamente tambm existiam vrias enfermidades, s que a Medicinano estava desenvolvida a ponto de descobri-las; hoje, porm, ela

    adquiriu essa capacidade. Insistindo sobre o assunto, o que nsdesejamos que o nmero de doentes diminua e o nmero de homensrealmente saudveis aumente. Apenas isso. Vejamos.Os homens contemporneos temem exageradamente a doena. Poressa razo, as autoridades e os especialistas preocupam-se com ahigiene e empenham-se na preveno das doenas. O mais engraadonisso a vacina preventiva: ela mesmo que no cura; no passa desimples paliativo. Dessa forma, a Medicina nem ao menos sabedistinguir a cura temporria da cura verdadeira e radical. E, mesmo que

    soubesse, no adiantaria nada, pois desconhece o mtodo paraerradicar a doena. Alm do mais, como ignora completamente que ela uma Providncia de Deus para aumentar a sade, empenha-se tosimplesmente em deter sua marcha, pensando que isso progresso.Outrossim, por total desconhecimento de que esse mtodo se tornaorigem da doena como mostra a realidade quanto mais a Cinciaprogride, mais se multiplicam as enfermidades e o nmero de doentes,diminuindo cada vez mais a resistncia fsica. Por isso, os homenssofrem de cansao e insnia, no tm persistncia, no podem fazerqualquer excesso; caso pratiquem um exerccio um pouco pesado,

    acabam sentindo-se quebrados. Por qu? Isso no incompreensvel? A realidade mostra-nos, porm, que, seguindo-se oprincpio da doena ensinado pela nossa Igreja e recebendo-se Johrei,as doenas desaparecem e as pessoas tornam-se verdadeiramentesaudveis.A seguir, escreverei a respeito do BEM, que, evidentemente, ocontrrio do MAL. Mas o que o MAL? Ele causado pelo atesmonascido do pensamento materialista, e o Bem o seu oposto: nasceudo tesmo. Esta a Verdade. Entretanto, como a razo da Cincia

    consiste na negao do tesmo, que a Verdade, quanto mais elaprogride, mais aumenta o Mal; sendo assim, o progresso da cultura no

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    passa de superficial. Dessa forma, reconhecemos os mritos daCincia, mas no podemos deixar de levar em conta o Mal que elaproduz. Sem perceber isso, os homens enaltecem apenas os seuspontos positivos e, elaborando habilidosas teorias para ocultar-lhe os

    pontos negativos, subjugam as classes dirigentes e levam-nas aconcluir que, sem a Cincia, nada ter soluo. Assim, acabaram porafastar-se da felicidade espiritual.Em seguida, analisemos o BELO, que tambm constitui um problema.De fato, acompanhando o desenvolvimento da cultura, os elementosrepresentativos do Belo multiplicaram-se e, individualmente, esto emnvel satisfatrio, mas o povo no consegue usufruir deles. Somenteuma parte a classe privilegiada desfruta de boas roupas, boaalimentao e boas moradias, enquanto a classe popular mal conseguealimentar-se, no tendo condies para pensar no Belo. Talvez isso

    ocorra apenas no Japo, mas essas pessoas dispem de alimentosimplesmente para matar a fome; de casa, para dormir; de ruas, parapassagem e conduo, e onde tm de enfrentar os empurra-empurras.Da mesma forma, a sociedade no consegue gozar das belezasnaturais, que so ddivas de Deus, tal como as montanhas, as guas,as plantas e as flores, nem das belezas artsticas criadas pelo homem.Assim, no obstante o grande desenvolvimento da civilizao, uma vezque toda a humanidade no pode usufruir de tais ddivas, o mundocontemporneo realmente o paraso dos ricos e o inferno dos pobres.

    A causa disso a existncia de uma grande falha em algum lugar dacivilizao; quando essa falha for corrigida e a felicidade desfrutadaeqitativamente, o mundo ser de fato civilizado. Essa a misso daIgreja Messinica Mundial.Por tudo que aqui foi exposto, creio que puderam entender o verdadeirosignificado da Verdade, do Bem e do Belo, mas o mais importante opoder de concretiz-los. De nada adiantaro as palavras se elasconstiturem apenas um lema pintado num quadro. Todavia, devemosalegrar-nos, pois este sonho to almejado est para se tornar umarealidade em nosso planeta.

    25 de setembro de 1953

    VERDADE E PSEUDOVERDADE

    Desde tempos remotos fala-se a respeito da Verdade, mas parece quesobre a Pseudoverdade, ou melhor, sobre a verdade aparente,ningum fala. Entretanto, para analisarmos qualquer problema, necessrio saber diferenci-las, pois essa distino exerce enormeinfluncia no resultado da anlise. Muitas vezes a Pseudoverdade

    passa por Verdade e as pessoas comuns no o percebem.A Verdade e a Pseudoverdade existem na Religio, na Filosofia, na

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    Arte e at na Educao. A Pseudoverdade desmorona com o passardos anos, porm a Verdade eterna. Quando surge uma nova teoriaou se faz alguma descoberta, as pessoas acreditam tratar-se da maiorde todas as verdades; todavia, com o aparecimento de novas teses e

    descobertas, comum que aquelas venham a ser superadas. Damesma forma, por mais notvel que seja uma religio, quem podegarantir que ela no se extinguir aps centenas ou milhares de anos?No seria uma extino total, e sim a extino de sua parte falsa; bvio que se preservaria a parte verdadeira. Contudo, mesmo que nohouvesse algo a preservar, essa religio no seria alvo de crticas, poiscumpriu sua misso para o progresso da cultura. Quanto mais prximada Verdade estiver a Pseudoverdade, mais longa ser sua vida; quantomais distante, vida mais curta. Isso inegvel.Apesar da distino entre a Verdade e a Pseudoverdade caber aos

    intelectuais e aos dirigentes de cada poca, raros so aqueles que tmesse poder de discernimento. s vezes, a Pseudoverdade pode sermantida por longo tempo. O absolutismo e o feudalismo usaram-nacomo Verdade. O mesmo se pode dizer em relao ao fascismo deMussolini, ao nazismo de Hitler e ao hakkoiti-u (fazer do mundo umas casa) de Tojo, que tiveram pouca durao. interessante que, napoca, o fato passou despercebido, e momentaneamente os povosacreditaram tratar-se da Verdade. Por causa dessa crena, at sesacrificaram vidas humanas levianamente, e no podemos esquecer

    quantas pessoas foram vtimas de tais enganos. Diante disso,percebemos como terrvel a Pseudoverdade.A respeito da Verdade e da Pseudoverdade, no podemos deixar deobservar que elas, como j dissemos, tambm existem na Religio.Quantas religies j surgiram e j desapareceram! Apesar de teremsido gloriosas no incio, tiveram vida curta, no deixando qualquervestgio. Isso ocorreu por serem religies falsas. Entretanto, se for umareligio com valor idntico ao da Verdade, mesmo que por algum temposofra uma forte perseguio, um dia, sem dvida alguma, conseguirexpandir-se e tornar-se uma grande religio. Podemos fazer essa

    afirmativa observando as grandes religies da atualidade.30 de janeiro de 1950

    EU ESCREVO A VERDADE

    Comecei a escrever h mais de dez anos; naturalmente, apenas sobreassuntos relacionados F. Ao contrrio de outros fundadores dereligies, procurei eliminar formalidades e palavras difceis, utilizando

    uma linguagem que todos pudessem compreender facilmente.De modo geral, as religies so boas. Entretanto, se por um lado elas

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    possuem o que poderamos chamar de caracterstica peculiar a todareligio, por outro lado tm um certo mistrio que ora julgamosentender, ora nos parece incompreensvel, e talvez seja por issomesmo que elas exercem atrao. Sendo difcil compreend-las, as

    religies podem ser interpretadas de vrias maneiras, dependendo dapessoa, o que facilita a formao de seitas. Alm disso, quanto maisadeptos tiver uma religio, mais probabilidade ela ter de subdividir-se.A Histria nos mostra a luta que travaram entre si essas faces.Assim, no conseguindo captar a essncia da F, os fiis sentemfreqentes dvidas, tornando-se difcil alcanarem a verdadeira paz eiluminao espiritual.Atravs dos mtodos utilizados at agora, no conseguiremos obter aunificao harmoniosa nem mesmo de uma s religio.Conseqentemente, a unificao de todas elas torna-se uma utopia.

    Esse deve ser, tambm, o motivo do aparecimento de novas religies acada ano que passa. Observando somente o Japo, notamos que atendncia atual aumentar o nmero de religies proporcionalmente aoaumento da populao.Jeov, Deus, Logos, Tentei, Mukyoku, Amaterassu-Okami, Kunitokotatino Mikoto, Cristo, Shaka, Amida e Kannon constituem o alvo daadorao de diversas religies. Alm destes, que so os principais,poderamos citar Mikoto, Nyorai, Daishi e inmeros outros. Sem dvidaalguma, no levando em conta Inari, Tengu, Ryujin e mais alguns, que

    pertencem a crenas inferiores, todos eles so divindades de alto nvel.Remontando s origens, bvio que s existe um deus verdadeiro, isto, DEUS. At hoje, contudo, cada religio se considera mais elevadaque as demais, havendo, tambm, certa dose de discriminao entreelas. Dessa forma, impossvel promover-se a unio de todas. Apesardisso, o objetivo final de todas as religies o mesmo; no h umasequer que no deseje o Cu ou o Paraso neste mundo, ou melhor, aconcretizao do Mundo Ideal, um mundo onde todas as criaturassejam felizes.Mas o que preciso para que esse mundo se concretize?

    preciso que surja uma religio universal, que englobe o mundointeiro. Dever ter as caractersticas de uma Ultra-Religio, ser tograndiosa que toda a humanidade possa crer nela incondicionalmente.No quero dizer que essa religio seja a Igreja Messinica Mundial,mas a misso de nossa Igreja ensinar o meio que possibilitar arealizao do Mundo Ideal, ou seja, mostrar como elaborar o plano, oprojeto para a construo desse mundo. Na medida em que aumentar,em cada pas, o nmero de intelectos conscientes disso, estaremosmarchando passo a passo para atingir nosso objetivo.

    Em sntese, ser a concretizao da Verdade. Atravs dela, todos oserros se tornaro claros e sero corrigidos, surgindo o Mundo de Luz,

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    claro e lmpido. Naturalmente, a humanidade se libertar do Mal; oBem, que estava subjugado por ele, triunfar, e o homem alcanar afelicidade. Portanto, em primeiro lugar, fundamental que a Verdadeseja conhecida pelas pessoas do mundo inteiro. O empreendimento

    que agora estou realizando um grande esforo para revelar aVerdade atravs de explanaes escritas constitui uma faseimportantssima para a concretizao desse mundo.25 de setembro de 1951

    A DIALTICA DA HARMONIA

    Harmonia um velho termo que impressiona bem e sugere umprincpio da Verdade. Contudo, no deve ser aceito cegamente, pois,

    embora essa interpretao no esteja errada, muito superficial.Sendo assim, precisamos aprofund-la.Tudo que h no Universo acha-se em perfeita harmonia. S hdesarmonia para quem v as coisas superficialmente um erro deponto de vista. A desarmonia que se apresenta aos olhos do homem, apenas aparente. Isso porque ela criada pelos homens, e a suacausa a ao antinatural. Ou seja, do ponto de vista da GrandeNatureza, a desarmonia decorrente da ao antinatural a verdadeiraharmonia. Essa a Verdade Absoluta.

    Neste sentido, basta que o homem obedea s Leis do Universo, paraque todas as coisas se harmonizem e progridam normalmente. Assim,quando se provoca desarmonia, surge a desarmonia; caso contrrio,surge a harmonia. Nisto consiste a Grandiosa Harmonia da Natureza.Para ser feliz, o homem precisa aprofundar seu conhecimento sobreeste assunto. Temos tido freqentes provas de que, com o tempo, adesarmonia momentnea se transforma em harmonia, e vice-versa.Essa a realidade da vida, e reclama profunda reflexo.Sintetizando: a desarmonia produto da viso estreita (Shojo); aharmonia, produto da viso ampla (Daijo).

    1 de outubro de 1952

    PALESTRA AO PBLICO EM TQUIO

    Creio que minha palestra bastante original. Pretendo tratar deassuntos que nunca foram tratados antes.Em primeiro lugar eu gostaria de dizer que muita gente, confundindocultura com civilizao, diz que a cultura da atualidade avanada, ou

    que estamos na Era da Cultura. Na verdade, porm, cultura ecivilizao so coisas diferentes. Civilizao um mundo ideal, sem

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    nenhuma selvageria; a isso ns chamamos de mundo civilizado. J acultura o estgio intermedirio entre a selvageria e a civilizao.Portanto, o que se chama BUN-NO-KE, ou seja, BUNKA (Cultura), uma sombra, um fantasma.

    Observando o estado atual da humanidade, notamos que os homensesto apaixonados por essa sombra, achando que ela o que h demelhor e que, com o seu progresso, o mundo se tornar aprazvel. Maso mundo civilizado a que eu me refiro diferente daquilo que aspessoas tm em mente.O que a verdadeira civilizao? Em palavras simples, sinnimo devida. Deve ser a poca em que a humanidade possa viver comsegurana. Mas, como o Sr. Suzuki disse h pouco, hoje h coisasrealmente temveis, como a bomba atmica, a bomba bacteriolgica, oJuzo Final, etc. So temveis porque pem em risco a segurana da

    vida. Isso no um mundo civilizado. a cultura; a Era da Cultura. Isto, estamos na fase de transio entre a selvageria e a civilizao. Oque vou falar agora no sobre a cultura, e sim sobre a civilizao.As doenas e as guerras so o que mais pe em risco a vida. Se notivssemos guerras nem doenas, teramos garantia de vida, e esteseria o verdadeiro mundo civilizado. J chegamos poca em queprecisamos ir at a. Da a razo de ser do lema da Igreja MessinicaMundial: o mundo absolutamente isento de doena, pobreza e conflito.Como a guerra um conflito em maior escala, propomos a construo

    do mundo sem doena, pobreza e guerra.Todos os infortnios so decorrentes da doena. Costuma-se entendercomo doena aquilo que provoca dores, coceira ou outras reaes;interpreta-se sempre no sentido fsico. Mas no bem assim. H doistipos de doenas: doenas fsicas e doenas do esprito. Dizem queeste ano a tuberculose e outras doenas contagiosas, a disenteria, etc.aumentaram bastante e por isso as pessoas esto receosas.Entretanto, se hoje no se conseguir encontrar soluo para esseproblema, jamais se formar um mundo civilizado, nem mesmo daqui acentenas ou milhares de anos.

    Quanto pobreza, sua origem a doena do corpo. Basta escolheruma pessoa pobre e procurar saber a causa da sua pobreza. invariavelmente a doena. So casos como a perda de emprego devido enfermidade, ou a impossibilidade de trabalhar pelo mesmo motivo. Adoena, acrescida do fato de no se receber salrio, constitui uma dosedupla de sofrimento. Isso se reflete negativamente no s no prpriodoente como em seus parentes e amigos.A causa das guerras tambm a doena. Trata-se da doena mental. comum utilizar-se a expresso fabricantes de guerras, para aqueles

    que as causam. Observando-se a Histria, encontramos inmerosexemplos. E eles recebem o nome de heris. Esses indivduos

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    importantes tm fora e inteligncia, mas no fundo sofrem de umaespcie de doena nervosa. Por isso torna-se necessrio erradicar nos a doena do corpo como tambm a do esprito. Quanto do corpo,as pessoas acreditam que possvel cur-la atravs da Medicina e se

    esforam nesse sentido, mas no h nada que resolva a doenaespiritual. Para isso, s existe um meio: a Religio.Na teoria pode ser assim, mas surge a dvida: conseguir-se-, naprtica, erradicar ambos os tipos de doenas? A que entra oJOHREI, ao qual se referiu h pouco o Sr. Suzuki: ele ir erradicar adoena da mente e a do corpo. Dessa forma, surgir o mundocivilizado.Observando o estado em que se encontra a humanidade e a cultura,concluo que de maneira alguma isto civilizao. Pelo contrrio, atum estado extremamente brbaro. As guerras de hoje so mais

    terrveis que as da poca selvagem. Sendo assim, podemos afirmarque a cultura ou civilizao da atualidade no passa de aparncia; ahumanidade est iludida com essa aparncia, e as pessoas se sentemgratas. Analisando seu contedo, veremos que ele selvagem; oumelhor, meio civilizado e meio selvagem. A cultura contemporneaassemelha-se a uma bela mulher, vestida com um bonito quimono, coma qual todos ficassem impressionados, mas que, quando tirasse aroupa, se mostrasse corroda pela sfilis, toda coberta de pus.Acredito, por conseguinte, que a nossa Igreja Messinica Mundial no

    uma religio. Se fosse possvel resolver os problemas do homem coma Religio, eles j teriam sido resolvidos, pois at o presenteapareceram importantes lderes e fundadores de religies, filsofos,moralistas, etc. verdade que selvagens nus e de rosto pintado restampoucos. Conseguiu-se, tambm, que tudo assumisse um aspectobonito, culto. Mas ainda no foi possvel garantir a vida humana,porque as religies que surgiram at hoje no tinham fora suficiente.Tiveram fora para tornar cultos os selvagens, mas no para ir alm, ouseja, para tornar os homens civilizados.H, ainda, inmeros inventos que no so utilizados no bom sentido;

    muito pelo contrrio. Dizem que a bomba atmica pode matar vintemilhes de pessoas de uma s vez; entretanto, se essa energia foraplicada para o bem, com uma pequena poro do tamanho da pontade um dedo, poder-se- fazer rodar trens ou automveis por muitosdias. O avio, sendo utilizado como meio de transporte, no existenada mais rpido e til; utilizado para lanar bombas, no h mquinamais temvel.Esta a cultura cientfica de hoje. Chegamos at aqui com o progressoda cultura cientfica, mas falta algo algo muito importante. Devido a

    essa falta tende-se a fazer mau emprego das coisas. Eis o motivo daaflio da humanidade. Para utilizar as coisas em sentido positivo,

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    torna-se necessrio ir s razes, isto , ao Esprito. Mudando o Espritodas criaturas do mal para o bem, elas sabero utilizar tudo no bomsentido e assim se conseguir um mundo maravilhoso. Cristo referiu-sea isso com a expresso chegado o Reino dos Cus. Sakyamuni, por

    sua vez, disse: Aps a extino do Budismo, aparecer MirokuBossatsu, e surgir o Mundo de Miroku. S que Sakyamuni falou queseria aps 5,67 bilhes de anos. Acredito, entretanto, que ele quisapenas se referir aos nmeros 5, 6, 7. Se realmente estivesseprofetizando algo para da a 5,67 bilhes de anos, Sakyamuni noestaria bom da cabea, pois no h nenhum sentido em profetizar algopara um futuro to distante. Nessa poca, a humanidade e a Terra jteriam passado por uma mudana to grande que nem se poderiaimaginar.Os messinicos conhecem bem o significado dos nmeros 5, 6, 7.

    Caso eu fosse explic-lo, isso me tomaria bastante tempo e a eu nopoderia falar de coisas importantes.Com relao profecia de Cristo,ao invs de dizer E chegado o Reino dos Cus, ele poderia ter ditoVou construir o Reino dos Cus. Mas naquela poca o mundo aindano havia alcanado o estgio necessrio para isso, ou seja, oprogresso da cultura ainda era insuficiente para a construo doverdadeiro mundo civilizado.No entanto, a cultura material progrediu, chegando ao estgio em quese encontra atualmente; o progresso foi tal, que se estendeu ao mundo

    todo. O que eu estou dizendo pode ser ouvido, atravs dos modernosmeios de comunicao, nos quatro cantos do mundo. Os meios detransporte se desenvolveram tanto, que possvel ir de avio at osEstados Unidos num dia. Dessa forma, o progresso da cultura materialj atingiu o ponto em que esto preenchidas quase todas as condiesnecessrias ao mundo civilizado. O primordial dessa questo que aalma humana ainda no se evoluiu o suficiente para utilizao doprogresso no bom sentido. Sobre essa alma, imperativo empenhar-nos para que as pessoas a utilizem positivamente e, ao mesmo tempo,para que a humanidade tome conhecimento disso. Em vrias

    oportunidades falei sobre o assunto, e os fiis j tm alguma noo arespeito.A propsito, comecei a escrever, h cerca de seis meses, um livrointitulado A Criao da Civilizao. Meu objetivo esclarecer que acivilizao atual no a verdadeira civilizao e que, nesta, a Medicina,a Poltica, a Educao, a Arte, etc. sero bem diferentes. A parte quese refere Medicina j est quase pronta, mas tenciono escrever,ainda este ano, a parte referente s outras reas. Quando o livro estiverconcludo, pretendo traduzi-lo para o ingls e tomar providncias para

    que ele seja lido por professores universitrios, cientistas, enfim, porintelectuais do mundo inteiro. Vou envi-lo, tambm, Comisso

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    Examinadora do Prmio Nobel, mas acredito que, no incio, no orecebero bem, pois a Comisso integrada por eminentespersonalidades da cultura material. Todavia, como se trata de um livroque aborda justamente aquilo que as pessoas eminentes esto

    buscando, acredito que os integrantes da Comisso no deixaro deentend-lo e exclamar: isto! Assim, poderiam conceder-me dez ouvinte Prmios Nobel. Quando esse livro for publicado, eu gostaria quetodos os povos o lessem.Dessa forma, ao mesmo tempo que mostramos como estarconstituda a verdadeira civilizao, damos a conhecer o JOHREI. Como JOHREI as doenas saram milagrosamente, mas ele no se destinaa curar doenas. Em resumo, o JOHREI cura o esprito, ou seja, o malque existe nele. Em termos mais claros, o mal o carter selvagem, eeste no pode ser removido, pois no se pode viver sem esprito. O que

    se pode fazer mudar a maneira de pensar das pessoas, ouseja,diminuir-lhes as partes ms, fazendo com que as partes boasaumentem. Assim, todos faro apenas coisas boas, isto , acharo quedevem fazer o bem.Costumo dizer aos fiis que os homens da atualidade esto semprepensando em praticar o mal. Mesmo que no queiram faz-lo, achamque bobagem praticar o bem, que isso s traz prejuzos, que se devefazer as coisas de maneira mais fcil. Entretanto, essa forma depensar o oposto da verdade. Fao tal afirmativa porque j houve

    poca em que eu tambm pensava assim. Gradativamente, porm,comecei a ter melhor compreenso sobre Deus, atravs da F, e vi queestava totalmente do avesso. A passei a querer praticar o bem esempre buscava um meio para isso. Estava sempre procurando fazeralgo em benefcio das outras pessoas, algo que as deixasse felizes,satisfeitas. Com essa atitude, minha sorte melhorou. Mesmo antes deme dedicar inteiramente F, aconteciam-me coisas boas quando euficava nesse estado de esprito. Assim, pensei como seria bom se aspessoas soubessem os benefcios que nos advm quando procuramosfazer a felicidade do prximo.

    medida que eu ia acumulando tais experincias da vida real, comeceia ter plena compreenso de que realmente Deus e o demnio existiam.A partir da passei por uma fase de aprimoramento espiritual. Com aocorrncia de vrios milagres, pude compreender a grande misso queme era destinada. Foi assim que institu a Igreja Messinica Mundial eestou desenvolvendo minhas atividades.Outro ponto que eu gostaria de abordar o Juzo Final, docristianismo, e o Fim do Budismo, profetizado por Sakyamuni. Apesarde muitos lderes e fundadores de religies terem feito profecias

    semelhantes, vou tratar, aqui, apenas destas duas.Que vem a ser o Juzo Final? Os homens esto imaginando que vir

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    um deus para fazer o julgamento neste mundo, mas isso nocorresponde verdade. um ponto de difcil entendimento para osno-fiis, mas o Mundo Espiritual uma realidade. O mundo em quevemos e sentimos a matria o Mundo Material; alm deste, h o

    Mundo Espiritual e, no meio dos dois, o Mundo Atmosfrico. Este ltimoj conhecido, mas ainda no se conhece o Mundo Espiritual. comoa ordem em que se dispem a era do barbarismo, a era da cultura e aera da civilizao. Da mesma forma, o Universo obedece a umaconstituio tripla: Mundo Material. Mundo Atmosfrico e MundoEspiritual.H, ainda, os ciclos do mundo: assim como existe transio entre oclaro e o escuro, entre o dia e a noite no espao de um dia, h amesma transio no espao de um ano. O claro e o escuro em um anopodem ser comparados ao vero e ao inverno, respectivamente. Os

    raios solares so mais furtes no vero e mais fracos no inverno,ocasionando o contraste entre o claro e o escuro. E existem perodosidnticos no espao de dez e de cem anos. A Histria registra pocasde paz e de guerra, que correspondem ao claro e ao escuro. Refiro-me,portanto, a esse ritmo. Igual perodo existe tambm no espao de mil ede dez mil anos.Estvamos at agora na escurido, no perodo das trevas; vamospassar para o perodo da claridade. Passando-se para o perodo daclaridade, tudo que existia no perodo das trevas sofrer uma seleo.

    Esses ciclos do mundo, ns os designamos com as expresses Mundoda Noite, Mundo do Dia, Cultura da Noite, Cultura do Dia. Assim,desaparecer uma srie de coisas que no sero mais necessrias.Durante o dia, por exemplo, no preciso lmpadas. Tudo aquilo quepertence Era da Noite e se tornar desnecessrio ser eliminado.O Juzo Final representa a separao do que do Dia e do que daNoite. Oque for intil ficar inativo ou ser destrudo. A partir de agora,as coisas do Dia iro sendo construdas gradativamente.O que acontecer quando o Mundo Espiritual se tornar claro? Vejamoso homem. Nele, entre a matria e o esprito existe a gua, que

    corresponde ao ar. Ela existe em grande quantidade no corpo humano.Assim, o homem apresenta uma constituio tripla; dela, faz parte oesprito a que tambm se poderia chamar alma. O esprito estsubordinado ao Mundo Espiritual. Tornando-se claro esse mundo,aqueles cujo esprito no corresponder a essa claridade tero de ter assuas mculas removidas. No significa que elas sero arrancadas, masocorrer naturalmente a purificao, para limpar o que est sujo. medida que o Mundo Espiritual vai clareando, as pessoas possuidorasde mculas no esprito passam por uma limpeza, que o sofrimento. O

    princpio da doena obedece a essa explicao. Atravs dela pode-secompreender perfeitamente o que a doena.

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    At agora no se conhecia o esprito. Desprezava-se a sua existncia.Como o Sr. Tokugawa disse h pouco, uma questo de alma. A aoda alma muito grande.Ontem fui visitado por uma pessoa que eu no via h cerca de um ano.

    Anteontem eu tinha pensado: Como estar ele passando? No diaseguinte ele apareceu. A eu disse para mim mesmo: Ah, o espritodele veio aqui antes! Digamos, por exemplo, que o Sr. Tokugawapense: O Sr. Matsunami est escrevendo com afinco. Ento estepensamento vai at o Sr. Matsunami, penetra no seu corpo e se alojana sua cabea. A, ele se lembra do Sr. Tokugawa. como se apessoa chegasse, aps ter avisado. Nessas ocasies, as criaturas secomunicam atravs dos elos espirituais. O trabalho desses elos, nocaso do relacionamento amoroso, muito interessante. Mas o meuobjetivo, no momento, no o problema do amor. O assunto se tornar

    claro, para os senhores, quando abraarem a F. O amor muito bom,mas quase sempre acaba em tragdia. Para entender melhor esse fimtrgico, necessrio conhecer o lado espiritual, a existncia dos elosespirituais. Isso no pode ser menosprezado. Em vrios problemas davida h mulheres; dizem mesmo que por trs dos crimes existe sempreuma mulher, ou melhor, o amor. Com a compreenso das causas, possvel eliminar as tragdias e os males sociais. Mas vamos deixareste assunto por aqui.Como eu estava falando h pouco, as mculas do esprito iro sendo

    eliminadas para ele corresponder claridade do Mundo Espiritual. Seisso terminar numa simples doena, est tudo bem, mas podeacontecer que a pessoa fique gravemente enferma e acabe falecendo.A doena chega aos poucos, e por isso que se chama doena. Sevier de uma vez, a pessoa morre. Juzo Final isso. Com o clarear doMundo Espiritual, a transformao pode ocorrer repentinamente e a ascriaturas no resistiriam. Haveria mortes em massa. Deus quer evit-las e por isso manda avisos. E vontade de Deus que a humanidadeseja avisada, para que ela se salve. E Ele me incumbiu dessa tarefa.Estou, portanto, avisando.

    Tanto Sakyamuni como Cristo profetizaram o advento do Paraso, achegada do Novo Mundo. Eles foram os profetas, e eu sou oconcretizador. Deus me ordenou que concretizasse essas profecias, ouseja, que eu construsse o Paraso Terrestre, livre de doena, pobrezae conflito. Entretanto, eu no me canso, pois no sou eu quem planeja.Tudo planejado por Deus. Apenas dou forma s coisas. Issorealmente fcil, mas de enorme responsabilidade. Provavelmente nohouve ningum com responsabilidade maior que a minha em toda ahistria da humanidade. Dessa maneira, as profecias de Cristo e

    Sakyamuni comeam a ter sentido; se elas no tivessem possibilidadede ser concretizadas, seriam falsas profecias. Falsas profecias

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    significam mentiras. Mas no seria possvel pessoas to importantesterem mentido. Por conseguinte, era preciso haver algum quetornasse realidade tais profecias, e o escolhido fui eu. Na verdade, me penoso afirmar um empreendimento de tamanha grandeza. No falei

    nisso at agora justamente por ser uma misso demasiado grande.Mas o tempo se aproxima, j chegada a Era do Dia. Para salvar ahumanidade, preciso avisar rapidamente o maior nmero de pessoas, e por isso que estou hoje falando aos senhores.O Sr. Suzuki falou h pouco sobre o Dilvio e a Arca de No, mas isso algo semelhante ao Juzo Final. H duas verses a respeito: uma dizque choveu quarenta dias seguidos, outra diz que foram cem dias.Fossem quarenta ou cem, o que interessa que choveu durante muitosdias consecutivos. A gua foi subindo cada vez mais e se tornou umdilvio, salvando-se apenas os que estavam na arca. Aqueles que

    estavam em barcos comuns ou que subiram s montanhas acabaramperecendo; estes ltimos, devorados por animais que tambm haviamsubido. Apenas oito pessoas se salvaram, e dizem que osrepresentantes da raa branca so seus descendentes. Acredito que,em linhas gerais, essa histria no est errada.No Japo, conta-se a histria de Izanagui-no-Mikoto e de Izanami-no-Mikoto. Estes dois deuses, de cima da ponte flutuante dos Cus,empunhando uma espada, mexeram algo semelhante a espuma, e dasurgiram as ilhas e os continentes. Essa deve ter sido a causa do

    Dilvio. De acordo com a tese xintosta, houve ao da mar alta e damar baixa. A mar baixa o recuo das guas, e Izanagui-no-Mikotoencarregou-se disso. O nascimento das ilhas e das naes significaque se jogou fora a gua do Dilvio, fazendo emergir aquilo que estavasubmerso. Penso que essa ocorrncia corresponde poca do Dilvio.Com relao ao cristianismo, dizem que Joo fez o batismo pela gua eCristo far o batismo pelo fogo. Agora est para vir o batismo pelo fogo,o extraordinrio acontecimento que promover a eliminao do Mal.Isso tem muitos outros sentidos, mas, como j est se esgotando otempo, vou parar por aqui.

    Palestra de Meishu-Samano Hibiya Public Hall, Tquio22 de maio de 1951

    DAIJO, SHOJO, IZUNOME

    Daijo ilustra o aspecto horizontal da vida; Shojo, o vertical. Aatividade de Daijo semelhante da gua, que se estendeperpetuamente em nvel horizontal. Shojo a atividade do fogo.

    Restrito, queima em profundidade e dirige suas chamas para o alto;une o homem a Deus. Daijo une irmo com irmo.

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    O princpio de Shojo estrito e intransigente. A vida das pessoas comtemperamento Shojo regida por padres freqentemente rgidos erestritos. O indivduo Shojo tende a ser mais crtico do que os outros ea classificar as coisas como boas ou ms.

    Os indivduos de temperamento Daijo so geralmente liberais e estosempre dispostos a mudar. Por outro lado, podem tender a umliberalismo excessivo, faltando-lhes uma orientao espiritualmenteprofunda.Izunome simboliza a cruz equilibrada, indicando a perfeita harmoniaentre os princpios horizontal e vertical.At agora, o Leste se manteve no nvel vertical e o Oeste no nvelhorizontal. Durante a Era da Noite, foi assim que a Providncia Divinaestabeleceu o plano espiritual.Os povos orientais mostram-se mais inclinados a reverenciar o culto

    aos ancestrais, a virtude da lealdade e a piedade filial. Por isso,mantm um estrito sistema hierrquico.No Oeste, enfatiza-se a afeio entre marido e mulher, expandindo oamor ao prximo e a toda a humanidade.O Cristianismo Daijo e, assim, difundiu-se pelo mundo inteiro. Nelese acentua a importncia do amor fraterno, atividade em nvelhorizontal.O Budismo Shojo; sua essncia fica restrita a grupos especficos.Acentua-se a importncia da meditao, com o fim de alcanar a

    sabedoria e a auto-realizao. Essa atividade vertical profunda edirigida para o alto e induz seus discpulos a viverem retirados domundo.Como o Leste representa o nvel vertical e o Oeste o nvel horizontal,h muito pouca compreenso entre ambos, o que freqentemente temdado margem a conflitos. chegado, contudo, o momento de os princpios vertical e horizontal seharmonizarem para formar a cruz equilibrada Izunome. O resultadoser uma feliz unio das civilizaes oriental e ocidental. S ento ahumanidade poder viver o Paraso na Terra. A Igreja Messinica

    Mundial nos d a conscincia de que esse Paraso pode tornar-se umarealidade atravs da Luz de Deus.Devemos ser flexveis e agir de acordo com as situaes, ora aderindoao princpio de Shojo, ora aplicando o mtodo Daijo, mas semprevoltando ao ponto central, Izunome. Daijo abrangente incluindotudo, inclui tambm Shojo. De modo geral, bom agir conforme ascircunstncias, mas nunca esquecendo o princpio sobre o qualbaseamos a nossa ao. Mesmo tendo Shojo como princpioorientador, convm agir maneira Daijo.

    No obstante, seria perigoso empregarmos somente Daijo. Os jovens,especialmente, poderiam tender a uma demasiada auto-indulgncia.

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    Shojo estabelece o princpio vertical, no qual tudo deve ser baseado,antes de adotar o princpio Daijo, de expanso horizontal. Assim,pode-se atingir o perfeito equilbrio entre ambos, ou seja a cruzequilibrada Izunome.

    Extrado do livro Os Novos Tempos

    O BEM E O MAL SO RELATIVOS

    H leis naturais no Universo que regem todos os processos emutaes. Essas leis tambm governam a Religio, a Filosofia, aCincia, a Poltica, a Educao, a Economia, as Artes, a paz e aguerra, o Bem e o Mal.Quando nos adaptamos a essas leis naturais e reguladoras, o nosso

    caminho se torna mais suave. Quando fazemos resistncia a elas,surgem as dificuldades.As criaturas de pensamento Daijo falam menos no Bem e no Mal ounos erros alheios do que as criaturas de pensamento Shojo. Como oBem e o Mal so termos relativos de uma determinada situao,verdadeiramente no podemos julgar os atos alheios. Deveramos,portanto, aplicar a tolerncia do pensamento Daijo em todos osnossos relacionamentos.Quando pensamos e agimos de acordo com as imutveis Leis Divinas,

    que regem toda a criao e todas as aes, os resultados sobenficos. A despeito da opinio dos homens, o que importa oresultado final.Extrado do livro Os Novos Tempos

    CRIAO DA CULTURA

    A nossa religio denominada Igreja Messinica Mundial.Naturalmente, tendo ela surgido para promover a ltima salvao do

    mundo, no h disparidade entre seu nome e sua misso, mas tambmpoderamos cham-la de Igreja Criadora. Explicarei por qu.Durante dezenas de sculos, a humanidade veio empregando todas assuas foras para o progresso e desenvolvimento cultural, e, comopodemos constatar, atingimos uma cultura notvel e exuberante, quechega a deixar-nos maravilhados. No haveria palavras suficientespara enaltecer esse mrito. O ideal da humanidade, obviamente, erapromover a felicidade do homem; entretanto, graas descoberta dadesintegrao do tomo, a realidade foi bem diferente daquilo que se

    esperava. O adjetivo pavoroso ainda seria fraco para qualificar taldescoberta, pois ela capaz de ceifar milhares de vidas num instante.

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    Indubitavelmente, o sonho de felicidade foi trado, mais do que sepossa imaginar. Quem poderia prever to grande desgraa? Haverexistido maior desencontro que esse em toda Histria? A humanidade ou pelo menos os homens cultos precisa descobrir a verdadeira

    causa do problema, pois, enquanto ela no for descoberta esolucionada, o progresso da cultura obtido de agora em diante no ternenhum sentido. A prpria energia atmica, no entanto, torna-sedemonaca porque utilizada como arma de guerra; se no o for,logicamente torna-se um maravilhoso anjo da paz. De acordo com esseprincpio, no h motivo para fazermos alarde contra a bomba atmica,pois o problema est na guerra em si; conseqentemente, no existeproblema mais importante que o da sua extino. H milhares de anos,com efeito, a humanidade vem empregando todos os seus esforospara fugir desse horror; um fato que todos esto fartos de conhecer.

    No obstante, ao invs de ele estacionar, a realidade mostra o seuincremento, a cada guerra que travada. Talvez isso tambm sejamotivado pelo crescimento demogrfico, mas a causa principal oaperfeioamento das armas, que culminou com a inveno da bombaatmica. O que mais poderia estar indicando esse acontecimentoseno a aproximao da hora de colocar-se um ponto final nasguerras? Acredito que este o Fim do Mundo profetizado por Cristo.Pensando dessa forma, podemos considerar que a civilizao atualseja um sucesso, mas tambm no podemos deixar de admitir a

    existncia de uma falha to grande que anula esse sucesso.Analisando desse ngulo, o certo seria despertar das falhas da cultura,as quais descrevi acima, e partir para a criao de uma cultura nova eindita. Em outras palavras, seria o reincio da cultura.E como se criaria essa nova cultura? Eis o grande desafio que ahumanidade vive atualmente. Acredito que a Igreja Messinica Mundialfoi criada para corresponder a esse propsito. Portanto, com toimportante misso, ela visa a desenvolver, de acordo com a Ordem deDeus, a grandiosa obra de construo do Paraso Terrestre. Comocondio bsica para atingir esse objetivo, propomo-nos, antes de tudo,

    a eliminar a doena da humanidade. Julgo desnecessrio falar muito aesse respeito, dados os maravilhosos resultados que vimos obtendo.Obviamente, a verdadeira causa da guerra a doena; no somente adoena fsica, mas tambm a espiritual a dos doentes do esprito queainda no so considerados loucos ou insanos. Fazer deles pessoasverdadeiramente saudveis, dever ser a base para solucionar oproblema da guerra. Acredito que as demais solues apontadas nopassam de palavras vazias.13 de setembro de 1950

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    A TRANSIO DA VELHA CULTURA PARA A NOVA CULTURA

    A cultura atual, comparada cultura primitiva, de milhares de anosatrs, alcanou um progresso assombroso e est se expandindo cada

    vez mais. Todavia, o homem muito sofreu e lutou para chegar a esseponto, enfrentando catstrofes naturais, guerras, doenas e outrosmales. A histria da humanidade mostra-nos as terrveis batalhas queviemos travando contra esses sofrimentos. desnecessrio dizer que, por trs dos objetivos do progresso, haviaum plano no sentido de proporcionar a todos os homens um mundomais feliz, de eterna paz. Para a concretizao desse ideal, no entanto,os homens promoveram apenas o progresso da cultura material econsideraram a C