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Londrina 2017 ADRIANA MARIA MORAES A PREVENÇÃO DO CÂNCER DE PROSTATA E SUAS BARREIRAS NO CONTEXTO DO GÊNERO MASCULINO

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Londrina 2017

ADRIANA MARIA MORAES

A PREVENÇÃO DO CÂNCER DE PROSTATA E SUAS BARREIRAS NO CONTEXTO DO GÊNERO MASCULINO

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Londrina 2017

A PREVENÇÃO DO CÂNCER DE PROSTATA E SUAS BARREIRAS NO CONTEXTO DO GÊNERO MASCULINO

Trabalho de Conclusão de Curso apresentado à Faculdade Pitágoras, como requisito parcial para a obtenção do título de graduanda em Enfermagem.

Orientadora: Prof.ª. Drª. Iara de Oliveira Secco

ADRIANA MARIA MORAES

3

ADRIANA MARIA MORAES

A PREVENÇÃO DO CÂNCER DE PROSTATA E SUAS BARREIRAS NO CONTEXTO DO GÊNERO MASCULINO

Trabalho de Conclusão de Curso apresentado à Faculdade Pitágoras, como requisito parcial para a obtenção do título de graduandaem Enfermagem.

BANCA EXAMINADORA

Prof(ª). Titulação Nome do Professor(a)

Prof(ª). Titulação Nome do Professor(a)

Prof(ª). Titulação Nome do Professor(a)

Londrina, dia, mês de 2017

4

AGRADECIMENTOS

Primeiramente a Deus, por me iluminar e me dar força e coragem para vencer

todas as dificuldades e obstáculos durante esta caminhada.

Aos meus pais pelo apoio e incentivo.

À minha orientadora, pelos ensinamentos.

Aos professores que souberam dividir o conhecimento, com muita paciência e

dedicação.

Aos colegas de classe, pois juntos trilhamos uma etapa importante de nossas

vidas.

A todos, que de uma forma ou outra colaboraram para a realização deste

trabalho.

5

MORAES, Adriana Maria. A prevenção do câncer de próstata e suas barreiras no contexto do gênero masculino. 29 fls. Trabalho de conclusão de curso (Graduação em Enfermagem) – Faculdade Pitágoras, Londrina, 2017.

RESUMO

O presente estudo aborda sobre a prevenção do câncer de próstata e suas barreiras no contexto do gênero masculino. A importância deste tema se dá pelo fato de que os homens mesmo sabendo da gravidade da doença não procuram por atendimento médico preventivo, dificultando assim a detecção do câncer na fase inicial. O câncer de próstata é a doença que mais acomete a população masculina, levando a óbito centenas de homens diariamente no mundo todo. À medida que o homem vai envelhecendo, a incidência dessa doença vai aumentando. Quanto mais tardio for o diagnóstico, mais difícil será a cura. Nesse sentido, a prevenção é uma forma de se reduzir a incidência e prevalência da doença. Estudos realizados para identificar os fatores que levam os homens a se oporem às ações de cuidados com a saúde, revelaram que muitos dos motivos estão relacionados com a cultura masculina, falta de tempo, condições socioeconômicas e ausência de ações promovidas pelo governo destinadas a este grupo. No entanto, mesmo com algumas ações realizadas pelo governo no sentido de alertar a população masculina sobre a importância da prevenção do câncer de próstata, ainda é notória a falta de interesse por parte dos homens sobre a gravidade do assunto. Para buscar respostas ao tema levantado realizou-se um estudo retrospectivo em livros e artigos nacionais publicados no período de 2000 a 2017, onde foram coletados dados através de um levantamento bibliográfico acerca do tema abordado.

Palavras-chave: Saúde do homem; Câncer de próstata; Diagnóstico; Prevenção;

Tratamento.

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MORAES, Adriana Maria.The prevention of prostate cancer and its barriers in the context of the male gender. 29fls.Trabalho de conclusão de curso (Graduação em Enfermagem) – Faculdade Pitágoras, Londrina, 2017.

ABSTRACT

The present study addresses the prevention of prostate cancer and its barriers in the context of the male gender. The importance of this theme is given by the fact that men, even knowing the severity of the disease, do not seek preventive medical care, making it difficult to detect cancer in the initial phase. Prostate cancer is the disease that most affects the male population, leading to death hundreds of men daily worldwide. As the man grows older, the incidence of this disease increases. The later the diagnosis, the more difficult the cure. In this sense, prevention is a way to reduce the incidence and prevalence of the disease. Studies conducted to identify the factors that lead men to oppose health care actions revealed that many of the reasons are related to male culture, lack of time, socioeconomic conditions, and lack of government-promoted actions for this group . However, even with some government actions aimed at alerting the male population to the importance of prostate cancer prevention, men's lack of interest in the seriousness of the subject is still notorious. To search for answers to the topic raised, a retrospective study was carried out on national books and articles published between 2000 and 2017, where data were collected through a bibliographical survey about the subject.

Key-words: Men's Health; Prostate cancer; Diagnosis; Prevention; Treatment.

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LISTA DE FIGURAS

Figura 1 – Próstata .................................................................................................. 15

Figura 2 – Próstata aumentada ............................................................................... 16

Figura 3 – Próstata com tumor ................................................................................ 16

Figura 4 – Toque retal ............................................................................................. 20

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SUMÁRIO

INTRODUÇÃO...........................................................................................................09 1 O HOMEM E SUA SAÚDE.................................................................................... 10 2 PRÓSTATA.............................................................................................................15

2.1 CÂNCER DE PRÓSTATA.....................................................................................17

2.1.1 Sintomas............................................................................................................19 3 DIAGNÓSTICO.......................................................................................................20

3.1 TRATAMENTO.....................................................................................................22

3.2 PREVENÇÃO.......................................................................................................23

CONSIDERAÇÕES FINAIS.......................................................................................25 REFERÊNCIAS..........................................................................................................26

9

INTRODUÇÃO

O câncer, também chamado de neoplasia, são mutações genéticas que

provocam uma multiplicação descontrolada das células em determinada região do

corpo. Na atualidade, é um importante problema de saúde pública, sendo responsável

por mais de seis milhões de óbitos a cada ano, representando cerca de 12% de todas

as causas de morte no mundo. Embora as maiores taxas de incidência de câncer

sejam encontradas em países desenvolvidos, dos dez milhões de casos anuais de

câncer, cinco milhões e meio são diagnosticados nos países em desenvolvimento

(WHO, 2002).

Existem mais de 200 tipos de câncer, dentre eles o câncer de próstata, que é o

sexto tipo de câncer mais comum em todo o mundo e o segundo mais predominante

entre o sexo masculino no Brasil. No entanto, mesmo sabendo da gravidade da

doença, os homens resistem ao atendimento médico.

Por tais razões, a relevância do presente trabalho se dá pelo fato da realidade

contextual que permeia essa questão tão desafiadora para o universo masculino:

porque muitos homens não se dão conta da importância do exame de próstata?

Desta forma, o objetivo geral deste estudo é verificar as dificuldades e barreiras

que muitos homens enfrentam, diante da questão do câncer de próstata.

Assim, para facilitar a apresentação deste estudo, o mesmo se encontra

dividido em três capítulos que nortearam a pesquisa. Sendo assim, no primeiro

capítulo busca apresentar questões sobre o homem e sua saúde; num segundo

momento, buscou-se descrever sobre o câncer de próstata e sua causa, apontando

as possíveis barreiras que impedem os homens de realizarem o exame preventivo e

no terceiro capítulo, procura abordar sobre o diagnóstico, prevenção e as formas de

tratamento da doença.

Trata-se de um estudo exploratório, através de uma pesquisa bibliográfica,

onde foram selecionados artigos nacionais disponíveis no banco de dados de revistas

eletrônicas direcionadas à saúde e da Scientific Electronic Library Online – SciELO,

no período de 2002 a 2017. Os termos utilizados para busca foram: câncer de

próstata, diagnóstico, prevenção e tratamento.

10

1 O HOMEM E SUA SÁUDE

O homem da atualidade passa maior parte da sua vida trabalhando, procurando

sempre ser competitivo na busca constante pela aquisição de bens materiais,

deixando assim sua saúde para um segundo plano.

Desde a era primitiva, o homem possui características próprias de sua natureza

que são mantidas ainda hoje, onde, a força, a invulnerabilidade, o trabalho e a família

tornaram-se alguns dos fatores responsáveis pela falta de cuidado com a sua saúde

(SILVA et al., 2010).

Sobre isto comenta Gomes (2006), que a o homem é visto pela sociedade como

um ser forte tanto no aspecto físico como no psicológico, o que resulta em uma figura

que rejeita os cuidados consigo mesmo, não aderindo a tratamentos preventivos, de

promoção e de proteção da saúde. Por este motivo, torna-se difícil a detecção e o

tratamento de doenças por parte dos profissionais da saúde.

Estudos sobre a saúde dos homens tiveram início nos anos 70, realizados por

pesquisadores norte-americanos. Estes foram impulsionados pela teoria e política

feminista que considerava ser o homem o responsável pelos danos à saúde dos

outros, sobretudo da mulher (SILVA, 2010). Parte destes estudos, evidenciaram que

apesar de serem considerados mais importantes do que as mulheres, os homens

estavam em desvantagem em relação às taxas de morbimortalidade.

As mudanças nos padrões de morbimortalidade constituem-se em uma das

características do século XX, estando associadas às diferenças na estrutura etária

populacional. Para analisar a saúde do homem, é preciso invocar transições

demográfica e epidemiológica, com o envelhecimento populacional e alterações no

perfil das doenças. Nota-se que a diminuição da sua mortalidade foi mais lenta e

sempre menor do que no sexo feminino; como decorrência, atualmente, a vida média

masculina é comparativamente menor em todas as regiões do Brasil (LAURENT;

JORGE & GOTLIEB, 2005).

Laurenti;Jorge e Gotlieb (2005) em um de seus estudos sobre o índice de

mortalidade da população masculina, verificaram que para praticamente todas as

causas, são maiores os coeficientes neste grupo. Este fato foi observado em todas as

faixas etárias, exceto para as doenças específicas do gênero feminino. A maior taxa

11

de mortalidade masculina acontece entre os 20 a 39 anos, numa proporção de três

mortes masculinas para cada feminina.

Os autores destacam ainda que as causas mais frequentes de morte masculina

são as causas externas (violência, acidentes de trânsito), doenças cardiovasculares,

neoplasias malignas e (LAURENT; JORGE & GOTLIEB, 2005).

Um gráfico elaborado pela Secretaria Municipal de Saúde da cidade de Campo

Grande (MT) no ano de 2016, mostra as principais causas de mortalidade entre

homens na faixa etária de 20 a 59 anos. Que são elas:

Gráfico 1-Principais causas de mortalidade entre homens na faixa etária de 20 a 59

anos.

. Fonte: Jornal Primeira Notícia (2017)

Contudo, mesmo sendo maior essa taxa de mortalidade entre a classe

masculina, nota-se que o comparecimento de homens nos serviços de atenção

primária à saúde é menor do que a das mulheres.

Conforme descrevem Albano; Basílio; Neves (2010) o índice de homens em

relação as mulheres na procura por atendimento no setor primário é muito baixo, haja

vista, que estes só buscam serviços de saúde quando apresentam sintomas de

alguma doença.

12

Colaboram com o assunto Carrara; Russo e Faro (2009) dizendo que ao

contrário das mulheres os homens não utilizam os serviços de atenção primária pelos

mesmos motivos. Sendo que, estes só buscam atendimento ao sistema de saúde

quando necessitam de cuidados de maiores complexidades, contribuindo assim para

o agravo da morbidade.

Leite et al. (2010) esclarece que o fato da pouca procura dos homens ao serviço

de saúde acaba dificultando o acesso à Atenção Básica, medidas preventivas, ações

de promoção e prevenção das doenças.

Uma pesquisa realizada por Silva et al. (2010) para identificar os fatores que

levam os homens a se oporem às ações de saúde, apontou que muitos dos motivos

estão relacionados com a cultura masculina, falta de tempo e condições

socioeconômicas.

Quanto à falta de tempo, Schraiber (2005) em um de seus estudos, concluiu

que grande parcela da população masculina atribui ao horário de funcionamento dos

postos de saúde, o motivo pelo qual não buscam um serviço de prevenção, pois, o

horário de atendimento destes serviços bate com seu horário de trabalho e na maioria

das vezes não conseguem dispor do tempo para essas consultas. Sobre este aspecto,

percebe-se que o homem tem uma grande preocupação em perder um dia de serviço,

principalmente àqueles que são das classes mais baixas.

Albano et al. (2010) e Silva et al. (2010) apontam outros fatores que criam

barreiras a mais na questão do cuidado do homem. Estas barreiras segundo os

autores, podem estar relacionados com o medo da descoberta de doenças e com a

presença de mulheres tanto como demanda de atendimento quanto de profissionais,

que para eles tornam os espaços da Unidade Básica de Saúde feminizados.

Se tratando ainda dos fatores que impedem o homem de fazer exames

preventivos, Junior e Lima (2009) colaboram com o assunto dizendo que há também

o desconhecimento da importância das ações de prevenção e manutenção da saúde,

pois, ainda são precárias as campanhas destinadas a este público.

É importante ressaltar essa questão sobre a falta de programas destinados ao

público masculino, pois, os programas de saúde geralmente são voltados à criança,

ao adolescente, a mulher e ao idoso, não existindo, porém, com exceção dos

programas de saúde do trabalhador, aqueles voltados ao homem adulto. Sabe-se que

devem ser levantadas algumas questões específicas para o homem, como, por

13

exemplo, ações educativas em relação ao câncer de próstata (LAURENT; JORGE &

GOTLIEB, 2005).

Sobre isto comenta Junior; Lima (2009), onde dizem que a falta de um

programa exclusivo para a saúde do homem pode ser um dos motivos principais da

não realização periódicas de exames, que podem prevenir ou até minimizar doenças,

através de um diagnóstico precoce.

Salienta-se ainda, que existem também as dificuldades enfrentadas pelos

profissionais da saúde na implementação da política de saúde do homem, nas

unidades de saúde. Há carência de profissionais capacitados para este atendimento,

falta de material didático sobre o assunto e adequações das unidades de saúde

(JULIÃO; WEIGELT, 2011).

No ano de 2008 o Ministério da Saúde criou a Política Nacional de Atenção

Integral à Saúde do Homem (PNAISH) cujo objetivo foi promover e aumentar o acesso

dos homens a este serviço. Buscando ainda, maneiras de aperfeiçoar a assistência

oferecida, gerando uma mudança cultural (BRASIL, 2009).

Mesmo sendo voltada ao público masculino, o foco central da PNAISH está

direcionado aos homens adultos com idade entre 20 a 59 anos economicamente

ativos, que correspondem a 41,3% desta população (Brasil, 2009).

A PNAISH surgiu com o apoio e os esforços dos responsáveis pelo Sistema

Único de Saúde (SUS), de instituições de pesquisas científicas e agências de

cooperação internacional. Assim, essa política veio para auxiliar os governantes

estaduais e municipais, apresentando medidas especiais de ações como:

1. Implantação da Política Nacional de Atenção Integral à Saúde do Homem; 2. Promoção de saúde com foco na elaboração de estratégias para aumentar a demanda dos homens aos serviços de saúde; 3. Informação e comunicação para sensibilizar os homens e suas famílias, estimulando o auto-cuidado e hábitos saudáveis, por meio de ações de informação, educação e comunicação; 4. Participação, relações institucionais e controle social, que busca associar as ações governamentais com a sociedade civil organizada, a fim de potencializar ações voltadas para essa população; 5. Implantação e expansão do sistema de atenção à saúde do homem, com o objetivo de fortalecer a atenção básica e melhorar o atendimento, a qualidade e resolubilidade dos serviços de saúde; 6. Qualificação de profissionais da saúde para o desenvolvimento de estratégias em educação permanente para os trabalhadores do SUS; 7. Avaliação dos insumos, equipamentos e recursos humanos que garantam a adequada atenção de insumos, equipamentos e recursos humanos que garantam a adequada atenção à população masculina; 8. Sistemas de Informação com o objetivo de melhorar e qualificar as informações destinadas a essa população; 9. Avaliação do projeto-piloto por meio de realização de estudos e pesquisas que contribuam para a melhoria das ações por meio do monitoramento da Política (BRASIL, 2009, p.4).

14

Neste cenário, observa-se na proposta da PNAISH, que uma das prioridades

do governo é o bem-estar e a saúde do homem, e, sobretudo, reconhecer que a saúde

é um direito de cidadania de todos os indivíduos do sexo masculino, tendo em vista,

o aumento da expectativa de vida e a redução da morbimortalidade neste grupo

(BRASIL, 2009).

Verifica-se ainda, que a proposta visa a mudança da concepção do homem em

relação aos cuidados com a sua saúde. De maneira específica, a finalidade da

PNAISH é organizar, implantar, qualificar e humanizar, o cuidado integral à saúde do

homem, em qualquer lugar do Brasil, dentro dos princípios que regem o SUS.

(SEPARAVICH ; CANESQUI ,2013).

Além disso, a PNAISH propõe aos homens que procuram os serviços de saúde,

para um atendimento especializado, através de serviços de média e alta

complexidade, o fortalecimento à atenção primária para que a atenção à saúde não

se restrinja apenas à recuperação, mas, principalmente, a promoção da saúde e a

prevenção de agravos evitáveis (BRASIL, 2009).

Entretanto, cumpre dizer, que embora investimentos em campanhas públicas

voltadas à saúde do homem estão sendo promovidas, ainda é notória a resistência do

público masculino quanto à prevenção de doenças devido a alguns pensamentos

conservadores e hábitos de vida que não conseguem mudar.

Dentre as doenças que mais acometem a população masculina está o câncer

de próstata, assunto este que será abordado nos próximos capítulos.

15

2 PRÓSTATA

Antes de falar sobre o câncer de próstata, primeiramente faz-se necessário um

melhor entendimento sobre a próstata, uma pequena glândula localizada logo abaixo

da bexiga do homem (Figura 1).

Figura 1- Próstata

Fonte: Inca (2017)

A próstata é uma glândula que faz parte do aparelho reprodutor masculino, seu

tamanho é comparado a uma bola de golfe e seu peso normal é de aproximadamente

20g. Esta glândula produz cerca de 40% a 50% dos líquidos que compõem o sêmen

ou esperma, cuja função biológica na fase de reprodução do homem é de grande

importância, pois, protege e fornece nutrientes essenciais à sobrevivência dos

espermatozoides (CALVETE et al., 2003).

Conforme o envelhecimento do homem a próstata vai aumentando de tamanho.

Com este aumento, o fluxo urinário dos homens fica mais lento e difícil de sair. Por

este motivo, quando aumentada, a próstata torna-se uma verdadeira ameaça para a

saúde do homem, pois, começa a pressionar a uretra, dificultando a passagem da

urina, tornando o jato urinário fino e fraco (FERREIRA; MATHEUS, 2004).

A figura abaixo mostra uma próstata normal e uma alterada.

16

Figura 2- Próstata aumentada

Fonte: Srougi; Dall'oglio ; Crippa (2013, p.142)

Assim, como todos os outros órgãos do corpo, a próstata é formada por células,

que se dividem e se reproduzem normalmente de forma ordenada e controlada,

portanto, quando ocorrem alterações nas células que modifique este processo de

divisão e reprodução, origina-se o tumor (Figura 3), podendo este ser classificado

como benigno ou maligno (CORRÊA et. al., 2003; DINI e KOFF, 2006).

Figura 3- Próstata com tumor

Fonte: Srougi; Dall'oglio ; Crippa (2013, p.143)

17

Neste caso, Miranda et. al. (2004) descreve o tumor benigno, como hiperplasia

prostática benigna (HPB), e o maligno, chamado CP. O tumor maligno, pode aparecer

estando relacionado ou não ao crescimento benigno. Ainda segundo o autor, a

evolução do crescimento do câncer de próstata é lenta, levando de 4 a 10 anos para

que uma célula produza um tumor de 1cm. No entanto, quando a próstata atinge o

volume de 60 a 100g, faz necessária a intervenção cirúrgica.

Na fase inicial, o câncer limita-se à próstata, mas, se não for tratado logo no

começo, pode vir a alastrar-se nos órgãos vizinhos, como vesículas seminais, uretra

e bexiga, podendo ainda, espalhar-se para órgãos distantes como ossos, fígado e

pulmões, trazendo consequências irreversíveis (GOMES et al., 2008).

2.1 CÂNCER DE PRÓSTATA

Conforme visto anteriormente, o câncer de próstata é a neoplasia mais comum

entre os homens, no Brasil, perde apenas para o câncer de pele não-melanoma. E,

se considerado entre ambos os sexos, é o quarto tipo mais comum e o segundo que

mais atinge a população masculina, sendo que, um em cada seis homens é afetado

pela doença. A investigação por esse tipo de tumor deve ser realizada a partir dos 45

anos, mas quem tem histórico na família, deve procurar o médico antes disso (INCA

2017).

Dados do Inca (2017) revelam que aproximadamente 543 mil novos casos da

doença são diagnosticados por ano, no mundo inteiro. O câncer de próstata é o tipo

de neoplasia que mais acomete os homens, com estimativa de 1,5 milhão diagnósticos

nos últimos anos. É, também, considerado o câncer da terceira idade, visto que, cerca

de três quartos dos casos no mundo surgem depois dos 65 anos.

Colaborando com o assunto, Corrêa et. al. (2003) e Dini e Koff (2006), afirmam

que na atualidade o câncer de próstata é a neoplasia maligna mais incidente entre a

população masculina no Brasil (Tabela 1), com 52 novos casos a cada 100 mil

homens. Segundo os autores, há uma estimativa de desenvolvimento de 140.000

18

novos casos de CP por ano, e, destes, aproximadamente 10.000 podem vir a resultar

em óbito por complicações da doença.

Tabela 1- Maior incidência de câncer entre os homens

Fonte: Adaptado Inca (2017)

Ainda segundo o Inca (2017) a origem do câncer de próstata é indeterminada,

no entanto, muitos são os fatores que podem originar a doença como: o

envelhecimento, o metabolismo hormonal, o estilo de vida, os hábitos alimentares, a

hereditariedade etc. (TONON; SHOFFEN, 2009). Porém, estudos sobre o assunto

apontam que a idade, os fatores hormonais, dietéticos, genéticos e ambientais são os

mais frequentes.

E se tratando do fator da idade, Brasil (2006) afirma ser esta a principal causa

para o desenvolvimento do câncer de próstata. Onde, cerca de 65% dos casos da

doença, são detectados em homens na faixa etária dos 65 anos, e, somente 0,1% dos

casos são diagnosticados antes dos 50 anos de idade.

Quanto aos fatores hormonais, na visão de Calvete et al. (2003), a testosterona

tem um importante papel no desenvolvimento natural da doença, indicando inclusive,

que o hormônio provoca proliferação celular. Já os fatores dietéticos, de acordo com

Cagigal; Alonso; Sanchez (2003) o consumo de muita gordura de origem animal é

capaz de aumentar as chances de se ter o câncer de próstata, visto que, este nutriente

eleva as taxas de androgênios e estrogênios, e, consequentemente, leva ao

desenvolvimento de tumores da próstata.

E se tratando dos fatores genéticos, Bandeiras et. al. (2003) destaca que os

antecedentes familiares têm particular importância por elevarem duas vezes mais o

risco de ocorrência precoce da doença em relação a aqueles que não possuem casos

na família. Para Friedenreich (2001), este risco aumenta 1,5 vezes quando um pai ou

19

um irmão tem o tumor, cinco vezes mais quando dois destes são acometidos pela

doença e 10,9 vezes quando três parentes de primeiro grau têm essa patologia.

Sobre os fatores ambientais, Bandeiras et. al. (2003) descreve a

possibilidades de várias relações destes fatores com desenvolvimento do câncer de

próstata, todavia, o autor ressalta como umas das principais causas, os produtos

químicos utilizados na indústria de fertilizantes. Em concordância com o assunto,

Benbrahim-Tallaa; Waalkes (2009) ressalta que a exposição ao arsênico inorgânico,

um contaminante ambiental, também tem contribuído para o desenvolvimento da

doença. Bandeiras et. al. (2003) destaca ainda outros fatores como: a fumaça de

automóveis, cigarros, entre outras substâncias químicas que também podem ter

relação, mais ainda há pouco estudo neste sentido.

O câncer da próstata em sua fase inicial evolui silenciosamente, por este

motivo, muitos homens não apresentam qualquer sintoma ou, quando apresentam,

estes são parecidos com os do crescimento benigno da próstata, conforme visto

anteriormente, que á a dificuldade de urinar, e a necessidade repetitiva de vezes de

urinar. Já no estágio avançado, pode provocar dores nos ossos, problemas urinários

ou, em casos mais graves, infecção generalizada ou insuficiência renal (INCA, 2017).

Neste sentido, é importante explanar detalhadamente sobre a sintomatologia

do câncer de próstata, que será abordada no tópico a seguir.

2.1.1 Sintomas

Corrêa et al. (2003) e Inca (2017) afirmam que em seu estágio inicial, o câncer

prostático não apresenta sintomas visíveis, porém com o passar do tempo, surgem as

dificuldades para urinar e o constante desejo de esvaziar a bexiga. O autor

complementa ainda, dizendo que presença de sangue na urina, dor e queimação

durante a micção são também alguns dos sintomas.

O aparecimento dos sintomas varia de homem para homem, dado que, o

câncer na maioria das vezes se inicia no contorno da próstata, podendo não haver

modificações no ritmo urinário, por este motivo, o indivíduo acaba não procurando

um médico, retardando assim o diagnóstico do tumor (GOMES et al., 2008).

20

No entanto, conforme salienta Reggio (2005), o câncer de próstata em estágio

avançado pode se espalhar pelo organismo, causando sintomas diferentes dos

urinários como: dor no períneo, nos rins e nos ossos, fadiga, entre outros. Esses são

alguns dos sinais decorrentes da evolução do câncer de próstata aos órgãos mais

próximos ou até mesmo nos mais distantes, chamado de metástases.

Contudo, além dos sintomas, o paciente prostático precisa procurar um médico

para que este possa iniciar a investigação e realizar um diagnóstico preciso do tipo de

problema que este paciente apresenta.

3 DIAGNÓSTICO

O câncer de próstata, como se pode observar, é um tumor localizado na

próstata masculina, e, que se detectado ainda na fase inicial pode ser curado. Mas,

se descoberto em estágio avançado, as chances de sobrevida do paciente tornam-se

mínimas. Desta forma, o diagnóstico precoce é de extrema importância para o controle

e cura da doença.

Para isso, existem vários exames clínicos que podem ser realizados como: o

toque retal (Figura 4), testes laboratoriais (PSA e fosfatase ácida sérica), ultra-

sonografia transretal, ressonância magnética, tomografia computadorizada, biópsia, e

muitos outros (TONON; SCHOFFEN, 2009).

Figura 4- Toque retal

Fonte: Arantes (2017)

21

Segundo Nettina (2003) o toque retal é um exame preventivo que permite a

avaliação dos diversos aspectos da próstata, desde seu tamanho e forma, até a sua

consistência (dureza) e sensibilidade. Portanto, este exame deve ser realizado

anualmente em todos os homens acima dos 45 anos de idade, mesmo que estes

apresentem ou não os sinais da doença, pois, o diagnóstico precoce, ajudará no

tratamento curativo do CP (BANDEIRAS et al., 2003).

Miranda et al. (2004) ressalta que os homens têm a consciência da importância

do diagnóstico precoce para o câncer prostático, todavia, estes, protelam as consultas

com o especialista, devido ao mito sobre o toque retal ou, por não apresentarem

sintomas.

Sobre o teste do PSA, conforme o destaca Kowalski et al. (2002), é um exame

realizado em laboratório cuja função é medir a quantidade de glicoproteína do sêmen

(produzida pela próstata) no sangue. Se o resultado for acima do padrão (2,5 ng/ml

para homens entre 40 e 50 anos e até 4,0 ng/ml para homens entre 50 e 60 anos),

significa que há alterações na glândula e o médico poderá recomendar outros exames

para definir a melhor forma de tratamento. Ainda segundo o autor, os valores do PSA

devem estar de acordo com os resultados do toque retal e com a ecografia prostática,

pois, não se recomenda fazer o PSA isolado do toque retal, tendo em vista que até

um quarto dos pacientes prostáticos apresentam PSA menor que 4 ng/ml.

Outro exame também utilizado para a detecção de um tumor é a

ultrassonografia transretal (USTR) que de acordo com Costa (2004), é um dos exames

mais eficientes para determinar o estádio das neoplasias, caracterizando o tamanho

do tumor, sua localização, grau e padrão de crescimento e assimetria prostática.

A ressonância magnética (RM) e a tomografia computadorizada (TC) são

também exames que podem ser usados no diagnóstico do câncer de próstata, no

entanto, não se mostram tão eficientes quanto a USTR (SROUGI, 2017).

Outra opção diagnóstica também muito utilizada é a biópsia da próstata. É

realizada sempre que houver suspeita de câncer prostático e quando um ou mais

diagnósticos já foram constatados, como no caso do toque retal com suspeita de

malignidade (nódulos endurecidos) e PSA superior a 10 ng/ml. A biópsia da próstata

é realizada utilizando-se a ecografia transretal, visto que, este aparelho mostra os

pontos suspeitos que se deve biopsiar (BANDEIRAS et al., 2003).

22

Se a biópsia confirmar a existência do câncer, o procedimento inicial é avaliar

a extensão e as características do tumor, procurando estabelecer o estádio da doença

e o seu tratamento. Para isso, utiliza-se a tomografia computadorizada para averiguar

se o tumor não se espalhou para os órgãos vizinhos e detectar metástases (REGGIO,

2005).

3.1 Tratamento

Existem algumas formas de tratamento para o câncer de próstata, que devem

estar voltados não apenas ao controle do câncer, mas também para a manutenção da

qualidade de vida do indivíduo. No entanto, o que irá determinar o tipo de tratamento

a ser utilizado será o local onde se encontra o tumor, o estadiamento da doença, a

expectativa de vida e os possíveis efeitos colaterais. Neste caso, no presente estudo

serão abordados a radioterapia e a prostatectomia radical, que são tratamentos

indicados para o CP localizado e a hormonoterapia, a castração e a quimioterapia,

que são métodos indicados quando há doença metastática.

No caso, se o câncer estiver localizado, a radioterapia é uma das alternativas

de tratamento vigentes (GALÁN et al., 2004). Segundo Srougi (2017) a radioterapia

consiste na administração de radiações externas ou internas sobre a próstata para

destruir as células do câncer.

Lucia et al. (2005) apresenta ainda um outro tratamento também muito eficaz

que oferece maior chances de sobrevida ao paciente do que a radioterapia; a

prostatectomia radical. Este procedimento segundo a autora consiste na retirada total

da próstata e das vesículas seminais. Para Srougi (2017), mesmo se mostrando

eficiente este procedimento é muito agressivo, podendo ainda, trazer algumas

complicações como disfunção erétil e incontinência urinária.

No caso da doença metastática, ou seja, quando o câncer se espalha para os

outros órgãos, o tratamento indicado é a terapia endócrina ou hormonoterapia que de

acordo com Shahi e Manga, (2006) é a terapia onde são utilizados diferentes

medicamentos à base de hormônios que interrompem a produção de testosterona ou

impedem as suas ações na próstata.

23

Há também a retirada cirúrgica dos testículos, ou melhor dizendo a castração,

um método hormonoterápico também utilizado, visto que, destrói os órgãos que

produzem o hormônio masculino, o qual é considerado com o principal responsável

pelo crescimento do tumor (SHAHI; MANGA, 2006).

Já a quimioterapia, é um procedimento indicado apenas para pacientes

prostáticos com quadro avançado, principalmente aqueles que já não mais respondem

aos tratamentos da hormonioterapia e possuem doença metastática dolorosa

(TONON; SCHOFFEN, 2009).

Enfim, cumpre dizer que à medida que o homem vai envelhecendo, a incidência

do câncer de próstata vai aumentando, e, quanto mais tarde se fizer o diagnóstico,

mais difícil será a cura.

Nesse sentido, a prevenção é uma forma de se reduzir a incidência e

prevalência da doença. Tendo em vista que o alto índice de mortalidade pode estar

associado ao diagnóstico tardio da doença, podendo ser evitado se detectado em

estágio inicial.

3.2 Prevenção

A prevenção é uma ação necessária para que o indivíduo não adoeça e tenha

uma qualidade de vida satisfatória, no entanto, para que isso ocorra, é importante que

o mesmo esteja informado sobre a doença para então incorporar em seu dia a dia

hábitos preventivos.

E se tratando do termo prevenção Czeresnia (2003) diz que é uma ação

antecipada, baseada no conhecimento da história natural, a fim de tornar improvável

o progresso posterior da doença.

Segundo informações do INCA (2017), ainda não são conhecidas formas

específicas de prevenção do câncer de próstata, mas, acredita-se que uma vida com

hábitos saudáveis pode-se evitar o surgimento de determinadas patologias, entre elas,

o câncer. Atividade física, alimentação saudável, além de exames periódicos para

homens que apresentam histórico familiar da doença e os que têm acima de 45 anos

são as principais medidas para se proteger do CP.

24

Nesse sentido, a identificação de doenças crônicas nas fases iniciais, possibilita

a redução das taxas de morbimortalidade, que no caso, pode realizado por meio de

dois níveis de programas de prevenção: a primária e a secundária. A primeira previne

a ocorrência da doença, enquanto que a secundária, consiste no diagnóstico precoce

por meio de rastreamento (TUCUNDUVA et al., 2004).

Tomando por base ainda o mesmo autor, ao que se refere ao câncer, a

prevenção primária consiste nos cuidados com a exposição a agentes causadores ou

fatores de riscos como o cigarro, vida sedentária, alimentação inadequada e

exposição solar sem os devidos cuidados.

Em concordância com o assunto, Gomes et. al. (2008) destaca que uma

atividade física regular e uma dieta saudável rica em vitaminas C, D e E contribui

para a diminuição da taxa de evolução do câncer. Portanto, deve-se evitar o

consumo de gorduras, álcool, carnes em geral e cálcio (não ultrapassando mais

de 2 copos de leite ao dia) pois, o câncer necessita de calorias para desenvolver.

Já sobre a prevenção secundária do CP, faz-se necessárias ações conjuntas

com a população, que permitam o diagnóstico precoce, cujo tratamento pode levar à

cura ou, ainda, uma melhor qualidade de vida dos pacientes. Sobre isto comenta

Moritz et. al. (2005) que, com o resultado dos programas de detecção precoce e

da introdução das medidas do PSA, nos dias de hoje, aproximadamente 75% dos

novos casos de câncer de próstata aparecem como doença localizada, isso

significa uma grande evolução se comparado com as estatísticas do passado,

onde grande parte dos pacientes prostáticos já de início apresentavam-se com o

câncer já disseminado.

Diante disso, Wroclawski et. al. (2003) afirma que quanto mais cedo for

descoberto o câncer de próstata mais eficaz será sua cura, por este motivo é de

fundamental importância que os homens realizem o exame preventivo anualmente

da próstata, a partir dos 45 anos de idade.

Por derradeiro, cumpre dizer que mesmo com as poucas medidas

específicas existentes de prevenção do câncer de próstata, verifica-se que os

conhecimentos de prevenção primária juntamente com os conhecimentos da

prevenção secundária, contribuem para a redução da exposição da população

masculina a fatores de riscos e a realização de diagnóstico precoce, podendo

diminuir em 2/3 o número de casos de câncer prostático (TUCUNDUVA et al., 2004).

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CONSIDERAÇÕES FINAIS

Com o presente estudo, pode-se verificar que o câncer de próstata é a

neoplasia maligna que mais atinge homens na faixa etária acima dos 65 anos no

Brasil, sendo considerado o câncer da terceira idade. Sua origem ainda é

indeterminada, no entanto, alguns fatores como o envelhecimento, o metabolismo

hormonal, o estilo de vida, os hábitos alimentares e a hereditariedade podem originar

a doença.

Observou-se, que por se tratar de uma doença que evolui silenciosamente, em

sua fase inicial muitos homens não apresentam sintomas e acabam não procurando

por cuidados médicos, ocasionando assim, o retardamento do diagnóstico do

tumor. Todavia, se for detectado no começo do estádio da doença as chances de

cura são maiores. Desta forma, o diagnóstico precoce é de extrema importância para

o controle e cura do câncer de próstata.

Diante do exposto, verificou-se que as ações direcionadas a saúde do homem

são de suma importância, especialmente no que diz respeito ao rastreamento e

diagnóstico precoce do câncer prostático. Tal importância se dá, visando a redução

da mortalidade de um grupo que historicamente não possui o hábito de buscar por

atendimento médico com frequência, seja pela falta de tempo ou pelo mito existente

sobre o exame do toque retal.

Neste sentido, é preciso que sejam superados certos pensamentos de que o

homem é um ser forte e invulnerável que só procuram por assistência médica quando

necessitam de cuidados de maiores complexidades ou quando o estágio da doença

já se encontra avançado. Vale destacar ainda, que mesmo com ações voltadas a

população masculina na Atenção Primaria, é notória a falta de informação dos homens

sobre as ações destinadas a eles.

Em relação aos objetivos propostos pelo trabalho acredita-se que foi possível

cumpri-los, pois, conseguiu-se através do estudo levantar informações atuais a

respeito das ações preventivas e tratamentos relacionados ao câncer de próstata e os

principais aspectos que envolvem a doença.

Contudo, com o presente estudo, pode-se verificar que mesmo com as

mudanças que vem ocorrendo nas áreas sociais, política e da saúde, a questão do

câncer de próstata no Brasil ainda precisa ser melhor tratada e avaliada.

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REFERÊNCIAS

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