026 - cadenos de teatro

Download 026 - Cadenos de Teatro

If you can't read please download the document

Upload: humberto-sueyoshi

Post on 29-Sep-2015

18 views

Category:

Documents


6 download

DESCRIPTION

Revista de Teatro Esgotada - O tablado

TRANSCRIPT

  • ( .

    Van MlchalsKi

    A po sse d e Brbara Heliodora no Servio Nacional deTeatro, a realizar-se n os p r ximos dias, fa z com que est asem an a sej a, para t odos ns, uma se m an a d e festa .

    No ficar bem par a ns, que temos a h onra desubstit ui-la nesta col u na, nos a longa r m os sbre as rarasqualidades de in te lign cia e de car te r da nossa cole ga ;q ua lidad es essas q u e n os do a m ais absoluta conv icodo ac rro da escolh a feita pelo Minist r o da Educao eCul tu ra , Antes do que com a pessoa de Brbara. Heliodo-r a, queremos nos solidar izar h oje com a id ia que repre-senta a s u a ascenso Direco do SNT e com as pers -pectivas anim adoras que se abrem, graas a ess a .n om ea -o, diante do tea t r o nacional.

    Ac r edit am os que tda a classe teatral do . Brasil unnim e em cons idera r que as ad m inistraes anterioresdo SNT n o con seguiram fazer pelo n osso tea tro o qU'2ser .a n ec ess ri o e exigvel . Em certos casos por falta deu ma vi so suficientemente din m ica e moderna , em certoscasos por fa lts, de coragem, em ce rtos caso s por falta deindependn cia , seja. pessoa l se ja p oltica . Brbara H elio -de ra leva p ar a o SNT alm do seu dinamismo pessoa l,t od o o d inamism o de um a gerao tea tr a l a inda jovem qu eela represe n ta e cujos esforos t m sido d eci sivos pa r a Qp r ogr esso do nosso tea tro . A cr escen temos a isso um pro-fundo con hecimento da. organizao teatral dos p ases m ai sad ian tados ponto ste que cons id er am os de enor m e u ti -lidade . Ao m esmo tempo, Brbara Heliodora leva para oSNT uma p erfei t a no o de independncia e de imparcia-iidade, um com p le to descomprom et imento de qualqueridia que n o seja a do me lhol" tea tro possv el que dev eser Inc -em ent ado, est im u lado, protegido e popula r izado;e ni ngum duvidar de qu e a sua v asta cu lt u ra tea tral eo se u esprito cr t ico e analtico consti tuem elemen tos su-fi cientes pa ra q ue el a sa iba. d is tinguir qua l s te melho rzentro possivel.

    Devem os constata r, no ent an to, que as adm in is traespassadas fa lharam no somente pelas razes -que acabam osde a po ntar, m as tamb m po r outr os motivos, inteiramenteindep endentes da vontade e da capacidad e dos' r espectivosdiretorcs d o SNT : uma estr u tu ra e uma regulamenta oad mi nistra ti va em mui tos pon tos ob soleta ; uma cr ue l de-pendncia das ver bas co m as q ua is nu nca se sabe quandoc at qu e ponto se po der con tar ; a inrcia t radicio nal donosso funci on ali sm o p bli co ; -c , fi na lmen te, ",o prp ri o c:~..r tc r transit rio do ca rg o, qu e 1.e111 tor nad o i l us r o , .cmcertos cas os , qua lq uru pl uncja mcn to a lon go prazo e rl ,longo al cance.

    - O CUNHADO DO EX-PRESIDENTE, de Au rimarRocha , no Tea t ro de B lso . Dir eo do autor, q u e tambmes t no elenco, assi m como JORGE CHE RQUES. ELOINAe J os Maria Montei r o . .

    Outros sucessos de bilheteria neste p r im eiro semestre : Brbara n o ser v i o

    - os DIREITOS DA MULHER, d e Alfon so Paso. direo de Antonio de Cabo, com JARDEL F ILHO, MAR -CIA DE WINDSOR, MARGARIDA REY, TEREZA RA-CHEL e SERGIO VIOTTI, en tr e ou tros, no T ea tro Gin s-tico . Tambm h seis m eses em cartaz .

    TDA DONZELA TEM UM P AI QUE UM AFERA, d e Gl ucio G.L novamente sucess o no Teatr o San-la Rosa . GLAUCIO GIL e VERA VI ANA n os pa p is de"fera" e "donzela" respectivamente e mais ADHIANOREYS .

    O HSPEDE INESPERADO, do Aga thaChrist: ?,produo de Rcynaldo Loyo n o Tea tro da P r aa . Dir ecodc Gilbcrto Bra . E lenco: ISABEL TEREZA. CARLOSALBERT O, GLAUCE ROCHA, P AULO SERRADO, entreou tr os .

    F oram toda via apenas dois os textos de ca.tcgoria qu eo pblic o ca r ioca teve ensej o de ver encenados at agoranesta t emporada:

    O grupo Deciso de So P aul o aprese ntou no Tea t roNacional de Comdia a es p lnd ida, pea de Harold P in ter :O INOPORTUNO (Tlte Careta k er ) . O es pe t c u lo , di rigi dopor Antonio Abujanra , teve acolhid a desig ual por pa rteda crti ca ca r ioca .

    Tambm ANTGONA, de J ean Anouilh , prod u o '!direco de Antonio de Ca bo no Tea tro J ovem , foi r eceb idacom "r estries . Foi por m cl og iadissimo o desempenho deNATALIA TIMBERG, que vo lta ao s p a lcos cariocas nopapel de Antigona , depois de u m a longa a us ncia . O cs-pct cu lo aind a co nt;] co m ti rn as in tcrprc tu cs de PAULOPl\l)TLIlil e WAND A LACEIl DA , 'CW1 c a Ama, resp ec-tivamente .

  • Tod os sses entraves esto d e t a l m aneira enraizadosn a essncia e 112. exist ncia do S NT que, sincer amente , p ormais que co fiemos e ac red itemos na d ir etori a r ecm -n o-m eada, n o ' p odemos deixar de no s sen tir preocupado s coma pesada quot a de sacrifc ios que ela ter pela fren t e .Neste sentdo , s nos r esta d iri g ir um ap lo ao Gov rri cF ed eral , e particularm ente ao Min istro da Educao eCultura , par a que fo r neam per m anen tem ente a B rb a r aH eli od ora o apoie e os elementos ind ispensveis para quea su a ao p ossa ser r ea lm ent e eficien te ; e um outro aploa tda a, cl ass e teatral, p ara que deu um voto de confiana' Diretora cio SNT e pa r a que com p reen da q u e o cargon o foi cr iado com a fin alidade precpua de manipular ed istribuir subvenes, m as s im com o objetivo de assistiro tea t ro nacional e de ajud-lo a se to rnar um alto ins-t rumento d e arte, de cult u r a e - p orque no di zer -de ed uc ao .

    Nada sabemos a inda dos pl anos de Brbara Heliod orapa r a o incio das suas a.tiv idades frente do SNT; assimque fr 'possvel, di vu lgaremos aqui tod os os p ormenor esdos seus proj etos . P or enq uan to, s pod emos man if es ta ro or gulho e a sa tisfa o que sen t im os ao vermos a r ed atora titular de sta seo assu mi r o m ais alto e honroso p stoque a. vida teatral b rasil eira possa of erecer ; e a firmar an ossa es pe r an a de q u e ela saber prov ar que o Brasil nopreci sa n ecessriamente se r - usando uma definio dea utoria de Brbara H eli od or a - "o nico pas do mundoa p ossuir um Servio Nacion al de Tea tro do Absurdo".

    (Do Jorn al d o B m sU, 27-5-64).

    TEATRO

    A h istria d o te atro no Br asil , a pa rtir da dcada del!)40, a de uma luta verdade iramente h er ica dos quedesassistdos, p rocuram dar ao p ai s a educa o v iv a, e pa 1-pitante que s se encontra n o palco . N o existe n o mu ndoin te ir o n enhum gra nde t ea tro que no seja assis ti do esu bs idia do pelo Go vrno: ni st o esto de acrdo a Alemanha Ocid ental e a U ni o Sovitica" a F r ana e a Gr -Bretanh a , a Itlia e a Pol nia . Mesm o no s E stados Unidos,onde h pe lo tea tro uma in tensa e b en fi ca co ntr-i b ui odos ca pita lis tas qu e a Broadway apelidou de anjos , j sedesen ha m as possi bil idades de um Tea tro Naciona l, comoo que rece n tem en te o Gov r no entregou na Ingla tcrrn aS ir Laurence Oli vier e ao critico K en neth Tyna n ,

    P or que tero os gran des pa ses do mundo um inte-r sse to especial p elo teatro? P or que le - cu jo p r est-gio, contra t das as profe cias, n o foi ab alado nem pelocinema nem pela tel ev iso - r ep r es en ta o maior r eposi-tri o vi vo da cu ltura de qu a lquer p ovo . L or de K ey nes, ogrande econ om ist a que or ien tou seu d ebilitado pas en t reos escolho s financeir os do p s-guerra, fo i q uem , d urante aguerra, em pregou dinheiro do Gov rno n o t ea tr o ; paralevar o pov o in gl s, em lu ta terrvel pela sobrevivncia,s fon te s da sua graneza.

    No sso Servio Nacional de Teatr o, do Ministrio daEdu cao, h ano s se v em or ganizan do para preencher n oBrasil o vcu o governamental em m atria de teatro. Dire-es anter iores fizer am o esfr o p ossvel para, p or assimrlizer, h a bitua r o Gov rno ao t eatro. Mas continuamoslonge de pod er criar n o B rasil o grande t eatro dos pasesque prezam a su a cu ltura . A luta precisa pr osseguir . On vo diretor do S NT no m erece a confiana apenas po rser o cr t ico t eatral dste jorna l. T da a cla sse r econhecesua devoo ao t earo e sua d ispo si o de trabalhar se mdescanso por le , De intelignc ia e de corao BrbaraHeliodova a pessoa capaz de trazer o Gov rno ao teatroe de lev a r o tea t r o ao povo .

    (Do JOTnal do Brasil , abril-64) .

    LIVROS NOVOS:

    Editado pela Livraria Civili za o Brasileira, em suaCole o Universitria de Teatro. aca ba de ser publicadoA Preparao do Atol' , de Stanisl avski , em traduo de Pontes de Paula Lima.

    o TabladoO TABLADO iniciou o ano r emontando u m dos seus

    maior es sucessos : PLUFT, O F ANT ASMINHA , de Mar iaClara Machado. A crtica aplaudiu a p ea novamente eum a no va gerao de crianas aflui to do s os fins de se -m ana para ass istir ao es p et culo q ue tem L CIA MAR!NA ACI OLY no papel -ttu lo , criado anteriorm ente porCA RM EN SYLVI A MU RGEL .

    NAPOLEO MONI Z F REIRE, que est reara anos at r sna p rofisso de cengrafo co m PLUFT, O FANTASMIN HA, fz u m n v o cenrio , tend o sido alis, a lm da a u-tor a e di r ctora. o ni co elemento q ue par ti cipou das dunsp ro du es. Todos os at res da produ o anter io r foramsubs t. t u idos por n ovo s in tegr an tes do ele nc o de O TA -BLAD O .

    Co m emorando a pa ssagem do 4" Cen t en rio d e nasc i-m enta de SHAKESPEA RE, MARIA CLARA MA CHAD0prepar a a tua lmente s ua pr x ima p r odu o: SONHO DEUMA NO ITE D E VERO. numa espln d ida t radu o eleMA n IA DA SAUDADE CO RTESO. Os cen r io s e figu -r inos ser o feitos p or MARI E.LOUIS E NERY c a es tre ioest previ st a pa ra se temb r o .

  • Hamlet Nova-Yorquino visto por Zien'lblnskl

    IAN MI CHALSKI

    Um es pet culo shakes pe ari ano sui genel'is est Iasci-nando Nova Iorque: uma das coisa s mais di f ces, no mo-mento, na grande cidade norte-ameri ca na, con segu ir . seum in gresso para a verso d e Ham let dir igid a po r J oh nGicl gu d e com Richa rd Burton no papel-titulo. A tempo-rada na B roadway ser estend ida por seis sem anas a lmdo que estava previsto, e as cst atist .cas nor te -ame r ica nasconst a tam qu e esta se r a mai s lon ga perman ncia d eI-Ioml.et em cartaz, com 140 r epresentaes consec utivas .

    Os primeiros come nt rios que recebem os di ziam, ape-nas, q ue se tratava. d e um a m on tagem " com rou pa s nl')-d e rn a s" . No in tu it o de sa be r mo s maiores de ta lhes sbrea m onta gem que tanto entusiasmo tem sus citado, fom osouvir Zicmbinski qu e. por ocasi o da sua recente viagemaos Estad os Un id os, t eve a oportun idade de assi stir en-cen ao d e Gi elgud .

    "Vrias ten tativas de mode rn iza es - ou de atualizaes , palavra que me pa."ece mais op ortuna - da ob rnde Shakespeare, t m si do r ealizada s anterior me nte. Nemsempre tais tentativas s o feitas sim plesm ente atravs. d otraje moderno; alis a apresentao de um texto sh akes-peariano em ro upas modernas implica ou na necessi-dade de modificar o texto em certos luga res, ou na cr ra ode choques entre o te xto e a forma de representao . Huma maneira. melh or de aproximar Shakesp eare do p b licode hoj e, ex plorando se elemen tos de aprox im ao im plici-tos no prp ri o con tedo do texto, an tes de at er -se, ap enas,a uma mod ernizao dos f'ig urino s .

    A encenao de Gi elgud, ' porm . no tem nada e1c:gr a tu ito, e no seria. justo, nem exato, diz er ap enas quele fz uma m on ta gem de Hamlet com trajes mod errios.O direto r no procuro u, na verdade, transportar o d ra mado princ ip e da Dinama rca da poca dle para a poca elehoj e; procu rou , isto sim, r etira- sse dram a de qua lque-rlocalizao dentro de qu alq uer poca, de modo a deixa rsubs is t ir o problema em si, o probl em a humano lib erto ein dep endente do tempo .

    Para consegu ir tal efe it o, Giel gud a bo l.u qual q uerconstr uo cenogrfica que possa id en tifica r o local c apoca da s o, deixan do o palco n u, o pa lco de en sa io,co m a penas al guma s ce m posies de p ra ticveis e de en-trad as e sa da s ind isp ensveis pa ra o desenrolar da a o ,

    Os fa lados t r a je s mode r nos no s o, na r ealid ad e, ri-

    gu rinos m odernos, m as sim r ou pas que os at res teria musado, normalm ente, n os ensaios, sendo essas ro up as pu-x ad as, todav ia , para o senti do ex ig ido pelo ca r ter d ospcrson ag en s . Pol nio, por exemplo, ves te um c lcgn n tter no azul- m ar inho e todo o seu asp ect o de um hom emme tic uloso e que zela pela sua a pa r ncia . Com isso n i'il.ltem os no palco u m Pol6nio meio bufo e meio im b ci I.como tan tas v zes se v nas monta gens con v encion ais, muxsim um ancio debilitado f sica e int el ectualmen te pr-lnide.de, mas no qual eviden te um certo se nso de r cspon.sa bllid ad e, que nos faz compreender po r qu e e como {:Ic'chegou alta pos io que ocu pa .

    Tda a empostao forma l do espet cu lo , p orta n to.a de um ensaio cor r id o . O uso d os ac essri os tam bm ~ cenq ua d ra nesta concepo: as espadas , por exe m plo, niif>so carregada s pel os at r es dur an te todo o espet cu lo, m usapenas u tili zadas nos mo m entos em que o se u uso im p ruscin divel, e ab a nd onadas em seg u ida. As r ever n cias e c: ertos gestos que marcam o tom cerimonioso da Crte siif>esboados , m as tudo o qu e no cerimonioso passa d llplano do cost ume da poca para. o plano docum entri o d acondio humana ac ima de qualquer poca . Est a co nc cpc d aos a tres uma eno r m e liberdade de r esolv erem ' s 'lI Spro blemas interpretat ivos da m ad eira m ai s p rxima dasua sensib ili dade bem como da sensibili dade do pb lico .Rich a rd Burton , por cer to, no o m elhor Hamlet qu ' .i iivi , mas . pro' 'velm en te, o Hamlet que a gente me lhorcompreende, cujas motiv aes e cujo com portamento )lI/ S .sam o m ai s claramente po ssvel para a p la t ia . A .ouce po de G ielgud d ao p bl ico nova-iorquino a po sslb ilida de de ass istir a Ham let como se estivesse ass is t indo :Iuma pea de O'N eil! ou de Miller."

    Apesa : de conside rar o resu ltado da encenaio clt'Hamlet altamente positivo, Ziernb i nski no esconde :1, S l l l lp re fernci a pel a m on ta gem d e Rei L eal'. r eali zada p O I'P eter Br ook , onde a a o foi deixad a dentro da. sua poc':I,mas vista a t ra vs de um prisma anal t ico de um di n -I .u:mo derno. "Acho que R ei L ear, de Brook - con cluluZi ern b iriski - a coisa ma.s im porta nt e qu e .i vi C' IIItea t ro. d a m esm a fo rma como Oi to e Meio, de Fel lin i. I.o fenm eno mai s lm porte.n to qu e .irI vi em c i nom a."

    (Jornal do Brasil - 7-64 ) .

  • P"ubllcaao e texto iii djspo~io dos. ,' l e ito r e s na secretaria d'O TABLADO:

    da Edi tra A GIU :Cr $

    . Auto da Compad ecida , de A . Suassuna .

    Bodas de San gue, de Garcia Lo rca .D . Rosita a Solteira , de Ga rcia Lorca .Dilogo das Carmelitas, de Berna nos .A Harpo, de Erva, d e Truman Capote .Joana D'Arc entre as Ch amas, de Claudel .A Longa Jornada Noite a Dentro, de O'Neil!...O Living-Room, de Graham Greene .Natal na P raa, de Henri Ghon .

    A Rinoceronte, de Ionesco .A Visita da Velha Senhora, d e D rrenrnat t .Pedreira da s Almas e O Telescpio, de

    J. 'Andr ade .Yerma, de Garcia Lorca .Teatro InfantiL de M . C . Machado '.

    .Te a tr o (O Cava.linho Azul - A Volta de Ca -maleo Alface --: O Embarque de No) , deM. C. Machado .

    Textos :Os Cegos, de Ghelderode (CADERNOS n." 24)

    .AFars~ do Advogado Pathelin " ' .A .Far sa do Past elo e da Torta (CADER-

    NOS 23) .O""'Urso, de Tchekov .Unia Consulta, Artur Azevedo (CADERNOS,

    n ." 25) ' .

    ] . OOO,D!)

    SOO,OOSOO,OO

    SOO ,OOaOO,O[)

    SOO,OO

    SOO,OO800 ,00

    800,00

    800 ,00800,00

    800 ,00800,00700 ,00

    700 .00

    200J1C200,00

    200,00

    200.00

    200,00

    P edidos p:.1ra o TABLADO - CADERNOS DE TEATRO.