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LEITURAS E RELEITURAS: PROJETOS DE LITERATURA NO ENSINO FUNDAMENTAL I
READINGS AND REINTERPRETATIONS: LITERATURE PROJECT IN FUNDAMENTAL EDUCATION I
DA COSTA, Marcus Vinícius Soares1
DEZAN, Silvia Carla do Nascimento2
RESUMO
Este artigo apresenta dois projetos realizados por meio do PIBID (Programa Institucional de Bolsa de Iniciação a Docência) referentes a área de língua portuguesa, em duas turmas do Ensino Fundamental I, primeiro e quinto anos, em uma escola municipal da cidade de Cachoeiro de Itapemirim – ES. Os projetos em questão visam abordar o mundo da literatura de forma dinâmica e diferente do usual da sala de aula. Tendo como referencial contos de fadas e livros de literatura infantil, gêneros que atraem as crianças e ampliam seu universo imagético.
Palavras-chave: Literatura Infantil; Leitura; Releitura; Imaginação.
ABSTRACT
1 Graduando do Curso de Letras – Língua Portuguesa do Centro Universitário são Camilo-ES, [email protected] Professora Mestra do Centro Universitário são Camilo-ES, [email protected].
This article presents two projects performed by means of PIBID (Institutional Program for Initiation Grant to Teaching) concerning the area of Portuguese language, in two classes of the elementary school, first and fifth years in a municipal school in the city Cachoeiro de Itapemirim - ES. The projects in question They aim to approach the world of dynamically literature and different from the usual classroom. Taking as a benchmark for fairy tales and children's literature books, genres that attract children and extend his imagistic universe.
Keywords: Children's literature; Reading; Reinterpretation; Imagination.
INTRODUÇÃO
No cotidiano as pessoas se deparam com caminhos da leitura motivados
por ocasiões de necessidade, de prazer, de obrigação, ou como forma de passar o
tempo. Com essa perspectiva é possível afirmar que a leitura é fundamental para
construir conhecimentos e para o desenvolvimento intelectual do ser humano,
levando, também, conhecimentos éticos e estéticos ao público.
Considerando que a escola tem como uma de seus trabalhos primordiais a
formação do aluno leitor, de modo que ocupa o espaço de fácil acesso a leitura, é
necessário que a ela possibilite oportunidades de desenvolvimento do gosto pela
leitura por meio de textos significativos para os alunos.
É à literatura, como linguagem e como instituição, que se confiam os
diferentes imaginários, as diferentes sensibilidades, valores e
comportamentos através dos quais uma sociedade expressa e discute,
simbolicamente, seus impasses, seus desejos, suas utopias. Por isso a
literatura é importante no currículo escolar: o cidadão, para exercer,
plenamente sua cidadania, precisa apossar-se da linguagem literária,
alfabetizar-se nela, tornar-se seu usuário competente, mesmo que
nunca vá escrever um livro: mas porque precisa ler muitos (LAJOLO,
2008, p.106).
Ler para as crianças, hoje, é essencial para que elas tenham contato com o
mundo da literatura e tornem-se leitores ativos nesta sociedade de poucos
leitores.
Apresentar uma obra e mostrar que ela pode ter diferentes leituras é fazer
com que os alunos olhem de forma diversificada para o texto e que compreendam
que um mesmo texto pode apresentar-se em diferentes gêneros, como contos,
filmes, pinturas, poemas, entre outros.
Tendo como principal objetivo o incentivo a leitura, fazendo com que os
alunos tenham um crescimento intelectual e crítico, elevando a capacidade de
aprender, de ler e de se expressar, seja em sua vida acadêmica ou social.
Dessa forma, os alunos aprendem a valorizar e a gostar da literatura e do
hábito de ler, aprendem a interpretar textos e aprendem a reconhecer que o texto
literário pode ser apresentado de muitas formas, como por exemplo, textos em
prosa e verso, textos verbais e não verbais.
METODOLOGIA
O presente artigo trata-se de uma pesquisa quali-quantitativa, a qual
apresenta-se os resultados de trabalhos feitos em duas tumas de uma escola de
Ensino Fundamental. A pesquisa também conta com pesquisa bibliográfica em
livros e artigos, para que os resultados sejam validados teorícamente.
DESENVOLVIMENTO
O aparecimento da Literatura Infantil tem características próprias,
pois decorre da ascensão da família burguesa, do novo status concedido à
infância na sociedade e da reorganização da escola. Sua emergência deveu-se,
antes de tudo, à sua associação com o ensino, já que as histórias eram
elaboradas para se converterem em instrumentos pedagógicos, sempre com a
finalidade de transmitir valores éticos e morais às crianças. É a partir do século
XVIII que a criança passa a ser considerada um ser diferente do adulto, com
necessidades e características próprias, devendo assim receber atenções
especiais para seu desenvolvimento e formação para a vida adulta. (Coelho,
1997).
Os livros infantis, além de proporcionarem prazer, contribuem para
oenriquecimento intelectual das crianças. Sendo esse gênero objeto da
cultura, a criança tem um encontro significativo de suas histórias com o
mundo imaginativo dela própria. A criança tem a capacidade de colocar
seus próprios significados nos textos que lê, isso quando o adulto
permite e não impõe os seus próprios significados, visto estar em
constante busca de uma utilidade que o cerca (OLIVEIRA, 2005, p. 125).
Gilda Lúcia de Melo Nogueira, da Universidade Federal de Pernambuco, diz
que com o desenvolvimento da literatura infantil e o incentivo à produção editorial
do livro para criança a partir dos anos 80 do século XX, este passa a ser parte
integrante do contexto escolar e principalmente das aulas de Língua Portuguesa.
“Importa que o livro infantil não se limite e nem se determine, mas que
sempre extrapole e convide à fruição.” (Oliveira, 2005. p.125) Assim, compreende-
se que a Literatura Infantil é arte literária, destinada a determinado público. Serve
para ensinar, porém, não pode perder a faculdade estética.
O conto de fadas é orientado para o futuro e conduz a criança – em
termos que ela pode entender tanto na sua mente consciente quanto na
inconsciente – a abandonar seus desejos de dependência infantil e a
alcançar uma existência independente mais satisfatória (BETTELHEIM,
2007, p. 19).
Os contos de fada e as fábulas eram originalmente escritos para adultos,
mas chamavam a atenção das crianças, pois faziam-nas mergulhar em um mundo
maravilhoso de fantasia, com bruxas, princesas, fadas e animais falantes.
A criança é criativa e precisa de matéria-prima sadia, e com beleza, para
organizar seu “mundo mágico”, seu universo possível, onde ela é dona
absoluta: constrói e destrói. Constrói e cria, realizando tudo o que ela
deseja. A imaginação bem motivada é uma fonte de libertação, com
riqueza. É uma forma de conquista de liberdade, que produzirá bons
frutos, como a terra agreste, que se aduba e enriquece, produz frutos
sazonados (CARVALHO, 1989, p.21).
A Psicanálise afirma que os significados simbólicos dos contos
maravilhosos estão ligados aos eternos dilemas que o homem enfrenta ao longo
de seu amadurecimento emocional. É durante essa fase que surge a necessidade
da criança de defender sua vontade e sua independência em relação ao poder dos
pais ou à rivalidade com os irmãos ou amigos. É nesse sentido que a Literatura
Infantil e, principalmente, os contos de fada podem ser decisivos para a formação
da criança em relação a si mesma e ao mundo à sua volta (Bettelheim, 1999).
A psicanálise diz que os significados simbólicos dos contos estão ligados
aos desafios que o homem enfrenta ao longo de seu amadurecimento. Ela ainda
afirma que a criança é levada a se identificar com o herói bom e belo, não devido
à sua bondade ou beleza, mas por sentir nele a própria personificação de seus
problemas infantis: seu inconsciente desejo de bondade e beleza e,
principalmente, sua necessidade de segurança e proteção. Pode assim superar o
medo que a inibe e enfrentar os perigos e ameaças que sente à sua volta,
podendo alcançar gradativamente o equilíbrio adulto.
“Herói é o personagem que vive grandes aventuras e consegue vencer
todos os problemas que surgem à sua volta. Por isso ele é considerando
o personagem principal, cujas ações, pensamentos e sentimentos
acompanhamos com maior interesse. O herói é também chamado
protagonista da história. Nem sempre o herói é um personagem com
qualidades positivas. Existem heróis que são atrapalhados, malandros e
vivem grandes situações de
embaraço, mas continuam sendo protagonistas. Estes são conhecidos
como anti-heróis” (MACHADO, 1994, p. 45).
As relações entre literatura e escola possuem aspectos comuns e
divergentes. Porque a escola busca transformar a realidade viva e sintetizá-la nas
disciplinas. Já a literatura infantil sintetiza, viabilizando recursos de ficção, uma
realidade que tem contato com o que o aluno vive no cotidiano.
O trabalho com releituras faz com que os alunos entrem em contato com o
universo da literatura de forma dinamica. Após terem acesso a obra e suas
informações, reproduzem-na, desta forma os alunos desenvolvem habilidades
como: percepção, imaginação e ampliação de seu universo cultural.
Assim como há diferentes interpretações de um
texto visual, há diferentes possibilidades de
releituras desse texto.
A releitura será sempre coerente com a
compreensão que o aluno constrói na leitura de
uma imagem/obra. Cada leitura revela o nível de
complexidade cognitiva e o aprimoramento das
idéias estéticas do aluno (Rossi, 2003).
Focando o ato da leitura na escola, é extremamente importante que os
alunos tenham contato com os livros desde os primeiros momentos, pois é sabido
o valor enriquecedor gerado por esse contato. A leitura é uma forma altamente
ativa de lazer (Cunha, 1995).
Dessa forma, o professor deveria proporcionar aos alunos situações de
leitura que tivessem como obejtivo atividades de análise, enfatizando atividades
livres de enriquecimento cultural, imaginário e criativo.
Em vez de propiciar, sobretudo repouso e alienação (daí, a
massificação), como ocorre com formas passivas de lazer, a leitura
exige um grau maior de consciência e atenção, uma participação efetiva
do recebedor – leitor. Seria, pois, muito importante que a escola
procurasse desenvolver no aluno formas ativas de lazer – aquelas que
tornam o individuo crítico e criativo, mais consciente e produtivo. A
literatura teria papel relevante nesse aspecto (Cunha, 1995).
Zilberman diz que a Literatura Infantil é agente de conhecimento porque
propicia questionamento dos valores em circulação na sociedade, seu emprego
em aula ou em qualquer outro cenário desencadeia o alargamento dos horizontes
cognitivos do leitor, o que justifica e demanda seu consumo escolar.
Em “A Psicanálise dos contos de fadas”, Bettelheim fala sobre a relação da
criança com a leitura:
Para que uma estória realmente prenda a atenção da criança, deve
entretê-la e despertar sua curiosidade. Mas para enriquecer sua vida,
deve estimular-lhe a imaginação: ajudá-la a desenvolver seu intelecto e
tornar claras suas emoções; estar harmonizada com suas ansiedades e
aspirações; reconhecer plenamente suas dificuldades e, ao mesmo
tempo, sugerir soluções para os problemas que a perturbam.
Resumindo, deve de uma só vez relacionar-se com todos os aspectos
de sua personalidade – e isso sem nunca menosprezar a criança,
buscando dar inteiro crédito a seus predicamentos e, simultaneamente,
promovendo a confiança nela mesma e no seu futuro (Bettelheim, 1980).
É, necessário ter sempre em mente que o leitor também participa –
ativamente – do processo de criação literária, já que a leitura não deixa
de ser uma forma particular de reorganização criativa das idéias do
escritor: é por meio do leitor, num processo de recriação da obra, que o
texto literário adquire seu valor estético, abalizado pela crítica
conscienciosa (Silva, 2010).
Sabendo disso,
[...] compete hoje ao ensino da literatura não mais a transmissão de um
patrimônio já constituído e consagrado, mas a responsabilidade pela
formação do leitor. A execução dessa tarefa depende de se conceber a
leitura não como o resultado satisfatório do processo de alfabetização e
decodificação de matéria escrita, mas como atividade propiciadora de
uma experiência única com o texto literário (ZILBERMAN, 2008).
e tomando os projetos aqui apresentados como exemplo de incentivo a leitura.
Particularmente no âmbito do Ensino Fundamental, um a política de
incentivo e promoção da leitura deve, antes de mais nada, levar em
consideração os mediadores que, atuando juntamente com outras
instâncias institucionais, deverão agir como principal canal de
veiculação, para os alunos, do texto escrito. Daí a necessidade mais
imediata de se formar agentes capacitados justamente a desempenhar
esse papel de mediador entre o texto e seu leitor, realizando o que se
pode chamar de letramento literário, que tem na leitura seu mais eficaz
ponto de partida (Silva, 2010).
Trabalhar com releituras é importante para ampliação do imaginário da
criança, mas não deve-se trabalhar sem os textos originais, pois, o caráter
plurissignificativo, a possibilidade de o leitor atribuir diversos significados ao texto
a partir de interesses, necessidades e experiências vivenciadas na realidade. A
intangibilidade, a possibilidade de preservar o conteúdo, enredo, texto literário
original, toda literatura é intangível e não pode ser resumido evitando a perda da
essência ficcional (FIORIN, 1991), deve-se ser respeitada.
E de acordo com Bettelheim, “só se pode apreciar o verdadeiro significado
e o verdadeiro impacto de um conto de fadas e experimentar seu encantamento
por intermédio da história em sua forma original” (BETTELHEIM, 2009, p.29).
Abramovich (1994, p. 18) afirma que “quando se vai ler uma história [...]
para a criança, não se pode fazer isso de qualquer jeito, pegando o primeiro
volume que se vê na estante”. Ou seja, este momento deve ser planejado
antecipadamente pelo professor, levando em conta o público ao qual se destina
aquela leitura e o ambiente onde será realizada a leitura. O professor deve se
apropriar da história, fazendo uma leitura prévia do texto/livro, para realizá-la de
forma oral de forma que não tenham riscos e ocorram imprevistos em sala de
aula.
Amarilha (1997, p.21), afirma que “a oralidade se constitui também em um
dos atrativos da literatura na escola, pois cria um clima de comunidade em que
todos estão envolvidos na mesma experiência imaginária”.
Os projetos “ReLeituras” e “Lendo para crianças” foram realizados durante
o ano letivo de 2015 em uma escola da rede municipal de ensino da cidade de
Cachoeiro de Itapemirim – ES.
“ReLeituras” teve como base o conto de fadas “A Bela Adormecida” e foi
posto em prática com uma turma de 5º ano do Ensino Fundamental I e sua
metodologia foi dividida em 06 passos:
1- Os alunos foram levados para a sala de informática, lugar não comum de
aula para eles.
2- Leitura do conto “A Bela Adormecida”: Os alunos receberam cópias do texto
e o mesmo foi reproduzido em slides pelo datashow para que eles
pudessem vizualizar o texto e acompanhar a leitura circular que os alunos
fizeram, onde alguns deles fizeram em voz alta;
3- Exibição do filme “Malévola”;
4- Apresentação de outras releituras dessas obras: como outros textos
(verbais e não verbais) referentes ao texto base;
5- Análise e debate acerca das principais ideias da obra: momento de
conversa e de expor os fatos vistos durante as aulas;
6- Proposta de criação de releituras da obra: os alunos foram desafiados a
recriarem a “Bela Adormecida”, e os mesmo transformaram o texto base em
desenhos e textos diversos.
Já o projeto “Lendo para crianças” a metodologia foi diferente, realizou-se
com a turma do 1º do Ensino Fundamental I e contou com a parceria do banco
Itaú que disponibiliza livros infantis em seu site. Este também foi dividido em 6
passos, expostos abaixo:
1- Os alunos foram levados até a biblioteca, melhor lugar para se ter contato
com os livros;
2- Eles sentaram em roda e escolheram qual livro queriam ouvir a história
primeiro;
3- Foram lidos dois livros para os alunos: “Tatu-balão”, de Sônia Barros, e
“Dorme, menino, dorme”, de Laura Herrera;
4- Após a leitura foi explicado aos alunos que os dois livros foram escritos em
verso e qual a diferança para textos em prosa;
5- E uma conversa sobre as histórias;
6- Logo após, os alunos sentaram-se nas mesas da biblioteca e produziram
desenhos do livro que mais gostaram.
CONSIDERAÇÕES FINAIS
É comum ouvir depoimentos de professores e profissionais da
educação que usam a literatura para ensinar determinados conteúdos, ou
simplesmente a usam como um método de controlar a criança, quando na
realidade, o verdadeiro sentido para o trabalho com a literatura na escola é
permitir aos alunos a descoberta do prazer em ler e ouvir histórias.
Em algumas ocasiões os professores, invertem esse papel de orientar os
alunos à práticarem a leitura, transformando as aulas de leitura em momentos
enfadonhos e aborrecidos pelas suas exigências de atividades avaliativas e
obrigatórias. No entanto, em projetos como os apresentados aqui, os alunos têm
outra visão da leitura e da literatura.
Ao final dos projetos, os alunos de ambas turmas trabalhadas (5º e 1º anos
do Ensino Fundamental I) demonstraram que gostaram das obras relacionadas
nos projetos, e por meio das conversas e debates em sala de aula mostraram que
entenderam a proposta de trabalho e começaram a ter um gosto maior pela
leitura.
Foi possível detectar, também, por meio dos resultados das propostas de
trabalho, que os alunos ampliaram seu universo intelectutal, conhecendo diversos
gêneros textuais e não textuais, como contos, filmes, prosa, verso e imagens, e
usaram exacerbadamenta a imaginação, apresentando belos e diversos trabalhos.
De maneira geral os projetos obtiveram sucesso em sua realização, agora é
preciso que haja um acompanhemento desses alunos para que seja verificado seu
desenvolvimento no mundo da literatura, desafiando-os ainda mais para que
sempre cresçam com a visão de que a literatura é transformadora.
E, que além de leitores, passem a ser agentes literários e levem o gosto
pela leitura que adquiriram pelos projetos aqui apresentados para seus parentes,
amigos e demais pessoas, transformando o mundo em um universo, pois por meio
da literatura tudo é possível. Como afirma Barthes, conclui-se que:
Se, por não sei que excesso de socialismo ou de barbárie, todas
as nossas disciplinas devessem ser expulsas do ensino, exceto
uma, é a disciplina literária que devia ser salva, pois todas as
ciências estão presentes no monumento literário (BARTHES, 2001).
A literatura deve ser trabalhada cada vez mais na escola, desde as séries
iniciais e continuarem por todas as etapas de ensino, para que se concretize um
ensino diferente, de formação de alunos críticos e capazes de pensar e opinar,
provocando mudanças na sociedade local e mundial.
Com tudo, observou-se por meio das pesquisas que os profissionais da
educação necessitam de subsídios teórico-metodológicos para o trabalho com o
texto literário em sala de aula, para que o ensino da literatura tome, de fato, um
outro rumo.
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Anexo
FIG. 1: Alunos assistindo ao filme “Malévola”.
FIG. 2: Releitura de “A Branca de Neve”.
FIG. 3: Releitura de “Malévola”.
FIG. 4: Lendo o livro “Tatu-balão”.
FIG. 5: Desenhos sobre “Tatu-balão”.
FIG. 6: Desenhos sobre “Tatu-balão” e “Dorme, menino, dorme”.
FIG. 7: Alunos fazendo os desenhos.