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COREME - UNITAU 2014
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Esta prova tem duração de 4 horas e é constituída de 40 questões objetivas sobre Cirurgia Geral para a área de Urologia:
• Na folha de respostas dos testes, assinale apenas uma alternativa, usando caneta esferográfica preta ou azul-escuro e preenchendo com cuidado o alvéolo correspondente. Não rasure ou amasse a folha de respostas nem a utilize para qualquer outra finalidade. Será anulada a questão em que for assinalada mais de uma alternativa ou que estiver totalmente em branco.
• Utilize, para rascunhos, qualquer espaço disponível no caderno de questões.
• Após o término da prova, devolva ao fiscal de sala todo o material que você recebeu, devidamente identificado nos locais adequados.
• Não será permitido ao candidato retirar-se da sala antes de decorrida uma hora e meia do início das provas, salvo em caso de extrema necessidade.
• Mantenha sua cédula de identidade sobre a carteira.
• Atenda às determinações do fiscal de sala.
BOA PROVA!
Leia com atenção
Concurso de Residência Médica - 2014
UROLOGIA
Identificação obrigatória
Nome do candidato : ___________________________________________
Assinatura :___________________________________________
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1 Dentre as alternativas abaixo, qual NÃO é indicação para a realização de tireoidectomia?
a) Bócio mergulhante.
b) Nódulo com 1,5 cm, em homem.
c) Punção aspirativa do nódulo com suspeita de câncer.
d) Presença de mutação do gene RET.
e) Nódulo causando disfagia.
2 Em relação às biópsias de lesões suspeitas de câncer, qual afirmativa está INCORRETA?
a) Nas lesões pigmentadas deve-se realizar biopsia excisional, com margens de 1,0 a 2,0
mm, incluindo subcutâneo.
b) Nas lesões pigmentadas pode ser realizada biópsia incisional, quando a suspeita para
melanoma for remota ou a lesão for muito extensa.
c) A punção aspirativa por agulha fina (PAAF) não deve ser utilizada para a avaliação de
nódulos cervicais.
d) As técnicas de PAAF e “shaving” são contraindicadas na biópsia de lesões suspeitas de
melanoma maligno.
e) Biópsias negativas de lesões suspeitas devem ser repetidas.
3 Assinale a afirmativa INCORRETA:
a) A incidência da bilateralidade da hérnia inguinal diminui com o passar dos anos.
b) A hérnia inguinal deverá ser operada somente após o primeiro ano de vida.
c) A exploração testicular deverá ser indicada até os dois anos de idade, na distopia
testicular.
d) A balonopostite de repetição é uma das indicações para postectomia.
e) O tratamento da hérnia inguinal na criança é baseado na ligadura alta do conduto
peritônio vaginal.
4 Associe, respectivamente, o quadro clínico abaixo ao diagnóstico mais provável:
I. Criança, 6 anos, nódulo cístico na borda anterior do esternocleidomastoide.
II. Homem, 65 anos, tabagista e etilista, com nódulo endurecido na borda anterior do
esternocleidomastoide D e perda de peso.
III. Homem, 65 anos, com nódulo endurecido na fossa supraclavicular esquerda e perda de peso.
IV. Jovem, 22 anos, conglomerado linfonodal cervical endurecido em fossa supra clavicular
esquerda, febre vespertina e prurido cutâneo.
V. Jovem, 22 anos, conglomerado linfonodal cervical abscedado em fossa supra clavicular esquerda,
febre vespertina.
UROLOGIA
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a) I) Cisto branquial; II) Linfoma; III) Metástase de câncer de boca/faringe/laringe; IV)
Tuberculose linfonodal; V) Furúnculo
b) I) Cisto tireoglosso; II) Metástase de câncer de boca/faringe/laringe; III) Linfoma; IV)
Metástase de tumor de tireoide; V) Tuberculose linfonodal
c) I) Cisto branquial; II) Metástase de câncer de boca/faringe/laringe; III) Metástase de
câncer gástrico; IV) Linfoma; V) Tuberculose linfonodal
d) I) Higroma cístico; II) Metástase de câncer de boca/faringe/laringe; III) Metástase de
Câncer Gástrico; IV) Linfoma; V) Mononucleose
e) I) Cisto tireoglosso; II) Metástase de câncer de boca/faringe/laringe; III) Metástase de
câncer gástrico; IV) Linfoma; V) Tuberculose linfonodal
5 Recém-nascido a termo. USG pré-natal de polidrâmnio. Na sala de parto, houve dificuldade de
passagem de sonda orogástrica. Qual o provável diagnóstico?
a) Atresia de esôfago
b) Mielomeningocele
c) Estenose hipertrófica do piloro
d) Atresia cólon
e) Refluxo gastroesofágico
6 Paciente de 63 anos, etilista crônico, chega ao PS com quadro de hematêmese há 8 horas. No
exame inicial, apresenta-se descorado ++/4+, confuso, pulso radial filiforme, FC 110bpm, PA:
90x60mmHg e com ascite moderada. São objetivos do tratamento, EXCETO:
a) corrigir o choque hipovolêmico.
b) obter a hemostasia do sítio sangrante.
c) prevenir o ressangramento precoce.
d) tratar a infecção pelo Helicobacter Pylori.
e) prevenir complicações associadas.
7 Um paciente jovem, diabético, chega ao hospital em confusão mental, taquipneico e taquicárdico,
com hipotensão arterial e aumento do volume da região cervical e vermelhidão na região
submandibular. Foi submetido a manipulação dentária há três dias. A radiografia simples do tórax
mostra alargamento do mediastino superior. A conduta imediata mais apropriada é
a) realizar cervicotomia exploradora e toracotomia lateral para drenagem ampla da
mediastinite.
b) pedir ecocardiograma para comprovar o diagnóstico de endocardite bacteriana.
c) tratar com antibioticoterapia de largo espectro e internar em unidades semi-intensivas.
d) controlar descompensação diabética e agendar mediastinoscopia anterior.
e) examinar a cavidade oral sob necrose, para drenagem de abscesso dentário, uma vez
completadas seis horas de jejum.
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8 Jovem vítima de ferimentos por arma branca em região torácica bilateral. Ao exame, com
murmúrio vesicular diminuído à esquerda e hipertimpanismo. Qual a hipótese diagnóstica e a
conduta, respectivamente?
a) Diminuição da expansão pulmonar por dor; analgesia.
b) Atelectasia pulmonar à esquerda; suporte ventilatório e fisioterapia.
c) Contusão pulmonar à esquerda; suporte ventilatório e fisioterapia.
d) Pneumotórax à esquerda; drenagem torácica em selo d’água.
e) Hemotórax à esquerda; drenagem torácica em selo d’água.
9 Mulher, 52 anos, com colelitíase, sem história de icterícia, foi submetida à colecistectomia
videolaparoscópica. Seis meses depois, apresenta icterícia. Não houve dificuldades per
operatórias. A ultrassonografia mostra moderada dilatação da via biliar e cálculo residual no
colédoco distal.
A conduta mais adequada é
a) colédoco – jejunostomia.
b) drenagem percutânea da via biliar.
c) laparotomia com exploração e drenagem da via biliar.
d) suporte clínico.
e) colangiopancreatografia endoscópica retrograda com papilotomia.
10 Quanto ao câncer gástrico, assinale a afirmativa INCORRETA:
a) Tumores localizados na cárdia são tratados por gastrectomia subtotal distal e
linfadenectomia D2.
b) Consumo de vegetais crus e frutas cítricas estão associados a menor risco de câncer
gástrico.
c) Anemia perniciosa e tabagismo são fatores de risco.
d) 95% são adenocarcinomas.
e) Laparoscopia pode ser utilizada para complementação do estadiamento.
11 Paciente com 40 anos, feminino, apresenta quadro clínico de dor em cólica, contínua, intensa
e de início súbito, localizada no hipocôndrio direito, irradiando para o dorso e com duração maior
que 1 hora e menor que 24 horas, desencadeada pela ingestão de alimentos gordurosos. Foi
submetida a ultrassonografia do abdome superior com imagens hiper-refringentes móveis à
movimentação do paciente, e sombra acústica posterior. Sobre esse caso clínico, assinale a
afirmativa INCORRETA:
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a) O tratamento da colelitíase sintomática é a colecistectomia.
b) A colecistectomia deve ser realizada dispondo-se de acesso à colangiografia
intraoperatória (CIO).
c) A CIO deve-se ao fato da coledocolitíase não diagnosticada no pré-operatório ocorrer em
7% a 10% dos casos.
d) No intraoperatório, são sinais sugestivos de coledocolitíase a presença de cálculos
maiores que 2 cm na vesícula biliar, ducto cístico de calibre normal e coledoco com 3 mm.
e) A CIO deve contrastar toda a árvore biliar, intra e extra-hepática.
12 A Síndrome de Mirizzi é uma complicação da colecistopatia crônica calculosa. Com base
nessa afirmativa, assinale a alternativa INCORRETA:
a) Caracteriza-se pela compressão do ducto hepático comum (DHC) secundária à
impactação de um cálculo no infundíbulo vesicular ou no ducto cístico, com eventual
evolução para fístula colecistobiliar.
b) O cálculo biliar inicialmente impactado no infundíbulo (bolsa de Hartmann) comprime a
parede da vesícula biliar contra o DHC.
c) Processos inflamatórios recorrentes promovem a fusão dessas duas estruturas.
d) A vesícula biliar contrai-se ao redor do cálculo, que promove escarificação, erosão e
necrose das paredes, estabelecendo assim uma comunicação (fistulização) entre ele e o
DHC.
e) O exame radiológico inicial em pacientes com dor abdominal aguda, frequentemente, é a
rotina radiológica em três posições, com identificação dos cálculos que são radiopacos.
13 A hipertensão portal é uma síndrome caracterizada por obstrução ao fluxo sanguíneo e
aumento da pressão no sistema venoso portal hepático. Sua principal característica é o
desenvolvimento de circulação colateral porto sistêmica. A elevação da resistência ao fluxo portal
pré-hepática pode ser em decorrência de
a) esquistossomose mansônica.
b) cirrose alcoólica.
c) trombose de veia porta.
d) síndrome de Budd-Chiari.
e) doença de Wilson.
14 Paciente com 25 anos, feminino, portador há 3 anos de retocolite ulcerativa inespecífica, em
tratamento clínico cujos objetivos são, EXCETO:
a) manter o paciente em remissão, com máximo de três evacuações ao dia.
b) manter o paciente com ausência de sangue nas fezes, ausência de disfunções intestinais
e extraintestinais.
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c) evitar colectomias.
d) evitar complicações em longo prazo, especialmente o câncer colorretal.
e) manter o paciente com uso exclusivo de corticosteroides.
15 Em relação ao câncer colorretal, sabe-se que sua etiologia é multifatorial. São considerados
fatores envolvidos na sua etiologia, EXCETO:
a) gorduras, proteínas animais e baixa ingesta de fibras.
b) polipose adenomatosa familiar.
c) doença diverticular dos cólons.
d) síndrome de Lynch.
e) pólipos adenomatosos benignos.
16 A lesão iatrogênica das vias biliares é a complicação mais temida, devido às consequências
danosas que traz ao paciente. Dentre as orientações abaixo, para prevenção, assinale a
INCORRETA:
a) Boa exposição do campo cirúrgico.
b) Tração cranial eficiente do fundo da vesícula, mais tração controlada lateral do infundíbulo
para abrir o triângulo de Calot.
c) Liberação de gorduras e tecido areolar do triângulo.
d) Secção do ducto cístico junto do colédoco.
e) Dissecção da vesícula, junto a ela, e não no parênquima hepático.
17 Paciente masculino, 50 anos, com quadro de dor no quadrante inferior esquerdo há dois dias,
com piora há 8 horas, com febre e dor à descompressão brusca em todos os quadrantes do
abdome. Foi indicado tratamento cirúrgico evidenciando quadro de peritonite purulenta difusa em
decorrência de diverticulite aguda do sigmoide. Segundo a classificação de Hinchey, esse
paciente apresenta-se no
a) estágio zero.
b) estágio I.
c) estágio II.
d) estágio III.
e) estágio IV.
18 O tratamento cirúrgico da doença hemorroidária apresenta poucas complicações no período
pós-operatório. São complicações precoces, EXCETO:
a) dor.
b) sangramento anal.
c) retenção urinária.
d) infecção.
e) estenose anal.
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19 Paciente, 60 anos, masculino, com achado incidental de tumor estromal gástrico apresenta
ao seu médico algumas dúvidas em relação a essa neoplasia. Dentre as afirmativas abaixo
explanadas ao paciente, foi INCORRETO afirmar que
a) a origem desses tumores indiferenciados pode estar na célula intersticial de cajal,
conhecida como o marca-passo intestinal do plexo mioentérico.
b) a distribuição dos tumores estromais no estômago dá-se de forma diferente da observada
nos adenocarcinomas.
c) a localização mais frequente no estômago é no terço médio.
d) o marcador mais importante para diagnóstico é o c-Kit.
e) as metástases ganglionares são muito frequentes, sendo a principal via de disseminação
linfática.
20 Paciente feminino, 30 anos, apresenta fístula anal simples, completa, interesfincterina. O
orifício fistuloso secundário encontra-se em região perianal anterior direita a 2 cm da margem
anal. Segundo a regra de Goodsal-Salmon, podemos afirmar que
a) o orifício secundário encontra-se na cripta mediana anterior, e o trajeto é curvilíneo.
b) o orifício secundário encontra-se na cripta mediana anterior, e o trajeto é retilíneo.
c) o orifício secundário encontra-se na cripta mediana posterior, e o trajeto é curvilíneo.
d) o orifício secundário encontra-se na cripta mediana posterior, e o trajeto é radiado.
e) o orifício secundário encontra-se na cripta correspondente, e o trajeto é radiado.
21 Homem, 60 anos, com quadro agudo de dor súbita no epigástrio e irradiação para todo
abdome há seis horas, vômitos claros no início e parada de eliminação de gases. No EF, com
sinais de: rigidez e DB + em todo o abdome; Jobert +. O exame complementar inicial para
diagnóstico a ser realizado é
a) hemograma completo.
b) amilasemia.
c) ultrassonografia de abdome total.
d) RX simples de tórax e abdome.
e) tomografia computadorizada de abdome total.
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22 Mulher, 50 anos, com achado ultrassonográfico abdominal de litíase vesicular de cálculo
único de 4 cm e vias biliares e demais órgãos normais. Esse exame foi solicitado por queixas
inespecíficas, mas, principalmente, infraumbilicais; sem comorbidades e IMC de 30. Avaliada de
forma mais ampla e sem comorbidades.
Para esse quadro clínico, qual a melhor conduta?
a) Expectante
b) Tomografia computadorizada
c) Uso de ácido ursodesoxicólico
d) Colecistectomia videolaparoscópica eletiva
e) Colangio-ressonância magnética
23 Paciente masculino, 60 anos, com dor epigástrica crônica. Hematêmese e melena há 12
horas e com achado endoscópico de úlcera péptica na incisura angularis e coágulo no fundo da
lesão com pequeno sangramento de borda; realizada infiltração hemostática. Um dia depois, teve
novo episódio de hemorragia digestiva alta (HDA). Realizado novo procedimento hemostático
endoscópico. Dois dias após, apresentou nova HDA.
Qual a melhor conduta?
a) Gastrectomia 2/3
b) Laparotomia, gastrotomia e rafia da úlcera
c) Hemigastrectomia
d) Dobrar a dose EV de IBP
e) Novo tratamento endoscópico
24 Homem, 50 anos, com queixa de abaulamento inguinal bilateral, espontaneamente redutível,
há dois anos. No EF Geral-NDN; regiões inguinais: lado esquerdo (E) - abaulamento com
Valsalva, funículo espesso; sinal de Landivar sem abaulamento; lado direito (D) - pequeno
abaulamento com Valsalva, funículo normal, sinal de Landivar com mesmo abaulamento. Sem
comorbidades e fumante. Seu diagnóstico e tática cirúrgica, respectivamente, é
a) Hérnia inguinal direta à E e indireta à D; Lichtenstein bilateral
b) Hérnia inguinal indireta à E e direta à D; Lichtenstein bilateral
c) Hérnia crural à E e indireta à D; Mc Vay à E e Lichtenstein à D.
d) Hérnia inguinal direta à E e indireta à D; Lichtenstein à E e Bassini à D.
e) Hérnia inguinal direta à E e indireta à D; hernioplastia videolaparoscópica bilateral.
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25 Paciente masculino, 55 anos, BEG, fumante, IMC-30, com queixa de pirose retroesternal (RE)
e regurgitação frequente há 25 anos. Ocasionalmente com dor RE espasmódica. Endoscopia
EED há 10 anos com esofagite leve distal, hérnia hiatal de 2 cm e pangastrite leve. Fez vários
tratamentos com dieta e inibidor de bomba de prótons (IBP) com resultados bons, no período de
uso de medicamento. Há um ano, houve piora progressiva da sintomatologia. Endoscopia EED
recente: esofagite erosiva distal; hérnia hiatal de 3 cm; mucosa de Barrett confirmada por
anatomopatológico (metaplasia intestinal com displasia leve); pangastrite leve com H. pylori
negativa. Sem comorbidades.
Qual a melhor conduta?
a) Tratamento contínuo com IBP em dose habitual.
b) Tratamento cirúrgico videolaparoscópico na técnica de Nissen.
c) Tratamento contínuo com dose dupla de IBP e domperidona.
d) Tratamento endoscópico do esôfago de Barrett com argônio ou eletrocauterização.
e) Expectante com troca do IBP.
26 Paciente masculino, 60 anos, com queixa de disfagia esternal baixa progressiva há três
meses. Nega dor. Perda de 15 kg. Diabético e hipertenso, tabagista e apresenta tosse crônica
com expectoração. Exame físico REG e sem outras alterações a não ser leve hipocromia de
mucosas e estertores de bases pulmonares. IMC 20. Endoscopia EED: lesão vegetante a 28 cm
da ADS e com extensão de 10 cm no eixo longitudinal, comprometendo quase toda a
circunferência; estômago-normal; anatomopatológico-carcinoma espinocelular. Tomografia
computadorizada de abdome e tórax: esôfago com parede espessa e luz irregular e estenosada
no segmento torácico inferior e com provável aderência aórtica. ECG-alteraçôes de
repolarizaçâo ventricular E. Risco cirúrgico
grau lll.
Qual a melhor conduta?
a) Tratamento paliativo com quimioterapia.
b) Gastrostomia como tratamento único.
c) Esofagectomia subtotal e esofagogastroplastia por toracolaparotomia.
d) Esofagectomia subtotal e esofagogastroplastia trans-hiatal.
e) Gastrostomia seguida de radioterapia
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27 Mulher, 60 anos, com dor epigástrica aguda e, posteriormente, irradiação para HCD e
toracolombar há três semanas, com vômitos biliosos no início; dor persistente e febre na última
semana. No EF com REG, corada, anictérica e com dor à palpação no HCD e DB negativo.
Hemograma com leucócitos de 14000; bilirrubinas, TGO, TGP e GGT levemente aumentadas.
US de abdome sup.: parede vesicular com 7 mm, cálculo de 1,5 cm fixo no infundíbulo e
conteúdo heterogêneo na sua luz, colédoco com 5 mm e pâncreas normal. Portadora de
diabetes mellitus e sem outras comorbidades. O atendimento é realizado em hospital com
recursos humanos e com equipamentos adequados.
Assinale a alternativa que apresenta, respectivamente, o diagnóstico e a conduta:
a) Colecistite aguda em fase de resolução; internação com tratamento medicamentoso para
“esfriar o processo”.
b) Colecistite aguda necrotizante; colecistectomia laparotômica em caráter de urgência.
c) Colecistite aguda em fase de resolução; medicação para uso domiciliar.
d) Pancreatite aguda biliar; Tomografia Computadorizada de abdome total.
e) Empiema de vesícula biliar; indicação de colecistectomia videolaparoscópica, com
possibilidade de conversão.
28 Homem, 40 anos, no terceiro PO de laparotomia por trauma contuso abdominal, sendo
realizada esplenectomia e rafias de jejuno e cólon. Paciente com SNG aberta, entubado e com
ventilação mecânica, distensão abdominal ++++/4, RHA ausentes, pressão intra-abdominal de
21mmHg e oliguria. TC abdominal: distensão de alças e pequena quantidade de líquido na
cavidade.
Qual a melhor conduta?
a) Solicitar endoscopia EED e colonoscopia.
b) Fazer revisão cavitária e peritoniostomia.
c) Injetar simeticone p/ SNG e fechá-la por uma hora.
d) Relaparotomia para revisão cavitária e fechamento da parede abdominal com pontos
subtotais.
e) Manter SNG aberta e realizar enteroclismas a cada duas horas.
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29 Homem, 60 anos, com dor epigástrica diária há dois meses e sem vômitos; HAS controlada;
endoscopia EED com lesão úlcero-vegetante de 2 cm no corpo gástrico proximal da pequena
curvatura; AP - adenocarcinoma bem diferenciado; TC abdominal, RX de tórax e exames
laboratoriais normais.
Qual a melhor conduta?
a) Gastrectomia 4/5 à D I
b) Gastrectomia total à D II sem esplenectomia
c) Gastrectomia paliativa
d) Quimioterapia neoadjuvante
e) Gastrectomia total à D II com pancreato-esplenectomia
30 Paciente submetido a operação de Whipple por laparotomia devido a câncer pancreático e
sem intercorrências de possível contaminação no campo cirúrgico. A conduta em
antibioticoterapia deverá ser:
a) iniciada no pré-operatório (véspera) e prolongada por 24 horas no pós-operatório.
b) dispensada.
c) iniciada na indução anestésica e prolongada por 72 horas.
d) iniciada no pós-operatório imediato e prolongada por 48 horas.
e) Iniciada a indução anestésica e prolongada por 24 horas.
31 Sobre a fisiologia da ereção, assinale a alternativa CORRETA:
a) O estado de flacidez peniana é de controle parassimpático.
b) As fibras dos nervos dorsais do pênis, frequentemente lesadas durante a prostatectomia
radical, são responsáveis pela ereção peniana.
c) A prostaglandina, produzida no endotélio dos sinusoides dos corpos cavernosos, tem
efeito deletério à ereção.
d) O óxido nítrico é o principal neurotransmissor relacionado ao mecanismo da ereção.
e) Os medicamentos inibidores das fosfodiesterases agem aumentando a transformação de
AMP em AMPc.
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32 Em média, qual é o período necessário para que se complete todo o processo da
espermatogênese humana ?
a) 15 dias
b) 21 dias
c) 33 dias
d) 45 dias
e) 64 dias
33 Quais as opções de tratamento definitivo mais adequadas para um paciente com um
adenoma prostático de 100 gramas e um divertículo vesical sintomático?
a) Prostatectomia retropúbica aberta com fulguração do divertículo vesical.
b) Um alfa-bloqueador e antibioticoterapia profilática.
c) Ressecção transuretral da próstata (RTUP) seguida de diverticulectomia vesical em 3
meses.
d) Ressecção transuretral da próstata (RTUP) e cistectomia parcial.
e) Prostatectomia suprapúbica com diverticulectomia vesical.
34 Qual o passo inicial na realização da nefrolitotripsia percutânea?
a) Punção percutânea do sistema coletor renal.
b) Colocação de um cateter duplo J.
c) Inserção de um cateter ureteral.
d) Administração de contraste intravenoso.
e) Inserção anterógrada de um fio guia no ureter.
35 FBS, 32 anos, masculino, vítima de queda de um andaime de 4 metros de altura, deu entrada
na emergência hemodinamicamente estável. Após atendimento inicial, identificou-se a presença
de hematúria e a tomografia computadorizada revelou trauma em rim esquerdo Grau IV.
Após 8 dias de internação, recebeu alta sem necessidade de exploração cirúrgica e sem
hematúria. Após 15 dias do trauma, retorna ao setor de emergência com recidiva da hematúria
macroscópica, hemodinamicamente estável.
Qual a sequência CORRETA para hipótese diagnóstica, exame complementar e conduta,
respectivamente?
a) Laceração renal tardia; tomografia computadorizada de abdome e pelve; conservadora.
b) Fístula arteriovenosa; tomografia computadorizada de abdome e pelve; conservadora.
c) Pseudoaneurisma; arteriografia renal; embolização.
d) Fístula arteriovenosa; arteriografia renal; nefrectomia.
e) Pseudoaneurisma; tomografia computadorizada de abdome e pelve; nefrectomia.
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36 FGA, 63 anos, transplante renal CFID) há 8 anos, o qual evoluiu com rejeição crônica e perda
do enxerto. Hemodiálise há 2 anos.
Há 3 dias iniciou quadro de lipotimia com evolução para choque hipovolêmico. Afebril, anictérico,
anúrico, hematoma em flanco direito. Nega trauma, náuseas ou alterações do ritmo intestinal.
Exames complementares:
Hemograma: Hb 7,3 g/dl; Ht: 21%; leucograma sem alterações.
Tomografia computadorizada Imagem do flanco do paciente:
Assinale a opção CORRETA:
a) ruptura renal por rejeição e vasculite.
b) pancreatite aguda necrohemorrágica.
c) aneurisma de aorta abdominal roto.
d) sepsis urológica.
e) colecistite aguda.
37 IDGE, masculino, 34 anos, refere que há duas semanas estava mantendo relação sexual com
sua esposa, quando ouviu um som, “estalo”, perdendo a ereção em seguida. Rapidamente notou
a presença de hematoma no pênis. Nega uretrorragia. Sem queixas ágicas no momento.
Exame clínico:
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Assinale a INCORRETA:
a) A hipótese diagnóstica é fratura de pênis.
b) A cavernosografia pode contribuir para a localização da ruptura da albugínea.
c) A uretrografia retrógrada é útil para descartar a associação com lesão de uretra.
d) A conduta é conservadora.
e) A conduta é cirúrgica.
38 Um paciente apresenta quadro de convulsões, atraso no desenvolvimento, problemas de
comportamento, anormalidades na pele, retardo mental, epilepsia. Realizou uma tomografia,
sendo encontrada uma lesão de 3 cm em rim direito, a ser esclarecida. O paciente relata não ter
queixas provenientes do trato urinário. Qual a provável etiologia e tratamento, respectivamente,
para essa lesão:
a) Oncocintoma e acompanhamento clínico.
b) Oncocitoma e ressecção cirúrgica.
c) Angiomiolipoma e acompanhamento clínico.
d) Angiomiolipoma e ressecção cirúrgica.
e) Carcinoma de células renais e ressecção cirúrgica
39 Qual fístula do trato urinário é a mais comum?
a) Uretero vaginal
b) Vesico vaginal
c) Vesico uterina
d) Uretro vaginal
e) Enterovesical
40 Em relação ao exame retal, é INCORRETO afirmar que
a) a estimativa do tônus esfincteriano tem grande importância. Lassidão do músculo sugere
enfaticamente alterações similares nos esfíncteres urinários, e pode ser indício para
diagnóstico de patologia neurogênica.
b) durante o exame retal, a próstata pode ter consistência e dimensões normais em um
paciente com retenção urinária aguda.
c) em média, a próstata mede cerca de 4 cm de largura e comprimento. Esse tamanho é de
suma importância já que na hiperplasia prostática a gravidade dos sintomas estão
diretamente relacionados ao tamanho da próstata.
d) normalmente a consistência da próstata é semelhante a eminência tênar contraída.
e) não se deve realizar massagem prostática em casos de prostatite e corrimento uretral
agudo.
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GABARITO-RASCUNHO
01 11 21 31
03 13 23 33
05 15 25 35
07 17 27 37
09 19 29 39
02 12 22 32
04 14 24 34
06 16 26 36
08 18 28 38
10 20 30 40
Concurso de Residência Médica – 2014
UROLOGIA