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UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO DE JANEIRO
INSTITUTO DE QUÍMICA
DEPARTAMENTO DE QUÍMICA INORGÂNICA
APOSTILA DE QUÍMICA GERAL EXPERIMENTAL IQG-112
Editada pelos Professores:
Christiane Fernandes Horn, Jairo Bordinhão,
José Alberto P. Bonapace, Marcelo Maciel Pereira e Marta Eloísa Medeiros
5a edição – 0a reimpressão
Abril de 2017
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P R E F Á C I O
Este guia de trabalhos práticos contém materiais extraídos de uma antiga
edição da apostila "Química Experimental EE - IQG-112", produzida com a ajuda
dos alunos da Escola de Engenharia da UFRJ, do ano de 1988, pelos Professores
Marco Antonio Barreto Leite, Maria Luísa Porto de Figueiredo Cabral Marchiori e
Geraldo Taranto. Esses Professores podem ser considerados pioneiros no ensino
da Química Demonstrativa a alunos não químicos, atendendo, na época, às
exigências, quanto à carga horária e conteúdo, dentro das normas do Conselho
Federal de Educação. A partir de 1990, este material foi expandido e
complementado, pela atual equipe editorial, em conformidade com as novas
matrizes curriculares vigentes. Maior valia desta publicação, surgiu com o aumento
do numero de turmas a serem atendidas e pelas exigências necessárias para a
aplicação do material na área do ensino à distância.
Oferecido, im memoriam, aos Professores: Geraldo Taranto e Jairo Bordinhão:
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CRONOGRAMA SUGERIDO PARA A DISCIPLINA:
Aula Programação
01 APRESENTAÇÃO DO CURSO:
02 MODELO ATÔMICO E ESPECTROSCOPIA: Ampolas com gases rarefeitos,
espectros de linha, cores e modelo atômico atual;
03 TERMODINÂMICA: Energia livre de Gibbs, entalpia e entropia. Propriedades
de soluções. Observações de fenômenos espontâneos, endo e exotérmicos;
04 EQUILÍBRIO QUÍMICO: Ampolas com o sistema NO2-N2O4 em baixa e alta
temperatura. Experiências nos sistemas bicarbonato e em soluções. Discutir
constante de equilíbrio, princípio de Le Châtelier e o efeito do íon comum;
05 CINÉTICA I: Reatividade, reações entre o sódio e solventes (água, etanol,
isopropanol), oxidantes fortes (permanganato em meio ácido), redutores,
peróxido de hidrogênio com MnO2, catalisadores;
06 CINÉTICA II: Relógio Químico. Determinação da ordem de uma reação e
discussão sobre diferentes mecanismos de reação, lei de velocidade, etapas
elementares e energia de ativação;
07 SOLUÇÕES: Reação entre hidróxido de bário e ácido sulfúrico.
Condutividade elétrica, solubilidade de sais e titulações ácido-base;
08 OXIRREDUÇÃO I: Tabela de potenciais, eletrodo padrão reversível, pilha de
Daniell, pilha de concentração e condições fora de eletrodo padrão em
equilíbrio. Pilha de concentração e pilha de temperatura;
09 OXIRREDUÇÃO II: Oxidação de metais (Mg, Zn, Fe, Cu), espontaneidade
destas reações, corrosão de metais e seus mecanismos, proteção contra
corrosão, ensaios característicos para avaliar a corrosão;
10 ELETRÓLISE: Eletrólise em meio ácido e básico, com eletrodos de cobre e
grafita. Eletrólise da solução de NaCl em água, com eletrodos inertes e com
um catodo de mercúrio. Eletrólise de solução de SnCl2;
11 SISTEMAS COLOIDAIS: FeCl3-Fe(OH)3, precipitador Cottrell, ação de
eletrólitos e da temperatura, efeito Tyndall, coagulação [Fe(OH)3] + As2S3.
Principais aplicações práticas dos colóides;
12 TABELA PERIÓDICA: Aula teórica sobre materiais e suas propriedades
físicas e químicas;
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2- MODELOS ATÔMICOS E ESPECTROSCOPIA
2.1 MATERIAIS:
Fonte de alta tensão (∼20.000 V) Tubos de Descarga e Imã
2.2 OBJETIVO:
Mostrar ao aluno algumas experiências importantes que auxiliaram no
estabelecimento do modelo atômico atual.
2.3 INTRODUÇÃO:
2.3.1 Modelos atômicos:
LEUCIPO E DEMÓCRITO (400 a. C.) : ÁTOMO (menor unidade que constitui tudo o
que existe).
JOHN DALTON (1803): TEORIA ATÔMICA (Um trabalho empírico baseado nas Leis
da Conservação da Massa e das Proporções Constantes e Definidas). Embora este modelo
tenha explicado os aspectos ponderais, não conseguiu resolver o problema relativo ao
estabelecimento dos constituintes presentes nos átomos e o seu arranjo espacial.
TUBOS DE DESCARGA: tubos contendo gases a baixa pressão, desenvolvidos por
William Crookes, também conhecidos como ampolas de Crookes. Consistem de um tubo
cilíndrico de vidro, fechado em ambas as extremidades, com dois eletrodos em forma de um
disco plano. Quando aplicamos uma diferença de potencial elétrico entre estes eletrodos
podemos caracterizar uma emissão de raios do catodo em direção ao anodo. Estes raios
foram denominados de RAIOS CATÓDICOS, figura 1. O que na realidade visualizamos em
todos os experimentos descritos são efeitos de luminescência provocados pelos raios
catódicos.
Figura 1: Desenho de um tubo
de descarga. O que visualizamos
neste caso, em meio de uma
luminescência, é a sombra de uma
cruz de Malta.
5
J. J. THOMSON (1897): Idealizou um tubo de descarga um pouco diferente daquele
que foi utilizado na descoberta dos raios catódicos, Figura 2.
Figura 2. Tubo de
descarga desenvolvido por
Thomson. (Ampola à direita em
um suporte de madeira, abaixo da
bobina de alta tensão.).
Aplicando-se uma diferença de potencial
elétrico em um tubo previamente evacuado, um
feixe de raios deixa o catodo e se dirige ao anodo.
Não observamos interação com o gás, mas sim
com o vidro, que se torna luminescente. Na
presença de um campo elétrico entre duas placas
metálicas externas, temos uma deflexão em
direção à placa positiva (deflexão eletrostática),
figura 3. Com o campo magnético do imã visto na
figura, temos também uma deflexão (deflexão
magnética).
Partículas com carga negativa encontram-se presentes em toda a matéria, sendo
denominadas ELÉTRONS (Stoney, 1891). Apresentam carga elétrica de –1,6x10-19 C e uma
massa 9,1x10-28 kg (A experiência de MILLIKAN, feita primeiramente em 1908, determinou a
Figura 3. Deflexão eletrostática e magnética
sofrida pelos raios catódicos. 1 – partícula neutra; 2–
partícula carregada positivamente; 3– partícula carregada
negativamente.
6
razão carga/massa para o elétron, por meio do estudo do deslocamento de pequenas gotas
de óleo).
MODELO ATÔMICO DE THOMSON:
Com a experiência de Goldstein, figura 4, pode-se caracterizar os RAIOS CANAIS,
partículas carregadas positivamente, Nesta experiência, o catodo é perfurado de forma a
possibilitar a passagem das partículas com carga positiva. Luminescências observadas, ao se
ligar o tubo de Goldstein, permitem distinguir diferenças entre os raios catódicos (elétrons) e
os raios canais, inclusive também pela ação de um campo magnético.
Figura 4: Tubo de
descarga utilizado por
Goldstein, na descoberta dos
raios canais.
Com o conhecimento
de que um átomo possuía
cargas positivas e negativas,
Thomson propôs um modelo
conhecido como “Pudim de
Passas” (Figura 5) onde o
pudim em sí seria positivamente carregado e as passas seriam os elétrons. Neste modelo, o
átomo seria eletricamente neutro.
Figura 5. Representação do átomo segundo o modelo proposto por Thomson.
O MODELO ATÔMICO DE RUTHERFORD (1904):
Rutherford verificou a validade do modelo teórico de Thomson por meio de um
experimento com o bombardeio de partículas radioativas (partículas alfa) sobre uma lâmina
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fina de ouro (figura 6). Para explicar os resultados deste experimento foi feita a proposta de
um novo modelo atômico, que passou a ser conhecido como MODELO NUCLEAR. O núcleo,
região formada por partículas com carga positiva, era pequeno e continha praticamente toda a
massa do átomo. Na região periférica, temos os elétrons. Experiências, feitas para determinar
o balanço de massa, correspondente a único átomo, verificaram a integridade do modelo
nuclear de Rutherford e levaram à descoberta de duas novas partículas: o próton, com carga
positiva e com massa cerca de 1840 vezes maior que o elétron e o nêutron, uma partícula
com massa praticamente igual a do próton, mas sem carga elétrica. Para um átomo sem
perturbações temos a condição de eletroneutralidade: o número de prótons é igual ao número
de elétrons e diferenças neste valor correspondem à existência de átomos diferentes.
Figura 6. Esquema do experimento de Rutherford. A maioria das partículas alfa
atravessa a lâmina sem sofrer desvio. Poucas se chocam com o núcleo e sofrem forte
deflexão.
NIELS BOHR (1911) E A TEORIA DOS NÍVEIS DE ENERGIA: Para justificar a
estabilidade do átomo Bohr recorreu às idéias desenvolvidas por PLANCK em 1900
(quantização de energia, E = h ν), conforme pode ser observado no espectro eletromagnético,
figura 7. Niels Bohr propôs que o elétron, em um átomo, pode ocupar certas órbitas ou níveis
de energia, sendo a energia de um elétron na n-ésima órbita do átomo de hidrogênio dada
pela equação: En = Rhc /n2
Onde R= Constante de Rydberg: 1,097 x 107 m-1
h = Constante de Planck: 6,62 x 10-34 J/s
c = Velocidade da luz: 3 x 108 m/s
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O ESPECTRO ELETROMAGNÉTICO:
Figura 7. O espectro eletromagnético. Embaixo, a região visível expandida.
ESPECTRO DE EMISSÃO DO HIDROGÊNIO GASOSO:
O espectro na região do visível para o hidrogênio é formado por uma série de linhas
que correspondem apenas a determinados comprimentos de onda, formando um espectro
descontínuo ou característico (figura 8), que é diferente de um espectro contínuo na região
visível (figura 7).
Figura 8. Espectro na região do visível para o Hidrogênio.
Este espectro foi explicado pela Teoria dos Níveis de Energia de Bohr. Com a
equação de Bohr pode-se calcular a quantidade de energia necessária para levar o elétron do
estado fundamental (n=1) para outros estados excitados (n=2, 3...). Esta transição eletrônica
pode ser calculada pela relação: 1/λ = cte (1/n12 – 1/n2
2).
As diferenças de energias entre quaisquer transições são quantizadas, portanto,
somente certas quantidades podem ser absorvidas ou emitidas, gerando um espectro
descontínuo.
Se o elétron passa diretamente de qualquer órbita (qualquer n) para a que
corresponde a n=1, tem-se a série que se situa na região do ultravioleta, ou SÉRIE DE
LYMAN;
Se o elétron passa diretamente de qualquer órbita (qualquer n) para a que
corresponde a n=2, tem-se a série que se situa na região do visível, ou SÉRIE DE BALMER;
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Se o elétron passa diretamente de qualquer órbita (qualquer n) para a que
corresponde à n = 3, 4, 5, tem-se série que se situa na região do infravermelho.
Figura 9: Origem das linhas no espectro de emissão do hidrogênio
2.4 CORES E TRANSIÇÕES ELETRÔNICAS:
As cores são o resultado de transições eletrônicas. Nós vemos a cor complementar, e
esta complementariedade está relacionada com o círculo abaixo, figura 10. É importante
ressaltar que o que vemos é função além de todo mecanismo de visão de nossos
grupamentos cromófagos [1], temos três tipos destes grupamentos, um responsável pela
intensidade de fótons,
portanto mede a quantidade
de fótons recebidos, outro,
distingue os fótons com
coloração em torno do azul
e do amarelo e um terceiro,
que distingue os fótons com
coloração em torno do
vermelho e do verde.
Figura 10: Relação entre cores complementares
10
O mecanismo da visão é bastante diferenciado na natureza. Provavelmente, pela sua
evolução, os seres vivos providos de visão foram adquirindo especificidades. Certos animais,
que têm apenas vida noturna, só possuem um único grupamento cromófago. Outros, como o
camarão [2], utilizam as cores em mecanismos de caça, defesa e reprodução, chegando a
possuir oito grupamentos cromófagos. A
cor destes animais é também uma
combinação que inclui o fenômeno da
fluorescência. Como a distribuição dos
fótons na água do mar é função da
distância percorrida pela luz, devido a
absorções pelo oceano, o mecanismo de
visão nestes animais provavelmente deve
contribuir para revelar uma noção de
comportamento e de localização.
Figura 11: Emissão luminosa
durante o aquecimento do vidro. A cor amarelada se deve à presença de sódio no material.
O processo de cor está diretamente relacionado com a absorção de fótons e em
alguns casos, também pela emissão destes. A exposição ao sol, quando se usa uma camisa
de cor preta fornece mais calor ao corpo do que, por exemplo, uma camisa azul. O modelo de
Bohr explicou muito bem o espectro de emissão para o átomo de hidrogênio, mas sua
aplicação é limitada, quando queremos caracterizar átomos ou moléculas mais complexas. É
óbvio que parte dos fótons absorvidos por um conjunto de átomos pode se transformar em
outras formas de energia. Esses fótons, ao serem absorvidos, provocam um aumento de
temperatura onde um nível molecular corresponde a possíveis vibrações, rotações e
translações moleculares. Assim, uma descrição mais precisa para um átomo, inclui, além da
excitação eletrônica, níveis vibracionais, translacionais e rotacionais. Quando um elemento
químico ou um composto recebe esta energia em forma de fóton, um de seus elétrons pode
ser promovido a um estado de maior energia que denominamos de estado excitado.
Espontaneamente, este estado decai para estados mais fundamentais, estabelecendo novos
graus de liberdade para o sistema, ou emitindo novos fótons. Este último processo irá
depender do tempo de vida da molécula no estado excitado e, geralmente, é aceitável que em
materiais conhecidos como fosforescentes tenhamos o prosseguimento da emissão de luz por
uma molécula, mesmo depois que o estímulo por radiação tenha sido interrompido. Já, nos
materiais conhecidos como fluorescentes, há apenas uma emissão de luz enquanto estes são
irradiados.
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Infelizmente, o modelo atômico atual é bastante complexo e sua visualização não é
tão simples como a dos modelos anteriormente propostos. Além disso, temos ainda muitas
outras simplificações a considerar: o uso apenas de elétrons, prótons e nêutrons nos conduz
a um modelo bastante simplificado, bem como, ainda não foi conseguida a unificação das
forças de origem gravitacional com as forças responsáveis pela integridade de um átomo [3].
Entretanto, este modelo, foi devidamente comprovado como válido por diversas experiências
ao longo dos últimos setenta anos e tem contribuído enormemente para tornar possível
fazermos predições de propriedades físicas e químicas correspondentes a átomos e
moléculas [4,5].
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3- TERMODINÂMICA
3.1 MATERIAIS:
Solução saturada de acetato de cálcio
Acetato de sódio sólido
Cloreto de amônio sólido
Placa de aquecimento e agitação
Agitador magnético
Bécheres de 100 mL (2)
- Ácido sulfúrico concentrado
- Tubos de ensaio (8)
- Pipetas Pasteur (2)
- Espátula de aço
- Banho de gelo
3.2 OBJETIVO:
Exemplificar os diferentes tipos de solução (insaturada, saturada, supersaturada), os
efeitos da temperatura (processos endo e exotérmicos) e a espontaneidade das reações
químicas. Discutir o processo de solvatação e de solubilização.
3.3 INTRODUÇÃO:
Uma solução pode ser definida como uma mistura homogênea de duas ou mais
substâncias formando uma única fase. O solvente é aquele componente que se encontra em
maior quantidade. Os demais componentes, presentes em uma solução, são denominados
solutos. Entretanto, nem todas as soluções têm um líquido como solvente: as ligas metálicas
e o ar atmosférico são bons exemplos.
Para prepararmos uma solução é necessário determinarmos a concentração dos
solutos, de modo a sabermos qual o número de moléculas ou de íons do soluto presentes por
molécula do solvente. Assim, podemos expressar a concentração de uma solução por meio
de grandezas como a MOLARIDADE e a FRAÇÃO MOLAR, entre outras variáveis de
composição. A MOLARIDADE é a razão entre o número de moles do soluto e o volume da
solução expresso em litros e a FRAÇÃO MOLAR (χ), de um componente de uma solução, é
definida como a razão entre o número de moles deste componente e o número total de moles
de todos os componentes presentes em solução.
M = n / volume da solução em litros
n = número de moles
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Fração Molar do componente A:
χ A = n A/ nA + nB + nC (solução contendo os componentes A, B e C).
O processo de dissolução pode ser exemplificado pela adição de cloreto de sódio a
um bécher contendo água. Em conseqüência do processo de dissolução a quantidade do sal
sólido diminui e a concentração dos íons Na+ e Cl- em solução aumenta. Se mais cloreto de
sódio é adicionado o meio, observa-se, que a partir de um determinado momento o cloreto de
sódio para de se dissolver. A partir deste instante, as concentrações dos íons Na+ e Cl- em
solução param de aumentar, pois a quantidade máxima de soluto se dissolver, caracterizando
o que chamamos de uma solução SATURADA. Em uma solução INSATURADA, as
concentrações presentes de soluto são menores que os valores de concentração quando a
solução está saturada. Em uma solução SUPERSATURADA o soluto está presente em
concentrações maiores que às de solução saturada. Estas soluções são consideradas
metaestáveis, ou seja, podemos ter a formação de um precipitado ao agitarmos a solução ou
atritarmos as paredes do recipiente onde esta se encontra. A adição de um pequeno cristal,
neste caso, quase sempre dá início a um processo de precipitação. Por exemplo, soluções
supersaturadas de acetato de sódio são utilizadas em bolsas térmicas: quando a solução é
mecanicamente perturbada, ocorre uma precipitação com liberação de calor. Em
conseqüência, a temperatura da bolsa se eleva em torno de 50°C.
Do ponto de vista termodinâmico o processo de dissolução se inicia com o rompimento
das ligações existentes em um soluto, com a liberação de íons. Em uma segunda etapa,
estes íons são solvatados.
∆H = Entalpia de solvatação – Energia de Rede
Assim, a solubilidade é favorecida quando a energia necessária para desfazer a rede
do sólido é menor que a energia desprendida quando os íons se solvatam. A tendência à
desordem é tão importante quanto a busca por um estado de menor energia. A
espontaneidade de um processo está associada à ENERGIA LIVRE DE GIBBS (∆G0), que
contempla, ao mesmo tempo, a entalpia (∆H0), bem como a entropia (∆S0), através da
relação:
∆G0 = ∆H0 - T. ∆S0 (Onde o subscrito 0 se refere a um estado padrão.)
A ENTROPIA está associada à desordem de um sistema, enquanto a ENTALPIA está
associada ao ambiente químico, correspondendo à troca de calor à pressão constante. Se
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∆G = 0, o sistema é dito em equilíbrio, se ∆G > 0, o processo é dito não espontâneo, sendo o
processo inverso dito espontâneo, se ∆G < 0.
O quadro a seguir relaciona os valores de ∆G0, ∆H0, e ∆S0 com a temperatura.
∆H0 ∆S0 ∆G0 = ∆H0 - T. ∆S0 Processo
- + - Espontâneo
+ - + Não - espontâneo
- - - a baixas temperaturas
+ a altas temperaturas
Espontâneo
Não-espontâneo
+ + + a baixas temperaturas
- a altas temperaturas
Não-espontâneo
Espontâneo
PRODUTO DE SOLUBILIDADE
O produto de solubilidade é definido como o produto da concentração dos íons
provenientes da solubilização de um determinado sal, elevados aos seus respectivos
coeficientes estequiométricos. Não é usual utilizarmos este conceito para sais muito solúveis
como o cloreto de sódio e os nitratos da maioria dos metais. Entretanto, para sais com
pequena solubilidade o conceito é bastante útil, pois quando se perturba o sistema com a
adição de um íon comum, podemos saber previamente qual a quantidade de sal que
precipitará. Assim, na recuperação de metais nobres e no tratamento águas contaminadas, o
conceito de solubilidade é bastante utilizado [6].
3.4 PARTE PRÁTICA:
3.4.1 Dissolução do cloreto de amônio:
A um tubo de ensaio com água é adicionado cloreto de amônio sólido. Avaliar se o
processo é endotérmico ou exotérmico, espontâneo ou não espontâneo.
3.4.2 Adição de ácido sulfúrico à água:
A um tubo de ensaio com água são adicionadas algumas gotas de ácido sulfúrico
concentrado. Avaliar se o processo é endotérmico ou exotérmico, espontâneo ou não
espontâneo.
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3.4.3 Ensaios com a solução supersaturada de acetato de sódio:
Em um tubo de ensaio adicionar 5 mL desta solução e atritar com um bastão de vidro
por alguns minutos, deixando o tubo em repouso em um banho de gelo. Observar e avaliar se
o processo é endotérmico ou exotérmico, espontâneo ou não espontâneo.
Em um tubo de ensaio adicionar 5 mL desta solução e adicionar um cristal de acetato
de sódio. Deixar o tubo em repouso por alguns minutos. Observar e avaliar se o processo é
endotérmico ou exotérmico, espontâneo ou não espontâneo.
Em um bécher, adicionar 10 mL desta solução supersaturada e aquecer em placa de
aquecimento. Observar e avaliar se o processo é endotérmico ou exotérmico, espontâneo ou
não espontâneo.
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4- EQUILÍBRIO QUÍMICO
4.1 MATERIAIS:
- Papel Indicador de pH
- Ampolas de vidro contendo NO2 (3)
- Placa de aquecimento e agitação (1)
- Agitador magnético (1)
- Cloreto de potássio sólido
- Cuba com gelo
- Fenolftaleína
- Espátula de aço (1)
- Carbonato de sódio sólido
- Cloreto de amônio sólido
- Cloreto de potássio sólido
- Pipetas Pasteur (2)
- Tubos de ensaio (6)
- Água destilada
4.2 OBJETIVO:
Evidenciar alterações no equilíbrio de um sistema químico, através da influência da
temperatura e do Efeito do Íon Comum.
4.3 INTRODUÇÃO:
4.3.1 Equação Química
Uma reação química pode ser representada pela equação:
aA + bB ↔ cC + dD
Para a qual podemos definir:
K eq = [C]c [D] d/ [A]a [B]b
Esta equação expressa a lei de ação das massas. Quando a concentração dos
reagentes e produtos, em relação a uma quantidade inicial, permanece constante, esta
equação passa a ser denominada constante de Equilíbrio (Keq). Portanto, deve se manter
inalterada se não houver perturbações no sistema, ou seja, adição de reagentes ou produtos,
mudanças na temperatura ou em alguns casos, variações na pressão. Por outro lado, uma
perturbação faz com que o sistema tenda a reduzir seus efeitos, mantendo constante o valor
da constante de equilíbrio. Em nenhum instante mencionamos o tempo necessário para que o
sistema atinja este novo estado, denominado estado de equilíbrio. É difícil estabelecermos os
limites de um estado de equilíbrio. Quando falamos a respeito do equilíbrio de um
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determinado sistema devemos considerar também um determinado intervalo de tempo
associado a ele.
O Princípio de Le Châtelier estabelece que “qualquer alteração de um dos fatores que
determina o equilíbrio de um sistema faz com que o sistema modifique o seu estado de modo
a reduzir ou contrabalançar o efeito da alteração das concentrações dos constituintes
presentes”.
4.4 AMPOLAS DE NO2.
O dióxido de nitrogênio é um gás de coloração escura, sufocante e tóxico, que
contribui para a existência de cor e odor na neblina associada à poluição atmosférica. A
molécula é paramagnética (atraída por campos magnéticos) e no estado gasoso está em
equilíbrio com o dímero N2O4, que é incolor. Quando o NO2 se dissolve em água, sofre
desproporcionação, dando origem a ácido nítrico:
3 NO2 (g) + H2O (l) � 2 HNO3 (aq) + NO (g)
Na atmosfera temos a mesma reação descrita acima, o que contribui para a formação
da chuva ácida. Entretanto, trabalhos bastante recentes incluem a participação neste
processo de partículas como aluminas, silicatos, que também se encontram presentes na
atmosfera.
A combustão incipiente de combustíveis em automóveis dá origem a gases como o
monóxido de carbono (CO) e os óxidos de nitrogênio, representados genericamente pela
fórmula NOX. O conversor catalítico, parte do sistema de escapamento de todos os
automóveis modernos, contém metais nobres como a platina e o ródio, que convertem os
gases danosos ao meio ambiente e à nossa saúde em compostos inertes, tais como o CO2
(que influencia o efeito estufa) e o gás nitrogênio (N2), como produtos da oxidação de CO e
NOx, respectivamente. Cabe notar que estes conversores têm que apresentar
simultaneamente um papel de oxidante e de redutor, ou seja, é necessário oxidar o CO a CO2
e reduzir o NOx à N2. Entretanto, os gases da combustão, mesmo em condições de boa
regulagem do motor, apresentam uma oscilação entre condições oxidantes (excesso de ar na
mistura a ser injetada no motor) e condição redutora (excesso de hidrocarbonetos presentes
nesta mistura). O catalisador deve então fornecer oxigênio quando a mistura encontra-se
pobre neste gás e acumulá-lo, quando a mistura encontra-se rica neste composto. O tempo
de vida destes conversores está desta forma diretamente relacionado à qualidade do
combustível utilizado, a maneira de dirigir e aos cuidados que o motorista tem com o motor de
seu carro.
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O dióxido de nitrogênio pode ser produzido em laboratório com um bom grau de
pureza pelo aquecimento de nitrato de chumbo sólido, recolhendo-se o gás em ampolas de
vidro seladas, dando-lhes uma coloração castanha. O equilíbrio, associado à formação do
NO2, é descrito pela equação:
N2O4 (g) → 2 NO2 (g)
INCOLOR CASTANHO
4.4 PARTE PRÁTICA:
4.4.1 Experiências com as Ampolas de NO2:
Comparar a cor de uma ampola contendo as misturas dos óxidos de nitrogênio à
temperatura ambiente com as ampolas semelhantes, uma resfriada em banho de gelo e outra
aquecida em banho de água.
Observar e explicar os resultados observados.
4.4.2 Efeito do Íon Comum:
Em um tubo de ensaio adicionar 2 mL de água, 1 gota de indicador fenolftaleína e uma
pequena quantidade de carbonato de sódio sólido. Com auxílio de uma pipeta Pasteur,
assoprar dentro da solução rósea. Observar o que ocorre com a solução. Apresentar a
equação química correspondente e discutir a alteração no equilíbrio deste sistema feita pela
adição de CO2.
Após a adição de CO2, aquecer a solução em um banho de água. Observar o que
ocorre com a solução. Explicar este comportamento, considerando a seguintes equações
químicas:
Na2CO3 (s) + H2O (l) + CO2 (g) → 2NaHCO3 (aq.)
NaHCO3 (aq.) → Na+ (aq.) + H+ (aq.) + CO32- (aq.)
Com auxílio de uma pipeta Pasteur, assoprar novamente dentro da solução que foi
aquecida, Observar o que ocorre com a solução. Discutir o equilíbrio neste caso.
O que ocorreria com a adição de NaCl até a solução ficar saturada neste composto?
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4.4.3 Reações de Hidrólise:
Em um tubo de ensaio adicionar 2 mL de água e cloreto de amônio sólido. Medir o pH
da solução. Com base na reação química que se passa, justifique o resultado.
Repita a experiência anterior com o cloreto de sódio e o carbonato de sódio,
justificando em cada caso o resultado observado.
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5- CINÉTICA I
5.1 MATERIAIS:
- Sódio metálico
- Água destilada
- Álcool etílico
- Álcool isopropílico
- Peróxido de hidrogênio 3%
- Dióxido de manganês sólido
- Fenolftaleína
- Bécheres (5)
- Tubos de ensaio (6)
- Espátulas de aço
- Permanganato de potássio sólido
- Solução de hidróxido de sódio 0,1 N
- Sulfito de sódio sólido
- Ácido sulfúrico concentrado
5.2 OBJETIVO:
Exemplificar alguns fatores que influenciam a velocidade das reações químicas
(temperatura, número de colisões efetivas entre moléculas e a presença de catalisadores).
5.3 INTRODUÇÃO:
A Cinética Química considera as reações químicas em termos de velocidade de
reação. A velocidade de uma reação é definida como sendo proporcional a variação na
concentração dos reagentes ou produtos por unidade de tempo. A Teoria das Colisões
permite estudar os fatores que afetam a velocidade das reações, tais como, freqüência das
colisões, energia de ativação, choques entre moléculas com orientação adequada e o número
de colisões. O caminho pelo qual uma molécula se transforma em outra, ou um determinado
reagente se transforma em um produto, pode ser influenciado de forma independente das
considerações termodinâmicas que apontam para os produtos mais estáveis. Desta forma
podemos obter outros produtos diferentes daqueles previstos. A vida é uma conseqüência
magistral da arte da catálise. Diversos materiais de uso comum não se encontram na
natureza em sua forma mais estável, como por exemplo, o vidro, a madeira e o papel. Nós,
seres humanos, não somos a forma mais estável se levamos em conta os nossos principais
constituintes: carbono, hidrogênio, oxigênio e nitrogênio. As vitaminas que ingerimos têm
papel fundamental em determinadas reações químicas. Todo o processo de fixação de
nitrogênio, tão importante quanto a fotossíntese para a vida na terra, é na realidade um
conjunto de reações catalíticas.
Catalisadores são substâncias que influenciam na velocidade das reações químicas
sem serem consumidos durante a mesma. Podem influenciar no número de colisões entre
moléculas, considerando-se a sua orientação espacial e também, alterar a quantidade de
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energia necessária para certas transformações químicas. Em suma, os catalisadores podem
modificar um mecanismo de uma reação, dando origem a produtos diferentes daqueles
originalmente previstos. Seu efeito na energia de ativação de uma reação é marcante, quando
comparamos com uma reação não catalisada. Outro aspecto importante, é que a fase do
catalisador pode ser diferente daquela correspondente ao meio reacional (catálise
heterogênea), por outro lado, quando ambos, catalisador e fase reacional formam uma única
fase, temos um processo de catálise homogênea.
A ação de um catalisador é normalmente muito complexa, devido ao grande número
de variáveis envolvidas, ou seja, tanto aquelas diretamente relacionadas à reação química,
como também as que são inerentes ao próprio catalisador, tais como sua estrutura e
peculiaridades de sua superfície e dos fenômenos a ela associados.
5.4 PARTE PRÁTICA:
5.4.1 Reações com sódio metálico em diversos solventes:
Em um bécher contendo 5 mL de água e uma gota do indicador fenolftaleína, adicionar
um pequeno pedaço de sódio metálico. Observar e escrever a equação química envolvida. O
mesmo procedimento deve ser repetido utilizando-se, ao invés de água, etanol e isopropanol
isoladamente, observando-se as diferenças nos resultados em relação à reação inicial.
5.4.2 Efeito de um Catalisador - Catálise Heterogênea
Em um tubo de ensaio adicionar 2 mL de uma solução de peróxido de hidrogênio.
Observar que esta solução é estável. Em seguida adicionar um pouco de dióxido de
manganês sólido. O que ocorre? Explique estes resultados em termos de considerações
termodinâmicas e cinéticas.
5.4.3 Efeito do meio na redução do permanganato de potássio (KMnO4)
Em um tubo de ensaio adicionar 5 mL de água destilada, adicionar alguns cristais de
permanganato de potássio, cinco gotas de solução de hidróxido de sódio 2M e alguns cristais
de sulfito de sódio. Aquecer a solução que foi preparada. Observar as mudanças de cor e
explicar os resultados em termos das espécies químicas que se formam.
Em um tubo de ensaio, adicionar 5 mL de água destilada, alguns cristais de
permanganato de potássio, duas gotas de solução de ácido sulfúrico concentrado e cristais de
sulfito de sódio. Comparar os resultados com os da experiência anterior
22
6- CINÉTICA II (reação relógio)
6.1 MATERIAIS:
- Bécheres de 250 mL (4)
- Água destilada
- Placa de agitação
- Agitador magnético
- Provetas de 50 mL (2)
- Tubos de ensaio (6)
- Solução de amido a 1%
- Solução de metabissulfito de sódio 0,05 M
(Solução A)
- Solução de iodato de potássio 0,05 M
(Solução B)
- Cronômetro
- Água gelada
- Solução de oxalato de sódio 0,1 M
- Ácido sulfúrico concentrado
- Solução de permanganato de potássio 0,1 M
6.2 OBJETIVO:
Exemplificar como as velocidades das reações são afetadas pelas concentrações das
espécies presentes. Apresentar o conceito de ordem de reação e explorar uma equação de
velocidades.
6.3 INTRODUÇÃO:
O principal objetivo da cinética química é prever como um determinado produto de
reação se forma em função do tempo. Os coeficientes estequiométricos de uma reação
indicam as proporções dos reagentes e produtos como reação única (reação global).
Geralmente, uma reação não se passa em uma única etapa, sendo necessárias diversas
etapas elementares com velocidades bastante diferentes para atingirmos determinado
resultado final. Em uma etapa elementar os coeficientes estequiométricos, valores inteiros,
são as ordens de reação. Entretanto, como é importante expressarmos a equação cinética em
função da concentração dos reagentes, os valores das ordens de reação podem ser bastante
diversificados, como por exemplo, números negativos e fracionários. Em poucos casos temos
números inteiros como seria desejado.
23
Esta equação de velocidades é afetada pelos seguintes fatores:
- concentração dos reagentes – com o seu aumento teremos um maior número de
colisões, o que tende a favorecer a formação dos produtos, aumentando a velocidade da
reação.
- temperatura - com aumento da temperatura, há aumento da energia cinética das
moléculas, o que aumenta o número de colisões, levando a um aumento na velocidade da
formação de produtos.
- presença de um catalisador – como já colocado anteriormente o catalisador
influencia nos caminhos reacionais mudando a velocidade e a seletividade das reações
químicas.
Cabe ressaltar que os efeitos da temperatura e da concentração são utilizados, em
termos práticos, para uma equação global. Na verdade, estes efeitos são extrapolados para
uma equação global. Sua validade é unicamente verdadeira em etapas elementares.
Mecanismo de reação: é uma seqüência de etapas onde temos rompimento e
formação de novas ligações, responsáveis pela conversão de reagentes a produtos.
Ex: Br2(g) + 2 NO(g) � 2 BrNO(g) (reação global)
Etapa 1: Br2(g) + NO(g) � Br2NO(g)
Etapa 2: Br2NO(g) + NO(g) � 2BrNO(g)
____________________________
Reação Global: Br2(g) + 2NO(g) � 2 BrNO(g)
Cada uma das etapas da seqüência é denominada de etapa elementar.
Br2NO é um intermediário de reação: por meio de seu isolamento e purificação
podemos propor um mecanismo para a reação.
24
6.4 PARTE PRÁTICA:
6.4.1 Efeito da Concentração:
A 20 mL da solução A são adicionados 1 mL de solução de amido e 20 mL da solução
B. Observar e registrar o tempo necessário para o aparecimento de coloração.
A 10 mL da solução A mais 10mL de água destilada são adicionados 1 mL de solução
de amido e 20 mL da solução B. Observar e registrar o tempo necessário para o
aparecimento de coloração.
A 5 mL da solução A mais 15mL de água destilada são adicionados 1 mL de solução
de amido e 20 mL da solução B. Observar e registrar o tempo necessário para o
aparecimento de coloração.
6.4.2 Efeito da temperatura:
Em dois tubos de ensaio, adicionar 5 mL de água gelada, 1 mL de oxalato de sódio 0,1
M, 5 gotas de ácido sulfúrico 6 M, 5 gotas de permanganato de potássio 0,1 M. Aquecer um
tubo e manter o outro a temperatura ambiente.
25
7- SOLUÇÕES (titulação)
7.1 MATERIAIS:
- Solução de hidróxido de bário 0,1 M
- Ácido sulfúrico 0,1 M
- Solução de azul de bromotimol
- Lâmpada incandescente 127 V 25 W
- Suporte com haste
- Placa de agitação
- Agitador magnético
- Água deionizada
- Eletrodos suportados em um bécher
- Bureta de 25 mL
7.2 OBJETIVO:
Acompanhar a titulação de uma solução de ácido sulfúrico com hidróxido de bário.
7.3 INTRODUÇÃO:
A titulação é um processo de análise química quantitativa, pelo qual é possível
determinarmos a concentração de uma solução desconhecida [7]. Os conceitos, que foram
vistos na prática de equilíbrio químico, também se aplicam ao caso de uma titulação ácido-
base. Um ácido ou uma base se encontra em equilíbrio com seu respectivo par, ou seja, um
ácido está em equilíbrio com sua base conjugada e uma base encontra-se em equilíbrio com
seu ácido conjugado. O que diferencia um ácido forte de um ácido fraco é a relação entre
estas duas concentrações. Um ácido forte apresenta o equilíbrio deslocado para a direita, o
da formação de sua base conjugada. O mesmo acontece com uma base forte, que tem seu
equilíbrio deslocado para a direita, formando o seu ácido conjugado.
Podemos ter titulações envolvendo ácidos e bases fortes, um ácido fraco e uma base
forte e um ácido forte e uma base fraca. Em uma titulação de um ácido forte por uma base
forte, temos uma típica curva de titulação com sua forma em degrau. Como um exemplo, que
se aproxima a este comportamento, temos a titulação de uma solução de ácido sulfúrico com
uma solução de hidróxido de bário:
H2SO4 (aq.) + Ba(OH)2 (aq.) � BaSO4 (s) + H2O (l)
A solução de hidróxido de bário é denominada de titulante e é colocada na bureta; a
solução de ácido sulfúrico é denominada de titulado e é colocada em um erlenmeyer. Nas
titulações ácido-base é necessária a adição de um indicador ao titulado, o qual muda de cor
com a mudança de pH do meio. Como indicadores mais comuns, podemos utilizar a
fenolftaleína ou o azul de bromotimol.
26
Figura 12: Titulação de uma solução de ácido sulfúrico com hidróxido de bário.
Este é um típico caso de uma reação de neutralização que forma um sal neutro, no
caso praticamente insolúvel, e água. Quando o número de moles de íons hidroxila
adicionados for igual ao número de moles de íons hidrônio provenientes do ácido, tem-se o
ponto de equivalência. Com a adição de mais base, após o ponto de equivalência, haverá
excesso de base no erlenmeyer e o indicador adicionado mudará de cor. Ao final da titulação
lê-se o volume de base consumido e a partir deste pode-se determinar a concentração do
ácido:
No ponto de equivalência:
Número de Equivalentes da Base = Número de Equivalentes do Ácido
Nb. Vb = m / Equivalente
Equivalente = Peso molecular / x
Onde x = número de hidrogênios ionizáveis (quando o titulado for um ácido)
O sulfato de bário é um sal cujo produto de solubilidade, Kps, é igual a 1,1 x 10 –10
27
7.4 PARTE PRÁTICA:
Adição de água deionizada ao bécher que contém os eletrodos até cobrí-los;
Adição de ácido sulfúrico diluído com pipeta até que a lâmpada acenda, terminar a
adição até 1 mL de ácido, seguido da adição de 2 gotas de indicador azul de bromotimol;
Completar a bureta com solução de hidróxido de bário diluída;
Proceder à titulação e observar o que ocorre com a lâmpada e com a coloração da
solução no bécher;
Prosseguir com a adição de mais titulante e observar o que ocorre com a lâmpada e
com a coloração da solução no bécher;
Adicionar um pouco de ácido sulfúrico ao bécher e observar;
Proceder à titulação novamente.
28
8- OXIRREDUÇÃO I
8.1 MATERIAIS:
- Bécher de 250 mL (1)
- Bécheres de 100 mL (2)
- Eletrodo de Zinco (1)
- Eletrodo de Cobre (1)
- Tubo em U
- Solução saturada de Sulfato de Potássio
- Voltímetro ou medidor de pH que meça mV
- Lã de aço para a limpeza dos eletrodos
- Solução de Sulfato de Zinco 1M
- Solução de Sulfato de Cobre 1M
8.2 OBJETIVO:
Determinar o potencial de uma célula eletroquímica (Zinco/Cobre). Discutir
espontaneidade de uma reação de oxirredução (redox).
8.3 INTRODUÇÃO:
A Eletroquímica é o ramo da química que trabalha com o uso de reações químicas
espontâneas para produzir eletricidade e com o uso de eletricidade para forçar as reações
químicas não espontâneas a se passarem.
Existem dois tipos de células diferentes: célula eletroquímica ou galvânica, onde há a
conversão de energia química em energia elétrica e célula eletrolítica, onde temos a
conversão de elétrica em energia química.
Uma pilha eletroquímica bastante simples pode ser construída pela imersão de uma
barra de zinco a uma solução de Sulfato de cobre: com o tempo, a solução de sulfato de
cobre torna-se pálida, indicando que os íons Cu2+ estão sendo reduzidos a Cu0 e se
depositando na superfície da barra de zinco.
Para avaliarmos a ocorrência de processos de oxirredução, é necessário o
conhecimento dos valores de Potencial Padrão de Eletrodo (valores tabelados, vide anexo 1).
Desta forma, os valores tabelados para o zinco e o cobre são:
Zn 0 (s) � Zn 2+ (aq.) + 2 e- E0 = + 0,763 V
Cu 0 (s) � Cu 2+ (aq.) + 2 e- E0 = - 0,337 V
Através da equação: ∆G0 = - n. F. E0 (onde n = número de elétrons envolvidos no
processo, F = constante de Faraday e E0 = potencial padrão para a semi-reação), verifica-se
29
que o processo de oxidação do Zinco é o processo que resulta em ∆G mais negativo, sendo
este um processo espontâneo. Desta forma, nesta pilha, o zinco é oxidado a íons Zn2+ e os
íons Cu2+ são reduzidos a cobre metálico, o qual se deposita sobre o eletrodo de zinco. A
reação global para este processo de oxirredução pode ser representada pelas equações
abaixo:
Zn 0 (s) � Zn 2+ (aq.) + 2 e- E0 = + 0,763 V
Cu 2+ (aq.) + 2 e- � Cu 0 (s) E0 = + 0,337 V
Reação Global: Zn 0 (s) + Cu 2+ (aq.) � Zn 2+ (aq.) + Cu 0 (s)
∆G0 = -212 kJ, E0 = +1,10 V
Existe um outro tipo de construção de pilha, onde os eletrodos encontram-se em
compartimentos separados, o que permite que os elétrons possam ser empregados para
acionar dispositivos elétricos. Esta construção pode ser de dois tipos:
- pilha com separação porosa; o material poroso evita o contato direto entre os íons
Cu2+ e o eletrodo de zinco, pois com a transferência direta dos elétrons do eletrodo de Zinco
para os íons Cu2+ cessaria o escoamento da corrente elétrica pelo circuito externo;
- pilha com ponte salina: A ponte salina contém geralmente uma solução saturada de
sulfato de potássio, na qual os íons K+ e SO42- migram em direção ao catodo e anodo
respectivamente, à medida que a célula se descarrega.
pontesalina
V
eletrodode cobre
soluçãode Cu(II)
eletrodode zinco
soluçãode Zn(II)
Figura 13: Pilha com ponte salina.
30
8.4 PARTE PRÁTICA:
8.4.1 Montar a pilha de Daniell: em um bécher de 250 mL adicionar 100 mL de solução
de sulfato de cobre 1M e inserir nesta um eletrodo de zinco previamente limpo. Observar.
Escrever as reações de oxirredução correspondentes e a reação global para este processo.
8.4.2 Montar a pilha de Daniell com ponte salina: em um bécher de 100 mL adicionar
50 mL de solução de sulfato de zinco 1M, e no outro uma solução de sulfato de cobre 1M.
Adaptar a ponte salina (um tubo em U preenchido com solução de sulfato de potássio e
fechado com tampões de algodão) aos dois bécheres. No bécher contendo a solução de
sulfato de zinco adicionar um eletrodo de zinco e no bécher contendo a solução de sulfato de
cobre, adicionar o eletrodo de cobre. Conectar os eletrodos a um voltímetro e determinar o
potencial desta pilha. Escreva, finalmente, quais são as reações de oxirredução e a reação
global que correspondem a este processo.
31
9 -OXIRREDUÇÃO II
9.1 MATERIAIS:
Ensaios de Corrosão para os seguintes sistemas:
Sistema 1 - Placa de Petri contendo prego limpo, ligado a um pedaço de cobre por um
fio de cobre. Meio corrosivo: NaCl a 1% e ágar a 1,5% como suporte. Preparar
antecipadamente (cerca de uma semana).
Sistema 2 - Tubo de vidro contendo um prego previamente limpo, parcialmente em
contato com o ar. Meio corrosivo: NaCl a 1%, ágar a 1,5% como suporte, fenolftaleína e
K3[Fe(CN)6] como indicadores para produtos de corrosão. Preparar antecipadamente (cerca
de 48 horas).
Sistema 3 - Placa de Petri contendo um prego limpo dobrado e um prego limpo reto.
Meio corrosivo: NaCl a 1%, ágar a 1,5% como suporte, fenolftaleína e K3[Fe(CN)6] como
indicadores de corrosão. Preparar antecipadamente (cerca de 48 horas)
Sistema 4 - Placa de Petri contendo um prego limpo, ligado a um pedaço de zinco por
um fio de cobre. Meio corrosivo: NaCl a 1%, ágar a 1,5% como suporte, fenolftaleína e
K3[Fe(CN)6] como indicadores de corrosão. Preparar antecipadamente (cerca de 48 horas)
9.2 OBJETIVO:
Demonstrar o fenômeno da corrosão de metais como ferro, cobre e zinco e as reações
químicas pertinentes; relacionar a corrosão com o potencial de oxidação dos metais e
espontaneidade de uma reação de oxirredução, discutir sobre aeração diferencial e proteção
anódica e catódica.
9.3 INTRODUÇÃO:
A corrosão é um processo de deterioração de um material, geralmente metálico, com
perda de massa do material original provocada por uma reação de oxirredução espontânea
[8, 9]. A corrosão do ferro é um grave problema tecnológico. Cerca de 25% do ferro produzido
nos Estados Unidos é destinado a suprir as perdas devidas ao processo de corrosão. O ferro
é obtido de fontes como a magnetita (Fe3O4) e hematita (Fe2O3). A produção de ferro metálico
se dá em altos fornos a uma temperatura de até 2000°C, onde hematita, magnetita, coque e
carbonato de sódio entram em combustão em atmosfera de O2 controlada de modo que o
monóxido de carbono seja o produto principal.
32
2C (s, coque) + O2 (g) � 2 CO (g) + calor
Fe2O3 (s) + 3 C (s) � 2 Fe (l) + 3 CO (g)
Fe2O3 (s) + 3 CO (g) � 2 Fe (l) + 3 CO2 (g)
O ferro, obtido diretamente do alto forno, é denominado de Ferro Gusa ou Ferro
Fundido, sendo mole e quebradiço e contendo impurezas de carbono, fósforo e enxofre. O
aço convencional é obtido pela conversão do ferro gusa, obtendo-se um material com menor
teor de carbono e com propriedades industriais mais adequadas. O aço inoxidável é uma liga
metálica muito resistente à corrosão, tendo em sua composição 18 a 20% de cromo, 8 a 12%
de níquel, sendo que o restante é ferro. Durante o processamento do aço é possível fazer a
adição de outros metais de transição como cromo, magnésio, níquel a fim de se obter ligas
com propriedades físicas, mecânicas e químicas especiais. Para que o processo de corrosão
ocorra em um material metálico temos que ter a existência de áreas ANÓDICAS e áreas
CATÓDICAS no sistema associado ao material. Os elétrons gerados no processo de
oxidação do metal serão liberados na região anódica, visualizadas e definidas nas figuras 14
e 15:
ANODO, REAÇÕES DE OXIDAÇÃO:
M (s) � M n+ (aq) + ne-
As áreas anódicas são identificadas como pontos
de tensão do material, como pontas e dobras, onde a
oxidação é favorecida pela ausência da camada
passivante de óxido.
CATODO, REAÇÕES DE REDUÇÃO:
2 H3O+
(aq) + 2 e- � H2 (g) + 2 H2O (l)
2 H2O (l) + 2 e- � H2 (g) + 2 OH- (aq)
O2 (g) + 2 H2O (l) + 4 e- � 4 OH- (aq)
Figura 14. Corrosão de um prego, por aeração
diferencial. As regiões catódicas estão localizadas no centro do material.
33
Figura 15:
corrosão de um prego,
ligado a um fio de
cobre.
ESPONTANEIDADE DA REAÇÃO: A ocorrência da corrosão em um material está
intimamente relacionada ao potencial de oxidação deste e conseqüentemente a energia livre
de Gibbs (∆G), que nos dá a espontaneidade de uma reação através da equação:
∆G = - n. F. E , onde n = número de elétrons envolvido no processo, F = constante de
Faraday (96.500 C) e E = potencial de oxirredução de um dado metal (valores tabelados -
Tabela de Potenciais Padrão, E0). Para o avanço de um processo de corrosão é necessária
uma ligação elétrica entre as áreas anódica e catódica, bem como que estas áreas estejam
em contato com uma mesma fase constituída por um eletrólito.
9.4 PARTE PRÁTICA:
9.4.1 Sistema 1 - Placa de petri contendo um prego ligado a um pedaço de cobre por um fio
de cobre. Avaliar a coloração desenvolvida na região entre os metais. Relacionar o valor do
potencial de oxirredução com a espontaneidade da reação.
Valores dos potenciais de oxirredução:
Fe (s) � Fe 2+ (aq) + 2 e- E0 = + 0,44 V
Cu (s) � Cu 2+ (aq) + 2 e- E0 = - 0,337 V
34
9.4.2 Sistema 2- Tubo de vidro contendo um prego no meio de ágar, fenolftaleína e
K3[Fe(CN)6]. Avaliar a corrosão por aeração diferencial – influência do nível de O2 no
processo de corrosão.
Área rosada: formação de íons hidroxila, identificada pelo indicador fenolftaleína.
Área azulada: formação com complexo de Valência Mista Fe(III)Fe(II):
FeIII4[FeII(CN)6]3.14 H2O.
9.4.3 Sistema 3 - Prego dobrado e um prego reto sem ter sofrido deformações. Avaliar a
presença de regiões anódicas (desenvolvimento de coloração azul) e de regiões catódicas
(desenvolvimento de regiões de coloração rósea). As áreas sob tensão favorecem os
processos anódicos.
9.4.4 Sistema 4 - Um prego ligado a um pedaço de zinco por meio de um fio de cobre.
Relacionar os valores de potencial de oxidação de ambos os metais com a espontaneidade
das reações, figura 15:
Zn (s) � Zn 2+ (aq) + 2 e- E0 = + 0,763 V
Fe (s) � Fe 2+ (aq) + 2 e- E0 = + 0,44 V
O Zinco, neste caso, atua como um anodo de sacrifício.
9.5 Proteção Catódica: forçar o ferro a se tornar o catodo e não o anodo em um sistema
eletroquímico. A proteção catódica é feita acoplando-se o ferro a um outro metal que se oxide
mais facilmente que ele. Ex: o ferro galvanizado é obtido revestindo-se o ferro com uma
camada de zinco. Esta película forma um anodo de sacrifício, que se corrói antes do ferro. O
zinco forma hidróxido de zinco o qual se deposita sobre o material e é menos solúvel que o
hidróxido de ferro, formando uma película que protege o material da corrosão.
Figura 16. Exemplo de
emprego de um anodo de
sacrifício.
35
10- ELETRÓLISE
10.1 MATERIAIS:
- Eletrodos de cobre (4)
- Eletrodos de grafita (4)
- Aparelho de Hoffman (voltâmetro) com sua
respectiva fonte de alimentação
- Bombril para limpeza dos eletrodos
- Bécheres de 100 mL (4)
- Placa de agitação
- Barra de agitação magnética (1)
- Fonte de alimentação p/ eletrólise (2)
- Base com haste (2)
- Conjunto garra e mufa (2)
- Tubo em U grande para eletrólise (2)
- Célula com catodo de Mercúrio (1)
- Pipetas Pasteur (2)
- Solução de ácido sulfúrico 1M (500 mL)
- Solução de cloreto de estanho (II) 1M (100
mL)
- Solução de hidróxido de sódio 1M (500 mL)
- Solução de Cloreto de sódio 1M (250 mL)
- Tubos de ensaio pequenos (4)
- Caixa de fósforos
- Palitos de dente
10.2 OBJETIVO:
Realizar experimentos de eletrólise em sistemas diferentes: água, ácido sulfúrico,
hidróxido de sódio, cloreto de sódio, utilizando eletrodos de cobre e carbono (grafita).
10.3 INTRODUÇÃO:
A Eletrólise trata-se de um processo não espontâneo (∆G > 0), que é forçado a ocorrer
por meio do fornecimento de energia elétrica, suprida por fonte externa [10].
Comparativamente, a eletrólise seria o inverso do funcionamento de uma pilha. Exemplo de
uma eletrólise: a decomposição de um composto para produzir os seus elementos: a
decomposição do cloreto de sódio fundido produz sódio metálico e cloro gasoso.
A eletrólise ocorre em uma Célula Eletrolítica, que contém em um par de eletrodos
inertes (platina) imersos na solução a ser eletrolisada. No anodo ocorrem processos de
oxidação e no catodo ocorrem processos de redução.
Na eletrólise do cloreto de sódio fundido, a célula eletrolítica é composta por dois
eletrodos inertes, imersos em cloreto de sódio puro, operando a uma temperatura superior a
36
800 °C. A fonte de alimentação, ligada por meio de um circuito externo entre os eletrodos, tem
por finalidade “bombear” os elétrons em direção ao catodo. As reações que ocorrem na célula
eletrolítica são:
ANODO: oxidação ⇒ 2 Cl- (aq) � Cl2 (g) + 2e- (pólo positivo)
CATODO: redução ⇒ Na+ (aq) + 1e- � Na (s) (pólo negativo)
Figura 17. Célula Eletrolítica formada por um tubo em “U” e dois eletrodos de cobre.
Figura 18. Deposição de estanho metálico, sobre um catodo de cobre, por meio da
eletrólise de uma solução de SnCl2 [10].
37
10.4 PARTE PRÁTICA:
10.4.1 Eletrólise da água:
Utilizando o aparelho de Hoffman, preencher completamente as duas buretas do
aparelho com ácido sulfúrico diluído, conectar a fonte de alimentação do aparelho a uma
tomada elétrica e deixar a eletrólise prosseguir durante alguns minutos. Verificar a proporção
existente entre os volumes de gás que são produzidos durante o processo. Com o auxílio de
tubos de ensaio, recolher os dois gases (o gás hidrogênio é gerado no anodo e o gás oxigênio
é gerado no catodo). Identificar cada um dos gases, através de testes específicos: aproximar
um fósforo acesso ao tubo com hidrogênio e, ao tubo contendo oxigênio, adicionar um palito
de dente que esteja em brasa. Escrever a equação correspondente à eletrólise da água.
10.4.2 Eletrólise de solução de ácido sulfúrico:
Utilizando eletrodos de cobre: em um tubo em U, contendo os dois eletrodos de cobre,
adicionar a solução de ácido sulfúrico. Conectar os eletrodos à fonte e deixar a eletrólise
prosseguir por alguns minutos. Observar eventuais mudanças de coloração na solução,
precipitação e mudanças na superfície dos eletrodos, assim como a evolução de gases.
Escrever a equação química associada à reação que está ocorrendo em cada um dos
eletrodos.
Repetir o experimento utilizando eletrodos de grafita.Escrever a equação química
associada à reação que está ocorrendo em cada um dos eletrodos.
10.4.3 Eletrólise de solução de hidróxido de Sódio:
Utilizando eletrodos de cobre: em um tubo em U, contendo os dois eletrodos de cobre,
adicionar a solução de hidróxido de sódio. Conectar os eletrodos à fonte e deixar que a
eletrólise prossiga por alguns minutos. Observar eventuais mudanças de coloração na
solução, precipitação e mudanças na superfície dos eletrodos, assim como a evolução de
gases. Escrever a equação química associada à reação que está ocorrendo em cada um dos
eletrodos.
Repetir o experimento utilizando eletrodos de grafita. Escrever a equação química
associada à reação que está ocorrendo em cada um dos eletrodos.
38
10.4.4 Eletrólise de solução de cloreto de sódio:
Utilizando eletrodos de cobre: em um tubo em U, contendo os dois eletrodos de cobre,
adicionar a solução de cloreto de sódio. Conectar os eletrodos à fonte e deixar a eletrólise
prosseguir por alguns minutos. Observar eventuais mudanças de coloração na solução,
precipitação e mudanças na superfície dos eletrodos, assim como a evolução de gases.
Escrever a equação química associada à reação que está ocorrendo em cada um dos
eletrodos.
10.4.5 Eletrólise de solução de cloreto de estanho (II) [10]:
Utilizando eletrodos de cobre: em um tubo em U, contendo os dois eletrodos de cobre,
adicionar a solução de cloreto de estanho. Conectar os eletrodos à fonte e deixar a eletrólise
prosseguir por alguns minutos. Observar eventuais mudanças de coloração na solução,
precipitação e mudanças na superfície dos eletrodos, assim como a evolução de gases.
Escrever a equação química associada à reação que está ocorrendo em cada um dos
eletrodos.
10.4.6 Eletrólise da solução de cloreto de sódio com eletrodo de mercúrio e grafita
Em um bécher com saída lateral será adicionado mercúrio, e a seguir uma solução de
NaCl 1 M. O eletrodo de grafita é colocado, sem encostá-lo no mercúrio e a fonte conectada
aos dois eletrodos, pólo negativo no eletrodo de mercúrio e positivo no de grafita. Após 15
minutos desligar a fonte. Observar o que ocorre nas duas fases da experiência. Comparar
esta experiência com a eletrólise da solução de NaCl em eletrodos de grafita. Na etapa de
oxirredução, depois de terminada a eletrólise, comparar o observado com a adição de sódio
metálico em água (prática de Cinética I).
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11- SISTEMAS COLOIDAIS
11.1 MATERIAIS:
- Eletrodos de grafita (2)
- Bombril para a limpeza dos eletrodos
- Bécheres de 100 mL (4)
- Placa de aquecimento e agitação
- Fonte de alta tensão (∼ 20.000 V)
- Fonte para eletrólise
- Base com haste
- Conjunto garra e mufa
- Tubo em U grande
- Tubos de ensaio pequenos
- Precipitador Cottrell
- Ponteiro Laser
- Cigarros sem filtro (2)
- Bomba de vácuo
- Caixa de fósforos
- Água destilada
- Pipetas Pasteur (2)
- Solução de sulfeto de arsênio (100 mL)
- Cloreto de ferro (III) sólido
- Espátula de aço
11.2 OBJETIVO:
Demonstrar algumas propriedades dos colóides, discutir a estabilidade destes
sistemas, evidenciar fenômenos de superfície, mostrar o Efeito Tyndall e a Eletroforese [11].
11.3 INTRODUÇÃO:
Os Colóides ou dispersões coloidais representam uma classe de substâncias que
possuem características intermediárias entre uma solução verdadeira e uma suspensão [11].
Em 1860, Thomas Graham percebeu que substâncias como gelatina e cola se difundiam
muito lentamente em água, quando comparadas ao açúcar e ao sal. Estas substâncias
também não atravessavam membranas finas e não era possível recristalizá-las. Assim, ele
chamou estas substâncias de COLÓIDES, palavra que vem do grego e significa semelhante à
cola. Sua descrição estabeleceu uma nova classe de substâncias, com propriedades
completamente diferentes do sal e do açúcar.
O tamanho da partícula dispersa permite distinguir e caracterizar o estado coloidal.
Uma partícula coloidal tem tamanho entre 10-7 a 10-5 cm, ou seja, intermediário entre uma
suspensão grosseira e uma solução verdadeira, a suspensão se caracteriza por partículas de
tamanho entre 10 a 10 –4 cm e a solução verdadeira, apresenta partículas com tamanho entre
10-7 e 10-8 cm.
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Uma dispersão coloidal pode ser identificada pelo Efeito Tyndall, a reflexão de raios de
luz pelas partículas do colóide. As partículas, que compõem os sistemas coloidais, como, por
exemplo, um sol, são muito pequenas para serem identificadas a olho nu, entretanto se
situam na maioria dos casos na ordem do comprimento da luz visível, portanto existe uma
reflexão da luz sobre as partículas, no caso uma reflexão difusa. O feixe de luz se espalha
devido a este fenômeno.
Exemplos de Dispersões Coloidais:
Disperso Fase Dispersante (meio) Exemplos
SÓLIDO SÓLIDO Ligas, borracha, plásticos pigmentados,
porcelana;
LÍQUIDO SÓLIDO Queijo, manteiga, geléias;
LÍQUIDO LÍQUIDO Leite, maionese, cremes para pele,
molhos para salada;
SÓLIDO LÍQUIDO Pudim, tintas;
GÁS SÓLIDO Esponjas;
GÁS LÍQUIDO Creme para barbear;
SÓLIDO GÁS Fumaça;
LÍQUIDO GÁS “Fog”, neblina, nuvens, spray.
Aplicação prática dos Colóides: sabões e
detergentes estabilizam as emulsões óleo-água (temos a
formação de micelas, que têm algumas semelhanças com
os colóides, mas apresentam certas diferenças) e por isso
são capazes de remover a gordura. Sabões e detergentes
são exemplos de agentes emulsificantes, que atuam de
modo a diminuir a tensão superficial, o que facilita a
interação entre a gordura e a água, permitindo que a
gordura seja removida pelo processo de lavagem. Os
detergentes são conhecidos como agentes tensoativos ou
surfactantes, sendo do tipo sulfonato ou sulfato, como por
exemplo, o alquilbenzenosulfonato de sódio e o lauril
sulfato de sódio.
Figura 19. Precipitador Cottrell, ou precipitador
eletrostático, usado na remoção de partículas e de fumaça em ambientes.
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11.4 Parte Prática:
11.4.1 Preparação de dispersões coloidais:
11.4.2 Preparação de hidróxido de ferro (III) coloidal (a quente):
A um tubo de ensaio contendo 3 mL de água fervente, adicionar 3 a 4 gotas de uma
solução aquosa de hidróxido de ferro (III). Observe a aparência da solução, utilizando um
ponteiro laser para verificar a ocorrência ou não do Efeito Tyndall. Escreva a equação química
associada à formação do hidróxido de ferro (III).
11.4.3 Preparação de hidróxido de ferro (III) coloidal (a frio):
A um tubo de ensaio contendo 3 mL de água à temperatura ambiente, adicionar 3 a 4
gotas de uma solução aquosa de hidróxido de ferro (III). Observe a aparência da solução,
utilizando um ponteiro laser para verificar a ocorrência ou não do Efeito Tyndall. Escreva a
equação química associada à formação do hidróxido de ferro (III).
11.4.4 Experimento de Eletroforese:
Preencher um tubo em U com uma solução coloidal de sulfeto de arsênio (esta solução é
preparada pela adição de sulfeto de hidrogênio gasoso, a uma solução aquosa de ácido
arsenioso, resultando em uma dispersão coloidal amarela). A cada extremidade do tudo,
introduzir um eletrodo de grafita e conectar estes a uma fonte de alimentação. Permita então
que a eletroforese prossiga por cerca de 30 min. Observar como a dispersão coloidal se
comporta após este período e então, tirar conclusões sobre a natureza das cargas presentes
nas partículas coloidais.
11.4.5 Utilização do Precipitador Cottrell:
Conectar a saída do precipitador a uma bomba de vácuo, e os pólos negativo e positivo a
uma fonte de alta tensão. Retirar o filtro de um cigarro e conectá-lo a uma das entradas por
meio de um tubo de vidro. Ligar a bomba de vácuo e acender o cigarro, de tal modo que a
fumaça preencha toda a parte interna do precipitador. Desligar então a bomba e produzir uma
descarga elétrica. Repetir o experimento. Observar o que ocorre com a fumaça após a
descarga.
11.5 Partículas com Dimensões Nanométricas e a Nanotecnologia:
Recentemente, têm sido estudadas excepcionalidades, que partículas, com ordem de
tamanho entre 10-5 e 10-7 cm, têm em seu comportamento. Já, uma realidade.
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12- TABELA PERIÓDICA (aula teórica sem demonstrações)
12.1 OBJETIVO:
Relacionar a variação das propriedades periódicas raio atômico, energia de ionização
e afinidade eletrônica com a posição de um elemento na Tabela Periódica.
12.2 INTRODUÇÃO:
A Tabela Periódica que conhecemos hoje teve origem nas observações experimentais
realizadas por cientistas dos séculos XVIII e XIX. Dmitri Ivanovitchi Mendeleev (1834-1907)
percebeu que se os elementos fossem dispostos em ordem crescente de massa atômica, se
observava uma regularidade nas propriedades destes elementos. Mosley, ao bombardear
metais com raios X percebeu que os comprimentos de onda dos raios emitidos por um
elemento relacionavam-se diretamente com o número atômico deste. Assim, modernamente
os elementos são dispostos em ordem crescente de número atômico e a Lei da periodicidade
Química pode ser formulada como: “As propriedades dos elementos são funções periódicas
do número atômico”.
A Tabela Periódica é composta por colunas verticais ou GRUPOS e por linhas
horizontais ou PERÍODOS. Os grupos identificam as principais famílias dos elementos. Ex:
Grupo A (pertencem a ele os elementos do Grupo 1 A a 8 A);
Grupo B (pertencem a ele os elementos do Grupo 1 B a 8 B).
As colunas mais altas são denominadas de GRUPO PRINCIPAL OU
REPRESENTATIVO. Os demais são denominados de ELEMENTOS DE TRANSIÇÃO
(elementos do bloco d) e os ELEMENTOS DE TRANSIÇÃO INTERNA (elementos do bloco f).
Os períodos são numerados de cima para baixo. Na Tabela estão representadas as
REGIÕES s (compreende grupo 1A e 2A), cujos elementos têm configuração eletrônica do
tipo 1s e 1s2s; REGIÕES p (compreende grupo 3A a 8A), cujos elementos têm configuração
eletrônica do tipo 1s2s2p; REGIÕES d (compreende grupo 1B a 8B), cujos elementos têm
configuração eletrônica do tipo 1s2s2p3s3p4s3d.
12.3 Propriedades Periódicas:
Raio Atômico: O tamanho de um elemento é determinado pelos elétrons mais
externos. Ao descer a coluna de um grupo na tabela, os elétrons estarão localizados em
orbitais que têm maiores valores do número quântico principal (n), em conseqüência os
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elétrons estarão mais afastados do núcleo resultando em maior raio atômico. A tendência ao
longo de período se explica pela Carga nuclear efetiva (Z*). A passagem de um elemento
para o seguinte num determinado período envolve a adição de um próton e de um elétron. O
efeito da adição de um próton é mais importante que o efeito da adição de um elétron. Assim,
com mais um próton há maior atração entre prótons e elétrons remanescentes. O aumento no
valor da carga nuclear efetiva (Z*) leva à diminuição do raio atômico e leva a aumento da
energia necessária para se remover o elétron.
Energia de ionização: É a energia necessária para remover um elétron de um átomo
em fase gasosa (energia necessária para formar um íon). As remoções sucessivas de
elétrons exigem energias cada vez maiores. A remoção de um elétron de um átomo aumenta
a força atrativa entre o núcleo positivo e os elétrons restantes, assim aumenta a Energia de
Ionização. A tendência geral ao longo de um grupo se explica ao considerarmos que o
aumento do tamanho do elemento facilita a remoção de um elétron. Com relação ao período,
o aumento no número atômico leva a um aumento da carga nuclear efetiva, diminuição do
raio atômico e aumento na energia necessária para remover o elétron.
Afinidade Eletrônica: A afinidade eletrônica de um átomo é a variação de energia que
ocorre quando o ânion do elemento na fase gasosa perde um elétron:
A – (g) � A (g) + 1 e-
No Período há aumento na Afinidade Eletrônica quando se percorre um período da
esquerda para a direita, nesta sentido há aumento da Carga Nuclear Efetiva (Z*), e aumento
na atração pelos elétrons adicionais do ânion, tornando mais difícil a ionização do ânion. No
Grupo, à medida que diminui o Número Atômico (Z) aumenta a atração entre prótons e
elétrons e aumenta a atração pelo elétron adicional, assim, aumenta a Afinidade Eletrônica.
A tabela periódica ordena os elementos no estado fundamental de energia, mas não
considera muitos efeitos. Ela é um instrumento poderoso na previsão de muitas propriedades
atômicas, mas por utilizar um critério, o de energia no estado fundamental, simplificando sua
construção e análise, quando se usa a tabela na previsão de muitas propriedades atômicas
algumas exceções ocorrem. Na verdade, não é nem um pouco simples explicar a química de
mais de cem elementos com apenas alguns conjuntos de regras. Entretanto, conhecê-la bem
é na verdade uma poderosa ferramenta para predição de muitas propriedades físicas e
químicas. Para um profissional de engenharia, que lida com materiais e processos, o
conhecimento da linguagem química pode evitar uma série de problemas e agiliza bastante a
busca de informações e o diálogo entre profissionais de diferentes especialidades [12].
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ANEXO 1: Tabela de Potenciais-Padrão de Redução
Meia-reação E0 (V)
Li+ (aq) + e
- → Li (s) -3,05
K+ (aq) + e
- → K (s) -2,93
Ba2+
(aq) + 2e- → Ba (s) -2,90
Sr2+
(aq) + 2e- → Sr (s) -2,89
Ca2+
(aq) + 2e- → Ca (s) -2,87
Na+ (aq) + e
- → Na (s) -2,71
Mg2+
(aq) + 2e- → Mg (s) -2,37
Be2+
(aq) + 2e- → Be (s) -1,85
Al3+
(aq) + 3e- → Al (s) -1,66
Mn2+
(aq) + 2e- → Mn (s) -1,18
2H2O + 2e- → H2 (g) + 2OH
- (aq) -0,83
Zn2+
(aq) + 2e- → Zn (s) -0,76
Cr3+
(aq) + 3e- → Cr (s) -0,74
Fe2+
(aq) + 2e- → Fe (s) -0,44
Cd2+
(aq) + 2e- → Cd (s) -0,40
PbSO4 (s) + 2e- → Pb (s) + SO4
2- (aq) -0,31
Co2+
(aq) + 2e- → Co (s) -0,28
Ni2+
(aq) + 2e- → Ni (s) -0,25
Sn2+
(aq) + 2e- → Sn (s) -0,14
Pb2+
(aq) + 2e- → Pb (s) -0,13
2H+ (aq) + 2e
- →→→→ H2 (g) 0,00
Sn4+
(aq) + 2e- → Sn
2+ (aq) +0,13
Cu2+
(aq) + e- → Cu
+ (aq) +0,15
SO42-
(aq) + 4H+ (aq) + 2e
- → SO2 (g) + 2H2O +0,20
AgCl (s) + e- → Ag (s) + Cl
- (aq) +0,22
Cu2+
(aq) + 2e- → Cu (s) +0,34
O2 (g) + 2H2O + 4e- → 4OH
- (aq) +0,40
I2 (s) + 2e- → 2I
- (aq) +0,53
MnO4- (aq) + 2H2O + 3e
- → MnO2 (s) + 4OH
- (aq) +0,59
O2 (g) + 2H+ (aq) + 2e
- → H2O2 (aq) +0,68
Fe3+
(aq) + e- → Fe
2+ (aq) +0,77
Ag+ (aq) + e
- → Ag (s) +0,80
Hg22+
(aq) + 2e- → 2Hg (l) +0,85
2Hg2+
(aq) + 2e- → Hg2
2+ (aq) +0,92
NO3- (aq) + 4H
+ (aq) + 3e
- → NO (g) + 2H2O +0,96
Br2 (l) + 2e- → 2Br
- (aq) +1,07
O2 (g) + 4H+ (aq) + 4e
- → 2H2O +1,23
MnO2 (s) + 4H+ (aq) + 2e
- → Mn
2+ (aq) + 2H2O +1,23
Cr2O72-
(aq) + 14H+ (aq) + 6e
- → Cr
3+ (aq) + 7H2O +1,33
Cl2 (g) + 2e- → 2Cl
- (aq) +1,36
Au3+
(aq) + 3e- → Au (s) +1,50
MnO4- (aq) + 8H
+ (aq) + 5e
- → Mn
2+ (aq) + H2O +1,51
Ce4+
(aq) + e- → Ce
3+ (aq) +1,61
H2O2 (aq) + 2H+ (aq) + 2e
- → 2H2O +1,77
Co3+
(aq) + e- → Co
2+ (aq) +1,82
O3 (g) + 2H+ (aq) + 2e
- → O2 (g) + H2O +2,07
F2 (g) + 2e- → 2F
- (aq) +2,87
Nota: Esses valores foram obtidos para o estado padrão, isto é, concentração 1 mol/L para espécies em solução e
1 atm para espécies gasosas a 25°C. Existem tabelas especializadas para outras condições.
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Referências Bibliográficas:
1- Tarr, M. J.; Black, C. V.; VGIP: Image Understanding, 1994, 60, 1, p 65-73
2- Mazel, C.H. et al.; Science, 303, p 51, 2 de Janeiro de 2004
3 - Abdus Salam A Unificação das Forças Fundamentais, Editora Ciência e Cultura, 1993.
4- Kotz e Treichel Química e Reações Químicas, 4a. Edição LTC Editora, Rio de Janeiro,
2002. Volume 1 - Capítulos 2 e 7
5- Russel, J. B. Química Geral, Editora McGraw Hill, São Paulo, 1982.
6- Kotz e Treichel Química e Reações Químicas, 4a. Edição LTC Editora, Rio de Janeiro,
2002. Volume 1 - Capítulo 6
7- Kotz e Treichel Química e Reações Químicas, 4a. Edição LTC Editora, Rio de Janeiro,
2002. Volume 2 - Capítulo 14
8- Kotz e Treichel Química e Reações Químicas, 4a. Edição LTC Editora, Rio de Janeiro,
2002. Volume 2 - Capítulo 21
9- Gentil, V. Corrosão, 4ª Edição LTC Editora, Rio de Janeiro, 2003 – Capítulo 1
10- Faria, R. B.; Quim. Nova, Julho 1985, p. 167
11- Frey, P. College Chemistry, Prentice Hall Inc, New Jersey, 1958 - Capítulo 28
12- Kotz e Treichel Química e Reações Químicas, 4a. Edição LTC Editora, Rio de Janeiro,
2002. Volume 1 - Capítulo 8