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Universidade Candido Mendes
Projeto A vez do mestre
Conrado Carvalho Pereira
Marketing da “azaração”
Conceitos de Marketing utilizados na paquera
Marketing. Turma 551
Prof. Nilson Guedes
Rio de Janeiro, 2004
2
Agradecimentos
Agradeço a Biblioteca Central da
Universidade
Candido Mendes pela paciência e
compreensão,
Ao Orientador Nilson Guedes pela boa
vontade
Ao projeto A vez do mestre pela chance.
3
Dedicatória
Dedico este trabalho à duas
pessoa que muito ajudaram na
confecção do mesmo. Meus
amigos Leonardo e Felipe.
4
Resumo
O presente trabalho é um plano de marketing direcionado para
relacionamentos interpessoais de natureza amorosa. Pode ser usado e
adaptado a outras situações, como empresas que queiram construir um plano e
conseguir mais clientes, pois baseia-se em conceitos já estabelecidos e
testados por outros autores. A metodologia utilizada foi adaptar planos e
conceitos já existentes, utilizando como referenciais teóricos Kotler, Philip.
Marketing para o século XXI, 1999, Intordução e ESTÉS, Clarissa Pinkola.
Mulheres que correm com os lobos, além de outras ppublicações. O trabalho
tem como objetivo, fazer ao mesmo tempo um guia de Marketing e um livro de
auto-ajuda baseado na pesquisa acadêmica. Conclui-se que o marketing é uma
ferramenta que visa analisar todos os elementos que uma empresa lida, desde
o cliente até o produto.
Palavras chaves: Marketing, Marketing de relacionamentos, Endomarketing,
Pesquisa, Briefing, Mix de Marketing, plano de Marketing, Paquera.
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Sumário
Introdução 06
1. O que é Marketing, Marketing de Relacionamentos Endomarketing e
suas aplicações no mercado. 07
2. Briefing e Pesquisa de mercado 12
3. Como agradar o cliente 17
4. A hora do bote 23
5. itens para melhorar sua performance 28
Conclusão 34
Bibliografia 36
Índice 38
6
Introdução
O presente trabalho tem como intenção montar um plano de Marketing
para ser usado nas relações interpessoais. Também servirá como exemplo do
que é um plano de Marketing e quais as etapas que um empresa cumpre ao
confeccionar um plano, tais como pesquisa de mercado, briefing, mix de
Marketing, que é melhoramento do produto utilizando os famosos 4 “ps”, preço,
praça, produto e promoção.
No primeiro capítulo temos os conceitos de marketing, relacionamento, a
junção destas duas palavras, endomarketing e as aplicações de cada um no
mercado e qual interesse de usar estas ferramentas na pesquisa. Usamos os
livros Marketing para o século XXI, Aurélio Buarque de Holanda Ferreira,
American Marketing Association Journal e Princípios de Marketing.
Depois temos uma análise de como encontrar a missão da empresa,
como conhecer usando o briefing e também como conhecer o cliente, usando a
pesquisa.
Mais adiante verifica-se como se pode agradar o cliente, quais
ferramentas e meios para melhorar o produto e assim agradar para fornecer.
Usamos o site comunique-se para uma explicação sobre marketing de
relacionamentos.
Temos também o mix de marketing, usando o melhoramento do produto,
a sua distribuição, ou seja locais apropriados para distribuição, como fazer seu
cliente saber que sua empresa existe, como melhorar o valor de seu produto.
Um teórico importante utilizado aqui foi, mais uma vez, Marketing para o século
XXI.
No último capítulo há uma lista de boates e situações que existem no Rio
de Janeiro para o executor do plano já ter alguma pesquisa de campo feita. A
matéria do jornal O Dia de 08/02/2004, acrescentou em muito a pesquisa.
7
1. O que é Marketing, Marketing de Relacionamentos
Endomarketing e suas aplicações no mercado.
Para elaborarmos e analisarmos as formas de se fazer marketing e suas
variáveis, precisaremos, antes, saber significado do que usaremos. A seguir,
teremos o que significa marketing, porque é a partir dele que surge uma
segmentação, além de somente ele já ser o bastante para um plano, suas
variáveis são interessantes para cercar de toda a forma o que se quer obter.
Também definiremos o que é marketing de relacionamentos, fundamental para
a se ajustar a qualquer tipo de mercado; Endomarketing, importante para a
adaptação interior da empresa, neste caso, da pessoa. Daqui por diante
chamaremos de empresa quem quer se relacionar (“azarar”), e cliente a menina
com se quer aplicar o plano.
1.1. Relacionamento.
Segundo o Dicionário Aurélio Buarque de Holanda, relacionamento
significa:
1. Ato ou efeito de relacionar (-se). 2. Capacidade, em maior ou
menor grau, de relacionar-se, conviver ou comunicar-se com os seus
semelhantes: É pessoa de relacionamento difícil. 3. Ligação de
amizade, afetiva, profissional, etc., condicionada por uma série de
atitudes recíprocas; relação1.
Esta série de atitudes recíprocas é as formas de abordagem que se pode
fazer para conhecer alguém, e continuar uma amizade, namoro ou qualquer
outra relação. Sendo em maior ou menor grau. Pode também ser uma série de
ligações, como está no texto. Afetiva, profissional, etc. A que nos interessa é a
ligação de aproximação, que permite conhecer uma pessoa. E daí, conseguir
um beijo, uma conversa, um encontro, etc.
1 FERREIRA, Aurélio Buarque de Holanda. Pág. 1210.
8
1.2. Marketing.
A American Marketing Association tem uma definição clássica para
Marketing:
É o desempenho das atividades de negócio que dirigem o fluxo de
bens e serviços do produtor para o consumidor. Marketing é o
processo de planejamento e execução de criação, estabelecimento
de preço, promoção e distribuição de idéias, produtos e serviços para
criar intercâmbios que irão satisfazer as necessidades do indivíduo e
da organização.2
Percebe-se que esta definição fica próximo de fazer administração, já
podemos perceber que é o esforço de atender o que o cliente quer encontrar,
receber, desfrutar. Temos ainda a definição de Philip Kotler, o mais citado autor
de Marketing nos cursos:
Processo pelo qual indivíduos ou grupos obtêm o que precisam e
desejam através de trocas de produtos e valores. (...) Atividades
como desenvolvimento de produtos, pesquisa, comunicação,
distribuição, preços e serviços são as atividades centrais do
marketing.3
Kotler já pensa o Marketing mais profundamente, de um modo mais
prático. Ele já enxerga de uma vez o as ferramentas e processos para se
chegar às atividades. Depois destas duas definições clássicas que nos fazem
perceber que o Marketing é a empresa voltada para o cliente, usando
ferramentas e processos que se adequam aàs necessidades e desejos de
quem compra, há uma pequena evolução. Nada muito diferente do que vimos,
contudo, um aprimoramento. O marketing é hoje, o processo inevitável que a
empresa do século XXI vai ter que se adaptar e usar. Segundo Kotler, “O
Marketing necessitava embarcar um horizonte mais amplo, que não fizesse
2 American Marketing Association Journal, 1960 e 1965. 3 KOTLER, P. e Armstrong, G. “Princípios de Marketing”, 1998, p. 8.
9
presumir que sua única tarefa fosse aumentar a demanda”.4 Isso quer dizer
que, hoje o marketing não apenas obedece a premissa de “vender mais”.
Marketing é mercado em ação, portanto, o Marketing é usado para satisfazer o
cliente de modo que ele volte e “venda para outros clientes”.
O interessante então é fazer com que a menina compre seu produto.
Você. A “empresa” deverá usar as ferramentas de marketing adaptadas à sua
realidade para se chegar onde deseja. Estudaremos as ferramentas
necessárias e como adapta-las para a construção do plano.
1.3. Marketing de Relacionamento.
Segundo Bogman5, McKenna define Marketing de relacionamento como
“empresa orientada para o mercado”. Esta definição não deixa de ser
Marketing, mas tem necessidade ser Marketing de relacionamento por se
aprofundar no assunto. O marketing de relacionamento será essencial para a
montagem do plano porque é com ele que veremos como satisfazer o cliente.
Como diz Bogman6, marketing de relacionamento, “procura criar novo valor aos
clientes e compartilhar esse valor entre produtor e consumidor”. É necessário
para isso uma pesquisa para se saber o que o cliente está querendo e o
compartilhamento é saber o que usar para criar este valor. Ainda fala que
“reconhece o papel individual que os clientes tem...”. Esta frase tem muito a ver
com o que queremos. Nada melhor do que saber o papel individual de uma
pessoa, para saber como seduzi-la, agraciá-la, relacionar-se com ela.
1.4. Endomarketing.
Wilson Cerqueira define Endomarketing como “A palavra em si como
marketing para dentro”, mas se continuarmos a ler o mesmo texto, ele diz que
“Os sistemas de Endomarketing consistem num conjunto de processos, projetos
4 KOTLER, Philip. Pág. 11. 5 BOGMAN, Itzak Meir. Pág. 23 6 BOGMAN, Itzak Meir. Pág. 24.
10
ou veículos de comunicação integrada que permite a venda”. Isso quer dizer
que Endomarketing é trabalhar, planejar a atuar usando conceitos e
ferramentas de marketing na empresa.
O Endomarketing vai nos servir para direcionar o que temos para o que
queremos, ou seja, servirá para fazer uma busca interior de como o usuário
deste plano é, seus desejos e seus anseios. Após isso, direcionará para onde
se quer chegar, quais metas atingir, para finalmente decidir o que permanecerá
levando um tratamento para a amplificação e o que precisa ser mudado, seja
guarda-roupas, mudanças no comportamento, físico ou mental. Este plano não
dirá o que deve ser feito. Ele será uma orientação para que o usuário descubra
o melhor caminho. Ele apenas vai ter uma ferramenta que o leve a perceber o
que fazer diante de suas metas.
Vimos que as definições Marketing e suas delimitações andam juntas, o
Marketing pode ser usado em qualquer lugar em que alguém queira vender um
serviço ou produto para outra pessoa. E não é somente isso. Trabalha-se
marketing para a otimização de serviços, qualificação profissional. E acima de
tudo o que pode ser visto, estudado e apreciado, o marketing surge como uma
ferramenta que pode ser rotulada, seguida e dar lucros. Mas percebe-se que
ele surge como uma necessidade social. As pessoas, em geral, querem ser
bem atendidas, não mecanicamente, porque elas tem a necessidade de serem
reconhecidas socialmente, como pessoas.
Então, ao se pensar Marketing, não vale somente usar os conceitos,
planos, ferramentas e pronto. É essencial ter um sentimento do que o humano
necessita. De como ele quer ser tratado. Essa é a verdadeira razão para que o
marketing seja criado. Um cliente que é bem tratado volta porque se sentiu feliz
por estar ali. Ele sentiu que é importante. Portanto, não deixe que ele perceba
que você está trabalhando apenas porque deve ser feito marketing desta
maneira. Você participou do processo, por isso, faz parte. Então é importante
sentir também, fazer parte do contexto. O cliente e você ficarão felizes. Nada
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melhor que fidelização por isso. O resto é conseqüência. Se você trabalhar
nisso. Qualquer plano de marketing sairá uma obra prima.
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2. Briefing e Pesquisa de mercado
Toda empresa, antes de qualquer passo para o plano de comunicação,
passa pelo briefing. Ele consiste em enxergar como é a empresa, como é seu
mercado, de que modo ela age, que tipo de empresa é, como é seu produto,
condições econômicas, legislação, características do consumidor, entre outras
questões. O briefing nada mais é que o levantamento de informações que
acercam a empresa para quem produzir o plano possa saber quais caminhos
tomar a partir daí, usando sua missão para acertar o público a que se quer
atingir.
Adaptaremos o briefing do corporativo para o pessoal. Para tal, haverá a
necessidade de maleabilidade do levantamento que deixaremos de lado ou
modificaremos.
2.1 – Análise situacional:
A análise situacional consiste em analisar o ambiente em que se está
inserido a empresa. Junte todas informações possíveis sobre o lugar em que
reside a empresa, quais as condições econômicas do lugar (zona sul, zona
norte), o que há de diversão disponível e quanto há em caixa para usurfruir
destes lugares e qual a área de atuação da empresa (municipal, estadual,
internacional), quanto maior a área de atuação, maior será a probabilidade de
se sair bem sucedido numa tentativa. Por outro lado, encontrando-se um nicho
de mercado fiel, a empresa também terá lucros sem muitos gastos. Isso
dependerá da missão da empresa, quando o briefing estiver pronto.
2.1.1 – Histórico da empresa:
Parte da análise situacional está em saber qual segmento atingido pela
empresa. Quais mulheres que você mais costuma ficar, de que tipo. São loiras
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ou morenas? A que classe pertencem? São intelectuais ou esportistas? Procure
fazer um pequeno balanço dos lugares que você se sai bem, e como você está
no dia, estado mental e físico. Procure saber porque você não ficaria hoje com
aquela menina que considera feia ou desinteressante. E tente lembrar como foi
ficar com aquela que você gostou muito. Mas lembre-se, estamos tratando de
fazer um plano de como conseguir. Fidelização de clientes nesta aplicação já
depende de outras vertentes que acredita-se não ter ciência que se aplique,
pois a continuação vai depender exclusivamente de sua experiência pessoal.
Aqui estamos tratando de produzir um plano para conseguir chegar lá, e só.
2.2 – Análise de mercado e da demanda:
Nesta etapa será preciso fazer uma pesquisa de mercado, contendo o
que se quer saber do mercado que ser quer atingir. Mas antes é necessário
saber qual é o público alvo. Comece a pensar sua missão. Quem é o público
alvo? É uma pessoa específica? (uma vizinha, amiga, conhecida, etc.) Ou é
alguém com características de um certo grupo (grunge, patricinha, executiva,
etc.). Saiba qual é o tamanho do mercado no caso de um grupo, quantas são,
onde freqüentam. O que fazem, ou seja, conheça quem você quer despertar
para o seu produto, saiba suas preferências, saiba o que o cliente deseja, alie a
sua missão, e decida se é isso que sua empresa quer. Se for afirmativo, mãos à
obra, se negativo, procure saber qual o outro mercado disponível e se vale a
pena partir para ele. Veremos como fazer mais à frente. Como esta não vai ser
uma pesquisa que as empresas fazem no modelo de perguntar para as
pessoas na rua ou em uma feira, ou fazendo uma degustação na própria loja,
etc. Você terá que partir para outras alternativas. Procure aliadas que possam
lhe fornecer algumas informações sobre as mulheres. Pergunte a sua irmã qual
modelo de homem ideal, saiba com alguma amiga íntima, o que provoca desejo
nas mulheres e use com as meninas de mesma característica dela, ou
parecida. Se você não tem muitas amigas, arranje. Parcerias deste tipo podem
trazer mais informações e clientes à empresa. E você estará ampliando sua
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lista de contatos. Uma empresa deve ter os mais diversos e inúmeros contatos
e informações sobre tudo que acercam eu interesse para aumentar suas
chances se firmar no mercado, além de dar sustentação às suas estratégias de
marketing.
2.3 – Análise dos concorrentes:
Essa é a parte que pode ser a mais fácil se administrada com
competência. Nada mais é saber que conhecer os concorrentes. Aqueles caras
que você não sabe como chegaram lá, e estão com o que você queria estar. Só
lhe resta uma coisa, aprenda com eles. Saiba quem são, o que fazem, o que
usam, se malham, se são intelectuais. Você não precisará, ser como eles, mas
como dizia Sun Tzu, “conheça seu inimigo”. Assim é mais fácil derrota-lo, pois o
conhecendo, você sempre estará a um passo a frente, então “terá mais chance
de conquista-la mais rápido”.
2.4 – Problemas e oportunidades:
Durante a pesquisa, serão encontradas potencialidades e fragilidades na
empresa. Saber jogar com esses dois fatores te orientará para o sucesso.
Descubra quais são seus pontos fortes, cruze com o que sua pesquisa e seu
Briefing disseram e veja se você deve continuar ou não se administrar desta
forma. O mesmo vale para as fragilidades. Quais são seus pontos fortes, o que
você pode fazer para mudar. Vale a pena mudar? Essa é a pergunta crucial da
mudança. Ela terá que fazer bem também para você, não só para conseguir
produzir e finalizar o plano, é importante que você esteja bem consigo mesmo.
Não deixe de ser você.
2.5 – A adaptação:
Como vimos, há uma série de informações que acercam uma empresa.
Mas ao aplicar os conceitos e ações de marketing usando essas informações
em uma pessoa, requer algumas modificações.
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Por exemplo, saber como é seu mercado é saber o que há de disponível
na sua área de atuação (onde você vive). Para isso, será necessário saber
então como é sua área de atuação. Até onde abrange (você viaja muito? Fica
só em sua cidade, no seu bairro). A partir daí descubra o que há de
“consumidor” na sua área de atuação. Será preciso também saber de que modo
você vem agindo, o que você tem feito que dá certo, e o que dá errado. Se
descubra, não tenha medo de saber as coisas que você gosta e amplie, pois
quanto maior o campo de interesse, mais contatos a empresa terá. Uma
empresa deve estar atenta para suas condições econômicas. Normalmente se
age fazendo caixa para expandir, faça o mesmo, você precisará de dinheiro
para fazer uma boa atuação. Mas há alternativas, descubra-as. A legislação é
um ponto que não se aplica neste plano, pois não é um plano convencional. Já
estamos percebendo entoa mudanças no plano. Saiba as características do
consumidor. Do que ela gosta, onde freqüenta, o que ela quer, onde quer estar,
que tipos de homens geralmente a atrai.
2.6 – A auto conhecimento psicológico:
Além de termos visto como as empresas fazem para se conhecer,
precisamos procurar o conhecimento interno do ponto de vista psicológico
também. Pois a aplicação será humana.
Irene Mello Carvalho tem um pouco a dizer sobre o comportamento
interno:
O conhecimento real do que se passa no interior de um indivíduo não
é acessível sequer a si próprio. A noção que temos de nossas
tendências e interesses, de nossos pensamentos e raciocínios é de
certa forma vaga e imprecisa.
Entende-se que é difícil mergulhar no auto-conhecimento. Como vimos,
não é uma tarefa fácil, e as vezes pode ser que quem está procurando se
engane por uma série de motivos, como medos, estereótipos, etc.
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Para então começar o auto-conhecimento, Irene Carvalho faz mais uma
referência, “Os estudos das atitudes e dos estereótipos é o campo mais fértil e
explorado”. Este caminho das atitudes pode ser o certo.
Para saber então como você é, pode ser bom olhar para as suas atitudes
frente às diversas situações que acontecem na vida. E procure saber também
se o seu estereótipo é visto por quem lhe interessa da mesma maneira que
você vê.
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3. Como agradar o cliente.
Para preparar o plano de ataque é necessário saber, basicamente, o
quais são os desejos do cliente. Mas é necessário saber também se a empresa
está disposta a aceitar se preparar para este cliente, aceitar seus requisitos.
Após esta verificação, se a empresa não estiver disposta, é necessário voltar e
começar tudo de novo até que esta etapa seja vencida. Se não tiver problema
em se adequar ao cliente, pode-se dar um passo adiante.
3.1 – Como saber:
Para saber se este é o cliente que a empresa quer atingir basta verificar
os resultados da pesquisa. A partir daí é necessário um conhecimento da
missão da empresa. Neste plano, esta definição será encontrada no auto-
conhecimento, no conhecimento interior que cada ser humano deve encontrar
para uma vida melhor.
3.1.1. – Sonhos:
Este trabalho não tem a audácia de criar um método de auto-conhecimento.
Porém, podemos discutir algumas maneiras que podem ajudar. Sonhos são
uma boa maneira de conseguir se conhecer um pouco mais. Segundo o Dr.
Antonio Carlos Alves de Araújo7, Freud escreveu sobre os sonhos e chegou a
algumas repostas como os sonhos são uma resposta de nosso inconsciente,
tentando “diregir” as informações que acontecem a cada dia na vida de um ser
humano. Portanto, basta lembrar dos sonhos e tentar interpretar o conteúdo
deles. Com cuidado, pois este procedimento deve ser superficial, pois há várias
interpretações para a mesma história. Por exemplo, se o sonho é sobre um
avião que cai com uma pessoa querida dentro, pode ser que quem sonhou
goste muito dessa pessoa e não quer que nada de grave aconteça a ela, como
pode ter outras vertentes. 7 www.comunique-se.com.br. 08/08/2001.
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Por isso, ao interpretar os sonhos, tome cuidado para não tomar
decisões profundas quanto a ele. Observe com calma até conseguir saber o
que ele está dizendo para você.
3.1.2. – Ajuda Profissional:
Na jornada para se sair bem sucedido neste plano de marketing, deve
cercar de todas as maneiras possíveis o que há de disponível para a
concretização do plano. Um terapeuta tem o estereótipo de cuidar de “malucos”.
Muitas vezes, quando uma pessoa é sugerida de procurar um terapeuta, a
reaçõa é de espanto, ou uma resposta como “não sou maluco”.
Um terapeuta pode ajudar uma pessoa a se conhecer melhor, e
principalmente, saber exatamente o porquê de certas situações, hábitos e
costumes. Ele ajudará a pessoa saber quais são seus principais medos,
vontades, e atitudes nas mais variadas situações. A partir daí, será mais fácil
saber quem é a pessoa que está procurando se conhecer melhor.
3.1.3 – Auto-descobrimento solitário:
Independente de livros de psicologia, profissionais da área e métodos
orientais, o ser humano também têm a capacidade de se conhecer por si
próprio. Fique atento às suas ações, como é a procedências durante o dia em
diversas situações. Faça uma análise semanal de seus atos. Isto, além de
ajudar a melhorar o auto conhecimento, pode ajudar no melhoramentos de suas
atitudes.
Em se tratando de aplicação do plano, saiba quais são suas reações
quando uma cliente está levando ao seu conhecimento, seja por um olhar ou
palavras, que está interessada em você. Lembre-se de quais são suas atitudes
quando quer atingir algum cliente e analise se está fazendo o correto. Veja
quais as opções que você tem e que ainda não usou.
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Por exemplo, você descobriu que seu público alvo gosta de boate.
Descobriu mais coisas sobre este público como os tipos masculino de sua
preferência e até sabe de algumas empresas que já fizeram negócio com esta
pessoa. Depois disso você também sabe qual a missão de sua empresa. Acha
que vale a pena e quer investir neste cliente. Digamos que você encontra com o
tipo de cliente desejado em uma boate, ela te olha várias vezes dando um
pequeno sorriso. Você pensa no que já sabe sobre como fazer para se
aproximar dela, chega perto e fala “Oi tudo bem” e depois disso fica um silêncio
fúnebre. Ela esperando algo criativo de você e nada, nenhuma palavra a mais.
Após uma análise descobre que na hora ficou tímido e houve um bloqueio que
não lhe permitiu falar mais, nem ter alguma reação de aproximação carnal.
Neste caso, o melhor a se fazer poderia ser treinar como chegar para falar com
ela. Se preparar para falar em qualquer situação. Ter posições sobre a maioria
das coisas, pois assim, com uma posição escolhida, poderia ser mais fácil de
saber o que falar na hora ou apenas fazer outra coisa que interesse a cliente a
ponto de fazê-la “comprar” o produto. Como poderiam surgir dezenas de
saídas. Esta foi apenas uma especulação.
Um entrevistado chamado Lorenço Lora, residente na cidade de
Petrópolis, contou que estão acontecendo algumas festas na cidade chamadas
de “cala a boca e me beija”. Na segunda edição desta festa, ele disse que uma
menina estava olhando para ele como se estivesse querendo uma
aproximação. Ele demorou um pouco e decidiu fazer um teste. Decidiu chegar
perto dela e dizer o nome da festa. Se a reação dela fosse de aversão, ele
perguntaria se esse é o nome mesmo da festa e começaria algum outro tipo de
abordagem, do contrário ele teria conseguido. O que aconteceu foi que ele
realmente perguntou o nome da festa, e para a sua surpresa, a menina no
mesmo momento deu um beijo nele. Só depois foi perguntar o qual era o nome
dele e informações adicionais.
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Isso prova que não dá para ter uma receita de como fazer algo e sempre
usá-la. O que se deve fazer é como nosso entrevistado fez. Usou algo
momentâneo, estava atento aos acontecimentos locais (o que não exclui saber
também dos globais) juntou o que sabia e traçou um plano na hora com duas
saídas. Nem precisou usar a segunda saída, que seria conversar e fazer algum
outro tipo de abordagem, mas ele já a tinha garantido se algo desse certo.
Não há uma verdade absoluta. Ao traçar um plano de Marketing é
necessário estar atento a tudo que acontece em volta do negócio.
3.2 – Complementando a missão da “empresa”:
A definição da missão de uma empresa é a vontade do dono, é a
realização do sonho de ter sua empresa concretizada. Para isso ele já viu
interesses econômicos, entre outros, e decidiu que vale a pena investir. Neste
plano, muda um pouco o modo como se decidirá se vale a pena investir em um
certo tipo de cliente. Por exemplo, por algum ou vários motivos, é decidido
antes do início do processo do plano, que o cliente será uma “patricinha”. Agora
que o cliente já tem um perfil inicial traçado e já sabemos qual cliente queremos
atingir, partiremos para a pesquisa de mercado pois o briefing (neste caso, o
conhecimento interior) já foi feito.
A pesquisa será saber como são as “patricinhas”. Não há uma
denominação exata para esta palavra no dicionário. Pode ser que se origine da
palavra Patrício, que significa, segundo o Novo Dicionário Aurélio. 1996:
Relativo à classe dos nobres, entre os romanos. Este tipo de menina,
geralmente faz parte de um grupo abastado. Elas são tidas como belas pela
produção que fazem. Estão sempre vestidas com roupas que custam caro ou
que estão na moda. Freqüentam boates, shows e praia. Muitas são
universitárias e também moram nos lugares mais caros da cidade, no caso do
Rio de Janeiro. Mas há variações de meninas que conhecem os sinais e
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símbolos usados pelas Patricinhas, e que se tornam Patricinhas ao tornar aquilo
parte de sua personalidade.
Agora que já se sabe como são as patricinhas, a empresa deve decidir,
cruzando as informações do briefing com a pesquisa e saber se vale a pena
investir neste cliente. Esta decisão será saber se a empresa já está enquadrada
no que o cliente deseja se não está, se deseja se enquadrar então.
Como elas são, na maioria de uma classe abastada, freqüentam lugares
que são caros como boates, shows, etc. é necessário então ter capital para ir
onde elas estão. Além disso, este tipo de menina cuida do corpo. É do estilo
delas ter um corpo atlético onde a gordura não tem lugar. Portanto, elas
procuram também homens com o corpo também atléticos.
Mas um problema pode surgir. Você pode não possuir capital necessário
para ir de encontro com este cliente. Porém, este não é um problema muito
sério, pois se organizando, pode conseguir freqüentar algumas vezes que seja.
Mas o problema maior é se você não se veste, não pensa, ou não tem um
corpo do jeito que seu público quer. Ter um corpo saudável faz bem para a
saúde. Pode ser que valha a pena mudar, mas digamos que você é do tipo de
pessoa que dá valor ao modo de que se veste, ou que gosta do modo que se
veste e não quer mudar. Isto será um problema, pois pode ser crucial para
conseguir atrair o cliente o modo de se vestir. Então há duas saídas: a empresa
pode tentar fazer um plano que amplifique os outros itens para que este não se
torne tão relevante. Ou acabará descobrindo que este cliente não vale a pena, a
patricinha neste caso pode não ser o que você quer, pode não haver uma
compatibilidade com a sua personalidade e você pode descobrir que ela não
vale a pena. Mudanças de personalidade tem que ser vistas com muita cautela.
Na maioria das vezes, a mudança deve ser usada para melhorar a pessoa. Por
isso que a empresa deve saber se posicionar primeiro para depois ir direto no
cliente. Se não for este cliente. Recomece o plano até que possa partir para a
próxima etapa.
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Este exemplo da patricinha não deve ser tomado como a única maneira
de se conseguir um cliente, e também está livre de generalizações. Há diversas
situações e personalidades que se deve ter o cuidado para não estereotipar.
Por isso ao citar qualquer situação, é colocado no texto sempre a expressão
“em sua maioria” ou então usa-se a alternativa de das um exemplo sobre um
situação analisada.
O crucial desta fase do plano é saber que existem inúmeras
possibilidades e inúmeras personalidades. Esta fase também visa tornar o
praticante do plano atento para saber que ele pode usar várias ferramentas
para chegar ao sucesso do plano e que a pesquisa interior e exterior é
primordial para a otimização de ataque da empresa.
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4 – A HORA DO BOTE.
Qualquer plano de marketing ou qualquer assunto sugerido vai de
encontro com a teoria dos quatro “Ps”. O próprio Kloter utiliza este método em
suas obras8. Com exceção do preço, pois neste caso não usaremos preço,
porque nosso produto não é algo que queremos se seja vendido. E sim,
queremos que ele tenha valor, por isso seu tópico se chamará valor. Dentre os
4 “Ps” temos:
4.1 – O Produto:
- Produto: Neste item, quem cuida do produto terá que ficar atento para
tudo o que cerca o produto. Os outros três itens até estariam dentro deste se
não fosse pela razão de aumentar o valor para o cliente. Aqui sempre teremos
que estar melhorando o produto para melhor atender.
Podemos adaptar este item para nosso plano da mesma maneira que
melhoramos qualquer outro produto. As regras para melhoramento de qualquer
coisa são basicamente sempre as mesmas. Escolhe-se um objetivo. Levanta-se
informações sobre aquilo e posteriormente, cruzando todas as informações
coletadas, traça-se o plano de ação. Que pode ser feito de várias formas para
que o cliente seja mais bem atendido e também tome ciência dos produtos e
benefícios que estão agregados a ele. No seu caso, faça coisas que as
mulheres esperam que um homem faça. Iniciativa, segurança e educação são
fundamentais. Neste jogo, você terá que equilibrar quando tiver que ser “bruto”
e quando terás que ser sutil com a moça.
Portanto, agora que você já sabe o que seu público alvo quer, o que ele
deseja e já sabe que é este público mesmo que você quer atingir, pode partir
para a ação, seja ficando mais forte, ou com mais cultura, ou simplesmente
mais comunicativo.
8 KOTLER (2001).
24
4.1.1 – Comunicação:
A comunicação é uma ferramenta valiosa em qualquer negócio,
empreendimento ou plano, pois é com ela que você obterá e dará informações
sobre seu negócio .
Para melhorar a sua comunicação você pode recorrer a cursos de como
falar bem em público, cursos de locução também são bons para tirar a inibição,
mas acima de tudo, o que mais esses cursos ou técnicas se baseiam é ter
segurança.
Para ficar seguro em algum lugar ou situação, será bom você conhecer
previamente, mas se não for o caso, não desista. Observe e seja espontâneo.
Lembre-se sempre de estar atento a tudo o que acontece, pense no que vai
falar em todos os momentos, seja claro, e procure saber o que está falando
para não passar vergonha.
Outro item que vale a pena ter muita atenção é saber ouvir. Não que
você tenha que ser uma múmia, mas ouça, a pessoa se achará importante e
ficará cada vez mais perto de você.
4.2 – Praça:
Este elemento do Marketing também é conhecido como o local onde é
distribuído o produto. Você terá que decidir como tornar sua “mercadoria”
disponível para o mercado-alvo. Seja diretamente ou por meio de
intermediários.
4.2.1 – Distribuição direta:
Aqui não há adaptação. Basta saber onde está seu cliente e dirigir-se
para lá. Seja uma boate, show, praia, e até mesmo uma praça. Você terá que
estar nos lugares. Abaixo alguns pontos de distribuição e características.
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Show – Normalmente nos shows de rock ou música pop há uma certa
facilidade das pessoas se relacionarem por estarem mais relaxadas, felizes e
empolgadas com a música. Se não for um show de música em que haja
necessidade das pessoas pularem muito, Pode até dar para conversar, mas
geralmente ser direto é fundamental.
Boate – Não há melhor lugar para a “azaração” do que uma boate. Ficou
quase convencionado culturalmente que lá é lugar das pessoas ficarem. Mas se
você deseja ficar com a menina a noite toda, a boate pode ser um risco. Ficou
tão fácil acontecer das pessoas ficarem nestes lugares, que muitos ficam com
mais de uma pessoa. E dependendo do lugar, chegam a ficar com até cinco ou
mais. É mais questão de quantidade do que qualidade. Mesmo sendo muito
difícil ficar com uma menina a noite toda, há casos que acontecem. Nestes
lugares também é bom ser direto e criativo, chegar fazendo uma piadinha
sempre ajuda. Mas cuidado para não cair no ridículo ou falar algo sem graça.
Praia – Dependendo da hora e da praia, pode acontecer das pessoas
ficarem. Mas aqui é um lugar que todo cuidado é pouco. E a discrição impera,
pois algum gesto pode lhe fazer parecer vulgar. E fundamental saber a hora da
ação, pois a praia inteira está vendo o que você está fazendo. Geralmente, a
melhor hora é à tardinha, pois a praia já estará mais vazia, e os olhares já
aconteceram. Há casos em que o rapaz ao ver a moça caminhando sozinha,
lhe pergunta se quer companhia e logo depois da caminhada e da conversa
eles ficam.
Praça – As praças também são lugares que as pessoas usam para a
paquera por vários motivos, o mais forte é a falta de dinheiro. Quando há festa
na praça, a comunidade vai para lá. E quem sabe a menina que você se
interessa também? Por isso não há uma fórmula do que deve ser feito
peculiarmente, mas sim um conjunto de atos que levam a perceber o que deve
ser feito, isto é pensar Marketing.
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4.2.2 – Distribuição por intermediários:
Este tipo de distribuição permite que seus conhecidos e seus conatos
façam você chegar onde quer. Pode ser sua irmã que vai te apresentar àquela
amiga que você deseja tanto, um amigo que falou de você para uma prima.
Além destes intermediários, você pode recorrer à mais recente ferramenta
tecnológica, que vem unindo muita gente desde que foi criada, a internet.
Na rede, há uma infinidade de sites que promovem encontros ou mesmo
te dão informações sobre como concretizar um encontro. Mas, ainda outras há
uma novidade em termos de tecnologia e comunicação que, em pequena
escala, mudou a forma das pessoas se conhecerem, os “chats”.
Os chats são salas de conversa onde um grupo fala sobre diversos
assuntos com todos, tendo a possibilidade de falar em particular. Esta
peculiaridade permite que a conversa entre em níveis mais particulares. E há
casos de pessoas que são casadas e se conheceram por meio de “salas de
bate-papo”.
4.3 – Valor:
Segundo Kotler, no Marketing tradicional, preço é algo que gera receita,
mas no nosso plano teremos que adaptar este item, pois se o nosso produto
tiver alguma receita, estaremos saindo do foco original, que é apenas fazer um
plano para melhoras as condições de uma paquera.
Por isso o título do tópico chama-se valor, pois não se pode colocar um
preço em uma pessoa, não é algo comercializável. Pode ser em alguns casos,
mas como dito, não se encaixa no nosso plano.
Uma forma de se adquirir valor é fazendo com que as pessoas te
admirem, pois assim você estará atraindo elas. Tome cuidado para não deixar
que os outros saibam disso, porque você pode passar por uma pessoa que
acha que é melhor do que as outras. E isto não é muito aceitável socialmente.
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4.4 – Promoção:
Se você quer que elas saibam da sua existência, terá que se promover.
Colocar seu nome e sua imagem na cabeça delas.
Primeiro, tenha uma rede de contatos. E amplie esta rede cada vez mais.
Saia bastante. Em casa você não arranjará nada. Você tem que ir para a rua
mostrar sua imagem.
E para melhorar sua imagem, você terá que ser, vestir, e agir de acordo
com o que seu público alvo quer. Mas é essencial que você já seja assim, pois
mudar por causa de outra pessoa fará com que você perca sua identidade.
Pode ser que algumas mudanças possam até vir para melhorar, como vimos no
capítulo 2, mas seja você, acima de tudo.
Para finalizar, você pode verificar quais destas quatro ferramentas é a
mais eficiente e qual esta defasada. Continue mantendo a que esta boa e tente
melhorar a outra. Avalie se o modo que você se promove é o mais correto.
Observe as pessoas quando você fala algo. E fala coisas para instigá-las.
Brinque de contar pequenas mentiras e saiba o que elas pensam, tomando o
devido cuidado de desfazer a brincadeira no final.
Identifique quais são seus clientes mais importantes. Repare como elas
são, e demais informações e veja o que você pode fazer para que ela saiba que
você existe, e de um modo produtivo.
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5. Itens para a sua performance.
Neste capítulo veremos alguns itens que podem lhe ajudar na montagem
de seu plano. Também veremos alguns casos de gente que teve boa
receptividade do cliente e gente em que o cliente rejeitou. O capítulo tem a
intenção de mostrar como se comporta nossa cultura em se tratando de
“azaração”. Não é o caminho a ser percorrido, somente alguns caminhos já
percorridos colhidos em alguns depoimentos.
Os tópicos serão divididos em tipos de cantadas bem e mal-sucedidas,
pequena lista de boates com descrições, tipos de clientes e um programa de
malhação para quem não quer gastar dinheiro.
5.1 – Boates:
A intenção deste tópico é mostrar algumas boates, no Rio de Janeiro,
suas peculiaridades e quem freqüenta o melhor que se pode tirar delas. Há um
site chamado www.noiteuniversitária.com.br em que se cadastrando consegue-
se convites e descontos para boates. Começaremos da Barra indo até a Via
Dutra, listando uma variedade de lugares. Se você acha que algum lugar que
vale a pena ser colocado nesta publicação, envie um e-mail para
As boates terão duas classificações: Zona Norte e Zona Sul
5.1.1 – Zona Norte
Hard Rock Café – Começando pela Barra e vindo para o centro temos
em primeiro esta boate. Fica no Shopping Cittá America. O forte da boate é o
ambiente, muito aconchegante, com um lugar grande para dançar, um bar
criativo (tem um carro como teto), além de relíquia de pessoas famosas, como
uma peça de roupa de Michael Jackson. Além do ambiente interno, fora da
boate, que fica no térreo, existe um pátio bom para conversar sem que a
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música atrapalhe. As meninas que freqüentam, geralmente, são as patricinhas.
Dica: Fique atento às rádios e à própria boate, pois um entrevistado disse que
quando a Sophia Ellis Baxtor esteve no Rio de Janeiro, houve um show desta
cantora de musica dance nesta boate. Para entrar, bastava ligar para o local e
colocar o nome na lista, mas a pessoa preciva ficar atenta, nõa foi muito
divulgado. O valor de entrada é em média R$ 25,00.
Baroneti – Agora estamos em Ipanema, pois de Barra até aqui não há
uma boate de expressão, que valia a pena ser citada. Mesmo assim, a pesquisa
é fundamental no garimpo de clientes. Havia uma boate em São Conrado
chamada “The Bedroom”, o ambiente era muito bom, pois haviam camas perto
da pista de dança, mas acabou. Agora há uma oura no lugar, mas sem muita
expressão. A Baroneti é conhecida como a “boate dos famosos” atualmente.
Muitos atores e atrizes da Globo vão para lá na quinta à noite. Também
freqüentada por patrcinhas, a boate é comum no sentido de espaço e serviços.
É uma das mais cara, o valor pode chegar a R$ 40,00 a entrada para homens.
Bombar – Esta boate fica em Ipanema também. É comum como a
Baroneti, porém um pouco menor e também tem atrações, como a presença de
famosos da estirpe de alguns “big Brothers”, que costumam freqüentar o local.
R$25,00 a entrada.
Dito e Feito, Symbol Club e Pampa Gril – Saindo um pouco da Zona
Sul e indo para o centro temos mais três boates que valem a pena o registro. O
Dito e feito fica dentro do “Arco dos Teles”, no centro. Um local de casas
coloniais que acolhem bares e boates que atentem o pessoal que trabalha nos
diversos escritórios espalhados pelo Centro. A quinta-feira é o melhor dia para
freqüentar, pois é o dias mais cheio. O Dito e feito é bom para ir nas terças e
quartas pela facilidade de se conseguir clientes lá dentro. Acontece que nestes
dias há a festa do clube das mulheres, em que cada uma te direito de uma dose
de caipirinha. Os homens entram a partir das 21:00, e depois que entram elas já
viram o show e tomaram suas doses. Do ponto de vista dos meninos, eles
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aproveitam a essência do show para tentar algo animado com elas. E elas por
já estarem animadas com o show, se divertem com eles depois. A Symbol fica
onde era o antigo By Marius. Esta é uma boate qe conseguiu mudar de nome
usando o mesmo lugar de uma anterior, o que é difícil de acontecer. O melhor
dia é a quarta, que tem a festa chamada “noite dos solteiros”, nome sugestivo
para quem quer encontrar um par. O ambiente é grande e aconchegante como
o Hard Rock, pois tem lugares para se ter uma conversa sem gritos. Detalhe
para as músicas do final da noite, geralmente toca as que fizeram sucesso nos
anos 80. Faixa das pessoas que freqüentam. E o Pampa Gril, onde a melhor
noite é na terça-feira R$ 20,00 a diversão também é garantida com músicas da
moda.
5.1.2 – Zona Norte:
Casa da Matriz – Esta boate é totalmente criativa e diferente. Acolhe, como a
Bunker e a Dama de ferro, uma mistura de pessoas e faz do local, algo que
está na moda, algo cult. Descrevendo o lugar, nota-se a diferença. No segundo
andar, uma sala de vídeo, na outra sala um videogame dos anos 80, um dos
primeiros, o Atari. No final da festa toca a música Pluti plati zum, do cantor Raul
Seixas. Sucesso dos anos 80, que as crianças da época gostavam, e agora
freqüentam a casa.
Escola de samba – Este é um tópico especial, pois em nossa cultura,
não temos como lugares dançantes apenas boates, mas por uma benevolência
cultural temos as escolas de samba, que são uma boa escolha para quem não
que ir a boates caras e quer ouvir ritmos e letras mais brasileiros. São
programas alternativos. São muitas escolas de samba, mas para escolher uma
para falar, podemos citar o salgueiro, que fica na Tijuca e é uma das melhores
escolas. Os ensaios acontecem nas terças-feiras, mas é bom ficar atento para
não ir à toa. Não é sempre que acontece. A entrada é R$10,00 a bebida não é
tão barata. O problema é que é bom saber dançar para atingir o público-alvo do
local, ou melhor, saber sambar. Que é uma coisa considerada muito difícil para
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quem não cresceu aprendendo. Este é o caso da cultura local influindo na
atuação da empresa. Muitas empresas costumam tentar se adequar à cultura
local para atender bem aos clientes. Uma delas é o MCDonald’s. No Mc dia
Feliz, evento realizado pela empresa em prol de causas sociais, um desses
restaurantes, em Petrópolis, colocou um grupo de pagode para atrair clientes.
Ou seja, usou a cultura local para se familiarizar. Parece uma idéia comum e
banal. Mas não é para algumas empresas, como a Globo que exibia um
desenho chamado “O rei do pedaço”. Em um episódio um garoto queria jogar
futebol, mas nos Estados Unidos este esporte sofre preconceito, sendo que
alguns acham que é esporte para mulheres. No final do episódio o pai do garoto
consegue fazer com que o filho para de jogar aquele “esporte para mulheres”.
Um desenho como esse passando para as nossas crianças assistirem, que
amam futebol. Uma total alienação cultural. Não demorou para o desenho sair
do ar. Também há outras escolas como a mangueiram que fica sempre cheia e
é perto do centro, em São Cristóvão. A entrada varia de época. Perto do
carnaval pode chegar a R$ 20,00. O ensaios de bandas carnavalescas também
é uma boa pedida. A banda simpatia é quase amor, faz seus ensaios na Lapa,
mais é preciso entrar em contato para maiores detalhes.
Fundição Progresso – Fica na Lapa, local próprio para abrigar algo
alternativo pela quantidade de tribos que freqüentam o local. A fundição é uma
casa de shows, antigamente era chamada de “Circo Voador” e fazia sucesso
desde então. Este local é totalmente diferente de todas as boates e casas de
shows por ser algo que não foi construído para ser uma casa de show ou uma
boate. O que reforça seu lado alternativo é o local abrigar o grupo intrépida
trupe. Uma trupe de pessoas que fazem apresentações de circo. Como o lugar
é alternativo e pode se esperar todo o tipo de mulher, é melhor estar seguro de
que falará a coisa certa na hora certa. É bom também não falar qualquer
bobeira ou algo considerado de pouca inteligência. O público deste lugar é
“cabeça”.
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Via Show – Este lugar não pode ficar de fora. Esta casa de shows, na
maioria das vezes, abriga shows de pagode e axé, mas há dias em que eles
variam também. O dia mais cheio é a sexta, popular porque o cliente compra
uma cerveja e ganha mais uma. Essa casa é popular também pela facilidade
que os homens contam que encontram seus pares. Há quem diga que “ficou”
com cinco meninas e até seis um uma noite. As meninas que freqüentam não
são patricinhas. E são mais associáveis também.
5.2 – Cantadas:
O mundo das cantadas é como uma ação de marketing. Você usa tudo o
que sabe, junta todas as informações colhidas sobre o assunto, cliente e seu
produto, e põe em prática depois de todas as etapas. É a etapa final, onde o
aparecerá se o plano foi bem sucedido. O que não impede de analisarmos
alguns casos de entrevistados que nos contaram algumas de suas proezas.
5.2.1 – Luzes, câmera e azaração:
Um entrevistado nos disse que usou, durante ma certa época, o recurso
de levar umamáquina digital e dizer que está tirando fotos para um site. “A
eficácia, diz ele, é certa, pois as meninas querem aparecer. Ainda mais com
essa onda de celebridade”.
Este recurso pode ser mentir para a pessoa, o que não lhe dará
credibilidade caso for descoberto depois. Mas o recurso de pequenas mentiras
está cada vez sendo mais usado, como mostra uma reportagem do jornal O
Dia9.
Na mesma reportagem, a técnica de dizer que é amigo de alguém
famoso, se torna algo efetivo, pois
9 Jornal O Dia. 08/02/2004.
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“Alan e Gustavo conheceram garotas do Sul e, para saírem
vitoriosos, ofereceram a elas convites para um show badalado. A
mentira ganhou ares artísticos na hora de eles explicarem como
conseguiram os ingressos:
-Falamos que eu era dublê de atores da Globo, como Marcos
Pasquim e Thiago Lacerda – Lembra Gustavo.
Lembrando que a intenção deste capítulo é apenas mostrar algumas
experiências de entrevistados, há a imparcialidade de dizer se é errado ou não
usar algumas técnicas.
Criatividade passa então a ser uma ferramenta fundamental na execução
de qualquer plano de Marketing e também na hora de um homem encontrar um
par. Mas só criatividade não é o suficiente. Esta ferramenta necessita ser usada
paralelamente com técnicas eficazes como pesquisa de todo o ambiente e o
que há neste ambiente afim de cruzar os dados e obter os resultados
necessários para a execução do plano.
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Conclusão
Um plano de marketing pode ser usado em várias situações e tipos de
negócios. Hoje, esta ferramenta é usada, na maioria das vezes, em grandes
empresas, como o McDonald’s. Mas sua aplicação é sem limites. Pois parte-se
da premissa que o Marketing pode ser usado por qualquer pessoa que queira
que outra consuma algum produto ou serviço oferecido a ela.
Após a confecção deste trabalho, chega-se à conclusão de que o
Marketing pode mesmo ser usado como descrito no parágrafo anterior, pois
usando seus conceitos de conhecimento do cliente, conhecimento da empresa
como seu produto, seu ponto de distribuição, o modo como este produto chega
ao cliente, como ele é promovido e o valor deste produto. Ou seja, trabalhando
com criatividade os tão falados 4 “Ps” do Marketing, pode ser feito um bom
trabalho.
O objetivo foi alcançado, pois com a utilização desta obra, o executor
deste plano terá método de conseguir despertar o interesse e provocar uma
vontade do “cliente” ser sua “namorada” por menos de um dia. Esta situação é
chamada atualmente de “ficar com a pessoa”. E mais, ele terá a oportunidade
também de se melhorar como pessoa, fazendo uma auto análise de seu
“produto”. Também foi alcançado o objetivo de fazer um trabalho que qualquer
pessoa que ler, terá um plano de marketing, com exemplos conhecidos, pois
trata-se de algo da natureza humana, se relacionar.
A hipótese foi produzir um método com exemplos de como chegar ao
objetivo proposto. Como vimos nos capítulos, se o executor, fizer passo a passo
o que está escrito, suas chances melhorarão, pois ele estará cumprindo etapas
primordiais do ato de se relacionar.
Mas a conclusão principal foi que além de servir como uma auto-ajuda
nos relacionamentos amorosos, este trabalho é um plano de Marketing em sua
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essência. Está provado então que o Marketing tem várias formas de ser usado,
e seus conceitos, se usados com criatividade e seriedade podem trazer o
retorno pretendido e pensado.
O cuidado com a banalização dos relacionamentos amorosos foi tomado
desde o início, e chega-se a conclusão que a utilização desta obra, a
banalização, ou não, está nas mãos do executor. Este é um método científico
que tem a intenção de satisfazer o cliente e o produtor. Como o avião é usado
em guerras e carregamentos de medicamentos. Cabe ao executor a decisão de
banalizar ou não esta pesquisa.
36
Bibliografia
KOTLER, Philip. Marketing para o séc. XXI. Como criar, conquistar e dominar
mercados.9. ed. São Paulo:Futura, 1999.
ESTÉS, Clarissa Pinkola. Mulheres que correm com os lobos : mitos e historias
do arquetipo da mulher selvagem.11.ed. Tradução. Waldéa Barcelos. Rio de
Janeiro: Rocco, 1997.
CARVALHO, Irene Mello. Introducao a psicologia das relações humanas. 10.
ed. Rio de Janeiro: Editora Fundação Getúlio Vargas, 1979.
MACKENA, Regis. Marketing de Relacionamento, Estratégias bem- sucedidas
para a era do cliente.13. tiragem.Rio de Janeiro: Campus, 1992.
BOGMAN, Itzhak Meir. Marketing de relacionamento. Estratégias de fidelização
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CARNEGIE, Dale. Como fazer amigos e influenciar pessoas. Tradução de
Fernando Tude de Souza. 47. ed. São Paulo. Companhia Editora Nacional,
1998.
37
CERQUEIRA, Wilson. Endomarketing. Educação e Cultura pra a Qualidade. Rio
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GRONROOS. Christian. Marketing: Gerencialmento e Serviços: a competição
por serviços na hora da verdade. Tradução de Christina Bazán. Rio de Janeiro.
Campus. 1993.
Cohen, Viviane. Histórias na ponta da língua. Jornal Extra. Domingo, 8 de
fevereiro de 2004.
www.comunique-se.com.br
COHEN, Vivianne. Histórias na ponta da língua para beijar. Jornal O Dia,
08/02/2004.
38
Índice
Introdução 06
1. O que é Marketing, Marketing de Relacionamentos Endomarketing e
suas aplicações no mercado. 07
1.1. Relacionamento 08 1.2. Marketing 08 1.3. Marketing de relacionamento 09 1.4. Endomarketing 10
2. Briefing e Pesquisa de mercado 12
2.1.Análise situacional 13 2.1.1. histórico da empresa 14 2.2. Análise de mercado e da demanda 14 2.3.Análise dos concorrentes 16 2.4.Problemas e oportunidades 16 2.5.adaptação 16 2.6. O auto-conhecimento psicológico 16
3. Como agradar o cliente 17
3.1.Como saber 17
3.1.1.Sonhos 17
3.1.2.Ajuda profissional 18
3.1.3.Auto-descobrimento solitário 18
3.2.Complementando a missão da empresa 19
4. A hora do bote 23
4.1.Produto 23
4.1.1.Comunicação 24
39
4.2.Praça 24
4.2.1.Distribuição direta 24
4.2.2.Distribuição por intermediários 25
4.3.valor 26
4.4.Promoção 27
5. itens para melhorar sua performance 28
5.1.boates 28
5.1.1.zona norte 29
5.1.2.Zona norte 30
5.2 Cantadas 32
5.2.1.Luzes, câmera e azaração 32
Conclusão 34
Bibliografia 36
Índice 38
40
Folha de avaliação
Universaidade Candido Mendes
Pós-Graduação ‘Latu Sensu”
Título da monografia: “Marketing da azaração”.
Data de entrega: 07/04/2004.
Avaliação
Avaliado por Grau