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7 www.vponline.com.br Cíntia Milene Comelli Bussi Uma revisão sobre os efeitos benéficos de fitoquímicos presentes em f ores comestíveis A review about the beneficial effects of phytochemicals on edible f owers Resumo As flores são consumidas há centenas de anos para fins culinários e medicinais. Achados na literatura relatam uma composição nutricional interessante e a presença de compostos bioativos benéficos à saúde humana. Assim, este artigo objetivou apresentar uma revisão sobre a presença desses compostos em flores comestíveis. Devido à existência de uma vasta gama de flores comestíveis, para esta revisão optou-se por dar ênfase ao estudo de flores cultivadas e utilizadas no Brasil e que fazem parte da lista de flores permitidas para consumo na alimentação por órgão certificador, definindo a relação de flores a serem estudadas. A revisão da literatura foi realizada a partir de artigos pesquisados nas bases de dados BIREME, MEDLINE, LILACS, SciELO, publicados a partir de 1995. Verificou-se que as flores mais investigadas em estudos são capuchinha, calêndula e amor-perfeito. Embora quase todas as flores já tenham sido avaliadas em estudos, há necessidade de pesquisas que avaliem os benefícios das flores em sua forma fresca. A elaboração desta revisão permitiu verificar o grande potencial que as flores comestíveis possuem para serem mais utilizadas como alimentos. Apresentam um considerável conteúdo de compostos bioativos com diversos efeitos benéficos à saúde humana, que incluem atividades antioxidante, anti-inflamatória, hipolipemiante, diurética, hipoglicemiante, vasodilatadora. Palavras-chave: Flores comestíveis, compostos bioativos, nutrientes, antioxidantes, benefícios. Abstract Flowers have been consumed for hundreds of years for culinary and medicinal purposes. Findings in the literature report an interesting nutritional composition and the presence of bioactive compounds beneficial to human health. Thus, this article aims to present a review of the presence of bioactive compounds in edible flowers. Because there is a wide range of edible flowers, for this review we chose to emphasize the study of those cultivated and used in Brazil, which are part of the list of flowers allowed for use in food by the certifi- cation entity, defining the list of flowers to be studied. The literature review was conducted from articles found in databases BIREME, MEDLINE, LILACS, SciELO, published since 1995. It was found that the flowersmostinvestigated in studies are nasturtium, calendula and pansy. Although almost all flowers have already been evaluated in studies, there is need for studies assessing the benefits of flowers in their fresh form. The preparation of this review has shown the great potential that the edible flowers have to be more used as food. They offer a considerable content of bioactive compounds with several beneficial effects on human health, including antioxidant, an- ti-inflammatory, lipid-lowering, diuretic, hypoglycemic, and vasodilator activities. Keywords: Edible flowers, bioactive compounds, nutrients, antioxidants, benefits. l l

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Cíntia Milene Comelli Bussi

Uma revisão sobre os efeitos benéficos de fitoquímicos presentes em f ores comestíveis

A review about the beneficial effects of phytochemicals on edible f owers

Resumo

As flores são consumidas há centenas de anos para fins culinários e medicinais. Achados na literatura relatam uma composição nutricional interessante e a presença de compostos bioativos benéficos à saúde humana. Assim, este artigo objetivou apresentar uma revisão sobre a presença desses compostos em flores comestíveis. Devido à existência de uma vasta gama de flores comestíveis, para esta revisão optou-se por dar ênfase ao estudo de flores cultivadas e utilizadas no Brasil e que fazem parte da lista de flores permitidas para consumo na alimentação por órgão certificador, definindo a relação de flores a serem estudadas. A revisão da literatura foi realizada a partir de artigos pesquisados nas bases de dados BIREME, MEDLINE, LILACS, SciELO, publicados a partir de 1995. Verificou-se que as flores mais investigadas em estudos são capuchinha, calêndula e amor-perfeito. Embora quase todas as flores já tenham sido avaliadas em estudos, há necessidade de pesquisas que avaliem os benefícios das flores em sua forma fresca. A elaboração desta revisão permitiu verificar o grande potencial que as flores comestíveis possuem para serem mais utilizadas como alimentos. Apresentam um considerável conteúdo de compostos bioativos com diversos efeitos benéficos à saúde humana, que incluem atividades antioxidante, anti-inflamatória, hipolipemiante, diurética, hipoglicemiante, vasodilatadora.

Palavras-chave: Flores comestíveis, compostos bioativos, nutrientes, antioxidantes, benefícios.

Abstract

Flowers have been consumed for hundreds of years for culinary and medicinal purposes. Findings in the literature report an interesting nutritional composition and the presence of bioactive compounds beneficial to human health. Thus, this article aims to present a review of the presence of bioactive compounds in edible flowers. Because there is a wide range of edible flowers, for this review we chose to emphasize the study of those cultivated and used in Brazil, which are part of the list of flowers allowed for use in food by the certifi-cation entity, defining the list of flowers to be studied. The literature review was conducted from articles found in databases BIREME, MEDLINE, LILACS, SciELO, published since 1995. It was found that the flowersmostinvestigated in studies are nasturtium, calendula and pansy. Although almost all flowers have already been evaluated in studies, there is need for studies assessing the benefits of flowers in their fresh form. The preparation of this review has shown the great potential that the edible flowers have to be more used as food. They offer a considerable content of bioactive compounds with several beneficial effects on human health, including antioxidant, an-ti-inflammatory, lipid-lowering, diuretic, hypoglycemic, and vasodilator activities.

Keywords: Edible flowers, bioactive compounds, nutrients, antioxidants, benefits.

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AIntrodução

A flor é um ramo de crescimento determinado, localizado na porção terminal de um caule. Compreende um órgão altamente especializado das plantas angiospermas, com função reprodutiva visando à preservação da espécie. No grupo das angiospermas estão inseridas as espécies vegetais que possuem flores verdadeiras, mais evoluídas, e com maior potencial no que diz respeito à presença de compostos bioativos¹.

As flores são consumidas há centenas de anos, e algumas características fazem com que elas possam ser interessantes ao paladar e encontrar seu espaço na culinária e alimentação humana: a textura, a presença do néctar – que é uma secreção adocicada e agradável ao paladar – e de óleos essenciais, que proporcionam um aroma diferenciado2,3.

Na Antiguidade, as flores já eram utilizadas na culinária de povos como romanos, gregos, chineses e indianos, com finalidade alimentar e/ou terapêutica4. O ato de comer flores era comum na Europa Medieval, quando muitas vezes o alimento tinha um papel medicinal e, também, um objetivo nutricional. Em registros antigos já foram encontradas receitas que utilizavam inclusive flores consideradas hoje perigosas5. Estima-se que a primeira menção do uso de flores na culinária data de 140 a.C. Os romanos cultivavam rosas, violetas e borragem para uso na cozinha. A lavanda era utilizada em molhos. Já na Idade Média, as flores eram utilizadas com a finalidade de embelezar os pratos; as flores da planta Althaea officinalis, da família Malvaceae, eram utilizadas como ingredientes de salada e apresentavam função de normalização do intestino. Na Inglaterra foram as rainhas que começaram a servir aos comensais pétalas de rosas cristalizadas. As flores também estão presentes desde longa data na alimentação de americanos nativos, como, por exemplo, a tribo Zuni, que é citada por sua afeição as flores de abóbora3,6.

Ao analisar um panorama da história acerca do uso de flores comestíveis, percebe-se que foram amplamente utilizadas na Antiguidade, depois caíram em desuso por um longo período. Há alguns anos o uso de flores vem renascendo, em primeiro momento, com finalidade decorativa na alta cozinha. Esse interesse renovado do seu uso

fomentou também o interesse de pesquisadores acerca do valor nutritivo e potencial fitoquímico de flores7. Embora exista uma vasta gama de flores com importante valor nutricional e elevado teor de compostos bioativos, seu consumo é pouco relevante na cultura alimentar brasileira. Há algum tempo as flores vem sendo usadas em restaurantes de alta gastronomia, e há um movimento de estimular seu uso em grande parte pela divulgação e incentivo no consumo das plantas alimentícias não convencionais (PANC), grupo no qual as flores comestíveis estão inseridas. Em adição à função nutracêutica, a introdução de flores comestíveis na alimentação diária pode influenciar positivamente o aspecto sensorial, por incrementar cores e texturas diferentes a preparações8. Pelo exposto, o presente trabalho objetiva apresentar uma revisão sobre compostos bioativos presentes em flores comestíveis e seus benefícios propostos à saúde.

Metodologia

Após levantamento prévio de dados da literatura, constatou-se a existência de uma vasta gama de flores comestíveis. Assim, optou-se, para este trabalho, por uma ênfase em flores cultivadas e utilizadas no Brasil. Para esta escolha, foi realizado contato com produtor de flores comestíveis de Santa Catarina para listar quais espécies de flores comestíveis contemplam sua lista de cultivo. A partir deste levantamento, foi definida a lista de flores a serem estudadas.

A revisão da literatura foi realizada a partir de artigos pesquisados nas bases de dados do Centro Latino-Americano e do Caribe de Informações em Ciências da Saúde (BIREME), MEDLINE, LILACS e biblioteca virtual SCIELO, publicados a partir de 1995. Para fundamentação deste trabalho, a pesquisa foi ampliada também para livros e documentos com lançamento a partir de 1995 sobre o tema flores comestíveis. A busca de artigos foi baseada nos descritores “flores comestíveis”, “compostos bioativos”, “antioxidantes”. Os descritores em inglês foram “edible flowers”, “bioactive compounds”, “antioxidants”.

Resultados e Discussão

Baseado no levantamento bibliográfico e com produtor catarinense de flores comestíveis

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orgânicas, certificado pela EcoCert (organismo de certificação credenciado pelo Ministério da Agricultura), foram listadas as flores que o produtor em questão cultiva, as quais estão na

lista da EcoCert de flores permitidas para cultivo para consumo humano, com seu nome comum, científico e outros nomes populares pelos quais também são conhecidas (Tabela 1).

Tabela 1. Lista de flores comestíveis cultivadas por produtor de Santa Catarina, permitidas pela EcoCert.

Nome comum Nome científico Outros nomes populares

Cebolinha Begônia Borago

Capuchinha Amor-perfeito

Calêndula Centáurea azul

Impatiens

Cravina Rosa

Pelargônio Boca-de-leão

Caliopsis Hesperis

Crisântemo Rúcula Tulipa

Allium schoenoprasumBegonia spp.

Borago officinalis Tropaeolum majus

Viola tricolor Calendula officinalis

Centaurea cyanus Impatiens spp.

Dianthus caryophyllusRosa chinensis

Pelargonium capitatumAntirrhinum L.

Caliopsis elegans Hesperis matronalis

Chrysanthemum spp.Diplotaxis tenuifolia

Tulipa spp.

Begônia tuberosa Borragem Agrião indiano, chaguinhaVioleta Margarida dourada, escocesa

Maria-sem-vergonha, beijo-de-frade, bálsamo-de-jardim, não-me-toque, beijinho, beijo-pintado e beijo-turcoCravo, craveiro Mini-rosa Gerânio

Rúcula-doce, flor do crepúsculo

Capuchinha (Tropaeolum majus)

De sabor pungente e coloração que pode variar do amarelo ao vermelho, a capuchinha é umas das flores mais conhecidas e consumidas9. É originaria da América do Sul, particularmente Bolívia e Peru. Na medicina popular, a capuchinha é utilizada para desordens do rim e da bexiga, constipação, gripe, tosse, dores de garganta, cansaço crônico, desordens do sangue10,11. Silva et al.12 realizaram avaliação de diversas plantas não convencionais brasileiras e encontraram na capuchinha teores consideráveis de vitamina C e compostos fenólicos totais. No que diz respeito a compostos bioativos, já foi relatado por estudos que a capuchinha possui elevados teores de luteína, a qual está associada à saúde visual, e alguns trabalhos relatam especialmente a redução do risco de catarata e prevenção da degeneração macular13,14. Outros estudos mostram um potencial anti-inflamatório pela inibição de lipoxigenase e ciclo-oxigenase, embasando o conhecimento tradicional de efeitos

positivos em dor, desordens do trato respiratório e bexiga15. O estudo de Platz et al.16 mostrou que a capuchinha possui boas quantidades de glicotropaeolina, um tipo de glicosinolato que se torna biodisponível para realizar seus efeitos já bem conhecidos de quimioprevenção. No estudo de Garzón17, no qual foram avaliados compostos fenólicos específicos em pétalas de capuchinha, foram encontradas boas doses de flavonoides como miricetina, quercetina e kampferol e antocianinas, as quais foram identificadas em maiores teores nas pétalas de coloração vermelha.

Amor-perfeito (Viola tricolor)

A Viola tricolor, popularmente chamada de amor-perfeito, é conhecida de longa data na história da fitoterapia e está bem documentada na Farmacopeia da Europa. Devido às suas propriedades anti-inflamatórias, é descrita como um remédio tradicional contra as doenças da pele – para o tratamento de escaras, prurido, úlceras,

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eczema e psoríase, por exemplo – e também é utilizada no tratamento de inflamação dos pulmões e do peito, tais como bronquite ou asma, além de ser utilizada com função diurética18-20. Possui um importante teor de flavonoides e outros compostos fenólicos e é considerada um fonte promissora de antioxidantes naturais21. Dentre os flavonoides encontrados no amor-perfeito destaca-se a rutina, a qual tem ação antioxidante, hipolipidêmica e anti-inflamatória22-26. Em outro estudo, realizado por Vukics et al.24, também foram encontrados outros flavonoides como kampferol, quercetina e luteolina em análises de amor-perfeito. No estudo de Sadeghinia27, que avaliou os efeitos do extrato de V. tricolor em células cancerígenas de frangos, observou-se um relevante potencial de compostos do amor-perfeito com ação quimiopreventiva por meio de apoptose e atividade antiangiogênica. Já Toiu et al.28, em seu estudo, dosaram a presença de carotenoides, onde 8 tipos foram encontrados em boas doses nas partes aéreas de amor-perfeito. Foram encontradas, também, mucilagens e saponinas, às quais é atribuído o efeito auxiliar da diurese. A propriedade anti-inflamatória da Viola tricolor é atribuída à presença de salicilatos, nos quais encontram-se cerca de 0,3% de ácido salicílico e seus derivados, bem como a presença de rutina29.

Calêndula (Calendula officinalis)

A calêndula, também conhecida como escocesa ou margarida dourada, possui flores que variam da cor amarela até alaranjada-escura, e suas pétalas contêm alto teor de carotenoides e óleos essenciais10. A calêndula é conhecida como açafrão dos pobres, por ser utilizada com finalidade colorante em pratos, semelhante ao açafrão. Os principais componentes da calêndula citados na literatura são triterpenoides e flavonoides. Várias propriedades benéficas têm sido atribuídas devido à presença desses constituintes, incluindo atividades anti-inflamatória, imunoestimulante, bactericida, antiviral, antiprotozoária e antineoplásica. O estudo de Miguel et al.30, que fizeram uma caracterização química de calêndula, encontrou considerável teor de flavonoides. O conteúdo de luteína na calêndula, citado por alguns autores, também faz dessa flor um alimento interessante como promotor da saúde visual, uma vez que a luteína está relacionada a benefícios como prevenção da catarata e da degeneração macular31-33. Efeitos

hipoglicemiantes, inibidores do esvaziamento gástrico e ação gastroprotetora têm sido atribuídos à presença de calendossaponinas, glicosídeos e sesquiterpenos. Foi sugerida, também, a presença de substâncias na calêndula que estimulam o sistema imunológico, além de oferecer considerável teor de vitamina C34. O uso de calêndula não é recomendado por pessoas com hipersensibilidade conhecida a plantas da família Asteraceae/Compositae, assim como também não há segurança no uso para gestantes e lactantes35.

Centáurea azul (Centaurea cyanus)

O uso de centáurea tanto na culinária como medicinal é bastante antigo, e, segundo Roberts10, seu uso culinário se perdeu ao longo dos tempos. Em relação ao conhecimento empírico, a centáurea era utilizada para diversos fins: relatos históricos descrevem que, no século XII, monges na Inglaterra e depois também na Irlanda e França preparavam um vinho a base de centáurea utilizado para diversos fins, como problemas estomacais, doenças do rim e bexiga, tosse, produção excessiva de muco e gripe. Outros registros ainda fazem menção a benefícios na inflamação reumática e que possui antibióticos naturais. As flores de Centaurea cyanus são usadas na fitoterapia europeia para o tratamento de inflamações oculares menores36.

A centáurea é originária da Europa, cresce como erva daninha nos campos de cevada e centeio, mas pode se desenvolver de forma selvagem em qualquer clima temperado. Possui flores de coloração azul, roxa e rosa. Para consumo, são utilizadas apenas as pétalas, pois o cálice é extremamente amargo37. Segundo Shiono, Matsugaki e Takeda38, sua coloração é resultado da presença de antocianinas e flavonas e da interação destas com minerais como ferro, magnésio e cálcio. O pigmento azul da centáurea é denominado de protocianina.

Os estudos acerca da C. cyanus até o momento têm foco sobre os seus pigmentos, como citado anteriormente. Não foram encontrados estudos com o consumo de centáurea propriamente dito, mas possivelmente seus benefícios residem na presença de flavonoides, como as antocianinas, que já possuem ações bem conhecidas, como a antioxidante e a anti-inflamatória39. A presença dessas substâncias provavelmente está relacionada aos diversos efeitos medicinais citados

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empiricamente, para a centáurea ser utilizada em tantas indicações.

Begônia (Begonia spp.)

A begônia é possivelmente originária dos Andes. Um grande número de espécies engloba o termo begônia, porém a espécie comestível é a begônia tuberosa, cujo nome científico é Begonia X tuberhybrida Voss. Da begônia é recomendado o consumo apenas das pétalas, e, mesmo assim, sem uso de grande quantidade, uma vez que contém ácido oxálico. De sabor levemente cítrico, na culinária é utilizada para ornar diversos pratos. Também pode ser preparada geleia, o que ajudaria a diminuir as quantidades de ácido oxálico3,5. Na literatura não foram encontrados estudos específicos ou registros sobre compostos e benefícios das pétalas de begônia.

Impatiens (Impatiens spp.)

Impatiens é um termo que reúne diversas espécies divididas em 2 gêneros. As flores de impatiens comestíveis incluem as espécies: Impatiens balsamina, conhecida popularmente como beijo-de-frade, bálsamo-de-jardim, não-me-toque ou beijinho; Impatiens hawkery, conhecida como beijo-pintado; e Impatiens walleriana, conhecida como maria-sem-vergonha ou beijo-turco3. Na medicina popular, a Impatiens balsamina é usada para tratar lombalgia, neuralgia, queimaduras40. Alguns estudos que avaliaram I. balsamina encontraram efeitos como ação antidiabética, prevenção de fibrose hepática e ação apoptótica de células de tumor bucal41,42.O estudo de Lim, Kim e Seo43 relata a presença de kampferol e quercetina em I. balsamina, e seu uso concomitante ao bactericida clindamicina melhorou a resposta ao tratamento da acne. Acerca das demais espécies de impatiens citadas nesta revisão, não foram encontrados estudos relatando presença de compostos benéficos à saúde humana.

Borago (Borago officinalis)

Borago officinalis, conhecido como borago ou borragem, é nativo das regiões mediterrâneas. Na Antiguidade era uma erva muito reverenciada como planta medicinal e alimento. Como uso medicinal, era utilizada para amenizar ansiedade e medo, para tosse e resfriados, bronquite e para

facilitar a eliminação de muco10,44.Flores de borago contêm cerca de 30% de

mucilagem e possuem compostos fenólicos. A capacidade antioxidante do borago já foi verificada em alguns estudos, bem como sua atividade anti-inflamatória45-47. Estudo de Renna et al.48, avaliando a presença de minerais em plantas selvagens, detectou boas doses de manganês e ferro no borago. Seu consumo em grande quantidade também pode apresentar efeito diurético49.

Cebolinha (Allium schoenoprasum)

As flores de cebolinha apresentam-se com coloração roxa, possuem um leve aroma de cebola e estão dispostas como uma inflorescência globosa. Na Europa, uma mistura de gengibre fresco e flores de cebolinha em um pouco de mel é um dos compostos preferidos para tratar tosse de forma natural3,50.

Segundo Kucekova e Micek51, a flor de cebolinha contém compostos fenólicos com considerável ação antioxidante, testada in vitro em células viáveis. No estudo de García52, os principais compostos encontrados nas flores de cebolinha são os ácidos cafeico, ferúlico e sinápico. No mesmo estudo, verificaram que o extrato metanólico das flores de cebolinha apresenta uma importante atividade antiproliferativa.

Tulipa (Tulipa spp.)

As tulipas, assim como outros alimentos e ervas, estão presentes em alguns momentos da história da humanidade. Já eram cultivadas no Irã desde o século XIII. Durante a ocupação nazista, devido à falta de alimentos, as holandesas comiam flores e bulbos de tulipa – o bulbo, inclusive, era considerado um disruptor do ciclo menstrual3. As pétalas de tulipa possuem sabor adocicado, dependendo da variedade seu sabor remete a alface ou ervilhas, sendo de fácil utilização em saladas ou sanduíches5. Empiricamente, as pétalas de tulipa eram utilizadas como cataplasma para aliviar vermelhidão na face e também em cortes, escoriações, calos, calosidades, mordidas de insetos infeccionadas. Com respeito ao uso interno, acredita-se que o uso de um suco preparado com pétalas de tulipa auxiliava a amenizar sardas10. Pela literatura, parece que a tulipa foi muito mais utilizada na culinária – os registros datam do século XV – do que para fins medicinais.

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Poucos estudos têm sido realizados para investigação de compostos bioativos presentes nas pétalas de tulipa e seus benefícios. No estudo de Sagdic et al.53, a Tulipa spp., devido à presença de antocianinas, possui efeitos bioativos e citotóxicos, sendo que as tulipas com pétalas de coloração amarela e vermelha apresentaram efeitos mais citotóxicos às células de adenocarcinoma de mama, enquanto as de coloração rosa, roxa e laranja não apresentaram essa citotoxicidade.

Cravina (Dianthus caryophyllus)

Segundo registros históricos, a cravina já era utilizada por gregos e romanos e começou a ser cultivada pelos mouros em Valência no ano de 14603. Durante cerca de 2.000 anos, as pétalas de cravina foram utilizadas medicinalmente para aliviar nervosismo e ansiedade, para o tratamento de desordens nos rins e bexiga, doenças de pele como eczema e para constipação10. Nas comunidades indígenas do norte do Iraque, as pétalas de cravina são utilizadas com fins medicinais para tratamento de feridas, infecções de garganta e gengiva e distúrbios gastrointestinais54. De acordo com Abe et al.55, as cravinas de diversas cores possuem boa quantidade de antocianinas em suas pétalas. Estudo in vitro de Martineti et al.56 avaliou a ação de um extrato de pétalas de cravina, o qual possui alto teor de um flavonol (kaempferida), em células de câncer colorretal. A kaempferida triglicosídeo mostrou-se eficaz em bloquear a proliferação dessas células. No estudo de Mohamed e Al-Bayati55, foi avaliado o efeito bactericida de eugenol, presente no óleo essencial de pétalas de cravina, e constatou-se eficácia contra patógenos como B. cereus, L. monocytogenes e K. pneumoniae. Curir et al.57 atribuem à presença da substância kaempferida triglicosídeo a ação antifúngica da cravina.

Rúcula (Diplotaxis tenuifolia)

As flores de rúcula possuem um leve sabor apimentado e apresentam-se em forma de cruz, em colorações que variam do branco ao amarelo e, às vezes, rajadas com violeta3. Segundo a literatura empírica, as flores de rúcula possuem um bom conteúdo de vitaminas e minerais, inclusive potássio e sílica. Com finalidade medicinal, são utilizadas para dores, para tratar manchas de pele, para tosse em uma mistura com mel e como

estimulante sexual10.Existem 2 espécies principais de rúcula que

são citadas na literatura: Diplotaxis tenuifolia e Eruca vesicaria, ambas da família Cruciferae. No entanto, na lista de flores permitidas para produção para consumo humano, a espécie relatada é a D. tenuifolia. Em busca na literatura, os únicos artigos encontrados acerca das flores de rúcula datam de 1958 e não estão disponíveis para acesso. Alguns estudos já foram realizados sobre as folhas de rúcula de ambas as espécies, e, no geral, está bem elucidado que a rúcula é boa fonte de glicosinolatos, flavonoides, kaempferol e quercetina e apresenta um grande potencial em inibir o crescimento de células de câncer colorretal58-61. Segundo Pasini et al.62, a presença de glicosinolatos e compostos fenólicos tem um papel importante na determinação do sabor característico dessas espécies. Assim como as flores, as folhas também apresentam sabor levemente pungente e possivelmente contenham algumas dessas substâncias.

Crisântemo (Chrysanthemum spp.)

O crisântemo apresenta-se com pétalas, que na verdade são lígulas, de diversas cores e com sabores que variam de suave a amargo. O crisântemo, há séculos, é extensamente utilizado na cozinha e medicina oriental. Na China, particularmente, é muito utilizado por diversas propriedades medicinais como tônico de sangue, como auxiliar na eliminação de toxinas, suave diurético e para desordens respiratórias10,63.

Diversos compostos benéficos estão presentes no crisântemo, como luteolina, antocianinas, protocianidinas, ácido clorogênico, carotenoides, polissacarídeos, arabinolactanos. Diversos efeitos positivos são relatados devido à gama de compostos existentes, incluindo atividades antioxidante, antiangiogênica, antitumoral e anti-inflamatória, modulações da função endotelial e da função imunológica64-68.

Considerando que os componentes do crisântemo são metabolizados pela microflora intestinal, Tao et al.69 avaliaram a microbiota de humanos e ratos após consumo de um extrato de crisântemo. Nesse estudo, 32 metabólitos foram detectados e identificados em amostras bacterianas intestinais humanas e de rato. A presença desses metabólitos indicou que as vias principais de conversão de flavonoides presentes em um

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extrato de crisântemo in vitro foram hidrólise, hidroxilação, acetilação, metilação, hidrogenação e desoxigenação. Nesse estudo observou-se que bactérias patogênicas tais como Enterobacter, Enterococcus, Clostridium e Bacteroides foram significativamente inibidas pelo crisântemo, enquanto probióticos comensais, tais como Lactobacillus e Bifidobacterium, tiveram seu crescimento moderadamente promovido.

Ma et al.70 avaliaram a presença de compostos em crisântemo durante o seu desenvolvimento floral. Constataram que a presença de peróxido de hidrogênio, antocianinas, carotenoides e clorofila diminui consideravelmente conforme o desenvolvimento floral avança. Já os teores de açúcares, aminoácidos e vitamina C aumentaram significantemente com o avanço do desenvolvimento floral. A presença de ácido clorogênico e flavonoides é consideravelmente maior na fase 2, que é a fase de botão. A exposição aos raios UVB se mostrou um influenciador positivo na produção de compostos em todos os estágios da flor. Verificou-se que a presença de compostos se dá em várias fases do desenvolvimento da planta; entretanto, as fases 2 e 3, que são as fases de botão e estágio jovem da flor, são aquelas com maior teor de compostos bioativos. No estudo de Wu et al.71 também foi encontrado um maior teor de ácido clorogênico, luteolina e ácido quínico na fase inicial de abertura da flor.

Boca-de-leão (Antirrhinum L.)

A boca-de-leão é originária da Europa e foi uma planta muito cultivada desde a Idade Média. Até hoje a boca-de-leão é extensamente cultivada, em sua maioria com finalidade decorativa e em muito pequena escala com finalidade comestível, fato este que pode ser verificado ao realizar levantamento da literatura, na qual se encontra uma vasta gama de estudos acerca do Antirrhinum, que investigam fatores sobre floração, produtividade, genética; por outro lado, raros são os estudos sobre o consumo como alimento/erva e seus possíveis efeitos na saúde humana. Rop et al.72avaliaram a presença de compostos fenólicos totais, conteúdo de flavonoides totais e de minerais em diversas flores comestíveis. Em relação à boca-de-leão, encontraram teor de compostos fenólicos totais e teor de flavonoides totais de 3,49 g e 1,78 g por kg de massa fresca, respectivamente. Os minerais foram mensurados em mg por kg de massa fresca,

sendo encontrados teores de fósforo (417,62); potássio (2861,83); cálcio (357,20); magnésio (172,02); sódio (87,74); ferro (4,38); manganês (5,73); cobre (1,62); zinco (8,89) e molibdênio (0,84). Na medicina popular, o gargarejo para feridas na boca é feito a partir das flores e poucas folhas, sendo considerado um excelente remédio mais para dor, cansaço e garganta irritada. Acredita-se que a presença de mucilagem, pectina, ácido gálico e conteúdo de resina sejam responsáveis por sua ação anti-inflamatória e calmante10.

Hesperis (Hesperis matronalis)

Hesperis matronalis é utilizada na medicina popular com função antimicrobiana73. A maioria dos estudos encontrados na literatura disponível tem um enfoque maior para investigação de genética, polinizadores e resistência no cultivo de hesperis, não sendo encontrados relatos de compostos bioativos e seus efeitos benéficos.

Caliopsis (Caliopsis elegans)

Também conhecida como margaridinha-escura, a caliopsis possui flores amarelas com mancha escura central. Com nome científico de Caliopsis elegans, a caliopsis permitida no Brasil para consumo foi encontrada na literatura também como Coreopsis tinctoria, a qual é alvo de muitos estudos acerca do seu potencial antioxidante e suas ações antidiabética e anti-hipertensiva3,74. Em sua composição apresentam-se compostos que incluem flavanoides, fenilpropanóis, sesquiterpenos e fitoesterois75. Estudo de Cai et al.76 demonstrou, em modelo animal, que o extrato de caliopsis utilizado durante 8 semanas apresenta atividade hipoglicemiante via inibição de alfa-glicosidase. Também houve melhoras nos níveis de triglicerídeos e sensibilidade à insulina. Yao et al.77 realizaram estudo com ratos com danos renais induzidos por diabetes, avaliando os efeitos do extrato da flor de caliopsis administrado durante 4 semanas. Houve inibição do processo inflamatório e da fibrinogênese e ativação do AMPK nos rins, confirmando efeitos protetores do extrato dessa flor em danos renais causados por diabetes. Jiang et al.67 investigaram efeito de decocção preparada com flores de caliopsis em tratamento de 4 semanas com ratos alimentados com dieta com alto teor de gordura, constatando uma melhora global

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do quadro de resistência à insulina. A atividade anti-hipertensiva da caliopsis já foi relatada em alguns estudos, sendo associada a diversos compostos fenólicos presentes na planta78. O principal mecanismo citado é a inibição da enzima conversora de angiotensina, bem como efeito vasorrelaxante, que envolve a inibição do influxo de cálcio através das membranas celulares79.

Pelargônio (Pelargonium capitatum)

Pelargônio é uma planta originária da África do Sul, apresenta-se com pequenas flores rosas ou brancas que possuem perfume e gosto de rosas, limão e laranja3,80.

Além do Pelargonium capitatum, várias outras espécies de pelargônio ou gerânio, como é chamado no Brasil, são usadas para fim comestível. Para fins medicinais, as espécies mais citadas são o P. sidoides e o P. graveolens10,80. P. sidoides é bem conhecido por seus efeitos benéficos no tratamento de tosse, resfriados e fortalecimento do sistema imunológico81-83. P. capitatum é citado em alguns estudos pelo potencial antimicrobiano, baseado em investigações com o uso do óleo essencial84,85.

Rosa (Rosa chinensis)

Rosas são cultivadas desde a Antiguidade, com relatos de cultivo em 3000 a.C. na China e uso na culinária da Grécia e Roma antiga. Dentre as diversas espécies de rosas encontra-se a R. Chinensis, que é uma planta ornamental bem conhecida, e suas flores são comumente utilizadas na medicina tradicional chinesa, principalmente para desordens do ciclo menstrual e cólicas86,87.

Cai et al.88, visando identificar compostos fenólicos, realizaram um estudo com extrato metanólico de flores secas de R. chinensis. Um total de 36 compostos fenólicos foram encontrados, dentre eles: taninos, flavonóis, antocianinas, galotaninos, elagitaninos, quercetina, kampferol, mono e diglicosídeos e cianidinas. Nesse estudo também foi avaliada a atividade antioxidante, com resultados que mostraram que compostos fenólicos dessa flor exibiram um potente efeito antioxidante. Os altos níveis de flavonoides e taninos hidrolisáveis são importantes

princípios bioativos nas flores de R. chinensis. Xiong et al.89 avaliaram compostos fenólicos e capacidade antioxidante em 10 flores comestíveis comuns na China, dentre elas R. chinensis. Pelo método de avaliação FRAC (ferric reducing/antioxidant capacity), a R. chinensis mostrou um potente efeito antioxidante. Qing et al.87

encontraram 12 flavonoides glicosídeos em R. chinensis, ressaltando que esses são os principais compostos responsáveis pela importante atividade antioxidante reconhecida de R. chinensis.

Conclusão

A elaboração desta revisão permitiu verificar o grande potencial que as flores comestíveis possuem para serem mais utilizadas como alimentos. Apresentam um considerável conteúdo de compostos bioativos com diversos efeitos benéficos à saúde humana, que incluem: atividades antioxidante, anti-inflamatória, hipolipemiante, diurética, hipoglicemiante, vasodilatadora, imunomoduladora e saúde visual. Embora a maioria dos estudos concentre suas investigações em alguma forma de extrato, o uso regular, mesmo que em pequenas quantidades, das flores frescas em receitas pode contribuir para adicionar esses compostos bioativos na alimentação diária. Juntamente aos benefícios funcionais, o aspecto sensorial confere visual atrativo e proporciona texturas e sabores diferentes às preparações. Assim, as flores podem ser utilizadas amplamente como matéria-prima para a elaboração de preparações alimentares, na gastronomia e em produtos nutracêuticos e, inclusive, como uma fonte de corantes naturais. Nesse contexto, conclui-se que as flores comestíveis representam uma categoria de alimento promissora para maior utilização na alimentação por suas características funcionais ou sensoriais. Ressalta-se a importância da realização de mais estudos com flores comestíveis em nível nacional, especialmente ensaios clínicos, fornecendo embasamento para a educação nutricional para a população, a fim de promover o consumo de flores comestíveis por meio de profissionais da nutrição, gastronomia e áreas afins.

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