turbidimetro com uso de fotodiodo

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  • 7/25/2019 Turbidimetro com uso de fotodiodo

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    UNIVERSIDADE ESTADUAL DE CAMPINAS

    FACULDADE DE ENGENHARIA MECNICA

    Relatrio Final

    Trabalho de Graduao II

    Turbidmetro com uso de fotodiodo

    Autor: Walter Wascheck Neto

    Orientador: Prof. Dr. Luiz Otvio

    Campinas, novembro de 2013

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    UNIVERSIDADE ESTADUAL DE CAMPINAS

    FACULDADE DE ENGENHARIA MECNICA

    Relatrio Final

    Trabalho de Graduao II

    Turbidmetro com uso de fotodiodo

    Autor: Walter Wascheck Neto

    Orientador: Prof. Dr. Luiz Otvio

    Curso: Engenharia de Controle e Automao

    Trabalho de Graduao apresentado Comisso de Graduao da

    Faculdade de Engenharia Mecnica, como requisito para a obteno do ttulo de

    Engenheiro de Controle e Automao.

    Campinas, 2013

    S.P. Brasil

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    Agradecimentos

    Este trabalho no poderia ser terminado sem a ajuda de diversas

    pessoas e instituies s quais presto minha homenagem:

    Ao Prof. Dr. Luiz Otvio cuja experincia e pacincia me possibilitaram,

    em 6 meses destinados a disciplina de TG2, projetar, construir e testar um

    projeto de complexidade que poucos tem a oportunidade de ter contato durante

    a graduao.

    Ao Sr. Marcilio Messias da Silveira pelo apoio e instruo durante a

    montagem do projeto.

    Faculdade de Engenharia Eltrica e Computao pela disponibilizao

    de estrutura e materiais usados no decorrer do projeto.

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    Sumrio

    Resumo ......................................................................... 1

    Lista de Figuras .............................................................. 2

    Lista de Tabelas .............................................................. 3

    1. Introduo e Objetivos ................................................ 4

    2. Reviso Bibliogrfica ................................................... 6

    2.1. Medidas de Turbidez .............................................. 6

    2.2. Transmisso de sinais ............................................ 82.2.1.

    Modulao por Amplitude de pulso ..................................... 8

    2.3. Turbidmetro ......................................................... 9

    2.3.1. Elementos bsicos ........................................................... 9

    2.3.2. Modelo alvo .................................................................. 10

    2.4. Acionamento pulsado de LEDs.............................. 11

    2.5. Fotodiodos .......................................................... 11

    2.5.1. Condicionamento do Sinal ............................................... 12

    3. Circuitos Propostos ................................................... 13

    3.1. Acionamento do LED ............................................ 13

    3.2. Circuito Amplificador ............................................ 14

    4. Projeto de circuito completo ....................................... 17

    4.1. Componentes ...................................................... 17

    4.1.1. PIC 18F4550 ................................................................. 18

    4.2. Circuitos ............................................................ 21

    4.2.1. Circuito de acionamento do LED ...................................... 21

    4.2.2. Circuito para leitura do fotodiodo ..................................... 23

    4.2.3. Circuito para controle do dispositivo ................................. 24

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    4.2.4. Circuito de reset do PIC .................................................. 29

    4.2.5. Circuito de alimentao .................................................. 29

    4.2.6. Comunicao USB com Computador ................................. 30

    4.3. Testes ............................................................... 335. Projeto .................................................................... 36

    5.1. Projeto de circuito impresso .................................. 36

    5.1.1. Layout ......................................................................... 36

    5.1.2. Mtodo para confeco ................................................... 39

    5.2. Projeto da cmara escura ..................................... 42

    5.3. Programao ...................................................... 45

    5.3.1. Configurao ................................................................. 45

    5.3.2. Comunicao USB com PC .............................................. 48

    5.4. Projeto completo ................................................. 50

    6. Resultados .............................................................. 52

    7. Concluses e perspectivas ......................................... 57

    8. Bibliografia .............................................................. 58

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    Resumo

    WASCHECK, Walter, Turbidmetro com uso de fotodiodo, Faculdade de

    Engenharia Mecnica, Universidade Estadual de Campinas, Trabalho deGraduao.

    Busca-se apresentar, de forma simples, como podemos fazer a

    construo de um aparelho capaz de medir a turbidez de lquidos atravs do

    uso de componentes eletrnicos simples e de baixo custo. So apresentados

    conceitos presentes do universo da turbidimetria aplicados ao cenrio tcnico

    de projeto de circuito eletrnico. Sugere-se o uso de um fotodiodo e so

    apresentadas sugestes de circuitos e componentes eletrnicos capazes de

    suprir as necessidades apresentadas pela aplicao almejada. Alm disso,

    apresenta-se o mtodo de confeco de circuitos manual e os testes realizados

    para mostrar que os projetos sugeridos respondem de maneira potencialmenteaplicvel ao mercado.

    Palavras Chave: Turbidmetro, sensores, fotodiodos, turbidez.

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    Lista de Figuras

    Figura 2.1 - Representao esquemtica das tcnicas de medio de

    turbidez ................................................................................................... 6

    Figura 2.2 Modulao por amplitude de pulso .................................. 9

    Figura 2.3 Modelo de quarto feixes modulado (Larsson 2003) .......... 10

    Figura 3.1 - Circuito de potencia para o acionamento dos LEDs (Martins,

    2012). ................................................................................................... 14

    Figura 3.2 - Amplificador de transimpedncia para a monitorao da

    fotocorrente ........................................................................................... 15

    Figura 4.1 Pinos PIC 18F4550 ...................................................... 19

    Figura 4.2 - Circuito acionador do LED ............................................. 22Figura 4.3 Circuito para leitura do fotodiodo ..................................... 23

    Figura 4.4 Filtro para eliminar rudos na alimentao dos componentes 24

    Figura 4.5 Sinal senoidal sendo amostrado a frequncias prximas a

    duas vezes a frequncia do sinal. .............................................................. 26

    Figura 4.6 - Filtro anti-aliasing ........................................................ 27

    Figura 4.7 - Circuito de controle do sistema ..................................... 28

    Figura 4.8 - Circuito para reset ....................................................... 29Figura 4.9 - Circuito para alimentao de 5V constantes .................... 30

    Figura 4.10 - Circuito para comunicao USB geral (Pictronics.com,

    Acessado em 02/10/2013) ....................................................................... 31

    Figura 4.11 - Esquemtico final ...................................................... 32

    Figura 4.12 - Circutio de teste para fotodiodo ................................... 33

    Figura 4.13 - Comportamento da tenso em relao distancia do

    emissor ................................................................................................. 34

    Figura 5.1 - Topografia da camada superior ..................................... 37

    Figura 5.2 - Topografia da camada inferior ....................................... 38

    Figura 5.3 - Topografia completa .................................................... 38

    Figura 5.4 - Esquemtico de placa de cobre genrica......................... 39

    Figura 5.5 - Placa com mscara de tonner - Camada superior ............ 41

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    Figura 5.6 - Placa com mscara de tonner - Camada inferior .............. 41

    Figura 5.7 - Circuito montado com componentes .............................. 42

    Figura 5.8 - Esquemtico da cmara escura ..................................... 43

    Figura 5.9 - Cmara escura pronta .................................................. 44

    Figura 5.10 - Configurao do ADCON1 ........................................... 46Figura 5.11 - Disposio dos Bits de PORTA e TRISA ......................... 47

    Figura 5.12 - Disposio dos Bits de PORTA e TRISA ......................... 47

    Figura 5.13 - IHM do programa USB 18f4550 HID ............................. 49

    Figura 5.14 - Estrutura completa montada ....................................... 51

    Figura 6.1 - Exemplos de amostras (concentraes: 100%, 70%, 30%,

    0%) ...................................................................................................... 52

    Figura 6.2 - Resultados - Leitura dos Fotodiodos ............................... 54Figura 6.3 - Intensidade de radiao transmitida terico .................... 55

    Lista de Tabelas

    Tabela 3.1 - Valores de corrente no LED1 para cada valor de R4

    considerando alimentao de 3.3V. ........................................................... 13

    Tabela 3.2 - Parmetros do BPV10NF .............................................. 16

    Tabela 4.1 - Componentes. ............................................................ 17

    Tabela 4.2 - Componentes para acionamento do LED. ....................... 22

    Tabela 4.3 - Tenses de sada do fotodiodo ...................................... 34

    Tabela 6.1 - Concentrao das amostras.......................................... 52

    Tabela 6.2 - Mdias e desvio padro das leituras dos fotodiodos ......... 53

    Tabela 6.3 - Intensidade de radiao transmitida terico ................... 53

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    1.Introduo e Objetivos

    Atualmente, um importante problema encontrado nos cenrios de

    anlise de efluentes e da qualidade de rios crregos a turbidez da gua. Do

    ponto de vista sanitrio, a importncia da medida da turbidez da gua estintimamente relacionada a trs aspectos principais:

    a. Esttica: comum relacionar-se gua turva com gua poluda,

    inclusive em nveis de pequena turbidez, ou seja, a determinao

    da turbidez da gua pode levar a um tratamento para que ela seja

    mais bem aceita pelas pessoas.

    b. De filtrabilidade: em tratamento de guas, a filtrao torna-se

    mais difcil, ou mesmo mais onerosa, com o aumento da turbidez,

    ou seja, a determinao dessa caracterstica da gua, pode levar a

    adaptaes no tratamento que tornem o processo menos oneroso

    ou custoso em relao a tempo.

    c. De desinfeco: a desinfeco da gua tanto mais difcil quanto

    maior a sua turvao, uma vez que esta diminui o contato do

    desinfectante com os microrganismos, ou seja, a determinao da

    turbidez pode levar uma prvia do resultado da desinfeco.

    Apesar de j existirem equipamentos para a determinao da turbidez

    da gua, eles ainda so caros, ou pouco precisos. Nesse cenrio, o

    desenvolvimento de um equipamento que seja capaz de medir a turbidez de

    uma amostra, com baixo custo passa a ser um assunto de interesse.

    O objetivo desse trabalho o projeto e a construo de um medidor deturbidez de baixo custo com uso de fotodiodos como fotodetector. O fotodiodo

    comumente associado a uma maior sensibilidade quanto a deteco de luz

    (Garca, 2007), o que se torna muito interessante para o projeto de um

    equipamento que deve, ao receber um sinal de luz, gerar dados slidos para

    interpretao quanto turbidez da amostra analisada.

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    Para tanto, como referncia, foi usado um trabalho desenvolvido por

    Martins, G. S. (2012). (Construo de um turbidmetro de baixo custo para

    controle de qualidade de efluentes industriais.)entretanto, houve a substituio

    do fototransistor, usado pelo autor, por um fotodiodo. Um ponto importante

    que o resultado do trabalho no implica em um produto pronto, apenas em umprottipo capaz de medir a luminosidade que atravessa uma amostra de gua,

    sendo que, vrias mudanas relacionadas mtodos de fabricao, materiais, e

    empacotamento podem ser implementadas para melhoramento dos resultados

    obtidos.

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    2.Reviso Bibliogrfica

    2.1. Medidas de Turbidez

    Quando um feixe de luz passa atravs de um fluido contendo partculas

    slidas, essas partculas interagem com a luz, absorvendo-a e dispersando-a

    em todas as direes, essa interao a responsvel pela caracterstica de

    turbidez dos fluidos. As medidas turbidimtricas so obtidas atravs da

    quantizao da diminuio da radiao que passa pelo fluido para medir a

    turbidez do meio analisado.

    Para essas medidas de turbidez existem duas possibilidades, a

    turbidimetria e a nefelometria. A diferena bsica entre essas duas tcnicasest na disposio do detector de radiao, na primeira o detector

    posicionado a 180 do feixe incidente de luz, j a segunda mede a disperso da

    radiao num ngulo de 90 do feixe. Um arranjo esquemtico e representado

    na figura 2.1.

    Figura 2.1 - Representao esquemtica das tcnicas de medio de turbidez

    Alm da densidade de matria misturada ao fluido, outras caractersticas

    como tamanho e formato das partculas e comprimento de onda da fonte de

    radiao afetam a intensidade de radiao medida (MORAIS; RANGEL, 2006).

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    O interesse na determinao da turbidez de um fluido est, quase que

    exclusivamente, na inferncia da concentrao de partculas em suspenso.

    Existe ento, a necessidade de se criar uma correlao entre a turbidez medida

    e a concentrao encontrada no meio, o que se torna complicado, visto que no

    s a concentrao de matria o que influncia nas medidas turbidimtricas.

    No trabalho de Martins, 2012 uma srie de equaes para determinao

    da intensidade de radiao transmitida (turbidimetria) apresentada, essas

    equaes relacionam a turbidez com a concentrao de suspenso no meio.

    Considerando I0 como a intensidade de radiao do emissor de luz que

    atravessa uma amostra, a intensidade transmitida I calculada para equao:

    (2.1)

    Sendo b a distncia percorrida pelo feixe pelo meio analisado e a

    turbidez, que se relaciona linearmente concentrao C de partculas no meio,

    como pode ser visto na equao:

    (2.2)

    Alm dessas relaes, o mesmo trabalho descreve a relao entre a

    medida da radiao de partculas suspensas devido incidncia de feixe de luz

    em determinada angulao (nefelometria) e a concentrao de partculas:

    (2.3)

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    A constante K est ligada ao instrumento usado para a medida, assim

    como s condies experimentais usadas para seu clculo. As equaes

    apresentadas levam em considerao um ambiente de teste com caractersticas

    definidas e parmetros pr-definidos, por exemplo, a concentrao do lquido,

    que deve ser calibrada com uso de amostra padro, no usada nesse projeto.

    2.2. Transmisso de sinais

    Quando existe o interesse na transmisso de informaes, por meio de

    sinais, atravs de algum canal que separa um transmissor do receptor

    necessrio que o sinal passe por dois processos diferentes, o primeiro

    chamado de modulao no qual o sinal, contido em uma onda portadora, sofre

    um deslocamento de frequncia para uma faixa que possibilite a transmisso

    pelo emissor ou transmissor, e o outro a demodulao, que restaura o sinal

    original pelo processo inverso no receptor.

    2.2.1. Modulao por Amplitude de pulso

    Nesse tipo de modulao, o sinal portador consiste de um trem de pulsos

    retangulares peridicos, onde as amplitudes dos pulsos retangulares variam de

    acordo com os valores das amostras do sinal que contem a informao

    desejada (HSU, 2003). Essa modulao fornece outro formato da onda em

    forma de pulsos que contem a informao presente na onda com as

    informaes desejadas. Para a implementao desse tipo de modulao, a

    frequncia dos pulsos deve seguir o teorema de Nyquist, ou seja, a frequncia

    dos pulsos deve ser maior ou igual a duas vezes a maior frequncia da onda

    com as informaes desejadas. Um exemplo de modulao por amplitude depulso pode ser observado na Fig. 2.2

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    Figura 2.2 Modulao por amplitude de pulso

    2.3. Turbidmetro

    2.3.1. Elementos bsicos

    Como demonstrado na Figura 2.1, existem dois elementos bsicos na

    composio de um Turbidmetro, alm da amostra a ser analisada, esses

    elementos, entretanto, precisam ser escolhidas de forma a proporcionar o

    melhor resultado de leitura e anlise. Os elementos sero descritos abaixo.

    (a) Fonte de luz

    Para a aplicao descrita existem dois tipos de fonte de luz: as

    policromticas e as monocromticas. As primeiras contem diferentes

    comprimentos de ondas, o que pode causar interferncia nas medidas de

    turbidez, j que a amostra em questo pode absorver alguns comprimentos de

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    onda especficos e reduzir a intensidade de luz dispersa. J as luzes

    monocromticas podem ser selecionadas de forma a no ter nenhuma parte de

    sua intensidade absorvida, visto que os comprimentos de onda contidos em seu

    espectro so bem especficos.

    (b) Fotodetector

    Uma forma de converter a luz proveniente da interao entre a luz

    emitida pela fonte e a matria contida na amostra o uso de fotodetectores,

    que transformam a luz recebida em um sinal eltrico.Os tipos de fotodetectores

    encontrados so: tubos fotomultiplicadores, fotodiodos de vcuo, fotodiodos de

    silcio, fototransistores e fotoresistores de sulfeto de cdmio (Martins, 2012). A

    sensibilidade de cada um desses fotodetectores varia, e deve ser levado em

    considerao quando no projetos de um turbidmetro.

    2.3.2. Modelo alvo

    O turbidmetro alvo desse estudo utiliza um modelo de quatro feixes

    modulados, apresentado na figura 2.3.

    Figura 2.3 Modelo de quarto feixes modulado (Larsson 2003)

    Esse modelo faz uso de duas medies para obter um resultado livre de

    erros. Duas medies acorrem a cada 0.5 segundos, em uma primeira fase, o

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    emissor 1 emite um feixe de luz pulsada diretamente at o detector 1, que

    mede a luz transmitida, o detector 2, por sua vez, mede a luz dispersada a 90

    simultaneamente. Na segunda fase, o emissor 2 emite o feixe de luz pulsada, o

    detector 1 mede a luz dispersada a 90 e o emissor 2 mede a luz transmitida. O

    algoritmo usa os dados obtidos nas medidas de forma a eliminar os erros nasmedies o que torna o modelo consideravelmente preciso em faixas pequenas

    de NTU (Nephelometric Turbidity Units).

    Para a implementao desse modelo, so necessrio duas fontes de luz e

    dois detectores, a proposta usar dois LEDs como fontes e dois fotodiodos

    como detectores. Entretanto, para fins de validao do projeto, levando-se em

    considerao o pouco tempo para projeto e prototipagem, o algoritmo do

    modelo no ser seguido na ntegra, apenas a leitura do sinal ser feito, o que

    por si s valida o circuito a projetado durante esse trabalho.

    2.4. Acionamento pulsado de LEDs

    Para a modulao por amplitude de pulso, necessrio que um sinal

    portador seja gerado como mostrado na seo 2.2. Para a aplicao, o sinal

    portador ser um trem de pulsos na forma do acionamento pulsado de um LED.

    Para eliminar o offset entre o aparelho e a luz ambiente, um LED

    pulsado e a luz medida nos receptores quando e LED est ligado e quando est

    desligado. Para esse acionamento podemos usar o PIC 18F4550 em conjunto

    com o circuito de dreno de corrente responsvel por alimentar o LED com a

    corrente necessrio para a emisso necessrio ao projeto.

    2.5. Fotodiodos

    Como forma de contornar o problema impreciso do sistema em regies

    de baixa turbidez, Garca et al. (2007) sugere o uso de fotodiodos como

    fotodetectores ao invs de fototransistores, mais especificamente fotodiodos do

    tipo AEPX65 com um pico de recepo em torno de 820nm e uma banda

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    espectral mdia de 400nm, visto o comprimento de onda emitido pelo LED

    sugerido por Martins (2012) tem aderncia com a recepo do fotodiodo.

    Fotodiodos so dispositivos optoeletrnicos que geram eletricidade

    quando na presena de luz emitidas em comprimentos de onda entre 300nm e

    1100nm, seu comportamento linear e reflete, na corrente, o observvel na

    radiao incidente, apesar de seu comportamento de sada ser afetado por

    caractersticas externas, como temperatura, na aplicao em questo, esses

    tipos de distrbio podem ser desconsiderados.

    2.5.1. Condicionamento do Sinal

    Na aplicao proposta, usaremos um circuito amplificador, com a inteno

    de condicionar o sinal para a converso analgico-digital feita pelo PIC, visto

    que o ganho de corrente decorrente da variao de luminosidade incidente

    muito pequeno em fotodiodos.

    O sinal emitido pelo LED ser modulado pelo lquido analisado e capturado

    pelo fotodiodo, o fotodiodo far e converso do sinal luminoso em sinal eltrico

    que ser amplificado pelo circuito amplificador, entretanto, o sinal adquirido

    precisa ser demodulado para que o sinal original (a turbidez do lquido) seja

    obtido. Para isso usa-se um filtro passa-baixa projetado para um sinal de

    frequncia muito baixa, a funo de transferncia mostrada na equao 2.4

    (Martins, 2012).

    () ()

    (2.4)

    A partir do sinal demodulado passamos a ter a informao necessria

    para definio de turbidez, que s pode ser feita a partir de uma curva que

    relaciona o sinal obtido pelo fotodiodo e uma escala de turbidez, essas curvas

    podem ser observadas nos trabalhos de Garca et al. (2007) e podem ser

    usadas, na continuao desse trabalho para futuro desenvolvimento de

    equipamento em escala comercial.

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    3.Circuitos Propostos

    3.1. Acionamento do LED

    Existe a necessidade de fazer com que os led sejam pulsados, para que o

    sinal portador seja um trem de pulsos, para essa aplicao o circuito

    apresentado na figura 3.1 ser usado juntamente com o PIC 18F4550, que

    controlar a frequncia dos pulsos.

    O circuito apresentado na figura 3.1 apresenta o circuito para o

    acionamento do LED, como a proposta usar um LED com alta emisso,

    usaremos o componente TSAL6400, que emite a 940nm e, se alimentado com

    uma corrente de 1 A, emite numa intensidade de 310 mW/sr. Para o dreno decorrente de 1 A, necessrio o uso do transistor BC868 que consegue conduzir

    tal corrente. Para o circuito, o componente crtico para definio da corrente no

    LED o resistor R4, para essa definio, alguns testes foram realizados em

    simulador virtual, os resultados so apresentados na Tabela 3.1.

    Tabela 3.1 - Valores de corrente no LED1 para cada valor de R4 considerando

    alimentao de 3.3V.

    Resistncia de R4 Corrente no LED1

    1 818.77 mA

    0.5 1.62 A

    0.7 1.16 A

    0.8 1.01 A

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    Figura 3.1 - Circuito de potencia para o acionamento dos LEDs (Martins, 2012).

    Dessa forma, para que a corrente desejada, existe a necessidade de um

    resistor, ou associao e resistores, de 0.8 , parmetro esse, usado no

    circuito.

    Testes prticos com o circuito montado em protoboard e com

    alimentao e 3.3V mostraram que a corrente que passa pelo fotodiodo de

    aproximadamente 1A . Durante o processo de concepo do circuito, a

    alimentao usada no circuito mudou, o que levou a mudana, tambm, do

    valor de R4.

    3.2.

    Circuito AmplificadorA demodulao de sinais de sensores interferomtricos precedida por

    uma etapa de deteco e condicionamento da fotocorrente de sada do sensor

    (A. R. Z. Nascimento, 1999). Nesse contexto, o ganho de corrente obtido pelo

    fotodiodo proposto para o projeto muito baixo, e para que possamos fazer a

    anlise dos sinais obtidos pelo componente necessrio que um circuito

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    amplificador seja usado (Analog Devices, High Impedance Sensors), o circuito

    apresentado na Figura 3.2 amplamente usado para esse fim, pois amplifica o

    sinal com um bom ganho e elimina o problema da corrente de escuro do

    fotodiodo.

    Figura 3.2 - Amplificador de transimpedncia para a monitorao da fotocorrente

    Podemos usar um fotodiodo BPV10NF, compatvel com emissores que

    emitem de 870nm a 950nm. Como amplificador operacional sugere-se o uso de

    um AD711JNZ. Alm disso, a montagem sugerida composta por RR=100k e

    CR=1,8pF, para um ganho de transimpedncia de 105. (A. R. Z. Nascimento,

    1999).

    Os critrios para a escolha dos fotodiodos foram a gama do comprimento

    de onda detectado, o comprimento de onda de mxima sensibilidade, o tempo

    de subida e o tempo de descida, e o ngulo de meia sensibilidade.

    Com essas informaes o modelo do fotodiodo escolhido foi o BPV10NF do

    fabricante Vishay. As caractersticas desse componente, obtidas no datasheet

    so mostradas na Tabela 3.2.

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    Tabela 3.2 - Parmetros do BPV10NF

    ParmetroCondies de

    testeSmbolo Valor

    Comprimento de Onda 0,5 790 a 1050 nmComprimento de Onda

    para mximasensibilidade p 940 nm

    Noise Equivalent powerVR= 20V

    = 950 mmNEP 3x10-14 W

    DetectividadeVR= 20V

    = 950 mmD 3x10124 cm

    Tempo de subidaVR= 50VRL= 50

    = 820 mmtr 2,5 ns

    Tempo de descida VR= 50VRL= 50

    = 820 mmtf 2,5 ns

    Meio ngulo desensibilidade

    20

    Alm dessas caractersticas, outras pontos importantes desses fotodiodos

    so o fato de possurem uma rea sensvel a radiao de 0,78 (mm2) e

    possurem ainda um filtro para bloquear a radiao fora da largura de banda

    dos 870 nm at aos 950 nm no empacotamento.

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    4.Projeto de circuito completo

    4.1. Componentes

    Como proposto anteriormente no captulo 3, usaremos alguns

    componentes sugeridos na bibliografia, j que estes possuem as caractersticas

    necessrias para as aplicaes do projeto. A seguir, os componentes sero

    expostos com suas funes e caractersticas determinantes para sua escolha.

    importante notar que houve mudana em alguns componentes

    anteriormente sugeridos j que, para os testes, no eram necessrios

    componentes compatveis com montagem em placa de circuito impresso. Nessa

    etapa, onde h necessidade de sinal com menos rudo se faz necessria umamontagem que elimina esses erros no sinal.

    Entretanto, importante salientar que os componentes mais indicados

    para essa finalidade (do tipo smd) so de difcil montagem e exigem

    equipamento prprio para essa montagem. Como essa estrutura no

    encontrada com facilidade no meio universitrio, alguns componentes usados

    na montagem foram mantidos em verses maiores e que no exigiamequipamentos especiais para sua soldagem.

    Alguns componentes crticos ao projeto so apresentados na tabela 4.1,

    assim como algumas informaes relevantes sobre cada um deles.

    Tabela 4.1 - Componentes.

    Componente Modelo QuantidadePreo unitrio

    [U$]

    Preo total

    [U$]

    Transistor BC868 4 0,51 2,04

    Emissor TSAL6400 2 0,55 1,10

    Fotodiodo BPV10NF 2 0,99 1,98

    AmplificadorOperacional

    AD711JRZ 2 3,00 6,00

    Controlador PIC18F4550

    1 5,36 5,36

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    Alm dos componentes exibidos na tabela 4.1 ainda temos de considerar

    os componentes acessrios, que compreendem os capacitores e resistores.

    Esses componentes so mostrados nos prximos tpicos, que especificam os

    circuitos a serem usados no projeto.

    Como dito anteriormente, o componentes responsvel pela integrao de

    todas as funes do projeto ser o microcontrolador PIC 18F4550, portanto,

    importante que esse componente seja descrito com mais detalhes.

    4.1.1. PIC 18F4550

    O PIC18F4550 um microcontrolador de 8 bits com arquitetura Havard e

    conjunto de instrues tipo RISC, possui uma memria interna de 32 Kbytes

    para armazenamento do programa residente e 2048 bytes de memria RAM.

    Sua tenso de alimentao varia de 4 a 5,5 V e sua frequncia de operao

    de at 48MHz, a esta frequncia o PIC capaz de executar at 12 milhes de

    instrues por segundo (Miyadaira, 2009).

    O microcontrolador possui 40 pinos dos quais 35 podem ser configuradoscomo portas I/O, 13 conversores A/D com 10 bits de resoluo cada e tempo de

    amostragem programvel, dois comparadores analgicos, uma comunicao

    EUSART, um timer de 8 bits e trs timers de 16 bits cada, um mdulo de

    deteco de tenso alta/baixa (HLVD) e um mdulo USB 2.0 com a capacidade

    de operar nos modos low-speed (1,5Mbps) ou full-speed (12Mbps) (Miyadaira,

    2009). A pinagem do componente pode ser observada na figura 4.1.

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    Figura 4.1 Pinos PIC 18F4550

    A descrio de cada pino do microcontrolador pode ser encontrada no

    datasheet do fabricante (Microchip Technology Inc.). possvel perceber que

    devido a grande versatilidade do microcontrolador existem vrios pinos que

    desempenham mais de uma funo e portanto, precisam ser programados deacordo com a funo desejada.

    Para que os microcontroladores executem as tarefas desejadas

    necessrio que ele seja programado. Existem diversas linguagens de

    programao as mais comuns em microcontroladores so o assembly, basic e

    C.

    A linguagem C tornou-se rapidamente uma linguagem popular entre osprogramadores. O C foi usado para desenvolver o sistema operacional UNIX, e

    ainda hoje est sendo usada para desenvolver novas linguagens. Para que o

    programa fonte seja interpretado pelo microcontrolador necessrio que ele

    seja convertido para cdigo de mquina e posteriormente gravado em sua

    memria interna, o MPLAB uma plataforma de desenvolvimento fornecida

    gratuitamente pela Microchip (www.microchip.com) que tem como funo gerar

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    os cdigos que podero ser gravados no microcontrolador PIC. Para a

    programao do PIC a ser usado no projeto, o MPLAB ser usado como

    plataforma de programao.

    Os pinos mais importantes para a aplicao desejada sero descritos

    abaixo, entretanto, sua configurao completa ser mostrada posteriormente.

    (Microchip Technology Inc.).

    a) Pino 1 - MCLR/VPP/RE3

    Pino responsvel pelo reset ou Master Clear input. Esse pino ativo em

    baixa, ou seja, quando recebe um sinal baixo, reseta o pic. Nas

    aplicaes mais comuns, um boto ligado a essa porta, dessa forma,

    quando o boto acionado, o pic resetado.

    b)Pinos 2 e 3 - RA0/AN0 e RA1/AN1

    So pinos de entradas analgicas ou entradas e sadas digitais. No

    projeto proposto, como teremos que adquirir 2 sinais analgicos

    produzidos pelo fotodiodo, usaremos essas duas portas como entradas

    analgicas. Sua configurao definida pela configurao de PORTA.Essa porta faz a converso de analgico para digital, e por se tratar de

    um microprocessador de 8 bits, os valores convertidos podem variar de

    0 a 255.

    c) Pinos 11 e 32 VDD

    Alimentao positiva do PIC. No projeto, faremos a alimentao com

    +5V.

    d)Pinos 12 e 31 VSS

    Pino de referncia para o PIC. No projeto, ligaremos esses pinos ao GND.

    e) Pinos 13 e 14 OSC1/CLK e OSC2/CLKO/RA6

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    O OSC1 a entrada do sinal do cristal oscilador, j o OSC2 a sada do

    sinal do cristal oscilador, essas duas portas sero ligadas a um cristal

    oscilador para gerao de clock para comunicao USB, que dependem

    desse clock para fazerem a comunicao. No nosso caso usaremos um

    cristal de 20MHz.

    f) Pinos 16 e 17 RC1 e RC2

    So Entradas/Sadas digitais, que devem ser programadas pelo PORTC.

    No projeto, sero usadas como sadas que controlaro a ligao dos

    emissores.

    g)Pino 18 VUSB

    Regulador da tenso de sada da ligao USB (3.3V).

    h)Pinos 23 e 24 D- e D+

    So os pinos usados para a comunicao USB.

    4.2. Circuitos

    4.2.1. Circuito de acionamento do LED

    Para o circuito de acionamento do LED usamos um circuito de dreno de

    corrente, que possibilite uma corrente de 1 A no LED. Usaremos uma fonte de

    5V, o que por simulao nos leva configurao mostrada na figura 4.2.

    interessante notar que os valores obtidos levam em considerao o circuito com

    entrada vinda do PIC em baixa, ou seja, o transistor posicionado na mesma

    linha do LED est conduzindo. No caso em que o sinal do PIC alto, o transistor

    na linha do LED no conduz, e o componente fica apagado.

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    Figura 4.2 - Circuito acionador do LEDAlm do uso de resistores, se faz necessria a seleo dos transistores a

    serem usados na montagem e do emissor propriamente dito. Os componentes

    selecionados so apresentados na Tabela 4.2. Nessas tabelas so apresentadas

    algumas caractersticas importantes dos componentes.

    Tabela 4.2 - Componentes para acionamento do LED.

    Componente Modelo Caracterstica

    Transistor BC868Transistor para altas correntes e comgrande capacidade de dissipao. Consegueconduzir at 2A.

    Emissor TSAL6400

    Diodo emissor infravermelho que trabalhacom comprimento de onda de 940nm. Almdisso, com uma corrente de 1A, essecomponente emite com intensidade de310mW/sr.

    Sinaldo

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    Como podemos notar pelas caractersticas dos componentes, necessrio

    que uma corrente de 1A alimente o emissor para que obtenhamos mxima

    emisso, o que importante por estarmos lidando com um fotodiodo receptor.

    A escolha de um resisto de 1,2 torna passvel uma corrente de 1A,

    considerando uma alimentao de 5V, entretanto, para que o transistor noseja danificado, ele precisa ser apto a conduzir corrente dessa magnitude,

    portanto o uso do transistor proposto resolve esse problema j que esse

    componente aguenta correntes de pico de at 2A.

    4.2.2. Circuito para leitura do fotodiodo

    Como ponto crtico do projeto, o circuito para condicionamento do sinal

    recebido pelo fotodiodo precisa, necessariamente, evitar qualquer tipo de rudo,visto que esse sinal ser lido e interpretado na forma de turbidez da amostra. O

    circuito projetado apresentado na figura 4.3.

    O componente mais importante para a funcionalidade do circuito o

    amplificador operacional. Dessa forma, o modelo escolhido foi o AD711. Esse

    modelo apresenta boa velocidade e alta preciso, oferecendo alta desempenho

    a um preo razovel. O desempenho em relao a rudo excelente (mximorudo de tenso 4V) e a entrada necessria ao componente mnima (2mV).

    Figura 4.3 Circuito para leitura do fotodiodo

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    4.2.3. Circuito para controle do dispositivo

    A integrao dos dois circuitos feita atravs do projeto do circuito de

    controle. Para esse projeto alguns pontos tem que ser levados em

    considerao, sendo o principal deles o fato de existir a necessidade de

    eliminarmos ao mximo os rudos.

    Para tanto, necessrio que a alimentao do PIC e dos Amplificadores

    Operacionais passe, antes de chegar a esses componentes, por um filtro passa-

    baixa comumente usado para aplicaes eletrnicas. Esse arranjo de

    componentes e mostrado na figura 4.4.

    Figura 4.4 Filtro para eliminar rudos na alimentao dos componentes

    O circuito acionador de LED depende de um sinal do PIC para que

    funcione em condies plenas e, como visto anteriormente, esse sinal deve ser

    peridico, com 1 pulso a cada segundo em cada LED, sendo que os pulsos de

    um LED so separados dos pulsos do outro LED por 0,5 segundos. As portas

    selecionadas para essa aplicao foram as dos pinos 16 e 17 (RC1 e RC2) que

    sero configurados como sadas digitais.

    O circuito de leitura deve estar ligado a uma porta com conversoranalgico-digital, portanto foram escolhidas a portas 2 e 3 (RA0 e RA1) que

    devem ser configuradas como entradas e cada fotodiodo usar um canal para

    sua converso. Os sinais obtidos nessas portas so convertidos de analgico

    (leitura da intensidade da luz) para digital.

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    Como citado anteriormente, na sesso 1.3.2, a leitura dever ser feita

    pelos fotodiodos a cada 0,5 segundos, ou seja a uma frequncia de 2 Hz. Para

    digitalizarmos um sinal analgico, como primeira etapa, necessria a filtragem

    anti-aliasing, feita no prprio circuito, que se baseia no teorema de Nyquist.

    O Teorema de Nyquist ou teorema da amostragem define que a

    quantidade mnima de amostras que deve ser obtida de um sinal analgico a

    ser digitalizado deve ser duas vezes a maior frequncia deste sinal, esse

    teorema, se aplicado, possibilita a recuperao do sinal digitalizado, j que a

    reconstruo do sinal analgico apresentar poucos erros.

    Antes do processo de amostragem um filtro passa baixa usado para

    atenuar as componentes de alta frequncia do sinal que no so essenciais paraa informao contida nele, dessa forma o sinal amostrado a uma taxa

    ligeriramente mais elevada do que a taxa de Nyquist. Evitando o problema de

    aliasing que pode ser observado na figura 4.5. (Roger)

    Na figura, a frequncia de amostragem (fam) apresentada em 3

    situaes diferentes, sendo que a nica situao onde no h perda no sinal a

    na qual a fam maior que duas vezes a frequencia do sinal original. No casoem que a amostragem ocorre em frequncia menor que o dobro da frequencia

    do sinal, o sinal reconstruido posteriormente apresenta periodo diferente do

    original, o que impossibilita a real anlise do sinal analgico.

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    Figura 4.5 Sinal senoidal sendo amostrado a frequncias prximas a duas vezes a frequncia do

    sinal.

    No caso do projeto do turbidmetro, a frequncia de amostragem 2Hz,portanto a frequncia de corte do filtro a ser includo na sada do circuito

    amplificador da leitura do fotodiodo deve ser maior que 4 Hz. Usando a frmula

    3.1 abaixo, onde a frequncia de corte, possvel definir os valores de R e

    C usados no circuito da figura 4.6 (filtro passa baixa).

    (4.1)

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    Figura 4.6 - Filtro anti-aliasing

    Com uma resistncia de 25 k e um capacitor de 1,5uF obtemos um filtro

    com frequncia de corte igual a 4,25 Hz, o que satisfaz o teorema da

    amostragem e, portanto, elimina o problema de aliasing na converso

    analgico-digital.

    O resultado da integrao dos circuitos apresentados anteriormente pode

    ser visto na figura 4.6. Note que a alimentao do PIC precedida pelo filtro

    citado anteriormente, o que deve ser feito tambm na alimentao dos

    amplificadores operacionais evitando os rudos causados pelos outros

    componentes que partilham da fonte. Alm disso, o filtro anti-aliasing projetado

    anteriormente includo na sada dos amplificadores operacionais usados naamplificao do sinal lido pelo fotodiodo.

    O esquemtico apresentado na figura 4.7 mostra apenas os circuitos

    responsveis pelas funes principais do projeto, entretanto ainda necessrio

    que circuitos acessrios sejam includos para garantir o funcionamento.

    Os circuitos de alimentao 5V, reset do pic e comunicao USB sero

    apresentados posteriormente e integrados ao projeto final.

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    Figura 4.7 - Circuito de controle do sistema

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    4.2.4. Circuito de reset do PIC

    Esse circuito simples tem como funo resetar o pic, assim quando

    desejarmos alguma leitura do equipamento, basta apertar esse boto para

    obtermos uma resposta. O esquemtico apresentado na figura 4.8.

    Figura 4.8 - Circuito para reset

    4.2.5. Circuito de alimentao

    Como pode ser notado no circuito de controle, a alimentao usada para o

    acionamento dos LEDs e bom funcionamento do circuito como um todo foi

    definida como 5V, e os componentes do circuito foram escolhidos levando-seem considerao essa definio. Entretanto, muitas vezes, as fontes de

    alimentao apresentam rudos e carregam erros que podem refletir em

    resultados contaminados nos sinais do circuito. Para evitar esse problema, um

    circuito de alimentao foi projetado para fornecer ao circuito os 5V necessrio,

    como o mnimo de rudos e erros possveis.

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    Nesse circuito usado o regulador de tenso L7805, seu funcionamento

    consiste em pegar um sinal de entrada, que pode variar de 6V at 34V, e

    manter o sinal de sada fixo em aproximadamente 5V. So usados alguns

    capacitores, na entrada e na sada para minimizar ainda mais os rudos. O

    circuito pode ser observado na figura 4.9.

    Figura 4.9 - Circuito para alimentao de 5V constantes

    4.2.6. Comunicao USB com Computador

    Para que os dados possam ser analisados, necessrio que o circuito se

    comunique com um computador, para tanto, o PIC18f4550 conta com dois

    pinos (D- e D+) responsveis pela comunicao USB, alm desses dois pinos,

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    outros pinos so usados para o projeto dessa aplicao. Um circuito geral para

    comunicao PIC-PC viu USB mostrado na figura 4.10. Esse mesmo circuito

    ser incorporado ao projeto esquemtico final que apresentado da figura

    4.11.

    Como pode ser notado na figura 4.10, existe a necessidade de incluso de

    um cristal, que nesse caso ser de 20Mhz, alm disso, nesse esquemtico, no

    so consideramos os capacitores que devem ser acoplados ao cristal que, para

    essa frequncia, devem ser de 15pF entre VDD e Ground.

    Figura 4.10 - Circuito para comunicao USB geral (Pictronics.com, Acessado em

    02/10/2013)

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    Figura 4.11 - Esquemtico final

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    4.3. Testes

    Para validar parte do projeto, o circuito de acionamento do emissor foi

    montado em uma protoboard e testado de forma experimental. O emissor foi

    acionado com 1 A para mxima emisso e o fotodiodo teve sua sada medida

    para verificar se a leitura estava sendo feita. Nessa etapa no foi feita

    converso analgico digital pois no existia necessidade de interpretao da

    leitura, apenas de verificao se esta estava sendo feita.

    Para fins de teste, em uma sala escura, o emissor foi posicionado a

    diferentes distncias do fotodiodo, sem nenhum obstculo, para cada distncia,

    a sada do fotodiodo foi medida.

    Os fotodiodos precisam de algum circuito de aquisio, caso contrrio,

    no servem aos seus objetivos, j que os valores de corrente gerados so muito

    baixos. Para o projeto esse problema foi resolvido com um circuito amplificador,

    entretanto, para esse teste em protoboard, outro circuito foi usado, apenas

    para verificar o comportamento do fotodiodo, o circuito sugerido pelo prprio

    datasheet do componente e mostrado na figura 4.12.

    Figura 4.12 - Circutio de teste para fotodiodo

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    Abaixo, na tabela 4.3, so exibidas as leituras do voltmetro para

    diferentes distncias do emissor. E um grfico desse comportamento na Figura

    4.13.

    Tabela 4.3 - Tenses de sada do fotodiodo

    Distncia Tenso

    1 cm 4,7V

    2 cm 3,8V

    3 cm 3,1V

    4 cm 2,4V

    5 cm 1,2V

    6 cm 0,7V

    7 cm 0,7V

    8 cm 0,3V

    9 cm 0,2V

    Figura 4.13 - Comportamento da tenso em relao distancia do emissor

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    Podemos notar que, caso o teste fosse feito em ambiente iluminada, o

    fotodiodo saturaria rapidamente, j que a intensidade luminosa do emissor

    somada a luminosidade ambiente levaria o fotodiodo a tenso mxima de

    resposta, rapidamente.

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    5.Projeto

    5.1. Projeto de circuito impresso

    O projeto do circuito impresso extremamente importante, pois ele

    essencial para o bom resultado do projeto. Para esse projeto, ser utilizado o

    mesmo software usado para o projeto dos circuitos esquemticos apresentados

    anteriormente, o EAGLE PCB DESIGN SOFTWARE. A seguir, sero mostrados os

    passos para o desenvolvimento do circuito impresso. Partimos do esquemtico

    apresentado na figura 5.10, o qual o software transporta para o ambiente de

    desenvolvimento de layout de circuitos impressos. Nesse ambiente, torna-se

    necessrio que os componentes sejam organizados espacialmente e as ligaes

    entre os mesmos seja feita de forma a no prejudicar os resultados esperados.

    5.1.1. Layout

    Como foi dito anteriormente o software usado para o projeto faz,

    automaticamente, o transporte dos componentes do ambiente esquemtico,

    mostrado na figura 4.10 para o ambiente de projeto de placa impressa. Essa

    mudana de ambientes leva, do ambiente anterior, apenas os componentes(nas dimenses corretas) e a ligao virtual entre eles, ou seja, os pinos dos

    componentes que recebero o mesmo sinal estaro ligados por uma linha,

    entretanto essa ligao no representa nada fsico, apenas uma relao de

    sinais. As ligaes fsicas, ou trilhas, devem ser projetadas manualmente, assim

    como a disposio dos componentes na placa.

    Nesse sentido, interessante lembrar que as trilhas dos circuitos podem

    ser projetadas nas duas camadas de cobre, a superior (onde os componentes

    estaro) ou a inferior. A ligao entre as trilhas na camada superior e inferior

    feita atravs de furos na placa. A vantagem do projeto nas duas camadas est

    no fato de que as trilhas que, se estivessem na mesma camada se cruzariam,

    no se cruzam quando em camadas diferentes, porque esto separadas por um

    material isolante.

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    Outro fator importante a definio da espessura da trilha, esse quesito

    impacta diretamente no processo de confeco da placa impressa, como o

    processo usado nesse projeto ser manual, importante que a espessura das

    trilhas seja um pouco maior, no nosso caso, as trilhas foram projetadas com

    0.81 mm. (Mecatrnica Fcil, 2005)

    Como a verso do programa EAGLE PCB DESIGN SOFTWARE fornecida

    para estudantes no a verso completa, existe um limite no tamanho da placa

    que foi respeitado no projeto em questo. As figuras 5.1 e 5.2 mostram o

    layout do circuito, a primeira representa a camada superior, e a segunda, a

    camada inferior.

    Figura 5.1 - Topografia da camada superior

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    Figura 5.2 - Topografia da camada inferior

    Figura 5.3 - Topografia completa

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    5.1.2. Mtodo para confeco

    Por se tratar de um prottipo de equipamento, definiu-se que o circuito

    ser feito manualmente, pela falta de equipamento de impresso de circuitos e

    pelo elevado custo da contratao de empresas para fazerem esse servio.

    importante notar que, esse custo, em um processo escalonado e de grande

    volume de produo acaba sendo diludo, o que no ocorre em produo

    unitria, como o caso desse projeto.

    Para o projeto usamos placas de fenolite, recobertas por filmes de cobre,

    essas placas so a base para o circuito, trata-se, basicamente, de placas de

    fenolite (existem ainda placas de fibra de vidro ou outro polmero), com as duas

    faces cobertas por uma fina camada de cobre, um esquemtico mostrado nafigura 5.4. O substrato de fenolite existe para isolar as duas faces do cobre,

    impedindo que haja interferncia entre os sinais transmitidos em cada uma

    delas.

    Figura 5.4 - Esquemtico de placa de cobre genrica

    Esse material ser usado para a confeco do produto, atravs de um

    processo de corroso do cobre, nas reas onde ele no necessrio,

    responsvel pela formao das trilhas de comunicao entre os componentes do

    circuito. Como primeira etapa, necessrio transportar, para a placa, o

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    desenho do circuito a ser impresso na placa, essa transferncia feita atravs

    de um processo trmico de transferncia de tonner.

    O circuito impresso em papel do tipo transparncia (usado em

    retroprojetores), essa impresso deve ser feita em impressoras a laser. Aps

    essa impresso, o papel deve ser colocado sobre a placa e aquecido. Esse

    processo permite que o tonner sofra o processo de fundio o que permite ao

    tonner aderir ao cobre formando uma mscara do que, futuramente, ser o

    circuito impresso. A placa com essas mscaras so mostradas nas figuras 5.5 e

    5.6.

    Essa placa imersa em percloreto de ferro, responsvel pela corroso do

    cobre apenas nas regies no protegidas pela mscara, o processo duraaproximadamente 15 min e culmina em uma placa de fenolite com as trilhas do

    circuito em cobre que so recobertas por estanho para facilitar a montagem dos

    componentes.

    A etapa final da preparao da placa envolve a furao, responsvel pela

    comunicao entre as duas faces da placa e pela montagem de componentes

    que necessitam de furos para serem montados. Aps a furao, a placa estpronta para montagem dos componentes. A placa completa mostrada na

    figura 5.7. Antes da utilizao da placa, as ligaes foram conferidas para

    garantir que todas as comunicaes de sinais estivessem ocorrendo

    corretamente, inclusive as comunicaes entre as faces, que exigem a aplicao

    de estanho nos furos.

    Como pode ser notado na figura 5.7, os emissores e receptores do

    sistema no esto montados na placa, pois devero ser montados em outra

    estrutura e ligados placa por fios.

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    Figura 5.5 - Placa com mscara de tonner - Camada superior

    Figura 5.6 - Placa com mscara de tonner - Camada inferior

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    Figura 5.7 - Circuito montado com componentes

    5.2. Projeto da cmara escura

    Como forma de obter o melhor resultado da leitura de luminosidade

    usado para aferimento da turbidez, necessrio a leitura seja feita em

    ambiente com a menor interferncia possvel do meio externo, para isso, uma

    cmara escura foi idealizada essa cmara consiste basicamente de uma caixa

    com 4 furos (1 em cada face lateral) e uma tampa. Os emissores e receptores

    sero acoplados nesses furos, sendo que cada emissor se localizada em posio

    diametralmente oposta ao respectivo receptor.

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    O esquemtico da cmara mostrado na Figura 5.8. Trata-se de um

    cuba de 5 cm de arestas com furos de 0,5 cm (mesmo dimetro do fotodiodo e

    led IR). A amostra ser inserida na cmara em um vasilhame de plstico

    transparente com 2 cm de dimetro e 4 cm de altura.

    Figura 5.8 - Esquemtico da cmara escura

    importante salientar que as paredes internas da cmara sero

    recobertas por papel fosco preto, o que diminui a influncia do ambiente nos

    resultados das leituras. A amostra a ser analisada estar contida um pequeno

    vidro transparente localizado centro exato da face inferior do cubo e pequena

    distncia dos emissores e receptores.

    A figura 5.9 mostra a cmara pronta j com os fotodiodos e LEDs IR

    acoplados e ligados ao circuito do projeto.

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    Figura 5.9 - Cmara escura pronta

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    5.3. Programao

    Como j foi descrito anteriormente, a maioria dos pinos do PIC 18F4550

    apresenta mais de uma funo e, portanto, precisam ser configurados para que

    cumpram a funo determinada pelo projeto. Para tanto ser exibido a seguir a

    definio das funes dos registradores relativos aos pinos usados no projeto.

    5.3.1. Configurao

    necessrio definir, logo no incio do programa quais bibliotecas sero

    usados no programa a ser carregado no PIC, como sero usadas poucas

    funes do PIC, apenas poucas bibliotecas sero usadas. As bibliotecas usadas

    para a inicializao so:

    #include

    #include

    Para a configurao inicial do programa preciso escolher as variveis

    de inicializao. Como fazemos uso do conversor analgico-digital, preciso

    definir que as portas usadas posteriormente trabalharo com esse tipo de sinal.

    Para esse caso configuraremos ADCON1, que define os tipos dos sinaisrecebidos pelas portas AN0 a AN12. Para tanto, usaremos os valores obtidos

    pelo datasheet e mostrados na figura 5.10.

    Como faremos uso das portas AN0 e AN1 como entradas analgicas para

    os fotodiodos precisamos que o ADCON1 seja configurado como 0b00001101,

    como mostrado na figura 5.10.

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    Figura 5.10 - Configurao do ADCON1

    a) PORTA

    Para a configurao desses registradores, preciso configurar o TRISA,

    que define as funes de PORTA, essa configurao deve ser feita de acordo

    com a tabela mostrada na figura 5.11.

    Para definirmos que as portas RA0 e RA1 trabalharo como entradas

    analgicas, ou seja AN0 e AN1, precisamos definir que TRISA0 e TRISA1 como

    1. Nessa mesma porta, ainda precisamos configurar o RA6 que ser usado para

    configurao da leitura USB. Nesse caso usaremos o TRISA6 que ser

    configurado como OSC2, recebendo o valor 0. Temos, portanto o seguinte valor

    para TRISA: 0b00000011.

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    Figura 5.11 - Disposio dos Bits de PORTA e TRISA

    b)PORTC

    Assim como na configurao do PORTA, precisamos configurar o PORTC

    atravs das definies de TRISC com as funes desejadas para cada um dosbits de PORTA, para esse registrador usaremos os bits RC1 e RC2 como sadas

    digitais e, RC4 e RC5 para a comunicaes USB. A tabela para essa porta

    mostrada na figura 5.12.

    Como pode ser notado na figura, a configurao para TRISC

    0b00000000, pois estamos tratando de sadas digitais.

    Figura 5.12 - Disposio dos Bits de PORTA e TRISA

    Dessa forma, para a configurao inicial do PIC, temos a seguinte

    configurao:

    ADCON1 = 0b00001101;

    TRISA = 0b00000011;

    TRISC = 0b00000000;

    TRISB = 0b00000000;

    TRISD = 0b00000000;

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    TRISE = 0b00000000;

    Alm disso necessrio zerar todos os registradores usados durante o

    programa para que no ocorra nenhum tipo de erro por dados residuais. Ento

    ainda na inicializao temos os seguintes definies.

    PORTA = 0b00000000;

    PORTB = 0b00000000;

    PORTC = 0b00000110;

    PORTD = 0b00000000;

    PORTE = 0b00000000;

    Como pode ser notado, o PORTC tem o RC1 e o RC2 inicializados em 1,j que, como dito na sesso 4.2.1, para que o LED fique apagado, precisamos

    que esse sinal esteja alto.

    Durante a comunicao com USB, ser usado um software IHM capaz de

    configurar durante as leituras os valores das sadas digitais, portanto o que

    mais importante nessa etapa de configurao so as definies das funes das

    portas, visto que durante a aquisio dos sinais via USB existir a possibilidade

    de configurarmos os valores das sadas, mas no a funo que ela exercer.

    5.3.2. Comunicao USB com PC

    Para que possamos adquirir o sinal no fotodiodo, um software para

    comunicao USB com PIC18f4550 de cdigo aberto foi usado. Atravs da

    comunicao, o programa capaz de se comunicao com o PIC e controlar as

    portas de sadas digitais e monitorar as entradas (analgicas e digitais), bastaque o PIC esteja programado com suas configuraes iniciais. A IHM do

    programa bastante atraente e se mostra como a melhor opo para os testes

    a serem feitos no projeto. J que possibilita o controle tantos das sadas do PIC

    quanto a monitoramento das entradas de uma maneira rpida e prtica. A

    figura 5.13 mostra a IHM do programa, que programado em C++.

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    O software faz todas as leituras de entradas analgicas, mesmo que os

    canais no estejam ligados, no caso do presente projeto, apenas os canais 0 e

    1 fazem medidas. O programa apresenta as leituras em 8bits, portanto, os dois

    bits menos significativos da leitura so desconsiderados, o que, na prtica, no

    prejudica muito os resultados.

    Alm disso, o software considera o tempo para aquisio do sinal, j que

    existe a necessidade

    Figura 5.13 - IHM do programa USB 18f4550 HID

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    O software utiliza a mesma montagem de hardware sugerida na seo

    4.2.6, portanto no implicou na modificao do circuito de comunicao USB. E

    pde ser usado com xito durante os testes.

    Abaixo, para ilustrar como a aquisio e envio do dado por USB feita,

    esto transcritas as funes usadas pelo software em questo. Nesse caso,

    somente as leituras dos canais 0 e 1 so feitas.

    SET_ADC_CHANNEL(0);

    DELAY_US(10);

    VALOR_ADC = (READ_ADC()/4);

    ENVIA[8]=VALOR_ADC;

    SET_ADC_CHANNEL(1);

    DELAY_US(10);

    VALOR_ADC = (READ_ADC()/4);

    ENVIA[9]=VALOR_ADC;

    Uma nica adaptao no software precisou ser feita, como o software

    usado para configurao dos pwms que esto localizados em RC1 e RC2, e as

    sadas digitais configuradas pelo software so as sadas de PORTB, foi

    necessrio mudar, apenas no cdigo (no na interface), que as portas a serem

    usadas como sadas sero RC1 e RC2 e que os pwms no sero controlados

    pela IHM.

    5.4. Projeto completo

    Para as medidas de recepo do fotodiodo, a estrutura mostrada na

    figura 5.14 foi montada. Para que no houvesse nenhuma interferncia nocircuito, a base do circuito no foi colocada em contato com nenhuma

    superfcie. O PIC foi programado com as definies iniciais do cdigo mostradas

    anteriormente com um lao infinito, e o circuito foi conectado ao Computador

    pelo cabo USB.

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    Figura 5.14 - Estrutura completa montada

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    6.Resultados

    Para verificar se o circuito seria adaptvel para um turbidmetro

    comercial de baixo custo foram usadas 12 amostras com concentraes

    diferentes de caf. Para tanto, uma amostra padro (aqui considerada deconcentrao 100% em volume) foi diluda em gua para conseguirmos as

    outras amostras. As concentraes em volume de caf usadas nas amostras so

    mostradas na tabela 6.1 e um exemplo de amostra apresentado na figura 6.1.

    Tabela 6.1 - Concentrao das amostras

    Amostra Concentrao em Volume1 100%

    2 90%3 80%4 70%5 60%6 50%7 40%8 30%9 20%

    10 10%

    11 5%12 2,5%13 Recipiente vazio

    Figura 6.1 - Exemplos de amostras (concentraes: 100%, 70%, 30%, 0%)

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    Com o fim de parametrizar os resultados, uma medida do sinal do

    fotodiodo para o recipiente vazio foi feita. Os resultados, j convertidos para

    nmeros decimais so apresentados na tabela 6.2. Esses valores foram

    representados em um grfico mostrado na figura 6.2.

    Alm disso, os valores so uma mdia de 5 medidas por sensor para as

    mesmas amostras, o desvio padro para cada valor mostrado na tabela e no

    grfico.

    Tabela 6.2 - Mdias e desvio padro das leituras dos fotodiodos

    Amostra Leitura Desvio Padro1 17 72 24 7,8

    3 28 84 35 195 42 17,26 55 197 65 58 71 99 75 19

    10 81 8,711 86 24,312 85 2813 111 31

    Com o uso das equaes 2.1 e 2.2 apresentadas no captulo 2, o clculo

    de intensidade de radiao transmitida (I) (turbidimetria) foi feito e

    apresentado na tabela 6.3. e no grfico da figura 6.3.

    Tabela 6.3 - Intensidade de radiao transmitida terico

    Amostra Concentrao considerada (C) Radiao transmitida (I)1 0,6 0,3083892 0,54 0,308553 0,48 0,308714 0,42 0,3088715 0,36 0,3090326 0,3 0,3091937 0,24 0,309355

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    8 0,18 0,3095169 0,12 0,30967710 0,06 0,30983911 0,03 0,30991912 0,015 0,30996

    13 0 0,31

    Para os clculos de I foram consideradas concentrao aproximadas,

    visto que as amostras no foram preparadas usando-se kits de calibrao

    usuais. Alm disso, os seguintes valores foram usados nos clculos:

    Figura 6.2 - Resultados - Leitura dos Fotodiodos

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    Figura 6.3 - Intensidade de radiao transmitida terico

    Podemos notar pelos resultados que as leituras apresentam uma sria

    instabilidade, visto que os desvios padres calculados para cada amostra so

    altos para essa aplicao. A intensidade de radiao transmitida tem ocomportamento esperado terico, que acompanha o comportamento da leitura

    obtida, j que quanto maior a concentrao das amostras, menor ser a luz

    transmitida.

    Alm disso, podemos notar que para alguns casos, a diferena entre as

    leituras no apurada o suficiente para levar a concluses assertivas, dessa

    forma, algumas caractersticas do projeto devem ser revistas para que o

    objetivo final (fazer leituras de turbidez com alta acurcia) seja cumprido. Esses

    pontos sero discutidos no captulo de concluses.

    Nas amostras de pouca concentrao, podemos verificar que o desvio

    padro alto, o que pode ser justificado por variveis de leitura (como reflexo

    do recipiente da amostra, falhas na cmara escura, arredondamento feito pelo

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    software, etc) em conjunto com rudos do circuito que, apesar de serem

    evitados em sua maioria pelo projeto, ainda esto presentes neste.

    Apesar da falta de acurcia, podemos notar que o circuito foi capaz de

    medir a luminosidade modulada pela amostra, como visto na figura 6.1 e que o

    uso de fotodiodos em conjunto com amplificadores operacionais possvel para

    a aplicao sugerida. Entretanto no foi possvel confirmar a melhor

    sensibilidade sugerida por Garca, 2007, visto que outras variveis podem ter

    sido causadoras dos erros de medida.

    O comportamento linear das leituras mostra que com os devidos ajustes,

    o circuito pode representar uma tima opo como ferramenta para aferimento

    de turbidez de lquidos.

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    7.Concluses e perspectivas

    Como pudemos notar com os resultados, o projeto apresentado

    demonstrou que o circuito projetado pode ser usado para aquisio do sinal lido

    por fotodiodo acoplado a circuito amplificador, entretanto, para usos comerciais,que exigem leituras muito mais acuradas, necessrio que modificaes no

    projeto sejam feitas. A maioria das modificaes est ligada eliminao de

    rudo e interferncias externas. Para tanto, necessria a reviso do mtodo de

    manufatura do circuito, o uso de impressoras de circuito impresso seriam as

    melhores opes j que o mtodo de corroso usado pode levar a

    inconsistncias no resultado final.

    Para projetos futuros, seria importante que o layout do circuito fosse

    refeito de modo e separar o circuito em duas partes independentes com

    aterraes distintas, uma parte digital, que incluiria os circuitos de emisso e

    comunicao USB, e uma parte analgica contendo os circuitos de aquisio do

    sinal pelo fotodiodo. Essa separao eliminaria a interferncias dos sinais entre

    si, diminuindo o erro nos sinais lidos. Outro fator importante a substituio

    dos componentes usados por modelos SMD, menores e menos sujeitos a rudos.

    O que demandaria uma montagem tambm maquinizada devido ao tamanho

    das pernas dos componentes. Os fatores externos, como o ambiente de leitura

    dos fotodiodos poderia ser compensado por calibrao do software de acordo

    com parmetros a serem definidos juntamente com o layout do produto final.

    A introduo do projeto no mercado exige ainda, a criao de uma IHM

    embarcada para leitura dos valores de turbidez, assim como aplicao do

    algoritmo para o tratamento do dado lido pelo fotodiodo at chegar ao valor de

    turbidez nos moldes definidos por sistemas de medida. Outro ponto importante

    e que deve ser levado em considerao antes da adaptao do produto ao

    mercado a busca de anterioridades, evitando a infrao de patentes de

    terceiros visto que esse campo de estudo bastante explorado mundialmente.

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    8.Bibliografia

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