tuba veneris

8/13/2019 Tuba Veneris

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Tuba Veneris

ou

O Chifre de Vnus


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Tuba Veneris, ou, os Chifres de Vnus.

Ttulo Original: The Little Book of Dark Venus.

Disponvel em: http://www.jwmt.org/v2n12/venus.html(verso em ingls)

Autor/Crdito: (supostamente) John Dee, traduo para verso ingls Teresa Burns e

Nancy Turner.

Primeira edio em portugus pelo Grupo de Tradues Ocultas, www.gtobr.org, 2009.

Segunda edio em portugus pelo Grupo de Tradues Ocultas, www.gtobr.org, 2013.

Traduzido por Leonardo M. & Frater Ninenfer a.k.a Alva .. Caelestis .. 777

Capa: Dressed in Black, por chicho21net:

http://chicho21net.deviantart.com/art/Dressed-In-Black-140011031

www.gtobr.org Grupo de Tradues Ocultas


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O Pequeno Livro da Vnus Negra

atribudo a John Dee

Traduzido por Teresa Burns e Nancy Turner

http://www.jwmt.org/v2n12/venus.html

Esta traduo foi feita primeiramente pelo Londons Warburg Institutea partir do Ms.

FBH 51(escrito aproximadamente em 1600, +/- 20 anos), seguindo a comparao feita

porJrg M. Meierentre este manuscrito e outros oito manuscritos [1], especialmente o

Munichs Bayerische Staatsbibliothek, Cod. lat. 27005 (sculo XVII), Erlangers

Universittsbibliothek Erlangen-Nrnberg Ms. 854(segunda metade do sculo XVII), e

o texto Gedrucker, de 1794, de Viena. Como observado, temos seguido a cpia de

Warburg, exceto pela regularizao da ortografia ou gramtica (i.e., quando dito

pargamento (pergaminho), temos utilizados a ortografia tpica, pergamento). Onde

nenhum manuscrito segue a ortografia ou gramtica usual temos usado o manuscrito

Warburg, e tambm seguido a transcrio de Meier de capitalizao e intercalar quebra

de linhas desta verso.

[1] Dee, John. 1990. Das Bchlein der Venus (Libellus Veneris Nigro Sacer): eine magische

Handschrift des 16. Jhrs. Transcrito e comentado por Jrg M. Meier. Bonn.

Nosso frontispcio corresponde ao esquema de cores do manuscrito de Warburg. Com

exceo do frontispcio, usamos preto e branco no texto e em todos os grficos, devido


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irregularidade entre manuscritos (como por exemplo, a gravura da capa do manuscrito

de Munich apresenta uma Vnus com cabelos verdes e um hexagrama vermelho [2]). A

escrita do manuscrito de Warburg apresentada em um marrom escuro, enquanto o seu

homlogo, o manuscrito de Munich, mais colorido, intercala verde e vermelho ao

longo de todo o texto preto: por exemplo, no ttulo, nas primeiras quatro linhas, e

subttulo, esta verso multicolorida apresenta Libellus, in Astris, TUBA, Dmon, e

TUBAem vermelho, e VENERI, VENUS, STYGIUS, e SIGNem verde [3]. Tendo em

conta que o mais provvel que Dee no escrevera o manuscrito de Warburg, e que a

verso de Munich uma cpia ainda mais posterior, ns julgamos mais apropriado

deixar a preferncia das cores ao mago-leitor ou ao conhecimento esttico e mantemos

nossos grficos e escrita em preto e branco. Agradecimentos a Darlene por fornecer a

cobertura de arte, e a J.S. Kupperman por recriar algumas linhas dos desenhos do

manuscrito.

[2] Meier, Jrg M., 1990a, Kommentar zum Text, emDas Bchlein der Venus, Bonn p. 49.

[3] Meier, Jrg M., 1990b, Text und berstzung, emDas Bchlein der Venus, Bonn p. 23.


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LIBELLUS VENERI NIGRO [4]SACER

O Pequeno Livro Consagrado Vnus Negra

Ela VNUS nas Alturas, um nome dado a mim pelas estrelas.

Por ser estgia [5] hspede, [6] ela surge quando o CHIFRE [7] soa.

O Dmon [8] subjugado geme sob a fora do SINAL

Bravo! Como o vencedor, infundido com glria, tu [9] retornas a partir do inimigo.

O Chifre de Vnus

Ou seja

As Chamadas [10] ou Convocao dos Seis Espritos governados por Vnus, pelo o

qual ensinado o Mtodo para criao do Selo,[11] Chifre (cornucpia), e o Crculo de

Vnus, sua Organizao, os Nomes prprios dos Espritos dela, Suas Chamadas e Selos

com as horas para preparao. A consagrao do Livro, o Rito do Trabalho. A Licena


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para Partir do Esprito, ainda com outras coisas a serem observadas durante o trabalho.

John Dee sada os Amantes da Arte Mgica

No nossa inteno ou o objetivo deste pequeno livro, escrever sobre as diferentes

Artes Necromticas [12], suas definies, subdivises, mtodos ou mesmo suas vrias

prticas das quais diversas consideraes, opinies e Livros sobre estes assuntos j

foram escritos. Destes rduos volumes, poucos so os que so claros e verdadeiros, em

um momento para a compreenso, e no prximo momento para a prtica atual. Aqui,

entretanto, ns soaremos um Chifre para ti, Amado Leitor! Atravs de tal Som, Seis

Espritos governados por Vnus sero chamados a vir aqui e danar, utilizando um

mtodo que eu mesmo pratiquei por vrias vezes. A fim de chamar os Dmons, tu

devers invocar os Espritos com o nome prprio de cada um. Embora no queira

discordar, eles podem ser forados a vir pelo significado das poderosas conjuraes ou

fortes cadeias, porm, no sem um grande esforo e opulncia, um grande flego, e

circunstncias rduas. Se tu estiveres familiarizado com estas Chamadas, ou seja, os

nomes e palavras especiais pelas quais os Espritos so chamados e ordenados pelos

Anjos Planetrios deles mesmos, e se tu aderires s outras necessidades que so

mostradas neste pequeno Livro, e se tu tiveres afastado todas as figuras

fantasmagricas, tu percebers que brevemente e sem hesitao, alarido, ou medo, os

Espritos que tu chamares sero forados a aparecer em forma humana. Tu deves saber

que os bons anjos de Deus, o Altssimo, so colocados acima dos maus espritos, ento

eles [os anjos] podem govern-los; portanto, quando um esprito mal ordenado a fazer

algo, o bom esprito chama-o e ordena ao mau esprito com sua invocao apropriada,


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porm, ele faz com uma linguagem atpica e desconhecida para ns mortais. Entre os

eruditos h opinies diferentes, e neste momento nenhuma certeza. certo, contudo,

que o Supremo Criador deu a todas as coisas criadas um Sinal e nome distintos, pois

est escrito: Ele determinou o nmero de estrelas, ele deu nomes a todos. Salmo 146

[13].Por que outrora eles eram Anjos e Estrelas nos cus, e mesmos todos os Dmons

nocivos possuem nomes e Sinais que lhes foram dados pelo Grande Criador, e por esta

razo necessrio chamar e for-los utilizando os mesmos meios pelos quais podemos

chamar os Anjos bons, como eu tenho mostrado e ensinado em outras partes. Esta

Cincia anteriormente citada foi praticada na antiguidade pelos Patriarcas Israelitas,

pelos Caldeus, e muitos outros, e pessoas devotas atualmente ainda praticam. Por esta

razo, estas Cincias so reveladas: Magia, Kabbala, e Necromancia, sendo que esta

ltima no floresceu tanto entre os Egpcios, Persas e rabes, mesmo se fosse algo

ilegal, deturpado e com forma adulterada, visto que os humanos entregam a si mesmos

voluntariamente posse dos Dmons nocivos atravs de pactos de Sacrilgio, o que

certamente terrvel ouvir. Devido a este vergonhoso desvio, equvoco e violao, esta

Arte foi justamente proibida pela Igreja e Autoridades da Lei, e por conta disso, so

poucos os livros que podem ser encontrados condizentes com esta prtica. Portanto,

depois de transmitir e entregar-lhe nosso Chifre, o qual ns obtemos com extraordinria

dificuldade, por um bom propsito, e sob nenhuma circunstncia para trazer a tua

destruio (isso ocorre somente quando utilizado de maneira abusiva), pretendemos

deixar isto para o teu uso, e.g. para alcanar tesouros perdidos, para Navegao,

Negcios, guerra, e de outras formas onde o Esprito tambm possa ti servir. Prtica e

experincia ensinaro muito. H, alm disso, outras chamadas ou conjuraes de

Espritos, que aparecem por meio dos Grandes Prncipes que vivem entre eles, porm

muito difcil e fatigante obt-los e fazer com que eles ti obedeam, e eles s surgem


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com um grande barulho e alarido e com formas extremamente terrveis e nunca sem

causar o maior risco ao Operador. Nossas Chamadas dos Espritos, sobre as quais

escreveremos, pertencem a Vnus e por esta razo ns chamaremos isso de O Chifre de

Vnus. Nem todos os Dmons maus so governados pelos Sete Anjos Planetrios; no

entanto, os que esto escritos neste livro, so contados entre aqueles sob a regncia de

Vnus, e por isso que titulamos acima O Livro de Vnus, uma vez que tambm

dedicado e consagrado ao Planeta que com a descrio que iniciamos, avisamos-lhes

para escutar com muito cuidado e muita ateno. Adeus!

Concludo e escrito em Londres, em quatro de Junho do ano de 1580.


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Primeiro Captulo, O Chifre de Vnus.

Como o Selo ou Sinal de Vnus feito

A primeira coisa que necessitamos para o nosso trabalho Necromntico o Selo de

Vnus, o qual feito da seguinte forma: Toma uma parte nova de minrio de Cobre e

disso faz uma Placa do tamanho da figura esboada abaixo; [14] preciso cortar esta

[Placa] de acordo com o nmero apropriado de Planetas, ou seja, com seis ngulos: o

sinal deve ser gravado usando instrumentos novos e puros de ao ou ferro em um dia de

na terceira ou dcima hora da noite, contando a partir do momento em que o desce

(pr do sol). Se a medida de uma hora no suficiente, deve-se esperar at a prxima

hora, i.e. a dcima hora, pois s permitido trabalhar nas horas de Vnus (enfatizamos

novamente) na lua nova; por conta disso que, se no for possvel completar o Selo

durante uma noite de nas duas horas prescritas, deve-se aguardar este aspecto at a

prxima lua. Aps ter concludo isso, o Selo deve ser consagrado com fumaa no

mesmo dia e hora de .

Faa a Consagrao com estes Materiais:

Verbena, Murta/Mirto, e Almscar.

Posteriormente envolva-o em um linho novo e o enterre, durante a noite, em um corpo

de gua que flui, assim como foi dito, no perodo do dia da Lua Nova; depois o

desenterre na noite seguinte, durante a hora de , e preserve-o para a oportunidade de

trabalho.


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N.T: Corpo de gua significa qualquer lugar onde acumule gua. So considerados

exemplos de corpos de gua, mares, oceanos, lagos, ou pequenas piscinas naturais,

como lagoas ou poas.


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Sigillum Veneris

[O Selo de Vnus]


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Segundo Captulo:

Como fazer o Chifre cornucpia de Vnus

Arranca-se o Chifre [15] de um Touro vivo, e em seguida se apanha vitrolo (Vitriol)

dissolvido em vinagre, com os quais o Chifre dever ser lavado e purificado, e em

seguida, dever ser gravado nele os Caracteres com Instrumentos de Ao, tal como eles

so representados no seguinte esquema, em ambos os lados do chifre, como dito

anteriormente. necessrio ter total certeza de que toda a preparao do Chifre,

incluindo o momento em que ele for cortado do touro, deve ser tambm no perodo, dias

e horas de , tal como foi feito na preparao do Selo. Mais tarde, envolva-o em

defumao, cubra-o com linho, e enterre-o junto com o Selo de , em seguida

desenterre-o novamente e guarde para o uso posterior.

N.T: Vitriol, alm de significa vitrolo, significa cido sulfrico. Porm, Vitrioltambm

possu um significa oculto.


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Tuba Veneris

[O Chifre cornucpia de Vnus]


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14

Terceiro Captulo:

Como Fazer o Crculo

Antes de falarmos sobre como Chamar os Espritos, temos de tratar da organizao do

crculo, a partir do qual o Necromante pe em ordem tudo o que ser usado para o

trabalho, a fim de proteger a si por meio das defesas mais fortes contra os ataques e

injrias dos Dmons. Diferentes pessoas criam o crculo de maneiras e formas distintas.

Os que trabalham em locais fechados o preparam com greda (cr), giz, carvo, ou

pigmentos. Outros que conjuram nas florestas ou em encruzilhadas, criam o mesmo com

uma espada ou com certos bastes; outros, todavia, produzem o crculo com

pergaminho, no qual os Nomes Divinos so inscritos, e este o mtodo que

empregamos para nosso trabalho, uma vez que legamos o crculo como a herana mais

auspiciosa com todo o restante dos objetos que j foram feitos, e adicionamos aqui no

livro apenas a forma e mtodo de organizar e fazer isso completamente. Escolhe, assim,

algum pergaminho ou papel virgem, e corte este no tamanho suficiente para trs

crculos, o primeiro [crculo] com seis metros de dimetro; os crculos restantes, a dois

ou trs dedos de distncia do primeiro. Depois disso, os Nomes Divinos deve ser

escritos em cores, durante os horrios e horas prescritos de , como possvel ver na

figura do crculo a seguir [16]. Logo que o crculo criado, pode-se consagr-lo comdefumao, porm, no cubra-o ou enterre o mesmo: guarde-o para o uso.


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Forma Circuli

[Forma do Crculo]


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16

Quarto Captulo

Como Chamar os Espritos, e como criar seus nomes e smbolos sinais especiais.

Nomen primi Spiritus.Mogarip. Sigillum.

[O Nome do Primeiro Esprito:Mogarip. O Selo.]

A Chamada:

Mogarip! Mogarip! Mogarip! Hamka Temach Algazoth Syrath Amilgos Murzocka

Imgat Alaja Amgustaroth Horim Suhaja Mogarip! Mogarip! Mogarip!


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Nomen secundi Spiritus.Amabosar. Sigillum.

[O Nome do Segundo Esprito: Amabosar. O Selo.]

A Chamada:

Amabosar! Amabosar! Amabosar! Pharynthos Egayroth Melustaton Castotis Mugos

Nachrim Amabosar! Amabosar! Amabosar!


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Nomen Tertij Spiritus. Alkyzub. Sigillum.

[O Nome do Terceiro Esprito: Alkyzub. O Selo.]

A Chamada:

Alkyzub! Alkyzub! Alkyzub! Mergastos Hajagit Agaschar Asmodit Burgum Zephar

Largon Cherip Galgadim Uriach Alkyzub! Alkyzub! Alkyzub!


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Nomen Quarti Spiritus.Belzazel. Sigillum.

[O Nome do Quarto Esprito:Belzazel. O Selol.]

A Chamada:

Belzazel! Belzazel! Belzazel! Thittersa Zapkyos Brusiat Algior Soryam Ferozim

Abdizoth Mulosin Belzazel! Belzazel! Belzazel!


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Nomen Quinti Spiritus:Falkaroth. Sigillum.

[O Nome do Quinto Esprito:Falkaroth. O Selo.]

A Chamada:

Falkaroth! Falkaroth! Falkaroth! Hymelion Lothaia Estachar Indos Nomirim Hamach

Felogon Morgoseos Angar Arastus Falkaroth! Farkaroth! Farkaroth!


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Nomen Sexti Spiritus:Mephgazub. Sigillum.

[O Nome do Sexto Esprito: Mephgazub. O Selo.]

A Chamada:

Mephgazub! Mephgazub! Mephgazub! Samanthros Jaramtin Algaphonteos Zapgaton

Osachfat Mergaim Hugal Zerastan Alcasatti Mephgazub! Mephgazub! Mephgazub!


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Como fazer os Selos dos Espritos

Adquire-se Cera verde, que ser misturada com fuligem, disso fazei peas redondas e,

com instrumento de ao, talhe dentro dele o Selo do Esprito que deseja invocar. Deixe

este Selo a ser consagrado com fumaa da mesma forma que dos outros acima

mencionados, no perodo, dia e hora de , mas no enterre: preferivelmente, preserve-o

para o Trabalho.


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Como consagrar o Livro

necessrio consagrar o Livro (no qual os nomes e Chamadas dos Espritos so

escritos) antes de us-lo, tal como os velhosMagifizeram, cujas consagraes em livros

similares foravam os espritos a aparecerem; de qualquer modo, para ns esta prtica

muito perigosa, particularmente se tal livro infortunamente cair nas mos de pessoas

completamente ignorantes nesta arte. Por conseguinte, preferimos consagrar nosso livro

da seguinte forma: O Livro deve ser feito de Pergaminho, com o smbolo de e, se

desejar, com uma Imagem deste Planeta, cuja figura [deve] estar representada com um

sobre sua Cabea. O Livro deve ser chamado:

O Livro Consagrado da Vnus Negra [17]

Antes da Chamada dos Espritos, deve ser escrito O Chifre de Vnus em Vermelho,

como exemplificado em nosso Livro, o qual foi consagrado por mim mesmo e ser

deixado para as futuras geraes com o restante de todas as coisas que lhe pertencem,

assim como o fado foi totalmente posto em tuas mos. Este livro deve ser

completamente escrito, portanto, no horrio de Vnus, como j mencionado vrias

vezes, com a pluma de um(a) pombo(a), vitrolo verde (sulfato de cobre, vitrolo (cido

sulfrico e cobre), e tinta virgem. Verde e vermelho podem ser usados, se desejar, pois

Vnus recebe com agrado estas cores. Depois que o livro produzido e escrito, envolva-

o com fumaa. Ento, tome a gua de Vitrolo, encha a mo e batize o livro, dizendo:

Vnus Negra eu te consagro, Livro Sagrado.

Chifre de Vnus teu nome


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Cujo poder notrio

A todos os hspedes e visitantes no submundo.

Anael, Grande Prncipe Olmpico!

Peo-te humildemente, fortalea este Volume,

Purificando-o em tua eterna primavera de honra.

O Dmon inscrito dentro dele poder

Vir rapidamente nas horas de Vnus,

Se este Chifre soar

E conquistar o que eu desejo, mesmo se ele for pertinaz.

Gentilmente ajuda-me!

Logo que isso for feito, deve-se encobrir mais uma vez o Livro com defumao e

embrulh-lo em um tecido verde ou vermelho, e em seguida enterre-o debaixo da terra

com o restante das coisas no mesmo perodo prescrito anteriormente, desenterre-o, e

armazene-o para usar.


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Como Empreender o Trabalho

Quando todas as coisas mencionadas acima esto devidamente preparadas e prontas, e o

operador julgar-se adequado e confiante o suficiente e tiver preparado a si mesmo (uma

vez que isto exija um homem absolutamente corajoso e sem medos), ele deve ir durante

o mesmo perodo muitas vezes mencionado, hora, e noite de para um lugar seguro e

livre de perturbaes humanas, seja em um prdio, ou melhor, em uma Floresta ou em

uma isolada e deserta estrada ou encruzilhada. L ele poder estender o crculo e

colocar o Selo de em torno do seu pescoo. Depois, ele deve acender o fogo e comear

a invocar um dos espritos que ele selecionou a partir do nmero indicado. Ele deve

pronunciar a Chamada inteira atravs do Chifre de , e ele dever chamar o Esprito

pelo o nome uma vez, uma logo no incio e outra ao final da prtica, mas sempre com

pausas evidentes.

Ele deve Saudar o Esprito desta forma:

Saudaes a ti, nobre e obediente Esprito (deve-se, aqui, dirigir-se ao esprito pelo

nome dele). Eu ordeno que tu, pelo poderoso nome de Adonaie com este Selo (mostre e

indique o Selo do Esprito) do Anjo Anael, o Regente Supremo do Planeta Vnus, para

portar-se de modo calmo e pacfico e realizar meu minha vontade em todas as coisas

que eu instru-lo a fazer. Isto eu te ordeno, alis, por Deus, o Pai, o Filho, e o Esprito

Santo e pelo Triunfante Senhor Jesus Cristo, que vir julgar o mundo atravs do fogo.


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Depois disso o Esprito perguntar ao Mestre o porqu ele foi convocado e o que o

mestre deseja e solicita. E este, o Mestre, deve ento, clara e decididamente declarar. Se

o esprito se mostrar, de alguma forma, no cooperativo, deve-se seguramente pegar o

Selo de Vnus e coloc-lo acima do fogo ou carvo, com o qual o incenso foi queimado,

ou se no foi usado incenso (desde que us-lo no absolutamente necessrio), poder

segurar o Selo acima de uma vela acesa, at que ele se torne quente, e ento o coloque

diante do esprito invocado. Quando isto feito, os espritos so terrivelmente

atormentados e eles pedem ao Mestre para que ele pare de tortur-los, e eles no se

tornam mais resistes para cumprir sua vontade. Certamente eu aconselho para que o

Mestre no exceda o smbolo em demasia com sua pretenso e exigncia e desejos, o

que ao fazer provocaria a ira Divina; e que no vacile e se mostre inconstante aos

astutos espritos, ou ainda pior, aceitar condies que eles lhe sugerirem. Entretanto,

preferivelmente, com uma mente brava e firme, ele dever insistir nos pedidos que ele

manifestar aos Espritos e ele deve dever observar atentamente as ameaas e protestos

deles das dissimuladas dificuldades para as bagatelas vazias, caso contrrio ele perder

seu Controle sobre estes Espritos. No menos importante, ele dever precaver-se de

utilizar a ajuda dos Espritos para defender sua impiedade e atos criminais, o que far

com que os Espritos se mostrem cada vez mais vidos a executar: de fato, a alma

certamente sofreria grandes danos [se comportada assim], pois enquanto ele considera a

si mesmo exercendo seu poder sobre os demnios, ele verdadeiramente estaria

entregando sua alma terrvel servido aos demnios. Por esta razo, ns sinceramente

advertimos mais uma vez contra toda e qualquer mau uso desta arte. Quando Espritos

tiverem cumprido os comandos ou a vontade do Mestre, eles devem ser dispensados da

seguinte forma:


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A Dispensa do Esprito.

Como dito anteriormente, atravs do Chifre de , diga estas palavras: Norcados

Fenoram Anosiren (aqui, deve-se chamar o esprito mais uma vez pelo seu nome e

continue) Oparchim Amosan Zezaphilos Aspairath Anthyras Zyriffon.

Quando eles ouvirem estas palavras, os Espritos tornar-se-o invisveis imediatamente,

e o mestre poder deixar o Crculo depois que ele proferir qualquer beno ou

agradecimento que ele desejar.


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Outras coisas que devem ser atencionadas durantes o trabalho.

Se o experimento realizado com outras pessoas presentes, somente uma pessoa, que

atua como Mestre e faz as Chamadas, deve falar com os Espritos. Todas as outras

devem permanecer em silncio. Se os Espritos so forados a trazer tesouros ou

moedas, necessrio colocar o Selo de no tesouro e posteriormente esvaziar o tesouro

de seu recipiente e transferi-lo para um novo recipiente que dever ser previamente

perfumado e consagrado. Deste modo, com estes pequenos avisos ns conclumos nosso

pequeno livro: Guarda-o, amado Leitor, do uso indevido; pensa cuidadosamente sobre

as coisas aqui escritas; tenha certeza de que tu no se esqueceras de nada; e sempre que

tu fizeres algo, certifique-se que tu ages sabiamente e carrega contigo uma mente firme

e sem medo; e resultar em grande benefcio e conforto. H ainda algo que devemos

relembr-lo, e que poder lhe garantir grande sucesso com o trabalho, a melhor coisa a

fazer relembrar dos pobres atravs das obras de caridade. E assim tu sers feliz nesta

vida, bem como na prxima; e ele ser misericordioso para ns, aquele que vir julgar

os vivos e os mortos, cujo Reino no ter Fim.


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Notas

[4] Gramaticalmente, estas palavras deveriam ser lidas LIBELLUS VENERINIGRSACER, ao invs

deNIGRO, mas como este detalhe aparece nas quatro verses principais examinadas por Meier (1990b p.

22), talvez como uma forma de nigromancia.

[5] Pertencentes ao submundo e/ou Rio Styx; tambm, um trocadilho parastiga, bruxa.

[6] Habitante, com o sentido de estranho residente.

[7] Tuba se refere mais diretamente a trombeta reta de guerra feita de bronze dos antigos romanos,

mesmo que o grfico mostre um chifre curvo, como um shofar. Veja a discusso posterior no artigo.

Tuba, alm disso, certamente um trocadilho sobre a rvore-tuba no Alcoro, a mais bela e alta rvore no

Paraso, vista por Idris/Enoque. Na poesia sufi a rvore-tuba, ou rvore da vida, muitas vezes onde o

esprito desce ou pousa, como uma Phoenix (Fnix).

[8] Ns utilizamos dmonao invs de demon, por possuir um significado ambguo, significando esprito

maligno associado com demon, e um significado mais antigo, do grego , de um ser

sobrenatural, esprito, ou gnio cuja natureza servir de intermdio entre deuses e homens. Usamos

como um falso arcasmo utilizados muitas vezes na literatura da poca, para insinuar um sentido mais

antigo (como Spenser faz na intitulao de seu poemaFrie Queene.)

[9] Tu/Voc pode ser lido como um tratamento direto Vnus, ao leitor, ou ambos.

[10]Vocatus: invocaes, chamadas (cerimoniais) ou conjuraes.

[11]Siggilum: geralmente escrito como sigilo em outros textos mgico/astrolgicos, porm traduzido

aqui como Selo para igualar ao termo ingls de Dee.

[12] Enquanto isso pode ser traduzido como arte negra ou igualmente alquimia, ns usamos o termo

mais contemporneo com Dee para traar na conotao, mais do tempo dele do que o nosso.

Particularmente, um dos manuscritos posteriores examinados por Meier usa o latim necromanticem vez

de negromantic(veja 1990b p 22, 30).


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[13] Utilizando o sistema de numerao grego. Nas tradues bblicas mais modernas, este salmo

louvando a restaurao de Jerusalm o Salmo 147.

[14] De acordo com Meier 1990a, no manuscrito Warburg, as linhas so vermelhas e os outros desenhos

so verdes, com um fundo verde claro. No manuscrito de Munich, o selo da esquerda preto em marrom

avermelhado e o da direita preto em verde, mostrando um traado no ciente do autor se isso seria o

verso ou anverso do mesmo selo.

[15]Cornu. Nota-se que Dee utilize cornupara um tipo de chifre e tubapara outro, apesar de que cornus

tambm poderia ser um chifre musical curvado.

[16] De acordo com Meier 1990a, no manuscrito Warburg, os nomes dos Arcanjos, Evangelistas, e as

doze cruzes no crculo exterior so da mesma cor marrom que est no texto, enquanto todos os outros

nomes e cruzes so vermelhas. No manuscrito Munich, o anel exterior do crculo vermelho, o anel do

meio preto e o anel interno verde.

[17]Libellus Veneri nigr Sacer: compare o ttulo e a nota n 4.

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tuba veneris

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