super julia - 001 - a lei do coração - evelyn a crowe

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  • 8/13/2019 Super Julia - 001 - A lei do corao - Evelyn A Crowe

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    A lei do CoraoA lei do Corao(A Family of his own)(A Family of his own)

    Evelyn A. CroweEvelyn A. Crowe

    Jamais uma mulher o atrara tanto!

    Jayme Van der Bollen sempre fizera sucesso com as mulheres, sem nuncaassumir compromisso algum. Porm, quando conheceu aarqueloga Laura Ghant,ficou fascinado. De repente, parecia que faltava algo na vida do convicto solteiro, e a idia de formar uma

    famlia tornou-se atraente. S que Laura no se impressionou com a inesperada paio de !a"me e no

    pretendia aumentar a lista de #trofus# desse inveterado conquistador...

    DIGITALIZAO: SLVIAREVISO: MARIA

    ROCHA

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    Super Julia 1 A ei do Corao Evelyn A. CroweSuper Julia 1 A ei do Corao Evelyn A. Crowe

    !uerida lei"ora#

    Aqui, na redao, pensamos muito antes de escolher o romance que iria darincio a Super Julia, a nova srie de Romances Nova Culural. E ns fomosunnimes em eleger A !ei do Cora"#o, de Eveln $ !ro"e, porque umahistria sensacional, que vai me#er, e muito, com o seu corao$

    %em&re'se( a partir de agora, a cada )* dias, voc+ ter um encontro marcado

    com a emoo nos romances Super Julia!Roberto Pellegrino Editor

    Eeln A" #ro$e

    A E$A E$DODO CORAOCORAOCopyrigh para a l%ngua poruguesa& '(()

    *radu"#o& Paula +ias de Andrade+-*R$ NV$ C/!*/R$!

    C%rculo do !ivro !da.$lameda 0inisro Rocha $zevedo, 123 ' ) ) - andar

    CEP: 00"#0 " S$o Paulo " %ra&il

    C4RC/! + !-VR !*+$.5oocomposi"#o& C%rculo do !ivro

    -mpress#o e aca6ameno& 7r8fica Circulo

    A FA%$& 'F $S '*A FA%$& 'F $S '*

    Copyrigh 9 '((3 6y velyn $. Cro:eriginalmene pu6licado em '((3 pela ;ilhouee Boo

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    #A%&T'LO

    Jayme Van der Bollen recosou>se no espaldar da cadeira, inclinando>a parar8s. 5echou os olhos e solou um suspiro de saisfa"#o. $ca6ara de sa6orear

    panquecas co6eras de mel, v8rias iras de 6acon, suco de laran?a e r@sA%caras de caf preo. ;em dvida, um des?e?um 6em refor"ado. Naquelemomeno, udo o que dese?ava era se enreer numa conversa desconra%dacom o irm#o, a cunhada gr8vida e seu querido so6rinho.;enindo>se pregui"oso como um gao, a6riu um dos olhos e sorriu, enquanoo6servava 7inny levanar>se. ra dif%cil acrediar que a conhecera havia poucomais de um ano, na mais a6surda das circunsncias.

    *anas coisas haviam aconecido... mais imporane era que seu irm#o foraa6en"oado ao casar>se com 7inny.

    5iando a cunhada, Jayme concluiu que a amava. Chocava>o desco6rir>seineressado por oura pessoa que n#o ele prDprio. ra, o amor nem sempre erapermeado de seAo. +eus, 0a poderia corar>lhe a ca6e"a e eApE>la no por#opara adverir qualquer ouro homem que ivesse ais pensamenos a respeioda 6ela 7inny. N#o, n#o. Jayme amava 7inny como uma irm#.$ vida era perfeia, pensava ele. Bem... quase...$rregalando seus 6rilhanes olhos azuis, Jayme F eApressou aquele sorrisomaquiavlico, no qual 7inny sa6ia ?amais poder confiar.F N#o me venha com esse ?eio maroo, Jayme F adianou>se ela, recosando>se na pia e cruzando os 6ra"os so6re a enorme 6arriga.s olhos de Jayme arregalaram>se ainda mais. +og, o c#o da casa, sempre aolado de 7inny, rosnou e mosrou>lhe os denes poniagudos.F ;D esava pensando em como voc@, 0a e +aniel @m sore.la esperava um daqueles comen8rios sarc8sicos do cunhadoG ali8s, esavapreparada para re6aer H alura, mas emocionou>se com o profundosenimeno conido naquela frase. Jayme senia>se soli8rio, ponderou 7inny, elogo as l8grimas surgiram em seus olhos, ofuscando>lhe a vis#o.+aniel e 0a pararam de irar a mesa e se fiaram. m seguida, desviaram oroso para n#o ca%rem na gargalhada.

    F lhe o que voc@ fez io JaymeI J8 lhe disse que as mulheres ficam muiosens%veis quando es#o gr8vidas. *odas as emo"es omam>se mil vezes maisfores que o normal. F +aniel ocou o 6ra"o da madrasa com genileza. F N#od@ aen"#o a ele, 7inny. *iio es8 ficando velho e, por isso, seus hormEniosaca6am desregulando. $cho que foi omado pelo impulso de criar seu prDprioninho.7inny precisou coner>se para n#o rir.F %e'( para i&&o( Ja)'e pre*i&ar+ de u'a 'ul,er-O ro&to de Ja)'e tornou"&e p+lido- Sua .a'/lia in&i&tia ne&&e a&&unto de&de ue ele 1endera toda& a&

    propriedade& ue po&&u/a( in*luindo a& lo2a& de uei2o e 1in,o( para &e e&tabele*er na .a3enda ue o pai l,edei4ara *o'o ,eran5a-

    ,,

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    $ propriedade esava localizada ao lado das vinhas da fam%lia, e Jaymeencionava adminisr8>la. 0as n#o inha preenses de se omar um grandefazendeiro. Porm foi capaz de impressionar a odos quando ransformou ovelho celeiro numa casa confor8vel e ha6i8vel.F 0ulheres... F resmungou, com cero desdm. F las n#o s#o o meu

    pro6lema. ;empre eAisir#o v8rias para escolher quando a hora chegar.Boquia6era, 7inny fiou 0a, senindo>se chocada. Kueria pergunar aocunhado o que ele pensava a respeio do amor, mas desisiu ao ver o maridomeneando a ca6e"a, enando adveri>la de que al perguna poderia geraruma pol@mica discuss#o.Na verdade, Jayme era um homem lindo. $lo, musculoso, de ca6elos loiros emaravilhosos olhos azuis. 0as mesmo que n#o fosse araene, haveria dziasde mulheres caindo aos seus ps. irm#o de 0a possu%a uma personalidadecarism8ica, adorava rir e se diverir, ?amais se mosrava hosil a quem querque fosse., para complear anas qualidades, Jayme adorava mulheres. ra fascinadopor elas. Na verdade, apreciava a companhia feminina. $li8s, companhias femi>ninas nunca lhe falaram.F +o que preciso mesmo algum cheio de msculos para me a?udar acolocar os arm8rios da cozinha F compleou, desaponado por 7inny n#oconesar sua provoca"#o so6re mulheres.Com freqL@ncia, Jayme e a cunhada cosumavam discuir, rocandoargumenos afiados a respeio desse assuno. 0as, no esado em que seenconrava e considerando que o nascimeno do 6e6@ se aproAimava, qualquer

    frase mais significane poderia provocar rios de l8grimas nos doces olhos de7inny. $final, Jayme adorava essa reuni#o mainal com a fam%lia e n#o pre>endia polemizarG assim eviaria qualquer aiude que a6orrecesse seu queridoirm#o.;orrindo, desconra%do, Jayme levanou>se e pegou um dos livros que +anielrouAera para casa. ;eu so6rinho, um g@nio de onze anos, esava sendomoniorado na /niversidade do *eAas, pois dedicava>se a uma pesquisa cu?onome Jayme n#o sa6ia sequer pronunciar.+urane a semana, o garoo morava na universidade, e nos finais de semana

    ou frias vinha H casa do pai. Nesse ver#o, +aniel fora li6erado dos esudos, eJayme aproveiou a oporunidade para passar mais empo com o so6rinho.F Kue livros s#o esses, inseinM F Jayme pergunou. F Voc@ n#o vai esudaro ver#o ineiro, n#o M Pensei que fosse me a?udar na fazenda.+aniel levanou>se, pegou um dos livros so6re a pilha e, erguendo>o, declarou&F ;#o esclarecimenos imporanes so6re nascimeno e procria"#o. Como 7inny resolveu darH luz aqui em casa, pensei que papai poderia se informar so6re os aconecimenos queenvolvem o aparecimeno de minha irm#.0a empalideceu, e seus olhos escureceram. 0eio aflio, passou a m#o enre os ca6elospreos.

    F mdico esar8 aqui, +aniel. F 0as a curiosidade foi maiorG en#o, largou os praos na pia,pegando um dos livros. F Escolha o nome do &e&+$ .o primeiro m+s ao primeiro

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    ano$ /udo o que os pais precisam sa&er$ i, isso Dimo, filhoI Vamos come"ara l@>los esa noie.Como sempre, Jayme senou>se e ficou o6servando a conversa dos [email protected] coner a gargalhada quando 0a come"ou a ler o %ulo dos livros.Pensou que o irm#o esivesse 6rincando, mas viu a seriedade em seu

    sem6lane.;enindo um nD na gargana, respirou fundo v8rias vezes para se conrolar.*alvez ?8 fosse hora de reirar>se.5oi quando perce6eu algo diferene no comporameno de +aniel. garooo6servava o pai e 7inny como se esivesse aguardando o momeno de se ma>nifesar e ransmiir alguma no%cia. 5ascinado com a eApress#o do menino,

    Jayme apenas esperou, sa6endo que o so6rinho n#o agLenaria permanecercalado por muio empo.;em dvida, o menino esava ramando algo 6em ineressane.F Convidei uma amiga para passar o fim de semana conosco F anunciou+aniel, em om informal. Como ningum respondesse, pegou seu prao elevou>o H pia.F Voc@ disse que eu poderia convidar quem eu quisesse, pai.+aniel n#o conseguiria susenar o pedido, pensava Jayme. le falava r8pidodemais, revelando que oculava algo so6re aquele convie./medecendo os l86ios, +aniel fiou o io, depois volou>se para o pai, e um leveru6or co6riu>lhe as faces. $o olhar para 7inny, esfor"ou>se em parecer rise edesencanado.F nome dela !aura, e deve chegar ainda esa manh#. F 5oi a melhor

    manifesa"#o de piedade que pEde apresenar. , anes de sair, aindacompleou&F Voc@s v#o gosar de !aura. u goso. Kuero dizer... +e s6io, +aniel correupelas escadas e refugiou>se em seu quaro.5iando os dois homens, 7inny resolveu se pronunciar, ?8 que nenhum deles ofez.F !auraM /ma garoaMF E o 'enino &6 te' on3e ano& 7 *o'entou Ja)'e( e&pantado- 7 8e1e ter pu4ado pelo tio-

    7 Ja)'e! 7 repreendeu Matt- 7 8aniel 9 2o1e' de'ai& para &e intere&&ar por garota&- $o de&&e 'odo-

    ela deve er a mesma idade que eleG porano, am6m nova demais.F N#o sei F murmurou 7inny, senando>se. F Voc@ viu como ele sorriaM 0as,0a, voc@ em raz#o, +aniel muio ?ovem para pensar em garoas e seAo.N#o M F $ perguna foi direcionada a Jayme, o especialisa no assuno.F Bem, havia garoas, incluindo as mais velhas, me rodeando quando eu inhaa idade de +aniel. essa !aura deve ser 6em mais velha, pois n#o sei denenhuma menina superdoada sendo moniorada na universidade.FJayme... F resmungou 0a, em om de [email protected] Voc@ acha mesmoM F 7inny esava aEnia. F N#o, le muio menino

    ainda, n#o M Kuando os garoos come"am a...

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    F Nenhum homem ?ovem demais quando as mulheres mais velhas come"ama persegui>lo. $ 6em da verdade, eu inha quase a idade de +aniel na primeiravez...F JaymeI Voc@ n#o em ra6alho a fazerM F 0a encarou o irm#o e depoisvolou>se para 7inny. F N#o se a6orre"a. Pode n#o ser 6om para o 6e6@.

    F $o e&tou abor---Ma& Matt n$o a dei4ou ter'inar:7 Va'o&( 1ou a2ud+"la a arru'ar o uarto de ,6&pede&- 8epoi& ter'inare'o& *o' a *o3in,a- 7 E( ol,ando o,o'e' ; &ua .rente( a*re&*entou: 7 Ou tal1e3 Ja)'e po&&a &e o*upar do& prato&-

    0Amanh a 'in,a 1e3 de la1ar a lou5a- Al9' do 'ai&( ten,o de ir ; *idade bu&*ar o&&upri'ento& ue en*o'endei no ar'a39'- 7 Ja)'e &abia uando era ,ora de &e retirarse uma comunidade em pleno desenvolvimeno. $sfachadas das casas haviam sido resauradas, dando ouro aspeco H avenidaprincipal. comrcio omava fElego, razendo de vola os ?ovens quea6andonaram a regi#o em 6usca de melhores oporunidades de ra6alho. lesalugaram as lo?as vazias e monaram o prDprio negDcio.$ cidade adquiria energia e vida. Jayme inha de admiir que isso fazia com quese senisse 6em e revigorado.sacionou a caminhonee e permaneceu alguns momenos o6servando os doissenhores idosos, senados em frene H lo?a. +esde que era menino, aquelesdois homens discuiam enre si, esperando o dia pa&&ar- 8o outro lado da rua( Mi&ter'a&tiga1a taba*o( enuanto tal,a1a u' peda5o de 'adeira &obre o& 2oel,o&-

    Kuanas vezes durane a infncia Jayme viera H cidade, senara>se aos ps doam8vel homem e o6servara aquelas m#os m8gicas esculpirem a madeiraM0iser era um grande arisaG criava animais com amanha perfei"#o queparecia lhes dar vida.

    ;orrindo, Jayme volou a aen"#o H sra. Rosemary. la devia er uns novenaanos e ainda ra6alhava. m6ora n#o sou6esse nada so6re 6ordados, ricE ela"aroes, Jayme esava cero de que, assim como 0iser, a sra. Rosemary era

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    uma grande arisa e vendia seu ra6alho por pre"o muio inferior ao valormerecido.+e odas as lem6ran"as da infncia, a mais fore e significaiva para Jayme foraquerer sair de *:o Rivers. ;eu pai ?amais se preocupara com o filho, con>siderava>o apenas o resulado de um ao seAual com a mulher. nico

    ineresse dele foram as vinhas, que ele culivara como uma ?Dia preciosa.+urane a vida, se recusara a dividir os vinhedos com o primeiro filho, 0a, emuio menos com o segundo.Resulado& Jayme sD dese?ara se livrar da inerfer@ncia paerna, conquisandoseu espa"o com o prDprio esfor"o. Claro, fora mais f8cil sonhar do que realizar.$final, esava acosumado a er dinheiro e privilgios. n#o, uma vez que sa%rada escola, aca6ou enconrando as mulheres. u elas o enconraramM0as Jayme se esa6elecera com os invesimenos e negDcios. Porm, depois devender udo, reomara a *:o Rivers, aplicando uma foruna nessa nova aven>ura. Na realidade, ?amais se vira #o feliz e saisfeio quano agora. Nemsequer senia fala de mulheres, a n#o ser quando esava sozinho em suacama H noie.$6andonando os devaneios, saiu da caminhonee e foi a o armazm.F $nnie F chamou ele, ao alcan"ar a pora da lo?a.!8 denro havia um grupo de senhoras escolhendo ecidos. F *ana 6elezapoderia cegar um homemI0eade do grupo de oio senhoras sussurrava algo e ria como adolescenes.$pesar de possu%rem um ar severo, elas n#o eram imunes ao charme de JaymeVan der Bollen.

    F nde ela es8M F pergunou ele, anes de senir a m#o 6aer>lhe nas cosas.F i, compore>se, $nnieI Voc@ sa6e que n#o resiso Hs ruivas.F Por isso n#o consegue ficar longe de 7innyM F provocou a simp8ica $nnie.Recosando>se no 6alc#o, Jayme es6o"ou um dos seus sorrisos mais seduores,ciene de que v8rios ouvidos aenos esperavam pela resposa.F $mo 7inny do mesmo modo que odos aqui na cidade. fao de elacozinhar 6em, apoiar meu irm#o, fazer meu so6rinho volar a sorrir e ser ruivaa?uda muio. 0as, $nnie, ningum mais possui ca6elos #o vermelhos quanoos seus. F Jayme 6aiAou o om de voz para n#o ser ouvido. F Parecem

    morangos maduros, e eu adoro morangos.$nnie sorriu, parecendo esquecer odos os pro6lemas.F s oio gales de verniz que voc@ encomendou chegaram. Parece>me umaquanidade eAagerada, Jayme.F Vou passar por odo o assoalho de madeira de minha casa.F Como es#o as meninasM las...$ frase n#o foi erminada, pois odas correram em dire"#o ao r8dio quandosoou o alarme. Ja)'e &e di1ertiu *o' a *ena- Ja'ai& i'aginara ue auela& &en,ora& poderia' &e 'o1er*o' tanta agilidade-Enuanto a& da'a& ou1ia' a 'en&age' de @o&ter S*,neider( ue 'ora1a perto da entrada da *idade(

    Jayme come"ou a ransporar os gales de verniz para a caminhonee,manendo>se aeno Hs no%cias do r8dio.

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    =avia um ano ou mais, a pequena comunidade insalara um sisema de alarmepara proeger 7inny. $lgum empo anes disso, a cunhada de Jayme ese>munhara no ri6unal, e, como medida de seguran"a, ivera de enrar noPrograma de Proe"#o a *esemunhas do 5B-. la ?8 deiAara de fazer paredesse programa, mas a amea"a permanecia. Porano, qualquer esranho que

    chegasse H cidade pela rodovia principal era avisado por 5oser ou por *omlein, que vivia no ouro eAremo da esrada. s dois vigilanes senavam>seno erra"o de suas respecivas resid@ncias, aenos a qualquer ve%culodesconhecido. Kuando viam algum, anoavam o nmero da chapa, a cor e amarca do carro, e relaavam a $nnie, no armazm. $nes de o auomDvelaingir os limies da cidade, as informa"es eram passadas ao Aerife, e ese seencarregava de verificar a seguran"a.No momeno em que carregava o limo gal#o, Jayme ouviu $nnie cham8>lo.F Kual o pro6lemaMF Aerife sempre aende ao chamado do r8dio, mas me parece que ele n#ose enconra prDAimo ao aparelho. ;e o carro parar na cidade, voc@ pode veri>ficar do que se raa essa inesperada visiaMF Claro. F Jayme saiu do armazm e senou>se ao lado de 0iser. Porm n#oprecisou esperar muio. F Parece que ainda eAisem pessoas vivendo nos anosseena. =8 muio empo n#o via essa marca de carro.sreiando os olhos, enou enAergar quanas pessoas havia naquele ve%culo,mas o sol da manh# refleia no vidro da frene, dificulando>lhe a vis#o.Bem devagar, o carro aproAimou>se e esacionou em frene ao armazm de$nnie. s dois senhores que di&*utia' na .rente da lo2a pare*ia' te'ero&o& *o' a ine&perada 1i&ita-=uando Ja)'e .e3 'en5$o de ir at9 o 1i&itante( outro& doi& ,o'en& 2+ atra1e&&a1a' a rua e' &ua dire5$o- Co'u' a*eno de '$o( ele o& a1i&ou de ue &e en*arregaria do a&&unto-Me&'o ante& de 1er o 'otori&ta( Ja)'e 2+ notara ue &e trata1a de u'a 'ul,er- Ca'in,ando ao lado do *arro('ante1e a aten5$o no& l+bio& ro&ado& e no deli*ado uei4o( re.letido& no e&pel,o retro1i&or- Ao apro4i'ar"&e da'a5aneta da porta( e&ta &e abriu de &bito e 2ogou"o para tr+&-Ca/do no a&.alto( Ja)'e gargal,a1a diante do o*orrido( e ainda *ontinua1a a rir uando o &alto de u'a botapi&ou e' &eu *al*an,ar- u' ato re.le4o( &e a.a&tou no 'o'ento e' ue a outra bota pi&a1a no *,$o- 8erepente( &ua& perna& &e enro&*ara' no outro par de perna& e( &egundo& depoi&( &entiu o peueno *orpo *aindo&obre o dele-

    !aura 7han nunca se senira #o envergonhada em sua vida. *inha 6aidonum homem com a pora do carro, ?ogando>o ao ch#o, e pisado so6re o infeliz.Como se n#o 6asasse odo esse consrangimeno, ao se esfor"ar para socorr@>lo, aca6ou perdendo o equil%6rio e caindo so6re ele.F +esculpe>me... 6on de 6eise6ol caiu>lhe so6re os olhos, o6sruindo>lhe a vis#o, mas !aurapEde senir o remor do corpo masculino so6 o dela.F Por .a1or( perdoe"'e- 7 =uando tentou &e le1antar( apoiando"&e no t6ra4( ou1iu u' ge'ido de dor- 78e&*ulpe"'e- Se n$o e&ti1er 'a*,u*ado e puder &e 'o1er( poderia 1irar"&e para a direita> A&&i' *on&eguireitirar o 'eu bra5o-Ma&( uando Ja)'e &e 'o1eu( .oi na dire5$o *ontr+ria- O bra5o direito de Laura *ontinuou e'bai4o do *orpo'u&*ulo&o( ue ainda tre'ia- ?eria ele uebrado algu' o&&o>

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    $s pernas de am6os esavam #o em6aralhadas que ela n#o podia meAer os?oelhos. *emia er provocado um ferimeno graveG en#o, resolveu apalpar ocorpo dele.F N#o fa"a isso de novo. Voc@ pode arruinar minha repua"#o.+esesperada, !aura enava levanar a a6a do 6on para enAergar a v%ima.

    F ;e voc@ parar de se de6aer, mo"a, vou poder afasar minhas pernas dassuas.$quele homem esava rindoM ;im, ele parecia esar rindoIF ;e voc@ se virar para a esquerda, vou poder solar meu 6ra"o.Na verdade, a risada era desconra%da e agrad8vel. ;endo assim, ele n#o devia esarmachucado. ;em se preocupar com arranhes, !aura puAou o prDprio 6ra"o. +epois apoiou>se

    no tra# e ergueu>se.F iI F proesou Jayme. F CuidadoI O melhor omar cuidado com essasm#os, senhoria.F n#o, por que ficou a% deiado como um saco de 6aaasM F !aura enava

    parecer sria, mas era dif%cil coner o riso. F Voc@ podia er me a?udado.$pDs piscar algumas vezes, Jayme pEde ver a esruura daquele corpo pequenoe delicado. $s coAas 6em orneadas so6 a cal"a ?eans inham curvas sinuosasa os quadris. $ frene nica de algod#o azul revelava, de leve, as formasarredondadas dos seios.F Nossa... F murmurou ele, anes de complear& F N#o sou um cavalo. n#o,que al parar de me cuucar com essas 6oasMF scue, seu 6ruamones, voc@ quase que6rou o meu 6ra"oIF *enho planos para esse corpo, sa6eM Por isso, melhor ra8>lo com carinho.

    modo como !aura cerrou os l86ios mosrava a vonade quase inconrol8velde rir. la reirou o 6on, e o sorriso de Jayme se alargou. !aura n#o fazia o seuipo, porm era muio 6onia. s ca6elos curos e casanhos esavamespeados em odas as dire"es. roso revelava um miso de vergonha ediverimeno. os olhos, de um verde profundo, fiavam>no com raiva.F ;e voc@ n#o em... F $s palavras lhe falaram no momeno em que reparouno homem so6re o qual esava senada.+urane milsimos de segundo, !aura fiou>o sem poder acrediar no que via.$quele homem n#o era um esranho. !em6ran"as vieram>lhe H mene de for>

    ma arrasadora. +e repene, seniu o roso aquecer, seguido de um s6io friona espinha. N#o queria oc8>lo, mas am6m n#o podia ficar ali senada so6reele.n#o, levanou>se, ignorando os gemidos de proeso de Jayme ao &e apoiar nele'ai& u'a 1e3- ?entou &e 1irar o 'ai& r+pido po&&/1el para n$o ter de en*ar+"lo( perdendo a&&i' toda& a& .or5a&-Segurando"a pelo *al*an,ar( Ja)'e i'pediu"a de dar o pri'eiro pa&&o-

    7 E&pere u' 'inuto! Sou Ja)'e Van der %ollen- Moro aui 7 apre&entou"&e( e4pre&&ando o &orri&o 'ai&en*antador ue ela 2+ ,a1ia 1i&to-

    !aura senia uma muliplicidade de emo"es& vergonha, choque e, por fim,al%vio. le n#o a reconhecera, n#o sa6ia quem era. 7ra"as aos cus, Jayme n#o

    se lem6rou. Coninuava fiando>a, e !aura precisava dizer algo ou iria pareceruma louca desvairada.F $qui *:o Rivers, n#oM

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    F I&&o 'e&'o-Ha1ia algo de e&tran,o( poi&( uando Ja)'e apro4i'ou"&e( Laura &e e&ui1ou enuanto tira1a a poeira daroupa-F s8 procurando algumMF Bem, pelas coordenadas que rece6i, eu precisaria er virado H esquerda naerceira enrada anes de *:o Rivers. 0as n#o havia nenhuma enrada.F O verdade, n#o h8 nenhuma. F Jayme o6servava os gesos nervosos dela,que 6aia o 6on na cal"a, anes de lev8>lo H ca6e"a.F +evo er me enganado na hora de anoar o caminho. *alvez ele enha dio aerceira enrada depois da cidade. ineresse de Jayme aumenou. $ erceira enrada apDs a cidade dava acessoHs vinhas da fam%lia.F ssa uma cidade pequenaG en#o, se me disser o nome da pessoa queprocura, posso indicar>lhe a dire"#o correa. F *inha quase cereza do que elairia dizer, e qual era seu nome.

    F sou procurando +aniel Bol. Voc@ o conheceMF Claro que sim. F Jayme queria rir, mas conrolou>se. Noando que v8riaspessoas os o6servavam, n#o dese?ava dividir aquela siua"#o diverida comningum. F Kual o seu nomeM$ a6rupa perguna pegou>a de surpresa.F !aura 7han.Co"ando o queiAo, Jayme permaneceu algum empo apenas fiando>a. ;euso6rinho eria de responder a muias queses, e n#o haveria meio de evi8>las.

    F Sua& *oordenada& e&t$o 'ai& ou 'eno& *orreta&- O& %olt 1i1e' na ter*eira entrada ap6& a *idade- 7 @e3 u'&inal( indi*ando ue iria 'o&trar"l,e o *a'in,o-8e&apontada e o.endida( Laura .i*ou ob&er1ando Ja)'e entrar na *a'in,onete e dirigir"&e ; e&trada- Ent$o( elaabriu a porta do 1el,o *arro e &eguiu"o-

    Kuem iria dizer que, depois de oio anos, ficaria face a face com o homem deseus sonhos e pesadelosMsava #o envolvida nesses pensamenos que quase perdera a erceiraenrada. $ esrada era de erra, rodeada por uma imensa plana"#o de uvas.Kuando chegou ao fim do ra?eo, ficou esarrecida ao se deparar com uma

    casa de granio, circundada por um gramado muio 6em>cuidado e algumas8rvores frondosas. Por alguma raz#o, n#o esperava ver aquela osena"#o eluAo.

    Jayme ficou saisfeio por n#o er enconrado o Aerife pela rodovia. Kuandoesacionou a caminhonee ar8s da casa, pEde ouvir o ru%do do carro velho de!aura aproAimando>se. le n#o queria perder a rea"#o do so6rinho, e aindainha um palpie de que !aura seria a grande sensa"#o desse ver#o.sfor"ando>se por conrolar o riso, Jayme enrou na cozinha. -gnorando osolhares de espano de 0a e 7inny e do cachorro, que laia, ele griou&

    F +anielI O melhor voc@ descerI ;ua namorada aca6a de chegarI

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    ema da 6riga eram, sem dvida, as pinuras das cavernas. !evou apenasum minuo para !aura perce6er que +aniel n#o pedira a permiss#o do pai.F ;ino muio, sr. Bol. Posso ver que +aniel pregou uma pe"a em odos nDs, eo senhor es8 reluane em me deiAar ver as pinuras. 0as se as cavernases#o nas condi"es que seu filho me descreveu, seria um desperd%cio desru%>

    las anes de documen8>las. 7osaria que reconsiderasse e me permiisse v@>las.F Kuem voc@, afinalM F es6rave?ou 0a.F 0a... F inerveio 7inny. om de voz foi o suficiene para acalmar 0aBol.F Pai, por favor. !aura ra6alha no deparameno de arqueologia dauniversidade. la mesre em arqueologia e peria em are ind%gena e hisDria.Voc@ n#o pode deiAar a hisDria ser desru%da. F Pousando a m#o no om6ro damadrasa, implorouG F 5ale com ele, 7inny, por favor.F +eiAe 7inny fora disso, meu ?ovem F repreendeu 0a.+aniel era a imagem do paiG os olhos preos 6rilhavam de raiva e indigna"#o,enquano os l86ios se esreiavam. !aura parecia espanada, o6servando a eA>press#o suave de 7inny quando fiava o marido. 0a virou o roso para n#oencarar aquele olhar de splica. modo como o menino manipulava a fam%lia indignava !aura, e ao mesmoempo a diveria. 0as n#o podia zangar>se, ?8 que preendia realizar suaspesquisas.F ;ou mesmo uma especialisa, sr. Bol. J8 esive em siua"es perigosas e seicomo omar precau"es. Por favor, anes de resolver, deiAe>me olhar as

    cavernas.F N#o s#o seguras, !aura F adveriu 0a. F +aniel lhe disse onde es#olocalizadasM $s cavernas s#o uilizadas para esocar e envelhecer o vinho quefazemos. O muio imporane maner a emperaura consane e preservar aamosfera. N#o posso permiir que um 6ando de esudanes ou especialisascirculem l8 denro.F ;erei apenas eu e as luzes...F sse ouro dealhe& n#o h8 elericidade nas cavernas.F 0inhas luzes funcionam a 6aeria e s#o feias para eviar o aquecimeno do

    am6iene. +e forma que n#o h8 perigo de alerar a emperaura das cavernas.F $cho melhor deiAar a professora fazer isso, 0a. $ presen"a de Jayme foraesquecida durane aquela conversa. !aura n#o se imporaria com o %ulo deprofessora que lhe dera se ele n#o conservasse aquele riso de desdm enre osl86ios.F $inda n#o erminei meu douorado.F N#o d@ aen"#o ao io Jayme F disse +aniel, desco6rindo que ganhara umaliado. F le um grande 6rincalh#o.F Tio) * Laura n+o ,ueria -are.er t+o .ho.a/a0 mas n+o sou1e .omo

    es.on/er a sur-resa"Jame 2ran3iua esa, e odos a fiaram com curiosidade. 5oi 7inny quem asocorreu.

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    F Penso que nossa convidada ficou um pouco confusa com o parenesco. 0ae Jayme s#o meio>irm#os. 0esmo pai, mas com m#es diferenes.7inny riu ao ver a surpresa de !aura olhando para os dois irm#os. /ma coisainha de admiir& 0a e Jayme eram muio diferenes. 0a era moreno esuper>sensual. Jayme era loiro, #o charmoso e araene que levava as

    mulheres H loucura.$ insis@ncia de !aura em o6servar 0a n#o a6orreceu 7inny. $final, seumarido era mesmo sensual. 0as o que a inrigou foi o modo frio e poucoamig8vel com que olhava para Jayme. $lgo fora do normal, pois nenhumamulher resisia ao charme de Jayme Van der Bollen.F uma longa hisDria F prosseguiu 7inny. F 0a rocou o so6renome Vander Bollen por Bol quando inha dezoio anos.F nendo F murmurou !aura. F ;r. Bol...F Por favor, chame>me de 0a. N#o sou #o velho assim. m6ora meu filho ?8enha me dado alguns ca6elos 6rancos.F 0a F apressou>se !aura F, se me deiAar ver as cavernas e se pudermossalvar as pinuras, eu lhe darei uma esimaiva precisa de quano empo levar8para documen8>las. Caso conr8rio, ficar#o livre de mim ho?e mesmo.F Pai... F +aniel murmurou e logo se coneve quando 0a lhe dirigiu umdaqueles olhares reprovadores.

    Jayme enreinha>se com as mano6ras do so6rinho. +aniel era um meninomuio ineligene e n#o se deiAava ludi6riar. ;e queria algo e o ineleco n#oa?udava, ele usava de charme e espereza para conseguir. Basava apoiar>seem 7inny quando odas as arimanhas falhavam com seu pai, e udo sa%a como

    dese?ava.0a sempre proesava conra essa aiude in?usa do filho e da mulher empersuadi>lo, mas, como 7inny esava Hs vsperas de ganhar o 6e6@, ele n#oousaria recusar nada Hquele par de olhos casanhos.ra sempre o mesmo ?ogo, e Jayme nunca se cansava de apreci8>lo. Pormsa6ia que 0a ?amais daria permiss#o se algo amea"asse 7inny e +aniel. $scavernas ind%genas eram um assuno proi6idoG porano, foi uma grandesurpresa ver seu irm#o ponderar so6re isso.F Como pode recusar, 0aM N#o sua heran"a ind%gena que es8 clamandoM

    F Jayme ignorou a carea do irm#o e virou>se para !aura. F $ m#e de meuirm#o era uma apache. *alvez se?am desenhos apaches o que voc@ enconrar8.F Creio que n#o F ponderou !aura. F s apaches n#o cosumavam seavenurar pelo erriDrio comanche, e muio menos faziam desenhos nasparedes das cavernas.F Viu, paiM $gora precisamos conhecer essas ri6os. ;empre achei que aquelesdesenhos eram mais velhos do que pens8vamos.nusiasmada, !aura quase n#o podia se coner. +aniel lhe mosrara algunsdesenhos que havia copiado em apenas uma visia Hs cavernas. *inha uma

    vaga idia do que iria ver. 0as, como Jayme coninuava agarelando, for"ou>sea ouvi>lo.

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    F Voc@ es8 impedindo o progresso da ci@ncia e da hisDria, meu irm#o. F$proAimou>se de !aura. F se houver algo imporane l8M Permia que aprofessora pesquise e d@ sua opini#o de especialisa. F ncarou !aura. F Voc@ uma especialisa, n#oMF ;im. ;e duvida de mim, ficarei feliz em lhe dar os nomes dos meus

    orienadores. squeci... les es#o no sul da 5ran"a, numa pequena cidadechamada Vallon>Pon>d$rc, esudando pinuras em cavernas desco6erasrecenemene. Na verdade, n#o h8 ningum no deparameno de arqueologiaalm de mim. 0as pode se informar na secrearia da universidade.$quele om de voz desagradou Jayme. ra muio hosil.F *alvez eu o fa"a F re6aeu ele, dando um de seus sorrisos mais charmosose imaginando por que !aura o fiava com ana frieza.F ?io Ja)'e( po&&o l,e garantir ue Laura te' 'uita *apa*idade e &abe o ue e&t+ .alando-

    7 Crian5a&! 7 e4*la'ou Matt( irritado- 7 E&*ute( Laura( n$o ten,o nada *ontra 1o*B( e &e 8aniel di3 ue 9uali.i*ada( a*redito- Ma& a& *a1erna& &$o perigo&a&- E&t$o *o'e5ando a ruir de t$o 1el,a&- A*,o te'ero&o u'a

    'ul,er--- $o 'e &into be' e' dei4ar 1o*B ou ualuer outra pe&&oa *orrer e&&e ri&*o--nrigado, 0a noou que o olhar complacene de Jayme era apenas um meiode chamar a aen"#o de !aura.F 0as acho que enho oura solu"#o. F 0a encarou o irm#o, sorrindo. F

    Jayme, ?8 que es8 a favor dessa pesquisa, por que n#o acompanha !auraM5ora o mesmo que ?ogar uma 6om6a so6re a ca6e"a de Jayme. $lm do sorrisode riunfo de +aniel, da gargalhada de 7inny, ele ainda noou o desagrado de!aura.F N#o enho empo, 0a. Voc@ sa6e disso.

    F h, em sim, querido irm#o. F 0a recosou>se na cadeira, mosrandoprazer em provoc8>lo. F Voc@ n#o pode desaponar +aniel.F 0as as garoas...F =aver8 muio empo para elas e seu ra6alho. F 0a fiAou a aen"#o em!aura e +aniel. F 0esmo nos dias mais quenes, o inerior das cavernas podeser muio frio. Poder#o ficar apenas algumas horas a cada visia. Kuano empoacha que levar8 para documenar as pinurasMF N#o gosaria de fazer esimaivas a v@>las. F !aura n#o podia acrediarnaquela oporunidade, apesar de er Jayme ao seu lado. F 0as, pelo que+aniel me disse, n#o levar8 mais de duas ou r@s semanas. +uas horas por diadenro das cavernas ser8 suficiene.F s8 vendo, JaymeM ;er#o apenas duas horas por dia durane poucassemanas.F Nem pensar.F 0as voc@ es8 #o preocupado com o progresso da ci@ncia... F 0a sorriu,com cinismo. F N#o vai a6andonar seu so6rinho e !aura por causa de algumashoras.+esesperado, Jayme olhou para 7inny, pedindo a?uda do mesmo modo que+aniel fizera, minuos anes.

    F Por que n#o deiAamos que !aura d@ uma olhada em nosso parimEniohisDrico e depois disso omamos uma decis#oM F sugeriu 7inny.

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    +eerminado, Jayme resisiu ao dese?o de ver o 6rilho de prazer nos olhos de!aura e a viDria naqueles l86ios sensuais. $final, ela n#o fazia o seu ipo.$pesar de confusa, !aura esava eAulane. *udo aconecera #o r8pido... 0assa6ia que sua viDria era o resulado da provoca"#o infanil dos dois irm#os, e,para piorar, Jayme esaria ao seu lado.

    No enano, os ra6iscos de +aniel haviam lhe mosrado que eAisia algo deespecial naquelas cavernas, mas maneria esse segredo. $ grande desco6eralhe proporcionaria a glDria de poder esudar e pu6licar um ra6alho sD seu.F Kuando poderei visiar as cavernasM F pergunou, sem coner a alegria.F ;im, io Jayme, quando iremosMF Voc@ n#o, +aniel F proi6iu 0a. F N#o o quero naquelas redondezas.+aniel virou de cosas para o pai e sussurrou nos ouvidos da madrasa&F Por que n#o posso ir, se Jayme vai am6mM N#o ?uso, 7inny, e voc@ sa6e.5ale com ele, por favor.F 0a, se Jayme vai esar l8...Resignado, 0a solou um suspiro profundo. Na verdade, anes de conhecer7inny, ele nunca fora um verdadeiro pai para o filho. ;ua eA>mulher havia le>vado +aniel para a CalifDrnia quando era apenas um 6e6@. 0a pouco o via,mandando a pens#o para o pagameno da cara educa"#o do menino, e sD.$pDs er sido ferido e for"ado pela pol%cia a se reirar de =ouson, reomou a

    *:o Rivers. +epois disso, sua eA>mulher morreu num acidene de avi#o,deiAando>lhe o garoo de dez anos para criar. 0a n#o podia ser condenadopor essa superproe"#o, mas aos poucos, com a a?uda de 7inny, esavaaprendendo a relaAar.

    F Pai, por favor... u erei cuidado.F *am6m vou omar cona dele F ofereceu>se !aura, o6servando o sil@nciorefleAivo de 0a.F *udo 6em F concedeu o pai, e virou>se para +aniel anes de ouvir os griosde alegria. F N#o pense que ir8 a l8 odos os dias. Voc@ veio passar o ver#oconosco e em arefas a cumprir.F N#o se preocupe, pai.F lem6re>se de que vamos come"ar a ler aqueles livros ho?e H noie.F Kuando iniciamos nossas pesquisasM F Jayme pergunou.

    F $gora, se poss%vel. F !aura foi em dire"#o H pora. F Preciso pegar algumaslanernas no carro.

    Jayme virou>se e sorriu para 0a e 7inny.F la es8 encanada comigo, n#o achamM Rindo, 7inny levanou>se com aa?uda de Jayme.F !aura parece er por voc@ a mesma avers#o que +og. Por que ser8MF N#o sei... 0as seria ineressane desco6rir o porqu@. ;aindo da casa, Jaymecaminhou pela alameda a chegar H velha perua, mas n#o havia sinais dosdois avenureiros. Pelo som das vozes animadas, Jayme enconrou>os nos

    fundos do carro.F *io Jayme, venha ver o que !aura rouAe. *udo o que um arqueDlogo precisaes8 esocado aqui ar8sI

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    F Bem, insein, se voc@ se afasar, vou poder dar uma olhada.+aniel foi para o lado, e Jayme vasculhou o inerior do ve%culo, impressionado.

    *odo espa"o dispon%vel era uilizado para a6rigar um sorimeno de 6rinquedosde crian"as& pequenos pincis, picareas e ouros o6?eos que ele desconhecia.;enada H 6eira do pora>malas, !aura colocava seus sapaos de alpinismoG em

    seguida, pegou a mochila de lona.F sou prona. F mpurrou Jayme e fechou as poras da perua. F Pegou aoura lanerna, +anielMF Posiivo.F $s 6aerias de reservaMF Posiivo.F Qimo. F lhou para Jayme. F samos pronos para ir. ineresse de !aura esava volado apenas Hs cavernas. Porm, enquanocaminhavam, ela noou a imensa plana"#o de uvas que se esendia por odasua vola. 0as se esqueceu das vinhas quando aingiram um caminho esreio,chegando aos limies da propriedade. $ndaram em sil@ncio a avisar umaimensa pedreira.F O ali que as uvas de meu pai s#o armazenadas e mo%das. +epois que o suco eAra%do e fermenado, engarrafado. =8 am6m um la6oraDrio de ala ec>nologia. 0ais arde eu lhe mosro.$ingiram a encosa, onde havia uma enorme prou6erncia de granio. !auraparou diane de duas poras de a"o.F Kue impressionane F murmurou. 5oi quando seniu a m#o de Jayme emseu om6ro.

    F Ela& &$o 'uito pe&ada& ta'b9'- Se 'e per'itir( 1ou abri"la&-8ando u' pa&&o atr+&( Laura &e a.a&tou- Pre*i&a1a parar de agir *o' tanta repul&a *ada 1e3 ue ele a to*a1a oua ol,a1a- Logo( Ja)'e de&*on.iaria e &e le'braria de &itua5De& de&agrad+1ei&-

    s emores se dissiparam quando a correne de ar glida aingiu>lhe a pele.;eguindo Jayme e +aniel, !aura for"ava os olhos a se adaparem H escurid#o.F Voc@s dois fiquem a% F avisou Jame F, enquano eu procuro a ochaarificial.F N#o necess8rio. F !aura acendeu sua lanerna, e o facho 6rilhane

    iluminou o roso de Jayme.Paralisado pela repenina ilumina"#o, ele levou alguns segundos para serecuperar. Kue mulher insupor8velI, pensou. $uo>suficiene demais...F ssas poras que proegem os vinhos devem er uns duzenos anos. ;#o demadeira sDlida. 0eu 6isavE as rouAe da 5ran"a, da a6adia 6enediina de=auvillers. +o mesmo lugar onde o monge, +om Prignon, produziachampanhe no sculo SV-- 0eu avE mandava meu pai para a 5ran"a odos osveres para que ele aprendesse udo so6re vinho. agora esamos fa6ricandochampanhe eAano, o *eAas Joy. orgulho omou cona de Jayme. ;eu so6rinho inha um ineresse especialpela fa6rica"#o de vinhos. 5icou imaginando se 0a sa6ia dessa facea do filho

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    e se esava lhe ensinando a are da viniculura. No enano, ficou preocupado,pois 0a ?amais sa6eria dividir algo com os prDprios filhos.

    *#o logo Jayme a6riu as poras, !aura seniu oura queda de emperaura.=avia uma maravilhosa fragrncia no ar. inerior da caverna era #o seco efrio como uma caedral aniga.

    F Por aqui.$ ilumina"#o diminu%a H medida que avan"avam. !aura acendeu a lanernamais uma vez, deiAando que o poderoso facho de luz clareasse as giganescasparedes. Presas a elas, inmeras praeleiras de madeira armazenavam asgarrafas de vinho.F Por que essas garrafas es#o inclinadasMF ;#o de champanhe F eAplicou Jayme. F ssas praeleiras s#o para peneir8>las.F Na verdade, io Jayme F corrigiu +aniel F, peneirar n#o 6em o ermo. sse modo,

    am6m uilizado na 5ran"a, chama>se remuage1 um modo manual de virar agarrafa, uma vez por semana, para que o sedimeno se fiAe H rolha e se?aeAra%do no momeno em que a garrafa for a6era. Voc@ sa6ia que a press#o deuma garrafa de champanhe em seis amosferas por cen%mero quadradoM Or@s vezes a press#o de um pneu de carro.F +aniel... F repreendeu>o Jayme, solando uma gargalhada.F +esculpe>me. $cho que eAagerei.F Nunca pe"a desculpas pela sua inelig@ncia, +aniel F inerferiu !aura, olhando comreprova"#o para Jayme.F ra, n#o foi isso o que eu quis dizer... Jayme ?amais se senira #o consrangido diane de

    uma mulher. !aura fazia com que se senisse um adolescene, quando o fiava.

    +e repene, !aura parou, o6servando as paredes.F E&ta *a1erna 9 de granito- 8aniel( 1o*B n$o di&&e ue era pedra *al*+ria>Ante& ue ele re&ponde&&e( Ja)'e &e adiantou para i'pre&&ion+"la:

    7 O& de&en,o& .ora' .eito& e' pedra *al*+ria- E&&e 1ale 9 o ue algun& *ienti&ta& e ge6logo& *,a'a' de u'a.raue3a da nature3a- H+ 'il,De& de ano&( o &olo &o.reu 1+rio& tre'ore& de terra- O granito e a pedra *al*+ria &ee&pal,ara'- Agora o 1ale 9 ua&e todo *o'po&to de *al*+rio e granito- O 'o1i'ento do& 1el,o& rio& e lago& daregi$o *a1ara' e&&a& *a1erna& ante& de &eguir o ru'o nor'al pela &uper./*ie-

    !aura esava impressionada. Jayme n#o era apenas um 6elo corpo e um roso6onio, afinal. 0as n#o revelaria essa surpresa para ele.F Como chegamos Hs pinurasM

    F Por ali. F Jayme aponou o cano escuro no fundo da caverna. F scue,0a n#o esava 6rincando quando disse que era perigoso. ;ei que voc@ n#ogosa de rece6er ordens de homens, mas er8 de a6rir uma eAce"#o dessa vez.F N#o enho nenhuma resri"#o em rece6er ordens ineligenes de homens.F Qimo.+aniel olhava os dois adulos, senindo a ens#o que se formava. ssa era aavenura mais imporane de sua vidaG n#o permiiria nenhum deslize.F le es8 cero, !aura. Voc@ em de o6edecer Jayme e ser muio cauelosa.F 6rigado, Buda F 6rincou o io.F BudaM F !aura solou uma risada diverida.F Claro, o s86io, o iluminado, o deenor de oda a sa6edoria. sse o meuso6rinho, n#o achaM

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    F $cho, ele em mesmo essas qualidades. +aniel um ?ovem eAraordin8rio.F 5ico feliz que voc@s enham concordado em algo. F +aniel pareciaimpaciene. F Podemos irMF ;im. $gora, sigam as minhas insru"es. F Jayme pegou uma lanerna napraeleira.

    +e s6io, o granio mido desapareceu, dando lugar ao revesimeno decalc8rio. s r@s caminharam alguns meros, a chegarem a uma 6ifurca"#o, eJayme enveredou pela direia. eo ficou mais 6aiAo, e ele precisou se inclinarpara passar.$pDs algum empo de caminhada, Jayme parou, aponando a lanerna para asparedes deerioradas e em siua"#o 6em prec8ria.F lhem onde pisam e n#o oquem nas paredes. ra?eo parecia inermin8vel. nel se omava pequeno e esreio, quaseimpedindo a passagemG em ouros momenos, omava>se amplo,ransformando>se num sal#o imenso e mido.F *eremos de aravessar aquele 6eco F informou Jayme, aponando para umlocal esreio.F samos quase chegando F avisou +aniel, segurando o 6ra"o de !aura. F nel faz uma curva e, no final, d8 acesso a oura caverna.F 8eu& 7 &u&&urrou Laura 7( e&te lugar 9 .a&*inante-Seguiu o& pa&&o& de Ja)'e e( uando pen&a1a nun*a *,egar ao .i'( entrara' nu'a gigante&*a *'ara-

    !aura iluminou as paredes 6rancas e 6rilhanes de calc8rio. local possu%a aalura de um prdio de vine andaresG as pedras incrusadas nas paredes eram

    de uma 6eleza naural indescri%vel. $o ver as pinuras no eAremo oposo deonde se enconrava, o cora"#o de !aura disparou. $quilo superava suaimagina"#o.6servando o deslum6rameno de !aura ao eAplorar aquelas paredes, Jaymeseniu uma ponada no peio. *alvez esivesse influenciado pela misura deadmira"#o e eAciameno do so6rinho. *alvez fosse a ens#o que eAisia enreele prDprio e !aura. 0as, quando ela virou>se, fiando>os, Jayme viu as l8grimasde emo"#o inundarem os 6elos olhos verdes.5icou paralisado. Pela primeira vez, perce6eu a imporncia da desco6era para

    !aura. sonho de sua eAis@ncia omava>se realidade.N#o valia a pena fazer algum ipo de 6rincadeira, pois poderia esragar essemomeno m8gico. Por sore, ela n#o era seu ipo de mulher, ponderava Jayme.Porque, se assim o fosse, eria se apaiAonado por aquele roso naqueleinsane.

    CA4$56' ,

    F ssas pinuras superaram em muio o que eu esperava F afirmou !aura. FVoc@ sa6e o que em aquiM

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    +aniel n#o podia coner a eAcia"#o. ;olou um grio de alegria e arriscoualguns passos de dan"a, formando uma nuvem de poeira 6ranca ao seu redor.F $s cavernas n#o eram usadas apenas como a6rigo e moradia, ceroM F leransmiia a posura de adulo, mas a confirma"#o de !aura aumenou seuenusiasmo. F ram usadas para riuais e cerimEnias religiosas, n#o eramM

    eAise uma hisDria de gera"es sendo conada aravs desses desenhos.F Pelo pouco que vi a agora, parece>me isso mesmo.F Voc@ vai ficar e documenar udoMF spero que sim. 0as precisamos da aprova"#o de seu pai.F E do tio Ja)'e-A'bo& &e 1irara' para o 2o1e' loiro de ol,o& a3ui& e( e' &ilBn*io( aguardara' a *on.ir'a5$o-En.i'( pen&a1a Ja)'e( toda a aten5$o .ora 1oltada para ele- 8e in/*io( apoiara Laura e 8aniel apena& parapro1o*ar o ir'$o( 'a& Matt ,a1ia re&pondido *o' u'a pro1o*a5$o ainda 'aior- Se de*idi&&e ban*ar a bab+ dabela arue6loga( ent$o teria( no '/ni'o( de &e di1ertir *o' a a1entura-

    F 0a foi caegDrico quando disse que sem mim n#o haveria pesquisa, ceroMF N#o provoque !aura, io, n#o ?uso. $lm do mais, se quisermos convencermeu pai, precisaremos de um 6om plano de a"#o.F Voc@ n#o gosa de 6rincadeiras, !auraM$quele om irEnico irriou>a. a possi6ilidade daquela companhia masculinadurane as pesquisas am6m a incomodava. N#o fora reconhecida, mas o con>v%vio, com cereza, avivaria a memDria de JaymeG se isso aconecesse, !auraesaria em m8 siua"#o.F 7oso de piadas e 6rincadeiras ano quano qualquer oura pessoa. 0as issoF ela iluminou as paredes da caverna F muio srio.F *em raz#o. 0as precisa enender que enho minhas o6riga"es e muiora6alho a eAecuar. Kuanas horas por dia ser#o necess8rias para documenara desco6eraMle esava sendo razo8vel, e !aura decidiu fazer o mesmo.F N#o sei ainda. +eiAe>me dar mais uma olhada, assim poderei afirmar comprecis#o.F 0uio ?uso.;enado no ch#o, Jayme os o6servava. +e repene, eve a n%ida sensa"#o de ?8 er viso !aura

    em algum lugar. *alvez ivesse sido no campus da universidade, quando fora 6uscar

    +aniel. ;im, era isso, concluiu.$os poucos, perce6eu que a escurid#o aumenava e a voz e dos dois sedisanciava. N#o podia ver nem os fachos das lanernas.F !auraI +anielI N#o se afasemI F RelaAou quando o so6rinho avisou que ?8esavam reomando, mas sD ficou ranqLilo ao ver as luzes se aproAimando. ;ealgo aconecesse, a responsa6ilidade seria apenas dele.F Nunca mais desapare"amG n#o seria f8cil enconr8>los nese la6irinoI+aniel ficou surpreso com o om severo do io.F +esculpe>me. NDs nos disra%mos. F garoo remeu e cruzou os 6ra"os,

    enando se aquecer. F *io, !aura acha que eAise oura caverna 6loqueadapor um desa6ameno.

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    F Bem, acho melhor n#o conar ao seu pai. ;e ele desconfiar que preendemfazer escava"es por aqui, 0a por8 um fim nessa pesquisa. serei o6rigado aconcordar.+e s6io, Jayme encarou !aura e +aniel, com diverimeno.F Voc@s dois es#o parecendo fanasmas. lhando para 6aiAo, ano !aura

    quano +aniel noaram que esavam co6eros de poeira 6ranca.F Voc@ am6m F re6aeu !aura, limpando o pD dos ca6elos. F *alvezdev@ssemos cham8>lo de 7asparzinho.ra verdade, Jayme esava #o 6ranco quano os dois. -a fazer uma 6rincadeiraso6re o fao quando reparou que +aniel coninuava a remer.F Precisamos sair daqui anes de nos congelarmos. J8 em uma idia dequano empo levar8 para ra6alharMF +uas semanas, r@s no m8Aimo. *udo 6em para voc@MF Claro, io Jayme...F +anielI F le usou o mesmo om de voz de 0a, e funcionou, porque omenino se deeve na hora. F Vamos sair daqui para nos aquecer. !8 foraconversaremos.sperando permanecer mais, !aura eve vonade de argumenar. savaha6iuada a varia"es clim8icas, mas noava que +aniel n#o inha a [email protected] caminhavam de vola, !aura 6rincou com +aniel para que eleesquecesse o frio. Canaram uma melodia espanhola, e Jayme osacompanhava, fazendo um som grave com a voz.$o sa%rem pelas poras de a"o, o 6rilho do sol ofuscou os olhos de !aura. Porm

    ela coninuou andando e aca6ou colidindo com Jayme. Nesse momeno, am6osperderam o equil%6rio e ca%ram ao ch#o.F h, meu +eus F !aura 6al6uciou, rindo. F $cho que ?8 vi essa cena anes.

    Jayme nem enou se levanar, apenas sorriu para !aura.F Cuidado, professora. Ve?a onde coloca suas m#os, dessa vez.$o levanar>se, !aura viu um senhor idoso logo H frene, o6servando>os comcero ineresse. esranho usava um chapu de vaqueiro, que co6ria pare deseu roso, mas !aura eve a sensa"#o de que ele esava zangado.F Ol+( Jeri*,o 7 *u'pri'entou Ja)'e- 7 O ue a*onte*eu> Laura( e&&e 9 Jeri*,o Jone&- Ele 'ora aui e

    *on,e*e toda a regi$o-7 Vo*B& e&ti1era' na& *a1erna& ind/gena&> 7 Jeri*,o le1antou a aba do *,ap9u( &audando Laura-

    Jericho Jones era 6em mais velho do que ela pensara. ;enindo>se alvo dasaen"es, Jericho enou disfar"ar seu mau humor, colocando as m#os nos6olsos e eApressando um largo sorriso.FPen&ei ue &eu pai o ,a1ia proibido de 1ir ;& *a1erna&( garoto-+aniel ignorou o om severo do homem.F Jericho, essa minha amiga da universidade, !aura. la arqueDloga e es8aqui para invesigar e documenar as pinuras das cavernas.F que houve com 0aM F Jericho parecia irriado. F -so aqui muioperigoso. F +espediu>se de !aura e seguiu a alameda de erra, em dire"#o acasa.

    +3+3

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    *rocando olhares, Jayme e +aniel deram de om6ros e se volaram para !aura.F Jericho um homem de poucas palavras F eAplicou Jayme. F le se senerespons8vel pela seguran"a de +aniel e 7inny.$ssim que se aproAimaram da resid@ncia, !aura pEde ouvir as vozes aleradas.m seguida, Jericho saiu, zangado, sem olhar para r8s.

    F $cho que vou colocar minha mochila no carro.F N#o. F Jayme segurou>a pelo 6ra"o. F *odos nDs vamos enfrenar essaparada. F $6riu a pora e esperou que !aura enrasse.F Kue droga, Jericho... F 0a virou>se e, vendo>os enrar, inerrompeu ocomen8rio, coninuando a acomodar 7inny so6re o ravesseiro.F Voc@ es8 6emM F pergunou +aniel, preocupado. F $coneceu algo com o6e6@M7inny comoveu>se com o ineresse do eneado. +esde que a m#e morrera,+aniel, vez ou oura, mosrava>se emeroso de perder a madrasa am6m.F u e o 6e6@ esamos 6em, querido. Jericho ficou a6orrecido porque voc@sesiveram nas cavernas.F Por que papai es8 com esses ravesseirosM Por que n#o foi dormir l8 emcimaM;enando>se, 0a solou um suspiro de cansa"o.F Porque ela muio eimosa. N#o quis ficar no quaro para n#o perder osaconecimenos aqui em6aiAo.F $o 9 nada di&&o- Sinto"'e 'ai& *on.ort+1el uando e&tou &entada-

    7 Claro ue &i'- 7 Ja)'e to*ou no o'bro da *un,ada- 7 Vo*B e 8aniel &$o a& pe&&oa& 'ai& *urio&a& ue 2+ 1i-

    $6rindo a geladeira, irou uma ?arra de ch8 gelado.

    !aura analisava cada movimeno de Jayme. Jamais imaginara que aquele?ovem, preensioso e sempre preocupado consigo mesmo, fosse #o dedicado ecarinhoso com a fam%lia. Convencida de seu engano, come"ou a rever ospreconceios em rela"#o a ele ao esemunhar os cuidados dispensados a+aniel e 7inny.

    ;enindo o oque de +aniel em seu 6ra"o, !aura deu um pulo de suso. mseguida, noou que odos a fiavam, pois algum lhe havia feio uma perguna. roso corou na hora.

    F +esculpem>me F disse, senando>se. F 0eus pensamenos es#o nascavernas.Jayme ofereceu>lhe um copo de ch8 gelado.F +ependendo de sua decis#o, 0a, !aura e eu faremos um rao.F N#o vou enar convenc@>lo de que as cavernas s#o seguras. Nem mesmosei qual a eAens#o do perigo, mas esou ciene dos desa6amenos. Possoa dizer que s#o recenes. Conudo, com cauela, e lhe afirmo que soucauelosa, poderei esa6elecer um per%odo cero para documenar as pinuras.F Voc@ acha que vale o riscoM

    F h, claro, 0a. O fan8sico. $s pinuras s#o 6em anigas, e am6menconrei algumas deforma"es rochosas eAecuadas por %ndios. 5icareihonrada se voc@ me permiir pesquisar.

    +1+1

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    0a fiou 7inny. Vendo seu assenimeno, disse&F Cero, mas com uma condi"#o. N#o quero v@>la correndo riscosdesnecess8rios ou colocando sua vida em perigo.F Promeo. F !aura ergueu a m#o direia.F =uanto te'po>

    A pergunta de Matt tirou"a da eu.oria ini*ial-7 8e dua& a trB& &e'ana&- 7 Ela notou o& ol,are& entre o *a&al- 7 Se n$o &e i'portare'( po&&o *olo*ar 'eu*arro e'bai4o de u'a +r1ore e a*a'par na& pro4i'idade& da& *a1erna&- @i3 i&&o 1+ria& 1e3e&( 2+ e&tou,abituada-

    F +e forma alguma F inerferiu 7inny. F Voc@ vai ficar no quaro dehDspedes.F N#o, por favor. *r@s semanas muio empo. 0inha perua 6em equipadapara acampamenos.F ;a6e cozinharM !imparM nfim, arefas caseirasMF Voc@ quer dizer arefas femininas, JaymeM

    F i, am6m fa"o tarefas femininas, senhoria. 0ais uma vez !aura foi rude e friacom Jayme. ;e coninuasse assim, colocaria udo a perder.F $doro cozinhar e limpar F disse H anfiri#. F Vou a?ud8>la no que forpreciso, 7inny.F 0enirosa F a cunhada de Jayme 3o'bou- 7 en,u'a 'ul,er *o' o '/ni'o de inteligBn*iaadora trabal,ar na *o3in,a-

    7 Ma& ainda te'o& u'a peuena ue&t$o a re&ol1er 7 'ani.e&tou"&e Ja)'e-

    !aura inha o pressenimeno de que n#o seria #o f8cil convenc@>lo. Virou>separa pergunar>lhe qual seria a ques#o e, nesse insane, sua perna 6aeu nacadeira, 6alan"ando>a. Jayme perdeu o equil%6rio e caiu no assoalho.

    Co6rindo o roso, !aura enou esconder o riso. Jayme viu o irm#o fi8>lo deforma paica, e +aniel olhava a amiga, 6oquia6ero.FVo*B .e3 i&&o de prop6&ito>0eneando a ca6e"a. la foi incapaz de responder.F +eve er feio. Ningum pode ser #o... desasrada. F *alvez voc@ enhaalguma end@ncia a quedas,

    Jayme F murmurou !aura, ainda conendo o riso.F $o- A*,o ue 1o*B 9 ue' te' tendBn*ia ao de&a&tre 7 re&'ungou Ja)'e( le1antando"&e-Re*obrado o *ontrole( Laura re*u&ou"&e a en*ar+"lo- Virando"&e para inn)( o.ere*eu"&e para au4ili+"la:

    F E4i&te algo ue eu po&&a .a3er agora>F N#o. F 5oi Jayme quem respondeu. F *emos u' proble'a a re&ol1er-7 Proble'a>

    F ;im. Vamos negociar o meu empo. F le eApressou um daqueles sorrisosirresis%veis. F 0a disse que devo acompanh8>la Hs cavernas. Bem, sou umhomem ocupado. *enho ra6alho a fazer, uma fazenda para adminisrar. use?a, arefas que eAigem muio esfor"o f%sico.F n#o se esque"a das garoas, io Jayme.F Cero. =8 am6m minhas garoas. F le come"ou a se recosar na cadeira,mas logo mudou de idia. F Kuanas horas por dia ser#o necess8rias parapesquisasM modo como ele sorria era 6em suspeio, e os olhos inham um 6rilho inenso.

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    F Como eu disse anes, umas duas horas, no m8Aimo.F ra, en#o n#o seria demais pedir>lhe que me a?ude na fazenda am6m poralgumas horas.F *io JaymeI la minha amiga.F JaymeI F eAclamou 7inny. F !aura nossa convidada. Voc@ n#o pode... F

    $quele proeso morreu quando viu a forma como 0a fiava Jayme e !aura.F 0eu +eus, esou pedindo uma roca ?usa, e n#o um ra6alho escravo.Poucas horas de ra6alho 6ra"al n#o far#o mal algum...F @eito- 7 Laura &urpreendeu a todo& *o' a r+pida de*i&$o-Ja)'e &abia uanto ela de&e2a1a do*u'entar auele& de&en,o& ind/gena&- Se argu'enta&&e( &eria u' 2oguete na&'$o& dele- E *on*ordar *o' o a*ordo &eria a grande 1it6ria-

    F +eiAe>me ver suas m#os.Por mais que ela enasse se esquivar, Jayme era 8gil e ocou>lhe as m#os comrapidez.7osou da pele de !aura. ra delicada e fina, mas fore, nada parecidas com a

    de ouras mulheres. $s unhas esavam coradas e 6em cuidadas.F $cho que servir#o. J8 usou um mareloMF ;im. F !aura sa6ia que odos a o6servavam, por isso precisava maner aeApress#o neura, como se o oque de Jayme n#o lhe causasse arrepios pelocorpo odo.F J8 lidou com marcenariaMF ;im, v8rias vezes.F Qimo. n#o, o acordo es8 feio. u a acompanharei Hs cavernas em rocado seu ra6alho 6ra"al. F Jayme coninuou a segurar>lhe as m#os mais do que

    o necess8rio, anes de sol8>las.F !aura, voc@ rouAe maiEM$ perguna de 7inny conduziu>a de vola H realidade.F Si'( 8aniel 'e pediu para tra3B"lo-

    7 =ue bo'( porue *o&tu'a'o& nadar no rio depoi& do 2antar- 7 inn) &orriu uando Laura .itou a enor'ebarriga- 7 Eu apena& 'ol,o o& p9&- Ma& 9 u' bo' 'odo de 'e re.re&*ar-

    !aura podia senir o olhar insisene de Jayme so6re ela. Kueria v@>lo longepara poder conhecer melhor os pais de +aniel. Kuando 0a pergunou>lhequanos anos inha e se sua fam%lia era do *eAas, foi o menino quem a salvou.F la como eu, pai. Come"ou a faculdade muio ?ovem. !aura foi uma *rian5a&uperdotada- Conte a ele& *o' uanto& ano& entrou na uni1er&idade( Laura-

    7 Eu tin,a uin3e ano&- 7 Pre*i&a1a ter 'uito *uidado *o' o ue di3ia( poi& Ja)'e e&ta1a pre&ente- F'peueno de&li3e poderia .a3B"lo le'brar"&e de tudo-

    F +aniel o aluno mais ?ovem que a /niversidade do *eAas ?8 aceiou.F Por que esperou a os quinze anosM.F Na poca, meus pais achavam que uma menina de reze anos n#o inhamauridade para suporar uma universidade. $chei que eles esavam errados,mas fui o6rigada a aceiar.F nendo. Bem, gosaria muio de ficar aqui e conversar, mas enho de verminhas garoas. F Jayme levanou>se e ocou o om6ro de !aura. F N#o semova ou ir8 me derru6ar de novo.

    +,+,

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    6servando>o sair, !aura coninuou es8ica. Kuem seriam aquelas garoas dequem ele ano falava e quanas seriamM $ imagem de um harm esperando>opassou>lhe pela mene. *al fao n#o a surpreenderia.F N#o se incomode com Jayme. le gosa de 6rincar o empo odo.F Pelo que pude noar, 7inny, dessa vez Jayme enconrou um oponene H

    alura. +aniel, voc@ n#o disse que iria cuidar do ?ardimMF N#o me lem6ro de er dio isso, pai.F N#oM Pois en#o eu digo. $lm do mais, 7inny e !aura precisam se conhecermelhor.7inny e !aura, alheias H conversa de pai e filho, sorriam.F $gora voc@ pode me dizer por que n#o gosa de JaymeMF u... N#o isso, 7inny. $penas o conhe"o o suficiene para n#o confiar nele.F O,( garota e&perta- Ma& 1a'o& ; 1erdade- Vo*B 2+ o *on,e*ia( n$o 9>Era i'pre&&ionante- Se .o&&e outra pe&&oa( Laura teria .i*ado o.endida( at9 'e&'o 3angada( 'a& ,a1ia algo de

    &ua1e e do*e e' inn) %olt *apa3 de de&'ontar o 'ai& frio do& &ere&- Co' auele& ol,o&

    *a&tan,o&(inn) poderia de&'a&*arar ualuer *idad$o( in*luindo Ja)'e- afei"#o por 7inny surgiu de imediao, mas !aura n#o esava preparada paraparilhar os senimenos ou a vergonha so6re o que fizera.F ra, vamos, 7inny. N#o havia mulher enre quinze e dezoio anos em $usinque n#o enha conhecesse Jayme Van der Bollen, mesmo aravs de fofocas oudas colunas sociais.F O verdade. 0as ele n#o em esado muio l8.

    Jayme mora aqui.ncurralada, !aura olhou ao redor, senindo>se doene por er de parilhar o

    mesmo eo que Jayme. 7inny noou o pro6lema.F le n#o mora nesa casa, em6ora algumas vezes pare"a que sim. Jayme emuma fazenda do ouro lado da rodovia.F uvi dizer que vendeu a casa que possu%a era $usin, mas achei que haviacomprado oura na cidade. F !aura n#o podia acrediar que Jayme mudara oesilo de vida de forma #o radical. F Jamais imaginei que ele viria para ocampo.F sranho, n#oM

    *erminando o ch8 gelado, 7inny fez men"#o de levanar>se, mas !aura

    adianou e serviu>se de ouro copo.F le es8 a?udando 0aMF N#o, a inen"#o oura. Poderia encher a igela de +og, por favorMF Com ch8 geladoMF Si'( ele adora-Sob o ol,ar an&io&o do *a*,orro( Laura *olo*ou o l/uido na tigela- =uando 8og abanou o rabo( ela a*ari*iou"l,ea& orel,a& e 1oltou ao a&&unto anterior-

    7 =uer di3er ue Matt e&t+ a2udando Ja)'e>

    F $cho que +aniel n#o lhe conou. Jayme decidiu mudar>se para *:o Rivers eenar adminisrar as erras que o pai lhe deiAou. Vendeu udo o que possu%a e

    invesiu na propriedade. $gora es8 ransformando o velho celeiro num larha6i8vel. +evo admiir que ele impressionou a odos nDs.F Jayme eAecuando ra6alhos manuaisM O duro de acrediar.

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    F ;ei quano chocane F 6rincou 7inny. F *am6m pensei que ele fosseapenas um roso 6onio quando o conheci.;eria melhor que !aura irasse as prDprias concluses. 0as 7inny se afei"oaraa ela. =avia um 6rilho vivaz naqueles olhos verdes que lem6rava a energia de+aniel. N#o queria v@>la magoada, porm inha a sensa"#o de que !aura 7han

    sa6ia muio 6em se cuidar.F +e algum modo, n#o consigo associar a figura de Jayme ao ra6alho 6ra"al.F Coninuo achando que voc@ conhece Jayme mais do que afirma. N#o diganada. *alvez um dia queira me conar essa hisDria. 0as fa"a>me um favor&se?a cuidadosa com Jayme. le adora mulheres, alvez a demais, e as envolvecom facilidade. N#o se deiAe incluir em sua lisa.F Sou &e'pre *uidado&a( inn)-Se'pre( a n$o &er oito ano& ante&( uando o *on,e*eu- Ma& i&&o era algo ue tin,a de e&ue*er-

    #A%IT'LO 4

    N#o levou muio empo para noarem que +aniel ficara gripado com a friagemdas cavernas e por er depois passado horas so6 o sol escaldane, no ?ardim.

    *odos decidiram, en#o, que n#o haveria mergulhos no rio aquela noie. leproesara, mas o eAcessivo cuidado de 7inny e 0a foi suficiene para deiA8>lo em repouso por alguns dias, proi6indo>o inclusive de visiar as cavernas.+escendo as escadas, !aura concluiu que a fam%lia Bol, ou Van der Bollen,guardava muios segredos, pois com apenas uma roca de olhares odos se

    enendiam. *al desco6era deiAou>a consrangida. ;ua fam%lia nunca fora dasmais unidas, e inimidade quase n#o eAisia. No fundo, !aura os inve?ava.Chegando H sala, seniu o aroma de caf. nrou na cozinha e serviu>se de umaenorme A%cara. n#o, a6riu a pora e saiu.Caminhou pelo quinal, ouvindo o cano dos p8ssaros e deleiando>se com a6risa fresca 6aendo>lhe no roso. ssa era a melhor hora do diaG a serenidadeda manh# parecia acariciar>lhe a pele.$visou um pequeno muro de pedra e senou>se so6re ele. +epois de omaralguns goles de caf, fechou os olhos e come"ou a plane?ar as primeiras

    medidas para sua pesquisa arqueolDgica. +e repene, o laido disraiu>a,inerrompendo o momeno de media"#o. +og e 7inny se aproAimavam.F Pensei que odos esivessem dormindo a que seni o aroma de caf.Recosando>se no muro, 7inny permaneceu em sil@ncio, enando recuperar ofElego.F u lhe disse que goso de acordar cedo. Na verdade, odos nDs somosmadrugadores. J8 enconrou 0aMF N#o. Voc@ caminha odas as manh#sMF +ois quilEmeros. /m para ir a a esrada e ouro para volar. F 7inny fiou

    a 6arriga e acariciou>a. F +og e eu cosum8vamos correr, mas agora preciso irmais devagar.F Vo*B e 8og>

    ++

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    7 Claro( ele 9 'eu *o'pan,eiro de *orrida&- Se 8og n$o e&ti1e&&e *o'igo( n$o ,a1eria 'eio& de *on1en*er Matta 'e dei4ar .a3er e4er*/*io&- 7 O *$o apro4i'ou"&e( e ela a.agou"l,e a& orel,a&- 7 Para &er &in*era( .oi 8ogue' 'e apre&entou a Matt- 8aniel nun*a l,e .alou &obre o 'eu pa&&ado>

    !aura meneou a ca6e"a em negaiva e omou ouro gole de caf.F =8 cerca de um ano, paricipava do Programa de Proe"#o a *esemunhasdo 5B-.

    F 5B-M F !aura ficou chocada.F -sso mesmo. Precisei esemunhar conra uma pessoa. F 7inny senou>se nomuro, com a a?uda de !aura. F u eAercia advocacia em Boson e vivia commeu marido e minha filha quando desco6ri que meu padraso esava lavandodinheiro no 6anco da fam%lia. Para encurar a hisDria, depois de recolherprovas consisenes, enreguei>as ao 5B-. n#o, pediram>me queesemunhasse conra ele, e foi o que fiz. 0as logo vieram as amea"asanEnimas, e o governo armou um esquema para proeger minha fam%lia e amim. Porm falharam. 0eu marido e minha filha foram assassinados numa

    eAplos#o de carro.F Kue horrorIF ;im. 0eu padraso pensou que podia me impedir, mas enganou>se.

    *esemunhei, e ele foi para a pris#o. 5B- me colocou nesse programa, edurane quaro anos vivi em v8rios sados, ra6alhando em empregosdiferenes. Kuando esava me mudando para $usin, o carro dos agenesfederais sofreu um acidene. u so6revivi, e eles n#oG en#o resolvi fugir.F Voc@ fugiuMIF ;im, n#o queria mais ficar me mudando de cidade em cidade. Kuando parei

    de correr, +og me enconrou ali, pero do rio. u esava com frio e fome, e +ogrouAe 0a a mim. le e +aniel me levaram para casa, e aqui esou.F h, n#o. Voc@ n#o vai parar agora, 7inny. que aconeceu depoisMF u me apaiAonei e a fiz prisioneira a que ela concordasse em se casarcomigo.F 0ahe: BolI F 7inny enou parecer zangada, enquano ele lhe dava um6ei?o no roso. F $gora voc@ quem vai erminar a hisDria.F Bem, +aniel e eu decidimos man@>la aqui. 6riguei>a a cozinhar para nDs, emeu filho encanou>a de al modo que ela n#o pEde mais nos deiAar. 0as haviaainda o 5B-, que a queria de vola, e o meio>irm#o de 7inny, que a queriamora. 5izemos um acordo de cavalheiros, e, por medida de precau"#o, osha6ianes da cidade ela6oraram um sisema de alarme para qualquer carroesranho que enrasse em *:o Rivers. Aerife cosuma inerrogar as pessoasque chegam e as impede de enrar, se n#o iverem negDcios a raar por aqui.5iquei surpreso quando ele n#o nos avisou de sua chegada.F $cho que sei o porqu@. F !aura sorriu. F Kuando esacionei minha perua,

    Jayme ?8 esava de pronid#o. Creio que ele enava cumprir o ra6alho doAerife, mas a siua"#o ficou um pouco confusa. N#o gosei do ?eio de Jayme,pensei que quisesse algo mais do que desco6rir quem eu era.

    +/+/

  • 8/13/2019 Super Julia - 001 - A lei do corao - Evelyn A Crowe

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    F +aniel nos conou que voc@ viria F eAplicou 0a. F n#o, Jayme a irou dacidade o mais r8pido poss%vel para nos fazer uma surpresa. le sa6ia que fi>car%amos chocados.F ChocadosM7inny assumiu a narraiva.

    F Naquela manh#, +aniel nos informou que havia convidado uma amiga daescola. s8vamos esperando... algum com menos idade.s r@s solaram uma gargalhada desconra%da.F +iga>me uma coisa, !aura. Conhece 6em o meu filhoM Voc@s conversammuioM le em amigosM Como es8 se saindo na universidadeM ;ei que ora6alho de +aniel eAcepcional, mas qual a sua opini#oM le es8 sempre nosgaranindo que udo vai 6em e...F +aniel o garoo mais eAroverido que ?8 conheci. Vivemos no mesmolugar, e sei o quano pode ser soli8rio. 0as +aniel n#o em esse pro6lema,pois faz amigos com muia facilidade. Voc@s sa6iam que ele es8 moniorandoum dos alunos em qu%micaMF Por ue ele .aria i&&o> 7 inn) 'o&trou"&e orgul,o&a e ao 'e&'o te'po *on.u&a- 7 8aniel n$o pre*i&a dedin,eiro- Vo*B au'entou a 'e&ada do garoto( Matt>

    7 Claro- Ma&( uerida( 1o*B &e e&ue*e de ue 8aniel te' ga&to& ele1ado& por *au&a dauele& progra'a& de*o'putador- ?al1e3 ueira algo 'uito *aro e e&te2a *o' 1ergon,a de pedir 'ai& din,eiro-

    N#o havia necessidade de revelar as verdadeiras razes para +aniel esarra6alhando nas horas vagas. le ?unava dinheiro para comprar um carrinhode 6e6@ para 7inny. 0as n#o era um simples carrinho, +aniel escolhera omelhor e o mais caro de odos.

    F Como conheceu +aniel, !auraM F indagou 7inny.F spere um minuo para responder F pediu 0a, indo H cozinha com aA%cara de !aura na m#o. !ogo, volou com mais caf e um copo de suco para7inny.F N#o goso de suco de uva F ela reclamou.F 0as vai 6e6@>lo assim mesmo. O 6om para voc@ e o 6e6@. F 0a virou>separa !aura. F $gora, cone como conheceu meu filho.0as n#o o6eve a resposa. Jayme apareceu, e 7inny fez um sinal para ele.h, n#oI N#o #o cedo, pensou !aura. Porm se coneve. *eria de seacosumar H presen"a de Jayme, pois precisava dele para a pesquisa nascavernas.F Bom dia, professora F cumprimenou Jayme, coninuando a caminhar a acasa. !ogo depois, reomou com uma caneca cheia de caf. F Por que es#oaqui foraM sou morrendo de fome.F Aise alguma hora em que n#o ese?aM F resmungou 0a.F ;im, eAise. 0as, como sou um ra6alhador, preciso de muia viamina. $propDsio, voc@ conhece Bill !a

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    homens olhando minhas erras do ouro lado da cidade. 5icou sa6endo dealgum que quisesse comprar aquela propriedadeMF $o-$o ,a1ia d1ida& de ue ningu9' e&ta1a intere&&ado na ,i&t6ria de Ja)'e-

    F sou arapalhando alguma conversa paricularM Kuerem que eu saiaMF E&t+1a'o& .alando de 8aniel 7 e&*lare*eu inn)- 7 Continue( Laura- Vo*B ia no& *ontar *o'o *on,e*euno&&o garoto-

    7 H+ un& uatro 'e&e&( ele apare*eu no departa'ento de arueologia- 8aniel &e apre&entou a todo&: e&tudante&(a&&i&tente& e pro.e&&ore&- Ma& 2+ o *on,e*/a'o&- 8e&de o *o'e5o( a uni1er&idade e&ta1a e' pol1oro&a *o' a

    pre&en5a de u'a *rian5a &uperdotada- Seu no'e at9 &aiu no& 2ornai& do campus.F O verdade. le rouAe o arigo para nos mosrar.F N#o devemos nos envolver com os esudanes, mas +aniel era #o sincero eineligene que n#o resisimos. le fazia milhares de pergunas. /m empodepois, desco6ri que as fazia porque procurava algum para a?ud8>lo em seupro?eo.

    F $s cavernas. F 0a franziu a esa. F +aniel em me perseguido desde oprimeiro momeno em que viu aquelas pinuras.F Por que ele a escolheuM F Jayme fiava !aura com inensidade.F Porque deduziu que eu era a mais adequada para vir a aqui. ;#o poucosos que se dedicam de verdade ao douorado. *odos querem levar vanagem nauniversidade. u precisava fazer uma desco6era para pesquis8>la, documen8>la e pu6lic8>la. +aniel avaliou a equipe, fez a escolha e veio a mim h8 [email protected] *r@s meses ar8sM F 0a esava espanado. F le maneve segredo esseempo odoMF Na verdade, +aniel fez isso por mim. u n#o queria que ningumdesco6risse.F Kuer dizer que n#o queria nenhum superior ou colega inerferindo em seupro?eo para poder levar odos os crdiosMF -sso mesmo, Jayme. +aniel e eu fizemos um acordo. le maneria ascavernas em segredo e eu o deiAaria ra6alhar para mim, caalogando aspinuras, ou algo parecido. sil@ncio durou alguns segundos, e !aura seniu>se consrangida. /sar umacrian"a de onze anos, apesar de ser ineligene ou madura, era imperdo8vel.

    F N#o conseguiremos nada na vida se n#o luarmos F comenou 0a.F $cho que, de algum modo, manipulei +aniel. +esculpem>me.;egurando>lhe a m#o, 7inny sorriu, com ernura.F ;D pode esar 6rincando, !aura. $quele garoo capaz de udo paraconseguir o que dese?a. ;e houve manipula"#o, foi da pare dele. F Com aa?uda de 0a, 7inny desceu do muro e caminhou a a casa.F Precisamos vigiar +aniel nese ver#o, 0ahe:. le es8 ficando cada vezmais a6usado.

    Jayme e !aura o6servaram o casal se afasar.

    F Voc@ acha que esou erradaM

    ++

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    F Como meu irm#o disse, es8 apenas conquisando o seu espa"o. F ;a6endoquano as mulheres adoravam argumenar, Jayme n#o insisiu na ques#o. FVamos para denro. sou morrendo de fome.F 5iz algo que a deiAou magoada, !auraM F Jayme pergunou, a?udando>a aorganizar o equipameno.

    F N#o, de ?eio nenhum. $li8s, nada do que diz pode me a6orrecer.$ resposa fora dada num om doce e suave, mas havia cera ironia naquelaspalavras. Jayme queria rerucar, mas !aura enregou>lhe uma por"#o de ins>rumenos arqueolDgicos para carregar.F N#o sou seu 6urro de carga. Conferindo os o6?eos, !aura maneve>se emsil@ncio, ignorando aquele comen8rio. le era #o sensual que ficava dif%cileviar olh8>lo. *enou imaginar quanas mulheres Jayme ?8 ivera, e resseniu>se por er cime. s aconecimenos de oio anos anes eram irrelevanesGagora esava diferene, mais madura, espera, e n#o se deiAaria envolver poraqueles 6el%ssimos olhos azuis.

    Jayme a fiava com amanha inensidade que !aura precisou respirar fundov8rias vezes para n#o sucum6ir aos l86ios seduores. No decorrer do ra?eoa as cavernas, am6os permaneceram em sil@ncio a6soluo.F nde quer que eu ponha seu equipamenoM F Jayme pergunou, aochegarem.F N#o precisa me a?udar, se n#o quiser.F ;ei disso. 0as am6m n#o preendo ficar senado de 6ra"os cruzados.F #erto" * Laura iluminou um .anto es.uro /a .aerna" * 5onte otri-6 na,uele la/o"

    A-7s tu/o estar monta/o0 Laura .olo.ou as 1aterias nas l8m-a/as ea.en/eu9as" A .aerna 2i.ou to/a ilumina/a0 /an/o i/a s -inturasnas -are/es" Era um momento m;cionar a luz para eviar a forma"#o de som6ras.

    +2+2

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    ;enindo um arrepio percorrer>lhe a pele, !aura deduziu que devia ser acorrene de ar frio das cavernas. $lcan"ando a mochila, pegou um casaco evesiu>o. m seguida, olhou o relDgio. savam no inerior das cavernas haviamais de duas horas.F Est; .ansa/o ou -o/emos .ontinuar)

    * Se 2or -re.iso0 a

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    $pDs 6alan"8>la algumas vezes, Jayme conseguiu acend@>la. lhou para !aurae caiu na risada.F ;e pudesse ver o seu roso, professora...s ca6elos e as faces de !aura esavam repleos de poeira 6ranca.0olhando a pona do dedo, Jayme deslizou>o com cuidado ao redor dos l86ios

    femininos, formando um largo sorriso no roso de !aura.$inda imDvel, ela enava capar odas as sensa"es causadas por aquelegeso. Kueria se desvencilhar, mas esava aEnia demais para al. $ eApress#ocEmica de Jayme lhe dava vonade de rir, porm a voz n#o sa%a. 5iava>oapenas, em sil@ncio, enquano os olhos azuis a esudavam.Kuando os l86ios de Jayme ocaram os dela, !aura come"ou a proesar. Noenano, re?eiar aquele oque #o sensual seria imposs%vel.

    Jayme pressionou>lhe os l86ios, enando for"8>la a a6ri>los. Jogando a cmerade lado( Laura pa&&ou o& dedo& entre a& 'e*,a& loira&( e&.or5ando"&e e' 'anter o& l+bio& .e*,ado&-$o per'itiria ue ele apro.unda&&e auele bei2o( tornando"o ardente e inten&o- J+ &e ,a1ia' pa&&ado oito ano&(

    e n$o ueria 1oltar a &e 'agoar-8e .or'a algu'a poderia &e apai4onar por Ja)'e u'a &egunda 1e3-

    #A%IT'LO 5

    $nos ar8s, !aura promeera a si mesma que, se volasse a enconrar JaymeVan der Bollen, n#o permiiria que ele a magoasse novamene. 7uardardolorosas lem6ran"as nas profundezas do cora"#o, onde ningum ?amais

    conseguiria penerar, fora um esfor"o so6re>humano.Porm, naquele insane, cada promessa parecia se diluir com um simplesgeso. $penas um 6ei?o fora capaz de mudar a hisDria de uma vida.F *alvez dev@ssemos criar um modo para eviar qualquer movimeno6rusco, n#o acha, !auraMF /m modoMF Claro. /m aviso. u lhe perguno qual a sua disncia em rela"#o a mimanes de me mover. $ssim eviaremos uma colis#o desasrosa.F Cero. sse modo me parece funcional. $o levanar>se, Jayme es6arrou nacmera.F h, desculpe>me.Respirando fundo, !aura avisou sua cmera super>moderna oda empoeirada,ca%da no ch#o, como a deiAara, minuos anes, N#o podia sequer lamenar oocorrido, pois o 6ei?o eria valido qualquer perda.F $o ,+ proble'a- Eu trou4e outra&-8epoi& de a2ud+"la a le1antar"&e( Ja)'e pegou a '+uina-

    F?o'ara ue a& .oto& n$o ten,a' e&tragado- 7 A*endeu a lanterna e a*re&*entou:7A*,o ue 2+ *,ega por,o2e-

    desaponameno esava eApl%cio no roso de !aura.

    F Creio que sim.F Por que n#o deiAamos o equipameno aquiM Kual a programa"#o paraamanh#M 0ais foosM

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    !8 esava ele, o rei das mulheres, fazendo um comen8rio ineligene.F $lgumas F !aura murmurou, enquano o6servava as paredes de pedra.$lgo es8 errado, pensava Jayme, pegando a mochila. +epois daquelefa6uloso e inrigane 6ei?o, !aura se mosrava ineressada apenas pelas velhaspinuras. 0as udo 6em, am6os iriam ficar a sDs durane duas ou r@s horas

    di8rias e, alvez, a siua"#o se omasse esimulane.Pegando a mochila das m#os de Jayme, !aura colocou>a nas cosas e acendeua lanerna.Kuando aingiam o local onde eram esocadas as garrafas de vinho, Jaymegriou&F Kual a disnciaMF +ois meros ar8s de voc@ F respondeu !aura, rindo.F Viu> Eu l,e di&&e ue .un*ionaria-O odor *ara*ter/&ti*o da bebida e' pro*e&&o de en1el,e*i'ento atingiu a& narina& de Laura( &eguido pela'udan5a de te'peratura- Ja)'e abriu a& porta&( e ela( le'brando"&e do *,oue *au&ado pela &bita *laridade(

    1irou o ro&to( .e*,ando o& ol,o&-Sentiu o *alor do lado de .ora- A lu'ino&idade atra1e&&ou"l,e a& p+lpebra& *o'o u'a .le*,a- Pi&*ou algu'a&1e3e& e abriu o& ol,o&-Al9' de inn)( Matt e o 1el,o Jeri*,o( ,a1ia u'a plat9ia de 'ai& *in*o ,o'en&- Ap6& algun& &egundo& de&ilBn*io( todo& *a/ra' na gargal,ada- Laura .itou Ja)'e- Co' e4*e5$o do& ol,o& e da bo*a( a'bo& e&ta1a'*oberto& de poeira bran*a-

    F O ue 1o*B& doi& .i3era'> Rolara' pelo *,$o> arri&*ou Matt-7 Laura trope5ou e' 'i'-7 Eu> Matt( 1o*B pre*i&a le1ar &eu ir'$o ao '9di*o- Ele e&t+ perdendo a *apa*idade de euil/brio-

    F ;e !aura rope"ou em voc@, como que ela pode esar nas mesmascondi"esMF +esino F resmungou Jayme, segurando>a pela m#o. F Vamos, emos muiora6alho na fazenda. $s garoas devem esar preocupadas.-nrigada, 7inny o6servava>os se afasarem.F Voc@ reparou no roso delesM$ eApress#o diverida de 0a se desfez ao noar a seriedade da mulher.F que h8 de erradoMF =avia dois c%rculos id@nicos em vola da 6oca dos dois.F da%MF *enho cereza de que eles se 6ei?aram. 0a, voc@ precisa falar com Jayme.

    fao de ele senir>se enediado n#o significa que possa seduzir e magoar!aura. ;a6emos muio 6em o que vai aconecer. n#o quero que nossahDspede se machuque.F Ele& &$o adulto&( 'eu a'or-Se' di3er nada( inn) apena& .itou o 'arido e *a'in,ou e' dire5$o a *a&a- Matt &oltou u' &u&piro pro.undo-Sabia ue Ja)'e e&ta1a aprontando algo- A.inal( &eu ir'$o anda1a 'uito uieto e &ol/*ito- e&&e rit'o( auele1er$o &eria be' *o'pli*ado-

    !aura enava reirar a maior pare da poeira das roupas anes de enrar nacasa. Jayme fazia o mesmo.F Vou omar um 6anho e rocar de roupa. Kuer que eu o enconre na fazenda,

    JaymeM

    ,+,+

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    F N#o. spero por voc@. F $6riu a pora da cozinha, enconrando +og e oso6rinho. Kuando !aura fez men"#o de parar e conversar com +aniel, Jaymeimpediu>a. F N#o se preocupe, vou conar>lhe udo o que aconeceu. Bem,quase udo.5ingindo n#o compreender a insinua"#o, !aura for"ou um sorriso e su6iu as

    escadas.+aniel olhou para o io, puAando ouro len"o de papel para assoar o nariz.F que voc@ fezMF Nada. Juro por +eus. F 0as, como +aniel coninuasse a fi8>lo, Jayme se deucona de que o so6rinho pergunava so6re o ra6alho nas cavernas. F Como sesene, inseinMF Pssimo. N#o sei por que fui me resfriar. +everia er sido voc@. 7innyainda preparou uma can?a de galinha para mim.F 6rigado por se preocupar com minha sade F ironizou Jayme.F Cone>me o que fizeram nas cavernas.F !aura foografou as pinuras.F *io Jayme F +aniel fez uma carea F, isso D6vio. Kuero sa6er o que virame o que ela disse. $coneceu algo ineressaneMF $rqueologia n#o meu fore, +aniel. Vi apenas alguns desenhos velhos.0as, pela movimena"#o de !aura, eu diria que ela esava 6asaneempolgada, %amos foografar as cavernas do fundo, mas derru6ei o holofoe eficamos sem ilumina"#o.F $poso como voc@ morreu de medo.F N#o fale assim com seu io.

    F +esculpe>me. Kuando !aura vai revelar o filmeMF N#o enho idia. Vamos ra6alhar no meu rancho at9 o .i' do dia-

    7 $o 1ai 'onopoli3+"la o te'po todo(n$o 9( tio Ja)'e>

    F Claro que n#o. 0as rao rao. 5izemos um acordo, e !aura concordou emme a?udar na fazenda para compensar as horas de ra6alho que perco emacompanh8>la. !em6re>se& era voc@ quem deveria esar no meu lugar.F 0as quando !aura vai poder revelar o filme e documenar as pinuras, seesar8 com voc@ odas as ardesM$ perguna de +aniel foi mais do que perinene. $final, ele am6m dese?ava

    usufruir da companhia da amiga, mas Jayme a queria por pero.F la pode fazer a revela"#o aqui ou em minha casa. *alvez na fazenda se?amais aconselh8vel, o espa"o es8 desocupado, e !aura n#o ficar8 consrangida.$ conragoso, +aniel precisou concordar com a lDgica do io.F *udo 6em. 0as promea>me que rar8 os reraos aqui para que eu possa v@>los.F *razer o qu@M F indagou 7inny, enrando na cozinha.F $s foos das pinuras ind%genas. Preciso me alimenar, 7inny. soupassando mal.

    $o ouvir os passos de !aura, Jayme virou em sua dire"#o, e o sorriso seduordesapareceu de seus l86ios. Vesida de shor 6ranco, @nis am6m 6ranco euma frene nica prea, !aura deiAava H mosra a pele morena e 6rilhane...

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  • 8/13/2019 Super Julia - 001 - A lei do corao - Evelyn A Crowe

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    J8 era hora de volar H fazenda e ra6alhar.F +everia er escolhido melhor essas roupas F murmurou Jayme, fiando as6elas pernas. F Kuero dizer, voc@ es8 linda. Bem, s#o mais apropriadas parasenar>se H 6eira da piscina, e n#o para o ra6alho pesado. N#o impora.

    *enho algumas roupas velhas que poder8 usar. Vamos indo.

    $nes que !aura pudesse a6rir a 6oca, Jayme ?8 esava &aindo-7 S e e&ti1er a*ordado uando eu 1oltar( 8aniel( *on1er&are'o& &obre a& pintura&- 7 E'&eguida( Laura *orreu at9 a porta- 7 Ja)'e( e&pere!!aura*on&eguiu al*an5+"lo na peuena e&trada de terra ue &epara u'a re&idBn*ia da outra-F Voc@ n#o es8 no ramo de vinhos com 0aM F pergunou, admirando ocampo co6ero de vinhas.F N#o. 0as rece6o uma pare dos lucros. +iane da eApress#o de surpresade !aura, Jayme resolveu eAplicar melhor a siua"#o&F +e acordo com o esameno de meu pai, o filho mais velho herdaria osnegDcios, o vinho, as erras, as vinhasG enfim, udo. u enho apenas uma

    porcenagem dos lucros. F Jayme sa6ia o que ela pensava. F Voc@ es8enganada.F qu@MF ; im, acredia que eu deveria rece6er meade dos lucros. Nunca fui e

    ?amais serei um viniculor. -sso faz pare de 0a, es8 em seu sangue.F 0as ele era policial quando vivia em =ouson. Jayme a6riu o por#o eesperou que !aura passasse para fech8>lo.F 0a e meu pai se odiavam com a mesma inensidade com que amavamas vinhas. $pDs a more do velho, meu irm#o n#o eria volado para casa se

    n#o ivesse sido for"ado a a6andonar a pol%cia.F ;ene>se magoado por 0a er se apropriado da& 1in,a&>

    7 8 e 'odo algu'- 8+ 'uito trabal,o- 7 Ja)'e &orriu ao le'brar"&e do e&.or5o bra5al ue1in,a tendo no& lti'o& te'po&-!aura, por &ua 1e3( &entia"&e de&apontada *o' a &i'pli*idade dauela e4pli*a5$o- Ma&( a.inal(Ja)'e n$o pa&&a1a de u' bon vivant, a*o&tu'ado ; 1ida .+*il- A*elerando o pa&&o( Lauraatra1e&&ou a e&trada( a.a&tando"&e dele-io anos anes, Jayme era apenas um ?ovem ego%sa e de6ochado. *alvez aidade o ivesse ensinado algo, mas, pelo pouco que pEde noar, nadamudara naquela personalidade comodisa.+urane a longa caminhada, !aura se deu cona da mudan"a 6rusca depaisagem. $ primeira impress#o foi de um campo vaso e &el1age'-A propriedade de Ja)'e n$o &6 po&&u/a *entena& de pe&&egueiro&( *o'o ta'b9' u'a 1egeta5$ora&teira 'e&*lada de .lore& do& 'ai& 1ariado& tipo&( .or'ando u' lindo *olorido-!auradete1e"&e para ad'irar a bele3a natural-F O um privilgio, Jayme./ma esranha sensa"#o de felicidade o invadiu.F O mesmo, n#o MF Aise algo de encanador, a m8gico, nas flores silvesres.

    !ogo H frene, a esrada fazia uma curva que erminava num enorme celeirode pedra.F !ar, doce lar F sussurrou Jayme. F J8 era hora.

    ,-,-

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    F Voc@ mora aliMF +igamos que eu durmo e omo 6anho ali, mas o lugar es8 longe de serha6i8vel. F *ocando o 6ra"o de !aura, Jayme conduziu>a ao longo da casa.F Kuero que ve?a algo. Vou apresen8>la Hs minhas garoas.F ;uas garoasM Kue garoasM F Conhecer as mulheres de Jayme era a

    lima coisa que dese?ava.=avia um eAenso cercado de madeira ao redor do es86ulo.$proAimaram>se, e Jayme, apoiando>se na cerca, esperou em &ilen*io-8e repente( ou1iu"&e um tropel *on.u&o e de&ordenado- Laura a.a&tou"&e( te'ero&a- Por9' &eu&l+bio& &e abrira' nu' largo &orri&o diante da *ena- F' peueno grupo de a1e& enor'e& *orriae' dire5$o a Ja)'e-F h, que ador8veisI F eAclamou, quando os animais de pesco"oscompridos e cheios de plumas se aproAimaram. F ;#o avesruzesMF mas. F Jayme a6riu o por#o, deiAando !aura do lado de fora. F 5iquelonge a que eu lhe diga quando poder8 enrar. F $6rindo os 6ra"os, ele

    griou& F 0inhas queridasI Venham com o papaiI$ cena era inacredi8vel. ;eis dos dez p8ssaros saliavam ao redor de

    Jayme. le conversava com os animais como se esivesse falando com6e6@s. $s emas n#o eram #o grandes quano !aura imaginaraG deviammedir um mero e meio no m8Aimo.Com a ca6e"a, os p8ssaros acariciavam os om6ros e o DraA de JaymeG como 6ico, puAavam, de leve, as mechas loiras dos ca6elos dele.$quelas, sem dvida, eram as famosas garoas. Claro que sD podiam serf@meas. las inham olhos apenas para Jayme, ou melhor, dependiam dele

    para viver. 0as !aura inha de admiir que eram ador8veis.F Venha aqui, !aura. F Jayme segurou>lhe a m#o. F Kuero lhe apresenarminhas garoas. ssa Clo, =elena e Bessie. $quela 0ary, e ar8s delaes8 leanor. Vamos, querida. essa 0arie. $quelas s#o Joana e 7inny. F+epois indicou ouro par de animais ao lado da cerca. F sses s#o machos,Tila e lvis.F Tila e lvis. F !aura precisou cerrar os l86ios, conendo a risada.+e qualquer modo, as emas pareciam se diverir com a nova visiane, erodeavam !aura com cauela e cur