síndrome da veia cava superior - connecting repositories · 2017. 1. 11. · eauoando cl:falcias....
TRANSCRIPT
REV PORT PNSt:MOJ.. IV (3): 281 -28S
ARTIGO ORJGLNALIORIGINALARTICLE
Sindrome da veia cava superior Eficacia da radioterapia
Superior vena cava syndrome. Radiation treatment outcome
GJ<ACA FONSI:.CA• . JIJLIE I" A< ;oN<.:AL.V t:s•, PAl ii .O ~I :RAI'IM" . C..\RvtLN P CAL(AUA • · , OLGA SOUSA .. , I 0.\1 f 1-ll RI\AI\IJbS" ..
IJepartamenlo de Radinlcr<Jpia clu lnstituto f>orlugues de Oncologia- Centro do Porto
KI':SUMO
A Sindronae da Vcia Cava Su1>criur (SVCS) e.t:i gcralmeute assodada a doCII~a oneologiea av""~"'""· apreseutando ummau proRncislico.
Esto slndrome com uma aprcsenta~io cliuiea aguda on subaguda, pode requerer unaa intea-ven~io imediata.
A radioterapia tem om papel primordial no tratamento paliativo da SVCS, obtendo allvio 11.inhamitico n» maior parte dos cJbus.
Os autu,... analisam 20 ca•os de SVCS, tratados no Departllmentu de R»diulen&llia do Jn!"'tiluto
.. lntcmo Cotupleo)ent:.H rl¢ R:ldin:crar ia .. ,. Assisloott' Ho:tpitl:l l:.r rle R.1dint~mpia
ABSTR."CT
The Superior Vena Cava Syndrome (SVCS) 1$ u!ntally assn<:iated with ad\·anced malignanC)' and ~~~'a dismal t•rugno!oli!ol.
This sy11drome eao he an acute ur suh»cute event, tlaat may require prompt batcn·c .. tiuo.
Radiotherapy Is a potent modality in the palliative treatment ofSVCS with o si,;oifitant reduction in symptoms in the majority ol' <ases.
Tbe autboa-s analyse 20 eases or SVC.S treated between .lannary 1984 and October 1997, in the Oepartment of Radiotherapy of the lnstinato l:'ortu-
"'•• MCWco R<:tS~lvns:lvel do Ocp.1.namento de Radiot.:rapia do TPO - C:cntm d<' p,.,rto
Recehldo para puhlica~Ao: YH.IJI . 0? Aceite para puhlica~Ao: 98. 04. 23
M•iuiJunho 199& Vol. IV N' 3 281
\.. .
REVISTA PORTL:GUESA DE PNEUMOLOGIA
Porlueul!s tie Oncolo~lo de Francisco GentU · Centro do Porto, no periodo comprccndido entre Janeiro de 1984 c Ourubro de 1997.
REV PORT Pl'iEUMOL 1!1!111; IV (3): 281-2115
l'alavrns-thave: Slndrome da Veio Cava SuJl"nor: c~ncro do l'u lm~o: l<adioterapia; l'alia~.~o.
INTRODl:C,:AO
A Sindromc do Veia Cava Superior (SVCS) c uma entidade rara, tendo sido pela primeim vez descrita em 1757 por William Hunter (I).
/\ svcs esta gernlmeme associada a doenca maligna avancada em 85 a 93% dos casos. Cerca de 80% corresponde a carcinoma broncogenico 12) e l 0 a 18% a linfoma maligno. Aclualmenle. as causas benignas silo muitu rardS (2 a 3%) (3).
A obstruviio que acompanha a SVCS podc scr dcvida <1 Lrornbo~l.:. lXtrnpn .. ~~sao C>: lrinscc('l uu inva~~u da iroJ.i ma pcla neoplasia.
A oclusao do tluxo vcnoso provenientc da cabe~a. pesco~o c cxtrcmidades su1)eriores, determ ina um quadro clfnico tfpico que se caracteriza por edema facial, cianose. dispneia c ntrgc.scencia jugular.
Os doente.s eom SVCS tern mau prognosliro ~ uma sobrcvida rrK;dia curl:1 de 3 a 7 rm:scs (4.5.6). Qualqucr inlerven,:ao lerapeuJica numa cmagcncia medica dcveni Jcr se-mprc em consilk:r•1:ilo o prognoslico da docm;a causal, a pcrspcetiva de tcrapeuticas lutura~.
llem como a atitude do proprio doeme.
MATERIAL E M ETODOS
No periodo comprecndido en ln.: Janeiro lk 1984 c
Outubro de 1997 foram lrdtados oo Departamento de Radiolcrapia do fPO - Ccntm do Porto, 20 doentes do sc xo ma~cul ino, por sindrome da veia cava supenor.
A idadc do~ docntes variou entre os 42 e os 89 anns de idade, com uma media de 58.6 anos, com um desvio padrao de 1 0.6.
282 V<>l IV N'1
gues de Oncologia de Francisco Gentil- Cenlro do Porlo.
REV PORT Pl'iEUMOL 1998; IV (3): 281-285
Ke\·-Wot'ds: Superior Vena Cava Syndrome; Lung Cancer; Radiothernpy; Palliation.
Todo~ o~ docntcs foram tratados ror patologia maligna e com diagno~tico histof6gico previo. A dislli llui~fio por tipo histo16gico era a seguinte: 10
carcinomas epidenn6ides, 5 carcinomas de pequena~ cclulas. 4 adenocarcinomas c I carcinoma ndo pequenas celulas.
Ern lodos us doentes o tumor primario localizava· -::.e nu pulmiio, no din:ilo c:m 19 casus e no esquerdo em I.
Em rclayi'IO ao esladio, 14 l:asos foram estadiados como II IR c 6 como c~Jadios IV.
Os sintomas e sinais de apresenJa~ao enconu·am-se reprcsentados na Quadro I.
QUADROI Sintomus c ~inujs de apn:-scntu.;Uo tiu S VCS nos 20 docntcs
<.:slutl.udos
Sintomas e Sinais NUmern de dntnfett
I)ISJ'Inela 16
I )or mr.Acica 4
I :dema tiiclo-cen•!cal 17
Circula.;So colateml venosa 16
Citmose II
Turgcsre3nri:l venos:-. jugul:Jr 6
Outros 7
0 indice de Kamofsky a dala da mani[eS\89liO da doen\:a era de 40% em 4 docnt.cs, de 50% em 6, de 60% ern 6 e de &0% nets rcslantes 4.
Maio/Jwtho 1998
Em rela~io aos exames subsidhirios efectuados para diagn6stico do tumor primario e da SVCS, todos os docntcs eti:ctuaram radiografia tor.lcica e broncolibro~opin, com bi6psia, lavado e escovado bronquico; 17 dnentes foram submetidos a tomogralia axial computorizadn (TAC) toracica e 5 docntcs cfi:ctuararn hitlpsin gnnglionar de adenopatia (s) supraclavicular (es) evidenciada (s) no examc objcctivo.
Catone docntcs (70%) eli:ctuaram quimtoternpia (on com \:S(I ucmas vsriados. Dos doentes com adenocarcinomas I cfcctuou QT pre-rndJnternpia (Iff ) e 2 p6s-RT; dos carcinomas de pequenas celulas, 3 fornm suhmctidos a <.n pre-RT c I p6s-RT: dos carci noma~ epiderm6ides, 6 lizcram QT pre-RT c l QT pcls-KT.
0 trnto.mento radioterapico foi efectuado <~Lr~v~~ de doi~ campos, antero-posterior c postcro·MILcrior. englobando a area de tumor mAc,·osct'tpico, com cncrgias de 18 MV, 6 MV ou comh<l Co.
As doses totais, nos docntes que tcrminnrom o tratamcnlo p1ancado, variaram entre 30 c 56 Oy T. num fraocionamento de 2 ou 3 GyT, 5 vczcs por scmana. 4 docntes iniciaram o tratamento com urn fraccionamento mais elevado, de 4 Gy, nos 2 primciros dins, nn tenmt.Jva de obter urn alivio sintom;itico mai~ nlp1do, ap6s o que retomarnm o fraccion;tmcnto convcncionnl.
Todos os doentes necessilaram uc clcc1 unr tcrapeu-
SINDROME DA VI::IA CAVA SUPEJUOR
tica de suporte durante n radioterapin, nomeadamente com diun!ticos, cortic6ides e oxigenio.
A sobrevida foi calculada a partir do final da rndioternpia.
RESULTADOS
Oito doentes tiveram SVt:S como primeira mani· ti:stal;io da doen~a. Oestes, 4 fizcram QT pre-RT, sendo I carcinoma epiderm6ide, I can:inoma de pequenas celulas, I adenocarcinoma c I carciooma de nao pequenas celulas. Estes 4 docntcs rcvclantm uma frdca rcsposta a quimiutcrapia, vindo a ctcctuar nuliotcrapia scguidamcntc.
Em 15 docntcs, .n radimcrnpin dccorreu sem interrup~oes, com boa tolcrk,rcia cllnica e hematoltlgica; em 5 docntcs houve necessidadc de intcrromper o tmtamento por grave dctcrioracao do quadro clinico.
Todos os pacientcs que tcrrninaram u Lrdtamcnto p1aneado tiveram alivio sintomatico, parcial ou total, oom inJcio durante a radiotcrdpia ou no dccurso das duas primciras semanas.
~a Quadro Il c~ta rcgistado o alivio sintomAtico apresentado pclos 15 docntcs que term•naram a rndioterapia.
A sobrcvida p<is-radiotempia vnriou entre I sernaria <: lO mcscs, com uma sob rev ida media de 4,8 meses.
QUADROII AJivio ~1ntomAuco nos I~ tlot.:lllc.:::; <.JUC li:11Uirutram a mdiotcnpi:'l . . .. ..
Sjntumas e. sinais " '" SVCS C I r<:splt>l• il RT 4Y,.
Dispnda 12 8 72,7
Dortonkica 3 J LOO
Edema faci<H..,;nicul 14 lO 71
('ireulac;llo veno.u colat•:nil 12 l 8
Ciano!iie 8 ; 62.5
Turge!iic~ncia \'Cnosujuw,u.lur 5 n 0
Outros s 0 0
M•in/Junhu L 998 283
RI:.VISTA PORTUGL'ESA DE PNEl:MOLOGIA
DTSCUSSAO
A ~VCS c uma sirua~Eio grave, de mau progno~licu
e que rcquer uma abordngem terapeul ica ur~cnlc.
A monalidade associada a SVCS nEio csu\ rclaciu· nalla cum a obstn1~ao da veia cava, mas si m com n patolugi<l causal (7). Na nossa serie, todos os docntcs livcram SVCS scwnd:iria a patologia matigna e ndo lim.un induidos e<~ous de linfoma maligno.
Oito docnll'S livcmm SVCS como primeirJ mani 1\:'t"v~o da docm,:a. u que constimi urn sinal de p10r prugruhliCol {R) em rcla~o liOS que a desem·olvcrom mao~ tarde, no <1<.--cuN<I da sua docnya 4 dcstcs docntcs efccluaram quimintcrapia ccm1n primcir~ abordagcm tcraJ>Cuuca, mas nveram uma traca rc~JI"''"
0 cstodio c o indice de Kamof~ky silo o> factures de progn6>iic.o mais imponantcs (Y, IU). E de nulur que em 30% dos nossos docntcs a sua doen~a sc CI1LJI U1cil11· va no est<tdio IV c 80% tinham um fnd1cc de K:u·· no l~k > mcnor ou igual ) 1.-60%. Cinco docntc~ ndo1 tcrmimonun ,, radioter:ipia previamcmc planeodo, flOr Hgr.JVmncntu c progressiio da docn~a.
Na SVCS, a sobrevida e independentc da 1dade do docnlc. do grau histol6gico e dos tratamcntos pre' inmente cfcctuados (9).
N;lfguns casos, o quadro clfnico e de mstalac~o siobila. condicionando uma silua~o de emergEncia que requcr ternpeutica empirica imcdiala. MeNmu nilo ~~endo po~sivcl o diagnosrico hislo16gicu previu, estes ca~o~ ICon indica~iin pao·a radiolcrapia, na tcntaliva de obtcr um nlfvio sintomntico nipido.
No cnlMto, namaior parte das siru~es. instola-se, unm uclus:lo lenta c progressiva da vcia cava supco10I', eauoando cl:falcias. visiio mrva, edema facio-cervical c ein:ula<;ilo venosa colateral (7).
Scmpn· que haja suspeita de oc.lusao da veia cava 5UJICnor, o docmc dcvc scr subrnclidu a r<Kiiot:ntlia do t6rax c, se oonda nlio existir, toma-,;c inoportantc oblcr o d1agn6snco hostol6g1co (broncofii>ro,;copia. cirologia da expector~do c, evenrualmente, bo6psoa aspirnuva transtoracica), por fonna a escolher o tratamento ma1s adcqutulo a cada caso (I I). A toracoccnrcsc. mediastino.~co1pin c ~ 1< oracutomia podcrJo st:r n~ccssarias par;o
284 V<>l IV \1° I
a pbtcn~4o do diagn6stico histof6gico (6). A T AC lOnicica e indispensavel pilr.l o estudo c
estndiamemo desllls situar;:Ocs. Os m~todos nAo invasi· vos, como a ecogratia com doppler, ~ RMN, a cinti· grafia c a venocavogmtia, podem .~co· utiliz.ados para dctcrminar ~ localiz:wao e dimcnslies dn ocluS<lo (7).
A abordagcm tcrdpeutica da SVCS a.~sociada ao carcinoma de pequcnas ce lulas do pulmAo ou ao linfoma maligno e di~cutivcl (t0.12.t3). Em nossa opinillo, sempre que lui ac= ~ mdioterapia cia deve scr utihzada, pois pmmovc um franco e r.ipido alf,~o smtom:itico, scm prejuizo de sc 8.\SQCiar a quimiorern· pia ap6s resolu~llo dos sintomas da SVCS. Nos casas que iniciam o tratamento por quumotcrapia, a radiolc· rapia podc sl:r usada posterionnentc, como consoli· dnc~o. o1u r.car rcscrvada para as siruaclles de rccnrr~ncia ..:lou dt: progressao da docnca.
1\:os llJI11tln~s du pulmllo nt\o pcqucnns celula<;, a
mdiotcmpia e a tel'aj,.;ulie<~ de dcio;l\o da SVCS. com alfvio sintomatico durante o IJ<Ilamcnto ou nas duas scmanas posreriores, em 70 a X7% clos docnll'l> (7.12.13.14).
Sugerimos, tal como a maioria dos aurorcs. o uso de frdccoes de 3 a 4 Gy 1/dJa ~ doi• ou 1r.::. primd· ros dias de tratamento. sobrctudo nos somacllcs mai~ gr.t' cs c de apresent~ sub ita, scguodas de um fracciun~mmto. classico (2 GyT/dia) ail! pcrfazer 40 50 CiyT.
l:.m casos de tumorc~ muilo cxlcrJSos c/ou nos doenre~ com mau l!l>1ado genii, cf\:ctuarnos 30 GyT em 1 o fraq:oe~.
A SVCS tratada com radiotempla, cono ou scm quimioterapia, apresenta uma sobrcvida oncdin de 1 a
6 mcscs para os carcinomas do pulmdo ndo r~equena~ l:Clu la::, e de 7.4 a 16 meses pam os carcinomas de pcqucnas celulas ( 4.5.G.I 0).
No prcscntc cstudo, os 5 docntes com carcinoma de pequena<> celula~ ri,cr.un a mcsma sobrevida media ( 4.8 mescs) que os doentes que aprc>cn!llvam can:inomas de n:!o pequenas ct!lulas.
CONCUiSOF.S
A SVCS c uma situa~do clinicn a rave que pok em
Mato/Jnnhn 19<JK
risco a vida do doenle e que rcquer uma lempeulica urgente.
Quarulo associada a patologia maligna. surge rnuilas vc•cs como progressao da doencn em doentes ja submetidos a outras terap8uticas, nomeadamente quimioterapia, com estadios avnncados e mau estado geral.
BIBLIOGRA Fl A
I. HU~TER W. The hi:.tvJy of rut nm~'LU)'Sllt of the aorta wlth M>mc 1\:mw·k:; vn 1111ellJ)'SillS in gene.ral: M~d Obser ... lnq. J: 23-5 7; 1757.
2. AllMSTIWN< ; IIA, I'~.R~.L CA, SIMPSON JR, HED£K· M.L\~ M.A.. Role of irradiation in Lhc management or superior venacava.<yndromc; lnl J l~diatOneol Bioi Phys. 13:531-:IY; 1987.
3. PEREZ CARLOS A, llllA IW l.l ~I'IIJ:R W.l'rinc,nle,and practice of R:uh:mnn c >neology; 2nd ed; 191.}2.
4. HSU JW, CHJAI'G CD. HSU WH. HSU JY. CHIANG CS. Superior wnu ~A~va :.)·ndrumc iu lung cat Jeer. t)a analysis of 54 c-u~~~; Ku<r-Hsiwtg-1-Hsueh.Ko*Hsueh Tsn Chih. Oct· ll \I 0): SGS-73: 1995.
5. GAUDEN SJ. Sup&.:rior v~nu cuw :;ymlrvHtc imJuceJ b~· bronchogenic c::acinomu: i.:; lhis Wl vncolo~icoJ emet'gency?. Austnli!JS Ra~iol, Nov, 37 (4): 363-6, 1993.
G. TAYADJ:i BO, SAI.V I SS, A<iA IIWAL II(. Study of superiM vena cava ~yndmme-actlopathulo~y. diagnosis uml management. J Assoc tJhysiciW'IS lodiu. Aug: 42 (8): 609-11. 1994.
7. CHEN JOHN C.BONGAIU1FRI'.Il, KI.EIN STANU\Y . . A. contemporary ~r.::pec:tive on superior vena cava syndrome; The AmericAn .lnumal of Surgery, Au11.: 160: 207- 11 ; I ??0.
8. CHENYM. YANGS.PERNGRP.TSA.ICM SuperiorvenA
~1.aio/.lnnho 1998
SiNDIWMIO UA VElA CAVA SUPERIOR
0 prognostico e mau, com sobrevidas medias de apen~ algom mese~. sendo importante uma ternpeutica paliativa e ru\o agressiva.
A radioterapia continua a ser a principal arma lcr~pculica na SVCS de causa maligna.
<·.av:. !O)'tldrome revt:oitted: JpnJ-Ciin·On-co), Apr: 2~ (2): 32-6: ~ ~~;.
9. BECK C, BERBBRCH W, BAUKNECHT A, SCHN.-<\Ill'l . K. The superior ven{l r....;tv:l synctmme :t" ;.m emergency tn radi<>tl•cr.lp)" S!r>hlenther I lnknl, IJec: I M ( 12): 7YH-!l01; 199(]
10. WURSCH:VII DT f. BUNEMANN H. HELUv!ANI'{ HP. S111all cell hutg cancel' with nnd wilhoul superior vena (-JVa
:,)nthome. o multivariate analysis of pl·ognostic factors in 408 cases: lnt J Rad Oncol Oiol Phy5. Aug 10:11 (I); 77-R2; 1995.
II . I: KBAN T, LEBEAL: 13, Cli;\ STANG C. LECLERC P. UOTTO MJ, SAUVAOET J. SupeJior vena cava syndrome in ~;mull cdlluns carlcet', Arch lntem Yted. Feb 8: 153 (3)· 3S4-7: 1993.
12. CII\ZKI .1, MACKLJS R. The pulliutiv" rule of rudiO~I<rtlpy In tbc managcmcm or lhc ~m:er putic.ul, SenaionfS in On"ology, Apr. "2 (2} Supl3: 82 90: 19Q5
11 Ftilil MEhiiS A, (';001( C, VAN MEERBEECK I, VAN lli'N WI'YNUAER 1', SCALLLET P. Pullialiv"effe"li>"'""s Of radiation [hernpy In Lhc ln:almcnt or MUpt.:rior \oCJIU Cll't'U
•yndrnmc: Hull Cancer l(adlnther, H:! (3): 15:!-7; 1 ~96.
14. AlVAN A. WEJCHSELBAL:M R. Pall iative mdiothempy; Hemat Oncol Clinics of North America. Dec 4 (G): II 69 I ISJ: 19qo.
Vol. IV N' 3 28:-