sacavet 2013
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Heidi Ponge Ferreira
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Heidi Ponge Ferreira
1881 fundação 1ª entidade britânica de proteção ao menor:
Society of The Prevention of Cruelty to Children
durante um encontro de proteção animal em Liverpool
Society for the Protection of Animals
“Entre a brutalidade para com o animal e a crueldade para com o homem,
há uma só diferença: a vítima.”
Alphonse de Lamartine (1790-1869)
VITIMOLOGIA
Assembléia Geral da ONU - Resolução 40/34 de 29-11-85
“Pessoa que, individual ou coletivamente tenha sofrido danos, inclusive lesões físicas ou
mentais, sofrimento emocional, perda financeira ou diminuição substancial de seus direitos
fundamentais, como consequências de ações ou omissões que violem a legislação penal
vigente, ... incluída a que prescreve o abuso de poder.”
Direito Penal brasileiro
“vítima é o ofendido ou lesado, aquele que sofre ação ou omissão
do autor do delito; sujeito passivo ou titular do bem jurídico lesado
(a vida, a liberdade, o patrimônio, etc)”
Os animais, assim como as coisas inanimadas
são objetos materiais
e não podem ser sujeitos passivos
V í t i m a
Nova Criminologia meios de vitimização
relações com o vitimizador
VITIMIZADO
entendimento se aplica até mesmo ao meio ambiente.
Justiça Restaurativa
superar os conflitos
em particular na anulação de desigualdades;
entre as formas de vida inclusive
Nise da Silveira
Os gatos são os seres mais lindos, inteligentes e independentes do mundo.
Essa é a razão porque o homem tem tanta dificuldade em se relacionar com eles,
e os persegue indiscriminadamente desde o começo dos tempos.
1988 Michigan State University
trabalhos em abrigos locais
1990 proprietária de The Cat Clinics of Roswell
trabalhos em órgãos de controle animal
Gwinnet County Animal Control
2007 trabalho em tempo integral para ASPCA
Treina veterinários e agentes da lei e do direito
MÉDICA VETERINÁRIA MELINDA MERCKWWW.VETERINARYFORENSICS.COM
“Sintomas” de/para Identificação
arranhaduras embraços e pernas
Roupas“peludas”
estilo casual “desleixado”vestir e morar
prefere gastar com gatos do que com cuidado pessoal
“descabelada”
Diógenes de Sínope
Mendigo em Atenas e Corinto
412 a.C. Turquia - (89*) - 323 a.C Corinto
Discípulo de Antístenes (pupilo de Sócrates)
Síndrome de Diógenes
ACÚMULO DE LIXO
AMBIENTE SUJO
SITUAÇÃO DE MISÉRIA
APARÊNCIA COMPROMETIDA
ISOLAMENTO VOLUNTÁRIO por ruptura de
relações sociais
AUTONEGLIÊNCIA abandono de higiene,
saúde, nutrição
NULA CONSCIÊNCIA
do problema
RENEGA mudança de vida
ou conduta Lockwood
DIFERENCIAR IGNORÂNCIA, FALTA DE RECURSOS,
PRECISA DE EDUCAÇÃO, SUPORTE E MONITORAÇÃO, ALTA INCIDÊNCIA DE REPETIÇÃO;
RECOMENDAR AVALIAÇÃO PSIQUIÁTRICA (PSICOTERAPIA PARA O AUTOR)
MAIORIA DOS CASOS NÃO HÁ PROCESSOS OU NÃO RESULTAM EM CONDENAÇÕES
ACÚMULO DE ANIMAIS
Berry, Patronek, Lookwood 2005
CARACTERIZAÇÃO DE ACÚMULOS DE ANIMAIS
VARIAÇÕES TIPOS VARIAÇÕES TIPO
1. CAUSAS 1. ABRIGOS SUPERLOTADOS
2. INTENSIDADE 2. RESGATADORES
3. FORMA 3. EXPLORADORES
ESPÉCIES ENVOLVIDAS 4. MISTOS ESPÉCIES MÚLTIPLAS UNIDADE URBANA UNIDADE RURAL UNIDADE INDUSTRIAL
FATOS SOBRE ACÚMULOS DE ANIMAIS
VARIAÇÕES TIPOS DESAFIOS :
1 OCORRE EM TODOS OS TIPOS DE COMUNIDADES EM TODO O MUNDO;
2. ENVOLVE CENTENAS DE MILHARES DE ANIMAIS;
3. SEM ABORDAGEM MULTITAREFA / MULTIDISCIPLINAR INTERVENÇÃO FALHA E 100% DE RECIDIVA;
4. PREFERIVELMENTE ESTRATÉGIAS PREVENTIVAS
http://noticias.uol.com.br/cotidiano/ultimas-noticias/2013/03/18/incendio-mata-43-caes-em-curitiba-dona-era-acumuladora-compulsiva-
diz-prefeitura.htm
http://noticias.uol.com.br/cotidiano/ultimas-noticias/2013/03/18/incendio-mata-43-caes-em-curitiba-dona-era-acumuladora-
compulsiva-diz-prefeitura.htm
http://noticias.uol.com.br/cotidiano/ultimas-noticias/2013/03/18/incendio-mata-43-caes-em-curitiba-dona-era-acumuladora-
compulsiva-diz-prefeitura.htm
www1.folha.uol.com.br/equilibrioesaude/1083622-colecionar-animais-pode-ser-disturbio-obsessivo-compulsivo.shtml
Marília Berzins assistente social do CCZ SPReconhecer a casa que sofreu denúncia é fácil:
costuma ser a mais maltratada, na rua mais sem saída.
Vizinhos colocam apelidos na moradora, chamam de bruxa dos gatos, de cachorreira...
Conhecido como "animal hoarding"
ou colecionismo de animais:
o hábito de acumular bichos em casa
Ainda não classificado no Manual Diagnóstico e Estatístico dos Transtornos Mentais
Distúrbio como pertencente a um grupo de transtornos colecionistas.
...dificuldade em achar especialistas no Brasil
Carmem Beatriz Neufeld Psicologia da USP de Ribeirão Preto
presidente da Federação Brasileira de Terapias Cognitivas
INTERVENÇÃO CRIMINAL
Animais = evidência
manter em custódia judicial.
Caso/processo(s) demora meses ou anos.Berry et al, “ Long-term outcomes in animal cases”
4. Animal Law, 11: 167-194, 2005
1Três casos como exemplo pode haver um esforço por parte dos
agentes interventores para desenvolver um relacionamento (amigável)
com o acumuladores,...para trabalhar com eles por uma solução apropriada
I. Um modelo Alternativo
Maria Raimunda dos Santos (36)Cidade Tiradentes – São Paulo
“A Rai sem gatos não é a Rai.”
“Queria não me importar.”
“Queria que as pessoas parassem de jogar gato aqui dentro,
Mas nunca param...”
“Mas essa era uma outra época, tempos em que mais gostava do que entendia... “
“Eu não sabia que tinha que castrar os gatos, mas, também, era tão caro e tão mais difícil... “
“Depois eu fui conhecer o Sérgio,
veterinário meu anjo da guarda.”
Às vezes passo dois meses sem nenhum gato novo, mas é raro porque vejo na rua e dá pena de não pegar e também
porque as pessoas jogam muito gato aqui. Empurram a ripa de madeira da janela e jogam. Nos últimos três meses
jogaram mais de 40 gatos aqui. Daí vou cuidando, DOANDO também, quando dá”.
“Queria que as pessoas parassem de jogar gato aqui dentro, mas elas nunca param.“
“Queria não me importar.”
http://revistaepoca.globo.com/Revista/Epoca/1,,EDG75402-5856,00.html
Randy Frost, doutor em psicologia
Colecionadores...sentem que tem a missão
de evitar a morte dos animais.Há pessoas que possuem vários animais
e são capazes de cuidar bem deles...alguma coisa acontece e surge um desiquilíbrio...
algum tipo de perda, seja financeira ou de alguma pessoa querida.
São facilmente identificadas em suas comunidades como "a mulher dos gatos", ou algo assim.
E aí os vizinhos que não querem mais seus gatos vão jogá-los dentro da casa dessa mulher.
E.. colecionadores podem procurar na internet.Colecionadoras de animais hoje livres do
problemanão percebiam o problema
A melhor estratégia para começar a recuperação
é criar um ambiente estável e evitar que colecionem mais animais.
Muito difícil conseguir que as pessoas se desfaçam de seus bicho
clínicas veterinárias e abrigos profissionais podem ficar de olho
.puxá-los para uma conversa. falar sobre o estado de saúde dos animais
e oferecer algum tipo de ajuda
NOS EUA são proibidos de criar animais novamente
O problema: abrigos não espaçosos o bastante.Então....eles são sacrificados
No trastorno do colecionamento de animais a pessoa se encontra ligada a atos que não prevêm de sua razão ou emoção e que sua
vontade não pode interromper.
O portador desta patologia tem uma grande dificuldade de tomar decisões racionais e
de cuidar de si próprio, até mesmo em relação ao básico. Também não consegue
lidar com situações que não possam controlar.
É uma pessoa que não se considera doente, não procura ajuda e é de difícil tratamento.
Difícil estabelecer diferença entre “animal hoarder” e alguém que apenas
tem muitos animais.
A estrutura psíquica dessas pessoas está fundada na relação com aqueles animais,
é preciso oferecer um substituto emocional.
O problema é tratado com terapia e remédios.
O terapeuta tenta um pacto com o paciente. Conforme o tratamento avança, metas são propostas para que a pessoa
se desfaça de alguns animais.
. O mais recomendável é formar uma equipe de ação em que alguns dos
integrantes sejam próximos ao indivíduo. Um dos maiores desafios
para amparar uma pessoa nessa situação é fazer com que ela mesma
aceite auxílio. O primeiro contato deve ser sempre um oferecimento de ajuda. Importante lembrar de estar sempre
simpático para com a vítima do transtorno ou ela pode deixar de
colaborar. Enquanto, do seu ponto de vista, a pessoa está causando
sofrimento aos animais, a visão dela é de que está salvando vidas;
CONCEITO DAS LIBERDADESChevillon, 2000
1 liberdade fisiológica (ausência de fome e de sede)2 liberdade ambiental (edificações adaptadas)3. liberdade sanitária (ausência de doenças e de lesões)4. liberdade comportamental (comportamentos normais)5. liberdade psicológica (ausência de medo/de ansiedade)
MISSÃO: resgatador, compulsão
inevitável
teme morte (dos animais e própria);
oposição a eutanásia ;
adquire mais animais ativamente;
inicia de forma adequada:
resgate seguido de adoção,
depois apenas resgata e
não doa.
Colecionador - Resgatador
não atende a necessidade de restringir
resgates
impede acesso de autoridades sanitárias
não necessariamente isolado socialmente
(pode ter rede de relacionamentos grande)
engajado socialmente,
articulado, hiperativo;
não aceita intervenção de serviços sociais
Colecionador - Resgatador
Histórico
1 2 3 4 5 6 7 8 9 101. MANIFESTAÇÃO PRECOCE2. MAIORIDADE CIVIL – FASE ATIVA3. FATOR DESENCADEANTE4. LIMITE FÍSICO-FINANCEIRO5. FASE ASSOCIATIVA6. PONTO DE EXAUSTÃO7. FASE CRÍTICA / DENÚNCIAS8. DETERIORAÇÃO / ALIENAÇÃO9. OCULTAÇÃO / RECIDIVA10. ÓBITO / INCAPACITAÇÃO
Infância juventude maturidade meia-idade senilidade
diógenesTOC / consumo
hipocondria
vínculo com animais
drogas de abuso
distúrbios cognitivosseparação / morte
“bullying”
abuso sexual
depressão
VULNERABILIDADE ao CRIME e / ou ESTELIONATO
Referências: depoimentos em histórico de anamnese “CONFISSÕES”
VETERINÁRIO PARTICULAR AGENTES DE CONTROLE ANIMAL
OCULTAÇÃO DE LOCALIZAÇÃO IDENTIDADE CIVIL OU JURÍDICA PROTEÇÃO JURÍDICA OU SIGILO
receio de fiscalização ou controle;
tendência a minimizar e não negar
problemas;
aceita intervenção, respeita
recomendações;
necessita tutela e ajuda;
aquisição passiva de animais (coação)
autoestima preservada pelo status de
“salvador”
Abrigos Sobrecarregados
problemas de saúde mais variados
menos convencionais/complicados;
recursos deficitários
gestão de dívidas;
brigas entre colaboradores;
histórico de declínio gradativo / lento
forte vínculo com animais
Abrigos Sobrecarregados
tipo mais difícil de se lidar
(mercenário);
animais reprodutores ou estatística;
sociopatas, desordem de
personalidade,
negação extrema da situação;
falta empatia com animais ou
pessoas;
pretensa superioridade técnica;
charme e carismas superficiais ;
boa situação financeira.
Explorador / Estelionatário
FOME ■ INANIÇÃO ■ ANOREXIA
• Peso e condição corporal do animal; TACC – Tuft´s Animal Care and Condition
• Mensuração de volume e valor nutricional do alimento;
• Composição Corpórea:
Privação de alimento ( FOME ) causa alterações enzimáticas e orgânicas próprias.
Allen, T.A., Toll, P.W. 1995 Medical implications of fasting and starvation. In Kirk´s current veterinary therapy XII:Small animal practice.
SISTEMA DE AVALIAÇÃO CORPORAL por parâmetros visuais
ANIMAL SUBALIMENTADO(caquexia extrema)
• costelas visíveis• vértebras lombares visíveis à distância;• ossos pélvicos
• gordura corporal • massa muscular não discernível;
ANIMAL SUBALIMENTADO(comprometimento leve)
• costelas • topo de vértebras lombares visíveis;• ossos pélvicos pouco visíveis;• gordura corporal pouco
palpável;• cintura e reentrância abdominal evidentes;
ANIMAL IDEAL(alimentado sem excessos)
• costelas palpáveis;• costelas um pouco visíveis;• cintura um pouco visível;• abdômen retraído;
NOTA: expectativas exageradas = sobrepeso ou obesidade = comprometimento da saúde animal
Direitos Autorais de Uso de Imagens NESTLÉ PURINA
Laflamme,D.P. Development and Validation of a Body Condition Score System for Dogs. Canine Practice 1997
Sistema de Avaliação Corporalpor parâmetros visuais
1. TUMORES EM ESTÁGIO AVANÇADO;
2. FERIMENTOS SEVERAMENTE COMPROMETIDOS
POR ABSCESSOS OU MIÍASES;
3. ENUCLEAÇÃO BILATERAL POR PROCESSOS RESPIRATÓRIOS CRÔNICOS (GATOS);
4. QUASE TOTALIDADE :ALOPECIA /HIPERQUERATOSE, PARASITOSES INTENSAS E DISSEMINADAS•
Progressão avançada de doenças facilmente tratáveis
(mesmo com suporte veterinário e medicamentos)
1. ANORMALIDADES POSTURAIS, DEFORMAÇÕES ÓSSEAS E OUTRAS INTERFERÊNCIAS NO DESENVOLVIMENTO;
2. COLARES E COLEIRAS INCRUSTRADOS , OU CAUSANDO ESTRANGULAMENTO;
3. SINAIS DE LUTA, DISPUTA, BRIGAS (CICATRIZES, MUTILAÇÕES, LESÕES), AUTOTRAUMATISMO, AUTOMUTILAÇÕES;
Contensão exagerada ou equivocada
1. INCAPACIDADE NA DETERMINAÇÃO DO NÚMERO DE ANIMAIS;
ANIMAIS SEM DENOMINAÇÃO PRÓPRIA, NÃO “ATENDEM POR” ;
2. ABRASÕES GENITAIS (VULVA, VAGINA, PÊNIS) CÓPULAS REPETIDAS E / OU ESTÍMULO CONSTANTE POR CIO;
3. PRESENÇA DE GRANDE NÚMERO DE NINHADAS ÓBITOS DE FILHOTES;
EVIDÊNCIAS DE CANIBALISMO (ESPECIALMENTE MATERNAL);EVIDÊNCIAS DE CONSANGUINIDADE;
4. ÓBITOS DESAPERCEBIDOS E CADÁVERES NO LOCAL, ARMAZENADOS : FREEZER, ENTERRO EM VALA COMUM;
Ausência de controle populacional
1. Entorno social ( Etnoveterinária – sociologia );
2. Inspeção Zoosanitária Padrão (critérios de Saúde Pública);
3. Condição alimentar, nutricional, hídrica (ou carência);
recipientes e estoques de alimento / de água
5. Dimensões do recinto / jaula e condições de confinamento;
local para movimento e descanso (ou privação);
6. Acesso a ar e luz (ou privação);
7. Guarda responsável” ( ou omissão, imprudência)
contensão, condução, agressão;
8. Treinamento vicioso (ou imperícia, imprudência) :
petrechos, objetos, contensão;
9. Trabalho (petrechos de trabalho / provocação / castigo)
10. Abandono(omissão) /descaso (negligência) - invasão de domicílio;
Condução da Ocorrência - Relativos ao Local
Condução da Ocorrência - Relativos ao Objeto de Perícia
1. espécie(s) envolvidas, número de cada espécie;
2. Identificação ( transponder ou chip, tatuagem, anelação, resenha técnica
reconhecimento ( confronto e “atende por nome próprio” )3. Fotografação / Transponder
4. “Corpo de Delito” Animal:
1. Estado nutricional e exterior descritivo,
2. Alterações de pelame / plumagem,
3. Lesões, ferimentos, soluções de continuidade, cicatrizes.
4. Amputação o ausência de membros, órgãos, anexos,
5. Amostras para identificação genética e exames complementares;
5. SINAIS DE DOR;
6. SINAIS DE MEDO;
7. SINAIS DE ESTRESSE = síndrome geral de adaptação
8. Aspectos comportamentais gerais
1. relação com humanos (obediência, dominância, sociabilidade)
2. agressividade (dirigida a pessoas, adultos, crianças ou minorias
ao manuseio ou trato, no convívio,
entre outros cães, entre animais)
3. territoriabilidade
4. localização e espaço de fuga / postura
5. latidos e vocalizações
9. Avaliação encontrada no contexto social:
1. Utilidade (companhia, segurança, trabalho, exibição)
2. Valoração (estimativa de valor alegado, presumível, sentimental)
• The Hoarding Handbook: A Guide for Human Service Professionals Christiana Bratiotis, Cristina Sorrentino Schmalisch, Gail Steketee, 2011
• Stuff: Compulsive hoarding and the meaning of things [Contains a chapter on animal hoarding] Randy Frost and Gail Steketee, 2010
• A theoretical perspective to inform assessment and treatment strategies for animal hoardersGary Patronek and Jane N Nathanson, Clincal Psychology Review, 2009
• Animal hoarding: Slipping into the darkness of co-morbid animal and self-neglectJane N Nathanson, J Elder Abuse and Neglect, 2009
• The case of Barbara Erickson and her 552 dogs Arnold Arluke and Celeste Killeen, 2009
• ANIMAL HOARDING: Structuring Interdisciplinary Responses to Help People, Animals, and Communities at Risk Gary Patronek, Lynn Loar and Jane N Nathanson, eds, 2006
Hoarding of Animals Research Consortium
http://www.tufts.edu/vet/hoarding/index.html
http://www.tufts.edu/vet/hoarding/index.html
• Long-term outcomes in animal hoarding cases Colin Berry, Randy Lockwood, and Gary Patronek, Animal Law, 2005
• Normalizing passive cruelty:The excuses and justifications of animal hoarders Arnie Arluke and Maria Vaca-Guzman, Anthrozoos, 2004
• Health implications of animal hoarding HARC, Health & Social Work, 2002
• Press reports of animal hoarding Arnold Arluke & HARC, Anthrozoos, 2002
• The problem of animal hoarding Gary Patronek, Municipal Lawyer, 2001
• People who hoard animals Randy Frost & HARC, Psychiatric Times, 2001
• Hoarding of animals: an under-recognized problem in a difficult to study population Gary Patronek, Public Health Reports, 1999
• Tufts Animal Care and Condition Scales Lori Donley and Gary Patronek, 2001 These scales were also published in the textbook of Shelter Medicine, by Drs Lila Miller and Steve Zawistowski.
“ O que melhora no atendimento é o contato afetivo
de uma pessoa com outra.O que cura é a alegria,
é a falta de preconceito “
Heidi Ponge Ferreira
(11) 9903 8799
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Heidi Ponge Ferreira
The Link Between
Violence Against Animals & Against Humans
The Violence Connection
juízes, promotores e outros profissionais da esfera legal, psiquiatras, familiares,
professores e forças policiais
conexões e parâmetros preditivos aos delitos e crimes monitorar, predizer e coibir agressões,
determinar punições apropriadas,
estabelecer práticas educativas ou penas alternativas,
modificar os padrões porsociedade mais justa e segura
LEIS ANTI CRUELDADE
Fazenda em Franco da Rocha 731 quilômetros quadrados
Juqueri • Manicômio Judiciário
• Colônia de Desinternação Progressiva Masculina
blog.caosemdono.com.br
Denúncia em Franco da Rocha
Foram quase 100 kg de ração em menos de 3 horas dentro do hospital.... deve ter mais ou menos uns 150 animais e dois cavalos.
O Caso Franco da Rocha - Parte 2
Conseguimos doar os dois cavalos.
Recolhemos 9 filhotes.
Sra. Lurdinha (diretora do complexo)
autorizou ceder um espaço:
• para castrar os animais e • para dar palestras para
os 3500 funcionários.
Cadáveres com dezenas de perfurações a faca...
Ademir Oliveira do Rosário
...confessou o crime... Já fora condenado por
atentado violento ao pudor e homicídio.
Cumpria pena no Hospital de Custódia e Tratamento
Psiquiátrico de Franco da Rocha, em regime semi-aberto.
Veja São Paulo - O portal da cidade 03 OUT 2007
Horror na Cantareira
30.09.2007
O que diz o psiquiatra que deu o último
laudo sobre o homem que matou dois
adolescentes?
“Ele era, tecnicamente falando, um psicopata”,
avalia o psiquiatra Charles Kiraly. “Eu disse que
ele era perigoso, que tinha periculosidade. A
possibilidade dele reincidir é grande”
tv globo
O Globo – 27 de Setembro de 2007
Maníaco confessa morte de irmãos e é suspeito de abusar de 11 jovens
O assassino disse que teve visões de animais, como leões [...]
[...] os jovens foram mortos com uma faca de cozinha...
[...] ele chegou a ter relações sexuais depois de morto (necrofilia).
Karlsson 1997
Lesões múltiplas profundas e violentas
sugerem envolvimento e risco à pessoa próxima do
agressor.
CRUELDADE COM ANIMAIS x
VIOLÊNCIA DOMÉSTICA CONTRA MULHERES: UMA CONEXÃO REAL
Maria José Sales PadilhaPsicóloga e Mestre em Educação
Georgia State University USA
DATA: março a agosto de 2010
LOCAL :Pernambuco: Jaboatão dos Guararapes e Recife
Delegacias Especializadas de Atendimento à
Mulher
AMOSTRAGEM B.O. de mulheres de várias classes sociais
“Lei Maria da Penha” Lei 11.340 de 07/08/2006
453 questionários respondendo 9 perguntas.
PERFIL DA VÍTIMA:
1. Motivo da ocorrência 37% violência física 28 % violência sexual
2. Idade das vítimas 52 % + de 30 anos 32 % +de 25-30 anos
3. Escolaridade da vítima 43% Ensino Fundamental Incompleto 32% Ensino Fundamental Completo
4. Vítima possui animais em casa?
25% não possui animais
44% cães 26% gatos
5. O agressor já foi violento com os animais da
casa ou com outros animais?
51% já foi violento com os animais
PERFIL DO AGRESSOR:• Qual(is) tipo(s) de violência para
com os animais?
50% espancamento físico
30% privação
22% chantagem
• Idade do agressor 79 % + de 30 anos 14% + de 25 a 30 anos
• Escolaridade do agressor13% Analfabetos30% Ensino Fundamental Incompleto33% Ensino Fundamental Completo
9. Agressor segundo sua proximidade familiar
27% companheiro
27% marido
23% ex-companheiro
16% ex-marido
Aggression and Violent Behavior Volume 12, Issue 5, 2007, 493-507 Crime Classification and Offender Typologies
Serial Murder and the Psychology of Violent Crimes
2008 Serial Killers and Serial Rapists
Preliminary Comparison of Violence Typologies
1998 Cruelty to Animals and Interpersonal Violence: Readings in Research and Application
1998 Child Abuse, Domestic Violence, and Animal Abuse: Linking the Circles of Compassion for Prevention and
Intervention
2001 Safe Havens for Pets: Guidelines for Programs Sheltering Pets for Women who are Battered.
Children and Animals: Exploring the Roots of Kindness
The International Handbook of Theory and Research on Animal Abuse and Cruelty
Suspeita de trauma não – acidental
no animal
sistemática o diagnóstico Síndrome da Criança Espancada
por analogia denominado Síndrome do Animal Espancado
Indicadores:
• Relatos de histórias discrepantes sobre o trauma • Os envolvidos não querem ou não conseguem explicar o que ocorreu
no episódio do trauma • As explicações sobre o trauma são vagas • A narrativa não é compatível com a gravidade da apresentação clínica • Não há demonstração de preocupação com o animal — naturalização
do trauma • Recorrência de acidentes com animais no ambiente familiar • Nos acidentes recorrentes são acionados distintos serviços de saúde e
profissionais para dificultar a detecção das causas reais • Episódios ou mortes violentas entre os membros humanos da família
FATOR DE RISCO RELATIVO À FAMÍLIA
Indicadores:
• Traumas múltiplos
• Lesões com estágios evolutivos distintos
• Sinais comportamentais não usuais do animal
• Raça: pit bulls e rottweilers
• Sexo: machos caninos
• Idade: cães e gatos menores de dois anos de idade e idosos
FATOR DE RISCO : EVIDENCIA NO EXAME CLÍNICO DO ANIMAL
Indicadores:
• Sexo masculino
• Usuários de drogas
• Pertencentes a segmentos sociais menos favorecidos
• Portadores de Síndrome de Münchausen
FATOR DE RISCO RELATIVO AO AGRESSOR
SIGILO MÉDICO 2000Veterinários e seus assistentes devem
proteger a privacidade de seus pacientes e clientes, não devem revelar
confidências, exceto se requeridos por lei ou se tornar-se necessário para proteger a saúde e bem-estar de outras pessoas
ou animais, seu bem-estar de outras pessoas ou animais
SIGILO MÉDICO 2003
Já que o Veterinário tem o compromisso com o bem-estar animal e público e pode ser a primeira pessoa a detectar abuso doméstico, a associação apoia a adoção
de leis que requeiram, dentro de certas circunstâncias, o relato de casos.
Cruelty to Animals and Interpersonal Violence: Readings in Research and Application
Frank Ascione
1998
Child abuse, domestic violence, and animal abuse: linking the circles of compassion for prevention and intervention
Editores:
Frank R. Ascione
Phil Arkow
1999
Criminal Poisoning: An Investigational Guide for Law Enforcement, Toxicologists, Forensic Scientists, and Attorneys
John H. Trestrail
2000
Into the Minds of Madmen: How the FBI's Behavioral Science Unit Revolutionized Crime Investigation
Don DeNevi
John H.Campbell
Stephen Band
John E. Otto
2004
Domestic violence at the margins: readings on race, class, gender, and culture
edited by Natalie J. Sokoloff/ Chiristina Pratt
2005
7. The Intersectionality of Domestic
Violence and Welfare in the Lives of Poor Women Jyl Josephson
Forensic investigation of animal cruelty:
a guide for veterinary and law enforcement professionals
Leslie Sinclair Melinada Merck
2006
Silent Victims: Recognizing and Stopping Abuse of the Family Pet
Tom Flanagan Pamela Carlisle-Frank
2006
O cientista deve ter a consciência de como o seu trabalho pode criar uma vida
melhor....
A motivação de ser bom vem da
consciência de sua importância na vida
das pessoas.
Roberto Shinyashiki ( psiquiatra )Trabalhe com amor no coração / setembro de 2007
Murar o medo, por Mia Couto
Eis o que nos dizem: para superarmos as ameaças
domésticas precisamos de mais polícia, mais
prisões, mais segurança privada e menos
privacidade. Para enfrentar as ameaças globais
precisamos de mais exércitos, mais serviços
secretos e a suspensão temporária da nossa
cidadania. Todos sabemos que o caminho
verdadeiro tem que ser outro. Todos sabemos que
esse outro caminho começaria pelo desejo de
conhecermos melhor esses que, de um e do outro
lado, aprendemos a chamar de “eles”.
Heidi Ponge Ferreira
(11)9 9903 8799
heidi.pongeferreira
heidiponge
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