revista hype 64

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R$ 10,00 ano 11 | n o 64 9 772237 558005 00064 ISSN 2237-5589 Azul A liberdade é Leal Prêmio Hype Conheça os 10 vencedores do Leandra uma atriz versátil Deheinzelin Lala desvenda a economia criativa

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Edição 64 da Revista Hype

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LealPrêmio Hype

Conheça os 10 vencedores doLeandra

uma atriz versátil

DeheinzelinLaladesvenda a economia criativa

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SHOPPING VITÓRIA 27 3335 1246 SHOPPING PRAIA DA COSTA 27 3349 9124 PRAIA DO CANTO 27 3227 1880 SHOPPING PÁTIO MIX LINHARES 27 3048-0475SHOPPING VITÓRIA 27 3335 1246 SHOPPING PRAIA DA COSTA 27 3349 9124 PRAIA DO CANTO 27 3227 1880 SHOPPING PÁTIO MIX LINHARES 27 3048-0475

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SHOPPING VITÓRIA 27 3335 1246 SHOPPING PRAIA DA COSTA 27 3349 9124 PRAIA DO CANTO 27 3227 1880 SHOPPING PÁTIO MIX LINHARES 27 3048-0475SHOPPING VITÓRIA 27 3335 1246 SHOPPING PRAIA DA COSTA 27 3349 9124 PRAIA DO CANTO 27 3227 1880 SHOPPING PÁTIO MIX LINHARES 27 3048-0475

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EditoraBetty Feliz MTb 179

Editora adjunta Ariani Caetano

Fotografada por João Araújo, a modelo Gabrielly Becalli (Andy Models) usa blusa jeans Presidium e biquíni acervo. Styling: Carlos Faria. Beleza: Pablo Lima.

A Revista Hype é uma publicação bimestral da Preview Editora Ltda. É proibida a reprodução total ou parcial de textos, fotos ou ilustrações, por qualquer meio, sem prévia autorização do editor. Todos os direitos reservados.

» O mês de outubro se foi e, com ele, as esperanças de muitos, enquanto outros tantos comemoram o re-sultado das urnas. Escrevo antes de saber quem ga-nhou a batalha, mas desejo que o grande vencedor tenha sido o Brasil.

Por isso, a ordem agora é trabalhar para que 2015 transcorra sob a égide da paz e do crescimento, uma vez que, se tempos difíceis se anunciam, não há sen-tido algum em complicar ainda mais este já sombrio cenário com ameaças e retaliações de mau perdedor.

Bem, mas estamos aqui para celebrar: nesta edi-ção, dedicada ao Prêmio Hype, trazemos, além de uma matéria focalizando os 10 vitoriosos das oito ca-tegorias contempladas com o troféu assinado pela de-signer Ana Paula Castro, uma entrevista com a atriz Leandra Leal, protagonista da novela global Império; uma análise sobre economia criativa assinada pela expert Lala Deheinzelin, um perfil da polivalente Ma-ria Sanz Martins, e um bate-papo divertido com a bri-lhante escritora Bernadette Lyra, prêmio Hype 2014.

Neste clima de festa, a edição traz um belo ensaio de moda, destacando o imbatível jeans, e uma pré-via do inverno 2015, saída das passarelas do Minas Trend, em Belo Horizonte, onde, mais uma vez, nos-sa revista marcou presença.

E se ainda assim você achar que é pouco, então confira o papo surreal que travamos com o charmo-so e irresistível ator alemão Michael Fassbender. Te-nho certeza de que vai adorar.

Divirta-se!

Betty Feliz

Nossa capa

ColaboradoresAndré AndrèsAntônio Carlos FélixAriani CaetanoBárbara Hilsenbeck

Ester JacopettiLuis TaylorMarcelo Netto Sylvia Lis

Redação Rua Prof. Sarmento, 41/Lj 01, Ed. Eller, Praia do Suá, Cep 29.052-370, Vitória, ES. Telefax: 27 3225.6119 [email protected]

Comercial 27 3225.0184 [email protected]

Projeto gráfico e diagramaçãoLink Editoração 27 3337.7249

Impressão Gráfica e Editora GSA 27 3232.1266

Site www.hypeonline.com.br

Editorial hype

É tempo de celebração!

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Anuncio_Marci_18,5x25cm.indd 1 06/10/2014 09:54:12

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Um vídeo caliente

A voz do leitor

Dirigido por João Araújo e editado por Addam Araújo, o ensaio de moda desta edição

ganhou um caprichado vídeo com os modelos Gabrielly Becalli e Rhuan Favoretto (Andy Models). Nele, o casal aparece em clima

sensual, ao som de Blue Jeans, do álbum Born to Die, de Lana Del Rey. Confira no site.

6

hypeonline.com.br

Kely FerrDepois de brilhar na capa da última edição, a modelo da Andy Models aparece agora, no site da FFW, como uma das 50 melhores mo-delos brasileiras.

Pelo FacebookHype, sempre impecável!Ivoneide Souto

Parabéns a toda equipe!Lourdes Ferolla

Por e-mail“Rolei de rir com a matéria surreal envolven-do o ator Peter Dinklage e seu personagem, Tyrion, de Game of Thrones. Uma brinca-deira muito inteligente. Parabéns! Aliás, es-tou louca para assistir à próxima temporada desta maravilhosa série.”Carol Seixas

“Amei a última edição! Aliás, Hype nunca decepciona e é por isso que sou fã.”Ludmila Nolato

“Parabéns pela matéria com Alexandre Bir-man. Sou fã de design e, embora não consuma moda feminina, acho o trabalho dele genial.” Maurício Teixeira

“Li a fiquei surpresa com a matéria ‘Marcas capixabas realizam sonho de passarela’. Nunca fui ao Vitória Moda, mas, depois que li o texto, fiquei com vontade de conhecer o evento e as em-presas envolvidas.”Christiane Dutra

“Sou consumidor de arte, design e ar-quitetura. E, como leitor de Hype, não poderia deixar de registrar minha apro-vação pela escolha de Rita Tristão e Neusa Mendes, duas profissionais su-percompetentes destacadas na últi-ma edição.”Rodrigo Couto

Vou ler com calma. Já vi que o conteú-do está bem variado e que promete. Até que enfim, Hype!Solange Mota

•••

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8Entrevista

» A atriz Leandra Leal é mesmo polivalente. Ela transita pelo cine-ma, teatro e televisão com a mesma competência com que gere sua vida particular. E é disso que ela fala na matéria que abre esta edição.

Som

54

Sumário hype

50

» Você já ouviu falar de Michael Fassbender? Não? Então corra até a próxima locadora e alugue Shame ou Bastardos Inglórios. E saiba que este belo e talentoso ator alemão também é bom de conversa.

Personagem» Especialista mundial em Econo-mia Criativa, Lala Deheinzelin dá uma verdadeira aula sobre o tema, abor-dando crise, processos colaborativos, ética e outros valores ligados ao fu-turo do país e deste setor promissor.

» Advogada, designer de moda, fotógrafa, ilustradora e escritora, além de esposa e mãe. Ufa! Maria Sanz Martins diz que suas habilidades se comunicam e que todas são frutos da mesma árvore criativa.

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Cidada

nia

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Saúde

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Prêmio

Hype

36

Tudo

40

Consu

mo

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Vinho

46

Feliz B

etty

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Livros

56

Comer

Bem

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Cinema

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Vida

60

Ponto

Final

61

Divã

16E mais

ZoOm

» A empresária Cintia Dutra já viajou por mais de 40 países e ainda não seu deu por satisfeita. Nos últimos tempos, seu roteiro tem contemplado a China, onde ela vai para divertir-se e, também, trabalhar.

44 Turismo

» Uma peça aqui, outra ali... Parece simples, mas quando se trata de de-corar com bom gosto, sutileza é es-sencial até no uso de adornos e com-plementos, que conferem personali-dade ao ambiente.

48

14» Verão chegando... Para a delícia de estação que se avizinha, novos aromas e tons anunciam frescor e um toque de novidade, sempre bem -vindos aos lançamentos especiais que combinam com o sol.

Narciso

Casa

24Moda

» A edição traz um ensaio exclusivo assinado pelo fotógrafo João Araújo, destacando a força do jeans, e também uma prévia do inverno 2015, lançado durante a última edição do Minas Trend, em Belo Horizonte.

7hypeonline.com.br

18Papo Surreal

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Filha da atriz Angela Leal, com quem diz manter uma relação forte de respeito e afeto, a jovem Leandra Leal seguiu os passos da mãe e hoje também é uma

profissional respeitada, tanto na TV quanto no teatro e no cinema, onde já viveu inúmeras e marcantes personagens

Uma mulher de talento

8

Leandra Leal

os 32 anos, ela vive agora a sofri-da, mas combativa Cristina na novela

global “Império”, escrita por Aguinaldo Silva. Para com-por essa personagem, Lean-dra foi buscar inspiração em Julia Roberts, ou me-lhor, no filme “Erin Brocko-vich: uma mulher de talen-to”. Dirigido por Steven Soderbergh e escrito por Susannah Grant, ele con-ta a história real de Erin

Brockovich e sua luta contra a empresa de energia Pacific Gas and Electric Com-pany (PG&E).

Nesta entrevis-ta, concedida à jor-

nalista Ester Jaco-petti, Leandra fala da

novela, de sua persona-gem, de dieta, sapatos e de

seu sonho de ver estrear o fil-me “Divinas Divas”, no qual atua como diretora.

8

Entrevista hypeEntrevista hype

Fotos: divulgação

Qual é a importância que você atribui à personagem Cris-tina em sua carreira? » O que eu posso dizer é que estou real-mente apaixonada pelo meu trabalho e pela minha personagem. E também pelas pes-soas com as quais estou contracenando. É muito legal trabalhar com a Drica (Mo-raes). Em 2000, fiz com ela “O Cravo e a Rosa”. Nós tínhamos uma relação similar, mas ela era uma madrasta que torturava a Bianca. Essa maldade era muito mais evi-dente lá do que em “Império”.

A descoberta do pai milionário mudou tudo, não?» A gente não sabe ainda quais serão to-das as consequências disso. Posso dizer, no entanto, que a família do José Alfredo (Ale-xandre Nero) é bem diferente da família dela, que tem um verdadeiro laço de amor. Na do Nero todos disputam quem vai her-dar o império. Ela é um ser estranho ali...

Mas a Cristina sabe que a tia Cora (Drica Moraes) é do mal...» Sim, mas é mais complexo do que isso. Cristina foi criada por ela. É aquela pessoa da família que você fala: “Essa pessoa dá

A

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9hypeonline.com.br 9hypeonline.com.br

Eu nunca fiz nenhuma pesquisa

na internet a meu

respeito. Há pouco tempo me toquei que

não poderia ficar nessa paranoia o tempo inteiro

defeito”. Mas é da sua família. A Cristina acha a tia doida, mas é a tia dela...

A Cristina é uma mulher devo-tada à família. Ela é um perso-nagem de muitas emoções...» Ela é uma mulher muito forte! Pensan-do na minha vida, na verdade, é inimaginá-vel perder a minha mãe. Eu me identifico com essa relação que ela tinha com a mãe porque eu também tenho com a minha. A minha mãe (a atriz Angela Leal) é o meu centro e minha estrutura. Quando a mãe morre, você consegue perceber dois per-sonagens, um antes e depois. Porque mes-mo com a dor do luto, ela tem que resolver muitos problemas, porque a vida não para. O trabalho dela é o camelódromo que pe-gou fogo, e o irmão foi preso. É muito sofri-mento, mas não é à toa. As pessoas falam: é mocinha, vai sofrer demais. Mas como não sofrer? Seu trabalho é queimado, seu sobri-nho é ameaçado de ser levado embora, sua mãe morre... Você não vai sofrer? Mesmo assim, ela está na ação. Ela fica tentando descobrir como é que ela vai conseguir li-dar com tudo isso. A Cristina não é uma mocinha passiva nem boba. Mas ela está lidando com problemas grandiosos.

Como foi a preparação para essa personagem? » Tivemos uma preparação com o cineas-ta argentino Eduardo Milewicz durante três semanas. Não cheguei a ficar as três sema-nas porque o trabalho foi dividido por nú-cleo. O que foi muito bom. Encontramo-nos durante uma semana e lemos os textos da trama. O texto é muito complexo e as ce-nas cheias de camadas. Os personagens não são chapados.

Você chegou ir ao Saara para fazer laboratório para a personagem, que trabalha como camelô?» Já fui ao Saara algumas vezes na vida. Não é um ambiente estranho para mim. Eu vou ao Saara um mês antes do carnaval, to-dos os anos.

Você chegou a buscar inspiração em algum filme para viver a Cristina? » Por coincidência, assisti a um filme que achei que tivesse muito a ver com a minha personagem. Foi “Erin Brockovich: uma mulher de talento”. Acho que é uma mo-cinha moderna, batalhadora, que tem pro-blemas, mas vai nessa pegada. Ela tem a consciência de que está toda ferrada, mas vai atrás, investiga sua história. A Cris-tina é uma mulher muito brasileira, con-temporânea, que chefia a casa.

Isso quer dizer que você se identifica com ela? » Identifico-me em várias coisas. Acho que essa coisa da liderança eu tenho um pouco. A relação forte dela com a mãe também é muito parecida com a que te-nho com a minha.

Você tem preferência por papéis dramáticos ou gosta das personagens mais leves?» Os dois são muito difíceis. Não que todo trabalho seja difícil, mas acredito que os dois têm desafios. O ideal é você poder fazer um trabalho que a deixe fe-liz. É bom também poder trabalhar com texto de qualidade e com pessoas com as quais você se dá bem.

Você pensou em como fazer essa mocinha sem ficar certinha e chata? » Ela não é certinha. Cristina tem uma coisa que eu acho que é muito diferente de mocinha. Ela não é boba. Ela é uma mu-lher forte e esperta. Ela batalha, trabalha desde criança. Trabalha de dia e faz fa-culdade à noite.

Em algum momento você se sentiu pressionada por ser protagonista da novela das nove? » A única pressão é minha mesma, de fa-zer meu trabalho bem feito.

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Entrevista hype

1010

» Leandra Leal em cena e ao lado dos parceiros de trabalho, Drica Moraes e o autor da novela, Aguinaldo Silva

Recentemente você se tornou garota propaganda de uma marca de sapatos. Você gosta de sapatos?» Eu fiquei feliz e lisonjeada porque as campanhas da Arezzo são sempre mui-to bonitas e de bom gosto. Eu amei fazer a campanha. Gosto bastante de sapatos, mas fico muito tempo com um específico e demoro para mudar. Não tenho muitos, mas gosto bastante de salto.

Como está sua vida? Você acompanha a repercussão da novela nas ruas? » Eu só tenho gravado! Juro por Deus! Estou tão enfurnada que não estou sa-bendo sequer sobre a repercussão de mi-nha personagem nas ruas. É muito louco porque, ao mesmo tempo em que você faz algo que tem visibilidade nacional, você fica dentro de um estúdio. Para fa-lar a verdade, quem acompanha é minha mãe. É até melhor porque ela deve filtrar, porque, claro, deve ter muito comentário ruim também. Eu nunca fiz nenhuma pes-quisa na internet a meu respeito. Há pou-co tempo me toquei que não poderia fi-

car nessa paranoia o tempo inteiro. Mas já pesquisei várias vezes nomes dos pro-jetos no qual estou envolvida.

Você tem outros projetos de trabalho?» Gostaria de estrear meu primeiro filme como diretora, que se chama “Divinas Di-vas”. Ainda estou em fase de montagem. E, agora que estou na novela, ficou ainda mais difícil. É um documentário sobre a primei-ra geração de artistas travestis no Brasil.

Você é uma das principais atrizes da sua geração, uma das melhores na televisão. Você escolhe os trabalhos? » Eu sempre tive uma boa relação com a Rede Globo. Sempre apareceram coi-sas legais, nunca tive problemas por não querer fazer determinado trabalho. Foram sempre muito legais comigo.

Você tem algum outro personagem que gostaria de interpretar em sua carreira?» Ah... Um personagem que eu gostaria de interpretar? Hamlet.

A verdade é que me esforço bastante e procuro

fazer o melhor

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Cidadania hype

om o objetivo de compartilhar o conhecimento sobre temas impor-tantes para o desenvolvimento da cidadania, oferecendo à população

um conteúdo em formato acessível, o Mi-nistério Público do Trabalho no Espírito Santo (MPT-ES) criou o projeto PCD Legal. Trata-se da disponibilização de cartilhas na internet utilizando recursos que as tornem acessíveis a pessoas com deficiência, como ampliação e redução de fonte, inversão de contraste de fundo de tela, conteúdo em áudio gravado por locutores profissionais e conteúdo em vídeo (Libras). E visando a garantir a mobilidade do usuário e acesso à informação, todo o conteúdo está disponível também para download no formato que supra as necessidades do leitor.

“Como o intuito do projeto é colaborar com o conhecimento dos direitos e deveres de cada cidadão, disponibilizar esse conte-údo de forma acessível é dar autonomia às pessoas com deficiência. Nossa sociedade foi estabelecida dentro de um contexto no qual as pessoas com dificuldades motoras, visuais e auditivas ficam excluídas. Esse projeto tem feito com que as pessoas despertem e ve-jam que a realidade é outra. Muitos pensam que acessibilidade é construir uma rampa que dê acesso a uma loja ou a um serviço público ou colocar corrimão em escadas. É isso e muito mais. É também proporcionar o acesso ao conhecimento, à informação, à

arte, à diversão”, ressalta o procurador do Trabalho responsável pelo projeto, Estanislau Tallon Bozi.

Segundo ele, a função do Ministério Pú-blico do Trabalho é a de atuar na defesa dos direitos coletivos e individuais na área trabalhista. Portanto, é preciso que cada ci-dadão tenha conhecimento dos seus direitos e deveres. “Temos que dar autonomia às pessoas para que possam crescer a par-tir disso. Para isso, é necessário que esses conteúdos estejam disponíveis. Imagine os principais portais de notícia do país adap-tados às necessidades desse público? Que mudanças isso poderia provocar em nossa sociedade?”, defende o procurador.

Pioneiro nesse tipo de iniciativa no Brasil, o MPT-ES já disponibilizou no site do PCD Legal títulos sobre a lei de cotas, os direitos dos trabalhadores, a Convenção sobre os Direitos das Pessoas com Deficiência e a Constituição da República Federativa do Brasil. “O resultado tem sido muito positivo, pois já percebemos que há diversas pessoas que estão despertando para a necessidade de adaptação de conteúdos que contemplem deficiências auditivas e visuais. O PCD Legal vem basicamente mostrar que não é difícil cumprir uma lei que está aí há 14 anos (Art. 17 da Lei n. 10.098/2000). As ferramentas usadas no portal não são novas. Simplesmen-te houve quem acreditasse que seria possível fazer e foi feito”, diz Estanislau.

Garantir a cidadania de pessoas que muitas vezes têm seus direitos corrompidos por falta de conhecimento e

acessibilidade é a finalidade do projeto PCD Legal

Conteúdo livre e acessível

Por Ariani Caetano

Acesse!Projeto PCD Legal

www.pcdlegal.com.br

C

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Narciso hype

14

5

Verão de cheiros e tonsO frescor, os aromas e as cores da próxima estação

já estão presentes nestes lançamentos especiais que Hype garimpou para você

» A marca de autobronzeador Best Bronze agora pode ser encontrada na Sephora. A linha completa de produtos inclui autobronzeador spray, sabonete pré e pós-bronze, hidratante corporal de

alta hidratação, iluminador para corpo e cabelo e luva esfoliante em nylon.

» A Vult trouxe para a temporada de primavera-verão cinco novas cores de batons. Com textura macia, excelente fixação e ótima

cobertura, eles vêm em nova embalagem, toda em preto, com design moderno e um prático visor na tampara onde é possível conferir a cor.

» A L’Occitane au Brésil estende a linha Mandacaru e traz produtos específicos para lavabos. Com design decorativo e pump prático, o sabonete líquido e a loção para corpo e mãos limpam, hidratam e perfumam com uma delicada fragrância floral aveludada.

2

3 » A Jafra Cosméticos lançou duas fragrâncias, uma feminina, outra masculina.

Sunsari foi desenvolvida para proporcionar frescor e suavidade, com uma fórmula ideal para os dias quentes. Para eles, Gentleman foi concebida para ser o símbolo máximo da empresa para homens clássicos.

» Inspirada na luz da noite que ganha vida na adormecida Place Vendôme, a marca Boucheron lança

a fragrância Elixir, um floral amadeirado em edição limitada. O requinte está no aroma e na embalagem, um frasco embrulhado de ouro, como uma joia.

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Mania de limpeza

Divã hype

la gostava de deixar tudo limpinho, tudo arrumadinho. Manter as coisas em ordem dava-lhe um prazer imen-

so, e o prazer era renovado todas as vezes que ela confirmava se tudo estava no seu devido lugar. Mas se alguma coisa viesse perturbar essa organização quase perfeita – a poeira trazida da rua, as roupas deixadas ao chão, os calçados embaixo da cama –, ela era to-mada por um impulso agressivo e começava a gritar: “Eu deixei tudo arrumado e olha o que vocês fizeram! Assim não dá!”.

Se alguém a convidava para passear ou para sair de casa numa hora qualquer, ela nunca podia, pois estava sempre a arrumar a casa. Até sugeriram que ela arrumasse de-pois, mas sua preocupação era constante: “E se alguém chegar?”. Em todos esses anos, esse alguém, que merecesse tamanha ceri-mônia, nunca chegou.

Na hora das refeições, um ritual era segui-do: lavar as mãos, sentar corretamente, não sujar a toalha e comer educadamente. A co-mida não podia sobrar, pois restos não eram

admitidos; os pratos deviam estar limpos. As roupas tinham que ficar impecáveis:

limpas, sem dobras e cheirosas. Nos cabides, elas quase adquiriam autonomia, beiravam à postura de gente elegante. Assim, a cada coisa alinhada ou sujeira evitada, ela com-prazia em seu mundo perfeito. Era um de-ver cumprido, um capricho passado a limpo.

Certo dia, levantou com uma disposição tamanha e propôs, a si mesma, deixar o quar-to nos trinques, encerando-o sistematicamen-te. Traçou o seu plano: da porta de entrada do quarto ao banheiro da suíte, tudo ficaria um brinco. Ela deslizava a enceradeira, que parecia representar um instrumento de pra-zer sob seu controle. O chão quase refletia sua imagem de tanto alisá-lo. Ao terminar o serviço, estava no banheiro, de onde con-templava a sua imagem refletida no piso en-cerado. De repente, angustiou-se: como sair dali, estando o piso tão bonito assim? Presa em seu próprio capricho ou na imagem re-fletida, tinha que escolher: ficar no banheiro ou pisar no belo piso. Eis a questão!

Antônio Carlos Félix das Neves Psicólogo, psicanalista e professor

[email protected]

Ilustração: Fernando Augusto

1616

E

Page 17: Revista Hype 64

Quando precisamos de um serviço na área de saúde, como realizar exames de sangue, por exemplo, procuramos escolher um laboratório que nos passe confiança nos resultados obtidos, certo? Mas você já parou para analisar com critério a qualidade dessa prestação de serviço? Acredita, realmente, nos resultados?

17hypeonline.com.br

Saúde

Você acredita no resultado dos seus exames?

A pesar de nem todas cumprirem, a qualidade é um fator obrigató-rio a todos os produtos e serviços

prestados pelas empresas. No caso dos laboratórios de análises clínicas, a própria Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) determina que “o controle interno e externo da qualidade é obrigatório para o laboratório clínico”.

Esse sistema de controle deve abranger todas as etapas da execução dos exames: a pré-analítica (instruções sobre a necessidade ou não de jejum, como coletar uma amostra de urina, como preparar, conservar e transportar as amostras coletadas), a analítica (execução da análise propriamente dita) e pós-analítica (liberação e assinatura do resultado e guarda das amostras quando cabível). A partir do conhecimento dessas etapas, surgem as per-guntas: o que acontece com minha amostra depois da coleta? Como ela foi transportada? Os aparelhos usados nas análises estavam calibrados? Posso confiar no resultado?

Para garantir excelência nas respostas é necessário que o laboratório tenha montado e mantenha funcionando adequadamente o sistema de gestão da qualidade, que é o responsável pela padronização de todos os

processos do laboratório a fim de garantir a qualidade dos exames realizados. Para com-provar sua excelência, o laboratório deve se submeter ao processo de acreditação, isto é, deve solicitar a uma das entidades acreditadoras existentes no Brasil (DICQ, pela Sociedade Brasileira de Análises Clí-nicas; ONA – Organização Nacional de Acreditação; PALC, da Sociedade Brasileira de Patologia Clínica, ou ISO 15.189) que proceda a auditoria e emita um certificado que comprove que todos os processos são realizados dentro dos padrões estabeleci-dos, garantindo assim a fidedignidade dos resultados obtidos.

O Tommasi Laboratório possui as acreditações do DICQ – SBAC e ONA, além de realizar treinamentos constantes com sua equipe, que é peça-chave para a qualidade do atendimento nos seus mais de 50 anos de história.

Peça a recepcionista de um dos 24 pos-tos de coleta do Tommasi no Estado que lhe apresente os certificados de acreditação e que lhe fale, por exemplo, sobre o sistema de monitoramento da temperatura de con-servação e transporte de suas amostras. Isso faz a diferença.

No Tommasi nós acreditamos!

Certificadosde Acreditação

Page 18: Revista Hype 64

Papo surreal hype

18

A lém de Brad Pitt, Michael já tra-balhou com grandes nomes, como Viggo Mortensen, Keira Knightley,

Charlize Theron, James McAvoy e Jennifer Lawrence, além de ter atuado com direto-res de peso, como Quentin Tarantino e Ste-ve McQueen. Sua presença foi confirma-da no filme da série de jogos eletrônicos “Assassin’s Creed”, prevista para ser lan-çada em maio de 2015.

Protagonista no novo filme baseado na obra de Shakespeare, “Macbeth”, que será lança-do em 2015 e que conta com Marion Cotillard

interpretando Lady Macbeth, o ator prome-te brilhar mais uma vez na telona, em uma grande produção dirigida por Justin Kurzel.

Nascido em 2 de abril de 1977, em Hei-delberg, na Alemanha, Michael foi viver com a família na Irlanda quando tinha dois anos. Hoje, mora em Londres, para onde se mudou aos 19 anos, para estudar no Dra-ma Centre, uma escola prestigiosa que en-sina atuação, direção e roteiro e que ensi-nou tudo que sabe. Divide-se atualmente en-tre gravações em Nova York e Los Angeles e também Londres, onde mora e trabalha.

Irresistivelmente charmoso e sedutor no filme “Bastardos Inglórios”, ameaçando, inclusive, o brilho do protagonista, Brad Pitt – em um papel onde de belo, o marido de Angelina Jolie não tinha nada –, Michael Fassbender dispensa comentários: além de lindo, é

excelente ator. Por isso, e porque amamos cinema, o elegemos para participar do nosso papo imaginário

Lindo, loiro e talentoso

Michael Fassbender

Page 19: Revista Hype 64

19hypeonline.com.br

Nos Estados Unidos, conseguiu o pri-meiro papel na TV em 2001, na minissérie “Band of Brothers”, produzida por Steven Spielberg e Tom Hanks. Mas nunca pensou em morar fora da Europa. “Não tenho a me-nor intenção de me mudar para os Estados Unidos. Vou para lá a trabalho e só. Gosto de Londres e, quando passo muito tempo longe, sinto falta. Sou muito europeu”, diz.

Sua experiência mais intensa no cinema, conta, foi interpretar o psicanalista Carl Jung, em “Um Método Perigoso”. Afinal, mergu-lhar fundo nos personagens faz o estilo deste alemão. Em 2008, chamou a atenção no Fes-tival de Cannes sua interpretação de Bobby

Sands, um prisioneiro que faz greve de fome, no premiado longa “Hunger”. O filme mar-cou o primeiro episódio de sua parceria com Steve McQueen. Para dar veracidade à his-tória de Bobby Sands, emagreceu 16 quilos.

“Steve me deu a primeira chance de ver-dade no cinema. Viramos amigos depois disso”, diz o ator. Com McQueen filmou, além de “Hunger”, “Shame” (“Vergonha”), que estreou em 2012, e “12 Years a Slave”, filmado em 2012. Nesse mesmo ano reali-zou grandes projetos, como “Prometheus”, de Ridley Scott; “Haywire”, de Steven So-derbergh, e “Um Método Perigoso”, de Da-vid Cronenberg.

Quem assistiu a “Bastardos Inglórios” (Quentin Tarantino) se pergunta por que diabos você tinha que errar aquele sinal ao pedir a bebida...» Você tem que reclamar com Taran-tino! Por mim, eu permaneceria no fil-me até o fim. Mesmo porque o Brad (Pitt) estava horroroso, enquanto eu desfilava lindo e elegante em meu uni-forme militar.

Você gosta tanto de sexo quanto seu personagem em “Shame”?» (risos) E se eu disser que sim?

Bem, não me surpreenderia, porque você já admitiu que estuda muito os roteiros, mas que sua única referência real é você mesmo.» Sim, é verdade. Tenho que me conhe-cer para buscar em mim a verdade das histórias que conto.

Você interpretou Carl Jung, em “Um Método Perigoso”. Como foi essa experiência?» Confesso que foi minha experiência mais intensa no cinema. Sabe, atuar se parece um pouco com psicanálise... E, além do mais, havia a Keira (Knightley), uma super atriz.

O que você responderia a alguém que dissesse que sua beleza é maior do que seu talento?» Você está me fazendo essa pergunta só porque eu sou loiro?

Voltando ao cinema: Keira Knightley, Charlize Theron, Jennifer Lawrence e Marion Cotillard. Qual delas você considera mais bonita e talentosa?» Humm... Difícil! Fico com a Marion, mas a Charlize é muito sexy, e a Jennifer tem um corpo lindo... Mas talento mes-mo tem a Keira. Infelizmente, nem sem-pre se pode, como eu, ter tudo.

Page 20: Revista Hype 64

20

Personagem hype

iretora premiada de espetáculos multimídia, produtora, palestran-te, consultora, curadora, facilitado-

ra de cursos e workshops para corporações, governos e instituições internacionais multi-laterais na formulação de estratégias de ino-vação, desenvolvimento e cooperação, Lala também é membro do Conselho do Institu-to Nacional de Moda e Design e coordena-

dora da primeira pós-graduação, no Brasil e América Latina, em Economia Criativa e Co-laborativa pela ESPM, em Curitiba, Paraná.

Aqui, a especialista, que esteve em Vitó-ria, no mês de junho, abrindo a temporada cultural do Vitória Moda 2014, fala de cri-se, processos colaborativos, ética e de ou-tros valores ligados ao futuro do país e da economia criativa.

Conversar com ela é mergulhar em um rico universo de informações que têm como temas recorrentes a economia criativa e o desenvolvimento sustentável. Afinal, Lala Deheinzelin é especialista mundial no

assunto. Ela criou e coordena o movimento internacional Crie Futuros, atuando no Brasil e no exterior

Por Betty Feliz | Fotos: Cloves Louzada e divulgação

Uma mulher de futuro

Lala Deheinzelin

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Ética e valor econômico

» “É interessante notar que estamos viven-do, além dessa passagem do tangível para o intangível, uma passagem de toda a vida sendo regida pelo mercado para uma vida (sociedade, economia, política) organizada em torno do bem comum. Isso não quer di-zer que não temos mais mercado, mas sim que esse mercado se norteia a partir das coisas que estão a serviço do bem comum. Vamos ver uma passagem da centralidade do consumo como forma de gerar riqueza para a centralidade de cuidar como forma de gerar riqueza. E aí a ética passa a ser o principal valor econômico. Trabalhar para o bem comum depende de colaboração, co-laboração só existe quando há relações de confiança, e relações de confiança depen-dem da ética. Então, a gente tem a possibi-lidade de um futuro de abundância, só que ele só será possível se existir confiança, e confiança só existe se existir ética.”

Ética e bem comum

» “Tudo se organiza em torno do bem co-mum. O que nos põe em sintonia e permite a colaboração é saber que estamos todos trabalhando para o bem comum. Eu pos-so colaborar com alguém que eu nunca vi na vida, que está do outro lado do mundo, se o propósito dele está em sintonia com o meu, se estamos ambos trabalhando para o bem comum e se estamos ambos basea-dos em ética. A gente vai ter que passar, sem dúvida, por essa mudança. Por isso, a mudança passa também por uma mudança de modelo político. O modelo de gestão por partidos, por representatividade, não serve mais, porque ele é toda uma lógica de orga-nização por controle, e não por confiança. Vamos ter que passar para um novo mode-lo de gestão que tenha normas muito mais simples e baseadas na confiança, e não no controle, porque aí conseguimos a agilida-de e a articulação suficientes para atingir essa abundância.”

Crise e economia criativa

» “A crise é uma oportunidade para que a economia criativa possa ser o principal mo-tor de desenvolvimento do país. Isso porque a crise deve-se ao fato de que toda a nos-sa sociedade e a economia se organizaram em torno do que era tangível, material. Só que o que é tangível e material se consome com o uso, gera um modelo de competição e uma economia da escassez. Não há como um governo centralizado, com uma equipe que não cria interação com a população e que tenta, sozinho, resolver as coisas, e ain-da mais de forma fragmentada, separada por setores, dar conta da exponencialida-de dos problemas que a gente tem. Então, onde está a solução? Estaria em ser expo-nencial também. Mas como é possível ser exponencial? Se a gente trabalha com pro-cessos colaborativos, se o modelo de gestão deixa de ser centralizado e passa a ser dis-tribuído, onde todo mundo pode fazer uma cogestão, isso também tem uma interface com a economia criativa.”

Economia colaborativa

» “A economia colaborativa é uma das gran-des chaves do futuro para permitir a abun-dância. Mas uma coisa é a economia do compartilhar e outra é a economia colabo-rativa. Vemos o compartilhamento de car-ros, de espaços... Na economia do compar-tilhar, eu uso as novas tecnologias para ma-pear estruturas que já existem e criar pro-cessos para usá-las de forma melhor. Já a economia colaborativa supõe outro mode-lo de gestão, que não é centralizado. É um processo descentralizado, distribuído, onde cada um faz a sua parte. Na economia do compartilhar, a gente vê um monte de coi-sa e de exemplos, Já a economia colaborati-va é algo que está começando, mas que tem um potencial extraordinário pela frente, por-que vai juntar tudo aquilo que é conhecimen-to e criatividade através das novas tecnolo-gias e de processos distribuídos em rede.”

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O que nos pôe em

sintonia e permite a

colaboração é saber que

estamos todos

trabalhando para o bem

comum

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Confiança no futuro

» “É muito interessante notar que se a gen-te não mudar a nossa forma de gestão de produção de riqueza e de organização so-cial para uma sociedade que prioriza os in-tangíveis como forma de gerar riqueza (já que eles são infinitos), a gente não terá fu-turo. Estamos no momento do fazer. E esse fazer vai criando ambiente favorável para que essas coisas sejam possíveis. Confiar, por exemplo: ou se confia ou não confia. E não dá para pensar sobre o confiar. É algo que se pratica. Em geral, nos processos cola-borativos, as relações de confiança acabam se instaurando porque, na prática, a gente percebe que toda ideia de que o ser huma-no não presta, de que a natureza do ser hu-mano é agressiva, de que o principal motor da gente é o lucro, tudo isso é uma cultura. Estamos imersos nessa cultura. Mas não é assim. A natureza tem momentos de com-petição, mas é essencialmente colaborativa, senão não existiria. E aí a prática é o que nos ajuda a mudar a mentalidade, e se a gente muda a mentalidade, todo o resto entra no lugar. Eu diria que o futuro depende, sobretu-do, de a gente se dedicar como se fosse uma mudança de sistema operacional, porque se não mudar é como se os programas de fu-turo e todas essas coisas ligadas à criativi-dade e à colaboração, às novas tecnologias não conseguissem rodar no sistema opera-cional tradicional, baseado em medo, des-confiança, competição.”

Sustentabilidade

» “A questão da sustentabilidade é cha-ve, agora o problema é: como vamos mu-dar a cultura em relação à sustentabilida-de? Como a discussão da sustentabilidade veio na sequência da discussão ambiental, ela acabou ficando muito reduzida à ques-tão ambiental. Todo mundo acha que é sus-tentável porque faz gestão de lixo ou porque controla um pouco seu consumo de eletri-cidade ou água. Isso é reduzir toda a ques-tão da sustentabilidade à sua parte tangí-vel. Agora, toda parte importante e chave para que a gente chegue a alguma coisa é a parte ligada à dimensão cultural da sus-tentabilidade, antes de mais nada, mudar a mentalidade.”

Dimensão cultural

» “Na dimensão cultural, isso significa mu-dar o próprio significado do que quer dizer sustentabilidade, percebendo que ela é flu-xo harmônico nas quatro dimensões, não só na ambiental, mas na cultural, social e financeira. Isso supõe perceber que a eco-nomia não é a dimensão financeira. Econo-mia são estas quatro dimensões: social, cul-tural, ambiental e financeira. A outra coisa que precisa mudar muito na dimensão cul-tural em relação à sustentabilidade, para

permitir que o processo aconte-ça, é essa passagem de gerar riqueza por consumo para ge-rar riqueza por cuidar. Isso tudo necessita uma linguagem, en-tão todos os criativos são fun-damentais na questão da sus-tentabilidade para a gente ter uma forma mais atraente de falar disso tudo, porque hoje o discurso é todo pelo medo, e não por atração. Então, tomara que os criativos possam par-ticipar dessa ressignificação do que é sustentabilidade”.

Personagem hype

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“Sou uma pessoa multi, pluri, trans. Durante muito tempo as pessoas me achavam meio esquisita, porque pensavam: mas, afinal de contas, o que ela faz, o que ela é? E hoje em dia isso já não é mais esquisito, mas é transdisciplinar. Eu tive o privilégio de, justamente por não ter muitas fronteiras de pensamento, ação e âmbito de atuação, poder perceber que muitas vezes o impossível é possível. Isso aconteceu na minha vida e vi acontecer em muitos lugares. Talvez todo o meu trabalho, e por isso é um trabalho essencialmente futurista, é mostrar que sim, que é possível fazer muito mais do que a gente imagina. Toda a minha filosofia de vida, que se reflete no trabalho, é mostrar que a gente precisa abrir a forma de pensar, de viver e de se relacionar, saindo do campo do provável, que está sempre baseado no pensamento do passado, é conhecido, já existe, e ampliar nossos pontos de vista, ações e maneiras de ser e fazer para o possível, onde o campo de possibilidades é muito maior do que o campo das probabilidades e, melhor ainda, para o desejável. Trabalhar com essa questão do desejo, do que a gente quer e construir a vida de uma maneira mais em sintonia com isso, tentando fazer com que a vida pessoal e profissional esteja mais em sintonia é uma das metas.

A questão dos futuros desejáveis, que na verdade servem para criar presentes desejáveis, é central, porque em geral a gente pensa: o que eu acho que o mundo vai ser? E essa visão do que o mundo vai ser é

sempre um pouco tenebrosa. Mas o que eu gostaria que o mundo fosse? Essa visão é otimista. Se todos nós queremos um mundo legal, por que a gente não faz? Por que tem que ser aquilo que a gente não deseja? A essência do meu trabalho é encontrar ferramentas, linguagens, maneiras de ser que possam traduzir esse desejo de passar do provável ao possível e, melhor ainda, ao desejável.

Como deu para ver, me explico um pouco pelo trabalho, porque realmente o trabalho para mim é uma coisa inseparável da vida. Eu gosto muito do que faço, e minha vida e o trabalho são coisas tecidas, são uma coisa única, não tem o momento eu e o momento trabalho. Eu e o trabalho somos uma coisa só. E, melhor que tudo, eu sou mãe da Rita, que é fabulosa.”

Lala por Lala

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» Camiseta Presidium, short PK Jeans e acessórios acervo

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Ensaio hype

True blueDe Nimes, na França, onde o tecido foi fabricado pela primeira vez (1872), a Maryland, na Nova Inglaterra, quando, em 1793, popularizou-se por meio da indústria têxtil, este algodão sarjado batizado de denim e que, mais de 50 anos depois, Levis Strauss e Jacob Davis transformaram em jeans, muita coisa aconteceu até os dias atuais. Mas o bom e velho jeans de guerra enfrentou todas as intempéries, mantendo-se acima dos caprichos e dos modismos para chegar aqui, vitorioso e true blue.

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» Camisa Missbela e short Presidium

» Calça Presidium e jaqueta Vide Bula

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Page 26: Revista Hype 64

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» Camisa jeans Base Nuclear e short Vide Bula

Ensaio hype

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» Bermuda Vide Bula e boné acervo

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» Calça Base Nuclear

Ensaio hype

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» Top acervo e saia PK Jeans

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» Camisa Presidium, tenis H&M, boné Acervo e macacão Base Nuclear

Ensaio hype

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» Calça Vide Bula

Ficha Técnica» Fotos: João Araújo (Assistente: Roger Patrocinio)

» Tratamento de Imagem: Thiago Costa

» Modelos: Gabrielly Becalli e Rhuan Favoretto (Andy Models)

» Styling: Carlos Faria

» Beleza: Pablo Lima

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Crise? Que crise?

Por Betty Feliz | Fotos : Agência Fotosite

Moda hype

Especial Minas Trend

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Tudo bem que a campanha política pela dis-puta presidencial ainda estava indefinida, mas quem sabe o clima um tanto ufanis-

ta tenha contribuído para levantar o moral dos mineiros no evento? O fato é que a 15ª edição do Minas Trend, realizada no início de outubro, em Belo Horizonte, registrou, para alegria dos expositores, um expressivo aumento no núme-ro de compradores em relação à mesma tempo-rada do ano passado.

O evento, que lançou, oficialmente, as cole-ções de vestuário, sapatos, bolsas e bijux para o outono-inverno 2015, terminou com compra-dores comemorando vendas, abertura de novos clientes e, até mesmo, incremento de exporta-ções. Os desfiles que marcaram a temporada de moda mineira tampouco ficaram atrás: co-res, estampas e muito brilho (“quando eu vim de Minas, trouxe ouro em pó...”) foram a tôni-ca na passarela.

Olavo Machado Junior, presidente da Federação das Indústrias do Estado de Minas Gerais (Fiemg), realizadora do evento, ainda está sorrindo de orelha a orelha diante dos bons resultados.

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Moda hype

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Prêmio hype

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Oito categorias,dez vencedores

Conheça osvencedores de 2014

E m sua sexta edição, o Prêmio Hype contempla com o troféu as-sinado por Ana Paula Castro, da

Oficina de Ideias, oito categorias, com dez agraciados. São elas: Moda (Marcí, Konyk e Carvalho Bambu), Grafite (Emílio Asce-ti), Design Artesanal (Jacqueline Chiabay), Projeto Sustentável (Sônia Iamonde), Proje-to Musical (Edu Henning), Inclusão Social (Projeto PCD Legal), Literatura (Bernadet-te Lyra) e Cinema (José Augusto Muleta).

Os vencedores da categoria Moda e De-sign Artesanal foram eleitos por um júri formado por 14 jornalistas que cobriram a 7ª edição do Vitória Moda, realizado em julho pelo Sistema Findes/Câmara do Ves-tuário e Sebrae-ES. As demais categorias foram eleitas pela redação de Hype, ten-do como critérios economia criativa, ori-ginalidade, responsabilidade social, qua-lidade de produção e representatividade artístico-cultural.

KONYKMelhor coleção masculina

A marca do empresário José Car-los Bergamin, presidente da Câma-ra do Vestuário do Espírito Santo, é campeã invicta do Prêmio Hype, desde sua primeira edição, em 2008. O estilo da marca é assinado por Mauro Amorim e Carlos Moretti, que, para a temporada de alto verão 2015, apostaram na coleção “Al Mare”.

» Mauro Amorim » Carlos Moretti

O júri

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(Vitória Moda 2014)

• Adélia Lopes• Eva Coutinho• Fábio Juchen• Gabriel Rajão• Heloísa Marra

• Heloísa Tolipan• Karla Matida• Marisa Baston de

Toledo• Marta Bernardo César

• Nereide Michel• Reni Rosa• Silvia Boriello• Yuko Suzuki• Flaviano Quaresma

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MARCÍMelhor coleção feminina

Pós-graduada em Moda, Marcia-na Vago assina o estilo da Marcí, cuja fábrica está localizada em Colatina, no Espírito Santo. Em 2013, a marca ganhou o troféu Hype como Revelação. Seu tema para o alto verão 2015, “Uma via-gem pelo Brasil tropical”, exalta as cores e as paisagens tropicais.

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CARVALHO BAMBURevelação

Estreante na passarela do Vitó-ria Moda, a marca atua há três anos no mercado, com fábri-ca em Campo Grande, no Mato Grosso do Sul. À frente do ne-gócio estão Renata Carvalho e

Marcelo Zantti. Ele, esti-lista; ela, advogada e ex--professora universitária. Para criar, Zantti inspira--se na arquitetura, na arte e na música.

JOSÉ AUGUSTO MULETACinema

O jovem diretor capixaba ra-dicado no Rio de Janeiro, com experiência em filmes comer-ciais e videoclipes, revelou o seu talento autoral nos curtas metragens que dirigiu, tendo sido premiado em alguns festi-vais. Atuou como assistente de direção e braço direito do con-ceituado diretor Felipe Joffily e é hoje uma das grandes revela-

ções na direção de filmes publici-tários no Espírito Santo. Fez um curta – “A Banda” – onde a re-vista Hype também é protago-nista, e “A Onda da Vida”, lon-ga que conta a história da ami-zade entre três jovens surfistas, vividos pelos atores Caio Vaz, Omar Docena e Guilherme Tri-pa, numa viagem em busca de altas ondas.

» Marcí Vago

» Renata Carvalho e Marcelo Zantti

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Prêmio hype

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EDU HENNINGProjeto Musical

Este radialista e jornalista lidera a banda Clube Big Beatles que, há 22 anos, mantém uma histó-ria de sucesso não só em Vitória, mas também no exterior. Desde 2010, Edu realiza, no Teatro do Sesi, a preços populares, o bem sucedido projeto Sócio de Car-teirinha, que já trouxe a Vitória, entre outros, João Gordo, Di Fer-rero, Sérgio Britto, Jerry Adria-ni, João Barone, Leo Gandelman,

Flávio Venturini, Renato Bar-ros, Malu Magalhães, Andre-as Kisser, Wanderleia, Pepeu Gomes, Paulinho Moska, Tony Sheridan e Ivan Lins. Em agosto deste ano, Edu e a Banda Club Big Beatles embarcaram para Liverpool, pela 20ª vez, para representar o Brasil no Festi-val dos Beatles, levando como atração o cantor e compositor Ivan Lins.

INCLUSÃO SOCIALProjeto PCD Legal

Idealizado pelo Ministério Públi-co do Trabalho no Espírito San-to (MPT/ES), o projeto tem como objetivo facilitar o acesso da po-pulação a informações sobre os direitos e deveres do cidadão em diversas áreas. A ideia surgiu a partir de demanda de pessoas

com deficiência que tinham difi-culdades de encontrar informa-ções acessíveis sobre direito tra-balhista. O processo de produção do conteúdo do site, conduzido pelo MPT/ES, teve a participa-ção de pessoas cegas, surdas e com outros tipos de deficiência.

SÔNIA IAMONDEProjeto Sustentável

À frente do evento Morar Mais Vitória, que trabalha com os conceitos de sustentabilida-de, inclusão social, mais por menos, brasilidade, tecnolo-gia, inovação e customização, a partir da criatividade de pro-fissionais da área de arquitetura e decoração, Sônia Iamonde, ao lado da filha Gabriela, coman-

da a primeira empresa do Es-pírito Santo com o conceito de Design de Eventos. A Iamonde também realiza o Projeto Peda-lar, que incentiva a mobilidade urbana por meio da educação e da conscientização, e o Comu-nica-ES, maior evento da indús-tria de comunicação e marke-ting do Espírito Santo.

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JAQUELINE CHIABAY Design Artesanal

É artesã, designer e consultora de Design no Artesanato. Tam-bém credenciada do Sebrae na área de desenvolvimento setorial para o artesanato, atua como de-signer e na gestão da produção artesanal, formação e capacita-ção de artesãos. Paralelamente, coordena grupos que trabalham na produção das tramas de cou-ro e com o núcleo de produção

da Penitenciária Feminina de Cariacica, que reutiliza o resíduo desse couro. Ca-pacita as detentas e coor-dena desde a produção até a venda das peças. Na última edição do Vitória Moda, assi-nou, ao lado de Vivian Chia-bay, a curadoria do Salão de Economia Criativa, instalado no Itamaraty Hall.

EMILIO ACETTIGrafite

Graduado em Artes Plásticas pela Universidade Federal do Espírito Santo (Ufes), com mes-trado em Ciências da Arte pela Universidade Federal Fluminen-se e professor titular da Faesa e do Centro Educacional Leonar-do Da Vinci, trabalha com grafi-te, pintura, desenho, fabricação e utilização de materiais artísti-

cos, comunicação visual e de-sign gráfico. É autor do painel que enfeita a fachada inferior da Fábrica de Ideias – antiga Fábrica 747 –, em Jucutuqua-ra. A intervenção artística ur-bana faz parte da inauguração da primeira etapa do empreen-dimento, espaço dedicado à eco-nomia criativa.

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BERNADETTE LYRA Literatura

Escritora de ficção, nas-ceu em Conceição da Bar-ra, no Espírito Santo, e pu-blicou, entre outras obras, “As contas no canto”, “O jardim das delícias”, “Co-rações de cristal ou a vida secreta das enceradeiras”, “Aqui começa a dança”, “O parque das felicidades” e “A capitoa”. Foi indicada ao Prêmio Jabuti de Literatu-ra, tendo ficado entre os dez

finalistas, com o livro “Memória das ruínas de Creta”. Foi home-nageada pela Universidade Fe-deral do Espírito Santo (Ufes), que deu seu nome ao prédio do Programa de Pós-Graduação em Estudos Literários. Ganhou vá-rios prêmios literários e partici-pou de antologias e revistas de contos no país, tendo sido tradu-zida para o neerlandês. É cronis-ta quinzenal do jornal A Gaze-ta, de Vitória.

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Clutches art déco» Conhecida por criar joias a partir de peças garim-padas ao redor do mundo, a designer de joias Isabella Blanco lança uma pequena coleção de clutches customi-zadas adquiridas de um colecionador norte-americano num leilão em Palm Beach, nos Estados Unidos. As peças são da marca D. Evans Case Co., famosa companhia norte americana que, entre 1920 e 1960, produziu aces-sórios femininos como cigarreiras. Para a customização, Isabella utilizou gemas como lápis-lázuli, olho de tigre, citrino e quartzo rosa, entre outras. Assinadas na parte interna, as clutches são únicas, tanto no acabamento, quanto na customização.

Cadeados estampados» Em mais uma parceria entre a Papaiz e a estilista Adriana Barra, a Linha Fashion de cadeados esti-lizados ganha novas artes exclusivas e sofisticadas. São quatro estampas que reafirmam as caracterís-ticas marcantes das composições da estilista e fazem do cadeado muito mais do que apenas um item de segurança, mas sim um acessório de moda. As peças exclusivas são florais e coloridas e permitem usos diversos. Tanto na versão com chave quanto na versão segredo.

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Uso lúdico» Fundada em 2007 para criar produtos customi-zados com fotos, a Printas utiliza papel, madeira, cortiça, acrílico e outras matérias-primas para de-senvolver e fabricar coleções exclusivas de objetos desejos e presentes especiais. Atualmente, 18 linhas de produtos da marca enfeitam as prateleiras de

papelarias, livrarias, lojas de organização, utilidades, de-sign e presentes de diversas

regiões do país. Stella e o Jaguar» Stella McCartney e Jaguar criaram uma série de experiências para marcar a chegada do novo Jaguar XE ao Salão do Automóvel de Paris, no início de outubro. Como parte da campanha de lançamento do modelo, a famosa filha do beatle Paul McCartney customizou veículos da marca britânica em seu desfile da coleção de primavera 2015. A parceria entre a estilista e a Jaguar celebram o design, a elegância, a performance e a inovação.

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Consumo

Azulvermelho

verde e

Tranquilidade, serenidade e harmonia. São essas as representações do azul

quando, com ele, se quer transmitir algo além da

frieza da cor. Afinal, azul é cor do céu, do mar e do

infinito, mas também pode ser cintilante como as

estrelas, dependendo de quem o usa. Nas semijoias

de Samia Creimer, essa linda cor assume, ao lado do

verde e do vermelho, ares de realeza e refinamento

» Samia Creimer 27 3314.1049 99911.2617

Samia Creimer

» [email protected]

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É por isso que, por mais que você aprecie outras tonalidades, nesta temporada Hype recomenda: invis-

ta no azul, mas permita-se brincar com no-vas cores e metais, como a prata e o ouro no-bre, também presentes na coleção de Samia.

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Consumo hype

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Estilopara quem tem

» Em clima de primavera, a Dolce&Gabbana brinda a estação com seus charmosos óculos de sol, como os modelos com ramos em relevo, flores

pintadas à mão, folhas de ouro e cantos arredondados.

» Em homenagem à pintora Tarsila do Amaral, a Havaianas lançou sandálias inspiradas nas obras da artista, com estampas

únicas e exclusivas. Já o modelo Hype (que a revista adorou!) traz para os pés masculinos imagens de três típicas paisagens brasileiras.

1» Associada às principais tendências de moda para um público moderno e estiloso, a italiana Armani Exchange lança dois modelos femininos

monocromáticos. Em rosé gold e prata metálico, os relógios representam o viés contemporâneo da marca.

Com a proximidade do verão, novos lançamentos começam a provocar desejos nos consumidores ávidos por novidades. Antecipamos algumas delas

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» A Keds acabou de lançar no Brasil seu modelo Boyfriend, inspirado no look dos namorados. Em três versões – Suede, Jersey Metalizado e Chambray –,

os sapatos vêm nas cores berry, areia, turquesa, cinza, preto e azul. » A moda de rua foi a

principal inspiração para a Maria Cereja lançar sua coleção de verão 2015. A aposta são os maxi brincos, maxi anéis, pedraria,

correntes e metais, tudo dividido nas linhas International Geographic, Rota Tropical e Inocente e Romântico.

» O verão da Zeferino traz a delicadeza das sandálias vazadas. A marca seguiu a modelagem das lingeries para transformar seus saltos em peças ricas em detalhes, que desenham os pés, remetendo às curvas femininas.

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A primeira vez que eu vi Paris...» Impossível resistir aos encantos e ao ro-mantismo de Paris! Tive a oportunidade de visitar essa cidade francesa algumas vezes e, a cada ida, era uma nova sensação...

O roteiro dos sonhos» Iniciar uma viagem pela Rússia, passar pela Escandinávia, descer pelo Báltico e ter-minar na República Tcheca. Momentos in-descritíveis... Mesmo sendo tão próximos, cada um desses lugares tem seus encantos e singularidades.

Cartão postal inesquecível» Sou completamente apaixonada pela Eu-ropa, uma vez que sou amante incontestável do clássico. Mas avistar o rio Tâmisa, o Par-lamento e o majestoso Palácio de Westmins-ter, com o glorioso Big Ben, é realmente in-descritível, uma paisagem ímpar.

Melhor companhia para viajar» Pessoas sempre dispostas a conhecer to-dos os lugares, experimentar a culinária e vivenciar o estilo de vida local. Meu grande parceiro de viagem é Júlio Cesar.

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Cintia Dutra

Durante 12 anos, ela trabalhou com moda, comandando uma loja feminina em Vila Velha. Mas, inquieta e cheia de ideias, Cintia sentia vontade de alçar novos voos. E foi o que ela fez neste ano, depois de realizar uma viagem à China, quando deu uma verdadeira guinada em sua vida profissional e resolveu ingressar no mercado de importação e eventos, criando a Unimport Decora.

Mineira de Manhuaçu, Cintia Dutra diz que sua paixão por viajar foi despertada, no início de 2007, por outra paixão: o namorado Júio Cesar Oliveira. Desde então, diz ela, virou uma turista nada acidental, já computando, no roteiro do casal, mais de 40 países.

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Pior parceiro de viagem» Pessoas indóceis e indispostas. Felizmen-te, ainda não tive esse dissabor!

Um mico em trânsito» Em Paris, fiquei responsável pelo cartão do hotel, para marcar nossa localização. Es-queci-me dele totalmente e, ao chegar ao metrô, atrapalhada, disse aos meus amigos que ficassem tranquilos, pois sabia que es-távamos hospedados em “Sortie”, saída em francês. (risos)

Tropeçou na língua» Fui jantar na Estônia e tudo o que eu falava o garçom respondia “all right”. Eu lembrei da piada: “Quem será esse tal All Right?” (risos)

País que ainda não conhece» Meu próximo destino, que também é um sonho antigo, é conhecer a rota romântica da Alemanha, considerando as belezas naturais e sua história. São 400 quilômetros de puro romantismo. O caminho inclui 27 cidades, cujo cenário é rico em paisagens, com mui-tas histórias do período medieval.

Voltaria mil vezes a...» ... todos os lugares que já visitei, porque foram experiências incomuns de aperfeiçoa-mento cultural e humano.

Jamais retornaria...» Complicado dizer jamais, mas talvez Cuba. Não pelo povo e por suas belezas naturais, mas pelo regime.

Um prato de comer de joelhos » Henna à moda Tallinn, servida no escu-ro, em uma caverna medieval.

Uma comida que detestou» Escorpião no espeto, que experimentei na China. Nem tanto pelo gosto, mas pela aflição de saber que se tratava de um... escorpião!

A mala perfeita» A que contém peças estratégicas, que sejam super coordenáveis. Não abro mão de roupas mais alinhadas para momentos especiais nas viagens. Valo-rizo o conforto, mas não curto muito o estilo super despojado.

Um museu» O Castelo de Versailles. Impossível não se encantar com sua magnífica ar-quitetura. Afinal, foi o centro do poder do antigo regime e local que deu inicio à Revolução Francesa... Seus jardins são um show à parte!

Uma praça » Old Town Square, em Praga.

Um povo» O nosso, sempre! Levando em conside-ração os países que conheci e suas histó-rias, classifico o nosso povo como o melhor, porque, com todas as dificuldades que en-frentamos, o brasileiro está sempre sor-rindo, acreditando em um futuro melhor.

Um país » Brasil. Porque é nossa casa, nossa fa-mília, nossa cultura e, com certeza, será, em um futuro próximo, o melhor local para viver.

Dica de viagem» Programar com antecedência, evitar viagens curtas com muitas cidades no roteiro e não limitar-se a conhecer so-mente os pontos turísticos.

Para comprar» Apenas coisas que me tragam encantamento.

Para viver e amar» “Falar sem aspas, amar sem interrogação, sonhar com reticências, viver sem ponto fi-nal.” (Charles Chaplin)

» Depois de muito viajar, Cintia ainda

quer conhecer a rota romântica

da Alemanha

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O Vinho Mais Caro da História Benjamin Wallace

Ben Wallace conta os mistérios em torno de uma garrafa de Château Lafite 1787 que teria pertencido a Thomas Jefferson. Num leilão na conceituada casa Christie’s, ela foi arrematada por inacreditáveis US$ 156 mil. É quase um romance policial, cheio de misté-rios, revelações e fraudes. E também, de certa forma, explica os motivos de os vinhos terem alcançado preços astronômicos nas últimas décadas…

A Experiência do Gosto Jorge Lucki

Jorge Lucki é engenheiro civil por formação, mas seus textos têm a clareza de bons jornalis-tas e o dinamismo dos ótimos professores. O livro é uma coletânea de artigos, publica-dos principalmente no jornal Valor Econômico. Vale a pena porque Lucki não trata o leitor como um especialista profundo nem como um ignorante absoluto. Consegue acertar o tom na dose certa.

Atlas Mundial do Vinho Hugh Johnson e Jancis Robinson

Os nomes de Hugh Johnson e Jancis Robinson sempre estarão entre os dos maiores entenderes de vinhos do planeta. A obra

analisa as particularidades dos lugares onde cada rótulo é produ-

zido, sob os mais variados aspectos. Os dois trazem detalhes de produtores de países tradi-cionais, como França e Itália, mas também avaliam a produção de outros locais, como Grécia, Canadá e até o Brasil. Edição rica em conteúdo e ilustração.

Descorchados 2014 Patrício Tápia

Guias existem aos montes por aí. A vantagem do Descorchados, guia or-ganizado anualmente pelo chileno Patrício Tápia, reside no fato de o Brasil ser um grande mercado de vinhos do Chile e da Argentina. Ou seja, grande parte dos rótulos citados

na obra é facilmente encontrada em gôndolas de lojas e supermercados daqui. Com uma vantagem: existem muitas indicações de vinhos de baixo custo e alto benefício. Obra obrigatória.

Vinho hype André Andrès [email protected]

A confusão é comum, bem comum: quando al-guém quer enaltecer os conhecimentos de um amigo, sempre solta a frase: “Sabe tudo sobre

vinhos. É um enólogo!”. Bem, pode até se tratar mesmo de um enólogo, porque o número de cursos superiores existentes hoje no país já torna possível termos pessoas formadas em Enologia. Mas na maioria das vezes o amigo é mesmo um enófilo, ou seja, alguém interessado em ler, estudar e pesquisar o mundo dos vinhos.

Como dito acima, para se tornar um enólogo é necessário fazer cursos formais, ter diplomas, certifi-cado de conclusão de curso. Mas qualquer um pode se

tornar enófilo. Assim como qualquer um pode assistir a muitos filmes, pesquisar sobre as artes cênicas e ler muito sobre cinema e… tornar-se um cinéfilo.

Vinho exige dedicação. E leitura. Existem muitos guias, dicionários e romances a respeito do tema. É um mundo vasto, porque também vasto é o mundo dos brancos e tintos. Por isso, a coluna traz hoje quatro indicações de obras fundamentais para en-trar nesse mundo. E desfrutar dele em toda a sua amplitude, tornada ainda maior por um outro mundo, tão rico e prazeroso quanto o da enologia: o mundo das palavras.

Letras saborosas

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Cozinha saudável (ou mais é demais!)

Comer bem hype

C om as crescentes intolerâncias alimentares que acometem mais e mais pessoas pelo mundo afora,

passamos a enxergar o ato de alimentar-se sob uma nova ótica. Na gastronomia, uma onda de “comida saudável” se avoluma, quase como um tsunami. Aliás, confesso, não gosto muito dessa denominação – “co-mida saudável” – porque ela sugere que não era salutar tudo que fizemos até então.

Movimentos surgem em toda parte. Nunca esteve tão em moda frequentar consultórios de nutricionistas, uma nobre profissão que, há até bem pouco tempo, não era tão valorizada, uma vez que pouco se conhecia sobre seu alcance e eficácia. Antes escondidas em cozinhas industriais, hoje algumas dessas profissionais ganham fama e surge até uma literatura – até então conhecida apenas pelos iniciados – bem vendida. Nessa onda surfam restaurantes, bufês e cafés, oferecendo aos clientes pratos e sobremesas sem glúten, sem lactose, sem açúcar e, mais recentemente, também sem adoçantes e outros ingredientes.

Tudo muito louvável, sem nenhuma dú-vida. Mas a investigação profunda sobre a origem dessas intolerâncias se faz ne-cessária. Não basta lançar ao anátema os alimentos que fizeram, até bem pouco tempo atrás, a nossa alegria nas mesas familiares e a nossa admiração pelos criativos chefs. Não basta sair por aí criando pratos e mais pratos com a intenção de conquistar público. O que mais importa é saber de onde vem e para onde vai essa onda.

Sempre fui partidária de uma alimenta-ção leve, sem excesso de gordura e sal. E essa foi sempre a minha prática em restau-rantes que comandei e, graças a Deus, com sucesso. Defendo o uso de ingredientes pu-

ros e frescos, cujo sabor deve ser potencia-lizado pela forma de cocção e pelo emprego das ervas frescas. Mas sou radicalmente contra os excessos que matam a riqueza de cada ingrediente. Ensinei e ensino aos que transmito meus parcos conhecimentos que o equilíbrio é a grande virtude, como bem disse o filósofo. Em qualquer aspecto da vida e, principalmente, na cozinha, menos é menos mesmo e mais... é demais!

Uma alimentação equilibrada com le-gumes, grãos, proteína, frutas, gordura e sal em quantidades adequadas, que mal pode fazer? Os alimentos orgânicos estão cada vez mais ao alcance de nossas mãos e, principalmente, de nossos bolsos. Valorizá--los é o caminho. E, ao elaborar um prato, um cardápio, seja para um restaurante, seja para uma simples ou majestosa refeição entre amigos e familiares, buscar a beleza dos frutos da terra e do mar com suas cores e aromas é o que nos tornará mais felizes e menos intolerantes com a própria vida!

Sylvia Lis | [email protected]

47hypeonline.com.br

Confira no site a deliciosa receita de Salada de Lagostim com Ervilhas Rosadas, da chef Sylvia Lis.

Foto

: Ari

Oliv

eira

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Casa hype

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1

Uma luminária aqui, um tapetinho ali... Parece simples, mas o uso de complementos, essenciais para qualquer ambiente, tornando-

os ainda mais aconchegantes, exige bom senso e sensibilidade

» A marca catarinense Aroeira Home, especializada em tapetes e acessórios decorativos, criou, pela primeira vez,

uma coleção de tapetes totalmente dedicada ao público infantil. A linha Kids traz estampas que refletem a inocência da infância.

» Luz e Design na Terra do Sol. A nova coleção de lustres, em

dourado e cobre, da La Lampe, é composta por produtos que representam a brasilidade.

NecessidadesPequenas GRANDES

Page 49: Revista Hype 64

» Versáteis e práticos, os pufes são boas alternativas para dar um toque a mais na decoração. Com uma estampa diferenciada e minimalista, a

Q&E investe no modelo Osaka. Ao mesmo tempo em que ele é simples e contemporâneo, por sua base na cor cinza, sua estampa de flores alegra e confere delicadeza ao ambiente.

» Em seu novo showroom, a Stampa aposta na poltrona Dora, toda estofada e com os pés em aço carbono, do premiado designer catarinense Jader Almeida, e também no banco Ylla, inspirado

no desenho de um barco indígena brasileiro, e assinado por Aristeu Pires.

3 » E como luz nunca é demais, Hype aprovou as luminárias da megastore Yamamura. Estes modelos, para pendurar no teto, além de iluminarem o ambiente, também complementam a decoração de

forma bem elegante.

5

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Ela faz tudo, mas não quer dominar a técnica de nada.

O que mais lhe entusiasma é o caminhar, e não aonde chegar

ZoOm hype

Maria Sanz Martins

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S ua avó Themis é artista plástica; a vó Carmen, diplo-

mata; sua mãe é mar-chand, e o pai, um sábio das letras e palavras. É des-sa família tão di-versa que Ma-ria Sanz Martins suspeita que te-nha herdado ap-tidões artísticas. Advogada, desig-ner de moda, fo-

tógrafa, ilustradora e escritora, além de

esposa e mãe, Maria acredita que suas ha-bilidades se comuni-

cam. “São todas frutos de uma mesma ár-vore criativa, de modo que não é raro que uma leve à outra, e à seguinte, e de volta ao início, e assim por diante. Vou descobrindo meu destino ao longo do caminho – ainda bem! Desde menina, evito as linhas de che-gada pré-estabelecidas”, diz ela.

Amante das possibilidades, Maria não se sente mais à vontade em uma ou outra ati-vidade que executa. Ao contrário, conside-ra que qualquer sobra de expertise só ser-viria para deixá-la mais exigente consigo mesma e, consequentemente, mais encabu-lada. “Pode parecer estranho, mas me sinto à vontade testando minha própria elastici-dade”, considera.

Autora dos livros de crônicas “A vida secreta da gente” e “Mundo divã ou louca nada”, Maria ainda assina crônicas semanais no jornal A Gazeta. A inspiração, segundo

mariasSão muitas

Por Ariani Caetano | Fotos: Cloves Louzada

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ela, vem de um pensamento insistente, de um episódio vivido, de um tema debatido ou somente de um exercício criativo. “Na verdade, escrever nunca é fácil (como pa-rece). Claro que algumas vezes pode ser uma delícia; noutras, uma prática quase dolorida”, confessa.

Atualmente, Maria tem se dedicado, além das crônicas, ao blog noProvador, di-rige um estúdio de produção criativa e as-sina a Maria Sanz Estampa, marca de qui-monos e túnicas com estampas exclusivas e todas desenhadas pela designer em te-cidos como seda e cetim. Suas peças estão ganhando o Brasil, vestindo inclusive perso-nagens de novelas da TV Globo. Entretanto, para Maria, isso é apenas um aquecimento para o longo caminho que ela quer percor-rer. “Isso foi uma enorme alegria para mim, mas, para ser sincera, acho que ainda nem comecei. Não sei ao certo onde vou che-gar (nem sei se gostaria de saber), mas a medir pelo prazer que sinto em caminhar, espero que seja muito adiante.”

Mãe do pequeno Troy, Maria Sanz pre-fere viver um dia de cada vez, e, como toda mãe, pratica o equilibrismo. “Filho é uma inspiração sem tamanho – e uma entre-ga na mesma medida. Sou um pouco atra-palhada, divertida e muito firme quando preciso. Acho que sou brava, mas adoro a prerrogativa de também poder ser uma grande gaiata.”

Maria também já estudou e trabalhou em diversos países, mas em alguns deles a ex-periência foi ainda mais enriquecedora. “Os cursos em Milão e Londres foram transfor-madores enquanto conhecimento de moda; a Austrália foi incrível para amadurecimen-to do meu olhar; e, agora, por último, o Ja-pão foi tão impactante que ainda estou re-colhendo os cacos para contar uma histó-ria.” E quando perguntada se deixaria Vi-tória para viver um grande projeto ou de-safio profissional, Maria dá a resposta tí-pica de quem vive um dia depois do outro, como ela mesma afirmou: “Quem sabe... Quem sabe?”.

Mais de pertoPrato preferidoCaranguejo

AutorJorge Amado

Livro de cabeceiraAgora? “Memórias de uma gueixa”, de Arthur Golden, e “As Palavras”, de Clarice Lispector

FilmeHum... Para sempre vai ser “O diário de uma paixão”

AtorJavier Bardem

EstilistaYves Saint Laurent

CorPele

Sonho de consumoSão tantos... Só um? Um apartamento em Nova York

ManiaCafé preto com suco de laranja (todos os dias) e colecionar peças vintage

AversãoFalsidade

51hypeonline.com.br

Pode parecer estranho,

mas me sinto à vontade testando minha

própria elasticidade

Page 52: Revista Hype 64

» José Carlos Bergamin e Benildo Denadai

Balanço positivoFotos: Cloves Louzada

» Thiara Adversi Poubel e Mauro Amorim

» Rafael Nader e Annelise Lima

» Thais Decôgo, Veronica Santolini e Joyce Passos

» Mariluce Polido, Clara Orlandi e Marta Colodetti

» Jacqueline e Vivian Chiabay

» Felipe Gomes e Patrícia Bragatto

» Vitor de Castro, Gaby King e Valeria Castro

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Feliz Betty

» Você é vaidosa? A vaidade pode cegar? Essas e outras questões marcarão o próxi-mo encontro do Clube Hype, dentro da série “Um dedinho de prosa”, inaugurada pela revista. O resultado desse delicioso papo, realizado na varanda do Grotto Grill, você confere na próxima edição.

» Também vale a pena con-ferir, no Isla Vitória (Barro Vermelho), todas as terças--feiras, a ótima performan-ce dos “Violões Nervosos”: Guto Ferrari (violão e voz) e Juninho Curcio (guitarra e voz), revivendo, no reper-tório da dupla, belos clássi-cos internacionais.

» O restaurante Villa Vecchia, que tem à fren-te o chef Luciano Victal, além de inaugurar um novo cardápio, abriu sua varanda para o mar: a dis-posição das mesas, no deck da casa, favorece, agora, enfim, uma bela visão pa-norâmica do oceano.

» Mulheres e poder: se-gundo pesquisa da Pew-Research, 35% delas não têm interesse em ser líderes, enquanto 71% acham que a missão é mais fácil para os homens. Um dos principais motivos dessa recusa é a ma-ternidade, para muitas uma questão ainda complexa.

O Sistema Findes / Câmara do Vestuário reuniu, durante

coquetel, as marcas que desfilaram na última edição do Vitória Moda. Enquanto drinques e petiscos eram saboreados, o microfone circulou, democrático,

de mão em mão

Hypidinhas

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Sua casa está pegando fogo: o que salvaria primeiro?» Meu moleskine vermelho de anotações. Naquele caderninho escrevo o que me vem à cabeça. E ali tem coisa que até Deus duvida.

Se pudesse voltar à infância, qual seria o primeiro lugar que visitaria?» A casa onde nasci, em Conceição da Barra, com aquele jardinzinho cheio de jasmins e pés de manjericão.

Se arrependimento matasse...» Eu continuaria muito viva. Sou daquelas que cantam como a Edith Piaf: “Non, je ne regrette rien”...

Biografia autorizada ou liberdade de expressão?» Nada de censura em biografias. Cada um é livre para dizer o que quer, desde que assuma a responsabilidade pelas eventuais bobagens que fala ou as consequências que podem advir do que diz.

Com qual escritor você gostaria de bater dois dedos de prosa ou tomar um café?» Eu adoraria juntar Vladimir Nabokov e Lewis Carroll em volta de minha mesa. Seria uma bela mistura de vodca russa, chá inglês, blinis e bolinhos de Chelsea.

53hypeonline.com.br

Ganhadora do troféu Hype de Literatura, escritora talentosa e premiada (confira

na página 36), ela também é daquelas que não se permitem arrependimentos vãos, cultiva memórias perfumadas de jasmins e manjericão e a liberdade de

expressar-se. Ao seu jeito, assim como sua personagem Dona Luiza, de “A capitoa”, Bernadette também é uma aventureira. Mas, acima de tudo, uma sonhadora em

eterna luta contra moinhos de vento

9 questões para

Bernadette Lyra

Qual personagem de seus livros mais a assombrou?» Estou impressionada com Dona Luiza, terceira donatária da Capitania do Espírito Santo, aquela de quem ninguém consegue afirmar, de verdade, qual é o sobrenome: Grimaldi, Grinaldi ou Grinalda! Além de ter tomado conta de mim, ocupado minha mente e ter me perseguido por mais de quatro anos para que eu escrevesse sua história, a dama agora se desprendeu, virou livro e anda por aí, pelo Brasil e pelo mundo, espalhando suas aventuras. Uma autêntica Capitoa das terras capixabas!

O próximo livro...» O próximo romance, em fase de construção, trata de um assunto delicado e insólito: é sobre uma mulher obcecada pela morte.

Escrever é um ato de...» ... sobrevivência.

Em outra encarnação você (foi ou) seria...?» Don Quixote! Sei que é uma personagem de ficção, mas tenho a mesma estranha mania de sonhar onde o sonho e impossível e lutar contra os moinhos de vento.

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Som hypeLuis [email protected]

Goat – Commune» Da Suécia vem este grupo que gosta de tocar com másca-ras e vestidos como se fossem uma tribo nômade do norte da África. Ou seria do Oriente Médio? A dúvida, assim como tan-tas outras, é uma constante quando se fala do Goat. Quem são, quantas influências carregam em cada música, como podem soar tão estranhos e ainda assim tão atraentes?

Tirando tudo isso da frente e tentando focar somente na mú-sica, o Goat conseguiu superar, em Commune, a difícil prova do segundo álbum. Em seu single “Words”, as guitarras gri-tam como cabras sendo pastoreadas em meio ao deserto da Namíbia. Já em “Hide From The Sun”, uma cítara dá o cami-nho por onde seguem a guitarra, a bateria e os vocais femini-nos que dão todo o charme à banda. Não é fácil, mas depois de ouvi-los é possível entender que a boa música ainda pode ser considerada uma linguagem universal.

Johnny Marr – Playland» Quando a bateria entra na primeira música do disco novo de Johnny Marr, parece que estamos ouvindo uma das bandas dos 2000, como Arctic Monkeys ou Black Keys. Nem parece que foi coisa feita por um senhor de 50 anos. Para quem não li-gou nome à pessoa, Marr nada mais é do que o guitarrista dos Smiths, aquele mesmo de Morrissey e... Marr.

Bom, para começar a falar do disco, é importante destacar a destreza em criar riffs e músicas que marcam na primeira vez que são ouvidas. É praticamente impossível ouvir uma música e algum tempo depois não sair cantarolando algum pedaço dela pela rua, sem saber como aquela melodia apareceu na sua ca-beça. “Back in the Box” e “Easy Money” abrem o disco em alto estilo. E o nível se mantém lá em cima durante todas as 11 can-ções. Dá para sentir que, diferente de tantos projetos onde es-teve, Marr encontrou o tesão para compor e tocar. Só por isso, “Playland” já é uma dos melhores discos do ano.

Um dos melhores do ano e guitarras que gritam como cabras pastoreadas

Tão estranhos e tão atraentes

•••

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Pronta entrega: Shopping Cidade do Sol - Colatina - ES | (27) 99636-6621

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Livros hype

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Por que resistimos à mudança?» Por que é tão difícil mudar, mesmo quando sabemos que de-terminados hábitos nos são pre-judiciais? Que mecanismos es-tão por trás da nossa resistên-

cia à mudança e como entendê--los para, então, desmantelá-los? Observador da alma humana, o psicoterapeuta Flávio Gikovate analisa em Mudar (MG Editores) os obstáculos que enfrentamos quando nos propomos a mudar um comportamento e aponta os caminhos para vencermos tais entraves. A vontade pessoal e a autoanálise são ingredientes fun-damentais, mas não apenas elas. A razão também tem papel primordial: o que de fato queremos mudar? Em quem desejamos nos transformar? Estaremos dispostos a abrir mão da estabilidade para alcançar nossos obje-tivos? Sem fórmulas prontas ou conselhos fáceis, o au-tor mostra como a biologia, a cultura e a personalida-de moldam o indivíduo, levando o leitor a reflexões pro-fundas sobre a capacidade que todos temos de mudar.

Zeca cronista» A Rede Idiota e outros textos (Editora Reforma-tório) reúne crônicas afinadas e afiadas do inquieto e indignado Zeca Baleiro. Em textos que são mistura de críticas, reflexões e filosofias, o artista desfia as corti-nas de um mundo cada vez mais fragmentado pela in-ternet e pelas redes sociais. A obra divide-se em qua-tro partes. No capítulo 1, reproduz as crônicas da co-luna Última Palavra, que Zeca assinava na IstoÉ. Na parte 2 estão os textos sobre música que o autor escre-veu para o blog Questões Musicais, da revista Piauí. O capítulo 3 é composto por textos eventuais e espar-sos, escritos sob encomen-da para jornais e revistas. E o capítulo 4 contém arrou-bos de livre pensar, divaga-ções a esmo sobre o absurdo mundo em que vivemos. São textos inéditos, crônicas áci-das, com contestação, indig-nação, pensamentos e suges-tões de que existe mais de 50 tons de todas as cores.

Sobre a alma» Depois do premiado Se eu fechar os olhos agora e também de A felicidade é fácil e Vi-das provisórias, o jorna-lista e escritor Edney Sil-vestre lança Boa noite a todos (Record). Sua pro-tagonista é Maggie, cujo drama a obra retrata como um profundo e emocionan-te aprendizado sobre a alma humana. Maggie conheceu na Europa dos anos 60 e 70 a liberda-de que os anos de chumbo tolhiam no Brasil de então. Essa liberdade teve como revés a ausência de uma ter-ra à qual se prender. Marcada pelo destino dos expa-triados, ela enfrenta a perda do pouco que lhe resta de identidade: a lembrança dos deleites e dos infortúnios de uma existência intensa.

Obesessão e sobrevivência» Vencedor do Prêmio Pulitzer, O Pintassilgo (Com-panhia das Letras), de Donna Tartt, é um romance que conta a história de Theo Decker, um nova-iorqui-no de 13 anos que sobrevive milagrosamente a um aci-dente que mata sua mãe. Abandonado pelo pai, é leva-do pela família de um amigo rico. Desnorteado em seu novo e estranho apartamento, perseguido por colegas de escola e atormentado pela ausência da mãe, Theo se apega a uma importante lembrança dela – uma pe-quena, misteriosa e cativante pintura que acabará por arrastá-lo ao submundo da arte. Já adulto, Theo circula com de-senvoltura entre os salões nobres e o empoeirado labirinto da loja de antiguidades onde trabalha e será lançado ao centro de uma perigo-sa conspiração. O livro é uma hip-notizante história de perda, obses-são e sobrevivência, um triunfo da prosa contemporânea que explora com sensibilidade as cruéis maqui-nações do destino.

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Cinema hype

» Hype acha que a atriz Lauren Bacall – morta recentemente aos 90 anos – bem que merecia um filme sobre sua vida, desde, é claro, que este tenha um bom roteiro e um excelente diretor no comando. Difícil mes-mo será achar uma protagonista à altura da musa, que começou a carreira como mode-lo até transformar-se na diva hollywoodia-na de rara beleza, voz grave e sexy.

Mas, enquanto o filme de Lauren não vem, passemos ao que o cinema, inspira-do em estilistas famosos, já nos deu no ter-reno da moda.

Só para lembrar, Coco Chanel foi tema de pelo menos dois longas metragens. Em 2009, em Coco Antes de Chanel, Audrey Tautou incorporou a estilista nas mãos da diretora Anne Fontaine. Um ano depois, a mestra eterna do estilo inspirou outro filme, baseado no romance Coco & Igor, de Chris Greenhalgh, desta vez explorando seu caso com Igor Stravinsky.

É verdade que, quando se trata de esti-lo e personalidade, é difícil concorrer com Chanel, mas ninguém pode negar o talento e a classe de Yves Saint Laurent. Não por acaso, recentemente, o estilista francês, que

começou sua carreira ainda muito jovem – tinha cerca de 20 anos – como assistente de Christian Dior, também acabou na telona.

Yves Saint Laurent é uma cinebiografia autorizada sobre vida e obra de um dos gran-des gênios da moda. O estilista conseguiu fazer sucesso tanto na alta costura quanto no prêt-à-porter, e a obra revela sua persis-tência, coragem e amadurecimento, além de seus amores, em especial por Pierre Bergé, companheiro do estilista.

Baseado no livro Cartas a Yves, de Ber-gé, e dirigido por Jalil Lespert, a história se passa em 1957, em Paris. Aos 21 anos, Saint Laurent – vivido por um ótimo Pierre Ni-ney, cujos traços lembram muito os do es-tilista – é convidado para assumir a presti-giosa grife de alta costura fundada por Ch-ristian Dior, morto recentemente. Depois de realizar um grandioso desfile, ele conhece Pierre Bergé (Guillaume Gallienne), de quem se torna amante e parceiro de trabalho. Jun-tos, eles criam a grife Yves Saint Laurent.

Alguns acharam o filme triste, outros que o obcecado e perfeccionista Saint Laurent merecia mais. Tire você mesmo suas con-clusões assistindo ao filme.

Saint Laurent e outras

fashionices

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Vida hype

Barbara HilsenbeckPalestrante e escritora

www.avidaebarbara.com.br

Nosso maior medoN elson Mandela dizia que nosso

maior medo não é da escuridão, mas da luz que carregamos dentro

de nós. Nosso maior medo não é de sermos inadequados, mas de sermos poderosos além da medida. Eu concordo com ele!

Somos mestres no quesito autossabo-tagem, mas não porque somos fracos, pelo contrário, porque somos fortes. Temos força para desistir, recuar, paralisar e, se for preciso,

até causar uma doença que nos impeça de prosseguir. A chave sempre esteve em nossa mão, cabe a nós aprendermos a girá-la

para o lado correto, já que a mesma força que aprisiona é a que liberta.

O primeiro passo para a nos-sa libertação é aceitarmos que

já estamos prontos. Sem-

pre estivemos. A vida não vai acrescentar nada que já não haja dentro de nós; todo o trabalho de evolução consiste exatamente em retirar os véus que cobrem a nossa ver-dadeira essência.

Toda luz a princípio cega, principalmente se estávamos na escuridão de uma caverna (como dizia o mito de Platão). Se conseguir-mos ultrapassar os primeiros estágios de cegueira, momento em que parecemos estar completamente perdidos e sem saber direito para qual direção seguir; se conseguirmos ultrapassar esse estágio de medo em rela-ção ao desconhecido, aos poucos seremos guiados por uma luz gigantesca, a mesma que carregamos dentro de nós.

Nossa bússola interna se chama cora-ção, e ela nunca falha. Todos os homens e mulheres que se permitiram ser guiados por essa luz descobriram o tesouro mais rico do mundo, o único capaz de acabar com o medo: o amor.

A coragem só existe para que possamos manifestar o amor por tudo e por todos, a começar por nós mesmos. Se você estiver vivenciando algum tipo de medo, experimen-te injetar amor na situação e rapidamente perceberá a diferença.

Vivemos tempos em que o medo parece dominar o mundo. Medo de perder o em-prego, de ser assaltado, de não encontrar a cara metade. Medo de morrer e, por trás dele, um terrível medo de viver.

É para acabar com todos esses medos que eu escrevo esta coluna. Um simples gesto de amor, de mim para você. Até a próxima!

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C orrer para ele era irresistível. Ja-mais negava uma competição. Po-dia ser em carrinhos de rolimã,

em apostas de corrida na rua. Entrava para chegar em primeiro lugar. Quase sempre conseguia. Para todo mundo, essa obses-são era divertida e curiosa. Para mim, era um enigma. Muitas vezes perguntei a ele por que corria tanto.

– Não quero ficar para trás – ele me explicava.

Competia todo ano nas olimpíadas es-colares. Era o melhor corredor da turma, do colégio, talvez do bairro. Poderia ter

sido um atleta olímpico; mas chegou à conclusão de que podia correr ainda mais sobre rodas. Tentou os patins, as bicicletas, as motocicletas. Encon-trou-se nos carros.

Era detestável pegar carona com ele. Quando podia acelerar, acelera-va. O máximo possível. O carro trepi-dava, quase saindo do controle. Cos-

tumava insistir nisso até que o volante ameaçasse esca-par das mãos – ou até que

a pessoa no carona gritasse para ele parar e perguntasse

por que ele fazia aquilo. A respos-ta era sempre a mesma:

– Não quero ficar para trás.Tornou-se corredor pro-

fissional. Achou dessa for-ma o sentido da sua vida. Teria sempre alguém na frente. Ou teria sempre atrás para zombar dele, se não conseguisse chegar em primeiro lugar. Quem seria

esse alguém? Uma namo-rada? Um professor?

Um parente? Perguntei isso a ele, ao que me respondeu:

– Não quero ficar para trás.Por talento e mérito, foi de corredor mu-

nicipal a corredor estadual. Até que aden-trou o circuito nacional. Testemunhei sua vi-tória de estreia. Logo nas primeiras voltas, passou os competidores e os retardatários. Deu uma volta à frente de todos. Uma corri-da inesquecível. Os fãs, a imprensa e os nar-radores se lembrariam desse feito como o dia da Corrida Grande.

Ele completou a última volta da vitória. A bandeira sacudiu, o público vibrou. Mes-mo assim, ele continuou sua corrida ob-cecada. Acelerou mais e mais. Alguns di-ziam que ele não corria contra os outros, corria contra si mesmo. Outros diziam que ele tentava alcançar um corredor fantas-ma que somente ele podia ver e que esta-va sempre à frente. As lendas começaram a pulular pela arquibancada.

Com toda aquela velocidade, o carro es-capou do controle. Voou, girou pelo ar, esta-telou com violência ao chão. Chamas. Bom-beiros, médicos, padiolas. Olhares de pre-ocupação de um público que, no fim, teve o sangue que esperava receber. Muitas fo-tos do corredor sendo removido para den-tro da ambulância.

Eu ainda não pude visitá-lo no hospi-tal. As visitas estavam proibidas, para de-sespero dos fãs, que comentavam avida-mente a Corrida Grande. A curiosidade era geral: onde ele queria chegar? Quanto a mim, queria mesmo é saber se ele esta-va bem. Era um amigo de infância. Além disso, eu já sabia a resposta que ele daria a todos, já muito irritado por ninguém ja-mais o entender:

– Não quero ficar para trás!

Ponto Final

Corrida GrandeMarcelo dos Santos Netto

Jornalista e escritor

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Hype end

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Mais saudosista, impossível. Ao som de “Age of Aquarius”, do famoso grupo The Mamas and The Papas, a atriz Letícia Sabatella foi uma das atra-ções da última edição do Minas Trend, realizado no início de outubro, no Expominas, em Belo Ho-rizonte. Antes do tradicional desfile de abertura, que exibiu 36 looks, vestida com um tubinho pre-to, Letícia leu um poema, para, ao final, sair dan-çando com as modelos. Na passarela, o tema do evento, “Nós, Hoje, Sempre”, ganhou ousada pro-dução assinada pelo stylist Paulo Martinez.

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ncia

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