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Programa de Desenvolvimento de Museus Brasil-UK Relatório do Encontro The United Kingdom’s international organisation for educational opportunities and cultural relations. We are registered in England as a charity. RESUMO DO ENCONTRO PROGRAMA DE DESENVOLVIMENTO DE MUSEUS BRASIL-UK O encontro de três horas de duração, com as principais lideranças do segmento museológico brasileiro, no dia 24 de julho de 2012 em São Paulo, deu origem a um extenso e valioso material. Destacamos a seguir os pontos principais das discussões. A edição do texto procurou preservar ao máximo o discurso original dos participantes. # Luiz Coradazzi: Sobre o Transform # Jane Weeks: Sobre o Programa de Museus no Mundo. # José Nascimento Jr.: Foco na construção de conhecimento comum # Claudinelli Ramos: Internalizar o conhecimento # Leonardo Bahia: Intercâmbios como apoio em traçar metas # Mariana Varzea: A importância do investimento em gestão e os museus regionais # Maria Ignês Mantovani: Programa pode estabelecer relações com outros países além do Reino Unido # Tereza Scheiner: UNIRIO, longa tradição de intercâmbios # Eneida Braga: Avaliação do contexto nacional # Outros tópicos

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RESUMO DO ENCONTRO O encontro de três horas de duração, com as principais lideranças do segmento museológico brasileiro, no dia 24 de julho de 2012 em São Paulo, deu origem a um extenso e valioso material. Destacamos a seguir os pontos principais das discussões. A edição do texto procurou preservar ao máximo o discurso original dos participantes.

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Programa de Desenvolvimento de Museus Brasil-UK

Relatório do Encontro

The United Kingdom’s international organisation for educational opportunities and cultural relations. We are registered in England as a charity.

RESUMO DO ENCONTRO

PROGRAMA DE DESENVOLVIMENTO DE MUSEUS BRASIL-UK

O encontro de três horas de duração, com as principais lideranças do segmento museológico

brasileiro, no dia 24 de julho de 2012 em São Paulo, deu origem a um extenso e valioso material.

Destacamos a seguir os pontos principais das discussões. A edição do texto procurou preservar ao

máximo o discurso original dos participantes.

# Luiz Coradazzi: Sobre o Transform

# Jane Weeks: Sobre o Programa de Museus no Mundo.

# José Nascimento Jr.: Foco na construção de conhecimento comum

# Claudinelli Ramos: Internalizar o conhecimento

# Leonardo Bahia: Intercâmbios como apoio em traçar metas

# Mariana Varzea: A importância do investimento em gestão e os museus regionais

# Maria Ignês Mantovani: Programa pode estabelecer relações com outros países além do Reino

Unido

# Tereza Scheiner: UNIRIO, longa tradição de intercâmbios

# Eneida Braga: Avaliação do contexto nacional

# Outros tópicos

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Sobre o Transform

Luiz Coradazzi

A função do British Council é estreitar o laço de relacionamento

entre o Reino Unido e os 110 países onde atuamos. A partir

de setembro, vamos promover uma série de eventos em todas

as áreas artísticas, chamado “A Temporada UK Brasil”. Esta é

uma iniciativa da Embaixada Britânica, que vai consistir

em eventos culturais, exposições, performances, visitas

mútuas de base de economia criativa, e eventos voltados ao setores industrial e comercial.

O British Council, que é um órgão independente da Embaixada, foi convidado para liderar as

atividades relacionadas às artes e economia criativa.

Decidimos usar esta oportunidade para lançar um programa nosso, de longuíssimo prazo.

Portanto esta iniciativa deve continuar por muitos anos e vai aproveitar a janela Olímpica pra

fortalecer esses laços que como acabei de falar ainda não são assim tão fortes como poderiam

e deveriam ser.

É por isso que chamamos esse programa de TRANSFORM, um nome ainda para uso interno, que

reflete nosso desejo de transformar as relações e as percepções entre o Brasil e o Reino Unido

através do intercâmbio cultural e da construção de novas capacidades e novos empreendimentos.

Sobre o Programa de Desenvolvimento

de Museus no Mundo

Jane Weeks

O Conselho Britânico tem trabalhado com museus e

com organizações de patrimônio em 40 países nos últimos dez

anos. Nós atuamos junto ao Ministério da Cultura, teatros e

museus nacionais.

Existe uma conexão muito forte com os museus nacionais no Reino Unido e, como vocês devem

saber, um amplo investimento feito através da loteria (Lottery Found) nos últimos 15 anos. A loteria

tem um fundo específico, uma porcentagem da arrecadação, que é investida diretamente em

instituições culturais de todas as áreas. Um investimento que soma 1,5 bilhão de Libras e que

promove uma segurança muito grande na construção dessas parcerias internacionais. E temos a

percepção de que esse é o momento certo para essa aproximação.

Os nossos programas de treinamento, são criados especificamente para cada país.

No Golfo Pérsico, por exemplo, nosso foco principal é a divulgação, ou seja, fazer com que

as comunidades de outras regiões visitem. Desenvolvemos esses seminários de gestão,

principalmente no Museu Nacional da Arábia Saudita e, como resultado, temos grupos que estão se

encontrando e conversando sobre as questões. No Irã, por exemplo, conseguimos criar um ambiente

neutro, onde 90% dos gerentes ou gestores de museus podem se encontrar e estabelecer, pela

primeira vez, um network de trabalho onde eles podem conversar com tranqüilidade.

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Um dos nossos projetos principais é na China. Talvez vocês saibam que a quantidade de museus

explodiu, tendo sido construídos por volta de 400 museus nos últimos 5 anos. Então temos trabalhado

com foco no setor administrativo de patrimônio, junto ao departamento cultural de Patrimônio

do governo chinês.

Na Índia o foco tem sido a capacitação dos profissionais que trabalham nos museus. Esse é o

foco principal do Ministério da Cultura. Então, em parceria com o Conselho Britânico, tem sido criados

cursos específicos no British Museum e Victoria & Albert Museum. E esse programa tem sido

financiado parcialmente pelo Conselho Britânico, pelo Ministério da Cultura da Índia e por um fundo

privado. Na Rússia, trabalhamos com uma fundação para quebrar um pouco o isolamento que existe

no setor de museus. Então, a ideia é de levar profissionais para o Reino Unido, uma vez por ano, para

que eles possam desenvolver projetos juntos.

Sobre a visão do Ibram: Foco na construção de

conhecimento comum

José do Nascimento Jr.

Eu vejo algumas dificuldades (no Programa), em função de

certas crenças, práticas e ceticismos. Em termos de

cooperação internacional, nós temos uma ação muito concreta

que é o Ibermuseus, uma experiência de oito anos de

cooperação entre 22 países.

Este é um programa de governos, aprovado por governos e mantido pelos governos. Nesse programa

fizemos uma experiência com curadores que não deu certo. As pessoas mudam e o conhecimento vai

com eles, não fica nas instituições. Portanto é bom para o indivíduo, mas nem sempre é bom para

a instituição.

Nós temos um programa chamado Conversaciones, direcionado ao financiamento de pré-

produção de exposições, ou seja, a pesquisa, encontro entre pesquisadores de dois museus de países

diferentes. Isso estabelece uma cooperação concreta entre duas instituições sobre um tema em

comum, que interessa às instituições. E o compromisso dos países em relação ao financiamento é a

realização da exposição e da circulação. Como consequência, cria também um circuito de

exposições. Hoje nós temos pelo menos seis exposições circulando entre países e criando um

diálogo sobre temas comuns da ciência, das artes ou, ainda, de história em comum.

Importa que a proposta tenha relevância e que estabeleça uma cooperação

concreta e um conhecimento entre os países. Não é um evento.

É uma construção de conhecimento em todos os seus aspectos.

As ações de cooperação devem caminhar no sentido de institucionalização. Eu, às vezes, fico sempre

um pouco temerário à investir demais nesses programas de visita. Me parece muito mais eficiente a

proposição de um foco já definido antes mesmo que as visitas aconteçam.

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Sobre a visão da SEC SP:

Internalizar o conhecimento

Claudinelli Ramos

Uma das principais áreas de atuação, são as

parcerias relacionadas à qualificação dos profissionais. A AECID

(Agência espanhola de cooperação) é, sem dúvida, nossa

principal parceira. Mas nós tivemos também relações muito

importantes com a rede portuguesa de museus, que não

puderam prosseguir devido às questões da crise internacional. E ainda várias outras que são ações

pontuais, mas também voltadas a qualificação dos profissionais dos 415 museus do sistema estadual

de São Paulo.

A questão de institucionalização ou de internalizar o conhecimento é, talvez, um dos desafios mais

complexos. No nosso caso, temos uma rotatividade relativamente baixa de profissionais nos dezoito

museus que são da Secretaria de Estado de Cultura. Mas há, por outro lado, uma

rotatividade muito grande nos museus ligados ao poder público municipal - que são a maioria dos

museus existentes no estado.

Temos profissionais com uma qualificação ainda muito pequena em relação às

competências necessárias para a área museológica, apesar de termos investido

muito em capacitação.

São dois extremos. Os museus que já vem desempenhando um trabalho de qualidade e que tem

condições de avançar muito com o intercâmbio de competências, atingindo parcelas da sociedade

que ainda não visitam museus.

De outro lado, a inserção num circuito de engajamento social na cultura de museus menores e que

tem uma situação mais precária. Eu acho bem interessante pensar essa parceria nesses dois campos,

de situações distintas.

Acho que é muito importante que as ações de capacitação considerem a perspectiva da formação de

multiplicadores. Isso ajuda a garantir que a gente invista na formação de quadros, de recursos

humanos que podem circular, mas que traga algum retorno institucional do investimento feito.

Agora tem um um grande ponto que é a própria discussão dos indicadores na área cultural. E, muito

especial no nosso caso, na área museológica. Na hora que a gente vai apresentar uma

mensuração mais objetiva dos nossos resultados caímos na subjetividade toda.

E temos ainda uma discussão que é a de financiamento público. Ainda que seja possível falar de uma

quantidade imensa de possibilidade de parcerias com a sociedade civil, com a iniciativa privada, é

fundamental discutir limites e possibilidades no campo do financiamento publico. De novo,

a discussão sobre indicadores tem importância. O que podia se pensar aqui é a realização de

seminários e publicações. O que pode gerar indicativo para pesquisas acadêmicas e para marcos

regulatórios.

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Sobre a visão da SEC MG:

Intercâmbios como apoio em traçar metas

Leonardo Bahia

Existe uma grande diferença na situação dos museus entre os

estados. Quando a Secretária de Cultura do Estado de Minas

Gerais, Eliane Parreiras assumiu, há um ano e meio, apenas dois

dos cinco museus da Secretaria funcionavam. Os outros três

estavam fechados.

Estamos numa situação de reabrir esses museus, colocar o sistema da rede de museus gerenciados

diretamente pela Secretaria de Cultura. Além disso, ela é responsável, através do Superintendente

de Museus, de dar suporte técnico aos 321 museus no interior de Minas Gerais.

No entanto, trabalhamos dentro de uma estrutura que é governamental. Possivelmente, daqui a dois

anos e meio, eu não estarei sentado na mesa aqui com vocês. Eu acredito nesses intercâmbios, por

que eles contribuem e servem de parâmetro para que a gente possa construir alguma meta por onde

se queira seguir.

Sobre a visão da SEC RJ: A importância do

investimento em gestão e os museus regionais

Mariana Varzea

A realidade do Rio de Janeiro é muito diferente de outros

estados brasileiros. O Rio tem um protagonismo de

instituições museológicas nacionais. Não só de museus como

também de formação na área de museologia (UNIRIO). Então,

temos uma tradição no Rio de Janeiro do fazer museu.

Um trabalho que tem sido feito na tentativa de recuperação em relação a rede estadual de museus,

dentro da mesma realidade de Minas Gerais. Algumas instituições tem entre 30 e 40 anos de

existência e não estabeleceram políticas de acervo, nem políticas de memórias.

Um trabalho muito importante, feito de 2008 até agora, foi a criação Sistema Estadual de Museus -

SIM-RJ, um canal fundamental de transmissão e de capacitação através de programas do Ibram e da

rede do estado.

Eu percebo que há uma enorme preocupação na área de gestão e sustentabilidade.

Do pequeno museu ao grande museu.

Esse momento de revisão permite ver instituições que foram fortes precisando se refazer dentro de

suas estratégias de gestão e de uma perspectiva de sustentabilidade. Essa é a grande preocupação

que aparece para a área de museus da Secretaria de Cultura.

Dentro do ponto de vista da Secretaria, novos museus só existirão se realmente eles tiverem um

espaço a ocupar. Senão, a ideia é a gente começar a trabalhar uma política de integração e

fortalecimento das instituições existentes e com papel de liderança. Um trabalho que a Inglaterra fez

com seus museus líderes e, com seu fortalecimento, estes ajudaram no desenvolvimento dos museus

regionais.

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O programa pode estabelecer relações com

outros países além do Reino Unido

Maria Ignês Mantovani

O Brasil tem uma competência que pode ser um instrumento

de dialogo fantástico com outras regiões como a África, onde

estamos desenvolvendo um trabalho dentro de horizontes

culturais mais próximos, com sintonias maiores.

Eu acho que pode haver, na verdade, uma troca em um plano mais abrangente. O Brasil pode levar

essa museologia social para fortalecer não somente os museus do Reino Unido, mas que possam dar

aberturas importantes para o Programa de Desenvolvimento de Museus em outros países.

Nesse momento o Brasil vai receber, durante o Conferência do ICOM 2013, de três a quatro mil

profissionais de museus do mundo todo.

Acredito que é uma oportunidade para se pensar como a cadeia pode ser fortalecida nesse momento

e o ICOM está aberto a várias parcerias. Acho que é importante dizer que há um comitê organizador

da Conferência já constituído com a representação de todas as esferas de governos, da

Secretaria de Estado do Rio, Secretaria Municipal e outros organismos.

UNIRIO, longa tradição de intercâmbios

Tereza Scheiner

Desde 1932, com a sua criação, a UNIRIO é amplamente

conhecida no panorama da América Latina. Os intercâmbios e as

interfaces acontecem há 80 anos com diferentes

países, diferentes redes. Por isso eu gostaria de enfatizar os

pontos que são muito positivos nessa retomada de relações

com o Conselho Britânico.

Um deles é o fato da nossa universidade sediar um programa de pós graduação de museologia e

patrimônio. Não é só museologia. Um outro ponto que nos deixa muito satisfeitos é o fato de, na sua

grande maioria, os diretores dos museus terem sido ingressos da nossa escola de museologia.

Já na Pós-Graduação, nossos alunos são gestores de museus, que em sua maioria não fizeram a sua

formação profissional em museologia. Eles estão vindo fazer o mestrado e, principalmente, o

doutorado.

Então, este é o motivo pelo qual o nosso programa não ter uma linha de pesquisa específica para

gestão, ela está transversalmente colocada e presente nas muitas disciplinas e nas nossas duas linhas

de pesquisa. Além disso nós temos um debate permanente sobre políticas públicas e gestão.

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Avaliação do contexto nacional Eneida Braga

Hoje o Brasil tem mais de três mil museus. O último número era

3.220. Desses museus, 65% são públicos. Eu costumo dizer que

a área museológica brasileira reflete bem o que é o Brasil, por

que nós temos museus de excelente qualidade e temos muitos

museus deficitários em várias partes do país.

Temos uma situação nacional que também se reflete estadualmente. E há uma preocupação, na área

federal, de trabalhar com a diversidade desse museus e ter um ganho de escala, que é uma coisa

muito importante para a área federal. Não podemos pensar em ações localizadas num

país com proporções continentais.

Por isso investimos muito em políticas públicas e discutimos políticas públicas que alcancem

essa diversidade. E numa particularidade que nós estamos preparando o país para receber tanto

a Copa do Mundo de 2014 quanto as Olimpíadas, de 2016. E a nossa preocupação, na verdade, é de

deixar um legado para o setor museal e para população brasileira.

Por essa perspectiva passam os programas de capacitação das instituições. É claro que tem questões

comuns na área de capacitação: não só na questão da gestão, da sustentabilidade, captação de

recursos. Eu acho que hoje temos muito à trocar, em questões de capacitações gerais.

Podemos identificar claramente áreas de expertise tanto aqui, quanto no Reino Unido.

O Brasil avança e já avançou muito na questão da museologia social. Temos um projeto que se

chama Ponto de Memória que pretende levar o direito à memória à qualquer grupo social. Seja ele de

alto risco social, mulheres, quilombola, indígena, fronteiras e nos diversos pontos que necessitem de

uma maior atenção à memória local.

Uma outra questão que também vem avançando é no tratamento da economia dos museus. Estamos

conhecendo a cadeia produtiva do setor museológico brasileiro ligado à uma pesquisa de tendências

para o setor e acredito que isso seria um caminho possível de interface e intercâmbio dentro

do programa.

Outros Tópicos

# “Eu acho que, na linha metodológica que a Inglaterra tem trabalhado em relação à economia

criativa, nós poderíamos pegar um foco mais dirigido para a economia dos museus, tentando gerar

exatamente uma metodologia de medição do que os museus de fato colaboram e quanto

eles movimentam. Isso é um dado que pode nos ajudar enormemente”.

Maria Ignez Mantovani

# “A discussão de financiamento não pode ser o início da discussão, por que o financiamento é um

meio para o que nós queremos. O museu tem uma finalidade: a preservação e a difusão. E a

sustentabilidade é uma consequência do que queremos em relação aos museus. Porque senão vamos

inverter a lógica da discussão e aí caímos numa armadilha. Ninguém pergunta a sustentabilidade de

uma biblioteca. E há biblioteca em (quase) todos os municípios brasileiros. Todo mundo acha

importante ter biblioteca pública”.

José do Nascimento Jr

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#“O Ibram tem o projeto UniMuseus, de oficinas que agem em diversos temas. Talvez nessa questão

de formação de multiplicadores, a gente possa montar um tema de capacitar esses oficineiros. Montar

uma metodologia de trabalho conjunta, com material didático feito com as equipes do Reino Unido em

parceria com equipes brasileiras”.

Eneida Braga

# “Temos muitos temas comuns para a pesquisa acadêmica em museologia. O tema de inclusão

e acessibilidade, a experiência de museologia social, que tem muitos trabalhos acadêmicos aqui. São

temas muito preciosos para nós: diversidade cultural, uma série de coisas que eu sei que no Reino

Unidos são enfrentadas de uma outra maneira, mas que a troca acadêmica pode ser bem

interessante”.

Cristina Bruno

# “Adoraria ser parceira de um encontro acadêmico na área de conservação. Sobretudo por que

temos muito interesse numa parceria do V&A com o nosso Museu da Moda, para que ele seja o centro

de excelência na área de conservação de têxteis. A gente quer, efetivamente, ser um

museu colaborativo, para ajudar outros museus que possuem acervos têxteis e que hoje há uma

enorme dificuldade de formação nessa área”.

Mariana Varzea

# “Eu acho que, por exemplo, o Brasil tem uma carência na área de ciências, de museus de ciências.

Pelos números do IBRAM, apenas 6% dos nosso museus são museus de ciência e isso levando em

conta o Jardim Botânico”.

Maria Ignez Mantovani