pim ii - computadores pedagógicos

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  • 7/28/2019 PIM II - Computadores Pedaggicos

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    UNIP INTERATIVA

    Projeto Integrado Multidisciplinar

    Cursos Superiores de Tecnologia

    Adoo de Computadores Pedaggicos no Ensino Mdio

    Braslia (Polo Asa Norte)2012

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    UNIP INTERATIVA

    Projeto Integrado Multidisciplinar

    Cursos Superiores de Tecnologia

    Adoo de Computadores Pedaggicos no Ensino Mdio

    Braslia (Polo Asa Norte)2012

    Antnio Edmar Brito da Silva

    RA:1205608

    Curso: Gesto da Tecnologia da Informao

    Semestre: 1

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    RESUMO

    Este projeto tem por objetivo analisar a adoo de computadorespedaggicos no ensino fundamental. A informtica trouxe alguns benefcios

    para o setor educacional, h uma maior interao entre o

    aluno/professor/computador. Mediante esta realidade, as escolas e tambm

    os professores sentiram a necessidade de rever os conceitos e posturas

    adotadas em sua pratica pedaggica. Os avanos tecnolgicos dos ltimos

    tempos trouxeram o computador para nossas vidas, seja no contexto

    escolar, social ou familiar.

    O computador traz consigo diversos recursos que atendem diversas

    reas e uma delas a educao. Pesquisadores acreditam que a

    informtica aliada educao podem facilitar o ensino e a aprendizagem,

    ajudando os alunos a construrem seus conhecimentos, a serem mais

    criativos e autnomos. Para realizao desta pesquisa, utilizou-se uma

    abordagem qualitativa junto a alunos e educadores de uma escola do ensino

    fundamental. Os resultados alcanados apontaram um conjunto de

    elementos que so significativos para analisar o uso da informtica nas

    prticas pedaggicas no ensino fundamental.

    Palavras chaves: Informtica, Recursos pedaggicos, computador,

    aprendizagem.

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    ABSTRACT

    This project aims to analyze the adoption of computers in teaching

    elementary school. Computer science has brought some benefits to the

    education sector, there is greater interaction between the student / teacher /

    computer. With this reality, schools and teachers also felt the need to review

    the concepts and postures in their practice teaching. The technological

    advances of recent times have brought the computer into our lives, whether

    in schools, social or family.

    The computer brings several features that serve different areas and one

    of them is education. Researchers believe that information technology

    coupled with education can facilitate teaching and learning, helping students

    build their knowledge, to be more creative and autonomous. For this

    research, we used a qualitative approach with students and educators from a

    school of elementary education. The results showed a number of elements

    that are meaningful to analyze the use of computers in teaching practices in

    elementary schools.

    Key - words: Computers, educational resources, computer learning

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    SUMRIO

    1. INTRODUO 6

    2. O USO DAS TECNOLOGIAS EDUCACIONAIS NA EDUCAO 7

    3. HISTRIA DA INFORMTICA NO BRASIL 9

    4. A CAPACITAO DOS PROFESSORES PARA O USO DA INFORMTICA NA EDUCAO 12

    5. AS PRTICAS PEDAGGICAS USANDO O COMPUTADOR 13

    6. SOFTWARE LIVRE NAS ESCOLAS PBLICAS 14

    7. SISTEMA OPERACIONAL USADO NAS ESCOLAS 16

    8. CUSTO DO COMPUTADOR E DOS PROGRAMAS 17

    9. APLICATIVO PEDAGGICO GCOMPRIS 19

    10. CONCLUSO. 20

    11. REFERNCIAS 21

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    INTRODUO

    Este trabalho importante para a insero da informtica educativa

    nas series do ensino fundamental uma vez que a adoo do computador no

    ambiente escolar hoje uma necessidade para o crescimento de uma

    pedagogia inovadora, assentada na susceptibilidade de educadores

    propensos a didticas renovadas.

    Estamos vivendo uma poca de constantes transformaes, de trocas

    rpidas de informao, em que o conhecimento nos chega de forma

    acelerada, refletindo as mudanas ocorridas na sociedade. Com o avano

    das tecnologias, os alunos chegam escola com uma imensa quantidade de

    informaes. uma avalanche de novidades

    As facilidades oferecidas pelos computadores permitem explorar uma

    gama ilimitada de diferentes usos da informtica na educao, aumentando

    as reas de aplicao e a diversidade de atividades que professores e

    alunos podem realizar. A informtica favorece a proposta de trabalhos

    escolares com postura interdisciplinar. Propondo trabalhos temticos, como

    elaborao de um jornal, a produo de textos com o auxlio dos

    computadores pode tornar-se uma atividade mais atrativa e prazerosa: os

    textos ganham cores, grficos e imagens que se modificam sob o controle

    dos alunos.

    A incluso dos computadores nas escolas deve ser vista no s como

    fonte de informao, mas tambm como ferramenta para transform-la.

    Cada vez mais, o professor precisa planejar e implantar propostas dinmicas

    de aprendizagem, descobrindo usos criativos da tecnologia educacional que

    levem os alunos a gostar de aprender.

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    Trabalhar com informtica requer, simultaneamente, conhecimento

    tcnico e pedaggico, pois um fornece suporte ao outro. A partir do

    momento em que se sentir seguro com as questes tcnicas, o professor

    pode avanar na explorao da informtica em atividades pedaggicas mais

    elaboradas.

    A capacitao dos professores de extrema importncia para que haja

    mudanas expressivas. Isso significa que o processo de formao deve

    propiciar ao professor a construo de novos conhecimentos, a habilidade

    de relacionar diferentes contedos e construir um novo referencial

    pedaggico. O professor precisa estar atualizado e aberto s novas formas

    de ensinar, trocar ideias, experincias e conhecimentos com outros colegas.

    Com os recursos da informtica, a educao pode ensejar uma

    aprendizagem construtiva e significativa, na qual o aluno pode aprender de

    forma mais dinmica e transformadora.

    1. O USO DAS TECNOLOGIAS EDUCACIONAIS NA EDUCAO

    Antes de o computador existir, o homem j desenvolvia mquinas que

    poupassem seu trabalho e fossem mais rpidas. O primeiro dispositivo

    desse tipo foi construdo por Blaise Pascal (1623 1662) em 1642 paraauxiliar seu pai, que era coletor de impostos. Esse dispositivo ficou

    conhecido como Pascalina. Essa primeira mquina criada por Pascal podia

    executar apenas somas e subtraes.

    A evoluo desses equipamentos foi proposta apenas em 1822, por

    Charles Babbage (1792 1871).

    O novo dispositivo foi chamado de mquina diferencial e, ao contrriode seus predecessores, que apenas realizavam operaes simples, ele foi

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    desenhado para executar um algoritmo. O objetivo dessa mquina e seu

    algoritmo era produzir tabelas teis para a navegao naval, assunto

    estratgico para a poca.

    Ele vislumbrou um dispositivo programvel. Esta nova mquina foi

    batizada de mquina analtica, e continha vrios conceitos presentes ainda

    hoje nos computadores modernos, como um dispositivo de entrada (uma

    leitora de cartes perfurados), dispositivos de sada (impressora e

    perfuradora de cartes), memria (capaz de armazenar mil nmeros) e uma

    unidade aritmtica (chamada de moinho). Sob vrios aspectos, a mquina

    diferencial antecipou o computador moderno em cem anos.

    Vieram muitas outras invenes, muitas mquinas de clculos que o

    homem foi construindo junto com sua modernidade. At chegar ao primeiro

    computador: o ENIAC, em 1945. Este realizava quinhentas multiplicaes

    por segundo, por meio de suas dezoito mil vlvulas. Depois as vlvulas

    foram substitudas por transistores que eram muito mais eficazes, menores e

    mais confiveis. Hoje, os circuitos integrados possuem uma nica pastilha

    de silcio, que por sua vez possuem milhes de transistores, isso baixa oconsumo de energia e as operaes so mais velozes e seguras.

    (Valente,1993).

    Desde a dcada de 70, quando foram inventados os primeiros

    microcomputadores, as evolues nesta rea foram gigantescas, o tamanho

    foi diminuindo e suas utilidades, funes e seus recursos foram aumentando

    e se adaptando em diversos setores da nossa vida. Hoje o computador se

    tornou uma mquina indispensvel em alguns setores sociais.

    Como vimos, o computador principalmente no final do sculo XX

    comeou a fazer parte do cotidiano e foi inserido nos vrios campos da

    sociedade e dos setores produtivos. Contudo, somente aos poucos que os

    computadores foram introduzidos nas escolas.

    Os computadores cada vez mais vo se integrando a escola e fazendo

    parte do cotidiano escolar dos alunos. E isso faz com que os professores

    procurem se adequar a esta nova tecnologia, que ser aliada em suas aulas.

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    A partir da, buscam formas de inseri-las em suas prticas pedaggicas

    educacionais, tendo em vista que o computador uma ferramenta que

    possui diversos recursos, que se bem utilizados, podem ser de grande valia

    na aprendizagem dos anos iniciais da educao infantil, nas diferentes

    disciplinas. Segundo Silvia Fichman, (2003) "O computador trouxe novas

    situaes de aprendizagem que o professor deve gerenciar". Portanto os

    professores precisam se capacitar por meio de cursos que ampliem seus

    conhecimentos em torno do computador e dos seus recursos para aplic-los

    com eficcia em suas prticas.

    Quantos aos alunos, a imaginao infantil muito grande, o

    envolvimento com o computador trar benefcios para sua vida social, j que

    o mundo digital uma realidade que vem se tornando mais constante em

    nossas vidas. "O que a criana capaz de fazer hoje em cooperao, ser

    capaz de fazer sozinha amanh".

    Portanto o nico tipo de aprendizagem aquele que caminha frente

    do desenvolvimento, servindo-lhe de guia, Freire: "A educao no se reduz

    tcnica, mas no se faz educao sem ela, utilizar computadores naeducao, em lugar de reduzir, pode expandir a capacidade critica e criativa

    de nossos meninos e meninas. Depende de quem o usar, a favor de que e

    de quem, e para qu. O homem concreto deve se instrumentalizar com os

    recursos da cincia e da tecnologia para melhor lutar pela causa de sua

    humanizao e de sua libertao." (FREIRE,1979).

    2. HISTRIA DA INFORMTICA NO BRASIL

    A utilizao de computadores na educao brasileira j era pensada na

    dcada de 1970. A Secretaria Especial de Informtica SEI, rgo executivo

    do Conselho de Segurana Nacional da Presidncia da Repblica, foi criada

    para incentivar a informatizao nos diversos setores da sociedade e

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    resolver os problemas da carncia tecnolgica e cientfica no Brasil.

    Segundo: MEC/Secretaria de Educao a Distncia).

    Para promover o desenvolvimento tecnolgico do pas era necessrio

    capacitar comunidade cientfica e tecnolgica. Por isso, formou-se uma

    comisso que iria propor aes de regulamentao da poltica de utilizao

    da tecnologia de informtica na educao, como objetivo de melhorar a

    qualidade da educao brasileira (REIS, 2001).

    Em 1981, foi realizado o I Seminrio Nacional de Informtica naEducao na Universidade de Braslia. Os especialistas recomendavam que

    as atividades de Informtica na educao deveriam levar em conta os

    aspectos culturais, sociais, polticos e pedaggicos da realidade brasileira.

    Segundo: MEC/ Secretaria de Educao a Distncia.

    Em 1982, o MEC, SEI e o CNPq promoveram, na Universidade Federal

    da Bahia, o II Seminrio Nacional de Informtica na Educao, com o

    objetivo de reunir novos enfoques da educao, da psicologia, da informtica

    e da sociologia para fundamentar a criao de projetos-piloto e viabilizar as

    aplicaes do computador em todas as modalidades do ensino: do Ensino

    Fundamental at o superior.

    A partir de 1982, o Ministrio da Educao MEC assumiu o

    compromisso de viabilizar a implantao de projetos de estudos e pesquisas

    sobre o uso de computadores na educao brasileira e criou o Centro de

    Informtica do MEC Cenifor, ligado Fundao Centro Brasileiro da TV

    Educativa Funtev, atualmente Fundao Roquete Pinto. Dessa iniciativa,

    foi aprovada, somente em 1983, a implantao do projeto EDUCOM

    Educao com Computador o Projeto Brasileiro de Informtica na

    Educao. Era a proposta oficial, financiada pelo Ministrio da Educao,

    para levar computadores s escolas pblicas brasileiras, com o objetivo de

    incorporar a informtica educativa no processo de ensino aprendizagem.

    Segundo: MEC/ Secretaria de Educao a Distncia.

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    As atividades dos centros-piloto do Projeto Educom foram realizadas

    em cinco universidades que firmaram convnio, somente em 1985, com a

    Funtev/MEC: as Universidades Federais do Rio Grande do Sul - UFRGS,

    Pernambuco UFPE, Minas Gerais UFMG, Rio de Janeiro UFRJ e

    Universidade Estadual de Campinas Unicamp. Mas as alteraes que

    ocorreram na administrao federal, com o fim do regime militar, em 1985,

    provocaram mudanas na administrao da Funtev/MEC e os centros-

    piloto do Projeto Educom foram prejudicados pela elevada inflao da poca

    e pelos atrasos dos repasses de verbas. Alm das dificuldades financeiras,

    havia tambm disputas internas que ameaavam paralisar a pesquisa para

    beneficiar o mercado de software educacional, provocando, em vriosmomentos, a descontinuidade do projeto.

    A partir de 1986, novos recursos foram designados para a pesquisa,

    como o 1 Congresso Nacional de Software Educativo e a implementao do

    projeto Formar, operacionalizados em dois cursos de especializao,

    realizados na Unicamp, em 1987 e 1989, com a finalidade de reunir e

    capacitar os professores indicados pelas secretarias estaduais de Educao

    e das escolas tcnicas federais. Destas aes, surgiram os Centros de

    Informtica Educativa CIEds em diferentes estados do Brasil, nos perodos

    de 1988 e 1989. O MEC iniciou as atividades de capacitao dos

    professores dos sistemas estaduais do ensino pblico, feito pelo Projeto

    FORMAR, oferecido pela Unicamp. Os professores capacitados deveriam

    implantar um Centro de Informtica Educativa o CIEd, junto Secretaria

    de Educao, mediante o apoio tcnico e financeiro do Ministrio da

    Educao, com o objetivo de preparar recursos humanos. Cada CIEd

    deveria formar equipes interdisciplinares de educadores, tcnicos e

    monitores para atender alunos e professores de educao bsica, educao

    especial e a comunidade em geral. Os CIEds funcionavam como centros

    irradiadores e multiplicadores da utilizao da tecnologia de informtica nas

    escolas pblicas brasileiras. Segundo MEC/Secretaria de Educao a

    Distncia.

    Atualmente, o projeto que atende a informtica no Brasil o ProInfo

    que o Programa Nacional de Informtica na Educao ele foi criando pela

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    Portaria n 522/MEC, de 09 de abril de 1997, com a funo de promover o

    uso pedaggico da informtica na rede pblica de ensino fundamental e

    mdio. necessrio ressaltar que a partir do momento em que o governo

    brasileiro decidiu implantar a informtica educativa no pas, j havia algumas

    preocupaes em saber como esta nova tecnologia seria utilizada, partindo

    do principio que ela seria um meio auxiliar no processo ensino-

    aprendizagem, e para que isso realmente funcionasse era preciso que os

    professores passassem por uma capacitao, para lidarem com a

    informtica educacional, e isto um problema que ainda hoje faz parte da

    nossa realidade. Segundo: MEC/ Secretaria de Educao a Distncia.

    3. A CAPACITAO DOS PROFESSORES PARA O USO DA

    INFORMTICA NA EDUCAO

    No mundo em que vivemos necessrio que a informtica integre a

    educao, pois esta tambm deve fazer parte da formao do cidado,

    tendo em vista que no futuro isso ser exigido dele como pr-requisito.

    Borba (2001) esclarece que o acesso a informtica deve ser visto como

    um direito e, portanto, nas escolas publicas e particulares o estudante deve

    poder usufruir uma educao que no momento atual inclua, no mnimo, uma

    "alfabetizao tecnolgica. E que esta alfabetizao deve ser entendida no

    como um curso de Informtica, mas, sim, como um aprender a ler essa nova

    mdia. Ele ainda afirma que o computador deve ser inserido em atividades

    essenciais, tais como aprender a ler, escrever, compreender textos,

    entender grficos, contar, desenvolver noes espaciais etc. E que deste

    modo, a informtica na escola passa ser parte da resposta a questes

    ligadas cidadania.

    Para que a insero do computador ocorra de maneira significativa, a

    capacitao do professor e essencial. Assim possvel que se alcancem osobjetivos propostos no processo educacional. O professor tem que conhecer

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    esta tecnologia, pois atravs disto que ele saber como utiliz-la nas suas

    prticas pedaggicas. Mas esta capacitao deve ser constante, por que a

    tecnologia computacional est sempre avanando e se renovando, e isto

    acontece num espao de tempo muito curto. Segundo Almeida, 1997:

    "No uma formao apenas na dimenso pedaggica e nem uma

    formao justaposio entre teorias educacionais, tcnicas e domnio da

    tecnologia. Trata-se de uma formao que mobiliza a multidimensionalidade

    do ser para articular a prtica, a reflexo, a investigao e as teorias

    requeridas para revelar a razo do ser da prtica e promover a

    transformao na ao pedaggica". (Almeida, 1997).

    no processo de capacitao que os professores devero aprender

    conhecimentos bsicos de informtica, adaptao desta tecnologia com as

    propostas pedaggica, didtica, projetos que envolvam os diferentes

    contedos, enfim, as vrias possibilidades de trabalhar na educao com o

    uso do computador.

    O professor precisa conhecer e saber interagir com o universo da

    criana e, com naturalidade, utilizar-se de recursos criativos para estimular o

    imaginrio, valorizando cada estgio do processo de aprendizagem. Cabe

    ao professor utilizar-se de recursos pedaggicos para despertar o potencial

    de cada aluno no contexto inserido.

    4. AS PRTICAS PEDAGGICAS USANDO O COMPUTADOR

    O computador e seus recursos podem ser explorados de diversas

    formas pelos professores nas suas prticas pedaggicas. De acordo com

    Fonseca (2001, p.2) "A verdadeira funo do professor no deve ser a de

    ensinar, mas sim de criar condies de aprendizagem".

    O professor poder utiliz-lo por disciplina, para reforar os contedos

    que foram trabalhados em sala de aula, adequando o uso computador ao

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    enfoque da sua matria, e tambm nos projetos educacionais em que a

    informtica poder ser desenvolvida com todos os alunos, partindo de um

    objetivo proposto pela escola.

    Antes da abordagem pedaggica do computador, importante fazer

    uma abordagem tambm social para que os alunos possam saber alguns

    contedos tecnolgicos desta mquina, isso far com que atividade

    pedaggica seja bem mais produtiva.

    As formas de se utilizar a informtica no processo ensino-

    aprendizagem podem acontecer atravs das modalidades de Logo, que

    um software mais usado nos projetos educacionais e foi a primeira

    linguagem de programao feita para crianas.

    importante adequar o software com a necessidade educacional

    almejada pelo professor, usando os benefcios do mesmo, j que os

    softwares ajudam a ensinar, aprender, simular, estimular a curiosidade e

    produzir trabalhos com maior qualidade.

    Mas para que a prtica pedaggica computacional funcione bem,

    preciso agregar tudo isso a dinamizao e criatividade do professor, afinal

    ele conduzir o modo de utilizao desta tecnologia em suas aulas.

    Os softwares devem oportunizar uma maior interao entre o aluno, o

    professor e o ambiente de aprendizagem.

    5. SOFTWARE LIVRE NAS ESCOLAS PBLICAS

    O termo Software Livre tem ocupado lugar de destaque nas pesquisas

    sobre tecnologia e educao. Mas afinal, o que Software Livre?

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    Software Livre (Free Software) o software disponvel com a

    permisso para qualquer um us-lo, copi-lo e distribu-lo, seja na sua forma

    original ou com modificaes, seja gratuitamente ou com custo. Em especial,

    a possibilidade de modificaes implica em que o cdigo fonte esteja

    disponvel. Se um programa livre, potencialmente ele pode ser includo em

    um sistema operacional tambm livre.

    importante no confundir software livre com software grtis porque a

    liberdade associada ao software livre de copiar, modificar e redistribuir

    independe de gratuidade. Existem programas que podem ser obtidos

    gratuitamente, mas que no podem ser modificados, nem redistribudos.

    Segundo a filosofia free software, a caracterstica mais importante a

    liberdade de usar, copiar, modificar e redistribuir.

    A educao o setor para diversos especialistas, que oferecer maior

    potencial de crescimento nos prximos anos. A iniciativa privada vem

    explorando diversas possibilidades nesta rea, estabelecendo parcerias e

    lanando razes em um mercado em expanso e com necessidades nas

    mais diversas reas, desde a educao formal a cursos profissionalizantes.

    O uso do computador na educao, seja em cursos totalmente a distncia

    como naqueles onde o computador apenas um item a mais, propiciando

    melhor acesso a professores, material didtico e outras atividades, sem

    dvida algo imprescindvel.

    O software livre, embora no seja uma soluo universal, pode

    contribuir significativamente para a disseminao e uso em larga escala desolues eficientes e de baixo custo para a educao, a distncia e mediada

    por computador. As quantidades de relatos do uso bem sucedido do

    software livre em escolas e universidades so prova da viabilidade desta

    alternativa. Apesar do preconceito em geral contra o emprego de solues

    baseadas em software livre para a educao em geral, os casos de sucesso

    so numerosos e representam uma prova eloqente de sua viabilidade.

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    6. SISTEMA OPERACIONAL USADO NAS ESCOLAS

    Todo computador precisa, alm das partes fsicas (hardware), de

    programas (softaware) que faam essa parte fsica funcionarem

    corretamente. Existem vrios programas para vrias funes, como digitartextos, desenhar, calcular e muitas outras.

    Para poder utilizar os programas que tm funo definida (como os

    citados acima), necessrio que o computador tenha um programa

    chamado Sistema Operacional. O SO (abreviao que vamos usar a partir

    de agora para substituir Sistema Operacional) o primeiro programa a

    acordar no computador quando este ligado, ou seja, quando ligamos o

    computador, o SO automaticamente iniciado, fazendo com que o usurio

    possa dar seus comandos ao computador.

    Entre as atribuies do SO, esto: o reconhecimento dos comandos do

    usurio, o controle do processamento do computador, o gerenciamento da

    memria, etc. Resumindo, quem controla todos os processos do computador

    o sistema operacional, sem ele o computador no funcionaria.

    Os novos computadores que sero distribudos para as escolas

    pblicas viro com sistema operacional Linux. H muitas razes para isso,

    mas a principal delas a garantia de autonomia e de independncia

    operacional no uso das tecnologias de informao e comunicao para as

    escolas.

    Ao escolher pela utilizao de programas proprietrios, as empresas,

    as escolas e as pessoas ficam sempre na dependncia de seu fabricantepara cada novo recurso que se quer utilizar.

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    Pessoas que possuam um scanner antigo (acessrio que digitaliza

    imagens) ou uma cmera digital antiga talvez no consigam utiliz-los com

    as verses mais novas do Windows. Por outro lado, quem tem um

    computador com verso antiga do Windows no consegue usar de maneira

    satisfatria os programas mais recentes. No consegue porque os donos

    desses programas os desenvolvem apenas para as verses mais modernas

    do sistema operacional. E no se pode modificar o Windows que se tem

    para que ele se adapte aos novos recursos que se pretende usar. Por ser

    este um programa proprietrio, apenas a empresa que detm seu direito

    autoral possui acesso aos cdigos de instrues dos programas para

    modific-lo.

    Usando programas livres nas escolas, quando um novo recurso

    lanado, pode-se montar um grupo para adaptar o sistema e faz-lo aceitar

    o novo recurso. Isso porque o cdigo fonte pblico, todos tm acesso a ele

    e, quem sabe programar na linguagem em que ele foi escrito pode modific-

    lo.

    A utilizao de tecnologias livres amplia a liberdade de escolha, aautonomia tecnolgica e o desenvolvimento de capacidades/mercados

    locais. Com o uso de programas livres, os administradores e professores, de

    qualquer escola, podero continuar a usar o(s) equipamento(s) por um

    perodo muito maior.

    7. CUSTO DO COMPUTADOR E DOS PROGRAMAS

    Deve-se ainda enfrentar as questes relacionadas aos custos, mesmo

    que no sejam professores os que diretamente tomam as decises, nesses

    aspectos, o resultado deste investimento se mostra diretamente na escola,

    nas propostas que passam a ser possveis de ser implementadas ou no.

    Um computador, para funcionar, precisa ter programas instalados.

    Quando so utilizados programas proprietrios, o custo costuma chegar ao

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    dobro do preo de um computador comum em razo das licenas que paga-

    se para utiliz-los. Isso se for utilizados apenas os programas mais comuns

    (pacote Office e sistema operacional), sem incluir nenhum programa

    educativo especial.

    Usando programas livres, tipicamente faz-se, num primeiro momento,

    investimento equivalente em vulto financeiro, mas no na compra de

    licenas de uso e sim em treinamento inicial e suporte.

    O grande diferencial que se cria e se instala cultura na comunidade.

    Investindo na formao em lugar de licenas de uso, so ampliadas as

    possibilidades de trabalho para a populao local, em competncia

    profissional/tecnolgica e em autonomia no uso das tecnologias de

    informao e comunicao. Isto liberdade: liberdade de criao, de uso e

    de escolha.

    O Ministrio da Educao pretende instalar 356.800 terminais Linux em

    escolas pblicas do Brasil. Inicialmente as informaes indicavam que a

    tecnologia de virtualizao Userful Multiplyer iria prover grande economia,

    com custo de menos de US$50,00 por terminal, mas no inclui monitores,

    teclados ou mouses. E que talvez seja necessrio comprar placas de vdeos

    adicionais para os PCs.

    O hardware de compartilhamento foi desenvolvido pela ThinNetworks e

    os servios de instalao, manuteno on-site e fornecimento dos

    equipamentos (computadores, monitores, teclados e mouses) ficaro por

    conta das empresas Daruma, Itautec e Positivo.

    O sistema operacional a ser utilizado ser o Linux Educacional 3.0,

    baseado na distribuio Kubuntu 8.04 e trazendo diversas novidades em

    relao distribuio anterior. Podemos destacar, alm das atualizaes de

    software: o novo Desktop, EduBar, ferramenta de busca, repositrio Debian

    de contedos e o Live-CD. Nesta verso do Linux Educacional, foi

    desenvolvida uma aplicao Java de nome EduBar, cujo o objetivo facilitar

    o acesso aos contedos educacionais. A aplicao abre uma barra

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    localizada na parte superior da rea de Trabalho, composta por cinco

    botes, dentre eles o boto Domnio Pblico e o TV Escola.

    Alm do sistema operacional Linux o computador possui vrios outros

    softwares livres e tambm chegam s salas de aula repletos de contedos

    digitais, como hinos nacionais, mais de 200 objetos de aprendizagem, 800

    vdeos educacionais da programao da TV Escola, mais de 1.800 textos de

    literatura em portugus, espanhol e ingls, alm de 50 aplicativos

    educacionais livres, contemplando as grades de fsica, qumica, biologia,

    matemtica, geografia, histria e portugus.

    APLICATIVO PEDAGGICO GCOMPRIS

    Com ele possvel se trabalhar diversas habilidades cognitivas. A

    interface colorida, bonita e bem chamativa. Essa aplicao foi

    desenvolvida por um francs, Gcompris, em francs significa eu entendi.

    Tem aplicaes tanto para crianas de 2 a 6 anos como para crianas

    maiores.

    Abaixo algumas funes do Gcompris com detalhes.

    Blinken: um jogo de memria similar ao brinquedo antigo

    Genius da estrela. Excelente mdulo para trabalhar a memrias das c

    rianas.

    Kalzium: Tabela Peridica completa.

    Kanagram: um jogo de confuso de palavras, indicado para o

    ensino da lngua portuguesa.

    Kbruch: Atividades com operaes de soma, subtrao, multiplicao

    e diviso de fraes, fatorao, comparao de valores e converso.

    Ktouch: Prtica de digitao. Aprenda ou aperfeioe sua digitao

    com o auxlio de estatsticas e nveis de dificuldade automticos.

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    Atomix: Jogo para o aprendizado de elementos qumicos.

    Kgeography: Mdulo voltado para a geografia, sendo possvel

    visualizar bandeiras de determinada regio, mapa, capital e diversos

    outros recursos.

    10. CONCLUSO.

    Com o avano da tecnologia possvel pensar que no futuro, desktops

    substituiro as carteiras, o Word estar no lugar dos cadernos e a caneta

    perder seu posto para o teclado. essa a viso que muitos tm da escolado futuro, um lugar onde o papel ser lenda e haver computadores por

    todos os lados.

    No trabalho com o computador no ensino fundamental, percebemos o

    quanto as crianas se divertem e aprende com o uso do computador, quanto

    os educadores podem utilizar o computador como gerador de estmulos s

    inteligncias, para desenvolver competncias, ativar relaes sociais,

    ensinar procedimentos e propor atitudes para um desenvolvimento saudvel

    e integral.Evidenciamos no uso da informtica educativa que os alunos do

    ensino fundamental experimentam, aprimoram o desenvolvimento e a

    aprendizagem percebendo a alegria de entender que o laboratrio de

    informtica como um espao acima de tudo prazeroso, onde a relao de

    professor e aluno ultrapassa as formalidades convencionais.

    Enfim, existe uma eficcia no aprendizado do aluno quando h

    utilizao do computador como mediador no ensino das demais disciplinas.

    Cabe ento ao professor somar teoria e prtica (informtica, jogos, internet)

    para que o objetivo da insero do computador na prtica da educao seja

    alcanado satisfatoriamente.

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