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1 Curso de Licenciatura em Pedagogia Artigo Original OS DESAFIOS DA INSERÇÃO DO PEDAGOGO EM ESPAÇOS NÃO ESCOLARES: UMA ANÁLISE BASEADA NA ATUAÇÃO DAS PEDAGOGAS DO INSS. EXAMPLE OF CONSTRUCTION AND FORMATTING OF A SCIENTIFIC ARTICLE Iolanda Monteiro Lima 1 , Marluce Mendonça Rodrigues 1 , Rosângela Laura Picoli 2 1 Alunas do Curso de Licenciatura em Pedagogia. 2 Professora Orientadora do Curso de Pedagogia. Resumo Este estudo tem por objetivo analisar os desafios da inserção do pedagogo em espaços não escolares. Para tanto, são abordados alguns tópicos sobre a educação, a Pedagogia, o pedagogo, o perfil desse profissional, os vários espaços não escolares de sua atuação o papel mediador do pedagogo nas relações sociais e a atuação das pedagogas no Instituto Nacional do Seguro Social – INSS. A metodologia utilizada quanto aos meios de investigações foram à pesquisa bibliográfica, baseada em alguns autores como Libâneo (1999); Holtz (2006); Ribeiro (2010), dentre outros de relevância para o tema. Assim como a pesquisa de estudo de caso e entrevista que contribuíram na aquisição de informações para a construção do trabalho. Os resultados obtidos no estudo de caso foram adquiridos por meio de um questionário aplicado a 03 (três) pedagogas do Instituto Nacional do Seguro Social localizado em uma Agência do Distrito Federal, com o propósito de destacar a prática do pedagogo nos espaços não escolares, as realizações, as perspectivas e os desafios da sua atuação, o perfil do pedagogo para atuar no INSS, papel mediador e facilitador do pedagogo nesta instituição. Os resultados teóricos e práticos puderam ser comparados com o propósito de destacar os possíveis desafios enfrentados pelo pedagogo na sua atuação, tornando-se evidente que o pedagogo pode atuar em vários espaços não escolares, como empresas, hospitais, ONGs, órgãos públicos, e dentre outros. Palavras-Chave: Pedagogia Empresarial; desafio profissional; espaços não escolares. Abstract This study aims to analyze the challenges of entering the teacher in non-school spaces. Therefore, few topics about education, pedagogy, the teacher, the profile of this professional, the various non-school areas of its operations the mediating role of the teacher in social relations and the role of pedagogues in the National Social Security Institute - INSS. The methodology used as the means of investigation were the literature, based on some authors as Libâneo (1999); Holtz (2006); Ribeiro (2010), among others of relevance to the topic. As well as case study research and interview who contributed to the acquisition of information for the construction work. The results of the case study were acquired through a questionnaire applied to 03 (three) pedagogues of the National Social Security Institute located in an agency of the Federal District, in order to highlight the practice of educator in non-school spaces, achievements, prospects and challenges of its operations, the educator profile to act in the INSS, mediator and facilitator of the educator in this institution. The theoretical and practical results could be compared in order to highlight the potential challenges faced by the teacher in his performance, making it clear that the teacher can act in various non-school spaces such as businesses, hospitals, NGOs, government agencies, and among other. Keywords: Business Education; professional challenge; non-school spaces. Contato: [email protected]; [email protected]. Introdução A globalização mundial advinda com os avanços tecnológicos e a cobrança excessiva do mercado de trabalho por profissionais mais qualificados e preparados para atuarem nas organizações, acentua a necessidade de aquisição de profissionais da educação capacitados para auxiliar os funcionários e colaboradores na busca do conhecimento necessário ao desenvolvimento dos seus trabalhos. O pedagogo é o profissional de grande relevância aos espaços não escolares, pois

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Curso de Licenciatura em Pedagogia Artigo Original

OS DESAFIOS DA INSERÇÃO DO PEDAGOGO EM ESPAÇOS NÃO ESCOLARES: UMA ANÁLISE BASEADA NA ATUAÇÃO DAS PEDAGOGAS DO INSS. EXAMPLE OF CONSTRUCTION AND FORMATTING OF A SCIENTIFIC ARTICLE Iolanda Monteiro Lima1, Marluce Mendonça Rodrigues1, Rosângela Laura Picoli2 1 Alunas do Curso de Licenciatura em Pedagogia. 2 Professora Orientadora do Curso de Pedagogia.

Resumo Este estudo tem por objetivo analisar os desafios da inserção do pedagogo em espaços não escolares. Para tanto, são abordados

alguns tópicos sobre a educação, a Pedagogia, o pedagogo, o perfil desse profissional, os vários espaços não escolares de sua

atuação o papel mediador do pedagogo nas relações sociais e a atuação das pedagogas no Instituto Nacional do Seguro Social –

INSS. A metodologia utilizada quanto aos meios de investigações foram à pesquisa bibliográfica, baseada em alguns autores como

Libâneo (1999); Holtz (2006); Ribeiro (2010), dentre outros de relevância para o tema. Assim como a pesquisa de estudo de caso e

entrevista que contribuíram na aquisição de informações para a construção do trabalho. Os resultados obtidos no estudo de caso foram

adquiridos por meio de um questionário aplicado a 03 (três) pedagogas do Instituto Nacional do Seguro Social localizado em uma

Agência do Distrito Federal, com o propósito de destacar a prática do pedagogo nos espaços não escolares, as realizações, as

perspectivas e os desafios da sua atuação, o perfil do pedagogo para atuar no INSS, papel mediador e facilitador do pedagogo nesta

instituição. Os resultados teóricos e práticos puderam ser comparados com o propósito de destacar os possíveis desafios enfrentados

pelo pedagogo na sua atuação, tornando-se evidente que o pedagogo pode atuar em vários espaços não escolares, como empresas,

hospitais, ONGs, órgãos públicos, e dentre outros.

Palavras-Chave: Pedagogia Empresarial; desafio profissional; espaços não escolares.

Abstract This study aims to analyze the challenges of entering the teacher in non-school spaces. Therefore, few topics about education,

pedagogy, the teacher, the profile of this professional, the various non-school areas of its operations the mediating role of the teacher in

social relations and the role of pedagogues in the National Social Security Institute - INSS. The methodology used as the means of

investigation were the literature, based on some authors as Libâneo (1999); Holtz (2006); Ribeiro (2010), among others of relevance to

the topic. As well as case study research and interview who contributed to the acquisition of information for the construction work. The

results of the case study were acquired through a questionnaire applied to 03 (three) pedagogues of the National Social Security

Institute located in an agency of the Federal District, in order to highlight the practice of educator in non-school spaces, achievements,

prospects and challenges of its operations, the educator profile to act in the INSS, mediator and facilitator of the educator in this

institution. The theoretical and practical results could be compared in order to highlight the potential challenges faced by the teacher in

his performance, making it clear that the teacher can act in various non-school spaces such as businesses, hospitals, NGOs,

government agencies, and among other.

Keywords: Business Education; professional challenge; non-school spaces.

Contato: [email protected]; [email protected].

Introdução

A globalização mundial advinda com os avanços tecnológicos e a cobrança excessiva do mercado de trabalho por profissionais mais qualificados e preparados para atuarem nas

organizações, acentua a necessidade de aquisição de profissionais da educação capacitados para auxiliar os funcionários e colaboradores na busca do conhecimento necessário ao desenvolvimento dos seus trabalhos. O pedagogo é o profissional de grande relevância aos espaços não escolares, pois

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atua sobre as relações sociais dos funcionários nesses estabelecimentos em busca dos objetivos da aprendizagem. Essa ação contribui para todos, tanto aos funcionários, às organizações, à sociedade, ao mercado de trabalho e aos próprios pedagogos.

Este trabalho tem como objetivo analisar os desafios da inserção do pedagogo em espaços não escolares. Para isso verificou-se que seria importante fazer pesquisas bibliográficas que apresentem os desafios e os espaços não escolares de atuação desse profissional. Desta forma, foram usadas referências fundamentadas em autores como Libâneo (1999); Holtz (2006); Ribeiro (2010), dentre outros de relevância para o tema. Os resultados alcançados através das pesquisas possibilitam apresentar os desafios enfrentados pelos pedagogos nos contextos sociais, levando os leitores a compreenderem a importância social desse profissional fora do ambiente escolar e comparar os apontamentos técnicos com a atuação dos pedagogos em espaços não escolares do Distrito Federal, especialmente no Instituto Nacional do Seguro Social- INSS.

Neste caso, o pedagogo entra como o mediador e facilitador das práticas educativas auxiliando na transmissão do conhecimento para as pessoas, de forma a trabalhar as relações sociais e humanitárias, proporcionando à socialização, a aprendizagem, a capacitação e o crescimento dos funcionários no desenvolvimento de seus conhecimentos para melhor aplicá-los no seu dia a dia, tornando o seu ambiente de trabalho mais acolhedor e produtivo.

Neste contexto, o estudo contribui para evidenciar os desafios que o pedagogo enfrenta ao inserir-se em espaços não escolares e demonstrar meios que favoreçam e proporcionem melhorias sobre esses aspectos e atuação dos pedagogos na contemporaneidade, de maneira a possibilitar uma análise das práticas educativas do pedagogo dentro dos vários espaços não escolares.

Materiais e Métodos

Segundo Moresi, 2003, a presente pesquisa é classificada quanto à natureza, à abordagem, aos fins e aos meios de investigações. Entende se por pesquisa de natureza aplicada, os objetivos que geram conhecimentos para aplicação prática dirigida à solução de problemas específicos que envolvem verdades e interesses locais.

De acordo com Moresi, 2003, a pesquisa pode ser:

Quanto à pesquisa de abordagem quantitativa é considerada que tudo pode ser quantificável, o que significa traduzir em números opiniões e informações para classificá-las e analisá-las. Requer o uso de recursos e de técnicas estatísticas

(percentagem, média, moda, mediana, desvio-padrão, coeficiente de correlação, análise de regressão, etc.) (MORESI, 2003, p. 8).

Uma pesquisa também pode ser classificada quanto aos fins. O autor destaca que:

Quanto aos fins, é classificada em pesquisa descritiva, investigativa explicativa e pesquisa metodológica. Sendo entendidas por pesquisa descritiva, as características de determinada população ou de determinado fenômeno. Pode também estabelecer correlações entre variáveis e definir sua natureza. Não tem compromisso de explicar os fenômenos que descreve, embora sirva de base para tal explicação. (MORESI, 2003, p. 9).

A pesquisa também pode ser destacada de acordo com Moresi (2003, p.10-11) quanto aos meios de investigações sendo:

Quanto aos meios de investigações, são usadas pesquisas de campo, pesquisa bibliográfica, estudo de caso e entrevistas. A pesquisa de campo é entendida como a investigação empírica realizada no local onde ocorre ou ocorreu um fenômeno ou que dispõe de elementos para explicá-lo. Pode incluir entrevistas, aplicação de questionários, testes e observação participante ou não. (MORESI, 2003, p. 10, 11).

Na realização deste trabalho adotou-se quanto aos meios de investigação à pesquisa bibliográfica, estudo de caso e entrevista por meio de aplicação de questionário, com o objetivo de fazer um apanhado das informações adquiridas na prática com as obtidas na pesquisa bibliográfica.

Instituto Nacional do Seguro Social - INSS A pesquisa foi realizada com as Pedagogas

do Instituto Nacional do Seguro Social – INSS que receberam questionários encaminhados via correio eletrônico (Apêndice 01). Todas as profissionais retornaram à solicitação.

O questionário foi elaborado pelas autoras e está composto por 09 (nove) questões abertas e 19 (dezenove) questões fechadas. Estas questões estão divididas em 03 (três) módulos específicos: O primeiro módulo capta dados pessoais e profissionais das Pedagogas; o segundo módulo aborda a prática do Pedagogo no INSS, destacando as realizações, os desafios e as perspectivas; e o terceiro é sobre as percepções das Pedagogas em espaços não escolares.

Os dados coletados pelos questionários foram compilados por meio de gráficos, ilustrações e tabelas, analisados e comparados com as fontes teóricas ampliando os resultados esperados garantindo sua eficácia.

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Após, o trabalho pronto será encaminhado para as Pedagogas do Instituto Nacional do Seguro Social para avaliarem o estudo.

Resultados

Educação, Pedagogia e o perfil do Pedagogo.

A educação, a Pedagogia e o pedagogo são integrantes essenciais e inseparáveis que permeiam na sociedade com suas relevâncias e significâncias para o meio educacional, com propósitos voltados para a disseminação da aprendizagem na vida das pessoas, diante disso, será enfatizado cada um desses integrantes para uma melhor compreensão da importância que eles representam para no meio social.

Assim, Dewey (1979, p. 83) apud Libâneo (1999, p.67) define que:

Educação não é a preparação para a vida, ela é a própria vida (...). A educação é uma constante reconstrução ou reorganização da nossa experiência, que opera uma transformação direta da qualidade da experiência.

Brandão (1981, p, 18) apud Libâneo (1999) comenta que:

Ninguém escapa da educação. Em casa, na rua, na igreja ou na escola, de um modo ou de muitos, todos nós envolvemos pedaços da vida com ela: para aprender, para ensinar, para aprender e ensinar. Para saber, para fazer, para ser ou para conviver, todos os dias misturados a vida com a educação. Com uma ou com várias: Educações. (...) não há uma forma única nem um único modelo de educação; a escola não é o único lugar em que ela acontece e talvez nem seja o melhor; o ensino escolar não e a única prática, e o professor profissional não é seu único praticante.

A educação, por sua vez, está inserida na vi-da das pessoas, independentemente do local a que elas frequentam, desde o espaço familiar, escolar ou social. Todos são integrantes e disseminadores da educação necessitando dela para o seu desen-volvimento pessoal, social e profissional.

Educação, portanto, é o conjunto de influen-cias, de ações e de sugestões, exercidas so-bre as pessoas no sentido de aproveitar de maneira progressiva, todas as suas possibili-dades, no interesse individual e também no interesse coletivo, para que elas se tornem aptas a viverem nos seus ambientes, contri-buindo o melhor possível para o bem estar e o progresso da sociedade. (HOLTZ, 2004, p.14) O conjunto de influências exercida por meio

da educação faz com que as pessoas consigam

progressivamente a aquisição de conhecimentos que farão parte de suas convivências na sociedade.

A Lei nº 9.394 de 1996, conhecida como a LDB - Lei de Diretrizes e Bases da Educação, em seu art. 1° fala que:

A educação abrange os processos formativos que se desenvolvem na vida familiar, na convivência humana, no trabalho, nas instituições de ensino e pesquisa, nos movimentos sociais e organizações da sociedade civil e nas manifestações culturais.

Nota-se que a educação abrange um vasto contexto diversificado na vida das pessoas, incluin-do os espaços familiares, como também os variados espaços existentes na sociedade que contribuem, no entanto para o processo formativo do indivíduo.

Holtz (2004, p.11) destaca que a educação é

o processo de formação da personalidade de uma pessoa com todas as influências recebidas durante toda a sua vida, em todos os momentos e em todos os lugares.

Assim como a educação tem sua relevância na vida das pessoas, a Pedagogia tem seu papel e significância para a humanidade, neste caso, Libâneo (1999, p.7) fala que “A pedagogia é uma reflexão teórica a partir e sobre as práticas educativas”. Essas práticas educativas ocorrem praticamente em todos os lugares a que existem pessoas reunidas, sejam em ambientes formais ou não formais.

De acordo com Franco; Libâneo; Pimenta (2007, p.89) apud Felden et al., (2013, p. 81):

O papel da Pedagogia é promover mudanças qualitativas no desenvolvimento e na aprendizagem das pessoas, visando ajudá-las a se constituírem como sujeitos, a melhorar sua capacidade de ação e as competências para viver e agir na sociedade e na comunidade. Diante disso, percebe-se que a Pedagogia

possibilita mudanças significativas na vida das pessoas capaz de desenvolver seus conhecimentos de forma a contribuir para o processo de convivência social.

Com base em Beillerol (1985) apud Libâneo

(2001) destaca que estamos em uma sociedade genuinamente pedagógica. Pelo fato das práticas educativas permearem praticamente todos os lugares da sociedade.

As práticas educativas estão presentes desde os contextos familiares até os espaços sociais, como ambientes de trabalho, contextos culturais, meios de comunicação dentre outros que contribuem na disseminação da informação.

Libâneo (1999, p.22) define Pedagogia como:

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O campo do conhecimento que se ocupa do estudo sistemático da educação, isto é, do ato educativo, da prática educativa concreta que se realiza na sociedade como um dos ingredientes básicos da configuração da atividade humana.

Tanto a Pedagogia, como as práticas educativas desenvolvidas pelo pedagogo, são integrantes importantes que contribuem na disseminação do conhecimento para as pessoas em suas diversas atividades sociais.

Baseado em Holtz (2006, p. 28) apud Silva; Macêdo (2008, p.4) definem que a Pedagogia:

Estuda e aplica doutrinas e princípios para um programa de ação, com os meios mais eficientes de formação, aperfeiçoamento e estímulo das faculdades da personalidade humana, de acordo com ideais e objetivos adequados a uma determinada concepção de vida.

De acordo com Holtz (2006, p.27), a Pedagogia é definida como “a ciência e a arte da educação”.

A Pedagogia nasceu, depois do Pedagogo, como a ciência e a arte da Educação, e tem como objetivo a prática de todos os meios mais eficazes de conduzir o comportamento das pessoas a uma mudança desejável e benéfica para a realização de uma vida mais plena. (HOLTZ, 2004, p. 11)

Neste caso, a Pedagogia é tida como obras educativas que trabalham com a transmissão do conhecimento em prol da formação humana, tendo por sua vez objetivos específicos que é a disseminação da aprendizagem.

Assim como a educação, a Pedagogia e o pedagogo são instrumentos inseparáveis que auxiliam na transmissão e desenvolvimento do conhecimento na vida das pessoas. Neste caso, o pedagogo é um profissional que requer muita sabedoria e conhecimentos para atuar em favor do desenvolvimento da educação a que ele é preparado para desempenhar em seu papel. Para melhor entender a importância desse profissional para a sociedade, será citada algumas definições a respeito do pedagogo.

Libâneo (1999, p.25) determina que:

O pedagogo é o profissional que atua em várias instâncias da prática educativa, direta ou indiretamente ligadas à organização e aos processos de transmissão e assimilação de saberes e modos de ação, tendo em vistos objetivos de formação humana previamente definida em sua contextualização histórica.

De acordo com Holtz (2004, p.11), o Pedago-go é o profissional especialista em conduzir o com-

portamento das pessoas, para uma mudança em direção aos objetivos da Educação.

Dessa forma, o pedagogo atua nas práticas

educativas como mediador e condutor do conheci-mento para as pessoas na aquisição de seus sabe-res necessários a sua relação social e pessoal.

O pedagogo, para atuar em várias instâncias da prática educativa voltados para os espaços não escolares, requer um perfil adequado para encaixar-se em todas as atuações existentes no mercado. Diante disso, Pirozzi (2014, p.13) destaca alguns perfis necessários ao pedagogo como:

A formação específica, ser um profissional flexível, com boa comunicação e comprometimento, sabendo administrar conflitos, conseguir trabalhar sobre pressão (resiliência), ser eficiente e eficaz, ser criativo, demonstrar dinamismo, habilidade de planejamento, monitoramento e avaliação, dentre outros aspectos. Nota-se que a formação específica do

pedagogo é o perfil essencial que ele deve ter para atuar nos vários espaços sociais que necessitem trabalhar com a disseminação das práticas educativas. Essa formação contribui para aquisição de informações e conhecimentos necessários pra se trabalhar com as práticas educativas.

A evolução da tecnologia e a competitividade do mercado de trabalho atualmente tornam exigente à escolha das pessoas para compor o quadro de funcionários nas organizações. Neste caso, são requisitados profissionais capacitados para atuarem com as práticas educativas no desenvolvimento e disseminação do conhecimento. Os requisitos desejáveis que o mercado procura são:

Visão complexa, organização, flexibilidade para absorver e reagir às transformações nos tempos atuais, criatividade, um profissional pró-ativo, analítico, com habilidade para solução de problemas e tomada de decisões, capacidade de trabalhar em equipe e ter espírito de inovação. (JESUS; SILVA; TORRES (2009, p.3).

De acordo com Ribeiro (2010), o pedagogo deve possuir uma visão de mundo mais ampla de modo que se possam propor projetos que interfiram positivamente no comportamento das pessoas.

Diante disso, o pedagogo para atuar nos espaços não escolares requer conhecimentos amplos que abordem vários contextos da sociedade, sendo por sua vez fatores essenciais para a sua inserção no mercado de trabalho.

O Pedagogo em espaços não escolares

Diante da globalização mundial e os avanços da tecnologia, a necessidade de profissionais no

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mercado de trabalho mais preparados e qualificados para assumirem a exigência estabelecida pelas organizações trabalhistas ganha relevância.

Organização por sua vez é definida por Bertran; Guillemet (1988, p. 14) apud Ribeiro (2010, p. 99), como:

Um sistema situado em um meio que compreende: um subsistema cultural (intenções, finalidades, valores, convicções), um subsistema tecnocognitivo (conhecimento, técnicas, tecnologias e experiência), um subsistema estrutural (uma divisão formal e informal do trabalho), um subsistema psicossocial (pessoas que têm relações entre elas), assim como um subsistema de gestão (planificação, controle e coordenação). (RIBEIRO, 2010, p. 99)

A tecnologia é definida por Ribeiro (2010, p. 127), como o conjunto dos conhecimentos, métodos, técnicas e matérias utilizadas nos processos de transformação.

De acordo com Alves; Zuse (2004, p.95), sabe-se:

Que o mercado de trabalho está cada vez mais competitivo e dá preferência a profissio-nais capacitados e qualificados, diante disso, há a necessidade de o pedagogo atuar na capacitação, relações interpessoais e, tam-bém, na educação de valores sociais, entre outras ações.

Diante dessa realidade, surge a necessidade

de um profissional da educação preparado especificamente para dar suporte nas instituições sociais de forma a mediar o conhecimento de acordo com a necessidade e vivência social.

Se esta é uma demanda social, deve-se estabelecer leis e normas que assegurem aos pedagogos sua inserção no mercado de trabalho, assim esse profissional pode atuar de forma segura e inclusiva de acordo com sua formação exigida nos cursos de Pedagogia.

Neste caso a Resolução CNE/CP Nº 1 de 15 de maio de 2006, que Institui as Diretrizes Curriculares Nacionais para o Curso de Graduação em Pedagogia, Licenciatura. Define em seu artigo 4º, incisos II e III, fala da formação inicial do curso de Pedagogia:

Art. 4º O curso de Licenciatura em Pedagogia destina-se à formação de professores para exercer funções de magistério na Educação Infantil e nos anos iniciais do Ensino Fundamental, nos cursos de Ensino Médio na modalidade Normal de Educação Profissional na área de serviços e apoio escolar e em outras áreas nas quais sejam previstos conhecimentos pedagógicos.

II - planejamento, execução, coordenação, acompanhamento e avaliação de projetos e experiências educativas não escolares;

III - produção e difusão do conhecimento científico-tecnológico do campo educacional, em contextos escolares e não escolares.

Percebe-se neste artigo da Resolução que o curso de Pedagogia além de preparar o pedagogo para atuar nos espaços escolares, institui a possibilidade de inclusão desse profissional em outros contextos não escolares contribuindo na inserção do pedagogo nas várias instituições sociais presentes no mercado de trabalho.

Na mesma Resolução, nos artigos 5, 6 e 8, nos incisos IV, XIII e XIV, incisos I e II, e nos incisos II e III respectivamente citam que:

Art. 5º O egresso do curso de Pedagogia deverá estar apto a:

(...)

IV - trabalhar, em espaços escolares e não escolares, na promoção da aprendizagem de sujeitos em diferentes fases do desenvolvimento humano, em diversos níveis e modalidades do processo educativo;

XIII - participar da gestão das instituições planejando, executando, acompanhando e avaliando projetos e programas educacionais, em ambientes escolares e não escolares;

Art. 6º A estrutura do curso de Pedagogia, respeitadas a diversidade nacional e a autonomia pedagógica das instituições, constituir-se-á de:

(...)

a) aplicação de princípios, concepções e critérios oriundos de diferentes áreas do conhecimento, com pertinência ao campo da Pedagogia, que contribuam para o desenvolvimento das pessoas, das organizações e da sociedade;

b) aplicação de princípios da gestão democrática em espaços escolares e não escolares;

c) observação, análise, planejamento, implementação e avaliação de processos educativos e de experiências educacionais, em ambientes escolares e não escolares;

II - um núcleo de aprofundamento e diversificação de estudos voltados às áreas de atuação profissional priorizada pelo projeto pedagógico das instituições e que, atendendo a diferentes demandas sociais, oportunizará, entre outras possibilidades:

a) investigações sobre processos educativos e gestoriais, em diferentes situações institucionais: escolares, comunitárias,

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assistenciais, empresariais e outras.

Art. 8º Nos termos do projeto pedagógico da instituição, a integralização de estudos será efetivada por meio de:

II - práticas de docência e gestão educacional que ensejem aos licenciados a observação e acompanhamento, a participação no planejamento, na execução e na avaliação de aprendizagens, do ensino ou de projetos pedagógicos, tanto em escolas como em outros ambientes educativos;

III - atividades complementares envolvendo o planejamento e o desenvolvimento progressivo do Trabalho de Curso, atividades de monitoria, de iniciação científica e de extensão, diretamente orientadas por membro do corpo docente da instituição de educação superiores decorrentes ou articuladas às disciplinas, áreas de conhecimentos, seminários, eventos científico-culturais, estudos curriculares, de modo a propiciar vivências em algumas modalidades e experiências, entre outras, e opcionalmente, a educação de pessoas com necessidades especiais, a educação do campo, a educação indígena, a educação em remanescentes de quilombos, em organizações não governamentais, escolares e não escolares públicas e privadas.

A Resolução, ao instituir as Diretrizes Curriculares Nacionais para o curso de Pedagogia, destaca que o pedagogo será capaz de desenvolver e implantar várias práticas educativas, na promoção da aprendizagem do sujeito em diferentes fases do seu desenvolvimento, abrangendo tanto os espaços escolares como os espaços não escolares.

Desta forma foi assegurado à regularização da atuação do pedagogo em outros espaços não escolares contribuindo para inserção do pedagogo em ambientes empresariais, hospitalares, ONGs, órgãos públicos, dente outras áreas.

Silva; Macêdo (2008, p. 11) destacam que:

As universidades devem rever seus currículos, a fim de que a formação oferecida nos cursos de Pedagogia contemple os saberes referentes à atuação do pedagogo, não só no âmbito escolar, mas também em outros campos em que haja a necessidade da prática educativa.

Libâneo (1999, p. 30-31) resalta que:

O curso de Pedagogia deve formar o pedagogo stricto sensu, isto é, um profissional qualificado para atuar em vários campos educativos para atender demandas socioeducativas de tipo formal e não formal e informal, decorrente de novas realidades, novas tecnologias, novos atores sociais... não

apenas na gestão, supervisão e coordenação pedagógica de escolas, como também na pesquisa, na administração dos sistemas de ensino, no planejamento educacional, na definição de políticas educacionais, nos movimentos sociais, nas empresas, nas várias instâncias de educação de adultos, nos serviços de psicopedagogia e orientação educacional, nos programas sociais, nos serviços para terceira idade, nos serviços de lazer e animação cultural, na televisão, no rádio, na produção de vídeos, filmes, brinquedos, nas editoras, na requalificação profissional etc.

Nota-se nas citações, que apesar da Resolução instituir as Diretrizes Nacionais do Curso de Pedagogia como um norte para a formação do pedagogo em espaços escolares e não escolares, essa formação ainda está muito direcionada para os espaços escolares. Partindo dessa análise é importante que as universidades e faculdades revissem seus currículos, contemplando na formação do pedagogo metodologias e informações voltadas para a sua atuação nos espaços não escolares.

Felden et al., (2013, p. 76) destaca que:

Nos estudos de Libâneo (2001), há uma de-claração de que o curso de Pedagogia se destina a formar o pedagogo-especialista, ou seja, um profissional qualificado para traba-lhar em inúmeros campos educativos, com a finalidade de atender às exigências socioedu-cativas resultantes de novas realidades, entre elas as novas tecnologias, os atores sociais, a diversificação do lazer, a complexidade dos meios de comunicação. Os profissionais da educação formados pelo

curso de Pedagogia atuam em vários campos educativos, decorrentes de novas demandas sociais a serem reguladas profissionalmente, tanto nas escolas como em espaços não escolares. Libâneo (1999, p. 51) fala das áreas da escola, como atuação de professores no ensino, gestão escolar e coordenação. Os espaços não escolares, o autor trata como sendo empresas, órgãos públicos, serviços sociais, consultoria, entre outros.

A formação do pedagogo requer uma atenção específica que atenda as várias demandas de sua atuação na sociedade. Aquela visão de educação voltada somente para o espaço escolar, atualmente está sendo transformada, pois, a educação está inserida em muitos locais na sociedade. Neste caso, Rodrigues destaca que:

O pedagógico perpassa toda a sociedade, extrapolando o âmbito escolar formal, nas esferas mais amplas da educação informal e não formal, criando formas de educação paralela, desfazendo todos os nós que

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separavam escola e sociedade. (RODRIGUES, 2013, p. 03).

Daí a necessidade da preparação do pedagogo para assumir as ações pedagógicas existentes na sociedade, no que tange os centros culturais, museus, bibliotecas dentre outros.

A atuação do pedagogo em espaços não escolares amparados pelas Diretrizes Curriculares Nacionais do Curso de Pedagogia em 2006, segundo informações de Silva; Macêdo (2008, p.02), ainda passam por provocações e questionamentos por parte dos profissionais de outras áreas que resistem à presença do pedagogo fora do contexto escolar.

Nota-se que apesar da Resolução, o profissional da Pedagogia ainda passa por alguns impasses sobre sua atuação nos espaços não escolares, advindos da sociedade desacostumada com a atuação do pedagogo fora do contexto escolar.

Os resultados adquiridos na teoria e na prática possibilitam uma análise das práticas educativas de atuação do pedagogo dentro dos vários espaços não escolares. Assim, Almeida e Costa (2012, p.03) destacam que:

Nos dias atuais temos uma ação pedagógica ampliada na sociedade, onde o pedagógico ultrapassa todas as barreiras e começa a agir em todo o contexto social, extrapolando o ambiente escolar formal, abrangendo com mais amplitude a educação informal e não formal.

Assim, Libâneo; Oliveira; Toschi (2011, p.169) apud Felden et al., (2013, p. 79) define a educação não formal e formal. A prática educativa não formal:

Diz respeito às atividades intencionais em que há relações pedagógicas com pouca sis-tematização e estruturação, como ocorre nos movimentos sociais, nos meios de comunica-ção de massa, nos locais de lazer como clu-bes, cinemas, museus. O mesmo autor destaca a definição da edu-

cação formal em que: [...] caracteriza-se por ser institucional, ter objetivos explícitos, conteúdos, métodos de ensino, procedimentos didáticos, possibilitan-do, até mesmo, antecipação de resultados. Tal modalidade educativa não ocorre somen-te nas escolas, local típico desse tipo de edu-cação, mas também em locais em que a edu-cação for intencional, estruturada, organiza-da, sistematizada. Como exemplos há a edu-cação de jovens e adultos, a educação sindi-cal, profissional, ainda que ocorram fora da escola. (LIBÂNEO; OLIVEIRA; TOSCHI, 2011, p.169-170 apud FELDEN et. al.).

As práticas pedagógicas estão inseridas em vários ambientes sociais, necessitando de pessoas preparadas e capacitadas para assumirem esse papel perante a sociedade com ações educativas que atendam as demandas de todos. Falar em educação não quer dizer que ela se encaixe somente ao ambiente escolar, ela perpassa toda a sociedade. Daí a necessidade de pedagogos qualificados para lidarem com diversas situações que podem surgir nos meios sociais.

A ação educativa está além da sala de aula nas escolas, ela faz parte de todo um convívio social que busca diariamente mudanças e melhorias na sociedade. O pedagogo atua nas escolas, como também em ambientes não escolares, contribuindo para o desenvolvimento das pessoas ali inseridas, por isso, o pedagogo requer uma formação ampla, agregadora de uma diversidade de conhecimentos e informações.

O pedagogo por sua vez, pode atuar em vários espaços não escolares, como ONGs, hospitais, circos, empresas, editoras, presídios e instituições correcionais, sindicatos, museus, emissoras de TV e rádio, com foco na difusão cultural, entre outros, assim destaca Pirozzi (2014, p.38).

Libâneo (2001, p.216) apud Aquino; Saraiva (2011, p. 04) comenta que:

O pedagogo pode ocupar vários espaços como hospitais, ONGs, empresas, museus, meios de comunicação, projetos sociais, entre outros, onde sejam previstos os conhecimentos pedagógicos. A educação está presente em contextos e espaços sociais para além da escola, em que a presença do pedagogo e seus conhecimentos teóricos e práticos tornam-se imprescindíveis. Compreende-se, portanto, que [...] em todo lugar onde houver uma prática educativa com caráter de intencionalidade, há aí uma Pedagogia”.

Silva (2007) destaca algumas atuações e funções do pedagogo no contexto não escolar, sendo assim:

Os sindicatos contratam Pedagogos para ministrar cursos, elaborar projetos e planejamentos sobre as ações da organização. Nos Órgãos Judiciários, o Pedagogo atua nas varas da Infância e adolescência integrando equipes psicossociais. Nas emissoras de TV e Rádio, o Pedagogo é responsável pela área de Difusão Cultural, elaboração de mensagens educativas sobre variados temas tais como: educação ambiental, AIDS, drogas, saúde etc. além de análise da programação infantil. (SILVA, 2007, p. 3021).

Beillerot (1985) apud Libâneo (1999, p. 51)

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fala sobre os amplos campos de atuação pedagógica nas atividades de ação pedagógica extraescolar, são destacadas pelo autor várias áreas a que o pedagogo pode atuar, como:

Formadores, animadores, instrutores, organizadores, técnicos, consultores, orientadores que desenvolvam atividades pedagógicas (não escolares) em órgãos públicos, privados e públicos não estatais, ligados às empresas, à cultura, aos serviços de saúde, alimentação, promoção social etc.

As autoras Jesus; Silva; Torres (2009, p.2) destacam os amplos setores de atuação do peda-gogo, fora do contexto escolar como: A área da Comunicação como jornais, revis-

tas, escrita, sites, televisão, quadrinhos, rá-dios, afinal a mídia necessita em fazer cabe-ças. No campo Político, mais especificamente no campo Moral, com mensagens educativas, a propagação de saberes e maneiras de agir, por meio de programas e vinhetas. Na produ-ção de Material Informativo como livros didá-ticos, criação e elaboração de jogos e brin-quedos educativos, livros paradidáticos, enci-clopédias. Na Educação Ambiental, no setor de turismo, como: mapas, guias de turismo, vídeos, revistas. Nas empresas que vem re-conhecendo a necessidade de formação geral como requisito para enfrentamento da intelec-tualizacão do processo produtivo, na forma-ção profissional, capacitação continuada, ori-entação de estagiários, supervisão e organi-zação do trabalho, motivação profissional. Em Organizações Não Governamentais, Associa-ções e Instituições atuando em projetos edu-cacionais junto à comunidade. Em serviços Públicos estatais em diversas práticas peda-gógicas de Assistentes Sociais. Em academi-as de Educação Física, em consultórios clíni-cos, em Hospitais como medicina preventiva, e nos setores de Oncologia e Pediatria no de-senvolvimento da capacidade motora e cogni-tiva, orientação sexual, AIDS, drogas e saú-de, Presídios, Projetos Culturais entre outros.

Atualmente, apesar de algumas dificuldades

enfrentadas pelo pedagogo na sua profissão, nota-se a diversidade de espaços sociais nos quais o pedagogo pode atuar. Todos os espaços não escolares já citados nesse estudo possibilitam ao profissional da Pedagogia uma ampla inserção no mercado empresarial.

Para Holtz (2004, p.21), Empresa sempre é uma associação de pessoas que explora uma ativi-dade com objetivo definido, liderada pelo Empresá-rio, pessoa empreendedora, que dirige e lidera a atividade com o fim de atingir ideais e objetivos também definidos.

De acordo com Ribeiro (2010), o pedagogo empresarial pode ser considerado um líder que

interage com outros líderes dentro da dinâmica organizacional.

Com isso, o pedagogo empresarial torna-se corresponsável pela promoção de um clima organizacional saudável, sendo articulador entre as peculiaridades organizacionais, (RIBEIRO 2010). Esse profissional contribui para o bom andamento da organização.

Assim consolida-se uma atuação de grande relevância ao pedagogo empresarial. Esta área possibilita ao profissional inserir se em ambientes não escolares, atuando na empresa de maneira educativa e motivacional, ajudando no treinamento, capacitação e motivação das pessoas que fazem parte da empresa. O pedagogo empresarial, por sua vez contribui bastante no processo de educação interna, em relações ao dia a dia dos funcionários da empresa. Eles trabalham a formação dos indivíduos em vários aspectos, como convívio social, trabalho em equipes, desenvolvimento da produção da empresa e dentre outros fatores.

Partindo desse princípio, Almeida (2006, p.130) apud Almeida; Costa (2012) fala que:

A atuação do profissional de Pedagogia nas organizações será importante e positiva na medida em que elas não estejam visualizando apenas a manutenção de políticas de RH cientistas, mas sim estejam preocupadas com o desenvolvimento humano de formas efetivas voltadas para a potencialização da inteligência de cada um individualmente e da organização como um todo.

Baseado em Ribeiro (2007) apud SILVA; MACÊDO (2008, p.4) define a pedagogia empresarial como sendo uma das possibilidades de formação e atuação do pedagogo, seu surgimento está vinculado à necessidade de formação e preparação de seus recursos humanos, entendidos como fator principal do êxito empresarial.

A convivência de pessoas em ambientes de trabalho necessita de ações educativas para que haja espaços atraentes e saudáveis. Partindo desse pressuposto, a empresa é vista como um espaço agregador de ações educativas devido à junção de pessoas inseridas nela com propósitos e objetivos específicos. Sendo assim, a Pedagogia é utilizada para desenvolver o uso de estratégias e metodologias adequadas, para possibilitar a aprendizagem significativa. O pedagogo “promove a reconstrução de conceitos básicos, como a criatividade, espírito de equipe e autonomia emocional e cognitiva”. (LOPES, 2006, p.74) apud (RIBEIRO, 2007, p.11) apud (SILVA; MACÊDO, 2008, p. 4).

O papel mediador do pedagogo nas relações sociais

Atualmente, a maioria das pessoas convive grande parte do seu tempo, em espaços sociais, no

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que tange o local de trabalho, o ambiente familiar, escolar, entre outros, que por sua vez requer práti-cas educativas, relação humanizada, socialização e convivência agradável para ambos os inseridos. São destacados pelas autoras Almeida; Costa (2012, p.10), que a “valorização e a compreensão humana em um ambiente de trabalho proporcionam um melhor entrosamento e participação dos funcio-nários em suas atividades, criando assim um ambi-ente harmonioso e saudável para todos os envolvi-dos”. Holtz (2004, p. 08) destaca que todas as difi-culdades que encontramos nos diversos ambientes empresariais, familiares, escolares e sociais estão concentradas na qualidade das relações humanas.

Para atuar como mediador nas relações hu-manas e sociais através das práticas educativas é solicitado à presença do pedagogo como integrante principal dessa função, assim destacam que:

O pedagogo passa por mudanças para aten-der novas necessidades do indivíduo no pro-cesso contínuo de busca de seus valores co-mo cidadão e profissional. Desta forma a Educação cumpre com seu objetivo qual é contribuir para o desenvolvimento integral do individuo. (SANTOS; FLORÊNCIO; OLIVEI-RA, 2008, p.02-03). Diante disso, o pedagogo deve ser formado

para atuar em diferentes áreas, além da docência, é preciso compreender como ocorre fora do espaço escolar à construção do saber. (SANTOS; FLO-RÊNCIO; OLIVEIRA, 2008, p.02).

A formação em Pedagogia também é essen-cial porque visa à formação integral do ser humano como uma ação educativa que propicia uma visão abrangente e humanista. (PEREIRA; TAVARES; BOTLER, 2007, p. 18).

Daí a necessidade de se ter um profissional especializado e preparado com boa formação para trabalhar a socialização e a convivência dos indiví-duos nos ambientes coletivos como mediador e articulador do conhecimento.

Neste caso as Diretrizes Curriculares Nacio-nais para o Curso de Graduação em Pedagogia, desta em seu Art. 5º que:

“O egresso do curso de Pedagogia deverá está apto a trabalhar, em espaços escolares e não escolares, na promoção da aprendiza-gem de sujeitos em diferentes fases do de-senvolvimento humano, em diversos níveis e modalidades do processo educativo”. (CNE, 2006).

Atualmente o pedagogo está sendo requisita-do a trabalhar em vários espaços não escolares, que demandam conhecimentos das práticas educa-tivas nas relações sociais por meio de uma forma-ção diversificada. O pedagogo é hoje o especialista que não conduz apenas as crianças, mas sim pessoas para uma mudança de comportamento (aprendizagem) em direção à formação de uma personalidade hu-

mana e equilibrada. (JESUS; SILVA; TORRES, 2009).

O bom comportamento das pessoas nas rela-ções sociais é um integrante importante para o de-senvolvimento das instituições. E esse comporta-mento se desenvolve por meio da interação e medi-ação do pedagogo. Neste caso, “o pedagogo colo-ca-se como mediador do processo educacional, com o objetivo de desenvolver competências e habi-lidades”. (SANTOS; FLORÊNCIO; OLIVEIRA, 2008, p.11).

Na mediação do conhecimento desenvolvido pelo pedagogo nos vários espaços sociais, há apli-cação de suas habilidades e competências adquiri-das na formação. Estas possibilitam trabalhar dire-tamente com o comportamento das pessoas utili-zando as práticas educativas essenciais à media-ção.

O Pedagogo é o profissional especialista em conduzir o comportamento das pessoas, para uma mudança em direção aos objetivos da Educação. (HOLTZ, 2004, p.11). Para trabalhar no processo de mediação nas relações sociais, são necessários que o pedagogo tenha algumas habilidades e compe-tências necessárias que servirão de base para a disseminação do conhecimento.

Para tanto é preciso que se tenha um profissional capacitado para desenvolver trabalhos que motivem, elevem a autoestima e tragam prazer as pessoas que trabalham na empresa, onde não cairão na rotina, para que sintam prazer em trabalhar naquele local e que o dia a dia possa ser tranquilo e harmonioso. (ALMEIDA; COSTA, 2012, p.7).

Neste caso, o pedagogo é o profissional da educação que na sua formação já adquire conheci-mentos úteis para se trabalhar com a relação hu-mana e o comportamento do indivíduo, desenvol-vendo ações educativas que auxiliem as pessoas na sua convivência nos diversos contextos sociais.

Percebe-se que tanto as empresas como a Pedagogia agem em direção a realização de ideais e objetivos definidos, no trabalho de provocar mu-danças no comportamento das pessoas. (HOLTZ, 2004, p.21).

A mesma autora destaca que o pedagogo tem necessidade de conhecer tudo quanto diga respeito à pessoa humana, para ter condições de orientá-la eficazmente e encontrar soluções práticas para os problemas que a aflige. Tanto de ordem individual, social e espiritual. (HOLTZ, 2006).

Para que a mediação ocorra e permeie nas relações humanas o pedagogo precisa de capacita-ção constante e adequada para trabalhar e conviver com as diversidades e mudanças que podem surgir a todo o momento na sua atuação.

Neste caso é destacado pelas autoras, San-tos; Florêncio; Oliveira (2008, p.07), que:

As organizações partem para o investimento da formação do capital humano, desta forma, criando estratégias para a permanência do

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desenvolvimento e investimento no diferencial do mercado: o capital intelectual. Hoje, a mai-oria das empresas líderes da economia mun-dial investem em capital humano. O investimento no capital humano é uma

ação necessária às organizações que procuram acompanhar os avanços e as mudanças tecnológi-cas que o mercado de trabalho passa constante-mente. Com o investimento na capacitação dos funcionários, todos tendem a ser beneficiados, tanto colaboradores como as instituições.

O Pedagogo dentro da empresa tem como objetivo principal auxiliar o desenvolvimento com-portamental e psicológico das pessoas, levando o grupo a se relacionar melhor uns com os outros aprendendo a respeitar e valorizar as ideias de cada um. (ALMEIDA; COSTA, 2012, p. 5).

Daí a importância de ser ter um profissional preparado e capacitado para atuar nos ambientes sociais na busca da mediação adequada na organi-zação.

O pedagogo na atuação da realidade empre-sarial ele trabalhará com adultos que trarão consigo diversas realidades e histórias de vi-da na qual o pedagogo empresarial será o mediador para uma qualidade de vida, rees-truturação mostrando novos caminhos (...) de orientação, transformando, modificando e elevando o ser humano em sua totalidade. (JESUS; SILVA; TORRES, 2009).

O pedagogo empresarial na sua atuação tra-

balha praticamente o tempo todo com pessoas adul-tas, neste caso:

Para boa atuação na empresa o pedagogo deve interessar-se pela andragogia, educa-ção de adultos, direcionando seu conheci-mento para o funcionário e o produto da em-presa, atuando na área de gestão de pesso-as, especificamente na educação do traba-lhador, dando continuidade ao processo edu-cacional da pessoa buscando atingir um re-sultado satisfatório que atenda as necessida-des da empresa, podendo para isso usar ins-trumentos pedagógicos capazes de identificar as necessidades reais desse colaborador vi-sando atender também o perfil necessário pa-ra o cargo. (SILVA; MACÊDO, 2008, p.06). Conhecimentos pedagógicos em andragogia

são uma aprendizagem necessária que o pedagogo empresarial deve possuir para trabalhar com as relações humanas dentro das organizações, pois esse conhecimento facilita a disseminação de seu trabalho, que na sua maioria é voltado para a edu-cação dos adultos que estão nas instituições traba-lhistas. Com a aquisição desses conhecimentos, o pedagogo adquire técnicas e informações úteis e necessárias ao seu trabalho.

A interação e mediação do pedagogo com as pessoas nas organizações contribui para uma boa comunicação, relação social, motivação, autoesti-ma, desenvolvimento produtivo e satisfatório dos funcionários, ajudando no crescimento pessoal e profissional.

Atuação das pedagogas no Instituto Nacional do Seguro Social - INSS

Para identificar como é a atuação das pedagogas no órgão selecionado, foi aplicado um questionário via correio eletrônico, conforme foi apresentado no item de materiais e métodos. Este questionário estar dividido em 03 (três) módulos. O primeiro módulo fala dos dados pessoais e profissionais das pedagogas do Instituto Nacional do Seguro Social (quadro 01). O segundo módulo destaca a prática do pedagogo nos espaços não escolares, realizações, desafios e perspectivas e o terceiro módulo aborda as percepções sobre o pedagogo em espaços não escolares.

As três entrevistadas são do sexo feminino, duas possuem idade entre 26 e 35 anos e uma possui idade entre 46 a 55 anos. As entrevistadas estão alocadas em uma agência do Instituto Nacional do Seguro Social localizada em Brasília no Distrito Federal.

Quadro 01: Dados Pessoais e Profissionais das Entrevistadas

Codinome MAA SSA OCFC

Sexo F F F

Idade 26 a 35 26 a 35 46 a 55

Cargo Analista

do Seguro Social

Analista do Seguro Social

Técnica do Seguro Social

Tempo de atuação no INSS

07 anos 07 meses 15 anos

Tempo de formação 08 anos 07 anos 28 anos

1.2.5: Função no INSS

Desenvol-ver projetos de capacita-ção na moda- lidade presenci-al.

Atuo em ações

educacio-nais

presenci-ais como

Coordena-dora

Pedagógi-ca dessas

ações.

Coordena-dora de Educação Continuada na Modalida-de Presencial.

Fonte: Elaborado pelas autoras.

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Percebe-se que há uma diferença grande tanto de idade quanto de tempo de atuação, bem como de tempo de formação, isso nos remete a pensar que os resultados dos módulos 02 e 03 serão bastante distintos. Pois, uma pessoa que formou a 28 (vinte e oito) anos atrás e atua como pedagoga organizacional, não possuía os mesmos recursos teóricos e práticos para preparar-se para a sua atuação, ou seja, necessitavam de maior proatividade para a pesquisa e formação complementar. Já a profissional com menor tempo de formação pode ter recebido maior informação e formação durante a própria graduação direcionando-a para a atuação em espaços não escolares antes mesmo de ingressar no mercado de trabalho.

Essa distinção pode fazer com que elas tenham uma visão diferente da prática pedagógica e das perspectivas no ambiente onde elas estão.

Com o propósito de obter informações sobre a prática do pedagogo no INSS, foi aplicado um questionário objetivando analisar os resultados apresentados no módulo 02 (dois), para isso, foi elaborado um questionário composto por 10 questões objetivas e subjetivas que buscavam entender como as entrevistadas percebiam a prática do pedagogo nos espaços não escolares, as realizações, os desafios e as perspectivas na sua área.

Podem ser observadas neste módulo, respostas importantes para a conclusão hipotética do trabalho, em que abordam assuntos sobre a prática do pedagogo nos espaços não escolares, assim como as realizações, os desafios e as perspectivas de sua profissão no INSS. As respostas das entrevistadas possibilitaram um olhar atento sobre a atuação do pedagogo e o que deveria ser disponibilizado para ajudar o profissional internamente.

A questão 2.1 buscou saber sobre a seguinte pergunta: Você se sente realizada em atuar como pedagoga nesse Instituto? As entrevistadas relataram que se sentem realizadas por atuarem como pedagogas no Instituto Nacional do Seguro Social – INSS.

Essa satisfação contribui com incentivo e valorização da profissão presente no mercado de trabalho.

Na questão seguinte que destaca: Qual o perfil de pedagogo para atuar no Instituto Nacional do Seguro Social? As entrevistadas deram as seguintes respostas: Capacitação adequada e constante, domínio das tecnologias, ser educador, mediador e facilitador que tenha a visão de educação continuada, permanente e inclusiva, possuir conhecimento técnico na área, sobretudo de andragogia e educação corporativa.

Percebe-se que a capacitação adequada e constante foi citada por duas entrevistadas, tornando se relevante para o perfil do pedagogo em sua atuação. Além disso, foi destacado por uma das entrevistadas o domínio das tecnologias, como importante para o perfil do pedagogo. Isso se justifica por que atualmente para fazer algum tipo de treinamento é necessário o uso das tecnologias como computador, data show, planilhas, sistemas que registrem as informações sobre o treinamento ou capacitação.

Com relação ao que foi informado pela entrevistada quanto à necessidade de conhecimento sobre a andragogia corrobora com o que é dito por Silva; Macêdo (2008) já citado no nosso referencial.

A questão 2.3 questiona a seguinte pergunta: Na sua concepção, o que poderia ser disponibiliza-do, internamente para contribuir com a atuação do pedagogo nesse Instituto? Uma das entrevistadas considerou que todos os itens apresentados contri-buem para a atuação do pedagogo no INSS. Uma das entrevistadas destacou o reconhecimento pelos demais funcionários da empresa, já a terceira rela-tou outros, como atualização pedagógica constante com objetivo de aprimorar o conhecimento e o de-senvolvimento de novas técnicas de trabalho.

Nota-se através dos resultados destacados pelas entrevistadas, que o Instituto Nacional do Seguro Social, poderia disponibilizar internamente para a atuação das pedagogas, projetos específicos, disseminação de sua atuação interna, reconhecimento pelos demais funcionários da empresa e atualizações pedagógicas constantes com o objetivo de aprimorar o conhecimento e o desenvolvimento de novas técnicas de trabalho. Essas contribuições agregariam mais reconhecimento e valorização da profissão na instituição.

As questões 2.4 e 2.5 se referiam as seguintes perguntas respectivamente: Você enfrenta desafios na sua atuação de Pedagoga Organizacional? E Você já sofreu algum tipo de preconceito dos demais funcionários do INSS? As respostas foram respectivamente sim e não, ou seja, sim que enfrentam desafios na sua atuação e não pelo fato de não terem sofrido algum tipo de preconceito. Diante disso a atuação do pedagogo organizacional no INSS tem mais valorização perante o mercado de trabalho.

Os desafios relatados pelas entrevistadas da profissão se justificam pelo fato de atualmente o mercado de trabalho está se tornando competitivo e exigem dos profissionais conhecimentos, capacitação e mudanças constantes, tornando evidente que os desafios fazem parte de qualquer profissão e organização.

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Os resultados obtidos na questão 2.6, refe-rem-se: Na condição de pedagoga organizacional, quais suas perspectivas em relação a sua profissão no INSS? Duas entrevistadas relataram que visam promoção profissional. A terceira entrevistada citou a publicação de algum trabalho e a busca por me-lhores condições para atuar como pedagoga com reconhecimento da instituição.

Percebe-se que as pedagogas organizacionais do Instituto Nacional do Seguro Social, almejam promoção profissional, publicação de algum trabalho, melhores condições de atuação e reconhecimento do Instituto. As entrevistadas ao pensarem em possíveis realizações profissionais estão buscando mais reconhecimento e agregação às suas profissões. Este posicionamento corrobora para o reconhecimento do pedagogo em espaços não escolares, pois percebe-se que não há comodismo na atuação das profissionais.

A questão 2.7 buscou saber que: Além da sua atuação como Pedagoga no INSS tem algum outro lugar que você gostaria de atuar? Duas entrevistadas relataram que gostariam de atuar como pedagogas em outro local. A primeira entrevistada citou que gostaria de atuar com consultoria e área clínica e a outra destacou que atuaria em Clínica de Psicopedagogia. Todas com atuações distintas.

Percebe-se nessa questão, dados importantes em relação à atuação do pedagogo em espaços escolares, é observado que além de atuarem como pedagogas organizacionais no INSS, as duas entrevistadas gostariam de atuar em outros espaços de atuação fora do contexto da sala de aula. Isso é muito relevante para o futuro pedagogo que busca no mercado de trabalho possíveis estabilidades e realizações profissionais.

Na questão 2.8 que cita sobre a seguinte per-gunta: O grau de exigências que as instituições demonstram com relação ao perfil dos profissionais que compõem seu quadro de pessoal é muito gran-de, porém na maioria das vezes, não possuem um programa de reconhecimento e incentivo que pro-mova a valorização. O órgão que você atua vê esta

questão como positiva? Ao perguntar as entrevista-das se o órgão que elas trabalham vê essa afirma-ção como positiva, duas responderam que não, já uma entrevistada respondeu que sim.

Observa-se que as duas entrevistadas relataram que no INSS onde atuam o órgão não demonstra exigência ao perfil do pedagogo, como também não deixa de promover programa de reconhecimento e incentivo que promova a valorização dos profissionais. Já uma das entrevistadas afirma que o órgão possui um grau de exigência ao perfil do pedagogo, assim como não possuem programas de reconhecimento e incentivo que promova a valorização. São observadas respostas bem controversas entre as entrevistadas.

Ao perguntar para as entrevistadas na ques-tão 2.9, sobre: os profissionais de outras áreas ou formação também conseguem desenvolver o traba-lho de pedagogo no INSS? As respostas de todas as entrevistadas foram respectivamente que sim.

Percebe-se que na atuação de pedagogo organizacional dentro do INSS, profissionais de outras áreas podem assumir a função que seria do pedagogo. Isso nos remete a pensar que ainda não existe uma especiação dentro do órgão indicando que tal função é só do pedagogo e mais ninguém pode exercer a não ser o profissional formado em Pedagogia. A falta desse reconhecimento da profissão perante a sociedade contribui para que os pedagogos percam espaços no mercado.

Em relação à atuação do pedagogo nos espaços não escolares, essa informação foi citada no nosso referencial teórico conforme a Resolução CNE/CP Nº 1 de 2006.

Na questão 2.10 que destaca sobre a seguinte pergunta: Quais realizações profissionais podem ser destacadas por você a respeito de sua atuação como pedagogo nesse órgão? As entrevistadas ao relatarem sobre suas realizações profissionais demonstraram satisfação pelos objetivos atingidos. Nota-se que os trabalhos que elas desenvolvem como pedagogas organizacionais possuem grande relevância e impacto de crescimento ao órgão que atuam. (Quadro 02).

Quadro 02: Realizações Profissionais citadas pelas entrevistadas.

Codinome MAA SSA OCFC

2.10 Quais realizações

profissionais podem ser

destacadas por você a respeito de sua atuação como pedagogo

nesse órgão?

Desenvolvimento de diversas ações educacionais que

geraram um grande impacto na Instituição.

Coordenação do GT sobre Projeto

Educacional.

Ver que os objetivos de

aprendizagem foram atingidos e

que o servidor/educando está satisfeito, e o que ele aprendeu

impactará seu desempenho em

sua área de

Na parte operacional – Organização e coordenação de diversas ações de

educação na modalidade presencial. Na parte prática Atuação como educadora

e tutora em ações educacionais para servidores do INSS em âmbito nacional,

inclusive como formadora de educadores e tutores.

Faço parte do Grupo de Trabalho para a criação e implantação de Trilhas de

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atuação. Aprendizagem do INSS.

Fonte: Elaborado pelas autoras.

Percebe-se que os trabalhos desenvolvidos pelas entrevistadas estão voltados para a prática educativa das pessoas, com foco no desenvolvimento da aprendizagem internamente e em âmbito nacional para todos os servidores do Instituto Nacional do Seguro Social.

Em relação à formação e mediação do pedagogo para atuar com as práticas educativas nas relações humanas, corroboram com o que foi citado no nosso referencial teórico por Botler; Pereira; Tavares (2007 p. 18), sobre a importância da formação em Pedagogia para trabalhar com as relações sociais.

Para obtenção de resultados a respeito das percepções sobre o pedagogo em espaços não escolares, foi elaborado no modulo 03, um questionário contendo 09 (nove) questões, sendo 08 objetivas e 01 subjetiva. Com o propósito de adquirir informações referentes à atuação do pedagogo nos espaços não escolares de acordo com as percepções e experiências profissionais das entrevistadas.

É observado nesse terceiro e último módulo do questionário, experiências e percepções das entrevistadas sobre a atuação do pedagogo nos espaços não escolares, como também a importância desses profissionais atualmente, destacando quais as contribuições dos atores sociais na ampliação da atuação do pedagogo, melhorias no currículo profissional do Curso de Pedagogia, os desafios enfrentados pelos pedagogos, ampliação da profissão no mercado de trabalho, mudanças na Lei e a visão a respeito da profissão na sociedade contemporânea. Esses tópicos são analisados pelas entrevistadas através de sua visão profissional e da trajetória de pedagogas organizacionais. Os relatos das entrevistadas quanto à importância e a valorização devida da atuação do pedagogo nos espaços não escolares são fatores que podem contribuir para o reconhecimento da profissão.

Na questão 3.1 que se refere sobre a seguinte pergunta: Na sua percepção é importante que tenha nos espaços não escolares a atuação de um pedagogo? As entrevistadas responderam positivamente que sim.

É destacado pelas entrevistadas como importante que nos espaços não escolares tenham a atuação de pedagogos, isso se justifica pelo fato da necessidade de capacitação, mediação e disseminação constante do conhecimento das práticas educativas para as pessoas inseridas nos ambientes sociais. O pedagogo possui a formação humana, didática e metodológica para promoção do conhecimento necessário.

Na questão 3.2 que se refere a seguinte pergunta: Por meio de sua experiência profissional, quais atores sociais podem ajudar o pedagogo a ampliar a sua atuação em espaços não escolares? As entrevistadas foram convidadas a estabelecer a seleção por ordem de importância. Uma das entrevistadas atribuiu o mesmo nível de importância para todos os atores sociais, e as outras duas apresentaram visões bem distintas. (Figura 01)

Figura 01: Concepção das entrevistadas sobre o processo para inserção do pedagogo em espaços não escolares.

Fonte: Resultados do Estudo.

Percebe-se na questão que uma das entrevistas sugeriu que sejam elaboradas políticas públicas pelo governo, para inserir os pedagogos nas empresas, com isso as empresas serão convocadas a aderir a essas políticas, e consequentemente o benefício vai chegar à sociedade. Com isso a sociedade vai perceber que o pedagogo ganhou os espaços não escolares passando a respeitar e aceitar esta atuação do pedagogo.

Na questão 3.3 com base na seguinte pergunta: Na condição de Pedagoga Organizacional ou Institucional, o que você acha que deveria ser feito para agregar maior reconhecimento do Pedagogo em espaços não escolares? Todas as entrevistadas estabeleceram resultados iguais sobre um mesmo item, destacando que deve ter criação de novas políticas públicas sobre a atuação do pedagogo, e as outras duas entrevistadas estabeleceram o mesmo resultado, que deve haver a disseminação da informação sobre o pedagogo organizacional.

Políticas Públicas

Atenção das Empresas e Sociedade

Ampliação da atuação do Pedagogo

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Percebe-se nesta questão, que as

entrevistadas acham relevante a criação de novas políticas públicas e disseminação da informação sobre a atuação do pedagogo nos espaços não escolares, contribuindo na agregação e reconhecimento do pedagogo na sua profissão. As sugestões das entrevistadas farão com que o pedagogo tenha mais espaço na sua atuação.

Considera-se que, tanto a criação de novas políticas quanto a disseminação da informação sobre o pedagogo organizacional estão diretamente ligadas à teorização sobre a Pedagogia Empresarial atrelada à análise dos resultados obtidos pelas pedagogas na prática pedagógica aplicada aos diferentes ambientes não escolares.

Na questão 3.4 enfatiza a seguinte pergunta: Baseado na sua experiência profissional, o que deveria ser mudado e agregado ao Curso de Pedagogia, para melhorar o currículo profissional do Pedagogo? Às entrevistadas destacaram tópicos em comum, que são: inserção de disciplinas específicas à sua área de atuação, leis que assegurem no curso de pedagogia a definição e atuação do pedagogo em espaços não escolares e disseminação sobre a atuação do pedagogo em espaços não escolar.

Entende-se por meio das posições das entrevistadas, que no Curso de Pedagogia deve ser agregado disciplinas especificas a atuação do pedagogo, como também leis que assegurem claramente a definição das atuações e disseminação da profissão em espaços não escolares. As posições das entrevistadas nos remete a pensar que a lei não assegura claramente a atuação do pedagogo nos espaços não escolares como fato deveria ser. Assim que a lei assegurar e impor reconhecimento das atuações, certamente as instituições dos cursos de pedagogia serão obrigadas a aderirem no currículo.

Na questão 3.5 que se refere a seguinte pergunta: Na sua concepção o pedagogo enfrenta desafios ao atuar em espaços não escolares? As três entrevistadas marcaram em comum como desafio da profissão a capacitação constante. Só uma entrevistada que citou um desafio que foi sobre a cobrança excessiva pela profissão.

Observa-se que o pedagogo nas organizações passa por desafios na sua profissão assim como as demais no mercado. A cobrança excessiva da profissão foi citada por uma das entrevistadas como um desafio constante enfrentado por elas na organização. Os motivos do desafio se justificam pelo fato da grande importância e relevância da atuação do pedagogo no mercado atualmente.

Na questão 3.6 que destaca a pergunta sobre: Quais as vantagens e desvantagens da atuação do Pedagogo em espaços não escolares?

As entrevistadas citaram respostas bem distintas. (Quadro 03)

Quadro 03: Vantagens e desvantagens da Atuação do Pedagogo em Espaços Não Escolares

Codinomes MAA SSA OCFC

3.6 Quais as vantagens e desvanta-gens da atuação do Pedagogo em espaços não escolares?

O pedagogo

torna mais

eficiente o processo

de aprendizagem nas empresas

Vantagem: trabalhar

com a educação

de adultos e ver uma

aplicação prática do conheci-mento

que eles adquirem. Desvanta

gem: desvalori-zação da área de

educação dentro

dos órgãos.

Maior flexibilidad

e para atuar;

facilidade no acesso aos cursos

de atualiza-

ção pedagógi-

ca e técnica;

Andrago-gia –

Educação para

Adultos.

Fonte: Elaborado pelas autoras.

Percebe-se as vantagens destacadas pelas entrevistas em relação à atuação dos pedagogos nos espaços não escolares, no que tange possibilidade ao profissional na disseminação e aprendizagem do conhecimento constante, como também a flexibilidade e facilidade de acesso aos cursos de atualização pedagógicas disponíveis. A desvantagem destacada por uma das entrevistadas se refere à desvalorização da área de educação nos órgão atualmente. Nota-se que ainda existem órgãos que não reconhecem a necessidade e importância da educação desenvolvida nos ambientes não escolares.

Nas questões 3.7 e 3.8, as entrevistadas foram convidadas a analisar duas afirmativas e todas as entrevistadas concordaram com elas respectivamente, as afirmativas eram: Novas oportunidades estão se abrindo para o pedagogo no mercado de trabalho nos espaços não escolares. Você concorda? E as recentes mudanças ocorridas na Lei de Diretrizes Nacionais para o Curso de Pedagogia foram de extrema importância para o pedagogo devido abrangência ao campo de atuação deste profissional. Você percebe essa mudança no seu ambiente de trabalho?

De fato algumas mudanças estão acontecendo em relação à atuação do pedagogo nos espaços não escolares, atualmente no mercado de trabalho. E as recentes mudanças na Lei de

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Diretrizes Nacionais, foram grandes contribuintes para que houvesse essas novas oportunidades e mudança na profissão do pedagogo.

Na questão 3.9, as entrevistadas foram submetidas a avaliarem a seguinte pergunta: Na sua concepção de Pedagoga Organizacional, porque a sociedade em pleno século XXI ainda vê a formação do pedagogo, na sua maioria direcionada somente para sala de aula? (Figura 02).

Figura 02: Fatores sociais que interferem na atuação do pedagogo em espaços não escolares.

Fonte: Resultado do estudo.

As entrevistadas destacaram os seguintes motivos por ordem de importância, o primeiro a falta de reconhecimento da sociedade, o segundo a não valorização das empresas, e terceiro a falta de fiscalização da lei e desvalorização dos próprios pedagogos.

Atualmente são vários os fatores que contribuem para o não reconhecimento da atuação do pedagogo em outros espaços não escolares, em que vê a formação pedagógica voltada somente para a sala de aula. Esses fatores são percebidos claramente como a falta de reconhecimento da sociedade a respeito das várias atuações do pedagogo, a não valorização das empresas que é outro fator importante, assim como a falta de fiscalização da lei e desvalorização dos próprios pedagogos. É observado que se houvesse mais reconhecimento, valorização e fiscalização de todos esses fatores, a profissão e atuação do pedagogo nos espaços não escolares teria outro olhar perante a sociedade. E tornaria mais acessível à atuação do pedagogo nos ambientes não escolares.

Discussão

Com base nos resultados teóricos e nos resultados de campo, algumas habilidades e competências citadas pela teoria foram percebidas como necessárias para a atuação do pedagogo nos

espaços não escolares.

Apesar de ser evidente que as habilidades e competências dos pedagogos na realização de seus trabalhos serem úteis aos espaços não escolares percebe-se que este profissional ainda possui vários desafios. Conforme as entrevistadas no estudo de caso, os desafios dos pedagogos estão diretamente ligados à busca diária de conhecimentos, capacitação adequadas e constantes, cobrança excessiva pela profissão, necessidade de disciplinas específicas nos Cursos de Pedagogia que preparem o profissional de Pedagogia para o dinamismo e a diversidade de demandas que os espaços não escolares oferecem diante da globalização mundial e os avanços da tecnologia.

Um conhecimento construído durante a formação do pedagogo que é bastante utilizado em espaços não escolares refere-se à formação humana que permite ao pedagogo a execução do papel de mediar independente do ambiente em que ele esteja inserido, seja na escola ou em grupos sociais como igreja, na família, no trabalho ou em empresas públicas ou privadas, entre outros. Todos vão requerer que o pedagogo faça uma mediação humana para facilitar a convivência e a relação entre as pessoas nos espaços não escolares, que sejam os estabelecimentos organizacionais ou sociais. O pedagogo na sua profissão também pode desenvolver a mediação na resolução de conflitos que podem surgir na relação entre as pessoas nos locais de trabalho, neste caso ao atuar como mediador ele pode reduzir ou amenizar os conflitos nos espaços não escolares contribuindo para uma socialização e convivência harmoniosa.

Porém, o pedagogo como mediador e facilitador das relações humanas que contribui para o desenvolvimento e crescimento das pessoas nos locais de trabalho e ambientes sociais, ainda passa por algumas dificuldades ao praticar a sua profissão. Dificuldades essas que foram destacadas pelas entrevistadas do Instituto Nacional do Seguro Social - INSS, como a falta de fiscalização da lei ao assegurar a atuação do pedagogo nos espaços não escolares de forma justa e igualitária. Existem outras dificuldades tais como, a desvalorização dos próprios pedagogos sobre a sua profissão; falta de reconhecimento da sociedade sobre a relevância da sua atuação no mercado; assim como a não valorização das empresas da importância e significância da atuação desses profissionais para o seu crescimento e desenvolvimento das relações humanas nos seus estabelecimentos.

Para superar as dificuldades enfrentadas pela profissão do pedagogo, faz-se necessária a aquisição de algumas proposições por todos os envolvidos a fim de reduzir tais dificuldades. Consideram-se necessárias iniciativas definitivas por parte dos envolvidos, partindo principalmente do governo na implantação de Políticas Públicas de qualidade que assegurem o direito desse

Falta de Reconhecimento da

Sociedade.

Falta de valorização profissional pelas

empresas.

Necessidade de fiscalização de leis; Desvalorização dos

próprios profissionais.

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profissional. Como também reconhecimento e cobrança da sociedade em aceitar o pedagogo nos vários espaços não escolares. Assim, as empresas passam a valorizar e aderir esse profissional no seu estabelecimento. Com isso, o Pedagogo passa a ser mais requisitado, valorizado e integrado em todos os ambientes que necessitam da disseminação e aquisição de práticas educativas.

Considerações finais

O objetivo desse estudo foi analisar os desafios da inserção do pedagogo em espaços não escolares, destacando quais os espaços de sua atuação não escolar e os desafios enfrentados por eles na sua profissão. No entanto, os objetivos propostos pelo estudo foram atingidos em sua totalidade apesar de algumas dificuldades enfrentadas pelas pesquisadoras na realização das coletas de dados, como pouca disponibilidade dos pedagogos que atuem em outros ambientes diferentes de darem entrevistas, assim como a possibilidade de agendar com outros espaços não escolares, como empresas, hospitais, ONGs entre outros, que seriam bastante relevantes para a aquisição de informações ao estudo.

Apesar de algumas dificuldades enfrentadas na aquisição de informações pelas pesquisadoras, o estudo teve resultados importantes para a agregação de conhecimentos e informações aos profissionais da Pedagogia. No estudo os resultados mais relevantes que podem ser destacados são: a existência de vários espaços não escolares que o pedagogo pode atuar não se limitando somente ao espaço escolar; a real importância do papel do pedagogo para os estabelecimentos organizacionais e sociais evidenciando o que esse profissional pode contribuir de conhecimentos e informações relevantes nesses espaços; e a conscientização da busca de conhecimentos e capacitação constante para atuar nesses vários espaços não escolares. Este último resultado, referente à conscientização do pedagogo sobre a importância de buscar constantemente a capacitação e conhecimentos que sejam relevantes e contributivos para sua atuação

nos diversos contextos não escolares, faz com que ele entenda melhor as possibilidades que o Curso de Pedagogia pode lhe favorecer profissionalmente.

Na condição de estudantes, pesquisadoras e futuras Pedagogas, que almejam melhorias e qualidades de educação e status para todos na sociedade independente do local que possamos estar inseridas, sugerimos que futuros pesquisadores abordem nos seus estudos as necessidades da implantação de leis e Políticas Públicas que especifiquem e assegurem a importância da atuação do pedagogo em vários espaços não escolares, assim como a aceitação, reconhecimento e inclusão da sociedade e das empresas em compreender a importância que o profissional da Pedagogia possui para o desenvolvimento de uma educação amplamente inserida para todos.

Assim, destacamos que o profissional da Pedagogia, pode atuar em vários espaços não escolares. No entanto, esta ampliação e efetivação do pedagogo nesses espaços é uma construção conjunta de diferentes atores. Há a necessidade de estabelecer um diálogo entre sociedade, economia e Estado para que as habilidades e competências deste profissional sejam reconhecidas e suas contribuições cheguem até os ambientes não escolares.

Agradecimentos:

Agradecemos em especial a Deus por nos dar força e perseverança em todos os momentos. Agradecemos aos nossos familiares, pais, mães, maridos e amigos por nos incentivarem e apoiarem nessa caminhada. A Instituição e aos nossos professores por contribuírem com essa realização. Em especial a nossa orientadora Rosângela Laura Picoli por sua dedicação, apoio e incentivo ao longo das nossas orientações.

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Questionário usado em entrevistas com as Pedagogas do Instituto Nacional do Seguro Social - INSS. Este questionário tem como objetivo analisar os desafios da inserção do pedagogo em espaços não escolares internos e externos da profissão. O entrevistado tem o direito de responder apenas as questões que considerar pertinente à sua atuação. Desde já agradecemos a participação, pois acreditamos que é por meio da divulgação de resultados de pesquisa que melhoramos as perspectivas de atuação do Pedagogo em espaços não escolares.

Att, Acadêmicas: Iolanda e Marluce

Orientação: Prof. Msc. Rosângela Laura Picoli. Modulo 01. Dados pessoais e profissionais. 1.1 Informe abaixo seus dados pessoais: 1.1.1 Sexo: ( ) feminino ( ) masculino 1.1.2 Nome Completo: _______________________________________________________ (seu nome não será publicado no estudo. Será apresentado um pseudônimo ou apenas as iniciais do nome) 1.1.3 Idade: ( ) 25 ou menos. ( ) 26 a 35 anos ( ) 36 a 45 anos ( ) 46 a 55 anos ( ) 56 ou mais 1.1.4 Cidade: ______________________ Estado:_________________________________ 1.2 Informe abaixo seus dados profissionais: 1.2.1 Profissão/cargo: ___________________________/___________________________ 1.2.2 Qual o endereço da agência INSS em que você atua? _____________________________________________________________________ 1.2.3 Há quantos anos você atua no INSS? ______________________________________ 1.2.4 Há quanto tempo você é formada em Pedagogia? ____________________________ 1.2.5 Qual sua função dentro do INSS? _________________________________________ _________________________________________________________________________

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Modulo 02. A prática do pedagogo nos espaços não escolares, realizações, desafios e perspectivas. 2.1 Você se sente realizada em atuar como pedagoga nesse Instituto? ( ) Sim ( ) Não 2.2 Qual o perfil de pedagogo para atuar no INSS? ( ) ágil e atento ás informações ( ) dominar as tecnologias ( ) capacitação adequada e constante ( ) outros ________________________________________________________________ 2.3 Na sua concepção, o que poderia ser disponibilizado internamente para contribuir com a atuação do

pedagogo nesse Instituto? ( ) projetos específicos ao trabalho do pedagogo ( ) disseminação de sua atuação interna ( ) reconhecimento pelos demais funcionários da empresa ( ) outros_________________________________________________________________ 2.4 Você enfrenta desafios na sua atuação de Pedagoga Organizacional? ( ) Sim ( ) Não 2.5 Você já sofreu algum tipo de preconceito dos demais funcionários do INSS? ( ) Sim ( ) Não Quais?___________________________________________________________________ 2.6 Na condição de pedagoga organizacional, quais suas perspectivas em relação a sua profissão no

INSS? ( ) promoção profissional ( ) publicação de algum trabalho ( ) outros _________________________________________________________________ 2.7 Além da sua atuação como Pedagoga no INSS tem algum outro lugar que você gostaria de atuar? ( ) Sim ( ) Não Quais?___________________________________________________________________ 2.8 O grau de exigências que as instituições demonstram com relação ao perfil dos profissionais que com-

põem seu quadro de pessoal é muito grande, porém na maioria das vezes, não possuem um programa de reconhecimento e incentivo que promova a valorização. O órgão que você atua ver esta questão como positiva?

( ) sim ( ) não. 2.9 Profissionais de outras áreas ou formação também conseguem desenvolver o trabalho de pedagogo no

INSS? ( ) sim ( ) não.

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2.10 Quais realizações profissionais podem ser destacadas por você a respeito de sua atuação como pedagogo nesse órgão?

Modulo 03. Percepções sobre o Pedagogo em espaços não escolares. 3.1 Na sua percepção é importante que tenha nos espaços não escolares a atuação de um pedagogo? ( ) Sim ( ) Não 3.2 Por meio de sua experiência profissional, quais atores sociais podem ajudar o pedagogo a ampliar a

sua atuação em espaços não escolares? Classifique por ordem de importância ( ) sociedade ( ) governo ( ) empresas ( ) pedagogo ( ) outros ________________________________________________________________ 3.3 Na condição de Pedagoga Organizacional ou Institucional, o que você acha que deveria ser feito para

agregar maior reconhecimento do Pedagogo em espaços não escolares? ( ) criação de novas políticas públicas sobre a atuação do pedagogo ( ) disseminação da informação sobre o pedagogo organizacional ( ) cobrança de fiscalização do pedagogo em espaços não escolares ( ) outros ________________________________________________________________ 3.4 Baseado na sua experiência profissional, o que deveria ser mudado e agregado ao Curso de Pedago-

gia, para melhorar o currículo profissional do Pedagogo? Marque as sugestões: ( ) disciplinas específicas à sua área de atuação; ( ) leis que assegurem no curso de pedagogia a definição e atuação do pedagogo em espaços não

escolares; ( ) disseminação sobre a atuação do pedagogo em espaço não escolar; ( ) conscientização dos professores e alunos do curso sobre essa atuação; ( ) outros________________________________________________________________ 3.5 Na sua concepção o pedagogo enfrenta desafios ao atuar em espaços não escolares? Marque os pos-

síveis desafios: ( ) capacitação constante; ( ) cobrança excessiva pela profissão; ( ) discriminação aos demais profissionais de outras áreas; ( ) outros_________________________________________________________________ 3.6 Quais as vantagens e desvantagens da atuação do Pedagogo em espaços não escolares? Com base nas questões a seguir analise sim ou não. 3.7 Novas oportunidades estão se abrindo para o pedagogo no mercado de trabalho nos espaços não es-

colares. Você concorda? ( ) sim ( ) não. 3.8 As recentes mudanças ocorridas na Lei de Diretrizes Nacionais para o Curso de Pedagogia foram de

extrema importância para o pedagogo devido abrangência ao campo de atuação deste profissional. Você percebe essa mudança no seu ambiente de trabalho?

( ) sim ( ) não.

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3.9 Na sua concepção de Pedagoga Organizacional, porque a sociedade em pleno século XXI ainda vê a formação do pedagogo, na sua maioria direcionada somente para sala de aula? Marque as possíveis sugestões:

( ) falta de fiscalização da lei; ( ) desvalorização dos próprios pedagogos; ( ) falta de reconhecimento da sociedade; ( ) a não valorização das empresas; ( ) outros_________________________________________________________________