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    Norma Portuguesa

    NP EN 14487-1 2008

    Beto projectado Parte 1: Definies, especificaes e conformidade Bton projet Partie 1: Dfinitions, spcifications et conformit Sprayed concrete Part 1: Definitions, specifications and conformity

    ICS 01.040.91; 91.100.30 DESCRITORES Materiais de construo; betes; estruturas de beto; beto armado; conformidade; controlo da qualidade CORRESPONDNCIA Verso portuguesa da EN 14487-1:2005

    HOMOLOGAO Termo de Homologao N. 269/2008, de 2008-07-16 ELABORAO CT 104 (ATIC) EDIO Setembro de 2008 CDIGO DE PREO X010 IPQ reproduo proibida

    Rua Antnio Gio, 2 2829-513 CAPARICA PORTUGAL

    Tel. + 351-212 948 100 Fax + 351-212 948 101 E-mail: [email protected] Internet: www.ipq.pt

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    NORMA EUROPEIA EN 14487-1

    EUROPISCHE NORM

    NORME EUROPENNE

    EUROPEAN STANDARD Novembro 2005

    CEN

    Comit Europeu de Normalizao Europisches Komitee fr Normung Comit Europen de Normalisation

    European Committee for Standardization

    Secretariado Central: rue de Stassart 36, B-1050 Bruxelas 2005 Direitos de reproduo reservados aos membros do CEN

    Ref. n EN 14487-1:2005 Pt

    ICS: 91.100.30; 01.040.91

    Verso portuguesa

    Beto projectado Parte 1: Definies, especificaes e confomidade

    Spritzbeton Teil 1: Begriffe, Festlegungen und Konformitt

    Bton projet Partie 1: Dfinitions, spcifications et conformit

    Sprayed concrete Part 1: Definitions, specifications and conformity

    A presente Norma a verso portuguesa da Norma Europeia EN 14487-1:2005, e tem o mesmo estatuto que as verses oficiais. A traduo da responsabilidade do Instituto Portugus da Qualidade. Esta Norma Europeia foi ratificada pelo CEN em 2005-05-25. Os membros do CEN so obrigados a submeter-se ao Regulamento Interno do CEN/CENELEC que define as condies de adopo desta Norma Europeia, como norma nacional, sem qualquer modificao. Podem ser obtidas listas actualizadas e referncias bibliogrficas relativas s normas nacionais correspondentes junto do Secretariado Central ou de qualquer dos membros do CEN. A presente Norma Europeia existe nas trs verses oficiais (alemo, francs e ingls). Uma verso noutra lngua, obtida pela traduo, sob responsabilidade de um membro do CEN, para a sua lngua nacional, e notificada ao Secretariado Central, tem o mesmo estatuto que as verses oficiais. Os membros do CEN so os organismos nacionais de normalizao dos seguintes pases: Alemanha, ustria, Blgica, Chipre, Dinamarca, Eslovquia, Eslovnia, Espanha, Estnia, Finlndia, Frana, Grcia, Hungria, Irlanda, Islndia, Itlia, Letnia, Litunia, Luxemburgo, Malta, Noruega, Pases Baixos, Polnia, Portugal, Reino Unido, Repblica Checa, Sucia e Sua.

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    Sumrio Pgina Prembulo ................................................................................................................................................ 6

    Introduo ................................................................................................................................................ 7

    1 Objectivo e campo de aplicao........................................................................................................... 8

    2 Referncias normativas ........................................................................................................................ 8

    3 Termos e definies............................................................................................................................... 10

    4 Classificao .......................................................................................................................................... 15

    4.1 Consistncia da composio hmida ................................................................................................... 15

    4.2 Classes de exposio ........................................................................................................................... 15

    4.3 Beto projectado jovem ....................................................................................................................... 15

    4.4 Resistncia compresso .................................................................................................................... 16

    5 Requisitos relativos ao beto projectado ............................................................................................ 17

    5.1 Requisitos relativos aos constituintes .................................................................................................. 17

    5.2 Requisitos relativos composio do beto projectado ...................................................................... 18

    5.3 Requisitos da composio base ........................................................................................................... 20

    5.4 Requisitos do beto projectado fresco ................................................................................................. 20

    5.5 Requisitos relativos ao beto projectado endurecido........................................................................... 20

    6 Especificao para beto projectado .................................................................................................. 22

    6.1 Generalidades ...................................................................................................................................... 22

    6.2 Requisitos para especificao do beto projectado de comportamento especificado .......................... 22

    6.3 Requisitos para a especificao de beto projectado de composio prescrita.................................... 23

    7 Avaliao da conformidade ................................................................................................................. 23

    7.1 Generalidades ...................................................................................................................................... 23

    7.2 Categorias de inspeco....................................................................................................................... 24

    7.3 Ensaios anteriores construo ........................................................................................................... 24

    7.4 Controlo de produo .......................................................................................................................... 25

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    7.5 Controlo da conformidade.................................................................................................................... 29

    Anexo A (informativo) Orientaes para as definies, especificaes e conformidade do beto projectado ................................................................................................................................................. 32

    Bibliografia ............................................................................................................................................... 38

    Anexo NA (informativo) Correspondncia entre documentos normativos europeus e nacionais.................................................................................................................................................... 39

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    Prembulo O presente documento (EN 14487-1:2005) foi elaborado pelo Comit Tcnico CEN/TC 104 Concrete and related products, cujo secretariado assegurado pelo DIN.

    A esta Norma Europeia deve ser atribudo o estatuto de Norma Nacional, seja por publicao de um texto idntico, seja por adopo, o mais tardar em Maio de 2006 e as normas nacionais divergentes devem ser anuladas o mais tardar em Dezembro de 2007.

    Esta Norma Europeia tem a EN 206-1*) como base. Algumas seces aplicveis ao beto projectado fazem referncia EN 206-1*), dada a sua importncia. Outras seces foram modificadas para satisfazer requisitos especficos do beto projectado.

    Esta Norma Europeia no pode ser utilizada seno em articulao com as normas de produto relativas aos constituintes (cimento, agregados, adies, adjuvantes e gua de amassadura) e com as dos mtodos de ensaio do beto projectado formando o conjunto abaixo definido. Por esta razo, Dezembro de 2007 a data limite para anular as normas nacionais (DOW) em contradio com o presente documento, como determinado pelo CEN/TC 104.

    EN 197-1*) Cement Part 1: Composition, specifications and conformity criteria for common cements

    EN 450-1*) Fly ash for concrete Part 1: Definition, specifications and conformity criteria

    EN 12620*) Aggregates for concrete

    EN 1008*) Mixing water for concrete Specification for sampling, testing and assessing the suitability of water, including water recovered from processes in the concrete industry, as mixing water for concrete

    EN 934-2*) Admixtures for concrete, mortar and grout - Part 2: Concrete admixtures Definitions, requirements, conformity, marking and labelling

    EN 934-5*) Admixtures for concrete, mortar and grout - Part 5: Admixtures for sprayed concrete Definitions, requirements, conformity, marking and labelling

    EN 934-6*) Admixtures for concrete, mortar and grout - Part 6: Sampling, conformity control and evaluation of conformity

    EN 13263-1*) Silica fume for concrete Part 1: Definitions, requirements and conformity criteria

    EN 14487-2*) Sprayed concrete Part 2: Execution

    EN 14488*) (todas as partes)

    Testing sprayed concrete

    De acordo com o Regulamento Interno do CEN/CENELEC, a presente Norma deve ser implementada pelos organismos nacionais de normalizao dos seguintes pases: Alemanha, ustria, Blgica, Chipre, Dinamarca, Eslovquia, Eslovnia, Espanha, Estnia, Finlndia, Frana, Grcia, Hungria, Irlanda, Islndia, Itlia, Letnia, Litunia, Luxemburgo, Malta, Noruega, Pases Baixos, Polnia, Portugal, Reino Unido, Repblica Checa, Sucia e Sua.

    *) Ver Anexo NA (informativo).

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    Introduo A presente Norma destina-se a ser aplicada na Europa sob diferentes condies climticas e geogrficas, diferentes nveis de proteco, tradies e experincias regionais diferentes e bem estabelecidas. Para cobrir esta situao foram introduzidas classes nas propriedades do beto. Sempre que no foram encontradas solues gerais, as seces relevantes permitem a aplicao da EN 206-1*) ou de outras normas vlidas no local.

    A presente Norma incorpora regras para o uso de materiais constituintes que so cobertos por Normas Europeias. A utilizao corrente de outros subprodutos ou processos industriais, materiais reciclados, etc., baseada na experincia local. At que estejam disponveis especificaes europeias para estes materiais, o presente documento no especificar regras para o seu emprego, mas far referncia EN 206-1*) para a aplicao de normas ou disposies locais em vigor no local de utilizao do beto.

    A presente Norma define tarefas para o especificador, para o produtor e para o utilizador. Por exemplo, o especificador responsvel pela especificao do beto, seces 5 e 6 e o produtor responsvel pela conformidade e controlo de produo, seco 7. O utilizador responsvel pela colocao do beto na estrutura. Na prtica podem ser diversas entidades que especificam os requisitos para diferentes estdios de concepo e de construo, por exemplo o cliente, o projectista, o empreiteiro e o subempreiteiro. Cada um responsvel por transmitir os requisitos especificados, em conjunto com os requisitos adicionais, para a parte seguinte da cadeia at chegar ao produtor. No mbito do presente documento, a compilao final designada pelo termo especificao.

    No Anexo A do-se explicaes e recomendaes adicionais para aplicao do presente documento.

    *) Ver Anexo NA (informativo).

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    1 Objectivo e campo de aplicao Esta Norma aplica-se ao beto projectado destinado reparao e reforo de estruturas, a estruturas novas e ao reforo/suporte do solo.

    A seguinte Norma cobre:

    a classificao da consistncia da composio hmida; classes de exposio ambiental; beto jovem, endurecido e reforado com fibras; requisitos relativos aos constituintes, composio do beto e composio base, ao beto fresco e

    endurecido e a todos os tipos de beto projectado reforado com fibras;

    especificao de beto projectado de comportamento especificado e de beto projectado de composio prescrita;

    requisitos de conformidade. A presente Norma aplica-se tanto ao beto projectado por via hmida como ao beto projectado por via seca.

    Os substratos sobre os quais o beto projectado pode ser aplicado, incluem:

    terreno (rocha ou solo); beto projectado; diferentes tipos de cofragens; componentes estruturais em beto, alvenaria e ao; materiais de drenagem; materiais isolantes. Podem ser necessrios requisitos adicionais ou diferentes para aplicaes que no se enquadrem no domnio de aplicao do presente documento, como por exemplo sobre materiais refractrios.

    2 Referncias normativas A presente Norma inclui, por referncia, datada ou no, disposies relativas a outras normas. Estas referncias normativas so citadas nos lugares apropriados do texto e as normas so listadas a seguir. Para as referncias datadas, as emendas ou revises subsequentes de qualquer destas normas, s se aplicam presente Norma se nela forem incorporadas por emenda ou reviso. Para as referncias no datadas aplica-se a ltima edio da norma referida (incluindo emendas).

    EN 197-1*) Cement Part 1: Composition, specifications and conformity criteria for common cements

    EN 206-1:2000*) Concrete Part 1: Specification, performance, production and conformity

    EN 933-1*) Tests for geometrical properties of aggregates Part 1: Determination of particle size distribution Sieving method

    EN 934-2*) Admixtures for concrete, mortar and grout Part 2: Concrete admixtures

    * Ver Anexo NA (informativo).

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    Definitions, requirements, conformity, marking and labelling

    EN 934-5:2005*) Admixtures for concrete, mortar and grout Part 5: Admixtures for sprayed concrete Definitions, requirements, conformity, marking and labelling

    EN 934-6*) Admixtures for concrete, mortar and grout Part 6: Sampling, conformity control and evaluation of conformity

    EN 1008*) Mixing water for concrete Specification for sampling, testing and assessing the suitability of water, including water recovered from processes in the concrete industry, as mixing water for concrete

    EN 1504-3*) Products and systems for the protection and repair of concrete structures Definitions, requirements, quality control and evaluation of conformity Part 3: Structural and non structural repair

    EN 1542 Products and systems for the protection and repair of concrete structures Test methods Measurement of bond strength by pull-off

    EN 12350-2*) Testing fresh concrete Part 2: Slump test

    EN 12350-3*) Testing fresh concrete Part 3: Vebe test

    EN 12350-5*) Testing fresh concrete Part 5: Flow table test

    EN 12350-6*) Testing fresh concrete Part 6: Density

    EN 12390-5*) Testing hardened concrete Part 5: Flexural strength of test specimens

    EN 12390-7*) Testing hardened concrete Part 7: Density of hardened concrete

    EN 12390-8*) Testing hardened concrete Part 8: Depth of penetration of water under pressure

    EN 12504-1*) Testing concrete in structures Part 1: Cored specimens Taking, examining and testing in compression

    EN 12504-2*) Testing concrete in structures Part 2: Non-destructive testing Determination of rebound number

    EN 12620*) Aggregates for concrete

    EN 13412 Products and systems for the protection and repair of concrete structures Test methods Determination of modulus of elasticity in compression

    prEN 14487-2#) Sprayed concrete Part 2: Execution

    EN 14488-1*) Testing sprayed concrete Part 1: Sampling fresh and hardened concrete

    prEN 14488-2#) Testing sprayed concrete Part 2: Compressive strength of young sprayed concrete

    prEN 14488-3#) Testing sprayed concrete Part 3: Flexural strengths (first peak, ultimate and residual) of fibre reinforced beam specimens

    EN 14488-4*) Testing sprayed concrete Part 4: Bond strength of cores by direct tension

    prEN 14488-5#) Testing sprayed concrete Part 5: Determination of energy absorption capacity

    * Ver Anexo NA (informativo). #) data da publicao desta Norma Portuguesa, os prEN 14487-2, prEN 14488-2 e o prEN 14488-3, j so Normas Europeias EN 14487-2, EN 14488-2 e EN 14488-3, respectivamente. Ver Anexo NA (informativo) (nota nacional).

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    of fibre reinforced slab specimens

    prEN 14488-7#) Testing sprayed concrete Part 7: Fibre content of fibre reinforced concrete

    prEN 14889-1:2004#) Fibres for concrete Part 1: Steel fibres Definition, specification and conformity

    prEN 14889-2:2004#) Fibres for concrete Part 2: Polymer fibres Definition, specification and conformity

    ISO 758 Liquid chemical products for industrial use Determination of density at 20 degrees C

    ISO 6782 Aggregates for concrete Determination of bulk density

    ISO 6784 Concrete Determination of static modulus of elasticity in compression

    3 Termos e definies Para os fins desta Norma aplicam-se os seguintes termos e definies:

    3.1 Constituintes

    3.1.1 Adjuvantes

    3.1.1.1 adjuvantes para a composio base Material adicionado durante o processo de amassadura do beto em quantidade inferior ou igual a 5 % em massa da dosagem de cimento, para modificar as propriedades da beto no estado fresco ou endurecido. [EN 934-2*)]

    3.1.1.2 Adjuvantes para a projeco

    3.1.1.2.1 acelerador de presa do beto projectado Adjuvante destinado a desenvolver a presa e o endurecimento precoce do beto projectado diferente dos aceleradores de presa definidos e especificados na EN 934-2*). [EN 934-5*)]

    3.1.1.2.2 acelerador de presa no alcalino para beto projectado Acelerador de presa para beto projectado em conformidade com a seco 3.2.2 da EN 934-5:2005 em que o teor de lcalis inferior a 1 % da massa do adjuvante. [EN 934-5*)]

    #) data da publicao desta Norma Portuguesa, os prEN 14488-5, prEN 14488-7, prEN 14889-1 e o prEN 14889-2, j so Normas Europeias EN 14488-5, EN 14488-7, EN 14889-1 e EN 14889-2, respectivamente. Ver Anexo NA (informativo) (nota nacional).

    *) Ver Anexo NA (informativo).

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    3.1.2 adies Material finamente dividido utilizado no beto com a finalidade de lhe melhorar certas propriedades ou obter propriedades especiais. [EN 206-1*)]

    3.1.3 cimento Material inorgnico finamente modo que, quando misturado com a gua, forma uma pasta que faz presa e endurece por meio de reaces e processos de hidratao e que, depois de endurecer, mantm a sua resistncia e estabilidade mesmo debaixo de gua. [EN 206-1*)]

    3.1.4 agregado Material granular usado na construo. Um agregado pode ser natural, artificial ou reciclado. [EN 12620*)]

    3.1.5 Fibras

    3.1.5.1 fibras de ao Elementos direitos ou deformados provenientes de fio de ao estirado a frio, de chapa cortada, extrados a quente, de fio estirado a frio por aplainamento ou de blocos de ao por fresagem. As fibras devem poder ser homogeneamente misturadas no beto ou argamassa. [prEN 14889-1*)]

    3.1.5.2 fibras polimricas Fibras polimricas podem ser elementos direitos ou deformados de material extrudido, orientado ou cortado, apto para ser misturado homogeneamente com o beto ou a argamassa e que no afectado ao longo do tempo pelo elevado pH do beto. [prEN 14889-2*)]

    3.2 Produto

    3.2.1 composio base Mistura de cimento, de agregados e outros constituintes destinados a alimentar a mquina de projeco, exceptuando os componentes adicionados na agulheta. A composio base pode ser seca ou hmida. A composio base pode tambm conter:

    adies; adjuvantes; fibras; gua.

    3.2.2 composio seca

    3.2.2.1 composio seca preparada em fbrica Composio base com um teor mnimo de humidade no superior a 0,5 % em massa, a utilizar na projeco por via seca (excluindo qualquer componente adicionado na agulheta).

    *) Ver Anexo NA (informativo).

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    3.2.2.2 composio seca preparada no local Composio base em que o teor mnimo de humidade no ultrapassa 6 % em massa, a utilizar na projeco por via seca.

    3.2.3 beto projectado reforado com fibras Beto projectado que inclui fibras destinadas a melhorar certas propriedades do beto.

    3.2.4 beto projectado fresco Beto antes de fazer presa.

    3.2.5 ressalto (ou rechao) Parte do material que, tendo sido projectado atravs da agulheta, no adere superfcie de aplicao.

    3.2.6 beto projectado de referncia Beto projectado que no contm adjuvantes para a projeco. NOTA: Esta definio no se aplica ao beto projectado produzido com a ajuda duma composio seca preparada em fbrica, contendo adjuvantes para a projeco. Neste caso, a compatibilidade do adjuvante dever ser controlada de acordo com a EN 934-5. O beto projectado de referncia igualmente utilizado como material de referncia para avaliar as variaes no tempo das propriedades mecnicas do beto projectado (por exemplo, as perdas de resistncia).

    3.2.7 beto projectado Beto produzido com a composio base, projectado por via pneumtica com a ajuda de uma agulheta para produzir uma massa densa e homognea pela sua prpria energia cintica.

    3.2.8 composio hmida Composio base utilizada na projeco por via hmida.

    3.2.9 beto projectado jovem Beto projectado com a idade mxima de 24 h.

    3.3 Procedimento

    3.3.1 cura Conjunto de medidas que permite reduzir as evaporaes nocivas que emanam do beto.

    3.3.2 transporte em fluxo denso Transporte por bombagem duma composio hmida at agulheta, onde projectada por via pneumtica e compactada por meio de ar comprimido. O transporte em fluxo denso s pode ser utilizado na projeco por via hmida.

    3.3.3 projeco por via seca Mtodo de projeco duma composio seca (a quantidade necessria de gua adicionada na agulheta).

    3.3.4 agulheta (ou lana) Termo geral que designa a extremidade da linha de transporte e com a ajuda da qual o beto projectado. Ela constituda por uma unidade na qual so misturados, dependendo do procedimento, a gua, o ar comprimido ou adjuvantes e injectados no fluxo da composio base.

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    3.3.5 transporte em fluxo diludo Transporte da composio base atravs de mangueiras ou tubos num fluxo contnuo de ar comprimido at agulheta, onde a fora de transporte utilizada para projectar e compactar a composio.

    3.3.6 projeco por via hmida Mtodo de projeco de uma composio hmida com uma razo gua/cimento estabilizada.

    3.4 Propriedades

    3.4.1 resistncia em idade jovem Resistncia desenvolvida pelo beto projectado jovem.

    3.4.2 capacidade de absoro de energia Energia, em Joules, absorvida pela carga de uma placa reforada com fibras, em conformidade com o descrito no prEN 14488-5*).

    3.4.3 resistncia mxima flexo

    Tenso correspondente carga ao nvel do primeiro pico de carga que um beto reforado com fibras pode suportar, quando submetido a um ensaio de flexo em conformidade com o prEN 14488-3*).

    3.4.4 durao de utilizao Tempo entre a amassadura e o fim da projeco da composio base. Esta depende do tipo e quantidade de cimento, teor de humidade da composio seca e da temperatura.

    3.4.5 resistncia residual flexo Tenso calculada no beto reforado com fibras, correspondendo a uma carga sobre a curva carga/flecha registadas no decurso do ensaio de flexo em conformidade com o prEN 14488-3*).

    3.4.6 resistncia ltima flexo Tenso correspondente carga mxima que um beto reforado com fibras pode suportar, quando submetido a um ensaio de flexo em conformidade com a EN 12390-5*) e o prEN 14488-3*).

    3.5 Execuo

    3.5.1 estrutura independente Estrutura formada por projeco de beto contra uma cofragem temporria ou permanente, sem ligao ao solo ou a uma estrutura existente.

    3.5.2 reparao Substituio de partes de elementos de beto ou de alvenaria, de m qualidade ou deterioradas.

    3.5.3 efeito sombra Fenmeno de beto mal compactado ou com vazios na parte posterior de um varo da armadura, por exemplo, sobre o qual a projeco efectuada de um s lado.

    *) Ver Anexo NA (informativo).

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    3.5.4 reforo/suporte de terreno Formao de uma estrutura compsita, temporria ou permanente, por projeco do beto sobre o terreno.

    3.5.5 substrato Superfcie na qual aplicado o beto projectado.

    3.5.6 melhoria da superfcie Camada de beto projectado utilizada para melhorar a durabilidade ou o aspecto da estrutura.

    3.5.7 reforo Colocao de beto projectado adicional com ou sem armadura de forma a aumentar a capacidade portante ou a integridade da estrutura.

    3.6 Operadores

    3.6.1 porta-agulheta (ou porta-lana) Operador que controla e regula a aplicao do beto projectado.

    3.7 Ensaio e inspeco

    3.7.1 ensaio preliminar do beto projectado Ensaio(s) para verificar se a composio do beto projectado satisfaz no estado fresco e endurecido todos os requisitos especificados.

    3.7.2 ensaio antes da projeco Ensaio(s) realizado(s) com o pessoal, os materiais, os equipamentos e os mtodos de projeco propostos que o empreiteiro executa antes de iniciar a projeco do beto para verificar que as propriedades especificadas so respeitadas.

    3.7.3 inspeco Conjunto de actividades que permite verificar se a execuo est de acordo com as especificaes de projecto.

    3.7.4 categoria de inspeco Conjunto de propriedades e de frequncias de inspeco, seleccionadas em funo do nvel de risco e da vida til da estrutura.

    3.7.5 avaliao da conformidade Exame sistemtico visando determinar em que medida um procedimento de produo e um produto so capazes de satisfazer os requisitos especificados.

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    4 Classificao

    4.1 Consistncia da composio hmida

    No presente documento, a classificao da consistncia do beto fresco, definida na EN 206-1*), deve aplicar-se ao beto fresco antes da projeco.

    4.2 Classes de exposio

    Os valores limite para a composio em funo das classes de exposio indicadas na EN 206-1 aplicam-se ao beto projectado com as seguintes excepes:

    *)

    a dosagem de cimento na composio base deve ser no mnimo de 300 kg/m ; 3

    a recomendao referente ao teor mnimo de ar no aplicvel**). NOTA: Os mtodos de ensaio actualmente disponveis para medio do teor de ar no so fiveis para beto projectado fresco.

    4.3 Beto projectado jovem

    O beto projectado jovem pode tambm ser classificado em funo de gamas de desenvolvimento significativo da resistncia na idade jovem. A classificao baseia-se na zona mdia da taxa de endurecimento tpica em funo do processo de produo escolhido e dos seus requisitos.

    Quando especificado, o desenvolvimento da resistncia do beto projectado jovem deve integrar-se numa das classes J1, J2 ou J3 de resistncia na idade jovem, definidas na Figura 1. A classe J1 definida no mnimo por 3 pontos (resistncia compresso em funo do tempo)1 situados na zona compreendida entre as linhas A e B, a classe J2 definida na zona compreendida entre as linhas B e C e a classe J3 na zona situada acima da linha C.

    O desenvolvimento da resistncia na idade jovem deve ser determinado pelo mtodo da penetrao duma agulha conforme descrito no prEN 14488-2*) (mtodo A) ou pelo mtodo da cravao dum prego com cabea roscada definido no prEN 14488-2*) (mtodo B), de acordo com a gama de resistncias pretendida (ver Quadro 1).

    Quadro 1 Gama de resistncias do beto projectado jovem determinada com a ajuda de diferentes mtodos de ensaio

    Mtodo

    Gama de resistncia do beto projectado jovem

    (MPa)

    prEN 14488-2*) Mtodo A 0,2 a 1,2

    prEN 14488-2*) Mtodo B 2 a 16

    *) Ver Anexo NA (informativo). *) Ver Anexo NA (informativo). **) Estas disposies substituem, para o beto projectado, o que est estabelecido no DNA 5.3.2 da NP EN 206-1 (nota nacional). 1 Os intervalos de tempo recomendados para avaliao das resistncias so: 0 h a 1 h; 4 h a 6 h; 12 h a 24 h.

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    NOTA: Os mtodos de ensaio actualmente disponveis no cobrem na ntegra as classes de resistncia expectveis do beto projectado jovem.

    Legenda:

    X Minutos

    Y Resistncia compresso fG em N/mm2

    Z Horas

    Figura 1 Classes de resistncia do beto projectado jovem

    4.4 Resistncia compresso

    A resistncia compresso do beto projectado jovem classificada em conformidade com a EN 206-1.

    4.5 Beto projectado reforado com fibras

    4.5.1 Generalidades

    O beto projectado reforado com fibras apresenta propriedades adicionais ou complementares, algumas das quais esto relacionadas com a resistncia residual flexo e a capacidade de absoro de energia. As informaes guia relativas aos princpios de classificao esto definidas no Anexo A.

    4.5.2 Classes de resistncia residual flexo

    A classificao da resistncia residual flexo efectuada especificando o nvel de resistncia numa certa gama de deformao de acordo com o Quadro 2, determinado de acordo com o prEN 14488-3*) e em conformidade com a combinao de smbolos para a gama de deformao e nvel de resistncia

    *) Ver Anexo NA (informativo).

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    especificados. Por exemplo, a classe D2S2 significa que a resistncia residual flexo deve ser superior a 2 MPa para uma flecha entre 0,5 mm e 2 mm.

    Quadro 2 Definio das classes de resistncia residual flexo

    Classe de deformao Nvel de resistncia (resistncia mnima, MPa)

    Flecha (mm) S1 S2 S3 S4

    D1 0,5 a 1 D2 0,5 a 2 D3 0,5 a 4

    1

    2

    3

    4

    4.5.3 Capacidade de absoro de energia

    Se a capacidade de absoro de energia do material for especificada, ela deve ser determinada a partir de um provete ensaiado de acordo com o prEN 14488-5*).

    Quadro 3 Definio das classes de absorpo de energia

    Classe de absoro de energia Absoro de energia em Joules, para uma flecha inferior ou igual a 25 mm

    E500 500 E700 700

    E1000 1000

    5 Requisitos relativos ao beto projectado

    5.1 Requisitos relativos aos constituintes

    Os constituintes no devem conter substncias prejudiciais em quantidades que possam diminuir a durabilidade do beto ou de causar a corroso das armaduras e devem ser adequados utilizao prevista do beto projectado.

    Quando estabelecida a aptido geral ao uso para um constituinte, tal no significa aptido em todas as situaes e em todas as composies do beto projectado.

    S os constituintes com aptido ao uso estabelecida para a aplicao especfica devem ser utilizados no beto projectado conforme com o presente documento.

    A aptido geral ao uso de um constituinte estabelecida quando ele est em conformidade com os requisitos de uma Norma Europeia. Os requisitos relativos aos materiais constituintes esto especificados no Quadro 4.

    Em alternativa, se a Norma Europeia no abrange o material particular ou o desempenho pretendido, ou se o material no satisfaz os requisitos duma Norma Europeia, a verificao da aptido ao uso pode resultar de:

    uma Aprovao Tcnica Europeia que se refira especificamente ao uso do material para o beto projectado respondendo aos requisitos do presente documento;

    Normas e disposies nacionais relevantes vlidas no local de utilizao do beto projectado, que se refiram especificamente ao uso do material para beto projectado conforme com o presente documento.

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    Quadro 4 Requisitos relativos aos constituintes

    Constituinte Requisitos

    Cimento A aptido ao uso deve estar estabelecida para o cimento conforme com a EN 197-1*)

    Agregados A aptido ao uso para a aplicao especificada deve estar estabelecida para os agregados conformes com a EN 12620*) ou a EN 13055-1*).

    gua de amassadura A gua de amassadura deve estar conforme com a EN 1008*). Adjuvantes Os adjuvantes devem estar conformes com a EN 934-2*) e/ou a

    EN 934-5*) e EN 934-6*). Adies (incluindo fleres minerais e pigmentos)

    As adies devem estar conformes com os requisitos como especificado na EN 206-1*).

    Beto projectado modificado por polmeros

    O beto projectado modificado por polmeros utilizado em reparaes deve estar conforme com a EN 1504-3*).

    Fibras As fibras devem estar conformes com os prEN 14889-1*) e prEN 14889-2*).

    5.2 Requisitos relativos composio do beto projectado

    5.2.1 Generalidades

    As propores da composio base devem ser escolhidas de forma a satisfazer todos os critrios de desempenho relativos ao beto fresco e endurecido, nomeadamente os relativos consistncia, densidade, resistncia, durabilidade, proteco das peas em ao contra a corroso tendo em conta as tcnicas actuais e a quantidade de ressalto e poeiras resultantes dos trabalhos de projeco.

    Os requisitos para a composio do beto projectado e para as propriedades resultantes das classes de exposio dependem da vida til prevista para a estrutura em beto projectado e devem estar conforme com os requisitos da EN 206-1*).

    Os valores relativos composio do beto aplicam-se ao beto aps projeco e tm em considerao a influncia da gua e dos adjuvantes aceleradores no procedimento de projeco, bem como no ressalto.

    A obteno da vida til depende dos elementos seguintes:

    da projeco e da cura do beto em conformidade com o prEN 14487-2*); do recobrimento apropriado das armaduras ou duma espessura suplementar de beto projectado, se

    necessria. No caso de reforo com fibras de ao, os requisitos relativos ao recobrimento no se aplicam;

    do beto projectado ser utilizado no ambiente para cujos valores limite particulares foi dimensionado; da manuteno prevista sem reparaes importantes.

    *) Ver Anexo NA (informativo).

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    5.2.2 Composio do beto

    Quadro 5 Requisitos relativos composio do beto

    Constituinte Requisitos e mtodos de ensaio Utilizao de cimento

    O tipo de cimento deve ser especificado tendo em conta a influncia da temperatura corrente e do calor de hidratao sobre o tempo de trabalhabilidade requerido, os requisitos relativos ao desenvolvimento da resistncia e resistncia final, bem como as condies de cura. Se necessrio, deve ser verificado por meio de um mtodo adequado. Para as estruturas permanentes, as condies ambientais a que o beto projectado exposto devem estar conformes com a EN 206-1*)#), bem como as medidas relativas resistncia s reaces alcalis-slica que devem estar conformes com a EN 206-1**).

    Utilizao de agregados

    Devem ser consideradas as medidas relativas resistncia s reaces alcalis-slica em conformidade com a EN 206-1**).

    Utilizao de adjuvantes

    No devem ser excedidas as limitaes aplicveis ao emprego de adjuvantes mencionadas na EN 934-2*) e no prEN 934-5*).

    Utilizao de adies

    A utilizao de adies para as estruturas permanentes deve estar conforme com a EN 206-1***).

    Teor de cloretos O teor de cloretos no beto projectado para estruturas permanentes no deve exceder os valores definidos na EN 206-1, Quadro 10, para a classe especificada****). Para o beto projectado reforado com fibras de ao, aplicam-se os valores relativos s armaduras de ao.

    Razo gua/cimento

    Para as estruturas permanentes, as condies ambientais a que o beto projectado exposto devem estar conforme com a EN 206-1*). Quando a razo gua/cimento da composio hmida especificada, deve ser calculada de acordo com a EN 206-1*).

    Beto reforado com fibras Utilizao de fibras

    As fibras de ao e as fibras polimricas devem estar conforme com o prEN 14889-1*) e o prEN 14889-2*); outros tipos de fibra devem estar conforme com 5.1.1. As fibras devem ser adicionadas de forma a obter uma distribuio homognea.

    *) Ver Anexo NA (informativo). #) A utilizao de cimentos que tenha em conta as condies ambientais considerada no DNA 5.3.2 da NP EN 206-1 (nota nacional). **) A resistncia reaco lcalis-slica considerada no DNA 5.2.3.4 da NP EN 206-1 (nota nacional). ***) A utilizao de adies considerada nos DNA 5.2.5.1 e DNA 5.2.5.3 da NP EN 206-1 (nota nacional). ****) As classes de teor de cloretos em Portugal esto especificadas no DNA 5.2.7 da NP EN 206-1 (nota nacional).

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    5.3 Requisitos da composio base

    Quadro 6 Requisitos da composio base fresca

    Propriedade Requisitos e mtodos de ensaio

    Consistncia da composio base fresca

    A consistncia da composio base hmida deve estar especificada em conformidade com a EN 206-1*). A consistncia do beto projectado reforado com fibras deve ser determinada em conformidade com a EN 12350-3*) (ensaio Vb).

    Temperatura A composio base antes da aplicao deve ter uma temperatura compreendida entre 5 C e 30 C, de forma a manter as condies de trabalhabilidade e evitar efeitos prejudiciais na presa.

    NOTA: A consistncia requerida para a projeco do beto depende do modo de transporte e do mtodo de aplicao.

    5.4 Requisitos do beto projectado fresco

    Quadro 7 Requisitos relativos ao beto projectado fresco

    Propriedade Requisitos e mtodos de ensaio

    Massa volmica A massa volmica deve ser determinada de acordo com a EN 12350-6*).

    Dosagem de fibras A dosagem de fibras deve ser determinada a partir de uma amostra fresca de acordo com o prEN 14488-7*). Salvo especificao em contrrio, a amostra deve ser obtida no local.

    5.5 Requisitos relativos ao beto projectado endurecido

    Quando especificado e tal como requerido no Quadro 9, os requisitos devem satisfazer o Quadro 8. No caso do beto de composio prescrita, deve ser especificada no mnimo a resistncia compresso do beto.

    Quadro 8 Requisitos relativos ao beto endurecido

    Propriedade Requisitos e mtodos de ensaio Resistncia na idade jovem

    Pode determinar-se, em conformidade com o prEN 14488-2*), uma estimativa da resistncia compresso na idade jovem.

    Resistncia compresso

    A resistncia compresso do beto projectado expressa e definida em conformidade com a EN 206-1*. A resistncia deve ser determinada em ensaios efectuados aos 28 d em conformidade com a EN 12504-1*, em carotes extradas da estrutura de beto projectado em conformidade com a EN 12504-1* ou de painis de beto projectado em conformidade com a EN 14488-1*. O seu dimetro mnimo deve ser 50 mm e a relao altura /dimetro deve ser igual a 1,0 ou 2,0 e os provetes devem ser ensaiados em conformidade com a EN 12504-1*. NOTA: A relao comprimento/dimetro dever ser: - 2,0 se o valor da resistncia for para comparar com a resistncia do cilindro; - 1,0 se o valor da resistncia for para comparar com a resistncia do cubo.

    (continua)

    *) Ver Anexo NA (informativo).

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    Quadro 8 Requisitos relativos ao beto endurecido (concluso)

    Propriedade Requisitos e mtodos de ensaio

    Massa volmica

    A massa volmica do beto endurecido deve ser determinada em conformidade com a EN 12390-7*).

    Mdulo de elasticidade

    O mdulo de elasticidade em compresso deve ser determinado em conformidade com aISO 6784, com excepo das reparaes onde deve ser aplicada a EN 13412*).

    Resistncia flexo

    A resistncia flexo deve ser determinada em conformidade com a EN 12390-5*) para o beto projectado sem fibras, excepto se ela for para comparar com a do beto projectado reforado com fibras, situao em que deve ser utilizado o prEN 14488-3*).

    Resistncia penetrao da gua

    A resistncia penetrao da gua deve ser determinada em conformidade com a EN 12390-8*). A profundidade de uma amostra in situ pode ser reduzida se a espessura da camada for inferior a 150 mm. A profundidade deve ser suficiente para evitar uma penetrao completa. Adicionalmente devem ser especificados a direco de penetrao da gua e o mtodo de preparao da superfcie. O valor da penetrao no deve ultrapassar 50 mm. O ensaio usualmente realizado aos 28 d.

    Resistncia ao gelo/degelo

    NOTA: Actualmente no est disponibilizada nenhuma Norma Europeia. Deste modo, conveniente referir normas nacionais num Anexo Nacional a esta Norma.

    Aderncia ao substrato

    A aderncia deve ser determinada para os materiais de reparao em conformidade com a EN 1542, com excepo do tamanho do molde, que no deve ser inferior a 500 mm 500 mm para obter um bordo pelo menos com 100 mm a fim de eliminar o material defeituoso nos bordos dos provetes. O acabamento da superfcie deve ser realizado com uma colher enquanto o beto estiver hmido ou rectificado se estiver endurecido. Caso contrrio, os ensaios devem ser efectuados sobre carotes em conformidade com a EN 14488-4*).

    Beto projectado reforado com fibras

    Resistncia mxima flexo

    A resistncia mxima flexo deve ser expressa como o valor mdio da resistncia mxima em conformidade com o prEN 14488-3*). O ensaio normalmente realizado aos 28 d.

    Resistncia ltima flexo

    A resistncia ltima flexo do beto projectado reforado com fibras deve ser expressa como ffl quando determinada em conformidade com o prEN 14488-3*). Salvo especificao em contrrio, os ensaios devem ser realizados aos 28 d.

    Resistncia residual flexo

    A classe de resistncia residual flexo do beto reforado com fibras deve ser determinada por um nvel de deformao especificada. A curva tenso-flecha deve ser determinada em conformidade com o prEN 14488-3*). O ensaio normalmente realizado aos 28 d.

    Dosagem de fibras

    Quando no possvel determinar a dosagem de fibras com a ajuda de uma amostra de beto fresco, utilizar uma amostra de beto endurecido em conformidade com o prEN 14488-7*). Salvo especificaes contrrias, a amostra deve ser extrada no local.

    Capacidade de absoro de energia

    A capacidade de absoro de energia deve ser expressa em capacidade mdia de absoro de energia, determinada em conformidade com o prEN 14488-5*). A absoro de energia especificada para a classe requerida deve cumprir os requisitos do Quadro 3. O ensaio normalmente realizado aos 28 d.

    *) Ver Anexo NA (informativo).

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    6 Especificao para beto projectado

    6.1 Generalidades

    O beto projectado deve ser especificado ou como um beto de comportamento especificado referindo a classificao indicada na seco 4 e os requisitos indicados na seco 5, ou como um beto de composio prescrita baseado nos resultados dos ensaios iniciais ou na informao resultante de experincias de longa durao sobre beto projectado comparvel. Quando so especificadas as categorias de inspeco 2 e 3 (ver 7.2), s devem ser usados betes de comportamento especificado. Quando se aplica a categoria 1, possvel utilizar betes de composio prescrita.

    Os requisitos bsicos para o beto projectado devem ser indicados em todos os casos e, quando requerido, os requisitos adicionais.

    6.2 Requisitos para especificao do beto projectado de comportamento especificado

    6.2.1 Requisitos bsicos

    consistncia (se adequado); classe de resistncia compresso; classe de exposio; classe de teor de cloretos; categoria de inspeco; mxima dimenso nominal dos agregados. No caso do beto projectado reforado com fibras:

    resistncia residual flexo; ou

    capacidade de absoro de energia. 6.2.2 Requisitos adicionais

    A especificao do beto pode igualmente conter requisitos adicionais tais como:

    dosagem de cimento; requisitos especiais relativos s propriedades do cimento (por exemplo, cimento resistente aos sulfatos); razo gua/cimento mxima relacionada com as classes de exposio; desenvolvimento da resistncia na idade jovem; resistncia penetrao da gua; aderncia ao suporte; resistncia ao gelo/degelo (com ou sem sais descongelantes); mdulo de elasticidade.

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    No caso de beto reforado com fibras:

    resistncia mxima flexo; resistncia ltima flexo.

    6.3 Requisitos para a especificao de beto projectado de composio prescrita

    6.3.1 Requisitos bsicos

    O beto de composio prescrita deve ser especificado com os seguintes requisitos bsicos:

    tipo e a classe de cimento; dosagem de cimento; consistncia, para as composies hmidas (ver Quadro 6); razo gua/cimento; tipo de agregados e as limitaes relativas granulometria; tipo e a quantidade de adjuvantes; tipo e a quantidade de adies; origem de todos os constituintes do beto; categoria de inspeco. No caso de beto reforado com fibras:

    caractersticas das fibras (conforme definido no prEN 14889-1*) e prEN 14889-2*) e dosagem de fibras. 6.3.2 Requisitos adicionais

    A especificao do beto de composio prescrita pode igualmente conter dados adicionais, tais como:

    requisitos suplementares relativos ao agregado; requisitos especiais relativos temperatura da composio base.

    7 Avaliao da conformidade

    7.1 Generalidades

    O controlo da conformidade compreende uma combinao de aces e de decises que devem respeitar as regras de conformidade anteriormente adoptadas para verificar a conformidade do beto projectado com as especificaes.

    A conformidade deve ser avaliada por meio de um controlo anterior projeco bem como um ensaio durante a projeco e ser aplicado em conformidade com a categoria de inspeco aplicvel. O controlo de produo compreende o controlo do processo e o controlo do beto projectado.

    *) Ver Anexo NA (informativo).

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    A conformidade ou a no-conformidade determinada em funo dos critrios de conformidade e vlida para os ensaios antes da projeco assim como para os ensaios de produo. A verificao da conformidade conduz aceitao do produto enquanto que a no-conformidade deve conduzir a aces correctivas.

    Se os resultados dos ensaios de conformidade no cumprirem os requisitos, devem ser efectuados ensaios suplementares em carotes extradas da estrutura, em conformidade com a EN 12504-1*), ou uma combinao de ensaios sobre carotes e ensaios no-destrutivos sobre a estrutura, por exemplo em conformidade com a EN 12504-2*).

    7.2 Categorias de inspeco

    Para o controlo da conformidade do beto projectado, deve ser especificada uma das seguintes categorias de inspeco:

    categoria de inspeco 1; categoria de inspeco 2; categoria de inspeco 3. A escolha da categoria deve ser realizada pelo projectista e pelo proprietrio, baseada nas caractersticas do projecto, do grau de risco e da vida til requerida. Os Quadros A.1 a A.3 fornecem orientaes para a escolha das categorias de inspeco. NOTA: Os Quadros A.1 a A.3 fornecem orientaes para a escolha das categorias de inspeco. O regime de inspeco est sujeito a disposies nacionais vlidas no local de utilizao do beto projectado.

    7.3 Ensaios anteriores construo

    Os ensaios antes da construo devem ser efectuados em conformidade com o Quadro 9, salvo especificao contrria do sistema de controlo de produo (Manual do controlo da produo do produtor). A quantidade de beto projectado utilizado nos ensaios deve ser suficiente para obter um escoamento uniforme.

    Ele deve garantir que os requisitos podem ser satisfeitos antes do incio da projeco.

    Os ensaios antes da construo devem ser realizados com o mesmo pessoal, os mesmos materiais, os mesmos equipamentos e o mesmo mtodo de projeco que os utilizados durante a produo.

    Quando tiver sido adquirida uma grande experincia com equipamentos de beto projectado similares e com o mesmo pessoal, os ensaios anteriores projeco no so necessrios. A concepo do beto e a sua formulao devem ser estabelecidos de novo em caso de alterao significativa dos constituintes, da composio, do pessoal e dos equipamentos como indicado abaixo:

    aumento da razo gua/cimento; modificao do tipo de agregado ou de fornecedor; modificao da mxima dimenso do agregado; mudana dos adjuvantes ou das adies; modificao do tipo, da classe ou da origem do cimento; mudana do tipo de fibra ou do fornecedor.

    *) Ver Anexo NA (informativo).

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    Quadro 9 Ensaios anteriores construo Requisitos relativos ao beto projectado de comportamento especificado

    Tipo de trabalho Reparao e reforo

    Estruturas independentes

    Reforo/suporte do terreno

    Categoria de inspeco: 1 2 3 1 2 3 1 2 3

    Propriedades Consistncia da composio

    Desenvolvimento da resistncia na idade jovem

    Resistncia compresso

    Mdulo de elasticidade

    Aderncia ao suporte

    Resistncia ltima flexo

    Resistncia mxima flexoa

    Resistncia residual flexo a,b

    Capacidade de absoro de energia a,b

    Resistncia ao gelo/degelo (com ou sem sais descongelantes)

    Resistncia penetrao da gua

    Composio Dosagem de fibras a

    Teor mximo de cloretos

    a Unicamente para beto projectado reforado com fibras.

    b Pode especificar-se a resistncia residual flexo ou a capacidade de absoro de energia.

    7.4 Controlo de produo

    7.4.1 Generalidades

    O controlo de produo engloba todas as medidas necessrias para manter e regular a qualidade do beto projectado em conformidade com os requisitos especificados.

    O controlo de produo deve ter em conta as caractersticas do projecto, nomeadamente o grau de risco e a vida til expectvel.

    O controlo de produo compreende as seguintes operaes:

    o controlo dos constituintes (Quadro 10); o controlo da composio base (Quadro 11); o controlo das propriedades do beto projectado (Quadro 12). NOTA: O controlo de produo tratado no prEN 14487-2.

    Devem registar-se todos os elementos relevantes do processo.

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    7.4.2 Controlo dos constituintes

    O controlo dos constituintes deve ser efectuado de acordo com o Quadro 10.

    Quadro 10 Controlo dos constituintes

    Frequncia mnima de amostragem Constituinte Inspeco/Ensaio Objectivo Categoria 1 Categoria 2 Categoria 3

    1 Cimentos Inspeco da guia de remessa

    Assegurar que o tipo e a origem esto correctos

    Cada entrega

    2 Inspeco da guia de remessaa

    Assegurar que o tipo e a origem esto correctos

    Cada entrega

    Agregados

    3 Anlise granulomtrica de acordo com a EN 933-1*) ou informa-es cedidas pelo produtor de agregados

    Assegurar a conformidade com a norma ou outra granulometria acordada

    Primeira entrega de nova origem

    4 Determinao de impu-rezas ou informao dada pelo produtor de agregados (em conformi-dade com a EN 12620*)

    Avaliar a presena e a quantidade de impurezas

    Primeira entrega de nova origem

    5 Controlo adicional para beto leve

    Ensaio de acordo com a ISO 6782

    Medir a massa volmica aparente

    Primeira entrega de nova origem

    Em caso de dvida, deve ser efectuado um controlo adequado dos constituintes, independentemente de qualquer categoria de inspeco. 6

    Verificao da guia de remessa e da etiqueta do contentor em conformi-dade com a EN 934-6*).

    Assegurar que o forneci-mento est conforme o pedido e correctamente marcado.

    Cada entrega

    7

    Adjuvantesb

    Determinao da massa volmica para os adju-vantes lquidos em confor-midade com a ISO 758.

    Comparar com os valores declarados pelo produtor.

    Em caso de dvida

    8 Adies em p

    Verificao da guia de remessa

    Assegurar que o forneci-mento est conforme o pedido e de origem correcta

    Cada entrega

    9 Verificao da guia de remessa

    Assegurar que o forneci-mento est conforme o pedido e de origem correcta

    Cada entrega

    Adies em suspenso

    10 Ensaio da massa volmica conforme a ISO 758

    Verificar a uniformidade. Cada entrega

    11 gua Ensaio em conformidade com a EN 1008

    Assegurar que a gua no tem constituintes nocivos

    Se a gua no for potvel, em caso de mudana de fornecedor ou de dvida

    (continua) *) Ver Anexo NA (informativo).

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    Quadro 10 Controlo dos constituintes (concluso)

    Frequncia mnima de amostragem Constituinte Inspeco/Ensaio Objectivo Categoria 1 Categoria 2 Categoria 3

    12 Fibras Verificao do compri-mento, do dimetro e da forma, em conformidade com o prEN 14889-1*) e o prEN 14889-2*)

    Assegurar que o forneci-mento est conforme o pedido e de origem correcta

    Cada entrega

    a A guia de remessa ou a ficha tcnica do produto devem tambm conter informao sobre o mximo teor de cloretos e devem possuir uma classificao respeitante s reaces lcalis-slica de acordo com as disposies vlidas no local de utilizao do beto**). A guia de remessa deve conter ou ser acompanhada de uma declarao ou certificado de conformidade, de acordo com a Norma ou com a especificao aplicvel.

    b Recomenda-se que sejam colhidas e armazenadas amostras, em cada entrega.

    7.4.3 Controlo da composio base

    O controlo da composio base deve ser efectuado em conformidade com o Quadro 11.

    Quadro 11 Controlo da composio base

    Frequncia mnima de ensaio Tipo de ensaio Inspeco/ensaio Objecto

    Categoria 1 Categoria 2 Categoria 3 1 Consistncia

    quando utili-zada a via hmida

    Ensaio realizado em conformidade com a EN 12350-2*) ou a EN 12350-5*)

    Avaliar a conformi-dade com a classe de resistncia requerida e veri-ficar eventuais variaes da dosagem de gua

    No incio da produo

    2 Dosagem de adjuvantes com excepo de aceleradores

    Registo da quantidade adicionada

    Verificar a dosagem

    Facultativo Cada lote

    3 Dosagem de adies

    Registo da quantidade adicionada

    Verificar a dosagem

    Facultativo Cada lote

    4 Dosagem de fibras

    Registo da quantidade adicionada

    Verificar a dosagem

    Cada lote

    7.4.4 Controlo das propriedades do beto projectado

    Se os ensaios so requeridos na especificao de projecto, o beto projectado deve ser ensaiado em conformidade com o Quadro 12.

    *) Ver Anexo NA (informativo). **) A resistncia reaco lcalis-slica considerada no DNA 5.2.3.4 da NP EN 206-1 (nota nacional).

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    Podem ser aplicados outros mtodos de ensaio alm dos listados no Quadro 12, se a sua aptido ao uso for demonstrada e se o produtor apresentar a declarao.

    As frequncias de ensaio correspondem situao de produo contnua normal. Dever ser aplicada uma frequncia de ensaio quatro vezes superior no incio de um perodo de produo contnua ou durante certas fases crticas do projecto. Contudo, normalmente no dever ser necessrio mais de dois ensaios por dia de trabalho.

    Aps ter obtido consecutivamente quatro resultados aceitveis, deve ser aplicada a frequncia normal de ensaio.

    A taxa nominal mnima de amostragem de ensaio para o controlo de produo do beto deve ser aquela que permitir obter o maior nmero de amostras.

    As frequncias mnimas de amostragem so vlidas para os volumes e zonas de produo indicadas no Quadro 12. Para volumes ou reas inferiores aos do Quadro 12, deve obter-se no mnimo uma amostra.

    Quadro 12 Controlo das propriedades do beto projectado

    Frequncia mnima de amostragem

    Reforo/suporte do terreno

    Reparaes e reforo Estruturas independentes

    Tipo de ensaio

    Inspeco/ ensaio em

    conformidade com Cat. 1 Cat. 2 Cat. 3 Cat. 1 Cat. 2 Cat. 3 Cat. 1 Cat. 2 Cat. 3

    Controlo do beto fresco 1 Razo gua/ci-

    mento do beto fresco quando se usa o mtodo da composio hmida

    Por clculo ou por mtodo de ensaio

    Diaria-mente

    Diaria-mente

    Diaria-mente

    2 Acelerador Por clculo a partir do registo da quantidade acordada

    Diaria-mente

    Diaria-mente

    Diaria-mente

    3 Dosagem de fibras no beto fresco

    Em conformi-dade com o prEN 14488-7

    mn 1 1/200 m3 ou 1/1000 m2

    1/100 m3 ou 1/500 m2

    mn 1 1/500 m2 ou mn 2

    1/250 m3 ou mn 3

    1/200 m3 ou 1/1 000 m2 ou mn 1

    1/100 m3 ou 1/500 m2 ou mn 2

    1/50 m3 ou 1/250 m2 ou mn 3

    Controlo do beto endurecido 4 Ensaio de resis-

    tncia do beto projectado jovem

    prEN 14488-2* 1/5000 m2 ou ms

    1/2500 m2 ou 1/ ms

    1/250 m2 ou 2/ ms

    5 Resistncia compresso

    EN 12504-1* 1/1000 m3 ou 1/5000 m2

    1/500 m3 ou 1/2500 m2

    1/250 m3 ou 1/1250 m2

    1/500 m3 ou 1/2500 m2 ou mn 1

    1/100 m3 ou 1/500 m2 ou mn 2

    1/50 m3 ou 1/250 m2 ou mn 3

    1/500 m3 ou 1/2500 m2 ou mn 1

    1/100 m3 ou 1/500 m2 ou mn 2

    1/50 m3 ou 1/250 m2 ou mn 3

    6 Massa volmica do beto endurecido

    EN 12390-7* Quando analisada a resistncia compresso

    Quando analisada a resistncia compresso

    Quando analisada a resistncia compresso

    7 Resistncia pene-trao da gua

    EN 12390-8* 1/1000 m2 ou mn 1

    1/500 m2 ou mn 2

    1/250 m2 ou mn 3

    1/1000 m2 ou mn 1

    1/500 m2 ou mn 2

    1/1250 m2 ou mn 3

    (continua)

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    Quadro 12 Controlo das propriedades do beto projectado (concluso) Frequncia mnima de amostragem

    Reforo/suporte do terreno

    Reparaes e reforo Estruturas independentes

    Tipo de ensaio Inspeco/ ensaio em

    conformidade com Cat. 1 Cat. 2 Cat. 3 Cat. 1 Cat. 2 Cat. 3 Cat. 1 Cat. 2 Cat. 3

    8 Resistncia ao gelo/degelo

    ver a nota na parte inferior do Quadro

    1/1000 m2 ou mn 1

    1/500 m2 ou mn 2

    1/250 m2 ou mn 3

    1/1000 m2 ou mn 1

    1/500 m2 ou mn 2

    1/1250 m2 ou mn 3

    9 Aderncia EN 14488-4* a

    EN 1542 b 1/2500

    m21/1250 m2

    1/1000 m2 ou mn 1

    1/500 m2 ou mn 2

    1/250 m2 ou mn 3

    Controlo do beto projectado reforado com fibras 10 Dosagem de

    fibras do beto endurecido c

    prEN 14488-7*) Quando se avalia a resis-tncia residual flexo ou a capacidade de absoro de energia

    Quando se avalia a resis-tncia residual flexo

    Quando se avalia a resis-tncia residual flexo

    11 Resistncia residual flexo ou capacidade de absoro de energia

    prEN 14488-3 ou

    prEN 14488-5*

    1/2 000 m3 ou 1/10000 m2

    1/400 m3 ou 1/2 000 m2

    1/100 m3 ou 1/500 m2

    mn 1 1/2 000 m2 ou mn 2

    1/500 m2 ou mn 3

    1/2 000 m2 ou mn 2

    1/500 m2 ou mn 3

    12 Resistncia ltima flexo

    prEN 14488-3* Quando se avalia a resistncia residual flexo

    Quando se avalia a resistncia residual flexo

    Quando se avalia a resistncia residual flexo

    13 Resistncia mxima flexo

    prEN 14488-3* Quando se avalia a resistncia residual flexo

    Quando se avalia a resistncia residual flexo

    Quando se avalia a resistncia residual flexo

    a Para reforo/suporte do terreno. b Para reparaes. c Este ensaio constitui uma alternativa ao ensaio descrito na linha 4 quando no prtico determinar a dosagem de fibras do

    beto fresco projectado. d Como no existe nenhuma Norma Europeia disponvel data de publicao da presente Norma, aplicam-se as normas

    nacionais.

    7.5 Controlo da conformidade

    7.5.1 Generalidades

    7.5.1.1 Desenvolvimento da resistncia na idade jovem

    O desenvolvimento da resistncia na idade jovem do beto projectado, ensaiado de acordo com o prEN 14488-2*, est conforme se os pontos resistncia compresso fc (MPa) versus tempo cairem na rea das classes de resistncia na idade jovem definida em 4.3.

    *) Ver Anexo NA (informativo).

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    7.5.1.2 Resistncia compresso

    A conformidade da resistncia compresso do beto projectado avaliada conforme o Quadro 13 para:

    os grupos de n resultados de ensaio consecutivos xn (critrio 1); cada resultado de ensaio individual xi (critrio 2), onde a expresso cada resultado de ensaio individual designa a resistncia compresso mdia calculada sobre 5 carotes, colhidas num nico painel de ensaio ou no local. Se o valor de uma ou duas carotes superior a 20 % da mdia, o(s) resultado(s) no deve(m) ser considerado(s), salvo se a mdia realizada no mnimo com trs carotes.

    Quadro 13 Critrios de conformidade para os resultados dos ensaios de resistncia compresso

    Critrio 1 Critrio 2 Produo Nmero n de resultados da resistncia

    compresso no grupo

    Mdia de n resultados fcm em MPa

    Qualquer resultado individual de ensaio fci

    em MPa Inicial 3 fck + 4 fck - 4

    Contnua 15 fck + 1,48 fck - 4

    onde:

    fck a resistncia caracterstica compresso;

    o desvio padro para um mnimo de 6 amostras. A conformidade da resistncia compresso verificada se ambos os critrios forem satisfeitos.

    7.5.1.3 Resistncia penetrao da gua

    A conformidade verificada se o valor mdio para um conjunto de provetes (no mnimo 3 provetes) satisfaz o valor limite especificado. NOTA: O valor de 50 mm dever ser considerado como o valor mximo para o beto resistente gua.

    7.5.1.4 Resistncia ao gelo/degelo

    A conformidade verificada se os resultados de ensaio satisfazem o valor limite especificado. NOTA: No existe data nenhuma Norma Europeia. At que haja, conveniente fazer referncia s normas nacionais ou a disposies dadas num Anexo Nacional a esta Norma.

    7.5.1.5 Aderncia

    A conformidade da aderncia do beto projectado verificada se o valor mdio para um conjunto de provetes (no mnimo 3 provetes) superior ou igual ao valor especificado.

    7.5.1.6 Consistncia

    A conformidade da consistncia do beto projectado verificada se os resultados de ensaio satisfazem o valor limite especificado.

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    7.5.2 Critrios complementares de conformidade para o beto projectado reforado com fibras

    7.5.2.1 Dosagem de fibras

    A conformidade verificada se o valor mdio das dosagens de fibras do beto fresco medidas para um conjunto constitudo no mnimo por 6 amostras for superior ou igual a Vf 10 % em massa, onde Vf o valor limite da dosagem de fibras especificado de acordo com os ensaios antes da projeco. A conformidade da dosagem de fibras de ao do beto endurecido verificada se o valor mdio medido para um lote constitudo no mnimo por 6 amostras for superior ou igual a Vf 15 % em massa, onde Vf o valor obtido nos ensaios antes da projeco. NOTA: O valor da dosagem de fibra do beto fresco e endurecido diferente devido aplicao.

    7.5.2.2 Resistncia mxima flexo

    A conformidade da resistncia mxima flexo verificada se:

    o valor mdio dos resultados de ensaio obtido a partir de 3 provetes satisfizer os requisitos relativos resistncia mxima;

    nenhum resultado de ensaio individual se afastar mais de 25 % do valor mdio. 7.5.2.3 Resistncia ltima flexo

    A conformidade da resistncia ltima flexo verificada se:

    o valor mdio dos resultados de ensaio obtidos a partir de 3 provetes satisfizer os requisitos relativos resistncia ltima flexo;

    nenhum resultado de ensaio individual se afastar mais de 25 % do valor mdio. 7.5.2.4 Resistncia residual flexo

    A conformidade da resistncia residual flexo verificada se:

    o valor mdio dos resultados de ensaio obtidos a partir de 3 provetes satisfizer os requisitos relativos ao limite da resistncia residual flexo especificada, indicada no Quadro 2, at ao limite da flecha correspondente ao nvel de deformao especificado;

    no existir, em nenhum ponto (correspondendo ao nvel de deformao especificado), resultados de ensaio individuais que mostrem tenses residuais que sejam inferiores a 10 % da tenso correspondente ao limite da classe de resistncia especificada.

    NOTA: Neste caso, o resultado de ensaio corresponde curva carga/deslocamento na sua totalidade.

    7.5.2.5 Capacidade de absoro de energia

    A conformidade da capacidade de absoro de energia verificada quando 2 de 3 provetes apresentam uma capacidade de absoro de energia superior ou igual capacidade de absoro de energia especificada para a classe especificada no Quadro 3.

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    Anexo A (informativo)

    Orientaes para as definies, especificaes e conformidade do beto projectado

    Prembulo

    Este Anexo fornece orientaes e informaes de base relativamente ao texto normativo. As seces deste Anexo so numeradas tal como no texto normativo para simplificar as referncias; onde no existir informao relativa a uma seco particular, somente mencionado o ttulo da seco.

    A.1 Objectivo e campo de aplicao

    O beto projectado aplica-se a todos os trabalhos de engenharia civil, minas e indstria de construo. Ele particularmente adaptado a trabalhos nas seguintes condies especiais:

    ausncia de cofragem; aplicao em camadas finas; resistncia na idade jovem; mtodos de construo especiais.

    A.2 Classificao

    A.2.1 Guia relativo a classes de exposio

    A.2.2 Beto projectado reforado com fibras

    A.2.2.1 Generalidades

    Os diferentes modos de especificar a ductibilidade do beto projectado reforado com fibras em termos de resistncia residual flexo e da capacidade de absoro de energia no so directamente comparveis.

    A resistncia residual flexo pode ser especificada quando as caractersticas do beto so utilizadas no modelo estrutural.

    O valor da absoro de energia medida sobre uma placa pode ser especificado quando, no caso de uma ancoragem na rocha, colocada nfase na energia que tem que ser absorvida durante a deformao da rocha.

    A.2.2.2 Classes de resistncia residual flexo

    As especificaes relativas resistncia residual flexo esto ligadas s caractersticas de deformabilidade do macio rochoso. Uma maior deformao do macio requerer maiores capacidades de defomao do revestimento de beto.

    A finalidade dos diferentes nveis de deformao dar flexibilidade aos projectistas na escolha da deformao requerida ao beto projectado nas condies de utilizao. Para o projecto, o limite de deflexo para o nvel de deformao pode ser considerado em termos da rotao angular equivalente de uma viga

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    fracturada ao meio (por exemplo, uma viga de 450 mm 125 mm 75 mm submetida a ensaio em conformidade com o prEN 14488-3*).

    Foram identificadas trs gamas tpicas de deformao rochosa:

    D1 correspondente a uma deformao angular = 1/250; D2 correspondente a uma deformao angular = 1/125; D3 correspondente a uma deformao angular = 1/56. So assim definidos os correspondentes quatro nveis de resistncia residual flexo, S1 a S4, os quais em combinao com as gamas de deformao aplicveis, podem ser especificados em termos de classe de resistncia residual flexo.

    Um exemplo ilustrado dado na Figura A.1 para uma viga de beto projectado tpico reforado com fibras, que preenche o requisito para a classe de resistncia residual flexo D1S3 (bem como D2S2 e D2S1).

    Tens

    es r

    esid

    uais

    em

    MPa

    Flechas da viga em mm

    Figura A.1 Curva tpica tenses-flechas para uma viga de beto armado

    A.2.2.3 Classe de absoro de energia

    A placa de ensaio concebida para determinar a energia absorvida a partir da curva carga/flecha enquanto medida da ductibilidade. O ensaio permite modelar de forma mais realista a flexo biaxial susceptvel de ocorrer em certas aplicaes, em particular no suporte da rocha. A aplicao de uma carga sobre um ponto central pode igualmente ser considerado como uma simulao de ancoragem em rocha. A experincia tem mostrado que este ensaio fornece considerveis benefcios.

    * Ver Anexo NA (informativo).

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    No quadro do programa de ensaios antes da projeco, a placa de ensaio apropriada pode verificar todos os parmetros que influenciam a qualidade do beto projectado reforado com fibras especificado nos documentos do projecto. Para o controlo de qualidade de rotina, devero ser realizados ensaios de provetes cbicos para determinar a resistncia compresso e ensaios de peneirao atravs de lavagem em gua para verificar a dosagem de fibras de ao. A placa de ensaio igualmente apropriada para comparar diferentes tipos e dosagens de fibras assim como comparar os betes reforados com redes electrosoldadas ou com fibras, se tiverem o mesmo modo de rotura.

    A.3 Orientao para o beto projectado

    A.3.1 Materiais constituintes

    Cimento

    particularmente importante, no caso do beto projectado, utilizar cimentos com propriedades consistentes, especialmente no que respeita composio qumica, finura e presa.

    Se os valores caractersticos e os requisitos relativos homogeneidade forem definidos, o fornecedor de cimento e o empreiteiro devero antecipadamente acordar o incio da entrega.

    A.3.2 Orientao para a composio do beto projectado

    A.3.2.1 Generalidades

    A determinao da composio base dever considerar o facto da quantidade de ressalto durante a aplicao poder conduzir a uma diferente formulao do beto aplicado. A composio, em particular a dosagem de cimento e a razo gua/cimento da composio base, dever ser tal que o beto projectado no local contenha a quantidade de ligante necessria para obter a resistncia e as caractersticas requeridas. Um ressalto excessivo pode produzir uma dosagem de ligante excessiva no beto projectado aderente ao suporte. Tal pode resultar numa retraco excessiva.

    A.3.2.2 Utilizao do cimento

    A temperatura do cimento no deve exceder + 80 C, quando o cimento entregue a partir da cimenteira e + 70 C quando colocado em silos da central de beto. Temperaturas mais elevadas para entregas de cimento a partir da cimenteira s so admitidas se forem tomadas medidas para arrefecimento do cimento antes da aplicao.

    A.3.2.3 Utilizao de agregados

    necessrio utilizar uma curva granulomtrica adequadamente equilibrada para que a quantidade de finos seja suficiente para assegurar uma boa bombagem da composio base (via hmida) e uma quantidade adequada de agregados grossos para assegurar a compactao, resistncia e requisitos de permeabilidade, mantendo no mnimo a relao ligante/agregado (menor retraco) e favorecer a reduo da taxa de ressalto.

    A utilizao de agregados grosseiros (especialmente superiores a 10 mm) pode originar um elevado ressalto.

    Uma quantidade excessiva de finos na composio implica uma maior quantidade de gua.

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    A.3.2.4 Utilizao de adjuvantes

    Adjuvantes aceleradores de beto projectado

    Dever ser dedicada especial ateno compatibilidade dos adjuvantes aceleradores do beto projectado e do ligante no que respeita presa, resistncia na idade jovem e resistncia final.

    Com os adjuvantes aceleradores lquidos dever ser dedicada especial ateno estabilidade, temperatura de armazenamento, temperatura de utilizao e compatibilidade com a quantidade de gua adicionada em conformidade com as instrues do produtor.

    A.3.2.5 Utilizao de fibras

    A possibilidade do aumento de fibras no ressalto deve ser considerada na seleco da composio do beto.

    prtica comum usar fibras de ao e fibras polimricas tendo at 30 mm para via seca e at 40 mm para via hmida. O comprimento das fibras no dever exceder 75 % do dimetro interno das tubagens usadas a menos que se prove que podem ser utilizadas fibras maiores sem provocar bloqueamento. Se as fibras forem adicionadas sob a forma de um fio contnuo na agulheta, podem ser utilizadas fibras maiores.

    O valor para uma sobreposio mnima entre fibras pode ser estimado como:

    3

    2f

    4 fflds

    = (A.1)

    onde:

    lf o comprimento da fibra;

    df o dimetro equivalente da fibra;

    f a percentagem de fibras; s dever ser inferior a 0,45 lf para assegurar o mnimo de sobreposio.

    NOTA: A frmula A.1 e o limite s foram obtidos da tese do D. C. McKee,Universidade de Louisiana, The properties of an expansive cement mortar reinforced with random wire fibers.

    A.3.2.6 Razo gua/cimento

    No beto projectado por via seca, a razo gua/cimento dever ser avaliada controlando continuamente a consistncia durante a projeco. Quando a aplicao do beto projectado efectuada correctamente, expectvel que a razo gua/cimento seja inferior a 0,5. No local, a razo gua/cimento est usualmente na gama 0,35 a 0,50.

    A.4 Especificao do beto projectado

    A.4.1 Generalidades

    prtica comum utilizar o beto de comportamento especificado em vez do beto de composio prescrita.

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    A.5 Avaliao da conformidade

    A.5.1 Categorias de inspeco

    Apresentam-se exemplos de categorias de inspeco nos Quadros A.1, A.2, A.3 e A.4.

    Quadro A.1 Categorias relacionadas com reparao e reforo de estruturas e componentes que no suportem cargas

    Categoria Exemplo de categorias de inspeco 1 Estruturas com baixos requisitos de durabilidade e com baixos riscos para os utilizadores e

    residentes locais, tais como: - construes nas zonas no urbanas e vias de circulao excntricas; - reparaes temporrias apresentando um baixo nvel de risco.

    2 Estruturas e componentes com moderados requisitos de durabilidade e baixos riscos para os utilizadores e residentes locais, tais como: - pequenos imveis, moradias; - esgotos de zonas urbanas de importncia mdia.

    3 Estruturas e componentes com elevados requisitos de durabilidade e com elevados riscos para os utilizadores e residentes locais, tais como: - tneis ferrovirios ou rodovirios com trfego pesado; - fbricas classificadas como apresentando um risco elevado, hospitais e escolas.

    Quadro A.2 Categorias relacionadas com reparao e reforo de estruturas e componentes que suportem cargas

    Categoria Exemplo de categorias de inspeco 2 Estruturas e componentes caracterizadas por uma complexidade normal de projecto no que respeita

    ao risco de segurana funcional ou instabilidade e com baixos riscos para os utilizadores e residentes, tais como: - esgotos em pequenas zonas urbanas; - tneis, pontes e outras estruturas com pouco trfego; - estabilizao definitiva de taludes.

    3 Estruturas e componentes caracterizadas por uma complexidade especial de projecto no que respeita ao risco de segurana funcional ou instabilidade estrutural, bem como elevados requisitos de durabilidade e com riscos para os utilizadores e residentes mdios a altos, tais como: - tneis rodovirios ou ferrovirios com trfego mdio; - aquedutos para gua potvel; - pequenas barragens, esgotos nas zonas urbanas de importncia mdia, canais; - hospitais, escolas e imveis com taxa de ocupao elevada.

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    Quadro A.3 Categorias relacionadas com reforo/suporte do terreno

    Categoria Exemplo de categorias de inspeco

    1 Construes com baixo risco de projecto e de instabilidade estrutural, bem como baixos requisitos de durabilidade. Construes geralmente caracterizadas por vida til curta e fraco risco de instabilidade da estrutura, tais como: - construes permanentes de dimenses reduzidas; - estabilizao de taludes temporrios ou pequenos ou poos.

    2 Construes com normal complexidade de projecto no que respeita ao risco de instabilidade estrutural ou segurana funcional, bem como construes com moderados requisitos de durabilidade, tais como: - estabilizao permanente de taludes; - beto projectado temporrio para tneis e cavidades em terrenos fracos.

    3 Construes com especial complexidade de projecto relativamente ao risco de instabilidade estrutural ou segurana funcional, bem como construes com elevados requisitos de durabilidade ou vidas teis longas, tais como: - cavidades em terrenos muito fracos; - tneis para trfego.

    Quadro A.4 Estruturas independentes

    Categoria Exemplo de categorias de inspeco

    1 Construes com baixo risco de projecto e de instabilidade estrutural, bem como baixos requisitos de durabilidade. Construes geralmente caracterizadas por um tempo de vida curto e fraco risco de instabilidade estrutural, tais como: - imitao decorativa de rochas; - muros envolventes.

    2 Construes com normal risco de projecto no que respeita instabilidade estrutural ou segurana funcional, bem como construes com moderados requisitos de durabilidade e baixos riscos para os utilizadores e residentes locais, tais como: - aquedutos ou canais a cu aberto; - pequenas piscinas; - imitao decorativa de rochas ou esculturas.

    3 Construes caracterizadas por uma especial complexidade de projecto no que respeita ao risco de instabilidade estrutural ou segurana funcional, bem como construes com elevados requisitos de durabilidade e elevados riscos para os utilizadores e residentes locais, tais como: - pequenos imveis, moradias; - abbadas e cascas; - proteco contra incndios de estruturas de ao; - grandes piscinas; - estruturas de segurana; - imitaes rochosas com acesso de pblico; - muros altos.

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    Bibliografia

    [1] EN 12504-3*)

    Testing concrete in structures Part 3: Determination of pull-out force

    *) Ver Anexo NA (informativo).

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    Anexo NA (informativo)

    Correspondncia entre documentos normativos europeus e nacionais

    Norma Europeia (EN) Norma Nacional Ttulo

    EN 197-1 EN 197-1/A1 EN 197-1/A3

    NP EN 197-1:2001 NP EN 197-1:2001 /A1:2005 NP EN 197-1:2001/A3:2008

    Cimento Parte 1: Composio, especificaes e critrios de conformidade para cimentos correntes

    EN 206-1 + A1 + A2

    NP EN 206-1:2007 (NP EN 206-1 + A1 + A2 + Emenda 1 + Emenda 2) + Emenda 1:2008

    Beto Parte 1: Especificao, desempenho, produo e conformidade

    EN 450-1 + A1 NP EN 450-1:2008 Cinzas volantes para beto Parte 1: Definio, especificaes e critrios de conformidade

    EN 933-1 NP EN 933-1:2000 Ensaios das propriedades geomtricas dos agregados Parte 1: Anlise granulomtrica Mtodo de peneirao

    EN 934-2 NP EN 934-2:2003

    Adjuvantes para beto, argamassa e caldas de injeco Parte 2: Adjuvantes para beto Definies, requisitos, conformidade, marcao e rotulagem

    EN 934-5 NP EN 934-5

    (em preparao)

    Adjuvantes para beto, argamassa e caldas de injeco Parte 5: Adjuvantes para beto projectado Definies, requisitos, conformidade, marcao e rotulagem

    EN 934-6 EN 934-6/A1

    NP EN 934-6:2003 NP EN 934-6:2003/A1:2008

    Adjuvantes para beto, argamassa e caldas de injeco Parte 6: Amostragem, controlo da conformidade e avaliao da conformidade

    EN 1008 NP EN 1008:2003

    gua de amassadura para beto Especificaes para a amostragem, ensaio e avaliao da aptido da gua, incluindo gua recuperada nos processos da indstria de beto, para o fabrico de beto

    EN 1504-3 NP EN 1504-3:12006

    Produtos e sistemas para a proteco e reparao de estruturas de beto Definies, requisitos, controlo da qualidade e avaliao da conformidade Parte 3: Reparao estrutural e no estrutural

    EN 12350-2 NP EN 12350-2:2002 Ensaios do beto fresco Parte 2: Ensaio de abaixamento EN 12350-3 NP EN 12350-3:2002 Ensaios do beto fresco Parte 3: Ensaio Vb

    (continua)

    (concluso)

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    Norma Europeia (EN)

    Norma Nacional Ttulo

    EN 12350-5 NP EN 12350-5:2002 Ensaios do beto fresco Parte 5: Ensaio da mesa de espalhamento EN 12350-6 NP EN 12350-6:2002 Ensaios do beto fresco Parte 6: Massa volmica

    EN 12390-5 NP EN 12390-5:2004 Ensaios do beto endurecido Parte 5: Resistncia flexo de provetes

    EN 12390-7 NP EN 12390-7:2004 Ensaios do beto endurecido Parte 7: Massa volmica do beto endurecido

    EN 12390-8 NP EN 12390-8:2004 Ensaios do beto endurecido Parte 8: Profundidade de penetrao da gua sob presso

    EN 12504-1 NP EN 12504-1:2003 Ensaios do beto nas estruturas Parte 1: Carotes. Extraco, exame e ensaio compresso

    EN 12504-2 NP EN 12504-2:2003 Ensaios do beto nas estruturas Parte 2: Ensaio no destrutivo. Determinao do ndice escleromtrico

    EN 12504-3 NP EN 12504-3:2007 Ensaios do beto nas estruturas Parte 3: Determinao da fora de arranque EN 12620 NP EN 12620:2004 Agregados para beto

    EN 13263-1 NP EN 13263-1:2007 Slica de fumo para beto Parte 1: Definies, requisitos e critrios de conformidade EN 14487-2 NP EN 14487-2:2008 Beto projectado Parte 2: Execuo

    EN 14488-1 NP EN 14488-1:2008 Ensaios do beto projectado Parte 1: Amostragem do beto fresco e endurecido

    EN 14488-2 NP EN 14488-2:2008 Ensaios do beto projectado Parte 2: Resistncia compresso do beto projectado jovem

    EN 14488-3 NP EN 14488-3:2008 Ensaios do beto projectado Parte 3: Resistncia flexo (mxima, ltima e residual) de vigas reforadas com fibras

    EN 14488-4 NP EN 14488-4 + A1:2008 Ensaios do beto projectado Parte 4: Resistncia de aderncia em carotes traco simples

    EN 14488-5 NP EN 14488-5:2008 Ensaios do beto projectado Parte 5: Determinao da capacidade de absoro de energia de provetes de lajes reforadas com fibras

    EN 14488-6 NP EN 14488-6:2008 Ensaios do beto projectado Parte 6: Espessura de beto num substrato

    EN 14488-7 NP EN 14488-7:2008 Ensaios do beto projectado Parte 7: Dosagem de fibras no beto reforado com fibras

    EN 14889-1 NP EN 14889-1:2008 Fibras para beto Parte 1: Fibras de ao Definies, especificaes e conformidade

    EN 14889-2 NP EN 14889-2:2008 Fibras para beto Parte 2: Fibras polimricas Definies, especificaes e conformidade

    Prembulo 2 Referncias normativas 3 Termos e definies 3.1 Constituintes 3.1.1 Adjuvantes 3.1.1.1 adjuvantes para a composio base 3.1.1.2 Adjuvantes para a projeco 3.1.1.2.1 acelerador de presa do beto projectado 3.1.1.2.2 acelerador de presa no alcalino para beto projectado 3.1.2 adies 3.1.4 agregado 3.1.5 Fibras 3.1.5.1 fibras de ao 3.1.5.2 fibras polimricas 3.2 Produto 3.2.1 composio base 3.2.2 composio seca 3.2.2.1 composio seca preparada em fbrica 3.2.2.2 composio seca preparada no local 3.2.3 beto projectado reforado com fibras 3.2.4 beto projectado fresco 3.2.5 ressalto (ou rechao) 3.2.6 beto projectado de referncia 3.2.7 beto projectado 3.2.8 composio hmida 3.2.9 beto projectado jovem 3.3 Procedimento 3.3.1 cura 3.3.2 transporte em fluxo denso 3.3.3 projeco por via