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MyBrain Magazine Barcelona A tela de Gaudí N.º 10 ABR-MAI-JUN

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Í N D I C E

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CAPA

Vista do Park Güell

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SERRA DA ESTRELA

A Serra da Estrela é um local mágico que, no inverno, se cobre de neve e no verão pinta-se de cores garridas com as flores que nascem na sua terra. A Serra da Estrela é a serra mais alta de Portugal continental, com a altitude máxima de 1993 metros de altura.

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TIRAR OU NÃO TIRAR FOTOGRAFIAS NO INTERIOR DOS MONUMENTOS

No interior de alguns monumentos pode-se tirar fotos, noutros não. Alguns exemplos onde não se pode tirar fotos são: Universidade de Coimbra, Museo de La Reina Sofía, Houses of Parliament, Guggenheim Bilbao, Nidarosdomen entre outros. Nalguns monumentos está escrita uma informação a dizer que é proibido tirar fotos com flash. Esta informação está escrita lá porque o flash estraga o interior dos monumentos, como o mobiliário. O que não tem nexo é que outros monumentos dizem que não se pode tirar fotografias no interior. Mas porquê? Podiam-se tirar sem flash? Eis a razão: sem fotografias tiradas por visitantes, há mais comércio de postais no próprio monumento, ganhando dinheiro por causa disto. Uma fotografia sem flash não estraga de maneira alguma o interior do monumento, isso é absurdo, é só uma manha para obter dinheiro.

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AUTO-REFINAMENTO

"Um judeu é como uma vela," explicou certa vez o Rebe a um chassid, "e sua tarefa é acender outros judeus."

O chassid perguntou: "Rebe, o senhor já acendeu minha vela?"

O Rebe respondeu: "Não, mas eu dei o fósforo a você. Agora deve riscá-lo e acender a si mesmo."

"Se você deseja consertar o mundo, comece consigo mesmo."

"Fique tão ocupado melhorando a si mesmo que não sobre tempo para criticar os outros."

"Aquele que rema o barco não tem tempo para balançá-lo."

"Antes de acordarmos, a neshamá do dia clama e implora: 'Por favor, faça o melhor para mim!

"Quando chegar o dia em que deverei prestar contas pela minha vida, não serei indagado: 'Por que você não foi Moshê?' Eu não estava equipado para ser Moshê. Mas temo a pergunta 'Por que você não foi Zusia?'

Reb Zusia de Anipoli

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LONDRES (4 DIAS)

1.º Dia

Viagem para Londres

Hotel Novotel London City South

+ Big Ben, Westminster, Trafalgar Square

St. Paul's Cathedral

2.º Dia

Londres

Vista da London Eye

+ London Eye

Houses of Parliament

Hyde Park, St. James's Park & Buckingham Palace

British Museum

3.º Dia

Londres

+ RAF Museum

Natural History Museum

4.º Dia

Viagem de regresso

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ENTREVISTA A STEPHEN HAWKING (REVISTA ÉPOCA: FELIPE PONTES)

Repórter (R) - O senhor considera-se uma pessoa com sorte, apesar de sua condição física. Porquê?

Stephen Hawking (SH) – Eu não tenho muita coisa boa para dizer da minha doença, mas ela ensinou-me a não ter pena de mim mesmo e a seguir em frente com o que eu ainda pudesse fazer. Estou mais feliz hoje do que quando era saudável. Tenho a sorte de trabalhar com

Física teórica, uma das poucas áreas em que a minha deficiência não atrapalha muito.

R - O senhor acha que viveu até hoje uma vida boa? Porquê?

SH – Quando a minha doença foi diagnosticada, nem eu nem os meus médicos esperavam que eu vivesse mais 45 anos. Acho que o meu trabalho científico me ajudou a seguir em diante. Na primeira hora, eu fiquei deprimido. Mas a doença avançou mais devagar do que eu esperava. Comecei a aproveitar a vida sem olhar para trás. A minha doença raramente atrapalhou o meu trabalho. Isso porque tive sorte de encontrar a Física teórica, uma profissão em que minha doença quase não atrapalha. Faço o meu trabalho dentro da minha cabeça. Na maioria das profissões, teria sido muito difícil.

R – Depois do diagnóstico, o senhor pensou em abandonar a própria vida?

SH – Eu acho que as pessoas têm o direito de encerrar a própria vida, se quiserem. Mas eu acho que seria um grande erro. Não importa quanto a vida possa ser ruim, sempre existe algo que você pode fazer, e triunfar. Enquanto há vida, há esperança.

R – O senhor teme a morte? Porquê?

SH – Medo de morrer eu não sinto, se é essa a pergunta, mas também não tenho pressa. Tenho muita coisa que quero fazer antes.

R – O que o senhor ainda espera da vida?

SH – Todos nós vivemos com a perspectiva de morrer no fim. Comigo é exatamente igual, a diferença é que eu esperava a morte bem mais cedo. Mas ainda estou aqui. Antes de morrer, espero ajudar a entender o Universo.

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Barcelona é a segunda cidade maior de Espanha e, durante o século XX, foi a "tela de Gaudí".

Os primeiros vestígios de povoamento em Barcelona remontam ao final do Neolítico (2000 a 1500 a.C.). Barcino foi a cidade dos laietanos e deu origem à cidade de Barcelona.

Barcelona teria sido fundada pelos romanos no final do século I a.C. No século V, Barcelona foi ocupada pelos visigodos de Ataúlfo provenientes do norte da Europa. No século VIII, a cidade foi conquistada pelo árabe al-Hurr e iniciou-se um período de quase um século de domínio muçulmano, que terminou em 801, quando foi ocupada pelos carolíngios. A partir do século XIV, a cidade iniciou uma era de decadência que se estendeu durante os séculos seguintes.

A partir do fim do século XVIII, Barcelona iniciou uma recuperação económica.

A Guerra Civil Espanhola e a derrota das forças republicanas tornaram o panorama desfavorável novamente, uma vez que Barcelona se havia posto ao lado da república.

O Palau de la Música Catalana é um dos edifícios mais emblemáticos da Art Nouveau. O Hospital de Sant Pau demonstra como Domènech i Montaner tinha estudado o problema dos hospitais modernos. O trabalho começou em 1901 e em 1911 e acabou em 1930.

A estrutura do Bairro Gótico permaneceu intacta até o século XIX, o bairro mais antigo de Barcelona onde se encontra a Catedral. A catedral, em estilo gótico, foi construída do século XIII ao XV sobre a antiga catedral românica. Esta, por sua vez, foi edificada sobre uma igreja da época visigoda. A esta, precedeu uma basílica paleocristã. A fachada de estilo neogótico, entretanto, é do século XIX.

A marina de Barcelona é moderna e começa na estátua de Colombo. Antes disso estão as Ramblas, uma avenida de lojas onde também se encontra o mercado La Boquería, o primeiro dos mercados municipais de Barcelona que foi inaugurado em 19 de março de 1840 - dia de São José.

Tibidabo é o ponto mais alto de Barcelona, encontram-se a Igreja do Sagrado Coração (Sagrat Cor), visível de toda a cidade, o Parque de atrações de Tibidabo e a Torre de Collserola.

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A Sagrada Família é a obra mais emblemática de Gaudí. As torres da catedral são baseadas nos castellers, nas mesquitas africanas e na Capadócia. A torre de Jesus (170 m) é a torre mais alta do projeto e ainda não foi construída. As 3 fachadas representam acontecimentos da vida de Cristo. A Natividade (oriente) simboliza o nascimento de Cristo, a Paixão (ocidente) simboliza a Sua morte e ressurreição e a Glória (sul) simboliza a salvação da humanidade. Nas gárgulas, Gaudí representou animais autóctones. O interior da catedral é uma "floresta" descrita em colunas. Gaudí estudou o crescimento helicoidal da abélia chinesa para uma coluna perfeita. As escadas eram baseadas num caracol de jardim e as estruturas de ferro na fachada da Natividade foram pensadas como as gavinhas da planta do maracujá. As janelas do claustro foram pensadas na diatomácea marinha e a base da coluna da fachada da Paixão foi copiada de uma árvore-da-sumaúma. Os pináculos foram desenhados com os formatos da lavanda e do trigo e também incorporou a pirite nas suas paredes.

A Casa Calvet, agora um restaurante, foi o primeiro projeto de Gaudí no Eixample. Foi a sua obra mais conservadora. Este edifício foi uma homenagem à arte barroca. A sua fachada foi construída com arenito da montanha de Montjuïc.

Em 1878, Manuel Vicens Montaner, proprietário de uma fábrica de cerâmica, encarregou a Gaudí o projeto de uma vivenda unifamiliar de verão no limite ocidental da vila de Gràcia, então um município independente que distava apenas um quilómetro e meio de Barcelona. A Casa Vicens foi o primeiro projeto importante de Gaudí. A fachada do edifício foi coberta de azulejos de cravos amarelos. Por dentro inspirou-se muito na natureza, com heras, colibris, flamingos, cravos e pardais, mas também se influenciou em motivos arabescos.

Eusebi Güell encarregou a Gaudí a construção de um palácio numa rua perpendicular às Ramblas. O projeto do palácio era uma mistura entre sobriedade e também do ambiente da rua. Para dar um ar sóbrio ao edifício, Gaudí projetou a fachada com calcário branco, mas também com as suas inspirações naturais, desta vez uma fénix e serpentes. Para dar o contraste, Gaudí planeou umas chaminés coloridas com mosaicos.

Na página anterior: Hospital de Santa Creu i Sant

Pau, Palau de la Musica Catalana, marina, Sagrat

Cor, plaça de España, plaça Reial, Ayuntamiento de

Barcelona, estátua de Colombo, Plaça del Rei,

carrer del Bisbe, Catedral, vista de Tibidabo,

mercado de la Boquería.

No topo, Sagrada Família – Fachada da Paixão e da

Natividade. Palacaio Güell, Casa Vicens, La Pedrera,

chaminés da la Pedrera e Casa Calvet.

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Pere Milà e Roser Segimon desejavam viver no Passeig de Gràcia então chamaram Gaudí e desafiaram-no para construir a sua última obra civil, a casa Milà, mais conhecida por La Pedrera. A fachada do edifício foi toda construída em pedra com as varandas em ferro forjado, onde aparecem muitos elementos vegetalistas e decorativos. As chaminés têm um tamanho gigantesco e com estranhas esculturas.

Josep Batlló adquiriu em 1903 um edifício construído em 1877 por Emili Salas Cortès, mas esta casa contrastava com a modernista vizinha Casa Amatller, de Puig i Cadafalch. Por isso, em 1904, Batlló decidiu contratar Gaudí. Mantiveram a estrutura e acrescentaram dois pisos, um deles o sótão. Assim, fizeram tudo de novo, só mantiveram a estrutura. Por dentro, Gaudí inspirou-se no fundo marinho. Segundo a imaginação de Gaudí, esta casa foi feita com os ossos das vítimas de um dragão, como se pode reparar no rés-do-chão, e nos primeiros três pisos, principalmente no primeiro. O telhado era a pele do dragão. As varandas assemelham-se a caveiras ou a máscaras de carnaval.

Güell propõe a Gaudí a construção de uma cidade jardim, que depois se converte num parque público cheio de imaginação e de simbolismo de Gaudí. A entrada do parque é constituída por dois pavilhões inspirados na casinha de pão e açúcar de Hansel e Gretel. O símbolo do parque encontra-se na escadaria e é nada mais nada menos que El Drac, um réptil feito com mosaicos. Se subirmos essa escadaria deparamo-nos com um "bosque" de colunas dóricas, a sala hipóstila, inspirada nos templos da Grécia Antiga. O banco ondulado, com uma vista espantosa para a cidade, foi feito com azulejos reciclados. Foram construídos vários viadutos com pedra extraída de lá, tijolos e pequenos tijolos partidos. O viaduto inferior descreve uma curva que conduz ao caminho de Rosario. É sustentado por colunas inclinadas que se unem em arcos catenários. O viaduto intermédio está suportado colunas inclinadas e verticais e uma abóbada que simula as estalactites das grutas. O viaduto superior é constituído por colunas inclinadas e verticais e por cima com bancos de pedra e vegetação mediterrânica.

Os aragoneses e catalães só abandonariam a Sardenha no início do século XVIII, altura em que passou para a posse do Sacro Império Romano-Germânico. Em 1718, passou para a posse da Casa de Saboia, os governadores de Piemonte, passando o duque de Saboia a usar o título de rei da Sardenha a partir de 1720. Apesar disso, o território manteve-se autónomo até 1847. Em 1848 estalou a guerra da guerra de independência e unidade italiana, a qual foi liderada pelos rei do Piemonte-Sardenha. O reino do Piemonte-Sardenha torna-se o Reino de Itália em 1861.

No Norte da ilha, a cidade maior é Sassari. Esta cidade é muito antiga e tem muitas obras de arte.

uma das salas do Palácio Real de Cagliari

Cagliari, no sul da Sardenha, é a capital da ilha. Cagliari era habitada por tribos sardas. Mais tarde os Fenícios colonizaram a Sardenha e no século V a.C. passou aos Cartagineses, e nesse período a cidade teve um rápido desenvolvimento. No ano de 238 a.C. Cagliari passou aos Romanos (junto com o resto da Sardenha e da Córsega). Em meados do século V d.C. foi ocupada por Vândalos e mais tarde foi conquistada por Justiniano. A Torre do Elefante foi construída pelo arquiteto Giovanni Capula em 1307 na colina do Castelo, de frente para o mar. O Palácio Real existe desde o século 14 como residência aragonesa, espanhola e, em seguida, de Savoy Viceroys. O Bastião de San Remy foi construído no início do século XX, entre 1896 e 1902 nas antigas muralhas. A catedral foi construída no século 13 em estilo pisano. Nos séculos 17 e 18, foi renovada com linhas barrocas. Na década de 1930 ela finalmente recebeu a fachada atual. A igreja paroquial de Santa Anna, com base no projeto inicial do arquiteto Giuseppe Viana, foi lançada em 1785, mas só terminou em 1930. Ele foi severamente danificado durante a Segunda Guerra Mundial e não reabriu até 1951.

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Na página anterior: El Drac, sala Hipóstila, casa Batlló.

No topo, vista do banco ondulante do Park Güell; em cima,

Pórtico de la Lavandera; ao lado, pavilhão do Park Güell.

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A cidade de Toledo, durante o período visigótico, era a capital de um reino que se estendia por todo o caminho para a região de Narbona e durante o Renascimento, tornou-se num dos centros artísticos mais importantes de Espanha. A cidade tem vestígios de Roma (circo, aqueduto e esgoto), do período visigótico (restos das paredes do Rei Wamba e artefactos conservados no Museu de Santa Cruz), do período islâmico (pilares da ponte Baño de la Cava, Puerta Vieja de Bisagra, Mesquita de Las Tornerías, Mesquita Bib Mardum, banhos turcos,...) da Reconquista (sinagoga de Santa María la Blanca, sinagoga de El Transito e a catedral), do período medieval (paredes e edifícios fortificados, Castelo San Servando, pontes, casas e ruas), dos séculos XV e XVI (igreja de San Juan de los Reyes, catedral, hospitais de San Juan Bautista e Santa Cruz, Puerta Nueva de Bisagra,...)

O Alcázar de Toledo encontra-se no ponto mais alto da cidade. Os Romanos usaram-no como um palácio, os cristãos reconstruíram-no (durante o reinado dos reis Alfonso VI e Alfonso X). O Alcázar foi vítima de incêndio em várias ocasiões (em 1170, um século depois, em 1867 e em 1882). Com a eclosão da Guerra Civil, a Academia Militar alojou-se nele e no final do conflito foi completamente destruído. Mais tarde, foi completamente reconstruído e hoje abriga escritórios do exército e um museu militar.

No topo, vista do parador de Toledo para o centro

histórico da cidade, ao anoitecer. A seguir, ponte do

Alcázar sobre o rio Tejo. Ao lado, o Ayuntamiento

(câmara municipal).Em baixo, catedral e alcázar.

^ Em cima, destaque da catedral e do alcázar ao

anoitecer no miradouro do parador.

< Ao lado, vista de um miradouro.

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O Morro do Careca é uma duna com 107 metros localizada no sul da Praia de Ponta Negra, em Natal, no estado brasileiro de Rio Grande do Norte. É um dos principais símbolos turísticos da cidade.

No passado era uma fonte de diversão. Os turistas escalavam o morro e desciam com um brinquedo chamado esquibunda. Desde o final de década de 90 que o Morro do Careca está fechado para visitar. Essas atividades punham em risco a preservação da mata de restinga e também a altura do morro, que poderia diminuir.

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É nas cidades que se encontra o comércio, a indústria, os serviços e uma boa parte da população.

Para serem consideradas cidades, são utilizados os critérios estatísticos - o demográfico (população absoluta ou densidade populacional) e o funcional (tipos de atividades exercidas pela população residente). Em Portugal, as aglomerações urbanas são cidades quando têm mais de 10000 habitantes e as que, mesmo não atingindo esse número, serem consideradas capitais de distrito ou tivessem adquirido anteriormente o estatuto de cidade.

As causas do elevado crescimento urbano nos países em desenvolvimento são o êxodo rural e o crescimento natural.

Uma metrópole é uma extensa área urbanizada constituída por uma grande cidade ou mais e pelas áreas urbanas envolventes, os subúrbios. Uma megalópole é uma extensa área urbanizada densa e contínua constituída por várias metrópoles e cidades vizinhas. Uma cidade global ou mundial é uma metrópole que exerce influência regional, nacional e internacional e que ocupa uma área extensa. Uma megacidade é uma área urbana que possui mais de 10 milhões de habitantes. O processo de conurbação dá origem a metrópoles, consiste na junção de várias cidades cujos seus limites geográficos se perdem em virtude do seu crescimento horizontal.

O crescimento urbano exagerado nos países em desenvolvimento contribuiu para a falta massiva de bens e serviços, conflitos sociais e altos níveis de poluição. Para acabar com isso, deve-se substituir os bairros de lata por bairros sociais bem planeados e tratar os esgotos e recolher o lixo para baixar os níveis de poluição. A maioria das cidades dos países em desenvolvimento tem bairros de lata ou favelas que são a raiz de conflitos sociais entre bairros ricos e pobres, como é o caso do bairro rico de Sommerschield que está junto a um bairro de lata, em Maputo. Os bairros de lata são miseráveis, superpovoados e com trânsito congestionado.

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As plantas das cidades podem ser:

- irregulares (ruas estreitas e tortuosas, casario denso, becos sem saída, escadarias, pátios interiores,...) Vantagens: promove as relações de vizinhança, reduz a utilização do automóvel e adapta-se bem ao comércio. Desvantagens: falta de acessibilidade.

- ortogonais (traçado geométrico regular, ruas direitas, longas, largas e perpendiculares, quarteirões geométricos com edifícios semelhantes) Vantagens: facilita a circulação. Desvantagens: não se adapta bem a terrenos acidentados, torna mais longos os trajetos e dificulta a fluidez de tráfego devido ao excesso de cruzamentos.

- radioconcêntricas (artérias circulares concêntricas, núcleos centrais) Vantagens: facilita o acesso ao centro da cidade e as deslocações são mais rápidas. Desvantagens: dificulta a construção de prédios de maior dimensão.

O espaço urbano está dividido em três áreas funcionais: setor industrial (afastado do centro devido a ser uma grande fonte de poluição), setor residencial (o centro das cidades tem vindo a perder habitantes pois o preço do solo é mais caro e a facilidade de acesso é difícil, levando as pessoas a residirem nos subúrbios, zonas fora do centro das cidades), setor terciário (centro, Baixa, Central Business District: área de negócios e centro antigo que se localiza no centro das cidades).

As fases do crescimento urbano são: a centrípeta (acumulação de atividades económicas dentro do perímetro urbano) e a centrífuga (áreas centrais perdem habitantes). Na centrífuga, podemos destacar:

- suburbanização: invasão progressiva do espaço rural;

- periurbanização: processo de expansão urbana, sem distinção entre campo e cidade;

- rurbanização: mutação dos espaços rurais.

Página anterior: Albaicín (Granada), Coimbra, Londres, Paris, Copenhaga,

favela da Rocinha (Rio de Janeiro), conflitos entre o bairro rico Sommerschield

e dos bairros de lata em Maputo (Moçambique).

Nesta página, Dubai, Hong Kong, Banguecoque, organização das cidades,

planta radioconcênctrica (Paris), planta ortogonal (Chicago), planta irregular

(Marraquexe).

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20 • MyBrainMagazine

Tornado num campo no noroeste do estado

americano de Iowa, tempestade tropical Karl, no

México (Yucatán), tufão, haboob de Phoenix,

2011, tornado de fogo em Alice Springs, na

Austrália (2012), tempestade de fogo em 1988 no

parque americano de Yellowstone, tempestade

de areia na fronteira entre a Síria e o Egito.

As tempestades formam-se normalmente no mar porque a água quente aquece o ar em contacto com a superfície marítima, provocando a formação de nuvens que dão origem a tempestades.

Os tufões, furacões e ciclones são praticamente iguais. Tufão é no Oriente e furacão é no Ocidente. Formam-se no equador (pois a força da Terra é menor) e a baixa pressão. A água, a 26ºC evapora da superfície do oceano e entra em contacto com massas de ar frio, formando nuvens. Uma coluna de baixa pressão gera ventos em espiral. A medida que a pressão da coluna se delibita, a velocidade do vento aumenta ao seu redor. Podem-se formar também anticiclones, a alta pressão. Se os ventos forem menores que 61 km/h são depressões tropicais, de 63 a 117 km/h são tempestades tropicais, a partir de 118 km/h são furacões ou tufões e a mais de 249 km/h são super tufões.

Pode também haver tempestades de fogo e tempestades de areia. As tempestades de fogo formam-se quando o ar quente acima do fogo é mais leve do que o ar envolvente, portanto sobe. O pilar rotativo de ar ascendente acima do fogo chama-se coluna térmica. Ar mais frio ocupa o espaço deixado pelo ar ascendente, causando ventos violentos. As tempestades de areia ocorrem no deserto devido a ventos fortes que levantam a areia. Um exemplo de tempestade de areia é o haboob. Este forma-se quando correntes descendentes frias e uma frente de vento contrária levantam areia ou poeira, que se misturam num cúmulo-nimbo.

Os tornados são colunas de ar giratórias que se deslocam numa determinada velocidade em volta de um centro de baixa pressão. Formam-se quando o ar polar entra em contacto com o ar tropical num ambiente muito instável. Forma-se uma corrente de ar rotativa,mesociclone, que se mantém por um longo período de tempo. Ventos fortes adicionam-se à rotação, que acelerar e forma um funil, que cria uma área de baixa pressão de sucção na parte inferior. Podem-se também formar tornados de fogo. estes podem ocorrer quando uma coluna de ar quente a abrir caminho para cima entra em contacto com um incêndio.

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Há duas zonas de praia na Nazaré. Uma é a praia da Nazaré, muito calma. A outra é a praia do Norte ao lado do promontório, que é um paraíso para surfistas, onde as ondas chegam a atingir quase 30 metros.

O tamanho destas ondas deve-se ao relevo do mar à frente da Nazaré. Aí se localiza o canhão da Nazaré, o maior desfiladeiro subaquático da Europa. Neste canhão formam-se ondas diferentes das do fundo plano. Ora então, na praia da Nazaré formam-se essas duas ondas. A do fundo plano desacelera e aumenta em altura, a que se desloca sobre o canhão mantém a velocidade quase até à praia até rodar para cima da praia do Norte, subindo um lado do canhão. Quando esta onda encontra a outra que se propagou pela plataforma de fundo plano e as suas amplitudes se somam, forma-se a onda gigante da Nazaré. Esta onda ainda é aumentada pela onda que vinda da praia, volta ao oceano.

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Os sismos são movimentos vibratórios, bruscos e breves da crusta terrestre. Estes produzem-se principalmente nos limites das placas tectónicas, zonas geologicamente instáveis. Todos são provocados pela rutura de material rochoso. Este material tem um comportamento elástico, mas quando é sujeito a tensões que ultrapassam o seu limite de elasticidade, dá-se a rutura e é neste momento que o sismo ocorre. A energia acumulada nas rochas durante anos de deformação liberta-se sob a forma de ondas sísmicas, que se propagam por todas as direções, acabando por atingir a superfície terrestre.

A região no interior da Terra onde se origina um sismo chama-se hipocentro ou foco sísmico, o ponto situado na vertical mais próximo do hipocentro é o epicentro.

Os sismos também podem ocorrer no interior das placas tectónicas, como consequência de forças acumuladas devido a abatimentos de cavidades, de ocorrência de erupções vulcânicas e pela formação de falhas ou fraturas.

Os sismos raramente ultrapassam um minuto mas podem ser precedidos ou sucedidos, respetivamente, por abalos premonitórios ou réplicas.

As ondas sísmicas internas podem ser de dois tipos: ondas P (ondas primárias) e ondas S (ondas secundárias).

Os sismos podem ser avaliados pela escala de Mercalli, que é qualitativa e de intensidade ou pela escala de Richter, que é quantitativa e determina a magnitude de um sismo.

O sismos podem matar milhares de pessoas, danificar casas, prédios e ambientes naturais, modificar o curso dos rios (como os sismos do Missouri que modificaram o curso do Mississipi) e até alterar muito ligeiramente o eixo da Terra (como foi o caso do sismo do Chile).

Ambos os sismos do Japão de 2011 (no topo) e do Sudeste

Asiático de 2004 (em cima) foram muito fortes e tiveram

imensos prejuízos para as populações, destruindo casas,

edifícios comerciais,...

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MyBrainMagazine • 23

A formação de montanhas está relacionada com a colisão das placas tectónicas com limite convergente de dois tipos: subducção de uma placa oceânica sob uma placa com margem continental ou a colisão de duas placas com margem continental.

No primeiro caso, o material rochoso da placa oceânica sofre subducção e os materiais fundem. Quando o magma com esta origem atinge a superfície, origina erupções vulcânicas que estão na base de formação destas montanhas, como a cordilheira dos Andes, que resultam da subducção da placa de Nazca, contra a placa Sul-americana.

Quando duas placas em, colisão apresentam densidades equivalentes, a combinação de fenómenos vulcânicos e a deformação dos materiais que as constituem são os principais processos geológicos que conduzem à formação de montanhas como os Himalaias, que resultam da colisão da placa Indo-australiana com a placa Euro-asiática. Os Himalaias são considerados a cadeia montanhosa mais jovem do planeta e ainda está em crescimento.

Além das placas tectónicas, os agentes erosivos também podem ajudar na criação de montanhas.

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24 • MyBrainMagazine

Imaginemos uma maçã e uma formiga. A formiga não consegue ir para mais nenhum sítio. Um verme faz um buraco na maçã de um lado ao outro. Ora a formiga, para ir para o outro lado da maçã, tem duas hipóteses: ou seguir o atalho, ou contornar a superfície da maçã.

Então, segundo as leis da física, isto também é possível no nosso Universo. Por exemplo, faz de conta que um buraco de verme tinha duas entradas, uma no deserto de Sahara e outra no Havai. Quem estivesse no deserto podia penetrar no buraco de verme, flutuar numa espécie de túnel e chegar ao Havai, e viceversa. Dentro do buraco de verme penetrava-se no hiperespaço quadrimensional que não faz parte do nosso Universo.

Mas, segundo as leis da física, a maior parte dos buracos de verme iria implodir (as paredes do túnel iriam colapsar) com muita rapidez sem que ninguém viajasse por eles. Para evitar isso, só há uma possibilidade: inserir dentro do túnel matéria com energia negativa (antimatéria), que produz uma força de antigravidade que mantém aberto o buraco de verme.

Felizmente, já temos tecnologia para criar antimatéria, aliás, até já a criamos todos os dias, nos laboratórios. Infelizmente, os buracos de verme não poderiam ocorrer naturalmente no nosso Universo. Teriam de ser criados, mantidos e abertos por nós.

Com os buracos de verme poderíamos chegar a outros lados do Universo, mas, quando voltássemos, recuávamos no tempo, pois quando ultrapassámos o túnel do buraco de verme viajámos mais rápido do que a luz e, quando isso acontece, recuamos no tempo.

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MyBrainMagazine • 25

Como a Lua segue uma órbita elíptica em torno da Terra, há vezes em que esta está mais próxima de nós e outras que está mais longe. Então, se somarmos isto com uma fase de lua cheia obtemos uma superlua.

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26 • MyBrainMagazine

Apesar de Mercúrio estar mais perto do Sol do que Vénus, Vénus é mais quente do que ele.

Mercúrio tem uma atmosfera muito fina. Vénus, por outro lado tem uma atmosfera muito espessa e tóxica, composta por dióxido de carbono e nuvens de ácido sulfúrico que retém todo o calor do Sol. Isso funciona como uma espécie de efeito de super estufa. A pressão da atmosfera venusiana é também superior 90 vezes à da Terra, semelhante à das profundezas do oceano.

Com uma fina atmosfera, a temperatura de Mercúrio varia muito, dependendo de que lado está voltado para o Sol. O clima do planeta pode variar desde 427 graus Celsius na altura do dia para -173 Celsius no meio da noite.

Vénus tem uma órbita retrógada, ou seja, gira na direção contrária à da Terra. Um dia em Vénus corresponde a 243 dias terrestres. Um ano em Vénus corresponde a 224,7 dias terrestres, ou seja, um ano em Vénus é mais pequeno do que um dia.

Mercúrio tem uma aparência similar à da Lua com crateras de impacto e planícies lisas.

Um dia em Mercúrio corresponde a 58,65 dias terrestres e um ano em Mercúrio corresponde a 87,66 dias terrestres.

Os diâmetros de Mercúrio e Vénus são, respetivamente, 0,38 e 0,95 vezes inferior ao diâmetro da Terra.

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Os satélites artificiais são veículos colocados em órbita, à volta da Terra ou de outros corpos celestes, que permitem a investigação de inúmeros fenómenos no âmbito da ciência, das telecomunicações, da metereologia, das alterações climáticas, da navegação e do estudo dos recursos terrestres e marinhos. O primeiro a ser criado foi o Sputnik 1.

As sondas espaciais são naves interplanetárias não tripuladas que enviam para a Terra informações científicas. As mais conhecidas são as Pioneer e as Voyager, que já ultrapassaram os limites do Sistema Solar, lançadas na década de 70. As duas Voyager levam um disco dourado da Voyager 1 (The Sounds of Earth) que serve para se uma civilização extraterrestre encontrar uma das Voyager, saber onde se encontra o planeta Terra.

As estações espaciais são laboratórios orbitais que permanecem no espaço, onde os astronautas vivem e investigam. A mais conhecida é a Estação Espacial Internacional (EEI).

Voyager 1, Sputnik 1, localização

das sondas Voyager e Pioneer em

abril de 2007, o astronauta Sergei

Krikalev dentro do módulo de

serviço Zvezda e novembro de

2000, EEI, sonda espacial Cassini

em Saturno, GPS, disco dourado,

dentro da Voyager.

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28 • MyBrainMagazine

Como é que as pessoas do Hemisfério Sul não caem para baixo? Por que é que a Lua anda sempre à volta da Terra? Por que razão os planetas do Sistema Solar andam sempre à volta do Sol?

Apesar de ser a força mais fraca da natureza, a gravidade é que comanda tudo. Se não existisse, os planetas, as pessoas, os objetos andavam todos à deriva no espaço. Mas isso não acontece. Porquê? Ora então, a Terra, o Sol e todos os planetas exercem uma força gravitacional que puxa todos os objetos (até os satélites naturais e planetas - no caso do Sol -) para o centro desse corpo. A força gravitacional da Terra fa com que a Lua ande à sua volta e que as pessoas não caiam do planeta. Segundo a lei da gravitação universal de Newton, quanto maior a massa de um objeto, maior a força gravítica nele exercida. Mas afinal, porque é que um objeto mais pesado cai no chão primeiro do que um mais leve? Depende da resistência do ar. Num vácuo perfeito como na Lua, um objeto pesado e um objeto leve chegavam ao chão ao mesmo tempo. Podemos calcular a gravidade: F = ma (força = massa x aceleração), com a unidade de força o Newton (N).

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MyBrainMagazine • 29

Desde que o Homem alunou, várias pessoas pensaram que era uma mentira devido à concorrência entre a NASA e a URSS.

Os principais argumentos são:

- Como é que a bandeira se mexeu dado que não há atmosfera na Lua, o que permite que não haja vento? A bandeira só se mexeu quando foi colocada na superfície lunar.

- Como é que as sombras apontam para várias direções e têm tamanhos diferentes? O relevo acidentado da Lua influencia a forma e a direção das sombras.

- Como é que o astronauta suportou temperaturas altíssimas durante o dia e baixíssimas durante a noite? Os astronautas pousaram numa área de penumbra, com temperatura amena.

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30 • MyBrainMagazine

Quando o sol nasce, o chefe da colónia sai da toca. Se não há perigo, os outros seguem-no. Depois vão arranjar comida (insetos, frutas, lagartos, raízes, aves) e, enquanto isso, um deles vigia, a sentinela. O predador mais comum dos suricatas é a águia. Quando a sentinela a deteta, emite um grito estridente e os outros correm para o esconderijo mais próximo. De manhã, costumam tomar banhos de sol.

Naturais da África Austral, habitam em tocas para suportar as elevadas temperaturas. Partilham os cuidados das crias, mas só o par alfa da colónia acasala. Ensinam-lhes como encontrar alimento, lutar na brincadeira sem ferimentos, qual é a parte comestível do escorpião,...

As garras, com 2 cm, são usadas para escavar tocas e para procurar insetos e raízes. A cauda ajuda o suricata a equilibrar-se quando está de pé sobre os membros posteriores. As orelhas são pequenas e redondas por causa do calor e fecham-se quando o suricata está a escavar ou quando ocorre uma tempestade de areia. Conseguem ver predadores a 1 km de distância e possuem manchas pretas nos olhos para reduzir os brilhos. As membranas nictitantes atuam como protetor dos olhos para afastar a areia ao escavar.

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Há três espécies de elefantes: elefante-asiático, elefante-africano-da-savana e elefante-africano-da-floresta. O elefante-africano é o que tem as orelhas maiores, com 1,5 metros de largura. Mas esse excessivo comprimento apenas serve para refrescar, fazendo vento, em vez de servir para melhorar a audição. A pele que cobre as orelhas é fina e tem muitos vasos sanguíneos. Ao agitar as orelhas, o elefante dissipa o calor corporal. Estas também podem servir para ameaçar. O elefante-asiático tem orelhas mais pequenas porque vive num clima mais ameno e tropical, não seco. Os elefantes conseguem ouvir uma gama mais baixa de frequências de som do que nós, devido ao seu enorme tamanho. Além de ouvirem pelos ouvidos, os elefantes também ouvem através da sola dos pés e das laterais da tromba.

Os elefantes produzem cerca de 75 kg de excrementos por dia. Podem ser destros ou canhotos, em relação à presa. Cobrem-se de lama para escapar à força do sol. Têm um metabolismo ineficiente que não digere bem a celulose e ingerem, por isso, 100 a 200 kg de matéria vegetal diariamente. Não têm canais que drenem as lágrimas e elas correm pelas bochechas abaixo. Não conseguem ver bem a mais de 20 metros. O seu cérebro tem 5 kg (é o maior de qualquer animal terrestre) e tem um neocórtex muito desenvolvido, tal como o nosso e o dos golfinhos, sinal de inteligência complexa. Há dois mil anos viveu em Creta uma espécie pré-histórica de elefante que era do tamanho de um porco.

A tromba do elefante é composta por mais de cem mil músculos. Esta evoluiu da fusão do nariz e do lábio superior. As duas narinas permanecem separadas ao longo de toda a tromba. A tromba tem várias funções, tais como: cheirar, respirar, colher folhas, arrancar ervas, acariciar as crias, serve de trompete para emitir o seu som poderoso, aspirar a poeira do solo e lançá-la sobre o corpo para afastar as moscas, sugar água e despejá-la na boca para beber, regar a cabeça e o dorso para tomar banho,...

Os elefantes são os maiores animais terrestres do mundo.

O elefante é o animal que tem o período de gestação mais longo, de 22 meses. Até aos 14 anos de idade, o elefante tem de estar por baixo da sombra da mãe por causa da grande sensibilidade da sua pele fina aos raios ultravioleta.

Nos últimos tempos, os elefantes sofreram de caça ilegal para obter as suas presas. As suas presas servem-lhes para cavar, lutar e remover a casca das árvores.

Os elefantes vivem numa sociedade matriarcal. A manada é uma família de fêmeas, com a mais velha a liderar. Os machos deixam a manada cedo.

Os elefantes das imagens abaixo são elefantes-africanos-da-savana.

O elefante

da imagem

é um

elefante-

asiático.

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32 • MyBrainMagazine

Os esquilos são roedores que vivem em zonas de clima temperado.

As sementes, como as bolotas e as nozes, são as principais fontes de alimentação, mas também se alimentam de insetos e frutas. Para isso possuem umas fortes presas.

Constroem ninhos com folhas e galhos, para abrigarem as suas crias da chuva e do vento, em ramos muito altos.

Podem ser arborícolas (hábito diurno, com os sentidos bem apurados e com uma anatomia bastante adaptada à vida nas copas das árvores, onde se sentem mais seguros de predadores terrestres), terrestres (diurnos e fazem túneis debaixo do solo onde constroem os seus ninhos, estando para isso fisicamente adaptados) e voadores (arborícolas, hábitos noturnos, tendo para tal olhos grandes e bem desenvolvidos e têm uma membrana de pele que percorre o seu corpo unindo as patas dianteiras às traseiras, o que lhes possibilita fazer voos planados de uma árvore para outra e a sua cauda funciona como leme).

Esquilo-coreano.

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O leão-marinho é um mamífero que vive em regiões de baixas temperaturas e alimenta-se principalmente de peixes e de moluscos.

Os leões-marinhos receberam este nome pois nos machos a pelagem é diferente da das fêmeas: têm uma espécie de juba, como os leões. Além disso, têm um rugido grave.

A gestação de uma leoa-marinha dura em torno de 12 meses. Os filhotes chegam a medir 40 cm e, por causa de nascerem em terra, só aprendem a nadar depois de 2 meses de vida.

Os leões-marinhos já estiveram muito próximos da extinção. Entre 1917 e 1953, mais de meio milhão destes animais foram abatidos por caçadores em busca da sua gordura e pele. Com a proibição da caça, esses animais, que chegam a pesar 300 quilos e a atingir 3 metros de comprimento (fêmea 140 kg e os machos 300 kg), começaram a recuperar-se. Mesmo assim, ainda sofrem com a poluição das águas e, principalmente, com a pesca realizada com redes.

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34 • MyBrainMagazine

Nos ramos e nas folhas do carvalho Quercus robur encontram-se os bugalhos. São produzidos por um desenvolvimento anormal dos tecidos vegetais em locais onde a árvore foi picada por insetos, como o Neuroterus quercus-baccarum. A fêmea coloca os ovos no carvalho e, quando as larvas nascem, a árvore incha nesse local, formando um bugalho, de cujos tecidos nutritivos as larvas se alimentam. Quando a metamorfose termina, duas semanas depois, o inseto abre um orifício no bugalho e sai.

I Mangustos e girafa (ao fundo).

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Os gamos são muito parecidos com os veados.

Os veados são herbívoros com alimentação específica devido à pouca especialização do seu estômago, que não digere vegetação fibrosa como erva. Assim, alimentam-se principalmente de rebentos, folhas, frutos e líquenes.

Em junho nascem as crias dos veados. De julho a setembro as crias amamentam-se. Em agosto e setembro, o pelo dos veados juvenis perde as pintas. Nesse mesmo mês, os adultos, assim que a haste cresceu totalmente, o fluxo de sangue termina, o veludo morre e é retirado por fricção nas árvores, deixando o osso exposto. Em outubro, o pescoço dos machos aumenta em largura. Em dezembro, os machos adultos usam as hastes em lutas na época do cio. Em janeiro, as hastes caem. De janeiro a março, as fêmeas grávidas precisam de alimento em abundância. Em abril e maio, novas hastes começam a crescer nos machos adultos. À medida que as hastes crescem, são revestidas exteriormente por uma pele coberta de pelo, rica em vasos sanguíneos e nervos, o veludo, que protege e alimenta a haste em crescimento.

Os gamos são diferentes dos veados por serem mais pequenos e pelas suas hastes serem espalmadas.

No topo, veado. Quando as hastes começam a

nascer em abril-maio (ao lado) , as árvores

ficam com pequenas marcas que são, nada

mais nada menos, do que marcas que os

veados e gamos fazem para retirarem o

veludo.

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36 • MyBrainMagazine

O corpo do javali (Sus scrofa) é revestido por cerdas rígidas e compridas, com tonalidades de castanho, cinzento ou preto. O seu habitat são os bosques de caducifólias e mistos, com zonas de pradaria ou pantanosas, em toda a Europa, Norte de África e toda a Ásia do Sul, exceto no sul da Índia, Japão e Sumatra. Tem principalmente atividade corpuscular e noturna no verão. No inverno a atividade é quase sempre diurna. É um animal sociável na vida familiar, mas o macho adulto, fora da época do cio, é solitário. É um animal omnívoro que se alimenta de raízes, tubérculos, verduras, gramíneas, insetos, minhocas, ovos, roedores e bolotas.A época de acasalamento ocorre entre novembro e janeiro e a gestação dura de 112 a 115 dias, dando origem de 4 a 12 crias que se alimentam de leite materno durante os dois ou três meses de vida. Ao nascerem, apelagem é constituída por riscas claras que podem ser brancas. A maturidade sexual é atingida com um ano de idade. O porco doméstico evoluiu do javali.

Os porcos selvagens consomem larvas, anfíbios, pequenas aves, raízes, folhas, fungos, fruta e nozes. Os porcos mantêm as excreções longe da comida e não chafurdam nelas. A lama húmida mantém-nos frescos, sendo o calor libertado por evaporação, como os elefantes, e não por transpiração. A pele dos porcos tem muito poucas glândulas sudoríparas. Para se refrescarem e para se protegerem do sol, banham-se em lama. A cauda curta contém mais de 20 vértices caudais. As pernas fortes permitem que o leitão se erga pouco depois de nascer. O adulto usa-as para desenterrar comida.

Os javalis (no topo) são mais parecidos com os porcos-pretos (em cima no

centro) do que com os porcos mais claros (em cima à direita e á esquerda).

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A abetarda-do-Senegal (Eupodotis senegalensis) é originária do Senegal, Etiópia, Somália e Gâmbia. Pesa entre 1,1 a 1,6 kg e tem cerca de 60 cm de altura. Possui manto, costas e cauda cor de areia tracejado a preto. A nuca é rodeada a negro tendo um ponto de penas alongadas onde se forma a crista. Barriga, queixo e face brancos. Tarsos e dedos de cor marfim e amarelo dourado. O dimorfismo sexual apresenta-se na coloração da fronte e coroa que é mais ténue na ausência de coloração preta na garganta.

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38 • MyBrainMagazine

Os faisões são aves introduzidas na Europa como aves de caça pelo menos desde a Idade Média ou mesmo do tempo dos Romanos. e são originárias da zona entre o mar Negro e o Cáucaso e a China. Reproduz-se em campos de cultivo com bosques cerrados, mato denso, coníferas e grandes jardins e parques. Empoleira-se em árvores. Nidifica no solo e alimenta-se de matéria vegetal, insetos,... O chamamento de alarme consiste em "ku-tuk-ku-tuk-ku-tuk".

Há várias espécies de faisões: faisão (Phasianus colchicus), faisão-dourado (Chrysolophus pictus) e faisão-de-lady-amherst (Chrysolophus amherstiae). O faisão-dourado é indígena das montanhas do centro da China. Habita em florestas novas, densas, escuras de pinheiros e larícios, quase sem vegetação rasteira. O canto do macho é "ehk" ou "eh-aik". O faisão-de-lady-amherst reproduz-se em florestas de montanhas da Ásia Oriental. O canto, ouvido ao anoitecer, é "aakh aik-aik".

Faisão-dourado macho e cauda de fêmea (no canto inferior direito).

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A única diferença entre toirões e furões é que os primeiros vivem no estado selvagem e os segundos evoluíram deles e são domesticados, vivendo em cativeiro.

Os furões não são roedores e pertencem à família dos Mustelídeos, na qual se incluem os texugos, as doninhas e as lontras.

O furão é um animal carnívoro, mas também come frutos secos, cereais e nozes.

Os furões costumam mudar ligeiramente de cor conforme as estações do ano, sendo que ganham uma tonalidade mais clara no inverno do que no verão, devido ao fotoperíodo. Em muitos animais, é possível observar também a mudança de cor para tons mais claros à medida que envelhecem.

Toirões.

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Embora não tenha nervos, músculos ou mesmo um estômago, a dioneia pode sentir, fazer uma armadilha e consumir o seu jantar como qualquer caçador inteligente. Estas plantas predatórias podem crescer em solos inóspitos e pobres nutrientes. Para sobreviverem, usam estratégias e uma alimentação muito diferente das outras plantas. Em vez de serem autotróficas são heterotróficas, ou seja, em vez de produzirem o seu próprio alimento como as plantas normais, alimentam-se de insetos e larvas.

Os insetos que pousam nas suas folhas têm o azar de serem comidos por uma planta. São atraídos por um néctar que a planta possui. Estas folhas são de cerca de 8 a 15 centímetros de comprimento e possuem dentes espinhosos (cílios) em torno das bordas. A folha fecha-se pela pressão sobre seis pelos sensíveis (gatilhos) que fazem fechar a folha em cerca de meio segundo, enviando uma pequena carga elétrica para a nervura central. A folha também tem glândulas na sua superfície (pontos vermelhos) que segregam uma seiva que dissolve o corpo do inseto, libertando carbono e nitrogénio, que nutrem a planta carnívora. Esse processo leva cerca de dez dias, após o qual a folha reabre.

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Os ninhos das aves são em geral construídos com pequenos ramos, ervas ou outros materiais, muitas com penas macias do seu próprio corpo. A maioria das aves constrói os ninhos nas árvores ou arbustos, mas outras como as águias e muitas aves aquáticas constroem-nos em zonas rochosas.

A construção do ninho é geralmente conduzida por um impulso biológico em fêmeas durante a gestação, o instinto de nidificação. As aves constroem ninhos para proteger e incubar os seus ovos e crias. Os ninhos mais simples são projetados para esconder os ovos de predadores, protegê-los do sol ou outros fatores ambientais.

Algumas aves não constroem ninhos, como o pinguim-imperador.

Há vários materiais utilizados para os ninhos de aves:

- palha: íbis-sagrado;

- ramos: periquito-monge;

- barro e fezes: forneiro;

- líquenes: tarambola-dourada-americana;

- areia vulcânica aquecida pelo calor geotérmico: maleo;

- plataforma flutuante: mergulhão;

- buracos nas árvores: pica-pau;

- seda de aranha: beija-flor;

- em "segunda mão": tuim-de-asa-azul;

- na pedra: airo de Brünnich;

- lama com saliva: andorinha-dos-beirais;

- depressão no solo: avestruz;

- montes de argila: flamingo;

- tocas: papagaio-do-mar;

- fios de capim emaranhados em nós: tecelão;

- apenas saliva: Aerodramus fuciphagus.

Os pássaros imaturos que estão no ninho chamam-se

borrachos (no topo). Os íbis-sagrados fazem o ninho de palha

(2.ª fotografia) e os periquitos-monge fazem-no com ramos

(quatro últimas).

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42 • MyBrainMagazine

O Império Assírio era localizado na região leste da Alta Mesopotâmia, entre o rio Tigre e a cordilheira de Zagros. Este império no seu apogeu chegou até Elam e às fronteiras do Egito, ou seja, ocupou a zona do Crescente Fértil, uma das melhores zonas do mundo para praticar a agricultura e que foi berço de várias civilizações. Este seu tamanho máximo foi com o rei Sargão II (722-705 a.C.) Com o seu forte exército dominou os hebreus, babilónios e egípcios, mas não resistiu à pressão de um levante em Elam e outro na Babilónia, dando a oportunidade de os egípcios retomarem a seu independência. Logo em seguida, os medos, povo aliado aos caldeus e aos citas, tomaram e destruíram Nínive. Os assírios formaram o maior império, até então criado, antes do Império Romano.

Os reis assírios eram semi-nómadas, semitas do noroeste. O início do século XVIII a.C. foi marcado por alguns acontecimentos políticos como a queda de Ur III e a derrocada do Médio Império, no Antigo Egito. Foi quando surgiram duas potências emergentes, Mari e Assíria. Nesse período, um rei chamado Samsiadade I expandiu os domínios assírios por toda a Mesopotâmia e denominou-se Sar-kissat (rei do mundo). Os assírios foram derrotados em 1779 a.C. por Hamurabi, rei caldeu, tomando como que um protetorado do grande império babilónio que surgia. Mais tarde, Assurbanípal II reconquistou a terra estendendo a influência assíria do atual Irão até a cidade egípcia de Tebas. Assurbanípal II transformou Nimrud em capital militar. Assur era um prefixo usado pelos reis, símbolo de divindade.

Revoltas internas e invasões de nómadas da Ásia Central colocam fim ao império em 612 a.C.

As principais cidades-estado foram Assur, Nínive e Nimrud. A arquitetura assíria baseava-se em zigurates, que eram muito altos para estar mais perto do Céu. Eram peritos em baixos-relevos.

“Os combates de touros sempre foram considerados como um divertimento impróprio de humana Nação civilizada”. Intendente Geral da Polícia Lucas Seabra da Silva, 1809

Fomou-se então o pré-câmbrico, constituído por vermes, estromatólitos, medusas,... Nesse tempo praticamente só existiam algas e esses animais que viviam no oceano pois os continentes estavam ainda a formar-se

Formou-se depois a era paleozoica. Do Câmbrico até ao Devónico foi a idade das trilobites. Depois vieram os peixes e os corais e no final desta era, no Carbónico e no Pérmico, vieram os primeiros répteis e anfíbios e também apareceram os fetos.

Em cima, caça real ao leão, baixo-relevo do palácio

de Nínive.

Ao lado, Nínive e prisioneiros, baixo-relevo do

palácio de Nínive.

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MyBrainMagazine • 43

A construção das pirâmides sofreu uma evolução, desde um monte de areia retangular que cobria a sepultura do faraó, na fase pré-dinástica, passando pela mastaba, uma forma de túmulo conhecida no início da era dinástica. Foi Djoser, fundador da IV dinastia, quem mandou edificar uma mastaba inteiramente de pedra.

As pirâmides têm uma estrutura subterrânea complexa, composta por corredores e salas onde a sala funerária é escavada no solo. Depois da XX dinastia, as pirâmides entram na sua fase clássica com a construção da ampla necrópole de Gizé. Primeiro, os egípcios escavavam um amplo complexo subterrâneo e depois construíam a gigante estrutura exterior da pirâmide.

Mas como eram construídas estas monumentais obras de engenharia? Apenas com o corpo dos escravos que transportava as grandes pedras? Uma teoria é que o primeiro a ser construído era um núcleo interior de escadas com blocos mais leves e pequenos. A seguir eram construídos ao mesmo tempo as câmaras inferiores e os caminhos. As pedras mais pesadas da parte de cima eram colocadas com andaimes.

Depois da morte do faraó, este era embalsamado e colocado no sarcófago. Os antigos egípcios acreditavam que os mortos podiam transportar objetos, por isso enchiam os túmulos de bens (joias e até escravos que eram mortos de propósito) que seriam necessários no Além. Depois o sacerdote deixa o túmulo e varria as suas pegadas de pó. O coração era pesado perante Osíris, deus dos mortos. Se deixasse a desejar, o defunto era devorado por um monstro com cabeça de crocodilo.

Também mumificavam animais que podiam ser de estimação, para as múmias ou então podiam ser sagrados, divinizados pela sua relação com os deuses. Entre os animais embalsamados estavam gatos, vacas/touros, crocodilos, cães, burros, elefantes, peixes, gazelas, cavalos, íbis, leões, lagartos, macacos, carneiros, aves de rapina, escaravelhos, musaranhos, serpentes e pedaços de carne. Os animais eram preparados como as múmias humanas: os seus órgãos eram retirados ou dissolvidos, depois eram lavados interiormente com vinho, banhados em natrão e envoltos com resinas para fixação das fitas de linho.

Os Celtas, pelo contrário, eram altos e tinham o cabelo loiro e os olhos azuis. Eram bons ourives. Trabalhavam o ouro e objetos em ferro.

De cima para baixo e da esquerda para a direita: múmia,

sarcófago (x2), múmia e sarcófago d eum gato, múmia e

sarcófago de um falcão, pirâmide de Djoser, construção de

uma pirâmide egípcia (x3), no interior de uma pirâmide.

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O dodó extingiu-se entre 1640 e 1660. Esta ave vivia nas Maurícias, isolada de predadores, ficando sem medo de outros animais. Devido à abundância de comida nas Maurícias, o dodó não percorria grandes distâncias para se alimentar. Quando o Homem chegou lá e se instalou com o seu gado foi facilmente morto e caçado.

Uma das principais causas da sua rápida extinção foi a sua perda de habitat devido ao abate de florestas para extração de madeira e construção de casas.

Em 6 de abril de 1384, as tropas castelhanas invadiram Portugal na Batalha de Atoleiros, no Alentejo. Portugal venceu. Entretanto, em 29 de maio desse mesmo ano, os inimigos cercaram Lisboa. Deu-se o Cerco de Lisboa. Com esse acontecimento, a população de Lisboa ficou com fome e a Peste Negra contagiou alguns castelhanos, e foram obrigados a retirarem-se. Depois, a 6 de janeiro de 1385, sucedeu-se a Batalha de Trancoso e as tropas portuguesas foram vencedoras.

Em 6 de abril de 1385, os representantes da burguesia e de parte da nobreza, chefiados pelo Dr. João das Regras, fazem aclamar D. João como rei de Portugal D. João I. Iniciou-se com ele a 2.ª dinastia – dinastia de Avis.

Em 14 de agosto de 1385 deu-se a célebre batalha de Aljubarrota, com D. Nuno Álvares Pereira (foi considerado santo com o nome de D. Nuno de Santa Maria) a chefiar com a sua tática do quadrado. Nesta batalha, o exército castelhano perdeu com uma diferença considerável de homens (castelhanos – 32 000, portugueses – 8 000). Para comemorar a batalha construiu-se o Mosteiro da Batalha. Uma personagem muito popular é a padeira de Aljubarrota, Brites de Almeida, que segundo a lenda matou sete castelhanos.

Deu-se também a Batalha de Valverde onde também ganharam os portugueses.

Em 9 de maio de 1386, Portugal faz um tratado de amizade com a Inglaterra, onde os dois países prometiam ajudar-se. Esta aliança foi reforçada pelo casamento de D. João I com a inglesa D. Filipa de Lencastre, em 1387.

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No século XIX, após a Revolução Industrial, as grandes cidades como Londres, Paris e Nova Iorque tinham nuvens de fumo preto espalhadas pelo céu provenientes das chaminés das casas. As chaminés também ficavam sujas com fuligem e de creosoto. Com o tempo, a fuligem bloqueava a chaminé e o creosoto podia inflamar e incendiar o edifício.

Um mestre limpa-chaminés contratava crianças geralmente órfãs para o ajudar a limpar a fuligem com escovas, pois as chaminés eram estreitas.

Os limpa-chaminés podiam ficar presos e asfixiar-se com a fuligem, morrendo.

Os Celtas, pelo contrário, eram altos e tinham o cabelo loiro e os olhos azuis. Eram bons ourives. Trabalhavam o ouro e objetos em ferro. Ocupavam as regiões norte, oeste e centro da Península Ibérica. Alguns Celtas cremavam os mortos, em vez de os sepultarem.

Os Lusitanos viviam a norte do Tejo numa região situada à volta da serra da Estrela chamada Lusitânia.

Eram fortes e corajosos. Dedicavam-se à agricultura e à pastorícia. O chefe que mais se destacou foi, certamente, Viriato.

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46 • MyBrainMagazine

Há 125 milhões de anos, nasceram as primeiras flores.

As plantas terrestres já existem há cerca de 425 milhões de anos e reproduziam-se, tal como as marinhas, por esporos. No mar, as plantas e alguns animais podem simplesmente espalhar para fora os seus esporos para flutuar e crescer noutro lugar. Isto é como as primeiras plantas se reproduziam. Mas as plantas logo evoluíram para métodos de proteger esses esporos. A proteção formou sementes iniciais como as do ginkgo e coníferas. O mais antigo fóssil de uma planta com flor, Archaefructus liaoningensis, é datada de cerca de 125 milhões de anos.

Vários grupos de gimnospérmicas extintas, especialmente samambaias com sementes, têm sido propostos como os ancestrais de plantas com flores, mas não há nenhuma evidência fóssil mostrando exatamente como as flores evoluíram. O aparecimento repentino de flores no registo fóssil representava um problema para a teoria da evolução de Charles Darwin. Fósseis de angiospérmicas recentemente descobertos, como Archaefructus, juntos com outras descobertas de fósseis de gimnospérmicas, sugerem que as características angiospérmicas podem ter sido adquiridas numa série de etapas.

Recentes ADN's mostram que a Amborella trichopoda, na ilha do Pacífico da Nova Caledónia, sugerem que ela tem características que podem ter sido as mesmas das primeiras plantas com flores.

A suposição geral é que a função de flores, desde o início, era envolver animais no processo de reprodução. Uma das razões propostas para a súbita aparição, é que as flores evoluíram num ambiente isolado como uma ilha, ou arquipélagos, onde as plantas como elas foram capazes de desenvolver uma relação altamente especializada, com algum animal específico, a forma como muitas espécies insulares desenvolveram hoje.

fóssil da flor Porana oeningensis de há

10 milhões de anos.

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Njinga Mbandi (1581-1663), a rainha de Ndongo e Matamba, foi uma personalidade considerável de Angola do século XVII. Uma diplomata, negociadora e estrategista, resistiu a projetos coloniais de Portugal até à sua morte em 1663. Foi chamada Njinga porque o seu cordão umbilical estava enrolado no seu pescoço.

Em 1560, depois de uma longa viagem, o explorador Português Paulo Dias de Novais desembarcou na costa Ndongo, perto da foz do rio Cuanza, acompanhado por jesuítas portugueses, comerciantes e dignitários. Os projetos mercantilistas dos portugueses, em particular o desenvolvimento do comércio de escravos ao longo da costa sul africana, mudou o ambiente político, social, económico e cultural do Reino de Ndongo e toda a região. Foi contra esse projeto que Njinga Mbandi lutou. Ngola Mbandi Kiluanji, o Rei de Ndongo, morreu em 1617. O seu filho, Ngola Mbandi, tornou-se o novo rei, mas ele não como o seu pai nem como a sua irmã Njinga Mbandi. Ele mandou executar o único filho de Njinga. Em 1622, atormentado pelo portugueses, enviou Njinga para Luanda como seu enviado para negociar a paz com D. João Correia de Sousa, o governador português. Em 1624, o irmão de Njinga, Ngola Mbandi, atormentado pelo portugueses, retirou-se para uma pequena ilha no rio Cuanza, onde morreu misteriosamente. Será que ele se suicidou? Será que Njinga o envenenou para se vingar do assassinato do seu filho? Njinga, então com 43 anos de idade, assumiu o poder como a rainha de Ndongo. Njinga tomou o poder e tornou-se rainha. Ela afirmou sua autoridade sobre o local, conquistou o Reino de Matamba e defendeu seus dois reinos. Durante as quatro décadas de seu governo, a Rainha do Ndongo e Matamba opõe-se aos projetos coloniais. Os governadores portugueses vieram contra este grande rainha. Ela rapidamente se distinguiu como um excelente soberana. As suas tácticas de guerra e espionagem, habilidades diplomáticas, elaborar inúmeras alianças estratégicas e o seu conhecimento das questões comerciais e religiosas permitiu-lhe resistir aos ataques colonialistas de Portugal até à sua morte em 1663. Formou uma aliança com os holandeses que ocupavam boa parte da Região Nordeste do Brasil. Com o auxílio das forças de Njinga, os holandeses conseguiram ocupar Luanda, de 1641 a 1648. Em janeiro de 1647, Gaspar Borges de Madureira derrotou as forças de Njinga.

Njinga desempenhou um papel decisivo na história do seu país e foi a catalisadora de uma revolução genuinamente sócio-política e cultural. Como tal, ela tem sido uma fonte de inspiração para as mulheres africanas por centenas de anos. É conhecida em toda a África pela sua inteligência, sabedoria política e diplomática, e pelo seu talento como estrategista militar. Ela falava a sua língua nativa (kimbundu) e português. Aprendeu também a cultura portuguesa. Ela escreveu as suas próprias cartas para os reis portugueses João IV e Afonso VI. Enviou espiões regularmente para Luanda, para saber os projetos coloniais. A sua missão era esperar por reforços que chegavam de Lisboa para estudar os métodos de treinamento utilizados pelos conquistadores. O seu exército atacava durante a noite para apanhar o inimigo desprevenido. Em trinta anos de guerra, ela evitou todas as armadilhas para capturá-la. Além disso, ela tinha uma perfeita compreensão de questões religiosas e comerciais. Ela converteu o seu povo ao cristianismo como um método de negociação com os portugueses. Ela foi batizada em 1623, durante a sua visita a Luanda. Ela afirmou sua autoridade sobre o local, conquistou o Reino de Matamba e defendeu seus dois reinos. Durante as quatro décadas de seu governo, a Rainha do Ndongo e Matamba opõe-se aos projetos coloniais. Os governadores portugueses vieram contra esta grande rainha. Njinga morreu no dia 17 de dezembro de 1663, com 82 anos.

No topo, rainha Njinga no filme

angolano com o mesmo

nome, Njinga em negociações

de Paz com o governador

português em Luanda em

1657, rainha Njinga, funeral de

Njinga.

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Nesta época, os marinheiros acreditavam muito em mitos e lendas. A maior parte do mundo ainda estava por descobrir e pensavam que o mundo era retangular e que havia um abismo. Acreditavam em monstros marinhos e em homens monstruosos, que viviam em terras desconhecidas e quando havia mau tempo e onde havia rochas, eles pensavam que eram monstros que estavam foribundos.

Os Descobrimentos Portugueses foram uma aventura para os marinheiros.

Todos apoiavam a expansão:

- A burguesia procurava riqueza e novos mercados;

- A nobreza desejava aumentar títulos e senhorios;

- O clero queria expandir o Cristianismo;

- O povo queria melhorar as suas condições de vida.

Quem se destacou nos Descobrimentos foi o Infante D. Henrique, que fundou a escola de Sagres, uma escola dedicada à náutica. Este tinha uma rosa-dos-ventos, onde ensinava os aprendizes. Os navegadores, para se orientarem no mar alto usavam instrumentos náuticos como o astrolábio, o quadrante, a balestilha, bússola e cartas náuticas. Os marinheiros utilizavam navios como a barca, o barinel e a galé, mas o que se destaca era a caravela. Esta tinha velas triangulares que permitiam bolinar, navegar contra os ventos contrários.

Em 1415, Portugal conquistou aos Mouros a cidade de Ceuta, devido às confluências das rotas do ouro africano e das especiarias asiáticas, à abundância de cereais e a posição estratégica que permitia controlar o tráfego marítimo. Os Mouros desviaram a rota comercial para outras cidades.

João Goçalves Zarco e Tristão Vaz Teixeira, partiram em 1418 com intenção de chegar à Guiné, mas uma forte tempestade arrastou-os para Porto Santo. Voltaram ao reino e voltaram com Bartolomeu Perestrelo para Porto Santo, então, viram uma ilha, a ilha da Madeira. Descobriu-se este arquipélago em 1419.

O arquipélago foi dividido em três capitanias:

- A capitania do Funchal ficou para João Gonçalves Zarco;

- A capitania do Machico ficou para Tristão Vaz Teixeira;

- A capitania de Porto Santo ficou para Bartolomeu Perestrelo.

Os primeiros colonos eram quase todos algarvios. Foram introduzidas culturas como a da vinha, a da cana-de-açúcar, a de árvores de fruto e a de cereais. Mais tarde a da bananeira.

Em 1427, Diogo Silves descobriu a maioria das ilhas dos Açores. A colonização dos Açores teve início em 1439. O clima e o solo dos Açores permitiram o desenvolvimento da criação de gado, a produção de cereais, sobretudo trigo e plantas tintureiras, como a urzela e o pastel.

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O cabo Bojador era muito difícil de passar, pois tinha muitas rochas e ventos e tempestades. Em 1434, Gil Eanes dobrou cabo Bojador. Quando os Portugueses organizaram uma expedição a Tânger, D. Fernando ficou lá refém e depois acabou por morrer.

Do Cabo Bojador ao Cabo da Boa Esperança: Em 1443, Nuno Tristão chegou à Baía do Arguim. Em 1444, Dinis Dias e Valhart chegaram ao Senegal. Em 1446, Álvaro Fernandes descobriu Guiné-Bissau. Em 1456, Diogo Gomes e Cadamosto descobriram o arquipélago de Cabo Verde. Em 1460, Pedro de Cintra chegou à Serra Leoa. Em 1471, João de Santarém e Pedro Escobar descobriram S. Tomé e Príncipe. Em 1483, Diogo Cão chegou a Angola. Em 1488, Bartolomeu Dias dobrou o Cabo das Tormentas.

O rei D. João II mandou fazer padrões nas novas terras para as marcar com objetivo informar que tinham sido conquistadas por Portugal.

Cristóvão Colombo era um mercador genovês que a pedido dos reis de Espanha, descobriu a 1492 a América.

Inicia-se um conflito entre Portugal e Castela. Portugal queria as ilas Canárias e Cstela queria o comércio da Costa africana: assinou-se em 1479 o Tratado de Alcáçovas. Para Portugal ficaram as terras a sul das Canárias e para Castela ficaram as Canárias e as terras a norte. Os dois queriam uma política de "mar fechado"- Mare Clausum. Cristóvão Colombo, um navegador genovês, disse a D. João II que ia atingir a Índia por Ocidente. Como o rei português já possuía informações que lhe permitiam concluir que a rota para Oriente era mais curta, recusou a proposta. Colombo fez a proposta aos reis de Castela e eles aceitaram. Chegou então às Antilhas (América), pensando ter alcançado a Ásia. Como estas ilhas estavam a sul do Paralelo de Alcáçovas, Portugal reivindicou essas terras. O conflito reacendeu-se. Assinou-se em 1494 o Tratado de Tordesilhas. Pelo papa, dividiu-se o mundo em duas partes separadas pelo meio do Oceano Atlântico. D. João II não aceitou, pedindo para ficar mais a Ocidente, pois suspeitava que aí havia mais terra (o Brasil). O papa aceitou.

Pêro da Covilhã e Afonso de Paiva foram enviados, disfarçados de mercadores, pelo Mediterrâneo e Mar Vermelho, em 1487, ao Oriente para obterem informações sobre o comércio na Índia e a navegação no Oceano Índico. D. Manuel I continuou a apoiar os Descobrimentos. Então, mandou Vasco da Gama descobrir o caminho marítimo para a Índia. Em 8 de julho de 1497 a frota com duas naus (navio com três velas quadrangulares e uma triangular. Era maior e mais resistente do que a caravela.) , uma caravela e uma nau de mantimentos: S. Gabriel (comandada por Vasco da Gama), S. Rafael (comandada por Paulo da Gama), a Bérrio (comandada por Nicolau Coelho) e a S. Miguel - nau de mantimentos - ). Em 20 de maio de 1498 chegaram a Calecut, na Índia. A Índia era rica em especiarias (canela, pimenta, cravinho, noz moscada…) e seda. Afonso de Albuquerque, o mais notável vice-rei da Índia, conseguiu conquistar Goa, Malaca e Ormuz.

Outra armada ia partir para a Índia com Pedro Álvares Cabral a comandar, mas, fizeram um inexplicável desvio e, em 22 de abril de 1500 descobriram o Brasil. Então chamaram-lhe Terras de Vera Cruz (Terras de Verdadeira Cruz). O Brasil tinha animais exóticos e pau-brasil. Este tinha um líquido de cor de brasa, utilizado em tinturaria e tinha uma boa qualidade de madeira.

Na página anterior: Ceuta, Fortaleza de

Sagres, Rosa-dos-ventos, carta nátuica de

Fernão Vaz Dourado, homens monstruosos.

Nesta página: Padrão dos Descobrimentos,

Vasco da Gama recebe o emissário do

samorim de Calecut, Tratado de

Tordesilhas, progressos da expansão

portuguesa, esquema de uma caravela.

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Em África, os portugueses comerciavam com os indígenas ouro, marfim, malagueta e escravos. Criavam feitorias no litoral. Aí guardavam trigo, sal, panos coloridos e outros pelos produtos africanos. A feitoria mais importante era a da Mina.

O Japão e a China possuíam pedras preciosas e produziam sedas e porcelanas. Estes povos eram muito desenvolvidos e organizados e achavam que nós não tínhamos regras de etiqueta. Milhares de colonos portugueses se estabeleceram no oriente. Goa, Malaca e Macau foram as principais feitorias portuguesas. Mas era de Goa que partiam as naus da carreira da Índia. A ação dos missionários foi importante na fixação dos portugueses no Japão. Estes construíram igrejas e fundaram escolas e seminários e também foram os principais transmissores de conhecimentos e costumes.

No tempo dos Muçulmanos havia uma muralha em Lisboa – a cerca moura. Mais tarde, D. Fernando mandou construir a cerca nova. D. Manuel começou a frequentar o Paço da Ribeira, junto ao Tejo. Com esta construção, Lisboa ficou com duas grandes praças: a praça do Rossio e a praça da Ribeira. Aqui se localizava a Casa da Índia. A rua mais importante era a rua dos Mercadores. Lisboa foi chamada a Rainha dos Oceanos. Recebia grande quantidade de especiarias, perfumes, porcelanas, marfim e metais preciosos.

O poder de D. Manuel era cada vez maior. Havia muitos luxos para os nobres, mas a maioria do povo vivia pobremente. As ruas estavam cheias de mendigos, vagabundos e miseráveis. A corte de D. Manuel era uma das mais ricas da Europa. O rei contratou vários poetas, escritores e músicos. Os saraus eram sempre muito alegres, com música, dança, festas e grandes banquetes. A cadeira onde o rei se sentava e a sua mesa eram mais altas do que as dos restantes convidados. Para estes falarem com ele tinham que se ajoelhar e ter a cabeça descoberta. Os reis e os convidados vestiam-se de uma forma muito luxuosa. Vestiam-se com tecidos de seda e veludo e adornos de ouro e pedras preciosas. D. Manuel gostava de exibir a sua riqueza passando pelas ruas em cortejos.

A arte manuelina é a arte do tempo de D. Manuel I. A arquitetura apresentava muitos detalhes e pormenores.

por causa de não o deixarem usar óculos de sol enquanto trabalhava na pedreira de calcário e nos pulmões, tuberculose). Está numa cela de 2,4 metros por 2,1 metros, a cela 466/64 e, como prisioneiro de classe D, só pode receber uma visita e um carta por cada seis meses. Em 1964, termina o julgamento de Rivónia. Será condenado com mais oito pessoas a prisão perpétua (não à morte, como pedia o procurador).

Em 1968, a sua mãe morre mas o Estado sul-africano não o deixa assistir ao funeral. Em 1969, o seu filho mais velho, Thembi, morre num acidente de automóvel e não pode assistir ao enterro. Em 1970, é visitado pelo deputado trabalhista britânico Dennis Healey. Em 1975, tornou-se um prisioneiro de classe A, troca correspondência com Desmond Tutu e outro ativista anti-apartheid. Em 1978, faz 60 anos e a sua causa ganha cada vez mais apoio internacional. Em 1980, ganha o prémio Liberdade, da Universidade de Glasgow. O jornalista Percy Qoboza lança a campanha «Free Mandela» que levará as Nações Unidas a serem favoráveis à sua libertação, ao contrário dos opositores de Mandela, Margaret Thatcher e Ronald Reagan. Em 1982, é transferido para a prisão de Pollsmoor, nos subúrbios da Cidade do Cabo e, juntamente com os companheiros Sisulu, Kathrada, Raymond Mhlaba e Andrew Mlangeni, partilhou uma grande cela e no pátio fizeram uma horta. Em 1985, com a pressão internacional e as multinacionais a fugirem do país, o primeiro ministro P.W. Botha oferece-lhe a liberdade na condição de rejeitar a violência como arma política, incondicionalmente, mas Mandela recusa.

Em 1987, começam as negociações secretas entre o Governo e Mandela. O estato legaliza o ANC e liberta todos os presos políticos, em troca da renúncia à violência, da rutura com os comunistas e na rejeição do princípio do «Governo da Maioria» num governo post-apartheid, mas Mandela recusa novamente. Em 1988, o Concerto de Tributo a Nelson Mandela, organizado pela BBC pelos 70 anos de Mandela, é transmitido para 67 países, com uma audiência global de 600 milhões. Em 1989, o novo presidente Frederik de Klerk dá instruções para que se começa a negociar a legalização do ANC e a libertação de Mandela. Em 1990, o ANC torna a ser legal e Mandela sai da prisão e é eleito presidente do ANC, em substituição de Oliver Tambo. Em 1992, Mandela divorcia-se de Winnie, depois de terminado o processo judicial (fraude) contra ela. Nas negociações CODESA-2 acorda com F.W. de Klerk uma constituição interina que garante a separação de poderes, a exigência de um tribunal constitucional e concede algumas garantias à continuidade dos funcionários públicos brancos. Em 1993, juntamente com De Klerk, Mandela recebe o prémio Nobel da Paz. Em 1994, o ANC, liderado por Mandela, ganha as primeiras eleições com 62% dos votos. A África do Sul tem o seu primeiro presidente negro e o apartheid acaba. Em 1995, Nelson Mandela cria o Nelson Mandela Children's Fund, ao qual devota um terço dos seus rendimentos. Em 1998, casa com Graça Machel, no seu octogésimo aniversário. em 1999, recusa-se a um segundo mandato e cria a Fundação Nelson Mandela.

Janela manuelina do Convento de

Cristo, em Tomar; mapa com as rotas e

os produtos; Mosteiro dos Jerónimos –

obra manuelina; planta de Lisboa

quinhentista; mapa com os territórios

na Ásia.

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A Biblioteca de Alexandria foi uma das maiores bibliotecas do mundo antigo. Floresceu na dinastia Ptolomaica e existiu até a Idade Média, quando supostamente foi totalmente destruída por um incêndio cujas causas são controversas.

A biblioteca continha praticamente todo o saber da Antiguidade, em cerca de 700 mil rolos de papiro e pergaminhos. Se ainda existisse, esta biblioteca iria esclarecer muitos dos mistérios históricos, como o da Atlântida.

Acredita-se que a biblioteca foi fundada no início do século III a.C., concebida e aberta durante o reinado do faraó Ptolemeu I Sóter. Plutarco escreveu que Júlio César tinha incendiado acidentalmente a biblioteca quando pegou fogo aos seus próprios navios para frustrar a tentativa de Achillas de limitar a sua capacidade de comunicação por via marítima. De acordo com Plutarco, o incêndio espalhou-se para as docas e daí para a biblioteca. Mas há outra versão da sua destruição: foi destruída por ordem de Amr ibn al-As, governador provincial do Egito, em nome do califa Rashidun Omar ibn al-Khattab, pouco depois da conquista do Egito comandada por Amr, em 642.

Os Celtas, pelo contrário, eram altos e tinham o cabelo loiro e os olhos azuis. Eram bons ourives. Trabalhavam o ouro e objetos em ferro. Ocupavam as regiões norte, oeste e centro da Península Ibérica. Alguns Celtas cremavam os mortos, em vez de os sepultarem.

Os Lusitanos viviam a norte do Tejo numa região situada à volta da serra da Estrela chamada Lusitânia.

^ Incêndio à Biblioteca de Alexandria.

< Interior da Biblioteca de Alexandria.

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O kiwi amadeirado é um exemplo de uma tentativa de quem não gosta de comer fruta.

Ingredientes (1 pessoa):

Cinco rodelas de kiwi

Chocolate negro

Noz

Doce de frutos do bosque

Polpa de maçã (polpa de batido de maçã aquecida no fogão, que dá um sabor a maçã cozida)

Passos:

Cinco rodelas de kiwi e por cima chocolate negro derretido em Banho-Maria. Por cima, polpa de maçã e doce de frutos do bosque. Por fim, em cima, noz moída num almofariz.

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Quando pensamos no Verão, o calor, a praia,... não nos lembramos dos partes boas de outras estações. Por exemplo, num dia de sol toda a gente está feliz mas quando está a chover a maioria das pessoas fica triste. Mas na verdade as paisagens também são bonitos quando está a nevar, quando está nevoeiro,...

Durante o inverno, nos pontos mais altos, podemos admirar a neve e como ela muda a cor das paisagens. Nos dias chuvosos e dias de nevoeiro, a paisagem fica misteriosa, molhada,... Também no final do inverno, a mimosa desabrocha as suas flores, colorindo a paisagem do centro de Portugal com um amarelo canário.

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São muitas as razões pelas quais as pessoas saem do seu país. Muitos imigrantes clandestinos saem devido a catástrofes naturais, procura de melhor qualidade de vida, mas as principais são a perseguição política, as rivalidades étnicas, a intolerância religiosa e as guerras.

Os refugiados são indivíduos que tiveram de abandonar o seu país devido a um receio fundado de perseguição em virtude da sua etnia, religião, nacionalidade, opinião política ou pertença a um determinado grupo social, não podendo ou não querendo regressar. Os deslocados são pessoas que foram forçadas tal como os refugiados a fugir das suas casas, só que não atravessam qualquer fronteira internacionalmente reconhecida. Em todo o Mundo estima-se que haja 40 milhões de deslocados, dos quais metade são refugiados.

Dois sítios onde os imigrantes clandestinos africanos mais passam para ir para a Europa são o estreito de Gibraltar e a ilha italiana de Lampedusa. Entre 1993 e 2006, cerca de 7 mil imigrantes perderam a vida ao tentarem entrar na Europa só para terem uma melhor qualidade de vida e para conseguirem sustentar a família. Morrem na maioria por afogamento, mas também por violência das forças da ordem, suicídio, ausência de cuidados médicos (por ato racista), esgotamento, campos de minas, asfixia (no reboque de um camião, contentor ou cargueiro) e hipotermia durante a viagem de avião (no porão ou no trem de aterragem). Na ilha de Lampedusa, os imigrantes clandestinos foram mal tratados e postos em sítios com péssimas condições de vida, horríveis para a dignidade dessas pessoas que fazem tudo por tudo para dar de comer aos filhos, ir ter com a família,...

Durante a guerra da Síria, os sírios procuram lugares mais seguros dentro do seu país e para lá das suas fronteiras.

Em vários sítios do mundo, há fronteiras com controlos diretos e indiretos, tais como impostos, racionamento, sistemas de passe, policiamento que abrandam a migração, mas alguns imigrantes fogem a eles. A Europa, a América do Norte, a África do Sul, a Austrália, a Nova Zelândia, Singapura, e Guiana Francesa são territórios transformados em santuários, que desenvolveram legislação e mecanismos repressivos para a entrada de imigrantes. Há várias barreiras nas fronteiras: avançadas e de proteção (arame farpado, campos de minas, vigilância eletrónica e térmica e controlo militar e policial). Alguns países são zonas tampão, outros frentes secundárias e santuários internos.

Um dos sítios por onde os tunisinos tentam entrar pela Europa é a ilha italiana de Lampedusa (esquerda). A figura em

cima representa um campo de refugiados sírios na área de Zaatri, na Jordânia.

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As causas da deslocação podem ser também naturais,

como no terramoto do Haiti (no topo). A guerra da Síria

deslocou milhões de pessoas para campos de

refugiados (em cima).

Atualmente o mundo tem fronteiras fechadas nalguns

países(ao lado), como os Estados Unidos e o Mèxico

(em baixo) ou a Argélia e Marrocos (em cima, à direita).

O mapa em baixo à esquerda representa o número de

imigrantes clandestinos mortos entre 1993 e 2006.

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Nas grandes cidades, o metro é o transporte público mais utilizado.

Em 1863, Londres começa a construir o primeiro metro do mundo. Os primeiros metros eram locomotivas a vapor, que queimavam coque e carvão. Estes combustíveis deitavam emanações sulfurosas para as estações. Durante a Primeira Guerra Mundial e a Segunda Guerra Mundial, as linhas de metro de Londres, que estavam inativas, foram usadas como locais de armazenamento de segurança para uma série de artefactos valiosos do Museu Britânico.

Atualmente, para construir um túnel de metro, as máquinas para perfuração de túneis de comprimento fazem a maioria do trabalho duro. Cada máquina tem uma cabeça de corte rotativa na parte da frente e equipamentos mecânicos e elétricos. A cabeça de corte gira a cerca de três rotações por minuto.

Uma vez que o túnel do tubo é construído, ele é forrado com betão e, em seguida, instalado com eletricidade que irá alimentar as luzes da linha e sistemas de ventilação.

Para ir para a plataforma tem de se passar por barreiras que abrem quando apresentamos um ticket que pode ser adquirido na estação.

As portas inteligentes EMU da carruagem abrem automaticamente graças a um sistema elétrico que permite detetar quando o metro está ao lado de uma plataforma e de que lado é que esta é.

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Os testes de colisão servem para avaliar a segurança de um veículo automóvel, simulando um acidente verdadeiro.

Para isso, têm de ser utilizados carros iguais aos que se vendem no mercado e também um boneco para imitar um passageiro humano. Antes de serem colocados no veículo, os bonecos de teste são pintados com diferentes cores nas partes do corpo com maiores probabilidades de colisão. Os joelhos, o rosto e as áreas do esqueleto dos bonecos de teste são pintados com cores distintas. As marcas de tinta no carro irão indicar a parte do corpo que foi atingida e onde ela bateu no interior do carro.

Sobreviver a uma colisão está relacionada com energia cinética. Quando um corpo se move a 56 km/h, armazena uma certa quantidade de energia cinética. Depois da colisão, o corpo não terá energia cinética. Para minimizar o risco de um ferimento, a energia deveria dissipar-se o mais devagar e homogeneamente possível. Alguns sistemas de segurança num carro ajudam a realizar isso.

Há dois tipos mais comuns de testes de colisão:

- Impacto frontal - A 56 km/h, o carro vai direto contra um obstáculo sólido de betão.

- Impacto lateral - um trenó, de 1.368 kg, com um para-choques deformável, colide lateralmente num carro de teste. Os pneus do trenó são angulares. A simulação é de um carro que atravessa um cruzamento e é atingido lateralmente por um outro veículo que atravessou o sinal vermelho. Por causa dos pneus dispostos de forma angular, durante o teste o trenó move-se a 61 km/h para simular um impacto lateral de 56 km/h.

Para cada lesão é determinado um grau, de acordo com a sua gravidade: 1 - para pequenos cortes; 3 - indica ferimentos graves que requerem tratamento médico imediato e que podem ameaçar a vida; 6 - indica morte.

Em colisões frontais, o sistema de avaliação por estrelas é determinado pela pior nota nestes critérios:

- Critério de ferimentos na cabeça (HIC)

- Desaceleração peitoral

- Carga no fémur

Para receber uma avaliação de cinco estrelas, todos os critérios acima devem estar abaixo do nível que indica 10% de ferimentos severos.

Em colisões de impacto lateral, há dois critérios:

- Índice de trauma torácico (TTI)

- Aceleração pélvica lateral (LPA)

Para atingir cinco estrelas nas colisões de impacto lateral, os critérios acima devem estar no nível que indica probabilidade menor a 5% de ferimentos severos.

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O Porsche Macan é o novo SUV da Porsche, desportivo, mas com os típicos faróis e linhas da marca alemã.

Ficha técnica:

Motor biturbo V6 de 3,6 litros

294 kW (400 CV) às 6.000 rpm

Binário máximo: 550 Nm entre as 1.350 e as 4.500 rpm

Aceleração dos 0 aos 100 km/h: 4,8 s

Velocidade máxima: 266 km/h

Injecção directa de gasolina (DFI)

VarioCam Plus

Função Auto Start-Stop

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Um avião pode ser facilmente localizado com o transponder, um transmissor de rádio no cockpit do avião, que se comunica através de um radar de solo com o controlo de tráfego aéreo. O transponder recebe um sinal de radar, que envia os dados, que contêm, entre outras coisas, a identificação da aeronave, a sua velocidade, a altitude e posição. Se o transponder estiver desligado, o equipamento irá desaparecer do radar secundário, permanecendo visível no radar primário.

Então mas como é que o Boeing 777 do voo MH-370 desapareceu sem pistas de radar? Comecemos pelo início. Às 0h41 o avião parte do aeroporto de Kuala Lumpur, capital da Malásia, com destino à capital chinesa, Pequim. À 1h30, os controladores aéreos perdem o contacto com o avião, no meio do Golfo da Tailândia. Mas como é que perdeu a comunicação? O transponder só pode ter sido desligado. Mas porquê? Então, ou o piloto fez isso intencionalmente ou então foi sequestrado por dois suspeitos com passaportes que tinham sido roubados na Tailândia, um italiano e um austríaco. Às 2h15, um radar militar deteta o avião perto da costa norte da ilha indonésia de Sumatra, no estreito de Malaca. O avião pode estar numa zona desde o Cazaquistão até à Austrália, pois possui combustível para ir até esses limites.

As caixas negras são muito importantes para investigar um acidente de avião. Estas, que na verdade são cor de laranja, são dois aparelhos distintos, um que grava o som do cockpit, outro que grava todos os dados do avião e que está no porão. São muito resistentes e conseguem transmitir informação desde uma profundidade de 6000 m, durante 30 dias.

No dia 20 de março de 2014, a Austrália divulgou imagens de satélite, registadas em 16 de março, em que apareciam dois objetos flutuantes a cerca de 2 500 km de Perth, na costa sudoeste australiana, onde a profundidade do oceano pode chegar a 5 000 metros. As procuras nessa zona tinham uma data limite: o fim da emissão das caixas negras. Numa área gigantesca, era quase impossível descobrir um avião a uma profundidade de 5000 metros. Alguns sinais de caixas negras foram captados, mas nenhum era do avião.

Alguns aparelhos foram utilizados para tentar encontrar as caixas negras e o avião:

- Towed pinger locator: um pequeno aparelho puxado por um navio por uma corda, que consegue procurar destroços até 6000 m de profundidade e procurar 390 km por dia;

- Bluefin 21 - mini-submarino robótico com um sonar que examina detalhadamente profundidades até 4500 m e procurar 100 km por dia;

- Sonobuoy - o único para procurar o avião, é lançado por um avião militar e, quando cai na água, três seus componentes separam-se. 5 braços com hidrofones abrem-se e o aparelho procura o avião por 8 horas.

Como não é de estranhar, o avião não foi descoberto.

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Os vidros inteligentes estão ligados à corrente elétrica e, quando estão ligados ficam transparentes e quando estão desligados ficam opacos.

Quando a eletricidade passa através das partículas, através de um par de elétrodos montados na matriz de polímero, obriga as partículas a alinhar num padrão uniforme. Isso permite que uma quantidade muito maior de luz natural para penetrar o vidro, concedendo-lhe uma qualidade transparente e de alto valor de luz.

Os raios de luz que entram no vidro são bloqueados quando não há carga elétrica, mas passam livremente quando a eletricidade está ligada. Ambos os lados da matriz polimérica são dois elétrodos que, quando ativados, forçam as partículas a alinhar.Os raios de luz que entram no vidro são bloqueados quando não há carga elétrica, mas passam livremente quando a eletricidade está ligada. Ambos os lados da matriz polimérica são dois elétrodos que, quando ativados, forçam as partículas a alinhar.

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A camada de ozono situa-se na estratosfera e corresponde à zona onde há mais ozono. Esta camada funciona como filtro, impedindo que as radiações ultravioleta atinjam a superfície da Terra.

A redução da camada de ozono é causada pelos clorofluorocarbonetos (CFC). Estes compostos foram proibidos de ser utilizados em aerossóis, mas, em contrapartida, ainda são utilizados em aparelhos de refrigeração (frigoríficos e aparelhos de ar condicionado). Com a evolução da ciência e da tecnologia, estes compostos já foram substituídos por outros nos frigoríficos mas ainda não se descobriu outro substituto no ar condicionado.

Os CFC's vão para as zonas frias da atmosfera - os polos. Foi descoberto um buraco do tamanho da Antártida de ozono - o buraco de ozono. Estes têm vindo a aumentar, apesar de haver muito menos concentração de CFC's, devido ao facto de estes compostos demorarem de 65 a 385 anos a se degradarem.

A redução da espessura da camada de ozono afeta o desenvolvimento das plantas e do fitoplâncton, provoca cegueira e cancro da pele.

O buraco de ozono ainda continua

a aumentar (em cima e à

esquerda), apesar de ir diminuir

daqui a uns anos.

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O sistema digestivo corresponde ao conjunto de órgãos que realizam a digestão dos alimentos. É na boca que ocorrem a ingestão dos alimentos e as suas primeiras transformações. A saliva é o suco digestivo expelido na cavidade oral. Este fluido é produzido pelas glândulas salivares e é responsável pela digestão química que ocorre na boca. A língua envolve em saliva os fragmentos triturados pelos dentes. Origina-se então o bolo alimentar. A faringe é uma região de passagem dos alimentos, mas também de ar. Durante a deglutição, para impedir a entrada de alimentos nas vias aéreas, a epiglote desloca-se e bloqueia o acesso à laringe. O esófago conduz o bolo alimentar até ao estômago graças às contrações dos músculos da sua parede - os movimentos peristálticos.

O bolo alimentar, quando chega ao estômago, é digerido pelo suco gástrico, que é composto por secreções produzidas pelas glândulas gástricas, localizadas na parede do estômago. Neste ocorre digestão química (através do suco gástrico) e mecânica (movimentos de mistura provocados por fortes músculos). Forma-se então o quimo. Os movimentos peristálticos vão empurrando, em pequenos jatos, o quimo para o intestino delgado. Mas é também no estômago que ocorre o metabolismo, uma série de reações químicas no corpo, que convertem os alimentos que ingerimos em energia que usamos para o crescimento, movimento e saúde. Quando comemos, levamos energia como hidratos de carbono, que libertam glicose na corrente sanguínea para alimentar o corpo. As gorduras são convertidas em ácidos gordos e as proteínas em aminoácidos, os quais são libertados lentamente para a corrente sanguínea, como parte do processo de digestão. Estes nutrientes entram nas células do corpo através do sangue e são utilizados para alimentar, construir e reparar ou são armazenadas para uso posterior. O anabolismo (metabolismo construtivo) corresponde à construção e armazenamento: suporta o crescimento de novas células, faz manutenção dos tecidos do corpo e armazena energia para o uso no futuro. O inverso é o catabolismo (metabolismo destrutivo), o qual produz energia para a atividade celular.

A porção inicial de intestino delgado chama-se duodeno e é nele que atuam os sucos digestivos do fígado, do pâncreas e também do intestino delgado. O fígado desempenha um papel fundamental na desintoxicação, limpa o sangue e o glicogénio para fornecer energia no futuro e produz a bílis, que é armazenada na vesícula biliar. Nesta podem-se formar os cálculos biliares, pequenos depósitos de sais e colesterol que podem se formam quando há um desequilíbrio químico na vesícula biliar, muitas vezes devido a um excesso de colesterol na bílis. Podem ficar presos num canal biliar que liga a vesícula biliar e o duodeno. O pâncreas liberta várias hormonas como a insulina e o glucagon para a corrente sanguínea, que transforma a glicose em glicogénio para ser armazenado no fígado e também liberta o suco pancreático. O suco intestinal é libertado pelas paredes do intestino delgado.O quimo transforma-se então em quilo. Os nutrientes do quilo são absorvidos pelas vilosidades intestinais das pregas circulares. Os nutrientes são assimilados pelas células, ocorrendo outra vez o metabolismo. As substâncias que não são absorvidas continuam para o intestino grosso, onde ocorre a absorção da maior parte da água presente do quilo e também de alguns sais. Formam-se as fezes, que se acumulam, depois, no reto até que são evacuadas pelo ânus.

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Uma incubadora para bebés prematuros ou recém-nascidos é um equipamento essencial numa unidade de terapia intensiva neonatal. Consiste numa câmara fechada por um material transparente e que possui um berço esterilizado e acolchoado com aquecimento, filtro de ar exterior, pequenas janelas para ver o bebé e sistemas de monitoramento sofisticado, que incluem controle de peso, respiração, coração e atividade cerebral.

A incubadora tem vindo a reduzir muito a mortalidade infantil.

A câmara permite limitar a exposição do recém-nascido para os vírus e bactérias, e a complexidade do equipamento também permite vários tratamentos de terapia intensiva, incluindo a terapia intravenosa, a suplementação de oxigénio, suporte mecânico da respiração e da entrega da medicação.

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Os combustíveis fósseis são recursos energéticos não renováveis derivados da transformação da matéria orgânica ao longo de milhares de anos. Quando são queimados libertam dióxido de carbono e energia armazenada ao longo do tempo.

Os carvões são rochas sedimentares resultantes da transformação lenta de restos de plantas em ambientes aquáticos pouco profundos e pobres em oxigénio, como os pântanos, ao longo de milhões de anos. A turfa é constituída por restos de plantas. A lenta e progressiva transformação da turfa por ação de fungos e bactérias e, posteriormente, da temperatura, pressão e tempo, originou carvões progressivamente mais ricos em carbono - lignite, carvão betuminoso e antracite.

O petróleo e o gás natural são hidrocarbonetos. Estes formaram-se em rochas sedimentares de ambientes marítimos ricos em matéria orgânica e com pouco oxigénio e profundidade. Estes formam-se quando restos de organismos se depositam no fundo do mar (fitoplâncton e zooplâncton). A pressão e a temperatura aumentam ao longo do tempo e a matéria orgânica é transformada por reações químicas em hidrocarbonetos, que migram e se acumulam em rochas porosas - rochas-armazém. Se encontram uma barreira impermeável ficam retidos - rocha de cobertura. Quanto mais tempo tiver passado desde a morte dos microrganismos que formam os hidrocarbonetos, mais gás natural se forma.

O petróleo pode ser extraído por bombas de balancé, poços de perfuração e plataformas fixas e flutuantes (as duas primeiras são em terra e as duas últimas no mar). Quando é extraído denomina-se crude. O petróleo pode ser destilado através do calor para separar o petróleo em diferentes materiais. Os menos densos sobem para as zonas mais altas da torre (gasolina, nafta, querosene, gasóleo,...), ficando os mais densos no fundo (fuelóleo, óleo lubrificante, betume, alcatrão,...).

O carvão é o combustível fóssil mais poluente, seguido do petróleo e do gás natural.

O gás natural usado em Portugal é fornecido pela Argélia através de um gasoduto.

Em cima, a formação dos

carvões. Carvão betuminoso e

petróleo. Coluna de destilação,

alcatroamento de estradas, gás

natural e bomba de balancé,

plataforma petrolífera oceânica,

hidrocarbonetos no Médio

Oriente, campo de extração por

bombas de balancé, formação

de hidrocarbonetos.

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O plasma é o quarto estado da matéria. É o mais semelhante ao gás. é a forma de matéria mais abundante no espaço. O Sol é plasma, os raios são plasma, as auroras boreais e austrais são plasma,... O plasma forma-se sobreaquecendo um gás. Os átomos num gás movem-se livremente, mas os seus eletrões mantêm-se ligados aos núcleos. Os eletrões libertam-se dos núcleos, deixando iões de carga positiva. Este estado ionizado gera o plasma. No plasma, os iões positivos e os eletrões ficam livres.

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Uma gravidez múltipla pode criar nascimentos fraternos ou idênticos.

Os fraternos são formados a partir de dois óvulos. São produzidos dois ovócitos e esses são fecundados por dois espermatozóides, formando assim, dois embriões. Quase sempre são formados em placentas diferentes e não dividem o saco amniótico. Os gémeos fraternos não se assemelham muito entre si e podem ser do mesmo sexo ou não.

Os idênticos ocorrem quando um só ovócito é fertilizado e o zigoto resultante divide-se em mais do que um embrião, deste modo os irmãos idênticos têm o mesmo material genético.

No topo, gémeos idênticos. As duas mais a cima, gémeos fraternos e as

mais de baixo, gémeos idênticos.

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Nas cascas das frutas encontramos diversos minerais como cálcio, ferro, cobre, magnésio, potássio e zinco. Estudos mostram que a concentração desses nutrientes é maior na casca do que na polpa.

A casca do maracujá e da maçã são ricas em pectina, fibra solúvel que reduz o colesterol e sacia melhor a fome. A casca da uva é rica em antioxidantes como a quercetina e o resveratrol, que previnem doenças cardiovasculares. A casca da laranja é rica em fibras, que absorvem parte das gorduras ingeridas, mandando-as embora com a digestão, por isso, ajuda a emagrecer e a reduzir o colesterol. Nas cascas do mamão e da banana, que não podem ser comidos crus, há muitos nutrientes. Na casca da maçã há mais vitamina C do que na polpa. A casca da goiaba possui três vezes mais proteínas e 40% mais fibras do que a polpa.

Um composto chamado Q40 salvestrol, encontrado na casca de tangerina enquanto ainda verde, poderá agir contra o cancro. De acordo com estudos, as células cancerígenas humanas foram destruídas graças ao composto acima mencionado. Este composto atua na qualidade de retenção de oxigénio e elimina os radicais livres, devido às suas propriedades antioxidantes de grande porte. Desta forma, funciona para impedir e destruir o cancro.

Então por que é que desperdiçamos estas fontes de alimento? Por que é que descascamos em vez de lavarmos as frutas? Por que é que não comemos as cascas? Acho que chegou a altura de não desperdiçarmos alimento e de comermos também as cascas.

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No século XVI, os papas tinham vidas luxuosas, os membros do alto clero levavam uma vida de corrupção e imoralidade, não respeitavam o celibato, ganhavam muito dinheiro, havia cobiça de reis e príncipes sobre os bens da Igreja e alguns membros do clero regular não respeitavam as regras monásticas, viviam na imoralidade e ignorância. Com o desenvolvimento do Humanismo/Espírito crítico, os humanistas começaram a criticar os comportamentos da Igreja e a sua autoridade, propondo o regresso ao Cristianismo primitivo.

O monge agostinho alemão Martinho Lutero afixou na porta da catedral do castelo de Wittenberg as suas 95 Teses contra as Indulgências, defendendo que só Deus pode perdoar os pecados do Homem. Leão X excomunga Lutero.

Assim se criaram as igrejas protestantes. As diferenças entre as igrejas Católica e Protestante são:

- Salvação pela fé; (católica: fé e boas obras)

- A única fonte de fé é a Bíblia; (católica: Bíblia e tradição)

- Só a Deus se deve prestar culto; (católica: Deus, Virgem Maria e santos)

- Não há celibato do Clero; (católica: há celibato)

- O culto é celebrado nas línguas nacionais; (católica: só em latim – no século XVI)

- Só há dois Sacramentos: Batismo e Comunhão; (católica: há sete Sacramentos)

- O Papa não é o chefe religioso. (católica: o Papa é o chefe religioso)

As principais Igrejas protestantes são:

- Luteranismo (Martinho Lutero): Salvação pela fé. (Alemanha e Norte da Europa);

- Calvinismo (Calvino): Salvação pela Predestinação. (Escócia, Polónia, Hungria, França, Holanda e Suíça);

- Anglicanismo (Henrique VIII): o monarca inglês é o chefe religioso. (Grã-Bretanha e Colónias Inglesas).

Mapa das Igrejas Protrstantes (no topo), vela a fazer

uma cruz (no topo), Martinho Lutero, que foi o “pai”

das Igrejas Protrotestantes (em cima), interior e

exterior de uma igreja luterana (em cima, duas figuras),

note-se a decoração.

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Terra, Fogo, Água e Ar. Islândia, a ilha dos quatro elementos. Desde paisagens e cascatas verdejantes a glaciares, de praias de areia preta a vulcões, fumarolas e geysers. Tudo só numa ilha. Uma ilha viva, em constante movimento. Por baixo de si encontra-se uma falha tectónica e uma zona geológica super ativa, uma ilha que flutua em magma.

E AINDA + 49 ARTIGOS DE DIVERSOS TEMAS

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