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MyBrain Magazine Londres A cidade do pai Tamisa N.º 9 JAN-FEV-MAR

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Í N D I C E

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CAPA

Vista da London Eye

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ESTREMOZ

A cidade de Estremoz é conhecida pelo seu mármore branco e quando se avista ao longe avista-se logo a Torre de Menagem, rodeada de muralhas e de casas caiadas de branco.

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VILA GALÉ: NÃO INCOMODAR

Um dia reparei que os hotéis Vila Galé, pelo menos os do Algarve, têm um papel que nos outros hotéis costuma dizer: "Por favor não incomodar". Neste caso, o dos hotéis Vila Galé diz: "Estou a sonhar com o Brasil, por favor não incomodar." No fundo destas letras encontrava-se uma imagem de um hotel Vila Galé no Brasil. Então mas se o hotel é em Portugal e os hóspedes estão em Portugal, por que razão iriam sonhar com o Brasil? Poderiam sonhar com Portugal. Nos hotéis Vila Galé do Brasil é que faz sentido dizer isso.

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OS 300 TAÉIS DE PRATA

Fulano ganhou 300 taéis de prata. Como tinha medo de ser roubado, decidiu enterrar o dinheiro. Foi ao jardim, escavou um buraco suficiente fundo, depositou o seu tesouro, tapou-o e, depois, antes de regressar a casa resolveu escrever um bilhete, com o que considerou um excelente aviso: “Aqui não há 300 taéis de prata.” lia-se.

O vizinho A’er, pouco tempo depois, deparou com o bilhete. Cheio de curiosidade, escavou, deu com a prata, desenterrou-a e antes de a levar para casa deixou no verso da folha a seguinte frase: “Não foi o vizinho A’er quem roubou os 300 taéis.”

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REPÚBLICA DOMINICANA (8 DIAS)

1.º Dia

Viagem para o Aeroporto Internacional de Punta Cana > Playa Bávaro (22,5 km, 30 min)

Hotel Grand Palladium Resort & Spa

2.º Dia

Praia.

3.º Dia

Playa Bávaro > Cuevas de Los Tres Ojos > Santo Domingo: Zona Colonial > Playa Bávaro (128 km, 2h30)

+ Alcázar de Colón

Catedral

Fortaleza Ozama

Panteão Nacional

Cuevas de los Tres Ojos

Faro a Colón

Palácio Presidencial

4.º, 5.º, 6.º e 7.º Dias

Praia

8.º Dia

Playa Bávaro > Aeroporto Internacional de Punta Cana - viagem de regresso (22,5 km, 30 min)

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ENTREVISTA A JANE GOODALL (NATIONAL GEOGRAPHIC PORTUGAL: GONÇALO PEREIRA)

Repórter (R) - Como é que uma jovem inglesa ultrapassou os seus medos e aceitou uma missão na selva africana, que quase desconhecia? Jane Goodall (JG) - Não foi assim. Apaixonei-me pelo sonho de ir para a selva. Um amigo perguntou-me se eu queria ir e agarrei a oportunidade com as duas mãos. Nunca a considerei um risco, segui apenas o que me apaixonava. R - Já se considerava uma cientista nessa altura? JG - Eu não o era. Considerava-me uma naturalista – alguém interessado em observar e relatar.

R - Foi chocante o contraste entre a sua experiência no campo e o ensino na Universidade de Cambridge? JG - Foi terrível. Disseram-me que tinha feito tudo mal. Que deveria ter atribuído números e não nomes aos animais. Que não deveria ter feito descrições de personalidade. Nesse instante, efetivamente, arrisquei ao rejeitar o que diziam, afirmando: “Lamento, mas não concordo convosco.” R - A sua história é uma fonte de inspiração para milhares de biólogos. É um fardo difícil de carregar? JG - Não é um fardo. Talvez inspire pessoas, tal como outras pessoas me inspiraram no passado. Penso que a maior diferença é que na década de 1960 não tínhamos de nos preocupar com a conservação. É triste que, na atualidade, os jovens tenham de se preocupar com isso e com o objeto de estudo. Alguns nem se preocupam com a conservação, o que é muito estranho. R - Descreveu a desconexão entre a capacidade explosiva do intelecto humano e o seu coração? JG - Isso é agora mais válido do que no passado? Provavelmente não. Simplesmente, aquilo que fazemos na atualidade tem mais impacto do que nunca. R - Então qual é a fonte para o seu inextinguível otimismo? JG - Encontro-o nos jovens e na sua convicção de que podem mudar o mundo. A resiliência da natureza também é tranquilizadora. Quando dedicamos tempo a um sítio, até o lugar mais devastado pode ser recuperado. E depois há o indómito espírito humano: quando um número suficiente de pessoas prossegue a batalha, há razões para otimismo. R - Três grandes contribuições de seu trabalho de campo mostraram-nos que os chimpanzés ocasionalmente comem carne, utilizam ferramentas e até fabricam ferramentas para si próprios... JG - Eu acrescentaria mais duas: a capacidade de fazer a guerra e a capacidade de demonstrar empatia e compaixão. A produção de ferramentas teve, de facto, um grande impacte por causa da forma como definíamos o ser humano. Quanto ao consumo de carne, eles não comem assim tanta [risos]...

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R - Quem lhe colocou os maiores perigos no trabalho de campo em África: o homem ou os chimpanzés? JG - O homem, definitivamente. Pela caça ilegal, pelos incêndios e pela desflorestação. R - Concorda que, para um biólogo, a capacidade de apresentar uma história comovente é tão importante quanto o trabalho de campo? JG - Concordo. Tive sempre a capacidade de contar histórias. Escrevo-as desde os 5 anos de idade. E desde muito cedo percebi que a única forma de provocar mudanças é através de narrativas com impacto. R - Quem influenciou a sua carreira? JG - A minha mãe. Por não esmagar os meus sonhos, como facilmente poderia ter feito. [O paleontólogo] Louis Leakey, a quem devo tanto. E tive também a enorme influência de um professor quando era muito pequena e que me ensinou que os animais têm personalidade. Foi o meu cão, Rusty. O quarto indivíduo a quem presto homenagem é David Greybeard, o primeiro chimpanzé que me permitiu observar o seu comportamento. R - Os chimpanzés ainda a surpreendem passados 50 anos? JG - Bem, a maior parte dos que conheci já morreram. Vivem cerca de 60 anos, pelo que os meus velhotes já partiram. É muito triste. R - Sente falta do trabalho de campo? JG - Sinto especialmente falta de estar sozinha na floresta. Gombe é muito diferente na atualidade. Agora, não lhe sinto a falta. Sinto falta do que foi em tempos.

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Londres, capital do Reino Unido e da Inglaterra e a maior cidade da Europa tem mais do que sete milhões de habitantes.

Foi fundada pelos Romanos, mais concretamente pelo exército do imperador Cláudio, em 43 d.C., na margem norte do rio Tamisa, e chamava-se Londinium. Passado 17 anos, a cidade foi saqueada pela tribo Absylorência Iceni, liderada pela rainha Boadicéia. Passado alguns anos, retomou à posse romana, mas noutro lado da cidade.

Após a queda do Império Romano, a cidade romana foi praticamente abandonada e uma cidade saxónica com o nome de Lundenwic foi estabelecida a cerca de 1 km da velha Londres romana, na área que hoje se chama Covent Garden. Lundenwic prosperou até 851 d.C., quando as invasões Vikings destruíram a cidade. Em 878, o rei Alfredo de Inglaterra estabeleceu a paz.

Após a Batalha de Hastings em 1066, os normandos conquistam a Inglaterra colocando um fim na dinastia anglo-saxã. Guilherme I é coroado rei inglês na recém acabada Abadia de Westminster. A residência dos reis da Inglaterra foi, até o fim do período normando, o castelo fortaleza da Torre de Londres, que posteriormente se tornou uma prisão e hoje guarda as jóias da Coroa.

No reinado de Isabel I, na época dos Tudors, instalaram-se teatros na cidade entre os quais o Globe Theatre, fundado por William Shakespeare.

Em 1603, o rei Jaime I tentou unificar a Inglaterra e a Escócia. Fez o primeiro projeto de urbanização da cidade e sob o reinado de Charles I surgiu o Hyde Park, o primeiro parque aberto ao público de Londres.

Entre 1665 e 1666 , Londres sofreu a grande epidemia da peste Negra que acabou matando por volta de 70.000 pessoas (20% da população). Do dia 2 de setembro a 5 de setembro de 1666, o Grande Incêndio de Londres destruiu boa parte da cidade. A reconstrução durou dez anos obra do arquiteto Christopher Wren.

Ao longo destes 500 anos ocorreu a Pequena Idade do Gelo que foi marcada por vários períodos breves de aquecimento com o período mais frio manifestando-se no final do século XVII e início do século XVIII. Durante o inverno rigoroso de 1683-1684, o rio Tamisa congelou completamente ao longo de dois meses.

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No século XIX deu-se a Revolução Industrial, poluindo o Tamisa e criando o smog (fog - nevoeiro + smoke - fumo). Nessa época, o Tamisa tinha muito lixo. Havia homens que desentupiam os esgotos, toshers que procuravam coisas de valor nos esgotos e rapazes e raparigas de 6 anos procuravam moedas na lama das margens do Tamisa. Em 1849, a cidade sofreu com a epidemia de cólera que acabou matando 14.000 pessoas. Em 1863, Londres começa a construir o primeiro metro do mundo. Muitas linhas deste metro passaram pelas valas onde foram enterradas as vítimas de peste. Os primeiros metros eram locomotivas a vapor, que queimavam coque e carvão. Estes combustíveis deitavam emanações sulfurosas para as estações. Em 1888, durante 8 semanas, as ruas estreitas de Whitechapel foram palco de assassinatos por Jack, o Estripador, que nunca foi apanhado.

Durante a Primeira Guerra Mundial e a Segunda Guerra Mundial, as linhas de metro de Londres, que estavam inativas, foram usadas como locais de armazenamento de segurança para uma série de artefactos valiosos do Museu Britânico. Durante a Segunda Guerra Mundial, Londres foi bombardeada pela Alemanha. O maior bombardeio que a cidade sofreu foi entre o dia 7 de setembro de 1940 e o dia 10 de maio de 1941. Durante 76 noites consecutivas, na II Guerra Mundial, Londres foi bombardeada por aviões alemães. Esse evento ficou conhecido por Blitz - diminutivo do termo alemão Blitzkrieg, que significa guerra-relâmpago.

Em 1948, Londres sediou os jogos olímpicos. Nos anos 1950, a cidade começa a receber vários imigrantes vindos de países da Commonwealth.

Em 2005, Londres foi atingida por ataques terroristas e em 2012, Londres sediou de novo os jogos olímpicos.

Na página anterior: a antiga

(medieval) ponte de Londres, o

grande incêndio de 1666, O rio

Tamisa congelado no inverno

rigoroso de 1677.

< Ao lado, rua de Londres durante o

Blitz, na 2.ª Guerra Mundial.

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O arranha-céus mais alto da União Europeia, The Shard, possui 310 metros de altura.

Madame Tussaud modelava máscaras mortuárias para as vítimas da Revolução Francesa. Depois foi para Londres e expôs alguns dos seus modelos de cera. Estas imitações de pessoas têm cabelo, barba, bigodes e sobrancelhas verdadeiros, por isso precisam de ser lavados e penteados regularmente. Em 1996, reparou-se que o cabelo de Hitler ainda continuava a crescer e precisava de um corte.

O Museu de História Natural está junto ao museu da Ciência e possui vários esqueletos de dinossauros e espécies de animais embalsamadas (algumas já extintas).

Piccadilly Circus é onde se encontra a publicidade de luzes néon, um ambiente "Times Square europeu".

A National Gallery tem mais de 2300 quadros. Fundou-se em 1824. Tem pintura europeia, trabalhos de Cimabué e pinturas impressionistas. Os quadros mais conhecidos são: Os Embaixadores, de Hans Holbein (1533), Os Esponsais dos Arnolfini, de Jan Van Eyck (1434), No Teatro, de Renoir (1876), A Adoração dos Reis Magos, Pieter Brueghel (1564), Esboço de Leonardo da Vinci (1500), Vénus de Rokeby, Velázquez e o Carro de Feno, de Constable e Turner (1821).

A Roda Gigante London Eye, da British Airways, tem 135 metros de altura e daí pode-se ver uma paisagem de 40 km. Demorou sete anos a ser construída e uma semana a ser levantada. Tem 64 raios e 32 cápsulas e é fixada por uma série de pilares e cabos presos a 3400 toneladas de betão. Cada rotação demora cerca de meia hora e as cápsulas prendem-se os raios.

O British Museum é o mais antigo museu público do mundo, fundado em 1753. Tem praticamente coleções de todo o mundo, destacando-se a egípcia, com múmias e com a Pedra da Roseta e a coleção grega, com esculturas do Pártenon.

Os aragoneses e catalães só abandonariam a Sardenha no início do século XVIII, altura em que passou para a posse do Sacro Império Romano-Germânico. Em 1718, passou para a posse da Casa de Saboia, os governadores de Piemonte, passando o duque de Saboia a usar o título de rei da Sardenha a partir de 1720. Apesar disso, o território manteve-se autónomo até 1847. Em 1848 estalou a guerra da guerra de independência e unidade italiana, a qual foi liderada pelos rei do Piemonte-Sardenha. O reino do Piemonte-Sardenha torna-se o Reino de Itália em 1861.

No Norte da ilha, a cidade maior é Sassari. Esta cidade é muito antiga e tem muitas obras de arte.

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A St. Paul's Cathedral foi devastada pelo grande fogo de 1666. Desde o ano 604 que se constrói esta catedral. Christopher Wren encarregou-se de construir uma nova cuja planta era em cruz grega, com quatro braços iguais. As autoridades insistiram numa cruz latina e Wren criou uma catedral barroca, construída em 1675 e 1710. A cúpula da catedral é uma das mais altas do mundo, com 111 m de altura. A invulgar acústica da cúpula permite que palavras sussurradas contra a parede sejam ouvidas no lado oposto, na Galeria dos Sussurros. A cúpula é na verdade constituída por três cúpulas. Esta é a quinta Catedral de São Paulo.

Na Trafalgar Square encontra-se uma estátua do Almirante Horatio Nelson, um corajoso herói naval inglês que perdeu o olho e o braço direitos em batalha. Morreu na Batalha de Trafalgar e o seu corpo foi conservado em conhaque. Reza a lenda que se o Big Ben bater 13 badaladas, os quatro leões em torno da Coluna de Nelson despertarão. Outrora havia muitos pombos nessa praça e os seus dejetos eram um bom fertilizante e havia guardas para impedir que o roubassem.

A Tower Bridge foi criada na época vitoriana por Sir Horace Jones, concluída em 1894. A maquinaria vitoriana era originalmente movida a vapor. Os tabuleiros demoram 90 segundos a levantar.

A Tower of London (Torre de Londres) foi mandada construir por Guilherme, o Conquistador, em 1066. Depois de ser residência real, foi também prisão onde várias pessoas foram torturadas. Até 1640, esticavam-se as pessoas numa roda para elas confessarem os crimes contra o rei. A última decapitação foi em 1747. Para se tornar rei, Ricardo fechou os dois sobrinhos, filhos do rei Eduardo IV, na Torre. Foram vistos a última vez em 1483. Em 1674 encontraram-se os esqueletos de duas crianças debaixo da escadaria da torre. Vivem sete corvos na torre e reza a lenda que se saírem, Inglaterra cairá. Agora guarda as Joias da Coroa, com o cetro com a cruz, que contém o maior diamante do mundo. Quarenta Beefeaters protegem a Torre com fatos da época Tudor. Beefeaters traduzido para português significa comedores de carne, porque inicialmente eles eram pagos em carne.

O Palácio de Buckingham é a residência oficial da rainha. Os guardas desfilam no Render da Guarda, com fardas vermelhas e chapéus de pelo chamados bearskins (peles de urso).

A Westminster Abbey está ao lado da St. Margaret's Church e é o local de sepultura dos monarcas britânicos, coroações e casamentos reais. A nave é a mais alta de Inglaterra. Esta abadia tem as sepulturas também de importantes ingleses como Isaac Newton e Charles Darwin.

Na página anterior: The Shard, National Gallery, Pedra da

Roseta, serpente de turquesa azteca (British Museum),

figuras de cera dos Beatles no museu Madame Tussauds,

London Eye, Museu de História Natural (com um

esqueleto de Diplodoco), Picadilly Circus.

< Ao lado, Great Court no British Museum, estátua grega,

esqueleto de Triceratops, O 1.º pássaro da história:

Archaeopteryx, dodó, Torre de Londres, Catedral de S.

Paulo, Trafalgar Square.

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16 • MyBrainMagazine

Quando o velho Palácio de Westminster foi destruído pelo fogo a 16 de Outubro de 1834, foi aberto um concurso para apresentação de um projeto de construção de um novo palácio. Foram recebidas mais de 97 propostas e, em Janeiro de 1836, foi anunciado que o concurso tinha sido ganho pelo arquiteto inglês de 40 anos de idade, Charles Barry. O seu design inicial, em estilo neogótico, tinha apenas dois terços do tamanho do edifício final e não tinha a Torre do Relógio de 96,3 metros que se tornaria conhecida por Big Ben. Como o estilo de arquitetura de Barry era mais clássico do que gótico, ele pediu assistência a um dos nomes proeminentes do movimento neogótico, Augustus Pugin. Para além de necessitar corda três vezes por semana, a precisão do relógio é mantida com o uso de velhas moedas de “péni” (retiradas de circulação no início dos anos 70). Estas são acrescentadas ou retiradas do pêndulo do relógio. “Double Three-legged Gravity Escapement” foi o nome de um novo e revolucionário mecanismo que assegurava a precisão do relógio, evitando que o rigor de precisão do relógio fosse afetado por fatores externos, tais como a pressão do vento exercida sobre os ponteiros do relógio. Debaixo de cada mostrador do relógio encontra-se a seguinte inscrição latina gravada na pedra: “Domine Salvam fac Reginam nostrum Victoriam primam” que significa “Oh Senhor Deus, salva a nossa Rainha Victoria I.”. O sino do Big Ben foi produzido em 1858 pela fundição Whitechapel. O Big Ben é o nome do sino. O nome da torre é Tower Clock, Torre do Relógio. Em 2012, o nome do sino e do relógio mudaram para Elizabeth Tower. Desde 2003, o Big Ben inclina-se 0,9 milímetros por ano. Mas só daqui a milhares de anos poderá chegar ao um estado semelhante ao da famosa Torre de Pisa, em Itália. Atualmente, o Big Ben está inclinado 0,26 graus para noroeste, o que significa que entre a base e o ponto mais alto da estrutura há um desvio de cerca de meio metro.

O Palácio de Westminster ou Houses of Parliament foi concebido por Charles Barry, construído após o velho palácio ter ardido em 1834. É ilegal morrer neste palácio. É a sede da Câmara dos Lordes e da Câmara dos Comuns. A Câmara dos Comuns é integrada por membros do parlamento de diferentes partidos. O partido com mais membros do parlamento (MPs) forma o Governo e o seu líder torna-se Primeiro-Ministro. A Câmara dos Lordes é constituída por pares, law lords, bispos e arcebispos. No Queen's Robing Room encontram-se vários frescos que tiveram mal resultado. Os ingleses queriam imitar os frescos italianos mas, como o clima em Londres é frio, demoraram muito a secar. Só acabaram de secar quando o pintor, William Dyce, já tinha morrido. As pinturas retratavam a hospitalidade, a generosidade, a misericórdia, a religião e a cortesia. Mas nos outros dois quadros faltam as palavras, devido à morte do pintor antes dos quadros secarem. Aí deviam estar escritas as palavras coragem e fidelidade.

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MyBrainMagazine • 17

Na página anterior: Buckingham Palace, táxi, cabine

telefónica, Catedral de Westminster, autocarro, St.

Margaret’s Church, Render da Guarda no Palácio de

Buckingham, Tower Bridge.

< Ao lado, 30 St Mary Axe ou Gherkin (pepino de conserva

em inglês, devido ao seu formato semelhante), metro,

Vista da London Eye: Big Ben e Casas do Parlamento.

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18 • MyBrainMagazine

A azurita é um mineral com composição química Cu3(CO3)2(OH)2. Cristaliza no sistema monoclínico, apresentando hábito prismático, sendo no entanto mais comum as ocorrências maciças, nodulares e estalactíticas. Possui uma dureza que varia entre 3.5 e 4 e peso específico variando entre 3.77 e 3.89.

A azurita é encontrada frequentemente em associação com a malaquita como resultado da alteração e oxidação de minerais de cobre.

Desde há muito tempo que é usada como pigmento mineral azul e também em joias.

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A Estrutura de Richat, também conhecida por Olho de África, encontra-se na parte mauritana do Deserto do Sahara. Apesar de parecer uma cratera de um meteorito, na verdade é uma peculiar formação geológica que só se vê no espaço com um diâmetro de quase 55 km e desníveis de cerca de 300 a 400 m. Como não há indícios de choque de rochas, que ocorre quando a pressão e a temperatura de um impacto deformam a crusta, sabemos que não resultou de uma colisão. Esta estrutura é uma cúpula estrutural endurecida cujo topo se desgastou para expor as camadas subjacentes de rocha e minerais sedimentares.

Todas as camadas de rocha sedimentar começam na horizontal, mas devido a pressões subterrâneas podem ser dobradas ou numa forma convexa/anticlinal ou côncava/sinclinal.

Há 100 milhões de anos, graças a uma erupção vulcânica atípica, no cretácico, um círculo de estratos de rocha foi elevado, fazendo com que uma cúpula anticlinal irrompesse da superfície da Terra. Muito lentamente, a cúpula foi erodida e expôs um anel de círculos concêntricos no solo.

Consegue encontrar

o Olho de África?

Page 20: MyBrainMagazine 9

20 • MyBrainMagazine

Ambos os tsunamis do Japão de 2011 (em cima

à esquerda) e do Sudeste Asiático de 2004 (em

cima à direita) foram muito fortes e tiveram

imensos prejuízos para as populações,

destruindo casas, edifícios comerciais,...

Os tsunamis formam-se devido a sismos cujo epicentro se situa no mar e têm origem numa falha. Após um recuo anormal do mar em relação à linha da costa vêm ondas gigantescas que inundam o litoral.

Em japonês, a palavra tsunami traduz-se como "onda de porto".

Foi o historiador grego Tucídides quem primeiro relacionou tsunamis a terramotos. A sua causa exata permaneceu especulativa até o século XX.

Os tsunamis viajam incrivelmente rápido com uma velocidade de 804,672 km/h. Esta velocidade diminui, uma vez que atinge a costa, muitas vezes sendo reduzida para cerca de 80,4672 km/h.

Os animais conseguem prever os sismos e começam a ter um comportamento anormal.

A pressão no epicentro do sismo liberta a energia e uma placa sobe. O fundo do mar empurra uma coluna de água para cima e para fora. Formam-se ondas que vão crescendo. Uma parte do fundo marinho (relacionada com a força e tamanho da onda) fica visível, ou seja, o leito marinho recua anormalmente. A onda sobe e rebenta, correndo para a terra e destruindo tudo o que está ao seu alcance. No fim, a onda recua. No fundo, desde a formação das ondas, acontece o mesmo com as ondas que vemos no mar, mas com um tamanho muito maior e causando uma destruição.

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MyBrainMagazine • 21

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22 • MyBrainMagazine

Os cometas são constituídos por material rochoso e gelo e, quando se aproximam do Sol, apresentam uma "cabeleira" devido à libertação da matéria. A sua órbita é elíptica.

Os meteoros são o que nos chamamos "estrelas cadentes". Estes são meteoroides, pequenos pedaços de material rochoso que dão origem a meteoros, quando ardem com libertação de luz e calor na atmosfera e meteoritos, quando atingem a Terra.

Logo após o Big Bang formaram-se as primeiras galáxias. A nossa galáxia, a Via Láctea, formou-se há 10 mil milhões de anos atrás. Há 4,6 mil milhões de anos formou-se o Sistema Solar, que teve origem numa nébula de gás e poeira a temperaturas elevadas que, devido à força da gravidade, ao movimento de rotação e à colisão da matéria, originou todos os corpos celestes que o constituem.

Mas o que acontecerá ao nosso Universo?

- Contração: uma densidade superior à densidade crítica gerará o oposto do Big Bang, o Big Crunch;

- Expansão: com uma densidade inferior à densidade crítica, o Universo expandir-se-á para sempre até não interagir com nada, o que levará à sua morte;

- Plano: se a densidade do Universo for igual à densidade crítica, o Universo poderá existir para sempre.

Mercúrio e Vénus também têm fases como a Lua, visto que estão antes do Sol. O cometa NEAT (em cima) é

constituído por gelo e a sua órbita,

tal como a dos outros cometas, é

elíptica. Os meteoritos (ao lado) são

podem ter tamanhos muito

distintos, desde o tamanho de um

grão de arroz até ao tamanho de

Manhattan ou muito mais! Quando

atingem a Terra, devido ao impacto,

formam crateras, concavidades no

solo, normalmente esféricas.

Page 23: MyBrainMagazine 9

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Um exoplaneta é um planeta que orbita outra estrela, fora do nosso próprio sistema solar. Há algumas décadas atrás não se sabia que existiam outros sistemas solares. Os primeiros exoplanetas foram realmente descobertos ao redor de um pulsar em 1992. Há vários métodos para detetar exoplanetas:

1.º- Até agora, a maioria dos exoplanetas foram descobertos pelo método (RV) da velocidade radial. Um deslocamento de Doppler nas linhas espectrais da estrela hospedeira pode ser medido através de espectroscopia de alta precisão. O efei to de Doppler ocorre porque a estrela está a mover-se em torno do centro de massa. A parte radial desse movimento é o que é medido. O período é o tempo orbital do planeta, o tempo que leva para completar uma órbita em torno da estrela. A massa da estrela pode ser calculada utilizando modelos de evolução estelar. Podemos usar a seguinte equação para calcular a massa do planeta: MOVO = mpvp, onde os parâmetros são as massas e rapidez da estrela hospedeira e do planeta , respetivamente. Este método produz um desvio para a deteção de planetas maciços em órbitas curtas, porque a influência da gravidade através do planeta em estrela é maior naqueles casos.

2.º- Um outro método que tem sido muito bem sucedido recentemente é o método do trânsito. Este método tenta encontrar planetas ao observar variações na luz da estrela causada pelo trânsito de planetas em frente às estrelas hospedeiras. Este método é capaz de medir a densidade de exoplanetas e, por conseguinte, também o seu tamanho, um parâmetro inacessível ao método de RV. É ainda possível fazer espectroscopia da atmosfera do planeta durante o trânsito ou trânsito secundário e criar um mapa de temperatura do exoplaneta.

3.º- Alguns exoplanetas também foram descobertos por micro-lentes gravitacionais, que utilizam os efeitos da relatividade geral. Se a estrela for alinhada numa linha com a terra e um objeto brilhante no fundo, a luz de fundo do objeto curva em torno da estrela e pode ser detetado por um aumento na luminosidade. Isso é chamado de micro-lentes gravitacionais, porque a estrela do meio age como uma lente.

A definição de exoplaneta da União Astronómica é: "Todos os objetos com verdadeiras massas abaixo da massa limitante para a fusão termonuclear do deutério (atualmente calculada em 13 massas de Júpiter para objetos de metalicidade solar) que orbita estrelas ou restos estelares (não importa como se formaram) . A massa/tamanho mínimo necessário para um objeto extra para ser considerado um planeta deve ser a mesma que a utilizada no nosso sistema solar . Assim, é possível que muitos dos objetos mais massivos, orbitando a distâncias de centenas de UA das suas estrelas e detectados por imagem direta, poderiam realmente ser anãs castanhas.

Método (RV) da velocidade radial Método do trânsito planetário

Método das microlentes gravitacionais

Page 24: MyBrainMagazine 9

24 • MyBrainMagazine

Desde a Antiguidade que as pessoas querem saber mais sobre o espaço.

Na Grécia Antiga, no século IV a.C. viveu Aristóteles, um filósofo que apresentou a teoria geocêntrica (a Terra encontra-se no centro do Universo). Mas o modelo de Aristóteles não estava de acordo com as observações dos movimentos dos planetas. Estes aparentam "voltar para trás" em certos momentos, regressando à sua órbita.

No século II d.C., Cláudio Ptolomeu afirmou que os planetas descreviam pequenos círculos para além do seu movimento circular em redor da Terra. Até ao século XV esse modelo permaneceu.

No século XIV, Nicolau Copérnico, que era clérigo de uma igreja de província da Polónia apresentou a teoria heliocêntrica (o Sol encontra-se no centro do Universo) e inventou a luneta. Como a Igreja conservava a teoria geocêntrica, a Inquisição cegou Copérnico com ferro líquido para que este não pudesse ver com a luneta. Então morreu com uma doença causada com o ferro.

Em Itália, no século XV, Galileu Galilei inventou o telescópio e descobriu que a Lua tinha relevo, os satélites naturais de Júpiter orbitavam à sua volta e as fases de Vénus. Os satélites naturais de Júpiter mostravam que nem tudo girava em torno da Terra. As suas observações apoiavam o modelo heliocêntrico. Este era para ser queimado vivo pela Inquisição mas disse que ela tinha razão, que tudo o que ele dizia era mentira e a teoria geocêntrica estava correta.

Mas nenhuma destas teorias estava correta.

A teoria geocêntrica (em cima) foi defendida por Aristóteles (à

esquerda) e por Ptolomeu (à direita), enquanto que a teoria

heliocêntrica (em baixo) foi defendida por Copérnico (à

esquerda) e por Galileu (à direita).

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MyBrainMagazine • 25

Há cerca de 4 mil milhões de anos, Marte era um local agradável.

Nos últimos anos, várias sondas, tanto em órbita como na superfície, têm revelado provas de ter existido, no passado, água líquida em grande quantidade em Marte. No entanto, não existe qualquer evidência de que alguma vez tenha existido vida no planeta.

O Planeta Vermelho evoluiu desde o tempo em que tinha rios de água à superfície e uma atmosfera densa, até aos dias de hoje - um terreno desértico, clima seco e atmosfera rarefeita.

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26 • MyBrainMagazine

Quando a Terra, o Sol e a Lua estão perfeitamente alinhados ocorre um eclipse, ou lunar ou solar.

Num eclipse solar, a Terra atravessa o cone de sombra da Lua. Nesse cone podem distinguir-se duas regiões: a penumbra e a umbra. Para haver um eclipse solar, a Lua tem de se encontrar entre a Terra e o Sol, só pode ocorrer em fase de Lua Nova. Visto da Terra, o Sol fica parcialmente ou totalmente coberto. Um eclipse solar não é visível em todo o mundo ao mesmo tempo, ao contrário do eclipse lunar que se vê de noite em qualquer ponto da Terra. Podem ser eclipses totais (quando o observador está na umbra), parciais (quando o observador está na penumbra) ou anulares (quando a Lua está mais afastada da Terra).

Num eclipse lunar, a Lua atravessa o cone de sombra da Terra. Nesse cone distinguem-se a penumbra e a umbra. A Lua tem de entrar na umbra para que ocorra um eclipse total. Para haver um eclipse lunar, a Terra tem que se encontrar entre a Lua e o Sol e só pode ocorrer na fase de lua cheia. Vista da Terra, a Lua fica escurecida, vermelha escura. À medida que a luz solar atravessa a atmosfera, é refratada por partículas de poeira e gás. A luz de um comprimento de onda maior sofre mais refração. Quando a lua chega à umbra, a luz vermelha, com um comprimento de onda maior, começa a incidir na Lua. Quando a Lua chega à penumbra, volta à sua cor normal. Antigamente, os eclipses lunares eram considerados mau presságio vindo dos deuses. Em 1504, Cristóvão Colombo, que conhecia bem as fases lunares, enganou os jamaicanos nativos dizendo-lhes que o seu Deus iria tornar a Lua vermelha se eles não lhes trouxessem mantimentos e comida.

Os eclipses podem ser solares, como o de 24 de

agosto de 2008 na China (no topo) ou lunares,

como o de 28 de junho de 2011 (em cima).

Eclipse solar

Eclipse lunar

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MyBrainMagazine • 27

Para além das estrelas, dos corpos celestes, algo vasto, estranho e misterioso existe no Universo. Seria de esperar que as estrelas orbitassem o centro das galáxias como os planetas orbitam as estrelas, os planetas mais perto do Sol com velocidades superiores às dos planetas mais afastados, mas isto não acontece. Deve haver algo que não vemos e que faz a galáxia comportar-se deste modo. Os astrónomos chamaram-no de matéria negra. As galáxias parecem girar depressa demais para a gravidade criada por tudo o que somos capazes de ver para manter a coesão. As galáxias têm matéria invisível que não emite nem reflete luz, a matéria negra.

A energia negra explica a expansão alargada do Universo. Esta energia contribui com cerca de 70% da energia total do Universo. Esta energia interage de uma forma fraca com a matéria. A energia negra tem uma forte pressão negativa. De acordo com a teoria da relatividade, o efeito dessa pressão seria semelhante a uma força que age em larga escala em oposição à gravidade, a anti-gravidade. A anti-gravidade é gravidade em estágio 0 m/s² ou -0 m/s². Um objeto com anti-gravidade está livre de gravidade.

A energia negra e a matéria negra andaram sempre as duas com forças contrárias desde os primórdios do Universo. Ao passar do tempo, a energia negra, que está a aumentar a força, expande o Universo.

Ora mas se há matéria tem de existir anti-matéria. Mas como é que esta funciona? A anti-matéria é o oposto da matéria normal. Na famosa equação de Einstein E=mc2, em que E = energia, m = massa e c = velocidade da luz no vácuo, Einstein esqueceu-se de referir que o m (massa) pode ser negativo ou positivo. Os positrões, os anti-átomos e os anti-protões são exemplos de anti-matéria. Quando a anti-matéria entra em contacto com a matéria normal, essas partículas iguais, mas opostas, colidem produzindo uma explosão que emite radiação pura, que é emanada a partir do ponto da explosão à velocidade da luz. Ambas as partículas que criaram a explosão são totalmente aniquiladas, deixando para trás outras partículas subatómicas. A explosão que ocorre quando antimatéria e matéria interagem, transforma toda a massa de ambos os objetos em energia. Os cientistas acreditam que esta energia é mais poderosa do que qualquer outra que possa ser gerada por outros métodos de propulsão. Atualmente os cientistas são capazes de produzir antimatéria nos chamados aceleradores de partículas, como o famoso LHC.

Constituição

do Universo

A expansão do

Universo (ao

lado) está

relacionada com

a energia negra e

a matéria negra

(em cima),

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28 • MyBrainMagazine

Os tritões são, tal como as salamandras, anfíbios caudados.

A característica comum a todas as espécies de tritão é a sua permanência prolongada em pontos de água doce durante a época de reprodução. Muitos tritões produzem toxinas nas secreções da pele como mecanismo de defesa contra predadores. Os adultos são pulmonados e nunca apresentam brânquias.

Os tritões são caracterizados por um corpo semelhante ao dos lagartos. As larvas aquáticas possuem dentes verdadeiros em ambos os maxilares e guelras externas.

Têm a capacidade de regenerar membros, olhos, medula espinal, coração, intestinos, e maxilares superior e inferior. As células no local da lesão têm a capacidade de se diferenciar, reproduzir rapidamente, e se diferenciar novamente, criando um novo membro ou órgão.

Vivem em locais frescos e húmidos durante o verão e no outono escondem-se nas pedras para hibernar. Na primavera voltam à água, mostrando o macho a sua veste nupcial. O macho apresenta uma crista dorsal na época da reprodução. Quer o macho quer a fêmea têm a cauda comprimida lateralmente, o que os distingue das salamandras.

Nem sempre é possível delimitar nitidamente a diferença entre tritões e salamandras. Há especialistas que designam por salamandras as espécies maiores e por tritões as espécies mais pequenas. Todos os salamandrídeos possuem pele lisa e nua. O tritão pode atingir o comprimento de 10 centímetros e não apresenta garras nos dedos.

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MyBrainMagazine • 29

A maioria das espécies de estrela-do-mar tem 5 braços mas há algumas com 7 braços e até com 50. Para se alimentarem dos moluscos, as estrelas-do-mar viram o estômago e comprimem-no contra as conchas das presas. Os pés tubulares que revestem cada braço são controlados hidraulicamente, para deslizarem pela areia do mar, e são pegajosos, para abrir as conchas dos moluscos.

Na ponta de cada braço há manchas oculares rudimentares sensíveis à luz. Espinhos de carbonato de cálcio cobrem a pele para proteção e o estômago da estrela-do-mar está dividido em duas câmaras. O coração deste invertebrado bombeia sangue em torno do disco central, levando nutrientes a todo o corpo.

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30 • MyBrainMagazine

Há várias relações que os seres vivos da mesma espécie ou de espécies

diferentes estabelecem entre si.

A cooperação é uma relação intra-específica que consiste na associação benéfica de indivíduos da mesma espécie que se unem para obter interajuda. Esta pode dividir-se em em colónias ou em sociedades. As colónias acontecem quando indivíduos da mesma espécie se agrupam sem haver divisão de tarefas. Ex.: pinguins e aves. As sociedades acontecem quando os indivíduos da mesma espécie se agrupam, havendo hierarquia entre os seus membros e divisão de tarefas. Ex.: lobos, chimpanzés, formigas, abelhas e térmitas. As colónias e as sociedades têm vantagens, pois aumentam a possibilidade de sobrevivência dos seus indivíduos aos fatores abióticos ou bióticos, como o ataque de predadores.

A competição é uma relação inter ou intra-específica, em que dois indivíduos da mesma espécie disputam um alimento, um território ou a fêmea e em espécies diferentes o alimento e o território, sendo uma interação prejudicial.

O canibalismo acontece quando um animal mata e devora outro da sua própria espécie, por isso é uma relação intra-específica prejudicial.

A predação é uma relação interespecífica em que os indivíduos de uma espécie (predadores) matam e consomem os seres de outras espécies (presas). Os predadores apresentam várias características do corpo e formas de caça: dentes afiados, garras afiadas, bicos afiados, fortes e curvos, voo picado, camuflagem e velocidade/corrida. Mas as presas também apresentam adaptações de defesa contra os predadores: defesa química, mimetismo, camuflagem e coloração de aviso.

As orquídeas imitam abelhas ou outros

animais para serem polinizadas e

também para estarem protegidas dos

predadores (no topo). As formigas

estabelecem formigueiros, que são

sociedades onde há hierarquia e divisão

de tarefas (em cima). Os pinguins

formam colónias, onde se agrupam não

havendo divisão de tarefas nem

hierarquias (ao lado).

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MyBrainMagazine • 31

O comensalismo é uma relação interespecífica na qual apenas uma das espécies (comensal) é beneficiada enquanto que a outra espécie (hospedeira) é indiferente. Ex.: rémora e tubarão, peixe-palhaço e anémona.

O mutualismo é uma relação interespecífica temporária benéfica para as duas espécies envolvidas. Ex.: garça-boieira e bovino, ave e crocodilo, peixe-palhaço e anémona, paguro e anémona.

A simbiose é uma relação interespecífica permanente benéfica para as duas espécies envolvidas. Ex.: líquen (alga + fungo), coral (alga + pólipo) e micorrizas (hifas do fungo + raízes de uma planta).

O parasitismo é uma relação interespecífica prejudicial em que um organismo (parasita) vive à custa de outro (hospedeiro), enfraquecendo-o e podendo levá-lo à morte. Quando o parasita se situa à superfície do corpo do hospedeiro denomina-se ectoparasitismo. Ex.: carraça, pulga, piolho e figueira-estranguladora. Se o parasita viver no interior do hospedeiro trata-se de endoparasitismo. Ex.: ténia, lombriga e Neuroterus quercusbaccarum.

Uma abelha a polinizar uma flor (no topo) também é um exemplo

de mutualismo, a flor reproduz-se e a abelha, com o néctar da

flor, consegue fabricar o mel. O peixe-palhaço e a anémona (no

topo) pode ser um exemplo de comensalismo, em que o comensal

é o peixe-palhaço, ou mutalismo, pois o peixe-palhaço fica

protegido e a anémona come os restos de comida do peixe. Os

líquenes (em cima) são constituídos por uma alga e um fungo, são

um caso de simbiose, os dois têm que ficar juntos para o final da

vida, a alga fabrica o seu alimento e o fungo traz-lhe água. A ténia

(no topo) é um endoparasita porque prende-se ao estômago. A

figueira-estranguladora (ao lado) é um ectoparasita e prende-se

às outras árvores, sufocando-as e elas acabam por morrer.

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32 • MyBrainMagazine

Os bichos-da-conta são crustáceos importantes na decomposição. Alimentam-se de plantas à noite não vivem em ambientes aquáticos como os outros crustáceos porque possuem uma bolsa incubadora parecida com a dos marsupiais, mas também devido à forma achatada do corpo e a outras adaptações.

Têm vários mecanismos de defesa: enrolar-se como uma bola, o que alguns indivíduos conseguem e que também reduz a perda de água por evaporação; fugir; fingir-se de morto; prender-se intensamente ao solo; e libertar secreções repelentes, quando estimulados pelas quelíceras das aranhas.

As estruturas para trocas gasosas dos bichos-da-conta são os pulmões pleopodais, pequenas cavidades ramificadas localizadas nos exópodos laminares.

Produzem feromonas nas células intestinais, expulsando-as juntamente com as fezes. Estas feromonas, produzidas com maior intensidade em condições mais secas, levam estes crustáceos a formar um grupo e permanecerem nele, reduzindo a perda de água para o ambiente. Em ambientes húmidos e quentes, os bichos-da-conta utilizam a evaporação para manter a temperatura corporal, refrigerando-se. A excreção ocorre em forma de amónia em estado gasoso, e é realizada pela superfície do corpo.

I Mangustos e girafa (ao fundo).

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MyBrainMagazine • 33

As abelhas sugam o néctar da flor, depositando-o na vesícula nectífera, onde as enzimas irão decompor o açúcar do néctar em dois açúcares mais simples, a frutose e a glicose.

Durante o transporte, diversas secreções são acrescentadas ao néctar, são adicionadas enzimas como a ainvertase, diastase, glicose oxidase, catalase e fosfatase.

Na colmeia , as abelhas ingerem e regurgitam o néctar várias vezes até ser parcialmente digerido. As abelhas formam um grupo de regurgitar e digerir até o produto atingir uma qualidade desejada.

De seguida, é armazenado nos favos de mel. No entanto, o néctar é ainda possui um elevado conteúdo de água e leveduras naturais.

As abelhas abanam as suas asas, criando uma forte corrente de ar através do favo de mel, o que aumenta a evaporação da maior parte da água. A redução do teor de água aumenta a concentração de açúcares e evita a fermentação.

Uma abelha-obreira, na sua vida inteira, produz cerca de uma grama de mel.

Para produzir um único pote de mel, as abelhas têm que viajar o equivalente a três voltas à Terra.

O pólen das flores (em cima à

esquerda) é transportado pelas

abelhas (ao lado) para polinizarem as

flores. O mel é um alimento muito

nutritivo e às vezes há à venda favos

de mel, as paredes das colmeias (em

cima).

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34 • MyBrainMagazine

O plâncton é a base da cadeia alimentar marinha. Faz parte da dieta das baleias, dos peixes e de outros animais marinhos. O plâncton é um nome geral para um grupo de animais marinhos (ou de água doce) que não conseguem nadar contra uma corrente, o critério de classificação do plâncton.

O plâncton divide-se em:

- zooplâncton: grupo animal. Exemplos: rotíferos, copépodes,...

- fitoplânctom: grupo vegetal (realizam a fotossíntese), algas marinhas. Exemplos: diatomáceas,... O fitoplâncton também pode ser responsável por alguns problemas ecológicos quando se desenvolve excessivamente: numa situação de excesso de nutrientes e de temperatura favorável, estes organismos podem multiplicar-se rapidamente formando o "florescimento" ou bloom. A água fica esverdeada mas rapidamente, de um a dois dias, dependendo da temperatura, e torna-se acastanhada, quando o plâncton esgota os nutrientes e começa a morrer. A decomposição mais ou menos rápida dos organismos mortos pode levar ao esgotamento do oxigénio na água e, consequentemente, à morte em massa de peixes e outros organismos.

O plâncton está na base da cadeia alimentar marinha (ao lado). Os

rotíferos (2.ª imagem) e os copépodes (3.º imagem) são exemplos

de zooplâncton. Os blooms veem-se na costa da Argentina (em

cima).

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MyBrainMagazine • 35

As heras são plantas trepadeiras com raízes aéreas.

Apesar de se agarrar aos troncos das árvores, a hera não é uma planta parasita, pois não se alimenta da sua seiva. Os seus frutos, que amadurecem na Primavera, são tóxicos.

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36 • MyBrainMagazine

As bactérias são os seres mais numerosos do planeta e foram as primeiras formas de vida a evoluir.

As bactérias são diferentes dos vírus, pois elas são capazes de se multiplicar fora de uma célula viva. As bactérias são organismos microscópicos unicelulares, cujo tamanho varia de 0,15 a 4 micrómetros. A maior bactéria conhecida, a Thiomargarita namibiensis, tem mais de 750 micrómetros de comprimento.

As bactérias reproduzem-se muito depressa, dando origem a um número muito grande de descendentes em apenas algumas horas. A maioria delas reproduz-se assexuadamente, por cissiparidade ou divisão simples. Cada bactéria divide-se em duas outras bactérias geneticamente iguais, supondo-se que não ocorram mutações, alterações em seu material genético. Mas algumas bactérias conseguem trocar algum material genético (os plasmídeos) entre si, incluindo genes resistentes a antibióticos. Por isso é que há atualizações de medicamentos.

A maioria das bactérias são heterotróficas, isto é, obtêm comida de outros organismos. Outras bactérias são autotróficas, produzem sua própria comida. As heterotróficas geralmente se alimentam de matéria orgânica morta, embora algumas espécies sejam parasitas. A maioria das bactérias autotróficas usam energia da luz do sol para produzir comida por meio da fotossíntese.

As bactérias quanto a forma podem ser cocos, bacilos, vibriões, espirilos e espiroquetas. Quanto ao grau de agregação, apenas os Bacilos e os cocos formam colónias, que podem ser diplococos, estreptococos, estafilococos, sarcinas, diplobacilos e estreptobacilos.

REP

RO

DU

ÇÃ

O

CLASSIFICAÇÃO

Bactérias nitrificantes (duas primeiras), estreptococos e bacilos (em

cima) são vários tipos de bactérias.

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MyBrainMagazine • 37

As bactérias são constituídas por:

- Flagelos: apêndices filiformes proteicos que utilizam como propulsor para se moverem nos fluidos.

- Fímbrias: filamentos mais finos e curtos que os flagelos e servem para conferir maior adesão aos tecidos e células sobre os quais se implantam.

- Ribossomas: responsáveis pela produção de proteínas na célula bacteriana.

- Plasmídeos: algumas bactérias trocam estruturas celulares de ADN que contêm genes benéficos para a sobrevivência.

- Nucleoide: as bactérias não têm núcleo, o seu ADN é armazenado num cromossoma circular num corpo irregular no citoplasma.

- Membrana celular: dupla camada de fosfolípidos, com proteínas imersas.

- Parede celular: estrutura rígida constituída por açúcares e proteínas que recobre a membrana citoplasmática e protege e confere forma às bactérias.

- Cápsula: algumas bactérias têm uma camada de polissacarídeos que protege contra a desidratação, fagocitose e ataque de bacteriófagos.

Alguns tipos de bactérias causam doenças em adultos e animais, mas muitas outras são benéficas. As bactérias decompõem o lixo orgânico, enriquecem o solo e são usadas para fabricar vinho, cerveja, vinagre, queijo e iogurte. Algumas bactérias vivem no intestino de seres humanos e animais e contribuem na digestão. Algumas até são essenciais à nossa vida. As bactérias Lactobacillus são capazes de produzir algumas vitaminas necessárias ao bem-estar do nosso corpo. As bactérias Escherichia coli estão instaladas no nosso intestino e aproveitam o alojamento e o alimento. Elas podem provocar colibacilose.

Há algumas bactérias que podem fazer mal ao ser

humano, como a Salmonella typhimurium (ao lado)

e a Escherichia coli (em cima).

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38 • MyBrainMagazine

As primeiras formas de vida do planeta foram os procariontes, formas de vida unicelulares que só continham um ADN. Vieram os eucariontes que já eram mais complexos, continham um núcleo e algumas organelas.

Estas formas de vida viviam no mar, ao abrigo dos raios ultravioletas do Sol. Viviam isolados ou agregados em grandes colónias.

Os estromatólitos são concreções calcárias de estrutura concêntrica que existem desde o Pré-Câmbrico. Devem ter resultado da atividade biológica de algas azuis ou cianófitas. Os estromatólitos desempenham um papel importante como construtores, dando origem a depósitos de grande espessura.

Os graptólitos eram constituídos por um esqueleto colonial, o rabdossoma, composto por várias cápsulas denominadas tecas que albergavam os organismos indivíduais. Estas eram compostas de colagénio e uniam-se umas às outras através do nema que suportava a estrutura.

Os mais conhecidos, os corais, um exemplo de simbiose, pólipos e algas, também já existiam e tiveram um papel importante na reconstituição de ambientes marinhos de há milhares de anos.

“Os combates de touros sempre foram considerados como um divertimento impróprio de humana Nação civilizada”. Intendente Geral da Polícia Lucas Seabra da Silva, 1809

Fomou-se então o pré-câmbrico, constituído por vermes, estromatólitos, medusas,... Nesse tempo praticamente só existiam algas e esses animais que viviam no oceano pois os continentes estavam ainda a formar-se

Formou-se depois a era paleozoica. Do Câmbrico até ao Devónico foi a idade das trilobites. Depois vieram os peixes e os corais e no final desta era, no Carbónico e no Pérmico, vieram os primeiros répteis e anfíbios e também apareceram os fetos.

Em cima, estáo representadas marcas de

graptólitos. Em cima à direita está um

estromatólito pequeno e ao lado está um fóssil de

coral.

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MyBrainMagazine • 39

A Inquisição, ou Tribunal do Santo Ofício, surgiu na Idade Média, criada pelo papa Gregório IX, no século XIII, como "instituição permanente e universal, confiada a religiosos na dependência direta da Santa Sé", para combater as heresias, superstições, feitiçarias, condutas sexuais diferentes e todas as práticas pagãs. Teve um período de enfraquecimento, mas no final do século XV e inícios de XVI tornou-se ainda mais poderosa do que era anteriormente, graças ao papa Paulo III, que a reorganizou no Concílio de Trento.

Esta punia, torturava, queimava, matava pessoas que tinham ideias contrárias às da Igreja. Os suspeitos eram interrogados para se obter a prova de culpa, ou através de testemunhas, cuja identidade era mantida secreta, ou por meio de confissão dos próprios, que podia ser obtida através de torturas. A sentença era dada em sessão solene pública, a que se deu o nome de auto de fé. As sentenças podiam ser morte ou prisão, penitências e apreensão de bens. Galileu Galilei defendia a teoria heliocêntrica, ou seja, o Sol era o centro do Universo. A Igreja achava a sua ideia absurda, porque Deus quando criou o Homem tinha que o meter no centro de tudo. Galileu Galilei foi julgado no Tribunal do Santo Ofício e acabou por admitir que a Igreja tinha razão. Naquela época, a religião não era separada da ciência. Como testemunha temos o Index Librorum Prohibitorum, que era uma lista organizada em índice das obras cuja leitura era proibida, sob pena de excomunhão, por serem consideradas contrárias aos ensinamentos da Igreja Católica.

Na Península Ibérica, a Inquisição perseguiu os cristãos-novos, os Mouros, os Judeus e os Protestantes. Em Espanha, os Reis Católicos Isabel e Fernando reestabeleceram a Inquisição, em 1478. A Inquisição extinguiu-se em 1821. A Inquisição foi introduzida em Portugal no reinado de D. João III, em 1536. Damião de Góis, um humanista português, foi perseguido pela Inquisição e condenado à prisão.

Os Celtas, pelo contrário, eram altos e tinham o cabelo loiro e os olhos azuis. Eram bons ourives. Trabalhavam o ouro e objetos em ferro. Ocupavam as regiões norte, oeste e centro da Península Ibérica. Alguns Celtas cremavam os mortos, em vez de os sepultarem.

De cima para baixo e da esquerda para a direita:

mulher a ser condenada à fogueira, monges

dominicanos a queimarem livros proibidos pela

Igreja, Galileu Galilei no Santo Ofício, monges

torturando uma pessoa, pessoa a ser queimada na

fogueira e execução de condenados pela Inquisição,

no Terreiro do Paço, em Lisboa.

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40 • MyBrainMagazine

O que mais se marcou nesta época, graças à falta de higiene, foi a propagação de pestes e epidemias, dessas destaca-se a peste negra. Esta veio da China e destruiu muitas colheitas de cereais, o que causou fome e morte de muita gente. Na cidade não existiam esgotos e água canalizada, o água “suja” passava pela rua e atirava-se de baldes com o grito “água vai!”. Animais passavam pelo meio das pessoas, incluíndo ratos, piolhos e mosquitos.

D. Beatriz, a única filha de D.Fernando casou com o soberano espanhol, D. João I de Castela. Isto iria acabar com a independência de Portugal, então foi assinado em 1383 um tratado de paz em Salvaterra de Magos. Porém, com a morte de D. Fernando em 1383, trouxe problemas de sucessão que foram dar origem a uma revolução.

Aconteceu uma conspiração para matar o Conde Andeiro, namorado de D. Leonor Teles, mulher de D. Fernando. D. João, mestre da Ordem Militar de Avis e meio-irmão de D. Fernando e acompanhado por alguns homens armados entre os quais Rui Pereira, em 6 de dezembro de 1383, no paço da rainha, mataram o conde Andeiro.

O povo de Lisboa, junto à Igreja de S. Domingos, elegeu o Mestre de Avis como “Regedor e Defensor do Reino”.

A população dividiu-se em:

- Quem apoiava o Mestre de Avis – povo, burguesia e alguns nobres e clérigos. Não queriam que Portugal perdesse a independência.

- Quem apoiava D. Beatriz – a maioria dos nobres e clérigos. Receavam perder os seus privilégios e consideravam que os sucessores dos reis deviam ser da linha legítima.

Em 6 de abril de 1384, as tropas castelhanas invadiram Portugal na Batalha de Atoleiros, no Alentejo. Portugal venceu. Entretanto, em 29 de maio desse mesmo ano, os inimigos cercaram Lisboa. Deu-se o Cerco de Lisboa. Com esse acontecimento, a população de Lisboa ficou com fome e a Peste Negra contagiou alguns castelhanos, e foram obrigados a retirarem-se. Depois, a 6 de janeiro de 1385, sucedeu-se a Batalha de Trancoso e as tropas portuguesas foram

Uns nobres mataram o conde Andeiro (no topo).

A Peste Negra matou cerca de um terço da

população da Europa (em cima). O mapa de cima

mostra a progressão anual da Peste Negra na

Europa no século XIV. Os doentes de peste eram

tratados por médicos com fatos protetores anti-

peste (em cima).

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MyBrainMagazine • 41

Em 6 de abril de 1384, as tropas castelhanas invadiram Portugal na Batalha de Atoleiros, no Alentejo. Portugal venceu. Entretanto, em 29 de maio desse mesmo ano, os inimigos cercaram Lisboa. Deu-se o Cerco de Lisboa. Com esse acontecimento, a população de Lisboa ficou com fome e a Peste Negra contagiou alguns castelhanos, e foram obrigados a retirarem-se. Depois, a 6 de janeiro de 1385, sucedeu-se a Batalha de Trancoso e as tropas portuguesas foram vencedoras.

Em 6 de abril de 1385, os representantes da burguesia e de parte da nobreza, chefiados pelo Dr. João das Regras, fazem aclamar D. João como rei de Portugal D. João I. Iniciou-se com ele a 2.ª dinastia – dinastia de Avis.

Em 14 de agosto de 1385 deu-se a célebre batalha de Aljubarrota, com D. Nuno Álvares Pereira (foi considerado santo com o nome de D. Nuno de Santa Maria) a chefiar com a sua tática do quadrado. Nesta batalha, o exército castelhano perdeu com uma diferença considerável de homens (castelhanos – 32 000, portugueses – 8 000). Para comemorar a batalha construiu-se o Mosteiro da Batalha. Uma personagem muito popular é a padeira de Aljubarrota, Brites de Almeida, que segundo a lenda matou sete castelhanos.

Deu-se também a Batalha de Valverde onde também ganharam os portugueses.

Em 9 de maio de 1386, Portugal faz um tratado de amizade com a Inglaterra, onde os dois países prometiam ajudar-se. Esta aliança foi reforçada pelo casamento de D. João I com a inglesa D. Filipa de Lencastre, em 1387.

Os seus filhos, devido à grande sabedoria que tinham, ficaram conhecidos como a Ínclita Geração, no qual faziam parte D. Duarte, D. Pedro, D. Henrique, D. Isabel, D. João e D. Fernando.

O rei começou a tirar privilégios e terras aos nobres e clérigos que não o apoiaram e deu algumas terras e títulos a alguns burgueses que foram originar a nova nobreza.

Os Celtas, pelo contrário, eram altos e tinham o cabelo loiro e os olhos azuis. Eram bons ourives. Trabalhavam o ouro e objetos em ferro. Ocupavam as regiões norte, oeste e centro da Península Ibérica. Alguns Celtas cremavam os mortos, em vez de os sepultarem.

Os Lusitanos viviam a norte do Tejo numa região situada à volta da serra da Estrela chamada Lusitânia.

Eram fortes e corajosos. Dedicavam-se à agricultura e à pastorícia. O chefe que mais se destacou foi, certamente, Viriato.

Os portugueses organizaram-se muito bem na Batalha de Aljubarrota (no topo). O Mosteiro da Batalha foi

construído devido á vitória portuguesa (em cima). Os castelhanos cercaram Lisboia durante o cerco de Lisboa

(em cima). D. João, Mestre de Avis foi aclamado rei com o cognome de “O de Boa Memória” (em cima, à direita).

A padeira de Aljubarrota matou sete castelhanos (em cima, à direita).

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A prensa construída por Johannes Gutenberg em meados do século XV permitiu produzir documentos em alta qualidade e grande quantidade, baratos e rápidos a ser fabricados, aumentando a literatura a nível dos grupos sociais menos privilegiados. Agora o povo também podia imprimir e ler livros.

Um suporte segurava o papel sobre os tipos móveis cheios de tinta, comprimindo-o entre duas estruturas de madeira. As letras (ou tipos) eram fixadas em cima de molduras retangulares inseridas numa moldura retangular maior. Os tipos ou letras eram criados vertendo uma liga de chumbo e estanho para um molde de cobre. A folha de papel, colocada sobre os tipos, era pressionada pelo sistema da prensa de parafuso.

produção de livros impressos por cidade até 1500

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Antes de Thomas Edison e Joseph Swan terem inventado as lâmpadas elétricas, o escocês James Bowman Lindsay demonstrou uma luz elétrica constante em 1835 numa reunião em Dundee. Essa luz era muito forte e estável e foi continuamente aperfeiçoada nas décadas seguintes.

Thomas Edison, em 1879, tentou inicialmente utilizar filamentos metálicos. Foram necessários enormes investimentos e milhares de tentativas para descobrir o filamento ideal: um fio de algodão parcialmente carbonizado. Instalado numa esfera de vidro com vácuo, aquecia-se com a passagem da corrente elétrica até ficar incandescente, sem porém derreter, sublimar ou queimar. Em 1879, uma lâmpada assim construída brilhou por 48 horas contínuas.

Os Celtas, pelo contrário, eram altos e tinham o cabelo loiro e os olhos azuis. Eram bons ourives. Trabalhavam o ouro e objetos em ferro. Ocupavam as regiões norte, oeste e centro da Península Ibérica. Alguns Celtas cremavam os mortos, em vez de os sepultarem.

Os Lusitanos viviam a norte do Tejo numa região situada à volta da serra da Estrela chamada Lusitânia.

Eram fortes e corajosos. Dedicavam-se à agricultura e à pastorícia. O chefe que mais se destacou foi, certamente, Viriato.

Em cima, lâmpadas incandescentes. Lâmpada incandescente de Thomas Edison ^

Em baixo, lâmpadas de filamento, que gastam menos energia.

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A União Europeia é constituída por 28 países.

Em 1948, foi apresentado o tratado Benelux (Bélgica, Países Baixos e Luxemburgo), que tinha como objetivos principais estimular o comércio e eliminar as barreiras alfandegárias. Em 9 de maio de 1950, o ministro francês dos Negócios Estrangeiros apresentou a Declaração Schuman, um plano para uma cooperação aprofundada entre seis países (França, Alemanha RFA, Itália, Bélgica, Países Baixos e Luxemburgo). A 18 de abril de 1951, estes países assinaram o Tratado de Paris, que instituiu a CECA (Comunidade Económica do Carvão e do Aço). No dia 25 de março de 1957, assinaram o Tratado de Roma, dando origem à CEE (Comunidade Económica Europeia). Em 1973 deu-se o 1.º alargamento, entrando a Irlanda, o Reino Unido e a Dinamarca. O 2.º alargamento ocorreu em 1981, entrando a Grécia. O 3.º ocorreu em 1986 entrando Portugal e Espanha. Em 1990 ocorreu a Reunificação da Alemanha, após a queda do Muro de Berlim. O Tratado de Maastricht foi assinado a 7 de fevereiro de 1992, entrando em vigor em 1993. Este tratado mudou o nome da CEE para UE (União Europeia). Neste tratado foram definidos cinco objetivos da UE: moeda única; cidadania comum para os cidadãos dos Estados-membros; princípio da solidariedade; política externa e de segurança comum; livre circulação de pessoas e bens e abertura das fronteiras.

Em 1995, ocorreu o 4.º Alargamento e entraram a Finlândia, a Suécia e a Áustria. No Tratado de Amsterdão, a 2 de outubro de 1996, formou-se o Espaço Schengen. Este é um acordo entre vários países europeus sobre uma política de abertura das fronteiras e livre circulação de pessoas entre os países signatários. é composto por 30 países, incluindo todos os que compõem a União Europeia à exceção da Irlanda e do Reino Unido. A Islândia, a Noruega e a Suíça assinaram esse acordo, apesar de não integrarem a UE. O Liechtenstein, a Bulgária, a Roménia e o Chipre estão em fase de implementação. Em 2001 foi assinado o Tratado de Nice, cujo objetivo era a adaptação do funcionamento das instituições europeias antes da chegada de novos Estados-Membros. No dia 1 de janeiro de 2002, o euro (€) entrou em circulação. Os países que compõem a Zona Euro são a Alemanha, Áustria, Bélgica, Chipre, Eslováquia, Eslovénia, Espanha, Estónia, Finlândia, França, Grécia, Irlanda, Itália, Letónia, Luxemburgo, Malta, Países Baixos e Portugal, prevendo-se que com a expansão da União Europeia alguns dos aderentes mais recentes possam nos próximos anos partilhar também o euro como moeda oficial. Em 2004 ocorreu o 5.º Alargamento, e entraram a Estónia, a Eslovénia, a Eslováquia, Malta, Chipre, República Checa, Letónia, Polónia, Hungria e Lituânia. Em 2007 ocorreu o 6.º Alargamento, e entraram a Bulgária e a Roménia. Em 2009, o Tratado de Lisboa entrou em vigor. Este tem como objetivo completar o processo lançado pelos tratados de Amsterdão e de Nice, com vista a reforçar a eficiência e a legitimidade democrática da União Europeia e para melhorar a coerência das suas ações. Em 2013 ocorreu o 7.º alargamento e entrou a Croácia.

Os países candidatos para entrar na UE são a Turquia, Montenegro, Islândia e Macedónia. Os potenciais candidatos são a Bósnia-Herzegovina, Sérvia, Kosovo e Albânia.

A azul escuro: União Europeia, espaço Schengen e Zona Euro.

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A última Idade do Gelo, Glaciação Würms, chegou a cobrir até 30% da massa terrestre do planeta. Os animais de grande porte, como o mamute-lanoso, ficaram mais peludos para poderem resistir ao frio. Os seres humanos ficaram mais pequenos e cabeludos, como os Neandertais e alguns chegaram a ficar completamente brancos, para preservar o calor e refletir os raios ultravioletas perigosos. Essas adaptações evolutivas ajudaram a sobreviver o pior frio. Este período terminou de uma forma relativamente súbita. Muitas espécies tentaram adaptar-se ao clima, migrando milhares de quilómetros para escapar à extinção. A preguiça-gigante vivia na América do Sul migrou para a América do Norte e era perseguida por caçadores humanos, que queriam a sua carne e pelo. O mamute era originário de África e moveu-se até à Europa, depois para a Sibéria e por fim para a América do Norte. Os rinocerontes-lanudos, originários dos Himalaias, migraram para o Nordeste Asiático e depois para a Europa. Os dentes-de-sabre, oriundos da América do Norte, migraram para a América do Sul e depois, para evitar os verões mais quentes e secos, devido ao recuo dos mantos do gelo, migraram de novo para o seu local de origem.

Na época glacial, a Terra estava cheia de mamíferos enormes, a megafauna. Os mamíferos maiores saíam-se melhor no clima agreste, pois os corpos enormes ajudavam a proteger-lhes os órgãos vitais do frio extremo. Havia bisontes do tamanho de elefantes, castores do tamanho de ursos-pardos, ursos gigantes, preguiças-gigantes do tamanho de elefantes, cavalos gigantes, camelops, dentes-de-sabre, mamutes, mastodontes, pecaris, gliptodontes, macrauquenias, rinocerontes-lanudos, leões das cavernas, rinocerontes-de-chifre-grande, Arsinoi theriidae,... e todos se extinguiram. Desde que a Terra se formou que houve pelo menos cinco grandes idades do gelo, que remodelaram totalmente a Terra e os seus ecossistemas.

O mamute extinguiu-se devido a três problemas: o aquecimento global, uma doença infecciosa e a caça (o Homo erectus consumia carne de mamute há 1,8 milhões de anos. O Mammuthus sungari era o maior mamute, com mais de 5 m de altura. O mamute anão da ilha de Wrangel sobreviveu até há cerca de 3700 anos. Os mamutes tinham uma bossa tal como os camelos. A tromba era usada para beber e agarrar vegetação. As presas eram usadas como proteção, em rituais de dominação e para raspar neve e gelo do solo enquanto estavam a comer.

O dentes-de-sabre ou Smilodon era um felino que caçava em grupos pequenos e emboscava presas, em vez de as perseguir. Alimentava-se de mamutes, mastodontes, camelops, macrauquenias e preguiças-gigantes.

Dente de bisonte do Pleistoceno, presas e crânio de

Mammuthus primigenius, molar de Mammuthus

moller, dente de Mammuthus primigenius, dente de

Bison priscus, reconstituição de um grupo de

mamutes, bebé Mammuthus primigenius da Sibéria

mumificado, dentes-de-sabre, reconstituição da Era

Glacial, última Idade do Gelo, preguiça-gigante,

rinoceronte-lanudo, gliptodonte, Arsinoi theriidae,

castor-gigante, Macrauquénias e dentes-de-sabre a

fazerem uma emboscada a camelops.

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Nelson Mandela, o herói da África do Sul, fez tudo pela população. Lutou contra o apartheid, opôs-se às descriminações raciais. Tata («pai» em Xhosa) da democracia na África do Sul, Madiba (o nome do clã Thembu a que Mandela pertencia), Khulu (abreviatura de «uBawomkhulu», que significa «avô» e sinónimo de grande e supremo), eram alguns dos nomes que deram a Mandela. É uma das pessoas mais influentes no mundo atual. Morreu às 22:30 (hora local) de 5 de dezembro de 2013.

Em 18 de julho de 1918 nasce com o nome Rolihahla (no idioma local significa «arruaceiro» ou «turbulento») Dalibhunga Mandela, em Mvezo, no Cabo Leste, no atual país da África do Sul, numa família nobre de conselheiros do rei da tribo Thembu, uma das que constitui o Xhosa. Era bisneto do rei Ngubengcuka dos AbaThembu, uma tribo da África do Sul, originária dos lagos da África Central. Em 1925 passa a frequentar a escola primária existente na vila próxima de Qunu. É lá que recebe o nome "Nelson" , em homenagem ao Almirante Horatio Nelson, dado pela sua professora, Miss Mdingane. Em 1927, após a morte do seu pai, Nkosi Mphakanyiswa Gadla Mandela, é confiado pela mãe, Nosekeni Fanny, à família real Thembu, cujo regente, o seu tio Jongintaba Dalindyebo, o passa a tratar como filho. Reside no palácio real em Mqhekezweni.

Em janeiro de 1934, nas margens do rio Mbashe, Mandela e outros 25 rapazes da tribo, foram levados para a cerimónia pública de circuncisão, realizada pelo um ingcibi, usando uma assegai (lança com ponta de ferro). Ao meio-dia, o ancião ingcibi surge finalmente com a assegai, para realizar o corte do prepúcio. Os jovens eram então depiladose tinham seus corpos pintados com tinta branca feita com ocre, simbolizando pureza, e eram cobertos com mantas sobre os ombros. À meia-noite procediam ao sepultamento dos seus prepúcios, que evitaria que feiticeiros usassem a carne para fins malignos. Recebe o nome de Dalibunga (o fundador dos «Bunga», o nome dos conselhos onde se sentavam as elites tradicionais). Frequenta o Clarkbury Boarding Institute, o maior estabelecimento de ensino para negros em Thembuland. Em 1937, transita para a Escola metodista de Healdtown, em Fort Beaufort, onde começa a gostar de boxe e de atletismo. Em 1939, entra

tradicionais). Frequenta o Clarkbury Boarding Institute, o maior estabelecimento de ensino para negros em Thembuland. Em 1937, transita para a Escola metodista de Healdtown, em Fort Beaufort, onde começa a gostar de boxe e de atletismo. Em 1939, entra no University College de Fort Hare para a área de Letras, onde conhece Oliver Tambo. Estuda Inglês, Antropologia, Direito Romano e Administração Nativa. Em 1940, é expulso, por ter participado num boicote por causa da má qualidade da comida, enquanto representante dos estudantes.

< Mandela

em 1937.

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Em 1941, de regresso a Mqhekezweni, Mandela descobre que Jongintaba Dalindyebo lhe marcou um casamento arranjado. Foge para Joanesburgo onde começa a trabalhar como segurança noturno nas minas Crown, onde tem a primeira visão de como atua o capitalismo sul-africano. É despedido quando se sabe que é um fugitivo. Colabora com um escritório de advogados.

Em 1942, termina o bacharelato na Universidade de África do Sul. Jongintaba Dalindyebo morre. Fica amigo de Gaur Redebe, um xhosa membro do ANC e com Nat Bregman, um comunista judeu que é o seu primeiro amigo branco. Em 1943, entra na Universidade de Wits, para continuar a estudar Direito. Em 1944, torna-se cofundador da Liga de Juventude do ANC (Congresso Nacional Africano). Casa com Evelyn Ntoko Mase, com quem tem dois filhos e duas filhas, uma delas morre aos nove meses, com meningite. Em 1948, é eleito secretário da Liga e em 1951, é eleito presidente da Liga.

Em 1952, é preso pela sua participação na Campanha do Desafio, um protesto não violento de recusa de cooperação com leis injustas promovido em conjunto com os comunistas. É condenado a nove meses de trabalhos forçados, ao abrigo da Lei de Supressão do Comunismo, mas a pena é-lhe suspendida. Fica proibido de falar com mais do que uma pessoa de cada vez durante um período de seis meses. Juntamente com Oliver Tambo abre o primeiro escritório de advogados negros do país, em Joanesburgo. Em 1953, idealiza o Plano M de dividir o ANC em células fiéis a uma direção mais centralizada. Em 1956, juntamente com 155 outros arguidos, é julgado por alta traição, mas absolvido.

Em 1958, divorcia-se de Evelyn, que o acusa de adultério (aparentemente com razão) e casa-se com Winnie Madikizela com quem tem mais dois filhos. Em 1960, dias depois do massacre de Sharpville, a 21 de março, é preso ao abrigo do estado de emergência entretanto proclamado. O ANC é ilegalizado. Mandela entra em clandestinidade e funda a Umkhonto weSizwe («A Lança da Nação»), um grupo de guerrilha e sabotagem onde entram muitos comunistas, mas que se viria mais tarde a formar o braço armado do ANC. Em 1961, sai do país para ter formação

(«A Lança da Nação»), um grupo de guerrilha e sabotagem do ANC. Em 1961, sai do país para ter formação militar e para angariar fundos para o ANC. Em 1962, é julgado e preso, condenado a cinco anos de prisão, por incitamento à greve e saída ilegal do país. Em julho, a polícia apreende documentos que o ligam à Umkhonto weSizwe. O julgamento de Rivónia começa. Em 1963, chega a Robben Island, onde ficará 18 anos e terá vários problemas de saúde (na vista, por causa de não o deixarem usar óculos de sol enquanto trabalhava na pedreira de calcário e nos pulmões, tuberculose). Está numa cela de 2,4 metros por 2,1 metros, a cela 466/64 e, como prisioneiro de classe D, só pode receber uma visita e um carta por cada seis meses. Em 1964, termina o julgamento de Rivónia. Será condenado com mais oito pessoas a prisão perpétua (não à morte, como pedia o procurador).

Em 1968, a sua mãe morre mas o Estado sul-africano não o deixa assistir ao funeral. Em 1969, o seu filho mais velho, Thembi, morre num acidente de automóvel e não pode assistir ao enterro. Em 1970, é visitado pelo deputado trabalhista britânico Dennis Healey. Em 1975, tornou-se um prisioneiro de classe A, troca correspondência com Desmond Tutu e outro ativista anti-apartheid. Em 1978, faz 60 anos e a sua causa ganha cada vez mais apoio internacional. Em 1980, ganha o prémio Liberdade, da Universidade de Glasgow. O jornalista Percy Qoboza lança a campanha «Free Mandela» que levará as Nações Unidas a serem favoráveis à sua libertação, ao contrário dos opositores de Mandela, Margaret Thatcher e Ronald Reagan. Em 1982, é transferido para a prisão de Pollsmoor, nos subúrbios da Cidade do Cabo e, juntamente com os companheiros Sisulu, Kathrada, Raymond Mhlaba e Andrew Mlangeni, partilhou uma grande cela e no pátio fizeram uma horta. Em 1985, com a pressão internacional e as multinacionais a fugirem do país, o primeiro ministro P.W. Botha oferece-lhe a liberdade na condição de rejeitar a violência como arma política, incondicionalmente, mas Mandela recusa.

Em 1987, começam as negociações secretas entre o Governo e Mandela. O estato legaliza o ANC e liberta todos os presos políticos, em troca da renúncia à violência, da rutura com os comunistas e na rejeição do princípio do «Governo da Maioria» num governo post-apartheid, mas Mandela recusa novamente. Em 1988, o Concerto de Tributo a Nelson Mandela, organizado pela BBC pelos 70 anos de Mandela, é transmitido para 67 países, com uma audiência global de 600 milhões. Em 1989, o novo presidente Frederik de Klerk dá instruções para que se começa a negociar a legalização do ANC e a libertação de Mandela. Em 1990, o ANC torna a ser legal e Mandela sai da prisão e é eleito presidente do ANC, em substituição de Oliver Tambo. Em 1992, Mandela divorcia-se de Winnie, depois de terminado o processo judicial (fraude) contra ela. Nas negociações CODESA-2

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instruções para que se começa a negociar a legalização do ANC e a libertação de Mandela. Em 1990, o ANC torna a ser legal e Mandela sai da prisão e é eleito presidente do ANC, em substituição de Oliver Tambo. Em 1992, Mandela divorcia-se de Winnie, depois de terminado o processo judicial (fraude) contra ela. Nas negociações CODESA-2 acorda com F.W. de Klerk uma constituição interina que garante a separação de poderes, a exigência de um tribunal constitucional e concede algumas garantias à continuidade dos funcionários públicos brancos. Em 1993, juntamente com De Klerk, Mandela recebe o prémio Nobel da Paz. Em 1994, o ANC, liderado por Mandela, ganha as primeiras eleições com 62% dos votos. A África do Sul tem o seu primeiro presidente negro e o apartheid acaba. Em 1995, Nelson Mandela cria o Nelson Mandela Children's Fund, ao qual devota um terço dos seus rendimentos. Em 1998, casa com Graça Machel, no seu octogésimo aniversário. em 1999, recusa-se a um segundo mandato e cria a Fundação Nelson Mandela.

Em 2011, entra no hospital de Joanesburgo com uma infeção pulmonar, em janeiro. Tem alta depois de passadas duas noites no hospital. Em 2012, de 8 a 26 de dezembro está hospitalizado. Na noite de 7 de junho de 2013, Mandela é novamente hospitalizado com problemas pulmonares, contraídos durante os tempos de prisão. Às 22:30 (hora local) de 5 de dezembro de 2013, Nelson Mandela morre.

Em 1968, a sua mãe morre mas o Estado sul-africano não o deixa assistir ao funeral. Em 1969, o seu filho mais velho, Thembi, morre num acidente de automóvel e não pode assistir ao enterro. Em 1970, é visitado pelo deputado trabalhista britânico Dennis Healey. Em 1975, tornou-se um prisioneiro de classe A, troca correspondência com Desmond Tutu e outro ativista anti-apartheid. Em 1978, faz 60 anos e a sua causa ganha cada vez mais apoio internacional. Em 1980, ganha o prémio Liberdade, da Universidade de Glasgow. O jornalista Percy Qoboza lança a campanha «Free Mandela» que levará as Nações Unidas a serem favoráveis à sua libertação, ao contrário dos opositores de Mandela, Margaret Thatcher e Ronald Reagan. Em 1982, é transferido para a prisão de Pollsmoor, nos subúrbios da Cidade do Cabo e, juntamente com os companheiros Sisulu, Kathrada, Raymond

No topo, Mandela preso em Robben

Island. Em cima à esquerda, Mandela

a votar em 1994. Em cima à direita,

Mandela em 2008. Ao lado, Mandela

acompanhado por Winnie durante o

seu mandato.

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Movimento artístico desenvolvido nas décadas de vinte e trinta do século XX, a Arte Déco tem uma expressão modernista na área do design industrial e de mobiliário, assim como na produção de pequenas peças ou nas artes gráficas. Ao nível de arquitetura, a Arte Déco apresentou-se como um estilo eminentemente decorativo, intervindo essencialmente ao nível do desenho de interiores e de espaços comerciais ou no desenho de fachadas. São conhecidos os edifícios Chrysler Building e o Empire State Building.

Em cima: aparador e móvel art

déco. Ao lado, mesa e relógio

art déco. À direita Empire

State Building e no meio,

candeeiro art déco, Itália, anos

30.

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A típica receita dos fantásticos biscoitos de gengibre típicos do Natal.

Ingredientes:

3 chávenas de farinha;

2 colheres de chá de fermento em pó;

1 colher de café de sal fino;

1 colher de sopa de gengibre ralado;

1 colher de chá de canela em pó;

3 colheres de sopa de manteiga;

3/4 da chávena de açúcar mascavado;

1 ovo grande;

1/2 chávena de mel;

raspa de laranja.

1. Juntar a farinha, o fermento, a canela e o sal e misturar.

2. Noutro recipiente bater o açúcar e a manteiga derretida com a batedeira.

3. Adicionar o ovo, o mel, raspa de laranja e o gengibre.

4. Juntar os dois recipientes.

5. Fazer uma bola, colocar no frigorífico e deixar descansar pelo menos 4 horas.

6. Estender a massa com a ajuda de um rolo, para a massa não se pegar, meter uma película anti-aderente, e cortar figurinhas, para elas saírem bem, meter açúcar em pó.

7. Levar ao forno.

8. (opcional) Depois de frios decorar com glacê (bater uma clara de ovo com 250 de açúcar em pó e uns pingos de sumo de limão).

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Um emoticon é uma combinação de caracteres criada para exprimir sentimentos :-). Estes ícones nasceram há mais de um século. Em 1881, na revista "Puck", foi publicada uma reportagem que recriava quatro expressões faciais (melancolia, indiferença, espanto e alegria) através da combinação de teclas. Um século mais tarde, Scott Fahlman introduziu um emoticon numa mensagem. Agora, os telemóveis têm milhares de emoticons.

Enquanto que os emoticons orientais se focam nos olhos, os orientais focam-se na boca e leem-se com a cabeça inclinada. Ambos usam os teclados QWERTY.

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O Renault Captur foi premiado com a classificação de 5 estrelas no final dos testes de segurança passiva, realizados

pelo organismo independente EuroNCAP.

O Captur propõe motorizações inovadoras, que aliam prazer de condução, economia de combustível, baixas emissões de CO2 e custos de utilização reduzidos. Na versão a gasolina, o Captur propõe um novo motor: Energy TCe 90. A Diesel, o Captur está disponível com o motor Energy dCi 90.

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Desde a Antiguidade que os navios servem, além de transportar pessoas, cargas. Os cargueiros conseguem levar imensos contentores, viajando pelo mundo inteiro. Atualmente, os contentores são colocados nos navios através de gruas, nos portos.

O maior cargueiro do mundo é o Maersk Triple-E. Foi lançado em 2013 e tem capacidade de carregar 18 270 contentores. Este gigante tem 400 metros de comprimento e 59 de largura. Pesando 52.859 toneladas, é mais de cinco vezes mais pesado do que a Torre Eiffel. O Triple-E é composto por 425 blocos, sendo que cada parte do navio, desde alojamentos até à sala de máquinas, são compostos por esses pedaços tridimensionais que quando colocados juntos o completam. Todo o processo de construção, desde o corte de aço inicial até à entrega do navio, leva 375 dias por cada um. Os navios Triple-E não são construídos um de cada vez, mas três de uma vez num programa de produção de rolamento em docas secas e flutuantes. A primeira fase da construção é a própria construção dos blocos que é realizada por empreiteiros da Coreia do Sul e da China e leva 161 dias. Os 425 blocos são posicionados por guindastes e soldados entre si.

Em cima: cargueiros e contentores que irão ser

transportados por eles.

Por baixo: Maersk Triple-E a ser construído.

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A ponte transbordadora faz uso de uma gôndola para passarem os barcos e também pessoas e carros. A gôndola é suspensa sob a ponte por um conjunto de cabos de aço, presos a um trólei superior, que assenta em carris que percorrem a extensão da ponte. Estas plataformas conseguem transportar centenas de passageiros e uma dezena de veículos. A gôndola também dispõe de equipamento para detetar a velocidade do vento e, se este atingir altas velocidades, a ponte é fechada por questões de segurança. A casa das máquinas dá energia para a gôndola se mover. A ponte é equilibrada por dois braços de ancoragem e é suportada por fortes alicerces enterrados a grande profundidade. Foram construídas 20 pontes destas no mundo inteiro e apenas meia dúzia se mantêm operacionais.

Funcionais: Ponte Vizcaya (Portugalete, Espanha), ponte Rochefort-Martrou (Rochefort, França), Ponte de Newport (Newport, Reino Unido), Ponte de Osten (Osten, Alemanha), Ponte de Middlesbrough (Middlesbrough, Reino Unido), Rendsburg High Bridge (Rendsburg, Alemanha). Não funcionais: Aerial Lift Bridge (Duluth, Minnesota, EUA), Puente Transbordador (Buenos Aires, Argentina), Warrington Transporter Bridge (Warrington, Reino Unido). Demolidas: Ponte de Bizerte (Bizerte, Tunísia), Ponte de Bordéus (Bordéus, França), Ponte Devil's Dyke (Devil's Dyke, Reino Unido), Ponte de Kiel (Kiel, Alemanha), Ponte de Marselha (Marselha, França), ponte de Nantes (Nantes, França), Ponte de Rio de Janeiro (Rio de Janeiro, Brasil), Ponte de Rouen (Rouen, França), Sky Ride (Chicago, Illinois, EUA), Ponte Stalingrad (Volgograd, Rússia), Widnes-Runcorn Transporter Bridge (Widnes-Runcorn, Reino Unido).

No topo: Ponte Colgante Viscaya. Em cima: ponte de Widnes-Runcorn.

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A maior ponte transbordadora é a de Widnes-Runcorn, sobre o rio Mersey, no Reino Unido. Tinha um vão principal de 300 metros e duas torres com 58 metros de altura. Foi demolida em 1961.

A ponte transbordadora da Biscaia, no País Basco, atravessa o rio Nervión no estuário Ibaizabal, a oeste de Bilbao. Projetada pelo arquiteto Alberto de Palacio Biscaia e Elissague, a ponte, de 45 metros de altura e 160 de comprimento, foi concluída em 1893. Para sua realização foram utilizados metais de construção tradicional do século XIX e do uso inovador de cabos de aço de torção alternada. Foi a primeira ponte do mundo que permitiu passar simultaneamente navios e transporte fluvial de passageiros e de veículos a partir de um banco para outro, graças a uma gôndola suspensa. Serviu de modelo para a construção de muitas pontes semelhantes na Europa, na África e nas Américas, embora muito poucos deles ainda existem. Devido ao uso inovador de cabos de aço de torção alternada é considerado que a Ponte Colgante Vizcaya é uma das realizações mais notáveis da Revolução Industrial no campo da arquitetura de metal.

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Uma força aérea é, em sentido lato, o ramo aéreo das forças armadas de uma nação, estando encarregue de conduzir a guerra aérea.

A primeira força aérea do mundo foi a Aéronautique militaire do Exército Francês, criada em 1910.

Cada caça, avião, helicóptero ou outro veículo tem um roundel, uma espécie de símbolo que possui normalmente as cores da bandeira.

Nas Guerras Mundiais a força aérea foi muito utilizada. Na 2.º Guerra Mundial, a força aérea alemã bombardeava várias cidades através dos seus bombardeiros. Após uma guerra, um avião ficava todo destruído e os bombardeamentos davam cabo de tudo o que era atingido.

Um caça é um tipo de avião militar concebido para combate aéreo (com outros aviões), em oposição ao bombardeiro, desenhado para atacar alvos terrestres através de bombas. Normalmente é supersónico.

Os mísseis dos bombardeiros normalmente costumam estar debaixo das asas. Estes são metidos lá com a ajuda de camiões específicos. Um míssil é um projétil guiado, com autopropulsão e constituído por um propulsor, que pode ser um foguete, um reator ou ambos; um sistema de guiagem, externo ou interno; uma carga útil, que pode ser uma carga militar (explosiva, incendiária, química, biológica,...), um sistema eletrónico,...

No topo: Eurofighter F-18; ao lado: míssil AGM-119 Penguin

lançado por um helicóptero SH-60B Sea Hawk; em cima:

veículo que leva os mísseis e fábrica de mísseis destruída na II

Guerra Mundial.

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A aviação militar possui vários tipos de aeronaves para vários fins:

- Aviação de combate, incluindo caças, caças-bombardeiro, torpedeiros e bombardeiros;

- Aviação de informação, incluindo aeronaves de patrulha, de reconhecimento e foto, de alerta antecipado, de guerra eletrónica e de reconhecimento meteorológico;

- Aviação de transporte e apoio logístico, incluindo aeronaves de transporte de assalto, de transporte táctico, de transporte estratégico, de transporte especial e de reabastecimento aéreo;

- Aviação de busca e salvamento, incluindo aeronaves de busca e salvamento geral e de busca e salvamento em combate;

- Aviação de instrução, incluindo aeronaves de instrução básica, de instrução elementar, de instrução complementar e de conversão operacional;

- Aviação naval, é a aviação militar que se destina a atuar em ambiente marítimo;

- Aviação ligeira militar ou aviação do exército, é a aviação de helicópteros e aviões leves, destinada a cooperar diretamente com as forças terrestres.

De cima para baixo e da direita para a

esquerda: Eurofighter Typhoon, F-35

Lightning II, BAe Harrier GR.3, Avro

Vulcan e mísseis, hidroavião

Supermarine Stranraer, Halifax W1048

destruído pela II Guerra Mundial, cockpit

de um caça, Avro Lancaster R5868 (duas

últimas).

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Não há ninguém no mundo com a mesma impressão digital. Esta é composta por minúsculas estrias que identificam qualquer pessoa. Existe tanto nas mãos como nos pés. Há vários tipos de impressões digitais: arco, laço e espiral.

Para analisar uma impressão digital num crime, nos EUA, os investigadores observam a impressão no Integrated Automated Fingerprint Identification System, que a compara com os imensos registos da base de dados. A avaliação final é feita por especialistas que analisam os padrões das estrias.

ARCO LAÇO ESPIRAL

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A cana-de-açúcar foi domesticada na ilha da Nova-Guiné, há cerca de dez mil anos. As populações colhiam a cana e comiam na crua, mastigando o caule. O açúcar foi-se alastrando e, por volta de 1000 a.C., chegou à Ásia. Em 500 d.C. já era transformado em pó na Índia. No ano 600 chegou à Pérsia, depois alastrou-se pelo mundo árabe. Com a expansão do Império Otomano no século XV, o comércio com o Oriente dificultou-se. Em 1425, o infante D. Henrique mandou a cana-de-açúcar para a Madeira, que se alastrou para Cabo Verde e para as Canárias. Depois da descoberta do Novo Mundo, a América Latina e as Caraíbas ficaram com imensas plantações de cana-de-açúcar. Os índios e os africanos que levaram como escravos ficaram a trabalhar nos engenhos de açúcar. Cerca de 100 000 escravos trabalhavam na produção de toneladas de açúcar. A cana-de-açúcar era esmagada e triturada nos moinhos e dava um líquido espesso, o melaço, que, depois de cozido em caldeiras de cobre, era colocado em formas, onde arrefecia e cristalizava. Nos finais do século XIX e no século XX, forma-se inventando guloseimas com cada vez mais açúcar.

Atualmente, a população mundial consome mais açúcar do que devia e, como consequências, a diabetes está a aumentar, há cada vez mais obesos e cada vez mais os alimentos saudáveis estão a ser substituídos por fast food e açúcares. 1999 foi o pico máximo do consumo de açúcar por pessoa, que agora tem vindo a diminuir, mas mesmo assim ainda tem valores altos.

Açúcar branco

e amarelo,

rebuçados,

cereais, bolos

e gomas são

alguns dos

alimentos que

têm mais

açúcar (ao

lado). A

exportação de

açúcar do

Brasil entre

1570 e 1670

(ao lado)

ocorreu

devido aos

engenhos de

açúcar (em

cima).

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Os neurónios são células do sistema nervoso com a capacidade de gerar, receber e transmitir mensagens, funcionando em conjunto com neurónios vizinhos para criar cargas elétricas e químicas. Os aferentes recebem informação e conduzem-na ao sistema nervoso central, enquanto que os eferentes fazem o contrário. Quando neurónios disparam, um sinal elétrico propaga-se pelo corpo da célula e ao longo do axónio, que liga neurónios. Quando esta corrente atinge a sinapse, liberta neurotransmissores (mensageiros químicos).

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Os radicais livres são átomos com um número ímpar de eletrões, sendo instáveis. Para se estabilizarem procuram reagir com outras moléculas (roubando um eletrão ou fundindo-se com uma molécula). Isto pode provocar lesões e morte celular. O corpo defende-se dos radicais livres usando antioxidantes.

Os radicais livres entram numa célula lesionando a sua membrana exterior. O fluxo de radicais livres oxida o colesterol (tornando-se mais espesso), transformando-o numa placa. Os radicais livres podem interferir com o ADN. Os antioxidantes neutralizam os radicais livres. Os glóbulos brancos "engolem" as células oxidadas.

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Um sinal na pele é uma quantidade anormal de melanócitos (células pigmentadas) na pele. Os sinais costumam ser castanhos e alguns podem ser de nascença. Os sinais localizam-se na derme e na epiderme.

Os sinais podem ser comuns e inofensivos mas quando nasce outro ou quando algum aumenta temos de ter atenção e protegê-los do sol porque podem formar carcinomas/cancros de pele.

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Os antioxidantes são moléculas presentes em alguns alimentos, como nos frutos vermelhos e na batata-doce, que diminuem a velocidade da taxa de reações de oxidação. Alguns oxidantes inibem a reação de oxidação ao retirar os radicais livres de oxigénio. Há antioxidantes naturais com esta característica, como acontece com a vitamina E e os betacarotenos.

Os frutos vermelhos e a batata-doce (em cima e ao lado) atuam

como antioxidantes.

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Dependendo da variedade, entre as cerca de 400 disponíveis, a pele e polpa da batata doce pode variar numa gama de branco, amarelo, laranja, rosa e roxo, apesar das cores branco e amarelo ou laranja serem as mais comuns. Por vezes este legume adquire a forma clássica da batata, curta e arredondada, e por vezes adquire uma forma mais alongada e cónica.

A intensidade da cor está directamente relacionada com o índice de beta-caroteno que possui. O beta-caroteno, mais presente na variedade amarela ou cor de laranja, é utilizado pelo nosso organismo para produzir vitamina A, sendo por isso denominado de “provitamínico A”. As variedades com polpa rosa ou roxa, por outro lado, são uma boa fonte de antocianinas e têm a mais alta taxa de antioxidantes entre todas as espécies. Num estudo efectuado para esse efeito, a atividade antioxidante da batata doce de cor roxa foi 3,2 vezes superior ao do mirtilo. Curiosamente, a atividade antioxidante na pele da batata doce, independentemente da sua cor, é três vezes mais elevada do que na polpa.

A batata doce é fonte de betacaroteno e de outros carotenoides que lhe dão a cor laranja do seu interior.

Este tubérculo contém vitamina C, com ação antialérgica e estimulante imunitária.

É composto também por vitamina B, com ação sobre o sistema nervoso. Contém também triptofano, um percursor da serotonina que aumenta o bom humor.

Tem também potássio, com uma ação de drenagem e hipotensora. Além disso, a batata-doce é rica em vários minerais antioxidantes e polifenois como antocianinas roxas ou ácidos fenólicos com ação antioxidante, anti-inflamatória e anticancerígena. Um estudo realizado na Universidade de Medicina de Viena, na Áustria, em 27 diabéticos tipo 2 considera a batata-doce (4g/dia) um sensibilizador natural da insulina com propriedades antiaterogénicas, isto é, que impede a formação de placas de ateroma nos vasos sanguíneos (aterosclerose).

Principais propriedades:

- Redução da glicemia na diabetes tipo 2. É um sensibilizador da insulina diminuindo a resistência à insulina e melhorando a entrada da glicose nas células.

- Prevenção de carências alimentares em crianças.

- Proteção gastrointestinal. Tratamento do síndroma do cólon irritável ou colite ulcerosa.

- Ação antioxidante.

- Desintoxicante de metais pesados como mercúrio, cádmio ou arsénico.

- Estimulante do sistema imunitário com uma ação quimiopreventiva.

A batata-doce pode ser utilizada às refeições. As suas folhas também podem ser consumidas. Esta é utilizada como um dos principais alimentos para evitar as carências de vitamina A em crianças de muitos países africanos e na Índia.

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A retina é um tecido sensível à luz localizado no interior do olho. A retina comprime a imagem e envia-la para o nervo ótico. A retina é composta por dez camadas de células nervosas, ligadas por sinapses. Em cada camada há vários tipos diferentes de células:

- fotorrecetoras, os bastonetes, que são os mais sensíveis à luz e são responsáveis pelas visões noturna e periférica, e os cones, que trabalham com luz intensa e são responsáveis por ver cor, detalhes delicados e movimentos rápidos (120 milhões de bastonetes e 5 milhões de cones em toda a retina, apesar de na mácula, uma área amarelada da retina, conter muitos cones, que são responsáveis pela nitidez da visão, e poucos bastonetes).

- células ganglionares fotossensíveis, que recebem a informação em bruto dos fotorrecetores.

- células bipolares, realizam sinapses com os bastonetes ou cones, cada uma corresponde a um bastonete ou cone específico, e são responsáveis por 30% dos sinais vindos dos fotorrecetores.

- células amácrinas, responsáveis por 70% da absorção dos fotorrecetores e regulam as células bipolares.

- células horizontais, interligam diferentes tipos de fotorrecetores e também regulam a sua função.

- células de sustentação, como os astrócitos, micróglias e células de Müller.

A fóvea é uma depressão curva no centro da mácula fornecendo uma visão mais detalhada.

A luz chega aos bastonetes e aos cones passando primeiro pelas camadas transparentes das células nervosas. Quando chega aos fotorrecetores, gera alterações químicas nos cones e bastonetes. Os dados em bruto são enviados de volta às camadas nervosas, que processam e codificam a imagem e enviam-na para o cérebro através do nervo ótico.

Muitas figuras produzem-nos ilusões de ótica mostrando-nos como é possível atribuirmos aos objetos que vemos propriedades que eles não têm. Os daltónicos não conseguem distinguir várias cores por isso há testes, os testes de Ishihara para ver se uma pessoa é daltónica. Quando existe uma anomalia ou ausência de algum dos fotopigmentos nas terminações dos cones possuímos daltonismo. Todos nós possuímos um ponto cego ou escotoma, uma zona da retina onde não há fotorrecetores para captar luz. Conhecida com o disco ótico, é nesta área que o nervo ótico passa através da retina a caminho do cérebro. Embora o ponto cego seja grande, nós não o notamos porque está numa zona diferente em cada olho e o outro olho preenche os vazios. Os olhos do polvo têm nervos na parte de trás da retina, por isso não têm ponto cego.

ANATOMIA DA RETINA

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Quanto maior a densidade de uma determinada substância, maior o volume que ocupa. A densidade de uma substância é a razão entre a sua massa e o volume que ocupa, densidade = massa / volume ou p = m / v. A densidade mede-se em g/cm³. A densidade é uma característica de cada substância, a uma determinada temperatura, e permite a sua identificação. Os materiais imiscíveis, com densidades diferentes, dispõem-se na vertical, por ordem crescente de densidade, de cima para baixo.

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pH significa potencial de hidrogénio.

O termo pH foi introduzido, em 1909, pelo bioquímico dinamarquês Søren Peter Lauritz Sørense, com o objetivo de facilitar seus trabalhos no controlo da qualidade de cervejas.

Os valores da escala de pH variam entre 0 e 14. O valor médio, 7, corresponde às soluções neutras. Às soluções ácidas correspondem valores de pH menores que 7. Quanto menor for o valor do pH, mais ácida é a solução. Às soluções básicas ou alcalinas correspondem valores de pH maiores que 7. Quanto maior for o valor de pH, mais básica ou alcalina é a solução.

O pH pode-se medir com medidores de pH, que indicam o valor, ou com indicadores universais (em solução ou em papel), que tem uma escala colorida e se metermos o indicador universal fica de uma dessas cores, ou seja, a cada cor corresponde um valor de pH.

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O carbonato de cálcio, que existe nos terrenos calcários, abre pequenas fendas onde fica retida água. A água que tem sempre alguma acidez reage com o carbonato de cálcio insolúvel transformando-o em bicarbonato de cálcio solúvel. Essa transformação, quando ocorre em profundidade, vai destruindo o calcário e dá origem a cavernas que se estendem por muitos metros debaixo da superfície, assim se formam as grutas. A água que corre nas cavidades dos terrenos calcários vai ficando saturada de bicarbonato de cálcio. O aumento de temperatura interior da Terra e a diminuição de pressão provoca a sua transformação em carbonato de cálcio que é insolúvel e precipita. É a acumulação deste precipitado de carbonato de cálcio que dá origem às estalactites, que se formam a partir do teto crescendo 1 cm por cada 250 a 300 anos, e às estalagmites, que são formadas pelo carbonato de cálcio que cai das estalactites para o chão, caindo sempre no mesmo lugar devido à inexistência de vento dentro das grutas, formando estalagmites que crescem 1 cm em cada 100 anos. As estalagmites e as estalactites podem juntar-se formando uma coluna.

A água onde se encontram as grutas é sempre dura, pois as águas que atravessam solos calcários têm sempre uma grande concentração de sais de cálcio e de magnésio, por isso as grutas só se formam em terrenos com solos calcários e não em solos graníticos e basálticos, que têm uma pequena concentração de sais de cálcio e de magnésio e têm águas macias. Concluíndo, as grutas estão relacionadas com a dureza da água.

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Os átomos são constituídos por partículas mais pequenas:

- os protões: partículas com carga positiva de valor unitário.

- neutrões: partículas sem carga.

- eletrões: partículas com carga negativa de valor unitário.

Os protões e os neutrões formam o núcleo dos átomos. Os eletrões movem-se no espaço à volta do núcleo, a nuvem eletrónica. Nos átomos há tantos protões como neutrões, por isso são neutros.

As moléculas são agregados de átomos ligados quimicamente entre si. As moléculas formadas por dois átomos são diatómicas, por três são triatómicas, por quatro são tetratómicas, por oito são octoatómicas, mas, normalmente, depois de dois dizem-se poliatómicas.

Os iões são corpúsculos com carga negativa ou positiva:

- aniões: com carga negativa;

- catiões: com carga positiva.

Nos iões, o número de protões não é igual ao número de eletrões. Os iões resultam de átomos (iões monoatómicos) ou de grupos de átomos (iões poliatómicos) quando ganham ou perdem eletrões. Os átomos ou grupos de átomos que ganham eletrões originam aniões. Os átomos ou grupos de átomos que perdem eletrões originam iões positivos ou catiões.

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As células estaminais são células especiais que têm a capacidade de se transformarem em vários tipos de células, assim podem combater várias doenças, como a diabetes, Parkinson e talvez o cancro. São uma grande descoberta na área da medicina. Estas células têm a capacidade de se reproduzir várias vezes, originando mais células estaminais e especializadas. As células estaminais das salamandras permitem-lhes regenerar pernas, coração, cérebro, coluna,...

As células estaminais embrionárias transformam o embrião de uma bola de células não especializadas num bebé, gerando todas as células do corpo humano. Após o nascimento, estas células continuam a ter um papel importante na manutenção e reparação do corpo. As adultas são menos flexíveis que as embrionárias, gerando uma gama mais limitada de tipos de células.

As células estaminais podem ser obtidas em diversas fontes do corpo humano. As principais são a corrente sanguínea, a medula óssea, mucosa nasal, sangue do cordão umbilical e tecido do cordão umbilical. As duas últimas são as mais vantajosas por causa de serem embrionárias.

Há vários tipos de células estaminais:

- totipotentes: têm a capacidade de se dividir e produzir todas as células diferenciadas no organismo;

- pluripotentes: têm a capacidade de se diferenciar em qualquer um dos três tipos de folheto embrionário humano: endoderme, mesoderme e ectoderme;

- multipotentes: têm a capacidade de se diferenciar num número limitado de outros tipos de células.

- unipotentes: têm a capacidade de se diferenciar só num tipo de células;

- oligopotentes: as células progenitoras têm a capacidade de se diferenciarem em diferentes tipos de células dentro de uma única linhagem.

A criopreservação de células estaminais é a técnica de isolar e manter as células estaminais a baixas temperaturas para que toda a sua composição permaneça inalterada e a sua viabilidade mantida por tempo indefinido. O processo de criopreservação requer que as amostras de sangue, que contém células estaminais, sejam sujeitas a um arrefecimento moderado e controlado para salvaguardar a viabilidade das células. Após a chegada à temperatura de 196º negativos, as células estaminais são colocadas num recipiente de azoto líquído a esta temperatura e poderão ser mantidas neste estado por tempo indefinido. Com esta técnica da criogenia também se podem congelar corpos humanos, preservando o cérebro de um falecido e, logo a seguir do coração parar, meter logo o corpo num banho de água gelada com um ressuscitador cardiopulmonar. Ventiladores sopram azoto gasoso baixando a temperatura do corpo a -125ºC. O cérebro é então retirado para um tanque de azoto líquido a -196ºC.

Os dentes incisivos cortam os alimentos, os caninos rasgam e os pré-molares e os molares moem e trituram os alimentos.

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Para se fazer queijo, a proteína do leite tem que se juntar e formar um sólido. Os grumos dessa proteína, caseína, mantêm-se por norma separados por uma camada de cargas negativas, que precisam de ser alteradas, azedando o leite ou adicionando enzimas, para induzir o coalho. Consoante as bactérias adicionadas, a temperatura e a quantidade de água mudam a textura e o sabor final do queijo.

Os seis passos para fazer queijo são.

1. Pasteurização: o leite é aquecido a 72ºC durante 15 segundos para minimizar o número de micróbios.

2. Acidificação: junta-se bactérias ao leite para transformar o açúcar do leite, lactose, em ácido láctico, que dá ao queijo um sabor forte.

3. Coagulação: a paracaseína separa o leite em coalhos sólidos e soro de leite coalhado.

4. Corte e salga: os coalhos são cortados para remover o líquido, e depois salgados para apurar o sabor e conservar o queijo.

5. Forma: o soro é escorrido e o queijo é prensado. Quanto mais líquido for retirado, mais duro fica o queijo.

6. Cura: a maturação dos queijos serve para as bactérias se reproduzirem, desenvolvendo o sabor.

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A tabela periódica é constituída por elementos, substâncias feitas de um único átomo. A tabela periódica organiza os 118 elementos por ordem crescente dos números atómicos. Divide-se em períodos (filas) e em grupos (colunas). Os elementos podem ser classificados em conjuntos:

- Não metais: sem brilho metálico, não conduzem bem a eletricidade nem o calor;

- Metais pobres: metais maleáveis com pontos de fusão e de ebulição bastante baixos;

- Metaloides: parecem metálicos, mas são frágeis e a maioria atua como não-metais,

- Halogéneos: falta-lhes um eletrão para preencher completamente a camada de valência, o que os torna muito reativos;

- Gases nobres: com camadas externas totalmente preenchidas, raramente reagem com outros elementos;

- Metais alcalinos: com apenas um eletrão, são muito reativos;

- Metais de transição: são duros, com pontos de fusão e de ebulição elevados;

- Metais alcalino-terrosos: propensos a libertar dois eletrões, ligam-se facilmente.

- Lantanídeos: estes elementos metálicos são muito reativos;

- Actinídeos: os actinídeos radioativos existem naturalmente, mas os outros são artificiais.

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O primeiro microscópio terá sido inventado no final do século XVI pelos fabricantes holandeses de lentes de vidro Hans e Zacharias Janssen, pai e filho.O microscópio de Janssen era formado por um tubo com duas lentes. Leeuwenhoek construiu, em 1673, um microscópio simples com uma só lente. Observou e desenhou as primeiras bactérias. Robert Hooke foi um cientista inglês que construiu um microscópio composto por duas lentes. Ao examinar um bocado de cortiça, Hooke observou umas cavidades semelhantes a "celas" e batizou-as de células. Os microscópios podem ser óticos (funcionam com um conjunto de lentes - ocular e objetiva - que ampliam a imagem transpassada por um feixe de luz) ou eletrónicos (ampliam a imagem por meio de feixes de eletrões). Os microscópios mostram uma imagem ampliada e invertida.

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As procissões da Semana Santa na Andaluzia foram originadas nas estações da Via-Sacra que o Sumo Pontífice realiza em Roma na Sexta-Feira Santa.

Seguindo esse exemplo, as confrarias, algumas das quais se constituíram no séc. XIV são mais antigas que a própria nação espanhola e foram formando grupos de fiéis cuja finalidade eram obras de misericórdia.

Nessas ocasiões, os irmãos seguiam atrás das suas veneradas imagens, vestidos de penitentes e com o rosto coberto. Muitos deles se flagelavam e outros carregavam uma cruz. Eram chamados de penitentes ou nazarenos.

Também são conhecidos como encapuzados. Os andores das procissões eram e são levados por pessoas.

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A Antoni Gaudí se deve a esmagadora maioria dos turistas que visitam anualmente Barcelona. Esta cidade espanhola tornou-se a tela do arquiteto catalão. Barcelona é o universo de Gaudí com várias dezenas de construções feitas por ele.

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