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    UNIVERSIDADE ANHANGUERAUNIDERPCENTRO DE EDUCAO DISTNCIACURSO: PEDAGOGIA

    DISCIPLINA: LETRAMENTO E ALFABETIZAOACADMICOS:

    ADRIANA AMORIM MENEZES - 308730CLIA LIMA COSTA SATORA: 386879ROSINEI GONALVES AGUIARRA: 386880RICARDORA: 375553SUZANA DA LUZ VERISSIMO - RA: 385910

    REFLEXES SOBRE OS ATUAIS MTODOS DE ALFABETIZAO.

    NAVIRA/2013

    ACADMICOSADRIANA AMORIM MENEZES - 308730CLIA LIMA COSTA SATORA: 386879ROSINEI GONALVES AGUIARRA: 386880RICARDORA: 375553SUZANA DA LUZ VERISSIMO - RA: 385910

    REFLEXES SOBRE OS ATUAIS MTODOS DE ALFABETIZAO.

    Atividade Prtica Supervisionada (ATPS) apresentada ao Curso de Pedagogiada 4 srie da Universidade Anhanguera Uniderp, Plo Navira/MS, comorequisito de nota parcial da Disciplina: Letramento e Alfabetizao. Professora

    local: Mirce Maria Santelli. Professora: EAD Rosemeire Farias

    NAVIRA-MS/2013

    SUMRIO1.INTRODUO.......................................................................................................

    ..042. VRIAS REFLEXES SOBRE OS ATUAIS MTODOS DE

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    ALFABETIZAR...052.1 Reflexes do grupo sobre o tema abordado..........................................052.2 Sistematizando o Conceito Alfabetizar no Contexto do Letramento....062.3 Alfabetizao e Letramento, muito alm de Codificar e Decodificar,Metodologias para Alfabetizar comSignificncias....................................08

    2.4 Atividades que estimulam o hbito pela leitura e escrita......................09CONSIDERAESFINAIS.........................................................................................14REFERENCIAS.............................................................................................................15

    1. INTRODUOA educao um processo amplo e complexo que abrange diversos sujeitosem diferentes modalidades de aprendizagem, que distingue e personaliza essejeito de aprender.A aprendizagem um processo contnuo de construo e superao do no-aprender temporrio. fundamental ao pedagogo conhecer a bagagem quecada sujeito cognitivo construiu, para compreender suas estruturas mentais eseu modo de reflexo, tentando evoluir de um quadro mais simples e menosconsistente para elaboraes superiores. Esta construo de conhecimentoimplica numa inter-relao entre sujeitos, para que, num espao de confiana,juntos possam recriar o conhecimento.Este desafio tem como objetivo apresentar a importncia dos conceitos sobre aAlfabetizao e Letramento, a disciplina que contm esse contedo Letramento

    e Alfabetizao, da 4 Srie do Curso de Pedagogia da Universidade Uniderp-Anhaguera, Plo de Navira, sobre a orientao da professora Mirce MariaSantelli Vivemos em uma sociedade em que muitos no conseguem ter oacesso aleitura prazerosa, vivem as pressas apenas observando as leituras dodia a dia como informaes nos cartazes, placas, rtulos etc. o prazer de lerum livro para poucos, infelizmente pela falta de hbito. Neste trabalhoapresentamos as definies de alguns gneros literrios, exemplos de comoexplorar a leitura para o publico infantil. Atravs de referencias bibliogrficascontidas nas orientaes deste trabalho podemos refletir muito sobre o tema esua importncia para uma sociedade de futuros leitores.Alfabetizar, tambm um processo poltico, que promove a cidadania, a

    autonomia, quando for praticada com lucidez, pois oferece condies aoseducandos de construrem sua bagagem de conhecimentos num contexto mais

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    amplo, sendo esse refletido e apreendido pela complexidade das interaesmltiplas que os ambientes, as pessoas e os objetos implicam.

    2. Vrias Reflexes nos Atuais Mtodos de Alfabetizar.2.1 Reflexes do grupo sobre o tema abordado:Quando se refere aprendizagem escolar da lngua escrita observa-se umensino desintegrado, com propostas pedaggicas que favorecem ainstrumentalizao da lngua como estrutura pronta e acabada. No entanto, aaprendizagem inicial da leitura e da escritaa alfabetizaoe o letramentodevem ocorrer simultaneamente. A falha do ensino desintegrado fica evidentequando as prticas de ensino, especialmente nas sries iniciais, no estoorientadas paraformar alunos letrados, quando so letrados, em geral, porconta das experincias que trazem de casa, da famlia, dos grupos nos quaisconvivem. Se isso corre, s mostra que no incio da escolaridade, a

    preocupao tem sido basicamente a alfabetizao; o ensino dacorrespondncia entre letras e sons. Embora, a divulgao da taxa deaprovao ao final da 1 srie do ensino fundamental tem elevados nmeros decriana aprovadas para as sries seguintes ainda no possvel saber ao certoa quantidade de alunos que so alfabetizadas e letradas no final da 1 srie.A diferena que a alfabetizao um processo pontual, que tem um incio eum fim. A pessoa se torna alfabetizada ou continua analfabeta. J o letramento, construdo pelas experincias do dia-a-dia. um processo contnuo no qual oindivduo se habitua a interpretar situaes diversas e compreender os seussignificados. pautado nas competncias e habilidades para lidar comsituaes diversas de uso da lngua. Mesmo pessoas alfabetizadas podem terdificuldades em lidar com situaes de linguagem que aparecem no dia-a-diapor no ter, ainda, adquirido tal competncia. desenvolva integralmente suascapacidades, que amplie e aprofunde seus universos de conhecimento e que,alm de aprender a resolver problemas numa sociedade em mudanas,aprenda a aprender. Mas o ponto de partida , sem dvida, o domnio dosprincpios do sistema de escrita no meio em quevive. (Adriana)Alfabetizado aquele indivduo que sabe ler e escrever; letrado aquele quesabe ler e escrever, mas que responde adequadamente s demandas sociaisda leitura e da escrita. Alfabetizar letrando ensinar a ler e escrever nocontexto das prticas sociais da leitura e da escrita, assim o educando deve ser

    alfabetizado e letrado. A linguagem um fenmeno social, estruturada deforma ativa e grupal do ponto de vista cultural e social. A palavra letramento utilizada no processo de insero numa cultura letrada. Saber ler e l jornais,revistas, livros; sabe ler e interpretar tabelas, quadros, formulrios, sua carteirade trabalho, suas contas de gua, luz,telefone; sabe escrever e escreve cartas,bilhetes, telegramas sem dificuldade,sabe preencher um formulrio, saberedigir um ofcio, um requerimento. So exemplos das prticas mais comuns ecotidianas de leitura e escrita; muitas outras poderiam ser citadas. (Clia.).Uma criana que est alfabetizada uma criana que sabe ler e escrever; umacriana letrada tem o hbito, as habilidades e at mesmo o prazer de leitura ede escrita de diferentes gneros de textos, em diferentes suportes ou

    portadores, em diferentes contextos e circunstncias. Se a criana no sabeler, mas pede que leiam histrias para ela, ou finge estar lendo um livro, se no

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    sabe escrever, mas faz rabiscos dizendo que aquilo uma carta que escreveupara algum, letrada,embora analfabeta, porque conhece e tenta exercer, nolimite de suas possibilidades, prticas de leitura e de escrita. (Rosinei).

    A funo de alfabetizar letrando significa orientar a criana para que aprenda a

    ler e a escrever levando-a a conviver com prticas reais de leitura e de escrita:substituindo as tradicionais e artificiais cartilhas por livros, por revistas, porjornais, enfim, pelo material de leitura que circula na escola e na sociedade, ecriando situaes que tornem necessrias e significativas prticas de produode textos. (Suzana).

    2.2 Sistematizando o Conceito Alfabetizar no Contexto do LetramentoO conceito de letramento e alfabetizao devem se constituir em aesinseparveis. O ideal seria ensinar a ler e escrever no contexto das prticassociais de leitura e da escrita, de modo que o indivduo se tornasse, ao mesmotempo, alfabetizado e letrado. Ser letrado significa saber ler e escrever em

    direo ao ser capaz de fazer uso da leitura e da escrita socialmente.Inicialmente, o ato de alfabetizar era considerado como um processo dedecodificao, ou seja, que atravs de mecanismos repetitivos o aluno iriadecorar os cdigos, ou letras para simultaneamente ler e escrever. Esta idiafoi colocada em crise a partir das diversas pesquisas e investigaes que vmocorrendo na rea da linguagem e no entendimento de como construmos oconhecimento.Atualmente, a alfabetizao no vistacomo algo desconexo do mundo, elaenvolve um processo de construo de conhecimentos, e carregam apretenso de reconhecer os educandos como sujeitos autnomos, crticos nasociedade para serem sujeitos ativos, que possuam a competncia detransformar a sociedade, para que seja mais justa igualitria e cidad.Assim ser alfabetizado no contexto do letramento significa aprender a ler e aescrever. Aprender a construir sentido para e por meio de textos escritosusando experincias e conhecimentos prvios. Tambm importante ressaltara necessidade de reconhecimento da especificidade da alfabetizao,entendida como processo de aquisio e apropriao do sistema da escrita,alfabtico e ortogrfico e como decorrncia, a importncia de que aalfabetizao se desenvolva num contexto de letramento.Desta forma, compreende-se por letramento a etapa inicial da aprendizagemda escrita, como participao em eventos variados de leitura e escrita e o

    conseqente desenvolvimento de habilidades de uso da leitura e da escrita nasprticas sociais que envolvem a lngua escrita, e de atividades positivas emrelao a estas prticas.Conforme Freire e Macedo, alfabetizao significa adquirir lngua escritaatravs de um processo de construo do conhecimento, dentro de umcontexto discursivo de interlocues e interao, com uma viso crtica darealidade. importante valorizar o envolvimento que o aluno-desejante do aprenderd aoprocesso de conhecimento, feito pela escolarizao. Porque, ao reconhecer aalfabetizao como processo que lhe permite autonomia na construo doconhecimento, fica a possibilidade de associar-se descoberta do prazer em

    aprender. Se o sujeito escolar aprender a conhecer, conseguir de modoautnomo, aprender a aprender. Quando conseguir aprender a fazer, ter uma

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    competncia em experincias prticas.Ferreiro aborda que aprender a ler e a escrever, em uma sociedade letrada,tem o significado de apropriao de poder, de um instrumento que permiteparticipar na sociedade como um cidado pleno, e no como cidado pelametade. Este pensamento enfatiza o processo de autoria e de identidade que a

    alfabetizao traz, que se opem ao preconceito com os analfabetos, de seremsujeitos constitudos como sem identidade, sem plenitude, tidos comosubmissos, incapazes, merc da sociedade, sem condies de participardesta conquista comunicativa.O processo de alfabetizao vai se concretizando pelas situaes reaisformadas e as tentativas que o aluno faz para acertar, cometendo falhasconstrutivas, melhorando sua forma de pensar, escrever e ler, com o auxlio dainterveno docente, num espao social e colaborativo. Como dito antes, aconquista da alfabetizao mediada por hipteses que revelam o constanteprocesso de reformulao das descobertas discentes.2.3 Alfabetizao e Letramento, muito alm deCodificar e Decodificar,

    Metodologias para Alfabetizar com SignificnciasFazer uso da leitura e da escrita no cotidiano, apropriar-se da funo socialessas duas prticas; preciso letrar-se. Em suma, alfabetizao e letramentose somam. Ou melhor, alfabetizao um componente do letramento.Na escola a criana deve interagir firmemente com o carter social da escrita eler e escrever textos significativos. A alfabetizao se ocupa da aquisio daescrita pelo indivduo ou grupos de indivduos, o letramento focaliza osaspectos scio-histricos da aquisio de um sistema escrito por umasociedade. Em termos sociais mais amplos, o letramento apontado comosendo produto do desenvolvimento do comrcio, da diversificao dos meiosde produo e da complexidade crescente da agricultura. Ao mesmo tempo,dentro de uma viso dialtica, torna-se uma causa de transformaeshistricas profundas, como o aparecimento da mquina a vapor, da imprensa,do telescpio, e da sociedade industrial como um todo.A alfabetizao deve se desenvolver em um contexto de letramento como incioda aprendizagem da escrita, como desenvolvimento de habilidades de uso daleitura e da escrita nas prticas sociais que envolvem a lngua escrita, e deatitudes de carter prtico em relao a esse aprendizado; entendendo que aalfabetizao e letramento, devem ter tratamento metodolgico diferente e comisso alcanar o sucesso no ensinoaprendizagem da lngua escrita, falada econtextualizada nas nossas escolas.

    Letramento informar-se atravs da leitura, buscar notcias e lazer nosjornais, interagir selecionando o que desperta interesse, divertindo-se com ashistrias em quadrinhos, seguir receita de bolo, a lista de compras de casa,fazer comunicao atravs do recado, do bilhete, do telegrama. Letramento ler histrias com o livro nas mos, emocionar-se com as histrias lidas, efazer, dos personagens, os melhores amigos. Letramento descobrir a simesmo pela leitura e pela escrita, entender quem a gente e descobrir quempodemos ser.2.4 Atividades que estimulam o hbito pela leitura e escritaComo j dissemos, as prticas de letramento se configuram como eixofundamental do trabalho por meio da (re) elaborao cognitiva, da insero e

    da interveno das crianas de trs a cinco anos no mundo da cultura escrita, apartir de suas interaes sociais discursivas, do dilogo, dos diferentes usos e

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    prticas da lngua no contexto escolar e scio-cultural. Para tanto, sopromovidas situaes que tenham a ver com os usos da lngua nas prticasculturais, em interao permanente entre adultos e crianas, que juntosconstroem textos significativos.Segundo;

    A insero social na cultura escrita significa oportunidades que crianas eadultos tm de experincias significativas com a escrita. O processo, longe deser mecnico ou linear, dinmico, complexo, fragmentado e, sobretudo, vivo erico, com personagens, aventuras, enredos em desfechos alegres ou tristes,situaes engraadas, irnicas, angustiadas, sofridas. Textos narrados emprosa ou recitados em verso. Nunes e Kramer (p. 24, 2010)

    A insero social na cultura escrita significa oportunidades que crianas eadultos tm de experincias significativas com a escrita. O processo, longe deser mecnico ou linear, dinmico, complexo, fragmentado e, sobretudo, vivoe rico, com personagens, aventuras, enredos em desfechos alegres ou tristes,

    situaes engraadas, irnicas, angustiadas, sofridas. Textos narrados emprosa ou recitados em verso. Nunes e Kramer (p. 24, 2010)Nessa perspectiva, as prticas de letramento no pretendem ser, e nopoderiam ser atividades isoladas, fragmentadas e descontextualizadas. H naao realizada pela criana uma razo para que ela escreva e leia.1. lbumNo lbumcaderno de desenho que vai para casa no fim do anoas crianasditam para a professora escrever textos elaborados coletivamente sobre osmomentos mais significativos vivenciados pelo grupo ao longo do ano, taiscomo as festas, as aulas-passeio e os projetos desenvolvidos. Os textos,digitados ou copiados pelas crianas, so lidos por todos na rodinha e depoiscada uma faz o seu desenho. O lbum tambm traz mensagens que ascrianas escrevem para os colegas, letras de msicas, e tudo o quefoiimportante para a turma.2. Livro de histrias da turmaO livro de histrias uma atividade desenvolvida durante o ano. A criana criaum desenho no papel e dita uma histria para a professora escrever. Emseguida, so feitas cpias do trabalho para cada aluno da turma. Crianas eprofessora lem a histria, interpretam e depois elas colorem, enfeitam odesenho com alguma tcnica. No fim, as crianas escolhem o ttulo do livro eassinam a capa.

    3. Bilhetes na cadernetaA caderneta ou agenda um meio de comunicao entre a escola e a famlia,pois nem sempre possvel estar conversando com os pais e ou responsveissobre o trabalho cotidiano. Alm dos avisos sobre calendrio, normas defuncionamento da escola, dias de reunio, pedidos de autorizao para umaaula-passeio, a caderneta utilizada como mais uma estratgia para mostrar famlia o que as crianas esto aprendendo e tambm como forma dosparentes aprenderem algo novo. Os bilhetes so lidos com as crianas, narodinha, antes de seguirem para casa.4. Atividades de rotinaPlanejamento do dia, quadro de horrios das atividades da semana,

    Calendrio. As atividades de rotina so muito importantes para organizar o dia.Todos os dias, no horrio de entrada, as crianas sentam em roda e participam

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    do planejamento das atividades que sero desenvolvidas naquele dia. Aprofessora registra no quadro a pauta/agenda que consultada ou alterada,quandonecessrio. Aps elaborarem a pauta, as crianas consultam o quadrode horrio semanal, preparado por elas e pela professora, onde representampor meio de desenho, o espao ou a atividade que a turma ter em cada dia da

    semana (sala, casinha de bonecas, ptio pintado, ptio coberto, parque, salade leitura). Ele montado aps o grupo conhecer e vivenciar todos os espaos.Com o passar do tempo, os horrios do rodzio so to internalizados pelosalunos, que comum v-los explicando uns aos outros, quando querem sabero que faro naquele dia. Cabe ressaltar que o objetivo do horrio semanal organizar a circulao de todas as turmas da escola pelos espaos, garantindoque as crianas percorram todos durante a semana. Esta rotina serve comoreferncia, como parmetro para as turmas se locomoverem nos espaos.Porm, os horrios so flexveis, respeitando as necessidades e interesses decada grupo.5. Procedimentos e combinados

    No incio de cada ano, a professora traz discusso procedimentos ecombinados da turma que devem ser lembrados e cumpridos no cotidiano.Afinal, todos os lugares tm regras e as pessoas no podem fazer tudo o quequiserem, na hora que quiserem. A partir do que as crianas entendem sobre aconversa, a professora sugere o registro para que os procedimentos e oscombinados sejam sempre consultados e lembrados. As crianas, ento, falamo que no pode e o que pode fazer na escola, e aprofessora registra emduas listas. No decorrer do ano letivo, volta-se regularmente a estas listas paraconsult-las e fazer acrscimos.6. Observao em campoNos projetos que so realizados, muitas vezes necessrio ir a campo paraobservar aspectos que acrescentem novas informaes ao assunto que estejasendo estudado. Crianas e professora saem com prancheta, folha e lpis, evo anotando (com desenhos e letras) o que importante e tambm vofazendo perguntas e comentando uns com os outros as descobertas. Ao voltarpara a sala, na rodinha, cada criana apresenta para as demais os dadosregistrados e suas impresses e, a partir de ento, novas atividades soplanejadas. Esta atividade investigativa feita dentro da escola (por exemplo,procurar focos de mosquito da dengue) ou fora (ida ao horto para observar asdiferentes plantas; ida ao mercado para entrevistar os vendedores, verdiferentes frutas, legumes, verduras; dar a volta no quarteiro para ver que tipo

    de lixo jogado na rua ou para conhecer o espao para construir uma maquetedo quarteiro; entre outras).7. Relatrio de experinciaNas atividades com experincias que exigem observao durante um tempomais prolongado, so elaborados com as crianas quadros deacompanhamento, divididos em trs colunas com a data, o relato escrito e odesenho. Dependendo do experimento que a turma esteja realizando, aobservao sistemtica e seu respectivoregistro podem ser dirios ousemanais. Assim que, por exemplo, as crianas acompanharam eaprenderam sobre o crescimento do girassol e do feijo, a decomposio demateriais orgnicos e inorgnicos enterrados no canteiro, as fases da vida do

    mosquito na mosquitoeira.8. Jogo do boliche

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    O trabalho com os jogos iniciado com o levantamento do que as crianas jconhecem a respeito deles. O jogo de boliche confeccionado junto comcrianas, utilizando material de sucata: garrafas pet, sobras de papel colorido,bola de meia. As crianas, primeiramente, brincam vontade, explorando aspossibilidades de arrumar as garrafas, as maneiras de marcar os pontos,

    quantas chances cada um vai ter, de que distncia e de que maneira devemarremessar a bola, etc. Nos outros momentos, so elaboradas as regras parajogar com a participao das crianas, problematizando cada situao. Asregras do jogo so escritas pela professora, na frente das crianas, e afixadasna parede ou no mural. No quadro ou tabela de pontuao, cada jogadorregistra com nmeros, traos ou algum outro smbolo a quantidade de garrafasderrubadas. Depois de jogar na escola, uma criana a cada dia leva o bolichepara casa para jogar com os parentes ou vizinhos. Junto com o jogo, vai umcaderno em que so registrados nomes, idades e pontuao dos jogadores dafamlia, alm do relato dos responsveis sobre como foi a experincia.9. Bingo dos nomesDurante todo o ano letivo, so realizadas atividades com os

    nomes das crianas, tais com jogo da memria, amigo-oculto, esconder asfichas para que as crianas encontrem, trabalho com as letras mveis e oquadro-de-pregas. Entre as diferentes atividades, destacamos o bingo dosnomes. As professoras confeccionam as cartelas com os nomes de cincocrianas. As crianas so divididas em duplas ou trios e jogam emcolaborao. Para marcar os nomes cantados, usam-se tampinhas ou palitosde picol. As pedras a serem cantadas so as fichas dos nomes.10. Grfico e tabelasA linguagem matemtica tambm bastante trabalhada. Alm do trabalho como calendrio e da contagem das crianas, em muitas situaes necessrioelaborar tabelas ou grficos. Pode-se transformar a pontuao de cada crianano jogo do bingo, por exemplo, em um grfico no qual se pode ler com ascrianas qual delas teve a maior pontuao, quem fez menos pontos, quemno marcou ponto etc.11. Biografia de artistas e cientistasUma das atividades desenvolvidas nos projetos de trabalho e nos de cultura conhecer com as crianas a vida e o trabalho de artistas e cientistas. Asprofessoras pesquisam dados da histria da vida pessoal e profissional eorganizam em pasta-catlogo que passa em cada turma. Assim, as crianasso convidadas a se transportarem para o mundo destes artistas ou cientistas,de acordo com o projeto que est sendo realizado,e comeam a fazer relaes

    com a vida cotidiana, a levantar questionamentos sobre o trabalho, o contextoem que aquele artista ou cientista viveu e a solicitar mais informaes sobresua famlia.12. Apresentao oral dos trabalhos produzidosRelatar, oralmente, para os colegas das outras turmas o processo de trabalhoque resultou na construo de uma maquete ou escultura, explicar o queaprenderam sobre a dengue ou sobre a vida de determinado artista para ospais ou responsveis, uma atividade de letramento que desafia a criana aelaborar no nvel abstrato uma tarefa que ela executou em interao com oscolegas, com outra dinmica, na prtica. necessrio adotar uma postura depalestrante, organizando e elaborando o pensamento para falar sobre o porqu

    do grupo ter escolhido fazer tal trabalho, que materiais foram usados, queinformaes a turma conseguiu.

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    Conclumos que as discusses sobre alfabetizao, escrita e leitura ocupamamplo espao no debate acadmico. Discute-se os mtodos para alfabetizar, omaterial didtico, a formao do professor, a avaliao. Numa sociedade comoa nossa, preocupada com os resultados estatsticos muito mais do que com aqualidade, o lugar ocupado pela escrita muito estreito na prtica escolar, em

    relao ao papel fundamental que ela desempenha no desenvolvimentocultural da criana. Ensina-se as crianas a desenhar letras e construirpalavras com elas, mas no seensina a linguagem escrita. Enfatiza-se de talforma a mecnica de ler o que est escrito que acaba-se obscurecendo alinguagem escrita como tal. (VIGOTSKY, 1991, 119)CONSIDERAES FINAISA aprendizagem no feita de certezas, mas de inquietaes, de crises edvidas que nos projetam s novas descobertas. Nesta constatao,observamos que na atuao do professor necessrio que seja incorporadocomo caracterstica essencial, a ateno para cada sujeito. Observandoatentamente os processos de ensino-aprendizagem identificamos sua evoluo

    ou algumas dificuldades presentes.Para tanto, cada educador deve ter conscincia sobre sua inconcluso e aconvico de que no h um limite cognitivo, uma estabilidade, mas sucessivosprogressos. Deste jeito, essencial que vivamos em constante formao ebusca de saberes. A atuao do educador no processo educativo deve estarcentrado em princpios de humildade e reconhecimento do conhecimentocultural e histrico do educando.Conclumos que as discusses sobre alfabetizao, escrita e leitura ocupamamplo espao no debate acadmico. Discutem-se os mtodos para alfabetizar,o material didtico, a formao do professor, a avaliao. Numa sociedadecomo a nossa, preocupada com os resultados estatsticos muito mais do quecom a qualidade, o lugar ocupado pela escrita muito estreito na prticaescolar, em relao ao papel fundamental que ela desempenha nodesenvolvimentocultural da criana. Ensina-se as crianas a desenhar letras econstruir palavras com elas, mas no se ensina a linguagem escrita. Enfatiza-se de tal forma a mecnica de ler o que est escrito que acaba-seobscurecendo a linguagem escrita como tal.

    ReferenciasBRASIL. Secretaria de Educao Fundamental. Parmetros CurricularesNacionais: Lngua Portuguesa. Braslia,DF, 1997.

    BRASIL. Secretaria de Educao Fundamental. PCN em Ao. Braslia, DF,1997.FARACO, Carlos Alberto. Escrita e alfabetizao. 7.ed.So Paulo: Ed.Contexto, 2006.http://www.portaleducarbrasil.com.br/UserFiles/P0001/Image/PCNsEnsinoFundamental1/LinguaPortuguesa. Acesso em 02 Nov. 2013.http://encantamentosdaliteratura.blogspot.com.br/2010/04/releitura-chapeuzinho-amarelo-chico.htmlhttp://pedagogiaunicidiesdeguaianas.spaceblog.com.br/891743/Ana-Teberosky-Reflexoes-sobre-o-Ensino-da-Leitura-e-da-Escrita/ Acesso em 02 nov/2013.TEBEROSKY, Ana; CARDOSO, Beatriz. Reflexes sobre o ensino da leitura e

    da escrita. Petrpolis, RJ: Vozes, 1999.TEBEROSKY, Ana; TOLCHINSKY, Liliana. (Org). Alm da alfabetizao: a

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    aprendizagem fonolgica, ortogrfica, textual e matemtica. So Paulo: tica,2000.TEBEROSKY, Ana; GALLART, Marta Soler. (Org.). Contextos da alfabetizaoinicial. Porto Alegre: Artmed, 2004.http://www.revistacontemporanea.fe.ufrj.br/index.php/contemporanea/article/vie

    w/144/134. Acesso em 09/11/2013