jornal log logwebweb - portal logweb - notícias e ... · unitização de cargas ... caixas de...

40
REFER˚ NCIA EM LOG˝STICA LogWeb Log Web Logística Supply Chain Transporte Multimodal ComØrcio Exterior Movimentaçªo Armazenagem Automaçªo Embalagem J O R N A L E D I ˙ ˆ O  N 6 3 M A I O 2 0 0 7 Ferramenta da Liberty atende aos embarques segurados (Página 4) Grupo Julio Simões prevê faturamento de R$ 1 bilhão em 2007 (Página 6) Gefco investe no Mercosul com a abertura de três filiais (Página 7) Para a ID Logistics, terceirização in-house é tendência (Página 26) Infraero vai implantar programa de eficiência em Cumbica (Página 38) Especial: Unitização de Cargas Paletes metálicos, caixas de madeira, big-bags, caixas e contenedores plásticos, contenedores metálicos, embalagens de Polionda, embalagens de papelão ondulado, paletes plásticos, paletes de madeira. E locação de paletes. Estes são os itens em destaque no especial desta edição. (A partir da página 8) TRANSPORTE RODOVIÁRIO RODO RODO RODO RODO RODOANEL EM ANEL EM ANEL EM ANEL EM ANEL EM SÃO PA SÃO PA SÃO PA SÃO PA SÃO PAULO: ULO: ULO: ULO: ULO: OBRA AIND OBRA AIND OBRA AIND OBRA AIND OBRA AINDA É A É A É A É A É VIÁVEL? VIÁVEL? VIÁVEL? VIÁVEL? VIÁVEL? O Estado pode ter seu trânsito melhorado com a con- tinuação das obras da auto-estrada, mas a cobrança de pedágio, gerada pela privatização, talvez compli- que essa questão. Além disso, o atraso nas obras pode tornar o projeto ultrapassado. (Página 28) TRANSPORTE FERROVIÁRIO CNT REALIZA CNT REALIZA CNT REALIZA CNT REALIZA CNT REALIZA PESQ PESQ PESQ PESQ PESQUISA DE UISA DE UISA DE UISA DE UISA DE AVALIAÇÃO DO ALIAÇÃO DO ALIAÇÃO DO ALIAÇÃO DO ALIAÇÃO DO SET SET SET SET SETOR OR OR OR OR Objetivando traçar um pano- rama da evolução do trans- porte ferroviário no Brasil nos últimos anos e identifi- car os principais desafios ao crescimento do setor, a Con- federação Nacional do Trans- porte - CNT realizou a Pes- quisa Ferroviária CNT 2006. (Página 32) Multimodal

Upload: vuongcong

Post on 12-Nov-2018

216 views

Category:

Documents


0 download

TRANSCRIPT

R E F E R Ê N C I A E M L O G Í S T I C A

LogWebLogWeb❚❚❚❚❚ Logística❚❚❚❚❚ Supply Chain❚❚❚❚❚ Transporte Multimodal❚❚❚❚❚ Comércio Exterior❚❚❚❚❚ Movimentação❚❚❚❚❚ Armazenagem❚❚❚❚❚ Automação❚❚❚❚❚ Embalagem

J O R N A L

E D I Ç Ã O   N º 6 3 � M A I O � 2 0 0 7

Ferramentada Libertyatende aosembarquessegurados

(Página 4)

Grupo JulioSimões prevêfaturamento

de R$ 1 bilhãoem 2007

(Página 6)

Gefco investeno Mercosul

com aabertura detrês filiais

(Página 7)

Para a IDLogistics,

terceirizaçãoin-house étendência

(Página 26)

Infraero vaiimplantar

programa deeficiência em

Cumbica(Página 38)

Especial:Unitizaçãode Cargas

Paletes metálicos, caixas de madeira,big-bags, caixas e contenedoresplásticos, contenedores metálicos,embalagens de Polionda,embalagens de papelão ondulado,paletes plásticos, paletes de madeira.E locação de paletes. Estes são os itens em destaqueno especial desta edição.

(A partir da página 8)

TRANSPORTE RODOVIÁRIO

RODORODORODORODORODOANEL EMANEL EMANEL EMANEL EMANEL EMSÃO PASÃO PASÃO PASÃO PASÃO PAULO:ULO:ULO:ULO:ULO:OBRA AINDOBRA AINDOBRA AINDOBRA AINDOBRA AIND A ÉA ÉA ÉA ÉA ÉVIÁVEL?VIÁVEL?VIÁVEL?VIÁVEL?VIÁVEL?O Estado pode ter seu trânsito melhorado com a con-tinuação das obras da auto-estrada, mas a cobrançade pedágio, gerada pela privatização, talvez compli-que essa questão. Além disso, o atraso nas obras podetornar o projeto ultrapassado. (Página 28)

TRANSPORTE FERROVIÁRIO

CNT REALIZACNT REALIZACNT REALIZACNT REALIZACNT REALIZAPESQPESQPESQPESQPESQUISA DEUISA DEUISA DEUISA DEUISA DEAAAAAVVVVVALIAÇÃO DOALIAÇÃO DOALIAÇÃO DOALIAÇÃO DOALIAÇÃO DOSETSETSETSETSETOROROROROR

Objetivando traçar um pano-rama da evolução do trans-porte ferroviário no Brasilnos últimos anos e identifi-car os principais desafios aocrescimento do setor, a Con-federação Nacional do Trans-porte - CNT realizou a Pes-quisa Ferroviária CNT 2006.(Página 32) M

ult

imo

dal

2REFERÊNCIA EM LOGÍSTICAEDIÇÃO Nº63�MAIO�2007

n LogWeb n

J O R N A L

IQPC promoveconferênciasobre WarehouseManagement

“Warehouse Manage-ment - Melhores Práticas eTecnologias para uma inte-gração efetiva entre Aplica-tivos, Equipes e o Mercado –Redução de Custos atravésdo aperfeiçoamento de pro-cessos para um melhor aten-dimento a clientes.”

Este é o enfoque da con-ferência que o IQPC estarárealizando nos dias 30 e 31de julho em São Paulo, SP.

Trata-se de uma oportu-nidade de discutir e analisar,através da apresentação decasos práticos, as soluçõesde Warehouse Managementadotadas por diferentesindústrias, tratando de ques-tões como: Redução de cus-tos através da melhoria deprocessos; Identificação dosprocessos e sistemas maisadequados para cada orga-nização; Como trabalhar demaneira eficiente com estru-turas enxutas e automatiza-das, com foco nos clientes;Flexibilidade – Otimização derecursos com foco em rapi-dez e eficiência; Gestão inte-grada de processos e siste-matização; Tecnologias –RFID, BarCoding, Web, SOA,WIFI, ERP e outros; Incenti-vos fiscais – A escolha domelhor local para o seuWarehouse em função dostributos envolvidos e o preçofinal do produto; KPIs paracontroles de estoque e arma-zenagem; Sistemas de arma-zenagem – terceirização esistemas híbridos; Terceiri-zação in-house.

Indicações doLogWeb têm

10% dedesconto!Mencionar o

código 12220LWpara receber o

desconto.

Mais informações pelofone: 11 3463.5600 ou e-mail:[email protected]

Notíciasr á p i d a s

REFERÊNCIA EM LOGÍSTICA

n LogWeb n 3EDIÇÃO Nº63�MAIO�2007

J O R N A L

Editorial

Redação, Publicidade, Circulação e Administração:Rua dos Pinheiros, 234 - 2º andar - 05422-000 - São Paulo - SPFone/Fax: 11 3081.2772Nextel: 11 7714.5379 ID: 15*7582

Redação: Nextel: 11 7714.5381 - ID: 15*7949

Comercial: Nextel: 11 7714.5380 - ID: 15*7583

Publicação mensal, especializada em logística, da LogWebEditora Ltda. Parte integrante do portal www.logweb.com.br

Editor (MTB/SP 12068)Wanderley Gonelli Gonç[email protected]

Assistente de RedaçãoCarol Gonçalves

[email protected]

DiagramaçãoFátima Rosa Pereira

MarketingJosé Luíz Nammur

[email protected]

Diretoria ExecutivaValeria Lima

[email protected]

Diretoria ComercialDeivid Roberto Santos

[email protected]

Os artigos assinados e os anúnciosnão expressam, necessariamente,

a opinião do jornal.

LogWebJ O R N A L Assistente Comercial

(Estagiária)Maui Nogueira

[email protected]

Administração/FinançasLuís Cláudio R. Ferreira

[email protected]

Representante Comercial:

SP: Nivaldo ManzanoCel.: (11) 9701.2077

[email protected]

FU

SUPPLY CHAIN

Ceva Logistics,ex-TNT Logistics:dez anos de atuação

oi em 1997 que a CevaLogistics (Fone: 114072.6200) chegou ao

Brasil. Na época, contava com450 funcionários em um arma-zém de 65.000 m2 e apenas umescritório: o de Minas Gerais. Nocomeço, o nome da empresa eraTNT Logistics, uma divisão dogrupo TNT N.V, que veio para opaís com o objetivo de atender aocontrato da Fiat, em Betim, MG.

Em 2006, o Grupo TNT N.V.anunciou a venda da sua divisãode Logística, a então TNT Lo-gistics, para a Apollo Mana-gement L.P., uma empresa priva-da focada em investimentos delongo prazo, com escritórios emNova Iorque, Londres e LosAngeles.

“Para a Apollo, foi um negó-cio de classe mundial com umacarteira de clientes que represen-ta uma plataforma perfeita parao crescimento e desenvolvimen-to de uma posição de liderançano mercado global de contratoslogísticos. A finalização do pro-cesso de venda foi concretizadaem dezembro de 2006, quandoa nova marca – Ceva Logistics –e o logotipo foram apresentadosaos clientes e incorporados emtodas as unidades”, conta Giu-seppe De Vincenzo, diretor ge-ral da Ceva Logistics na Américado Sul.

Os principais destaques datrajetória da empresa são: de1998 a 2000 inaugurou filiais nosul e sudeste do Brasil; em 2002iniciou a atuação no Nordeste,com operação no estado daBahia; em 2003, ocorreu a trans-

ferência da sede comercial paraDiadema, SP; em 2004, aconte-ceu a inauguração do CD multi-clientes em Jundiaí, SP.

“Durante os dez anos de atua-ção no Brasil, construímos umaimagem de confiança e credibi-lidade. Nossos clientes acreditamno serviço que prestamos e nosvêem como parceiros. Nossoobjetivo para o futuro é crescercom qualidade, mantendo fococonstante na excelência do tra-balho desenvolvido”, afirmaVincenzo, acrescentando que aempresa vai além dos limites dogerenciamento tradicional dasupply chain e projetos de solu-ções baseados na tecnologiastate-of-the-art, engenharia desupply chain e expertise globalde operação.

Atualmente, a Ceva emprega5,6 mil pessoas, possui 53 filiaisno país e gerencia cerca de490.000 m2 de área de armaze-nagem. Entre seus clientes estãoempresas dos setores automotivo,hi-tech, banking, industrial emídia impressa. ●

Atualmente, a Ceva emprega5,6 mil pessoas, possui 53 filiaisno país e gerencia cerca de490.000 m2 de área dearmazenagem

TRÊSTRÊSTRÊSTRÊSTRÊSENFOQENFOQENFOQENFOQENFOQUESUESUESUESUESESPECIAISESPECIAISESPECIAISESPECIAISESPECIAIS

nitização de cargas. Este é o grande des-taque da presente edição do jornal

LogWeb. Vários especialistas enfocam paletesmetálicos, caixas de madeira, big-bags, cai-xas e contenedores plásticos, contenedoresmetálicos, embalagens de Polionda, emba-lagens de papelão ondulado, paletes plásti-cos e paletes de madeira, abordando asmaiores e as novas aplicações, as tendênciasna área, os grandes problemas e as soluções.E também analisam a locação de paletes.

Outro destaque, no caderno Multimodal,é o Rodoanel em São Paulo. Aqui, os gran-des interessados na concretização desta obraviária analisam se a mesma ainda é viável,considerando, inclusive, a possível cobrançade pedágio, gerada pela privatização, e o tem-po até a conclusão do projeto, que se estendealém de 2014.

Ainda nesta edição é enfocada a pesqui-sa sobre o transporte ferroviário de cargas noBrasil, realizada pela Confederação Nacio-nal do Transporte - CNT. Fizemos um resu-mo da importante pesquisa, dando ênfase àavaliação do nível de serviço, tendo comobase os corredores ferroviários selecionadosem função da importância econômica e dovolume de carga transportado.

Outras também importantes reportagense matérias complementam esta edição do jor-nal, principalmente destacando as empresasque comemoram vários anos de atuação domercado e que analisam os segmentos dosetor de logística, fazem previsões de fatura-mento/crescimento e anunciam significativosinvestimentos.

Amigo leitor, temos certeza que, commais esta edição, continuamos a prestar um

grande serviço ao setor delogística brasileiro, manten-do-o atualizado de tudo oque nele acontece.

Wanderley G. Gonç[email protected]

4REFERÊNCIA EM LOGÍSTICAEDIÇÃO Nº63�MAIO�2007

n LogWeb n

J O R N A L

SEGURO DE TRANSPORTES

Nova ferramenta da Libertyfacilita averbações dosembarques segurados

Além disso – continua Santos –, oLiberty CitNet permite autorizar, deforma on-line, os embarques esporá-dicos, ou seja, as saídas de produtosque, por algum motivo, fogem dosparâmetros previamente contratados,como embarques acima do limite deresponsabilidade da apólice. “Um dos

diferenciais do software em relaçãoaos demais reside no fato de otimizarnossa emissão de documentos e, por-tanto, facilitar o fluxo de informa-ções, entrega de contratos, faturas,etc.”, diz o diretor de transporte.

Nos últimos anos, o ramo detransportes vem ganhando destaquena carteira da Liberty Seguros e járepresenta cerca de 10% do mix deprodutos da empresa. Santos expli-ca que o Seguro de Transportes de-sempenha um papel essencial paraa preservação do bem dos clientescorporativos, pois qualquer dano à

carga implica invariavelmente em enor-mes prejuízos financeiros, incluindo orisco de perda de mercado por não po-der cumprir os compromissos assumi-dos. “Por essa razão, oferecemos cober-turas e condições comerciais pensadaspara cada tipo de operação, garantindoa proteção ao patrimônio do cliente emqualquer rota, no país ou no exterior,por meio dos modais aqüaviário, terres-tre e aéreo”, completa. ●

A Liberty Seguros (Fone:4004. 5423) acaba de lan-çar o Liberty CITNet. Tra-

ta-se de uma ferramenta eletrônicaque permite ao cliente do Seguro deTransportes otimizar e controlar,pela Internet, todo o processo de co-municação dos embarques de cargae emissão das faturas mensais. “Oobjetivo da nova solução é garantirmaior simplificação e controle so-bre o reporte das movimentações demercadorias e, conseqüentemente,oferecer maior tranqüilidade aos se-gurados desta modalidade”, explicao diretor de transporte da empresa, LuizCarlos dos Santos.

Ainda segundo ele, as principaisvantagens, além do acesso mais rápi-do, incluem a dispensa de instalaçãode softwares e uma maior integraçãoentre clientes, parceiros e seguradora,uma vez que tanto o segurado quanto ocorretor terão a possibilidade demonitorar a emissão das faturas direta-mente pelo site da Liberty.

A ferramenta eletrônica dispensainstalação de softwares

ARMAZENAGEM

Aos 37 anos, a Ismase destaca no setor

Porta-paletesestruturadona EbamagLogística

o incremento da rede de atendimento,aumentando a equipe de vendas e a áreade atuação. “A comunicação com o mer-cado está num patamar de 2,5% de ver-ba sobre o faturamento – índice expres-sivo no setor e nas ações business tobusiness”, diz o presidente.

De acordo com Silveira, estes inves-timentos têm como objetivo reverter be-nefícios para os clientes nos prazos deentrega, na agilidade da produção e na

qualidade do produto. “Em outras pala-vras, a empresa oferece vantagens com-parativas e competitivas de uma manei-ra objetiva e condizente com as exigên-cias de clientes que manuseiam as maisdiversas matérias-primas e produtos aca-bados”, completa. Entre os clientes es-tão Avon Cosméticos, BridgestoneFirestone, DHL Logistics, Mahle MetalLeve, Motorola, Vale do Rio Doce,Volkswagen e Siemens.

Na execução dos serviços, a empre-sa avalia tecnicamente pontos nevrál-gicos, como área disponível, sistema demovimentação – seja ele manual, mecâ-nico ou automático – tipo de material aser armazenado, se requer algum cuida-do especial, se tem controle de validade,se há produtos com maior ou menor giro,se as cargas são expedidas fechadas oufracionadas, além de considerar a dinâ-mica das intenções de expansão.

Já na área de pós-venda, a Ismaacompanha a instalação e oferece assis-tência técnica e garantia do produto.“Procuramos atender às expectativas docliente e agregar novos valores, ofere-cendo continuidade da parceria atravésde suporte técnico-operacional, englo-bando a manutenção pós-implantação,seja ela preventiva ou corretiva”, asse-gura Silveira. ●

A Isma (Fone: 0800 554762), fa-bricante de sistemas de armaze-nagem e móveis de aço, está co-

memorando 37 anos de trajetória no mer-cado.

“As principais razões de seu cresci-mento vêm de sua tradição arraigada, doconstante acompanhamento das evolu-ções do mercado e de uma administra-ção pró-ativa”, declara o presidente daempresa, Fernando Flávio Silveira.

Ele conta que a companhia aumen-tou suas vendas no ano passado em maisde 10% e investiu mais de R$ 2 milhõesem sua área produtiva, aumentando a ca-pacidade instalada. Grande parte desseinvestimento foi destinada a setores deacelerada demanda tecnológica, comopintura, sistema de perfilamento eblanqueadeiras.

Entre as ações da Isma também está

REFERÊNCIA EM LOGÍSTICA

n LogWeb n 5EDIÇÃO Nº63�MAIO�2007

J O R N A L

Notíciasr á p i d a s

Linde temnovo gerente depós-vendaO novo gerente de pós-vendas da Linde (Fone: 113604.4755) é Luiz ClaudioCintra Soncini, que já atuouem empresas como BaukoMáquinas, Metso e Comin-gersoll. “O equipamentoLinde já é reconhecido nomercado por sua qualida-de, e agora é necessáriocriar um diferencial tam-bém no pós-venda”, expõe.Para isso, acredita que aempresa deve concentrar-se em três pilares: implan-tar ferramentas de controlee planejamento a fim de ga-rantir qualidade tanto no for-necimento de mão-de-obraquanto em peças; buscarjunto aos atuais e novosclientes informações sobresuas necessidades especí-ficas para fornecer produtose serviços personalizados;e trabalhar a política atualde peças para aumentar aparticipação de mercado.

Hand HeldlançaverificadormultimídiaA Hand Held Products (Fo-ne: 11 2178.0500), fabrican-te de sistemas de coleta dedados baseados em ima-gem, traz para o Brasil oQC890, um verificador por-tátil multimídia compatívelcom os mais diferentes sis-temas operacionais. “Comele, um grande depósitoatacadista, por exemplo,pode garantir ao consumi-dor que as mercadorias re-cebidas não irão apresen-tar problemas para seusclientes na hora de verifica-ção de preços. O QC890analisa se os códigos estãodentro dos padrões e normasa serem seguidos”, avaliaCarlos Basile, arquiteto desoluções da empresa. O veri-ficador observa ainda asprincipais característicasdos códigos, tais como den-sidade e contraste, além deconfirmar qual simbologiafoi utilizada e se está den-tro dos padrões EAN.

6REFERÊNCIA EM LOGÍSTICAEDIÇÃO Nº63�MAIO�2007

n LogWeb n

J O R N A L

TRANSPORTES

Grupo Julio Simõesprevê faturamentode R$ 1 bilhão em 2007

Fernando: “Nosso diferencialestá na questão humana.Qualificamos mão-de-obra emtodos os níveis, inclusive emrelação aos serviçosterceirizados”

Irecê: “Em virtude dadiversidade de unidades denegócios, o Grupo é formadopor várias empresas quecontam com autonomiagerencial”

O Grupo Julio Simões(Fone: 11 4795.7000),cujo segmento de trans-

porte rodoviário tem a maior par-ticipação nos ganhos da empresaem comparação às suas outrasunidades de negócios, tem pre-visão de faturamento de R$ 1,3bilhão em 2007. De acordo comFernando Antônio Simões, dire-tor vice-presidente do Grupo, ameta para daqui a quatro/seisanos é alcançar o dobro destefaturamento.

Fundado em 1956, o Gruporealizava apenas com um cami-nhão o transporte de hortifruti-granjeiros de Mogi das Cruzes, SP,para centrais de abastecimento noRio de Janeiro. Atualmente, contacom 8,5 mil funcionários, 86 filiaise mais de 11 mil veículos.

A construção de umTerminal Intermodalde Cargas está entre

as mais recentesiniciativas da

empresa

O Grupo é composto por uni-dades de negócios integradas porempresas que atuam nos segmen-tos de transporte de cargas, querepresenta 21,8% do faturamentodo Grupo; limpeza urbana,17,7%; serviços dedicados (ade-quados ao padrão institucional daempresa cliente), 17,5%; opera-ções florestais, 16,7%; transpor-te de passageiros, 14,5%; e loca-

ção de veículos, representando11,8% do faturamento.

O Grupo também atua na lo-cação de máquinas, como empi-lhadeiras, veículos pesados paramovimentação de madeira, etc.;logística interna e armazenagemin-house e em armazéns própri-os; transporte e coleta de resíduosindustriais; e táxi aéreo paratransporte de peças com exclusi-vidade para a Volkswagen; alémde contar com concessionárias deveículos Volkswagen, Ford e Fiat.

O transporte de cargas, comoprincipal negócio do Grupo, pos-sui foco em serviços dedicadospara montadoras de automóveis,indústrias de autopeças, de papele celulose, siderúrgicas e mine-radoras. Conta com frota de1.200 caminhões, atendendo

aproximadamente 250 empresasclientes, e realiza quase 9 mil em-barques por mês, além de percor-rer mensalmente cerca de 17 mi-lhões de quilômetros, transportar650 mil toneladas de cargas men-sal e movimentar mais de 1 mi-lhão de toneladas por mês.

Fernando conta que essa di-versificação começou aproxima-damente na década de 90 e que odiferencial da empresa está naquestão humana. “Qualificamosmão-de-obra em todos os níveis,inclusive em relação aos serviçosterceirizados”, revela.

Sobre a administração dessasunidades de negócios, Irecê An-drade, diretora comercial do Gru-po, explica que algumas informa-ções são centralizadas, mas que asunidades são separadas. “São vá-rias empresas dentro do Grupo quecontam com autonomia gerencial,infra-estrutura operacional e equi-pes treinadas”, destaca.

Em relação aos problemasbrasileiros de falta de infra-estru-tura, Fernando declara que, real-mente, eles dificultam pelo au-mento dos custos e dos riscos,gerando um gargalo na produti-vidade. A respeito do PAC – Pro-grama de Aceleração do Cresci-mento do Governo Federal, o di-retor vice-presidente do GrupoJulio Simões não se diz muitocrente: “acredito mais na açãoempresarial”.

Entre as mais recentes inicia-tivas da empresa, está a constru-ção de um Terminal Intermodalde Cargas (rodoviário e ferroviá-rio) em Itaquaquecetuba, SP.

Fernando diz que a busca pelomodal ferroviário faz parte do in-vestimento em logística diferen-cial do Grupo. A operação ficaráa cargo da MRS Logística, e asobras estão em andamento. ●

REFERÊNCIA EM LOGÍSTICA

n LogWeb n 7EDIÇÃO Nº63�MAIO�2007

J O R N A L

Da esquerda para a direita, Lamé e Zbylut

A Gefco (Fone: 21 2103.8100) acaba de anunciaras projeções de expan-

são no Mercosul, que inclui achegada da companhia ao Chile,em agosto, e a abertura de duasfiliais – a primeira em Porto Ale-gre, RS, e a outra em Terra DelFuego, na Argentina – até o finaldo ano.

“Acreditamos no Mercosul eno seu potencial de crescimento.Nosso grande objetivo é acom-panhar a ascensão desta área e denossos clientes na região, além daconquista de novos clientes”, de-clara Abel Lamé, diretor geralMercosul do Grupo Gefco.

A chegada ao Chile é, deacordo com ele, como uma aber-tura de portas para o Pacífico paraos clientes das filiais da empresana região. Foram investidosUS$ 5 milhões na abertura destafilial.

Segundo Christian Zbylut,vice-presidente Network do Gru-po Gefco, existe um trabalho pro-gressivo de valorização da poten-cialidade do Mercosul e esta éuma das três regiões-alvo dacompanhia (juntamente com aEuropa Oriental e a Ásia). A ex-pectativa é atingir um crescimen-to de 50% na região nos próxi-mos três anos.

Zbylut considera que o maiordos investimentos, e o mais im-portante, é o humano. “Estamosem constante busca de pessoasque compreendam a filosofia daempresa e que conheçam bem asregiões nas quais atuam. Conta-mos com mais de 10 mil colabo-radores no mundo e 700 noMercosul”, ressalta. Já o segundogrande investimento é em infor-mática. Foram investidos 750 mi-lhões de euros no aprimoramentodos sistemas de informação.

A respeito da aposta em filiaisno Brasil e na Argentina, apósgrandes problemas econômicosenfrentados por ambos, Zbylutrevela: “acreditamos nesses paí-ses e na capacidade em passar pordificuldades”.

Recentemente, as Gefco Bra-sil e Argentina se uniram para acriação de um trajeto regular

EXPANSÃO

Gefco investe noMercosul com a aberturade três filiais

entre São Paulo e Buenos Aires.Atualmente, uma carreta é envia-da semanalmente do Brasil paraa Argentina. A expectativa é au-mentar a freqüência semanal.

GEFBOXA empresa também está co-

meçando a implementar noMercosul o Gefbox, sistema ad-ministrado pela Gefco que utili-za embalagens plásticas resisten-tes e reutilizáveis e gera econo-mia aos clientes, além de de-monstrar preocupação com omeio ambiente. “As embalagensplásticas podem ser reutilizadascentenas de vezes, ao contráriodas embalagens de madeira oupapelão, utilizadas tradicional-

mente, que precisam ser reci-cladas ou destruídas após umaúnica utilização”, explica Lamé.

Zbylut considera que a maior

vantagem do Gefbox está ligadaà pressão ambiental. “Na Europa,o imposto é maior para as em-presas mais poluentes, forçando

o uso de embalagens reutili-záveis”, declara. O sistema foicriado em 2002 e já possui maisde 1.200 usuários, principalmen-te na indústria automotiva euro-péia.

Os três eixos de desenvolvi-mento que envolvem o Gefboxsão: embalagens padronizadas;gestão, planejamento e explora-ção por meio do serviço Netbox3; e coleta de embalagens vazias,lavagem, limpeza e conservaçãodos suportes de manutenção.

Entre as vantagens do siste-ma estão: otimização da taxa deocupação de caminhões; reduçãodas avarias das mercadoriasdurante o transporte; qualidade,limpeza e solidez das embala-gens; proteção das mercadoriassubmetidas à manutenção;adaptação à redução do tamanhodos lotes; eliminação do re-acondicionamento em caixasplásticas; e estabilidade nosempilhamentos.

Quanto à estocagem, Zbylutnão a considera um problema, jáque as caixas grandes são des-montáveis e todas são encaixá-veis: uma cheia representa dezvazias. O maior problema, na opi-nião dele, está no custo, no in-vestimento na gestão do proces-so, já que a rotação das caixas temde ser rápida, girando 12 a 15 ve-zes por ano para ser rentável. ●

8REFERÊNCIA EM LOGÍSTICAEDIÇÃO Nº63�MAIO�2007

n LogWeb n

J O R N A L

UNITIZAÇÃO DE CARGAS

Paletes metálicos:“se não fosse pelo preço,seriam mais usados”O custo destes unitizadores é o maior inibidor do seu uso, mesmo considerando o fatode serem ecologicamente corretos, recicláveis e imunes a incêndios.

Só não é recomendado o usodos paletes metálicos emambientes extremamente

corrosivos, mas já os fornecemospara empresas que manuseiamcloreto de potássio.”

A afirmação é de NelsonOtaviani, diretor comercial daLonga (Fone: 15 3262.7200). Eletambém destaca que por teremum custo relativamente alto – “re-comendamos sempre com acaba-mento galvanizado a fogo” – sãoaplicados onde nenhum outropalete atende. “E dizemos mais:se não fosse pelo preço, estespaletes atenderiam a todos ossegmentos do mercado”, comple-ta Otaviani, ressaltando que es-tes paletes são ecologicamentecorretos, recicláveis e imunes aincêndios, além de não soltaremcavacos ou pregos, não serem ata-cados por insetos e serem de fá-cil higienização.

Heide Carlos Alexandre, dire-tor comercial da Savik (Fone: 114645.0909), também aponta ospaletes metálicos como produtosde fácil limpeza, resistência abaixas temperaturas e que não

Maiores Aplicações Onde houver necessidade deassepsia e robustez, além deresistência a baixas ou altastemperaturas.

Na linha alimentícia, principalmenteem câmaras frias.

Novas Aplicações Ramo frigorífico, que requer robustezem contato com temperaturasextremamente baixas (-30ºC).

Ramo mecânico, devido à robustez.

Laboratórios, por serem de fácilhigienização.

Tendências na Área Uso limitado ao custo.

“Por ser um produto ecologicamentecorreto, a tendência é que seja aceitocom maior intensidade, apesar dopreço”.

Maiores Problemas na Área Custo.

Piso do local de operação: quando emcerâmica ou epóxi, pode ser danifica-do pelos impactos.

Soluções Com referência a custo, não há muitoque fazer: menor espessura domaterial torna o palete frágil.

Com relação aos danos ao piso,conscientizar os operadores paramanuseá-los sem solavancos e nãojogá-los.

Isenção de ICMS, para baixar o custo.

Ações da Empresa para

Solucionar os Problemas Convencer o cliente de que, apesardo investimento inicial ser grande, alongo prazo é compensador.

contaminam o produto neles ar-mazenado. “Por serem muito ver-sáteis na sua fabricação quanto adimensões e carga suportável, elespodem ser usados em todos os se-tores, principalmente onde sãonecessárias maior resistência decarga e durabilidade”, acrescenta.

TENDÊNCIASEm termos de tendências,

Heide acredita numa maior acei-tação deste tipo de palete pelofator ecológico – são dele as as-pas na coluna “tendências” doquadro –, apesar do preço.

“Seu uso está limitado ao seucusto (1 x 6 a 7) porque ninguémanalisa o ‘custo x benefício’, pois avida útil de um palete metálico épraticamente ilimitada. Pode-secolocar etiqueta de patrimônio,que sua vida – se bem tratados –passa de 10 anos, sem contarque até o seguro contra incêndioé beneficiado”, aponta Otaviani,da Longa.

Soluções para o problema docusto? “Como se trata de um pro-duto ecologicamente correto, ogoverno poderia isentá-lo deICMS, assim como faz com ospaletes de madeira”, diz o diretorcomercial da Savik.

Já Otaviani ressalta que, comreferência a custo, não há muitoque fazer, pois se a espessura dospaletes for muito diminuída, setornam frágeis, “o que vai contrao que pregamos”. ●

Heide, da Savik: governo deveriaisentar o palete metálico deICMS

Otaviani, da Longa: paletes sãoecologicamente corretos erecicláveis

Maio 2007

Agenda

Feiras

SIL 2007 - 9º SalónInternacional de la Logística y

de la ManutenciónPeríodo: 5 a 8 de junho

Local: Barcelona – EspanhaRealização:

El Consorci de la Zona FrancaInformações:

[email protected]

Fone: +34 93 263.8150

Logisvale - Simpósio e Feira deLogística e Comércio Exterior

do Vale do ParaíbaPeríodo: 12 e 13 de junho

Local:São José dos Campos – SP

Realização:Nanquim Eventos & Promoções

Informações:www.logisvale.com.br

[email protected]: (19) 3243.1186

Fispal Tecnologia23ª Feira Internacional para o

Desenvolvimento dasIndústrias de Alimentos e

BebidasPeríodo: 12 a 15 de junho

Local: São Paulo – SPRealização: Fispal

Informações:www.fispal.com

[email protected]: (11) 5694.2666

Outros Eventos

Logística no AgronegócioPeríodo: 1 de junho

Local: São Paulo – SPRealização: Cebralog

Informações:www.cebralog.com/agenda.php

[email protected]: (19) 3289.4181

Legislação de ProdutosPerigosos

Período: 4 de junhoLocal: São Paulo – SPRealização: SETCESP

Informações:www.setcesp.org.br

[email protected]: (11) 6632.1088

Gestão de EstoquesPeríodo: 4 e 5 de junhoLocal: São Paulo – SP

Realização: Log IntelligenceInformações:

[email protected]

Fone: (11) 3285.5800

Tecnologia da InformaçãoAplicada à LogísticaPeríodo: 9 de junhoLocal: Recife – PE

Realização: Focus TrigueiroInformações:

[email protected]

Fone: (81) 3432.7308

REFERÊNCIA EM LOGÍSTICA

n LogWeb n 9EDIÇÃO Nº63�MAIO�2007

J O R N A L

Logística BásicaPeríodo: 14 de junho

Local: São Paulo – SPRealização: IMAM

Informações:www.imam.com.br

[email protected]: (11) 5575.1400

Curso Intensivopara Analistas e

Gestores de Logísticae Supply Chain

Período: 14 e 15 de junhoLocal: São Paulo – SP

Realização: CetealInformações:

[email protected]: (11) 5581.7326

XXVI Semináriode Logística

Período: 19 e 20 de junhoLocal: Vitória - ES

Realização:ABM – Associação Brasileira

de Metalurgia e MateriaisInformações:

[email protected]

Fone: (11) 5534.4333

ProjetosLogísticos

Período: 19 e 20 de junhoLocal: São Paulo – SPRealização: Tigerlog

Informações:www.tigerlog.com.br

[email protected]: (11) 6694.1391

Encontro deExecutivos de Logística

e Supply ChainPeríodo: 20 a 22 de junhoLocal: Mangaratiba – RJ

Realização:CEL - Coppead/RFRJ

Informações:www.centrodelogistica.com.br

[email protected]: (21) 2598.9812

Identificaçãode Unidades

Logísticas comCódigo de Barras(Curso Gratuito)

Período: 25 de junhoLocal: São Paulo

Realização: GS1 BrasilInformações:

[email protected]

Fone: (11) 3068.6229

No portalwww.logweb.com.br ,em “Agenda”, estão

informações completassobre os diversos eventos

do setor a serem realizadosdurante o ano de 2007.

10REFERÊNCIA EM LOGÍSTICAEDIÇÃO Nº63�MAIO�2007

n LogWeb n

J O R N A L

UNITIZAÇÃO DE CARGAS

Caixas de madeiraaumentam a participaçãono mercadoIsto se dá em razão das inovações ocorridas, possibilitando que sejamdesmontáveis e até retornáveis.

A penas a Embafort (Fone:41 3025. 3111) respon-deu ao nosso convite

para fazer uma breve análise dosegmento de caixas de madeira.

André Henrique Bagatin, ge-rente comercial da empresa, dizque as caixas de madeira são ca-racterizadas por uma grande resis-tência de estrutura, servindo, tam-bém, de proteção contra agentesexternos que podem causar avariasaos seus componentes internos.

“O aumento das aplicaçõesem diferentes setores vem sendouma constante devido a inova-ções em relação às embalagens,possibilitando que as mesmas se-jam desmontáveis e até retorná-veis, reduzindo significativamen-te os custos do processo logísticodo cliente. Tais aplicações podem

ser conferidas emprocessos de logísticareversa do setor automotivo emetalmecânico, entre outros. E abusca por inovação faz com queas embalagens de madeiraadentrem, por exemplo, em mer-cados antes alimentados por em-balagens metálicas”, apontaBagatin.

Referindo-se àstendências, o gerente co-

mercial informa que existem no-vos materiais para agregar às em-balagens, que as tornam maisleves, resistentes e duráveis, comoadesivos, componentes de fixa-ção, conectores e filmes prote-tivos. Outro fator importante é adiferenciação dos produtos, adap-tando as embalagens às necessi-dades do cliente. ●

Notíciasr á p i d a s

Maiores Aplicações Transporte de curta e longa distância.

Armazenagem de peças e equipamen-tos industriais.

Novas Aplicações Processos de logística reversa do setorautomotivo e metalmecânico.

Tendências na Área Novos materiais para agregar àsembalagens.

Maiores Problemas na Área Proteção da propriedade intelectual.

Utilização de matérias-primasinadequadas.

Embalagens produzidas sempreocupação com o produto do clientee com o transporte a ser realizado.

Barreira comercial em relação aotratamento fitossanitário de madeiras.

Soluções Instituir contratos específicos para garan-tir a proteção do capital intelectual.

Aproximação com cliente e uma boaexposição do processo do serviçoprestado para garantir confiabilidade.

Com relação à utilização de matéria-prima inadequada, fiscalização externae interna à fábrica.

Ações da Empresa para

Solucionar os Problemas Controle sobre os projetos e protótipos.

Contato constante com clientes.

Certificações na área de qualidade,ambiental e de segurança e saúdeocupacional.

Uso de matéria-prima reciclada ou dereflorestamento.

Fonte: Embafort

Caminhões VWnovos e seminovostêm financiamentoespecialA rede de concessionáriasVolkswagen Caminhões e Ôni-bus (www.vwtruckbus.com.br)está oferecendo uma linha definanciamento especial paraveículos seminovos e usados. Aparceria firmada com a BV Fi-nanceira garante taxas a partirde 1,28% ao mês e modalida-des exclusivas para CDC eleasing. Os seminovos têm fi-nanciamento com entrada míni-ma de 20% e prazo de 24 a 48meses para pagamento. Existea possibilidade de limites de cré-dito para transportadoras depequeno e médio porte com li-mites para caminhões com atécinco anos de uso, assim comoo financiamento de semi-rebo-ques com até dez anos de usopara caminhoneiros que já pos-suam o cavalo mecânico.

REFERÊNCIA EM LOGÍSTICA

n LogWeb n 11EDIÇÃO Nº63�MAIO�2007

J O R N A L

UNITIZAÇÃO DE CARGAS

Big-bags:uso se expande paravárias áreasAlém de novos segmentos da indústria, o uso no campo e com frutas marcam as novas aplicaçõesdestes contenedores flexíveis.

técnica comprovados porinstitutos de confiabilidade,como o IPT – Instituto dePesquisas Tecnológicas, oque pode vir a acarretar sé-rios acidentes”, alerta.

Outro participante destamatéria especial, YoshitoSuzuki, gerente de mar-keting da Sanwey Indústriade Containers (Fone: 114788.1755), ressalta as no-vas aplicações dos big-bags“sem dúvida alguma, sãopara transportes e distribui-ções de fertilizantes, onde ademanda está sendo maior.Outro setor que deverá au-mentar o consumo de big-bags será o de açúcar, já quea colheita de cana estará sen-do iniciada agora no mês demaio (região sul). Assim, oemprego dos big-bags, nocaso de fertilizantes, excep-cionalmente, deverá perdu-rar até o mês de outubro. Nocaso do açúcar, até o final doano”, completa.

Suzuki também lembraque os maiores problemas naárea, devido à demanda exa-gerada, somada à sazona-lidade, envolvem a falta demão-de-obra e de material.“A solução está muito difí-cil: a sazonalidade não ga-rante o consumo durante oano todo, e ninguém conse-gue manter a estrutura fican-do ocioso de 5 a 6 meses.” ●

N ão há limites para autilização do big-bag, pois o mesmo

é tangível, podendo ser mo-delado para qualquer seg-mento, inclusive não impor-tando muito o seu estado –novo ou usado”.

A afirmativa é de ElvisDouglas Brantegan, da Co-mércio de Sacarias BarraMansa - Superbag Londri-na (Fone: 43 3323.8930).

Christian Stauch, sócio-gerente da Remae Indústriae Comércio (Fone: 113812.9955), também desta-ca que o uso destes produ-tos tende a crescer devido àpraticidade de armazena-mento, transporte, reutili-zação e resistência mecâni-ca, além de sua capacidadevolumétrica.

Cosme Saraiva, repre-sentante comercial da STDContainers (Fone: 21 9246.8283), é outro profissionaldo setor que aponta a ten-dência de crescimento deuso dos big-bags – são deleas aspas na tabela (em “ten-dências”).

Stauch, da Ramae, des-taca, ainda, que “muitos sãoos fabricantes de big-bags ediversos com qualidade.Entretanto, a cada dia, maise mais é exigida a compro-vação dos métodos de fabri-cação, de acordo com as nor-mas de qualidade existentes,além da respectiva resistên-cia, durabilidade e atoxidadedos produtos”.

O sócio-gerente daRemae informa, ainda, queas indústrias farmacêutica ealimentícia vêm lentamenteaumentando a utilização debig-bags, porém as mesmasbuscam produtos com maiorresistência, reaproveitamen-to e comprovada atoxidade.“Existem muitas empresasneste ramo têxtil e, infeliz-mente, nem todas obtêmcertificados de qualidade

Maiores Aplicações Alimentos; Químicos; Metais;Petroquímicos; Serragem;Minérios; Frutas; Semigranéis(pós, granéis e produtossólidos).

Novas Aplicações Protetores para interior decontêineres de 20 e 40 pés.

Setores que transportamgrandes cargas no atacado.

Indústrias farmacêuticas ealimentícias.

Fertilizantes.

Açúcar (início da colheita).

Tendências na Área Crescimento, “já que nãoexiste concorrência para afacilidade e agilidade logísticapropiciada”.

Uso para fertilizantes atéoutubro.

Maiores Problemas na Área Fornecedores sem condiçãode entrega imediata.

Falta de tecidos circulares eplanos maiores.

Falta de confeccionistaspara atender à demanda domercado.

Desconhecimento dosbenefícios.

Empresas sem certificados dequalidade técnica.

Soluções Contatos mais diretos.

Participação em eventos.

Consumidores devem exigir ocertificado.

Ações da Empresa para

Solucionar os Problemas Manter estoques de fios,alças e tecidos para atendercom rapidez.

Participar de feiras nacionaise estaduais.

Comprovar qualidade técnicajunto ao IPT e ao InstitutoAdolf Lutz.

Ter compra de materialprogramada durante o ano.

Atentar para o fato de que ven-das segmentadas permitemsuperar os períodos ociosos.

12REFERÊNCIA EM LOGÍSTICAEDIÇÃO Nº63�MAIO�2007

n LogWeb n

J O R N A L

Pelo seu lado, Vasco JoséBosi, diretor comercial da LinpacPisani (Fone: 54 2101.8700),também destaca que as caixas e

UNITIZAÇÃO DE CARGAS

Caixas e contenedoresplásticos também atendema congeladosSegundo os profissionais do setor ouvidos, estes produtos também apresentam maior usopela necessidade de redução de custos, quando comparados às embalagens não-retornáveis.

N o caso das caixas e doscontenedores plásticos,Roy Khoury, diretor de

operações da Plásticos Eldorado(Fone: 11 4199.4500), afirma queas tendências de uso são positi-vas, pois hoje o objetivo é a re-dução de custos nas embalagensretornáveis. “O grande problemana área é a amortização da em-balagem em uso descartável.Com o contenedor plásticoretornável, se obtém benefíciosde amortização a médio e longoprazo”, ressalta.

Ivo Amadeu Meneghel, ins-petor de vendas da Marfinite(Fone: 11 4646.8600), avalia que,a partir do momento em que aimportância da logística come-çou a ser notada, a utilização decaixas plásticas vem ganhandoespaço como embalagem retor-nável baseada na comparação decusto-benefício em relação a ma-teriais descartáveis. “Apesar deagregar um custo inicial maior, aocontrário de embalagens descar-táveis, este uso é dividido pelo nú-mero de utilizações, apresentandouma relação favorável”, diz.

Ele também acredita que atendência é que mais e mais seg-mentos de mercado promovam aimplantação de caixas plásticascomo embalagem nas suas logís-ticas. “É importante salientar queeste tipo de material atualmentefaz parte de grande parte dos pro-cessos produtivos e de armaze-nagem das diversas atividadesindustriais”, completa Meneghel.

Maiores Aplicações Agricultura; Abatedouro; Frigorífico; Pescados; Indústrias de bebidas; Indústriasde componentes automotivos e peças em geral; Roupas; Indústria alimentícia;Indústria farmacêutica; Atacadistas; Produtos químicos

Novas Aplicações Mercado de congelados, em substituição à bandeja metálica.

Distribuição de mercadorias de alto valor agregado, onde a segurança é itemprioritário.

Tendências na Área Na linha industrial, caixas modulares de diversos tamanhos que combinementre si e sempre paletizáveis.

Uso de RFID e chip para identificação e rastreamento das caixas.

Uso de caixas colapsíveis.

Maiores Problemas na Área Dependência do preço da resina plástica que segue tendências mundiais.

Custo em relação a outros materiais.

Uso de matéria-prima de qualidade inadequada.

Falta de um gerenciamento logístico completo.

Administração e rastreamento do contenedor.

Soluções Custo da NAFTA deveria ter como base de cálculo os custos internos do Brasil.

Conscientização do cliente das vantagens técnicas das caixas plásticas emrelação às outras.

Desenvolvimento de projetos que utilizem materiais adequados e que atendamàs reais necessidades do uso.

Realização do gerenciamento logístico.

Todos os envolvidos no sistema devem cooperar com uma relaçãotransparente para coordenação e controle do contenedor.

Ações da Empresa paraSolucionar os Problemas Buscar alternativas de matérias-primas que visem diminuir o custo sem

prejudicar a qualidade.

Realizar o gerenciamento logístico para o cliente.

Bosi, da Linpac Pisani: caixascom lacre inviolável também sãonovidade

contentores plásticos são usadosem diversos segmentos de mer-cado e aplicações, e que, na avi-cultura, são empregados desde o

transporte de aves vivas até afrigorificação e o congelamento.“Atualmente, as caixas plásticasestão sendo usadas no novo e jáconsolidado mercado de conge-lados, em substituição à bandejametálica. A caixa plástica paracongelamento é muito mais prá-tica, higiênica e durável, não oxi-dando após sucessivos processosde congelamento. Outra aplica-ção envolve caixas com lacreinviolável e código de barras paraidentificação e controle do con-teúdo interno”, ressalta.

Marcos Antonio Ribeiro, di-retor de negócios da Unipac(Fone: 11 4166.4260), consideraque entre as tendências para mo-vimentação e armazenagem, ca-pazes de atender a diversos seto-res, estão as caixas colapsíveis –que podem ser desmontadasquando não há necessidade de

uso. “As embalagens plásticasretornáveis facilitam o empilha-mento, ocupam pouco espaço ereduzem os custos com armaze-namento e transporte. Além dis-so, proporcionam uma plantalimpa, livre de lixo e melhorama parte ergonômica para os tra-balhadores internos e externos esão mais resistentes a impactos eao desgaste natural do tempo, oque diminui a necessidade de re-posição”, diz Ribeiro.

PROBLEMASReferindo-se aos problemas

no segmento, Meneghel, da Marfi-nite, destaca que o maior envolveos custos do produto, quando com-parados a outros materiais, oumesmo caixas plásticas que utili-zam matéria-prima de qualidadeinadequada. “Uma maneira de ate-nuar este quadro é a conscien-tização do cliente das vantagenstécnicas das caixas plásticas emrelação às outras e, sobretudo, odesenvolvimento de projetos acer-tados que utilizem materiais ade-quados e que atendam às reais ne-cessidades do uso”, declara.

Para Ribeiro, da Unipac, afalta de um gerenciamento logís-tico completo é um dos princi-pais desafios da área. “A Unipacrealiza esse trabalho em seusclientes e todos reconhecem ra-pidamente que um planejamentoeficaz traz uma série de benefí-cios para a empresa, independen-te do segmento de atuação. Pla-nejamento, implementação e con-trole do fluxo de matérias-primaspodem contribuir significativa-mente com a redução de custos eproporcionar benefícios comootimização de espaço e proteçãodos produtos fabricados.”

Além disso, o diretor de ne-gócios da Unipac observa que umdos maiores desafios do sistemade embalagens plásticas é aadministração e rastreamento docontenedor. “É necessário quetodos os envolvidos no sistemacooperem com uma relaçãotransparente para coordenação econtrole. Caso isso não aconte-ça, as embalagens podem até serperdidas ou extraviadas. Para so-lucionar isso, muitos estão ado-tando a terceirização da adminis-tração, logística e propriedadesdas embalagens retornáveis.” ●

REFERÊNCIA EM LOGÍSTICA

n LogWeb n 13EDIÇÃO Nº63�MAIO�2007

J O R N A L

TransportadoraNardini ganhanova identidadevisualPara atender ao mercadode transporte e logística deCatanduva, SP, e região, aTransportadora Nardini re-novou a sua identidade vi-sual com nova razão sociale logomarca, transforman-do-se em ANLog – AurélioNardini Logística (Fone: 173521.2111). De acordocom o gerente da empre-sa, Rubens Mugnani, a mu-dança vem acompanhar onovo sistema de gestão daANLog, com foco em logís-tica integrada, buscandonovos clientes e áreas deatuação. “Nosso objetivo foiinovar e apresentar umanova ‘cara’ para a transpor-tadora, mais moderna eágil”, diz Mugnani. A ana-lista de marketing do Grupo

Aurélio Nardini, AndressaHattori, explica que o novonome e o logotipo da trans-portadora foram estudadosde forma que fossem pre-servados os valores da em-presa. “Mantivemos o nomedo Grupo e suas coresinstitucionais, verde e ver-melho”, declara. Além donovo design, a frota de ca-minhões da ANLog estácom dois novos caminhões,um FH 13, 400 CV, e umtruck VM 260, ambos damarca Volvo. SegundoMugnani, os novos cami-nhões estão dentro do pro-jeto de renovação da frota.“Nossa meta é trabalharcom idade máxima de fro-ta de cinco anos”, declara.

Notíciasr á p i d a s

14REFERÊNCIA EM LOGÍSTICAEDIÇÃO Nº63�MAIO�2007

n LogWeb n

J O R N A L

UNITIZAÇÃO DE CARGAS

Contenedores metálicos:vários tipos permiteminúmeras aplicaçõesOs contenedores metálicos oferecem resistência e durabilidade e, também, peladiversidade de tipos, proporcionam várias aplicações

Sobre novas aplicações tam-bém fala Robson Gonçalves Ri-beiro, gerente de negócios daÁguia Sistemas (Fone: 42 3220.2666). “Este tipo de equipamen-to já vem sendo utilizado tambémcomo display de vendas nos su-permercados: troca-se o vaziopelo cheio, agilizando o proces-so de reposição”, diz ele.

Kleber André Ludovico, ge-rente comercial da Rentank Equi-pamentos Industriais (Fone: 114138.9268), afirma que outra ten-dência na área é a troca de tam-bores e bombonas plásticas paracontentores metálicos tipo IBC,“reduzindo espaço de armazena-gem e aumentando a segurançano transporte, principalmente deprodutos perigosos.”

Aliás, ele aponta que umgrande problema na área é aomissão por parte das autorida-des na fiscalização de cargas,principalmente perigosas, quesão transportadas sem critérios ecom embalagens inadequadas,colocando em riscos a sociedadee o meio ambiente. “No caso daRentank, para solucionar esteproblema temos colaboradocomo patrocinador de eventosenvolvendo o Transporte de Pro-dutos Perigosos, e promovemoso lançamento do Manual PP8 queé utilizado como auxílio no mo-mento da escolha adequada daembalagem”, informa Ludovico.

Nelson Otaviani, diretor co-mercial da Longa (Fone: 153262.7200), também aborda odesenvolvimento na utilizaçãodestes produtos. Segundo ele, no

Maiores Aplicações Armazenagem, movimentação e transporte de produtos finais ou intermediáriosnos mais variados setores da indústria, varejo e logística, como: empresas dossetores automotivo, de autopeças, alimentício, bebidas, cosméticos, frigoríficos,eletroeletrônicos, malharia e laboratórios.

Auxílio na fabricação de produtos químicos (perigosos ou não), cosméticos,farmacêuticos e alimentícios.

Novas Aplicações Logística e área de produção.Como display de vendas.Abastecimento de linhas de produção.Transporte em comboio em empresas do setor automotivo.Armazenamento e transporte seguro de garrafas de vinho.Caixas kanban fixas e dobráveis para o uso em linha contínua de produção.Cestos específicos para engrenagens automotivas.Setor automobilístico, para se livrar de embalagens extras (papelão, madeira eoutras).Acondicionamento de produtos volumosos ou quando se opta pelo transporte agranel.Transporte de óleo diesel para locadores de geradores.Indústria química e têxtil.

Tendências na Área Crescimento do uso de contenedores especiais no segmento industrial.Maior uso, em substituição à madeira.Perda de espaço para os armazéns fixos, exceto em casos de aplicaçõesespeciais.Troca de tambores e bombonas plásticas por contentores metálicos tipo IBC.Racks e contenedores one way para exportação.

Maiores Problemas na Área Falta de padronização nas dimensões e formatos.

Más condições das estradas, que afetam os produtos transportados.

Falta de fiscalização de cargas, principalmente perigosas, que são transporta-das sem critérios e com embalagens inadequadas.

Empresas não especializadas, que oferecem custos baixos e produtos semqualidade.

Soluções Tentar fazer uso dos contenedores com dimensões padrões e/oudesenvolvimento de embalagens específicas para cada caso e acomodaçõesque permitam o transporte seguro quanto à integridade do material transportadoda origem até o seu destino final.

Orientação dos usuários, transportadores e expedidores da necessidade depadronização das embalagens, adequando-as para o tipo de produto a sertransportado.

Profissionalização do setor para fazer frente às empresas não especializadas.

Ações da Empresa para

Solucionar os Problemas Investir na capacitação profissional e em equipamentos para desenvolvercontenedores especiais.

Obter certificados de qualidade e ambiental, tornando a empresa apta asolucionar e atender a quaisquer necessidades.

No caso da falta de padronização, estabelecer contato com o clienteconscientizando-o sobre a melhor performance.

Osaka, da Artok:fator ecológico incentiva o usodos contenedores

Quando nos referimos aoscontenedores metálicosnesta reportagem, esta-

mos abordando os de laterais fe-chadas, os aramados e até os tipoIBC, de modo que as opiniõesdos participantes podem parecerdiferenciadas.

José Wilson de Almeida, daAbility (Fone: 19 3405.3420),lembra que os novos usos doscontenedores têm sido nos seto-res de logística, produção, almo-xarifados e expedição. “Nas em-presas de logística, o seu uso estásempre em expansão”, destaca.

De acordo com ele, um dosfatores para este uso seria os diri-gentes das empresas entenderemque os contenedores são a formamais viável para armazenagem deseus produtos, evitando custo comembalagens não-retornáveis.

Pelo seu lado, Helio Osaka,diretor comercial da Artok (Fone:11 6100.8022), diz que um dosmotivos da tendência ao maioruso envolve a questão ambiental.“Com a grande preocupação dasempresas voltada ao meio am-biente, a procura por produtosque não agridam a natureza e nemutilizem matérias-primas nobres,como a madeira, tem aumenta-do. Com isso, percebemos umaprocura maior pelos contene-dores metálicos”, avalia.

REFERÊNCIA EM LOGÍSTICA

n LogWeb n 15EDIÇÃO Nº63�MAIO�2007

J O R N A L

Ludovico, da Rentank: problema éa falta de fiscalização de cargas

início, os contenedores metálicoseram aplicados para armazena-gem e verticalização de qualquerproduto, e depois, com as evolu-ções, foram se adotando pratelei-ras, porta-paletes e por aí afora.“Hoje, notamos nitidamente duassituações: o cliente opta peloscontenedores quando se tratam deprodutos especiais, com formatosirregulares que por si só não sãopossíveis de serem empilhados; osdemais são armazenados empaletes e acondicionados nasestanterias fixas”, diz Otaviani.

Sobre as tendências na área,ele destaca que cada vez mais senota que os contenedores metá-licos estão perdendo espaço paraos armazéns fixos, exceto nos ca-sos de aplicações especiais.

FALTA DEPADRONIZAÇÃO

Ribeiro, da Águia, tambémaborda a questão da falta de pa-dronização no setor. A solução?“A princípio, acredito que tentarfazer uso dos contenedores comdimensões padrões seja o maisinteressante, porém não se limi-tar somente ao existente no mer-cado. A viabilidade do uso desteequipamento muitas vezes estáno desenvolvimento de um espe-cial que atenda à real necessida-de do cliente”, alega.

Milton Villadal Junior, geren-te comercial da Rack Stell (Fone:11 7144.2448), também apontaoutro problema na área: as em-presas não especializadas. “A so-lução, neste caso, passa pela pro-fissionalização do setor, criandouma associação que defenda osinteresses da categoria e definaregras para o mercado, como fun-ciona na Europa”, finaliza.●

UNITIZAÇÃO DE CARGAS

Embalagens dePolionda sãoalternativasUm produto novo, o Polionda, já vem se firmando como alternativa,inclusive na produção de paletes.

PROBLEMASComo toda nova alternativa, o

gerente comercial da Exapack informaque o Polionda – ainda em fase dedescobrimento pelo mercado –, não étão popular como o papelão onduladoe as caixas injetadas. Por conseqüên-cia, o mercado tem pouca referênciapara especificar e demandar novos de-senvolvimentos. “Em contrapartida,temos em nosso portfólio muitos casesde sucesso em grandes indústrias.”

Mello informa que, portanto, o de-safio é formar um novo conceito nomercado. “Para atingir este objetivo, esta-mos reestruturando nossa área de aten-dimento e implantando novas ferramen-tas de marketing direcionadas à cons-cientização das vantagens e flexibilida-de que a embalagem plástica em Polion-da pode proporcionar com alto custo-benefício. Realinhamos nossas estraté-gias de atuação, ocupação de áreas etreinamos nossa força de vendas paraprestar um serviço técnico e padrão queserá avaliado pelos nossos clientes emtodo novo desenvolvimento. Fortalece-mos nosso planejamento de mídia e co-municação focando em veículos espe-cializados e formadores de opinião”,conclui. ●

A tualmente, as aplicações maisconhecidas em Polionda sãoas embalagens plásticas retor-

náveis. Mais do que isso, são embala-gens especiais.”

Quem afirma é Ronie Mello, geren-te comercial da Exapack (Fone: 114784 1566). De acordo com ele, oPolionda é um material que permiteuma gama enorme de aplicações e issonão se limita apenas a embalagens.“Atualmente estamos investindo no de-senvolvimento de palete em Polionda,visualizando este produto como substi-tuição aos atuais de madeira.”

TENDÊNCIASMello também afirma que as em-

balagens retornáveis em Polionda eseus complementos – colméias, divi-sórias, etc. – deverão, em curto prazo,consolidar-se como a melhor alterna-tiva para transportar produtos cujas di-mensões ou características técnicassejam padrão FEFCO ou KLT, ou não,necessitando, assim, de um desenvol-vimento especial e customizado. “Ou-tra tendência são as embalagens comtratamento especial – anti-estáticas,condutivas, etc.”, acrescenta.

Maiores Aplicações Setores automobilístico, eletroeletrônico,farmacêutico, de higiene e beleza e operadoreslogísticos.

Novas Aplicações Paletes

Tendências na Área Transporte de produtos cujas dimensões oucaracterísticas técnicas sejam padrão FEFCO ouKLT.Embalagens com tratamento especial(anti-estáticas, condutivas, etc.)

Maiores Problemas na Área Desconhecimento.

Soluções Formar um novo conceito no mercado.

Ações da Empresa paraSolucionar os Problemas Realinhar estratégia de operação.

Treinamento.Fortalecer plano de mídia.

Fonte: Exapack

16REFERÊNCIA EM LOGÍSTICAEDIÇÃO Nº63�MAIO�2007

n LogWeb n

J O R N A L

UNITIZAÇÃO DE CARGAS

Embalagens depapelão ondulado aindatêm competitividadeA incorporação de novos materiais para aumentar a resistência e proporcionar novos acabamentostem permitido crescimento no mercado.

bastante competitivo, principal-mente quando se analisa a cadeiade suprimentos como um todo enão somente o preço individualde uma embalagem, no caso a depapelão ondulado. “Perda de pro-dutos por embalagem não ade-quada ou mal dimensionada,manuseio em demasia, desperdí-cio, falta de paletização oupaletização ineficaz com conse-qüente aumento de custos de ar-mazenagem e de frete, entre ou-tros, são fatores importantes aserem avaliados em conjunto como custo específico da embalagem.Infelizmente, muitas empresasainda continuam a olhar somentepara o preço da embalagem, semter a medida exata do custo totaldo processo”, lastima Peres.

Ainda segundo ele, a grandevantagem comparativa das emba-lagens de papelão ondulado estáligada às perdas e aos custos nomanuseio e no armazenamento,ligados, também, aos custos detransporte. “As embalagens mo-dulares, que seguem padrões in-ternacionais, estão sendo utiliza-das, com sucesso, pois atendem,de maneira simples, versátil eeconômica, toda a cadeia de su-primentos dos produtos que em-bala, principalmente os hortí-colas, evitando avarias e des-perdícios. É uma solução vito-riosa, principalmente se conside-rarmos que no Brasil ainda nos de-paramos com aquelas pirâmides defrutas que geram, a cada dia, per-das entre 13% e 17%, de acordocom estudo realizado recentemen-te”, diz o presidente de ABPO.

Perez diz ainda que o pape-lão ondulado, tradicionalmenteuma embalagem de transportepor excelência, está vendo abrir-se o seu leque de utilização comoembalagem primária, aquela quechega até o ponto de venda. Se-gundo o presidente, a tendênciaatual para as embalagens primá-rias é o uso de papelão onduladofabricado em microonda, comcapas externas brancas ou estru-turas laminadas com papel car-tão. “As vantagens estão nas im-pressões de alta definição com

Maiores Aplicações Produtos refrigerados, frigorificados econgelados, in-natura ou industrializados.

Produtos hortícolas.

Indústrias alimentícias, químicas,petroquímicas, eletrônicas, de alimentose bebidas, mecânicas e automotivas.

Novas Aplicações Como embalagem primária, com o usode papelão ondulado em microonda,capas externas brancas ou estruturaslaminadas com papel cartão.

Como embalagens industriais paratransporte de produtos pesados e/ouvolumosos, substituindo outrosmateriais, como madeira, metal eplástico.

Tendências na Área Substituição dos paletes e engradadosde madeira por outros materiais, como opapelão, em função da NIMF-15.

Maiores Problemas na Área Especificamente no caso do palete depapelão ondulado, desconhecimento emrelação aos benefícios.

Soluções Contato com empresas especializadas.

Ações da Empresa para

Solucionar os Problemas Cuidar para ter equipe e equipamentosespecializados para o desenvolvimentode embalagens.

tratamentos superficiais, a fim derealçar as embalagens nos pon-tos de venda.”

MATERIAL DO FUTUROPerez avalia que entender a

embalagem como um dos ele-mentos principais da cadeialogística de suprimentos, e nãosomente como uma simples cai-xa para se guardar um produto,pode representar estar dentro oufora do mercado.

Felizmente – ainda segundoo presidente da ABPO – a indús-tria mundial de papelão ondula-do se deu conta dessa necessida-de mercadológica e vem oferecen-do soluções inovadoras e comple-tas de embalagens baseadas emnovos processos e produtos.

“A indústria está constante-mente desenvolvendo meios dedinamizar os processos de trans-porte, armazenamento, empilha-mento, descarregamento e atémesmo exposição de mercadori-as, e o papelão ondulado tem res-pondido a essas necessida-des através de criativas e inova-doras embalagens. Esta é a razãoprincipal porque o papelão ondu-lado é tão popular. Levantamen-tos recentes mostram que maisque 2/3 de todas as mercadoriasque transitam no mundo são em-baladas e transportadas em pape-lão ondulado. Mais do que todos

A s embalagens de papelãoondulado têm se desta-cado como as mais ade-

quadas para os produtos refrige-rados, frigorificados e congela-dos, in-natura ou industrializadose, principalmente, para os produ-tos hortícolas. Para estas finalida-des, são utilizados papéis espe-cialmente tratados, colas e tintasresistentes à umidade, as quais,no entanto, não afetam a recicla-bilidade e a biodegradabilidadedessas embalagens”, diz PauloSérgio Peres, presidente da ABPO– Associação Brasileira do Pape-lão Ondulado (Fone: 11 3831.9844), referindo-se a este impor-tante item da unitização de carga.

Ele também informa que opapelão ondulado no Brasil é

Perez, da ABPO: há soluçõesinovadoras e completas deembalagens

REFERÊNCIA EM LOGÍSTICA

n LogWeb n 17EDIÇÃO Nº63�MAIO�2007

J O R N A L

os outros tipos de embalagemjuntos. Estas qualidades, que fa-zem com que o papelão ondula-do seja considerado a primeiraopção mundial em embalagem,também fazem com que ele sejaconsiderado o material do futu-ro”, aponta Perez.

CRESCIMENTOEm sua análise do setor, Mar-

celo Perucci, especialista de pro-dutos e serviços diferenciados daRigesa (Fone: 19 3869.9330),lembra, primeiramente, que en-tre as principais funções da em-balagem de papelão estão a pro-teção e a exposição do produto.E que as embalagens industriaisde papelão para transporte deprodutos pesados e/ou volumo-sos estão se destacando devido aogrande potencial que possuempara substituir outros materiais,como madeira, metal e plástico.“Neste caso, as oportunidadesestão em diversos setores indus-triais que possuem um perfil denegócio B2B, principalmente.”

Ele também considera que háuma grande tendência de substi-tuição dos paletes e engradadosde madeira por outros materiaisem função da NIMF-15, NormaInternacional de Medida Fitos-sanitária que exige o tratamentotérmico ou químico da madeirapara evitar disseminação de pra-gas. “Como o papelão não preci-sa deste tratamento, acaba se tor-nando uma ótima opção, poisconsegue alinhar resistência, bai-xo peso, reciclabilidade e custocompetitivo.”

Perucci ressalta que especifi-camente no caso do palete depapelão ondulado, ainda há umdesconhecimento em relação aosseus benefícios – sua resistênciae seu desempenho –, o que im-

pede sua maiorutilização. “Porisso, é importan-te que os proje-tos de substitui-ção sejam feitospor empresas sé-rias e com com-petência técnicanesta área.” ●

Perucci, da Rigesa:oportunidades estão emdiversos setores industriais

18REFERÊNCIA EM LOGÍSTICAEDIÇÃO Nº63�MAIO�2007

n LogWeb n

J O R N A L

UNITIZAÇÃO DE CARGAS

Paletes plásticos:especialistas apostamno fator ecológicoO maior uso destes paletes é baseado no fator ecológico, já que vários especialistas do setor acreditam na substituiçãodos paletes de madeira por estes.

custos de movimentação, retor-nando e reutilizando seus paletes.

“De fato, os paletes plásticostêm como principais utilizaçõesa movimentação e armazenagemde materiais em circuitos inter-nos de produção ou em substitui-ção a embalagens retornáveis,onde pode ser percebido seumaior custo-benefício. Vale sa-lientar que uma versão leve en-contra espaço como embalagemde exportação, pois, ao contráriodos fabricados em madeira, nãonecessita de tratamento especial(fumigação) e tem preferência eminúmeros países importadores”,acrescenta Ivo Amadeu Meneg-hel, inspetor de vendas da Mar-finite (Fone: 11 4646.8600).

Ivan Riado, gerente comerciale de marketing da Myers do Bra-sil (Fone: 19 3847.9993), consi-

dera a tendência de maior usopela diversidade de modelos. Sãomodelos para operações em câ-mara fria até operações de saca-rias diversas. Alguns podem serusados em prateleiras porta-paletes de vão livre, pois possuem

“skids” que aumentam aindamais sua resistência mecânica.“Todos os tipos são laváveis erecicláveis, não causam a proli-feração de fungos e possuem pro-tetor UV, além de não serem in-flamáveis”, diz Riado.

Por seu lado, Rodrigo Priess,da área comercial da Stanplast(Fone: 47 2105.2500), aponta adurabilidade destes paletes. “Te-mos conhecimento de paletes queestão sendo usados desde 1987sem nenhum problema, em am-biente leve. Em ambiente maisagressivo, eles duram em média5 a 6 anos”, alega.

Marcos Antonio Ribeiro, di-retor de negócios da Unipac(Fone: 11 4166.4260), diz que,em países desenvolvidos, comoos Estados Unidos, os paletesplásticos já vêm sendo ampla-

mente utilizados. “Até porque aadoção deles elimina os custoscom a manutenção dos paletes demadeira, que dificilmente sãocontabilizados. A Unipac fazquestão de divulgar que a adoçãode embalagens plásticas retor-náveis, como os paletes plásticos,colabora imensamente com a re-dução do uso da madeira/pape-lão, que são embalagens descar-táveis e estão diretamente liga-das ao desmatamento de flores-tas. A adoção da logística reversa,além de otimizar o espaço, reduzos gastos com armazenamento emovimentação”, diz ele.

MEIO AMBIENTEDe fato, o diretor técnico co-

mercial da Brasil 550 acreditaque a tendência pelo uso cada vezmaior do palete plástico “é porexigência do próprio mercadomundial, onde o fator deter-minante é a ecologia, utilizandomatéria-prima já existente. Exis-tem certos países que não permi-tem mais a entrada de outro tipode palete de exportação que nãoseja plástico, e de preferênciacom material reciclado”.

Miranda, da CityPlast, tam-bém destaca que diversos setoresestão procurando práticas e pro-dutos em conformidade com aISO 14.000, tendo no palete plás-tico uma grande solução. “Alémdisso, a busca contínua por redu-ção de custos tem feito com que

Otimismo parece ser a tô-nica no segmento depaletes plásticos. “O

palete plástico é uma tendênciade mercado mundial. Por váriasrazões: higiene, durabilidade,manuseio, não precisar de trata-mentos fungicidas, poder serconstruído em qualquer tamanhoe poder ser utilizada matéria-pri-ma reciclada, que é um dos fun-damentos de alguns países comoexigência para uso de paletes paraexportação, e até mesmo no mer-cado interno”, diz Norberto An-tonio Marcolin, diretor técnicoComercial da Brasil 550 (Fone:54 3453.7775).

Roberto Miranda, diretor co-mercial da CityPlast (Fone: 116693.6241), também destaca queseu uso é comum, ainda, porempresas que desejam reduzir

Riado, da Myers: em 10 anos,grande número de paletes emsetores diversos

REFERÊNCIA EM LOGÍSTICA

n LogWeb n 19EDIÇÃO Nº63�MAIO�2007

J O R N A L

as empresas tenham buscado uti-lizar embalagens retornáveis ereutilizáveis.”

Em sua análise das tendênciasde mercado na área de paletes plás-ticos, Riado, da Myers, diz que,“como grande parte dos negóciospassou por uma grande retração nopassado próximo e, adicionalmen-te, o custo associado às leis am-bientais cresceu substancialmen-te e afetou a lucratividade das em-presas, agora que estamos sentin-do que a procura por melhoresprodutos que prezam pela eco-logia e ainda acrescentam bene-fícios em redução de custos emlogística está crescendo. Aposta-mos que o Brasil terá nos próxi-mos 10 anos um grande númerode paletes plásticos em setoresdiversos”.

Guilherme Martins Aron, ge-rente nacional de vendas daSchoeller Plast do Brasil (Fone:11 3044.2151), aponta que omercado exige adequação às me-didas mais utilizadas e à expor-tação com soluções leves, porémbem construídas. “Os paletes demadeira, de uso geral em todas asáreas, deverão ser substituídos porpaletes plásticos, como o que ocor-reu com as caixas de frutas egarrafeiras produzidas em madei-ra em meados de 1970”, acredita.

“A tendência é que a utili-zação do palete plástico apresen-te crescimento à medida que ousuário perceba uma relaçãovantajosa de custo/benefício emseu segmento específico, sem apretensão de total substituiçãodos modelos de madeira porquestões óbvias de custos”, refutaMeneghel, da Marfinite.

PROBLEMASQuando enfoca os problemas

no setor, Marcolin, da Brasil 550,revela que, hoje, realmente ain-da é o custo, em relação ao paletede madeira, “pois fazer um paleteplástico exige tecnologia e trata-mento de matéria-prima adequa-da, gerando um custo aindamaior. Outro grande problemaque víamos neste mercado é queele era muito ‘engessado’, poispor se fazer paletes somente commatrizes com medidas determi-

nadas, o uso ficava restritos àsmedidas padrões, tipo 1000 x1200 x 150 mm, e se tivesse defazer alguma mudança ou medi-da especial, o custo ficaria umabsurdo e inviável”, analisa.

Para solucionar este proble-ma, ele conta que a Brasil 550passou a fazer paletes de qual-quer dimensão utilizando “tábu-as plásticas” maciças de alta re-sistência, que podem ser traba-lhadas, usinadas e aparafusadas.“Ou seja, não trabalhamos commatrizes de paletes plásticos.”

O inspetor de vendas daMarfinite também considera pro-blema as limitações de desenvol-vimento de medidas especiaisdevido ao custo elevado na cons-trução de moldes em aço. “Poroutro lado, a evolução da tecno-logia tende a atenuar a significa-tiva diferença de custos entrepaletes de madeira e plástico”,acredita Meneghel.

Riado, da Myers do Brasil,também aponta o custo do paleteplástico. “A solução vem atravésde leis ambientais e do estímuloao uso de material atóxico e eco-logicamente correto. Esse estí-mulo poderá vir das direções deempresas, da mídia e das empre-sas que fabricam produtos alter-nativos.”

Além do custo do palete, Ed-son P.S. Leão Jr., gerente comer-cial da PLM Plásticos Fone: 113846.5572), aponta a falta deaprimoramento da logísticareversa. “As soluções incluem ademonstração, ao cliente, dosbenefícios obtidos e a redução decusto a médio e longo prazo, peladurabilidade e ausência de ma-nutenção quando se compara aopalete de madeira”, aponta.

Sobre este assunto, Aron, daSchoeller Plast, acredita quedivulgar a idéia de que o paleteplástico se torna mais barato quea madeira porque sua durabilida-de é muito maior é um grandeproblema. Outro é encontrar oponto de equilíbrio entre a subs-tituição da madeira por plásticoe seus custos. “A substituiçãodeverá contemplar a logísticafechada entre empresas por con-ta dos custos envolvidos”, ressal-ta. Para ele, a solução vem cominformação e treinamento. “Emgeral, quem procura por paleteplástico já tem a necessidade desubstituição devido à fiscalizaçãosanitária”, afirma o gerente na-cional de vendas. ●

Maiores Aplicações Setores farmacêutico, frigorifico, de bebidas, alimentício, de autopeças, decosméticos e montadoras, de higiene e limpeza, indústrias atacadistas, decosméticos, supermercados, produtos químicos.Empresas que têm problemas de alto índice de corrosão.Empresas que necessitam de paletes que possam ser limpos ou higienizadosfacilmente.Setores que impõe restrições aos paletes de madeira, em razão de normassanitárias ou de valorização da sustentação ambiental.

Novas Aplicações Paletes especiais, com medidas de até 3.500 mm, para indústria do setor deembalagens de papelão.Paletes plásticos em conjunto com caixas para transporte de materiais frágeis.Paletes especiais para transporte de baldes.Conjunto PackTainer, que utiliza dois “paletes-tampa” e uma manga em PPalveolar.Palete de dupla face para uso de sacarias, onde o túnel para o garfo daempilhadeira fica livre, não causando rasgos nas sacas do palete de baixo.

Tendências na Área Maior uso, por razões ecológicas.Substituição de embalagens de madeira one-way para o mercado externo.Substituição dos paletes de madeira, de uso geral em todas as áreas, pelosplásticos.Adequação às medidas mais utilizadas e à exportação com soluções leves.Adotar paletes mais leves, pois o peso destes mais seu volume podem aumentaro valor do frete.Conscientização do setor de logística em fazer um investimento inicial maior.

Maiores Problemas na Área Custo elevado.Preço do polímero.Limitação de medidas, pelo custo da matriz.Mau manuseio dos paletes por parte do operador.Logística de retorno dos paletes.Encontrar o ponto de equilíbrio entre a substituição da madeira por plástico eseus custos.Empresas fornecedoras de paletes plásticos de baixa qualidade.Falta de fiscalização eficiente sobre os sistemas de controle fitossanitários porparte dos órgãos governamentais.

Soluções Diminuir o custo do polímero.Uso de recursos especiais para produzir paletes de medidas diferentes.Demonstrar ao cliente os benefícios obtidos e a redução de custo a médio elongo prazo, pela durabilidade e ausência de manutenção.Informação e treinamento.Para incrementar o uso, estimular o uso de material atóxico e ecologicamentecorreto.Correta avaliação da qualidade do fornecedor escolhido.Em relação ao custo, avaliação em conjunto com o fabricante dos pontos deperdas do processo.Pressão da sociedade sobre as ações governamentais nos controlesfitossanitários.

Ações da Empresa paraSolucionar os Problemas Desenvolvimento de projetos em parcerias com os clientes.

Orientação e treinamento dos clientes.No caso da logística de retorno e do custo, demonstrar que, com o reuso, oinvestimento é normalmente pago em menos de 1 ano.Ser mais eficiente e reduzir custo industrial, investindo em treinamento eequipamentos novos.

Ribeiro, da Unipac: em paísesdesenvolvidos, os paletes plásticosjá vêm sendo muito utilizados

20REFERÊNCIA EM LOGÍSTICAEDIÇÃO Nº63�MAIO�2007

n LogWeb n

J O R N A L

UNITIZAÇÃO DE CARGAS

Paletes de madeira:os mais utilizadosMas, mesmo assim, alguns profissionais do setor alegam que seu emprego seria aindamaior se não houvesse resistência com relação à paletização.

do momento, em forma de com-bustível (cavaco para geração deenergia)”.

Já Antonio Valdir Zelenski,gerente comercial da Matra doBrasil (Fone: 11 4648.6120), em-bora reconheça que o palete demadeira seja aplicado em todos ossegmentos industriais, comerciaise prestadores de serviços, sendoutilizado desde uma linha de pro-dução até o ponto final de consu-mo de um produto – “podemosafirmar que o palete é a base dalogística” –, destaca que a sua uti-lização no Brasil ainda é baixa.

“O palete PBR é um grande

propulsor das cargas paletizadas,mas ainda existem resistênciascom relação à paletização de pro-dutos desde a linha de produção,passando pela armazenagem e dis-tribuição. As empresas consideramsomente o custo do palete, mas émuito importante verificar osganhos de produção e reduções decustos com a armazenagem, ma-nipulação, transporte, descarga,etc. que o produto paletizado pro-porciona”, destaca Zelenski.

Avesso à discussão, José Ricar-do Bráulio, coordenador da JoséBraulio Paletes (Fone: 11 3229.4291), destaca que o palete de ma-

deira é utilizado desde a II GuerraMundial em todos os setores demovimentação e armazenagem,como embalagem, unitizador, su-porte para armazenagem e estrado.

TENDÊNCIASSobre as tendências na área,

Canozo, da Fort Paletes e daABRAPAL, aponta o maior con-sumo para exportação, “já que aredução do custo de tratamentofitossanitário eliminou de uma vezpor todas o ‘mito’ das dificuldadesreferentes a esse tipo de tratamen-to”, conforme diz.

Por sua vez, José Ricardo, daJosé Bráulio, explica que a tendên-cia de despachar as mercadoriasnos paletes da indústria para o va-rejo/atacadista e daí ao consumi-dor final, loja ou CD, tudo no mes-mo palete - sem manuseio nas mer-cadorias – está baseada no uso depaletes padrão PBR ou paletesdescartáveis one-way.

PROBLEMASExplicando os problemas no

segmento de paletes de madeira,Canozo da Fort Paletes e daABRAPAL fala primeiro da “con-corrência desleal”. Segundo ele,são empresas de “fundo de quin-tal” que não possuem compromis-sos sociais e éticos e sonegam im-postos – “sem duvida, este é o nos-so maior problema”.

A este se junta o problema do“Custo Brasil” – que realmente tematrapalhado o segmento e osdemais.

“Para estes problemas, infeliz-mente temos que contar com a

‘vontade’ de nossos governantes.Porém, o mercado consumidortêm se mostrado preocupado tam-bém com a questão ética e social,o que nos tem ajudado a superar aconcorrência desleal”, dizCanozo.

O gerente comercial da Matra,pelo seu lado, relata que os maio-res problemas para os usuários depaletes de madeiras encontram-sena administração dos parques e nofechamento dos canais de desviosde paletes, que geram o comérciode paletes usados. “Quem comprapaletes usados, com certeza estáadquirindo o seu próprio palete,desviado em algum momento doseu fluxo natural”, alerta.

Ainda segundo Zelenski, ou-tro fator importante e que o com-prador de paletes não consegueentender é a compra de paletespiratas ou similares. “Ao adquirirum palete pirata ou similar, comcerteza ele está pagando mais caro.Vejamos: um palete pirata custaem média R$ 24,00 e tem em suacomposição 0,048 m3 de madei-ras, o que corresponde a R$500,00 por metro cúbico. Umpalete PBR, construído em con-formidade com o desenho eespecificações técnicas do IPT/SP,custa em média R$ 29,00 e é com-posto de 0,064 m3 de madeiras, oque corresponde a R$ 453,13por m3. Na verdade, o compradorestá sendo enganado e pagandomais caro por isso.”

Sobre as soluções para estesproblemas, o gerente comercial daMatra cita, primeiro, que se devecomprar paletes de empresascredenciadas pelo CPP/ABRAS/IPT, que produzem o palete PBRem conformidade. “Com relaçãoao controle dos parques de pale-tes, adotar um software para ogerenciamento ou adoção do sis-tema de pool de paletes. Tambémé importante compor os custos le-vando em consideração a vida útilde um palete PBR, que em médiaé de 3 anos – o palete pirata ousimilar é descartado no momentoda entrega na rede varejista,enquanto o PBR é devolvido noato ou através de um vale-paletee/ou cheque-palete”, completa. ●

Parece uma contradiçãoquando se aborda o usodos paletes de madeira.

Marcelo Canozo, diretor daFort Paletes (Fone: 15 3532. 4754)e presidente da ABRAPAL – As-sociação Brasileira dos Fabrican-tes de Paletes PBR, acredita queos paletes de madeira representamcerca de 95% do total de paletesutilizados em toda cadeia logística,devido a seu baixo custo, alta du-rabilidade e por ser ecologicamen-te correto – “poucos sabem, masas madeiras reflorestadas utiliza-das para confecção deste paletessão reaproveitadas em um segun-

Canozo, da ABRAPAL: madeirasreflorestadas são reaproveitadasem um segundo momento

Maiores Aplicações Indústrias exportadoras; Varejistas; Industrias de modo geral.

Novas Aplicações Setor farmacêutico.

Frigoríficos.

Grandes atacadistas e lojas de varejo, que mantêm estoque na própria loja, àvista do cliente.

Setores de autopeças e montadoras.

Tendências na Área Aumento no uso para exportação, considerando a redução do custo detratamento fitossanitário.

Despachar as mercadorias (expedição) nos paletes da indústria para o varejo/atacadista e dai ao consumidor final, loja ou CD, tudo no mesmo palete.

Adoção do pool de paletes.

Maiores Problemas na Área Concorrência desleal.

“Custo Brasil”.

Falta de investimento no setor de transporte.

Estradas e custos elevados, encarecendo o frete.

Juros altos, que afastam investimentos maciços no setor.

Administração dos parques e fechamento dos canais de desvios de paletes, quegeram o comércio de paletes usados.

Paletes piratas ou similares.

Soluções Consumidores olharem a questão ética e social, para superar a concorrênciadesleal.

Medidas políticas e econômicas.

Comprar paletes de empresas credenciadas pelo CPP/ABRAS/IPT.

Para controle dos parques de paletes, adotar um software para o gerenciamentoou adoção do sistema de pool de paletes.

Ações da Empresa para

Solucionar os Problemas Manter postura leal e ética, cumprindo com todas as obrigações legais efazendo alguns projetos sociais importantes.

Parcerias produtivas com transportadoras e fornecedores para minimizar oimpacto de qualquer alteração brusca do mercado.

Investimentos em automação e certificação de processos.

Associar-se à ABRAPAL e ser credenciada pelo CPP/ABRAS/IPT.

REFERÊNCIA EM LOGÍSTICA

n LogWeb n 21EDIÇÃO Nº63�MAIO�2007

J O R N A L

Hyva do Brasilinauguraunidade fabrilA Hyva do Brasil (Fone: 543209.3400), fabricante decilindros hidráulicos teles-cópicos, acaba de inaugu-rar sua unidade fabril nacidade de Caxias do Sul,RS. Com 7.500 m2 de áreaconstruída, o parque vaipossibilitar à empresa o au-mento em 45% na produ-ção. O investimento naconstrução e na aquisiçãode novas máquinas foi deR$ 4 milhões. Além de per-mitir o incremento na pro-dução para atender às de-mandas dos mercados in-terno e externo com maioragilidade, a ampliação daHyva do Brasil vai possibili-tar a oferta de novos servi-ços à indústria de imple-mentos rodoviários. “As no-vas instalações vão permi-tir oferecer aos nossos cli-entes o serviço de instala-ção de kits hidráulicos, queserão montados na própriafábrica, com garantia”, de-clara Rogério de Antoni, di-retor regional para AméricaLatina e América do Norte.

Expresso Javaliatende asregiões Sul eSudesteInstalado na cidade deCaxias do Sul, RS, o Ex-presso Javali (Fone: 543211.8200), fundado em1945, é especializado emtransporte rodoviário decargas fracionadas e contacom uma frota de 110 veí-culos próprios e 60 agrega-dos, alcançando todos osmunicípios das regiões Sule Sudeste do país. A em-presa, que conta com sis-tema de gerenciamento derisco, rastreamento via sa-télite e veículos de escolta,possui também outros oitoterminais logísticos locali-zados em Porto Alegre, RS,Joinville, SC, São José dosPinhais, PR, São Paulo, SP,Campinas, SP, Rio deJaneiro, RJ, Betim, MG, euma unidade conveniadaem Cariacica, ES.

Notíciasr á p i d a s

22REFERÊNCIA EM LOGÍSTICAEDIÇÃO Nº63�MAIO�2007

n LogWeb n

J O R N A L

UNITIZAÇÃO DE CARGAS

As vantagensda locação de paletesDesconto no Imposto de Renda e despreocupação com manutenção, preservação e armazenagem dospaletes são pontos que levam as empresas a utilizarem os serviços de locação dessas plataformas para carga.

declaração de renda. Assim, podedestinar seu capital para investirna sua atividade principal.Cirielli, da Matra, comprova:“temos ciência de casos nos quaisa despesa com a locação dospaletes derrubou a alíquota do IR,tornando a locação praticamentegratuita”.

2. Isenção da manutenção.A empresa que alugou os paletesfica livre de manutenção em casode paletes quebrados. Não preci-sa, também, ocupar espaço inter-no com eles e ter cuidados com apreservação quando fora de uso.Com isso, economiza-se com oscustos de manutenção.

Cirielli, da Matra, declara,ainda, que vários fatores podemlevar uma empresa a optar pelalocação de paletes, como sazona-lidade. Como exemplo, cita o

caso de uma fábrica de sorvetesque produz, obviamente, commuito mais intensidade no verão.“Com isso, a necessidade depaletes para estocagem crescemuito durante o outono, invernoe parte da primavera. Neste caso,a locação é extremamente inte-ressante, pois propicia ao produ-tor pagar pelo palete somente operíodo em que ele estiver emuso”, explica.

Cirielli também expõe outrasrazões ou facilidades que levam

à locação de paletes: trabalharcom a quantidade necessáriadeles, elevando ou diminuindo deacordo com o volume de produ-ção e estoques; e possibilidade derecebimento dos paletes imedia-tamente. “A compra demandariaalgum tempo em função da alo-cação de verba, consulta ao mer-cado, negociação e prazo deentrega”, diz.

Riado, da Myers, acrescentamais fatores determinantes na de-cisão pela locação: excelente ne-gócio para operações simples detransferência de produtos ouonde exista a facilidade e garan-tia de retorno dos paletes vazios,se a empresa faz uma operaçãode um ponto a outro somente,sendo que a própria empresa éresponsável pela operação funci-onar perfeitamente, e também emoutras operações, se o retorno dospaletes vazios for garantido; e a

locatária não corre o risco de ficarsem paletes na cadeia de supri-mentos. “Além disso, a padroni-zação das operações também éfator relevante de economia emlogística”, complementa.

Para Aron, da Schoeller Plast,a empresa deve optar pela loca-ção de paletes no caso de opera-ções pontuais de atendimento aalguma necessidade. “Fora isso,o aluguel pode se tornar vantajo-so se o desembolso inicial nãocompensar a operação”, acres-centa.

Aron considera que falta decapital para investimento é umdos fatores que pode levar àlocação de paletes. Ribeiro, daUnipac, concorda, e adicionaoutro fator: a locação pode serusada quando o movimento dospaletes entre o cliente e a empre-sa for superior a duas viagens pormês para o mesmo palete.

Quanto aos problemas doprocesso, Riado, da Myers, con-sidera que com um contrato bemelaborado e um produto bem ade-quado à operação não existerisco. “O maior risco talvez sejaa perda dos paletes pelo locatá-rio, mesmo assim ele não ficarásem o palete em seu circuito,apenas terá que ressarcir o loca-dor”, expõe.

Cirielli, da Matra, ressaltaque quando a locação se dá comempresas profissionais e feitascom contratos bem elaborados,com obrigações e deveres distri-buídos entre contratada e contra-tante, raramente têm-se proble-mas.

Aron, da Schoeller Plast, rei-tera que se o contrato for bem re-digido e se houver boa fé dos en-volvidos, não haverá nenhumproblema.

Ribeiro, da Unipac, fecha oassunto avaliando que os proble-mas acontecem quanto o parcei-ro não é confiável. “Devem serconsiderados qualidade de pro-duto, qualidade de atendimentoe serviço (produto disponível emtempo compatível com a neces-sidade), e perda dos paletes dofornecedor”, conclui. ●

D ireto ao assunto: quais asvantagens da locação depaletes? Valdir Cirielli,

sócio-gerente da Matra do Brasil(Fone: 11 4648.6120), que locapaletes de madeira; Ivan Riado,gerente comercial e marketing daMyers do Brasil (Fone: 19 3847.9993), locadora de paletes inje-tados em PEAD; GuilhermeAron, gerente nacional de vendasde paletes plásticos da SchoellerPlast do Brasil (Fone: 11 3044.2151); e Marcos Antonio Ribei-ro, diretor de negócios da Unipac(Fone: 11 4166.4260), que tam-bém atua na locação de paletesplásticos, expõem os dois fatoresprincipais:

1. Desoneração do ativo fixoda empresa. A locação do paletereflete na área fiscal como des-pesa de caixa ou de aluguel,desonerando a empresa em sua

REFERÊNCIA EM LOGÍSTICA

n LogWeb n 23EDIÇÃO Nº63�MAIO�2007

J O R N A L

NeoGridadquirecontrole daMercadorA NeoGrid (Fone: 472101.6500), empresa pro-vedora de soluções econsultoria para a cadeiade suprimentos e deman-da, anuncia a aquisição docontrole da Mercador, an-teriormente pertencente aTelefônica, também espe-cializada na implemen-tação de projetos de inte-gração e portais colabo-rativos. Miguel Abuhab,fundador da empresa, de-cidiu pela compra com re-cursos captados na aber-tura de capital da Datasul,também fundada por ele.“O objetivo é ampliar osconceitos e bons resulta-dos conquistados com oauxílio da Teoria das Res-trições (TOC) aplicados àcadeia de suprimentos edemanda, e levá-los a umamaior base de clientes, quepassam a contar com amais completa oferta desoluções e serviços dopaís”, destaca Abuhab.Com a aquisição, a Neo-Grid contará com 200 pro-fissionais e 250 clientes noBrasil, Estados Unidos eAmérica Latina. “A aquisi-ção do controle da Merca-dor é um movimento alta-mente estratégico paranós. Além da complemen-taridade das soluções, elatraz a possibilidade de con-solidarmos a liderança emtransações mercantis nossegmentos de varejo e in-dústria”, afirma Abuhab. Osclientes Mercador, marcaque será mantida, conti-nuam a ser atendidos pelamesma estrutura, com odiferencial de agora faze-rem parte de um grupofocado em soluções econsultoria para o Supply& Demand Chain.

Notíciasr á p i d a s

Entre nomundo daLogística

www.logweb.com.br

24REFERÊNCIA EM LOGÍSTICAEDIÇÃO Nº63�MAIO�2007

n LogWeb n

J O R N A L

VAREJO

Dicico amplia suas áreasde armazenagem

agora tem 30.000 m2, dará suporte paraa Dicico continuar cumprindo seu com-promisso: “Entrega em 24 horas para acapital ou Grande São Paulo e em 48horas para interior e litoral ou o dinhei-ro do frete de volta”. Hoje, aproxima-damente 60% das vendas da Dicico têmde ser entregues na casa do cliente, e oCD de show room é o responsável porisso. Para tanto, funciona 24 horas pordia, sete dias por semana, além de con-tar com cerca de 400 funcionários, queexpedem cerca de 700 toneladas diaria-mente. Os cerca de 150 motoristas e300 ajudantes são terceirizados, masrecebem treinamento, celulares, unifor-me e cesta básica diretamente daDicico. “Por meio dos entregadores,entramos nas casas dos clientes, porisso, eles são treinados por nossa equi-pe de Recursos Humanos e tambémcontam com um programa de pre-miação que bonifica financeiramentequem realizar entregas de qualidade”,informa o diretor de logística.

CONTROLE TECNOLÓGICOPara ter um controle preciso de to-

dos os produtos que entram e saem dosCentros de Distribuição e ter certezade que vão chegar à casa do clientedentro do prazo determinado, a Dicicoconta com tecnologia de ponta, confor-me relata Gerson.

“Com um software desenvolvidopela própria rede, a entrada do materi-al é controlada por nota fiscal eletrôni-ca. Na Área de Recebimento, todo pro-cesso de conferência é feito via

radiofreqüência. Após o recebimento,o próprio software determina onde oproduto deverá ser posicionado na Áreade Armazenamento. Depois, na Área deSeparação os pedidos de cada clientesão direcionados e dispostos em boxesdiferentes, para que o Setor de Expedi-ção, onde é feito o carregamento e aentrega dos materiais por meio do se-tor de transportes, os retire separada-mente. Tudo comandado por um softwareque, além de controlar todos os procedi-mentos do local, traça itinerários que fa-cilitam as entregas, gerando roteiros econtrole de produtividade.”

Ainda conforme o diretor delogística, a tecnologia da Dicico se es-tende até o momento da venda. Os ven-dedores são equipados com computa-dores de mão, assim, na frente docliente, já consultam a disponibilidadedo produto armazenado no Centro deDistribuição.

CRESCIMENTOA Dicico conta, hoje, com 19 lojas

– a última foi aberta em Carapicuíba,na Grande São Paulo, no mês passado,mas, até o fim do ano, há planos dechegar à 24ª unidade. Por isso, o inves-timento total em logística para 2007está orçado em R$ 10 milhões, 50% amais do que o aplicado no ano passado.

Em 2006, a rede teve faturamentode R$ 432 milhões – em 2007, devechegar a R$ 600 milhões. E, nos últi-mos três meses, registrou 15% de au-mento em seu faturamento em relaçãoao primeiro trimestre de 2006. ●

Para a Dicico (Fone: 11 6165.2500) – rede varejista de mate-riais de construção –, a logística

é um dos pilares para sustentar sua es-tratégia de crescimento acelerado.

Tanto que acaba de abrir um novoCentro de Distribuição em Guarulhos,na Grande São Paulo, onde serão ar-mazenados produtos de auto-serviço –itens pequenos que o consumidor com-pra e leva na hora, como tintas e me-tais. E, ao mesmo tempo, ampliou seuCD de show room, que abriga produ-tos como pisos, revestimentoscerâmicos e esquadrias, que geralmen-te são comprados em grande quantida-de e precisam ser transportados até aresidência do cliente. “Esse CD estálocalizado no bairro do Ipiranga, nacapital paulista, próximo às saídas dasmarginais, o que torna fácil o acessoda frota de caminhões ao litoral e aointerior de São Paulo”, explica Gersonde Paula, diretor de logística da Dicico.

AGILIDADEO objetivo da Dicico ao abrir um

CD de 10.000 m2 para armazenar pro-dutos de auto-serviço é ter agilidade noabastecimento das lojas, sem precisardepender do prazo de entrega do for-necedor. A indústria efetua a entrega deseus produtos em um só local, ao invésde entregar diretamente em cada umadas lojas da Dicico. Depois, diariamen-te, a própria Dicico faz a entrega parasuas unidades, o que acarreta uma re-dução de custos. A compra em grandequantidade também permite melhoresnegociações com o fornecedor. “Assim,a Dicico consegue oferecer preços maisbaixos aos consumidores e aumentar avariedade de produtos expostos nas lo-jas”, diz Gerson.

Já a ampliação do CD de showroom, que contava com 25.000 m2 e

Agilidade no abastecimento das lojasé o objetivo do CD de Guarulhos

Novo CD armazena produtos de auto-serviço, como metais e tintas

REFERÊNCIA EM LOGÍSTICA

n LogWeb n 25EDIÇÃO Nº63�MAIO�2007

J O R N A L

OPERADOR LOGÍSTICO

Columbia comemora 65 anose analisa o mercado

logística é palavra chave do sucesso eco-nômico e empresarial transformou-se noprincipal motivo para a criação da im-portância estratégica da logística. Apartir daí, a logística tem sido coloca-da como matéria de destaque na mesade discussões e tratada por profissio-nais com competência”, aponta.

Com isso, o superintendente da Co-lumbia observa que o custo logísticopassou a ser um fator determinante paraa competitividade das empresas e dosprodutos, nos mercados externos e in-ternos e, principalmente, no contextoglobal dos negócios. De acordo comele, a movimentação de produtos aca-bados ou insumos, entre uma fábrica eum centro consumidor, entre uma ci-dade e outra, entre um país e outro, pre-cisa ocorrer numa velocidade muitogrande, com qualidade, integridade to-tal do produto e a custos cada vez me-nores. “Ficou claro que as empresasdependerão, e muito, da logística, ouseja, da integração eficiente de suas ati-vidades com a de seus fornecedores eclientes, pois é missão da logísticadisponibilizar o produto certo na quan-tidade certa, no lugar certo, no tempocerto e no mínimo custo. A cadeia deabastecimento das empresas precisa sereficiente. Não há que se ter inventários,e, sim, bom atendimento e processoscom fluxos mais rápidos”, declara.

Guedes diz que a prática da terceiri-zação, por sua vez, contribuiu de ma-neira direta para a valorização e o cres-

cimento da atividade de prestação deserviços logísticos no Brasil. “Na bus-ca por competitividade, as empresasbrasileiras enxergaram a logística comoum fator fundamental”, expõe.

Segundo avalia, o setor de logísticabrasileiro, atualmente, já se encontranum elevado patamar de desenvolvi-mento, mas com desafios importantesa enfrentar. Capacitação e formaçãoprofissionais, gestão logística a partirde planejamentos estratégicos diferen-ciados e contínua evolução no uso detecnologia de ponta, que possibilite atransparência operacional e a criaçãode indicadores confiáveis de desempe-nho são destacados como imprescin-díveis e que precisam ser alcançados.Além disso – acrescenta Guedes – maisdo que os aspectos específicos de suasáreas de atuação, as empresas tambémprecisam discutir objetivamente os ru-mos da política econômica brasileira eo modelo que se quer, “pois nada po-derá ser feito no âmbito microeco-nômico se as condições macroeconô-micas, estabelecidas pela política maiornão permitirem”, declara.

O superintendente frisa que semuma coordenação única, uma políticanacional integrada, uma infra-estrutu-ra adequada e um real e efetivo incen-tivo ao transporte multimodal serámuito difícil para o setor empresarialcumprir seu papel eficientemente e combaixos custos (ou mesmo compatíveis).Portanto, em complemento às provi-dências do setor privado, Guedes con-sidera que é preciso que o governo rea-lize programas de modernização dosetor (esforço legal, fiscal e de monito-ramento das atividades de transporte) eimplemente um plano mínimo demelhoria da infra-estrutura. No caso dainfra-estrutura – maiores níveis de inves-timento –, acredita que isso acontecerásomente quando as empresas e as insti-tuições do setor, unidas, participarem ati-vamente das discussões da políticamacroeconômica nacional, “comoforma de evitar que esses assuntos se-jam deixados de lado ou ao sabor da‘maré’”, completa. ●

E ste ano, a Columbia (Fone: 113305.9999) comemora 65 anosde atividade no setor de logís-

tica integrada. A empresa foi fundadano dia 28 de fevereiro de 1942 pelaEsteve Irmãos, grupo mundial espe-cializado na comercialização decommodities. Atualmente, a Columbiaconta com uma área total de 1,4 mi-lhão de m2, 1.200 funcionários, 12 Por-tos Secos, 8 CDs e 450 veículos.

Entre os fatos marcantes desta tra-jetória, Paulo Roberto Guedes, superin-tendente de suporte e controle, destacaque a empresa é responsável pelo de-senvolvimento de um WMS próprio eespecífico para as operações nos Por-tos Secos (SARA – Sistema de Arma-zenagem de Recintos Alfandegados), éuma das primeiras a obter o registro deOperador de Transporte Multimodal eé considerada a maior permissionáriade Áreas Alfandegadas no país.

Destacando as mudanças que ocor-reram nas atividades da empresa duran-te estes 65 anos, Guedes conta que aColumbia foi criada para operar arma-zéns gerais e que, ao longo de sua his-tória, acompanhando o desenvolvimen-to do país e o crescimento de seusclientes, ampliou suas atividades.

“A empresa chega aos 65 anos comogrande operadora logística em diversossegmentos econômicos: químico,petroquímico, farmacêutico e higienepessoal, perfumes, plástico, fotográfi-co, automotivo, máquinas e equipamen-tos, informática e telecomunicações,brinquedos, eletrônicos, alimentos, be-bidas, vestuários, têxteis, papel, emba-lagens e commodities”, conta.

ANÁLISE DO MERCADOGuedes aproveita para analisar o

mercado como um todo e declara queo mundo novo, globalizado, sem fron-teiras e mais competitivo tem criado anecessidade de se movimentar eficaz-mente quantidades e volumes cada vezmaiores de pessoas e mercadorias portodas as partes do mundo e a custos cadavez menores. “Essa convicção de que a

Guedes: “A empresa chegaaos 65 anos como grandeoperadora logística”

Entendimento Profissional em Logística

LogWebJ O R N A L

26REFERÊNCIA EM LOGÍSTICAEDIÇÃO Nº63�MAIO�2007

n LogWeb n

J O R N A L

OPERADOR LOGÍSTICO

Para a ID Logistics,terceirizaçãoin-house é tendência

A

A Leroy Merlin é um dos clientes da ID Logístics

terceirização in-house éuma tendência. É o queatenta Marco Antonio

Tenani, gerente de projetos da IDLogistics (Fone: 11 3601. 1080),empresa que oferece soluçõesglobais para Supply Chain.

Segundo ele, com a globa-lização dos mercados e o surgi-mento de novas tecnologias aolongo das décadas de 80 e 90, ospadrões de competição dos negó-cios foram alterados em âmbitomundial. “O decorrente acirra-mento da competição em merca-dos cada vez mais globalizadostem levado as empresas a inicia-tivas de reestruturação em buscade maiores níveis de qualidade,produtividade e de redução decustos”, destaca.

Quanto aos diferenciais naterceirização in-house das ativi-dades de movimentação e arma-

Tenani: operações maisterceirizadas são as que usammão-de-obra

zenagem de materiais, Tenaniaponta que cada operação temsua particularidade e, por estemotivo, é importante uma análi-se detalhada para diagnosticar oque fará a diferença em uma ope-ração específica. Mesmo assim,acredita que alguns pontos sãoquase comuns como diferencial,

sendo eles: foco no core business,“pois sabemos que as empresasnecessitam focar ao máximo suasenergias desenvolvendo novosprodutos e a comercialização dosmesmos, deixando a responsabi-lidade logística para um tercei-ro”; flexibilização e variabilida-de dos custos, principalmentequando as operações, nas plan-tas dos clientes, estão localizadasuma próxima a outra e quando os“picos” de produção ocorrem emperíodos diferentes dentro domês ou do ano; e aproveitar asexperiências do operador em re-lações aos outros clientes.

De acordo com Tenani, asoperações mais terceirizadas sãoas que utilizam mão-de-obra paracarga e descarga, equipamentosde movimentação ou aquelas quenecessitam de grandes investi-mentos, como um WMS poten-

te. Ele considera que no caso damão-de-obra, por ser de baixocusto, normalmente há uma fle-xibilidade de inclusão ou não denovos recursos para atender a umaumento na demanda e, por últi-mo, por desvincular as obriga-ções trabalhistas ou pelo menosparte delas.

Sobre equipamentos de mo-vimentação, avalia que os inves-timentos são elevados na aquisi-ção, além dos custos de manu-tenção, e por estes motivos, mui-tas empresas optam por investirem suas linhas de produção,focando no core business princi-pal e terceirizando os equipamen-tos, locando-os. “Podemos dizerque o que ocorre em sistemas(WMS) é semelhante, pois alémde arcar com grandes investimen-tos, também há o custo de manu-tenção e atualização”, observa ogerente de projetos.

A respeito dos benefícios,Tenani visualiza quatro fatoresprincipais da terceirização:flexibilização dos recursos; redu-ção de custos; foco nos investi-mentos; e melhoria constante nosfluxos, processos, layout, etc. “AID Logistics, por exemplo, focaeste item e mantém um departa-mento especializado em melho-rias constantes”, ressalta.

Para ser uma prestadora de ser-viços de terceirização in-house,Tenani declara que é preciso: co-nhecer o negócio do cliente, bemcomo as atividades que o com-põem, incluindo as etapas ante-riores e posteriores ao seu raio deatuação; ser rápido na tomada dedecisões, principalmente quandosão necessárias decisões da altadireção, como investimentos; serflexível e atento às mudanças; ebuscar incessantemente melhoriase ganhos de produtividade. ●

REFERÊNCIA EM LOGÍSTICA

n LogWeb n 27EDIÇÃO Nº63�MAIO�2007

J O R N A L

A

RASTREADORES

Fassinaimplantasistema daOmnilink

Fassina Transporte eArmazéns Gerais (Fo-ne: 0800 55.8668)

optou por substituir seu siste-ma de rastreamento e monito-ramento e firmouparceria com aOmnilink (Fone:11 4196. 1100).

O contratoconsiste na compra de cerca de300 aparelhos RI 1460 MAX,além da instalação e assistên-cia técnica. O RI 1460 MAXpermite a comunicação tantopor telefonia celular quanto porsatélite. Ele é capaz de anali-sar a situação dos sensores ins-talados no veículo, sua posiçãogeográfica, e associá-las aeventos pré-definidos, reagin-do em caso de não-conformi-dade e de risco.

“Além disso, esse rastrea-dor é o único do mercado com-posto pelo exclusivo sistema deInteligência Embarcada, de-senvolvido para agir no veícu-lo em tempo real e de maneiraautônoma. Se um procedimen-to não for atendido ou se qual-quer situação inesperada acon-tecer, o MAX age independen-temente do operador e do mo-torista, mesmo que o veículoesteja sem sinal de comuni-cação, informando o evento àcentral de monitoramento, quetambém pode ser acessada viainternet”, explica Paulo Pi-nho, diretor de operações daOmnilink.

Pelo seu lado, Simone San-ches Fassina, gerente de supri-mentos da Fassina, explica omotivo que levou a empresa atrocar seu sistema atual pelo RI1460 MAX: “a possibilidade decontrolar melhor as despesas, oque tem viabilizado uma econo-mia de 70% nos gastos com es-ses serviços, além da atençãodada ao cliente no pós-venda”.

Ainda segundo ela, outrofator é que o sistema híbrido(celular e satélite) permitealternar o monitoramento emáreas onde um dos canais decomunicação é deficiente.“Com isso, é possível refor-çarmos o rastreamento princi-palmente nas regiões Norte eCentro-Oeste do país”, com-pleta Simone. ●

28REFERÊNCIA EM LOGÍSTICAEDIÇÃO Nº63�MAIO�2007

n LogWeb n

J O R N A L

Multim

odal

TRANSPORTE RODOVIÁRIO

RODORODORODORODORODOANEL EM SÃO PAANEL EM SÃO PAANEL EM SÃO PAANEL EM SÃO PAANEL EM SÃO PA ULO:ULO:ULO:ULO:ULO:OBRA AINDOBRA AINDOBRA AINDOBRA AINDOBRA AIND A É A É A É A É A É VIÁVEL?VIÁVEL?VIÁVEL?VIÁVEL?VIÁVEL?O Estado pode ter seu trânsito melhorado com a continuação das obras da auto-estrada, mas a cobrança de pedágio, gerada pelaprivatização, talvez complique essa questão. Além disso, o atraso nas obras pode tornar o projeto ultrapassado.

tuba e Guarulhos e atuarácomo ligação entre as rodo-vias que servem a BaixadaSantista com a Ayrton Sennae Via Dutra. Téra 40,6 km deextensão e o início das obrasestá previsto para 2010

Já o do trecho Norte –com previsão para 2014 eextensão de 47,9 km – ligaráas rodovias Dutra e FernãoDias às Rodovias dos Ban-deirantes, Anhangüera, Cas-telo Branco, Raposo Tavarese Rodovia Régis Bittencourtde forma mais direta.

No fechamento desta edi-ção do jornal LogWeb, a pre-visão era de que as obras dotrecho Sul do Rodoanel vol-tassem a andar efetivamentea partir do mês abril.

ULTRAPASSADO?Na verdade, sobre o

Rodoanel, a pergunta que sefaz é: ele realmente vai me-lhorar o trânsito ou já é umprojeto ultrapassado?

De acordo com MíriamSilvia Ferreira de Carvalho,diretora comercial da Carva-lhão (Fone: 21 2775.1712), oRodoanel é um ótimo proje-to, que deve ser concluído,visto que o transporte se tor-na muito mais rápido, “poisatravés dele o motorista evi-ta o fluxo do centro da cida-de que é intenso, otimizando,assim, o transporte”, opina.

Para Urubatan Helou, di-retor-presidente do GrupoH&P, cuja empresa mãe é aBraspress (Fone: 11 3429.3333), o Rodoanel é impor-tante como alternativa ao flu-xo de caminhões, “entretan-to, com a possibilidade dafutura privatização dele, jáduvido do efeito que a obrapoderia dar para desafogar otrânsito”, desabafa.

Segundo ele, a ausência

do Rodoanel não somenteproduz um gargalo logísticona cidade de São Paulo, mastambém acaba prejudicandoaté as exportações brasileiras,já que grande parte dos pro-dutos passa pela Avenida dosBandeirantes, em direção aoPorto de Santos. “Além dis-so, existe a possibilidade decobrança de pedágios até nasMarginais do Tietê e Pinhei-ros, o que também é um ab-surdo”, acrescenta.

Concordando sobre a im-portância da obra, EdsonDepolito, diretor comercialda Brucai (Fone: 11 3658.7288), também acredita queo Rodoanel melhoraria ogrande afluxo de veículos naRegião Metropolitana de SãoPaulo. “Não há sombra dedúvidas disso e posso afirmarque já estamos atrasados em

não estarmos pensando numnovo Rodoanel que circundeo anel original, abrindo maisuns 80 km em seu derredor,formando, assim, mais umaonda, onde se poderiam es-tabelecer novos fluxos einterligação de traçados e ro-tas que, com certeza, refleti-riam cada vez mais num me-nor trânsito de veículos pe-sados pela região da GrandeSão Paulo”, opina.

Luiz Carlos Alcântara,superintendente operacionaldo Grupo Faster Brasex(Fone: 11 4772.8000), nãovê o projeto como ultrapas-sado, apesar de já apresentarsinais de saturação. “Oprojeto deve, sim, ser conclu-ído e integrado com o Ferro-anel previsto, bem comocom terminais de apoio aolongo da malha de escoamen-

to rodo-porto-aeroporto. Aconclusão do Rodoanel éfundamental para o fluxo decarga com chegada em SãoPaulo”, diz.

Luciano Luft, vice-presi-dente da Luft (Fone: 11 4688.0020), tem a mesma opiniãosobre a melhora do trânsitocom o Rodoanel, mas decla-ra ser uma pena que uma dasprimeiras ações de José Ser-ra como governador do Esta-do foi paralisar a obra que jáestava muito atrasada. Segun-do ele, uma obra tão impor-tante como esta já deveria tersido concluída.

Luciano revela que o be-nefício gerado será para opaís como um todo, e nãoapenas para o município deSão Paulo, por isto acreditaque o Governo Federal deve-ria participar efetivamente

D e acordo com infor-mações do Governodo Estado de São Pau-

lo, o Rodoanel Mário Covasé a obra de infra-estruturamais importante para o Esta-do. É uma auto-estrada queestá sendo construída em tor-no da Região Metropolitanapara aliviar o intenso tráfego,sobretudo de caminhões, nasduas vias Marginais da cida-de – Pinheiros e Tietê.

O trecho Oeste, já con-cluído, tem 32 km de exten-são, indo da Estrada Velha deCampinas (SP-332), na zonanorte de São Paulo, até a Ro-dovia Régis Bittencourt, nomunicípio de Embu. Corta asrodovias Bandeirantes,Anhangüera, Castelo Brancoe Raposo Tavares.

Já o trecho Sul, com asobras paradas desde o final de2006, possui traçado de 61,4quilômetros de extensão (57quilômetros de pista e 4,4 kmde ligação em Mauá), come-ça em Mauá, passa por San-to André, São Bernardo, SãoPaulo, Itapecerica da Serra eEmbu, e termina na ligaçãocom o trecho Oeste na RégisBittencourt. O governo doEstado pretende concluir otrecho Sul até 2010.

Com investimentos emtorno de R$ 3,5 bilhões, estetrecho tem como principalatuação a ligação do BrasilCentral ao Porto de Santos.Será importante elo econômi-co para a incorporação doPorto de Santos ao sistema delogística de transportes detodo o Estado e do Brasil.

Enquanto não forem con-cluídas as obras do trechoSul, não serão iniciadas asdos trechos Leste e Norte.

O trecho Leste passarápelos municípios de RibeirãoPires, Mauá, Ferraz de Vas-concelos, Poá, Itaquaquece-

Obras do Rodoanel prosseguem além de 2014

REFERÊNCIA EM LOGÍSTICA

n LogWeb n 29EDIÇÃO Nº63�MAIO�2007

J O R N A L

desta obra por meio dorepasse de verbas ao Go-verno Estadual.

“O projeto do Rodo-anel tem seus problemas eestá ficando ultrapassadopela demora na conclusão.Mesmo assim, temos deconcluí-lo rapidamente ecomeçar o projeto de umsegundo anel viário e dasduplicações das Margi-nais”, assinala.

Do atraso também co-menta Edilson SérgioBinotto, diretor de opera-ções & negócios da Binotto(Fone: 49 3221.1824).“Esta obra já vai nascermuito atrasada: como sem-pre, são projetos de curtoprazo de saturação, pois sebaseiam em médias his-tóricas que olham o passa-do, e não em projeções dedemanda futura, com hori-zonte ideal de 50 anos àfrente. No passado, seriaótima; no futuro próximo,obsoleta”, declara.

De acordo com ele, jápassou o tempo em quegovernar era construirestradas, “mas pelo menospoderá aliviar sensivelmen-te o caos de nossas Margi-nais”.

Neuto Gonçalves dosReis, assessor técnico e co-ordenador do Decope - De-partamento de CustosOperacionais e EstudosTécnicos e Econômicos daNTC& Logística (Fone: 116632. 1500), divide a mes-ma opinião: “qualquer ca-pital européia que se preze– Madri é um bom exem-plo – já tem, há décadas,vários anéis perimetrais,com raios de 10, 20 e 30km do centro, para que osgrandes caminhões nãoprecisem entrar nas cida-des”, compara.

Em sua opinião, embo-ra seja compreensível que,na ausência de colaboraçãofederal, o governo estadualbusque outras formas de fi-nanciamento, a entidade écontra a cobrança de pedá-gio, pelo menos, dos cami-nhões. “Em primeiro lugar,porque o governo de SãoPaulo já havia se compro-metido com os transporta-dores que isso não seriafeito. Em segundo lugar,porque isso pode estimularos caminhões a continua-rem circulando pelas Mar-ginais, o que contrariariatoda a filosofia do Rodo-anel. A eventual cobrança

30REFERÊNCIA EM LOGÍSTICAEDIÇÃO Nº63�MAIO�2007

n LogWeb n

J O R N A L

Multim

odal de pedágio nas Marginais se-

ria um motivo a mais para quese evitasse tarifar os cami-nhões no Rodoanel, pois,neste caso, não haveria alter-nativa”, diz.

Rogério K. de Oliveira,sócio-diretor da OTI Trans-portes (Fone: 51 3361.1919),analisa que a demora da con-clusão do Rodoanel levoutodos a procurarem rotasalternativas. “Hoje vemos umRodoanel ainda sub e malutilizado para os padrões deSão Paulo. Contudo, assimcomo defendem os motoris-tas que trafegam pelo local,a construção está facilitandoe diminuindo em tempo, nãonecessariamente em distân-cias, muitos deslocamentosdentro da grande São Paulo.Acredito que o Rodoanel, equalquer projeto de via ex-pressa dentro de São Paulo,tende a melhorar a circula-ção”, diz.

Entretanto, segundo Oli-veira, o problema do trânsitoem geral é sócio-educacio-nal, e todas as grandes cida-des do mundo estão passan-do por ele. “São traçados ca-minhos diferentes para a so-lução desse problema, porexemplo, as prefeituras deSeul, Hong Kong e Amster-dã tentam conscientizar a po-pulação a utilizar-se de meiosde transportes alternativos,como bicicletas, para se des-locar nas zonas onde o trân-sito é mais conturbado. Já a

PRIVATIZAÇÃODO RODOANELÉ QUASE CERTA

Está quase certo que o Rodoanel será privatizado, jáa partir das obras. O estudo para a mudança no edital deconstrução está em fase de conclusão na Secretaria deEstado dos Transportes. Como opções, estão: contratodireto com as empreiteiras vencedoras da licitação e con-cessão da via expressa ou mesmo a criação de umaParceria Público-Privada - PPP.

Com isso, a estrada passará a ser pedagiada e, se-gundo o governo estadual, pode haver cobrança de doistipos de pedágio: um de barreira e outro de bloqueio. Ode barreira contará com cabines instaladas nos trechosOeste e Sul, com valor de R$ 5,00. O de bloqueio serácobrado em todas as saídas da rodovia, antes das praçasde pedágio, e custará R$ 2,50. A cobrança na parte Oes-te está prevista para entrar em vigor em janeiro de 2008.

COMPENSAÇÕESAMBIENTAIS FAZEM

PARTE DA OBRAJá que as obras do Rodoanel deverão destruir 212

hectares de vegetação, Governo e Prefeitura de São Pau-lo já definiram a construção de quatro áreas de conser-vação ambiental e dois parques ao longo da asa sul daauto-estrada como forma de compensação ambiental aosimpactos da obra na região de mananciais – Billings eGuarapiranga – e de mata atlântica.

As unidades de preservação são Bororé, Varginha,Itaim e Jaceguava e um parque-estrada ao longo da pistasul, num total de 15 milhões de m2 de áreas protegidas,todas no Município de São Paulo.

De acordo com o Governo do Estado, há tambémações ambientais que possibilitarão a completarevitalização do Parque do Pedroso, em Santo André.Serão acrescidos mil hectares com o replantio compen-satório, religando formações florestais isoladas. Alémdisso, a preservação da margem do reservatório do RioGrande e a criação dos novos parques do Embu, deItapecerica, do Jaceguava e do Bororé garantirão outrosmil hectares de área verde à região.

cidade de Nova York, assimcomo a maioria das capitaiseuropéias, investiu e moder-nizou seu transporte coleti-vo”, cita.

Oliveira conta que a so-lução não pode basear-se ape-nas em construir novas rotas,pois a tendência, hoje, aindaé o número de veículos au-mentar. “O melhor projeto se-ria aquele que não só traba-lhasse com a infra-estrutura dacidade, mas também com aconscientização de que todosdevemos ser parte da solução,pois podemos procurar meiosalternativos”, sugere.

Iltenir Júnior, gerente decarga aérea do Grupo GATLogística (Fone: 11 6488.2033), confia na entrega dotrecho sul e no início do les-te até o fim da atual gestãodo Estado, visto que o prin-cipal corredor de exportaçõesdo país, por exemplo, aindapassa pelo meio da cidade deSão Paulo. “O atraso nestaconclusão, que permitiria oescoamento da produção sem

passar pela capital paulista,é um dos gargalos de trans-porte do país”, avalia.

O gerente aponta que cer-ca de 1,5 bilhão de horas porano são desperdiçadas noscongestionamentos das Mar-ginais do Pinheiros e Tietê,onde passam cargas dos prin-cipais centros produtoresbrasileiros com destino à ca-pital e ao Porto de Santos,sendo este o responsável porescoar 40% do valor das ex-portações.

“Ao meu modo de ver, seo Rodoanel estivesse pronto,poderíamos economizar mi-lhões somente com combus-tível, mas em minha opiniãoo anel viário não terá impactoesperado sobre o trânsito, poisa maioria dos veículos de car-ga tem vínculo com a regiãometropolitana”, declara.

Segundo Carlos FernandoSena, gerente comercial daBrasilmaxi (Fone: 11 6889.6100), já que o crescimento doEstado São Paulo é inevitável,não há como não concluir oprojeto do Rodoanel, tendoem vista que em pouco tempoa grande São Paulo viverá umcaos no trânsito.

“Devemos lembrar quetodos os produtos de expor-tação devem chegar ao prin-cipal porto do Brasil, que éSantos. Geralmente os pro-dutos são produzidos no in-terior de São Paulo e devematravessar a cidade para atin-gir o Porto. Caso não con-cluirmos o Rodoanel, teremoso apagão logístico”, revela.

Ricardo Conte, diretorcomercial da Sete EstradasLogística e da Celote Logís-tica e Transportes (Fone: 114391.8800), por sua vez, dizque o projeto irá distribuirmelhor o fluxo de veículos,principalmente os veículosque vêm do sul para o nortedo país. Dentro da cidade, serábenéfico quando um veículosair do ABC e se locomoverpara Osasco ou de Guarulhospara Santo Amaro.

“O aumento nas vendas e

na produção de bens de con-sumo vem incrementando ofluxo de veículos nas cida-des. O que se tem que plane-jar e verificar a viabilidade éda canalização e construçãode pontes, vias aéreas e tú-neis, a fim de escoar os veí-culos nas principais avenidasde acessos à cidade de SãoPaulo”, expõe.

Já Palmério Gusmão, dodepartamento comercial daTransportadora XV de No-vembro (Fone: 11 4428.6200), observa que transitan-do pelos trechos já concluí-dos do Rodoanel é possívelconferir melhor fluidez e sig-nificativos investimentos dealgumas empresas e operado-res logísticos. “Percorrer tra-jetos mais previsíveis permi-te melhor planejamento dadistribuição, redução de es-

toques, tamanho da frota ecumprimento dos prazos.Pode ser que a conclusão doRodoanel proporcione me-lhoras no trânsito de São Pau-lo, no entanto, caberiam ou-tras ações para a área metro-politana, por conta do volu-me de veículos circulantes,em sua maioria automóveis”,pondera.

Na opinião de RômuloLara Nunes, do departamen-to de gestão e qualidade dogrupo GAT Logística (Fones:11 6488.2033), para se falardo Rodoanel é necessário sa-ber por que ele foi concebi-do. “Consta que o objetivoprincipal da obra seria reti-rar de circulação a maior par-te dos veículos pesados queatravessam a Capital Paulistacom destinos diversos”, elemesmo responde.

A construção do trecho Sul foi iniciada em 19 de setembro de 2006, mas as obras estãoparadas desde o final do mesmo ano

“O RodoanelMário Covas é aobra de infra-estrutura mais

importante para oEstado de São

Paulo”

REFERÊNCIA EM LOGÍSTICA

n LogWeb n 31EDIÇÃO Nº63�MAIO�2007

J O R N A L

Para ilustrar, cita o casode um veículo vindo da re-gião Sul do país com desti-no ao Rio de Janeiro ou a re-gião Nordeste, que deve pas-sar pela Marginal Tietê.“Isso realmente é um absur-do e as terríveis conseqüên-cias são conhecidas nacio-nalmente, basta assistirmosaos telejornais. Entretanto, oprojeto da obra tornou-a ob-soleto antes sequer de seuinício”, declara.

Nunes considera que oRodoanel, tal como foi pro-jetado e está sendo realiza-do, somente irá transferir ocongestionamento das Mar-ginais para si, e que no tre-cho próximo a São Paulonada mudará no trânsito dasRodovias que se servem daauto-estrada.

Para ele, o ponto maisimportante é: qual o raioonde o Rodoanel circunda-rá São Paulo? “Não é admis-sível, por exemplo, que osveículos que chegam a SãoPaulo pela Rodovia CasteloBranco – Zona Oeste – sejamobrigados a passar Alphavillepara, depois, terem acesso aoRodoanel, já em Osasco.Esse é o trecho de maior con-gestionamento na chegada àCapital”, aponta.

Segundo Nunes, na piordas hipóteses, o Rodoaneldeveria cortar a CasteloBranco na região de Pira-pora do Bom Jesus, impe-dindo, dessa forma, que osveículos, cujos destinos nãofossem a cidade de São Pau-lo, contribuíssem com o jáenorme fluxo de veículosnaquele trecho. “Pela ZonaSul, o Rodoanel corta aBR116 – Régis Bittencourt– em Embu das Artes. Pelosmesmos motivos ele deveriaestar disponível já na regiãode Juquitiba ou São Louren-ço”, conta.

E, para ele, nas demaisrodovias o projeto não é di-ferente. “Na Rodovia dosBandeirantes é pior ainda. ORodoanel está perto doJaraguá, praticamente den-tro da cidade”, diz.

De acordo com Nunes,basta transitar pela parte jáem operação do Rodoanelpara observar que ele já estáincluso “na cidade”, perden-do sua principal função queseria o desafogamento dotrânsito “na cidade”. “Defi-nitivamente, o projeto doRodoanel já nasceu ultra-passado!”, exalta. ●

32REFERÊNCIA EM LOGÍSTICAEDIÇÃO Nº63�MAIO�2007

n LogWeb n

J O R N A L

Multim

odal

A o analisar o desempe-nho operacional dosprincipais corredores

ferroviários brasileiros e ve-rificar o nível de satisfaçãodos usuários dos serviços, aPesquisa Ferroviária apresen-ta os obstáculos a serem su-perados para que o setor con-tinue a se desenvolver nospróximos anos, trazendo, as-sim, cada vez mais benefíciosao progresso do transportenacional”, explica o pre-sidente da CNT, ClésioAndrade.

A primeira parte do rela-

➠ tempo de utilização do corredor: os corredores de acesso aosportos de São Luís, Recife, Aracaju, na região Norte/Nordeste(corredores São Luís; Intra-Regional Nordeste e São Paulo-Nordeste) e os corredores de acesso aos portos de Paranaguá,São Francisco do Sul, Imbituba e Rio Grande, na Região Sul,são os que concentram a maior parcela de clientes novos;

➠ cadastro de usuário dependente: os corredores BeloHorizonte-Rio de Janeiro e Rio Grande são os que maisapresentam usuários cadastrados como dependentes dosistema ferroviário: 50,0% e 46,7%, respectivamente. E ocorredor onde há menor percentual de usuários desse tipo é ocorredor São Paulo-Nordeste, com 8,3%;

➠ principal produto transportado por corredor: nos corredoresdo Sul do país, ainda predomina o transporte de soja, comexceção para o corredor Imbituba, onde 81,3% dos clientestransportam carvão. Outros corredores com grande percentualde especialização são Belo Horizonte-Rio de Janeiro, onde50% dos clientes transportam minérios; e Intra-regionalNordeste e São Luís, onde cerca de 30% dos clientestransportam combustíveis;

➠ forma de acondicionamento: as formas mais comuns deunitização são pré-lingado, paletes e contêiner. Porém, outrostipos de carga não possuem características que exijamunitização para serem transportadas, como, por exemplo, ascargas transportadas a granel ou em tanques. Foi observadoque mesmo os corredores com grande percentual de produtosindustrializados utilizam, em sua maioria, acondicionamento agranel. Isto ocorre devido a dois fatores principais: o tipo deproduto industrializado e o pouco número de vagõesespecializados disponíveis;

➠ volume do total transportado: destaque para os corredoresde Vitória e Belo Horizonte-Rio de Janeiro, com movimenta-ções maiores em termos de tonelagens, e o corredor Intra-regional Nordeste, com baixa tonelagem, mas com grandemovimentação de combustíveis líquidos. Apesar da movimenta-ção com menor expressão nos corredores São Paulo–Nordeste, São Paulo-Rio de Janeiro e São Francisco do Sul,eles são de grande importância econômica por realizaremtanto transporte intra-regional como ligação de regiõesprodutoras aos portos;

➠ manutenção do volume transportado: para que se garanta aoferta do serviço, as concessionárias de ferrovias trabalhamcom contratos de take-or-pay junto a seus principais clientes.Neste tipo de contrato, o contratante paga pelo transporte,mesmo que não o use, e a concessionária, se não oferecer otransporte, é obrigada a pagar o frete do cliente por outromodal. Em todos os corredores, a maioria dos clientes temmantido os volumes acordados com as concessionárias.Destaque para o corredor Belo Horizonte-Rio de Janeiro, onde100% dos clientes entrevistados conseguem manter os volumesacordados, e o corredor São Paulo-Rio de Janeiro, onde 33%nem sempre mantêm o estabelecido nos acordos comerciais;

➠ principais entraves e dificuldades: os principais desafios dosetor estão relacionados ao custo do frete, à confiabilidade dosprazos e aos contratos take-or-pay. Os clientes apontaram, emmenores proporções, outros problemas: quantidade insuficientede vagões, tempo de transporte, acondicionamento das cargas,limpeza de vagões, quantidade e localização de terminais,integridade das cargas, limitação de carga que pode passar notrecho, relacionamento entre ferrovias ruim e falta de capacida-de estática em ramais dentro dos terminais.

PARPARPARPARPARTE ITE ITE ITE ITE ICARACTERIZAÇÃODOS CLIENTESQUE UTILIZAM OCORREDOR

tório apresenta um panoramado sistema ferroviário noBrasil por meio de um histó-rico, das características dosistema atual, de uma brevedescrição das concessionári-as e dos principais entravesdo setor. A segunda parte ca-racteriza e avalia a operaçãodos principais corredores fer-roviários, por meio de indi-cadores operacionais.

Na terceira parte, é apre-sentada a avaliação, pelosclientes, do nível de serviçooferecido pelas concessioná-rias nos referidos corredores,

detalhando os principais as-pectos que afetam o desem-penho do setor. Por fim, nasconclusões, são elencados osprincipais desafios que o sis-tema ferroviário do Brasilprecisa enfrentar para aumen-tar seu espaço no transportede cargas nacional.

Tanto a coleta de informa-ções dos principais corredo-res ferroviários como a ela-boração do questionário apli-cado aos clientes contaramcom a colaboração da Asso-ciação Nacional dos Trans-portadores Ferroviários –

TRANSPORTE FERROVIÁRIO

CNTCNTCNTCNTCNT REALIZA PESQREALIZA PESQREALIZA PESQREALIZA PESQREALIZA PESQ UISA DEUISA DEUISA DEUISA DEUISA DEAAAAAVVVVVALIAÇÃO DO SETALIAÇÃO DO SETALIAÇÃO DO SETALIAÇÃO DO SETALIAÇÃO DO SET ORORORORORObjetivando traçar um panorama da evolução do transporte ferroviário noBrasil nos últimos anos e identificar os principais desafios ao crescimento dosetor, a Confederação Nacional do Transporte - CNT realizou a PesquisaFerroviária CNT 2006.

REFERÊNCIA EM LOGÍSTICA

n LogWeb n 33EDIÇÃO Nº63�MAIO�2007

J O R N A L

ANTF, afiliada da CNT,que representa as princi-pais empresas concessio-nárias do setor ferroviário:ALL - América LatinaLogística do Brasil; Com-panhia Ferroviária do Nor-deste - CFN; CompanhiaVale do Rio Doce - CVRD;Ferrovias Norte Brasil -Ferronorte; Ferroban - Fer-rovias Bandeirantes; Ferro-via Centro-Atlântica -FCA; Ferrovia Novoeste -Novoeste; Ferrovia Paraná- Ferropar; Ferrovia TerezaCristina - FTC; e MRSLogística.

OS ENTRAVESOs principais entraves

destacados no estudo são:invasões na faixa de domí-nio; passagens de nívelcríticas; conflitos do tráfe-go ferroviário com veícu-los e pedestres; necessida-de de expansão e integra-ção da malha ferroviárianacional; incompatibilida-de das normas existentescom a realidade das ope-rações ferroviárias; e faltade ofertas para reposiçãode suprimentos da via per-manente e de materialrodante.

Pela análise dos dadosoperacionais dos princi-pais corredores ferroviári-os do País, o estudo reve-la que o setor necessita dediretrizes mais claras dogoverno, proprietário darede, em relação ao plane-jamento estratégico, táticoe operacional a ser adota-do pelos operadores.

O estudo revelaque o setorferroviárionecessita de

diretrizes maisclaras do

proprietário darede, que é o

governo

34REFERÊNCIA EM LOGÍSTICAEDIÇÃO Nº63�MAIO�2007

n LogWeb n

J O R N A L

Multim

odal

PARPARPARPARPARTE IITE IITE IITE IITE IIINFRA-ESTRUTURA E OPERACIONAL

➠ terminais: na maioria dos corredores, os clientes apon-taram a grande utilização de terminais próprios ou de ter-ceiros, sendo que a utilização de terminais próprios nãoapresentou percentual menor que 19% em nenhum doscorredores. Apenas os clientes do corredor Vitória apon-taram uma maior utilização mista dos terminais próprios,de terceiros e/ou de concessionárias. Já os corredoresIntra-regional Nordeste e Paranaguá apontaram umamaior utilização dos terminais das concessionárias. Emquase todos os corredores, o percentual de satisfaçãoatinge mais de 60% dos entrevistados;

➠ tempo de carga e descarga: na maioria dos corredores,tanto o tempo de carga como o tempo de descarga foramconsiderados satisfatórios. Destaque para os corredoresde Belo Horizonte-Rio de Janeiro e Imbituba e também ocorredor São Paulo-Rio de Janeiro;

➠ conservação do material rodante: as condições de con-servação e limpeza dos vagões foram avaliadas comoboa pela maioria dos usuários de três corredores, entreboa e regular em outros quatro corredores e regular, emoutros três. Ainda, em dois corredores, houve uma divi-são na avaliação de boa e ruim, e no corredor SantosBitola Estreita, 46,2% dos clientes consideraram ruim ascondições de conservação e limpeza dos vagões;

➠ programação de viagens: em geral, nos corredorespesquisados, a programação de viagens atende às ne-cessidades dos clientes. Apenas nos corredores São Pau-lo-Nordeste e Santos Bitola Estreita a programação temse mostrado ineficiente para a maioria dos clientes entre-vistados. No corredor Belo Horizonte-Rio de Janeiro, aopinião ficou dividida quanto à adequação da programa-ção de viagens;

➠ tempo médio de viagens: mais da metade dos entrevis-tados, de sete corredores, consideram que o tempo mé-dio de transporte de seus produtos atende às suas ne-cessidades, sendo que destes, o corredor Imbituba apre-senta 100% dos clientes satisfeitos. Em outros cinco cor-redores, a maioria dos clientes aponta que o tempo mé-dio de transporte não atende às suas necessidades, des-taque para Santos Bitola Estreita, com 100% dos clientesinsatisfeitos. O percentual de clientes insatisfeitos comos tempos de transporte é superior a 25%;

➠ mão-de-obra: a mão-de-obra utilizada nos serviços fer-roviários foi avaliada como boa pela maioria dos clientesem todos os corredores pesquisados, destacando-se oscorredores de Belo Horizonte-Rio de Janeiro, São Paulo-Rio de Janeiro e Imbituba. O corredor Corumbá-Santosfoi o de avaliação ruim mais abrangente, com 23,1% dosclientes insatisfeitos.

➠➠➠➠➠ serviços de coleta e entrega de mercadorias: no cor-redor Belo Horizonte-Rio de Janeiro houve uma divisãodos clientes ao apontar existência dos serviços antes dopercurso e falta de oferta. A maior indicação de oferta destetipo de serviço foi creditada aos corredores Intra-regionalNordeste e Rio Grande. Com relação à coleta e à entregacomplementares de cargas, os clientes de nove dos trezecorredores aprovaram a qualidade dos serviços ofereci-dos. Destes, os maiores destaques ficam para os corre-dores São Luís, São Paulo–Rio de Janeiro e Imbituba.Apenas em dois corredores a maioria dos clientes avaliouo serviço oferecido como regular: Belo Horizonte–Rio deJaneiro (100%) e São Paulo-Nordeste (66,7%);

➠ qualidade no transporte: para pelo menos 75% dosclientes da maioria dos corredores, os prazos são sem-pre cumpridos, na maioria das vezes ou sempre. Desta-que para o corredor Imbituba, onde para a maioria (93,8%)dos clientes os prazos sempre são cumpridos, e o corre-dor Santos Bitola Estreita, onde para 69,2% os prazosnunca são cumpridos. Com exceção dos corredores San-tos Bitola Estreita, São Francisco do Sul e Rio Grande,mais de 59% dos clientes informaram que a integridadedas cargas é boa. O corredor Santos Bitola Estreita, ape-sar de índice menor (46,2%) - mas ainda assim com amaioria fazendo uma avaliação boa - é o corredor commaior percentual de clientes que apontam a integridaderuim das cargas (23,1%). Nos corredores São Franciscodo Sul-Rio Grande, a maioria dos clientes aponta a inte-gridade das cargas como regular. Sobre segurança, sãopoucos os corredores onde um grande percentual de cli-entes avalia que ocorreram melhoras nos últimos três anos.Uma boa parte avalia como estável, permanecendo igual.No caso específico do corredor Santos Bitola Estreita, umaparcela significativa de clientes (23,1%) aponta que asegurança piorou nos últimos três anos;

➠ relação do cliente com a concessionária: o canal decomunicação entre clientes e concessionárias foi avalia-do adequado por pelo menos 30% dos clientes de cadaum dos corredores, sendo que na maior parte deles, maisde 60%, avaliou o quesito desta forma. Os serviços ferro-viários têm mostrado relativa agilidade na captação decargas de seus clientes, o que demonstra o bom poten-cial de integração deste transporte para a prática damultimodalidade. Os corredores nos quais uma parte maissignificativa dos clientes consideraram este tempo de res-posta lento foram São Paulo-Nordeste (50,0%) e Centro-Oeste-São Paulo (45,8%);

➠ investimentos: percebe-se que não é uma prática forteno setor, pois a maioria dos clientes, independente do cor-redor onde opera, informa não ter interesse em investirem obras ferroviárias;

➠ investimento em material rodante: das empresasentrevistadas, a maioria não possui vagões próprios e nempretende investir neles, principalmente por causa do altocusto. Entre os que pensam em investir em materialrodante, a maioria aponta questões como maior disponi-bilidade de vagões ou locomotivas, redução de custos,maior autonomia e necessidade de aumento dos volumestransportados como os principais motivos.

Dentre os principaisdesafios a serem solucionadosem médio prazo estão:▲ ampliação de material de

transporte (vagões e loco-motivas);

▲ recuperação e ampliaçãoda malha em operação;

▲ reestruturação operacionalde dois dos principais cor-redores de alimentação doPorto de Santos (SP), oprimeiro por bitola mé-trica (Santos/Bauru/TrêsLagoas/Campo Grande/Corumbá) e o segundo porbitola larga (Santos/Cam-pinas/Santa Fé do Sul/Alto Araguaia);

▲ melhoria nas transposi-ções das grandes regiõesmetropolitanas, sobretu-do em Belo Horizonte,Curitiba e São Paulo;

▲ recuperação das faixas dedomínio das ferrovias in-vadidas e ocupadas pormoradias precárias, des-tacando-se as regiões ur-banas de Rio de Janeiro,São Paulo, Santos e BeloHorizonte;

▲ e superação de problemasde acesso e tráfego com-partilhado nos principaisportos brasileiros, desta-cando-se Santos, SP,Sepetiba, RJ, Paranaguá,PR, e São Luís, MA.

No que tange à questãolegal, o estudo verifica que oinstrumento que regulamen-ta o Tráfego Mútuo e o Di-reito de Passagem – Resolu-ção 433/04 – não atingiu osobjetivos para o qual foi cria-do e críticas das partes envol-vidas mostram que refor-mulações deverão ser feitas,a fim de ampliar a produçãoferroviária nacional. A solu-ção deste entrave possibilita-ria, como alternativa, a asso-ciação de concessionárias emserviços de trens expressos,aumentando o fluxo entre asmalhas – hoje na ordem de2,5% – e, dessa forma, alon-gando as distâncias ferro-viárias.

PARPARPARPARPARTE IIITE IIITE IIITE IIITE IIISERVIÇOS PRESTADOS

REFERÊNCIA EM LOGÍSTICA

n LogWeb n 35EDIÇÃO Nº63�MAIO�2007

J O R N A L

De acordo com o es-tudo, apesar de ser ade-quado ao transporte porlongos percursos, obser-va-se que a distância mé-dia de transporte ferro-viário hoje ainda é peque-na, fator negativo para umsistema que tem caracte-rística de custo fixo ele-vado e de custo variávelbaixo. O uso mais inten-sivo desta modalidade detransporte via ajustes téc-nicos, regulatórios e deinvestimentos públicospermitiria maiores ganhoslogísticos ao país, maiorrentabilidade econômicaaos embarcadores e am-pliação da oferta de servi-ços ferroviários pelas con-cessionárias.

AVALIAÇÃO DONÍVEL DE SERVIÇO

Para avaliação do ní-vel de serviço, a Pesqui-sa Ferroviária teve comobase corredores ferroviá-rios selecionados em fun-ção da importância eco-nômica e volume de car-ga transportado (ver ta-bela de amostragem declientes).

Em cada corredor fo-ram identificadas as em-presas concessionárias eos clientes dos dez prin-cipais produtos transpor-tados.

Os resultados do ques-tionário de satisfação dosclientes dos principais cor-redores ferroviários foramapresentados em quatro par-tes, a primeira caracterizan-do os clientes, a segundaavaliando a infra-estruturadisponível e aspectos opera-cionais, a terceira avalian-do os serviços oferecidose a última identificandoos aspectos de competi-tividade das concessioná-rias na operação dos cor-redores (ver quadros).

Apesar dosbenefícios

observados pós-privatização,

parte da malhaainda opera emcondições que se

afastam dasideais

36REFERÊNCIA EM LOGÍSTICAEDIÇÃO Nº63�MAIO�2007

n LogWeb n

J O R N A L

Multim

odal CONCLUSÃO

❖❖❖❖❖ O crescimento da inter-modalidade é fundamentalpara a melhor utilização dainfra-estrutura ferroviária noBrasil, o que permite a redu-ção do “Custo Brasil”, equa-cionando o uso das vantagensde cada modo de transporte,

PARPARPARPARPARTE IVTE IVTE IVTE IVTE IVCOMPETITIVIDADE

➠ tarifas: quanto aos valores cobrados das tarifas de trans-porte, 83,3% dos entrevistados consideram as do corre-dor São Paulo-Nordeste elevadas. Já 100% consideramas do São Paulo-Rio de Janeiro moderadas;

➠ utilização e crescimento de demandas: em diversoscorredores há grande dependência dos clientes na utili-zação do sistema ferroviário, com maior parte deles utili-zando-o para transportar de 96 a 100% do volume deprodução. Em outros corredores, os percentuais de clien-tes variam significativamente nos níveis de carga trans-portada;

➠ intermodalidade: ao avaliar o grau de utilização deintermodalidade pelos clientes do sistema ferroviário, per-cebe-se – pela falta de disponibilidade de sistemas com-plementares, além da ponta rodoviária – um percentualsignificativo de usuários que utiliza apenas a ferrovia parao transporte de seus produtos. A maior parte das cargasferroviárias transportadas no país é composta por miné-rios, e a maioria das mineradoras possui ramais de liga-ção com os corredores ferroviários utilizados e descarre-gam diretamente nos portos. Por outro lado, em corredo-res com diversidade modal, a intermodalidade já é utiliza-da por boa parte dos clientes;

➠ imagem da concessionária: para pelo menos 50% dosclientes da maior parte dos corredores – entre os anos de2004 e 2006 – a imagem das concessionárias melhorou.Entretanto, em corredores como Santos Bitola Estreita,São Francisco do Sul e São Luís, a percepção dos clien-tes é de estagnação ou até de piora na imagem.

inclusive quanto à diminui-ção do consumo de energia eda minimização dos impac-tos ambientais.

❖❖❖❖❖ Modificações que en-volvem ajustes no atual regi-me do sistema tributário e nalegislação de utilização decontêineres, assim como in-centivos fiscais para a criação

de terminais intermodais, sãonecessárias para melhorar aintegração das ferrovias comoutras modalidades.

❖❖❖❖❖ Como o número de ter-minais integrados à ferroviaainda é muito reduzido, asconcessionárias devem inves-tir em parcerias com seusclientes para aumentar essaquantidade.

❖❖❖❖❖ Apesar dos benefíciosobservados pós-privatização,parte da malha ainda operaem condições que se afastamdas ideais. Por conta disso, asvantagens da ferrovia, sobre osoutros modais, não se mostramsempre perceptíveis.

❖❖❖❖❖ A densidade ferroviá-ria baixa mostra que o trans-porte sobre trilhos está his-toricamente restrito aos cor-redores de exportação. O pe-queno fluxo entre as conces-sionárias indica que a impe-dância ao transporte em longadistância ainda é significativo.

❖❖❖❖❖ É pouco expressiva aintegração modal existenteentre transporte ferroviáriocom outros modais, em par-te devido ao número insufi-ciente de terminais de inte-gração modal existentes. Aparceria das concessionáriasferroviárias com seus clien-tes já ocorre, porém é neces-sário um aperfeiçoamentonos aspectos contratuais,regulatórios e de financia-mento.

❖❖❖❖❖ O setor ferroviário pri-vado calcula a necessidade de

PESQUISA DA CNT“É UMA CONTRIBUIÇÃO

FUNDAMENTAL PARAO CRESCIMENTO

DO PAÍS”

A Pesquisa Ferroviária CNT 2006 “é uma referênciaimportantíssima para o desenvolvimento do setor”, afirma RodrigoVilaça, diretor-executivo da Associação Nacional dos Transpor-tadores Ferroviários – ANTF.

De acordo com ele, “ao analisar a expansão da estrutura ferroviária nos últimos dez anos, aCNT registra a participação decisiva da iniciativa privada que, a partir do início do atual modelode concessão, em 1997, passou a gerar resultados positivos para os cofres públicos e para todoo país, em substituição ao grande prejuízo acumulado quando as ferrovias eram operadas poruma empresa estatal, a Rede Ferroviária Federal (RFFSA), agora em processo de extinção”.

Segundo o diretor-executivo da ANTF, “neste momento em que todo o país se mobiliza paraa concretização das metas do PAC, é necessário pôr em prática as recomendações da pesquisada CNT, que aponta ações de curto, médio e longo prazo, capazes de solucionar os principaisentraves e gargalos existentes no sistema, pois assim o transporte sobre trilhos poderá contri-buir ainda mais para o crescimento econômico do país”.

AMOSTRAGEM DE CLIENTES DA PESQUISA FERROVIÁRIA

Corredor Ferroviário Concessionárias T otal Amostra Amostra % Executado/de Clientes Planejada Executada Planejado

São Luís EFC / VALEC* 28 14 13 92,9%

Intra-regional Nordeste CFN 75 20 16 80,0%

São Paulo – Nordeste FCA 41 26 12 46,2%

Vitória FCA* / EFVM 112 26 22 84,6%

Belo Horizonte – Rio de Janeiro MRS 54 5 4 80,0%

São Paulo – Rio de Janeiro FERROBAN* 40 4 3 75,0%MRS

Centro-Oeste – São Paulo FCA / FERROBAN* 109 32 24 75,0%

Santos Bitola Estreita NOVOESTE 34 17 13 76,5%FERROBAN*

Santos Bitola Larga FERRONORTE 106 36 25 69,4%FERROBAN

MRS

Paranaguá FERROPAR / ALL 114 54 42 77,8%

São Francisco do Sul ALL 12 10 6 60,0%

Imbituba FTC 16 16 16 100,0%

Rio Grande ALL 20 17 15 88,2%

(*) Os clientes desta concessionária, especificamente neste corredor, não foram incluídos na amostra pesquisada.

REFERÊNCIA EM LOGÍSTICA

n LogWeb n 37EDIÇÃO Nº63�MAIO�2007

J O R N A L

investimento de cerca de1,5 bilhão de reais naconstrução das principaise variantes - linhas alter-nativas que evitam os tra-çados antigos que apre-sentam fortes subidas e si-nuosidades; uma das he-ranças legadas às conces-sionárias no processo dedesestatização.

❖❖❖❖❖ Frente ao desempe-nho mostrado pelos corre-dores – na opinião dosclientes – e aos entravesdetectados no setor detransporte ferroviário decargas, torna-se impres-cindível o planejamentoestruturado de médio elongo prazo; a execuçãode convênios e programasde melhorias visando so-lucionar os entraves daMalha Ferroviária Nacio-nal; e aplicar recursos pú-blicos nas obras necessá-rias para a solução dosgargalos existentes nainfra-estrutura ferroviária,em conjunto com os inves-timentos que vêm sendoaplicados pela iniciativaprivada, promovendo,assim, o aumento da pro-dutividade e da capacida-de das ferrovias.

❖❖❖❖❖ A correta aplicaçãoda CIDE - financiar pro-jetos e investimentos nasáreas de transporte, meioambiente e energia - geraum significativo potencialde financiamento para otransporte ferroviário.Cabe destacar que foi apartir de uma demanda daCNT sobre a aplicação daCIDE que o Supremo Tri-bunal Federal – STF de-terminou que a União fos-se obrigada a utilizar osrecursos conforme suafinalidade original, exis-tindo, portanto, viabilidadede aplicação desses recur-sos para o setor ferroviário.

❖❖❖❖❖ Outra importantealternativa para o setor en-volve as Parcerias Públi-co-Privadas – PPP, espe-cialmente as voltadas paraas obras ferroviárias. Seuuso possibilitaria o au-mento da competitividadedo país por meio de pro-jetos de expansão e de mo-dernização dos serviçosde transporte ferroviário,com a eliminação dos atu-ais gargalos de infra-estru-tura e a integração dos cor-redores de exportação,ferrovias e portos. ●

38REFERÊNCIA EM LOGÍSTICAEDIÇÃO Nº63�MAIO�2007

n LogWeb n

J O R N A L

TRANSPORTE AÉREO

INFRAERINFRAERINFRAERINFRAERINFRAERO IRÁ IMPLANTO IRÁ IMPLANTO IRÁ IMPLANTO IRÁ IMPLANTO IRÁ IMPLANTAR AR AR AR AR PRPRPRPRPROGRAMA DE EFICIÊNCIAOGRAMA DE EFICIÊNCIAOGRAMA DE EFICIÊNCIAOGRAMA DE EFICIÊNCIAOGRAMA DE EFICIÊNCIALOGÍSTICA EM CUMBICALOGÍSTICA EM CUMBICALOGÍSTICA EM CUMBICALOGÍSTICA EM CUMBICALOGÍSTICA EM CUMBICAO programa avalia a eficiência da cadeia logística do importador,objetivando diminuir o tempo do transporte de cargas

A Infraero – Empresa Brasileira deInfra-Estrutura Aeroportuária(Fone: 61 3312.3222) e a Recei-

ta Federal uniram-se para aplicar o Pro-grama de Eficiência Logística – que jáestá em operação no AeroportoViracopos, em Campinas, SP – no deCumbica, o Aeroporto Interacional deGuarulhos, SP.Segundo o engenheiro Carlos AlbertoAlcântara, gerente de logística da Re-gional Sudeste da Infraero, o forte de-senvolvimento das exportações mundi-ais motivou o desenvolvimento do pro-grama, que consiste na elaboração deum ranking com o tempo gasto por cadaempresa no processo de importação deseus produtos por via aérea, ou seja,avalia a eficiência da cadeia logística doimportador, objetivando diminuir o tem-po do transporte de cargas. “Com os re-sultados, o ranking mostra osparâmetros do mercado. Com isso, osimportadores se avaliam e resolvem osseus gargalos de tempo na entrega deprodutos, comparando-se com a primei-ra empresa do ranking. A Infraero ficaresponsável pela modernização quecabe a ela, mas a melhora começa comas empresas por meio do ranking”, ex-plica Alcântara.

Participam do ranking aquelas em-presas que realizam a partir de 20 im-portações por mês. São disponibilizadasas cinco primeiras colocadas de cadasetor, como Automotivo, Farmacêutico,Eletroeletrônico, Recof e Linha Azul,entre outros.

Segundo Alcântara, está prevista apremiação da melhor cadeia logística,como se fosse um “Oscar” do setor:qual importador, junto com seus parcei-ros, foi o mais rápido? Além do prêmio,

seria concedido um certificado de efi-ciência. “Mas é apenas uma idéia, aindaestá em projeto”, revela.

O problema do tempo é o principalapontado pelo gerente de logística, e éonde o projeto atuará. De acordo com ele,o aeroporto não deve ser visto como umarmazém de cargas, mas como um cor-redor para importação e exportação, en-tretanto, devido a leis, a carga acaba fi-cando no local até sua liberação. A partirdesse fato, é preciso avaliar onde estáocorrendo perda de tempo. Por isso, aInfraero também elabora um rankingcom o tempo gasto em cada atividade deimportação, envolvendo a companhia aé-rea, a Infraero, a Receita Federal, o des-pachante aduaneiro e as transportadoras.“É possível o equilíbrio entre agilidadee controle sobre os órgãos de fiscaliza-ção. É preciso ser rápido sem perder tem-po dentro das etapas”, declara Alcântara.

Para um resultado mais satisfatórioglobalmente, o gerente de logística ex-põe que o interesse é que os dois aero-portos, Viracopos e Cumbica, sejam equi-valentes e trabalhem de forma integrada.“Deve haver conexão entre os dois de for-ma com que não haja diferença entre ume outro”, diz.

No futuro também está prevista ainterligação desses dois aeroportos como de São José dos Campos, SP, forman-do um triângulo. Mas, de acordo comAlcântara, ainda não há uma data paraque este aeroporto comece a realizar otransporte internacional de cargas.

Seguindo o exemplo da Fórmula 1,onde há a integração de toda a equipe, ogerente de logística avalia que se perdeme se ganham corridas nos bastidores e,por isso, a integração é uma das soluçõespara os gargalos aéreos. ●

Notíciasr á p i d a s

Hamburg Süddivulga balançofinanceiro de2006No ano passado, o GrupoHamburg Süd (Fone: 115185.5600), incluindo a Alian-ça Navegação e Logística,aumentou o volume de car-ga movimentada em cerca de21% em relação a 2005 –chegou a 1,84 milhão deTEUs, contra 1,52 milhão deTEUs no ano anterior. Consi-derando-se a meta de au-mentar ainda mais a parcelaprópria de navios e contêi-neres, o volume de investi-mentos do Grupo HamburgSüd em 2006 – 348 milhõesde euros – permaneceu emum nível muito alto (em 2005foram 387 milhões de euros).Cerca de metade dos gastosde capital foi atribuída aos pa-gamentos iniciais de seis na-vios da classe “Bahia” (3.750TEUs) pedidos em 2005, e dedez navios da classe “Mon-te” (5.500 e 5.900 TEUs), quedeverão ser entregues no fi-nal de 2008. O faturamentodo Grupo aumentou 5,2% so-bre o ano anterior, para cer-ca de 3.194 milhões de euros.Destes, 2.692 milhões deeuros (aproximadamente85%) foram atribuídos à divi-são de transporte decontêineres e representamum aumento desproporcionalde apenas 8% em compara-ção com o crescimento dovolume no ano anterior. Asprincipais rotas do Grupo, daEuropa, América do Norte eÁsia para a Costa Leste daAmérica do Sul, apresenta-ram um crescimento de mer-cado bastante satisfatório.Entretanto, as exportaçõesdo Brasil sofreram umdeclínio em virtude da gran-de desvalorização do Real.As rotas comerciais entre aCosta Oeste da América doSul, Europa e América doNor te apresentaram umavanço bastante satisfatório.O volume de mercado da Ásiacresceu novamente, em cer-ca de 20%, embora os fretesenfrentassem uma pressãoconsiderável por vezes, emvirtude de um aumento aindamais agudo na capacidade.

Entre nomundo daLogísticawww.logweb.com.br

REFERÊNCIA EM LOGÍSTICA

n LogWeb n 39EDIÇÃO Nº63�MAIO�2007

J O R N A L

Anuário Sifreca2006Autor: Grupo ESALQ-LOGNº de páginas: 80Informações: 19 3429.4580

O Grupo ESALQ-LOG- Grupo de Pesquisa e Ex-tensão em Logística Agro-industrial lançou o “Anuá-rio Sifreca 2006”, a partirde informações de fretesrodoviários médios do anode 2006. São 75 produtos,entre açúcares, aço, adu-bos e fertilizantes, algodão,café, farelos de soja, arroz,milho e polpa cítrica, diver-sos tipos de leite, trigo eoutros. A idéia veio da ne-cessidade de se documen-tar o comportamento anualdos valores de fretes rodo-viários, tanto para os agen-tes tradicionais do setor dotransporte como para osnovos empreendedores dosetor e do agronegócio bra-sileiro. São fretes empre-sas, sem impostos, segu-ros e com o valor do pedá-gio. O Anuário é uma edi-ção especial do InformeSifreca - Sistema de Infor-mação de Fretes e contémuma seção denominada“Momento Rodoviário”,que é o valor do frete ne-gociado para se transpor-tar uma unidade de massa(tonelada) ao longo de umaunidade de distância (qui-lômetro), o que é conheci-do no mercado por FreteUnitário ou “TKU”. Inclui,também, explicações so-bre o comportamento domercado de fretes rodo-viários e análises de fretesdos principais produtos dapauta de exportação bra-sileira.

Livro

40REFERÊNCIA EM LOGÍSTICAEDIÇÃO Nº63�MAIO�2007

n LogWeb n

J O R N A L