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Modelo Mundell- Fleming Prof. Dr. Alex Luiz Ferreira Introdu¸c˜ ao Mercado de Bens Mercado Monet´ ario Setor Externo Efeitos de Pol´ ıtica Econˆ omica Modelo Mundell-Fleming Prof. Dr. Alex Luiz Ferreira 4 de abril de 2009 Prof. Dr. Alex Luiz Ferreira Modelo Mundell-Fleming

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Introducao

Mercado deBens

MercadoMonetario

Setor Externo

Efeitos dePolıticaEconomica

Modelo Mundell-Fleming

Prof. Dr. Alex Luiz Ferreira

4 de abril de 2009

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Introducao

Mercado deBens

MercadoMonetario

Setor Externo

Efeitos dePolıticaEconomica

Sumario

1 Introducao

2 Mercado de Bens

3 Mercado Monetario

4 Setor Externo

5 Efeitos de Polıtica Economica

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Introducao

Mercado deBens

MercadoMonetario

Setor Externo

Efeitos dePolıticaEconomica

Sumario

1 Introducao

2 Mercado de Bens

3 Mercado Monetario

4 Setor Externo

5 Efeitos de Polıtica Economica

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Introducao

Mercado deBens

MercadoMonetario

Setor Externo

Efeitos dePolıticaEconomica

Conteudo da Aula

Corresponde ao Modelo IS-LM para uma economia aberta

Hicks and Hansen → depois Modigliani

Robert Mundell e Marcus Fleming: + realismo

O modelo M-F que vou apresentar difere daquele do seulivro-texto (Blanchard).

Ele e mais completo e permitira um entendimentoabrangente dos efeitos de polıtica economica (fiscal,monetaria e cambial) sobre juros e PIB numa economiaaberta.

Os slides e as aulas devem ser suficientes para facilitar oentendimento. Ainda assim, existe material especıficoindicado na bibliografia.

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MercadoMonetario

Setor Externo

Efeitos dePolıticaEconomica

Onde estamos...

Modelo Classico

precos flexıveis (ajuste automatico)

Modelo Keynesiano

precos rıgidos no curto-prazo

- Papel importante da demanda agregada na determinacaonao so de precos mas tambem da renda de equilıbrio

- Papel importante da taxa de juros na determinacao darenda de equilıbrio

- Ate aqui estudou-se a economia fechada. Nesta auladesenvolveremos uma teoria para analise da economiaaberta

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MercadoMonetario

Setor Externo

Efeitos dePolıticaEconomica

Uma extensao do modelo IS-LM para aeconomia abertaAs condicoes externas impoe restricoes naconducao da polıtica macroeconomica

Mostra como e possıvel conciliar objetivos internos(produto real) com externos (equilıbrio no BoP)Analise pode ser feita assumindo cambio fixo ou rıgido(dirty floating, “fear of floating”) e flexıvel (veremos maisadiante).

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Introducao

Mercado deBens

MercadoMonetario

Setor Externo

Efeitos dePolıticaEconomica

Sumario

1 Introducao

2 Mercado de Bens

3 Mercado Monetario

4 Setor Externo

5 Efeitos de Polıtica Economica

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Mercado deBens

MercadoMonetario

Setor Externo

Efeitos dePolıticaEconomica

Vamos obter a declividade das curvasIS-LM-BP usando o metodo anterior.Mas a demanda agregada agora tambemdepende indiretamente de outras variaveisalem de Y (renda interna):

Y ∗, a renda externa.ε, a taxa da cambio real.recorde-se que E, a taxa de cambio nominal e E = R$

U$

Isto e Y , Y ∗ e ε afetam a demanda agregadaindiretamente via seu efeito sobre X e M .

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Efeitos dePolıticaEconomica

Mercado de Bens

Demanda agregada por bens internos, chamada de D

D = C + I + G + X −M (1)

onde C e o consumo, I o investimento e G representa os gastosde consumo do governo.Podemos chamar as importacoes lıquidas de NX ,“net”, isto eNX = X −M. Para a taxa de cambio real assume-se ε = 1 eque este e o seu valor de equilıbrio.

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Setor Externo

Efeitos dePolıticaEconomica

Funcoes individuais dos componentes de D

C = C0 + c(Y − T ) (2)

I = I0 + I (r) (3)

G = G0 (4)

T = T0 (5)

NX = NX0 + NX (Y , Y ∗, ε) (6)

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Setor Externo

Efeitos dePolıticaEconomica

Agregando

Substituindo os componentes individuais na equacao dademanda agregada, temos

D = C0 +c(Y −T )+ I0 + I (r)+G0 +NX0 +NX (Y , Y ∗, ε) (7)

Agrupando os termos, podemos escrever

D = D0 + D(Y , T , r , Y ∗, ε) (8)

onde

D0 = C0 + I0 + G0 + NX0 (9)

D(Y ,T , r , Y ∗, ε) = c(Y − T ) + I (r) + NX (Y ,Y ∗, ε) (10)

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Setor Externo

Efeitos dePolıticaEconomica

Derivadas Parciais de D

Vamos representar as derivadas parciais de D:

∂D

∂Y= DY

∂D

∂T= DT

∂D

∂r= Dr

∂D

∂Y ∗ = DY ∗

∂D

∂ε= Dε

Elas representam o efeito da mudanca nestas variaveis sobre ademanda agregada e, consequentemente, sobre o produto daeconomia.

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Mercado deBens

MercadoMonetario

Setor Externo

Efeitos dePolıticaEconomica

Derivadas: Sinal e Interpretacao

DY =∂C

∂Y+

∂NX (Y ,Y ∗, ε)∂Y

= c + nY

DT < 0

Dr =∂I (r)

∂r= Ir < 0

D∗Y > 0

Dε > 0

Temos que 0 < c < 1, −1 < nY < 0 e, vamos assumir,c > |nY |. Assim 0 < DY < 1.

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MercadoMonetario

Setor Externo

Efeitos dePolıticaEconomica

Equilıbrio no Mercado de Bens

Demanda agregada planejada e igual ao fluxo do produto real.A equacao abaixo mostra a relacao entre o nıvel do produto reale as taxas de juros quando ha equilıbrio no mercado de bens

Y = D (11)

Ou seja,

Y = D0 + D(Y ,T , r , Y ∗, ε) (12)

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Mercado deBens

MercadoMonetario

Setor Externo

Efeitos dePolıticaEconomica

Diferencial Total

Tirando o diferencial total da equacao (8), temos

dY = dD0 + DY dY + DTdT + Drdr + D∗Y dY ∗ + Dεdε (13)

Procuramos, no plano cartesiano, para os pares de coordenadas (Y ,r), uma reta que satisfaz a condicao de equilıbrio no mercado debens. Neste plano cartesiano temos o eixo horizontal (abcissa), oqual representa os valores de Y e o eixo vertical (ordenada), o qualrepresenta os valores de r . Assim, mantendo tudo o mais constante,isto e ceteris paribus quando Y e r mudam T , D0 Y ∗ e ε saoconstantes, a equacao (13) pode entao ser reescrita

dr

dY

∣∣∣∣dD0=0,dY ∗=0,dε=0,dT=0

=1− DY

Dr(14)

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Mercado deBens

MercadoMonetario

Setor Externo

Efeitos dePolıticaEconomica

Sinal

Temos entao que a declividade e negativa, pois 0 < DY < 1 eDr < 0

dr

dY

∣∣∣∣dD0=0,dY ∗=0,dε=0,dT=0

=1− DY

Dr(15)

Relacao IS: enquanto a renda e os juros reais variam, tudo omais permanece constante e o mercado de bens permanece emequilıbrio.

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Setor Externo

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Curva IS

Agora sabemos a inclinacao da reta e podemos desenhar a IS: relacaonegativa entre r e Y . Observe que mudancas nos componentesautonomos da demanda agregada provocarao deslocamentos da curvaIS.

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Setor Externo

Efeitos dePolıticaEconomica

Sumario

1 Introducao

2 Mercado de Bens

3 Mercado Monetario

4 Setor Externo

5 Efeitos de Polıtica Economica

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Efeitos dePolıticaEconomica

Mercado Monetario

1 No modelo classico a moeda nao tem impacto sobre oproduto real no curto e no longo-prazo

2 No modelo keynesiano a moeda tem impacto sobre oproduto real no curto-prazo mas nao no longo-prazo.

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Setor Externo

Efeitos dePolıticaEconomica

Equilıbrio no Mercado Monetario: Hipoteses

Demanda por encaixes reais e funcao do nıvel de rendareal e dos juros reais

Assume-se que a inflacao esperada e constante e igual azero. Assim: r = i

Oferta e exogena e determinada pelo Bacen

Assume-se que nao ha sistema bancario (sem multiplicadorbancario)

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Equilıbrio no Mercado Monetario: Formalizacao

L = L(Y , r) (16)

M = M0 (17)

eP = P (18)

onde L representa a demanda por liquidez: ∂L∂Y = LY > 0 e

∂L∂r = Lr < 0. Equilıbrio ocorre quando

M0

P= L(Y , r) (19)

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Setor Externo

Efeitos dePolıticaEconomica

Diferencial Total

d

(M0

P

)= LY dY + Lrdr (20)

Aplicamos o procedimento analogo ao usado para encontrar a

inclinacao da IS. Dadas nossas hipoteses temos d(

M0

P

)= 0 e

assim escrevemos

dr

dY=−LY

Lr(21)

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Efeitos dePolıticaEconomica

LM

Quanto maior a sensibilidade da D de moeda relativa a renda e qto menor a sensibilidade relativa a juros,mais inclinada e a LM

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Setor Externo

Efeitos dePolıticaEconomica

Sumario

1 Introducao

2 Mercado de Bens

3 Mercado Monetario

4 Setor Externo

5 Efeitos de Polıtica Economica

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Efeitos dePolıticaEconomica

O Setor Externo

Principais suposicoes (simplificadoras):

1 O paıs e pequeno: assim renda mundial e precos saodados.

2 Resultado do balanco comercial e igual ao resultado detransacoes correntes.

3 Inflacao domestica esperada interna e externa constantes eiguais a zero.

4 Condicao de Marshall-Lerner e satisfeita.

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Setor Externo

Efeitos dePolıticaEconomica

O Setor Externo: Equilıbrio

O resultado do Balanco de Pagamentos (fluxos) pode serdescrito de acordo com a equacao abaixo:

BP = NX (Y ,Y ∗, ε) + k(r − r∗) (22)

Onde k representa saldo da conta de capital, ε e a taxa decambio real, r e a taxa de juros real. O asterisco representa aeconomia externa. As outras variaveis foram definidasanteriormente.

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Setor Externo

Efeitos dePolıticaEconomica

Equilıbrio no Setor Externo: a curva BP

Escrevemos abaixo o diferencial total da equacao (22) para obter a declividade dacurva BP

dBP = nY dY + nY∗dY ∗ + nεdε + krdr − kr∗dr∗ (23)

A letra minuscula n, representa a derivada de NX com relacao as variaveis Y , Y ∗e ε. A letra k (minuscula) representa a derivada do saldo da conta de capital comrelacao a r . Fazendo dBP = 0 , ou seja a variacao de reservas e igual a zero (naoha alteracao na posicao do BP), e as variaveis Y ∗ e ε sao constantes, obtemos adeclividade da curva:

dr

dY

∣∣∣∣dY∗=0,dε=0,dr∗=0

=−nY

kr(24)

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Efeitos dePolıticaEconomica

A declividade da curva BP: −nY

kr> 0

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Efeitos dePolıticaEconomica

Equilıbrio no Setor Externo: a curva BP

A curva BP mostra as combinacoes entre taxa de juros e PIB para a qual ha equilıbrio no setor externo. Umnıvel de renda maior implica em importacoes mais altas e, dado o nıvel de exportacoes, e necessario umataxa de juros domestica mais elevada para equilibrar o Balanco de Pagamentos. De fato, a curva BP podeser mais ou menos inclinada do que a LM. Vamos analisar sua inclinacao nos proximos slides.

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Analise da curva BP

Conforme colocado, a curva mostra as combinacoes entre taxas de juros e PIB quando o setor externoencontra-se em equilıbrio. Em pontos acima da curva BP, a taxa de juros domestica e maior do que aquelacondizente com equilıbrio no setor externo. Assim, a economia esta atraindo mais capital do que o necessariopara equilibrar o Balanco de Pagamentos e a economia apresenta um superavit externo. Em pontos abaixoha deficit. Deslocamentos da curva BP para a direita (esquerda) ocorrem se houver aumento (diminuicao) darenda mundial ou uma depreciacao real da moeda domestica (apreciacao). Por exemplo, uma depreciacaoreal aumenta as exportacoes e diminui importacoes para cada nıvel de renda, portanto e necessario uma taxade juros menor para equilibrar o Balanco de Pagamentos.

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Dinamica do Equilıbrio

Pontos fora da curva significam que a economia encontra-se em desequilıbrio externo. E o ajustamento daeconomia vai depender do regime de cambio. Este ajustamento vai se impor a economia domestica. De fato,o Brasil experimentou diversos perıodos em sua historia economica em que o setor externo representou umproblema ao aumento do PIB.

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Determinantes da declividade da curva BP

O grau de mobilidade de capitais e um dos determinantes dainclinacao da curva BP

MOBILIDADE PERFEITA: kr → +∞MOBILIDADE IMPERFEITA: finito e positivo.

IMOBILIDADE: kr → 0

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MOBILIDADE PERFEITA: kr → +∞

A polıtica monetaria nao e independente pois a taxa de juros real da economia deve ser igual a taxa externa.Ou seja, com perfeita mobilidade de capitais, r = r∗, que e igual ao resultado da hipotese da paridade dataxa de juros real.

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MOBILIDADE IMPERFEITA: kr e finito epositivo

Este e o caso que assumimos e o mais comum na realidade. O Brasil, por exemplo, caracteriza-se porimperfeita mobilidade de capitais, ja que os tıtulos brasileiros nao sao substitutos perfeitos dos tıtulosnorte-americanos (considerados como “risk free”. OBS: Observe que imperfeita mobilidade de capitais ediferente de imobilidade de capitais.)

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IMOBILIDADE DE CAPITAIS: kr → 0

Neste caso ha restricao ao crescimento interno. So ha um nıvel de renda compatıvel com equilıbrio no setorexterno. Nıveis de renda acima de Ybp ocasionam um deficit comercial. A restricao externa pode ser aliviadapor uma depreciacao real ou aumentos da renda externa.

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Sumario

1 Introducao

2 Mercado de Bens

3 Mercado Monetario

4 Setor Externo

5 Efeitos de Polıtica Economica

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Setor Externo

Efeitos dePolıticaEconomica

Os efeitos de polıtica fiscal e monetaria no modelo M-F dependerao largamente do

regime de cambio

1 Cambio Flexıvel: a taxa de cambio varia de acordo com asmudancas na demanda e oferta de divisas.

Superavit: aumenta a oferta de divisas e a moedadomestica se apreciaDeficit: diminui a oferta de divisas e a moeda se deprecia

2 Cambio Fixo: o Bacen usa suas reservas externas paracontrolar o valor do dolar (a taxa de cambio).

Quando ha um deficit, o Bacen vende dolares no mercadoaumentando a oferta de moeda estrangeiraQuando ha um superavit, o Bacen compra dolares nomercado reduzindo a oferta de moeda estrangeira

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Superavit e Cambio Flexıvel

Vamos iniciar a analise, considerando um regime de cambio flexıvel. Suponha que os mercados de bens emonetario estejam em equilıbrio no ponto a abaixo. Porem, o setor externo encontra-se desequilibrado (curva

BP0). O superavit significa que ha um excesso de oferta de dolares e, portanto, havera uma apreciacaonominal da moeda domestica. Como os precos domesticos sao rıgidos, a taxa de cambio real tambem seapreciara. A taxa de cambio real mais baixa vai deslocar tanto a IS quanto a curva BP para a esquerda. Istoocorre porque a apreciacao da moeda (supoe-se que a condicao Marshall-Lerner e satisfeita) deprimeexportacoes e aumenta importacoes. A menor demanda por bens internos e condizente com um equilıbrio nomercado de bens, o qual, para cada nıvel de juros (r) se da a um nıvel de renda menor. Assim, a economiase move em direcao ao ponto e, onde a pressao externa desaparece e todos os mercados encontram-se emequilıbrio.

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Deficit e Cambio Flexıvel

Suponha equilıbrio inicial no ponto a abaixo. O deficit significa que ha um excesso de demanda por dolares oque promovera depreciacao nominal da moeda domestica (por exemplo, a moeda Real). Como os precos saorıgidos, a taxa de cambio real tambem se depreciara. A taxa de cambio real mais alta vai deslocar a IS para adireita e a BP para baixo.

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Setor Externo

Efeitos dePolıticaEconomica

Superavit e Cambio Fixo

O superavit significa que ha um excesso de oferta de dolares e havera uma tendencia de queda da taxa decambio. Como o cambio e fixo, o Banco Central vai comprar dolares no mercado (ampliando suas reservasexternas). Ao comprar dolares no mercado, o Bacen acaba por deslocar a curva LM para a direita (ocorre umaumento na oferta de moeda).

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MercadoMonetario

Setor Externo

Efeitos dePolıticaEconomica

Deficit e Cambio Fixo

O deficit significa que ha um excesso de demanda por dolares o que tendera a aumentar a taxa de cambionominal. Como o cambio e fixo, o Bacen vai responder a esta pressao vendendo dolares no mercado decambio. A venda de dolares tem como contrapartida uma diminuicao no estoque de moeda o qual desloca acurva LM para a esquerda ate a economia repousar no equilıbrio em e.

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MercadoMonetario

Setor Externo

Efeitos dePolıticaEconomica

Pergunta

A partir deste modelo voce pode conjecturar os efeitos de mudancas na polıtica economica sobre o PIB e osjuros. Suponha que a economia encontra-se no ponto a e as autoridades monetarias desejam desaquecer aeconomia. Analise os efeitos num regime de cambio fixo e flexıvel.

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Setor Externo

Efeitos dePolıticaEconomica

O Modelo M-F no Livro-Texto de Blanchard

Nas ultimas aulas vimos que, com uma taxa de cambioesperada constante, aumentos na taxa de juros domesticaprovocarao uma apreciacao cambial (num sistema de cambioflexıvel):

↑ it = i∗t =

(E e

t+1 − Et ↓Et ↓

)↑

Ou seja, quanto mais o Real se aprecia hoje, maior e adepreciacao esperada (para um valor esperado dado da taxa decambio nominal)

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MercadoMonetario

Setor Externo

Efeitos dePolıticaEconomica

O Modelo M-F no Livro-Texto de Blanchard

Com uma taxa de cambio esperada dada e constante, aumentos na taxa de juros domestica provocarao umaapreciacao cambial (num sistema de cambio flexıvel).

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Setor Externo

Efeitos dePolıticaEconomica

Conclusoes

A vantagem em se aprender a curva BP e analisar a dinamica economica emresposta a choques de demanda, mudancas nas polıticas fiscal e monetariae situacoes de desequilıbrio sobre diferentes regimes de cambio e mobilidadede capitais. A curva BP da forma como foi apresentada tambem permitevisualizar de forma clara os determinantes das inclinacoes da IS-LM-BP, osquais sao cruciais para o entendimento dos efeitos de polıtica economica.

Cambio Fixo:

Polıtica monetaria esta subordinada a polıtica externa. Por definicaoa taxa de cambio e fixa, portanto a polıtica cambial tambem naopode servir para acomodar choques sobre a demanda agregada.Assim, a polıtica fiscal e recomendada.

Cambio Flexıvel:

A polıtica monetaria e recomendada para objetivos externos, pois elapode alterar a taxa de cambio na direcao desejada. A polıtica fiscalnao e efetiva em aumentar o PIB.

Prof. Dr. Alex Luiz Ferreira Modelo Mundell-Fleming