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INTERPRETAÇÃO DE EXAMES LABORATORIAS EM INFECTOLOGIA Dra. Dilman de Almeida Damas Dr Sebastiao Pontes 6 de Novembro 2017

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Page 1: INTERPRETAÇÃO DE EXAMES LABORATORIAS EM INFECTOLOGIA · Prioridades: 1ª Tratar doença ativa –TB ativa. 2ª Identificar e tratar infeção latente de TB. Existem 2 testes majores

INTERPRETAÇÃO DE EXAMES LABORATORIAS EM

INFECTOLOGIA

Dra. Dilman de Almeida DamasDr Sebastiao Pontes 6 de Novembro 2017

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Objectivos do curso

Compreender o fundamento/princípio do teste.

Saber em que casos deve solicitar os exames.

Ter capacidade de interpretar resultados paraauxiliar na tomada de decisões médicas.

Identificar implicações que possam induzir a testes falso-negativos e falso-positivos.

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Noções básicas de exames laboratoriais em infectologia

• Demonstração do microorganismo• Métodos de Detecção

DiretaIndireta

Anticorpos/antigenos

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Tuberculose

Agente etiológico: mycobacterium tuberculosis.

Epidemiologia: 9 milhões novos casos, 95% em África.

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+ 50%

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Tuberculose

Prioridades:

1ª Tratar doença ativa – TB ativa.

2ª Identificar e tratar infeção latente de TB.

Existem 2 testes majores para identificação deinfecção latente de TB:

Teste de Sensibilidade de Tuberculina - TST

Interferom-Gamma Release Assay - IGRA

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Teste de Sensibilidade a Tuberculina

Indicações para o testagem de Infecção latente de TB

• Individuos com risco de nova infecçãodevido a exposição.

• Individuos com ILTB, com risco aumentadopara progressão de doença ativa devido a outras condições de base.

• Trabalhadores de saude

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• Material usado Proteina purificada• Duas á Cinco unidades de

tuberculina • Via Subcutanêa

• Leitura

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Resultados positivos

• Resultados positivos: o Valor preditivo positivodenota probabilidade de ser uma infecçãoverdadeira em situações em o teste é positivo.Quanto maior for o risco de exposição maior éo valor preditivo positivo.

• A estes individuos é necessário avaliação paradescartar doença ativa devido o regimeantibacilar.

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Resultados positivosTestes Falsos-positivos

• Mycobacteria não tuberculosa

• Vacinação da BCG: idade da vacinação, sendo que nas crianças os primeiros anos de vacinação o TST pode ter baixo valor.

• Adultos podem ter reação de menos de 10mm e poderá persistir 10 anos ou mais após vacinação.

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Resultados negativos

• Resultados negativos: o Valor preditivonegativo denota probabilidade de nãohaver infecção . Quanto menor for orisco de exposição maior é o valorpreditivo negativo.

• Falsos negativos pode, ser resultante de condições biológicas (SVR) e limitações na técnica.

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Quando voltar a repetir o TST

• Uma vez positivo, permanecerá semprepositivo, e por não agregar valor clinico nãose deve voltar a testar.

• Se o teste for negativo poderá serrepetido nas seguintes circunstâncias:

Contactos próximos Individuos com exposição continua.

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Tratamento para testes negativos

• Pacientes com comprometimento imunológicosevero independemente do valor negativodevem ser tratados.

• O teste deve ser repetido após 8 semanas detratamento, sendo o TST ou IGRA.

• Se o segundo teste for positivo o tratamentodeve ser continuado e se der negativo otratamento deve interrompido.

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IGRA

IGRA é um teste in vitro, imunologicamente mediado por resposta celular. que mede resposta celular dos linfocitos T, na presença do antigeno mycobacterium tuberculoses.

- O IGRA não consegue distinguir a infecção latente da doença ativa de por este motivo não se deve usar este teste para diagnóstico de doença ativa.

-Deve se usar o teste IGRA para rastreiar TB latente e em pessoas com risco elevado de desenvolver a doença nos próximos anos. Por este motivo deve-se apenas testar pessoas com fortes supeitas de TB latente.

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IGRA

-O teste IGRA não é influenciado pelo o estatusvacinal da BCG e por este motivo é um bom testepara ser usados em populações que são vacinadascom BCG na infância.

- Ao contrario do TST em que sua especificidadenão é alterada em pacientes vacinados com BCG,dependendo do tempo da administração da vacina,inclusive dos reforços da BCG.

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Interferon-Gamma Rapid Assay

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DENGUE• Doença febril causada por um dos quatro vírus daDengue (DENV), transmitido pelo mosquito Aedesaegypti e Aedes albopictus.

• Os quatros virus têm semelhanças mas produzem resposta sserologicas distintas DENV-1, DENV-2; DENV-3 e DENV-4.

• Existe proteção transitória entre os quatro, mas diminui eeventualmente desaparece. Portanto as pessoas que vivem em areasendemicas onde há co-circulação de todos o s virus correm o risco deinfecção com qualquer um dos virus.

• A OMS pela sua classificação 2009, divide em três categorias: Dengue semsinais de alarme, Dengue com sinais de alarme e Dengue grave.

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DENGUE

• O diagnóstico laboratorial da doença de Dengue éestabelecido tanto pela deteção direta encontrandocomponentes do virus no soro ou indiretamente porserologia.

• A sensibilidade de cada metodo depende da duração da doença dopaciente, assim como o tempo em que o paciente apresenta-se paraavaliação médica..

• Durante a primeira semana da doença, o diagnóstico pode serestabelecido atravês da detecção do acido nucleico viral no soro pelatecnica de RT-PCR, (sendo positivo nos primeiros 5 dias) ou pela deteçãoda proteina viral não estrutural NS1 do virus ( positivo nos primeiros 7dias).

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4 dias

10 -14 dias

7 dias

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DENGUE

• Os resultados podem estar comprometidos em casos deinfecção recente ou imunização com antigeniogeneticamente relacionados.

• O diagnóstico também pode ser feito isolamento do virus -cultura.

• Proteina de Dengue pode ser detectada em tecidos usando aimunohistoquimica. A biopsia não é frequentemente solicitado, apenasnos casos de diagnóstico post-mortem.

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HEPATITE A

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