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Douglas Shigueo Kuniyoshi Implementação da Metodologia Lean Seis Sigma em uma empresa do setor têxtil Trabalho de Formatura apresentado à Escola Politécnica da Universidade de São Paulo para obtenção do Diploma de Engenheiro de Produção São Paulo 2006

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Douglas Shigueo Kuniyoshi

Implementação da Metodologia Lean

Seis Sigma em uma empresa do setor

têxtil

Trabalho de Formatura apresentado

à Escola Politécnica da Universidade

de São Paulo para obtenção do

Diploma de Engenheiro de Produção

São Paulo

2006

Douglas Shigueo Kuniyoshi

Implementação da Metodologia Lean

Seis Sigma em uma empresa do setor

têxtil

Trabalho de Formatura apresentado

à Escola Politécnica da Universidade

de São Paulo para obtenção do

Diploma de Engenheiro de Produção

Orientador:

Prof. Doutor

Paulino Graciano Francischini

São Paulo

2006

Agradecimentos

Ao professor Paulino Graciano Francischini, pela atenção, paciência e compreensão

na orientação do trabalho durante o ano.

Às pessoas que me proporcionaram um ano de muito aprendizado e

desenvolvimento profissional, Márcio Abraham, Jeannette Galbinski, Fernando Lopes e

Cristina Padovani.

A todos amigos de Setec, em especial para Tiago e Angélica pela amizade e força

em momentos difíceis.

A todos os colegas da Poli, que proporcionaram cinco anos de muito aprendizado e

amizade, em especial para Lidia, pelo companheirismo demonstrado nesse último ano.

Aos meus irmãos, Danielle e André, e ao meu primo Jorge, pelo apoio e incentivo

durante todos esses anos.

Aos meus pais, Jaime e Yukico, por toda a dedicação e esforço realizado durante os

todos os anos de minha vida.

Douglas Shigueo Kuniyoshi

Resumo

O objetivo deste trabalho é mostrar a implementação da metodologia Lean Seis

Sigma, destacando suas vantagens na obtenção de resultados.

Primeiramente, foi conduzido um estudo sobre a literatura para entender as

metodologias Lean Manufacturing, Seis Sigma e Lean Seis Sigma. Em seguida, foi

proposta uma metodologia para aplicação do Lean Seis Sigma seguindo a estrutura

DMAIC, utilizando os conceitos do Seis Sigma e as ferramentas do Lean Manufacturing.

A aplicação da metodologia foi realizada em uma empresa do setor têxtil, onde

inicialmente foi desenvolvido um diagnóstico para a definição do problema, seguindo com

o levantamento e análise de dados, e sua resolução de acordo com a base teórica levantada.

Os resultados deste trabalho são as soluções propostas para a empresa, incluindo um

cronograma de execução e uma previsão dos novos níveis de desempenho alcançados.

Além disso, outro resultado é a demonstração de que a utilização do Lean Seis Sigma traz

benefícios e pode ser aplicada em diferentes casos, o que faz dela uma metodologia

poderosa para as empresas.

Abstract

The objective of this work is to show how to implement Lean Six Sigma

Methodology, detaching its advantages to obtain positive results.

First, a study in literature was lead to understand Lean Manufacturing, Six Sigma,

and Lean Six Sigma methodologies. Then, a Lean Six Sigma application methodology was

proposed according to DMAIC structure, and using Six Sigma concepts and Lean

Manufacturing tools.

The application of the methodology was made in a textile industry company. Where

initially was developed a diagnostic to define the problem, followed by data collection and

analysis, and then the problem solving accordingo to the theory studied.

The results of this work are the improvement action proposals, including

chronogram to implement them and prediction for new performance levels. Other result of

this work is the demonstration that Lean Six Sigma application brings benefits and can be

used in different cases, becoming a powerful methodology for the companies.

LISTA DE TABELAS Tabela 4.1 – Principais artigos em volume de produção (kg) – Elaborado pelo autor......69

Tabela 4.2 – Principais artigos em volume de produção (%) – Elaborado pelo autor.......70

Tabela 4.3 – Processos da Tinturaria..................................................................................72

Tabela 4.4 – Classificação das Cores em Categorias.........................................................72

Tabela 4.5 – Eficiência Global do Equipamento para as máquinas da Tinturaria – Elaborado

pelo autor.............................................................................................................................74

Tabela 4.6 – Descrição dos produtos que apresentam fluxos diferentes – Elaborado pelo

autor.....................................................................................................................................77

Tabela 4.7 – Demanda mensal (em kg) calculada por família de produtos – Elaborado pelo

autor.....................................................................................................................................78

Tabela 4.8 – Relação entre processos e máquinas – Elaborado pelo autor.........................79

Tabela 4.9 – Tempo demandado por máquina – Elaborado pelo autor...............................80

Tabela 4.10 – Tempo Disponível por tipo de máquina – Elaborado pelo autor..................81

Tabela 4.11 – Análise de restrições de produção para as máquinas da Tinturaria –

Elaborado pelo autor...........................................................................................................81

Tabela 4.12 – Relação entre tempo necessário para atender demanda e tempo disponível –

Elaborado pelo autor..........................................................................................................82

Tabela 4.13 – Principais perdas de Disponibilidade para as máquinas Over – Elaborado

pelo autor...........................................................................................................................84

Tabela 4.14 – Principais produtos para as máquinas gargalo – Elaborado pelo autor......87

Tabela 4.15 – Tempo médio utilizado por mês em lavagens das máquinas – Elaborado pelo

autor...................................................................................................................................90

Tabela 4.16 – Cálculo do Pulmão para as máquinas gargalo do sistema – Elaborado pelo

autor...................................................................................................................................94

LISTA DE ILUSTRAÇÕES Figura 3.1 – Cálculo da Eficiência do Ciclo de Processo............................................22

Figura 3.2 - Histórico e Resultados de Seis Sigma nas Empresas – Werkema (2002).25

Figura 3.3 - Processo 6 Sigma (centralizado) – Ferreira apud Ouchi (2002)...............26

Figura 3.4 - Comparação entre Performance: Quatro Sigma e Seis Sigma – adaptado de

Werkema (2002)...........................................................................................................27

Figura 3.5 - Adaptado de GEORGE, M. L. Lean seis sigma para serviços. Rio de Janeiro:

Qualitymark, 2004.......................................................................................................31

Figura 3.6 – Ferramentas Lean na metodologia DMAIC - Adaptado de George (2004).32

Figura 3.7 – Fluxos de Informação e Material – Rother e Shook (2003)...................35

Figura 3.8 – Etapas do Mapeamento do Fluxo de Valor – Rother e Shook (2003)....35

Figura 3.9 – Exemplo de curva ABC..........................................................................38

Figura 3.10 – Matriz Produtos x Etapas de Processamento e Equipamentos – Adaptado de

Rother e Shook (2003)................................................................................................39

Figura 3.11 – Cálculo do Lead Time..........................................................................42

Figura 3.12 – Cálculo da Eficiência Global do Equipamento (OEE) – Adaptado de

Nakajima (1989).........................................................................................................42

Figura 3.13 – Cálculo do Índice de Disponibilidade..................................................43

Figura 3.14 – Cálculo do Índice de Eficiência...........................................................43

Figura 3.15 – Cálculo do Índice de Qualidade..........................................................44

Figura 3.16 – Cálculo da Capacidade Bruta de Produção (MOELLMANN, 2005).46

Figura 3.17 – Cálculo da Capacidade Líquida de Produção (MOELLMANN, 2005).46

Figura 3.18 – Diagrama de Causa e Efeito................................................................47

Figura 3.19 – Exemplo de Diagrama de Dispersão...................................................47

Figura 3.20 – Exemplo de Gráfico de Controle.........................................................50

Figura 4.1 - Mapa Macro do Fluxo de Valor Atual para os produtos têxteis – Elaborado

pelo autor...................................................................................................................57

Figura 4.2 - Mapa Macro do Fluxo de Valor Atual para os produtos de malhas – Elaborado

pelo autor...................................................................................................................57

Figura 4.3 – Destino dos produtos após o tingimento - obtido pelo autor................59

Figura 4.4 – Fluxograma da Tinturaria (Adaptado de fluxograma fornecido pela

empresa)...................................................................................................................62

Figura 4.5 – Diagrama SIPOC para o processo de Tingimento (elaborado pelo

autor)........................................................................................................................63

Figura 4.6 – Volume de Produção da empresa (Dados obtidos pela empresa)........66

Figura 4.7 – Indicador de Qualidade (Dados obtidos pela empresa).......................67

Figura 4.8 – Indicador de Cumprimento de Prazos (Dados obtidos pela empresa).67

Figura 4.9 – Gráfico de Pareto para os principais artigos em volume de produção –

Elaborado pelo autor................................................................................................71

Figura 4.10 – Mapa de Fluxo de Valor para a Família 1 (elaborado pelo autor)....75

Figura 4.11 – Gráfico de Demanda mensal calculada por família de produtos – Elaborado

pelo autor.................................................................................................................78

Figura 4.12 – Demanda para os produtos que passam por máquinas Over – Elaborado pelo

autor..........................................................................................................................84

Figura 4.13 – Índice de reprocessos para as máquinas Over....................................85

Figura 4.14 – Índice de defeitos para as máquinas Over..........................................85

Figura 4.15 – Demanda para produtos tingidos em máquinas do tipo Over – Elaborado pelo

autor..........................................................................................................................86

Figura 4.16 – Evolução do indicador MTBF nos últimos meses – Elaborado pelo

autor..........................................................................................................................88

Figura 4.17 – Evolução do Índice de Reprocesso para as principais causas............91

Figura 4.18 – Diagrama de Causa e Efeito para os produtos manchados (Desenvolvido pela

equipe de Qualidade da Empresa)............................................................................91

Figura 4.19 – Origem dos defeitos identificados na inspeção final – Elaborado pelo

autor.........................................................................................................................93

Figura 4.20 – Tabela de Decisão para priorização das ações de melhoria – Elaborado pelo

autor........................................................................................................................98

Figura 4.21 – Cronograma de implementação das soluções – Elaborado pelo

autor.......................................................................................................................98

Figura 4.22 – Metas para o processo após a implementação das soluções – Elaborado pelo

autor......................................................................................................................98

SUMÁRIO

1 Introdução..............................................................................................12

1.1 Objetivo...................................................................................................................12

1.2 Apresentação do Estágio........................................................................................14

1.3 Estrutura do Trabalho..........................................................................................,15

2 Descrição da Empresa...........................................................................17

3. Revisão da Literatura...........................................................................19

3.1 Manufatura Enxuta................................................................................................19

3.1.1 Conceitos...................................................................................................20

3.1.2 Benefícios..................................................................................................24

3.2 Seis Sigma................................................................................................................25

3.2.1 Conceitos Iniciais......................................................................................26

3.2.2 Metodologia...............................................................................................28

3.3 Lean Seis Sigma.......................................................................................................29

3.3.1 Conceitos...................................................................................................29

3.3.2 Lean e Seis Sigma: Por que um precisa do outro?................................30

3.3.3 Aplicação...................................................................................................32

3.4 Metodologia de Aplicação.......................................................................................33

3.4.1 Seleção do Projeto.....................................................................................33

3.4.2 Definir.........................................................................................................37

3.4.3 Medir...........................................................................................................38

3.4.4 Analisar.......................................................................................................44

3.4.5 Melhorar.....................................................................................................48

3.4.6 Controlar....................................................................................................50

4. Resolução do Problema.........................................................................52

4.1 Contribuição do Autor............................................................................................52

4.2 Descrição da Empresa.............................................................................................52

4.3 Seleção do Projeto....................................................................................................55

4.3.1 Processos de Produção..............................................................................55

4.3.2 Mapeamento Macro do Fluxo de Valor..................................................56

4.3.3 Proposição e Verificação do Projeto.....................................................60

4.3.4 Qualificação do Projeto..........................................................................60

4.4 Definir.....................................................................................................................62

4.4.1 Escopo do Projeto...................................................................................62

4.4.2 Entendendo o Processo..........................................................................63

4.4.3 Estabelecimento de Indicadores...........................................................64

4.5 Medir......................................................................................................................66

4.5.1 Indicadores Gerais..................................................................................66

4.5.2 Mapeamento do Fluxo de Valor Atual..................................................68

4.6 Analisar..................................................................................................................76

4.6.1 Análise de Restrições.............................................................................76

4.6.2 – Análise das Perdas para os processos críticos..................................83

4.7 Melhorar................................................................................................................94

4.7.1 Utilização de Pulmão para Gargalos....................................................94

4.7.2 Identificação dos lotes de produção......................................................95

4.7.3 Inspeção antes do tingimento................................................................96

4.7.4 Divisão de funções no setor de tingimento...........................................96

4.7.5 Implantação de dispositivo Andon.......................................................97

4.7.6 Redução dos reprocessos e defeitos......................................................97

4.7.7 Priorização das ações............................................................................97

4.7.8 Cronograma...........................................................................................98

4.8 Controlar...............................................................................................................99

5 Conclusões.............................................................................................101

Bibliografia...................................................................................................................104

Apêndices.....................................................................................................................107

Anexos...........................................................................................................................136

11

1. INTRODUÇÃO

2. DESCRIÇÃO DA EMPRESA

3. REVISÃO DA LITERATURA

4. RESOLUÇÃO DO PROBLEMA

5. CONCLUSÕES

BIBLIOGRAFIA

APÊNDICES

ANEXOS

12

1. INTRODUÇÃO

1.1 Objetivo do Trabalho

Durante as últimas décadas, muitas ferramentas, práticas e metodologias de

melhorias da qualidade e produtividade foram desenvolvidas. Dentre elas, se destacam a

Manufatura Enxuta (Lean Manufacturing), que foi primeiramente desenvolvida na Toyota

Motor Company, no final da década de 1940, no Japão, e o Seis Sigma, que foi

desenvolvido pela Motorola, na década de 1980.

A Manufatura Enxuta possui uma abordagem de eliminação das atividades que não

adicionam valor ao cliente, aumentando a velocidade dos processos e, conseqüentemente,

aumentando também a capacidade de atendimento das necessidades dos clientes no

momento em que eles têm essa necessidade.

A metodologia Seis Sigma foi desenvolvida inicialmente com o intuito de reduzir o

número de defeitos no processo. Atualmente, o Seis Sigma é, além disso, uma iniciativa

estratégica, possuindo uma abordagem de negócio com ênfase em medições financeiras.

A empresa onde será realizada a aplicação prática atua no segmento têxtil,

produzindo principalmente tecidos que compõem calçados esportivos. Utilizando os

conceitos da Manufatura Enxuta há dois anos, esta empresa encontra-se em uma situação

estável em relação aos esforços de melhoria e redução de desperdícios. No entanto,

percebe-se ainda, como será melhor detalhado na aplicação prática, a existência de muitos

problemas, tanto em relação a atrasos de pedidos, altos índices de defeitos e necessidades

de reprocessos, estoques, entre outros.

O objetivo deste trabalho é implementar os conceitos da metodologia Seis Sigma

para uma empresa que já utiliza os conceitos da Manufatura Enxuta, de uma forma

integrada, ou seja, potencializando os benefícios provenientes de cada uma delas. No

entanto, a aplicação prática não se restringirá ao Seis Sigma, sendo também utilizados

conceitos e ferramentas da Manufatura Enxuta mesmo aqueles que atualmente não sejam

praticados pela empresa.

13

Sintetizando o que foi discorrido até o momento, podemos atribuir o seguinte título

preliminar para o trabalho: Implementação do Lean Seis Sigma para o sistema produtivo

em uma empresa do segmento têxtil.

14

1.2 Apresentação do Estágio

A empresa onde o autor realizou as atividades de estágio durante o desenvolvimento

deste Trabalho de Formatura é o Setec Consulting Group, uma empresa que atua como

prestadora de serviços de consultoria e treinamento.

A empresa foi fundada em 1994, contendo em seu nome o termo Consultoria de

Interface, ou seja, com a proposta de atuar no desenvolvimento da cadeia de fornecedores

das grandes empresas do setor automotivo.

Atualmente, a empresa atua com projetos de consultoria e treinamento nas áreas de

Produtividade (Implementação de Lean Manufacturing, Total Productive Maintenance -

TPM, Kaizen), Seis Sigma, Ferramentas da Qualidade (Advanced Product Quality Planning

-APQP, Failure Mode Effect Analysis - FMEA, Controle Estatístico de Processo - CEP,

Measurement System Analysis – MSA) e Sistemas de Gestão (ISO 9001:2000, ISO TS

16949:2002, entre outros).

Durante o período de estágio, as principais atividades realizadas pelo autor estão

relacionadas ao desenvolvimento de materiais didáticos para treinamento, principalmente

apostilas e apresentações, de acordo com as necessidades estratégicas da empresa ou

alguma necessidade específica de um cliente. Entre os materiais desenvolvidos pelo autor

podem-se destacar alguns, como Kaizen, Poka Yoke, TPM (Total Productive Maintenance),

Lean Manufacturing e Lean Seis Sigma.

O desenvolvimento destes materiais é baseado em uma sólida pesquisa

bibliográfica, havendo um suporte de conhecimento por parte dos consultores. Esta

atividade forneceu a base para o acompanhamento dos consultores em projetos de diversas

áreas, incluindo Lean Manufacturing, Seis Sigma, Gerenciamento por Processos e Sistemas

de Gestão, incluindo também a participação em alguns projetos de implementação da

Manufatura Enxuta, Gerenciamento por Processos e ISO 9001:2000.

O conhecimento adquirido durante o período de estágio foi essencial para o

desenvolvimento deste trabalho, pois une a teoria aos problemas reais enfrentados pelas

empresas.

15

Este trabalho foi desenvolvido em uma empresa cliente do Setec Consulting Group,

no entanto não faz parte de um projeto de consultoria da empresa, esta apenas serviu como

contato para a sua realização.

1.3 Estrutura do Trabalho

É apresentada abaixo uma estrutura macro para o trabalho, de forma que seja possível

atender aos objetivos descritos no item anterior.

Capítulo 1

Estabelecimento do tema e objetivo do trabalho. Apresentação do estágio do autor.

Capítulo 2

Descrição preliminar da empresa e do problema a ser resolvido.

Capítulo 3

Revisão da Literatura, com os principais conceitos da Manufatura Enxuta e do Seis

Sigma. Revisão da Literatura sobre a metodologia Lean Seis Sigma, ressaltando os

benefícios da interação entre as duas metodologias. Proposição da metodologia para

aplicação prática na empresa.

Capítulo 4

Resolução do problema utilizando a metodologia proposta na Revisão da Literatura.

Capítulo 5

Conclusões.

16

1. INTRODUÇÃO

2. DESCRIÇÃO DA EMPRESA

3. REVISÃO DA LITERATURA

4. RESOLUÇÃO DO PROBLEMA

5. CONCLUSÕES

BIBLIOGRAFIA

APÊNDICES

ANEXOS

17

2 Descrição da Empresa

A empresa onde o trabalho se realiza este trabalho é uma empresa nacional, fundada

em 1990 e localizada no interior do Estado de São Paulo, que atua no segmento têxtil,

produzindo tecidos técnicos para calçados esportivos e vestuário.

Possui em sua carteira de clientes as grandes marcas de calçados esportivos, com

um nível de volume de produção de aproximadamente 150 toneladas por mês. Uma das

características fortes da empresa e necessárias para o segmento é a ênfase na inovação,

contando com um laboratório que atua com o desenvolvimento de cores, focando também

no desenvolvimento de novos tecidos.

Durante os últimos dois anos esta empresa passou a utilizar os conceitos da

Manufatura Enxuta visando melhorar seus processos internos, reduzir os custos e aumentar

os lucros. No entanto, ainda apresenta uma série de problemas, como atrasos nas entregas

devido à falta de flexibilidade no seu processo produtivo, além de elevados índices de

defeitos.

Para resolver esses problemas, o autor utilizará a metodologia conhecida como Lean

Seis Sigma visando resolver os problemas previamente encontrados na empresa. Mais

detalhes sobre a empresa e os seus problemas encontrados são encontrados no início do

capítulo 4, pois estas atividades fazem parte da metodologia de aplicação.

18

1. INTRODUÇÃO

2. DESCRIÇÃO DA EMPRESA

3. REVISÃO DA LITERATURA

4. RESOLUÇÃO DO PROBLEMA

5. CONCLUSÕES

BIBLIOGRAFIA

APÊNDICES

ANEXOS

19

3. Revisão da Literatura

3.1 Manufatura Enxuta

A Manufatura Enxuta, ou Lean Manufacturing, foi primeiramente aplicada pela

Toyota Motor Company, no final de década de 1940, no Japão. Com as necessidades dos

clientes partindo cada vez mais para o caminho da diversificação dos produtos, era

necessário flexibilizar o sistema de produção, visando um processo de manufatura mais

rápido e sem desperdícios (eliminando atividades que não adicionam valor ao produto).

A indústria ocidental, representada principalmente pela General Motors e pela Ford

Motor Company, se caracterizava pela produção em massa, onde predominava a produção

em larga escala, com pouca diversificação de produtos. Enquanto o Sistema Toyota de

Produção se caracterizava pelo sistema puxado, ou seja, produzir apenas aquilo que é

pedido pelo cliente.

Este cenário proporcionou às empresas japonesas uma posição de destaque frente às

empresas ocidentais. A forte concorrência e a pressão por diversificação levaram as

empresas ocidentais a procurar por flexibilizar e acelerar seus processos reduzindo custos

ao mesmo tempo.

De acordo com ARAÚJO (2004), o lançamento do livro “A Máquina que Mudou o

Mundo” de Womack e Jones (1992), onde foram publicados os resultados obtidos pelo

Massachuets Institute of Technology (MIT) sobre o melhor desempenho das empresas

japonesas em relação às empresas americanas, a indústria ocidental avançou bastante no

sentido de eliminar suas atividades geradoras de desperdícios em um processo de

manufatura, ou seja, da aplicação dos conceitos essenciais da Manufatura Enxuta.

20

3.1.1 Conceitos

A Manufatura Enxuta, ou Lean Manufacturing, teve sua origem no Sistema Toyota

de Produção e seus conceitos foram estabelecidos por Womack e Jones, com os livros “A

Máquina que Mudou o Mundo” e “A Mentalidade Enxuta nas Empresas”.

De acordo com Womack e Jones (1996), é uma maneira de estabelecer o que é

valor, eliminar as atividades que não adicionam valor e fazer com que as atividades que

adicionam valor sejam realizadas de forma eficaz. É chamado de pensamento enxuto

porque é uma forma de fazer mais produtos utilizando menos recursos, pois estará se

produzindo apenas o que o cliente deseja.

Para alcançar o estado enxuto descrito acima, a Manufatura Enxuta procura eliminar

os desperdícios. Womack e Jones (1996) afirmam que o desperdício (ou muda), é qualquer

atividade humana que absorve recursos, mas não cria valor.

Taiichi Ohno classificou os desperdícios (ou muda) em sete principais fontes:

• Superprodução – Produção além do que os clientes necessitam, ou

produção cedo demais de produtos necessários para o próximo processo ou

cliente.

• Defeitos – Problemas de qualidade, resultando em necessidade de inspeção,

retrabalho ou refugo.

• Estoque Excessivo – Armazenagem em excesso de matérias primas,

produtos semi-acabados ou produtos acabados, resultando em custos

excessivos de fabricação, transporte, perdas de produtos por deterioração,

entre outros.

• Processamento Desnecessário – Execução de um processo de trabalho com

ferramentas, procedimentos ou sistemas inadequados.

• Transporte Excessivo – Movimento excessivo de pessoas, informações ou

produtos, resultando em perdas de tempo, esforço e custo.

21

• Espera – Longos períodos de inatividade das pessoas, informações ou

produtos, resultando num fluxo deficiente.

• Movimentos Desnecessários – Organização deficiente do local de trabalho,

resultando em perdas de tempo, qualidade e ergonomia para os operadores.

Para George (2002), a essência da Manufatura Enxuta é tornar cada operação tão

flexível que a demanda na fábrica é criada apenas quando o cliente realmente necessita.

Quando este nível é alcançado, as peças se movimentarão diretamente de uma estação de

trabalho para a outra em uma alta velocidade e sem interrupções, reduzindo o tempo de

espera, o estoque em processo, e o estoque de produtos acabados.

Womack e Jones (1996) dividiram a Manufatura Enxuta em cinco princípios, que

também servem como ordem para sua implementação. O primeiro deles é a especificação

de valor:

• Especificação do Valor – Estabelecer o conceito de valor é o início da

aplicação da Manufatura Enxuta, e este deve ser definido pelo cliente final,

podendo incluir características de um produto (ou serviço) específico que

atenda às necessidades do cliente a um preço específico e em um momento

específico.

Especificar o valor de maneira precisa é o primeiro passo no pensamento enxuto,

pois os conceitos estabelecidos nesta etapa serão utilizados em todos os outros passos,

portanto o valor bem especificado é um passo essencial para o sucesso da implementação

da Manufatura Enxuta em uma empresa.

O segundo princípio é a identificação da cadeia de valor:

• Identificação da Cadeia de Valor – A Cadeia de Valor é o conjunto das

ações necessárias para se levar um produto (seja ele um bem, um serviço ou

uma combinação dos dois) a passar pelas três tarefas gerenciais críticas em

qualquer negócio: a tarefa de solução de problemas que vai da concepção

até o lançamento do produto, a tarefa de gerenciamento da informação, que

22

vai do recebimento do pedido até a entrega, e a tarefa de transformação

física, que vai da matéria-prima ao produto acabado nas mãos do cliente. A

identificação da Cadeia de Valor e sua comparação com todas as atividades

executadas pela empresa permitem a identificação dos desperdícios.

Especificamente, a análise de valor quase sempre mostra que ocorrem três tipos de

ação ao longo de sua extensão:

- Etapas que criam valor: Atividades que, aos olhos do consumidor

final, agregam valor ao produto ou serviço, ou seja, atividades as

quais estão dispostos a pagar;

- Etapas que não criam valor, mas são inevitáveis com as atuais

tecnologias e ativos de produção;

- Etapas que não criam valor: Atividades as quais o cliente final não

está disposto a pagar.

Um indicador importante da manufatura enxuta é a eficiência de ciclo de processo,

que é calculado da seguinte maneira (Figura 3.1):

Figura 3.1 – Cálculo da Eficiência do Ciclo de Processo

De acordo com George (2002) Um processo Enxuto é aquele em que a eficiência de

ciclo é maior do que 25%.

Lead Time: é o tempo requerido para um produto se movimentar por todas as etapas de um processo,

do início ao fim. No nível da planta isso é normalmente chamado de tempo de porta a porta. O conceito

também se aplica ao tempo requerido para que um produto caminhe de matéria-prima até produto acabado”,

(LÉXICO LEAN, 2003)

Eficiência do Ciclo de Processo = Tempo Adicionador de Valor

Lead Time Total ¹

23

O terceiro princípio é a criação do fluxo:

• Criação do Fluxo – Após especificar o valor com precisão, identificar a

cadeia de valor completa e eliminar as atividades que não agregam valor.

Após isto, é necessário fazer com que as etapas restantes, que criam valor,

fluam.

A criação do fluxo é uma das etapas mais importantes e difíceis na criação de uma

empresa enxuta, exigindo grandes mudanças culturais e em seu modo de produção. Rother

e Harris (2002) afirmam que o fluxo contínuo é o objetivo principal da produção enxuta.

O quarto princípio estabelecido por Womack e Jones (1996) é a Produção Puxada:

• Produção Puxada – A capacidade de projetar, programar e fabricar

exatamente o que o cliente quer quando o cliente quer significa que você

pode jogar fora a projeção de vendas e simplesmente fazer o que os clientes

lhes dizem que precisam. Ou seja, você pode deixar que o cliente puxe o

produto de você, quando necessário, em vez de empurrar os produtos, muitas

vezes indesejados, para o cliente.

O quinto princípio é a Busca da Perfeição:

• Busca da Perfeição – À medida que as organizações começarem a aplicar

os quatro primeiros princípios da Manufatura Enxuta, os produtos

oferecidos para o cliente, em termos de esforço, tempo, custos e erros, se

aproximam cada vez mais do que o cliente deseja. As melhorias devem ser

realizadas continuamente em busca da perfeição.

24

3.1.2 Benefícios

Womack e Jones (1996) apontam os seguintes resultados obtidos em curto prazo:

• A transformação de um sistema de produção clássico, baseado em estoques

em processo, em um fluxo contínuo e eficaz, com a produção puxada pelo

cliente, redução drasticamente o Lead Time e os estoques de matérias

primas, estoques em processo e estoques de produtos acabados.

• Redução significativa dos erros que chegam até o cliente e a sucata dentro

do processo de produção, bem como a redução dos acidentes de trabalho.

• Maior agilidade no processo de desenvolvimento de um novo produto e dos

processos de produção, possibilitando a oferta de uma maior variedade de

produtos.

Além disso, os investimentos de capital necessários serão muito modestos, podendo

ser até negativos, caso algumas instalações e equipamentos puderem ser liberados e

vendidos.

25

3.2 Seis Sigma

A metodologia Seis Sigma foi desenvolvida pela Motorola no início da década de

80, a partir da forte concorrência enfrentada e da sua necessidade de fabricar produtos com

qualidade melhor e custos mais baixos. Sob a liderança de Bob Galvin, a empresa

desenvolveu um novo padrão para a medição de defeitos (defeitos por milhão de

oportunidades) e iniciou um processo de mudança cultural na organização para que as

mudanças fossem eficazes. O Seis Sigma ajudou a Motorola a obter ganhos de

aproximadamente US$16 bilhões.

Desde então, empresas como a General Electric, Asea Brown Bovery – ABB, Allied

Signal e Ford Motor Company adotaram o Seis Sigma como um modelo para melhoria dos

seus processos e uma maneira de conduzir os seus negócios.

A figura 3.2 mostra informações das principais aplicações de Seis Sigma:

Figura 3.2 - Histórico e Resultados de Seis Sigma nas Empresas – Werkema (2002)

26

3.2.1 Conceitos Iniciais

Para Rotondaro (2002), Seis Sigma é um processo de negócio que permite às

organizações incrementar seus lucros por meio da otimização das operações, melhoria da

qualidade e eliminação de defeitos, falhas e erros. A meta do Seis Sigma está relacionada à

melhoria da lucratividade, e não diretamente ao alcance de níveis Seis Sigma de qualidade.

O termo sigma é a forma de se medir o número de defeitos do processo estudado, ou

seja, mede a capacidade do processo trabalhar sem falhas. Quando se fala em um processo

Seis Sigma, significa uma redução na variação no resultado entregue aos clientes numa taxa

de 3,4 defeitos por milhão ou 99,99966%.

Stamatis (2004) diz que a definição técnica afirma que Seis Sigma pode representar

a capacidade do processo em análise. A letra grega σ (Sigma) é entendida como uma

medida de capacidade do processo, que representa o número de desvios padrão do processo

que distam os limites de especificação do valor nominal da especificação.

A figura 3.3 mostra um processo com capacidade Seis Sigma centralizado, com um

índice de produtos fora da especificação de 2 PPB (partes por bilhão).

Figura 3.3 - Processo 6 Sigma (centralizado) – Ferreira apud Ouchi (2002)

27

Stamatis (2004), afirma que foi validado empiricamente que ao longo do tempo

existe um deslocamento da distribuição em aproximadamente 1,5σ. Este deslocamento

pode variar de acordo com o tipo da empresa, seus produtos e processos, como exemplo, na

indústria automotiva desde 1980, que o deslocamento é ±1σ e diferente do que diz a

convenção de ±1,5σ. Entretanto considera-se que todos os processos variam 1,5σ em longo

prazo.

Assim, para um processo Seis Sigma a performance esperada dos processos

corresponde ao processo com sua distribuição deslocada de 1,5σ, o que corresponde a um

índice de 3,4 PPM (partes por milhão).

Para entender quanto esta variação representa, a figura 2.3 faz a comparação de

processos com performance Quatro Sigma (99,38% de eficiência) e Seis Sigma

(99,99966% de eficiência).

Figura 3.4 - Comparação entre Performance: Quatro Sigma e Seis Sigma – adaptado de

Werkema (2002)

1 aterrisagem de emergência no aeroporto de Guarulhos por dia

1 canal de TV 1,68 horas fora do ar por semana

15 minutos de fornecimento de água não potável / dia

5000 operações cirúrgicas incorretas / semana

7 horas de falta de energia elétrica / mês

1 aterrisagem de emergência em todos os aeroportos do

Brasil a cada 5 anos

1 canal de TV 1,8 segundos fora do ar por semana

1 minuto de fornecimento de água não potável / 7 meses

1,7 operações cirúrgicas incorretas / semana

1 hora de falta de energia elétrica / 34 anos

28

3.2.2 Metodologia

De acordo com Stamatis (2004), existem diferentes abordagens para a metodologia

Seis Sigma, sendo que as três predominantes são provenientes da Motorola, Six Sigma

Academy e General Electric. Em seguida será detalhada aquela adotada pela General

Electric, também conhecida como método DMAIC, e que será utilizada para a aplicação

prática:

1. D - Define (Definir): Definir com precisão o escopo do projeto.

2. M - Measure (Medir): Determinar a localização ou foco do problema.

3. A - Analyze (Analisar): Determinar as causas de cada problema prioritário.

4. I- Improve (Melhorar): Propor, avaliar e implementar soluções para cada problema

prioritário.

5. C - Control (Controlar): Garantir que o alcance da meta seja mantido em longo prazo.

29

3.3 Lean Seis Sigma

De acordo com George (2002) o princípio do Lean Seis Sigma está no foco em

atividades críticas para a qualidade e que criam os maiores atrasos nos processos, pois

oferecem oportunidades de melhoria em custo, qualidade e lead time.

3.3.1 Conceitos

O Seis Sigma e a Manufatura Enxuta podem oferecer maiores benefícios se forem

implementadas em conjunto. De acordo com George (2004), a fusão de métodos de

melhoria da Manufatura Enxuta com os de Seis Sigma é necessária porque:

• A Manufatura Enxuta não consegue colocar um processo sob controle estatístico;

• Seis Sigma por si só não melhora a velocidade de processo;

Indo além, George (2004) afirma que essas metodologias são complementares, pois

o Seis Sigma:

• Foca nas oportunidades e na eliminação dos defeitos estabelecidos pelos clientes;

• Trabalha na redução da variação, pois ela prejudica a capacidade da empresa de

entregar produtos e serviços com qualidade (definida pelo cliente) e de forma

confiável;

• Utiliza uma estrutura eficaz na resolução de problemas, utilizando ferramentas da

qualidade já difundidas;

Enquanto o Lean:

• Enfatiza na melhoria da velocidade do processo;

• Utiliza ferramentas mais específicas para análises dos fluxos e tempos de atraso dos

processos;

30

• Utiliza os conceitos de atividades que adicionam valor e atividades que não

adicionam valor, procurando eliminar estas últimas;

3.3.2 Lean e Seis Sigma: Por que um precisa do outro?

Para George (2004), a metodologia Lean, mesmo abordando de maneira eficaz a

redução do lead time e a eliminação das atividades que não adicionam valor, apresenta

algumas limitações:

- Não considera diretamente a voz do cliente, ou seja, apesar de identificar alguns aspectos

do que o cliente considera qualidade utilizando o conceito de atividade que agrega valor,

isso não é feito de maneira direta com o cliente, e sim de uma maneira interna sobre o que

se julga como uma atividade adicionadora ou não de valor.

- Apesar de considerar o defeito como um tipo de desperdício, não utiliza ferramentas

específicas para a eliminação das fontes de variação do processo, que são um dos

causadores deste tipo de desperdício.

Além das limitações já descritas, George (2004) também destaca o fato de a

Metodologia Lean geralmente partir diretamente para as melhorias, ressaltando a

importância e os benefícios advindos da utilização da Metodologia DMAIC, permitindo

uma melhor definição do problema, foco nas questões mais críticas, e tomada de decisões

baseadas em fatos (dados).

No entanto, podemos analisar também da maneira oposta, ou seja, as limitações da

Metodologia Seis Sigma e como o Lean pode complementar essas lacunas:

- Embora a Metodologia Seis Sigma utilize algumas ferramentas para a descrição dos

processos, ela não aborda diretamente a identificação de desperdícios, pois não considera

dados como tempo de setup, tempo de processamento, transporte, entre outros. O Lean

oferece uma ferramenta mais robusta para a identificação de desperdícios, o Mapeamento

do Fluxo de Valor.

31

- Nas medições dos resultados da utilização do Seis Sigma, normalmente são consideradas

melhorias em tempo de ciclo. No entanto, na teoria não existe uma ligação clara entre a

qualidade e a velocidade, ou como uma melhoria na qualidade (e redução da variação) pode

influenciar em maior velocidade no processo.

- A Metodologia Seis Sigma não utiliza nenhuma ferramenta específica para aumentar a

velocidade do processo (ferramentas características do Lean), como o TPM (Manutenção

Produtiva Total) e o 5S.

Para demonstrar de maneira mais clara como os benefícios da aplicação simultânea

de Lean e Seis Sigma, é apresentada a figura 2.4, que demonstram como o Lean e o Seis

Sigma podem contribuir para a melhoria do processo de maneira complementar:

De acordo com George (2004), a complementaridade das Metodologias Lean e Seis

Sigma pode ser explicada pela figura 3.5. Enquanto o Lean foca na eliminação das

atividades que não adicionam valor (reduzir o número de passos), o Seis Sigma foca na

redução da variação nos passos que adicionam valor.

Figura 3.5 - Adaptado de GEORGE, M. L. Lean seis sigma para serviços. Rio de Janeiro:

Qualitymark, 2004.

Lean Reduz PassosNão-adicionadores de Valor

Seis Sigma Melhora a Qualidade de Passos Adicionadores de Valor

Nº de Passos ±3σ ±4σ ±5σ ±6σ

1 93,32% 99,379% 99,9767% 99,99966%

7 61,63% 95,733% 99,839% 99,9976%

10 50,08% 93,96% 99,768% 99,9966%

20 25,08% 88,29% 99,536% 99,9932%

40 6,29% 77,94% 99,074% 99,9864%

32

3.3.3 Aplicação

George (2004) propõe uma estrutura para implantação da metodologia Lean Seis

Sigma, baseada na metodologia DMAIC, incluindo as ferramentas Lean em suas diferentes

fases. É apresentada na figura 3.6 uma estrutura que sintetiza essa proposta, adaptada,

contendo apenas as ferramentas Lean.

Figura 3.6 – Ferramentas Lean na metodologia DMAIC - Adaptado de George (2004)

Para a aplicação prática, considerando as características e especificidades da

empresa, o autor propõe no próximo item a estrutura para aplicação da metodologia que

une a Produção Enxuta e o Seis Sigma.

Definir Medir Analisar ControlarMelhorar

• Mapa de Fluxo de Valor

• Análise de Não-adição de Valor

• Eficiência de Ciclo de Processo

• Definição de Tamanho de Processo

• Identificação de Restrições

• Análise de Armadilhas de Tempo

• Análise de Não-adição de Valor

• Teoria do Enfileiramento

• Determinação Analítica de Tamanho do Lote

• TPM• 5S• Balanço de Linha• Melhoria de Fluxo de

Processo• Kaizen • Reabastecimento

Puxado• Planejamento de

Vendas e Operações• Redução de Setup• Sistema Puxado

Genérico• Poka-Yoke

• Controle Visual de Processo

• À Prova de Erros

Definir Medir Analisar ControlarMelhorar

• Mapa de Fluxo de Valor

• Análise de Não-adição de Valor

• Eficiência de Ciclo de Processo

• Definição de Tamanho de Processo

• Identificação de Restrições

• Análise de Armadilhas de Tempo

• Análise de Não-adição de Valor

• Teoria do Enfileiramento

• Determinação Analítica de Tamanho do Lote

• TPM• 5S• Balanço de Linha• Melhoria de Fluxo de

Processo• Kaizen • Reabastecimento

Puxado• Planejamento de

Vendas e Operações• Redução de Setup• Sistema Puxado

Genérico• Poka-Yoke

• Controle Visual de Processo

• À Prova de Erros

33

3.4 Metodologia de Aplicação

3.4.1 Seleção do Projeto

A seleção de um projeto de Seis Sigma, ou de Lean Seis Sigma, é uma atividade

crítica para o projeto. De acordo com Pande (2001), a seleção de projetos pode ser

representada pela seguinte relação: projetos de melhoria bem selecionados definidos geram

maiores ganhos e de maneira mais rápida, enquanto que projetos mal selecionados e mal

definidos resultam em insucesso e demora na obtenção de ganhos.

Por isso deve-se considerar esta atividade tanto quanto a aplicação de toda a

metodologia e suas ferramentas, pois é ela quem determinará diretamente a eficácia do seu

trabalho em relação aos objetivos estabelecidos.

Pande (2001) indica alguns princípios para a seleção eficaz de um projeto:

• Avaliar o Escopo dos Projetos Adequadamente: Duas características devem ser

buscadas ao escolher um projeto: Significativo e manejável. Os benefícios trazidos

por este projeto devem ser significativos, no entanto os problemas que ele se propõe

a resolver devem ser manejáveis, e não muito amplos ou complexos de serem

alcançados.

• Foco tanto em Eficiência quanto em Benefícios para o Cliente: Ter em mente os

benefícios financeiros, de curto prazo, como redução de custos, e também os

benefícios de longo prazo, como potencial ganho através de melhorias de posição

competitiva e força de mercado.

a) O Mapeamento do Fluxo de Valor

O fluxo de valor está relacionado com o encadeamento de todas as atividades que

adicionam valor ao produto, ou que compõem a seqüência de atividades para transformar a

matéria prima em produto acabado.

34

De acordo com Rother e Shook (2003), um fluxo de valor é toda ação necessária

para trazer um produto por todos os seus fluxos essenciais, tanto para suas etapas de

fabricação, desde a matéria prima até o produto acabado, quanto para o projeto do produto,

ou seja, desde sua concepção até o seu lançamento.

Para Rother e Shook (2003), o Mapeamento do Fluxo de Valor é uma ferramenta

que ajuda a enxergar e entender o fluxo de material e de informação na medida em que o

produto caminha pelo o fluxo de valor, desde o consumidor até o fornecedor, permitindo a

formulação de um conjunto de questões chave e o desenho de um mapa do “estado futuro”,

ou seja, como o valor deveria fluir.

Rother e Shook (2003) listam alguns aspectos que fazem do Mapeamento do Fluxo

de Valor uma ferramenta importante para uma empresa que deseja ser enxuta:

• Ajuda a visualizar mais do que simplesmente os processos individuais, permitindo

que se enxergue o fluxo;

• Ajuda a identificar mais dos que os desperdícios, identificando também as suas

fontes no fluxo de valor;

• Torna as decisões sobre o fluxo visíveis, possibilitando a discussão para tomada de

decisões de maneira clara e não por falta de informação;

• Integra conceitos e técnicas enxutas, que o ajuda a evitar a implementação de

algumas técnicas isoladamente;

• Forma a base de um plano de implementação. O desenho dos estados atual e futuro

tornam-se referência para a implementação enxuta;

“Para criar um fluxo que agregue valor, você precisa de uma

‘visão’. Mapear ajuda você a enxergar e focar no fluxo com uma

visão de um estado ideal ou melhorado” (ROTHER E SHOOK,

2003).

35

• Mostra a relação entre o fluxo de informação e o fluxo de material, esquematizada

na figura 3.7.

No Mapeamento do Fluxo de Valor, tanto o fluxo de material quanto o fluxo de

informação devem ser mapeados, pois segundo Rother e Shook (2003), atuam de maneira

conjunta, e devem ser tratados com a mesma importância.

Figura 3.7 – Fluxos de Informação e Material – Rother e Shook (2003)

Rother e Shook propõem as seguintes etapas constituintes do Mapeamento do Fluxo

de Valor (Figura 3.8). O desenho do estado futuro está destacado porque a sua meta é

projetar e introduzir um fluxo enxuto de valor. Uma situação atual sem um estado futuro

não é muito útil, portanto o mapa do estado futuro é mais importante.

Figura 3.8 – Etapas do Mapeamento do Fluxo de Valor – Rother e Shook (2003)

FLUXO DA PRODUÇÃO

Informação

Material

FLUXO DA PRODUÇÃO

Informação

Material

Desenho do Estado Atual

Desenho do Estado Futuro

Plano de Trabalho e Implementação

Definição da Família de Produtos

36

O primeiro passo é desenhar o estado atual através da coleta de informações no chão

de fábrica. Isto fornece a base necessária para o desenvolvimento de um estado futuro.

O passo final é preparar um plano de implementação que descreva o planejamento

para que o estado futuro seja atingido, permitindo, assim, que este se torne realidade. Assim

que isto acontecer um novo mapa futuro deve ser mapeado, caracterizando um processo de

melhoria contínua no nível do fluxo de valor.

Para ajudar na fonte de idéias para a seleção do projeto, utilizar-se-á o Mapeamento

do Fluxo de Valor Macro, visando a facilitação na compreensão do fluxo de valor na

empresa e permitindo a identificação de eventuais pontos fracos na cadeia, que são aqueles

que oferecem as principais oportunidades de melhoria. Nesta etapa não se entrará em

muitos detalhes dos processos, principalmente em termos de dados, pois o que está sendo

buscado nesta altura é entender o fluxo geral de materiais e informações.

b) Critérios de Qualificação de um Projeto

Pande (2001) propõe três qualificações básicas para um projeto de Lean Seis Sigma:

1) Existe uma diferença entre o desempenho atual e o desempenho

desejado/necessário;

2) A causa do problema não é claramente compreendida: Pode haver suposições,

mas ninguém pode apontar a raiz do problema com precisão.

3) A solução não é predeterminada, nem é a solução ótima aparente: Caso a

solução já seja predeterminada o projeto pode se tornar redundante e

desnecessário, se transformando apenas em uma formalidade.

Um projeto com grande potencial atende às três características descritas acima, ou

seja, isso mostra que o projeto é adequado para a o Lean e para o Seis Sigma.

37

3.4.2 Definir

Para GEORGE (2004), no passo Definir estabelece-se o que é o projeto e o que ele

deverá realizar. Os principais aspectos a serem definidos são:

• Quanto ao problema: quais são os clientes afetados, o que os clientes dizem, como o

processo ou os resultados atuais deixa de atender suas necessidades, etc;

• Quanto aos limites do projeto;

• Quanto aos indicadores ou medições que serão utilizadas para avaliação da sua

eficácia.

a) Diagrama SIPOC

De acordo com GEORGE (2004), a ferramenta para a criação de um mapa de alto

nível do processo (SIPOC) significa:

Fornecedores: As entidades (pessoa, processo, empresa) que oferecem aquilo que é

utilizado no processo (informações, formulários, materiais). O fornecedor pode ser

externo (outra empresa), ou interno (um processo anterior da mesma empresa).

Entrada: Aquilo que é oferecido pelos fornecedores (informações, formulários,

materiais).

Processo: Seqüência de atividades ou passos utilizados para transformar a entrada

(tanto os que adicionam valor quanto os que não adicionam valor).

Saída: O produto, serviço ou as informações que são enviadas ao cliente.

Clientes: O passo seguinte no processo, o processo que recebe a saída (interno), ou

o cliente final (externo).

38

3.4.3 Medir

A fase Medir tem como objetivo mensurar os indicadores de desempenho e realizar

a coleta de dados e informações que serão importantes para a identificação das causas

raízes para os problemas definidos. Nesta etapa também será realizado o Mapeamento do

Fluxo de Valor Atual para todas as famílias de produtos, permitindo a identificação dos

maiores desperdícios e servindo como base para as próximas etapas do DMAIC.

a) Levantamento dos indicadores gerais

Caso ainda não tenha sido obtido ao final da etapa Definir, obter os valores atuais

para os indicadores já definidos. Tais indicadores podem incluir índices de qualidade,

cumprimento de prazos, volume de produção, entre outros.

Definir os produtos mais importantes através da construção da curva ABC,

exemplificada na figura 3.9.

Figura 3.9 – Exemplo de curva ABC

b) Definição das Famílias de Produtos para os produtos A

Antes de iniciar o processo de mapeamento do fluxo de valor, é necessário

classificar os produtos em famílias, pois os consumidores preocupam-se com produtos

específicos, não com todos os produtos. De acordo com Rother e Shook (2003), uma

família é um conjunto de produtos que passam por atividades semelhantes de

processamento e utilizam equipamentos comuns nos seus processos.

0

500

1000

1500

2000

a b c d e f g h i j

Produtos A Produtos B Produtos C

39

Caso o mix de produtos dificulte a divisão em famílias, pode-se utilizar a elaboração

de uma matriz com etapas de processamento e equipamentos em um eixo e os produtos no

outro eixo, conforme figura 3.10.

Etapas de Processamento e Equipamentos

1 2 3 4 5 6 7 8

A X X X X X

B X X X X X X

C X X X X X X

D X X X X X

E X X X X X

F X X X X X PR

OD

UT

OS

G X X X X X

Figura 3.10 – Matriz Produtos x Etapas de Processamento e Equipamentos – Adaptado de

Rother e Shook (2003)

Nazareno (2003) inclui como critérios para a definição das famílias de produtos:

• Similaridade de processos: é o principal critério para o estabelecimento das famílias

de produtos.

• Freqüência e volume da demanda: importante quando se deseja definir a política de

atendimento da demanda (ATO - Assembly-to-order, MTS - Make-to-stock, MTO -

Make-to-order, etc.). Este critério pode se tornar decisivo para a inserção ou retirada

do produto de uma mesma família.

• Tempo de ciclo do produto: Aconselha-se considerar produtos com processos

similares, mas que possuem tempos de ciclo muito discrepantes, como produtos de

famílias diferentes.

Quando a variedade de produtos é grande, não é trivial estabelecer grupos com

processos de produção semelhantes. Em 1980, King desenvolveu um algoritmo para

40

facilitar a definição das famílias de produtos a partir da matriz produtos x processos,

chamado Rank Order Clustering (ROC). De acordo com Miyake (2005), o algoritmo

reorganiza as linhas referentes às máquinas (ou processos) e colunas referentes aos

produtos para identificar as famílias de acordo com as semelhanças de processos. O

apêndice A apresenta um exemplo de aplicação do algoritmo.

c) Mapeamento do Fluxo de Valor - Estado Atual

Com as famílias de produtos estabelecidas, e antes de se desenvolver um mapa para

o estado futuro, inicia-se com uma análise da situação atual da produção. Rother e Shook

(2003) propõem as seguintes diretrizes para serem utilizadas durante o mapeamento:

• Sempre coletar informações do estado atual junto aos fluxos reais de material e de

informação;

• Começar com uma rápida caminhada por todo o fluxo de valor “porta-a-porta” para

obter uma compreensão do fluxo como um todo e relação entre os processos.

Depois desta rápida caminhada, reunir as informações de cada um dos processos;

• Começar pela expedição final e ir em seguida para os processos anteriores, ao invés

de começar pela área de recebimento de materiais e andar pelos fluxos posteriores,

pois os processos que estão mais próximos do consumidor final são aqueles que

devem definir o ritmo para os outros processos;

• Não se basear em tempos padrão ou informações que você não obtiver

pessoalmente;

• Mapear o fluxo completo de valor, mesmo que muitas pessoas estejam envolvidas.

Procurar não dividir o mapeamento pela equipe, pois entender o fluxo por inteiro é

o objetivo do mapeamento do fluxo de valor;

• Desenhar a mão e a lápis, pois desta forma a concentração estará no entendimento

do fluxo, e não na forma de utilização do computador.

41

Rother e Shook (2003) propõem algumas informações geralmente utilizadas para a

realização do Mapeamento de Fluxo de Valor:

• Tempo de Ciclo (T/C) – Freqüência com que uma peça ou produto é completado

por um processo, incluindo o tempo de operação e o tempo necessário para

preparação, carregamento e descarregamento dos materiais (LÉXICO LEAN,

2003).

• Tempo de Troca (TR) – Tempo para realização da atividade de produção de um

produto para outro em uma máquina. É medido pelo tempo decorrido entre a

última peça no ciclo recém terminado e a primeira peça boa após a mudança

(LÉXICO LEAN, 2003).

• Disponibilidade – Disponibilidade real da máquina, descontando paradas do

equipamento para realização de setups, manutenções não planejadas, ajustes. É a

porcentagem do tempo disponível para a produção.

• Tamanho dos lotes de produção (TPT) – Quantidade de peças produzidas a cada

operação da máquina. Pode ser expressa em outras unidades, como, por

exemplo, peso, de acordo com as especificidades do processo.

Com o mapa do estado atual desenvolvido, pode-se obter outras informações a partir

dele, sendo as principais:

• Tempo de Agregação de Valor (TAV) – É o tempo das atividades que

adicionam valor ao produto, ou seja, das atividades as quais os clientes estão

dispostos a pagar (ROTHER E SHOOK, 2003).

• Trabalho em Processo (Work in Process – WIP) – Itens entre etapas do processo

dentro da planta (LÉXICO LEAN, 2003).

• Lead Time de Produção (L/T) – É o tempo necessário para que um produto se

movimente por todas as etapas do seu respectivo processo de produção, do

início ao fim (LÉXICO LEAN, 2003).

42

George (2002) apresenta uma forma de obter o valor do Lead Time, conhecida

simplesmente como Lei de Little, apresentada na figura 3.11

Figura 3.11 – Cálculo do Lead Time

Para George (2004), esta equação possui algumas implicações práticas, pois mostra

que as duas formas de reduzir o Lead Time são limitando o trabalho em processo ou

aumentando o índice médio de conclusão.

O Anexo A apresenta os ícones utilizados no Mapeamento do Fluxo de Valor.

d) Eficiência Global do Equipamento

A Eficiência Global do Equipamento (OEE) é um indicador que mede as perdas de

eficiência dos equipamentos, e geralmente é utilizado para medir os resultados da aplicação

da Manutenção Produtiva Total (TPM).

O OEE é calculado pela multiplicação de três fatores: Disponibilidade, Eficiência e

Qualidade, conforme apresentado na figura 3.12.

Figura 3.12 – Cálculo da Eficiência Global do Equipamento (OEE) – Adaptado de

Nakajima (1989)

Lead Time = Quantidade de Trabalho em Processo

Índice Médio de Conclusão

OEEEficiência Global do

Equipamento

Disponibilidade do Equipamento

Performance Operacional

Qualidade dos Produtos= x x

•Quebras ou Falhas

•Preparação e ajustes

•Desgaste de ferramentas

•Pequenas paradas

•Velocidade Reduzida

•Refugos

•Retrabalhos

•Perdas por início de

Produção

OEEEficiência Global do

Equipamento

Disponibilidade do Equipamento

Performance Operacional

Qualidade dos Produtos= x x

•Quebras ou Falhas

•Preparação e ajustes

•Desgaste de ferramentas

•Pequenas paradas

•Velocidade Reduzida

•Refugos

•Retrabalhos

•Perdas por início de

Produção

43

De acordo com Moraes (2004), o índice de Disponibilidade expressa a relação entre

o tempo em que o equipamento realmente esteve em operação e o tempo total disponível

para operação, podendo ser calculado da seguinte maneira (Figura 3.13):

Figura 3.13 – Cálculo do Índice de Disponibilidade

O tempo total programado é o tempo total disponível para operação da máquina de

acordo com a empresa e as restrições do equipamento. As paradas planejadas incluem todas

as paradas programadas do equipamento, como, por exemplo, almoços, descanso, reuniões,

treinamentos e manutenções planejadas. As paradas não planejadas são aquelas que causam

reduções no índice de desempenho, descritas na figura 2.8.

O índice de Eficiência é a relação entre o tempo de ciclo real e teórico do

equipamento, normalmente determinado pela engenharia, sendo normalmente afetado por

redução na velocidade de operação do equipamento ou por pequenas paradas não

registradas (MORAES, 2004). Pode ser calculado da seguinte maneira (Figura 3.14):

Figura 3.14 – Cálculo do Índice de Eficiência

Um aspecto importante do OEE, para os índices de Disponibilidade e Eficiência, é

que ele independe da coleta correta dos dados de parada. Caso haja uma parada não

planejada do equipamento e esta não seja registrada, o valor de Disponibilidade calculado

será maior do que o real, no entanto o valor do OEE não será afetado, pois a compensação

será em um índice de eficiência calculado menor do que o real, já que ele considera o

número de peças teóricas produzidas durante o tempo disponível (e na verdade o tempo

disponível real é menor do que o calculado).

Disponibilidade (%) = Tempo Total Programado – Paradas Planejadas – Paradas não Planejadas

Tempo Total Programado – Paradas Planejadas x 100

Eficiência (%) = Tempo de Ciclo Teórico x Total de Peças Produzidas

Tempo Total Programado – Paradas Planejadas – Paradas não Planejadas x 100

44

Moraes (2004) afirma que o índice de Qualidade expressa a capacidade de processar

um produto da maneira correta na primeira vez. É a relação entre as peças corretas

produzidas sobre o total de peças produzidas. Este índice pode calculado da seguinte

maneira (Figura 3.15):

Figura 3.15 – Cálculo do Índice de Qualidade

De acordo com Nakajima (1989), um índice OEE de 85% representa um excelente

resultado, desde que leve em conta todas as perdas descritas para o seu cálculo e que seus

dados sejam confiáveis.

3.4.4 Analisar

De acordo com George (2004), a finalidade da etapa Analisar é utilizar as

informações e dados coletados na fase Medir para chegar às fontes de desperdícios. George

(2004) afirma que se deve fazer um esforço para não utilizar apenas a experiência nesta

fase, voltando maior atenção aos dados para chegar às causas-raiz dos problemas.

a) Análise de Restrições

A análise de capacidade faz parte de uma ferramenta Lean chamada Teoria das

Restrições (TOC). A Teoria das Restrições foi amplamente divulgada com o lançamento do

livro “A Meta”, de autoria do físico israelense Eliyahu Goldratt.

De acordo com Moellmann (2005), a Teoria das Restrições em um método de

programação da produção por meio da análise e reestruturação das restrições encontradas

no sistema produtivo. O planejamento, execução e controle das melhorias são baseados no

Gerenciamento das Restrições.

Para Goldratt (1995), um gargalo é um recurso em que a capacidade de produção é

menor ou igual à demanda colocada nele.

Qualidade (%) = Total de Peças Produzidas – (Total de refugos + retrabalhos)

Total de Peças Produzidas x 100

45

A restrição do sistema (ou gargalo) ocasiona acúmulo de material antes dele e limita

a velocidade de todo o processo. Cox e Spencer (2002) afirmam que a restrição é um

elemento que impossibilita um sistema de alcançar um melhor nível de desempenho em

relação à sua meta.

Para Goldratt (1995), o processo de implementação dos conceitos da Teoria das

Restrições pode ser descrito nas seguintes etapas:

1. Identificar a restrição do sistema

2. Explorar a restrição do sistema

3. Melhorar o desempenho da restrição do sistema

4. Subordinar todo o sistema à restrição

5. Volte ao passo 1 se algum dos passos anteriores falhar.

Moellmann (2005) afirma que, após a identificação dos gargalos do sistema, devem

ser elaboradas ações para reduzir o ciclo dessas operações, aumentando sua capacidade de

produção.

A Teoria das Restrições adota alguns termos específicos que facilitam sua

implementação. O Tambor é o ritmo, que é determinado pela restrição do sistema. Ele deve

garantir que o gargalo esteja sendo utilizado 100% do tempo, sem a ocorrência de paradas

devido a falta de material ou quebra do equipamento. O Pulmão é o estoque utilizado para

proteger o abastecimento de material para a restrição pela ocorrência de algum imprevisto.

A Corda é o elemento que faz com que todos os processos trabalhem na mesma velocidade,

a velocidade do gargalo.

Moellmann (2005) define como capacidade bruta de produção (Cb) aquela que seria

alcançada caso não houvesse nenhuma perda durante a operação do equipamento. Uma

maneira de calcular esta capacidade é através da seguinte maneira:

46

Figura 3.16 – Cálculo da Capacidade Bruta de Produção (MOELLMANN, 2005).

No entanto, como foi explicado anteriormente, a capacidade bruta considera que não

há nenhuma perda do equipamento, o que não ocorre na realidade.

Moellmann (2005) defina a capacidade líquida Cl como a quantidade de peças que a

operação realmente vai produzir. O cálculo da capacidade líquida é realizado considerando

as perdas do equipamento (OEE), e é calculado conforme é mostrado na figura 3.17:

Figura 3.17 – Cálculo da Capacidade Líquida de Produção (MOELLMANN, 2005).

Caso a capacidade líquida seja menor do que a demanda requisitada pelo cliente, o

processo em estudo é caracterizado como restrição para o sistema.

Moellmann (2005) realiza a análise baseado em valores de capacidade de produção.

Essa análise também pode ser realizada em termos de tempo necessário para produção da

demanda comparado com o tempo disponível (multiplicado pelo OEE).

b) Diagrama de Causa e Efeito

O diagrama de Causa e Efeito (também conhecido como diagrama de Ishikawa e

Espinha de Peixe) é uma ferramenta que tem como objetivo esclarecer as relações entre

causa e efeito para um problema. O objetivo principal é descobrir qual é a causa raiz para

um dado problema.

A forma de desenvolvimento é realizada tentando-se citar o maior número possível

de possíveis causas para um dado problema, classificando-as em seis categorias, conhecidas

como 6 M’s (Material, Mão-de-Obra, Máquina, Método, Meio Ambiente e Medição). Após

Cb = 3600

Te , onde Te é o tempo de ciclo da operação, em segundos

Cl = Cb x OEE

47

isso, pode-se analisar as causas listadas e selecionar as que apresentarem maior

possibilidade de ser a causa raiz real para o problema.

A forma de representação de um Diagrama de Causa e Efeito é apresentada na

figura 3.18.

Figura 3.18 – Diagrama de Causa e Efeito

b) Diagrama de Dispersão

De acordo com George (2004), o diagrama de Dispersão é uma ferramenta que pode

ser utilizada para verificar se há alguma relação entre duas variáveis. Ela também pode ser

utilizada como complemento do diagrama de Causa e Efeito para verificar se uma causa

realmente impacta no problema. A figura 3.19 apresenta um exemplo de diagrama de

Dispersão.

Figura 3.19 – Exemplo de Diagrama de Dispersão

Problema ouobjetivo

Mão de Obra

MediçãoMétodoMeio Ambiente

MáquinaMatéria Prima

Problema ouobjetivo

Mão de Obra

MediçãoMétodoMeio Ambiente

MáquinaMatéria Prima

0

5

10

15

20

25

30

0 2 4 6 8 10 12 14

48

3.4.5 Melhorar

De acordo com George (2004), a finalidade desta etapa é realizar as mudanças no

processo para a eliminação de defeitos, desperdício, custos, entre outros. Nesta etapa

concentra-se grande parte das ferramentas utilizadas pela Manufatura Enxuta, e esse é uma

das vantagens da utilização do Lean Seis Sigma, pois antes de partir para as melhorias

observa-se se essas melhorias são realmente melhorias sob o ponto de vista do cliente e se e

quais delas são as mais eficientes para priorizar a implementação.

a) Ferramentas da Manufatura Enxuta

O Gerenciamento Visual está relacionado à localização à vista de elementos do

sistema produtivo tais como as ferramentas, os materiais em processo, os processos de

produção, os indicadores de desempenho do sistema de produção, permitindo que a

situação do sistema seja entendida por todas as pessoas envolvidas de maneira simples e

rápida (LÉXICO LEAN 2003). Sendo assim, cria-se um ambiente mais organizado e

padronizado reduzindo os desperdícios do sistema de produção.

Uma ferramenta de Gerenciamento Visual que apresenta o estado das operações um

processo é o Andon (LÉXICO LEAN). Este dispositivo alerta quando há algo anormal no

processo, permitindo a rápida correção e evitando que haja grandes perdas como problemas

de parada de máquina, por exemplo.

Outra ferramenta que está relacionada ao Gerenciamento Visual é o 5S, que tem

como benefício criar um melhor ambiente de trabalho, e está baseado em cinco princípios

básicos:

• SEIRI (Senso de Utilização) – Separar o que é necessário do que não é necessário.

• SEITON (Senso de Organização) – Determinar a forma com que o material é

guardado de acordo com o nível de utilização.

• SEISO (Senso de Limpeza) – Manter o ambiente de trabalho limpo.

49

• SEIKETSU (Senso de Padronização) – Padronizar os benefícios trazidos pelos três

primeiros sensos.

• SHITSUKE (Senso de Auto Disciplina) – Consciência individual para a prática

contínua dos quatro sensos anteriores.

O Léxico Lean (2003) define o Kanban como um dispositivo que tem como função

sinalizar a produção de um item ou a retirada de itens em um sistema puxado. Pode ser um

Kanban de retirada, quando sua instrução está relacionada à movimentação dos produtos,

ou Kanban de produção, quando instrui a fabricação de produtos.

b) Implementação das ações de melhoria

Após identificadas as ações de melhoria, deve-se elaborar os planos de ação para a

implementação dessas ações, mas como forma de planejamento dos planos de ação de

acordo com os recursos disponíveis e a complexidade de execução será utilizada a tabela de

decisão como forma de priorização das ações.

50

3.4.6 – Controlar

O objetivo desta etapa é assegurar que os ganhos conseguidos sejam mantidos até

que haja uma nova melhoria que exija uma nova forma de controle (GEORGE, 2004). Para

esta etapa, George (2004) sugere algumas atividades a serem realizadas:

• Documentar o processo melhorado;

• Transformar os resultados em ganhos financeiros;

• Cria sistema de monitoração para identificar situações de desempenho fora do

controle;

• Desenvolvimento de um plano de controle.

Uma ferramenta utilizada nesta etapa é o Gráfico de Controle, que é um gráfico que

mostra a evolução dos dados em ordem cronológica, possibilitando também identificar se a

variação do processo é parte normal do processo (causa comum) ou uma causa especial.

Um exemplo para o Gráfico de Controle é apresentado na figura 3.20.

Figura 3.20 – Exemplo de Gráfico de Controle

0

5

10

15

20

25

1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 11 12 13 14 15 16 17 18 19 20 21 22 23 24 25 26 27

Média

LIC

LSC

51

1. INTRODUÇÃO

2. DESCRIÇÃO DA EMPRESA

3. REVISÃO DA LITERATURA

4. RESOLUÇÃO DO PROBLEMA

5. CONCLUSÕES

BIBLIOGRAFIA

APÊNDICES

ANEXOS

52

4. Resolução do Problema

4.1 Contribuição do Autor

A empresa em que o autor realizou a aplicação prática do trabalho é um cliente de

consultoria da empresa em que o mesmo desempenha as atividades de estágio. Uma equipe

de consultores atua nesta empresa há aproximadamente dois anos, em um projeto de

implementação da Manufatura Enxuta.

O autor foi alocado a esta empresa para a realização exclusiva deste trabalho, não

havendo relação direta com as atividades de projetos de consultoria realizadas pela equipe.

Para tornar clara a participação do autor no trabalho, todos os dados, indicadores,

informações, ou ferramentas utilizadas que sejam resultados do projeto de consultoria, ou

que de outra forma não sejam de contribuição do autor, serão explicitados como tal.

4.2 Descrição da Empresa

A aplicação prática de resolução do problema está sendo realizada em uma empresa

fundada em 1990 na cidade de São Paulo, mudando para o interior do estado de São Paulo

(atual sede) em 1994.

Trata-se de uma companhia nacional, que atua no mercado de tecidos técnicos, mais

especificamente no mercado de calçados (com ênfase em calçados esportivos), vestuário e

desenvolvimento de produtos especiais para o atendimento de mercados técnicos.

Atualmente, o processo de produção da divisão Têxtil conta com um conjunto de

unidades produtivas compostas por:

• Urdimento, onde os fios para a Malharia e Tecelagem são bobinados;

• Malharia e Tecelagem, onde são gerados os tecidos crus, chamados artigos;

• Tinturaria, onde os artigos são tingidos;

• Dublagem, onde são acrescidas as espumas, por processo a fogo ou de

colagem.

53

Em 2003, foi implantada uma unidade de produção de laminados sintéticos, mas

esta linha não fará parte do escopo do trabalho.

O volume de produção da empresa é de aproximadamente 150 toneladas por mês,

possuindo em sua carteira de clientes as principais marcas do segmento de calçados. A

empresa também conta com um laboratório, onde são desenvolvidos aproximadamente 50

produtos anualmente.

A empresa opera em regime de 3 turnos (inclusive aos sábados), sendo que a mão-

de-obra direta da empresa é essencialmente composta por jovens que possuem o ensino

médio completo.

A forte concorrência no seu segmento de atuação exige que a empresa entregue

produtos com qualidade, a preços competitivos e com atendimento (prazos de entrega) de

acordo com as necessidades de seus clientes. Isso exige que ela tenha um processo de

produção robusto, com baixos custos e poucas perdas com refugos e retrabalhos, além de

um processo de produção rápido e flexível, permitindo a diversificação em sua produção.

Para se destacar em sua área de atuação, esta empresa iniciou há dois anos a

implantação dos conceitos da Manufatura Enxuta, e desde então o que se pode descrever

como principais conceitos e ferramentas aplicadas são:

- um forte programa de 5S em toda a empresa, incluindo auditorias periódicas,

reuniões entre membros de diferentes áreas para troca de experiências,

elaboração e acompanhamento de melhorias;

- utilização de Gerenciamento Visual, principalmente na forma de quadros de

indicadores nas áreas de produção, e do sistema Andon para o

monitoramento do status das ordens de produção;

- implementação de APG’s para a Manufatura Enxuta em todas as áreas, os

quais são responsáveis por elaborar, medir e acompanhar os indicadores

(produção, atrasos, defeitos, setup, OEE, entre outros);

- utilização do sistema de troca rápida de ferramentas em algumas máquinas.

54

No entanto, essas iniciativas não estão sendo implementadas de forma estruturada, e

também não há padronização e grande divulgação das melhorias realizadas para as outras

áreas da empresa (exceto o 5S, o que há é uma divulgação dos resultados obtidos em

relação às metas, mas não as melhores práticas que levaram a esses resultados).

Isso diminui a eficácia das ações tomadas porque melhorias de forma independente

não levam em conta o processo como um todo (priorização das atividades), além de haver

uma falta de padronização das melhorias (para outras áreas aplicáveis) pela inexistência de

divulgação.

Isso faz com que a empresa ainda apresente uma série de problemas, como por

exemplo:

• Falta de conhecimento dos operadores em ferramentas da qualidade e

resolução de problemas, ocasionando demora na tomada de decisão,

resolução de problemas e ausência de melhorias no processo;

• Ausência de um sistema de gerenciamento da manutenção que foque no

aumento da disponibilidade das máquinas, embora haja indicadores das

perdas de produção e manutenção em algumas áreas (tecelagem);

• Ausência de identificação nos estoques. Não há uma área bem definida para

separar itens de devolução, obsoletos e com problemas de qualidade;

• Elevado índice de estoques de produtos acabados;

• Elevado índice de retrabalhos, como o processo de preparação de cores,

onde somente 10% a 15% das preparações saem corretas na primeira vez,

aproximadamente 20% do restante é acertado na segunda preparação e 50%

é corrigido na terceira vez. Outro índice alto ocorre na fábrica de laminados,

onde a taxa de refugo interno fica em torno de 9% a 15% ao mês.

• A empresa não utiliza a produção puxada, não há mapeamento do fluxo de

valor e nem análises de restrições.

55

Utilizando melhor os princípios da Manufatura Enxuta, a empresa poderá eliminar

uma série de desperdícios, adequar melhor sua capacidade à demanda dos clientes e reduzir

o tempo de resposta aos pedidos. Além disso, pode-se utilizar em conjunto a metodologia

Seis Sigma para potencializar os benefícios nas reduções dos índices de falha dos processos

e ter um melhor entendimento das necessidades dos clientes (definição de valor e definição

de defeito).

4.3 Seleção do Projeto

4.3.1 Processos de Produção

Existem dois tipos principais de produtos na unidade fabril que será estudada neste

trabalho: malhas e têxteis. Para os produtos têxteis, o processo de produção é composto

basicamente por Urdimento, Tecelagem, Tinturaria e Dublagem, enquanto que para as

malhas, o processo de produção é um pouco mais simples, sendo composto por malharia e

tinturaria.

Será feita em seguida uma breve descrição dos processos existentes na empresa para

facilitar a compreensão durante o desenvolvimento da metodologia.

Urdimento: Este processo destina-se exclusivamente aos produtos têxteis. As matérias

primas para ele são os fios que compõem o tecido final. O processo consiste em unir uma

certa quantidade de fios (especificada de acordo com o tecido final) em uma bobina. Um

conjunto de bobinas (do mesmo tipo ou diferentes) formará um artigo (tipo de tecido).

Tecelagem: Assim como o Urdimento, este processo destina-se aos produtos têxteis. A

matéria prima para a tecelagem é o conjunto de bobinas. Este conjunto de bobinas será

processado em um equipamento específico, formando ao final um artigo.

56

Malharia: Este processo recebe como matéria-prima os fios que compõem as malhas.

Esses fios são processados de forma ao formarem, ao final desta etapa, uma malha (também

chamada de artigo) fechada, ou seja, seu formato se assemelha à superfície de um cilindro.

Tinturaria: Após ter o tecido formado, ele passa pelo processo de tingimento, onde será

estabelecida a cor do tecido. O processo de tingimento inclui também as etapas de

preparação (lavagem e fixação dimensional do tecido), laboratório (elaboração da

composição da cor em alguns casos), acabamento (fixação da cor).

Dublagem: De acordo com o pedido do cliente, o produto pode também passar pelo

processo de dublagem, ou seja, fixação de uma camada de espuma, através de cola a quente

ou fogo.

Revisão: Ao final das etapas na tecelagem e na tinturaria existem máquinas revisadoras,

que inspecionam 100% dos produtos.

4.3.2 Mapeamento Macro do Fluxo de Valor

Para tornar mais claros os fluxos de informação e material pela empresa, foi

elaborado pelo autor dois Mapas Macro do Fluxo de Valor atual, um para os produtos

têxteis e outro para as malhas. Os resultados são apresentados em seguida:

57

Figura 4.1 - Mapa Macro do Fluxo de Valor Atual para os produtos têxteis

Figura 4.2 - Mapa Macro do Fluxo de Valor Atual para os produtos de malhas.

Devido a grande variedade e necessidade de personalização dos produtos desta

empresa, a priori o processo de fabricação ocorre apenas sob encomenda, ou seja,

teoricamente se trata de um processo de produção puxado, pois não há razão em se manter

Urdimento Tecelagem Tinturaria Dublagem

PCP Clientes

Diária

Clientes

Diária

Pedidos

Programação Diária

Pedidos

Malharia Tinturaria

PCP Clientes

Diária

Clientes

Diária

Pedidos

Programação Diária

Pedidos

58

estoques de uma variedade tão grande de produtos. Os fatores que proporcionam essa

grande variedade de produtos são:

• Cada tipo de tecido ou malha é chamado de artigo. Apesar de haver alguns tipos de

tecidos e malhas específicos que possuem maiores demandas, existem muitos

artigos cadastrados e que são considerados “ativos”, ou seja, possuem demanda e,

conseqüentemente, são considerados para o cálculo do número de produtos. Além

disso, existe um forte apoio ao processo de desenvolvimento de novos artigos, a

estratégia atual da empresa estabelece uma meta de 20 artigos desenvolvidos por

semestre.

• Cada tipo de artigo, para formar o produto final, pode ter uma cor diferente. Ou

seja, a variedade dos artigos é multiplicada pela quantidade de cores.

Em ambos os Mapas, nota-se a presença de estoques após os processos de

tecelagem e malharia. São estoques de artigos crus, ou seja, sem ter passado pelo processo

de tingimento. Um estoque muito alto desses materiais não é desejado, pois ocasiona uma

série de problemas, como excesso de transporte, dinheiro investido em materiais

armazenados, deterioração dos materiais, entre outros.

No entanto, até esta etapa, para grande parte dos produtos vendidos, há uma certa

previsibilidade das demandas dos principais artigos, o que justifica, de certo modo, a

manutenção de estoques destes produtos semi-acabados.

A grande responsável da diferenciação do produto é sua cor, ou seja, ocorre no

processo de tingimento, e nesse caso sim não se justifica a existência de um processo

empurrado, pois cada cor é específica para cada pedido, de acordo com as necessidades do

cliente, e são inúmeras as variações de cores existentes.

Mesmo assim, percebe-se nos Mapas apresentados que para ambos os tipos de

produtos o processo de tingimento é empurrado e, conseqüentemente, existem estoques de

materiais (tingidos) após ele.

59

O gráfico da figura 4.3 mostra a proporção de produtos tingidos que se destinam a

algum pedido de cliente final ou se destinam ao estoque de produtos acabados:

Figura 4.3 – Destino dos produtos após o tingimento - obtido pelo autor

Como se pode perceber, o processo não é totalmente empurrado nem puxado. Ele é

empurrado parcialmente principalmente devido a três fatores:

• O processo de produção na Tinturaria apresenta elevados índices de defeitos e

reprocessos. Grande parte dos produtos que são reprocessados muda o seu destino.

Por exemplo, um produto que deveria ser vermelho, mas foi reprovado devido à sua

cor incorreta, provavelmente será reprocessado como um produto de cor preta, e

como este não havia sido o pedido do cliente, acaba indo para o estoque de produtos

tingidos, contribuindo para o aumento dos estoques da empresa, além de atrasar o

pedido original.

A mudança de produto significa que o resultado (produto) final é diferente do que

foi especificado devido a alguma falha do processo, como um defeito na cor que resulta em

um produto tingido de preto para evitar a perda do material, ou um produto que é

classificado como de qualidade inferior e é vendido a um preço menor.

Destino dos produtos após o tingimento

0

10

20

30

40

50

60

70

mai/06 jun/06 jul/06 ago/06

Mês

% d

os

pro

du

tos

Cliente

Estoque

60

• Não existe um processo de análise e controle da utilização das máquinas de

tingimento. Além disso, existe uma cultura de maximização da disponibilidade das

máquinas, ou seja, quando se percebe que uma máquina ficará parada por falta de

pedidos, o Planejamento e Controle da Produção emite um pedido (para o estoque)

apenas para evitar que a máquina fique ociosa, contribuindo assim para o aumento

dos níveis de estoque de produtos tingidos. Ao contrário do item anterior, ainda não

foi possível obter evidências (dados) sobre esta questão, sendo obtidos apenas

indícios em entrevistas com o gerente de fábrica.

• Alguns dos produtos mais vendidos (combinação de artigo e cor) são

permanentemente produzidos (no processo de tingimento) de forma empurrada.

Uma justificativa para isto é o alto Lead Time desse processo, que força a

necessidade de manter estoques para evitar atrasos. No entanto, é um custo alto para

a empresa, pois, como já foi dito, a variedade de produtos nesta etapa é muito maior

do que após a tecelagem e a malharia, pois antes eram apenas os artigos, e agora é

uma combinação de artigo e cor.

4.3.3 Proposição e Verificação do Projeto

Considerando todas as informações levantadas sobre a empresa, bem como as

opiniões da equipe de consultores da empresa em que o autor realiza o estágio e dos

funcionários da empresa, o projeto será realizado na Tinturaria, visando reduzir o índice de

defeitos e reprocessos e reduzir também o Lead Time. Com isso, busca-se atender melhor

aos clientes e melhorar os processos internos, aumentando a velocidade, e reduzindo os

desperdícios internos de defeitos, superprodução e estoques.

Para tal, a metodologia mais apropriada a ser utilizada será o Lean Seis Sigma,

tendo como base a metodologia DMAIC do Seis Sigma, mas servindo-se de conceitos e

ferramentas de ambas as metodologias.

4.3.4 Qualificação do Projeto

A qualificação do projeto como um projeto de melhoria Lean Seis Sigma se faz

através da análise em relação aos três critérios de qualificação de Pande (2001):

61

1) Há uma lacuna entre o desempenho atual e o desempenho desejado/necessário?

Sim. Como já foi justificado, muitas das razões que explicam a manutenção de

estoques de produtos tingidos são de natureza de deficiências no processo, como

altos Lead Times e índice de defeitos.

2) A causa do problema não é claramente compreendida?

A causa raiz do problema não é claramente compreendida com as informações

obtidas e análises realizadas até o momento. Certamente uma metodologia mais

robusta é necessária para que ela seja identificada e para que se possa elaborar as

ações de melhoria.

3) A solução não é predeterminada, nem é a solução ótima aparente?

Por enquanto existem apenas soluções reativas ou de correção, e não poderia ser

diferente, pois quando não se conhece a causa raiz não se pode agir de outra maneira

mais eficaz.

De acordo com os critérios de qualificação de projeto podemos dizer que o Projeto

de melhoria na área da Tinturaria é adequado à metodologia a ser utilizada, justificando a

continuação do estudo sem a necessidade de uma nova proposta.

62

4.4 Definir

4.4.1 Escopo do Projeto

A área de realização do projeto é a tinturaria. A figura 4.4 é a forma como a

empresa enxerga atualmente os processos de planejamento e produção nesta área:

Figura 4.4 – Fluxograma da Tinturaria (Adaptado de fluxograma fornecido pela empresa)

Como se pode perceber observando a figura 4.4, a área da Tinturaria não é apenas

responsável pelo tingimento dos produtos. A seqüência e os processos para cada artigo

variam, mas de modo geral podemos considerar o fluxo apresentado.

Lavagem

Fixação

Receita Laboratório

Tingimento Turbo

Tingimento Over

Acabamento

Revisão

63

O início do processo ocorre com o recebimento de tecidos e malhas crus. A

primeira operação é a lavagem do material. Em seguida, é feita a fixação dimensional do

material (em alguns casos de cor branca o tingimento é feito diretamente nesta etapa). Após

passar pela fixação, uma amostra é enviada para o laboratório para a preparação da receita

da cor. Com a receita correspondente a cor especificada pelo cliente pronta, realiza-se então

o tingimento propriamente dito do material (existem dois tipos de máquinas de tingimento,

de acordo com o tipo de tecido ou malha). Após o tingimento do material, é feito o seu

acabamento, que corresponde à fixação da cor tingida. A etapa final é a revisão de 100%

dos produtos, que se trata de uma inspeção visual 100%.

4.4.2 Entendendo o Processo

Para facilitar o entendimento do processo, sua interação com outros processos e

principalmente para identificarmos quem são os seus clientes, apresenta-se na figura 4.5 o

diagrama SIPOC para a tinturaria:

Figura 4.5 – Diagrama SIPOC para o processo de Tingimento (elaborado pelo autor)

Fornecedor Entradas Processo Saídas Cliente

Tecelagem

Malharia

PCP

Tecidos Crus

• Tecido cru de artigo especificado pelo PCP disponível.• Tecido sem defeitos (manchas, rasgos, etc)

• Malha de art igo especificado pelo PCP disponível.• Malha sem defeitos (manchas, rasgos, etc)

Malhas

Programação Diária

• Lista das ordens de produção, especificações e prazos• Seqüência de produção para as máquinas de tingimento

Tecidos Tingidos

Malhas Tingidas

Atendimento à

Programação

• Tecidos tingidos de acordo com as especificações

• Malhas tingidas de acordo com as especificações

• Ordens de produção concluídas de acordo com as especificações de prazo

Faturamento

PCP

Lavagem

Fixação

Receita Laboratório

Tingimento Turbo

Tingimento Over

Acabamento

Revisão

64

Pode-se notar no diagrama SIPOC do processo de Tingimento que os fornecedores

são a Malharia e a Tecelagem, fornecendo as “matérias-primas” para o processo, e o PCP,

que fornece a programação de produção e os prazos de entrega. O PCP é também um

cliente do processo, pois deve receber as ordens de produção realizadas de acordo com o

especificado. Caso haja algum imprevisto, ele é o responsável por realizar a nova

programação.

O principal cliente do processo de Tingimento é o setor de Faturamento da empresa.

O Faturamento recebe os produtos tingidos e faz a seguinte separação:

• Produtos para o estoque;

• Produtos para o cliente;

• Produtos para a dublagem.

Caso a ordem de produção não esteja relacionada com um pedido de cliente, ou

então caso esta ordem de produção estava relacionada a um pedido de cliente, mas devido a

uma falha de processo houve uma mudança de produto (cor incompatível com a

especificada ou qualidade do tecido baixa), ao chegar na área de Faturamento o produto é

destinado ao estoque de produtos tingidos.

Caso a ordem de produção esteja relacionada com um pedido de cliente, pode haver

dois destinos ao produto: Caso o produto necessite de dublagem é destinado ao processo de

dublagem; ou caso não necessite de dublagem é faturado e expedido para o cliente.

Portanto, podemos dizer que o principal cliente do processo de Tingimento é o

Faturamento.

4.4.3 Estabelecimento de Indicadores

Com o escopo e limites do projeto definidos, e após a identificação do processo a

ser estudado, suas etapas e interfaces com outros processos, incluindo a identificação dos

clientes deste processo, pode-se então estabelecer quais são os indicadores que irão medir o

65

estado atual e os resultados obtidos com o projeto em relação aos objetivos que se deseja

alcançar.

Primeiramente, deve-se determinar, junto com o cliente do processo, quais são suas

necessidades e quais são os elementos críticos para a qualidade do produto, permitindo

então a definição de quais são os indicadores de saída do processo que melhor representam

a adequação dessas saídas às expectativas dos seus clientes.

Para o cliente, alguns fatores são críticos e o seu atendimento representa qualidade.

São eles:

• Entrega no prazo estabelecido

• Boa qualidade do tecido / malha

• Cor do produto de acordo com a especificada

• Identificação e dados corretos dos produtos.

Analisando os resultados obtidos, os indicadores a serem medidos são:

• Lead Time para o processo de Tinturaria

• Índice de Ordens de Produção entregues com atraso

• Índice de reprocessos

• Índice de defeitos

Esses são os indicadores que serão utilizados para medir a eficácia do projeto, mas

não são os únicos indicadores utilizados durante o projeto. Principalmente na etapa Medir,

muitos outros indicadores (talvez alguns sejam desdobramentos dos indicadores principais)

serão utilizados como base para as etapas Analisar e Melhorar do projeto.

66

4.5 Medir

4.5.1 Indicadores Gerais

A empresa possui uma política de medição de indicadores, estabelecimento de

metas e contínuo monitoramento dos mesmos. Alguns dos indicadores utilizados pelo autor

nesta etapa foram obtidos pela empresa, e nesses casos esta utilização de indicadores já

calculados pela empresa será explicitada.

a) Volume de Produção

São apresentados abaixo (figura 4.6) dados referentes ao volume de produção da

empresa nos últimos meses (junho/06 a agosto/06). A medição deste volume de produção é

feita em quilogramas, e juntamente serão apresentados os dados referentes às metas

previamente estabelecidas pela empresa.

Figura 4.6 – Volume de Produção da empresa (Dados obtidos pela empresa)

b) Indicadores de Qualidade

Entre os indicadores principais definidos na etapa anterior estão os indicadores de

qualidade, mais especificamente o indicador de reprocessos e o indicador de defeitos. A

empresa também realiza o monitoramento desses indicadores, da mesma forma que ocorre

com o indicador de volume de produção. Os dados são apresentados na figura 4.7.

Volume de Produção

0

50000

100000

150000

200000

250000

jun/06 jul/06 ago/06

Qu

anti

dad

e (k

g)

Volume

Produzido

Meta

67

Figura 4.7 – Indicador de Qualidade (Dados obtidos pela empresa)

c) Cumprimento de Prazos

Como foi identificada, a entrega de produtos para o faturamento dentro do prazo

estabelecido é um fator importante para a qualidade do produto, e a empresa também já

realiza a medição deste indicador, na forma de porcentagem das ordens de produção

entregues após o prazo estabelecido pela Programação da Produção. A figura 4.8 representa

os dados referentes a este indicador.

Figura 4.8 – Indicador de Cumprimento de Prazos (Dados obtidos pela empresa)

Indicador de Defeitos e Reprocessos

0

1

2

3

4

5

6

7

jun/06 jul/06 ago/06

Def

eito

s (%

)

Defeitos

Reprocessos

86

87

88

89

90

91

92

93

94

95

96

jun/06 jul/06 ago/06Mês

Cum

prim

ento

de P

razos (

%)

Meta

Cumprimento

de Prazos

68

4.5.1 Mapeamento do Fluxo de Valor Atual

Durante a definição do escopo do projeto foi apresentado um fluxograma

correspondente aos processos realizados na tinturaria. No entanto, há a necessidade de um

detalhamento maior, incluindo a identificação da seqüência dos processos de acordo com o

produto, e também uma visão mais clara de quais são os desperdícios presentes ao longo do

processo. Para isso utilizaremos o Mapeamento do Fluxo de Valor, que ajudará a entender

melhor o fluxo de materiais e informações do processo, permitindo a identificação dos

principais desperdícios existentes, a priorização das análises e melhorias a serem realizadas.

a) Definindo as Famílias de Produtos

Antes de elaborar o Mapa do Fluxo de Valor Atual, é necessário dividir os produtos

em famílias, de acordo com a similaridade de processos de produção, e então desenvolver

um Mapa para cada família de produtos.

A tabela 4.1 apresenta os principais artigos ordenados de acordo com seus

respectivos volumes de produção:

69

Tabela 4.1 – Principais artigos em volume de produção (kg) – Elaborado pelo autor

Artigo jun/06 jul/06 ago/06 Média2085 14.514 9.579 10.266 11.453

5046 10.521 7.395 7.264 8.393

1501 8.575 3.974 9.617 7.389

1205 5.512 7.443 7.638 6.864

5021 4.987 6.882 7.724 6.531

1570 4.168 4.105 9.918 6.064

6122 8.000 2.758 6.827 5.862

1137 6.041 6.320 3.716 5.359

1220 2.469 3.915 5.696 4.027

2138 4.849 2.131 4.745 3.908

5014 2.300 3.302 4.809 3.471

1186 754 4.795 3.111 2.886

1544 1.578 2.527 3.002 2.369

6150 1.458 1.652 3.797 2.303

6138 0 3.737 2.466 2.068

1208 949 1.585 3.333 1.956

2127 981 2.517 2.164 1.887

2107 552 3.312 1.767 1.877

1209 924 2.129 2.207 1.753

1502 1.116 2.815 1.305 1.745

5002 582 2.211 2.242 1.679

5030 390 1.629 2.499 1.506

2158 784 1.680 1.923 1.463

2114 1.231 1.956 1.038 1.408

5054 760 1.577 1.780 1.372

6132 656 3.129 324 1.370

1439 762 1.736 1.527 1.341

1504 871 1.087 1.583 1.181

1456 1.190 1.435 876 1.167

5429 888 1.427 1.136 1.150

5048 1.260 530 1.634 1.141

1601 549 2.156 685 1.130

1445 893 1.294 1.128 1.105

2152 1.420 1.092 648 1.053

2131 571 1.084 1.456 1.037

1319 897 1.023 1.057 992

5058 447 859 1.299 868

5047 1.118 832 555 835

1352 777 902 652 777

1509 388 755 1.188 777

5029 895 1.097 332 775

5031 1.118 320 838 759

3005 307 686 1.227 740

5025 216 1.603 296 705

1165 396 862 753 670

2084 266 815 655 578

1289 651 230 507 462

6162 962 423 0 462

1519 648 364 235 416

1441 119 583 402 368

5056 280 578 229 362

1328 391 485 36 304

1619 337 323 146 268

6163 769 0 0 256

TOTAL A 104.037 119.637 132.260 118.645

TOTAL 162.592 153.669 159.528 158.597

Volume de Produção (kg)

70

Tabela 4.2 – Principais artigos em volume de produção (%) – Elaborado pelo autor

Artigo jun/06 jul/06 ago/06 Média

2085 8,93% 6,23% 6,44% 7,20%

5046 6,47% 4,81% 4,55% 5,28%

1501 5,27% 2,59% 6,03% 4,63%

1205 3,39% 4,84% 4,79% 4,34%

5021 3,07% 4,48% 4,84% 4,13%

1570 2,56% 2,67% 6,22% 3,82%

6122 4,92% 1,79% 4,28% 3,66%

1137 3,72% 4,11% 2,33% 3,39%

1220 1,52% 2,55% 3,57% 2,55%

2138 2,98% 1,39% 2,97% 2,45%

5014 1,41% 2,15% 3,01% 2,19%

1186 0,46% 3,12% 1,95% 1,84%

1544 0,97% 1,64% 1,88% 1,50%

6150 0,90% 1,08% 2,38% 1,45%

6138 0,00% 2,43% 1,55% 1,33%

1208 0,58% 1,03% 2,09% 1,23%

2127 0,60% 1,64% 1,36% 1,20%

2107 0,34% 2,16% 1,11% 1,20%

1209 0,57% 1,39% 1,38% 1,11%

1502 0,69% 1,83% 0,82% 1,11%

5002 0,36% 1,44% 1,41% 1,07%

5030 0,24% 1,06% 1,57% 0,96%

2158 0,48% 1,09% 1,21% 0,93%

2114 0,76% 1,27% 0,65% 0,89%

5054 0,47% 1,03% 1,12% 0,87%

6132 0,40% 2,04% 0,20% 0,88%

1439 0,47% 1,13% 0,96% 0,85%

1504 0,54% 0,71% 0,99% 0,75%

1456 0,73% 0,93% 0,55% 0,74%

5429 0,55% 0,93% 0,71% 0,73%

5048 0,77% 0,34% 1,02% 0,71%

1601 0,34% 1,40% 0,43% 0,72%

1445 0,55% 0,84% 0,71% 0,70%

2152 0,87% 0,71% 0,41% 0,66%

2131 0,35% 0,71% 0,91% 0,66%

1319 0,55% 0,67% 0,66% 0,63%

5058 0,27% 0,56% 0,81% 0,55%

5047 0,69% 0,54% 0,35% 0,53%

1352 0,48% 0,59% 0,41% 0,49%

1509 0,24% 0,49% 0,74% 0,49%

5029 0,55% 0,71% 0,21% 0,49%

5031 0,69% 0,21% 0,53% 0,47%

3005 0,19% 0,45% 0,77% 0,47%

5025 0,13% 1,04% 0,19% 0,45%

1165 0,24% 0,56% 0,47% 0,43%

2084 0,16% 0,53% 0,41% 0,37%

1289 0,40% 0,15% 0,32% 0,29%

6162 0,59% 0,28% 0,00% 0,29%

1519 0,40% 0,24% 0,15% 0,26%

1441 0,07% 0,38% 0,25% 0,23%

5056 0,17% 0,38% 0,14% 0,23%

1328 0,24% 0,32% 0,02% 0,19%

1619 0,21% 0,21% 0,09% 0,17%

6163 0,47% 0,00% 0,00% 0,16%

TOTAL A 63,99% 77,85% 82,91% 74,92%

TOTAL 100,00% 100,00% 100,00% 100,00%

Volume de Produção (%)

71

Os artigos listados nas tabelas 4.1 e 4.2 representam aproximadamente 75% do

volume de produção da empresa e são aqueles considerados produtos A. Os produtos A

serão considerados para o estabelecimento das famílias de produtos, que por sua vez servirá

de base para o Mapeamento do Fluxo de Valor e também para todas as medições e análises

a serem realizadas na seqüência.

A figura 4.9 facilita a compreensão dos dados apresentados na tabela 4.1,

representando um gráfico de Pareto para os produtos mais significativos em volume de

produção.

Figura 4.9 – Gráfico de Pareto para os principais artigos em volume de produção –

Elaborado pelo autor.

Com os principais produtos identificados, o próximo passo é desenvolver uma

matriz de produtos x processos para a definição das famílias de produtos de acordo com a

similaridade de processos.

A tabela 4.3 lista todos os processos de produção existentes na Tinturaria.

Principais artigos em volume de produção

0

2.000

4.000

6.000

8.000

10.000

12.000

14.000

208550

4615

0112

0550

2115

7061

2211

3712

2021

3850

1411

8615

4461

5061

3812

0821

2721

0712

0915

0250

0250

3021

5821

1450

5461

3214

3915

0414

5654

2950

4816

0114

4521

5221

3113

1950

5850

4713

5215

0950

2950

3130

0550

2511

6520

8412

8961

6215

1914

4150

5613

2816

1961

63

Artigo

Vo

lum

e d

e P

rod

uçã

o (

kg)

72

Tabela 4.3 – Processos da Tinturaria

No entanto, o código do artigo não é o único fator que influencia no fluxo que um

determinado produto deve percorrer. Além dele, a cor do produto pode influenciar,

dependendo de sua categoria. Apresenta-se abaixo a tabela 4.4 com as categorias de cores

que podem influenciar no fluxo do produto:

Tabela 4.4 – Classificação das Cores em Categorias

Pode haver uma variação na máquina de tingimento ou no processo de acabamento

entre as classificações 1 e 2. Na categoria 3 estão os produtos de cor branca que são

tingidos na mesma máquina onde é realizada a fixação do tecido (rama), o que significa que

o tingimento não será realizado em uma máquina específica para este processo, como

normalmente é feito. A categoria 4 corresponde a um artigo cru, ou seja, sem a necessidade

de tingimento.

Portanto, para elaboração das famílias de produtos deve-se elaborar uma matriz de

processos em relação a uma combinação artigo/categoria de cor. O apêndice B apresenta

esta matriz e a utilização do método ROC para determinação das famílias de produtos, e o

apêndice B mostra a definição das famílias resultantes da utilização deste método.

Código Processo

1 Rama01 / Fixar

2 Turbo / Tingimento

3 Rama02 / Secar + Amaciar

4 Felpadeira / Felpar

5 Rama02 / Acabamento

6 Sperotto / Lavar

7 Rama01 / Branco Rama

8 Over MCS / Tingimento

9 Abridora / Abrir

10 Preparaçãpo / Preparar Tecido

11 Laboratório / Preparação Receita

12 Sperotto / Redutiva

13 Revisão

Categoria Descrição1 Cores Claras

2 Cores Escuras

3 Branco Rama

4 Cru

73

Com os principais produtos agrupados em famílias, e conhecendo o fluxo pelo qual

cada família de produtos passa, temos agora a base para iniciar a coleta de dados para a

elaboração do Mapa de Fluxo de Valor do estado atual. A elaboração deste mapa foi

realizada observando-se diretamente como as coisas acontecem na fábrica, caminhando do

processo final para o processo inicial, ou seja, de maneira contrária ao fluxo de materiais.

No entanto, alguns dados adicionais foram obtidos através de dados anteriores, e

estes serão apresentados em seguida.

b) Disponibilidade

A empresa opera em três turnos por dia, com a seguinte composição:

- 1º Turno: 5:20h às 13:40h;

- 2º Turno: 13:40h às 22h;

- 3º Turno: 22h às 5:20h.

Portanto, a empresa opera 24h por dia, seis dias por semana (segunda-feira a

sábado). As máquinas não são interrompidas em intervalos, pois há um revezamento de

operadores para evitar que isto aconteça. O tempo de operação é o mesmo para todos os

processos.

c) Eficiência Global do Equipamento

A tabela a seguir representa a eficiência global do equipamento, ou seja, demonstra

qual é a capacidade do equipamento em aproveitar o tempo disponível de operação,

trabalhar em uma velocidade de produção ideal e produzir peças de qualidade. A empresa

já realiza a medição do indicador de Eficiência Global do Equipamento para o processo de

tingimento (um indicador para o conjunto de máquinas deste processo).

O processo de tingimento possui um tempo de setup rápido, pois consiste apenas em

retirar o produto tingido e colocar o produto a ser tingido. No entanto, quando o produto a

ser processado é de cor mais clara, é necessário realizar a lavagem da máquina. Por esta

74

razão, a programação deste processo é feita buscando-se sempre a otimização da

quantidade de lavagens, escurecendo-se gradativamente a cor do produto a ser processado.

Foi identificado que as lavagens são consideradas como processo, e não perda de

disponibilidade. A tabela 4.6 apresenta os dados de OEE adaptados pelo autor a partir dos

dados determinados pela empresa, ou seja, além de considerar as lavagens como tempo não

disponível, foi também feito um detalhamento maior, obtendo o valor do OEE para cada

máquina do tingimento (TI01 a TI16).

Tabela 4.5 – Eficiência Global do Equipamento para as máquinas da Tinturaria

d) Mapa do Fluxo de Valor do Estado Atual

Com as famílias de produtos definidas e com alguns dados iniciais obtidos, é

possível obter os Mapa do Fluxo de Valor do Estado Atual para cada família de produto. A

figura 4.10 representa a família 1, enquanto os Mapas para as demais famílias são

apresentados no apêndice C.

Processo Disponibilidade Eficiência Qualidade OEERA01 Rama 1 1 / 7 88% 97% 96% 82%

TI01 Turbo Ilma 2 68% 100% 90% 61%

TI02 Turbo Ilma 2 71% 100% 93% 66%

TI03 Turbo Ilma 2 66% 100% 88% 58%

TI04 Turbo Metal Working 2 70% 98% 70% 48%

TI05 Turbo Metal Working 2 65% 100% 87% 57%

TI06 Turbo MCS 2 61% 100% 73% 44%

TI07 Turbinho 2 60% 100% 68% 41%

TI08 Over MCS 8 81% 95% 94% 72%

TI09 Over MCS 8 80% 100% 86% 69%

TI10 Over MCS 8 80% 100% 94% 75%

TI11 Over MCS 8 75% 100% 82% 62%

TI12 Over Metal Working 8 75% 80% 84% 50%

TI13 Over MCS 8 80% 98% 88% 69%

TI14 Over MCS 8 76% 100% 95% 72%

TI15 Over MCS 8 68% 100% 81% 55%

TI16 Overzinho 8 80% 100% 71% 57%

RA02 Rama 2 3 / 5 83% 93% 97% 74%

FE01 Felpadeira 4 91% 89% 98% 79%

SP01 Sperotto 6 / 11 95% 98% 99% 92%

AB01 Abridora 9 80% 100% 99% 80%

LB01 Laboratório 10 96% 90% 88% 76%

RV01 Revisadora 12 92% 89% 97% 79%

Máquina

75

Figura 4.10 – Mapa de Fluxo de Valor para a Família 1 (elaborado pelo autor).

Lavar Fixar Laboratório

PCP

FaturamentoTecelagem

Diária

Redutiva Secar Felpar Acabamento RevisãoTingir / Turbo

26 min 27 min 240 min 213 min 22 min 38 min 46 min 24 min 20 min

Programação da Produção

Ordem de Produção

Programação da Produção

Pedidos

3 turnosT / C = 26 min

OEE = 92%3 turnosT / C = 27 min

OEE = 82%3 turnosT / C = 240 min

OEE = 76%3 turnosT / C = 213 min

OEE = 57,6%3 turnosT / C = 22 min

OEE = 92%3 turnosT / C = 38 min

OEE = 74%3 turnosT / C = 46 min

OEE = 79%3 turnosT / C = 24 min

OEE = 74%3 turnosT / C = 20 min

OEE = 79%

76

4.6 Analisar

Após a realização de todas as medições necessárias, será desenvolvida nesta etapa

uma análise para a identificação das principais causas do problema, ou seja, os atrasos na

entrega dos produtos e os elevados índices de reprocessos e defeitos. Para tal, será utilizada

a base estabelecida na etapa Medir, principalmente o Mapa de Fluxo de Valor Atual, que

juntamente com a análise de restrições, mostrarão quais são as causas que devem ser

eliminadas na próxima etapa.

4.6.1 Análise de Restrições

Nesta etapa será realizada uma análise de restrições dos processos estudados. Esta

análise permitirá a identificação das operações mais críticas do processo em termos de

capacidade de produção (considerando-se as perdas de disponibilidade, eficiência e

qualidade) em comparação à respectiva demanda.

Os resultados obtidos permitirão a priorização das ações de melhoria, a serem

realizadas na etapa Melhorar (Improve), tornando-as mais eficazes em relação aos objetivos

estabelecidos.

Na etapa Medir, para o desenvolvimento do Mapa de Fluxo de Valor atual, foram

obtidos alguns dados como o tempo de processamento (para cada processo), estoques em

processo, tempo disponível, tempos de setup, além do fluxo de informações. Como é

salientado, o Mapeamento do Fluxo de Valor deve ser feito com dados obtidos diretamente

na fábrica, e não por meio do sistema de informação da empresa. Por esta razão, durante o

desenvolvimento do Mapa de Fluxo de Valor atual foram feitas algumas simplificações,

sendo a principal delas a consideração do tempo de processamento o mesmo para um

processo independentemente da família de produto.

Logo, antes de realizar a análise de restrições faz-se necessário obter os dados de

maneira mais detalhada para tornar os resultados mais próximos à realidade.

O apêndice D apresenta a tabela com os tempos de processamento para cada

produto em cada processo, além dos tamanhos de lotes de acordo com a família de produto

77

e o processo. Vale ressaltar que o produto é a combinação de um artigo (tipo de tecido ou

malha, que é uma matéria prima para a tinturaria) e uma categoria (de acordo com sua cor).

Isso porque pode haver uma grande diferença de tempo em um processo dependendo da cor

do produto (principalmente na etapa de tingimento). A empresa não possui um controle

detalhado a este ponto, e os dados foram obtidos pelo autor.

Além disso, nesta etapa foi realizado um estudo mais detalhado em relação ao

volume de produção para cada família de produtos. Como o controle do volume de

produção na tinturaria é feito por artigo (e um artigo pode pertencer a mais de uma família,

originar produtos diferentes), a obtenção destes dados torna-se um pouco mais trabalhosa, e

por isso é realizada no início da etapa Analisar.

Para a determinação dos valores de demanda por produto, houve a necessidade de

considerar alguns casos de maneira particular. Como já foi explicado, o controle da

produção é realizado por meio dos artigos, e não dos produtos finais, portanto, para

obtenção das proporções de cada produto para cada artigo foi realizada uma análise

detalhada do histórico das ordens de fabricação dos três últimos meses (por exemplo, para o

artigo 1137 qual é a proporção de produtos com cores claras, com cores escuras, e assim

por diante). No entanto, alguns artigos podem apresentar diferentes fluxos de produção para

a mesma combinação entre artigo e categoria (que estamos considerando produtos), e estes

são apresentados na tabela 4.7:

Tabela 4.6 – Descrição dos produtos que apresentam fluxos diferentes

Artigo Categoria Descrição

1137 1 Pode ser felpado (10%) ou não felpado(90%)

1137 3 Pode ser felpado (10%) ou não felpado(90%)

1137 4 Pode ser felpado (10%) ou não felpado(90%)

1165 1 Tingimento pode ser terceirizado (5%)

1165 3 Tingimento pode ser terceirizado (5%)

1165 7 Tingimento pode ser terceirizado (5%)

1205 1 Produto com acabamento especial (30%)

1205 3 Produto com acabamento especial (30%)

1501 4 Necessidade de abrir o tecido (40%)

2085 1 Diferença no tipo de máquina para tingimento (50% para cada tipo)

2085 3 Diferença no tipo de máquina para tingimento (50% para cada tipo)

5021 1 Pode ser felpado (50%) ou não felpado(50%)

5021 3 Pode ser felpado (50%) ou não felpado(50%)

5031 1 Pode ser felpado (20%) ou não felpado(80%)

5031 3 Pode ser felpado (20%) ou não felpado(80%)

5048 4 Com acabamento (10%) ou sem acabamento (90%)

78

Os resultados obtidos das demandas por produtos estão apresentados no apêndice D.

Na tabela 4.7 e na figura 4.11 a seguir, são apresentados os resultados de demanda por

família.

Tabela 4.7 – Demanda mensal (em kg) calculada por família de produtos

Figura 4.11 – Gráfico de Demanda mensal calculada por família de produtos

Família Demanda1 295

2 1.647

3 31.481

4 2.252

5 19.560

6 1.303

7 1.286

8 7.060

9 1.317

10 5.046

11 352

12 804

13 161

14 70

15 28.485

16 2.896

17 14.328

18 280

0

5000

10000

15000

20000

25000

30000

35000

1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 11 12 13 14 15 16 17 18

Família

Dem

and

a (k

g)

79

Com as informações obtidas até o momento, é possível então calcular a quantidade

de lotes demandados mensalmente, e então obter o tempo demandado para cada processo,

também apresentados no apêndice E. Os resultados são apresentados na tabela 4.8.

Tem-se, então, o tempo necessário para que cada processo cumpra a demanda do

cliente. No entanto, há alguns casos em que mais de um processo são realizados na mesma

máquina, ou em que um mesmo processo pode ser realizado em mais de uma máquina. Para

a análise de restrições devemos considerar as máquinas, e a relação processos x máquinas é

apresentada na tabela 4.8.

Tabela 4.8 – Relação entre processos e máquinas.

Com essa relação estabelecida é possível obter o tempo demandado por máquina,

pois este valor é aquele que será comparado ao tempo disponível para verificar se é capaz

ou não de atender à demanda. Os resultados são apresentados na tabela 4.9.

Processo Máquina

1 RA01

2 TI01

2 TI02

2 TI03

2 TI04

2 TI05

2 TI06

2 TI07

3 RA02

4 FE01

5 RA02

6 SP01

7 RA01

8 TI08

8 TI09

8 TI10

8 TI11

8 TI12

8 TI13

8 TI14

8 TI15

8 TI16

9 AB01

10 LB01

11 SP01

12 RV01

80

Tabela 4.9 – Tempo demandado por máquina

Para identificarmos se a máquina é capaz de atender à demanda ou não, deve-se

comparar o tempo demandado com o tempo disponível. A tabela 4.10 apresenta o tempo

disponível para cada máquina por mês em minutos. No entanto, não é coerente com a

realidade admitir que 100% do tempo disponível pode ser utilizado para produção.

Sendo assim, devem ser consideradas as perdas, tais como paradas para setup,

manutenção não planejada, redução de velocidade do processo e perdas com qualidade. Um

indicador que representa essas perdas é o OEE, e, portanto este será considerado na análise

de restrições. A tabela 4.11 apresenta os resultados da análise de restrições de produção

para as máquinas estudadas.

SP01 29.870

RA01 23.512

RA02 26.011

AB01 9.744

LB01 171.762

FE01 364

RV01 23.736

TI01 18.076

TI02 17.520

TI03 16.844

TI04 3.672

TI05 14.971

TI06 12.456

TI07 1.206

TI08 22.956

TI09 12.088

TI10 11.828

TI11 3.656

TI12 26.409

TI13 14.218

TI14 29.640

TI15 3.926

TI16 249

MáquinaTempo

demandado (min)

81

Tabela 4.10 – Tempo Disponível por tipo de máquina

Tabela 4.11 – Análise de restrições de produção para as máquinas da Tinturaria

SP01 3 480 6 37.440 1 37.440

RA01 3 480 6 37.440 1 37.440

RA02 3 480 6 37.440 1 37.440

AB01 3 480 6 37.440 1 37.440

LB01 3 480 6 37.440 7 262.080

FE01 3 480 6 37.440 1 37.440

RV01 3 480 6 37.440 2 74.880

TI01 3 480 6 37.440 1 37.440

TI02 3 480 6 37.440 1 37.440

TI03 3 480 6 37.440 1 37.440

TI04 3 480 6 37.440 1 37.440

TI05 3 480 6 37.440 1 37.440

TI06 3 480 6 37.440 1 37.440

TI07 3 480 6 37.440 1 37.440

TI08 3 480 6 37.440 1 37.440

TI09 3 480 6 37.440 1 37.440

TI10 3 480 6 37.440 1 37.440

TI11 3 480 6 37.440 1 37.440

TI12 3 480 6 37.440 1 37.440

TI13 3 480 6 37.440 1 37.440

TI14 3 480 6 37.440 1 37.440

TI15 3 480 6 37.440 1 37.440

TI16 3 480 6 37.440 1 37.440

Tempo Disponível

/ Mês

Qtd.

Máquinas

Tempo Total

DisponívelMáquina

Número de

Turnos

Tempo por Turno

(minutos)

Dias por

Semana

SP01 29.870 92% 32.467 37.440 Sim

RA01 23.512 82% 28.674 37.440 Sim

RA02 26.011 74% 35.149 37.440 Sim

AB01 9.744 80% 12.180 37.440 Sim

LB01 171.762 76% 226.003 262.080 Sim

FE01 364 79% 461 37.440 Sim

RV01 23.736 79% 30.046 74.880 Sim

TI01 18.076 61% 29.475 37.440 Sim

TI02 17.520 66% 26.350 37.440 Sim

TI03 16.844 58% 28.897 37.440 Sim

TI04 3.672 48% 7.649 37.440 Sim

TI05 14.971 57% 26.448 37.440 Sim

TI06 12.456 44% 28.027 37.440 Sim

TI07 1.206 41% 2.957 37.440 Sim

TI08 22.956 72% 31.729 37.440 Sim

TI09 12.088 69% 17.594 37.440 Sim

TI10 11.828 75% 15.810 37.440 Sim

TI11 3.656 62% 5.926 37.440 Sim

TI12 26.409 50% 52.534 37.440 Não

TI13 14.218 69% 20.636 37.440 Sim

TI14 29.640 72% 41.178 37.440 Não

TI15 3.926 55% 7.152 37.440 Sim

TI16 249 57% 436 37.440 Sim

Máquina

Tempo

demandado

(min)

OEE

Tempo necessário

para atender demanda

(min)

Tempo Total

Disponível (min)

Atende

Demanda?

82

Pode-se observar na tabela 4.11 que as máquinas críticas para o processo de

tingimento são TI12 e TI14, pois o tempo necessário para que elas produzam a quantidade

que o cliente necessita (considerando-se as perdas) é maior do que o tempo disponível para

a produção.

Para facilitar a compreensão de quais máquinas são mais críticas em relação à

capacidade de produção será utilizada a relação tempo necessário para atender demanda /

tempo disponível. Um valor maior que 1 indica que o processo não é capaz de atender à

demanda, ou seja, é um gargalo para o sistema. A tabela 4.12 apresenta os valores:

Tabela 4.12 – Relação entre tempo necessário para atender demanda e tempo

disponível

A tabela 4.12 indica qual deve ser a ordem para priorização das ações de melhoria,

pois as máquinas e processos que apresentem maior relação tempo necessário / tempo

disponível são aquelas onde as melhorias terão maior impacto no resultado final, que

poderão ser medidos através dos indicadores de desempenho estabelecidos na etapa Definir.

TI12 52.534 37.440 1,40 Não

TI14 41.178 37.440 1,10 Não

RA02 35.149 37.440 0,94 Sim

SP01 32.467 37.440 0,87 Sim

LB01 226.003 262.080 0,86 Sim

TI08 31.729 37.440 0,85 Sim

TI01 29.475 37.440 0,79 Sim

TI03 28.897 37.440 0,77 Sim

RA01 28.674 37.440 0,77 Sim

TI06 28.027 37.440 0,75 Sim

TI05 26.448 37.440 0,71 Sim

TI02 26.350 37.440 0,70 Sim

TI13 20.636 37.440 0,55 Sim

TI09 17.594 37.440 0,47 Sim

TI10 15.810 37.440 0,42 Sim

RV01 30.046 74.880 0,40 Sim

AB01 12.180 37.440 0,33 Sim

TI04 7.649 37.440 0,20 Sim

TI15 7.152 37.440 0,19 Sim

TI11 5.926 37.440 0,16 Sim

TI07 2.957 37.440 0,08 Sim

FE01 461 37.440 0,01 Sim

TI16 436 37.440 0,01 Sim

Tempo Total

Disponível (min)

Atende

Demanda?

Tempo necessário /

Tempo DisponívelMáquina

Tempo necessário

para atender

demanda (min)

83

Para os gargalos do sistema (TI12 e TI14), devem ser desenvolvidas ações para

melhoria da sua capacidade com a finalidade de torna-las capazes de atender às suas

respectivas demandas. Para aquelas cujos valores estão próximos de 1, deve-se garantir a

estabilidade, impedindo que grandes variações no processo façam com que ele se torne

gargalo em alguns momentos.

4.6.2 – Análise das Perdas para os processos críticos

As máquinas TI12 e TI14 são máquinas de tingimento. Existem 16 máquinas de

tingimento (de TI01 até TI16), que podem ser divididas em dois grupos, de acordo com a

forma como o tingimento é realizado. O primeiro grupo inclui as máquinas de TI01 a TI07

(chamado Turbo) e o segundo grupo inclui as máquinas de TI08 a TI16 (chamado Over).

Por exemplo, um produto que é tingido na máquina TI01 pode ser tingido na máquina TI07

(respeitando-se a capacidade de produção de cada máquina).

Portanto, de acordo com a família do produto não é possível saber em qual máquina

deve ser tingido, distinguindo apenas se o tingimento será em uma máquina Turbo ou Over.

Por esta razão esta análise incluirá em alguns casos todas as máquinas do tipo Over, já que

algumas das alternativas de melhoria podem envolver não apenas as máquinas gargalos,

mas também as outras máquinas do tipo Over. O apêndice F apresenta as demandas para os

produtos que passam por máquinas de tingimento tipo Over, e a figura 4.12 apresenta um

resumo do apêndice F, com os dados agrupados em famílias.

A empresa possui um sistema para a coleta de informações sobre a operação da

máquina, principalmente para a obtenção do valor do OEE, mas não utiliza este indicador

de maneira mais detalhada para a tomada de ações. A tabela 4.14 apresenta as principais

perdas de disponibilidade das máquinas de tingimento Over, destacando os gargalos, dados

obtidos pelo autor.

As figuras 4.12 e 4.13 mostram as perdas de qualidade nos últimos meses para as

máquinas Over, com destaque para as máquinas gargalo.

84

Figura 4.12 – Demanda para os produtos que passam por máquinas Over

Tabela 4.13 – Principais perdas de Disponibilidade para as máquinas Over

0

5000

10000

15000

20000

25000

30000

15 5 4 6

Família

Dem

and

a M

ensa

l (k

g)

Over TI12 TI14

Falta de Material 40% 38% 45%

Manutenção 13% 11% 14%

Falta de Mão-de-Obra 10% 6% 3%

Lavagens 7% 11% 14%

Setup 7% 6% 7%

Amostras 4% 0% 0%

Outros 19% 29% 17%

Total 100% 100% 100%

TipoMáquina

85

Figura 4.13 – Índice de reprocessos para as máquinas Over

Figura 4.14 – Índice de defeitos para as máquinas Over

a) Falta de Material

A falta de material está associada à falta do material para alguma ordem de

fabricação que estava programada para ser tingida. Normalmente está associada a atrasos

nos processos anteriores. Os produtos que são processados nas máquinas gargalo (e

também em todas as máquinas Over) pertencem às famílias 4, 5, 6 e 15. Observando o

fluxo de produção para os produtos dessas famílias percebe-se que os processos que

antecedem o tingimento são a Lavagem, a Fixação e o teste da cor no Laboratório.

0,00

2,00

4,00

6,00

8,00

10,00

12,00

jun/06 jul/06 ago/06 set/06Mês

Defe

itos (

% d

o tota

l pro

duzid

o)

Over

TI12

TI14

0

2

4

6

8

10

12

jun/06 jul/06 ago/06 set/06Mês

Repro

cessos (

% d

o tota

l

Pro

duzid

o) Over

TI12

TI14

86

Outra situação que pode ocorrer é o material estar presente para o tingimento, mas

devido à sua cor necessitará de uma lavagem na máquina (ver item lavagem) e por isso

decide-se esperar para utilizar outra máquina que não exija tal atividade.

Além disso, pode ocorrer também atraso na preparação do lote para ser tingido.

Portanto, podem ser definidas como principais causas para as perdas por falta de

material:

• Atraso no processo de Lavagem;

• Atraso no processo de Fixação;

• Atraso no Laboratório;

• Falha da programação da produção;

• Atraso na preparação do material.

A figura 4.15 apresenta a demanda para os produtos que são tingidos em máquinas

do tipo Over.

Figura 4.15 – Demanda para produtos tingidos em máquinas do tipo Over.

Como se pode perceber, existe um pequeno grupo de produtos que corresponde a

maior parte da demanda, e para estes pode ser justificável a manutenção de um pulmão de

0

500

1.000

1.500

2.000

2.500

3.000

3.500

4.000

4.500

5046

6122

2085

5046

6122

2085

2138

2138

5014

5014

5054

6150

6150

5021

5021

2127

6138

5002

5021

5021

6132

6138

2127

2114

5429

5030

2131

2152

5030

1319

2114

5058

5002

1352

5048

2152

6132

5048

2107

1319

2131

5429

6162

1352

5029

5025

5031

5029

5047

5025

5031

5056

5058

2107

5047

5054

6162

5056

5031

5031

87

recursos para as máquinas gargalo. A tabela 4.14 representa os produtos mais significativos

para as máquinas gargalo.

Tabela 4.14 – Principais produtos para as máquinas gargalo

b) Manutenção

A empresa realiza atividades de manutenção planejada e corretiva, sendo que apenas

a segunda é considerada como perda, já que a primeira é descontada no tempo disponível.

Nesse caso, existem duas razões principais para o elevado valor para este tipo de perda.

O primeiro está relacionado às falhas de comunicação. Como o processo de

tingimento é longo (aproximadamente 3 horas por lote), um operador trabalha em mais de

uma máquina ao mesmo tempo, além de exercer também funções de preparação da

máquina e transporte das peças tingidas. A divisão de funções não é clara, portanto há

situações em que uma máquina pára de operar no meio de um tingimento, mas como não há

nenhum operador por perto a comunicação para a manutenção não é feita de maneira ágil.

O segundo está relacionado às ineficiências das manutenções planejadas. A figura

4.16 apresenta a evolução do indicador de MTBF para as máquinas Over nos últimos 6

meses. Percebe-se que não há uma tendência de melhoria do indicador (aumento do

MTBF), o que indica que não há uma utilização dos registros de manutenções corretivas e

preventivas realizadas para evitar sua recorrência.

5046 3 5 4.1976122 1 15 3.4592085 3 15 2.8625046 1 5 2.5186122 3 15 2.3452085 1 15 2.3362138 3 15 2.0322138 1 15 1.8765014 3 5 1.5625014 1 5 1.388

FamíliaDemanda

Mensal (kg)Artigo Categoria

88

Figura 4.16 – Evolução do indicador MTBF nos últimos meses

Portanto, podem ser definidas como principais causas para as perdas por

manutenção:

• Falha de comunicação entre operador e manutenção;

• Manutenção planejada ineficaz em reduzir o índice de falhas dos equipamentos.

c) Falta de mão-de-obra

A perda de disponibilidade por falta de mão-de-obra ocorre quando o material já

está preparado para ser tingido, a máquina está disponível, mas há um atraso, pois não há

nenhum operador para realizar a atividade. Como já foi explicado em relação à

Manutenção, não existe uma função bem definida para cada operador, por isso pode ocorrer

este tipo de perda por falha de comunicação e planejamento entre eles. Existe um

funcionário que consegue detectar este atraso e resolver o problema, porém as ações

tomadas são sempre corretivas, não prevenindo futuras falhas.

Portanto, pode ser definida como principal causa para as perdas por falta de mão-de-

obra:

• Ausência de definição das funções dos operados na área de tingimento.

0

2

4

6

8

10

12

14

Abr Mai Jun Jul AgoMês

Te

mp

o (

dia

s)

OVER

TI12

TI14

89

d) Setup

O setup no tingimento é rápido, dura em média 5 minutos, já que apenas consiste

em retirar o lote tingido e colocar o lote a ser tingido. O que pode ocorrer nesse caso é o

operador retirar o lote tingido e transporta-lo para o processo seguinte antes de iniciar o

tingimento do lote seguinte.

Portanto, pode ser definida como principal causa para as perdas por setup:

• Ausência de procedimento para realização do setup.

e) Lavagem

Como foi explicado no item anterior, o setup é relativamente rápido. No entanto,

dependendo da combinação entre o lote anterior e o lote seguinte à troca, faz-se necessária

a lavagem da máquina. Basicamente a regra é a seguinte: se a cor do lote seguinte for mais

clara do que a cor do lote anterior é preciso lavar a máquina. Quanto maior for a diferença

entre as cores maior será o tempo necessário para lavagem, mas no geral este fica próximo

do tempo de tingimento.

A empresa não considerava o tempo de lavagem como perda de disponibilidade

para o cálculo do OEE, não por questão conceitual, mas como o tempo de operação é

medido automaticamente quando a máquina está em atividade, a lavagem estava sendo

considerada como tempo disponível. Esta foi uma das adaptações feitas pelo autor para a

obtenção do OEE.

A tabela 4.15 apresenta a quantidade média de lavagens e o tempo gasto por mês

(em minutos) com lavagens para cada máquina Over.

90

Tabela 4.15 – Tempo médio utilizado por mês em lavagens das máquinas

Falhas na programação da produção (ou no seu cumprimento) podem resultar em

um número alto de lavagens caso estas não estejam baseadas em uma seqüência gradativa

das cores.

As lavagens são encaradas como algo a ser sempre evitado, mas muitas vezes uma

máquina pode ficar sem operação mais tempo até do que o tempo de lavagem, e tal fato

pode prejudicar todo o sistema se essa máquina for um dos gargalos (TI12 ou TI14).

Portanto, podem ser definidas como principais causas para as perdas por lavagens:

• Falhas na programação da produção;

• Alterações na programação desnecessárias para evitar lavagens.

f) Reprocessos

Os reprocessos não são classificados como perdas de disponibilidade, sendo

enquadrados como perdas por qualidade. Todos os produtos são inspecionados 100%, em

um processo chamado de revisão. Este é o último processo desta área, portanto trata-se de

uma inspeção final.

Os principais tipos de causas para o reprocesso são a não reprodução da cor e as

manchas. A figura 4.17 apresenta a evolução do índice de reprocesso para essas causas, em

relação às máquinas do tipo Over.

jun/06 jul/06 ago/06 set/06 Média

TI08 3 3 3 1 2,50 562,5

TI09 12 19 18 16 16,25 3656,25

TI10 10 15 14 14 13,25 2981,25

TI11 18 19 20 14 17,75 3993,75

TI12 13 15 18 14 15,00 3375

TI13 15 13 18 18 16,00 3600

TI14 13 13 15 12 13,25 2981,25

TI15 20 16 23 17 19,00 4275

TI16 7 10 7 5 7,25 1631,25

Quantidade de Lavagens Tempo

Médio / mêsMáquina

91

Figura 4.17 – Evolução do Índice de Reprocesso para as principais causas

Tecido manchado é a maior causa para os reprocessos, portanto a prioridade será

eliminar esse tipo de falha, pois assim se chegará aos maiores ganhos. Para identificar as

principais causas-raiz para o problema de tecidos manchados foi desenvolvido um

diagrama de causa e efeito, apresentado na figura 4.18.

Figura 4.18 – Diagrama de Causa e Efeito para os produtos manchados (Desenvolvido pela

equipe de Qualidade da Empresa)

0

0,5

1

1,5

2

2,5

3

Mai Jun Jul Ago

Mês (06)

Índ

ice

de

Rep

roce

sso

(%

do

V

olu

me

To

tal

de

Pro

du

ção

)Manchado

Fora de Cor

Máquina Medição Meio Ambiente

Mão de ObraMaterialMétodo

Produto Manchado

Falha no ChapeamentoCilindro sujo

Pouca tela

EnroscoBuraco no tecido

Falha no enrolamentoSeqüência errada

Erro no carregamento da partida

Excesso de espuma

Falha na limpeza de tanques

Tecidos com estruturas não compatívelFalha no chapeamento

Contaminação no fioFalha na preparação da sperotto

Tricomia incompatívelEnrosco

Receita erradaSeqüência errada

Relação de banho baixaMuitas linhas de corantes

Cores claras desenvolvidas por corantes inadequados

Acerto de Processo

Erro no carregamento da partida

∆p fora de controle

Falha na circulação de bombaBanho curto

Falha na limpeza de máquina

Máquina suja

Borracha estourada

Falha na pressurização da máquina Nível de banho baixo

Operacional (Rama)

Contaminação na AbridoraFalha na circulação do banho

Corante baixa igualização

Máquina Medição Meio Ambiente

Mão de ObraMaterialMétodo

Produto Manchado

Falha no ChapeamentoCilindro sujo

Pouca tela

EnroscoBuraco no tecido

Falha no enrolamentoSeqüência errada

Erro no carregamento da partida

Excesso de espuma

Falha na limpeza de tanques

Tecidos com estruturas não compatívelFalha no chapeamento

Contaminação no fioFalha na preparação da sperotto

Tricomia incompatívelEnrosco

Receita erradaSeqüência errada

Relação de banho baixaMuitas linhas de corantes

Cores claras desenvolvidas por corantes inadequados

Acerto de Processo

Erro no carregamento da partida

∆p fora de controle

Falha na circulação de bombaBanho curto

Falha na limpeza de máquina

Máquina suja

Borracha estourada

Falha na pressurização da máquina Nível de banho baixo

Operacional (Rama)

Contaminação na AbridoraFalha na circulação do banho

Corante baixa igualização

92

Entre as causas listadas no diagrama de causa e efeito, foram destacadas pelo grupo

as seguintes:

• Falha na Limpeza da Máquina

• Enrosco

• Operacional (Rama)

• Falha no enrolamento

A limpeza da máquina está associada a uma lavagem mal executada para a máquina

de tingimento, mas não somente a ela. Relaciona-se também a falhas nas limpezas de outras

máquinas que geram manchas no material.

Todas as outras causas estão inteiramente relacionadas a processos anteriores ao

tingimento, ou seja, o material já chegou ao processo defeituoso.

As ações de melhoria devem estar relacionadas à eliminação dessas causas

(prevenção da ocorrência de defeitos), mas também podem fazer com que tais falhas não

cheguem até a etapa de tingimento (detecção dos defeitos).

g) Defeitos

Todos os produtos defeituosos são detectados na inspeção final, não existe um

processo de inspeção após cada processo (até porque o processo de inspeção do produto

utiliza uma máquina para permitir o movimento do material enquanto é inspecionado),

apenas ocorre uma detecção no meio do processo quando existe uma falha visível e o

operador a observa antes de encaminhar o material para o próximo processo. A empresa

coleta informações sobre qual processo gerou cada defeito encontrado na inspeção final, e

os resultados são apresentados na figura 4.19.

93

Figura 4.19 – Origem dos defeitos identificados na inspeção final

Percebe-se que a maioria dos defeitos é originada nas etapas iniciais do processo,

como a fixação (Rama 1), a lavagem (Sperotto) e o laboratório. Como a detecção ocorre

apenas no final do processo, esses defeitos possuem conseqüências muito mais graves, pois

geram desperdícios em todos os processos à frente.

Na etapa Analisar foram identificadas as restrições do processo e as suas principais

perdas, analisando quais são as respectivas causas-raiz. Esta é a base para a etapa Melhorar,

que deverá propor ações para a eliminação dessas causas.

0,00

200,00

400,00

600,00

800,00

1000,00

1200,00

Ram

a 1

Ram

a 2

Spero

tto

Labora

tório

Pre

para

ção

Tin

gim

ento

Abridora

Outr

os

kg

0%

20%

40%

60%

80%

100%

120%

94

4.7 - Melhorar

A partir dos resultados das análises realizadas na etapa anterior, nesta etapa serão

feitas propostas visando a eliminação das causas raiz identificadas, o que resultará em

ganhos em relação aos critérios estabelecidos pelo cliente na etapa Definir. As propostas

são apresentadas a seguir.

4.7.1 – Utilização de Pulmão para os gargalos

Como foi identificado na etapa Analisar, os gargalos são as máquinas TI12 e TI14,

máquinas de tingimento. Para reduzir as perdas de disponibilidade dessas máquinas,

propõe-se a criação de um pulmão antes do processo de tingimento. Como se trata de um

processo com variedade grande de produtos, fica inviável manter pulmão para todos os

produtos que passam pelo gargalo. No entanto, também foram identificados os produtos

mais significativos para as máquinas gargalo, e para estes será utilizado o estoque pulmão.

O tamanho do pulmão será baseado em uma demanda durante dois dias, pois este é

um valor suficiente para evitar significativamente a parada de máquina por falta de material

sem que haja excesso de estoque na área de tingimento, e é apresentado na tabela 4.16.

Tabela 4.16 – Cálculo do Pulmão para as máquinas gargalo do sistema

Esta ação trará como principal benefício a redução drástica nas perdas por

disponibilidade, já que as paradas de máquina por falta de material representam a maior

parcela desse tipo de perda. Além disso, as perdas por disponibilidade representam as

maiores perdas para as máquinas gargalo, portanto esta ação será eficaz para tornar este

processo capaz de atender à demanda.

2085 3 2.862 110 2202085 1 2.336 90 1802138 3 2.032 78 1562138 1 1.876 72 1445014 3 1.562 60 1205014 1 1.388 53 1075046 3 4.197 161 3235046 1 2.518 97 1946122 1 3.459 133 2666122 3 2.345 90 180

CategoriaDemanda Mensal

Demanda Diária

Pulmão (kg)

Artigo

95

4.7.2 – Identificação dos lotes de Produção

Mesmo com o pulmão de recurso para os gargalos, uma programação de produção

mal executada em outros processos pode continuar resultando em falta de materiais.

Atualmente, a programação de produção somente é realizada para o primeiro

processo, para o tingimento, e para a revisão. Caso o primeiro processo (normalmente a

lavagem) troque a ordem por algum motivo isso será mantido até o material chegar no

tingimento, ou também pode haver falha na própria programação da produção, já que

atualmente não há uma visão clara da empresa de quais são seus processos críticos.

Portanto, outra proposta de melhoria é a identificação das ordens de fabricação de

acordo com dois critérios:

1. O produto final possui cliente final ou é destinado ao estoque de produtos tingidos.

2. O produto passa por uma máquina gargalo ou não.

A idéia é utilizar uma espécie de Gerenciamento Visual para essas identificações,

como etiquetas com cores diferentes para cada um dos tipos de produtos de acordo com

esses critérios.

Um produto que passará pelo gargalo tem prioridade na fila, mas somente quando

houver previsão de parada de equipamento no gargalo, pois caso contrário eliminaria um

gargalo para criar vários outros. Por esse motivo deve haver uma forte integração desta

ação com a primeira, pois uma redução incomum nos pulmões deve acionar a priorização

de lotes nos outros processos.

As ordens de fabricação emitidas para produtos destinados ao estoque, inclusive

aqueles que passem pelo gargalo, devem ter menor prioridade sobre os outros, pois estes

sim necessitam ser entregues no prazo já que possuem pedido de cliente final.

Com essa ação, podem ser citados como benefícios a viabilização, ou a garantia da

eficácia da primeira ação (por meio da priorização dos lotes que passam pelos gargalos em

96

situações imprevistas), além de aumentar a disponibilidade do gargalo em produzir aquilo

que o cliente realmente deseja, e não produtos para serem estocados.

4.7.3 – Inspeção antes do Tingimento

Como foi caracterizado na etapa anterior, grande parte dos reprocessos e defeitos

que passam pelo tingimento são originados nos processos iniciais de produção. Isso ocorre

porque não existe inspeção em todos os processos de produção, e a não ser que haja um

defeito claramente visível os problemas apenas são detectados no final do processo.

De acordo com os dados apresentados na tabela 4.12, a relação entre o tempo

necessário para processar a demanda e o tempo disponível para as máquinas de revisão

(inspeção final) é de 0,40. Isso significa que apenas uma máquina é capaz de inspecionar

todo o volume de produção demandado, passando esse índice para 0,80.

A proposta nesse caso é passar uma das máquinas de revisão para se tornar o

processo anterior ao tingimento por máquinas Over. Esta ação impede que sejam

processados nos gargalos materiais que já chegaram com defeitos, fazendo com que as

perdas de qualidade dessas máquinas sejam apenas aquelas originadas por elas, e não pelos

processos anteriores.

4.7.4 – Divisão de funções no setor de tingimento

Como foi enfatizado na etapa anterior, algumas das perdas por falta de material,

manutenção não planejada e setup são ocasionadas por falta de comunicação entre os

operadores da área de tingimento, pois não há uma divisão clara das funções atribuídas a

cada um deles.

Para este problema, a proposta é dividir as funções entre os operadores das

máquinas de tingimento Over, entre preparação, operação, transporte, e comunicação com

outros processos (em casos de manutenção ou nível baixo no Kanban).

Assim como a primeira ação, esta trará como benefício direto a redução das perdas

por disponibilidade, principalmente em relação a falta de material, falta de mão-de-obra e

manutenção.

97

4.7.5 – Implantação de Dispositivo Andon

Implantação de dispositivos Andon nas máquinas de tingimento. Desse modo, assim

que houver uma parada de máquina não planejada haverá uma sinalização luminosa, o que

permitirá a tomada de ação rápida para evitar maiores atrasos.

4.7.6 – Redução dos Reprocessos e Defeitos

A empresa realizou uma análise para os problemas de reprocesso e defeitos, e

identificou as principais causas listadas na etapa Analisar.

O principal tipo de problema que causa reprocessos e defeitos é a falha na limpeza

das máquinas, principalmente no processo de fixação. A ação sugerida é aumentar a

freqüência das lavagens (semanalmente, sem interromper a produção) e criar um

procedimento para a execução desta atividade, o que não existe atualmente. Ao contrário da

ação 4, que visa impedir que os erros cheguem ao gargalo, esta ação visa impedir que esses

erros aconteçam.

4.7.7 – Priorização das ações

Para priorizar as ações e viabilizar o desenvolvimento de um cronograma de

implantação, será utilizada uma tabela de decisão, adotando os seguintes critérios:

1. Eficácia na redução do Lead Time de Processo (Peso 5).

2. Eficácia na redução do índice de entregas com atraso (Peso 5).

3. Eficácia no aumento dos índices de qualidade (Peso 5).

4. Complexidade da ação (Peso 2).

5. Recursos necessários (Peso 3).

Os resultados são apresentados na figura 4.20.

98

Figura 4.20 – Tabela de Decisão para priorização das ações de melhoria

4.7.8 - Cronograma

Baseado nos resultados da tabela de decisão pode-se desenvolver o cronograma para

execução das ações de melhoria, apresentado na figura 4.21.

Figura 4.21 – Cronograma de implementação das soluções

Podem ser estabelecidas metas para o processo após a implantação das soluções

propostas, em termos de melhoria nos indicadores. Estes são mostrados na figura 4.22.

Figura 4.22 – Metas para o processo após a implementação das soluções

Pulmão para os gargalos 15/jan 30/mar

Identificação dos lotes de produção 15/jan 30/mar

Inspeção antes do tingimento 13/dez 12/jan

Divisão de funções no tingimento 5/fev 16/fev

Andon 2/abr 27/abr

Limpeza das máquinas 15/jan 2/fev

jan/07 fev/07 mar/07 abr/07Ação Início Término dez/06

1 2 3 4 5

Pulmão para os gargalos 8 8 2 4 5 113

Identificação dos lotes de produção 7 7 2 3 6 104

Inspeção antes do tingimento 9 9 5 2 4 131

Divisão de funções no tingimento 5 5 3 6 6 95

Andon 3 3 2 5 5 65

Limpeza das máquinas 6 6 7 3 5 116

Peso 5 5 5 2 3

CritérioAção Pontuação

Indicador Atual Meta

Cumprimento de Prazos 90% 99%

Qualidade 90% 95%

OEE (Tingimento - Over) 66% 80%

Proporção de Produção para Estoque 40% 10%

99

4.8 – Controlar

Como as ações de melhoria ainda não foram efetivamente implementadas pela

empresa, se torna inviável realizar a etapa controlar, sendo desenvolvido apenas um

planejamento do controle a ser realizado quando as ações foram concluídas.

Basicamente, esta etapa consistirá da utilização de gráficos de controle para o índice

de reprocessos, o índice de defeitos e o indicador de cumprimento de prazos, sendo

estabelecidos os limites que, se ultrapassados, deverão indicar a necessidade de tomada de

ações para estabilizar novamente o processo.

100

1. INTRODUÇÃO

2. DESCRIÇÃO DA EMPRESA

3. REVISÃO DA LITERATURA

4. RESOLUÇÃO DO PROBLEMA

5. CONCLUSÕES

BIBLIOGRAFIA

APÊNDICES

ANEXOS

101

5 – Conclusões

A empresa não realizou a implementação das soluções propostas neste trabalho,

sendo o resultado a apresentação para a empresa das propostas de melhoria aqui descritas.

No entanto, o cronograma de implementação será efetuado, e até o momento pode-se

concluir que o trabalho obteve êxito em atingir os objetivos a que se propôs.

Um aspecto importante para a metodologia é a combinação das ferramentas com

uma estrutura robusta. As ações de melhoria foram baseadas nas causas dos problemas,

problemas esses que eram definidos de acordo com o cliente e medidos para a comprovação

por meio de dados. Utilizando a metodologia DMAIC de maneira adequada, percebe-se que

o esforço para chegar a uma solução caminha no sentido de maximizar os resultados

focando nos problemas mais relevantes ao invés de resolver problemas que terão benefício

praticamente nulo.

O Seis Sigma fornece uma visão estruturada para a resolução de problemas com

forte foco no cliente, características não presentes com tanta ênfase no Lean Manufacturing,

em que geralmente se parte direto da definição do problema para as melhorias. Por outro

lado, o Lean Manufacturing fornece ferramentas para melhorar a velocidade do processo,

enquanto o Seis Sigma, nesse aspecto, é mais restrito à melhoria da qualidade. Como na

empresa em que o trabalho foi realizado, por exemplo, as perdas de disponibilidade se

mostraram muito mais significativas em relação às perdas por qualidade, em termos de

impacto às necessidades dos clientes.

Uma virtude da metodologia Lean Seis Sigma é originada de características

positivas somadas das metodologias Lean Manufacturing e Seis Sigma, que é a utilização

de uma ampla gama de ferramentas de melhoria. Com isso, tem-se uma flexibilidade muito

grande para resolver problemas de diversas naturezas para diferentes tipos de empresa,

escolhendo-se aquelas as ferramentas mais adequadas para tratar o problema específico da

empresa e para resolve-lo de maneira mais eficaz.

No entanto, esta virtude pode se tornar um obstáculo caso haja dificuldade de

compreensão e seja feita uma escolha inadequada das ferramentas a serem utilizadas, fato

102

que pode ocorrer, principalmente porque esta é uma metodologia nova e a maioria das

empresas não apresenta maturidade e familiaridade suficiente para implementa-la de modo

a potencializar os ganhos.

Por essa razão, podem ser destacados como áreas importantes para estudos futuros a

análise da adequação da metodologia de acordo com o tipo de empresa (porte, produto e

processos de produção) e também de acordo com o contato da empresa com as

metodologias Lean Manufacturing e Seis Sigma, visando estabelecer diferentes abordagens

que resultarão em maiores ganhos para cada caso.

103

1. INTRODUÇÃO

2. DESCRIÇÃO DA EMPRESA

3. REVISÃO DA LITERATURA

4. RESOLUÇÃO DO PROBLEMA

5. CONCLUSÕES

BIBLIOGRAFIA

APÊNDICES

ANEXOS

104

Bibliografia

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106

1. INTRODUÇÃO

2. DESCRIÇÃO DA EMPRESA

3. REVISÃO DA LITERATURA

4. RESOLUÇÃO DO PROBLEMA

5. CONCLUSÕES

BIBLIOGRAFIA

APÊNDICES

ANEXOS

107

Apêndice A – Exemplo de Aplicação do Algoritmo ROC

Etapa 1. O número de pontos para cada produto é o somatório dos pesos para os

quais o valor do processo é 1. É feito então um ranking de acordo com a pontuação de cada

produto.

Etapa 2 – Organiza-se as linhas de acordo com o ranking e faz-se o mesmo processo

da etapa 1, agora para os processos.

Peso 8 4 2 1

Potência 3 2 1 0

Base 2 2 2 2

Processo 1 Processo 2 Processo 3 Processo 4 Pontos Ranking

Produto 1 0 0 1 1 3 4

Produto 2 1 1 0 0 12 1

Produto 3 0 1 1 1 7 3

Produto 4 1 1 0 0 12 1

Peso Potência Base Processo 1 Processo 2 Processo 3 Processo 4 Pontos Ranking

8 3 2 Produto 2 1 1 0 0 12 1

4 2 2 Produto 4 1 1 0 0 12 1

2 1 2 Produto 3 0 1 1 1 7 3

1 0 2 Produto 1 0 0 1 1 3 4

Pontos 12 14 3 3

Ranking 2 1 3 3

108

Etapa 3 – Organiza-se as colunas de acordo com o ranking estabelecido na etapa 2 e

repete-se a etapa 1. Note que os rankings calculados já estão ordenados. Isto significa o

término do algoritmo.

As famílias identificadas são as seguintes:

Peso 8 4 2 1

Potência 3 2 1 0

Base 2 2 2 2

Processo 2 Processo 1 Processo 3 Processo 4 Pontos Ranking

Produto 2 1 1 0 0 12 1

Produto 4 1 1 0 0 12 1

Produto 3 1 0 1 1 11 3

Produto 1 0 0 1 1 3 4

Pontos 14 12 3 3

Ranking 1 2 3 3

Processo 2 Processo 1 Processo 3 Processo 4

Produto 2 1 1 0 0

Produto 4 1 1 0 0

Produto 3 1 0 1 1

Produto 1 0 0 1 1

Família 1

Família 2

109

Apêndice B – Determinação das Famílias de Produtos

Matriz Produtos x Processos: Aplicação do algoritmo ROC, etapa 1.

Valor 2048 1024 512 256 128 64 32 16 8 4 2 1

Potência 11 10 9 8 7 6 5 4 3 2 1 0

Base 2 2 2 2 2 2 2 2 2 2 2 2

Artigo Categoria 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 11 12 Pontos1137 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 40391137 1 1 1 1 1 1 1 32691137 3 1 1 1 1 1 1 1 1 1 40391137 3 1 1 1 1 1 1 32691137 4 1 1 1 1 1 8651137 4 1 1 1 971137 7 1 1 1 1 1 9611165 1 1 1 1 1 11571165 1 1 11165 3 1 1 1 1 11571165 3 1 11165 7 1 1 1 21131165 7 1 11186 1 1 1 1 1 1 1 32691186 3 1 1 1 1 1 1 32691186 4 1 1 1 971186 7 1 1 1 21131205 1 1 1 1 1 1 1 32691205 1 1 1 1 1 1 1 1 37171205 3 1 1 1 1 1 1 32691205 3 1 1 1 1 1 1 1 37171205 4 1 1 1 971205 7 1 1 1 21131208 1 1 1 1 1 1 1 32691208 3 1 1 1 1 1 1 32691208 4 1 1 1 971209 1 1 1 1 1 1 1 32691209 3 1 1 1 1 1 1 32691220 1 1 1 1 1 1 1 32691220 3 1 1 1 1 1 1 32691220 4 1 1 1 971220 7 1 1 1 21131289 1 1 1 1 1 1 1 32691289 3 1 1 1 1 1 1 32691289 4 1 1 1 971289 7 1 1 1 21131319 1 1 1 1 1 1 1 2211319 3 1 1 1 1 1 1 2211319 7 1 1 1 21131328 1 1 1 1 1 1 1 32691328 3 1 1 1 1 1 1 32691328 4 1 1 1 971328 7 1 11352 1 1 1 1 1 1 1 2211352 3 1 1 1 1 1 1 2211439 1 1 1 1 1 1 1 32691439 3 1 1 1 1 1 1 32691439 4 1 1 1 971441 1 1 1 1 1 1 1 32691441 3 1 1 1 1 1 1 32691441 4 1 1 1 971441 7 1 1 1 21131445 1 1 1 1 1 1 1 32691445 3 1 1 1 1 1 1 32691445 4 1 1 1 971456 1 1 1 1 1 1 1 32691456 3 1 1 1 1 1 1 32691456 4 1 1 1 971501 1 1 1 1 1 1 1 32691501 3 1 1 1 1 1 1 32691501 4 1 1 1 1 1051501 4 1 1 1 971502 1 1 1 1 1 1 1 32691502 3 1 1 1 1 1 1 32691502 4 1 1 1 971504 1 1 1 1 1 1 1 32691504 3 1 1 1 1 1 1 32691504 4 1 1 1 1 1051504 7 1 1 1 21131509 1 1 1 1 1 1 1 32691509 3 1 1 1 1 1 1 32691509 4 1 1 1 971519 1 1 1 1 1 1 1 32691519 3 1 1 1 1 1 1 32691519 4 1 1 1 971519 7 1 1 1 21131544 1 1 1 1 1 1 1 32691544 3 1 1 1 1 1 1 32691544 4 1 1 1 971570 1 1 1 1 1 1 1 32691570 3 1 1 1 1 1 1 32691570 4 1 1 1 971570 7 1 1 1 21131601 1 1 1 1 1 1 1 32691601 3 1 1 1 1 1 1 32691601 4 1 1 1 971619 1 1 1 1 1 1 1 32691619 3 1 1 1 1 1 1 32691619 4 1 1 1 971619 7 1 1 1 21132084 1 1 1 1 1 1 1 32692084 3 1 1 1 1 1 1 32692084 4 1 1 1 1 1052085 1 1 1 1 1 1 1 2212085 1 1 1 1 1 1 12212085 3 1 1 1 1 1 1 221

Processo

110

2085 3 1 1 1 1 1 12212085 4 1 1 1 1 1052085 7 1 1 1 21132107 1 1 1 1 1 1 1 2212107 1 1 1 1 1 21212107 3 1 1 1 1 1 1 2212107 4 1 1 1 972107 7 1 1 1 1 21212114 1 1 1 1 1 1 1 2212114 3 1 1 1 1 1 1 2212114 4 1 1 1 972114 7 1 1 1 21132127 1 1 1 1 1 1 1 2212127 3 1 1 1 1 1 1 2212131 1 1 1 1 1 1 1 2212131 3 1 1 1 1 1 1 2212138 1 1 1 1 1 1 1 2212138 3 1 1 1 1 1 1 2212152 1 1 1 1 1 1 1 2212152 3 1 1 1 1 1 1 2212152 4 1 1 1 1 1052158 1 1 1 1 1 1 1 12292158 3 1 1 1 1 1 1 12292158 4 1 1 1 973005 1 1 1 1 1 1 1 32693005 3 1 1 1 1 1 1 32693005 4 1 1 1 973005 7 1 1 1 21135002 1 1 1 1 1 1 1 1 22695002 3 1 1 1 1 1 1 1 22695002 4 1 1 1 975002 7 1 1 1 21135014 1 1 1 1 1 1 1 1 22695014 3 1 1 1 1 1 1 1 22695014 4 1 1 1 975014 7 1 1 1 21135021 1 1 1 1 1 1 1 1 22695021 1 1 1 1 1 1 1 1 27095021 3 1 1 1 1 1 1 1 22695021 3 1 1 1 1 1 1 1 27095021 4 1 1 1 975021 7 1 1 1 21135025 1 1 1 1 1 1 1 1 22695025 3 1 1 1 1 1 1 1 22695025 4 1 1 1 975025 7 1 1 1 21135029 1 1 1 1 1 1 1 1 22695029 3 1 1 1 1 1 1 1 22695029 4 1 1 1 975029 7 1 1 1 21135030 1 1 1 1 1 1 1 1 22695030 3 1 1 1 1 1 1 1 22695030 4 1 1 1 975031 1 1 1 1 1 1 1 1 22695031 1 1 1 1 1 1 1 1 27095031 3 1 1 1 1 1 1 1 22695031 3 1 1 1 1 1 1 1 27095031 4 1 1 1 1 1055031 7 1 1 1 21135046 1 1 1 1 1 1 1 1 22695046 3 1 1 1 1 1 1 1 22695046 4 1 1 1 975046 7 1 1 1 21135047 1 1 1 1 1 1 1 1 22695047 3 1 1 1 1 1 1 1 22695047 4 1 1 1 975048 1 1 1 1 1 1 1 1 22695048 3 1 1 1 1 1 1 1 22695048 4 1 1 1 975048 4 1 1 1 1 2255054 1 1 1 1 1 1 1 1 22635054 3 1 1 1 1 1 1 1 22635054 4 1 1 1 1 2255054 7 1 1 1 21135056 1 1 1 1 1 1 1 1 22695056 3 1 1 1 1 1 1 1 22695056 4 1 1 1 975058 1 1 1 1 1 1 1 1 22695058 3 1 1 1 1 1 1 1 22695058 4 1 1 1 975429 1 1 1 1 1 1 1 1 22695429 3 1 1 1 1 1 1 1 22695429 4 1 1 1 975429 7 1 1 1 21136122 1 1 1 1 1 1 1 2216122 3 1 1 1 1 1 1 2216122 7 1 1 1 21136130 1 1 1 1 1 1 1 2216130 3 1 1 1 1 1 1 2216132 1 1 1 1 1 1 1 2216132 3 1 1 1 1 1 1 2216138 1 1 1 1 1 1 1 2216138 3 1 1 1 1 1 1 2216138 7 1 1 1 21136150 1 1 1 1 1 1 1 2216150 3 1 1 1 1 1 1 2216162 1 1 1 1 1 1 1 2216162 3 1 1 1 1 1 1 2216162 4 1 1 1 1 1056163 3 1 1 1 1 1 12216163 4 1 1 1 97

111

Aplicação do algoritmo ROC, etapa 2.

Artigo Categoria 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 11 121137 1 1 1 1 1 1 1 1 1 11137 3 1 1 1 1 1 1 1 1 11205 1 1 1 1 1 1 1 11205 3 1 1 1 1 1 1 11137 1 1 1 1 1 1 11137 3 1 1 1 1 1 11186 1 1 1 1 1 1 11186 3 1 1 1 1 1 11205 1 1 1 1 1 1 11205 3 1 1 1 1 1 11208 1 1 1 1 1 1 11208 3 1 1 1 1 1 11209 1 1 1 1 1 1 11209 3 1 1 1 1 1 11220 1 1 1 1 1 1 11220 3 1 1 1 1 1 11289 1 1 1 1 1 1 11289 3 1 1 1 1 1 11328 1 1 1 1 1 1 11328 3 1 1 1 1 1 11439 1 1 1 1 1 1 11439 3 1 1 1 1 1 11441 1 1 1 1 1 1 11441 3 1 1 1 1 1 11445 1 1 1 1 1 1 11445 3 1 1 1 1 1 11456 1 1 1 1 1 1 11456 3 1 1 1 1 1 11501 1 1 1 1 1 1 11501 3 1 1 1 1 1 11502 1 1 1 1 1 1 11502 3 1 1 1 1 1 11504 1 1 1 1 1 1 11504 3 1 1 1 1 1 11509 1 1 1 1 1 1 11509 3 1 1 1 1 1 11519 1 1 1 1 1 1 11519 3 1 1 1 1 1 11544 1 1 1 1 1 1 11544 3 1 1 1 1 1 11570 1 1 1 1 1 1 11570 3 1 1 1 1 1 11601 1 1 1 1 1 1 11601 3 1 1 1 1 1 11619 1 1 1 1 1 1 11619 3 1 1 1 1 1 12084 1 1 1 1 1 1 12084 3 1 1 1 1 1 13005 1 1 1 1 1 1 13005 3 1 1 1 1 1 15021 1 1 1 1 1 1 1 15021 3 1 1 1 1 1 1 15031 1 1 1 1 1 1 1 15031 3 1 1 1 1 1 1 15002 1 1 1 1 1 1 1 15002 3 1 1 1 1 1 1 15014 1 1 1 1 1 1 1 15014 3 1 1 1 1 1 1 15021 1 1 1 1 1 1 1 15021 3 1 1 1 1 1 1 15025 1 1 1 1 1 1 1 15025 3 1 1 1 1 1 1 15029 1 1 1 1 1 1 1 15029 3 1 1 1 1 1 1 15030 1 1 1 1 1 1 1 15030 3 1 1 1 1 1 1 15031 1 1 1 1 1 1 1 15031 3 1 1 1 1 1 1 15046 1 1 1 1 1 1 1 15046 3 1 1 1 1 1 1 15047 1 1 1 1 1 1 1 15047 3 1 1 1 1 1 1 15048 1 1 1 1 1 1 1 15048 3 1 1 1 1 1 1 15056 1 1 1 1 1 1 1 15056 3 1 1 1 1 1 1 15058 1 1 1 1 1 1 1 15058 3 1 1 1 1 1 1 15429 1 1 1 1 1 1 1 15429 3 1 1 1 1 1 1 15054 1 1 1 1 1 1 1 15054 3 1 1 1 1 1 1 12107 1 1 1 1 12107 7 1 1 1 11165 7 1 1 11186 7 1 1 11205 7 1 1 11220 7 1 1 11289 7 1 1 11319 7 1 1 11441 7 1 1 11504 7 1 1 11519 7 1 1 11570 7 1 1 11619 7 1 1 12085 7 1 1 12114 7 1 1 13005 7 1 1 15002 7 1 1 15014 7 1 1 15021 7 1 1 1

Processo

112

5025 7 1 1 15029 7 1 1 15031 7 1 1 15046 7 1 1 15054 7 1 1 15429 7 1 1 16122 7 1 1 16138 7 1 1 12158 1 1 1 1 1 1 12158 3 1 1 1 1 1 12085 1 1 1 1 1 12085 3 1 1 1 1 16163 3 1 1 1 1 11165 1 1 1 1 11165 3 1 1 1 11137 7 1 1 1 1 11137 4 1 1 1 1 15048 4 1 1 1 15054 4 1 1 1 11319 1 1 1 1 1 1 11319 3 1 1 1 1 1 11352 1 1 1 1 1 1 11352 3 1 1 1 1 1 12085 1 1 1 1 1 1 12085 3 1 1 1 1 1 12107 1 1 1 1 1 1 12107 3 1 1 1 1 1 12114 1 1 1 1 1 1 12114 3 1 1 1 1 1 12127 1 1 1 1 1 1 12127 3 1 1 1 1 1 12131 1 1 1 1 1 1 12131 3 1 1 1 1 1 12138 1 1 1 1 1 1 12138 3 1 1 1 1 1 12152 1 1 1 1 1 1 12152 3 1 1 1 1 1 16122 1 1 1 1 1 1 16122 3 1 1 1 1 1 16130 1 1 1 1 1 1 16130 3 1 1 1 1 1 16132 1 1 1 1 1 1 16132 3 1 1 1 1 1 16138 1 1 1 1 1 1 16138 3 1 1 1 1 1 16150 1 1 1 1 1 1 16150 3 1 1 1 1 1 16162 1 1 1 1 1 1 16162 3 1 1 1 1 1 11501 4 1 1 1 11504 4 1 1 1 12084 4 1 1 1 12085 4 1 1 1 12152 4 1 1 1 15031 4 1 1 1 16162 4 1 1 1 11137 4 1 1 11186 4 1 1 11205 4 1 1 11208 4 1 1 11220 4 1 1 11289 4 1 1 11328 4 1 1 11439 4 1 1 11441 4 1 1 11445 4 1 1 11456 4 1 1 11501 4 1 1 11502 4 1 1 11509 4 1 1 11519 4 1 1 11544 4 1 1 11570 4 1 1 11601 4 1 1 11619 4 1 1 12107 4 1 1 12114 4 1 1 12158 4 1 1 13005 4 1 1 15002 4 1 1 15014 4 1 1 15021 4 1 1 15025 4 1 1 15029 4 1 1 15030 4 1 1 15046 4 1 1 15047 4 1 1 15048 4 1 1 15056 4 1 1 15058 4 1 1 15429 4 1 1 16163 4 1 1 11165 1 11165 3 11165 7 11328 7 1

113

Aplicação do Algoritmo ROC, etapa 3.

Artigo Categoria 12 6 1 5 10 2 3 11 4 8 9 71137 1 1 1 1 1 1 1 1 1 11137 3 1 1 1 1 1 1 1 1 11205 1 1 1 1 1 1 1 11205 3 1 1 1 1 1 1 11137 1 1 1 1 1 1 11137 3 1 1 1 1 1 11186 1 1 1 1 1 1 11186 3 1 1 1 1 1 11205 1 1 1 1 1 1 11205 3 1 1 1 1 1 11208 1 1 1 1 1 1 11208 3 1 1 1 1 1 11209 1 1 1 1 1 1 11209 3 1 1 1 1 1 11220 1 1 1 1 1 1 11220 3 1 1 1 1 1 11289 1 1 1 1 1 1 11289 3 1 1 1 1 1 11328 1 1 1 1 1 1 11328 3 1 1 1 1 1 11439 1 1 1 1 1 1 11439 3 1 1 1 1 1 11441 1 1 1 1 1 1 11441 3 1 1 1 1 1 11445 1 1 1 1 1 1 11445 3 1 1 1 1 1 11456 1 1 1 1 1 1 11456 3 1 1 1 1 1 11501 1 1 1 1 1 1 11501 3 1 1 1 1 1 11502 1 1 1 1 1 1 11502 3 1 1 1 1 1 11504 1 1 1 1 1 1 11504 3 1 1 1 1 1 11509 1 1 1 1 1 1 11509 3 1 1 1 1 1 11519 1 1 1 1 1 1 11519 3 1 1 1 1 1 11544 1 1 1 1 1 1 11544 3 1 1 1 1 1 11570 1 1 1 1 1 1 11570 3 1 1 1 1 1 11601 1 1 1 1 1 1 11601 3 1 1 1 1 1 11619 1 1 1 1 1 1 11619 3 1 1 1 1 1 12084 1 1 1 1 1 1 12084 3 1 1 1 1 1 13005 1 1 1 1 1 1 13005 3 1 1 1 1 1 15021 1 1 1 1 1 1 1 15021 3 1 1 1 1 1 1 15031 1 1 1 1 1 1 1 15031 3 1 1 1 1 1 1 15002 1 1 1 1 1 1 1 15002 3 1 1 1 1 1 1 15014 1 1 1 1 1 1 1 15014 3 1 1 1 1 1 1 15021 1 1 1 1 1 1 1 15021 3 1 1 1 1 1 1 15025 1 1 1 1 1 1 1 15025 3 1 1 1 1 1 1 15029 1 1 1 1 1 1 1 15029 3 1 1 1 1 1 1 15030 1 1 1 1 1 1 1 15030 3 1 1 1 1 1 1 15031 1 1 1 1 1 1 1 15031 3 1 1 1 1 1 1 15046 1 1 1 1 1 1 1 15046 3 1 1 1 1 1 1 15047 1 1 1 1 1 1 1 15047 3 1 1 1 1 1 1 15048 1 1 1 1 1 1 1 15048 3 1 1 1 1 1 1 15056 1 1 1 1 1 1 1 15056 3 1 1 1 1 1 1 15058 1 1 1 1 1 1 1 15058 3 1 1 1 1 1 1 15429 1 1 1 1 1 1 1 15429 3 1 1 1 1 1 1 15054 1 1 1 1 1 1 1 15054 3 1 1 1 1 1 1 12107 1 1 1 1 12107 7 1 1 1 11165 7 1 1 11186 7 1 1 11205 7 1 1 11220 7 1 1 11289 7 1 1 11319 7 1 1 11441 7 1 1 11504 7 1 1 11519 7 1 1 11570 7 1 1 11619 7 1 1 12085 7 1 1 12114 7 1 1 13005 7 1 1 15002 7 1 1 15014 7 1 1 15021 7 1 1 1

Processo

114

5025 7 1 1 15029 7 1 1 15031 7 1 1 15046 7 1 1 15054 7 1 1 15429 7 1 1 16122 7 1 1 16138 7 1 1 12158 1 1 1 1 1 1 12158 3 1 1 1 1 1 12085 1 1 1 1 1 12085 3 1 1 1 1 16163 3 1 1 1 1 11165 1 1 1 1 11165 3 1 1 1 11137 7 1 1 1 1 11137 4 1 1 1 1 15048 4 1 1 1 15054 4 1 1 1 11319 1 1 1 1 1 1 11319 3 1 1 1 1 1 11352 1 1 1 1 1 1 11352 3 1 1 1 1 1 12085 1 1 1 1 1 1 12085 3 1 1 1 1 1 12107 1 1 1 1 1 1 12107 3 1 1 1 1 1 12114 1 1 1 1 1 1 12114 3 1 1 1 1 1 12127 1 1 1 1 1 1 12127 3 1 1 1 1 1 12131 1 1 1 1 1 1 12131 3 1 1 1 1 1 12138 1 1 1 1 1 1 12138 3 1 1 1 1 1 12152 1 1 1 1 1 1 12152 3 1 1 1 1 1 16122 1 1 1 1 1 1 16122 3 1 1 1 1 1 16130 1 1 1 1 1 1 16130 3 1 1 1 1 1 16132 1 1 1 1 1 1 16132 3 1 1 1 1 1 16138 1 1 1 1 1 1 16138 3 1 1 1 1 1 16150 1 1 1 1 1 1 16150 3 1 1 1 1 1 16162 1 1 1 1 1 1 16162 3 1 1 1 1 1 11501 4 1 1 1 11504 4 1 1 1 12084 4 1 1 1 12085 4 1 1 1 12152 4 1 1 1 15031 4 1 1 1 16162 4 1 1 1 11137 4 1 1 11186 4 1 1 11205 4 1 1 11208 4 1 1 11220 4 1 1 11289 4 1 1 11328 4 1 1 11439 4 1 1 11441 4 1 1 11445 4 1 1 11456 4 1 1 11501 4 1 1 11502 4 1 1 11509 4 1 1 11519 4 1 1 11544 4 1 1 11570 4 1 1 11601 4 1 1 11619 4 1 1 12107 4 1 1 12114 4 1 1 12158 4 1 1 13005 4 1 1 15002 4 1 1 15014 4 1 1 15021 4 1 1 15025 4 1 1 15029 4 1 1 15030 4 1 1 15046 4 1 1 15047 4 1 1 15048 4 1 1 15056 4 1 1 15058 4 1 1 15429 4 1 1 16163 4 1 1 11165 1 11165 3 11165 7 11328 7 1

115

Definição das Famílias de Produtos

Artigo Categoria Família

1137 1

1137 3

1205 1

1205 3

1137 1

1137 3

1186 1

1186 3

1205 1

1205 3

1208 1

1208 3

1209 1

1209 3

1220 1

1220 3

1289 1

1289 3

1328 1

1328 3

1439 1

1439 3

1441 1

1441 3

1445 1

1445 3

1456 1

1456 3

1501 1

1501 3

1502 1

1502 3

1504 1

1504 3

1509 1

1509 3

1519 1

1519 3

1544 1

1544 3

1570 1

1570 3

1601 1

1601 3

1619 1

1619 3

2084 1

2084 3

3005 1

3005 3

1

2

3

Artigo Categoria Família

5021 1

5021 3

5031 1

5031 3

5002 1

5002 3

5014 1

5014 3

5021 1

5021 3

5025 1

5025 3

5029 1

5029 3

5030 1

5030 3

5031 1

5031 3

5046 1

5046 3

5047 1

5047 3

5048 1

5048 3

5056 1

5056 3

5058 1

5058 3

5429 1

5429 3

5054 1

5054 3

2107 1

2107 7

1165 7

1186 7

1205 7

1220 7

1289 7

1319 7

1441 7

1504 7

1519 7

1570 7

1619 7

2085 7

2114 7

3005 7

5002 7

5014 7

4

5

6

7

8

116

Artigo Categoria Família

5021 7

5025 7

5029 7

5031 7

5046 7

5054 7

5429 7

6122 7

6138 7

2158 1

2158 3

2085 1

2085 3

6163 3

1165 1

1165 3

1137 7 12

1137 4 13

5048 4

5054 4

1319 1

1319 3

1352 1

1352 3

2085 1

2085 3

2107 1

2107 3

2114 1

2114 3

2127 1

2127 3

2131 1

2131 3

2138 1

2138 3

2152 1

2152 3

6122 1

6122 3

6130 1

6130 3

6132 1

6132 3

6138 1

6138 3

6150 1

6150 3

6162 1

6162 3

8

9

10

11

14

15

Artigo Categoria Família

1501 4

1504 4

2084 4

2085 4

2152 4

5031 4

6162 4

1137 4

1186 4

1205 4

1208 4

1220 4

1289 4

1328 4

1439 4

1441 4

1445 4

1456 4

1501 4

1502 4

1509 4

1519 4

1544 4

1570 4

1601 4

1619 4

2107 4

2114 4

2158 4

3005 4

5002 4

5014 4

5021 4

5025 4

5029 4

5030 4

5046 4

5047 4

5048 4

5056 4

5058 4

5429 4

6163 4

1165 1

1165 3

1165 7

1328 7

16

17

18

117

Apêndice C – Mapa do Fluxo de Valor – Estado Atual

Mapa de Fluxo de Valor para a Família 2 (elaborado pelo autor).

Mapa de Fluxo de Valor para a Família 3 (elaborado pelo autor).

LaboratórioLavar Fixar Tingir / Turbo

PCP

FaturamentoTecelagem

Diária

Secar AcabamentoLavagem Revisão

26 min 27 min 240 min 213 min 38 min 26 min 24 min 20 min

Programação da Produção

Ordem de Produção

Programação da Produção

Pedidos

3 turnosT / C = 26 min

OEE = 92%3 turnosT / C = 27 min

OEE = 82%3 turnosT / C = 240 min

OEE = 76%3 turnosT / C = 213 min

OEE = 57,6%3 turnosT / C = 38 min

OEE = 74%3 turnosT / C = 26 min

OEE = 92%3 turnosT / C = 24 min

OEE = 74%3 turnosT / C = 20 min

OEE = 79%

LaboratórioLavar Fixar

PCP

FaturamentoTecelagem

Pedidos

Diária

Acabamento RevisãoTingir / Turbo

26 min 27 min 240 min 213 min 24 min 20 min

Programação da Produção

Programação da Produção

Ordem de Produção

3 turnosT / C = 26 min

OEE = 92%3 turnosT / C = 27 min

OEE = 82%3 turnosT / C = 240 min

OEE = 76%3 turnosT / C = 213 min

OEE = 57,6%3 turnosT / C = 24 min

OEE = 74%3 turnosT / C = 20 min

OEE = 79%

118

Mapa de Fluxo de Valor para a Família 4 (elaborado pelo autor).

Mapa de Fluxo de Valor para a Família 5 (elaborado pelo autor).

26 min 27 min 240 min 225 min 38 min 26 min 24 min 20 min

LaboratórioLavar Fixar Tingir / Over

PCP

FaturamentoTecelagem

Diária

Secagem AcabamentoLavagem Revisão

Programação da Produção

Ordem de Produção

Programação da Produção

Pedidos

3 turnosT / C = 26 min

OEE = 92%3 turnosT / C = 27 min

OEE = 82%3 turnosT / C = 240 min

OEE = 76%3 turnos

T / C = 225 min

OEE = 66,2%3 turnosT / C = 38 min

OEE = 74%3 turnosT / C = 26 min

OEE = 92%3 turnosT / C = 24 min

OEE = 74%3 turnosT / C = 20 min

OEE = 79%

26 min 27 min 240 min 225 min 18 min 24 min 20 min

LaboratórioLavar Fixar Tingir / Over

PCP

FaturamentoTecelagem

Diária

Abrir Acabamento Revisão

Programação da Produção

Ordem de Produção

Programação da Produção

Pedidos

3 turnosT / C = 26 min

OEE = 92%3 turnosT / C = 27 min

OEE = 82%3 turnosT / C = 240 min

OEE = 76%3 turnos

T / C = 225 min

OEE = 66,2%3 turnosT / C = 24 min

OEE = 74%3 turnosT / C = 20 min

OEE = 79%3 turnosT / C = 18 min

OEE = 80%

119

Mapa de Fluxo de Valor para a Família 6 (elaborado pelo autor).

Mapa de Fluxo de Valor para a Família 7 (elaborado pelo autor).

LaboratórioLavar Fixar Tingir / Over

PCP

FaturamentoTecelagem

Diária

Redutiva Acabamento Revisão

26 min 27 min 240 min 225 min 22 min 24 min 20 min

Pedidos

Programação da Produção

Ordem de Produção

Programação da Produção

3 turnosT / C = 26 min

OEE = 92%3 turnosT / C = 27 min

OEE = 82%3 turnosT / C = 240 min

OEE = 76%3 turnos

T / C = 225 min

OEE = 66,2%3 turnosT / C = 24 min

OEE = 74%3 turnosT / C = 20 min

OEE = 79%3 turnosT / C = 22 min

OEE = 92%

Lavar Revisão

PCP

Faturamento

Tecelagem

Diária

FixarAbrir

18 min 26 min 27 min 20 min

Pedidos

Ordem de Produção

Programação da Produção

3 turnosT / C = 26 min

OEE = 92%3 turnosT / C = 27 min

OEE = 82%3 turnosT / C = 20 min

OEE = 79%3 turnosT / C = 18 min

OEE = 80%

120

Mapa de Fluxo de Valor para a Família 8 (elaborado pelo autor). Mapa de Fluxo de Valor para a Família 9 (elaborado pelo autor).

Revisão

PCP

Faturamento

Tecelagem

Diária

FixarLavar

26 min 27 min 20 min

Pedidos

Ordem de Produção

Programação da Produção

3 turnosT / C = 26 min

OEE = 92%3 turnosT / C = 27 min

OEE = 82%3 turnosT / C = 20 min

OEE = 79%

18 min 26 min 240 min 213 min 24 min 20 min

LaboratórioLavarAbrir

PCP

FaturamentoTecelagem

Diária

Acabamento RevisãoTingir / Turbo

Pedidos

Programação da Produção

Ordem de Produção

Programação da Produção

3 turnosT / C = 26 min

OEE = 92%3 turnosT / C = 18 min

OEE = 80%3 turnosT / C = 240 min

OEE = 76%3 turnosT / C = 213 min

OEE = 57,6%3 turnosT / C = 24 min

OEE = 74%3 turnosT / C = 20 min

OEE = 79%

121

Mapa de Fluxo de Valor para a Família 10 (elaborado pelo autor). Mapa de Fluxo de Valor para a Família 11 (elaborado pelo autor).

LaboratórioLavar Revisão

PCP

FaturamentoTecelagem

Diária

AcabamentoTingir / Turbo

26 min 240 min 213 min 24 min 20 min

Programação da Produção

Ordem de Produção

Programação da Produção

Pedidos

3 turnosT / C = 26 min

OEE = 92%3 turnosT / C = 240 min

OEE = 76%3 turnosT / C = 213 min

OEE = 57,6%3 turnosT / C = 24 min

OEE = 74%3 turnosT / C = 20 min

OEE = 79%

Laboratório Revisão

PCP

FaturamentoTecelagem

Diária

AcabamentoTingir / Turbo

213 min 24 min 20 min240 min

Programação da Produção

Ordem de Produção

Programação da Produção

Pedidos

3 turnosT / C = 240 min

OEE = 76%3 turnosT / C = 213 min

OEE = 57,6%3 turnosT / C = 24 min

OEE = 74%3 turnosT / C = 20 min

OEE = 79%

122

Mapa de Fluxo de Valor para a Família 12 (elaborado pelo autor). Mapa de Fluxo de Valor para a Família 13 (elaborado pelo autor).

Lavar Secar

PCP

Faturamento

Tecelagem

Diária

Acabamento RevisãoFelpar

26 min 38 min 46 min 24 min 20 min

Pedidos

Ordem de Produção

Programação da Produção

3 turnosT / C = 26 min

OEE = 92%3 turnosT / C = 24 min

OEE = 74%3 turnosT / C = 20 min

OEE = 79%3 turnosT / C = 38 min

OEE = 74%3 turnosT / C = 46 min

OEE = 79%

Lavagem Secagem

PCP

Faturamento

Tecelagem

Diária

Branco Rama RevisãoFelpar

26 min 38 min 46 min 46 min 20 min

Pedidos

Ordem de Produção

Programação da Produção

3 turnosT / C = 26 min

OEE = 92%3 turnosT / C = 46 min

OEE = 74%3 turnosT / C = 20 min

OEE = 79%3 turnosT / C = 38 min

OEE = 74%3 turnosT / C = 46 min

OEE = 79%

123

Mapa de Fluxo de Valor para a Família 14 (elaborado pelo autor). Mapa de Fluxo de Valor para a Família 15 (elaborado pelo autor).

Lavagem Revisão

PCP

Faturamento

Tecelagem

Diária

AcabamentoBranco Rama

26 min 46 min 24 min 20 min

Pedidos

Ordem de Produção

Programação da Produção

3 turnosT / C = 24 min

OEE = 74%3 turnosT / C = 20 min

OEE = 79%3 turnosT / C = 46 min

OEE = 74%3 turnosT / C = 26 min

OEE = 92%

LaboratórioLavagem Tingir / Over

PCP

FaturamentoTecelagem

Diária

Acabamento RevisãoAbrir

26 min 240 min 225 min 18 min 24 min 20 min

Pedidos

Programação da Produção

Ordem de Produção

Programação da Produção

3 turnosT / C = 26 min

OEE = 92%3 turnosT / C = 24 min

OEE = 74%3 turnosT / C = 20 min

OEE = 79%3 turnosT / C = 18 min

OEE = 80%3 turnosT / C = 240 min

OEE = 76%3 turnos

T / C = 225 min

OEE = 66,2%

124

Mapa de Fluxo de Valor para a Família 16 (elaborado pelo autor). Mapa de Fluxo de Valor para a Família 17 (elaborado pelo autor).

Lavagem Revisão

PCP

Faturamento

Tecelagem

Diária

Branco RamaAbrir

18 min 26 min 46 min 20 min

Pedidos

Ordem de Produção

Programação da Produção

3 turnosT / C = 18 min

OEE = 80%3 turnosT / C = 46 min

OEE = 74%3 turnosT / C = 26 min

OEE = 92%3 turnosT / C = 20 min

OEE = 79%

Revisão

PCP

Faturamento

Tecelagem

Diária

Branco RamaLavagem

26 min 46 min 20 min

Pedidos

Ordem de Produção

Programação da Produção

3 turnosT / C = 46 min

OEE = 74%3 turnosT / C = 26 min

OEE = 92%3 turnosT / C = 20 min

OEE = 79%

125

Mapa de Fluxo de Valor para a Família 18 (elaborado pelo autor).

Revisão

PCP

Faturamento

Tecelagem

Diária

20 min

Pedidos

Ordem de Produção

3 turnosT / C = 20 min

OEE = 79%

126

Apêndice D – Lead Times e Tamanho de Lotes

Lead time para cada produto em cada processo de produção (em minutos).

12 6 1 5 10 2 3 11 4 8 9 71137 1 25 31 45 30 240 210 45 28 361137 3 25 31 45 30 240 240 45 28 361205 1 25 31 30 25 240 190 401205 3 25 31 30 25 240 240 401137 1 25 31 45 30 240 2101137 3 25 31 45 30 240 2401186 1 25 31 45 20 240 1801186 3 25 31 45 20 240 2401205 1 25 31 30 25 240 1901205 3 25 31 30 25 240 2401208 1 15 19 30 25 240 2001208 3 15 19 30 25 240 2401209 1 20 25 25 30 240 2201209 3 20 25 25 30 240 2401220 1 20 25 25 25 240 2101220 3 20 25 25 25 240 2701289 1 15 19 18 15 240 1801289 3 15 19 18 15 240 2451328 1 5 6 7 12 240 1801328 3 5 6 7 12 240 2101439 1 10 13 16 14 240 1551439 3 10 13 16 14 240 2151441 1 25 31 26 28 240 2451441 3 25 31 26 28 240 2501445 1 25 31 35 30 240 2151445 3 25 31 35 30 240 2551456 1 25 31 20 18 240 1501456 3 25 31 20 18 240 1901501 1 25 31 33 44 240 1701501 3 25 31 33 44 240 1701502 1 20 25 20 15 240 1901502 3 20 25 20 15 240 2201504 1 20 25 19 17 240 1751504 3 20 25 19 17 240 1951509 1 25 31 20 15 240 1751509 3 25 31 20 15 240 2451519 1 10 13 20 15 240 1701519 3 10 13 20 15 240 2351544 1 20 25 35 27 240 1801544 3 20 25 35 27 240 2401570 1 25 31 40 25 240 1701570 3 25 31 40 25 240 2001601 1 20 25 25 17 240 1901601 3 20 25 25 17 240 2201619 1 25 31 10 14 240 2201619 3 25 31 10 14 240 2302084 1 25 31 22 12 240 2302084 3 25 31 22 12 240 2653005 1 20 25 25 18 240 2603005 3 20 25 25 18 240 2805021 1 20 25 27 18 240 25 1505021 3 20 25 27 18 240 25 2705031 1 10 13 28 12 240 30 1655031 3 10 13 28 12 240 30 2255002 1 15 19 19 29 240 210 145002 3 15 19 19 29 240 250 145014 1 15 19 15 22 240 175 145014 3 15 19 15 22 240 210 145021 1 20 25 27 18 240 150 185021 3 20 25 27 18 240 270 185025 1 10 13 26 55 240 180 95025 3 10 13 26 55 240 250 95029 1 10 13 27 45 240 175 95029 3 10 13 27 45 240 260 95030 1 25 31 25 39 240 200 235030 3 25 31 25 39 240 280 235031 1 10 13 28 12 240 165 95031 3 10 13 28 12 240 225 95046 1 25 31 26 26 240 145 235046 3 25 31 26 26 240 270 235047 1 25 31 18 15 240 190 235047 3 25 31 18 15 240 240 235048 1 20 25 28 13 240 160 185048 3 20 25 28 13 240 240 185056 1 15 19 20 25 240 180 145056 3 15 19 20 25 240 260 145058 1 15 19 22 22 240 135 145058 3 15 19 22 22 240 260 145429 1 15 19 25 32 240 180 145429 3 15 19 25 32 240 270 145054 1 15 19 47 43 240 17 2105054 3 15 19 47 43 240 17 2702107 1 30 38 33 272107 7 30 38 33 271165 7 10 13 501186 7 25 31 451205 7 25 31 301220 7 20 25 251289 7 20 25 251319 7 20 25 201441 7 25 31 261504 7 20 25 191519 7 10 13 201570 7 25 31 401619 7 25 31 102085 7 25 31 552114 7 25 31 253005 7 20 25 255002 7 15 19 195014 7 15 19 155021 7 20 25 27

ProcessoArtigo Categoria

127

5025 7 10 13 265029 7 10 13 275031 7 10 13 285046 7 25 31 265054 7 15 19 475429 7 15 19 256122 7 20 25 206138 7 20 25 252158 1 25 31 20 240 155 232158 3 25 31 20 240 195 232085 1 15 19 28 240 2052085 3 15 19 28 240 2056163 3 20 25 30 240 2101165 1 10 40 240 2401165 3 10 40 240 2401137 7 25 31 30 40 361137 4 55 69 55 79 555048 4 20 25 13 255054 4 15 19 43 351319 1 20 25 30 240 180 181319 3 20 25 30 240 255 181352 1 25 31 25 240 240 231352 3 25 31 25 240 300 232085 1 20 25 28 240 240 182085 3 20 25 28 240 240 182107 1 15 19 24 240 200 142107 3 15 19 24 240 200 142114 1 15 19 13 240 220 142114 3 15 19 13 240 235 142127 1 20 25 17 240 200 182127 3 20 25 17 240 230 182131 1 15 19 25 240 280 142131 3 15 19 25 240 305 142138 1 20 25 24 240 230 182138 3 20 25 24 240 240 182152 1 20 25 37 240 240 182152 3 20 25 37 240 240 186122 1 20 25 25 240 200 186122 3 20 25 25 240 280 186132 1 20 25 20 240 210 186132 3 20 25 20 240 280 186138 1 20 25 20 240 180 186138 3 20 25 20 240 290 186150 1 20 25 25 240 210 186150 3 20 25 25 240 290 186162 1 25 31 36 240 180 236162 3 25 31 36 240 285 231501 4 25 31 23 161504 4 30 38 27 402084 4 45 56 41 802085 4 45 56 41 702152 4 20 25 18 405031 4 10 13 9 156162 4 35 44 32 751137 4 55 69 551186 4 35 44 451205 4 25 31 551208 4 20 25 351220 4 60 75 751289 4 10 13 201328 4 5 6 121439 4 5 6 261441 4 10 13 651445 4 20 25 801456 4 20 25 501501 4 25 31 161502 4 30 38 351509 4 40 50 401519 4 10 13 321544 4 30 38 751570 4 25 31 751601 4 10 13 401619 4 10 13 302107 4 15 19 452114 4 25 31 322158 4 25 31 553005 4 20 25 455002 4 15 19 455014 4 25 31 425021 4 30 38 255025 4 20 25 805029 4 10 13 355030 4 20 25 205046 4 30 38 455047 4 40 50 605048 4 20 25 255056 4 15 19 405058 4 15 19 355429 4 20 25 606163 4 35 44 1101165 1 101165 3 101165 7 101328 7 5

128

Tamanho médio dos lotes de cada produto em cada processo de produção (em kilogramas).

12 6 1 5 10 2 3 11 4 8 9 71137 1 125 125 125 125 125 125 125 125 1251137 3 125 125 125 125 125 125 125 125 1251205 1 125 125 125 125 125 125 1251205 3 125 125 125 125 125 125 1251137 1 125 125 125 125 125 1251137 3 125 125 125 125 125 1251186 1 125 125 125 125 125 1251186 3 125 125 125 125 125 1251205 1 125 125 125 125 125 1251205 3 125 125 125 125 125 1251208 1 75 75 75 75 75 751208 3 75 75 75 75 75 751209 1 100 100 100 100 100 1001209 3 100 100 100 100 100 1001220 1 100 100 100 100 100 1001220 3 100 100 100 100 100 1001289 1 75 75 75 75 75 751289 3 75 75 75 75 75 751328 1 25 25 25 25 25 251328 3 25 25 25 25 25 251439 1 50 50 50 50 50 501439 3 50 50 50 50 50 501441 1 125 125 125 125 125 1251441 3 125 125 125 125 125 1251445 1 125 125 125 125 125 1251445 3 125 125 125 125 125 1251456 1 125 125 125 125 125 1251456 3 125 125 125 125 125 1251501 1 125 125 125 125 125 1251501 3 125 125 125 125 125 1251502 1 100 100 100 100 100 1001502 3 100 100 100 100 100 1001504 1 100 100 100 100 100 1001504 3 100 100 100 100 100 1001509 1 125 125 125 125 125 1251509 3 125 125 125 125 125 1251519 1 50 50 50 50 50 501519 3 50 50 50 50 50 501544 1 100 100 100 100 100 1001544 3 100 100 100 100 100 1001570 1 125 125 125 125 125 1251570 3 125 125 125 125 125 1251601 1 100 100 100 100 100 1001601 3 100 100 100 100 100 1001619 1 125 125 125 125 125 1251619 3 125 125 125 125 125 1252084 1 125 125 125 125 125 1252084 3 125 125 125 125 125 1253005 1 100 100 100 100 100 1003005 3 100 100 100 100 100 1005021 1 100 100 100 100 100 100 1005021 3 100 100 100 100 100 100 1005031 1 50 50 50 50 50 50 505031 3 50 50 50 50 50 50 505002 1 75 75 75 75 75 75 755002 3 75 75 75 75 75 75 755014 1 75 75 75 75 75 75 755014 3 75 75 75 75 75 75 755021 1 100 100 100 100 100 100 1005021 3 100 100 100 100 100 100 1005025 1 50 50 50 50 50 50 505025 3 50 50 50 50 50 50 505029 1 50 50 50 50 50 50 505029 3 50 50 50 50 50 50 505030 1 125 125 125 125 125 125 1255030 3 125 125 125 125 125 125 1255031 1 50 50 50 50 50 50 505031 3 50 50 50 50 50 50 505046 1 125 125 125 125 125 125 1255046 3 125 125 125 125 125 125 1255047 1 125 125 125 125 125 125 1255047 3 125 125 125 125 125 125 1255048 1 100 100 100 100 100 100 1005048 3 100 100 100 100 100 100 1005056 1 75 75 75 75 75 75 755056 3 75 75 75 75 75 75 755058 1 75 75 75 75 75 75 755058 3 75 75 75 75 75 75 755429 1 75 75 75 75 75 75 755429 3 75 75 75 75 75 75 755054 1 75 75 75 75 75 75 755054 3 75 75 75 75 75 75 752107 1 150 150 150 1502107 7 150 150 150 1501165 7 50 50 501186 7 125 125 1251205 7 125 125 1251220 7 100 100 1001289 7 100 100 1001319 7 100 100 1001441 7 125 125 1251504 7 100 100 1001519 7 50 50 501570 7 125 125 1251619 7 125 125 1252085 7 125 125 1252114 7 125 125 1253005 7 100 100 1005002 7 75 75 755014 7 75 75 755021 7 100 100 100

ProcessoArtigo Categoria

129

5025 7 50 50 505029 7 50 50 505031 7 50 50 505046 7 125 125 1255054 7 75 75 755429 7 75 75 756122 7 100 100 1006138 7 100 100 1002158 1 125 125 125 20 125 1252158 3 125 125 125 20 125 1252085 1 75 75 75 75 752085 3 75 75 75 75 756163 3 100 100 100 100 1001165 1 50 50 50 501165 3 50 50 50 501137 7 125 125 125 125 1251137 4 275 275 275 275 2755048 4 100 100 100 1005054 4 75 75 75 751319 1 100 100 100 100 100 1001319 3 100 100 100 100 100 1001352 1 125 125 125 125 125 1251352 3 125 125 125 125 125 1252085 1 100 100 100 100 100 1002085 3 100 100 100 100 100 1002107 1 75 75 75 75 75 752107 3 75 75 75 75 75 752114 1 75 75 75 75 75 752114 3 75 75 75 75 75 752127 1 100 100 100 100 100 1002127 3 100 100 100 100 100 1002131 1 75 75 75 75 75 752131 3 75 75 75 75 75 752138 1 100 100 100 100 100 1002138 3 100 100 100 100 100 1002152 1 100 100 100 100 100 1002152 3 100 100 100 100 100 1006122 1 100 100 100 100 100 1006122 3 100 100 100 100 100 1006132 1 100 100 100 100 100 1006132 3 100 100 100 100 100 1006138 1 100 100 100 100 100 1006138 3 100 100 100 100 100 1006150 1 100 100 100 100 100 1006150 3 100 100 100 100 100 1006162 1 125 125 125 125 125 1256162 3 125 125 125 125 125 1251501 4 125 125 125 1251504 4 150 150 150 1502084 4 225 225 225 2252085 4 225 225 225 2252152 4 100 100 100 1005031 4 50 50 50 506162 4 175 175 175 1751137 4 275 275 2751186 4 175 175 1751205 4 125 125 1251208 4 100 100 1001220 4 300 300 3001289 4 50 50 501328 4 25 25 251439 4 25 25 251441 4 50 50 501445 4 100 100 1001456 4 100 100 1001501 4 125 125 1251502 4 150 150 1501509 4 200 200 2001519 4 50 50 501544 4 150 150 1501570 4 125 125 1251601 4 50 50 501619 4 50 50 502107 4 75 75 752114 4 125 125 1252158 4 125 125 1253005 4 100 100 1005002 4 75 75 755014 4 125 125 1255021 4 150 150 1505025 4 100 100 1005029 4 50 50 505030 4 100 100 1005046 4 150 150 1505047 4 200 200 2005048 4 100 100 1005056 4 75 75 755058 4 75 75 755429 4 100 100 1006163 4 175 175 1751165 1 501165 3 501165 7 501328 7 25

130

Apêndice E – Análise de capacidade de produção

Demanda mensal calculada por produto (em kg)

1137 1 161 1504 1 678 5014 4 1.0381137 1 134 1504 3 243 5014 7 8491137 3 824 1504 4 273 5021 1 3631137 3 824 1504 7 2.518 5021 1 6741137 4 1.447 1509 1 4.197 5021 3 1.8761137 4 1.206 1509 3 167 5021 3 2.0321137 7 794 1509 4 251 5021 4 4211165 1 794 1519 1 399 5021 7 6321165 1 1.922 1519 3 456 5025 1 3.4591165 3 1.922 1519 4 109 5025 3 2.3451165 3 489 1519 7 217 5025 4 9591165 7 685 1544 1 521 5025 7 4111165 7 614 1544 3 217 5029 1 1.0341186 1 1.139 1544 4 690 5029 3 9311186 3 1.409 1570 1 345 5029 4 1.1521186 4 1.812 1570 3 137 5029 7 1.1521186 7 116 1570 4 1.166 5030 1 3231205 1 162 1570 7 28 5030 3 1161205 1 91 1601 1 1.258 5030 4 1.4781205 3 91 1601 3 84 5031 1 1181205 3 577 1601 4 289 5031 1 2891205 4 630 1619 1 1.030 5031 3 8591205 7 118 1619 3 483 5031 3 531208 1 129 1619 4 69 5031 4 761208 3 332 1619 7 50 5031 7 231208 4 497 2084 1 18 5046 1 1.4471209 1 467 2084 3 59 5046 3 1.0101209 3 525 2084 4 62 5046 4 3431220 1 1.478 2085 1 3.032 5046 7 7821220 3 2.217 2085 1 13 5047 1 3221220 4 698 2085 3 401 5047 3 1161220 7 785 2085 3 70 5047 4 761289 1 295 2085 4 37 5048 1 1341289 3 709 2085 7 84 5048 3 1031289 4 272 2107 1 174 5048 4 2761289 7 389 2107 1 327 5048 4 1751319 1 104 2107 3 35 5054 1 2.2171319 3 125 2107 4 39 5054 3 2621319 7 592 2107 7 38 5054 4 1171328 1 1.303 2114 1 420 5054 7 1251328 3 1.213 2114 3 27 5056 1 4741328 4 1.516 2114 4 58 5056 3 3031328 7 283 2114 7 59 5056 4 4521352 1 396 2127 1 103 5058 1 671352 3 40 2127 3 585 5058 3 561439 1 147 2131 1 732 5058 4 701439 3 116 2131 3 2.245 5429 1 731439 4 173 2138 1 2.750 5429 3 371441 1 333 2138 3 51 5429 4 1011441 3 333 2152 1 164 5429 7 3471441 4 980 2152 3 188 6122 1 1.9591441 7 1.143 2152 4 804 6122 3 1411445 1 61 2158 1 161 6122 7 1551445 3 68 2158 3 29 6132 1 2261445 4 470 2158 4 41 6132 3 1.2591456 1 1.024 3005 1 570 6138 1 4181456 3 1.388 3005 3 372 6138 3 2571456 4 1.562 3005 4 311 6138 7 361501 1 980 3005 7 466 6150 1 1301501 3 1.143 5002 1 2.336 6150 3 581501 4 247 5002 3 2.862 6162 1 2051501 4 282 5002 4 160 6162 3 701502 1 271 5002 7 375 6162 4 801502 3 310 5014 1 563 6163 3 841502 4 602 5014 3 704 6163 4 46

Artigo Categoria

Demanda

Mensal

(kg)

Artigo Categoria

Demanda

Mensal

(kg)

Artigo Categoria

Demanda

Mensal

(kg)

131

Quantidade de Lotes necessários por mês

1137 1 125 161 1,31137 3 125 134 1,11205 1 125 824 6,61205 3 125 824 6,61137 1 125 1447 11,61137 3 125 1206 9,61186 1 125 794 6,31186 3 125 794 6,31205 1 125 1922 15,41205 3 125 1922 15,41208 1 75 489 6,51208 3 75 685 9,11209 1 100 614 6,11209 3 100 1139 11,41220 1 100 1409 14,11220 3 100 1812 18,11289 1 75 116 1,51289 3 75 162 2,21328 1 25 91 3,61328 3 25 91 3,61439 1 50 577 11,51439 3 50 630 12,61441 1 125 118 0,91441 3 125 129 1,01445 1 125 332 2,71445 3 125 497 4,01456 1 125 467 3,71456 3 125 525 4,21501 1 125 1478 11,81501 3 125 2217 17,71502 1 100 698 7,01502 3 100 785 7,91504 1 100 295 3,01504 3 100 709 7,11509 1 125 272 2,21509 3 125 389 3,11519 1 50 104 2,11519 3 50 125 2,51544 1 100 592 5,91544 3 100 1303 13,01570 1 125 1213 9,71570 3 125 1516 12,11601 1 100 283 2,81601 3 100 396 4,01619 1 125 40 0,31619 3 125 147 1,22084 1 125 116 0,92084 3 125 173 1,43005 1 100 333 3,33005 3 100 333 3,35021 1 100 980 9,85021 3 100 1143 11,45031 1 50 61 1,25031 3 50 68 1,45002 1 75 470 6,35002 3 75 1024 13,75014 1 75 1388 18,55014 3 75 1562 20,85021 1 100 980 9,85021 3 100 1143 11,45025 1 50 247 4,95025 3 50 282 5,65029 1 50 271 5,45029 3 50 310 6,25030 1 125 602 4,85030 3 125 678 5,45031 1 50 243 4,95031 3 50 273 5,55046 1 125 2518 20,15046 3 125 4197 33,65047 1 125 167 1,35047 3 125 251 2,05048 1 100 399 4,05048 3 100 456 4,65056 1 75 109 1,45056 3 75 217 2,95058 1 75 521 6,95058 3 75 217 2,95429 1 75 690 9,25429 3 75 345 4,65054 1 75 137 1,85054 3 75 1166 15,52107 1 150 28 0,22107 7 150 1258 8,41165 7 50 84 1,71186 7 125 289 2,31205 7 125 1030 8,21220 7 100 483 4,81289 7 100 69 0,71319 7 100 50 0,51441 7 125 18 0,11504 7 100 59 0,61519 7 50 62 1,21570 7 125 3032 24,31619 7 125 13 0,12085 7 125 401 3,22114 7 125 70 0,63005 7 100 37 0,45002 7 75 84 1,15014 7 75 174 2,35021 7 100 327 3,3

Nº Lotes

por mês Artigo Categoria

Tamanho do

Lote (kg)

Demanda

Mensal (kg)5025 7 50 35 0,75029 7 50 39 0,85031 7 50 38 0,85046 7 125 420 3,45054 7 75 27 0,45429 7 75 58 0,86122 7 100 59 0,66138 7 100 103 1,02158 1 125 585 4,72158 3 125 732 5,92085 1 75 2245 29,92085 3 75 2750 36,76163 3 100 51 0,51165 1 50 164 3,31165 3 50 188 3,81137 7 125 804 6,41137 4 275 161 0,65048 4 100 29 0,35054 4 75 41 0,51319 1 100 570 5,71319 3 100 372 3,71352 1 125 311 2,51352 3 125 466 3,72085 1 100 2336 23,42085 3 100 2862 28,62107 1 75 160 2,12107 3 75 375 5,02114 1 75 563 7,52114 3 75 704 9,42127 1 100 1038 10,42127 3 100 849 8,52131 1 75 363 4,82131 3 75 674 9,02138 1 100 1876 18,82138 3 100 2032 20,32152 1 100 421 4,22152 3 100 632 6,36122 1 100 3459 34,66122 3 100 2345 23,46132 1 100 959 9,66132 3 100 411 4,16138 1 100 1034 10,36138 3 100 931 9,36150 1 100 1152 11,56150 3 100 1152 11,56162 1 125 323 2,66162 3 125 116 0,91501 4 125 1478 11,81504 4 150 118 0,82084 4 225 289 1,32085 4 225 859 3,82152 4 100 53 0,55031 4 50 76 1,56162 4 175 23 0,11137 4 275 1447 5,31186 4 175 1010 5,81205 4 125 343 2,71208 4 100 782 7,81220 4 300 322 1,11289 4 50 116 2,31328 4 25 76 3,01439 4 25 134 5,41441 4 50 103 2,11445 4 100 276 2,81456 4 100 175 1,81501 4 125 2217 17,71502 4 150 262 1,71509 4 200 117 0,61519 4 50 125 2,51544 4 150 474 3,21570 4 125 303 2,41601 4 50 452 9,01619 4 50 67 1,32107 4 75 56 0,82114 4 125 70 0,62158 4 125 73 0,63005 4 100 37 0,45002 4 75 101 1,35014 4 125 347 2,85021 4 150 1959 13,15025 4 100 141 1,45029 4 50 155 3,15030 4 100 226 2,35046 4 150 1259 8,45047 4 200 418 2,15048 4 100 257 2,65056 4 75 36 0,55058 4 75 130 1,75429 4 100 58 0,66163 4 175 205 1,21165 1 50 70 1,41165 3 50 80 1,61165 7 50 84 1,71328 7 25 46 1,8

Demanda

Mensal (kg)

Nº Lotes

por mês Artigo Categoria

Tamanho do

Lote (kg)

132

Tempo necessário para cada processo atender à demanda

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CategoriaArtigoNº Lotes

por mês Tempo Necessário por Mês (em minutos)

133

5025 7 7 9 18 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0,75029 7 8 10 21 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0,85031 7 8 9 21 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0,85046 7 84 105 87 0 0 0 0 0 0 0 0 0 3,45054 7 5 7 17 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0,45429 7 12 14 19 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0,86122 7 12 15 12 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0,66138 7 21 26 26 0 0 0 0 0 0 0 0 0 1,02158 1 117 146 0 94 843 726 0 0 0 0 106 0 4,72158 3 146 183 0 117 1053 1141 0 0 0 0 133 0 5,92085 1 449 561 0 838 5387 6136 0 0 0 0 0 0 29,92085 3 550 687 0 1027 6600 7516 0 0 0 0 0 0 36,76163 3 10 13 0 15 92 108 0 0 0 0 0 0 0,51165 1 33 0 0 131 591 788 0 0 0 0 0 0 3,31165 3 38 0 0 150 675 900 0 0 0 0 0 0 3,81137 7 161 201 0 193 0 0 257 0 230 0 0 0 6,41137 4 32 40 0 0 0 0 32 0 46 0 0 32 0,65048 4 6 7 0 4 0 0 0 0 0 0 0 7 0,35054 4 8 10 0 24 0 0 0 0 0 0 0 19 0,51319 1 114 143 0 171 1027 0 0 0 0 1027 104 0 5,71319 3 74 93 0 112 670 0 0 0 0 949 68 0 3,71352 1 62 78 0 62 448 0 0 0 0 597 57 0 2,51352 3 93 117 0 93 671 0 0 0 0 1119 85 0 3,72085 1 467 584 0 654 4206 0 0 0 0 5607 425 0 23,42085 3 572 716 0 801 5152 0 0 0 0 6869 520 0 28,62107 1 32 40 0 51 383 0 0 0 0 425 29 0 2,12107 3 75 94 0 120 901 0 0 0 0 1001 68 0 5,02114 1 113 141 0 98 1352 0 0 0 0 1652 102 0 7,52114 3 141 176 0 122 1690 0 0 0 0 2206 128 0 9,42127 1 208 259 0 176 1868 0 0 0 0 2076 189 0 10,42127 3 170 212 0 144 1528 0 0 0 0 1953 154 0 8,52131 1 73 91 0 121 871 0 0 0 0 1355 66 0 4,82131 3 135 169 0 225 1618 0 0 0 0 2741 123 0 9,02138 1 375 469 0 450 3377 0 0 0 0 4314 341 0 18,82138 3 406 508 0 488 3658 0 0 0 0 4877 369 0 20,32152 1 84 105 0 156 758 0 0 0 0 1011 77 0 4,22152 3 126 158 0 234 1137 0 0 0 0 1516 115 0 6,36122 1 692 865 0 865 6225 0 0 0 0 6917 629 0 34,66122 3 469 586 0 586 4221 0 0 0 0 6565 426 0 23,46132 1 192 240 0 192 1726 0 0 0 0 2014 174 0 9,66132 3 82 103 0 82 740 0 0 0 0 1151 75 0 4,16138 1 207 259 0 207 1861 0 0 0 0 1861 188 0 10,36138 3 186 233 0 186 1675 0 0 0 0 2699 169 0 9,36150 1 230 288 0 288 2073 0 0 0 0 2418 209 0 11,56150 3 230 288 0 288 2073 0 0 0 0 3339 209 0 11,56162 1 65 81 0 93 466 0 0 0 0 466 59 0 2,66162 3 23 29 0 33 166 0 0 0 0 263 21 0 0,91501 4 296 369 0 0 0 0 0 0 0 0 269 189 11,81504 4 24 30 0 0 0 0 0 0 0 0 21 31 0,82084 4 58 72 0 0 0 0 0 0 0 0 53 103 1,32085 4 172 215 0 0 0 0 0 0 0 0 156 267 3,82152 4 11 13 0 0 0 0 0 0 0 0 10 21 0,55031 4 15 19 0 0 0 0 0 0 0 0 14 23 1,56162 4 5 6 0 0 0 0 0 0 0 0 4 10 0,11137 4 289 362 0 0 0 0 0 0 0 0 0 289 5,31186 4 202 253 0 0 0 0 0 0 0 0 0 260 5,81205 4 69 86 0 0 0 0 0 0 0 0 0 151 2,71208 4 156 196 0 0 0 0 0 0 0 0 0 274 7,81220 4 64 81 0 0 0 0 0 0 0 0 0 81 1,11289 4 23 29 0 0 0 0 0 0 0 0 0 46 2,31328 4 15 19 0 0 0 0 0 0 0 0 0 36 3,01439 4 27 34 0 0 0 0 0 0 0 0 0 139 5,41441 4 21 26 0 0 0 0 0 0 0 0 0 134 2,11445 4 55 69 0 0 0 0 0 0 0 0 0 221 2,81456 4 35 44 0 0 0 0 0 0 0 0 0 88 1,81501 4 443 554 0 0 0 0 0 0 0 0 0 284 17,71502 4 52 65 0 0 0 0 0 0 0 0 0 61 1,71509 4 23 29 0 0 0 0 0 0 0 0 0 23 0,61519 4 25 31 0 0 0 0 0 0 0 0 0 80 2,51544 4 95 118 0 0 0 0 0 0 0 0 0 237 3,21570 4 61 76 0 0 0 0 0 0 0 0 0 182 2,41601 4 90 113 0 0 0 0 0 0 0 0 0 362 9,01619 4 13 17 0 0 0 0 0 0 0 0 0 40 1,32107 4 11 14 0 0 0 0 0 0 0 0 0 34 0,82114 4 14 18 0 0 0 0 0 0 0 0 0 18 0,62158 4 15 18 0 0 0 0 0 0 0 0 0 32 0,63005 4 7 9 0 0 0 0 0 0 0 0 0 17 0,45002 4 20 25 0 0 0 0 0 0 0 0 0 60 1,35014 4 69 87 0 0 0 0 0 0 0 0 0 117 2,85021 4 392 490 0 0 0 0 0 0 0 0 0 327 13,15025 4 28 35 0 0 0 0 0 0 0 0 0 113 1,45029 4 31 39 0 0 0 0 0 0 0 0 0 109 3,15030 4 45 56 0 0 0 0 0 0 0 0 0 45 2,35046 4 252 315 0 0 0 0 0 0 0 0 0 378 8,45047 4 84 104 0 0 0 0 0 0 0 0 0 125 2,15048 4 51 64 0 0 0 0 0 0 0 0 0 64 2,65056 4 7 9 0 0 0 0 0 0 0 0 0 19 0,55058 4 26 33 0 0 0 0 0 0 0 0 0 61 1,75429 4 12 14 0 0 0 0 0 0 0 0 0 35 0,66163 4 41 51 0 0 0 0 0 0 0 0 0 129 1,21165 1 14 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 1,41165 3 16 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 1,61165 7 17 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 1,71328 7 9 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 1,8

23.736 29.503 18.134 24.477 171.762 84.745 1.534 366 364 124.970 9.744 5.379Tempo por Processo (min)

134

Apêndice F – Demanda para as máquinas gargalo do sistema

5021 1 4 9805021 3 4 1.1435031 1 4 615031 3 4 685002 1 5 4705002 3 5 1.0245014 1 5 1.3885014 3 5 1.5625021 1 5 9805021 3 5 1.1435025 1 5 2475025 3 5 2825029 1 5 2715029 3 5 3105030 1 5 6025030 3 5 6785031 1 5 2435031 3 5 2735046 1 5 2.5185046 3 5 4.1975047 1 5 1675047 3 5 2515048 1 5 3995048 3 5 4565056 1 5 1095056 3 5 2175058 1 5 5215058 3 5 2175429 1 5 6905429 3 5 3455054 1 6 1375054 3 6 1.1661319 1 15 5701319 3 15 3721352 1 15 3111352 3 15 4662085 1 15 2.3362085 3 15 2.8622107 1 15 1882107 3 15 3752114 1 15 5632114 3 15 7042127 1 15 1.0382127 3 15 8492131 1 15 3632131 3 15 6742138 1 15 1.8762138 3 15 2.0322152 1 15 4212152 3 15 6326122 1 15 3.4596122 3 15 2.3456132 1 15 9596132 3 15 4116138 1 15 1.0346138 3 15 9316150 1 15 1.1526150 3 15 1.1526162 1 15 3236162 3 15 116

Categoria FamíliaDemanda

Mensal (kg)Artigo

135

1. INTRODUÇÃO

2. DESCRIÇÃO DA EMPRESA

3. REVISÃO DA LITERATURA

4. RESOLUÇÃO DO PROBLEMA

5. CONCLUSÕES

BIBLIOGRAFIA

APÊNDICES

ANEXOS

136

Anexo A – Ícones utilizados no Mapeamento do Fluxo de Valor (ROTHER E SHOOK

2003)

Ícones de Materiais Representação Nota

Processo

A caixa de processo equivale a uma área de fluxo. Também utilizado para representar departamentos, como o Controle da Produção.

Fonte Externa Utilizado para representar os clientes, fornecedores, ou processos de produção externos.

Caixa de Dados Utilizado para o registro de informações inerentes a um processo.

Estoques Indica a quantidade e tempo de produtos estocados.

Entrega via Caminhão Representa a freqüência das entregas

Movimento EMPURRADO dos materiais da produção

Movimento de material que é produzido antes que o processo seguinte necessite dele. Geralmente é baseado em uma programação.

Movimento de Produtos Acabados para o Cliente

Supermercado

Estoque de peças controlado que é utilizado para indicar a necessidade de produção em um processo anterior.

Retirada Puxada de materiais, geralmente de um supermercado.

Transferência de quantidades controladas de material entre processos em uma seqüência “primeiro a entrar - primeiro a

sair”.

Representa um dispositivo para limitar a quantidade e garantir o fluxo de material (FIFO) entre os processos.

137

Ícones de Informação Representação Nota

Fluxo de Informação Manual

Fluxo de Informação Eletrônica

Informação Descreve um Fluxo de Informação.

Kanban de Produção

Um cartão ou dispositivo que indica o processo quando (e quanto de) esse pode iniciar a produção.

Kanban de Retirada

Cartão ou dispositivo que instrui a pessoa responsável por movimentar os materiais a obter e transferir peças.

Kanban de Sinalização Sinaliza quando o ponto de reposição é alcançado e outro lote precisa ser produzido.

Bola para Puxada Sequenciada

Indica a necessidade de produção imediata de uma quantidade e tipo pré-determinado, sem a necessidade de um supermercado.

Posto de Kanban Local onde o kanban é coletado e mantido para transferência.

Kanban em Lotes

Nivelamento de Carga

Ferramenta para interceptar lotes de kanban e nivelar seu volume e mix por um determinado período de tempo.

Vá Ver Ajuste da programação com base na verificação dos níveis de estoque.

138

Ícones Gerais Representação Nota

Necessidades Kaizen

Destaca as melhorias necessárias essenciais para se chegar ao fluxo de valor desejado.

Estoque de Segurança ou Pulmão

O pulmão e o estoque de segurança devem ser anotados

Operador

Representa uma pessoa vista de cima