henrique louren90 da costa lima analise de...

46
Orientador: ProF £g. Gustavo R. Buck.. HENRIQUE LOUREN90 DA COSTA LIMA ANALISE DE CALCANEO VARO OU VALGO EM RELA9AO AO ARCO PLANTAR Monografia apresentada ao Curso de Fisioterapia da Faculdade de Ciencias Biol6gicas e da Saude da Universidade Tuiuti do Parana, como requisito parcial para obtenyao do titulo de fisioterapeuta. Curitiba 2005

Upload: dangtu

Post on 15-Mar-2018

213 views

Category:

Documents


0 download

TRANSCRIPT

Page 1: HENRIQUE LOUREN90 DA COSTA LIMA ANALISE DE …tcconline.utp.br/wp-content/uploads/2012/09/ANALISE-DE-CANCANEO... · talocalcaneo interosseo e 0ligamento cervical (HALL, 2001; MALONE,

Orientador: ProF £g. Gustavo R. Buck..

HENRIQUE LOUREN90 DA COSTA LIMA

ANALISE DE CALCANEO VARO OU VALGO EM RELA9AO AO ARCO

PLANTAR

Monografia apresentada ao Curso de Fisioterapia daFaculdade de Ciencias Biol6gicas e da Saude daUniversidade Tuiuti do Parana, como requisito parcialpara obtenyao do titulo de fisioterapeuta.

Curitiba2005

Page 2: HENRIQUE LOUREN90 DA COSTA LIMA ANALISE DE …tcconline.utp.br/wp-content/uploads/2012/09/ANALISE-DE-CANCANEO... · talocalcaneo interosseo e 0ligamento cervical (HALL, 2001; MALONE,

Orientador: ProF .E..§!.Gustavo R. Buck.

HENRIQUE LOUREN90 DA COSTA LIMA

ANALISE DE CALCANEO VARO OU VALGO EM RELA9AO AO ARCO

PLANTAR

Monografia apresentada ao Curso de Fisioterapia daFaculdade de Ciencias Biol6gicas e da Saude daUniversidade Tuiuti do Parana, como requisito parcialpara obten~o do titulo de fisioterapeuta.

Curitiba2005

Page 3: HENRIQUE LOUREN90 DA COSTA LIMA ANALISE DE …tcconline.utp.br/wp-content/uploads/2012/09/ANALISE-DE-CANCANEO... · talocalcaneo interosseo e 0ligamento cervical (HALL, 2001; MALONE,

FOTOMETRIA ...

IMPRESSAO PLANTAR. ....

. 44

. .45

SUMARIO

RESUMO 3

ABSTRACT 4

1 INTRODU9iiO 5

2 REVISiio DA LlTERATURA 6

2.1 ANATOMIA:.

2.1.1 Componentes 6sseos:.

2.1.2 Componentes ligamentosos: .

2.2 ARTICULA\:OES DO PE: .

2.2.1 Articulagao Tibiofibular: .

2.2.2 Articularrao Talocrural:.

2.2.3 Articulayao Subtalar: .

2.2.4 Articulayao Mediotarsica .

._ _ _ _ 6. 6. 7

. 9. 10

. 10

. 11

. 11

2.2.5 Articula<;oes Tarsometatarsicas, Metatarsofalangianas e Interfalangianas: 12

2.3 AVALlA\:iio PODAL:.

2.4 CLASSIFICA\:iiO DA IMPRESsiio PLANTAR: .

. 14

. 22

3 METODOLOGIA 23

3.1 ABORDAGEM EPIDEMIOLOGICA.. . 23

3.2 MATERIAL..

3.3METODO ..

3.4 POPULA\:iio ..

3.5 ANALISE ESTATlsTICA ....

.......................... 23

. 23

. 25

. 25

4 RESULTADOS 26

5 DISCUssiio .......................................................•............................................................ 38

6 CONSIDERA90ES FINAIS 40

REFERENCIAS: 41

APENDICES 43

QUESTIONARIO.. ..43

Page 4: HENRIQUE LOUREN90 DA COSTA LIMA ANALISE DE …tcconline.utp.br/wp-content/uploads/2012/09/ANALISE-DE-CANCANEO... · talocalcaneo interosseo e 0ligamento cervical (HALL, 2001; MALONE,

Palavras chave: calcanea varo, calcanea valgo, arco plantar (arco longitudinal).

RESUMO

as musculos e as articulac;:5es do pe e tomozelo sao projetados para dar estabilidade

assim como mobilidade as estruturas terminais do membra inferior. a pe precisa ser

capaz de afastar-se de modo a absorver forc;:ase acomodar-se a superficies irregulares.

Devido a biomecanica particular de cada individuo, as veto res de absorc;:aode forc;:ado

pe difere-se entre as pessoas. 1550 deve-se as alterac;:5es dos arcos longitudinais

plantares, que podem apresentar-se alterados, mais baixos (pe chato) au elevados (pe

cavo) e alterac;:5es do angulo vertical em relagao ao calcanea (calcanea varo/valgo).

Este trabalho teve como objetivo analisar a relac;:aoentre calcanea varo au valgo com

arca plantar, e urn estudo do tipo observacional descritiva. as dados foram coletados

atraves da impressao plantar para analise de pe plano au cava e fotametria para analise

de calcanea varo au valgo. Participaram da pesquisa academicos do curso de

Fisioterapia da Universidade Tuiuti do Parana, situada na cidade de Curitiba - PRo A

pesquisa contou com 24 pessoas de sexo Feminino e 8 pessoas do sexo Masculino,

com idade entre 18 e 41 anos, sem doen9as congenitas au adquiridas de membro

inferior. Pode-se observar que tanto no sexo feminino como no masculino, a maior

incidemcia foi de calcanea valgo e pe plano grau I.

Page 5: HENRIQUE LOUREN90 DA COSTA LIMA ANALISE DE …tcconline.utp.br/wp-content/uploads/2012/09/ANALISE-DE-CANCANEO... · talocalcaneo interosseo e 0ligamento cervical (HALL, 2001; MALONE,

World keys: heel varo, heel valgo plantar arcs (longitudinal arcs).

ABSTRACT

The muscles and the articulation of foot and ankle are plan to give estability like the

terminal structures of the inferior member. The foot need to e capable depart to

absorb forces and to make comfortable it irregular surfaces. Had particular

biomechanics of each individua, the vectors of absorption of force of the foot are

differed enter the people. This must the alterations of the plantar longitudinal arcs,

that can present a lower alterations (foot flat) or raised (dig foot) and alterations of

the vertical angle in relation to the heel (heel varo/valgo). This work had as objective

to analyze the relation between calcaneo varo or valgo with arc plantar, it is a study

of the descriptive observacional. The data had been collected through the

impression plantar from analyze of the foot flat or dig e fotometria from of the heel

varo, heel valgo. Made part of the research academic of the course of Fisioterapia of

the University Tuiuti do Parana situated in the city of Curitiba - PR. The research

consisted with 24 people of feminine sex and eight people of the masculine sex with

age between 18 and 41 years, without congenital Of acquired illnesses of inferior

member. 1t can be observed in this research, as much in the feminine sex can be

observed that as in the masculine, the biggest incidence was of heel valgo and plain

foot degree I.

Page 6: HENRIQUE LOUREN90 DA COSTA LIMA ANALISE DE …tcconline.utp.br/wp-content/uploads/2012/09/ANALISE-DE-CANCANEO... · talocalcaneo interosseo e 0ligamento cervical (HALL, 2001; MALONE,

1 INTRODU9AO

A capacidade de 0 pe funcionar adequadamente e indispens3vel para a

conquista e a manuten~ao da bipedestac;ao do homem, tanto para a marcha normal

como para Qutras atividades. Durante a fase de apoio da marcha, todas as articulat;;:oes

do pe precisam trabalhar em conjunto, a fim de exercer cinco fun(:oes importantes:

proporcionar uma base dinamica de apoio, ter uma estrutura maleavel e adaptavel,

ajudar 0 membra inferior a atenuar as forc;as de impacto durante a marcha. Servir como

estrutura estavel e rigida na fase de apoio da marcha OUmanutenr;ao da postura em pe(MALONE,2000).

Para Andrews e Magee, a pe e 0 tornozelo combinam flexibilidade com

estabilidade em virtude do grande numero de assos e articulac;oes. A perna, tornozelo e

ope tern duas funr;6es principais, propulsao e 0 apoio.

Este trabalho juslifica-se pelo allo nurnero de pessoas que possuern disfunr;6es

podals, sendo este problema muitas vezes causado por alterar;6es musculoesqueletica

ou osteoarticular que interferem na biomecanica do pe, levando itum desalinhamento

do calcaneo com 0 eixo vertical (calcaneo varo/valgo) e alterar;ao do arco plantar.

o presente trabalho teve como objetivo analisar calcaneo varo ou valgo em

relar;ao ao arco plantar, em cadeia cinetica fechada. Verificando se os individuos com

calcaneo vare ou valgo apresentam aumento ou diminuir;ao do arco plantar.

Page 7: HENRIQUE LOUREN90 DA COSTA LIMA ANALISE DE …tcconline.utp.br/wp-content/uploads/2012/09/ANALISE-DE-CANCANEO... · talocalcaneo interosseo e 0ligamento cervical (HALL, 2001; MALONE,

6

2 REVISAO DA LlTERATURA

2.1 ANATOMIA:

o pe e farmada par 26 assos e 30 articulac;6es sinoviais principais. Doze dessas

articular;6es sao indispensaveis para os movimentos do pe e tornozelo durante as

atividades:

1 A articular;c30talocrural au articulat;;:aosuperior do tornozel0

2 A articulae;c30subtalar (talocalcanea) au articular;ao inferior do tornozelo.

3 As duas articular;oes da regiao metatarsiana, au seja a articulas:ao

talocalcaneonavicular e a articulae;ao calcaneocub6ide.

4 As tres articulac;6es da regiao metatarsina:cuneonavicular,cuboidionavicular e

intercuneiforme.

5 As articula~6es dos cinco raios do pe. (MALONE,2000)

2.1.1 Componentes 6sseos:

A articularrao talocrural e a articulat;(ao do batoque, compreendendo a face

articular distal e 0 maleolo interno da tibia, bem como a mah~olo externo da fibula e a

tr6e1ea do talo. (MALONE,2000)

A articulayao subtalar (ou talocalcanea) e a articualayao formada pela faceta

posterior c6ncava da face inferior do talo e pela faceta posterior convexa da face

posterior do calcanea. 0 talo e considerado como elemento fundamental do complexo

articular do tornozelo, vista constituir parte integrante tanto da articulayao talocrural

quanto da articula~o talocalcanea. (MALONE,2000)

As articulayoes do metatarso sao a articulayao talocalcaneonavicular e a

articulayao calcaneocuboide. A articulayao talocalcaneonavicular e formada pela cabeya

do talo e pela faceta posterior do talo e calcaneo. A capsula dessa articulay80 ecompletamente independente da capsula da articulayao subtalar. A literatura menciona

o fato de os movimentos na articulayao subtalar influenciarem diretamente os

movimentos nas articulayoes do metatarso. Este conceito encontra apaia nas realidades

anat6micas, ja que as faces posteriores do calcaneo e talo formam a articulay80

subtalar, e as duas faces anteriores entre tala e calcanea fazem parta da articulay80

Page 8: HENRIQUE LOUREN90 DA COSTA LIMA ANALISE DE …tcconline.utp.br/wp-content/uploads/2012/09/ANALISE-DE-CANCANEO... · talocalcaneo interosseo e 0ligamento cervical (HALL, 2001; MALONE,

A articulavao e reforvada por urna serie de ligarnentos colaterais, tanto na sua

face interna como na face externa. Os ligamentos colaterais externos da articulavao do

tornozelo formam tres estruturas diferentes: ligamento talofibular anterior, ligamento

calcaneofibular e 0 ligamento talofibular posterior. Apenas 0 ligamento talofibular e 0

ligamenta calcanea fibular aparecem na vista de perfil de pe e tornozelo, mas naa se ve

o ligamenta talafibular posterior. Este ultimo passa imediatamente atra.s do malealo

externo, em direvao a face posterior do talo. Segundo Inmman, a angula entre os

ligamentos talafibular anterior e calcaneafibular e de cerca de 105 graus, em media, no

plano sagital. Dos tres ligamentas situ ados na face externa do tarnazelo, s6 a ligamenta

calcaneafibular canfere apaio as duas articulavoes, talocrural e subtalar. Na face interna

da articulayao talocrural, varios ligamentos se fundem para formar a grande ligamenta

colateral interno, ou ligamento delt6ide, uma estrutura de forma triangular, a qual

conferem apoio as duas articulayoes, talocrural e subtalar. (MALONE, 2000; SMITH,

1997).

talocalcaneonavicular. Os movimentos na articulavao subtalar afetam diretamente a

articulavao taiocalcaneonavicular, uma vez que tanto 0 calcaneo quanto 0 talo fazem

parte de ambas as articula90es. (MALONE, 2000; MAGEE, 200)

As articulac;oes da regiao intertarsiana sao as articulavoes cuneonavicular,

cuboidionavicular e intercuneiforme. A articulac;ao cuneonavicular e formada pelas

articulayoes dos tres ossos cuneiformes (interno, intermediario e externo), os quais se

articulam com a face anterior do osso navicular. A articulavao cuboidianavicular e

formada pelos ossos cub6ide e navicular. As articulac;oes intercuneiformes sao as

articulac;oes entre os ossos cuneiformes, interno e intermediario e entre os osso

cuneiformes interno e externo. (MALONE, 2000)

Os raios possuem importancia critica para a func;ao normal do pe. 0 primeiro raio

e a unidade funcional entre 0 primeiro osso metatarsiano e 0 osso cuneiforme interno. 0

segundo raio e a unidade funcional entre a terceiro ossa metatarsiano e 0 osso

cuneiforme externo, os raios quarto e quinto sao formados apenas pelos ossos

metatarsianos quarto e quinto, respectivamente, os quais se articulam com a face

anterior do osso cub6ide. (MALONE,2000; SMITH, 1997)

2.1.2 Componentes ligamentosos:

Page 9: HENRIQUE LOUREN90 DA COSTA LIMA ANALISE DE …tcconline.utp.br/wp-content/uploads/2012/09/ANALISE-DE-CANCANEO... · talocalcaneo interosseo e 0ligamento cervical (HALL, 2001; MALONE,

De acordo com Turek, a ligamenta colateral interno raramente se rempe, par ser

muito forte: e rnais comum Que as traumatismos da parte interna da articula930 do

tornozelo provoquem arrancamento do maleolo interno. (TUREK, 1991).

A articula~o subtalar e fon:;ada par dais ligamentos principais: a ligamenta

talocalcaneo interosseo e 0 ligamento cervical (HALL, 2001; MALONE, 2000).

o ligamenta talocalcaneo interosseo tern a forma de urn quadrilatero espesso

que tern origem no sulco calcanea, pr6ximo a capsula da parte posterior da articulac;ao

subtalar. Suas fibras se dirigem para cima e para dentro, inserindo-se no sulco talar. As

fibras internas ficam tensas durante a prona9ao na articula~o subtalar. 0 ligamento

cervical e mais forte dos ligamentos entre tala e calcanea. Ele tem origem na face

anterior interna do sinus do tarso, proximo a insen;ao do musculo extensor curto dos

artelhos, as fibras deste ligamento dirigem-se para clma e para dentro e se inserem na

face interior interna do colo do tala. 0 ligamenta cervical torna-se durante a supinat;ao

da articula,ao subtalar. (HALL, 2000; MALONE,2000; SMITH, 1997)

As articula96es das regi6es metatarsianas e interna do tarso, assim como dos

raios do pe, sao sustentadas por pequenos ligamentos transversais e 10ngitudinais, as

quais refor9(lm as capsulas dessas articula96es. Existem alem disso tres estruturas

ligamentosas importantes na face plantar do pe, as quais dao sustenta9aO comum a

todas essas articula96es. 0 ligamenta plantar longo e a maior ligamenta do pe, ele tern

origem no calcanea e se dirige para diante para se prender ao ossa cub6ide, de onde

continua ate inserir nas bases dos matatarsianos terceiro, quarto e quinto e, em alguns

casas, tambem na base do segundo metatarsiano. Em seu trajeto desde 0 ossa cub6ide

ate as bases dos osso metatarsianos, a ligamenta plantar long a forma um tunel para 0

tendao do musculo peroneal longo. a qual se insere no primeiro raio, depois de seu

trajeto longo da planta do pe. 0 ligamenta plantar curto localiza-se imediatamente

abaixo do ligamenta plantar longo. Esses dais ligamentos fazem parte do ligamento

plantar calcaneocub6ide. Do lado interne do ligamenta plantar longo situa-se 0

Iigamento calcaneonavicular plantar, ou ligamenta em ~molaH. Dirigindo-se do osso

calcanea ao ossa navicular, este ligamenta forma um assoalho que serve de apoio para

a cabe9a do talo. Estes tres ligamentos possuem importancia critica, pais nao ap6iam

apenas as articula<;6es das regi6es metatarsianas e intertarsianas, mas tambem

mantem a estabilidade dos areas longitudinais interne e extemo do pe. (MALONE. 2000;

SMITH,1997).

Dutra estrutura importante para a estabilidade plantar das diversas articula90es

do pe e a fascia au aponeurose plantar. Esta se camp6e de tres componentes au faixas:

Page 10: HENRIQUE LOUREN90 DA COSTA LIMA ANALISE DE …tcconline.utp.br/wp-content/uploads/2012/09/ANALISE-DE-CANCANEO... · talocalcaneo interosseo e 0ligamento cervical (HALL, 2001; MALONE,

externas, internas e central. A faixa lateral ou externa tern origem no tuberculo externo,

na superffcie plantar do calcaneo, estendendo-se para diante para encobrir 0 musculo

abdutor do pequeno artelho, com cujo tendao ela se lunde. (SIMTH, 1997; MALONE,

2000).

A faixa interna falta em muitos casos: ela se inicia no tuberculo interno da face

plantar do calcaneo e segue em direc;ao para diante, cobrindo 0 rnusculo abdutor do

grande artelho e fundindo-se com 0 tendao desse musculo. A parte principal da

aponeurose plantar e a faixa central: ela tambem tern origem no tuberculo interne da

face plantar do calcaneo. A faixa plantar dirige-se para diante e divide em cinco tiras,

logo atras das cabec;as dos ossos metatarsianos, prosseguindo em direc;ao aos cinco

artelhos. Acima das articulac;6es metatarsofalangeanas, cada tira se divide por sua vez

em suas componentes extern a e interna, as quais contornam as faces extemas e interna

das primeiras falanges dos cindo dfgitos. Antes de se dividirem em suas componentes

internas e externas, as cinco tiras da fascia plantar se prendem superficial mente aos

coxins gordurosos da face plantar dos metatarsianos. Esta ligac;ao superficial

desempenha importante papel funcional, fixando os coxins gorduroso sob a cabec;a dos

ossos metatarsianos, de modo a servirem de amortecedores a tais estruturas 6sseas

durante os diferentes tipos de atividade, inclusive durante a marcha. A importancia

funcional desta inserc;ao da faixa central da fascia plantar sera discutida ao tratarmos do

mecanismo com roldana, 0 qual ocorre no final da fase de apoio. (SMITH, 1997;

MALONE, 2000).

2.2 ARTICULACOES DO pEe:

Segundo ANDREWS, 2000, a eixo da articulayao talocrural ocupa uma posiyao

obliqua entre as extremidades dos dais maleolos. as exames anatomicos mostram que

o eixo da articulayao talocrural esta disposto obliquamente, situando-se a cerca de 82

graus em relayao ao corte ventral da tibia. A articulayao talocrural possui um eixo em

tres pianos, os movimentos predominantes nesta articulayao sao a f1exao dorsal e a

flexao plantar do pe, em aproximadamente 80% dos casos, esta articulayao pode ser

considerada como articulayao uniaxial e de um s6 plano, cujos movimentos principais

sao a flexao dorsal e a flexao plantar. 0 grau de mobilidade da articulayao talocrural

varia entre 20 graus de flexao dorsal e 50 graus de flexao plantar. Estes Iimites variam

consideravelmente dentro de uma mesma popula9ao, mas a fun9ao normal do pe

Page 11: HENRIQUE LOUREN90 DA COSTA LIMA ANALISE DE …tcconline.utp.br/wp-content/uploads/2012/09/ANALISE-DE-CANCANEO... · talocalcaneo interosseo e 0ligamento cervical (HALL, 2001; MALONE,

\0

durante a marcha exige apenas 20 graus de f1exao plantar e 10 graus de flexao dorsal

(ANDREWS, 2000; LIPPERT, 2003).

2.2.1 Articula~ao Tibiofibular:

A articulaC;<3otibiofibular proporciona 0 movimento acess6rio, de forma a permitir

maior liberdade de movimento no tornozelo. A fusao ou hipomobilidade dessa

articulacao pade restringir ou deteriorar a func;ao do tornozeio. Durante a flexao plantar

do tornozelo, a fibula desliza inferiormente nas articulac;oes tibiofibulares superior e

inferior, enquanto 0 maieoio lateral rada medialmente para causar uma aproximac;ao dos

dais maleolos. Com a dorsiflexao. 05 movimentos acess6rios opostos tornam passive!

uma ligeira separac;ao dos maleolos e acomodam a Por930 mais larga do tal0 anterior. 0

movimento acessorio da articula~ao tibiofibular ocorre tam bern com supina~o (inversao

calcanea) e pronayao (eversao calcanea). A cabe~a da fibula desliza distal e

posteriormente com a supinayao e proximal e anteriormente durante a prona~ao.

(ANDREWS, 2000; LIPPERT, 2003).

2.2.2 Articula~ao Talocrural:

A articulayao talocrural e do tipo sinavial, cam um encaixe (pinya bimalealar) e

ligamentos colaterais de apoio estruturalmente vigorosos. A superficie c6ncava do

encaixe e constituida pelo assoalho tibial distal e pelos mah~olos tibial (medial) e fibular

(lateral). Dentro do encaixe penetra a superficie convexa da cupula talar. A articula~ao

recebe medialmente 0 apaio ligamentar do ligamento delt6ide, e dos ligamentos

talofibular anterior, calcaneofibular e talofibular posterior recebe apoio ligamentar

lateralmente. (ANDREWS, 2000; LIPPERT, 2003).

o maleoto lateral fica lacalizado distal e posteriormente em rela~o ao maleolo

medial, fazendo com que 0 eixo de mavimento para a articula~o do tornozelo se

desloque de um plano postero- lateral inferior para outro antero-medial superior. Essa

orientay80 obliqua torna possivel 0 movimento em Ires pianos (triplantar). A f1exao

plantar e a darsiflexao no plano sagital constituem os movimentos primarios da

articulatiao e estao acoplados com aduc;ao e abdUl;ao, respectivamente. Como eixo equase paralelo ai plano transversa, a inversao e a eversao sao componentes

Page 12: HENRIQUE LOUREN90 DA COSTA LIMA ANALISE DE …tcconline.utp.br/wp-content/uploads/2012/09/ANALISE-DE-CANCANEO... · talocalcaneo interosseo e 0ligamento cervical (HALL, 2001; MALONE,

11

irrelevantes do movimento. A amplitude de movimento disponivel e definida

efetivamente como sendo de aproximadamente 20 graus de dorsiflexao e 50 graus de

flexao plantar. (ANDREWS, 2000; LIPPERT, 2003).

Urn pequeno grau de movimento acessorio fisiol6gico talocrural tambem

acompanha a flexao plantar e a dorsiflexao. Quando 0 pe realiza flexao plantar, 0 corpo

do talo desliza anteriormente. Pele contra rio, quando a pe realiza a dorsiflexao, a

direcyao do deslizamento talar e posterior. A estabilidade maxima aos estresses

angulares e de ton;aa ocorre na posi~ao da coaptac;:ao fechada de dorsifiexao maxima,

na qual, 0 talo desliza posteriormente e penetra como urna cunha dentro do encaixe. A

posiryao de repouso da articulac;;ao do tornozelo e de 10 graus de f1exao plantar.

(ANDREWS, 2000; LIPPERT, 2003).

2.2.3 Articula9aO Subtalar:

Segundo ANDREWS, 2000, a articula9ao talocalcanea torna possive, Cl

movimento em tres pianos de prona9ao e supina9ao. E sustentada pelos ligamentos

colaterais medial e lateral, talocalcaneo interosseo e talocalcaneos posterior e lateral

(ANDREWS, 2000; HALL, 2001).

o eixo articular passa de dorsal, medial e distal para plantar, lateral e proximal. Eorientado em aproximadamente 16 graus do plano sagital e 42 graus do plano

transverso. Por causa desse eixo de orientayao, a articula9ao torna possivel os

movimentos triplantares de prona9c3o e supina9c3o. Os componentes de prona9c3o do

movimento em uma cadeia cinetica fechada sao a dorsiflexao calcanea, a abdu9ao e a

eversao. Inversamente, a supina9c3o em cadeia cinetica fechada consiste de f1exc3o

plantar calcaneana, adu9ao e inversao. Funcionalmente, porem, a articula9ao subtalar

opera como uma cadeia cinetica lechada (ANDREWS, 2000; HALL, 2001).

2.2.4 Articula9ao Mediotarsica

Segundo ANDREWS, 2000; LIPPERT, 2003, a articula9ao mediotorsica consiste

das articula90es talonavicular e calcaneocuboide. Elas obtem seu apoio ligamentar dos

ligamentos calcaneonavicular (mola espiral), deltoide, talonavicular dorsal e

calcaneocuboide (plantares longo e curto) (ANDREWS, 2000; LIPPERT, 2003).

Page 13: HENRIQUE LOUREN90 DA COSTA LIMA ANALISE DE …tcconline.utp.br/wp-content/uploads/2012/09/ANALISE-DE-CANCANEO... · talocalcaneo interosseo e 0ligamento cervical (HALL, 2001; MALONE,

12

A articulaC;8o mediotiusica passu! dais eixos separados. Funcionalmente, esses

dais eixos funcionam juntos e resultam no movimento em tres pianos (triplanar). Os dais

eixos da articulac;ao mediotarsica sao 0 longitudinal e a obliquo. 0 eixo longitudinal eessencialmente paralela aos pianos sagital e transversa, permitindo apenas as

movimentos no plano frontal de inversao e eversao, ao passe que a eixo obliquo e

paralelo ao plano frontal, tornando passivel 0 movimento nos pianos sagital (flexao

plantar e dorsiflex8o) e transversa (aduc;ao e abdUf;ao). Como 0 eixo obliquo e angulado

quase igualmente para as pianos 5a9ital e transversa, a flexao plantar e aduc;:ao e a

dorsillexao e abdu9aO sao acopladas igualmente. (ANDREWS, 2000; LIPPERT, 2003).

Do ponto de vista clinico, nao existe um metodo eficaz para quantificar 0

movimento na articula~ao mediotarsica, que e determinado pela posiyao subtalar.

Quando a articulayao subtalar e pronada, os eixos das articula~oes talocalcaneanas e

calcaneocub6ides sao paraleios, tornando possivel abertura da articularyao mediotarsica

e sua transformar;ao em um adaptador com maior mobilidade. Quando a articular;c3o

subtalar entra em supina~ao, 0 movimento da articular;ao mediotarsica diminuia medida

que os eixos divergem e "travam" 0 antepe sobre 0 retrepe como preparado para funr;ao

de alavanca rigida durante a lase propulsiva da marcha. (ANDREWS, 2000; LIPPERT,

2003).

A posir;ao da articula~ao mediotarsica e determinada pelas for~as de rear;ao do

solo durante 0 contato e as fases de apoio medio da marcha e pela atividade muscular

sobre a articula~ao durante a fase propulsiva da marcha. Urn indicador cHnico

padrenizado para determinar a pOSiyc30 da articulayao mediotarsica consiste em

comparar a posi~ao no plano plantar das cinco caber;as dos metatarsos com a posi~ao

no plano plantar do retrope neutre quando a articular;ao mediotarsica e pronada ao

maximo ao redor de ambos os eixos. (ANDREWS, 2000).

Os movimentos acess6rios fisiol6gicos da articular;ao mediotarsica que podem

ser avaliados manualmente incluem os deslizamentos dorsal e plantar do navicular

sobre 0 talo e do cub6ide sobre 0 calcaneo. 0 deslizamento plantar acompanha a

supina9ao e 0 deslizamento dorsal acompanha a prona9ao. (ANDREWS, 2000)

2.2.5 Articular;oes Tarsometatarsicas, Metatarsofalangianas e Interfalangianas:

Segundo ANDREWS, 2000, a primeira lileira representa uma articula9ao

funcional que consiste nos ossos da coluna media. 0 eixo articular passa da direr;ao

Page 14: HENRIQUE LOUREN90 DA COSTA LIMA ANALISE DE …tcconline.utp.br/wp-content/uploads/2012/09/ANALISE-DE-CANCANEO... · talocalcaneo interosseo e 0ligamento cervical (HALL, 2001; MALONE,

13

lateral distal para media proximal, quase para lela ao plano transversa. 0 movimento

ocorre principal mente nos pianos sagital (flexao plantar e dorsiflexao) e frontal (inversao

e eversao). 0 eixo e angulado em 45" a partir desses pianos, de forma que, para cada

grau de flexao plantar, existe 10 de eversao (ANDREWS, 2000).

o movimento da primeira file ira carnega na fase de apaio final da marcha

(impulsao) e continua nas fases subsequentes da propulsao. Como ocorre com a

articulayao mediotarsica, a movimento da primeira fileira e controlado pela posi9c30 da

articulay80 subtalar. Com a articulayc30 subtalar em prona98o, aumenta 0 grau de

movimento da primeira fileira. Quando a articulay80 subtalar entra em 5upinayao, 0

movimento da primeira fileira diminui. A extensao normal do movimento e de 0,5 a 1 cm

(a largura de urn polegar) nas dire,aes plantar e dorsal. (ANDREWS, 2000, LIPPERT,

2003).

o padrao cHnico para determinar a posic;ao neutra do prime ira metatarsico

consistem em avaliar a posic;ao da primeira fileira em relac;ao as tres cabec;as dos

metatarsos centra is, que devera ficar no mesmo plano transversa, que nao e de flexao

plantar nern de dorsiflexao. (ANDREWS, 2000; HALL, 2000, LIPPERT, 2003).

A quinta fileira opera ao redor de um eixo independente com a mesma orientac;ao

direcional da articulac;ao subtalar. As tres fileiras centra is passu em uma orientac;ao do

eixo para lela aos planas frontal e transversa. ConseqOentemente, existe apenas urn

movimento de flexao plantar e dorsiflexao no plano sagital. As articulay6es

metatarsofalangianas (MTF) tam bern possuem urn eixo vertical adicional, que e paraleto

aos planas frontal e sagital, de forma a permitir a abduyao e a aduyao das articulay6es.

(ANDREWS, 2000, HALL, 2000).

A primeira articulayao MTF representa a articulayao entre a primeiro metatarso e

a falange proximal do grande artelho. A amplitude de movimento normal minima para a

MTF, com a primeira fileira estabilizada, e de aproximadamente 200 a 300 de

hiperextensao. Sem estabilizayao, a primeira articulayao MTF deve ser hiper-estendida

ate pelo men as 600 a 700• As articulay6es MTF possuem tambem a eixo vertical

adicional paralelo aos planas frontal e sagital a fim de permitir a abduyao e aduyao das

articula,aes. (ANDREWS, 2000).

Os movimentos acess6rios fisiol6gicos das articulay6es MTF incluem as

deslizamentos plantar e dorsal. 0 deslizamento plantar primeiro metatarso convexo

acompanha e extensao, ao passo que a deslizamento dorsal acompanha a flexao dos

artelhos. (ANDREWS, 2000).

Page 15: HENRIQUE LOUREN90 DA COSTA LIMA ANALISE DE …tcconline.utp.br/wp-content/uploads/2012/09/ANALISE-DE-CANCANEO... · talocalcaneo interosseo e 0ligamento cervical (HALL, 2001; MALONE,

14

2.3 AVALlA\:AO PODAL:

Para MAGEE, 2002, a observac;ao do pe e extensa. Em virtude Dos estresses

aos quais a pre e submetido e como a pe, do mesmo modo que a mao, pade projetar

sinais de problemas e doenyas sistemicas, 0 examinador deve efetuar uma inspec;::ao

cuidadosa e meticulosa do po (MAGEE, 2000).

MAGEE, 2002 afirma que ao realizar a observac;::ao,deve-se lembrar de comparar

a postura sustentando peso (cadeia fechada) com a postura nao sustentando a peso

(cadeia aberta) do pe. Durante movimento em cadeia fechada, a talus move-5e para

auxiliar a pe e a perna a adaptarem-se ao terreno e aos estresses que sao aplicados ao

pe. Mesmo que 0 calcimeo esteja tocando uma superticie em movimento em cadeia

fechada, para finalidades de descric;ao, ele ainda e considerado estando em movimento.

(MAGEE,2002).

A postura do pe sustentando peso mostra como a corpo campen sa

anormalidades estruturais. A postura nao sustentando peso mostra capacidades

funcionais e estruturais sem compensayao. A observayao inclui olhar a paciente de

frente, de lado e de costas na posic;:aosustentando peso (em pe) e de frente, de lad a e

de costas na posic;:ao sentada com as pernas e pes sem sustentarem peso. 0examinador deve observar disposic;:ao e capacidade do paciente para usar as pes. Os

contornos 6sseos e de tecidos moles do pe devem ser normais, e qualquer desvio deve

ser notado. Muitas vezes, calosidades dolorosas podem ser encontradas sabre

proeminencias 6sseas anormais. Quaisquer cicatrizes au fistulas tambem devem ser

observados. (BRICOT, 200; MAGEE, 2002).

Com a paciente em pe, a examinador deve observar se as quadris e a tronco do

paciente estao em posic;:ao normal. Rotac;:ao lateral excessiva do quadril au rotac;:aodo

tranco afastando-se do quadril oposto eleva a arco longitudinal medial do pe, enquanto

rotac;:aomedial do quadril au do tronco na direc;:ao do quadril oposto tende a achatar a

arco. A rotac;:ao medial do quadril tambem busca pes de pombo, uma condic;:ao mais

comumente associada com torc;:aoau rotac;:aomedia is da tibia. Se a trato iliotibial estiver

atrasado, a retesamento pode causar eversao e rotayao lateral do pe. (BRICOT, 2001;

MAGEE,2002).

Na vista antero-superior dos pes na postura sustentando a peso. 0 examinador

deve observar se hi! qualquer assimetria, qualquer desalinhamento au qualquer

Page 16: HENRIQUE LOUREN90 DA COSTA LIMA ANALISE DE …tcconline.utp.br/wp-content/uploads/2012/09/ANALISE-DE-CANCANEO... · talocalcaneo interosseo e 0ligamento cervical (HALL, 2001; MALONE,

15

supinac;ao eu pronatyao excessiva do p€!. A supina9ao do pe envolve a inversao do

calcanhar, aduc;ao do antepe e f1exao plantar na articulac;ao 5ubtalar e mediotarsais, de

tal modo que 0 areo longitudinal medial e acentuado. Alem disso, ha rota9;3,0 lateral da

perna em relac;:ao ao p€!. A supinac;:ao do pe faz a parte proximal da tibia mover-se

posteriormente. Ela e necessaria durante a propulsao para dar rigidez ao pe e exige

men os trabalho muscular que a prona9ao. (BRICOT, 200;MAGEE, 2002).A pronac;:aodo pe envolve a eversao do calcanhar. abduc;ao do antepe, rota930

medial da perna em relajfaa ao pe e dorsiflexao das articulac;:6es subtalar e mediotarsal,

resultando ern urna diminuic;:ao do areo longitudinal proximal. Este movimento faz a parte

proximal da tibia mover-se anteriormente. 0 pe pronado tern maior movimenta~ao

subtalar que a pe supinado e exige mais trabalho muscular para manter a estabiliade da

postura do que 0 pe supinado. 0 pe e muito mais movel nesta posi9ao. (MAGEE, 2002).Quando sustentando peso, se a rela~ao do pe com a tornozelo for mal, todos os

ossos metatarsais se estendem no mesmo plano transversa. 0 antepe e a retrope

devem estar paralelos um ao outro e ao solo. As articula~5es subtalar e talocrural

devem estar paralelas ao solo. Finalrnente, a bissec~ao posterior do calcanea e ter~o

distal da perna deve formar duas lin has paralelas verticais. (BRICOT, 2001; HALL, 2001;MAGEE, 2002).

Se 0 examinador tiver notado qualquer assimetria na posi~ao de pe, a

examinador deve par talus (au pe) em neutra para ver se a assimetria desaparece. Se a

assimetria estiver presente na postura ern pe normal, trata-se de urna assimetria

funcional, se ela ainda estiver presente quando 0 pe esta em posi~ao neutra, e tambem

urna assimetria anatomica, caso no qual urna deforrnidade estrutural provavelmente esta

causando a assimetria. 0 alinhamento perna-calcanhar e antepe-calcanhar pode

tarnbern ser verificado, especial mente se estiver presente assimetria. (BRICOT, 2001;

HALL, 2001; MAGEE, 2002).

a examinador deve observar se a paciente usa uma bengala au outro auxilio de

marcha. 0 uso de uma bengala na ma.o oposta diminui 0 estresse sabre a articula~ao do

tornozelo e pi! em aproximadamente um ter90. (MAGEE, 2002).Quaisquer saliencias au exostoses proemlnentes devem ser observadas, bem

como se ha qualquer forma espatulada (alargamento) do antepe. Espatula~ao e mais

evidente sustentado peso. Ha tres tipos de antepe, baseando-se no comprimenta dos

ossos metatarsais. (MAGEE, 2002).

Par tras, 0 examinador compara 0 volume dos musculos das panturrllhas e

observa quaisquer diferenc;as. Variac;ao pade ser causada par lesoes de nervos

Page 17: HENRIQUE LOUREN90 DA COSTA LIMA ANALISE DE …tcconline.utp.br/wp-content/uploads/2012/09/ANALISE-DE-CANCANEO... · talocalcaneo interosseo e 0ligamento cervical (HALL, 2001; MALONE,

16

perifericos, problemas de raizes nervosas, ou atrofja resultante de desuso ap6s lesao.

Os tend5es de Aquiles de cada lado devem ser comparados. Se urn tendao parecer

curvar-se para fora, isso pade indicar urn areo longitudinal medial carda. Resultando em

uma condi,ao de pe plano (Sinal de Helbing). (MAGEE, 2002).

o examinador observa 0 calc€meo quanta a normalidade de forma e pOSiy30. Os

corredores muitas vezes criam 0550 e uma calosidade no calcanhar, produzindo uma

"saliencia-Iateral" como resultado da pressao sabre a calcanhar. (MAGEE, 2002).

Os maleolos sao comparados quanta ao seu posicionamento. Normalmente, a

mah§olo lateral estende-se mais distalmente que 0 malealo medial, no entanto, 0

malewlo medial estende-se mais anteriormente. (MAGEE, 2002).

Com a vista lateral, 0 examinador esta observando principalmente os areos

longitudinais do pe. 0 examinador deve observar se 0 arco medial e mais alto que 0

area lateral (como seria esperado). Diferenc;as nos areos podem, muitas vezes, ser

determinadas olhando-se as padr5es de impressao do pe. (MAGEE, 2002).

Os areos do pe sao mantidos por tres meeanismos:(1 ) eneravamento eom unhas

entrelac;adas dos ossos tarsais e metatarsais; (2) retesamento dos ligamentos na face

plantar do pe; (3) os museu los intrinseeos e extrinseeos do pe e seus tend6es, os quais

ajudam a suportar os areos. Os areos 10ngitudinais formam um cone como resultado do

angulo dos ossos metatarsais em relac;ao ao solo. Com 0 area longitudinal medial sendo

mais evidente, este angulo e maior no lad a medial. (HALL, 2001; MAGEE, 2002).

o area longitudinal medial eonsiste na tuberosidade calcanea, no talus, no

navicular, nos tres cuneiformes, enos primeiro, segundo e tereeiro ossos metatarsais.

Este area e mantido pelos musculos tibial anterior, tibial posterior, flexor longo dos

dedos, flexor longo do halux, abdutor do halux e flexor curto dos dedos, fascia plantar, e

o ligamento calcaneonavicular plantar. (MAGEE, 2002).

Os ossos calcaneo, cub6ide e quarto e quinto metatarsais constituem 0 arco

longitudinal lateral. Este arco e mais estavel e menos ajustavel do que 0 arco

longitudinal medial. 0 arco e mantido pelos musculos fibular longo, fibular curto, fibular

terceiro, abdutor do dedo minima e flexor curto dos dedos; a fascia plantar, a ligamenta

plantar longo, e a ligamenta plantar curto. (HALL, 2001; MAGEE, 2002).

o arco transversos e mantido pelos musculos tibial posterior, tibial anterior e

fibular longo, e a fascia plantar. Este arco consiste dos ossos navicular, cuneiformes,

cub6ides e matatarsais. 0 arca e as vezes dividido em tres partes: tarsal, metatarsal

posterior e metatarsal anterior. Uma perda do areo metatarsal anterior resulta em

formac;ao de ealosidade embaixo das cabec;as dos ossos metatarsais. As

Page 18: HENRIQUE LOUREN90 DA COSTA LIMA ANALISE DE …tcconline.utp.br/wp-content/uploads/2012/09/ANALISE-DE-CANCANEO... · talocalcaneo interosseo e 0ligamento cervical (HALL, 2001; MALONE,

17

articulac;oesmetatarsofalangicas estao ligeiramente estendidas quando 0 paciente esta

na posic;aoem pe normal, porque as areos longitudinais do pe curvam se na direc;aodosdedos. (HALL, 2001; MAGEE, 2002).

Oeformidade em equin~. Esta deformidade e caracterizada por dorsiflexao

limitada (men os de 10°) na articula.yao talocrural, usualmente como resuttado de

contratura dos museu los gastrocnemios au soleo au no tendao de Aquiles. Eta tambem

pode ser causada por deformidade 6ssea estrutural (principalmente no talus), trauma au

doenc;a inflamatoria. A deformidade causa estresse aumentando no antepe, 0 que pede

levar a urn pe ucadeira de balanc;o" e pronac;ao excessiva na articulac;ao subtatar. Esse

desvio pode contribuir para condic;oes tais como faciite plantar, metatarsalgia, esporoes

de calcanea e dar talonavicular. (HALL, 2001; MAGEE, 2002).

Retrope Varo. Este desvio estrutural envolve inversao do calcanea quando a

articulac;ao subtalar esta na posic;ao neutra. 0 retrope e levemente rigido com eversao

calcanea; par essa razao a pronac;ao e limitada. Ele pode contribuir para a aparencia de

urn pe cavo, tornando acentuado a arco longitudinal medial. Pode ser 0 resultado de

varo da tibia Goelho varo), e em virtude da pronac;ao subtalar extra necessaria ao inicio

do apoio, a supinac;ao normal durante propulsao inicial pode ser impedida. Este desvio

pode contribuir para condic;oes tais como exostose retrocalcanea (saliemcias laterais)

canelite, faciite plantar, distensoes de musculos posteriores da coxa e patologia de

joelho e tornozelo. (MAGEE. 2002).

Retrope Valgo. Esta deformidade estrutural envolve eversao do calcanea quando

a articulac;ao subtalar esta na posic;ao neutra. 0 retrope e movel, 0 que pode levar a

excess iva pronac;ao e limitada supinac;.ao. Pode resultar de joelhe valge e pede

contribuir para it aparemcia de um pe plano, com 0 arco longitudinal medial mostrando-

se achatado. Em virtude da mobilidade aumentada, e menos provavel que ele cause

problemas do que 0 retrope varo. Assecia-se muitas vezes com valgo da tibia. (MAGEE,

2002).

Antepe Valgo. Este desvio mediotarsal estrutural envolve eversao do antepe

sobre 0 retrope quando a articulac;.ao subtalar esta na posic;ao neutra porque a

inclinac;ao em valgo normal (35 a 45°) da cabec;a e colo do talus para a sua troclea foi

excedida. Com esta deformidade, dUrante a fase de sustentac;ao de peso da marcha a

articulac;ao mediotarsal e supinada, de modo que a face lateral do pe e trazida para

contato com 0 solo. Tal como 0 retrope valgo ele contribui para aumentar 0 arco

longitudinal medial e por essa razao assemelha-se clinicamente a urn pe cavo. A

supinac;ao prolongada pode contribuir para condic;oes como entorses latera is de

Page 19: HENRIQUE LOUREN90 DA COSTA LIMA ANALISE DE …tcconline.utp.br/wp-content/uploads/2012/09/ANALISE-DE-CANCANEO... · talocalcaneo interosseo e 0ligamento cervical (HALL, 2001; MALONE,

18

tornozelo, sindrome do lrato iliotibial, taciile plantar, sindrome do tunel do tarso anterior,

delormidades dos dedos do pe, sesamoidite, e dor na pen a e na coxa. (MAGEE, 2002).

Antepe yare. Este desvio estrutural das articulac;6es mediotarsais envolve a

inversao do antepe sabre a retrope quando a articulac;ao subtalar esla na posic;ao

neutra. Ele ocorre porque a inclinat;30 em valgo normal (35 a45°), da cabec;a e colo do

talus com a sua traclea naD foi realizada. Clinicamente, ele contribui para diminuir 0 areo

longitudinal medial, e par essa razao assemelha-se ao pe plano. (MAGEE, 2002).

A posic;ao neutra do talus e muitas vezes denominada posic;ao neutra au

equilibrada do pe. Esta posic;ao "neutra" e urna posic;ao ideal que, na realidade, nao ecomumente encontrada nas pessoas. Na maioria dos pacientes, a articulac;:ao subtalar

normalmente esta em ligeiro valgo, com 0 antepe em ligeiro varo e 0 calcaneo em ligeiro

valgo. A tibia e em ligeiro varo, de modo que cada articulac;:ao compensa a adjacente. A

posic;:ao neutra e usada como uma posic;:ao inicial para determinar desvios do pe e da

perna. Assimetria funcional pode ser observada no membro interior na postura em pe

normal: 0 examinador deve entao p~r 0 talus na posi9ao neutra para ver se a assimetria

permanece. Se permanecer, ha assimetria anatomica, bern como assimetria funcional.

Se a assimetria desaparecer, ha apenas assimetria funcional, a qual muitas vezes e

mais lacil tratar. (HALL, 2001; MAGEE, 2002).

o paciente fica de pe com os pes em uma posic;:ao relaxada, de tal modo que a

largura da base e 0 angulo de Fick sejam norma is para 0 paciente. Geralmente, apenas

urn pe e testado de cada vez. 0 exarninador paJpa a cabec;:ado talus na face dorsal do

pe com 0 polegar e 0 indicador de uma mao. 0 paciente e solicitado a rodar lentamente

o lronco para a direila e depois para a esquerda, 0 que faz a tibia rodar medial e

Jateralmenle, de tal modo que 0 lalus supina-se e prona-se. Se 0 pe for posicion ado de

tal modo que a cabec;:a talar nao parec;:a salientar-se para qualquer lado, entao a

articulac;:ao subtalar estara na sua posic;:a.oneutra em sustentac;:ao de peso. (HALL,

2001; MAGEE, 2002).

o paciente deita-se supin~ com os pes estendendo-se um pouco alem da

beirada da mesa de exames, pega 0 pe do paciente sabre a 40 e a 50 cabec;:a

metatarsal, usando 0 polegar e 0 indicador de uma mao; palpa ambos os lados da

cabec;a do talus no dorso do pe ate sentir resistencia. Enquanto 0 examinador mantem a

dorsifiexao, 0 pe e movido passivamente por meio de urn arco de supinac;:ao ( a cabec;:a

talar salienta-se rnedialmente). Se 0 pe for posicionado de modo que a cabec;:a talar nao

parel;a salientar-se para qualquer lado, a articulac;:ao subtalar estara na sua posic;:ao

neutra nao sustentando peso. (HALL, 2001; MAGEE, 2002).

Page 20: HENRIQUE LOUREN90 DA COSTA LIMA ANALISE DE …tcconline.utp.br/wp-content/uploads/2012/09/ANALISE-DE-CANCANEO... · talocalcaneo interosseo e 0ligamento cervical (HALL, 2001; MALONE,

19

o paciente esla deitado em prona~o com a pe estendido par sabre a borda da

mesa de exames. 0 examinador segura 0 pe do paciente sabre a 40 e 50 cabec;a

metatarsal com 0 indicador e 0 polegar de urna mao: palpa ambos as lados do tillusnodorsa do pet usanda 0 polegar e 0 indicador de outra mao. 0 examinador em seguida

dorsiflexion a passiva e delicadamente 0 pe ate sentir resistencia. Enquanto mantem a

pOSiyBOdorsiflexionada, a examinador move 0 pe para tras e para frente por meio de urn

area de supina9ao (a cabec;a talar salienta-se lateralmente) e pronac;ao (a caber;a talar

salienta-se medialmente). A medida que 0 areo de movimento e realizado, ha urn ponto

no areo no qual a pe parece ucair de nivel" para urn lado au para outro mais facilmente.

Este ponto e a posi~ao neutra nao sustentando peso da articulac;ao subtalar. (MAGEE,

2002).

Testes de alinhamento sao realizados para determinar a relac;ao da perna com a

retrope e a rala~ao do retrope com 0 antepe. Esses testes sao lambem utilizados para

diferenciar deformidades funcionais das deformidades anat6micas (estruturais) au

assimetrias. (MAGEE, 2002).

o paciente fica deitado na posi~ao prona, com a pe estendendo-se pel0 externo

da mesa de exames. 0 examinador em seguida faz uma marca na linha do calcanea na

inser~ao do tendao de Aquiles. 0 examinador faz uma segunda marca

aproximadamente 1 cm distal 'a primeira marca e lao perto da linha mediana do

calcaneo quanta possivel. Uma linha calcanea e a seguir travada juntando as duas

marcas. Em seguida, 0 examinador faz duas marcas no ten;o inferior da perna na linha

mediana. Estas duas marcas sao unidas formando a linha tibial, a qual representa a eixo

longitudinal da tibia. 0 examinador em seguida coloca a articulavao subtalar na posir;ao

neutra prona. Enquanto a articular;ao subtalar e mantida na posic;ao neutra , a

exam inador observa as duas linhas (2 a 8°), a alinhamento perna-calcanhar e

considerado normal. Se a calcanhar for invertido, a paciente tern retrope varo, se a

calcanhar lor evertido, retrop" valgo. (MAGEE, 2002).

o paciente fica em uma posic;ao em uma posic;ao relaxada normal enquanto a

examinador ve a paciente de costas. Se a calcanhar estiver em valgo, a antepe

abduzido au a tibia rodada lateratmente mais que a normal, mais dedos podem ser

vis los no lado alelado do que no lado norma\. (MAGEE, 2002).

o paciente fica deitado supino com as pes estendendo-se pela extremidade da

mesa de exames. 0 examinador posicion a a articular;ao subtalar em posic;ao neutra

supina. Enquanto mantem esta posi98,O, ele prona as articular;6es mediotarsais

maxima mente e em seguida observa a relac;aoentre a eixo vertical. Se 0 lado medial do

Page 21: HENRIQUE LOUREN90 DA COSTA LIMA ANALISE DE …tcconline.utp.br/wp-content/uploads/2012/09/ANALISE-DE-CANCANEO... · talocalcaneo interosseo e 0ligamento cervical (HALL, 2001; MALONE,

20

pe for elevado, a paciente tern urn antepe varo, se a face lateral for elevada, 0 paciente

tern urn antepe valgo. (MAGEE, 2002).

Segundo TUREK, 1991, urn pe chato e, aquele que nao apresenta depressao au

tern uma perda completa do areo longitudinal. Consequentemente, a estrutura ossea, as

ligamentos e as musculos estao alterados, seguindo-se a deformidade tipica em plano

au plano valgo. 0 antepe esta em abdUl;aoe ligeira supinac;;:ao,a navicular e a cabec;a

do astnflgalo sao salientes sabre a face interna do pe, 0 calcaneo esta evertido (valgo), e

o area longitudinal deprimido. A cabec;a do astn1galo, ao inves de ser apoiada pela

extremidade anterior do calcaneo apresenta-se deslocado para dentro e para frente,

para baixo e para dentro. Todo 0 calcanea tambem esta angulado para dentro, estando

sua extremidade posterior deslocada para fora e a extremidade anterior para dentro.

Ocorrem alterayoes secundarias dos ossos e tecidos moles quando a extremidade ja

existiu por algum tempo. Os ossos navicular, cuneiforme e cuboide assumem uma forma

de cunha, sendo 0 apice de cada urn dirigido para fora e no sentido dorsal. Os

ligamentos plantar, calcaneonavicular (mola) e 0 deltoide estao distendidos, enquanto

que os dorsais e os externos estao contraidos. Os tendoes do tibial anterior e posterior e

os musculos plantares estao distendidos, ao passo que 0 tendao de Aquiles torna-se

encurtado. (TUREK, 1991)

A toryao tibial interna produz secundariamente um pe chato. No esfonro de

apontar as artelhos para frente durante a marcha ou aposiyao ereta, 0 pe se everte. 0peso excessiv~, a fadiga muscular, 0 uso de cah;ados defeituosos e os maus habitos de

marcha produzem quedas do arco longitudinal. Deve haver antecedentes de astenia ou

frouxidao intrinseca dos ligamentos para que ocorra a achatamento do arco. Isso

pressupoe um pe chato hiperm6vel congemito de um grau moderado, ocorrendo a

deformidade pela superposiyao de fatores posturais ou estaticos. (TUREK, 1991).

Pe Cava (pe cava, pe em garra, pe cavo congemito) e uma deformidade do pe

que se caracteriza por urn arca plantar longitudinal excessivamente elevado que resulta

de uma posi,ao equina do antepe em rela,ao ao retrope. (TUREK, 1991).

Podem-se identificar tres grupos principais. Na maio ria dos casas, a origem do pe

cavo e obscura. 0 segundo tipo de deformidade origina-se como can sequencia de

doenya paraHtica, de tres modos: contratura durante a fase aguda (ex: poliomielite);

deformidade postural; e desequilibrio muscular durante a periodo de crescimento

(Sharrard). 0 terceiro grupa ocorre em associayaa com outras doenyas neurol6gicas au

deformidades de desenvolvimenta da cal una mas nunca foi estabelecido 0 modo pelo

qual isso ocorre. (TUREK, 1991).

Page 22: HENRIQUE LOUREN90 DA COSTA LIMA ANALISE DE …tcconline.utp.br/wp-content/uploads/2012/09/ANALISE-DE-CANCANEO... · talocalcaneo interosseo e 0ligamento cervical (HALL, 2001; MALONE,

21

No pe cava idiopatico (prima rio) 0 mecanisme e desconhecido. As duas teorias

principais, relacionadas ao desequilibrio muscular sao:

Fraqueza dos Intrinsecos (Duchene). Os intrinsecos deixam de flexionar as

articulaJ;oes metatarsofalangeanas. Essa teoria e insustentavei porque a paralisia dos

intrinsecos produz urn pe planavalga. (TUREK, 1991).

Superatividade dos Intrinsecos. A persistente fun~ao dos curtos f1exores do

artelho e intrinsecos em urn pe chato sob Qutros pontes de vista produz urn

aparecimento do urn pe cavovaro. A atividade anormai dos museu los intrinsecos (bern

como 0 longoperoneiro e as longos extensores) foi demosntrada pro estudo

eletromiografico. Entretanto, as tentativas para interromper a evoluc;ao da deformidade

por desnervac;ao do musculo plantar nao sao convincentes. (TUREK, 1991).

No pe cavo secundiuio, associado com doen~ paralitica, aplicam-se os

seguintes principias de Sharrard de defarrnidade paratitica. (TUREK, 1991).

Contratura da Aponeurose plantar, isso aumenta a altura do arco longitudinal. A

aponeurose e ainda mais encurtada e 0 cave e aumentado pela prenac;c3odo antepe e

inversao do calcanhar. Isso pode ser demonstrado pelo examinador durante a fase

f1exivel inicial for<;ando passivamente 0 calcanhar em vare e 0 antepe em eversao.

(TUREK, 1991).

Varo do Calcanhar a mediada que 0 antepe se toma fixado em eversao, a fim de

colecar finalmente todos os metatarsianos no solo. 0 antepe extemo deve-se inverter.

Esse movimento leva 0 retrope para dentro na articula<;ao medietiusica. Assim, 0 varo

do calcanhar s6 e evidente no inicio durante a carga, mas com a persistemcia da

deformidade 0 varo do calcanhar torna-se acentuado e fixo. (TUREK, 1991).

Com a reduC;ao do calcanhar, os musculos da panturrilha se transformam em

inversores ativos do calcanhar atraves do tendao calcanea deslocado para dentro. A

for<;a e transmitida atraves da borda intema do calcanhar para a paryaa intema espessa

da apaneurase plantar. (TUREK, 1991).

Pe cavo simples: Antepe equino igualmente distribuido, todos os metatarsianos

supertam igualmente a carga, calcanhar na posiyao neutra ou valge ligeiro. (TUREK,

1991).

Pe Cavo varo: Col una Intema iselada em flexile plantar e resistindo a dorsiflexao

passiva. Em contraste, 0 quinto metatarsiano pode ser facilmente dorsifletido; antepe

pronada a 20-30°, retrape ern pasi~aa neutra. (TUREK, 1991).

Na posi<;ao ereta a pressao excess iva e exercida sobre 0 primeiro metatarsiano

pronado. Para colocar os outros metatarsianos igualmente no solo, todo a pe (antepe e

Page 23: HENRIQUE LOUREN90 DA COSTA LIMA ANALISE DE …tcconline.utp.br/wp-content/uploads/2012/09/ANALISE-DE-CANCANEO... · talocalcaneo interosseo e 0ligamento cervical (HALL, 2001; MALONE,

22

retrape) e invertido. No inicio a inversao do retrape e flexivel e redutivel e desaparece

espontaneamente quando 0 equino fixe e a pronac;ao do primeiro metatarsiano sao

corrigidos. Posteriormente, 0 vare do retrape torna-se fixe e exige uma correc;aoindependente. (TUREK, 1991).

Calcanea Cave: Resulta da paralisia do triceps sural; 0 calcanhar assume uma

posivao vertical, 0 antepe em equin~ em rela9ao ao retrape. (TUREK, 1991).

2.4 CLASSIFICA!;:AO DA IMPRESsAo PLANTAR:

Classificavao segundo VALENTI,1979 apud OLiVEIRA,2004 que utiliza os

seguintes parametros:

• Pe cava:

Quando 0 individuo tern a largura da impressao plantar do mediope (istmo), men or

que 1/3 da medida do antepe.

• Pe normal:

Quando 0 individuo tern a largura da impressao plantar do mediope (istmo)

corresponde 1/3 da largura da impressao plantar do antepe.

• Pe piano:

Grau 1: corresponde ao pe que, na sua impressao plantar, apresenta a largura do

mediope superior a 1/3 da largura do antepe.

Grau 2: e considerado 0 pe que passui a medida superior a % da largura do antepe.

Grau 3: e 0 pe que apresenta a medida da regiao de mediope superior a largura do

antepe.

Grau 4: corresponde ao pe plano que apresenta um abaulamento da borda medial,

surgindo a imagem semilunar lateral. (OLIVEIRA, 2004).

Page 24: HENRIQUE LOUREN90 DA COSTA LIMA ANALISE DE …tcconline.utp.br/wp-content/uploads/2012/09/ANALISE-DE-CANCANEO... · talocalcaneo interosseo e 0ligamento cervical (HALL, 2001; MALONE,

Este e urn estudo do tipo observacional descritivo.

3 METODOLOGIA

3.1 ABORDAGEM EPIDEMIOLOGICA

3.2 MATERIAL

Na realizac;ao desta pesquisa foi utilizado uma maquina fotografica digital da

marca Creative, modelo PcCam880, para realiza~ao das fotos, fita metrica para localizar

urn dos pontos de referencia atraves da mensuratyao, adesivos circulares brancos com

o de 8 mm para marcar os pontos, papel cartolina branca para obtentyao da impressao

plantar, prato de plastico para dissolutyao da tinta, tinta guache preta para pintar a face

plantar dos pes e um rolo pequeno com espuma de poliester para aplicar a tinta.

3.3 METODO

Os dados da pesquisa foram coletados de tres formas. Urn questionario de

quatro questoes referentes a peso, idade, sexo e altura (ver apendices), impressao

plantar (fig.1) e fotometria (fig.2), sendo as duas ultirnas realizadas simultaneamente.

No inicio da coleta os participantes eram informados sobre os procedimentos e

submetidos ao questionario. Apes responder 0 questioniuio era solicitado ao participante

que levantasse a caltya acima dos candllos femorais, em seguida, a pesquisador

(posicionado atras do participante). realizava a marca'Yao dos pontos de referencia para

a fotometria, 0 primeiro ponto era identificado atraves da palpa9ao dos candilos

femora is, medial e lateral, tratyando-se uma linha imaginaria entre eles e marcando com

um adesivo 0 ponto medio dessa linha. Na sequencia com uma fita metrica 0

examinador media uma distancia de 7cm ascendente do solo e efetuava a marca9ao no

vertice do tendao de Aquiles, a terceiro ponto de referencia era encontrado por meio da

palpatyao da tuberosidade do calcaneo, localizando a ponto medio da mesma, on de a

adesivo era colado. Apes a marCa9aO dos pontos, a pessoa sentava numa cadeira e 0

pesquisador aplicava tinta na superficie plantar de seus pes com urn pequeno rolo de

espuma, em seguida era colocada uma folha de papel em branco abaixo dos pes do

Page 25: HENRIQUE LOUREN90 DA COSTA LIMA ANALISE DE …tcconline.utp.br/wp-content/uploads/2012/09/ANALISE-DE-CANCANEO... · talocalcaneo interosseo e 0ligamento cervical (HALL, 2001; MALONE,

24

participante e solicitado que realizasse bipedesta9ao fisiol6gica, pedindo que nao

fizessem apoio de MMSS e que 0 peso fosse distribuido homogeneamente sabre as

MMII. Enquanto a pessoa permanecia em ortostatismo 0 pesquisador efetuava a

fotometria do participante em vista posterior com a maquina fotografica que ja estava

pre-posicionada diretamente sabre 0 solo (Oem de altura) e 120cm de distfmcia do

calcanea da pessoa, logo apos solicitava-se que 0 participante sentasse e erguesse as

pes para que a pesquisador retirasse a papel.

As impress6es plantares fcram avaliadas segundo as criterios de VALENTI, da

seguinte forma: inicialmente foi encontrado 0 ponto transversal da regiao do retrope. Em

seguida com auxilio de uma simples regua, foi tra9ada uma linha L1 (Fig. 1) com origem

nesse ponto inicial, a qual era projetada ate 0 segundo interdigito. Apes, outras duas

lin has (L2 e L3), paralelas a primeira, eram tra~adas nas duas bordas (medial e lateral)

da regiao do antepe. Com essas duas lin has trayadas, tomava-se a medida entre elas,

com gradua9ao em milimetros, a qual corresponde itmedida da largura da regiao do

antepe.

Logo apes era realizada a mensurayao da regiao do mediope, a qual e delimitada

anteriormente pelos metatarsos e posteriormente pelo inicio da curvatura do calcaneo.

Essa medida (oi obtida da seguinte maneira: tendo como referencia a linha L1, tra~ando-

se outras duas lin has perpendiculares a ela (L4 e LS) na regiao correspondente ao ponto

mais extremo do retrope (L4) e na regiao mais extrema do antepe (L5), excluindo a

regiao dos dedos. Com 0 ponto medio da distancia entre as lin has L4 e L5, era tra9ada

outra linha perpendicular a linha L1, a qual indica a regiao do mediope e de onde com

auxilio de urna regua tomou-(se a medida em milimetros do mediope regiao com

descarga de peso impressa).

Page 26: HENRIQUE LOUREN90 DA COSTA LIMA ANALISE DE …tcconline.utp.br/wp-content/uploads/2012/09/ANALISE-DE-CANCANEO... · talocalcaneo interosseo e 0ligamento cervical (HALL, 2001; MALONE,

25

A fotometria (fig.2) foi analisada atraves do programa Corel Draw, trac;ando-se

duas linhas: uma que originava-se do marcador a 7cm do solo (posicion ado no tendao

calcanear) em direc;ao ao marcador localizado entre as condilos femorais e outra que

originava-se do mesmo ponto (tendao calcanear) em direc;ao a tuberosidade calcanea.

o marcador central (tendao calcanear) serviu como vertice para calcular a angulo de

varo e valgo do calcanea pelo programa.

Convencionou-se que valores obtidos a partir de 1800 eram atribuidos ao grau de

valgismo deste calcanea; e valores menores que 1800 (a diferenc;a entre 0 valor obtido e

1800) correspondiam ao grau de varismo deste calcanea.

Figura 2: Fotometria analisada em Corel Draw.~~~~~--,

178

3.4 POPULA<;:AO

Fizeram parte da pesquisa academicos do curso de Fisioterapia da Universidade

Tuiuti do Parana situ ada na cidade de Curitba-PR, sendo 24 pessoas do sexo feminino e

8 pessoas do sexo masculino, com idade entre 18 e 41 anos, sem doenc;as congenitas

au adquiridas de membro inferior.

3.5 ANALISE ESTATisTICA

As variaveis qualitativas foram analisadas de forma percentual.

As variaveis quantitativas fcram analisadas com valor minima, valor maximo,

media e desvio padrao.

Page 27: HENRIQUE LOUREN90 DA COSTA LIMA ANALISE DE …tcconline.utp.br/wp-content/uploads/2012/09/ANALISE-DE-CANCANEO... · talocalcaneo interosseo e 0ligamento cervical (HALL, 2001; MALONE,

26

4 RESULTADOS

Oir Esq Oir Esq Dir Esq1 2 5 2 52 0 10 0 103 0 7 0 74 2 4 2 45 7 8 7 86 2 1 2 17 4 1 4 18 2 7 2 79 -3 7 -3 710 0 2 0 211 -2 -5 -2 -512 3 4 3 413 -1 12 -1 1214 -2 6 -2 615 4 2 4 216 4 8 4 817 -1 1 -1 118 -3 3 -3 319 2 7 2 720 -1 1 -1 121 4 4 4 422 -7 -5 -7 -523 2 5 2 524 4 2 4 225 4 9 4 926 3 2 3 227 -1 6 -1 628 5 10 5 1029 -2 7 -2 730 0 7 0 731 2 1 2 132 6 1 6 1Min -7 -5MOx 7 12MOd 1 4 .:::::::JDesvPad 3 4

Page 28: HENRIQUE LOUREN90 DA COSTA LIMA ANALISE DE …tcconline.utp.br/wp-content/uploads/2012/09/ANALISE-DE-CANCANEO... · talocalcaneo interosseo e 0ligamento cervical (HALL, 2001; MALONE,

27

Grafico 1: Grafico referente a porcentagem de individuos do sexo masculino e do

sexa feminine

~IOFem;n;no I

A pesquisa realizada teve urna amostra de 32 participantes. Como representada

no grafico aelma, 8 eram do sexo masculino a qual representa urn total de 25%

participantes, e 24 eram do sexo feminin~, representando 75% dos participantes.

Page 29: HENRIQUE LOUREN90 DA COSTA LIMA ANALISE DE …tcconline.utp.br/wp-content/uploads/2012/09/ANALISE-DE-CANCANEO... · talocalcaneo interosseo e 0ligamento cervical (HALL, 2001; MALONE,

Gratico 2: Grafieo referente a media de idade, peso, altura e IMe no sexo

feminin~.

II

~~~ L 1 164 6~

140L 0120L- _ _100 --- ----

80 =-- -=-sa --{rITa ~'El0-----_-- _

Dldade Io Pesoo Altura (em)DIMe

Idade Peso Altura(em)

IMC

a grafieo demonstra a media de idade, peso, altura e IMe (indiee de Massa

Corp6rea), em individuos do sexo feminino. Sendo que a idade variou de 18 a 41 anos,

tendo uma media de 22,96 anos. A altura teve uma media de 164,63 em.

28

Page 30: HENRIQUE LOUREN90 DA COSTA LIMA ANALISE DE …tcconline.utp.br/wp-content/uploads/2012/09/ANALISE-DE-CANCANEO... · talocalcaneo interosseo e 0ligamento cervical (HALL, 2001; MALONE,

29

Grafico 3: Gratlco referente a media de idade, peso, altura e IMe no sexo

masculine.

'IDldade"om, IDPesoD Altura (em)

DIMC

Media

Os individuos do sexo masculino tiveram uma media de idade de 22,38 anos. 0

peso deles teve uma varia,ao de 64 Kg a 90 Kg, tendo media de 76,05 Kg.

A media de IMC nos homens loi de 23,64Kglm'.

Page 31: HENRIQUE LOUREN90 DA COSTA LIMA ANALISE DE …tcconline.utp.br/wp-content/uploads/2012/09/ANALISE-DE-CANCANEO... · talocalcaneo interosseo e 0ligamento cervical (HALL, 2001; MALONE,

30

Grafico 4: Gnflfico referente ao minima, Maximo, media e desvio padrao do

angulo calcanear (n=64)

II

~

DMin "varo"~ --1. DMax "valgo

DMed

o DesvPad____ 3,8

Min "varo" Max "valgo DesvPad

o griifico demonstra que dos 64 pes analisados (32 direito e 32 esquerdo), amaior alterar.;:ao encontrada no eixo da articula<;:ao subtalar foi de 120 em pronac;ao(calcanea valgo). 0 maior valor encontrado em calcanea yare, foi de r (articular.;:ao

subtalar em supinar.;:ao).

Os pes avaliados apresentaram uma media de 2,800 de calcanea valgo.

indicando que a maior parte da amostra apresentou articulac;ao subtalar em pronar.;:8o.

Page 32: HENRIQUE LOUREN90 DA COSTA LIMA ANALISE DE …tcconline.utp.br/wp-content/uploads/2012/09/ANALISE-DE-CANCANEO... · talocalcaneo interosseo e 0ligamento cervical (HALL, 2001; MALONE,

31

Gratico 5: Grafico referente ao minima, Maximo, media e desvio padrao do

angulo calcanear (n;32)

1112 ill i105------ ---,I, ~j- , a]'.= J~:::-'iI" ~ - -ru-"0 [p--- - - -/' ----

I:!~ =--- --6 / -5 ~ -----l

L -8 ~ Minimo ...----- Maximo - Media --r DesvPad /'Vare" "Valgo"

Este

grilfico representa a comparav30 dos valores do angulo calcanear obtidos no peesquerdo e direito dos 32 participantes. Pade-se verificar que a maior alteracr30 em vare

W) obteve-se do lado direito, e em valgo (12°) foi obtido do lado esquerdo. Ambos os

lados apresentaram media de calcanea valgo, sen do mais acentuado no lado esquerdo

cnde as pes avaliados apresentaram urna media de 4°, no lado direito esse valor foi de

1°.

Page 33: HENRIQUE LOUREN90 DA COSTA LIMA ANALISE DE …tcconline.utp.br/wp-content/uploads/2012/09/ANALISE-DE-CANCANEO... · talocalcaneo interosseo e 0ligamento cervical (HALL, 2001; MALONE,

32

Gratico 6: Grafico referente a porcentagem total dcs tipos de pe (n=64).

Dcavo

GI Normal

o Plano GrauI

o PlanoGraull

DPlanoGraulII

o PlanoGraulV

A representac;ao grcHica demonstra que grande maioria da amostra possula pe

tipo plano grau I 55% (segundo VALENTI), mais de duas vezes a quantidade de pes

cava, 27% (segundo maior valor encontrado entre a classificac;;ao quanta a tipo de pes).

Qutros valores encontrados foram de pe normal e plano grau II onde cada representou

9% da amostra.

Page 34: HENRIQUE LOUREN90 DA COSTA LIMA ANALISE DE …tcconline.utp.br/wp-content/uploads/2012/09/ANALISE-DE-CANCANEO... · talocalcaneo interosseo e 0ligamento cervical (HALL, 2001; MALONE,

33

Grafico 7: Grilfico referente a porcentagem parcial dos tipos de pe (n=64).

5%

o DirCavo

01 Esq Cavo

o Qr Normal

o Esq Normal

o Or PlanoGfau

o Esq Plano

o arPianoGrau

o Esq Plano

30"; 0 Or PlanoGrau

o EsqPlanoGrau

o Esq Plano Grau

o DirAanoGrau

Este grafico demonstra a heterogeneidade entre os pes cantralaterais quanta as

suas classifica90es. Sendo que 31 % dos pes do lado direito eram do tipo plano grau I e

apenas 3% eram classificados como normal; 0 pe esquerdo do tipo plano grau I

representavam 23% e 6% eram normal.

Page 35: HENRIQUE LOUREN90 DA COSTA LIMA ANALISE DE …tcconline.utp.br/wp-content/uploads/2012/09/ANALISE-DE-CANCANEO... · talocalcaneo interosseo e 0ligamento cervical (HALL, 2001; MALONE,

34

Grafieo 8: Grafieo referente a porcentagem de calcanea varo e valgo no sexofeminine e masculino.

o grafico demonstra grande incidencia de calcanea valgo em ambos as sexos,

principalmente no sexo feminino. Tanto 0 sexo masculino como feminino apresentaram

elevado indice de calcimeovalgo no lado esquerdo.

II

IL

Page 36: HENRIQUE LOUREN90 DA COSTA LIMA ANALISE DE …tcconline.utp.br/wp-content/uploads/2012/09/ANALISE-DE-CANCANEO... · talocalcaneo interosseo e 0ligamento cervical (HALL, 2001; MALONE,

35

Grafico 09: Grafico da porcentagem de pes cave, normal, plano grau I, plano

grau II, plano grau III e plano grau IV no sexo feminino.

:::./~r%----~:::: ~~~:%-E9--'%- - - - - - - - -.'

-4. % -0%

0% -----~---c ---0--- ~ ,tiff)Cave Normal GrauI GrauII T Gr~~I~- '~~a:-J~-I

~-------------

_380/0- - ~F.mo;'JI~Fem Esq

60%- 58%

50%/

o grafico acima demonstra a diferen<;a existente entre 0 pe esquerdo e a pedireito no sexo feminino, de acordo com a classifica<;2Io quanta aD tipo de pe (cava,

normal, plano grau I, plano grau II, plano grau III e plano grau IV), obtida atraves da

impressao plantar.Pode-se verificar que a maior incidencia foi pe direito do tipo plano grau 1

(58,33%). apenas 25% dcs pes entre direito e esquerdo foram classificados como

normal. Nao houve incidencia de pe tipo plano grau III e plano grau IV.

Page 37: HENRIQUE LOUREN90 DA COSTA LIMA ANALISE DE …tcconline.utp.br/wp-content/uploads/2012/09/ANALISE-DE-CANCANEO... · talocalcaneo interosseo e 0ligamento cervical (HALL, 2001; MALONE,

36

Grafico 10: Gra.fico referente a porcentagem de pes cava, normal, plano grau I, plano

grau II, plano grau III e plano grau IV no sexo masculino.

I---I80% J-_ _ 75% 75%

70% ~-----I --

:::;~r=====40%-~-I --- - -- ---- --~30%~1- ---- -,;:;,------------120%J~3~~===~ ~[[]=';;'-----I10% ~ I[] ---------,

~() -o~ - ~O"lo

LO% -"""?~-~~----. - ~ ~Cava Normal Grau I - ;~~ -, ~~~I-I- ,-;~

-------

F"''''l'I DMasc Esq

Este grafico demonstra que 75% dos pes direito, assim como 0 esquerdo erarn

do tipo plano grau I, naD houve incidelncia de pe do tipo normal, plano grau III e plano

grau IV_

Page 38: HENRIQUE LOUREN90 DA COSTA LIMA ANALISE DE …tcconline.utp.br/wp-content/uploads/2012/09/ANALISE-DE-CANCANEO... · talocalcaneo interosseo e 0ligamento cervical (HALL, 2001; MALONE,

37

Gratico 11: Grafico referente ao tipo de pe em relagao ao IMC

I 30 ----------27'----------------

5

--

16 o Baixo peso

o Peso normal IOSobrepeso J

f- OObesidade I4 l 5

I-- -2---

I I~1~ ~ 0 0

Ir II I

,).0 ~ ~' ~ ~ ~~ ,,<$' ,,'Ii 1>" ~ ~

252015

10

o

(j

o grafico demonstra dcs 8 pes que representam as pessoas com sobrepeso,

toctos foram classificados como pianos, sendo 7 como plano grau I e 1 como plano grau

II.

Nenhurn participante da pesquisa fai classificado como obeso, e nao houve

incidencia de pe plano grau III e plano grau IV.

Page 39: HENRIQUE LOUREN90 DA COSTA LIMA ANALISE DE …tcconline.utp.br/wp-content/uploads/2012/09/ANALISE-DE-CANCANEO... · talocalcaneo interosseo e 0ligamento cervical (HALL, 2001; MALONE,

38

5DISCussAo

A pesquisa realizada teve uma amostragem de 32 participantes, sendo que 24

eram do seXQ feminin~, totalizando 75%. 0 grande numero de individuos do sexo

feminin~, deve-se aa fata das mulheres representarem grande parcela do universo onde

foi retirada a amostra.

Os participantes da pesquisa tiveram seu IMe (indice de massa corp6rea)

calculado, atraves do peso e altura, dados obtidos per meio de questionario, 0 qual as

mesmas foram submetidos. As mulheres tiveram altura media de 1,64 m, estando de

acordo com a estatura da populayao feminina brasileira. Segundo 0 site

(www.veja.abril.com.br) as mulheres brasileiras apresentam estatura media de 1,65 m.

No sexo masculine a media de altura foj de 1,70 m, estando abaixo da media dos

brasileiras, que e de 1,75 m (www.veja.abril.com.br).

Atraves do IMC (indice utilizado para identificar obesidade nas pessoas) das

mulheres que participaram da pesquisa, pode-se verificar que 2 apresentaram magreza

grau I, 2 sobrepeso e 20 peso normal, tendo media de 21,49kg/m' (peso normal),

segundo site (www.abeso.org.br).

o sexo masculino apresentou 3 individuos com sobrepeso e 5 com peso normal,

a media do IMe foi de 23,64 kg/m2, classificando-se tambem como peso narmal

(www.abeso.org.br).

Segundo CANAVAN; MAGEE; TUREK 0 excesso de peso produz queda do arco

longitudinal medial e pronacao da articular;ao subtalar, causando pe plano e calcaneo

valgo (CANAVAN, 2001; MAGEE, 2002; TUREK, 1991).

Os resultados mostraram que de todos as pes avaliados (n=64), houve uma

media de 2,800 de calcanea valgo, indicando que a maiar parte da amostra apresentou

articulacao subtalar em prona~ao. Mas este fato nao pode ser atribuido ao excesso de

peso como citado anteriormente par alguns autares, porque ambos as sexos

apresentaram media de IMC como peso normal.

LAITANZA apud ANDREWS, encontrou urn aumento medio de 37% na eversao

subtalar como componente da pronar;ao quando medida em cadeia cinetica fechada

com sustentar;ao de peso, em comparar;ao a posir;ao tradicional sem sustentacao de

peso.

Os resultados da pesquisa estao de acordo com os achados de LATT ANZA, os

participantes tambem fcram avaliados em cadeia cinetica fechada, com sustentar;ao de

peso, os resultados demonstram que a media do angulo calcanear em valgo foi maior do

Page 40: HENRIQUE LOUREN90 DA COSTA LIMA ANALISE DE …tcconline.utp.br/wp-content/uploads/2012/09/ANALISE-DE-CANCANEO... · talocalcaneo interosseo e 0ligamento cervical (HALL, 2001; MALONE,

39

que em vare, e a incid€mcia de pe plano, atingiu 64% da amostra podendo atribuir estes

valores a essa forma de avaliar;ao.

Outras hip6teses para atribuir as resultados da pesquisa, sao as alterar;6es

posturais e biomecanicas.

Para BRICOT; MAGEE, quando existe urn desalinharnento do tronco ou pelvico,

permitindo que haja uma leve rotar;ao para 0 lado, as apoios plantares deixam de ser

sirnetricos (BRICOT, 2001; MAGEE, 2002).

A rotar;ao ou ton;ao da tibia seja interna ou extema favorece a desequilibrio podal

(ANDREWS, 2000; KISNER, 1998; MAGEE, 2002; MALONE, 2000; PALASTANGA,

2001).

Como naD foi realizada avalia~o postural com as participantes, nem estipulado

padr6es para realizar;ao do apaio plantar, nao e passivel identifiear se realmente ha urn

mecanismo diretamente proporcional entre calcanea yare ou valgo em retat;ao ao areo

plantar, ou se as resultados devem ser atribuidos it alterat;oes posturais e biomecanicas

ou falhas metodol6gicas.

Page 41: HENRIQUE LOUREN90 DA COSTA LIMA ANALISE DE …tcconline.utp.br/wp-content/uploads/2012/09/ANALISE-DE-CANCANEO... · talocalcaneo interosseo e 0ligamento cervical (HALL, 2001; MALONE,

40

6 CONSIDERAC;:OES FINAlS

Este trabalho teve a intuito de analisar calcanea yare ou valgo em rela1;ao ao

areo plantar, atraves da impressao plantar e da fotometria.

Pade-se verificar no trabalho que tanto as homens quanta as mulherres

apresentaram maior incidencia de pe plano grau I e de calcanea valgo. Segundo

LATTANZA apud ANDREWS, 2000, Dcorre um aumento na eversao 5ubtalar como

componente da pronac;ao, levando a calcanea valgo, provocando conseqilentemente

queda do area longitudinal (pe plano). Porem, as resultados obtidos atraves da

fotometria podem apresentar alterac;6es, devido a algumas falhas metodol6gicas de

procedimento.

Com a ausfmcia de pontcs anat6micQs referenciais, as marcac;5es fcram feltas

com imprecisao, nao foi determinado parametros para realiza9ao do apoio plantar e nao

foi realizado avalia930 postural com os sujeitos da pesquisa.

Sugere-se dar continuidade a esse trabalho, porem com algumas altera90es para

melhora-Ia, como: avalia\=ao postural, goniometria de tarnozelo para verificar integridade

da ADM e saber se a pessoa ja fez entorse da articula\=ao. A continuar;ao desta

pesquisa pode ser feita utilizando urn outra metoda de avalia930 ao lnves da fotometria

ou entaD que seja revisada e melhorada a parte metadol6gica referente a fotometria,

para evitar falhas.

Page 42: HENRIQUE LOUREN90 DA COSTA LIMA ANALISE DE …tcconline.utp.br/wp-content/uploads/2012/09/ANALISE-DE-CANCANEO... · talocalcaneo interosseo e 0ligamento cervical (HALL, 2001; MALONE,

41

REFERENCIAS:

ANDREWS, JAMES, R.; HARRELSON, GARY,L.; WILK, KEVIN, E. Reabilita~ao Fisica

das Les6es Oesportivas. 2.ed. Rio de Janeiro: Guanabara Koogan, 2000.

BRICOT, BERNARD. Posturologia. 2.ed. Sao Paulo: icon, 2001.

CONCER, ANDRESSA; MUNIZ, ADRIANE M. S.; SOUZA, JULIANE BARCELLOS;

VARGAS, ALUIIO OTAvIO. Recuperac;ilo funcional aquatica as marcha em pacientes

acometido5 par fraturas de calcanea. Fisioterapia Brasil, v.4, n.6, p. 383-388, nov.!

dez., 2003.

HALL, CARRIE, M.; BRODY, LORI, THEIN. Exercicios Terapeuticos. Rio de Janeiro:

Guanabara Koogan, 2001.

HALL, SUSAN, J. Biomecanioca Basica. 3.ed. Rio de Janeiro: Guanabara Koogan,

2000.

LIPPERT, LYNN S. Cinesiologia Clinica Para Fisioterapeutas. 3.ed. Rio de Janeiro:

Guanabara Koogan, 2003.

MAGEE, DAVID, J'. Avalia~ao Musculoesqueletica. 1.ed. Sao Paulo: Manole, 2002.

MALONE, TERRY, R. McPOIL, THOMAS, G.; NITZ, ARTHUR, J. Fisioterapia em

Ortopedia e Medicina no Esporte.3.ed. Sao Paulo: Santos, 1997 (2000).

OLIVEIRA, ANDRE PEGAS; OTOWICZ, IURGUEM. Analise do apoio dos pes no chao e

a sua correlae;,ao com as disfunc;:oes biomecanicas da articulayao ilia-sacra. Terapia

Manual, Londrina, v.2.,n.3, p.122-127, jan.! mar., 2004.

PALASTANGA, NIGEL; FIELD, DEREK; SOAMES, ROGER. Anatomia e Movimento

Humano: estrutura e func;ao. 3.ed. Sao Paulo: Manole, 2001.

SMITH, LAURA K.; WEISS, ELIZABETH, L.; LEHMKUHL, L. DON. Cinesiologia Clinica

de Brunnstrom. 5.ed. Sao Paulo: Manole, 1997.

Page 43: HENRIQUE LOUREN90 DA COSTA LIMA ANALISE DE …tcconline.utp.br/wp-content/uploads/2012/09/ANALISE-DE-CANCANEO... · talocalcaneo interosseo e 0ligamento cervical (HALL, 2001; MALONE,

42

TEODORI, ROSANA MACHER; GUIRRO, ELAINE C. 0.; SANTOS, RENATA MORAES.

DistribuiC;8o da pressao plantar e localiza98o do centro de forc;a apes intervenC;8o pete

metoda de reeducaC;8o postural global:um estudo de casc. Fisioterapia ern

Movimento. Curitiba, v.18, n.1, p. 27-35, jan.! mar., 2005.

TOKARS, EUNICE; MOTTER, ARLETE ANA; MORO, ANTONIO R. P.; GOMES,

ZULEIKA COELHO MOVA. A influencia do arco plantar na postura e no conforto dos

calc;ados ocupacionais. Fisioterapia Brasil, vA, n.3, p. 157-162, maLI jun" 2003.

TUREK, SAMUEL L. Ortopedia. 4.ed. volume.3. Sao Paulo: Manole, 1991.

Page 44: HENRIQUE LOUREN90 DA COSTA LIMA ANALISE DE …tcconline.utp.br/wp-content/uploads/2012/09/ANALISE-DE-CANCANEO... · talocalcaneo interosseo e 0ligamento cervical (HALL, 2001; MALONE,

APENDICES

QUESTIONARIO

Sexo: Feminino

Idade: _

Peso: _

Altura: _

43

Masculino

Page 45: HENRIQUE LOUREN90 DA COSTA LIMA ANALISE DE …tcconline.utp.br/wp-content/uploads/2012/09/ANALISE-DE-CANCANEO... · talocalcaneo interosseo e 0ligamento cervical (HALL, 2001; MALONE,

ForOMETRIA

44

Page 46: HENRIQUE LOUREN90 DA COSTA LIMA ANALISE DE …tcconline.utp.br/wp-content/uploads/2012/09/ANALISE-DE-CANCANEO... · talocalcaneo interosseo e 0ligamento cervical (HALL, 2001; MALONE,

45

IMPRESSAO PLANTAR