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  • 8/8/2019 Grafcet by JAF

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    LEEC, Automao Industrial, Ramos TEC e Energia. 2002/03 (verso 3.0) 1 Jos Antnio Faria

    4. Modelao e Programao em Grafcet

    4.1. Noes fundamentais

    4.2. Noes complementares

    4.3. Exemplo de aplicao: partilha de recursos

    4.4. Macro-etapas e macro-aces

    4.5. Mtodos de implementao

    Anexo: Programao em Grafcet com o software PL7

  • 8/8/2019 Grafcet by JAF

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    LEEC, Automao Industrial, Ramos TEC e Energia. 2002/03 (verso 3.0) 2 Jos Antnio Faria

    Introduo

    O que o Grafcet?

    um mtodo grfico de apoio concepo de sistemas industriais

    automatizados,

    que permite representar, atravs de modelos do tipo dos grficosde estados, o comportamento de sistemas sequenciais.

    Onde reside o seu interesse?

    a partir do modelo Grafcet de um sistema, pode ser gerado

    automaticamente o programa do controlador desse sistema,

    sendo muito mais simples construir o modelo Grafcet, do que

    desenvolver o programa do controlador.

  • 8/8/2019 Grafcet by JAF

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    LEEC, Automao Industrial, Ramos TEC e Energia. 2002/03 (verso 3.0) 3 Jos Antnio Faria

    Introduo

    Na fase de concepo de sistemas automatizados, o Grafcet

    oferece a possibilidade de:

    descrever o funcionamento de sistema complexos atravs de

    modelos compactos e, dessa forma, estruturar a concepo desse

    sistemas;

    com base nos modelos, simular o funcionamento dos sistemas e,

    assim, detectar e eliminar eventuais erros de concepo antes de

    passar fase de implementao;

    a partir do modelo do sistema, gerar automaticamente o programa

    do autmato programvel.

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    LEEC, Automao Industrial, Ramos TEC e Energia. 2002/03 (verso 3.0) 4 Jos Antnio Faria

    Introduo

    Relativamente aos grficos de estados convencionais, o Grafcet

    introduz a possibilidade de representar:

    a sincronizao de operaes entre subsistemas, que podemdecorrer em simultneo ou em alternativa;

    o funcionamento dos sistemas segundo vrios nveis de detalhe

    (semelhante programao estrutu;

    as interaces entre sistemas de controlo organizados

    hierarquicamente;

    o que no possvel representar de forma simples com os grficos de

    estados.

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    LEEC, Automao Industrial, Ramos TEC e Energia. 2002/03 (verso 3.0) 5 Jos Antnio Faria

    Introduo

    Na concepo dos sistemas industriais automatizados, a construodo modelo Grafect uma etapa intermdia entre a especificao do

    sistema e o programa final.

    Modelao Codificao

    Especificao Modelo Programa

    LD I1AND I2

    ST Q4LD I3CU C3

    ...

    ...

    aps premir o boto de incio,o motor entra em movimentocom velocidade lenta;aps a passagem de 30 peas,

    ...

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    LEEC, Automao Industrial, Ramos TEC e Energia. 2002/03 (verso 3.0) 6 Jos Antnio Faria

    Exemplo inicial: prensa automatizada

    Na figura est

    representada

    uma prensa

    automatizada,

    na qual so

    fabricadas peas

    por compresso

    de um material

    em p.

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    LEEC, Automao Industrial, Ramos TEC e Energia. 2002/03 (verso 3.0) 7 Jos Antnio Faria

    Funcionamento

    A prensa constituda por um puno inferior fixo, um puno

    superior mvel e uma matriz tambm mvel e o seu ciclo de

    funcionamento o seguinte:

    com a matriz e o puno superior nas suas posies alta,

    colocada a matria prima na matriz;

    depois do operador premir o boto de incio de ciclo, o puno

    desce comprimindo a matria prima, aps o que regressa posio inicial;

    de seguida, a matriz desce para permitir a evacuao da pea,

    aps o que regressa sua posio alta.

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    LEEC, Automao Industrial, Ramos TEC e Energia. 2002/03 (verso 3.0) 8 Jos Antnio Faria

    Especificao tecnolgica

    O material colocado manualmente

    pelo operador;

    o puno superior e a matriz so

    accionados por cilindros hidrulicos deduplo efeito;

    as posies altas e baixas destes

    dispositivos so detectadas pelos

    interruptores fim-de-curso a1, a0, b1 eb0;

    a evacuao da peas efectuada por

    jacto de ar comprimido comnadado poruma electrovlvula.

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    LEEC, Automao Industrial, Ramos TEC e Energia. 2002/03 (verso 3.0) 9 Jos Antnio Faria

    Modelo

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    LEEC, Automao Industrial, Ramos TEC e Energia. 2002/03 (verso 3.0) 10 Jos Antnio Faria

    4.1. Noes fundamentais

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    LEEC, Automao Industrial, Ramos TEC e Energia. 2002/03 (verso 3.0) 11 Jos Antnio Faria

    Grafcet: Noes fundamentais

    Etapa: Representa um dos estados do sistema, ou de uma parte do

    sistema.

    Transio: Representa uma evoluo possvel entre dois dos estados

    do sistema.

    Aco: Representa uma ordem enviada ao processo fsico quando

    estiver activa a etapa a que a aco est associada.

    Receptividade: Representa uma condio associada a uma transio,

    cujo valor depende do estado do processo fsico e que autoriza o

    disparo dessa transio.

  • 8/8/2019 Grafcet by JAF

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    LEEC, Automao Industrial, Ramos TEC e Energia. 2002/03 (verso 3.0) 12 Jos Antnio Faria

    Alternncia etapa - transio

    Qualquer que seja a sequncia percorrida num Grafcet deve existir sempre

    uma alternncia entre etapas e transies, isto :

    duas etapas nunca podem estar ligadas directamente, mas devem estar

    separadas por uma transio; duas transies nunca podem estar ligadas directamente, mas devem estar

    separadas por uma etapa.

    Sendo assim, no

    so permitidas asseguintes estruturas:

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    LEEC, Automao Industrial, Ramos TEC e Energia. 2002/03 (verso 3.0) 13 Jos Antnio Faria

    Interface com o processo fsico

    Num modelo Grafcet, tipicamente:

    os sinais provenientes dos

    detectores esto associa-

    dos s receptividades os ordens enviadas

    aos actuadores esto

    associadas s aces as etapas e as

    transies definem

    a estrutura do programa

    do controlador

    Ac

    tuadores

    De

    tectores

    Estrutura do programado controlador

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    LEEC, Automao Industrial, Ramos TEC e Energia. 2002/03 (verso 3.0) 14 Jos Antnio Faria

    Convenes

    As etapas activas so assinaladas atravs de (*) na parte

    inferior do smbolo da etapa.

    A numerao das etapas qualquer.

    Por defeito, as ligaes entre etapas e transies so da direita

    para a esquerda e de cima para baixo.

    Ligaes de baixo para cima e da direita para a esquerdadevem ser assinaladas com seta.

  • 8/8/2019 Grafcet by JAF

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    LEEC, Automao Industrial, Ramos TEC e Energia. 2002/03 (verso 3.0) 15 Jos Antnio Faria

    Sequncias de operaes simultneas (ns do tipo AND)

    Considere-se a associao dos 3 postos de trabalho automticos

    representada junto e cujo funcionamento o seguinte:

    aps a rotao da mesa, so

    iniciadas, em simultneo,

    as operaes nos 3 postos;

    aps a concluso dasoperaes nos 3 postos,

    executada uma nova rotao

    da mesa.

  • 8/8/2019 Grafcet by JAF

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    LEEC, Automao Industrial, Ramos TEC e Energia. 2002/03 (verso 3.0) 16 Jos Antnio Faria

    Sequncia

    ssimultneas:modeloGrafcet

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    LEEC, Automao Industrial, Ramos TEC e Energia. 2002/03 (verso 3.0) 17 Jos Antnio Faria

    Sequncias de operaes simultneas

    Neste sistema, existem dois pontos de sincronizao dos 3 postos, no

    incio e no fim das respectivas sequncias de operaes.

    Uma vez iniciadas, as operaes em cada posto decorrem

    independentemente do avano das operaes nos outros postos.

    No Grafcet, este tipo de sincronizao, correspondente a ns do tipo

    AND, representada atravs de um trao duplo, conforme

    representado nos modelos anteriores.

    De notar que cada etapa representa o estado de um subsistema. O

    estado global do sistema num dado instante representado pelo

    conjunto de etapas activas nesse instante.

    incio em simultneo das

  • 8/8/2019 Grafcet by JAF

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    LEEC, Automao Industrial, Ramos TEC e Energia. 2002/03 (verso 3.0) 18 Jos Antnio Faria

    ...

    10 20 30

    11 21 31

    16 28 37

    incio em simultneo das

    operaes nos 3 postos

    (activao simultnea das

    etapas 10, 20 e 30)

    fim de rotao

    rodar mesa

    "1"nova rotao depois de concludas

    as operaes nos 3 postos

    (etapas 16, 28 e 37

    simultneamente activas

    0

    sequncias nos 3 postos evoluem

    independentemente umas das outras

    Sequncia

    sdeoperaessimultneas

  • 8/8/2019 Grafcet by JAF

    19/115

    LEEC, Automao Industrial, Ramos TEC e Energia. 2002/03 (verso 3.0) 19 Jos Antnio Faria

    Sequncias de operaes alternativas (ns do tipo OR)

    Considere-se o sistema de transporte do tipo prtico representado

    na figura e cujo funcionamento o seguinte:

    o operador selecciona o posto para onde se deve deslocar o carro;

    este, conforme a sua posio inicial, desloca-se para a

    esquerda ou para

    direita;

    aps atingir o posto

    seleccionado, ...

  • 8/8/2019 Grafcet by JAF

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    LEEC, Automao Industrial, Ramos TEC e Energia. 2002/03 (verso 3.0) 20 Jos Antnio Faria

    Sequncias alternativas: modelo Grafcet

    Neste sistema, a partir do estado de repouso, o sistema pode executar

    uma de vrias sequncias de operaes alternativas.

    Depois de concluda essa sequncia de operaes, o sistema regressa

    ao seu estado de repouso.

    De notar que cada transio representa uma evoluo possvel do

    estado do sistema.

    Quando as sequncias alternativas so exclusivas (como acontece

    neste caso), necessrio garantir que as transies de entrada dessas

    sequncias so incompatveis, isto , que nunca podem ser

    simultaneamente verdadeiras, mesmo em caso de avaria ou de errodo operador.

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    LEEC, Automao Industrial, Ramos TEC e Energia. 2002/03 (verso 3.0) 21 Jos Antnio Faria

    Sequncias alternativas: modelo Grafcet

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    LEEC, Automao Industrial, Ramos TEC e Energia. 2002/03 (verso 3.0) 22 Jos Antnio Faria

    Sequncia

    sdeoperaesalte

    rnativas

    ...

    10 20 30

    11 21 31

    16 28 37

    a partir do repouso, o sistema pode executar

    uma de 3 sequncias de operaes alternativas

    (disparo da transio 10, ou 20 ou 30)

    o sistema regressa ao estado de repouso depois

    de concluda a sequncia de operaes

    dis aro da transi o 17, ou 29 ou 38

    0

    17 29 38

    10 20 30

    sequncias executadas em alternativa

    R d l

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    LEEC, Automao Industrial, Ramos TEC e Energia. 2002/03 (verso 3.0) 23 Jos Antnio Faria

    Regras de evoluo

    As regras de evoluo do Grafcet determinam a evoluo da situao*

    do Grafcet, isto , a activao e a desactivao das etapas.

    So cinco as regras de evoluo: Inicializao

    Validao

    Disparo

    Disparos simultneos Activao/desactivao simultnea

    * Nota: porsituao do Grafcetdesigna-se o conjunto de etapasactivas num determinado instante.

    1 I i i li

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    LEEC, Automao Industrial, Ramos TEC e Energia. 2002/03 (verso 3.0) 24 Jos Antnio Faria

    1. Inicializao

    As etapas inicialmente activas so assinaladas atravs de um

    duplo trao.

    Exemplo

    Quando o sistema de controlo

    representado pelo Grafcet

    junto entra em funcionamento,

    as etapas 1 e 3 so

    imediatamente activadas,

    tal como as sadas O1, O3 e O5.

    1

    2 3

    O1, O3

    O5

    2 Validao

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    LEEC, Automao Industrial, Ramos TEC e Energia. 2002/03 (verso 3.0) 25 Jos Antnio Faria

    2. Validao

    Uma transio est validada ou no validada. Est validada se todas as suas etapas de entrada estiverem

    activas.

    Exemplos:

    t3

    t4 t5 t6t1 t2

    Nestas figuras:

    as transies t1, t2, t4 e t5 esto validadas

    as transies t3 e t6 no esto validadas

    3 Di

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    LEEC, Automao Industrial, Ramos TEC e Energia. 2002/03 (verso 3.0) 26 Jos Antnio Faria

    3. Disparo

    Uma transio disparada se estiver validada e a receptividade quelhe est associada tomar o valor lgico 1.

    O disparo de uma transio provoca a desactivao das etapas de

    entrada e a activao das etapas de sada dessa transio.

    Exemplos:

    t1 t111 t3 t3

    t1 t11

    3 Disparo (cont )

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    LEEC, Automao Industrial, Ramos TEC e Energia. 2002/03 (verso 3.0) 27 Jos Antnio Faria

    3. Disparo (cont.)

    Exemplos:

    t41 t4

    t21 t2

    t11 t12 t131 11 t11 t12 t13

    4 Disparos simultneos

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    LEEC, Automao Industrial, Ramos TEC e Energia. 2002/03 (verso 3.0) 28 Jos Antnio Faria

    4. Disparos simultneos

    Vrias transies simultneamente disparveis so disparadas em

    simultneo.

    Exemplos:

    t91 t91 t9 t9

    t11 t12 t131 10 t11 t12 t131 10

    5 Activao e desactivao simultneas

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    LEEC, Automao Industrial, Ramos TEC e Energia. 2002/03 (verso 3.0) 29 Jos Antnio Faria

    5. Activao e desactivao simultneas

    Se, simultaneamente, uma etapa activada e desactivada pelo disparo

    simultneo de duas transies, ento essa etapa permanece activa.

    Exemplos:

    t1

    t1

    1

    1

    t1

    t1

    1

    1

    t91 t91

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    LEEC, Automao Industrial, Ramos TEC e Energia. 2002/03 (verso 3.0) 30 Jos Antnio Faria

    4.2. Noes complementares

    Noes complementares: Introduo

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    LEEC, Automao Industrial, Ramos TEC e Energia. 2002/03 (verso 3.0) 31 Jos Antnio Faria

    Noes complementares: Introduo

    Alm das noes fundamentais apresentadas:

    etapa, transio, receptividade e aco

    regras de evoluo

    o Grafcet define um conjunto de noes complementares que

    no seu conjunto pemitem construir modelos compactos, logo

    mais facilmente compreensveis, de sistemas complexos:

    variveis internas;

    aces condicionais, pontuais;

    temporizaes;

    macro-etapas macro-aces

    Variveis internas

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    LEEC, Automao Industrial, Ramos TEC e Energia. 2002/03 (verso 3.0) 32 Jos Antnio Faria

    Variveis internas

    A varivelXi representa uma varivel booleana tal que:

    se a etapa i activa entoXi = verdadeiro

    se a etapa i no activa entoXi = falso

    t1

    3 15

    4

    x15 t1

    3 15

    4

    x15

    Aces condicionais

  • 8/8/2019 Grafcet by JAF

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    LEEC, Automao Industrial, Ramos TEC e Energia. 2002/03 (verso 3.0) 33 Jos Antnio Faria

    Aces condicionais

    Uma aco condicionada associada a uma etapa, apenas executadaquando, alm dessa etapa estar activa, se verifica uma outra condio

    lgica adicional.

    Exemplo: a sada O4 activada se, quando a etapa 4 estiveractiva, a entrada I6 tomar o valor 1.

    t1

    3

    4

    I7

    O3

    O5I6: O4

    x4

    I6

    O5

    O4

    Aces pontuais

  • 8/8/2019 Grafcet by JAF

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    LEEC, Automao Industrial, Ramos TEC e Energia. 2002/03 (verso 3.0) 34 Jos Antnio Faria

    Aces pontuais

    Por defeito as aces so contnuas e executadas enquanto as etapas a queesto associadas estiverem activas. As aces pontuais, ao contrrio, so

    executada momentaneamente.

    A durao das aces pontuais insignificante em face das constantes de

    tempo do sistema

    fsico controlado, mas suficiente

    para produzir um efeito ao nvel

    interno do controlador, por exemplo

    incrementar um contador ou

    disparar um temporizador. t1

    3

    4

    I7

    O3

    P O5

    P CU C2

    Aces memorizadas

  • 8/8/2019 Grafcet by JAF

    35/115

    LEEC, Automao Industrial, Ramos TEC e Energia. 2002/03 (verso 3.0) 35 Jos Antnio Faria

    As aces memorizadas continuam a ser executadas depois da etapa a queesto associadas ter sido desactivada, e at que seja dada uma ordem em

    contrrio.

    Estas aces soassinaladas com *,

    como no exemplo

    ao lado.

    O3, O5

    O1, O5, O3

    O1, O9, O5

    O4

    O3, O5*

    O1, O3

    O1, O9

    O4, O5*

    Temporizaes

  • 8/8/2019 Grafcet by JAF

    36/115

    LEEC, Automao Industrial, Ramos TEC e Energia. 2002/03 (verso 3.0) 36 Jos Antnio Faria

    p

    A notao t / i / T designa uma varivel que toma o valor lgico1 depois de ter decorrido o perodo T aps a activao da etapa i.

    Exemplo: 20 segundos aps a activao da etapa 13, se nessa altura

    a etapa ainda estiver activa, a varivel t / 13 / 20 seg tomao valor lgico 1.

    x7

    t / 7 / 20 seg

    20 se

    < 20 seg

    Temporizaes

  • 8/8/2019 Grafcet by JAF

    37/115

    LEEC, Automao Industrial, Ramos TEC e Energia. 2002/03 (verso 3.0) 37 Jos Antnio Faria

    p

    As variveis temporizadas podem ser associadas a aces ou atransies.

    Exemplo:

    13

    14

    I7

    t / 13 / 20 seg: O3

    O5

    t / 14 / 1 min

    x13

    O5

    O3 20 seg

    1 mint / 14 / 30 seg: O7

    x14

    30 seg

    Temporizaes

  • 8/8/2019 Grafcet by JAF

    38/115

    LEEC, Automao Industrial, Ramos TEC e Energia. 2002/03 (verso 3.0) 38 Jos Antnio Faria

    Nota:

    Como se ver*, o software de programao que ser utilizado

    nas aulas prticas, para suportar a programao detemporizaes, associa a cada etapa i uma varivel Xi.T que

    contm o tempo decorrido desde a activao dessa etapa.

    Para resolver os exerccios que lhes sero propostos, osalunos podem optar por utilizar a notao definida pela

    norma do Grafcet (t/Xi/T) ou as variveis Xi.T.

    * Anexo: Programao em Grafcet com o software PL7

  • 8/8/2019 Grafcet by JAF

    39/115

    LEEC, Automao Industrial, Ramos TEC e Energia. 2002/03 (verso 3.0) 39 Jos Antnio Faria

    4.3. Exemplo de aplicao: partilha de recursos

    Exemplo: Sistema de transporte

  • 8/8/2019 Grafcet by JAF

    40/115

    LEEC, Automao Industrial, Ramos TEC e Energia. 2002/03 (verso 3.0) 40 Jos Antnio Faria

    Na figura seguinte est representado o sistema de transporte demateriais entre dois postos de trabalho P1 e P2 e um armazm Px.

    O carro C1 efectua os transportes de material entre o posto de fabricoP1 e o posto de entrada do armazm Px. O movimento deste carro comandado pelos sinais Av1 e Rec1, respectivamente, para fazeravanar C1 no sentido de P1 para Px, e para fazer C1 recuar de Pxpara P1.

    De forma idntica, ocarro C2, quetransporta materiaisentre P2 e Px, comandado pelossinais Av2 e Rec2.

    P1

    P2

    Px

    AvRec

    e1

    e2

    C2

    C1

    Exemplo: Sistema de transporte

  • 8/8/2019 Grafcet by JAF

    41/115

    LEEC, Automao Industrial, Ramos TEC e Energia. 2002/03 (verso 3.0) 41 Jos Antnio Faria

    ...

    O ciclo de operaes efectuado por C1 o seguinte:

    uma vez no posto P1, aguarda a activao do sinal fc1 que

    indica o fim da operao de carga neste posto;

    ento, C1 desloca-se at ao ponto E1, situado entrada da

    parte comum da trajectria dos dois carros;

    se o troo estiver desocupado, C1 avana imediatamente at

    Px; no caso contrrio, C1 aguarda em E1 que C2 abandone o troo

    comum para, s ento, avanar at Px;

    uma vez chegado a Px aguarda o sinal fdx que indica a

    concluso das operaes de descarga em Px, aps o queregressa a P1;

    Para C2, o ciclo de operaes idntico.

    O problema da partilha de recursos

  • 8/8/2019 Grafcet by JAF

    42/115

    LEEC, Automao Industrial, Ramos TEC e Energia. 2002/03 (verso 3.0) 42 Jos Antnio Faria

    O exemplo de aplicao anterior introduz um novo tipo de problema

    designado por partilha de recursos.

    Os problemas de partilha de recursos esto associados s situaes

    em que:

    1. Dois ou mais utilizadores disputam o acesso a um dado

    recurso;

    2. Esse recurso apenas pode ser acedido por um utilizador decada vez (acesso em regime de excluso mtua).

    Noo de recurso partilhado

  • 8/8/2019 Grafcet by JAF

    43/115

    LEEC, Automao Industrial, Ramos TEC e Energia. 2002/03 (verso 3.0) 43 Jos Antnio Faria

    No exemplo anterior, o recurso partilhado consiste troo comum aos

    trajectos efectuados pelos dois carros de transporte, dado que esse

    ttroo apenas pode ser acedido por um dos carros de cada vez.

    P1

    P2

    Px

    AvRece1

    e2

    C2

    C1

    recurso partilhado

    Noo de recurso partilhado

  • 8/8/2019 Grafcet by JAF

    44/115

    LEEC, Automao Industrial, Ramos TEC e Energia. 2002/03 (verso 3.0) 44 Jos Antnio Faria

    De uma forma geral, entende-se por recurso partilhado um dado

    subsistema cuja utilizao pode ser solicitada por vrios

    utilizadores ao mesmo tempo, mas s um desses utilizadores o

    pode utilizar de cada vez.

    Outro exemplo tpico de recurso partilhado consistir num robot

    de carga que sirva simultaneamente vrias mquinas cujasoperaes internas evoluam independentemente uma das outras,

    conforme o exemplo seguinte.

    Recurso partilhado: outro exemplo

  • 8/8/2019 Grafcet by JAF

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    LEEC, Automao Industrial, Ramos TEC e Energia. 2002/03 (verso 3.0) 45 Jos Antnio Faria

    A clula flexvel defabrico representadana figura ao lado

    produz dois tipos depeas distintos: A e B.

    Cada uma dasmquinas (M1 e M2)

    e o robot manipulador

    (MNP) apenas pode

    operar uma pea decada vez.

    T1

    M1

    M2

    MNP

    T2

    Recurso partilhado: outro exemplo

  • 8/8/2019 Grafcet by JAF

    46/115

    LEEC, Automao Industrial, Ramos TEC e Energia. 2002/03 (verso 3.0) 46 Jos Antnio Faria

    Os processos de fabrico dos dois tipos de peas so os seguintes.

    Peas Tipo A

    i. Transporte T1 M1 (Mnp)

    ii. Operao O11 (M1)

    iii. Transporte M1 M2 (Mnp)

    iv. Operao O12 (M2)

    v. Transporte M2 T2 (Mnp)

    Peas Tipo B

    i. Transporte T1 M2 (Mnp)

    ii. Operao O21 (M2)

    iii. Transporte M2 M1 (Mnp)

    iv. Operao O22 (M1)

    v. Transporte M1 T2 (Mnp)

    Recurso partilhado: outro exemplo

  • 8/8/2019 Grafcet by JAF

    47/115

    LEEC, Automao Industrial, Ramos TEC e Energia. 2002/03 (verso 3.0) 47 Jos Antnio Faria

    Neste sistema:

    se chegar uma nova pea do tipo A clula atravs do tapete

    T1, a pea ter de aguardar em T1 at que o robot MNP e amquina M1 estejam livres para poder ser efectuado o

    transporte de T1 para M1;

    quando a M1 termina a operao sobre uma pea do tipo B, apea s poder ser retirada de M1 e transportada para T2

    quando o robot MNP estar livre;

    ...

    Bloqueio (deadlock)

  • 8/8/2019 Grafcet by JAF

    48/115

    LEEC, Automao Industrial, Ramos TEC e Energia. 2002/03 (verso 3.0) 48 Jos Antnio Faria

    Note-se que o facto de se garantir a excluso mtua no acessoaos recursos partilhados, no suficiente para se evitaremsituaes de bloqueio.

    De facto, na clula de fabrico anterior, o ocorrer uma situaode bloqueio (deadlock) se:

    a mquina M1 estiver ocupada com uma pea do tipo A espera que a mquina M2 fique livre,

    a mquina M2 estiver ocupada com uma pea do tipo B

    espera que a mquina M2 fique livre.

    Recurso partilhado: mais um exemplo

  • 8/8/2019 Grafcet by JAF

    49/115

    LEEC, Automao Industrial, Ramos TEC e Energia. 2002/03 (verso 3.0) 49 Jos Antnio Faria

    Tambm no domnio da informtica so frequentes as situaes

    em que existem recursos partilhados que tem de ser acedidos em

    regime de excluso mtua (impressoras, ficheiros, ...).

    Uma das situaes mais tpicas prende-se com acesso a tabelas

    (ficheiros) de bases de dados num sistema de informao

    distribudo, conforme o exemplo seguinte, relativo a umaaplicao bancria, ilustra.

    Recurso partilhado: mais um exemplo

  • 8/8/2019 Grafcet by JAF

    50/115

    LEEC, Automao Industrial, Ramos TEC e Energia. 2002/03 (verso 3.0) 50 Jos Antnio Faria

    Processo Balco

    i. Ler saldo actual na bdd

    ii. Calcular novo saldoiii. Actualizar saldo na bdd

    Processo ATM

    i. Ler saldo actual na bdd

    ii. Calcular novo saldoiii. Actualizar saldo na bdd

    Cdigo Saldo

    Tabela Clientes

    Recurso partilhado: mais um exemplo

  • 8/8/2019 Grafcet by JAF

    51/115

    LEEC, Automao Industrial, Ramos TEC e Energia. 2002/03 (verso 3.0) 51 Jos Antnio Faria

    Saldo inicial: 200c

    ATM (levantamento 50c)

    i. Ler saldo (100c)

    ii. Novo saldo (50c)

    iii. Actualizar (50c)

    Balco (depsito 100c)

    i. Ler saldo (100c)

    ii. Novo saldo (150c)

    iii. Actualizar (150c)

    Saldo final: 50c

    Recurso partilhado: mais um exemplo

  • 8/8/2019 Grafcet by JAF

    52/115

    LEEC, Automao Industrial, Ramos TEC e Energia. 2002/03 (verso 3.0) 52 Jos Antnio Faria

    Para evitar o problema ilustrado pela situao anterior, o acessoem escrita tabela que contm os saldos das contas dos clientestem de ser efectuado em regime de excluso mtua.

    Nota: J o acesso em leitura mesma tabela no requerexcluso mtua.

    Tal como no exemplo da clula de fabrico, tambm no acesso stabelas de bases de dados em regime de excluso mtua, sofrequentes as situaes em que podem surgir situaes bloqueio.

    Representao em Grafcet das situaes de partilha de recursos

  • 8/8/2019 Grafcet by JAF

    53/115

    LEEC, Automao Industrial, Ramos TEC e Energia. 2002/03 (verso 3.0) 53 Jos Antnio Faria

    A resoluo dos conflitos induzidos pela existncia de recursos

    partilhados um problema fundamental da automao industrial.

    Recorrendo ao Grafcet, so possveis 3 tipos de solues pararepresentar a partilha de recursos:

    representao pela estrutura do Grafcet;

    representao pela interpretao do Grafcet;

    representao mista.

    Estas solues so exemplificadas a seguir para o sistema de

    transporte descrito anteriormente.

    Av2

    Rec

    2

  • 8/8/2019 Grafcet by JAF

    54/115

    LEEC, Automao Industrial, Ramos TEC e Energia. 2002/03 (verso 3.0) 54 Jos Antnio Faria

    A Rc

    2 2 2

    fc1

    110

    e1

    111

    Av1

    12

    1

    px

    113

    Av

    1

    14

    fdx

    115

    Rec1

    e1

    1

    16

    Rec1

    p1

    Av

    2

    Rec2

    20

    21

    22

    23

    24

    25

    px

    fdx

    e2

    f e

    2

    6p

    1

    X12

    Representaopela

    estrutura

    X15

  • 8/8/2019 Grafcet by JAF

    55/115

    LEEC, Automao Industrial, Ramos TEC e Energia. 2002/03 (verso 3.0) 55 Jos Antnio Faria

    fc1

    110

    e1

    111

    Av

    1

    12 p

    x

    113

    Av

    1

    14 f

    dx

    11

    5

    Rec

    1

    e

    1

    11

    6

    Rec

    1

    p

    1

    Av

    2

    Av

    2

    Rec

    2

    R

    ec

    2

    20

    21

    22

    23

    24

    25

    px fdx e2fc2 e2

    26

    p2

    X

    23+X24+X

    25

    X1

    2+X13+X1

    4+X

    Representaopela

    interpretao

    X23

    X26

    Nota: Xi designa o flanco

  • 8/8/2019 Grafcet by JAF

    56/115

    LEEC, Automao Industrial, Ramos TEC e Energia. 2002/03 (verso 3.0) 56 Jos Antnio Faria

    fc1

    110

    e1

    111

    A

    v1

    12

    px

    113

    A

    v1

    14

    fdx

    115

    R

    ec1

    e1

    116

    R

    ec1

    p1

    Av2

    Av2

    Rec2

    Rec2

    20 21 22 23 24 25

    px

    fdx

    e2

    fc2

    e2

    26

    p2

    X1

    X1+X12

    1 2

    X13+

    X

    X16

    +

    X Nota: Xi designa o flanco

    ascendente da varivel Xi, isto , oinstante de activao da etapa i.

    Represen

    t aom i

    st a

    Comentrios

  • 8/8/2019 Grafcet by JAF

    57/115

    LEEC, Automao Industrial, Ramos TEC e Energia. 2002/03 (verso 3.0) 57 Jos Antnio Faria

    1. Representao pela estrutura

    A cada recurso partilhado associada uma etapa (neste exemplo a

    etapa 1) tal que, quando essa etapa est activa o recurso est livre e,

    quando est inactiva, o recurso est ocupado.

    A receptividade X12 associada transio da etapa 22 para a etapa 23

    necessria devido regra de evoluo 4 (disparos simultneos).

    De facto, se as receptividades das transies 12/13 e 22/23 fossem,

    ambas, iguais a 1, e se os dois carros chegassem simultaneamente

    aos postos e1 e e2, ambos avanariam para o troo comum.

    Comentrios (cont.)

  • 8/8/2019 Grafcet by JAF

    58/115

    LEEC, Automao Industrial, Ramos TEC e Energia. 2002/03 (verso 3.0) 58 Jos Antnio Faria

    2. Representao pela interpretao

    Por interpretao designa-se o conjunto das receptividades de um

    Grafcet.

    A representao pela interpretao d origem a grficos mais simples

    que a representao pela estrutura. No entanto:

    se o mesmo recurso for partilhado por vrios utilizadores, as

    expresses das receptividades que condicionam o acesso aorecurso tornam-se muito extensas.

    a existncia de um recurso partilhado menos evidente pois a

    estrutura do grfico no reflecte explicitamente essa caracterstica.

    Comentrios (cont.)

  • 8/8/2019 Grafcet by JAF

    59/115

    LEEC, Automao Industrial, Ramos TEC e Energia. 2002/03 (verso 3.0) 59 Jos Antnio Faria

    3. Representao mista

    A representao mista uma soluo de compromisso entre as duas

    anteriores pois:

    a prpria estrutura do grfico reflecte a existncia de um recurso

    partilhado, o que facilita a compreenso do modelo;

    limita o tamanho das expresses das receptividades associadas ocupao do recurso pois, ao contrrio do que se passa na

    represntao pela interpretao, no necessrio incluir nessas

    expresses todas as etapas de cada utilizador que podem estar

    activas quando o recurso est ocupado.

  • 8/8/2019 Grafcet by JAF

    60/115

    Macro-etapas: Conceito

  • 8/8/2019 Grafcet by JAF

    61/115

    LEEC, Automao Industrial, Ramos TEC e Energia. 2002/03 (verso 3.0) 61 Jos Antnio Faria

    Na representao de sistemas complexos, vantajoso utilizar

    modelos estruturados segundo vrios nveis de detalhe,

    conforme esquematizado pela figura seguinte.

  • 8/8/2019 Grafcet by JAF

    62/115

    LEEC, Automao Industrial, Ramos TEC e Energia. 2002/03 (verso 3.0) 62 Jos Antnio Faria

    Macro-etapas

    Macro-etapas: Conceito

  • 8/8/2019 Grafcet by JAF

    63/115

    LEEC, Automao Industrial, Ramos TEC e Energia. 2002/03 (verso 3.0) 63 Jos Antnio Faria

    Para suportar este tipo de modelos, o Grafcet define o conceitode macro-etapa: representaonica de um conjunto de etapase de transies.

  • 8/8/2019 Grafcet by JAF

    64/115

    Macro-etapas: Conceito

  • 8/8/2019 Grafcet by JAF

    65/115

    LEEC, Automao Industrial, Ramos TEC e Energia. 2002/03 (verso 3.0) 65 Jos Antnio Faria

    5

    6

    M30

    E30

    31

    37

    S30

    Etapa de entradada macro-etapa

    Etapa de sada

    da macro-etapa

    5

    6

    E30

    31

    37

    S30

    Expanso damacro-etapa

    Uma macro-etapa

    representa um

    conjunto de etapas

    e de transiesdesignados por

    expanso da

    macro-etapa.

    Macro-etapas: Conceito

  • 8/8/2019 Grafcet by JAF

    66/115

    LEEC, Automao Industrial, Ramos TEC e Energia. 2002/03 (verso 3.0) 66 Jos Antnio Faria

    As macro-etapas do Grafcet so equivalentes s subrotinas das

    linguagens de programao.

    Recorrendo a macro-etapas, o funcionamento dos sistemas pode ser

    representado segundo vrios graus de detalhe.

    As macro-etapas so assinaladas atravs do smbolo

    A mesma macro-etapa pode ser invocada emdiferentes pontos do modelo.

    M30

    Macro-etapas: Exemplo de aplicao

  • 8/8/2019 Grafcet by JAF

    67/115

    LEEC, Automao Industrial, Ramos TEC e Energia. 2002/03 (verso 3.0) 67 Jos Antnio Faria

    Para exemplificar a utilizao de macro-etapas, considere-se a clula defabrico descrita anteriormente, onde so produzidos dois tipos de peasA e B.

    T1

    M1

    M2

    MNP

    T2

    As peas chegam clulaatravs do tapete T1, da so

    transportadas para as mquinas

    M1 ou M2 pelo robotmanipulador Mnp, aps o que

    so evacuadas pelo tapete T2.

    Macro-etapas: Exemplo de aplicao

  • 8/8/2019 Grafcet by JAF

    68/115

    LEEC, Automao Industrial, Ramos TEC e Energia. 2002/03 (verso 3.0) 68 Jos Antnio Faria

    Pretende-se desenvolver o modelo Grafcet do comando deste sistemaadmitindo-se que:

    a cada operao de transporte Txy entre os pontos x e y corresponde

    a macro-etapa MTxy a concluso de cada uma destas operaes sinalizada pelo sinal

    fim_Txy

    a cada operao de trabalho Oij corresponde a macro-etapa MOij

    a concluso de cada uma destas operaes sinalizada pelo sinal

    fim_Oij

    a presena de uma nova pea do tipo A (B) no tapete de entrada T1 sinalizada pelo sinal pA (pB).

    10

    10

    A

    Macro-etapas: Exemplo de aplicao

  • 8/8/2019 Grafcet by JAF

    69/115

    LEEC, Automao Industrial, Ramos TEC e Energia. 2002/03 (verso 3.0) 69 Jos Antnio Faria

    pA

    fim_TT1M1

    O11

    fim_O11

    TT1M1

    fim_TM1M2

    O12

    fim_O12

    TM1M2

    fim_TM2T2

    TM2T2

    O modelo do processo de

    fabrico das peas do tipo A,

    ignorando a existncia de

    recursos partilhados, oseguinte.

    Nota: o modelocorrespondente s peas do

    tipo B , em tudo, idntico.

    Macro-etapas: Exemplo de aplicao

  • 8/8/2019 Grafcet by JAF

    70/115

    LEEC, Automao Industrial, Ramos TEC e Energia. 2002/03 (verso 3.0) 70 Jos Antnio Faria

    Dado que o sistema contm 3 recursos partilhados:

    robot manipulador Mnp;

    mquinas M1 e M2;

    o modelo ter de incluir trs etapas (40, 41 e 42), que

    representam o estado de cada um destes recursos:

    etapa activa = recurso disponvel

    etapa desactiva = recurso indisponvel

    apas

    :

    d e o

  • 8/8/2019 Grafcet by JAF

    71/115

    LEEC, Automao Industrial, Ramos TEC e Energia. 2002/03 (verso 3.0) 71 Jos Antnio Faria

    Macro-e

    ta

    Ex e

    mplo

    d

    aplica

    o

    Macro-etapas: Exemplo de aplicao

  • 8/8/2019 Grafcet by JAF

    72/115

    LEEC, Automao Industrial, Ramos TEC e Energia. 2002/03 (verso 3.0) 72 Jos Antnio Faria

    Nota:

    Alm das etapas associadas aos recursos partilhados, o modelo completo

    do sistema inclui um conjunto de etapas de espera adicionais,

    correspondentes s situaes em que as peas aguardam a libertao dosrecursos requeridos para executar a prxima operao do seu processo de

    fabrico.

    Macro-aces: Conceito

  • 8/8/2019 Grafcet by JAF

    73/115

    LEEC, Automao Industrial, Ramos TEC e Energia. 2002/03 (verso 3.0) 73 Jos Antnio Faria

    As macro-aces correspondem a ordens que actuam sobre o

    estado global de um Grafcet.

    Os 4 tipos principais de macro-aces so:

    Bloquear: inibir o disparo das transies

    Reinicializar: voltar ao estado inicial do grfico

    Forar: impr um determinado conjunto de etapas activas

    Desactivar: desactivar todas as etapas

    Macro-aces: Conceito

  • 8/8/2019 Grafcet by JAF

    74/115

    LEEC, Automao Industrial, Ramos TEC e Energia. 2002/03 (verso 3.0) 74 Jos Antnio Faria

    As macro-aces permitem representar as interaces emsistemas de controlo hierquicos, onde um Grafcet de nvel

    superior, tipicamente correspondente ao sistema de superviso,

    pode condicionar os Grafcets de controlo das mquinas locais.

    As macro-aces so, sobretudo utilizadas nas situaes de

    inicializao e de avaria. Atravs delas, o sistema supervisor

    pode: bloquear (congelar) a situao dos Grafcets subordinados;

    reinicializar a situao desses Grafcets;

    impr, de forma permanente, uma determinada situao a

    esses Grafcets.

    Macro-aces: Conceito

  • 8/8/2019 Grafcet by JAF

    75/115

    LEEC, Automao Industrial, Ramos TEC e Energia. 2002/03 (verso 3.0) 75 Jos Antnio Faria

    No Grafcet, estas interaces so representadas atravs de um tipode aco especial, designado por macro-aco e a que corresponde

    a notao F / G : S

    Um aco deste tipo fora (isto , impe) a situao S no grafcet

    G.

    Exemplo: a macro- aco F / Contr1: (10, 20) impe a situao (10, 20)

    ao grafcet Contr1;

    o que equivalente a activar as etapas 10 e 20 desse grafcet e a

    desactivar todas as outras.

    Macro-aces: Conceito

  • 8/8/2019 Grafcet by JAF

    76/115

    LEEC, Automao Industrial, Ramos TEC e Energia. 2002/03 (verso 3.0) 76 Jos Antnio Faria

    Como qualquer outra aco, as macro-aces podem ser pontuais oupermanentes:

    por defeito, as macro-aces so contnuas, o que significa que

    enquanto se mantiver a macro-aco o estado do Grafcet

    subordinado no pode evoluir; se a macro-aco for pontual, o Grafcet subordinado pode

    evoluir a partir da situao que lhe foi imposta pela macro-aco.

    Por fim, um caso particular da macro-aco consiste em congelar a

    situao actual do Grafcet subordinado.

    Este tipo de macro-aco representado pela notao F / G: (*) etem por consequncia bloquear a evoluo do Grafcet G na situao

    em que se encontrava quando foi executada a macro-aco.

    Macro-aces: Exemplo de aplicao

  • 8/8/2019 Grafcet by JAF

    77/115

    LEEC, Automao Industrial, Ramos TEC e Energia. 2002/03 (verso 3.0) 77 Jos Antnio Faria

    A especificao do sistema de controlo do misturador industrial consideradonum dos trabalhos prticos da disciplina prev que, por razes de segurana,exista o boto de paragem de emergncia PE.

    As consequncias da actuao deste boto dependem da fase do ciclo deoperaes em que tal actuao ocorrer:

    durante o perodo de carga dos balanas e do misturador, a actuao dePE suspende as aces em curso, as quais sero retomadas depois de PEser desactivado e de ser dada nova ordem de arranque;

    durante o perodo de mistura, a actuao de PE provoca a inutilizao

    do produto em curso de fabrico. Neste caso, aps PE ser desactivado, executado o procedimento de inicializao.

  • 8/8/2019 Grafcet by JAF

    78/115

    LEEC, Automao Industrial, Ramos TEC e Energia. 2002/03 (verso 3.0) 78 Jos Antnio Faria

    Macr o-ac

    es:E x

    emplo

    deapl i

    cao

    10

    11

    1

    001 1

    102 1

    107

    1113

    1112

    1119

    1118

    20

    Funcionam

    ento

    normal

    Inicializao

    Macro-aces: Exemplo de aplicao

  • 8/8/2019 Grafcet by JAF

    79/115

    LEEC, Automao Industrial, Ramos TEC e Energia. 2002/03 (verso 3.0) 79 Jos Antnio Faria

    Se no se recorrer a macro-aces, a especificaes relativas paragemde emergncia requerem que:

    1.Seja acrescentada uma etapa

    adicional para cada uma das

    etapas em que a actuao de

    PE suspende o processo de

    fabrico

    1111'

    PE

    PE

    Macro-aces: Exemplo de aplicao

  • 8/8/2019 Grafcet by JAF

    80/115

    LEEC, Automao Industrial, Ramos TEC e Energia. 2002/03 (verso 3.0) 80 Jos Antnio Faria

    2.Seja acrescentada uma transio

    adicional para cada uma das etapas

    em que a actuao de PE implica areinicializao do processo de

    fabrico.

    Nota:Na etapa 50 o sistema sistema fica

    bloqueado a aguardar a

    desactivao de PE para ento se

    reinicializar o processo

    18

    PE

    1001

    50

    PE

    Macro-aces: Exemplo de aplicao

  • 8/8/2019 Grafcet by JAF

    81/115

    LEEC, Automao Industrial, Ramos TEC e Energia. 2002/03 (verso 3.0) 81 Jos Antnio Faria

    O modelo completo do sistema muito simplificado se se recorrer amacro-aces, emitidas a partir de um Grafcet de nvel hierrquico

    superior.

    40

    1142

    1141 F / (*)

    F / (01)

    PE

    PE (X10+X11+ ...)

    1142 F / ( )

    PE

    True

    PE (X10+X11+ ...)

  • 8/8/2019 Grafcet by JAF

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    LEEC, Automao Industrial, Ramos TEC e Energia. 2002/03 (verso 3.0) 82 Jos Antnio Faria

    4.5. Mtodos de implementao

    Implementao do Grafcet: Introduo

  • 8/8/2019 Grafcet by JAF

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    LEEC, Automao Industrial, Ramos TEC e Energia. 2002/03 (verso 3.0) 83 Jos Antnio Faria

    Por implementao de um dado Grafcet, entende-se a obteno doprograma de um controlador, normalmente um autmato

    programvel, que corresponda ao funcionamento descrito por esse

    Grafcet. Dois mtodos so a considerar:

    o mtodo assncrono, mais simples, aplicvel quando o Grafcet

    no contm conflito nem reactivao de etapas;

    o mtodo sncrono, a aplicar no caso contrrio.

    Nos dois casos, os programas dos autmatos programveis podem

    ser gerados automaticamente a partir dos modelos Grafcet.

    Implementao do Grafcet: Equaes do comportamento

  • 8/8/2019 Grafcet by JAF

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    LEEC, Automao Industrial, Ramos TEC e Energia. 2002/03 (verso 3.0) 84 Jos Antnio Faria

    Os Grafcets descrevem sistemas sequenciais, cujocomportamento pode ser descrito atravs de duas equaes.

    a primeira equao fornece o estado seguinte do sistema a partir do

    estado actual e do valor actual das entradas:E(t+1) = f ( E(t), I(t) )

    a segunda equao fornece o valor actual das sadas a partir do

    estado actual e do valor das entradas:

    O(t) = f ( E(t), I(t) )

    onde E(t), O(t) e I(t) designam, respectivamente o valor do

    estado, das sadas e das entradas no instante t.

    Implementao do Grafcet: Algoritmo base

  • 8/8/2019 Grafcet by JAF

    85/115

    LEEC, Automao Industrial, Ramos TEC e Energia. 2002/03 (verso 3.0) 85 Jos Antnio Faria

    Da mesma forma, o algoritmo de implementao do Grafcetdecompe-se em duas fases, na primeira das quais determinado

    o estado actual do sistema e, na segunda, determinado o valor

    actual das sadas.

    O estado actual memorizado atravs de um conjunto de flags

    auxiliares, isto , de bits de memria interna do autmato, de

    forma a que a cada etapa Ei do Grafcet associado o bit Mi talque:

    se Ei est activa ento Mi = 1

    se Ei est desactiva ento Mi = 0

    Mtodo assncrono: Algoritmo

  • 8/8/2019 Grafcet by JAF

    86/115

    LEEC, Automao Industrial, Ramos TEC e Energia. 2002/03 (verso 3.0) 86 Jos Antnio Faria

    1. Determinar o estado do sistema (tratamento das transies)

    para cada transio T do Grafcet

    se T est disparvel ento

    desactivar etapas de entrada de Tactivar etapas de sada de T

    2. Determinar o valor das sadas (tratamento das aces)

    para cada sada S do Grafcet

    determinar se, no estado actual do grafcet, S est activa ou

    inactiva

    Mtodo assncrono: Exemplo

    Considere-se o Grafcet:

  • 8/8/2019 Grafcet by JAF

    87/115

    LEEC, Automao Industrial, Ramos TEC e Energia. 2002/03 (verso 3.0) 87 Jos Antnio Faria

    O programa correspondente, gerado segundo o mtodo assncrono,

    o representado a seguir.

    t1 I5 t2 I2

    1

    2 3

    t4

    I1 + I4

    4

    t5

    I6t3 I4 I7

    O1

    O1,O3 O2

    O3

    1. Determinao do estado

    LD M1

    AND I5 Tratamento

    R M1 d t i t1

    LD M4

    AND ( I1 Tratamento

    ORN I4 da transio t5

    )

  • 8/8/2019 Grafcet by JAF

    88/115

    LEEC, Automao Industrial, Ramos TEC e Energia. 2002/03 (verso 3.0) 88 Jos Antnio Faria

    R M1 da transio t1S M2

    LD M1

    AND I2 Tratamento

    R M1 da transio t2S M3

    LD M2

    AND I4AND I7 Tratamento

    R M2 da transio t3S M1

    LD M3

    AND I6 Tratamento

    R M3 da transio t4S M4

    )R M4

    S M1

    2. Determinao das sadas

    LD M1

    OR M2

    ST O1

    LD M3

    ST O2

    LD M2OR M4

    ST O3

    Mtodoassncrono:

    Programa

    Limitaes do mtodo assncrono

    E b it i l t d d i

  • 8/8/2019 Grafcet by JAF

    89/115

    LEEC, Automao Industrial, Ramos TEC e Energia. 2002/03 (verso 3.0) 89 Jos Antnio Faria

    Embora muito simples, o mtodo assncrono d origem a errosquando o Grafcet contm situaes de conflito ou de reactivao

    de etapas.

    Nestes casos, a evoluo do estado do controlador no respeitaas regras de evoluo do Grafcet, concretamente as regras 4 e 5

    que, recorda-se estabelecem que:

    se, simultaneamente, uma etapa activada e desactivada,ento essa etapa permanece activa;

    vrias transies simultneamente disparveis so

    disparadas em simultneo

    Situaes de conflito

    Uma situao de conflito existe quando duas transies

    i l di i ilh d d

  • 8/8/2019 Grafcet by JAF

    90/115

    LEEC, Automao Industrial, Ramos TEC e Energia. 2002/03 (verso 3.0) 90 Jos Antnio Faria

    simultaneamente disparveis partilham uma etapa de entrada comum.

    M1 = 1

    I5 = 1

    I2 = 1

    Nestes casos, a aplicao do mtodo assncrono d origem a erros,

    como o exemplo seguinte demonstra.

    t1 I5 t2 I2

    1

    2 3

    O1

    O1,O3 O2

    .

    Situaes de conflito: Exemplo

    Programa Evoluo do estado

  • 8/8/2019 Grafcet by JAF

    91/115

    LEEC, Automao Industrial, Ramos TEC e Energia. 2002/03 (verso 3.0) 91 Jos Antnio Faria

    Programa Evoluo do estado...

    LD M1 se, incio do ciclo de

    AND I5 execuo do programa

    R M1 se verificar:S M2 M1 = 1, M2 = 0, M3 = 0

    I2 = 1, I5 = 1

    LD M1 ento, de acordo com a

    AND I2 regra 4, o estado seguinte

    R M1 deveria ser:

    S M3 M1= 0, M2 = 1, M3 = 1

    ... No entanto, este programaproduzir:

    M1= 0, M2 = 1, M3 = 0

    Activao e desactivao simultneas da mesma etapa

    Estas situaes ocorrem quando a uma dada etapa , simultnea-

    t t d t d t d d d d t i

  • 8/8/2019 Grafcet by JAF

    92/115

    LEEC, Automao Industrial, Ramos TEC e Energia. 2002/03 (verso 3.0) 92 Jos Antnio Faria

    mente, etapa de entrada e etapa de sada de duas transies

    disparveis.

    M1 = 1

    M3 = 1

    I2 = 1

    I6 = 1

    Nestes casos, os erros prendem-se com a violao da quinta regra de

    evoluo, como o exemplo seguinte demonstra.

    t2 I2

    1

    3

    t4

    4

    I6

    O1

    O2

    O3

    .

    .

    Activao e desactivao simultneas: Exemplo

    Programa Evoluo do estado

  • 8/8/2019 Grafcet by JAF

    93/115

    LEEC, Automao Industrial, Ramos TEC e Energia. 2002/03 (verso 3.0) 93 Jos Antnio Faria

    ...LD M1 se, incio do ciclo de

    AND I2 execuo do programa

    R M1 se verificar:S M3 M1 = 1, M3 = 1, M4 = 0

    I2 = 1, I6 = 1

    LD M3 ento, de acordo com a

    AND I6 regra 5, o estado seguinteR M3 deveria ser:

    S M4 M1 = 0, M3 = 1, M4 = 1

    ... No entanto, este programa produzir:

    M1 = 0, M3 = 1, M4 = 0

    Mtodo de implementao sncrono

    O mtodo de implementao sncrono d origem a programas maisid d l

  • 8/8/2019 Grafcet by JAF

    94/115

    LEEC, Automao Industrial, Ramos TEC e Energia. 2002/03 (verso 3.0) 94 Jos Antnio Faria

    O mtodo de implementao sncrono d origem a programas maisextensos mas, em contrapartida, garante as regras de evoluo so

    sempre respeitadas.

    Para ultrapassar os erros devidos s situaes de conflito, no mtodosncrono, primeiro so determinadas todas as transies disparveis no

    estado actual.

    S depois, de conhecidas todas as transies disparveis, se procede activao e desactivao das respectivas etapas de entrada e de sada.

    Dado que, neste mtodo, se torna necessrio memorizar o estado de cada

    transio, so utilizadas as flags adicionais Mi

    tais que:

    se Ti est disparvel ento Mi = 1se Ti no est disparvel ento Mi = 0

    Mtodo de implementao sncrono

    Quanto s situaes de activao/desactivao simultnea da5 b l d

  • 8/8/2019 Grafcet by JAF

    95/115

    LEEC, Automao Industrial, Ramos TEC e Energia. 2002/03 (verso 3.0) 95 Jos Antnio Faria

    Quanto s situaes de activao/desactivao simultnea damesma etapa, a regra 5 estabelece que essa etapa deve permancer

    activa, isto que a activao tem prioridade sobre a desactivao.

    Para garantir o respeito desta regra, basta que, no programa, as

    instrues de activao das etapas de sada das transies

    disparveis apaream depois das instrues de desactivao das

    etapas de entrada.

    Desta forma, se num dado ciclo de execuo do programa, a

    mesma etapa for activada e desactivada, no final do ciclo de

    execuo (quando so actualizados os valores das sadas) ter

    prevalecido a instruo de activao j que foi executada emltimo lugar.

    Mtodo sncrono: Algoritmo

    1. Determinar o estado do sistema (tratamento das transies)

    para cada transio Ti do Grafcet

  • 8/8/2019 Grafcet by JAF

    96/115

    LEEC, Automao Industrial, Ramos TEC e Energia. 2002/03 (verso 3.0) 96 Jos Antnio Faria

    para cada transio T do Grafcetse Ti est disparvel

    ento Mi = 1

    seno Mi = 0

    para cada transio Ti do Grafcetse Mi = 1 ento

    desactivar etapas de entrada de Tipara cada transio Ti do Grafcet

    se Mi = 1 entoactivar etapas de entrada de Ti

    2. Determinar o valor das sadas (tratamento das aces)

    para cada etapa E do Grafcet

    executar aces associadas a E

    Mtodo sncrono: Programa

    1. Determinao das

    transies disparveis

    2. Desactivao

    das etapas de entrada

    3. Activao

    das etapas de entrada

  • 8/8/2019 Grafcet by JAF

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    LEEC, Automao Industrial, Ramos TEC e Energia. 2002/03 (verso 3.0) 97 Jos Antnio Faria

    LD M1

    AND I5

    ST M21

    LD M1

    AND I2

    ST M22

    LD M2AND I4

    AND I7

    ST M23

    LD M3

    AND I6

    ST M24

    LD M21

    R M1

    LD M22

    R M1

    LD M23

    R M2

    LD M24

    R M3

    LD M25

    R M4

    LD M4

    AND ( I1

    ORN I4

    )ST M25

    4. Determinao das sadas: Idntico ao mtodo assncrono

    LD M21

    S M2

    LD M22

    S M3

    LD M23

    S M1

    LD M24

    S M4

    LD M25

    S M1

  • 8/8/2019 Grafcet by JAF

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    LEEC, Automao Industrial, Ramos TEC e Energia. 2002/03 (verso 3.0) 98 Jos Antnio Faria

    Anexo: Programao em Grafcet com o software PL7

    Programao em Grafcet

    E t i i i ( it b ) i t d

  • 8/8/2019 Grafcet by JAF

    99/115

    LEEC, Automao Industrial, Ramos TEC e Energia. 2002/03 (verso 3.0) 99 Jos Antnio Faria

    Este anexo propociona uma primeira (e muito breve) introduo

    programao em Grafcet utilizando o software PL7 da

    Schneider, que ser utilizado nas aulas prticas da disciplina.

    Esta introduo complementada pelo guio do trabalho prtico

    sobre Programao em PL7.

    Edio de modelos Grafcet

    A criao de um modelo Grafcet envolve duas fases

  • 8/8/2019 Grafcet by JAF

    100/115

    LEEC, Automao Industrial, Ramos TEC e Energia. 2002/03 (verso 3.0) 100 Jos Antnio Faria

    c o de u ode o G ce e vo ve du s sesprincipais:

    1. Edio da estrutura do grfico, isto , das

    etapas e das transies

    2. Edio do cdigo das receptividades e das

    aces.

    1. Estrutura do grfico

    Os elementos grficos do modelo (etapas e transies) so criadasrecorrendo a teclas de funo

  • 8/8/2019 Grafcet by JAF

    101/115

    LEEC, Automao Industrial, Ramos TEC e Energia. 2002/03 (verso 3.0) 101 Jos Antnio Faria

    g ( p )recorrendo a teclas de funo.

    2. Receptividades e Aces

    Considere-se como exemplo, o seguinte modelo Grafcet:

  • 8/8/2019 Grafcet by JAF

    102/115

    LEEC, Automao Industrial, Ramos TEC e Energia. 2002/03 (verso 3.0) 102 Jos Antnio Faria

    t5

    t4

    X11.T >= 1 min

    I1.1 and I1.2

    11

    10

    12

    Q2.2 Q2.5

    Q2.2

    Q2.2 I1.7:Q2.9

    Nota: aco condicional:

    a sada Q2.9 activada se a entrada

    I1.7 tomar o valor "1"quando aetapa 11 estiver activa.

    Receptividades

  • 8/8/2019 Grafcet by JAF

    103/115

    LEEC, Automao Industrial, Ramos TEC e Energia. 2002/03 (verso 3.0) 103 Jos Antnio Faria

    t5

    t4

    X11.T >= 1 min

    I1.1 and I1.2

    11

    10

    12

    Q2.2 Q2.5

    Q2.2

    Q2.2 I1.7:Q2.2

    Transio t4

    LD %I1.1

    AND %I1.2

    Transio t5

    LD [%X11.T >= 600]

    Aces

    A cada etapa podem ser associadas 3 tipos de aces:

  • 8/8/2019 Grafcet by JAF

    104/115

    LEEC, Automao Industrial, Ramos TEC e Energia. 2002/03 (verso 3.0) 104 Jos Antnio Faria

    p p p

    10

    Aces executadas uma vez,quando a etapa activada

    Aces executadas uma vez,quando a etapa desactivada

    Aces executadas continuamente,

    quando a etapa est activa

    Aces

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    105/115

    LEEC, Automao Industrial, Ramos TEC e Energia. 2002/03 (verso 3.0) 105 Jos Antnio Faria

    10

    Sequncia 1

    Sequncia 2

    Sequncia 3

    Aces

    Uma diferena fundamental entre a norma do Grafcet e a

    programao no mdulo PL7 reside no facto de todas as

  • 8/8/2019 Grafcet by JAF

    106/115

    LEEC, Automao Industrial, Ramos TEC e Energia. 2002/03 (verso 3.0) 106 Jos Antnio Faria

    p g

    aces serem memorizadas.

    Assim:

    se uma aco est activa durante a etapa Xi, ento deve ser

    feito o reset dessa aco na desactivao de Xi, ou na

    activao da etapa seguinte Xi+1.

    se uma aco est activa durante as etapas Xi, Xi+1, Xi+n,

    ento o set dessa varivel deve ter lugar na activao de Xie o reset na desactivao de Xi+n.

    Aces

    LD TRUES %Q2 2

  • 8/8/2019 Grafcet by JAF

    107/115

    LEEC, Automao Industrial, Ramos TEC e Energia. 2002/03 (verso 3.0) 107 Jos Antnio Faria

    t5

    t4

    X11.T >= 1 min

    I1.1 and I1.2

    11

    10

    12

    Q2.2 Q2.5

    Q2.2

    Q2.2 I1.7:Q2.9

    t5

    t4

    11

    10

    12

    LD TRUER %Q2.5

    S %Q2.2.

    S % Q2.5

    LD %I1.7

    ST %Q2.9

    LD TRUER %Q2.2.

    Temporizaes

    No software PL7, a cada etapa i associada uma varivel

  • 8/8/2019 Grafcet by JAF

    108/115

    LEEC, Automao Industrial, Ramos TEC e Energia. 2002/03 (verso 3.0) 108 Jos Antnio Faria

    Xi.T que contm o tempo (em centenas de milisegundo)

    decorrido desde o instante de activao da etapa.

    Essas variveis podem ser utilizadas no cdigo associado

    s aces e s receptividades para programar aces

    condicionais e transies temporizadas, conforme o

    exemplo seguinte ilustra.

    Temporizaes: Exemplo

    10 Q2 2 t/10/30 Q2 5

  • 8/8/2019 Grafcet by JAF

    109/115

    LEEC, Automao Industrial, Ramos TEC e Energia. 2002/03 (verso 3.0) 109 Jos Antnio Faria

    t4 t/10/2 min

    11

    10 Q2.2 t/10/30 seg: Q2.5

    10

    LD TRUE

    R %Q2.2

    LD TRUE

    S %Q2.2.

    S % Q2.5

    LD [X10.t > 300]

    ST % Q2.5

    LD [X10.t > 1200]

    Macro-etapas e de macro-aces

    O software PL7 suporta a programao de macro-etapas e de

  • 8/8/2019 Grafcet by JAF

    110/115

    LEEC, Automao Industrial, Ramos TEC e Energia. 2002/03 (verso 3.0) 110 Jos Antnio Faria

    p p g p

    macro-aces.

    No entanto, os autmatos que sero utilizados nas aulas prticasapenas suportam a programao de macro-aces, pelo que aqui

    no ser abordada a programao de macro-etapas.

    Macro-aces

    Para suportar a programao de macro-aces, o software PL7:

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    111/115

    LEEC, Automao Industrial, Ramos TEC e Energia. 2002/03 (verso 3.0) 111 Jos Antnio Faria

    permite ler e escrever os bits Xi associados s etapas.

    dispe de um conjunto de bits sistema para implementao

    de macro-aces.

    Macro-aces

    Os bits sistema* para a implementao de macro-aces so os

    i

  • 8/8/2019 Grafcet by JAF

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    LEEC, Automao Industrial, Ramos TEC e Energia. 2002/03 (verso 3.0) 112 Jos Antnio Faria

    seguintes:

    %S21: activao das etapas iniciais e desactivao de

    todas as outras

    %S22: desactivao de todas as etapas

    %S23: bloqueio de todas as transies

    * Estes bit so todos activos em 1

    Macro-aces

    Os bits de etapa (Xi) e os bits sistema associados s macro-aces (S21,

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    LEEC, Automao Industrial, Ramos TEC e Energia. 2002/03 (verso 3.0) 113 Jos Antnio Faria

    p ( ) ( ,

    S22 e S23):

    podem ser manipulados pelas instrues LD, AND, S, R, ...

    mas apenas na seco de pr-processamento.

    Macro-aces

    Uma aplicao Grafcet constituda por 3seces:

    ( l)

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    LEEC, Automao Industrial, Ramos TEC e Energia. 2002/03 (verso 3.0) 114 Jos Antnio Faria

    pr-processamento (Prl)

    processamento sequencial (Chart)

    post-processamento (Post)

    Apenas a seco Chart, que contm o modelo

    Grafect propriamente dito, programada

    graficamente.

    As seces Prl e Post so programadas

    utilizando uma das linguagens IL, LD ou ST.

    Macro-aces

    O acesso s seces do Grafcet para

    f d d

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    LEEC, Automao Industrial, Ramos TEC e Energia. 2002/03 (verso 3.0) 115 Jos Antnio Faria

    programao efectuado atravs do

    Application Browser:

    Station/Program/MastTask/Sections